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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE

PORTO ALEGRE – UFCSPA


CURSO DE NUTRIÇÃO
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA ALIMENTAR
Nome da Aluna: Priscila Calliari

OBSERVAÇÃO

Professora: Daniela Cardoso Tietzmann

Porto Alegre, 22 de Abril de 2015.


TÉCNICA DE OBSEVAÇÃO

Chegando ao Parque da Redenção, cada aluno/grupo foi para um canto.


Eu estou nervosa e entusiasmada ao mesmo tempo. Alguns colegas iniciaram
imediatamente a observação, outros não.
O chafariz estava coberto com tapumes, por isso não consegui enxerga-
lo. Logo a minha frente, há uma barraquinha de pipoca, a senhora que trabalha
ali, um tanto acima do peso, não é nem um pouco cuidadosa, bate um objeto
não identificado por mim em um carrinho de metal, fazendo um barulho
incômodo.
Um rapaz solitário, sentado em um banco na minha diagonal, só observa
o movimento, às vezes olha para suas mãos e unhas. Do nada se levantou e
foi embora. Achei engraçado, parecia estar esperando alguém e cansou.
A senhora da barraquinha de pipoca se irritou com um senhor que
estava por perto, não consegui entender o motivo, só sei que ela gritou e o
chamou de burro. Acredito que seja marido ou algo do gênero. Ele sentou-se
em um banco bem próximo a ela.
Não costumo vir muito para a Redenção, muito menos em dia de
semana, mas achei o parque relativamente calmo, com pouco movimento.
Observando, percebi que várias pessoas que passaram por mim
estavam com mochila nas costas, acredito que sejam estudantes indo ou
voltando das aulas.
Estou meio inquieta, não consigo encontrar uma posição confortável
para sentar e escrever... Ou doem minhas costas, ou meus joelhos.
Um moça com uma mochila da adidas passou calmamente por mim...
Parecia estar pensando ou analisando muito alguma situação.
Um senhor idoso de cabelos brancos, vestindo uma camiseta vermelha,
uma bermuda preta e tênis passou do outro lado do parque, rapidamente,
aparentemente está fazendo uma caminhada.
Meus colegas continuam concentrados. A Ana está totalmente imóvel,
olhando a professora, está com uma cara muito triste, ou talvez seja somente
cansaço.
Há muitíssimas pombas no parque. Não gosto muito de pombas. Elas
não têm medo das pessoas que passam por aqui, nem mesmo quando se
aproximam bastante. Algumas estão ao redor da barraca de pipocas, parecem
estar esperando que alguma pipoca caia, outras estão no meio da grama
bicando o chão, acho que comendo insetos.
Um carro da Brigada Militar está pelo parque... Já é a segunda vez que o
vejo. Estão fazendo a volta pelo perímetro do parque, bem devagar.
Já vim à Redenção algumas (poucas) vezes, e nunca tinha reparado que
existe um monumento de concreto, com dois “arcos do triunfo”.
Dois homens, parecendo ser amigos, passaram por trás de mim, com
uma térmica e uma cuia nas mãos, conversando animadamente.
Do outro lado do parque, um cachorro que não consegui identificar se é
de rua ou não, passou correndo.
Várias pessoas trazem seus animais de estimação para passear ou se
exercitar aqui. Um homem passeia com seu cachorro na coleira, enquanto
outro brinca com seu pet atirando um frisbee no ar.
Uma mulher com roupa de academia passou caminhando rapidamente
por mim. Deve estar fazendo seu exercício físico diário, pois não aparenta
cansaço, apesar de seu ritmo ser intenso.
Dois homens muito bem vestidos, de camisa e calça social, ficaram
sentados por um bom tempo (acredito que mais de vinte minutos) em um
banco não muito distante. Ficaram conversando e tomando chimarrão.
Escutei um barulho de motor de avião e olhei para cima, mas não
consegui enxergar, pois o céu estava completamente nublado.
Um senhor idoso, aparentando já ser aposentado, de chapéu amarelo,
óculos, vestindo um abrigo: a calça preta e o casaco azul com detalhes em
preto e cinza, passou vagarosamente por vários de meus colegas, os
observando com uma certa curiosidade, depois continuou sua caminhada.
Três colegas, sentadas no banco ao lado do banco em que eu estava
sentada, começaram a conversar, não prestei atenção ao que elas diziam, mas
não gostei do fato de elas conversarem, sendo que a orientação da professora
foi de que não conversássemos entre nós. Ainda bem que elas pararam de
conversar logo em seguida.
O carro da Brigada apareceu novamente. Passou pelo meio do parque,
ao lado do banco em que a Débora e eu nos sentamos.
A professora começou a se levantar e chamar pelo nosso grupo. Eu
fiquei tão absorta pela observação, que nem percebi como o tempo passou
rápido... Foram trinta minutos que pareceram dez.
Adorei ter feito este trabalho, por mim, poderíamos ter ficado uma hora
anotando nossas observações.

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