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Legislação Institucional
CBFPM
Instrutor: Cap HUMBERTO Goulart Neto
Santa Maria – RS
2021
Referências constitucionais
• Artigo 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
• polícias militares ( Brigada Militar) e corpos de bombeiros militares. Às polícias militares cabem a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública
As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército
subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
• Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas
com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Constituição do Estado e a BM (até EC 78/20)
• Art. 46. Os integrantes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são servidores públicos
militares do Estado regidos por estatutos próprios, estabelecidos em lei complementar, observado o
seguinte:
• - remuneração especial do trabalho que exceder à jornada de 40 (quarenta) horas semanais e outras
vantagens que a lei determinar;
• - acesso a cursos ou concursos que signifiquem ascensão funcional, independentemente de idade e de
estado civil;
• - regime de dedicação exclusiva, nos termos da lei, ressalvado o disposto na Constituição Federal;
• - estabilidade às praças com cinco anos de efetivo serviço prestado à Corporação.
Constituição do Estado e a BM
• Lei Complementar disporá sobre a promoção extraordinária do servidor militar que morrer ou ficar
permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em serviço, bem como, na mesma situação,
praticar ato de bravura.
• É assegurado o direito de livre associação profissional.
• Art. 129. À Brigada Militar, dirigida pelo Comandante-Geral, oficial da ativa do quadro da Polícia Militar,
do último posto da carreira, de livre escolha, nomeação e exoneração pelo Governador do Estado,
incumbem a polícia ostensiva, a preservação da ordem pública e a polícia judiciária militar.
• Art. 132. Os serviços de trânsito de competência do Estado serão realizados pela Brigada Militar.
Lei 10.990/97 - Dispõe sobre o Estatuto dos Militares
Estaduais e dá outras providências
•Art. 1º Este Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos servidores
militares do Estado.
•Art. 2º A Brigada Militar, instituída para a preservação da ordem pública no Estado e considerada Força
Auxiliar, reserva do Exército Brasileiro é instituição permanente e regular, organizada com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Governador do Estado.
• Na ativa:
• Servidores militares de carreira
• Servidores militares temporários
• Componentes da reserva convocados
• Alunos de órgãos de formação
• Na inatividade:
•Art. 12. A hierarquia e a disciplina militares são a base institucional da Brigada Militar, sendo que a
autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
A hierarquia militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura da
corporação, sendo que a ordenação se faz por postos ou graduações e, dentro de um mesmo posto ou de
uma mesma graduação, se faz pela antiguidade no posto ou na graduação, consubstanciada no espírito de
acatamento à sequência de autoridade.
A disciplina militar é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e
disposições que fundamentam o organismo policial-militar e coordenam o seu funcionamento regular e
harmônico, traduzindo-se pelo cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos seus
componentes.
A disciplina militar e o respeito à hierarquia devem ser mantidos entre servidores militares da ativa, da
reserva remunerada e reformados.
Estatuto dos Militares Estaduais
•Art. 13. Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os servidores militares da mesma
categoria e tem a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem em ambiente de estima e
confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
Posto é o grau hierárquico do Oficial e a Graduação é o grau hierárquico da Praça, ambos conferidos por atos do
Governador do Estado.
Os graus hierárquicos inicial e final dos Quadros e Classificações são os compreendidos nas carreiras de nível
superior e médio, respectivamente, definidos em lei complementar específica.
A precedência entre servidores militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antiguidade no posto
ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional do Comandante-Geral, do Subcomandante-Geral e do
Chefe do Estado-Maior.
antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da publicação do ato da respectiva promoção,
nomeação, ou inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data
Estatuto dos Militares Estaduais
•Art. 47. O servidor militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar
de superior hierárquico poderá recorrer, interpor pedido de reconsideração, queixa, representação ou anulação
de ato administrativo, segundo legislação disciplinar da Corporação (RDBM)
•§ 4º Aos servidores militares em processo administrativo ou judicial são assegurados o contraditório e a ampla
defesa.
•Reconsideração – é o recurso interposto à autoridade que praticou ou
aprovou, ato disciplinar que reputa irregular, ofensivo, injusto ou ilegal,
para que o reexamine
• Art. 58-A. O ingresso na carreira dos servidores militares de nível médio dar-se-á no Nível III da
graduação de Soldado, havendo a progressão automática para o Nível II após 10 (dez) anos de carreira e
para o Nível I após 20 (vinte) anos de carreira.
• A promoção à graduação superior independe do nível em que esteja posicionado o Soldado.
Estatuto dos Militares Estaduais
•§ 6º A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença para tratamento de saúde,
por punição anterior decorrente de transgressão disciplinar, pelo estado de guerra ou para que sejam
cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquelas licenças.
• ME agregado em CD ou CJ tem direito a férias.
•§ 7º Durante as férias, o servidor militar terá direito a todas as vantagens inerentes ao cargo, como se
estivessem em exercício.
•Art. 60. Será pago ao servidor militar, por ocasião das férias, independentemente de solicitação, o
acréscimo constitucional de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, pago antecipadamente.
•§ 1º O pagamento da remuneração de férias será efetuado antecipadamente ao servidor militar que o
requerer, juntamente com o acréscimo constitucional de 1/3 (um terço), antes do início do referido
período.
•§ 2º Na hipótese de férias parceladas, poderá o servidor militar indicar em qual dos períodos utilizará a
faculdade de que trata este artigo.
Estatuto dos Militares Estaduais
•Art. 61. Por absoluta necessidade de serviço, as férias poderão ser acumuladas até o máximo de 2 (dois)
períodos anuais. MÁXIMO 2 PERIODOS, justificamente.
•Art. 62. Somente em casos de interesse da segurança pública, de manutenção da ordem, de extrema
necessidade do serviço, ou de transferência para a inatividade, os servidores militares terão interrompido
ou deixarão de gozar, na época prevista, o período de férias a que tiverem direito, registrando-se o fato
em seus assentamentos.
•Art. 67. É assegurado, ainda, o afastamento do servidor militar, sem prejuízo de sua remuneração,
durante os dias de provas finais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de ensino superior, 1º e
2º graus, e durante os dias de provas em exames supletivos e de habilitação a curso superior.
Estatuto dos Militares Estaduais
•Art. 65. O servidor militar que tiver gozado mais de 30 (trinta) dias para tratar de interesses particulares,
somente após um ano de efetivo exercício contado da data da apresentação, fará jus a férias.
•Art. 66. Os servidores militares têm direito, também, aos períodos de afastamento total do serviço,
observadas as disposições legais e regulamentares, por motivo de:
•I - núpcias;
até 8 dias consecutivo
•II - luto;
•III - instalação; (10 dias com dependentes, 04 dias se desacompanhado ou solteiro)
•IV - trânsito.
•Parágrafo único. O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou luto, por até 8 (oito) dias
consecutivos, será concedido, no primeiro caso, se solicitado por antecipação à data do evento e, no
segundo caso, tão logo a autoridade à qual estiver subordinado o servidor militar tenha conhecimento do
óbito de seu ascendente, descendente, cônjuge, sogros, irmãos, companheiro ou companheira, padrasto
ou madrasta, enteado e menor sob guarda ou tutela.
Estatuto dos Militares Estaduais
•DAS LICENÇAS
•Art. 69. Licença é a autorização para afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida ao
servidor militar, observadas as disposições legais e regulamentares.
•§ 1º A licença pode ser:
•I - licença de capacitação profissional;
•II - para tratar de interesses particulares;
•III - para tratamento de saúde própria;
•IV - para tratamento de saúde de pessoa da família;
•V - à gestante e à adotante;
•VI - à paternidade;
•VII - para acompanhar o cônjuge.
•§ 3º Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar conceder as licenças previstas no "caput", bem
como a licença para exercício de mandato classista, observadas as necessidades de serviço.
Estatuto dos Militares Estaduais
•Art. 70. A lei assegurará ao servidor militar estadual ocupante de cargo de provimento efetivo, no
interesse da Administração, após cada quinquênio de efetivo exercício, a possibilidade de afastamento
por meio de licença, para participar de curso de capacitação profissional, com a respectiva remuneração,
sem prejuízo de sua situação funcional, por até 3 (três) meses, não cumuláveis, conforme disciplina legal,
sendo vedada a conversão em pecúnia para aquele servidor que não usufruir desse direito.
•§ 1º Ficam asseguradas ao servidor militar estadual as licenças especiais já adquiridas, bem como a
integralização, para todos os efeitos de averbação e gratificações temporais, com base no regime
anterior, do quinquênio em andamento na data da publicação desta Lei Complementar.
•§ 2º O período de licença de capacitação profissional não interrompe a contagem de tempo de efetivo
exercício.
•§ 4.º Para os efeitos de concessão de licença de capacitação profissional, não se considerarão como
interrupção de serviços ao Estado os afastamentos previstos nos incisos V e VI do art. 69, as licenças para
tratamento de saúde própria, de até 4 (quatro) meses, e as licenças para tratamento de saúde de
pessoas da família, de até 2 (dois) meses
Não interrompe
LTS – até 4 meses
LTSPF – até 2 meses
Estatuto dos Militares Estaduais
•Art. 71. Ao servidor militar estável poderá ser concedida licença para tratar de interesses particulares,
pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem remuneração e com prejuízo da contagem do tempo de
serviço público.
Perde contagem de tempo de serviço e de exercício no posto/graduação.
•§ 1º A licença poderá ser negada, quando o afastamento for inconveniente ao interesse do serviço.
•§ 2º O servidor militar deverá aguardar em exercício a concessão da licença, salvo hipótese de imperiosa
necessidade, devidamente comprovada à autoridade a que estiver subordinado, considerando-se como
faltas os dias de ausência ao serviço, caso a licença seja negada.
•§ 3º O servidor militar poderá, a qualquer tempo, reassumir o exercício do cargo.
•§ 4º Não se concederá nova licença, antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior, contados
desde a data em que tenha reassumido o exercício do cargo.
Estatuto dos Militares Estaduais
•Art. 72. Será concedida ao servidor militar licença para tratamento de saúde própria, a pedido ou "ex-
officio", precedida de inspeção médica realizada pelo Departamento de Saúde da Brigada Militar, na
Capital ou no interior, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
•§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica poderá ser realizada na residência do servidor, ou no
estabelecimento hospitalar em que se encontrar internado.
•§ 2º O servidor militar não poderá recusar-se à inspeção médica.
•Art. 75. O servidor militar em licença para tratamento de saúde própria deverá abster- se do exercício de
atividades incompatíveis com o seu estado, sob pena de imediata suspensão da mesma.
Estatuto dos Militares Estaduais
•Art. 76. O servidor militar poderá obter licença por motivo de doença do cônjuge, de ascendente,
descendente, enteado e colateral consanguíneo, até o 2º grau, desde que comprove ser indispensável a
sua assistência e esta não possa ser prestada, simultaneamente, com o exercício do cargo.
•Art. 77. A licença de que trata o artigo anterior será concedida: (LTSPF)
•I - com a remuneração total, até 90 (noventa) dias;
•II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, no período que exceder a 90 (noventa) e não ultrapassar a 180
(cento e oitenta) dias;
•III - com 1/3 (um terço) da remuneração, no período que exceder a 180 (cento e oitenta) e não
ultrapassar a 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
•Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, as licenças, pela mesma moléstia, com intervalos inferiores
a 30 (trinta) dias, serão consideradas como prorrogação.
Estatuto dos Militares Estaduais
•Art. 78. À servidora militar é concedido licença maternidade de 180 (cento e oitenta)dias, mediante
inspeção médica e sem prejuízo da remuneração.
•Parágrafo único. No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora-militar será
submetida a inspeção médica e, se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.
•Art. 79. Ao término da licença a que se refere o artigo anterior, é assegurado à servidora-militar lactante,
durante o período de 2 (dois) meses, o direito de comparecer ao serviço em um turno, quando seu regime
de trabalho obedecer a dois turnos, ou a três horas consecutivas por dia, quando seu regime de trabalho
obedecer a turno único
•Art. 80. À servidora militar adotante será concedida licença a partir da concessão do termo de guarda ou
da adoção pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
•Art. 81. Pelo nascimento ou pela adoção de filho, o servidor militar terá direito à licença-paternidade de
30 (trinta) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração, inclusive em casos de natimorto.
Estatuto dos Militares Estaduais
• Estatuto da BM - Art. 159. Aplicam-se aos servidores militares, nos casos omissos na presente Lei, as
disposições do Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande
do Sul.
• Estatuto servidores civis –Art. 127 - O servidor, pai, mãe ou responsável por excepcional, físico ou
mental, em tratamento, fica autorizado a se afastar do exercício do cargo, quando necessário, por
período de até 50% (cinqüenta por cento) de sua carga horária normal cotidiana, na forma da lei.
DA PROMOÇÃO
• Art. 56
• Tipos de Promoção
• Merecimento
• Antiguidade
• Extraordinária
• Ressarcimento de preterição
ABONO DE PERMANÊNCIA
• Art. 58, O servidor militar estadual da carreira de nível médio que já tenha cumprido as exigências para
a inatividade voluntária, cuja permanência no desempenho de suas funções seja julgada conveniente e
oportuna para o serviço público militar, e que optar por continuar na atividade, poderá ter deferido, por
ato do Governador do Estado, o abono de permanência no serviço, no valor equivalente à sua
contribuição previdenciária.
•Art. 87. Somente em caso de flagrante delito o servidor militar poderá ser preso por autoridade policial
civil, ficando esta obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade policial- militar mais próxima, só
podendo retê-lo na delegacia ou posto policial durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.
Estatuto dos Militares Estaduais
Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado, no órgão encarregado da administração do pessoal,
o requerimento de transferência para a reserva remunerada, o servidor militar será considerado em licença especial,
sem prejuízo da remuneração e da contagem de tempo de serviço, para todos os efeitos, podendo afastar-se do serviço,
enquanto aguarda o desligamento, salvo se, antes, tiver sido cientificado do indeferimento do pedido
•Art. 117. O servidor militar da ativa, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes dos itens I, II, III e IV do
artigo anterior, será reformado com remuneração integral, qualquer que seja o seu tempo de serviço.
Estatuto dos Militares Estaduais
•DO TEMPO DE SERVIÇO
•Art. 139. Os servidores militares começam a contar tempo de serviço na Brigada Militar a partir da data de sua inclusão
ou nomeação para o posto ou graduação.
•§ 1º Considera-se como data de inclusão ou nomeação, para fins deste artigo, a data de publicação do respectivo ato
no Diário Oficial do Estado.
•§ 2º O servidor militar reincluído recomeça a contar tempo de serviço na data de publicação, no Diário Oficial do
Estado, do ato concernente a sua reinclusão.
•Art. 141. Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia a dia entre a inclusão ou nomeação e a data
limite estabelecida para contagem ou data do desligamento do serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja
parcelado.
•(...)
•§ 2º Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço, além dos afastamentos previstos no artigo 66, os períodos em
que o servidor militar estiver afastado do exercício de suas funções, em gozo de licença especial.
Estatuto dos Militares Estaduais
•DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO
•Art. 150. As recompensas constituem reconhecimento de bons serviços prestados pelos servidores militares.
•§ 1º São recompensas aos servidores militares:
•a) prêmios de Honra ao Mérito;
•b) condecorações por serviços prestados;
•c) elogios, louvores, referências elogiosas;
•d) dispensa do serviço.
•Art. 152. As dispensas do serviço podem ser concedidas aos servidores militares:
•I - como recompensa;
•II - em decorrência de prescrição médica.
•Parágrafo único. As dispensas de serviço serão concedidas com remuneração correspondente ao cargo ou função e
computadas como tempo de efetivo serviço.
Estatuto dos Militares Estaduais
•Art. 157. O cônjuge do servidor militar, sendo servidor estadual, será, se o requerer, removido ou designado para a
sede do município onde servir o servidor militar, sem prejuízo de qualquer dos seus direitos, passando, se necessário, a
condição de adido ou posto a disposição de qualquer órgão do serviço público estadual.
Cônjuge tem de ser servidor estadual
•Parágrafo único. Quando, por necessidade do serviço, o servidor militar mudar a sede do seu domicílio, terá
assegurado o direito de transferência e matrícula, para si e seus dependentes, para qualquer estabelecimento de ensino
do Estado, independente de vaga e em qualquer grau.
•Art. 158. Não se aplicam as disposições deste Estatuto ao pessoal civil em serviço na Brigada Militar.
Lei Estadual 10.991/97
•ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA BRIGADA MILITAR
•Art. 1º - A Brigada Militar, Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul, é uma Instituição
permanente e regular, organizada com base na hierarquia e na disciplina, destinada à
preservação da ordem pública e à incolumidade das pessoas e do patrimônio.
•Art. 2º - A Brigada Militar vincula-se, administrativa e operacionalmente, à Secretaria de
Estado responsável pela Segurança Pública no Estado do Rio Grande do Sul.
•Art. 19 - Os Departamentos e o Comando do Corpo de Bombeiros organizam, sob a forma de sistemas, as atividades
de ensino, instrução e pesquisa, logística, patrimônio, saúde, administração financeiro-contábil, pessoal, informática,
atividades de bombeiro e outras, de acordo com as necessidades de instituição, compreendendo:
•I - Departamento de Ensino, órgão de planejamento, controle e fiscalização das atividades de ensino, instrução e
pesquisa;
•II - Departamento de Logística e Patrimônio, órgão de planejamento, controle e fiscalização dos bens patrimoniais
afetos à Instituição, competindo-lhe a aquisição, distribuição, manutenção e a contratação de todos os serviços;
•III - Departamento de Saúde, órgão de planejamento, controle e fiscalização das atividades de saúde da Instituição;
•IV - Departamento Administrativo, órgão de planejamento, controle, fiscalização, auditoria e execução das
atividades financeiro-orçamentário-contábeis do pessoal;
•V - Departamento de Informática, órgão de planejamento, controle e fiscalização dos sistemas informatizados da
Instituição.
•VI - Comando do Corpo de Bombeiros, órgão de planejamento, controle, coordenação e fiscalização de todas as
atividades técnicas de bombeiro.
Lei Estadual 10.991/97
•Art. 20 - As funções de Comandante-Geral, de Subcomandante-Geral, de Chefe do Estado-
Maior, de Corregedor-Geral e de Diretores dos Departamentos são privativas do posto de
Coronel do QOEM.
•§ 1º - A função de Diretor do Departamento de Saúde será exercida por um Coronel do Quadro
de Oficiais Especialistas em Saúde - QOES.
Lei Complementar Estadual 10.992/97
•Dispõe sobre a carreira dos Servidores Militares do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras
providências.
• Art. 7° - Transgressão disciplinar é qualquer violação dos princípios da ética, dos deveres ou das obrigações policiais-
militares, na sua manifestação elementar e simples, bem como qualquer omissão ou ação contrária a preceitos legais
ou regulamentares.
• § 1° - A responsabilidade criminal e civil não elide a incidência de transgressão disciplinar e, conseqüentemente, da
aplicação de sanção disciplinar, caso a conduta não seja devidamente justificada.
INDEPENDÊNCIA DAS ESFERAS
• Art. 25 - A parte disciplinar é o relato de uma transgressão disciplinar cometida por Militar Estadual.
• Art. 26 - Todo Militar Estadual que tiver conhecimento de um fato contrário à disciplina deverá participar ao
seu superior imediato, por escrito ou verbalmente, neste último caso confirmando a participação, por escrito no
prazo de até dois dias úteis.
• Art. 27 - A parte disciplinar deve ser clara e precisa, contendo os dados capazes de identificar pessoas ou
objetos envolvidos, local, data, hora do fato, circunstâncias e alegações do transgressor, quando presente.
• § 1° É vedado ao comunicante tecer comentários ou opiniões pessoais.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• DO PROCESSO
• Art. 28 - Nos casos em que são imputadas ao Militar Estadual ações ou omissões tidas como transgressões da
disciplina policial-militar, estas serão devidamente apuradas na forma do contido neste Capítulo e nos Anexos I e II,
deste Regulamento, propiciando-se ao imputado o devido processo administrativo para a sua ampla defesa e
contraditório.
• Parágrafo único - O processo administrativo será orientado pelos princípios da instrumentalidade, simplicidade,
informalidade, economia procedimental e celeridade, buscando sempre a verdade real sobre o fato apreciado.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• Art. 30 - Incumbirá ao acusado o ônus de provar os fatos por ele alegados em sua defesa, entre estes os de
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo da pretensão punitiva-disciplinar, bem como o de apresentar
e conduzir à autoridade competente as provas documentais e testemunhais que arrolar como pertinentes ao fato.
• 02 advertências = 01 repreensão
02 repreensões = 01 detenção sem prejuízo
02 detenções sem prejuízo = 01 detenção com prejuízo
• Art. 45 - Ao ser incluído na Brigada Militar, o Praça será classificado no comportamento bom.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
DOS RECURSOS DISCIPLINARES
• Art. 47 - É direito de todo o Militar Estadual, que se considerar prejudicado,
ofendido ou injustiçado por ato de superior hierárquico na esfera disciplinar, interpor
os seguintes recursos:
• I - Reconsideração de Ato;
• II - Queixa;
• III - Representação.
• § 1° - A dispensa total do serviço será concedida pelo prazo máximo de oito dias, alternados ou consecutivos, no
decorrer de um ano civil, observado esse limite, os dias de dispensa que não serão descontados das férias do Militar
Estadual.
• Art. 74 - São competentes para conceder as recompensas de que trata este Título as autoridades especificadas no
artigo 20, deste Regulamento.
•
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• ANEXO I
• TIPOS TRANSGRESSIONAIS DISCIPLINARES
• I - São consideradas transgressões de natureza leve:
• 1. Deixar de comunicar ao superior, tão logo possível, a execução de ordem legal recebida;
• 4. Tornar parte em jogos proibidos, ou jogar a dinheiro;
• 5. Içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de autoridade;
• 8. Fumar em lugar ou ocasião onde isso seja vedado ou quando se dirigir a superior;
• 9. Usar uniforme de forma inadequada, contrariando as normas respectivas, ou vestuário incompatível com a função,
ou, ainda, descurar do asseio pessoal ou coletivo;
• 13. Sobrepor ao uniforme insígnias de sociedades particulares, entidades religiosas ou políticas, bem como medalhas
desportivas, ou, ainda, usar indevidamente distintivos ou condecorações;
• 14. Deixar, o Militar Estadual, de portar o seu documento de identidade funcional, quando de serviço ou trajando
uniforme da Brigada Militar;
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• II - São consideradas transgressões de natureza média:
• 1. Condutas dolosas tipificadas como infração penal de menor potencial ofensivo, atentatórias ao sentimento do
dever ou à dignidade do Policial-Militar;
• 2. Deixar de cumprir ou de fazer cumprir normas regulamentares, na esfera de suas atribuições;
• 8. Deixar de encaminhar documento no prazo legal;
• 9. Retardar o cumprimento de ordem legal;
• 14. Trabalhar mal, por falta de atenção;
• 15. Afastar-se do local em que deva encontrar-se por força de ordens ou disposições legais;
• 19. Comparecer fardado a manifestações de caráter político;
• 24. Ser indiscreto em relação a assunto de caráter oficial cuja divulgação possa ser prejudicial à disciplina ou à boa
ordem do serviço.
• 25. Espalhar boato ou notícia tendenciosa sobre ME ou a respeito da atividade policial-militar;
• 28. Responder de maneira desrespeitosa a superior, igual ou subordinado;
• 29. Desconsiderar ou desrespeitar a autoridade civil;
•
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• Art. 1º - A morte de policiais civis, em situações previstas pela LEI Nº 7.366, de 29 de março
de 1980 e policiais militares regidos pela LEI Nº 7.138, de 30 de janeiro de 1978 (Estatuto dos
Policiais Militares do Estado do Rio Grande do Sul), será considerada como acidente em
serviço, quando ocorrida nas seguintes circunstâncias:
• I - por fato relacionado, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo, ainda que
ocorrido em horário ou local diverso daquele determinado para o exercício de suas funções;
• II - em decorrência de agressão sofrida e não provocada pelo policial, no exercício de suas
atribuições;
• III - por situação ocorrida no percurso da residência para o trabalho e vice-versa;
• IV - em treinamento;
• V - em represália, por sua condição de policial.
• Art. 3º - Para concessão dos direitos decorrentes da morte em acidente de serviço, deverão
ser apurados os fatos, com comprovação documental e testemunhal, mediante processo ex-
ofício, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da ocorrência da morte.
DECRETO Nº 36.175, DE 13 DE SETEMBRO DE 1995.
Art. 1º - Este Regulamento estabelece princípios e normas gerais para a movimentação dos
servidores policiais-militares em serviço ativo da Brigada Militar, considerando:
por promoção, se não houver vaga na OPM em que o servidor policial-militar estiver prestando serviço;
por motivo de saúde própria ou de dependente do servidor policial-militar, devendo tal medida ser
recomendada por Junta Médica de Hospital da Brigada Militar, com o indicativo de qual a região do
Estado que é propícia ao restabelecimento do interessado ou seu dependente, desde que esta seja a
única alternativa de tratamento viável;
por inconveniência da permanência do servidor policial-militar em determinada OPM ou fração de
tropa, que deverá estar claramente reconhecida em Sindicância, IPM ou Conselho de Disciplina ou de
Justificação.
por interesse do servidor policial-militar;
por permuta;
quando o cônjuge do servidor policial-militar for servidor público estadual e este for transferido por
necessidade do serviço para outro município de domicílio, desde que haja vaga.
ATENÇÃO - A Movimentação POR PERMUTA Poderá ser requerida sem a observância do lapso do
tempo mínimo de OPM, desde que atendidos os seguintes pressupostos:
I - manifestação expressa dos permutantes;
II - parecer fundamentado de ambos Comandantes;
III - coincidência de Posto de Graduação e de Quadro ou Qualificação;
IV - que tenha, no mínimo, mais dois anos para servir na Corporação.
Art. 6º - A movimentação abrange as seguintes modalidades:
I - classificação;
II - transferência;
III - nomeação;
IV - designação.
Parágrafo 1º - Classificação é a modalidade de movimentação que atribui ao servidor policial-militar uma OPM, em
decorrência de promoção, reversão, exoneração, término de licença ou conclusão de curso.
Parágrafo 2º - Transferência é a modalidade de movimentação, de uma para outra OPM, ou, no âmbito de uma OPM, de
uma para outra fração de OPM, destacada ou não, que se realiza por iniciativa da autoridade competente ou a
requerimento do interessado, devendo ser efetuada por necessidade do serviço ou no interesse do servidor policial-
militar.
Parágrafo 3º - Nomeação é a modalidade de movimentação do servidor policial-militar para ocupar o cargo especificado
no ato respectivo.
Parágrafo 2º - O afastamento para instalação poderá ser solicitado dentro de seis meses,
contados da data da apresentação na OPM ou fração de OPM de destino.
II - que esteja servindo na OPM, pelo menos há dois anos, salvo os incisos II (por motivo de
saúde), III (por inconveniência), V (por permuta) e VI (acompanhamento de cônjuge)do artigo 3º,
que poderá ser a qualquer tempo;
IV - que não tenha solicitado mais de duas transferências, antes de alcançar a estabilidade.
Parágrafo único - Caberá à autoridade competente para a movimentação decidir se esta será
enquadrada como do interesse do servidor policial-militar ou por necessidade do serviço.