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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA


BRIGADA MILITAR
CPChq – DE
2º BPChoque – EsFAS

Legislação Institucional
CBFPM
Instrutor: Cap HUMBERTO Goulart Neto

Santa Maria – RS
2021
Referências constitucionais
• Artigo 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
• polícias militares ( Brigada Militar) e corpos de bombeiros militares. Às polícias militares cabem a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública
As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército
subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
• Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas
com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Constituição do Estado e a BM (até EC 78/20)
• Art. 46. Os integrantes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são servidores públicos
militares do Estado regidos por estatutos próprios, estabelecidos em lei complementar, observado o
seguinte:
• - remuneração especial do trabalho que exceder à jornada de 40 (quarenta) horas semanais e outras
vantagens que a lei determinar;
• - acesso a cursos ou concursos que signifiquem ascensão funcional, independentemente de idade e de
estado civil;
• - regime de dedicação exclusiva, nos termos da lei, ressalvado o disposto na Constituição Federal;
• - estabilidade às praças com cinco anos de efetivo serviço prestado à Corporação.
Constituição do Estado e a BM
• Lei Complementar disporá sobre a promoção extraordinária do servidor militar que morrer ou ficar
permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em serviço, bem como, na mesma situação,
praticar ato de bravura.
• É assegurado o direito de livre associação profissional.
• Art. 129. À Brigada Militar, dirigida pelo Comandante-Geral, oficial da ativa do quadro da Polícia Militar,
do último posto da carreira, de livre escolha, nomeação e exoneração pelo Governador do Estado,
incumbem a polícia ostensiva, a preservação da ordem pública e a polícia judiciária militar.
• Art. 132. Os serviços de trânsito de competência do Estado serão realizados pela Brigada Militar.
Lei 10.990/97 - Dispõe sobre o Estatuto dos Militares
Estaduais e dá outras providências

•Art. 1º Este Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos servidores
militares do Estado.

•Art. 2º A Brigada Militar, instituída para a preservação da ordem pública no Estado e considerada Força
Auxiliar, reserva do Exército Brasileiro é instituição permanente e regular, organizada com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Governador do Estado.

•Art. 3º Os integrantes da Brigada Militar do Estado, em razão da destinação constitucional da Corporação


e em decorrência das leis vigentes, constituem uma categoria especial de servidores públicos estaduais,
sendo denominados servidores militares.
Lei 10.990/97 - Dispõe sobre o Estatuto dos Militares
Estaduais e dá outras providências

• Na ativa:
• Servidores militares de carreira
• Servidores militares temporários
• Componentes da reserva convocados
• Alunos de órgãos de formação

• Na inatividade:

• Reserva remunerada (podem ser convocados em casos de


• Reformados – dispensados definitivamente
• Reserva não remunerada

•PME – reservista convocado por lei específica


Estatuto dos Militares Estaduais

•DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

•Art. 12. A hierarquia e a disciplina militares são a base institucional da Brigada Militar, sendo que a
autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
A hierarquia militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura da
corporação, sendo que a ordenação se faz por postos ou graduações e, dentro de um mesmo posto ou de
uma mesma graduação, se faz pela antiguidade no posto ou na graduação, consubstanciada no espírito de
acatamento à sequência de autoridade.
A disciplina militar é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e
disposições que fundamentam o organismo policial-militar e coordenam o seu funcionamento regular e
harmônico, traduzindo-se pelo cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos seus
componentes.
A disciplina militar e o respeito à hierarquia devem ser mantidos entre servidores militares da ativa, da
reserva remunerada e reformados.
Estatuto dos Militares Estaduais

•Art. 13. Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os servidores militares da mesma
categoria e tem a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem em ambiente de estima e
confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.

•Parágrafo único. Os círculos hierárquicos serão disciplinados, na forma regulamentar, em:


Círculos de Oficiais E O Círculos de Praças.
Estatuto dos Militares Estaduais
Estatuto dos Militares Estaduais

Posto é o grau hierárquico do Oficial e a Graduação é o grau hierárquico da Praça, ambos conferidos por atos do
Governador do Estado.
Os graus hierárquicos inicial e final dos Quadros e Classificações são os compreendidos nas carreiras de nível
superior e médio, respectivamente, definidos em lei complementar específica.

A precedência entre servidores militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antiguidade no posto
ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional do Comandante-Geral, do Subcomandante-Geral e do
Chefe do Estado-Maior.
antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da publicação do ato da respectiva promoção,
nomeação, ou inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data
Estatuto dos Militares Estaduais

•§ 3º Em igualdade de posto ou graduação, os servidores militares na ativa têm precedência sobre os na


inatividade.
•§ 4º Em igualdade de posto ou graduação, a precedência entre os servidores militares na ativa e os na
reserva remunerada que estiverem convocados é definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou na
graduação.
•§ 5º Em caso de igualdade de posto, os Oficiais que possuírem o Curso Superior de Polícia Militar terão
precedência sobre os demais.
•§ 6º Excetuados os integrantes do Quadro de Oficiais Especialistas em Saúde - QOES, no exercício de
cargo privativo de sua especialidade, e respeitadas as restrições do presente artigo, os demais Oficiais,
quando não possuírem Curso Superior de Polícia Militar, não poderão exercer Comando, Chefia ou Direção
sobre os Oficiais que o possuir.
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•DO VALOR POLICIAL-MILITAR

•Art. 24. São manifestações essenciais do valor policial-militar:


- a dedicação ao serviço policial
- a fé na elevada missão da Brigada Militar;
- o espírito de corpo
– o amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com que é exercida; e,
- o aprimoramento técnico profissional.
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•DA ÉTICA POLICIAL-MILITAR


•Art. 25. O sentimento do dever, a dignidade militar, o brio e o decoro de classe impõem, a cada um dos
integrantes da Brigada Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos
seguintes preceitos de ética do servidor militar:
- amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal;
- respeitar a dignidade da pessoa humana;
- cumprir e fazer cumprir as leis
- ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
•Art. 26. Ao servidor militar da ativa é vedado participar de gerência ou administração de empresa
privada, de sociedade civil ou exercer comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário.
Crime militar
transgressão disciplinar
Art. 28. O servidor militar, enquanto em efetivo serviço, não poderá estar filiado a partido político.
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•DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES


•Art. 29.
- a dedicação ao serviço policial-militar e a fidelidade à Pátria e à comunidade, cuja honra, segurança,
instituições e integridade devem ser defendidas, mesmo com o sacrifício da própria vida;
- o culto aos símbolos nacionais e estaduais;
- a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
- a disciplina e o respeito à hierarquia;
- o rigoroso cumprimento das obrigações e das ordens;
- a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.
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•DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES


•Art. 35. A violação das obrigações ou dos deveres policiais-militares constituirá crime, contravenção ou
transgressão disciplinar, conforme dispuserem a legislação ou regulamentação específicas.
•§ 1º A violação dos preceitos da ética policial-militar é tanto mais grave quanto mais elevado for o grau
hierárquico de quem a cometer.
•§ 2º A responsabilidade disciplinar é independente das responsabilidades civil e penal.
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•DOS DIREITOS DOS SERVIDORES MILITARES


•Art. 46. São direitos dos servidores militares, nos limites estabelecidos na legislação específica:
•I - a garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a ela
inerentes, quando Oficial;
•II - o uso das designações hierárquicas;
•III - o desempenho de cargos e funções correspondentes ao posto e de atribuições correspondentes à
graduação;
•IV - a percepção de vencimentos, proventos e outras vantagem pecuniárias, na forma estabelecida no
Código de Vencimentos e Vantagens da Brigada Militar;
•V - o transporte para si e seus dependentes, seus bens pessoais, inclusive mobília, quando movimentado
por necessidade do serviço;
•VI - as promoções;
•VII - a transferência para a reserva remunerada ou a reforma;
•VIII - as férias e as licenças;
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•DOS DIREITOS DOS SERVIDORES MILITARES


•IX - a demissão voluntária e, ouvido o Comandante-Geral, o licenciamento voluntário da ativa;
•X - o porte de arma, em serviço ativo ou inativo, salvo aqueles em inatividade por alienação mental na
forma do artigo 121 e seus parágrafos ou sentença penal condenatória com trânsito em julgado cuja pena
não enseja o benefício de sursis;
•XII - a aquisição de uma arma de uso permitido, através da Brigada Militar, mediante indenização, na
forma regulamentar;
•XIII - a assistência judiciária gratuita, quando processado em razão de atos praticados em objeto de
serviço;
•XIV - a assistência social e médico-hospitalar;
•XV - a saúde, higiene e segurança do trabalho.
Estatuto dos Militares Estaduais

•Art. 47. O servidor militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar
de superior hierárquico poderá recorrer, interpor pedido de reconsideração, queixa, representação ou anulação
de ato administrativo, segundo legislação disciplinar da Corporação  (RDBM)
•§ 4º Aos servidores militares em processo administrativo ou judicial são assegurados o contraditório e a ampla
defesa.
•Reconsideração – é o recurso interposto à autoridade que praticou ou
aprovou, ato disciplinar que reputa irregular, ofensivo, injusto ou ilegal,
para que o reexamine

•Queixa – recurso destinado à autoridade imediatamente superior a que


julgou o ato contra a decisão denegatória do recurso de Reconsideração
de ato

•representação – efetuado por autoridade que julgue algum de seus


subordinados estar sendo vítima de injustiça, ilegalidade, arbitrariedade
• DA PROGRESSÃO DE NÍVEL DE NÍVEL

• Art. 58-A. O ingresso na carreira dos servidores militares de nível médio dar-se-á no Nível III da
graduação de Soldado, havendo a progressão automática para o Nível II após 10 (dez) anos de carreira e
para o Nível I após 20 (vinte) anos de carreira.
• A promoção à graduação superior independe do nível em que esteja posicionado o Soldado.
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•DAS FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO


•Art. 59.
•§ 1º As férias serão de trinta dias para todos os servidores-militares.
•§ 2º Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar a regulamentação da concessão das férias anuais.
•§ 3º Para o primeiro período aquisitivo de férias será exigido 12 (doze) meses de exercício.

•§ 4º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.


•§ 5.º A requerimento do servidor militar, e havendo concordância do respetivo comando, as férias
poderão ser gozadas em até 3 (três) períodos.
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•§ 6º A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença para tratamento de saúde,
por punição anterior decorrente de transgressão disciplinar, pelo estado de guerra ou para que sejam
cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquelas licenças.
• ME agregado em CD ou CJ tem direito a férias.
•§ 7º Durante as férias, o servidor militar terá direito a todas as vantagens inerentes ao cargo, como se
estivessem em exercício.
•Art. 60. Será pago ao servidor militar, por ocasião das férias, independentemente de solicitação, o
acréscimo constitucional de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, pago antecipadamente.
•§ 1º O pagamento da remuneração de férias será efetuado antecipadamente ao servidor militar que o
requerer, juntamente com o acréscimo constitucional de 1/3 (um terço), antes do início do referido
período.
•§ 2º Na hipótese de férias parceladas, poderá o servidor militar indicar em qual dos períodos utilizará a
faculdade de que trata este artigo.
Estatuto dos Militares Estaduais

•Art. 61. Por absoluta necessidade de serviço, as férias poderão ser acumuladas até o máximo de 2 (dois)
períodos anuais. MÁXIMO 2 PERIODOS, justificamente.
•Art. 62. Somente em casos de interesse da segurança pública, de manutenção da ordem, de extrema
necessidade do serviço, ou de transferência para a inatividade, os servidores militares terão interrompido
ou deixarão de gozar, na época prevista, o período de férias a que tiverem direito, registrando-se o fato
em seus assentamentos.
•Art. 67. É assegurado, ainda, o afastamento do servidor militar, sem prejuízo de sua remuneração,
durante os dias de provas finais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de ensino superior, 1º e
2º graus, e durante os dias de provas em exames supletivos e de habilitação a curso superior.
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•Art. 65. O servidor militar que tiver gozado mais de 30 (trinta) dias para tratar de interesses particulares,
somente após um ano de efetivo exercício contado da data da apresentação, fará jus a férias.
•Art. 66. Os servidores militares têm direito, também, aos períodos de afastamento total do serviço,
observadas as disposições legais e regulamentares, por motivo de:
•I - núpcias;
até 8 dias consecutivo
•II - luto;
•III - instalação; (10 dias com dependentes, 04 dias se desacompanhado ou solteiro)
•IV - trânsito.
•Parágrafo único. O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou luto, por até 8 (oito) dias
consecutivos, será concedido, no primeiro caso, se solicitado por antecipação à data do evento e, no
segundo caso, tão logo a autoridade à qual estiver subordinado o servidor militar tenha conhecimento do
óbito de seu ascendente, descendente, cônjuge, sogros, irmãos, companheiro ou companheira, padrasto
ou madrasta, enteado e menor sob guarda ou tutela.
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•DAS LICENÇAS
•Art. 69. Licença é a autorização para afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida ao
servidor militar, observadas as disposições legais e regulamentares.
•§ 1º A licença pode ser:
•I - licença de capacitação profissional;
•II - para tratar de interesses particulares;
•III - para tratamento de saúde própria;
•IV - para tratamento de saúde de pessoa da família;
•V - à gestante e à adotante;
•VI - à paternidade;
•VII - para acompanhar o cônjuge.
•§ 3º Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar conceder as licenças previstas no "caput", bem
como a licença para exercício de mandato classista, observadas as necessidades de serviço.
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•Art. 70. A lei assegurará ao servidor militar estadual ocupante de cargo de provimento efetivo, no
interesse da Administração, após cada quinquênio de efetivo exercício, a possibilidade de afastamento
por meio de licença, para participar de curso de capacitação profissional, com a respectiva remuneração,
sem prejuízo de sua situação funcional, por até 3 (três) meses, não cumuláveis, conforme disciplina legal,
sendo vedada a conversão em pecúnia para aquele servidor que não usufruir desse direito.
•§ 1º Ficam asseguradas ao servidor militar estadual as licenças especiais já adquiridas, bem como a
integralização, para todos os efeitos de averbação e gratificações temporais, com base no regime
anterior, do quinquênio em andamento na data da publicação desta Lei Complementar.
•§ 2º O período de licença de capacitação profissional não interrompe a contagem de tempo de efetivo
exercício.
•§ 4.º Para os efeitos de concessão de licença de capacitação profissional, não se considerarão como
interrupção de serviços ao Estado os afastamentos previstos nos incisos V e VI do art. 69, as licenças para
tratamento de saúde própria, de até 4 (quatro) meses, e as licenças para tratamento de saúde de
pessoas da família, de até 2 (dois) meses
Não interrompe
LTS – até 4 meses
LTSPF – até 2 meses
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•Art. 71. Ao servidor militar estável poderá ser concedida licença para tratar de interesses particulares,
pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem remuneração e com prejuízo da contagem do tempo de
serviço público.
 Perde contagem de tempo de serviço e de exercício no posto/graduação.

•§ 1º A licença poderá ser negada, quando o afastamento for inconveniente ao interesse do serviço.
•§ 2º O servidor militar deverá aguardar em exercício a concessão da licença, salvo hipótese de imperiosa
necessidade, devidamente comprovada à autoridade a que estiver subordinado, considerando-se como
faltas os dias de ausência ao serviço, caso a licença seja negada.
•§ 3º O servidor militar poderá, a qualquer tempo, reassumir o exercício do cargo.
•§ 4º Não se concederá nova licença, antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior, contados
desde a data em que tenha reassumido o exercício do cargo.
Estatuto dos Militares Estaduais

•Art. 72. Será concedida ao servidor militar licença para tratamento de saúde própria, a pedido ou "ex-
officio", precedida de inspeção médica realizada pelo Departamento de Saúde da Brigada Militar, na
Capital ou no interior, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
•§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica poderá ser realizada na residência do servidor, ou no
estabelecimento hospitalar em que se encontrar internado.
•§ 2º O servidor militar não poderá recusar-se à inspeção médica.

•Art. 73. Findo o período de licença, o servidor militar deverá reassumir


imediatamente o exercício do cargo, sob pena de ser considerado ausente, salvo prorrogação ou
determinação constante em laudo pericial.

•Art. 75. O servidor militar em licença para tratamento de saúde própria deverá abster- se do exercício de
atividades incompatíveis com o seu estado, sob pena de imediata suspensão da mesma.
Estatuto dos Militares Estaduais

•Art. 76. O servidor militar poderá obter licença por motivo de doença do cônjuge, de ascendente,
descendente, enteado e colateral consanguíneo, até o 2º grau, desde que comprove ser indispensável a
sua assistência e esta não possa ser prestada, simultaneamente, com o exercício do cargo.

•Art. 77. A licença de que trata o artigo anterior será concedida: (LTSPF)
•I - com a remuneração total, até 90 (noventa) dias;
•II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, no período que exceder a 90 (noventa) e não ultrapassar a 180
(cento e oitenta) dias;
•III - com 1/3 (um terço) da remuneração, no período que exceder a 180 (cento e oitenta) e não
ultrapassar a 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
•Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, as licenças, pela mesma moléstia, com intervalos inferiores
a 30 (trinta) dias, serão consideradas como prorrogação.
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•Art. 78. À servidora militar é concedido licença maternidade de 180 (cento e oitenta)dias, mediante
inspeção médica e sem prejuízo da remuneração.
•Parágrafo único. No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora-militar será
submetida a inspeção médica e, se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.
•Art. 79. Ao término da licença a que se refere o artigo anterior, é assegurado à servidora-militar lactante,
durante o período de 2 (dois) meses, o direito de comparecer ao serviço em um turno, quando seu regime
de trabalho obedecer a dois turnos, ou a três horas consecutivas por dia, quando seu regime de trabalho
obedecer a turno único
•Art. 80. À servidora militar adotante será concedida licença a partir da concessão do termo de guarda ou
da adoção pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
•Art. 81. Pelo nascimento ou pela adoção de filho, o servidor militar terá direito à licença-paternidade de
30 (trinta) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração, inclusive em casos de natimorto.
Estatuto dos Militares Estaduais

LICENÇA PARA ASSISTÊNCIA A FILHO EXCEPCIONAL

• Estatuto da BM - Art. 159. Aplicam-se aos servidores militares, nos casos omissos na presente Lei, as
disposições do Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande
do Sul.

• Estatuto servidores civis –Art. 127 - O servidor, pai, mãe ou responsável por excepcional, físico ou
mental, em tratamento, fica autorizado a se afastar do exercício do cargo, quando necessário, por
período de até 50% (cinqüenta por cento) de sua carga horária normal cotidiana, na forma da lei.
DA PROMOÇÃO
• Art. 56
• Tipos de Promoção
• Merecimento
• Antiguidade
• Extraordinária
• Ressarcimento de preterição
ABONO DE PERMANÊNCIA
• Art. 58, O servidor militar estadual da carreira de nível médio que já tenha cumprido as exigências para
a inatividade voluntária, cuja permanência no desempenho de suas funções seja julgada conveniente e
oportuna para o serviço público militar, e que optar por continuar na atividade, poderá ter deferido, por
ato do Governador do Estado, o abono de permanência no serviço, no valor equivalente à sua
contribuição previdenciária.

Caráter transitório e precário


Período máximo de 2 anos (possível renovação por iguais períodos)
Deferido por conveniência e oportunidade (discricionário)
Prazo máximo: limites de idade previstas (65 anos oficiais 60 anos praças)
Estatuto dos Militares Estaduais
•DAS PRERROGATIVAS
•Art. 86. As prerrogativas dos servidores militares são constituídas pelas honras, dignidades e distinções
devidas aos graus hierárquicos e cargos.
•Parágrafo único. São prerrogativas dos servidores militares:
•I - o uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas policiais-militares da Brigada Militar,
correspondentes ao posto ou à graduação;
•II - as honras, tratamento e sinais de respeito que lhes são assegurados em leis ou regulamentos;
•III - as penas de prisão, detenção ou reclusão, fixadas em sentença judicial e os casos de prisão
provisória, serão cumpridos em organização policial-militar, cujo Comandante, Chefe ou Diretor tenha
precedência hierárquica sobre a pessoa do preso;
•IV - julgamento em foro especial, nos crimes militares;
•V - livre ingresso e trânsito, em objeto de serviço, em qualquer recinto público ou privado, respeitada a
garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio;
Estatuto dos Militares Estaduais

•VI - prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado, no território


estadual, quando em serviço de caráter urgente;
•VIII - não confinamento em cela no caso de punição administrativa.

•Art. 87. Somente em caso de flagrante delito o servidor militar poderá ser preso por autoridade policial
civil, ficando esta obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade policial- militar mais próxima, só
podendo retê-lo na delegacia ou posto policial durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.
Estatuto dos Militares Estaduais
Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado, no órgão encarregado da administração do pessoal,
o requerimento de transferência para a reserva remunerada, o servidor militar será considerado em licença especial,
sem prejuízo da remuneração e da contagem de tempo de serviço, para todos os efeitos, podendo afastar-se do serviço,
enquanto aguarda o desligamento, salvo se, antes, tiver sido cientificado do indeferimento do pedido

decorridos 60 (sessenta) dias da data do protocolo do requerimento


de aposentadoria, o servidor público será considerado em licença
especial, podendo afastar-se do serviço, salvo se antes tiver sido
cientificado do indeferimento do pedido.
Estatuto dos Militares Estaduais
•DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA
•Art. 104. A passagem do servidor militar à situação de inatividade, mediante transferência para a reserva remunerada, se efetua:
•I - a pedido;
•II - "ex-officio".
•Art. 106. A transferência "ex-officio" para a reserva remunerada verificar-se-á sempre que o servidor militar incidir em um dos
seguintes casos:
•I - atingir as seguintes idades limites: COMPULSÓRIA
a) Oficiais: 65 anos;
b) Praças: 60 anos;
•II - o Oficial, ao completar 30 (trinta) anos de serviço e:
•b) 35 (trinta e cinco) anos de efetivo exercício, em qualquer hipótese;
•DA REFORMA
•Art. 113. A passagem do servidor militar à situação de reformado efetua-se "ex-officio".
•Art. 114. A reforma de que trata o artigo anterior será aplicada ao servidor militar que:
•I - atingir as seguintes idades-limites de permanência na reserva remunerada:
•a) Oficiais: 70 anos;
•b) Praças: 65 anos
Estatuto dos Militares Estaduais

• Reforma independentemente do tempo de sv


•Art. 116. A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de:
•I - ferimento sofrido em ação policial ou enfermidade contraída nessa circunstância ou que nela tenha causa eficiente, bem
como em decorrência da agressão sofrida e não provocada pelo serviço militar, no exercício de suas atribuições;
•II - acidente em serviço, entendido como:
•a) por ato relacionado, mediata ou imediatamente, com as atribuições do posto ou graduação, ainda que ocorrido em horário
ou local diverso daquele determinado para o exercício de suas funções;
•b) por situação ocorrida no percurso da residência para o trabalho e vice-versa;
•c) em treinamento; e
•d) em represália, por sua condição de servidor militar.
•III - doença, moléstia ou enfermidade adquirida com relação de causa e efeito a condições inerentes ao serviço;
•V - acidente, doença, moléstia ou enfermidade sem relação de causa e efeito com o serviço.

•Art. 117. O servidor militar da ativa, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes dos itens I, II, III e IV do
artigo anterior, será reformado com remuneração integral, qualquer que seja o seu tempo de serviço.
Estatuto dos Militares Estaduais
•DO TEMPO DE SERVIÇO
•Art. 139. Os servidores militares começam a contar tempo de serviço na Brigada Militar a partir da data de sua inclusão
ou nomeação para o posto ou graduação.
•§ 1º Considera-se como data de inclusão ou nomeação, para fins deste artigo, a data de publicação do respectivo ato
no Diário Oficial do Estado.
•§ 2º O servidor militar reincluído recomeça a contar tempo de serviço na data de publicação, no Diário Oficial do
Estado, do ato concernente a sua reinclusão.
•Art. 141. Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia a dia entre a inclusão ou nomeação e a data
limite estabelecida para contagem ou data do desligamento do serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja
parcelado.
•(...)
•§ 2º Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço, além dos afastamentos previstos no artigo 66, os períodos em
que o servidor militar estiver afastado do exercício de suas funções, em gozo de licença especial.
Estatuto dos Militares Estaduais
•DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO

•Art. 150. As recompensas constituem reconhecimento de bons serviços prestados pelos servidores militares.
•§ 1º São recompensas aos servidores militares:
•a) prêmios de Honra ao Mérito;
•b) condecorações por serviços prestados;
•c) elogios, louvores, referências elogiosas;
•d) dispensa do serviço.
•Art. 152. As dispensas do serviço podem ser concedidas aos servidores militares:
•I - como recompensa;
•II - em decorrência de prescrição médica.
•Parágrafo único. As dispensas de serviço serão concedidas com remuneração correspondente ao cargo ou função e
computadas como tempo de efetivo serviço.
Estatuto dos Militares Estaduais

•Art. 157. O cônjuge do servidor militar, sendo servidor estadual, será, se o requerer, removido ou designado para a
sede do município onde servir o servidor militar, sem prejuízo de qualquer dos seus direitos, passando, se necessário, a
condição de adido ou posto a disposição de qualquer órgão do serviço público estadual.
 Cônjuge tem de ser servidor estadual

•Parágrafo único. Quando, por necessidade do serviço, o servidor militar mudar a sede do seu domicílio, terá
assegurado o direito de transferência e matrícula, para si e seus dependentes, para qualquer estabelecimento de ensino
do Estado, independente de vaga e em qualquer grau.
•Art. 158. Não se aplicam as disposições deste Estatuto ao pessoal civil em serviço na Brigada Militar.
Lei Estadual 10.991/97
•ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA BRIGADA MILITAR

•Art. 1º - A Brigada Militar, Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul, é uma Instituição
permanente e regular, organizada com base na hierarquia e na disciplina, destinada à
preservação da ordem pública e à incolumidade das pessoas e do patrimônio.
•Art. 2º - A Brigada Militar vincula-se, administrativa e operacionalmente, à Secretaria de
Estado responsável pela Segurança Pública no Estado do Rio Grande do Sul.

•Art. 4º - A Brigada Militar estrutura-se em órgãos de Direção, de Apoio e de Execução.


•§ 1º - Ao Comando-Geral, que é o órgão de Direção Geral da Brigada Militar, compete a
administração da Instituição.
Lei Estadual 10.991/97
•Art. 6º - O Comandante-Geral, Oficial do último Posto da carreira do Quadro de Oficiais de Estado-Maior - QOEM, é a
autoridade primeira da Instituição, competindo-lhe a sua administração, com os poderes e deveres inerentes à função.
•Art. 7º - O Comando-Geral compreende:
•I - o Comandante-Geral;
•II - o Subcomandante-Geral;
•III - o Conselho Superior;
•IV - o Estado Maior;
•V - a Corregedoria-Geral;
•VI - a Ajudância Geral;
•VII - o Gabinete do Comandante-Geral;
•e VIII - a Comissão de Avaliação e Mérito.
•Art. 10 - Ao Conselho Superior, constituído pelos Coronéis da ativa em exercício na Instituição, cabe o assessoramento
em assuntos de interesse da Corporação.
•Art. 11 - Ao Estado Maior da Brigada Militar, órgão de assessoramento do ComandoGeral, compete o estudo e o
planejamento estratégico da Instituição.
•Art. 12 - O Estado Maior da Brigada Militar estrutura-se em:
•I - chefia;
•e II - seções.
Lei Estadual 10.991/97
•Art. 14 - A Corregedoria-Geral, diretamente subordinada ao Comandante-Geral é o órgão de disciplina, orientação e
fiscalização das atividades funcionais e da conduta dos servidores da Instituição.
•Art. 17 - À Comissão de Avaliação e Mérito, órgão de assessoramento permanente do Comandante-Geral nos assuntos
relativos às carreiras de Oficiais e Praças da Instituição, compete o controle, avaliação e processamento das promoções.

•Art. 19 - Os Departamentos e o Comando do Corpo de Bombeiros organizam, sob a forma de sistemas, as atividades
de ensino, instrução e pesquisa, logística, patrimônio, saúde, administração financeiro-contábil, pessoal, informática,
atividades de bombeiro e outras, de acordo com as necessidades de instituição, compreendendo:
•I - Departamento de Ensino, órgão de planejamento, controle e fiscalização das atividades de ensino, instrução e
pesquisa;
•II - Departamento de Logística e Patrimônio, órgão de planejamento, controle e fiscalização dos bens patrimoniais
afetos à Instituição, competindo-lhe a aquisição, distribuição, manutenção e a contratação de todos os serviços;
•III - Departamento de Saúde, órgão de planejamento, controle e fiscalização das atividades de saúde da Instituição;
•IV - Departamento Administrativo, órgão de planejamento, controle, fiscalização, auditoria e execução das
atividades financeiro-orçamentário-contábeis do pessoal;
•V - Departamento de Informática, órgão de planejamento, controle e fiscalização dos sistemas informatizados da
Instituição.
•VI - Comando do Corpo de Bombeiros, órgão de planejamento, controle, coordenação e fiscalização de todas as
atividades técnicas de bombeiro.
Lei Estadual 10.991/97
•Art. 20 - As funções de Comandante-Geral, de Subcomandante-Geral, de Chefe do Estado-
Maior, de Corregedor-Geral e de Diretores dos Departamentos são privativas do posto de
Coronel do QOEM.
•§ 1º - A função de Diretor do Departamento de Saúde será exercida por um Coronel do Quadro
de Oficiais Especialistas em Saúde - QOES.
Lei Complementar Estadual 10.992/97
•Dispõe sobre a carreira dos Servidores Militares do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras
providências.

•Art. 1º - Os Quadros de Organização da Brigada Militar e as carreiras dos Oficiais e Praças


passam a observar os preceitos estatuídos na presente Lei.
•Art. 2º - Fica instituída a carreira dos Servidores Militares Estaduais de Nível Superior,
estruturada através do Quadro de Oficiais de Estado Maior - QOEM e do Quadro de Oficiais
Especialistas em Saúde - QOES.
•§ 1º - A carreira dos Quadros de Oficiais, de que trata o "caput" deste artigo, é constituída dos
postos de Capitão, Major, Tenente-Coronel e Coronel.
•Art. 11 - Fica instituída a carreira dos Servidores Militares Estaduais de Nível Médio, integrada
pelo Quadro de Primeiro-Tenentes de Polícia Militar - QTPM e pelas Qualificações Policiais-
Militares - QPM - para Praças, composta, respectivamente, por posto e graduações, com
exigência da escolaridade de 2º Grau do ensino médio, a qual possibilitará o acesso ao grau
hierárquico de Primeiro-Tenente.
•§ 3.º Os Militares Estaduais para serem promovidos deverão estar classificados, no mínimo, no
comportamento "Bom".
Lei Complementar Estadual 10.992/91
• Parágrafo único. A progressão para os Níveis II e I da graduação de Soldado será
automática após, respectivamente, 10 (dez) e 20 (vinte) anos de carreira.
• Art. 14. O ingresso nas Qualificações Policiais-Militares dar-se-á na graduação de Soldado
Nível III, por ato do Governador do Estado, após aprovação em concurso público e no
respectivo Curso de Formação.
Lei Complementar Estadual 10.992/97
•Art. 17 - A convocação dos Subtenentes e Primeiro-Sargentos para freqüentarem o Curso
Básico de Administração Policial Militar (CBAPM) e dos Terceiro-Sargentos em Extinção,
Cabos em Extinção e Soldados para freqüentarem o Curso Técnico em Segurança Pública
(CTSP), dar-se-á por ordem de antigüidade.
•§ 2º Das vagas referentes às convocações de que trata o "caput" deste artigo, 50%
(cinquenta por cento) serão preenchidas por candidatos habilitados, a ser regulado
administrativamente pela Brigada Militar, observado o interstício mínimo de 5 (cinco) anos
de efetivo serviço para o Curso Técnico em Segurança Pública – CTSP –, e de 4 (quatro)
anos na graduação de Primeiro-Sargento para o Curso Básico de Administração – CBA.
•§ 3º O interstício de permanência na graduação de Primeiro-Sargento referido no § 2º
será de 3 (três) anos para os atuais Terceiros, Segundos e Primeiros-Sargentos e para os
atuais alunos do CTSP.
Lei Complementar Estadual 10.992/97
•Art. 19 - Serão promovidos à graduação de Segundo-Sargento, após aprovação no curso
de habilitação Curso Técnico de Segurança Pública (CTSP), os Terceiros-Sargentos em
Extinção, Cabos em Extinção e Soldados, que contarem com mais de cinco anos de
efetivo serviço na Brigada Militar, obedecidos os critérios de antigüidade e merecimento,
a medida que vagarem os cargos.
•§ 1º Serão promovidos à graduação de Primeiro-Sargento os Segundos-Sargentos que
contarem com pelo menos 4 (quatro) anos na graduação,
•§ 2º O interstício de permanência na graduação de Segundo-Sargento referido no § 1º
será de 3 (três) anos para os atuais Terceiros e Segundos-Sargentos e para os atuais
alunos do CTSP.
•Art. 20 - Os Servidores Militares Estaduais de Nível Médio são, por excelência,
respeitada a ordem hierárquica, elementos de execução das atividades administrativas e
operacionais, podendo exercer o Comando e Chefia de órgãos administrativos de menor
complexidade e das pequenas frações de tropa da atividade operacional da estrutura
organizacional da Corporação, assim como auxiliar nas tarefas de planejamento, executar
a coordenação e o controle das atividades em seu nível, na forma regulamentar, e ainda
auxiliar na execução das atividades de ensino, pesquisa, instrução e treinamento.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• DISPOSIÇÕES GERAIS
• Art. 1º - O Regulamento Disciplinar da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul tem a finalidade de
• (1) especificar e classificar as transgressões disciplinares e estabelecer normas relativas às punições disciplinares
• (2) os recursos,
• (3) o comportamento policial-militar das Praças e as
• (4) recompensas policiais-militares.
• § 1º - A camaradagem é indispensável à formação e ao convívio entre os integrantes da Corporação, devendo estes
primar pela melhor relação social entre si.
• § 2º - Incumbe ao superior hierárquico incentivar e manter a harmonia e a amizade entre seus subordinados.
• § 3º - A civilidade, como parte da educação policial-militar, é de importância vital para a disciplina no âmbito da
Brigada Militar e, assim sendo, é indispensável que o superior trate com cortesia, urbanidade e justiça os seus
subordinados e, em contrapartida, o subordinado deve externar, aos seus superiores, toda manifestação de respeito e
deferência.
• § 4° - As demonstrações de camaradagem, cortesia e consideração, obrigatórias entre os Militares Estaduais, devem
ser dispensadas também aos Militares das Forças Armadas e aos Militares Estaduais de outras Corporações.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• DISPOSIÇÕES GERAIS
• Art. 2° - Este Regulamento aplica-se aos Militares Estaduais ativos e alunos
matriculados em órgãos de formação.
• § 1° - Os Militares Estaduais na inatividade não são alcançados pelas disposições
deste Regulamento, REGRA GERAL
•  EXCEÇÃO excetuando-se quanto a divulgação de segredos militares, de que trata
a Lei Federal n° 7.524/86, tanto quanto a manifestação pública, pela imprensa ou por
outro meio de divulgação, de críticas a assuntos que afetem a previsão estatutária
relativa ao valor e a ética policial-militar, naquilo que lhes for aplicável.
• Hipóteses de aplicação ao militar inativo
1.Revelação de segredos militares –
2. Críticas a assuntos que atente ao valor e a ética policial-militar
• Art 1º Respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é
facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes
dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente
sobre assunto político, e externar pensamento e conceito ideológico,
filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público.
• Parágrafo único. A faculdade assegurada neste artigo não se
aplica aos assuntos de natureza militar de caráter sigiloso e independe de
filiação político-partidária.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• § 2° - Os Alunos de órgãos de formação de Militares Estaduais também estão sujeitos aos Regimentos Internos,
Regulamentos, Normas e Ordens específicas dos OPM em que estejam matriculados e/ou freqüentando o Curso.
•  NPCAL e outras normas
• CAPÍTULO II
• DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
• Art. 3° - A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Brigada Militar.
• Art. 5° - As ordens legais devem ser prontamente executadas, cabendo inteira responsabilidade à autoridade que as
determinar.
• § 1° - Em caso de dúvida, será garantido ao subordinado os esclarecimentos necessários para o total entendimento e
compreensão sobre o que deve cumprir.
• § 2° - Quando a ordem contrariar preceito legal poderá o executor solicitar a sua confirmação por escrito,
cumprindo a autoridade que a emitiu atender à solicitação.
• § 3° - Cabe ao executor que exorbitar no cumprimento de ordem recebida a responsabilidade pelos excessos e
abusos que cometer.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES -DA DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

• Art. 7° - Transgressão disciplinar é qualquer violação dos princípios da ética, dos deveres ou das obrigações policiais-
militares, na sua manifestação elementar e simples, bem como qualquer omissão ou ação contrária a preceitos legais
ou regulamentares.
• § 1° - A responsabilidade criminal e civil não elide a incidência de transgressão disciplinar e, conseqüentemente, da
aplicação de sanção disciplinar, caso a conduta não seja devidamente justificada.
INDEPENDÊNCIA DAS ESFERAS

• § 2° - São transgressões disciplinares:


• I - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina policial-militar especificadas no Anexo I, deste Regulamento;
• II - todas as ações ou omissões ou atos não especificados na relação de transgressões do Anexo citado que afetem a
honra pessoal, o pundonor militar, o decoro da classe ou o sentimento do dever e outras prescrições contidas no
Estatuto dos Servidores Militares Estaduais, Leis e Regulamentos, bem como aquelas praticadas contra regras e
ordens de serviço emanadas de autoridade competente.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• Art. 8° - As transgressões, quanto à natureza, classificam-se como:
• I - leves;
• II - médias;
• III - graves.
• (...) § 2° - A autoridade competente poderá, motivadamente, observando o interesse da disciplina, da ordem
administrativa e da ação educativa da punição, e os vetores da aplicação da sanção, de que trata os artigos 34 a 41,
deste Regulamento, alterar a classificação da falta disciplinar prevista na Relação dos Tipos Transgressionais
Disciplinares constante do Anexo I, deste Regulamento.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• Art. 9° - As sanções disciplinares aplicáveis aos Militares Estaduais, nos termos dos
artigos precedentes, são:
• I - advertência;
• II - repreensão;
• III - detenção;
• IV - prisão;
• V - licenciamento a bem da disciplina;
• VI - exclusão a bem da disciplina.
• § 1° - As sanções disciplinares têm função educativa e visam à preservação da
disciplina em beneficio do punido, da coletividade a
• que ele pertence e também à garantia da eficiência na prestação dos serviços.
• § 2° - A publicação das punições dos praças se dará em Boletim Geral ou Interno.
• § 3° - A publicação das punições dos Oficiais se dará no Boletim Disciplinar dos
Oficiais dentro dos respectivos círculos hierárquicos, podendo ser em Boletim Geral
ou Interno caso as circunstâncias ou a natureza da transgressão sejam aviltantes à
ética e ao dever Policial-Militar.
Art. Transgressão Conceito
10 RDBMforma
Advertência – Decreto Estadual
mais branda das sanções,nºserá
43.245/04
aplicada ostensivamente, por
meio de publicação em Boletim, e será registrada nos
assentamentos individuais do transgressor.

11 Repreensão sanção imposta ao transgressor de forma ostensiva, mediante


publicação em Boletim, devendo sempre ser averbada nos
assentamentos individuais do transgressor.
12 Detenção consiste no cerceamento da liberdade do punido, o qual deverá
permanecer no local que lhe for determinado, sem que fique
confinado.
13 Prisão Exclusivamente para o atendimento das disposições de conversão
de infração penal em disciplinar, previstas na lei penal militar,
haverá o instituto da prisão administrativa que consiste na
permanência do punido no âmbito do aquartelamento, com
prejuízo do serviço e da instrução.
14 Licenciamento e consistem no afastamento ex-officio do Militar Estadual do serviço
exclusão a bem ativo, conforme preceitua o Estatuto dos Servidores Militares do
da disciplina Estado.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• Art. 12 - A detenção consiste no cerceamento da liberdade do punido, o qual deverá permanecer no local que lhe for
determinado, sem que fique confinado.
• § 1° - O ato administrativo que decidir pela detenção esclarecerá se deve ser cumprida com prejuízo das escalas
operacionais de serviço externo ou não.
• § 2° - A detenção com prejuízo do serviço externo consiste na permanência do punido em local próprio e designado
para tal, o qual deverá comparecer aos atos de instrução e serviços internos, caso as circunstâncias recomendem o
contrário, tal restrição deverá ser objeto da publicação que veiculou o ato administrativo.
• § 3° - A detenção sem prejuízo do serviço externo consiste na permanência do punido em local próprio e designado
para tal, devendo concorrer às escalas operacionais, tanto como a instrução e serviços internos.
• (...)
• § 5° - Os Militares Estaduais dos diferentes círculos de oficiais e praças, estabelecidos em lei estatutária, não poderão
cumprir suas sanções disciplinares no mesmo compartimento, tanto como deverão ficar separados daqueles presos à
disposição da Justiça.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
DA COMPETÊNCIA

Art. 20 - São autoridades competentes para aplicar sanção disciplinar:


• Governador do Estado;
• Chefe da Casa Militar;
• Comandante-Geral, Subcomandante-Geral e ChEM da Brigada Militar;
• Corregedor-Geral, o Cmt do Corpo de Bombeiros, os Cmt CRPOs, órgãos especiais, Diretores, Ajudante-Geral,
Cmt e Scmt OPMs, Chefes de Assessorias, Seção, Centros e Divisões, e os Comandantes de Subunidades aos
que estiverem sob seu comando, chefia ou direção
• Comandantes de Pelotões Destacados, aos que servirem sob suas ordens.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
DA PARTE DISCIPLINAR

• Art. 25 - A parte disciplinar é o relato de uma transgressão disciplinar cometida por Militar Estadual.

• Art. 26 - Todo Militar Estadual que tiver conhecimento de um fato contrário à disciplina deverá participar ao
seu superior imediato, por escrito ou verbalmente, neste último caso confirmando a participação, por escrito no
prazo de até dois dias úteis.

• Art. 27 - A parte disciplinar deve ser clara e precisa, contendo os dados capazes de identificar pessoas ou
objetos envolvidos, local, data, hora do fato, circunstâncias e alegações do transgressor, quando presente.
• § 1° É vedado ao comunicante tecer comentários ou opiniões pessoais.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• DO PROCESSO

• Art. 28 - Nos casos em que são imputadas ao Militar Estadual ações ou omissões tidas como transgressões da
disciplina policial-militar, estas serão devidamente apuradas na forma do contido neste Capítulo e nos Anexos I e II,
deste Regulamento, propiciando-se ao imputado o devido processo administrativo para a sua ampla defesa e
contraditório.
• Parágrafo único - O processo administrativo será orientado pelos princípios da instrumentalidade, simplicidade,
informalidade, economia procedimental e celeridade, buscando sempre a verdade real sobre o fato apreciado.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• Art. 30 - Incumbirá ao acusado o ônus de provar os fatos por ele alegados em sua defesa, entre estes os de
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo da pretensão punitiva-disciplinar, bem como o de apresentar
e conduzir à autoridade competente as provas documentais e testemunhais que arrolar como pertinentes ao fato.

• DA APLICAÇÃO DA SANÇÃO DISCIPLINAR

• Art. 34 - Na aplicação da sanção disciplinar serão considerados os motivos, circunstâncias e consequências da


transgressão, os antecedentes e a personalidade do infrator, assim como a intensidade do dolo ou o grau da culpa.

• Art. 35 - São circunstâncias atenuantes:


• I - estar classificado, no mínimo, no comportamento bom;
• II - relevância de serviços prestados;
• III - ter cometido a transgressão para a preservação da ordem ou do interesse público;
• IV - ter admitido, com eficácia para elucidação dos fatos, o cometimento da transgressão.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04

• Art. 36 - São circunstâncias agravantes:


• I - estar classificado no comportamento insuficiente ou no comportamento mau;
• II - prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;
• III - reincidência;
• IV - conluio de duas ou mais pessoas;
• V - falta praticada com abuso de autoridade;
• VI - ter sido cometida a transgressão:
• a) em presença de subordinado;
• b) durante a execução de serviço;
• c) com premeditação;
• d) em presença de tropa;
• e) em presença de público. DUAS TEM QUE SABER
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• Art. 37 - A aplicação da punição será feita (princípios) com justiça, serenidade e imparcialidade, para que o
(objetivo) punido fique consciente e convicto de que a mesma se inspira no cumprimento exclusivo de um dever.
• § 1° A aplicação da sanção disciplinar será proporcional à gravidade da transgressão cometida, e não justificada,
dentro dos seguintes limites:
• I - advertência ou repreensão para as transgressões classificadas como de natureza leve;
• II - de repreensão até dez dias de detenção com prejuízo do serviço para as transgressões classificadas como de
natureza média;
• III - de detenção com prejuízo do serviço, até trinta dias, às punições previstas nos artigos 14 e 15, deste
Regulamento, para as transgressões classificadas como de natureza grave.
• § 2° A punição não poderá atingir o máximo previsto no parágrafo anterior quando ocorrerem apenas circunstâncias
atenuantes;
• § 3° A aplicação da primeira punição classificada como detenção com prejuízo do serviço ou prisão são da
competência das autoridades elencadas no inciso I ao VI do artigo 20, do presente Regulamento;
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04

Natureza da Sanção disciplinar


transgressão
Leve Advertência ou repreensão
Média Repreensão a até 10 dias com prejuízo
Grave de Detenção com prejuízo até 30 dias, às
punições previstas nos art. 14 e 15
Comportamento Prazo Punições
Excepcional RDBM – Decreto
72 meses Estadual nº0143.245/04
Máximo advertência
Ótimo 48 meses Máximo 01 repreensão (ou equivalente)

Bom 24 meses Máximo 01 detenção (ou equivalente)

Insuficiente 12 meses Máximo 01 punição com prejuízo do sv (ou equivalente)

Mau 12 meses Máximo (02) punições de detenção com prejuízo do sv (ou


equivalente) e mais outra qualquer

• 02 advertências = 01 repreensão
 02 repreensões = 01 detenção sem prejuízo
 02 detenções sem prejuízo = 01 detenção com prejuízo

• Art. 45 - Ao ser incluído na Brigada Militar, o Praça será classificado no comportamento bom.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
DOS RECURSOS DISCIPLINARES
• Art. 47 - É direito de todo o Militar Estadual, que se considerar prejudicado,
ofendido ou injustiçado por ato de superior hierárquico na esfera disciplinar, interpor
os seguintes recursos:
• I - Reconsideração de Ato;
• II - Queixa;
• III - Representação.

• Art. 51 - A decisão do recurso não agravará a punição do recorrente.


RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• Art. 52 - A Reconsideração de Ato é o recurso interposto, mediante parte ou oficio, à
autoridade que praticou, ou aprovou, o ato disciplinar que se reputa irregular, ofensivo,
injusto ou ilegal, para que o reexamine.
• Art. 53 - A Queixa é o recurso interposto perante a autoridade imediatamente superior a que
aplicou a punição disciplinar, por Militar Estadual que se julgue prejudicado em virtude de
decisão denegatória do recurso de Reconsideração de Ato.
• Parágrafo único - Caso a decisão denegatória for do Subcomandante, do Chefe do Estado-
Maior ou do Corregedor-Geral da Brigada Militar, a queixa será interposta perante o
Comandante-Geral.
• Art. 54 - Representação é o recurso disciplinar, efetuado mediante oficio ou parte, interposto
por autoridade que julgue subordinado seu estar sendo vítima de injustiça, ilegalidade,
arbitrariedade, abuso de autoridade ou prejudicado em seus direitos por ato de autoridade
superior hierárquico.
• Art. 55 - Os recursos de Reconsideração de Ato, Queixa e Representação deverão ser
interpostos no prazo de três dias úteis a contar da publicação do ato.
• Art. 56 - A decisão dos recursos disciplinares será dada no prazo de até oito dias.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• DO CANCELAMENTO E DA ANULAÇÃO
• Art. 60 - O cancelamento de sanção disciplinar consiste na retirada dos registros realizados nos assentamentos do
Militar Estadual.
• Art. 61 - O cancelamento da punição será concedido ao ME que o requerer, satisfeitas as seguintes condições
(CUMULATIVAS)
• I - não ser a transgressão objeto do cancelamento, atentatória ao sentimento do dever, à honra pessoal, ao
pundonor militar ou ao decoro da classe;
• II - ter o requerente bons serviços prestados e comprovados pela análise de suas alterações;
• III - ter o requerente parecer favorável de seu Comandante;
• IV - ter o requerente completado, sem qualquer outra punição superveniente:
• a) seis anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de detenção com prejuízo do serviço ou prisão;
• b) quatro anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de detenção sem prejuízo do serviço;
• c) dois anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de advertência ou repreensão.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• Art. 66 - O Comandante-Geral da Brigada Militar, ex-officio, ou mediante requerimento do interessado, após
parecer do Comandante deste, independentemente das condições enunciadas nos artigos anteriores, poderá
cancelar as sanções dos Militares Estaduais que (1) tenham prestado relevantes serviços e (2) não hajam sofrido
qualquer punição nos últimos dois anos.

• Art. 67 - A anulação de punição consiste em tomar sem efeito sua aplicação.


• § 1° - A anulação da punição será concedida quando for comprovado ter ocorrido injustiça ou ilegalidade na sua
aplicação.
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
DAS RECOMPENSAS POLICIAIS-MILITARES
• Art. 71 - São recompensas policiais-militares, além de outras previstas em lei e regulamentos especiais:
• I - o elogio;
• II - a dispensa do serviço.

• § 1° - A dispensa total do serviço será concedida pelo prazo máximo de oito dias, alternados ou consecutivos, no
decorrer de um ano civil, observado esse limite, os dias de dispensa que não serão descontados das férias do Militar
Estadual.

• Art. 74 - São competentes para conceder as recompensas de que trata este Título as autoridades especificadas no
artigo 20, deste Regulamento.

RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• ANEXO I
• TIPOS TRANSGRESSIONAIS DISCIPLINARES
• I - São consideradas transgressões de natureza leve:
• 1. Deixar de comunicar ao superior, tão logo possível, a execução de ordem legal recebida;
• 4. Tornar parte em jogos proibidos, ou jogar a dinheiro;
• 5. Içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de autoridade;

• 8. Fumar em lugar ou ocasião onde isso seja vedado ou quando se dirigir a superior;
• 9. Usar uniforme de forma inadequada, contrariando as normas respectivas, ou vestuário incompatível com a função,
ou, ainda, descurar do asseio pessoal ou coletivo;
• 13. Sobrepor ao uniforme insígnias de sociedades particulares, entidades religiosas ou políticas, bem como medalhas
desportivas, ou, ainda, usar indevidamente distintivos ou condecorações;
• 14. Deixar, o Militar Estadual, de portar o seu documento de identidade funcional, quando de serviço ou trajando
uniforme da Brigada Militar;
RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04
• II - São consideradas transgressões de natureza média:
• 1. Condutas dolosas tipificadas como infração penal de menor potencial ofensivo, atentatórias ao sentimento do
dever ou à dignidade do Policial-Militar;
• 2. Deixar de cumprir ou de fazer cumprir normas regulamentares, na esfera de suas atribuições;
• 8. Deixar de encaminhar documento no prazo legal;
• 9. Retardar o cumprimento de ordem legal;
• 14. Trabalhar mal, por falta de atenção;
• 15. Afastar-se do local em que deva encontrar-se por força de ordens ou disposições legais;
• 19. Comparecer fardado a manifestações de caráter político;
• 24. Ser indiscreto em relação a assunto de caráter oficial cuja divulgação possa ser prejudicial à disciplina ou à boa
ordem do serviço.
• 25. Espalhar boato ou notícia tendenciosa sobre ME ou a respeito da atividade policial-militar;
• 28. Responder de maneira desrespeitosa a superior, igual ou subordinado;
• 29. Desconsiderar ou desrespeitar a autoridade civil;

RDBM – Decreto Estadual nº 43.245/04

• III - São consideradas transgressões de natureza grave:


• 12. Faltar com a verdade;
• 4. Simular doença para esquivar-se ao cumprimento do dever;
• 5. Utilizar-se do anonimato para fins ilícitos;
• 6. Deixar de punir transgressor da disciplina;
• 7. Deixar de comunicar irregularidade que presenciar ou que tiver ciência;
• 12. Abandonar o serviço para o qual tenha sido designado;
• 15. Usar armamento, munição e/ou equipamento não autorizado;
• 16. Disparar a arma por imprudência, negligência, imperícia ou desnecessariamente;
• 18. Empregar violência no ato de serviço;
• 19. Maltratar preso sob sua guarda;

ACIDENTE DE SERVIÇO

LEI Nº 10.594, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1995.


Dispõe sobre o conceito de morte de policiais civis e militares em acidente de serviço e dá
outras providências.

• Art. 1º - A morte de policiais civis, em situações previstas pela LEI Nº 7.366, de 29 de março
de 1980 e policiais militares regidos pela LEI Nº 7.138, de 30 de janeiro de 1978 (Estatuto dos
Policiais Militares do Estado do Rio Grande do Sul), será considerada como acidente em
serviço, quando ocorrida nas seguintes circunstâncias:
• I - por fato relacionado, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo, ainda que
ocorrido em horário ou local diverso daquele determinado para o exercício de suas funções;
• II - em decorrência de agressão sofrida e não provocada pelo policial, no exercício de suas
atribuições;
• III - por situação ocorrida no percurso da residência para o trabalho e vice-versa;
• IV - em treinamento;
• V - em represália, por sua condição de policial.

• Vide art. 116, II, LEC 10.990/97


ACIDENTE DE SERVIÇO

• Art. 2º - O Estado custeará o sepultamento do policial, morto em serviço, nas circunstâncias


previstas no artigo 1º desta lei.

• Art. 3º - Para concessão dos direitos decorrentes da morte em acidente de serviço, deverão
ser apurados os fatos, com comprovação documental e testemunhal, mediante processo ex-
ofício, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da ocorrência da morte.
DECRETO Nº 36.175, DE 13 DE SETEMBRO DE 1995.

Aprova o Regulamento de Movimentação do Servidor Policial-Militar da Brigada Militar.

Art. 1º - Este Regulamento estabelece princípios e normas gerais para a movimentação dos
servidores policiais-militares em serviço ativo da Brigada Militar, considerando:

I - o campo de abrangência da área geográfica do Estado;


II - a busca constante da eficiência da Corporação e da qualidade técnico-profissional de seus
integrantes;
III - a prioridade na formação e aperfeiçoamento dos quadros;
IV - a operacionalidade da Brigada Militar, visando seu emprego permanente;
V - a predominância do interesse público sobre o individual;
VI - a continuidade no desempenho das funções, acompanhada da necessária renovação;
VII - a movimentação como decorrência dos deveres e obrigações da carreira policial-militar e,
também, como direito nos casos especificados na legislação;
VIII - a disciplina;
IX - o interesse do servidor policial-militar, quando pertinente.
MOTIVOS DAS MOVIMENTAÇÕES (art. 3º)

 por promoção, se não houver vaga na OPM em que o servidor policial-militar estiver prestando serviço;
 por motivo de saúde própria ou de dependente do servidor policial-militar, devendo tal medida ser
recomendada por Junta Médica de Hospital da Brigada Militar, com o indicativo de qual a região do
Estado que é propícia ao restabelecimento do interessado ou seu dependente, desde que esta seja a
única alternativa de tratamento viável;
 por inconveniência da permanência do servidor policial-militar em determinada OPM ou fração de
tropa, que deverá estar claramente reconhecida em Sindicância, IPM ou Conselho de Disciplina ou de
Justificação.
 por interesse do servidor policial-militar;
 por permuta;
 quando o cônjuge do servidor policial-militar for servidor público estadual e este for transferido por
necessidade do serviço para outro município de domicílio, desde que haja vaga.

ATENÇÃO - A Movimentação POR PERMUTA Poderá ser requerida sem a observância do lapso do
tempo mínimo de OPM, desde que atendidos os seguintes pressupostos:
I - manifestação expressa dos permutantes;
II - parecer fundamentado de ambos Comandantes;
III - coincidência de Posto de Graduação e de Quadro ou Qualificação;
IV - que tenha, no mínimo, mais dois anos para servir na Corporação.
Art. 6º - A movimentação abrange as seguintes modalidades:
I - classificação;
II - transferência;
III - nomeação;
IV - designação.

Parágrafo 1º - Classificação é a modalidade de movimentação que atribui ao servidor policial-militar uma OPM, em
decorrência de promoção, reversão, exoneração, término de licença ou conclusão de curso.

Parágrafo 2º - Transferência é a modalidade de movimentação, de uma para outra OPM, ou, no âmbito de uma OPM, de
uma para outra fração de OPM, destacada ou não, que se realiza por iniciativa da autoridade competente ou a
requerimento do interessado, devendo ser efetuada por necessidade do serviço ou no interesse do servidor policial-
militar.

Parágrafo 3º - Nomeação é a modalidade de movimentação do servidor policial-militar para ocupar o cargo especificado
no ato respectivo.

Parágrafo 4º - Designação é a modalidade de movimentação de um servidor policial-militar para:


I - realizar curso ou estágio em estabelecimento estranho ou não à Polícia Militar, no Estado, no País ou no exterior;
II - exercer comissões no Estado, no País ou no exterior.
Art. 11 - Trânsito é o período de afastamento total do serviço, concedido ao servidor policial-
militar, cuja movimentação implique obrigatoriamente mudança de localidade.

Parágrafo 1º - O trânsito previsto no "caput" do artigo destina-se aos preparativos decorrentes da


mudança, sendo concedido pelo Comandante da OPM da qual o servidor policial-militar foi
transferido, no momento do desligamento.

Parágrafo 2º - Os servidores policiais-militares movimentados e que tenham de afastar-se em


caráter definitivo da OPM em que servem terão direito a cinco dias de trânsito.

Parágrafo 3º - Nas movimentações de âmbito interno de OPM do interior do Estado, o trânsito a


ser concedido, será o tempo necessário para o deslocamento ao destino, permanecendo as
demais disposições referentes à concessão de instalação.

Art. 12 - Nas movimentações dentro de uma mesma localidade, o prazo de desligamento do


servidor policial-militar será de 48 horas, sendo que a apresentação deverá efetuar-se no início
do expediente imediatamente seguinte ao dia do seu desligamento da OPM.
Art. 13 - Aos servidores policiais-militares, cuja movimentação implique mudança de residência,
será concedido um período de afastamento do serviço para instalação.

Parágrafo 1º - O período de instalação é concedido pelo Comandante da OPM para a qual o


servidor policial-militar foi transferido, e só se efetuará depois da apresentação pronto para o
serviço, a pedido do interessado, mediante comprovação documental de intenção de fixação de
residência na localidade onde irá prestar serviço.

Parágrafo 2º - O afastamento para instalação poderá ser solicitado dentro de seis meses,
contados da data da apresentação na OPM ou fração de OPM de destino.

Parágrafo 3º - Aos Servidores policiais-militares serão concedidos para instalação, os seguintes


prazos:

I - dez dias, quando acompanhado de dependentes;


II - quatro dias, quando desacompanhado ou solteiro.
Art. 18 - A movimentação no interesse do servidor policial-militar, prevista no inciso IV (por
interesse próprio) do artigo 3º, dar-se-á por requerimento dirigido ao Comandante-Geral ou
Diretor de Pessoal, de acordo com o nível de competência, observados os seguintes requisitos:

I - que haja vaga na OPM para qual solicita transferência;

II - que esteja servindo na OPM, pelo menos há dois anos, salvo os incisos II (por motivo de
saúde), III (por inconveniência), V (por permuta) e VI (acompanhamento de cônjuge)do artigo 3º,
que poderá ser a qualquer tempo;

III - que haja conveniência para o serviço;

IV - que não tenha solicitado mais de duas transferências, antes de alcançar a estabilidade.
Parágrafo único - Caberá à autoridade competente para a movimentação decidir se esta será
enquadrada como do interesse do servidor policial-militar ou por necessidade do serviço.

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