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Fidens
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Ouve-se um assovio distante, até ocorrer a explosão em cores. O céu escuro fica estampado com
riscos azuis, faíscas vermelhas, estrelinhas de ouro e chuva de prata. Surpreendem, então, luzes brancas
como as de um raio e sons que imitam trovões. Esse espetáculo se repete nos aniversários de cidades,
em finais de Copa do Mundo ou nas entradas do Ano-Novo. Os fogos de artifício são velhos convidados
nas grandes celebrações, desde que os chineses inventores da pólvora, começaram a utilizar tiros
coloridos de morteiros, há cerca de mil anos, para anunciar a vitória nas guerras. Mas só recentemente os
cientistas começaram a desvendar o esplendor dessa antiga forma de comemorar.
O interesse dos pesquisadores não é gratuito. Os princípios dos fogos de artifício valem para
desenvolver desde sinalizadores de emergência mais eficientes até propulsores para os modernos ônibus
espaciais. Tudo, em sumam, é uma questão de controlar o processo de combustão, porque há maneiras e
maneiras de uma substância queimar. Para que os fogos produzam determinado efeito visual, é
necessário obter verta temperatura da chama e calcular a dosagem exata de gás liberado durante a
combustão. Para isso, os fogueteiros não devem errar na proporção dos componentes químicos. Quando
um ingrediente entra na quantidade errada, o que se queria como um leque de faíscas esverdeadas, por
exemplo, pode se transformar em um borrão cor de laranja.
As receitas de fogos de artifício são cheias de truques, e as fórmulas são mantidas em segredo e
passadas de geração em geração. O que facilita o sigilo, comum no mundo inteiro, é o fato de a indústria
pirotécnica ser artesanal. Ao que consta, em 1242, o monge inglês Roger Bacon (1220-1292) desvendou a
fórmula do explosivo oriental, mas preferiu escrevê-la em código, por considerá-lo perigoso.
Na época, um destino idêntico foi dado às receitas de fogos, encarados como obra de feiticeiros. De
qualquer modo, Bacon deve ter notado, com símbolos estranhos, que para obter 100 gramas de pólvora
são necessários 75 gramas de salitre, 15 gramas de carvão e 10 gramas de enxofre. Os fabricantes de
fogos ainda acrescentam na mistura goma-laca ou breu, que servem como um ligante. Se isso não for
feito, ao rasparem entre si, os grãos de pólvora podem disparar a combustão. A ignição ocorre quando a
energia de alguma fonte (combustível, fricção, impacto ou até raios laser) quebra as ligações químicas de
uma mistura pirotécnica como a pólvora. Assim, formam-se novas ligações entre os átomos, criando
substâncias mais estáveis, isto é, com menos energia. Nessa transformação, a energia liberada ativará a
camada seguinte do grão de pólvora, e assim por diante.
A pólvora é ideal para a pirotecnia porque incendeia dispensado o oxigênio do ar. Esse gás essencial
à combustão já está contido no salitre de sua composição. Portanto, é natural que, quando mais pólvora
contenha, mais tempo dure e mais forte seja a combustão dos fogos de artifícios.
1) Quais são as formas de controle empregadas para que a reação em fogos de artifício produza o efeito
desejado?
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2) Qual é a fórmula básica empregada para a produção de 100 gramas de pólvora?
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3) Quais as reações que ocorrem com a pólvora dos fogos de artifício assim que é iniciada sua ignição?
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4) Quem desvendou a fórmula do explosivo oriental? Que estratégia ele utilizou para proteger o explosivo?
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a) 2, 3-dimetil-hexan-2-ol e) butano-1,3-diol
c) 2-metilpentanal f) hidroxibenzeno
d) butano g) pent-1-eno