Você está na página 1de 25

CENTRO PAULA SOUZA

FATEC OURINHOS
CURSO DE AGRONEGÓCIO

Camila Cassiana de Paz

ESTUDO DAS PERSPECTIVAS DO MERCADO ORGÂNICO


EM OURINHOS

OURINHOS (SP)
2019
CAMILA CASSIANA DE PAZ

ESTUDO DAS PERSPECTIVAS DO MERCADO ORGÂNICO


EM OURINHOS

Projeto apresentado à Faculdade de Tecnologia de


Ourinhos, para conclusão do Curso de Agronegócio.
Orientador: Prof. Claudinei Paulo de Lima

OURINHOS (SP)
2019
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ser essencial em minha vida, autor do


meu destino, que sempre iluminou meu caminho.
Agradeço ao meu marido, Douglas, com quem amo partilhar a vida.
Obrigado pelo carinho, paciência e por não me deixar desistir nunca.
Aos meus pais, Paulo e Gereni, que acreditaram em mim quando eu
mesma já não acreditava. A minha irmã Sahyren, por sempre ter uma palavra de
apoio.
Amo vocês, minha família.
Ao meu orientador Dr. Claudinei Paulo de Lima, por sempre me atender, e
por acompanhar meu trabalho, e principalmente pela paciência.
Obrigada a todos que de alguma forma contribuíram para que este
momento fosse possível.
RESUMO

A agricultura orgânica esta em pleno desenvolvimento e crescimento pelo


país, o Brasil ocupa atualmente uma posição de destaque na produção mundial de
orgânicos, visto que a promoção da qualidade de vida e a proteção do meio
ambiente são de extrema importância nos dias atuais.
Visto devido cenário, buscou-se confirmar se estes dados se aplicam
também a cidade de Ourinhos, e através de uma pesquisa de abordagem
quantitativa identificou-se a atual situação do mercado de orgânicos na cidade de
Ourinhos.
Mediante resultado da análise das pesquisas, identificou-se um déficit na
divulgação dos produtos orgânicos na cidade, a população precisa tomar mais
conhecimento dos benefícios que os produtos oferecem e que existem locais de
comercialização dos mesmos na cidade de Ourinhos.
ABSTRACT

Organic agriculture is in full development and growth throughout the


country, Brazil currently occupies a prominent position in the world organic
production, since the promotion of the quality of life and the protection of the
environment are of extreme importance in the present day.
Due to this scenario, we sought to confirm if these data also apply to the
city of Ourinhos, and through a quantitative approach, the current situation of the
organic market in the city of Ourinhos was identified.
As a result of the analysis of the research, we identified a deficit in the
dissemination of organic products in the city, the population needs to take more
knowledge of the benefits that the products offer and that there are places of
commercialization of them in the city of Ourinhos.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 7

2 OBJETVO ................................................................................................................................. 9

3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 10

4 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................... 11

4.1 CONCEITOS DE ORGÂNICOS .................................................................................... 11

4.2 PRODUÇÃO ORGÂNICA NO BRASIL ......................................................................... 12

4.3 IMPORTÂNCIA DO MERCADO ORGÂNICO NO BRASIL ......................................... 12

4.4 TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES DO MERCADO ORGÂNICO NO BRASIL ........ 15

4.5 CONSUMIDORES DE PRODUTOS ORGÂNICOS......................................................... 17

5 METODOLOGIA .................................................................................................................... 18

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................ 19

7 CONCLUSÃO..................................................................................................................24

8 REFERÊNCIAS................................................................................................................ 25
7

1 INTRODUÇÃO

A agricultura convencional em grande escala teve inicio pós a Segunda Guerra


Mundial, quando aumentaram as áreas cultivadas, bem como começou a ser definida a
ocupação de campos por apenas uma espécie vegetal, embora ainda fossem poucas e
pequenas as áreas que apresentavam este tipo de exploração procurando-se, com
isso, aumentar a produção agrícola, teve resultados bem significativos, a tal ponto em
que criou condições para a proliferação de pragas e doenças nos campos cultivados,
tornando-os mais e mais dependentes dos praguicidas, e conseqüentemente
dependentes dos fertilizantes e pesticidas, buscando sempre a maximização da
produção a qualquer custo (SILVEIRA, 1987).
Mais tarde ainda ocorrera a implantação da mecanização agrícola, que foi
grande contribuinte para os impactos causados ao ambiente, porém foi mais tardia, pois
necessitava de culturas homogêneas as chamadas monoculturas o que veio ocorrer a
partir da Revolução Verde (GONÇALVES, 2006).
Esse tipo de agricultura tem como base o uso intensivo e a dependência de
capital, energia e recursos não renováveis, sendo bastante agressiva ao meio ambiente
e excludente do ponto de vista social (CAPORAL & COSTABEBER, 2002).
O foco da agricultura convencional sempre foi geração de lucros, mais como
conseqüência isso acarretou grandes degradações ao meio ambiente, e quando tais
conseqüências se tornaram evidente a preocupação com o meio ambiente foi
crescendo e tornando realidade a partir de 1960, quando medidas para a prevenção
ambiental teve seu estopim.
Seguindo esses acontecimentos, houve um aumento considerável na
modalidade orgânica de produção, que utilizam de forma responsáveis os recursos
naturais como solo, água e o ar, sem uso de agrotóxicos, adubos químicos, e demais
substâncias tóxicas. Esta modalidade da agricultura vem crescendo a cada ano e
trazendo números surpreendentes no mundo todo e com um grande crescimento no
Brasil, que hoje é a quinta maior potência de orgânicos no mundo. (Daniel Dias 2016).
Hoje como em qualquer outra atividade a tecnologia é essencial para o
desenvolvimento do setor, a agricultura orgânica não é uma exceção, ela também
8

precisa de inovações para se manter competitiva no mercado, neste trabalho será mais
bem explanado sobre estas inovações ocorridas no setor dos orgânicos.
9

2 OBJETVO

Objetivo geral: Este trabalho tem como objetivo mostrar a atual situação do
mercado orgânico em Ourinhos.

Objetivo específico:
 Analisar o perfil de consumidores de orgânicos na cidade de Ourinhos,
interior de São Paulo;
 Identificar se a oferta do mercado de orgânicos de Ourinhos realmente
supre a demanda.
10

3 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista, os benefícios da agricultura orgânica para o ecossistema,


divulgar essas atualidades e inovações é de extrema importância para o crescimento do
mesmo. Visto que a visão do setor esta cada dia mais presente no cenário brasileiro,
Ourinhos interior de São Paulo esta em pleno desenvolvimento social e econômico, e
as tendências do mercado de orgânico já é notória na cidade.
11

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 CONCEITOS DE ORGÂNICOS


Segundo MAPA (2012), a promoção da qualidade de vida com proteção ao
meio ambiente é de extrema importância nos dias atuais. No qual este objetivo é por
meio da produção orgânica animal e vegetal. A Instituição afirma que a principal
característica da produção orgânica é a não utilização de agrotóxicos, adubos químicos
ou então substâncias sintéticas que agridam o meio ambiente. Afirma ainda que, para
ser considerado orgânico o processo produtivo engloba o uso do solo, do ar, da água e
dos outros recursos naturais, com respeito as relações sociais e culturais.
MAPA (2012) diz também que o Brasil ocupa atualmente uma posição de
destaque na produção mundial de orgânicos.
A Instituição afirma que existem dois conceitos importantes na produção de
orgânicos, sendo eles a relação de confiança entre o consumidor e produtor e o
controle de qualidade e o Selo SisOrg que é obtido por intermédio de uma Certificação
por Auditoria ou então por um Sistema Participativo de Garantia. No qual, diz ainda que,
os agricultores familiares são os únicos com autorização para realizar as vendas diretas
ao consumidor sem a certificação, com a garantia que integrem alguma organização de
controle social cadastrada nos órgãos fiscalizadores.
Já de acordo com MAPA (2015) a produção orgânica tem por base práticas que
utilizam de forma saudável e responsável, o solo, o ar, a água e a biodiversidade, no
qual estas práticas reduzem a contaminação e o desperdício de elementos.
A Instituição ainda diz que o processo utiliza conhecimentos da ecologia no
manejo da unidade de produção, que possui manejo de forma integrada com a fauna e
a flora.
Segundo Dias apud MAPA (2015), este método de produção garante o
fornecimento de alimentos saudáveis, com maior durabilidade e mais saborosos, no
qual ressalta que não são usadas práticas e substâncias que possam colocar em risco
a saúde de quem produz e também de quem consome, e não pode ocasionar impactos
negativos ao meio ambiente. Destacando ainda que é de extrema importância que a
12

agricultura orgânica mantenha as relações sociais de trabalho, sendo essencial que dê


atenção a toda cadeia produtiva, desde a produção até o consumo, visando a melhoria
da qualidade de vida para todos.
Ainda para Dias apud mapa (2015), por este conjunto de fatores, a agricultura
orgânica traz sustentabilidade à produção agropecuária em cada vez mais regiões em
todo o planeta. Afirmando ainda que a produção orgânica aumente a capacidade dos
espaços produtivos de executarem suas funções ecossistêmicas, contribuindo para o
enfrentamento de problemas perceptíveis a todos, como o aquecimento global e a
escassez de água.

4.2 PRODUÇÃO ORGÂNICA NO BRASIL


Segundo MAPA (2015), a adesão pelos agricultores ao mercado orgânico no
país vem crescendo muito, no qual, além de alimentos s audáveis, o produto orgânico
promove a conservação e a recomposição dos ecossistemas. A Instituição afirma que
entre o mês de janeiro de 2014 e janeiro de 2015, a quantidade de produtores que
escolheram a produção orgânica ultrapassou o valor de 6.719 para 10.194, crescimento
de 51,7%. Dizendo ainda que as regiões que existem mais agricultores orgânicos são o
Nordeste, com cerca de 4.000 produtores, seguido da região Sul com 2.865 produtores
e Sudeste com 2.333.
MAPA (2015) afirma que as unidades de produção também cresceram,
passando de 10.064 em janeiro de 2014 para 13.323 em janeiro de 2015, sendo então
um crescimento de 32%. Ressalta ainda que cada produtor orgânico pode ter mais de
uma unidade de produção. No qual diz que por região, o Nordeste é o que mais possui
unidades de produção, com cerca de 5.228, já o Sul com 3.378 e o Sudeste com 2.228,
o Norte 1.337 e Centro Oeste 592.
A área total de produção orgânica no país se aproxima a 750 mil hectares, no
qual o Sudeste, sendo a maior região produtiva, com 333 mil hectares, o Norte com 158
mil hectares e o Nordeste com 118,4 mil hectares (MAPA, 2015).

4.3 IMPORTÂNCIA DO MERCADO ORGÂNICO NO BRASIL


13

De acordo com IPD Orgânicos (2011) as estimativas da Organic Monitor


mostram que as vendas globais de produtos orgânicos no mundo chegaram a USD
50,9 bilhões no ano de 2008.
De acordo com o Censo Agropecuário 2006 do IBGE apud IPD Orgânicos, o
valor de venda de produtos orgânicos dos estabelecimentos com e sem certificação,
por entidade credenciada, atingiram cerca de R$ 1,3 bilhões em 2006. Afirmam por
meio da seguinte ilustração que dos R$350,9 milhões se referem aos estabelecimentos
certificados (Figura 1):

Figura 1: Valor de venda de produtos orgânicos no mundo e no Brasil

Fonte: Mundo – Organic Monitor, 2008; Brasil – Censo Agropecuário 2006, IBGE apud IPD Orgânicos.

IPD Orgânicos afirma também que as vendas destes produtos retratados na


Figura 1 estão concentradas em Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Paraná, Ceará, Rio
Grande do Sul e também Pernambuco, como também evidenciado no Gráfico 1:

Gráfico 1: Valores de venda de produtos orgânicos por Estado (R$)


14

Fonte: Mundo – Organic Monitor, 2008; Brasil – Censo Agropecuário 2006, IBGE apud IPD Orgânicos.

IPD Orgânicos (2011) diz que levando em conta o crescimento estimado do


setor de 20% ao ano, se projeta para 2010, um faturamento equivalente a R$630
milhões. Utilizando ainda uma taxa média de conversão de dólar de 1,7, no qual
aproximadamente 70% das vendas sejam encaminhadas ao mercado externo.
Já com a crise de 2008, a Instituição afirma que a legislação mudou, assim
como o objetivo de algumas empresas do mercado externo para o interno, o que
ocasionou uma valorização do real e o aumento da competitividade nacional. E com a
constante desvalorização da moeda americana, houve uma visão por parte das
empresas que a importação de produtos orgânicos seriam uma oportunidade de
negócio, por mais que a havia uma barreira devido a adequação dos produtos
orgânicos importados para a legislação nacional de 2011.
IPD Orgânicos (2011) diz também que a maioria dos produtos orgânicos
comercializados são frutas, alimentos frescos e vegetais.
15

4.4 TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES DO MERCADO ORGÂNICO NO BRASIL


De acordo com IPD Orgânicos (2011), a entrada de grandes varejistas com
produtos que sejam orgânicos, no qual possuam marca própria, será muito positiva para
o desenvolvimento dos alimentos orgânicos, em longo prazo. Afirmando ainda que com
a crescente presença dos mesmos nos supermercados e hipermercados trará atenção
de consumidores e poderá estimular o interesse de diversas classes sociais.
Apex Brasil apud IPD Orgânicos (2011), o setor de alimentos orgânicos tende a
crescer 46% entre 2009 e 2014 e ainda mais até 2018.
Diz ainda que com a normatização legal na certificação de alimentos e bebidas
orgânicas, o setor ainda enfrentará problemas de disponibilidade de matéria- prima para
a produção de produtos processados, enquanto a demanda por produtos orgânicos
continuará crescendo.
Segundo Andrade (2015), no ano de 2014 a agricultura orgânica movimentou
aproximadamente 2 bilhões de reais e a perspectiva para 2016, é que alcance R$2,5
bilhões.
Andrade (2015) cita que os produtos orgânicos, agregam valor aos mesmos,
aumentando em média cerca de 30% a mais no preço comparado a produtos
convencionais. Afirmando ainda que os valores dos produtos orgânicos são mais altos
que os produtos convencionais devido possuírem menor escala de produção, custos de
conversão para a adequação aos regulamentos e também processos de
reconhecimento de sua qualidade orgânica.
Ainda para o autor, o produtor orgânico ainda precisa de crédito diferenciado,
de tecnologias e assistência técnica, além de infraestrutura e logística adequada para
sua produção e do mercado orgânico.
Nos dias de hoje, existe cerca de 11.084 produtores no Cadastro Nacional de
Produtores Orgânicos, no qual é gerenciado pelo Mapa. No qual o estado do Rio
Grande do Sul lidera com 1.554 produtores, São Paulo com 1.414 e Santa Catarina
com 999 produtores cadastrados (ANDRADE, 2015).
Andrade (2015) cita que a área de produção orgânica no Brasil chega a 950 mil
hectares, sendo produzidas hortaliças, arroz, cana-de-açucar, café, castanha do Brasil,
cacau, açaí, palmito, guaraná, mel, sucos, laticínios e ovos, exportando também para
16

76 países, onde os principais produtos exportados são o açúcar, o mel, oleaginosas,


castanhas e frutas.
Em questão de normatização, Andrade (2015) afirma que a legislação brasileira
define três instrumentos para garantir a qualidade dos alimentos, sendo eles a
certificação por auditoria, os sistemas participativos de garantia e o controle social para
a venda sem a certificação.
O autor afirma que os produtores que buscarem a certificação por auditoria ou
então participativa poderão usar o selo oficial nos seus produtos. No qual o selo é
fornecido por organismos de avaliação credenciados pelo Ministério da Agricultura,
sendo eles responsáveis pela fiscalização dos produtos.
Andrade (2015) diz ainda que os agricultores familiares podem atuar na venda
direta, quando recebem uma declaração de cadastro emitida pelo Mapa. Ressalta
também que o governo federal do Brasil tem estimulado a parceria com entidades
públicas e privadas, a difusão da agricultura orgânica com cursos de capacitação e
promoção de feiras orgânicas para o escoamento dos produtos com certificação.
Dizendo ainda que a certificação garante a origem e a forma produtiva do alimento que
chega até a mesa do consumidor, afirmando assim que a produção está em harmonia
com o meio ambiente.
Para Andrade (2015) os produtores de orgânicos evidenciam que a atividade
tem impacto ambiental positivo, devido a ampliação dos ecossistemas locais e também
a redução do aquecimento global. Dizendo ainda que a prioridade do sistema orgânico
é empregar matéria orgânica e adotar boas práticas de manejo que harmonizem os
processos biológicos, no qual os produtos orgânicos são oriundos de sistemas
baseados em processos naturais.
O autor ainda fala que as técnicas para obter o produto orgânico englobam o
manejo da matéria orgânica, a utilização de adubação verde e biofertilizantes, o
consórcio e também a rotação de culturas, assim como o emprego de sementes
crioulas ou variedades mais resistentes e adaptadas e também o uso de controle
fitossanitário biológico, cultural ou mecânico.
17

4.5 CONSUMIDORES DE PRODUTOS ORGÂNICOS


De acordo com IPD Orgânicos (2011), a consciência do consumidor frente aos
produtos orgânicos, se mantêm em níveis baixos, no qual grande parte dos
fornecedores e também varejistas continuam a oferecer alimentos orgânicos ao lado de
produtos naturais, de alimentos comuns e de alimentos saudáveis. Porém, a Instituição
afirma que com a regulamentação da comercialização, este hábito tende a cair. Pois o
número de consumidores que possuem interesse em saúde, produtos naturais, a
procura de alimentos seguros tende a crescer.
O mercado brasileiro mostra enorme potencial aos produtores locais e também
de outros países. No qual aos poucos a demanda por produtos orgânicos irão
aumentar, por matéria-prima e alimentos industrializados (IPD ORGÂNICOS, 2011).
A Instituição ainda apresenta que o mercado de produtos naturais não
alimentícios, têxteis e cosméticos também mostra evolução. Criando assim uma dupla
tendência, que pode gerar setores de prestação de serviços coligados.
Conforme IPD Orgânicos (2011) o crescimento do segmento de consumidores
com maior renda e com responsabilidade social, no qual procuram produtos e serviços
de grande qualidade, saudável e que não agride o meio ambiente, faz com que as
perspectivas futuras do setor sejam positivas. Afirmando que o maior desafio do setor
de orgânicos, além da garantia de fornecimento, será oferecer aos consumidores estes
produtos a preços mais acessíveis.
18

5 METODOLOGIA

Neste capítulo será abordado o método utilizado para realização da pesquisa,


instrumento utilizado para coleta de dados, o cenário e os indivíduos participantes.
Ourinhos apesar de ser considerada uma cidade em pleno desenvolvimento
econômico e social, onde há inúmeros pontos dos mais diversos tipos do ramo
alimentício, quando o assunto é a área dos produtos orgânicos, sua evolução acaba
não sendo tão eficiente assim, em pesquisa foi possível identificar 3 pontos de vendas
dos produtos devidamente certificados como orgânicos, sendo eles um supermercado
que faz parte de uma rede de franquias, e que deve seguir os padrões estipulados,
realizando assim a comercialização dos produtos orgânicos, os demais locais são
pontos de venda onde os comerciantes retiram o pedido durante a semana de seus
respectivos clientes e o fornecedor da região vem em um dia específico e realiza a
entrega dos mesmos, ainda em pesquisa encontrei uma ex comerciante de produtos
orgânicos que disse não trabalhar mais no seguimento devido a falta de fornecedores
na região com as devidas certificações, sendo necessário a busca por produtos em
uma região mais distante, o que acabou encarecendo o produto final ao consumidor,
inviabilizando a continuação do ponto de venda.
Na presente pesquisa foi utilizada a abordagem quantitativa com o objetivo de
apontar por meio de números a freqüência e a intensidade dos comportamentos dos
indivíduos de uma determinada população.
Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário com 6
perguntas, as perguntas foram elaboradas com o intuito de identificar a atual situação
do mercado de orgânicos na cidade de Ourinhos.
O questionário foi realizado com 100 moradores da cidade de Ourinhos
escolhidos aleatoriamente no centro da cidade, durante os meses de Março e Abril de
2019. Os dados coletados foram transportados para gráficos, os quais foram
analisados.
19

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conhecer a faixa etária dos consumidores é importante para criar estratégias de


marketing e planejamento de venda do produto. Na Figura 1 Observa-se a faixa etária
dos entrevistados que foi bastante diversificada, com maior concentração aos 24 e 25
anos.

Gráfico 1: Faixa etária dos entrevistados.

Fonte: Pesquisa com consumidores da cidade de Ourinhos.

Visando um resultado mais eficiente a pesquisa foi realizada com consumidores


de 14 a 62 anos, não obtendo assim um foco em uma única faixa etária.

Gráfico 2: Conhecimento da linha orgânica?


20

Fonte: Pesquisa com consumidores da cidade de Ourinhos.


Através da pesquisa pode-se analisar que o mercado de orgânicos já é bem
conhecido, 79,2% dos entrevistados conhecem o segmento, porém observa-se que
ainda há muito que fazer, visto que 20,8% dos entrevistados ainda não conhecem os
produtos orgânicos.

Gráfico 3: Interesse em conhecer os produtos.

Fonte: Pesquisa com consumidores da cidade de Ourinhos.


21

Quando questionados sobre o interesse em conhecer os produtos orgânicos,


para aqueles que ainda não os conhecem, 75,2% dos entrevistados deram uma
resposta positiva, o que nos confirma que, realizando uma melhor divulgação dos
produtos à quem ainda não os conhece, terá um público aberto a conhecer estes
produtos.
22

Gráfico 4: Regularidade de consumo.

Fonte: Pesquisa com consumidores da cidade de Ourinhos.

Quando questionados sobre a freqüência em que consomem os produtos


orgânicos aos que conhecem os mesmos, o resultado foi surpreendente, apenas 23,8%
possuem o hábito de consumo com regularidade.

Gráfico 5: Comercialização.

Fonte: Pesquisa com consumidores da cidade de Ourinhos.


23

Mais uma comprovação da falta de divulgação na área dos produtos orgânicos


se demonstra através desta pergunta, 48,5% dos entrevistados que conhecem os
produtos orgânicos não sabem aonde eles são comercializados.

Gráfico 6: Interesse mediante maior acessibilidade.

Fonte: Pesquisa com consumidores da cidade de Ourinhos.

Aos entrevistados que não conhecem os produtos orgânicos e aos que não
conhecem os pontos de vendas, foi lhes questionado se com uma maior acessibilidade
aos produtos orgânicos eles o consumiriam, e a resposta foi bem positiva, 86, 1% dos
entrevistados confirmaram que sim, consumiriam os produtos.
24

7 CONCLUSÃO

Mediante resultados obtidos através das pesquisas bibliográficas e das


entrevistas feitas com os consumidores da cidade, pode-se concluir que, o mercado de
orgânicos na cidade de Ourinhos deve ser mais bem divulgado, muitas pessoas ainda
não possuem o conhecimento sobre este segmento, e o interesse em saber mais sobre,
existe. Constatou-se que, temos um público aberto a conhecer mais sobre este
mercado, e quanto maior o número de consumidores que conheçam os produtos será
conseqüentemente maior a demanda por eles.

Em contato com produtores que fazem a entrega dos produtos orgânicos em um


dos pontos de venda da cidade, identificou-se que devido a baixa demanda a entrega
dos produtos na cidade é feita apenas uma vez na semana, porém deixaram claro que
quanto maior a demanda, maior a freqüência de entregas, maior a quantidade entregue
por vez, e conseqüentemente menor o preço.

Sendo assim, comprova-se que a melhor divulgação, resulta em maiores


potenciais clientes, que resulta em maior demanda, menor custo ao produtor e ao
comerciante, fazendo que o produto orgânico chegue ao consumidor final com um
preço mais acessível, o que geralmente é um questionamento aos adeptos do consumo
(NEVES, D. A. L. 2012).
25

8. REFERÊNCIAS

ANDRADE, Iano. Agricultura Orgânica deve movimentar R$25 bi em 2016.


Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/10/agricultura-
organica-deve-movimentar-r-2-5-bi-em-2016>. Acesso em: 15 de Outubro de 2016.
GOLDFARB, M; PIMENTEL, L.W; PIMENTEL, N.W. Alelopatia: relações nos
agrossistemas. Tecnologia & Ciência Agropecuária, João Pessoa, v.3, n.1, p. 23-28,
fevereiro de 2009.
IPD ORGÂNICOS. Pesquisa- O mercado brasileiro de produtos orgânicos.
Acesso em:
<http://www.ipd.org.br/upload/tiny_mce/Pesquisa_de_Mercado_Interno_de_Produtos_O
rganicos.pdf>. Acesso em: 17 de Outubro de 2016.
MAPA, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Número de
produtores orgânicos cresce 51,7% em um ano. Disponível em:
<http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2015/03/numero-de-produtores-
organicos-cresce-51porcento-em-um-ano>. Acesso em: 12 de Outubro de 2016.
MAPA, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Orgânicos.
Disponível em:<http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/organicos>.
Acesso em: 17 de Outubro de 2016.
VIDAL, R. A.; TREZZI, M.M.M. Potencial da utilização de coberturas vegetais de
sorgo e milheto na supressão de plantas daninhas em condições de campo: plantas em
desenvolvimento vegetativo. Planta Aroecolgica, v.22, n. 2, 2004

Você também pode gostar