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Maria Clara Sassaki - SP3040615

Natasha Nascimento - SP3015696

ATIVIDADE ESCRITA III

Sabemos que, nos primórdios da civilização, a matemática era usada, mas de


uma maneira diferente do que temos hoje, era usado o próprio corpo humano para
realizar contagens e verificar medidas, mas com o tempo, foi-se percebendo que
usar o corpo limitaria a contagens daqueles povos, e com isso foi nascendo
algumas ferramentas, que foram usadas para a finalidade de facilitar suas tarefas.
Com isso, o conhecimento matemático é fruto da criação humana diante de suas
necessidades, em meio às suas realidades.

Com isso, vemos que o ensino de matemática não se limita em aprender


técnicas de cálculo imediata, mas sim, ensinar o significado de cada tarefa e
desenvolver o pensamento crítico de resolução de problemas e o raciocínio lógico
dos alunos. É dever do educador estimular os alunos a deixar os vícios dos
conhecimentos espontâneos e trocar por pensamento teórico e conceitual sobre a
matemática, por meio do conhecimento científico. O que não terá êxito, se o
educador tiver uma visão estática do conteúdo, mas sim se ele utilizar de técnicas
que, juntamente com a matemática, causam uma transformação social.

Segundo a Psicologia Histórico-Cultural, uma das condições fundamentais


para o desenvolvimento humano, é a apropriação cultural, visando uma
aproximação do aluno com o conhecimento da sociedade, nestes caso, é de
extrema necessidade que o professor esteja mediando a relação conhecimento e
aluno, para que haja o desenvolvimento esperado.

Como exemplo prático para tal ensino, temos alguns jogos que ajudam no
aprendizado da matemática, como, batalha naval e o jogo de xadrez, que pode ser
usado para fixação do conceito do plano cartesiano.
Para que os alunos entendam a relação entre o jogo e os conceitos
matemáticos, é interessante que o professor faça uma abordagem gradual. Em um
primeiro momento, deixar os alunos jogarem em duplas, só explicando as regras
básicas do jogo. Depois, questionar se eles perceberam alguma relação com algo
conhecido, não necessariamente dos conceitos matemáticos, mas na vivência deles
fora da escola também. É muito importante verificar se os alunos conseguem fazer
tal relação e tomar notas de todos os processos. Por último, o professor pode
apresentar as primeiras noções de sistema cartesiano e deixar que os alunos
percebam que o jogo que eles acabaram de jogar nada mais é que um sistema
cartesiano e que o jogo acontece no primeiro quadrante.

Quando os alunos percebem que é possível se divertir e aprender ao mesmo


tempo, as atividades ficam mais fáceis, pois eles conseguem ver com outros olhos a
matemática. O lúdico facilita o trabalho de algumas atividades, como Saviani já
havia falado:

Quando entendemos que a prática será tanto mais coerente


e consistente, será tanto mais qualitativa, será tanto mais
desenvolvida quanto mais consistente e desenvolvida for a
teoria que a embasa, e que uma prática será transformada à
medida que exista uma elaboração teórica que justifique a
necessidade da sua transformação e que proponha as
formas da transformação, estamos pensando a prática a
partir da teoria. Mas é preciso também fazer o movimento
inverso, ou seja, pensar a teoria a partir da prática, porque se
a prática é o fundamento da teoria, seu critério de verdade e
sua finalidade, isso significa que o desenvolvimento da teoria
depende da prática.(SAVIANI. 2003).

Concluímos que, a partir de métodos práticos, se pode ter uma educação que
atenda a todas as necessidades dos alunos, em suas mais diferentes formas, jeitos
e culturas. Espera-se como resultado, alunos mais engajados para o conhecimento,
professores mais antenados nas novas formas de ensinar para trazer às salas de
aula o que faz os olhos dos alunos brilharem, fora.

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