Escolhas são actos voluntários e intencionais não importando a
intensidade da nossa intenção nessa atitude ou nesse acto. Sempre que agimos provocamos uma reacção que repercute em nós e no objecto de nossa acção, seja uma pessoa ou qualquer forma de vida; a repercussão desta acção sobre este ser retorna a nós com a mesma intensidade. Esta é a lei da acção e reacção. Em termos energéticos, nós provocamos uma repercussão vibratória neste Ser e recebemos deste Ser a mesma vibração em sentido contrário que nos impressionará na razão directa da nossa intenção e da consciência do que estamos fazendo. A impressão que recebemos atinge nossos corpos. A manifestação da reverberação se dará no plano físico, muitas vezes provocando acções ou reacções não compreendidas ou não assimiladas concretamente. As acções se manifestam na sua ordem de intensidade e não na ordem de realização. Isto significa que os acontecimentos mais intensos, mesmo que mais recentes, adiam a expressão de marcas mais antigas se forem menos intensas. Entretanto, nunca as anulam, pois as marcas que impressionamos em nosso dinamismo energético, são irreversíveis. Esta repercussão se dá sempre em qualquer acção ou atitude nossa. Tudo aquilo que fazemos tem impressão nos corpos subtis, seja de bom ou não. Temos uma tendência em relacionar as repercussões negativas como uma espécie de “pagamento de uma dívida”, mas, na verdade, isso é um equívoco, pois não pagamos e nem devemos nada, apenas recebemos de volta o que fazemos. Não recebemos dádivas, nem punições, mas recebemos aquilo que entregamos e disponibilizamos. Por isso, a responsabilidade sobre aquilo que nos ocorre é inquestionavelmente nossa. Algumas vezes é difícil entendermos factos que ocorrem e que classificamos como “injustos”, mas não há como aplicar o conceito de justiça que conhecemos sobre demandas que fogem à nossa compreensão egóica. Aplicamos o conceito que conhecemos, para atender desta forma as regras e padrões que estabelecemos em nosso convívio social e isso nos conforta, porém não atinge e tampouco diz respeito à lei primordial da Acção e Reacção. Por menos que possamos compreender, porque um Ser sofre agressões, em um momento qualquer de sua existência, este Ser manifestou esta demanda impressa em seu dinamismo energético. A repercussão sobre seu dinamismo se deu no momento da acção e aí está a marca energética que será expressa em algum fato ou circunstância em sua existência. Não há nisso qualquer conotação religiosa ou punitiva, mas sim um efeito de reverberação vibracional. Entretanto é importante saber como podemos actuar sobre nossa vida Se nós sabemos que as acções mais intensas adiam a manifestação daquelas menos intensas, ao provocarmos acções de alta intensidade, estas ocuparão o lugar das menos intensas. Temos então a oportunidade de ganhar tempo para amadurecer e suportar fatos e acontecimentos no decorrer de nossa existência, assimilando-os e tornando-os instrumentos de nosso desenvolvimento.
Assim, uma forma de criarmos factos e circunstâncias que atenuem o
nosso sofrer, é conscientemente agirmos e actuarmos com intensidade de forma e contribuir para atenuar o sofrimento daqueles que nos cercam, auxiliando-os e acolhendo-os em suas necessidades, sem julgá-los.