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IT – Informe técnico
1. Propriedades
É uma árvore nativa da caatinga do nordeste brasileiro e Vale do São Francisco, muito ornamental
quando em oração sendo ocasionalmente empregada no paisagismo. Existem, em outras regiões do país,
espécies deste gênero com características semelhantes e com o mesmo nome popular (Lorenzi & Matos,
2002).
Sua utilização vem sendo feita com base na tradição popular. São atribuídas às preparaçõe s de sua
casca propriedades sudorícas, calmante, emoliente e peitoral (Mors & N.A Pereira, 2000 apud Lorenzi &
Matos, 2002), e do seu fruto seco, ação anestésica local, e é usado na forma de cigarro como odontálgico
(Emperaire, 1983 apud Lorenzi & Matos 2002). O infuso da casca é empregado como sedativo e calmante
de tosse e bronquites, bem como para o tratamento de verminoses e hemorroidas (Agra, 1996 apud Lorenzi
& Matos, 2002), e o seu cozimento (decocto) para acelerar a maturação de abscessos nas gengivas (Dias-
da-Rocha apud Lorenzi & Matos, 2002). Estudos farmacológicos em animais de laboratório constataram
uma signicativa atividade espasmolítica de seu extrato (Barros 1970, apud Lorenzi & Matos, 2002) e
atividades curarizante, antimuscarinica e depressora do SNC (Ferro, et al 1970 apud Lorenzi & Matos, 2002),
compatíveis com as propriedades preconizadas pela medicina popular para esta planta. Sua análise
toquímica mostrou também a presença de diversos alcalóides do tipo comumente encontrado nas espécies
de Erythrina (Ferro, et al 1998 apud Lorenzi & Matos, 2002).
3. Dose usual
É utilizado na faixa de 50mg a 200mg ao dia.
4. Toxicidade/Contraindicações
Estudos farmacológicos em animais de laboratório constataram uma signicativa atividade
espasmolítica de seu extrato (Barros 1970, apud Lorenzi & Matos, 2002) e atividades curarizante,
antimuscarínica e depressora do SNC (Ferro, et al 1970 apud Lorenzi & Matos, 2002), compatíveis com as
propriedades preconizadas pela medicina popular para esta planta (Lorenzi & Matos, 2002). O mulungu,
assim como cerca de 51 espécies dentro do gênero Erythrina, produz alcalóides nas sementes semelhante
ao curare utilizado pelos índios para entorpecer os peixes. Freyre Alemão comprovou a toxicidade das
sementes. Estes alcalóides têm a estrutura bem diferente das do curare, só que se descreve para
farmacologia semelhante.
5. Referências Bibliográcas:
Corrêa, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
Lorenzi, H; Matos, F.F.A. Plantas Medicinais no Brasil. Ins tituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda.
2002.
Batistuzzo J. A. O., Itaya M., Eto Y., Formulário Médico -Farmacêutico, 4º edição, Pharmabooks, 2011.