Você está na página 1de 11

A educação CTSA no panorama teórico QSC (Questões Sociocientificas) e a

Nanotecnologia.
Regiane Rocha Santana Lopes1

Resumo
Embora o estudo da nanotecnologia tenha sido concebido no século XX, sua
aplicação e utilização na sociedade é muito mais antiga. Com o passar dos anos e
com o desenvolvimento de técnicas e instrumentos, a nanotecnologia se tornou uma
área multidisciplinar, possuindo hoje diversas aplicações na sociedade, se tornando
um mercado em potencial a nível global. Com isso, muito tem se falado sobre a
importância de incluir o tema, Nanotecnologia, em sala de aula, pois com ela é
possível elencar assuntos sobre desenvolvimento tecnológico em diferentes áreas,
bem como, na indústria, na saúde, na alimentação, nos cosméticos, em produtos de
limpeza etc. Por ela apresentar essa multidisciplinaridade, ao se trabalhar com a
Nanotecnologia cria-se a possibilidade de uma educação completa, no âmbito da
educação CTSA com ênfase nas Questões Sociocientíficas. Mas somente trazer
curiosidades sobre as especificidades desta tecnologia, mostrar como ela é obtida, e
demonstrar somente os benefícios que se pode ter com ela, pode ser caracterizada,
de fato, como uma maneira de praticar a educação CTSA com um olhar
sociocientífico? Com este problema elencado, por meio de uma pesquisa qualitativa,
do tipo revisão bibliográfica, o artigo tem como objetivo entender o que se
caracteriza uma educação que utiliza da abordagem CTSA com enfoque nas
Questões Sociocientíficas, por meio da temática da Nanotecnologia.

Palavras-chave: Educação CTSA; Questões Sociocientíficas; Nanotecnologia;


Ensino Médio.

Abstract
Although the study of Nanotechnology was conceived in the 20th century, its
applications and use in Society are much older. Over the years and with the
development of techniques and instruments, nanotechnology has become a
multidisciplinary area, having today several applications in society, becoming a
potential market at a global level. With this, a lot has been said about the importance
of including the topic, Nanotechnology, in the classroom, as it is possible to list
subjects about technological development in different areas, as well as, in industry,
health, food, cosmetics, in cleaning products etc. Because it presents this
multidisciplinarity when working with Nanotechnology, the possibility of a complete

1Mestranda no Programa de Pós Graduação em Formação Científica, Educacional e Tecnológica


pela UTFPR. E-mail: regiane.rochasantanalopes@gmail.
2

education is created, within the scope of CTSA education with an emphasis on


Socio-scientific Issues. But just by bringing curiosities about the specifics of this
technology, showing how it is obtained, and demonstrating only the benefits that can
be had with it, can it be characterized, in fact, as a way of practicing CTSA education
with a socio-scientific perspective? With this problem listed, through a qualitative
research, literature review type, the article aims to understand what has
characterized an education that uses the CTSA approach with a focus on Socio-
Scientific Issues, through the theme of Nanotechnology.
Keywords: STES Education, Socio-scientific issues, Nanotechnology, High School.

Introdução

O entendimento sobre o que é a educação, em suas várias formas de


encadeamento, é um tanto quanto complexo. Atualmente se defende no mundo
acadêmico, em sua maioria, que o papel fundamental dela é o de desenvolver
cidadãos críticos, capazes de tomar suas próprias decisões, e espera-se que estas
sejam benéficas para a sociedade e o meio ambiente ao mesmo tempo. Portanto,
trazer uma reflexão sobre o como e o que ensinar, se faz necessário, principalmente
no que se refere a Ciência e a Tecnologia.
Pois atualmente, as inovações tecnológicas nas diversas áreas de
conhecimento, estão em ascensão, estando inseridas em todos os setores da
sociedade brasileira. Bem como a Nanotecnologia é uma dessas tecnologias,
conseguindo ser encontrada no melhoramento de produtos de limpeza, cosméticos,
aplicações no tratamento de câncer, criação de próteses, diagnóstico de doenças,
entre outros (TOMKELSKI; FAGAN; SCREMIN, 2019).
A nanotecnologia e a nanociência aos poucos vêm sendo encaixada como um
dos temas abordados na grade curricular dos estudantes do ensino básico, tanto nas
disciplinas de Física como de Química. E vem sendo conversado sobre ela na sala
de aula, da mesma maneira como se trata toda e qualquer tecnologia: como a mais
nova ideia que irá resolver todos os problemas da natureza e dos homens, como
descreve Zoller (1992), sobre a visão que as pessoas possuem sobre as
tecnologias.
Ao enaltecer a tecnologia e tudo que tem relação a ela, sem desenvolver um
embate de ideias, muitos profissionais podem considerar que estão utilizando da
3

abordagem CTSA, com enfoque em questões Sociocientíficas, para Zoller (1992)


alguns questionamentos não são feitos, ao se trabalhar com a educação científica:

Toda e qualquer desenvolvimento tecnológico necessariamente melhora


nossa qualidade de vida? Quais são as vantagens e desvantagens de
qualquer nova tecnologia implementada? Uma tecnologia específica deve
ser implementada em primeiro lugar? (ZOLLER, 1992, tradução do autor).

Para que possa existir uma efetividade na educação, no que se refere ao


conhecimento científico, é importante que o estudante tenha contato com o que vem
sendo desenvolvido no mundo das tecnologias, e utilizar a Nanotecnologia como
temática, pode ser bem promissor, mas a dúvida que surge neste ponto, é o como
ser efetivo e completo na inclusão deste tema. (SILVA;TOMA, 2018).
Portanto, se faz necessário entender como de fato ocorre uma educação
CTSA com enfoque em questões Sociocientíficas e como utilizar a Nanotecnologia,
para desenvolver um estudante capaz de tomar suas próprias decisões, crítico e
capaz de entender a ciência como algo vivo e em movimento, chegando a poder
abrir as caixas pretas das ciências, como fala Latour (2000), em sua primeira regra
metodológica: “Estudamos a ciência em ação, e não a ciência ou a tecnologia
pronta; para isso, ou chegamos antes que fatos e máquinas se tenham transformado
em caixas-pretas, ou acompanhamos as controvérsias que as reabrem.”

Nanotecnologia na Educação Básica

Atualmente as inovações tecnológicas nas diversas áreas de conhecimento,


estão em ascensão, e a Nanotecnologia faz parte de movimento, pois segundo
Toma (2009, p.18): “Os progressos alcançados desde então têm crescido
exponencialmente. Na virada do milênio, a nanotecnologia e as nanociências foram
reconhecidas como grande abertura para o futuro”.
A Nanotecnologia já pode ser encontrada no melhoramento de produtos de
limpeza, cosméticos, em aplicações no tratamento de câncer, em criação de
próteses, em diagnóstico de doenças etc. (TOMKELSKI; FAGAN; SCREMIN, 2019).
Logo, a inclusão do conhecimento da Nanotecnologia e da Nanoquímica,
suas aplicações, seus benefícios e até mesmo trazer uma discussão de seus
possíveis malefícios, tanto na Sociedade como no Meio Ambiente é de extrema
4

importância, pois os jovens precisam ser preparados para novos tipos de profissões,
que já exigem hoje tal conhecimento, como destaca Silva e Toma (2018):

Os avanços e as aplicações da Nanotecnologia já são uma realidade bem


consolidada, tanto nas indústrias, como nos centros de pesquisa instalados
nas universidades. Seja no Brasil ou no mundo, hoje é possível encontrar
produtos no mercado que aplicam essa nova tecnologia e isso mostra que
ela está presente direta ou indiretamente em nosso cotidiano (SILVA;
TOMA,2018; p.64).

Como é de conhecimento comum, sabe-se que a Química é vista pelos


alunos da Educação Básica, como uma matéria complexa e de difícil entendimento.
Além da memorização de fórmulas para a realização dos cálculos, a disciplina exige
que o estudante tenha um conhecimento teórico para conseguir resolver algumas
questões, como explica Silva (2011):

Das disciplinas ministradas, tanto no ensino fundamental como no ensino


médio, a Química é citada pelos alunos como uma das mais difíceis e
complicadas de estudar, e que isso aumenta por conta de ser abstrata e
complexa. Eles alegam a necessidade de memorizar fórmulas, propriedades
e equações químicas (SILVA, 2011).

Por conta desta complexidade que está inerente a disciplina, pode ser um dos
fatores dos jovens brasileiros terem um índice de proficiência em Ciências, tão
baixo. O Brasil, quando comparado com outros 79 países, apresentou um resultado
considerado ruim no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) de
2018. Alunos na faixa de 15 anos de idade não possuem um nível básico de
conhecimento em Matemática, Leitura e Ciências, em relação a esta última, a
porcentagem Brasileira chega a 55%. (INEP, 2019)

Infelizmente esses dados não refletem ao que de fato tem ocorrido no


conhecimento e desenvolvimento da Ciência, tanto internacionalmente quanto
dentro do próprio Brasil. Vemos um avanço muito grande da Ciência e da Tecnologia
ocorrendo, mesmo dentro do nosso país. Um exemplo disso, e a construção,
finalização e já hoje em funcionamento de um dos maiores Aceleradores de
Partículas, com luz Síncrotron do mundo, o Sirius. (BOCCHINI, 2020).

Portanto, ensinar Nanotecnologia já na Educação Básica, é muito importante,


pois ela trabalha conceitos tecnológicos relacionados a matérias, propriedades e
5

sobre o comportamento de diversos elementos químicos. Ela por ser uma tecnologia
multidisciplinar, pode ser utilizada para unir duas ou mais disciplinas como a
Química com a Física, Química e Biologia, Química e a matemática. (SANTOS;
NIHEI, 2013).

Com isso, se faz necessário que ocorram mudanças dentro da Educação


Básica, nossos jovens precisam ser ensinados, capacitados e até mesmo
conquistados, para o conhecimento científico. Portanto a inclusão da Nanotecnologia
dentro do conteúdo programático do ensino da Química, pode ser um exemplo de
algo que desperte neste jovem uma vontade e até mesmo perceba um dom para o
mundo da Ciência, como desta Silva e Toma (2018):

Portanto, incentivar a divulgação científica na Nanotecnologia dentro das


escolas, estamos contribuindo para a conscientização da sociedade, ao se
criar um debate com os estudantes sobre as potencialidades e benefícios
dessa nova área da Ciência (SILVA; TOMA,2018).

Educação CTSA e as Questões Sociocientíficas

A educação CTS/CTSA nasce na década de 1970, como maneira de existir


uma perspectiva que pudesse trazer uma renovação aos currículos do ensino de
Ciência, onde se questionava os objetivos da formação científica e tecnológica nas
escolas. Desde a Revolução industrial, o mundo enfrenta constantes mudanças e
uma evolução acelerada no que diz respeito a tecnologia, mas pouco se discutia,
nas décadas de 70, 80 e até mesmo 90, sobre os impactos da mesma, na sociedade
e meio ambiente.
Com isso a perspectiva CTS/CTSA nasce em meio a grande quebra de
paradigmas, no que diz respeito a movimentos sociais, e busca por igualdade entre
os indivíduos, como diz Pérez (2012),

Reivindicações de movimentos sociais mais amplos, tais como o movimento


da contracultura, o movimento pugwash e o movimento ambientalista, que
em linhas gerais, representavam uma crítica e um certo modo de
enfrentamento diante da ordem vigente da época caracterizada por conflitos
bélicos e processos de dominação e controle cultural. (PÉREZ, 2012, p. 13).

Ela foi idealizada por muitos estudiosos, em especial, segundo Aikenhead


(2003), Peter Fensham, na década de 80, contribuiu para a evolução da educação
6

CTS/CTSA, pois fazia uma relação entre a educação científica e tecnológica, com a
visão que uma educação que abarcasse a todos, pois ainda a educação cientifica
era restrita aqueles com habilidades voltadas ao pensamento científico.
Um ponto importante sobre esta abordagem educacional para o ensino da
ciência, é que ela respeita o fato de cada país ter a sua realidade, podendo assim
assumir um tipo de discussão que de fato, pode levar uma mudança real e efetiva.
Essas situações por exemplo, permitiram que no Canada e em Israel foi adicionado
a letra E de Environment (meio ambiente), ao acrostico STS (CTS em inglês), como
destaca Aikenhead (2003):

A evolução do CTS em diante da escola de ciência é uma história complexa


do desenvolvimento professional e intelectual de educadores de ciências
individuais. Cada país tem sua própria história para contar. Por exemplo, no
Canada e em Israel, o meio ambiente foi enfatizado adicionando a letra A ao
CTS, produzindo CTSA e CTAS, respectivamente, com inúmeras
implementações escolares alcançadas. (AIKENHEAD, 2003, p.6, tradução
nossa).

Falar de educação CTS/CTSA pode parecer muito abrangente, pois os


assuntos relacionados a Ciência e a Tecnologia e como elas afetam diretamente a
sociedade e o meio ambiente, de fato são grandiosos. Portanto, com o intuito de
diferenciar as diferentes e abrangentes correntes na abordagem de ensino, Pedretti
e Nazir desenvolveram um conjunto de descritores para ajudar a delimitar a
educação da Ciências, que foi futuramente analisado pelo meio acadêmico.
(PEDRETTI; NAZIR, 2011).
Desta corrente sobre a educação CTSA, foi elaborado 6 correntes, que
incluíram: a Corrente de aplicação e design; Corrente Histórica; Corrente raciocínio
lógico, Corrente Valor central, Corrente Sociocultural e a Corrente Socioecojustiça.
(PEDRETTI; NAZIR, 2011).
Em quase todos as seis correntes elaboradas por Pedretti e Nazir (2011),
pode-se utilizar como estratégia o uso da Questões Sociocientíficas, por meio de
análise, estudo de caso, modelos de argumentação e tomada de decisão, debates,
entender riscos e benefícios da tecnologia. (PEDRETTI; NAZIR, 2011).
Pois falar de Educação CTSA, de uma maneira que seja realmente efetiva, no
que diz respeito a formação do cidadão crítico e capaz de tomar suas decisões com
base no conhecimento científico e não em falácias, é praticamente a base do
7

enfoque que as Questões Sociocientíficas trabalham, pois as pessoas tendem a ter


uma visão romantizada sobre a tecnologia, como destaca Zoller (1992):

A maioria das pessoas veem a tecnologia como o know-how e a criatividade


em usar ferramentas, recursos e sistemas para resolver problemas e de
melhorar o controle sobre o ambiente natural e o artificial, para aperfeiçoar
as condições humanas. (ZOLLER, 1992, p.82, tradução nossa).

O mesmo autor afirma que vendo a tecnologia como o salvador dos


problemas da humanidade, cria-se três implicações, aos quais são: 1 - toda e
qualquer tecnologia é boa e desejável; 2 – tudo o que for necessário para o
desenvolvimento tecnológico dever ser encorajado e o terceiro, que diz a educação
deveria ser a desenvolvedora de mão de obra para esse desenvolvimento
tecnológico. (ZOLLER, 1992, p.82).
Zoller (1992) faz-nos refletir que a educação da Ciência deveria ser de
maneira a encorajar que os estudantes e ao mesmo tempo cidadãos, questionem
essa visão deturpada da tecnologia, questionando-se:

Qualquer tipo de desenvolvimento tecnológico, necessariamente, aperfeiçoa


nossa qualidade de vida? Em primeiro lugar, quais são as trocas de
qualquer nova tecnologia implementada? Em primeiro lugar, uma nova
tecnologia deveria ser implementada? Perguntas como estas comummente
não são enfrentadas na educação de ciência tradicional. (ZOLLER, 1992,
p.82, tradução nossa).

Em consoante a visão da importância de usar a abordagem CTSA com


enfoque nas questões sociocientíficas, Ratcliffe e Grace (2003), reforça esta
importância ao dizer que ao considerar as questões sociocientíficas como base para
a educação da ciência pode se ter um potencial e enorme impacto sobre a
sociedade. (RATCLIFFE; GRACE, 2003, p. 1).
Mesmo vivendo em tempos liquídos, como destaca Bauman (2007) onde tudo
se desfaz com a mesma rapidez que foi idealizada, não dando tempo nem de digerir,
quanto mais aprofundar os assuntos, Ratcliffe e Grace (2003) afirmam que “ é
seguro afirmar que as questões sociocientíficas irá continuar a interessar a futuras
gerações”. (RATCLIFFE; GRACE, 2003, p. 2, tradução nossa).
Um dos motivos disso deva ser, porque utilizar as Questões Sociocientíficas,
faz uma relação com a vida do estudante, traz discussões sobre a realidade vivida
por ele, ou por aqueles que vivem ao seu redor, criando assim uma interligação
8

entre a escola, estudo, conhecimento e vida, e para ajudar a entender e trabalhar de


maneira profunda e correta as QSCs, na tabela 1, foi descrita com o que Ratcliffe e
Grace defendem ser a natureza das Questões Sociocientíficas.

TABELA 1 – Descrição da natureza do enfoque QSC, por Ratcliffe e Grace


(2003).
A natureza das Questões Sociocientítcas
1 – Ter uma base na ciência, que está frequentemente nas fronteiras do
conhecimento científico;
2 – Envolve formar opiniões, fazer escolhas em níveis pessoais ou sociais;
3 – São frequentemente noticiados pela mídia, com questões associadas de
apresentação com base nas finalidades do comunicador;
4 – Lida com informações incompletas por conta das evidências científicas
conflitantes/incompletas, e inevitavelmente na reportagem incompleta;
5 - Aborda as dimensões local, nacional e global com acompanhamento político
e estruturas sociais;
6 – Envolve uma análise do custo-benefício e em qual risco interagem com os
valores;
7 – Pode envolver considerar o desenvolvimento sustentável;
8 – Envolve valores e raciocínio ético;
9 – Pode requerer algum entendimento das probabilidades e riscos;
10 - São frequentemente tópicos com uma vida transitória.
Fonte: RATCLIFFE; GRACE, 2003, tradução nossa.

Considerações Finais

Após o estudo sobre a história da abordagem educacional CTSA com


enfoque nas Questões Sociocientíficas, fica claro que ela é de extrema importância,
por todas as habilidades e formação do ser humano que ela pode criar. Claro que
para que seja efetivo, se faz necessário que ela aborde de maneira crítica e
profunda os assuntos relativos ao desenvolvimento tecnológico e científico.
Com a Educação CTSA com enfoque nas QSCs, é possível criar uma relação
de confiança e estimular os estudantes ao conhecimento, pois quando ela é
realizada da maneira correta, com abordagens de temas que fazem ligação direta
9

com o que o aluno está vivendo, vendo e consumindo, cria-se então a tão famosa
educação significativa.
Falar com Nanotecnologia utilizando a abordagem CTSA com enfoque QSC,
é também de extrema importância, não só porque ela é uma tecnologia nova,
interessante, que carrega muito conhecimento, e de fato, tem ligação com multiáreas
de conhecimento, mas também poque ela já se encontra bem inserida em nossa
sociedade.
Utilizar a abordagem CTSA com enfoque QSC, para divulgação da
Nanotecnologia em sala de aula, precisa ser feito utilizando o máximo possível, dos
itens da natureza das questões Sociocientíficas de Ratcliffe e Grace, pois assim será
possível, que a Nanotecnologia seja vista com olhar crítico, e não com um olhar que
a veja comente com a “mocinha” boa das histórias de aventuras.
10

Referências

AIKENHEAD, G. S. STS Education: a rose by any other name. In A Vision for


Science Education: Responding to the world of Peter J. Fensham, (ed.) Cross, R.:
Routledge Press. 2003. Disponpivel em:
https://www.researchgate.net/publication/237702453_STS_Education_A_Rose_by_A
ny_Other_Name. Acesso em: 05 ago. 2021.

BAUMAN, Z. Tempos líquidos; tradução Carlos Alberto Medeiros.Rio de


Janeiro:Jorge. Editora Zahar. 2007.
BOCCHINI, B. Pesquisadores estudam proteínas do SARS-CoV2 no
Laboratório Sirius. Agência Brasil, São Paulo, 2020. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-09/pesquisadores-estudam-
proteinas-do-sars-cov2-no-laboratorio-sirius. Acesso em: 05 ago. 2021.

LATOUR, B. Ciência em Ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade


afora. São Paulo. Editora UNESP, 2000.

PEDRETTI, E.; NADIR, J. Currents in STSE Education: Mapping a Complex Field, 40


Years On. Sciencie education Wiley Periodicals, Inc. Ed. 95, vol 4. July 2011.
Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/229885212_Currents_in_STSE_Education_
Mapping_a_Complex_Field_40_Years_On. Acesso em: 05 ago. 2021.

PÉREZ, L. F. M. Questões sociocientíficas na prática docente: ideologia,


autonomia e formação de professores. São Paulo. Editora Unesp, 2012.

PORTAL INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio


Teixeira. NOTÍCIAS, 2019. Brasília: Ministério da Educação, 2019. Disponível em:
http://portal.inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/pisa-2018-
revela-baixo-desempenho-escolar-em-leitura-matematica-e-ciencias-no-brasil/21206.
Acessado em: 10 set. 2020.

RATCLIFFE, M.; GRACE M. Science education for citizenship. Teaching Socio-


Scientific Issues. Philadephia. Editora Open University Press, 2003.

SANTOS, G.; NIHEI, O. K. Nanotecnologia no ensino de ciências: integrando o


saber científico de ponta no ensino fundamental . Cadernos PDE. Dia a Dia
Educação. Governo do Paraná. 2013. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pd
e/2013/2013_unioeste_cien_artigo_geovana_dos_santos.pdf. Acesso em: 05 ago.
2021.

SILVA, A. M. Proposta para Tornar o Ensino de Química mais Atraente. Revista da


Química industrial. 2ºsemestre 2011. Disponível em:
https://www.abq.org.br/rqi/2011/731/RQI-731-pagina7-Proposta-para-Tornar-o-
Ensino-de-Quimica-mais-Atraente.pdf. Acesso em: 05 ago. 2021.
11

SILVA, D. G. da; TOMA, H. E. Nanotecnologia para Todos! Cartilha educativa para


divulgação e ensino na nanotecnologia. São Paulo. Edição dos autores, 2018.

SILVA, S. L. Abre; VIANA, M. M.; MOHALLEM, N. D. S. Afinal, o que é


Nanociência e Nanotecnologia? Uma Abordagem para o Ensino Médio. Química
Nova na Escola. vol. 31, n. 3, p. 172 - 178, 2009. Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_3/04-QS-7808.pdf. Acesso em: 05 ago. 2021.

TOMA, H. E. O mundo nanométrico: a dimensão do novo século. 2º Edição.


Editora Oficina de Textos. São Paulo. 2009.

TOMKELSKI M. L.; SCREMIN G.; FAGAN S. B. Ensino de Nanociência e


Nanotecnologia: perspectivas manifestadas por professores da educação básica e
superior. Revista Ciência e Educação. Bauru. vol.25 n.3, jul-set. 2019. Disponível
em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
73132019000300665. Acesso em: 28 jul. 2021.

ZOLLER, U. The technology/Education Interface: STES Education for all. Canadian


Journal of education. v. 17, n. 1, p. 86-91, 1992.

Você também pode gostar