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Lição nº 3

Estudo da função quadrática

Introdução

Tal como fizemos na lição anterior, aqui vamos explorar as propriedades da função quadrática,
uma das funções matemática mais aplicadas na interpretação e análise de muitos fenómenos e em
quase todas as áreas do conhecimento humano.

Como poderá depreender, caro aluno, o conteúdo desta lição é por si já conhecida a parir do
ensino geral.

Objectivos da lição

No final desta lição, você deverá ser capaz de:

 Definir a função quadrática;


 Fazer o estudo das propriedades da função quadrática a partir do gráfico ou da expressão
analítica;
 Resolver exercícios práticos.

A função quadrática é uma função polinomial do 2º grau R do tipo

Esta função é também denominada função trinomial do segundo grau, uma vez que a expressão
representa uma equação (trinómio) do segundo grau ou simplesmente uma
equação do segundo grau. O gráfico cartesiano desta função polinomial do segundo grau é uma
curva plana denominada parábola com o eixo de simetria paralelo ao eixo y.

É recordarmos que, quando à equação quadrática, temos:

binómio discriminante

fórmula resolvente

Se a equação tem duas raízes diferentes


Se a equação tem uma raiz (raiz dupla)

Se a equação não tem raízes reais

 Domínio e contradomínio

No geral, para a função quadrática, temos Df = R. Quanto ao contradomínio, temos:

Se

Se

 Zeros

A função quadrática admite dois zeros, que são as raízes da equação


. Graficamente, os zeros da função correspondem aos valores de x para os
quais y é igual a zero (ou seja, as abcissas dos pontos em que gráfico intersecta o eixo dos).

 Concavidade

Se , a parábola terá a concavidade voltada para cima e se , a concavidade será


voltada para baixo.

 Vértice:

O vértice da parábola é o ponto V(xv,yv) onde: .

 Máximo e mínimo

Se , a parábola tem um ponto de mínimo.

Se , a parábola tem um ponto de máximo.

O valor da ordenada do vértice corresponde ao máximo ou mínimo da função


conforme o ou , respectivamente.
A parábola no
plano cartesiano
Concavidade para cima Concavidade para baixo

Corta o eixo
horizontal em 2
pontos

Toca em um
ponto o eixo
horizontal

Não corta o eixo


horizontal

 Variação do sinal

Para os casos em que , temos:

Se x x1 x2

y + 0 - 0 +

Se x x1 x2
y - 0 + 0 -

E se (e ), a função ee positiva em todo seu domínio para e negativa em todo o


seu domínio para .

 Variação da função

De acordo com a concavidade, temos:

Para

 Ordenada na origem

Sob quaisquer condições a parábola intersecta o eixo y no ponto (0, c).

 Simetria

A função quadrática admite sempre uma simetria (a parábola é uma figura simétrica). O eixo de

simetria é uma recta vertical paralela ao eixo dos y, de equação

 Expressão analítica da função

A expressão analítica de uma função quadrática pode ser obtida a partir do


gráfico ou de outros elementos conhecidos, sendo da forma:

que é o mesmo que escrever .

Esta expressão também pode ser escrita na forma factorizada: sendo x1 e x2 as raízes (zeros),
temos: .

Vamos fazer o estudo da função dada pelo gráfico abaixo


 Df =
 D’f = . Neste caso, y = 2 é o máximo da função.
 Zeros: x1 = 1 e x2 = 5 – São as abcissas dos pontos de intersecção do gráfico com o eixo
horizontal.
 Vértice: V(3,2)
 Variação do sinal e monotonia:

x 1 5

y - 0 + 0 -

Quanto à monotonia, dado que a concavidade está virada para baixo, teremos:

x 3

y 2

Expressão analítica: optamos por uma das equações para determinarmos a expressão analítica.
Neste caso, usamos os dados que o gráfico nos apresenta, de modo a encontrarmos o valor do
coeficiente a.
. Escolhemos um ponto dado e substituímos na
equação x e y pelas coordenadas desse ponto. Seja o ponto (1, 0):

Assim temos: ou

Sumário

Nesta lição estudamos as propriedades básicas da função quadrática, incluindo a construção


gráfica bem como o significado dos coeficientes da expressão analítica.

Exercício

Estudar a função definida por .

Resolução

Vamos escrever a expressão que define a função na forma padrão:

Daqui concluímos que se trata de uma função quadrática com coeficientes: , .

Esta função não tem zeros, isto é, o seu gráfico não intersecta o eixo das abcissas. Podemos

constatar isto achando o “delta” da equação quadrática :

A concavidade está virada para cima.

O domínio é o conjunto R, e o contradomínio é o conjunto definido pelo intervalo


que é , onde 2 é o mínimo da função.

O vértice é (0, 2), obtido pelas fórmulas

Quanto ao sinal temos que a função é positiva em todo o domínio.

Em relação à monotonia, temos:

x 0

y 2

E já temos elementos suficientes para esboçar o gráfico da função:

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