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No projeto de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas, devemos seguir as normas da série
NBR- 5419:2015. De boa intenção, a norma nos autoriza a utilizar diversos materiais, visando que o projetista
especifique a melhor solução ao cliente, a que tenha maior facilidade de implantação e, claro, menor custo.
É muito comum na prática de projetos, a especificação de dois materiais: Cobre e Alumínio. A consulta à norma
nos traz rapidamente a certeza de onde utilizar e onde não utilizar (ao tempo, na terra, no concreto ou reboco
e no concreto armado).
Um assunto pouco abordado e muitas vezes sonegado dos debates é a formação de acoplamentos galvânicos
no SPDA.
Um acoplamento galvânico ocorre quando metais com diferentes nobrezas têm superfície de contato. Este
contato propicia, espontaneamente, o início de uma reação de oxirredução. Esta reação de gera um fenômeno
que pode ser denominado como corrosão galvânica.
Neste processo, a corrosão ocorrerá próxima à junção dos materiais, e se alteram as velocidades de corrosão
dos materiais:
• O metal mais nobre será polarizado catodicamente (recebe elétrons) e seu potencial de corrosão diminui.
Este metal vai corroer com velocidade menor do que se estivesse isolado no mesmo meio.
• O metal menos nobre será polarizado anodicamente (cede elétrons) e seu potencial de corrosão aumenta.
Este metal vai corroer com velocidade maior do que se estivesse isolado no mesmo meio.
Figura 01: Corrosão galvânica ocasionada pelo contato de cordoalha de cobre em contato com rufo de aço
galvanizado.
O QUE DIZ A NORMA?
A norma especifica a utilização de aços, cobre e alumínio para SPDA. Imediatamente após a sua aplicação a
norma informa a respeito da corrosão dos materiais.
Na especificação e montagem do SPDA, a correta aplicação de materiais deve ser observada, visando aumentar
a confiabilidade e a vida útil das instalações.