Laudo+Modulo+4+ +aula+02

RENY ANGELO PASTRE EDIFÍCIO RESIDENCIAL
CPF: 368.319.999-72
Rua Primavera, 218
MARIA CRISTINA BOMBARDELLI Jardim La Salle – CEP 85903-310
CPF: 395.090.449-20 Toledo - Paraná
LAUDO TÉCNICO DE ENGENHARIA

LAUDO DE ESTABILIDADE ESTRUTURAL

OBRA: RESIDENCIAL PRIMAVERA
LOTE nº 14, QUADRA 1021, LOT. CIVIDINI
TOLEDO / PR
DATA DE EXECUÇÃO: 24/11/2017
AUTOR LAUDO TÉCNICO:

ANDERSON LOVERA
ENG. CIVIL – CREA: 72.314/D
Rua João Lili Cirico, 855

Bairro: Coqueiral CEP 85807-540
Cascavel – PR
Fone/Fax: (45) 3037-6545
E-mail: amplitude@amplitudeprojetos.com.br
AMPLITUDE
ENGENHARIA E PROJETOS CIVIS E AMBIENTAIS
www.amplitudeprojetos.com.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4
1.0. OBJETIVO DO TRABALHO ......................................................................... 5
2.0. CONCEITOS ASSOCIADOS À PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES ......... 6
3.0. CARACTERIZAÇÃO DO ENTORNO ........................................................... 8
3.1. DO LOCAL ................................................................................................... 8
3.2. CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO ............................................................. 10
3.3. MELHORAMENTOS PÚBLICOS ............................................................... 10
4.0. DO IMÓVEL ANALISADO .......................................................................... 10
4.1. DO TERRENO............................................................................................ 10
4.2. TOPOGRAFIA DO TERRENO ................................................................... 10
4.3. SOLO E SUPERFÍCIE ................................................................................ 11
4.4. DA EDIFICAÇÃO........................................................................................ 11
5.0. HISTÓRICO................................................................................................ 19
6.0. CRITÉRIO E METODOLOGIA ................................................................... 24
6.1. METODOLOGIA ADOTADA PARA LEVANTAMENTO DOS DADOS ....... 24
7.0. DO EXAME................................................................................................. 26
8.0. DOCUMENTOS TÉCNICOS APRESENTADOS ........................................ 83
9.0. ANÁLISE DOS DADOS .............................................................................. 84
10. RECOMENDAÇÕES .................................................................................. 97
11. CONCLUSÕES .......................................................................................... 98
12. ENCERRAMENTO ................................................................................... 100
ANEXOS ............................................................................................................ 101
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 105
Anderson Lovera Rua João Lili Cirico, 855

Engenheiro Civil CEP 85807-540 - Cascavel – PR
CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
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AMPLITUDE
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1- MAPA LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE TOLEDO/PR - FONTE: GOOGLE EARTH ----------------------- 8

FIGURA 2 - IMAGEM SATÉLITE LOCALIZAÇÃO RESIDENCIAL PRIMAVERA. ----------------------------------------------- 9
FONTE: GOOGLE EARTH/2017 ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9
FIGURA 3 - IMAGEM SATÉLITE LOCALIZAÇÃO RESIDENCIAL PRIMAVERA. ----------------------------------------------- 9
FONTE: GOOGLE EARTH/2017 ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9
TABELA 1 – COORDENADAS DA EDIFICAÇÃO. ---------------------------------------------------------------------------------- 11
TABELA 2 - DESCRIÇÃO DETALHADA DA EDIFICAÇÃO. ----------------------------------------------------------------------- 12
FIGURA 4 – PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TÉRREO (GARAGEM). ------------------------------------------------------ 13
FIGURA 5 – PLANTA BAIXA PAVIMENTO TIPO (APARTAMENTOS). ------------------------------------------------------- 13
FIGURA 6 – ELEVAÇÃO LESTE. ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 14
FIGURA 7 - ELEVAÇÃO SUL. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 14
FIGURA 8 – CORTE TRANSVERSAL EDIFICAÇÃO. ------------------------------------------------------------------------------- 15
FIGURA 9 - CORTE LONGITUDINAL DA EDIFICAÇÃO. ------------------------------------------------------------------------- 15
FIGURA 10 - SELO DO PROJETO APROVADO JUNTO AO MUNICÍPIO DE TOLEDO/PR. ------------------------------- 19
FIGURA 11 - REPAROS REALIZADOS NO PISO JUNTO AOS PILARES. ------------------------------------------------------ 20
FIGURA 12 - FOTOS DA RETIRADA DOS PERTENCES PELOS MORADORES. --------------------------------------------- 22
FIGURA 13 - DESVIO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO PARANÁ. FONTE:
HTTP://WWW.IAPAR.BR/MODULES/CONTEUDO/CONTEUDO.PHP?CONTEUDO=2336 -------------------- 23
FIGURA 14 – DETALHE DO SELO DO PROJETO ESTRUTURAL. -------------------------------------------------------------- 86
FIGURA 15 - PLANTA DE LOCAÇÃO DO PROJETO ESTRUTURAL. ----------------------------------------------------------- 86
FIGURA 16 - DETALHE BLOCOS E ESTACAS. ------------------------------------------------------------------------------------- 87
FIGURA 17 – PERFIL SONDAGEM S.P.T. INDICANDO PRESENÇA DE ÁGUA. -------------------------------------------- 88
FIGURA 18 - FOTOS DEMONSTRANDO A DECLIVIDADE DO TERRENO. -------------------------------------------------- 90
FIGURA 19 - PERFIL ESQUEMÁTICO DO TERRENO. ---------------------------------------------------------------------------- 90
FIGURA 20 - CARGAS ADMISSÍVEIS NAS ESTACAS. ---------------------------------------------------------------------------- 91
TABELA 3 - CARGAS ADMISSÍVEIS NAS ESTACAS. ------------------------------------------------------------------------------ 91
FIGURA 21 - PONTOS DE MEDIÇÃO COM ESTAÇÃO TOTAL. ---------------------------------------------------------------- 92
FIGURA 22 - CORTE DA ESTRUTURA APRESENTANDO O DESAPRUMO. ------------------------------------------------- 93
FIGURA 23 - PLANTA DE LOCAÇÃO DE PILARES. ------------------------------------------------------------------------------- 94
TABELA 4 - VARIAÇÕES DE NÍVEL EM PILARES E MUROS. ------------------------------------------------------------------- 94
FIGURA 24 - PERFIL ESQUEMÁTICO DA OBRA E TERRENO. ----------------------------------------------------------------- 96

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AMPLITUDE

RENY ANGELO PASTRE
CPF: 368.319.999-72
MARIA CRISTINA BOMBARDELLI
CPF: 395.090.449-20
Produto: Elaboração de Laudo Técnico de Engenharia objetivando

verificar quanto a estabilidade estrutural do Edifício Residencial
Primavera.
Data de
execução: 24/11/2017
Contratante: Reny Angelo Pastre

CPF: 368.319.999-72
Maria Cristina Bombardelli
CPF: 395.090.449-20
Rua Primavera, 218 – CEP 85903-310
Entre Rios do Oeste – PR
Contratada: Amplitude Engenharia e Projetos Civis e Ambientais Ltda

CNPJ 10.142.184/0001-88
Equipe Técnica da Contratada:
Profissional Título CREA ART (CREA-PR)

Anderson Lovera Engenheiro Civil PR-72.314/D

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AMPLITUDE
INTRODUÇÃO
Amplitude Engenharia e Projetos Civis e Ambientais Ltda, inscrita sob o

CNPJ n° 10.142.184/0001-88, registrado junto ao Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, sediada à Rua João Lili Cirico, 855,
Bairro Coqueiral, Cidade de Cascavel, Estado do Paraná, representada pelo seu
responsável técnico, Engenheiro Civil Anderson Lovera, Crea: 72.314/D-PR, tendo
sido contratada pelo Sr. Reny Angelo Pastre e Sra. Maria Cristina Bombardelli,
inscritos nos respectivos CNPJ nº 368.319.999-72 e 395.090.449-20, cidade de
Toledo, estado do Paraná, vem apresentar laudo técnico de estabilidade estrutural
objetivando verificar quanto a estabilidade estrutural e segurança do Edifício
Primavera, cidade de Toledo/PR.

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AMPLITUDE
1.0. OBJETIVO DO TRABALHO
Trata o presente Laudo Técnico referente ao Edifício Primavera, térreo mais

três pavimentos, executado em concreto armado, edificação interditada pela
Coordenadoria Regional de Defesa e Proteção Civil de Toledo, no dia 31 de outubro
de 2017. A área aproximada da edificação é de 1.115,36 m².
O desenvolvimento do presente trabalho visa promover avaliação estrutural
da edificação, monitoramento dos deslocamentos estruturais e determinação das
prováveis causas da ocorrência das anomalias e manifestações patológicas.
Deste modo, no decorrer deste trabalho técnico serão verificadas
detalhadamente as condições em que a edificação se encontra, analisando todas
as variáveis referentes à mesma.

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AMPLITUDE
2.0. CONCEITOS ASSOCIADOS À PATOLOGIA DAS

CONSTRUÇÕES
Agente: causa imediata que deu origem ao problema patológico.

Agentes causadores de patologias: Deslocamentos de fundações,
movimentação do terreno natural, efeitos de condições climáticas,
alterações químicas dos materiais, retração e expansão dos 9
materiais, defeitos de projeto, defeitos de execução, uso indevido da
edificação, falta de manutenção, degradação dos materiais e
componentes em função de seu envelhecimento natural.
Correção: eliminação dos defeitos acarretados pelos problemas
patológicos.
Diagnóstico: determinação das causas dos mecanismos de
formação e da gravidade potencial de um problema patológico, com
base na observação dos sintomas e na eventual realização de
estudos específicos.
Falha: é um descuido, uma atividade imprevista ou acidental que se
traduz em um defeito ou dano.
Origem: etapa do processo construtivo em que ocorreu um problema
que se manifestará na forma de uma patologia.
Patologia: é a ciência que estuda, de forma metodizada, a origem, os
sintomas e a natureza dos defeitos e danos de uma edificação.
Prognóstico: avaliações ou conjecturas, baseadas nos diagnósticos,
que alerta a duração, evolução ou término do problema patológico.
Profilaxia: ciência que estuda as medidas necessárias à prevenção
das enfermidades.
Recuperação: correção dos problemas patológicos.

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AMPLITUDE
Reforço: aumento da capacidade resistente de um elemento

estrutural.
Sintoma: manifestação patológica.
Terapia: ciência que estuda as medidas necessárias para sanar um
problema patológico.

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AMPLITUDE
3.0. CARACTERIZAÇÃO DO ENTORNO
3.1. DO LOCAL
A obra, objeto do presente Laudo Técnico localiza-se a Rua Primavera, 218,

Jardim La Salle, na cidade de Toledo, estado do Paraná.
Figura 1- Mapa localização do Município de Toledo/PR - Fonte: Google Earth

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AMPLITUDE
Figura 2 - Imagem satélite localização Residencial Primavera.

Fonte: Google Earth/2017
Figura 3 - Imagem Satélite localização Residencial Primavera.

Fonte: Google Earth/2017

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AMPLITUDE
3.2. CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO

A região onde se encontra localizado o edifício tem como uso predominante
o uso residencial, caracterizada por edificações térreas e de dois pavimentos,
padrão construtivo médio a alto.
3.3. MELHORAMENTOS PÚBLICOS

O local em estudo é servido pelos melhoramentos públicos: rede de água
potável, rede de iluminação pública, rede telefônica, ruas pavimentadas, coleta de
lixo domiciliar.
4.0. DO IMÓVEL ANALISADO
4.1. DO TERRENO
A obra se encontra executada sobre o Lote 14, quadra 1021 do Loteamento
Cividini, cidade de Toledo/PR, com área de 495,00 m².
Informações de acordo com projeto arquitetônico desenvolvido pelo
engenheiro civil Wilson Bombardelli, CREA 11.324-D/PR, aprovado junto ao
Município de Toledo pelo engenheiro civil Israel Ferreira de Melo, CREA 14.892/D-
PR.
4.2. TOPOGRAFIA DO TERRENO

O terreno onde se encontra executada a edificação possui nível único.
Contudo, de acordo com o averiguado através de vistorias, o entorno do referido
lote possui grande declividade. Pode-se afirmar que foi necessário a execução de
aterro para execução da obra.

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4.3. SOLO E SUPERFÍCIE

O solo da região é caracterizado como argiloso.
4.4. DA EDIFICAÇÃO
A obra, objeto do presente trabalho trata-se de um Edifício Residencial,
térreo (garagem) mais 03 pavimentos (apartamentos), possuindo 18 apartamentos,
sendo 06 por andar, totalizando uma área de 1.115,56 m²
Informações de acordo com projeto arquitetônico desenvolvido pelo
engenheiro civil Wilson Bombardelli, CREA 11.324-D/PR, aprovado junto ao
Município de Toledo pelo engenheiro civil Israel Ferreira de Melo, CREA 14.892/D-
PR.
Através das vistorias realizadas na obra e análise dos projetos, constatou-se
que a mesma possuí aproximadamente 20 anos.
As coordenadas do lote onde se encontra executado a obra são as
seguintes:
Tabela 1 – Coordenadas da edificação.

COORDENADAS UTM – 22J
PONTO LONGITUDE LATITUDE
01 222103.13 7262785.78
02 222116.14 7262786.99
03 222115.28 7262821.89
04 222105.34 7262821.47

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AMPLITUDE
De acordo com as vistorias realizadas na obra é possível determinar as

características construtivas de acordo com o apresentado na Tabela 2 que segue:
Tabela 2 - Descrição detalhada da edificação.

Itens observados Descrição
Fundações: Estacas escavadas no local, com diâmetro de 20,00 cm (de
acordo com projeto estrutural) e profundidade aproximada
de 12,00 m (de acordo com informações dos proprietários).
Blocos de fundação de 02 e três estacas (de acordo com
projeto estrutural). De acordo com informações coletadas, a
fundação realmente utilizada foi a do tipo Strauss.
Superestrutura: Vigas baldrame, pilares e vigas superiores em concreto
armado e laje em vigotas pré-moldadas. (de acordo com
vistorias e projeto estrutural)
Paredes: Alvenaria de tijolos cerâmicos, assentados com argamassa
de cimento e areia.
Piso: Contrapiso em argamassa de cimento e areia.
Piso da garagem em concreto aparente.
Piso cerâmicos em apartamentos e áreas comuns.
Revestimento: Chapisco, emboço e reboco.
Revestimento Revestimento cerâmico em banheiros, cozinhas e
cerâmico: lavanderias.
Janelas: Alumínio.
Portas internas e Em madeira.
externas:
Forro: Laje em concreto com vigotas pré-moldadas.
Cobertura: Telhas cerâmicas.
Pintura: Nas paredes externas aplicação de textura.
Paredes internas pintadas com tinta acrílica semi-brilho.

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AMPLITUDE
Apresentam-se a seguir croquis e fotos ilustrativas do local e de

caracterização do imóvel:
Figura 4 – Planta baixa do pavimento térreo (garagem).
Figura 5 – Planta baixa pavimento tipo (apartamentos).

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AMPLITUDE
Figura 6 – Elevação leste.
Figura 7 - Elevação sul.

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AMPLITUDE
Figura 8 – Corte transversal edificação.
Figura 9 - Corte longitudinal da edificação.
Apresentam-se a seguir fotos ilustrativas do local e de caracterização do

imóvel:

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Foto 01 – Fachada leste.
Foto 02 – Vista da edificação no cruzamento das Rua Primavera e Rua Pedro dos Santos Ramos.

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Foto 03 – Fachada leste do Residencial Primavera.
Foto 04 – Rua Pedro dos Santos Ramos.

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Foto 05 – Vista da estrutura da obra abandonada.
Foto 06 – Rua Primavera.

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5.0. HISTÓRICO
Em 02 de setembro de 1997 foi aprovado projeto arquitetônico junto ao

Município de Toledo, tendo como responsável técnico o Engenheiro Civil Wilson
Bombardelli, CREA 11.324/D-PR. De acordo com as diligências realizadas junto a
prefeitura de Toledo foi constatado que o mesmo profissional foi responsável pela
elaboração do projeto estrutural. Informações obtidas do projeto aprovado.
Figura 10 - Selo do projeto aprovado junto ao Município de Toledo/PR.
A idade aproximada da edificação é de aproximadamente 20 anos, período

este que de acordo com informações coletadas, o imóvel não passou por
manutenções preventivas significativas.
O edifício tem como característica multifamiliar, sendo locado a terceiros
pelos proprietários. Em média, os locatários residem no local a aproximadamente
02 (dois) anos.
De acordo com vistorias realizadas no imóvel e informações obtidas junto
aos proprietários e moradores do edifício foram verificados rebaixamento de piso
próximo a alguns pilares a aproximadamente 2 (dois) anos. Os locais onde

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AMPLITUDE
ocorreram tais anomalias foram reparados com a utilização de argamassa de

cimento e areia. As intervenções podem ser verificadas através da Figura 11.
REPARO
NO PISO
REPARO
NO PISO
REPARO
NO PISO
REPARO
NO PISO
Figura 11 - Reparos realizados no piso junto aos pilares.
Os moradores informaram que os apartamentos apresentavam desníveis

atípicos, ou seja, a água não se direcionava corretamente aos ralos de banheiro e
lavanderia.
Na noite 30 de outubro de 2017 o edifício foi evacuado pois os moradores
ouviram estalos e verificaram o recalque dos pilares no nível da garagem. Abaixo é
apresentado trechos do Relatório de Vistoria Técnica emitida pela Defesa Civil de
Toledo

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AMPLITUDE
No dia 31 de outubro a Amplitude Engenharia foi contratada com o objetivo

de elaborar laudo técnico buscando determinar as causas e realizar
acompanhamento da evolução das anomalias. Deste modo, na tarde do mesmo dia
foi realizada vistoria preliminar com o intuito de avaliar a estrutura e os possíveis
riscos de ruína. Se encontravam no local a proprietária Sra. Maria Cristina e
representantes da defesa civil. De acordo com as análises prévias realizadas
durante a vistoria orientou-se a execução de escoramento IMEDIATO da obra
visando diminuir as cargas atuantes junto a fundação dos pilares. O escoramento

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AMPLITUDE
foi realizado na mesma noite, utilizando-se de escoras metálicas e vigas metálicas

como apoio junto ao piso.
No dia 01 (primeiro) de novembro foi emitido Parecer Técnico Parcial pela
Amplitude Engenharia de acordo com trecho que segue:
No dia 02 (dois) de novembro os moradores da edificação realizaram a

retirada dos seus pertences.
Figura 12 - Fotos da retirada dos pertences pelos moradores.
Deste modo, foram iniciados trabalhos de análise de projetos, medições e

acompanhamento do surgimento de fissuras para embasar o presente trabalho.

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AMPLITUDE
De acordo com o Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR a precipitação

pluviométrica na cidade de Toledo em outubro do presente ano variou de 250 a
350 mm maior do que a média histórica. Ou seja, o volume de chuvas no período
foi excepcional, promovendo a saturação do solo por grande período de tempo.
Figura 13 - Desvio da precipitação pluviométrica do Paraná. Fonte:

http://www.iapar.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2336

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AMPLITUDE
6.0. CRITÉRIO E METODOLOGIA
Para a elaboração de um Laudo Técnico de Engenharia, neste caso, Laudo

Técnico de estabilidade estrutural e determinação quanto as causas e
monitoramento das anomalias estruturais, torna-se necessária a realização de uma
série de etapas para promover a identificação, classificação e consequentemente
realizar recomendações para a solução das anomalias.
Torna-se necessário conhecer profundamente o objeto, identificando a
qualidade e estado de conservação, levando-se em conta a legislação e normas
técnicas quando da execução da obra.
6.1. METODOLOGIA ADOTADA PARA LEVANTAMENTO DOS

DADOS
Para a obtenção dos dados necessários para realização de análises que
retratem o mais próximo possível a realidade da edificação estudada, serão
utilizados os seguintes métodos:
01) Verificação de documentos existentes (ofícios, notificações, manuais e

etc...);
02) Entrevista com os usuários do imóvel e caso necessário com vizinhos
buscando resgatar o histórico da obra;
03) Vistoria “in loco” da edificação, observando detalhadamente suas
particularidades;
04) Ensaios não destrutivos através da realização de medições, tiradas de
prumos e níveis;
05) Ensaios destrutivos para verificação dos elementos estruturais;

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AMPLITUDE
06) Análise dos projetos da edificação: arquitetônico, estrutural, elétrico,

hidrossanitário;
07) Mapeamento das patologias e anomalias;
08) Análise dos dados obtidos e recomendações.

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AMPLITUDE
7.0. DO EXAME
Para fins de caracterização da obra, identificação das patologias e anomalias

construtivas, seu processo construtivo e monitoramento da estrutura, foram
realizadas diversas vistorias ao imóvel no período compreendido entre 31/10/2017
e 29/11/2017, sendo realizadas através das mesmas, levantamento fotográfico
minucioso da edificação e seu entorno, medições de nível e outros.
De acordo com o exposto, apresenta-se a seguir levantamento fotográfico
detalhado, bem como análises prévias realizadas. Com o objetivo de não adulterar
as fotos originais que contemplam a realidade no momento da fotografia, quando
da apresentação de indicações, as fotos serão apresentadas em duplicidade em
preto e branco.
Foto 01
Vistoria 31/10/2017 – Vista frontal da edificação.

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AMPLITUDE
Foto 02
Vistoria 31/10/2017 – Vista lateral da edificação.
Foto 03
Vistoria 31/10/2017 – Divisa entre o edifício e residência vizinha.

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AMPLITUDE
Foto 03-a
Divisa entre
terrenos
Saída de
Água pluvial
Do edifício
Vistoria 31/10/2017 – Divisa entre o edifício e residência vizinha. Verifica-se existência de saída de
águas pluviais do edifício a céu aberto.
Foto 04
Vistoria 31/10/2017 – Pavimento garagem. Verifica-se recalque dos pilares e muro de divisa com
o terreno baldio.

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AMPLITUDE
Foto 04-a
Laje concretada
desnivelada
Muro de
divisa
o terreno baldio.
Foto 05
o terreno baldio.

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AMPLITUDE
Foto 06
Vistoria 31/10/2017 – Pavimento garagem. “Corpo” da escada apresentando recalque de forma

generalizada.
Foto 06-a
Armadura
pilares
Rebaixamento
do piso ao redor
do corpo da escada
Vistoria 31/10/2017 – Pavimento garagem. “Corpo” da escada apresentando recalque de forma

generalizada.

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AMPLITUDE
Foto 07
Vistoria 31/10/2017 – Pavimento garagem. Verifica-se recalque dos pilares.
Foto 08

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AMPLITUDE
Foto 08-a
Pilares
Apresentando
recalque
Foto 09

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AMPLITUDE
Foto 10
Vistoria 31/10/2017 – Recalque do pilar. Constata-se a existência de reparos realizados junto ao

piso a aproximadamente 2 anos.
Foto 11


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AMPLITUDE
Foto 12

Foto 13


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AMPLITUDE
Foto 14

Foto 15
Vistoria 31/10/2017 – Recalque do pilar.

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AMPLITUDE
Foto 16
Vistoria 31/10/2017 – Detalhe vigas. Não são verificadas trincas ou fissuras nas mesmas.
Foto 17

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AMPLITUDE
Foto 18
Foto 19
Vistoria 01/11/2017 – Escoramento executado para diminuir as cargas atuantes nos pilares.

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AMPLITUDE
Foto 18-a
Escoras metálicas
Vigas metálicas
para distribuição
de cargas junto ao
piso
Foto 19

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AMPLITUDE
Foto 20
Foto 21

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AMPLITUDE
Foto 22
Vistoria 01/11/2017 – Detalhe das vigas metálicas utilizadas para distribuição de cargas junto ao
piso.
Foto 23
Verifica-se cobertura anexa a estrutura do edifício, não constante em projeto.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
40
AMPLITUDE
Foto 23-a
Cobertura anexa
Muro de
divisa
Verifica-se cobertura anexa a estrutura do edifício, não constante em projeto.
Foto 24

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41
AMPLITUDE
Foto 25
Foto 26
Vistoria 01/11/2017 – Detalhe escoramento junto ao pilar.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
42
AMPLITUDE
Foto 27
Vistoria 01/11/2017 – Ao fundo muro de divisa com o terreno baldio.
Foto 28
Vistoria 01/11/2017 – Muro de divisa com o terreno baldio. Verifica-se que o mesmo apresenta
rachadura, trincas e fissuras na proximidade com residência vizinha.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
43
AMPLITUDE
Foto 29
Vistoria 01/11/2017 – Muro de divisa com o terreno baldio. Verifica-se que o mesmo apresenta
rachadura, trincas e fissuras na proximidade com residência vizinha.
Foto 30
Vistoria 01/11/2017 – Verifica-se tubulação de água pluvial oriunda da cobertura anexa.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
44
AMPLITUDE
Foto 31
Vistoria 01/11/2017 – Detalhe junção do piso junto ao muro de divisa.
Foto 32
Vistoria 01/11/2017 – Detalhe junção do piso junto ao muro de divisa. São verificados
deslocamentos entre os dois elementos.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
45
AMPLITUDE
Foto 33
Vistoria 01/11/2017 – Detalhe viga de divisa com o lote situado a esquerda da edificação.
Foto 34

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
46
AMPLITUDE
Foto 34-a
Cobertura anexa
Vistoria 01/11/2017 – Detalhe viga de divisa com o lote situado a esquerda da edificação. Verifica-
se deslocamento entre o elemento estrutural e alvenaria de vedação.
Foto 35
Vistoria 01/11/2017 – Detalhe lateral da edificação. Não são verificadas trincas e fissuras de ordem
estrutural.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
47
AMPLITUDE
Foto 36
estrutural.
Foto 37
estrutural.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
48
AMPLITUDE
Foto 38
Vistoria 01/11/2017 – Vista lateral esquerda da edificação.
Foto 39
Vistoria 01/11/2017 – Vista lateral esquerda da edificação (fundos).

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49
AMPLITUDE
Foto 40
Vistoria 01/11/2017 – Detalhe viga de divisa com o lote situado a esquerda da edificação (fundos).
Verifica-se fissura horizontal junto a viga em concreto armado.
Foto 40-a
Fissura horizontal
Vistoria 01/11/2017 – Detalhe viga de divisa com o lote situado a esquerda da edificação (fundos).
Verifica-se fissura horizontal junto a viga em concreto armado.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
50
AMPLITUDE
Foto 41
Vistoria 01/11/2017 – Circulação do 3º pavimento. Constata-se que o piso apresenta declive no

sentido da lateral direita da edificação. Não foram verificadas fissuras de cunho estrutural.
Foto 42
Vistoria 01/11/2017 – Viga de cobertura do 3º pavimento. Não foram verificadas fissuras.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
51
AMPLITUDE
Foto 43
Vistoria 01/11/2017 – Circulação do 3º pavimento. Constata-se que o piso apresenta declive no

sentido da lateral direita da edificação. Não foram verificadas fissuras de cunho estrutural.
Foto 44

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
52
AMPLITUDE
Foto 44-a
Fissura horizontal
sobre a porta
Vistoria 01/11/2017 – Fissura horizontal sobre a porta. A fissura está localizada na região entre a
viga de concreto armado e alvenaria.
Foto 45

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53
AMPLITUDE
Foto 45-a
Fissura horizontal
sobre a porta
Foto 46
Vistoria 01/11/2017 – Vão da escada. Não foram verificadas fissuras de cunho estrutural.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
54
AMPLITUDE
Foto 47
Vistoria 01/11/2017 – Circulação interna do 2º pavimento. Verifica-se que o piso apresenta

declividade promovida pela movimentação estrutural.
Foto 47-a
Declividade


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55
AMPLITUDE
Foto 48
Vistoria 01/11/2017 – Porta do 2º pavimento. Não são verificadas trincas e fissuras.
Foto 49


CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
56
AMPLITUDE
Foto 50
Vistoria 01/11/2017 – Porta do 2º pavimento. Não são verificadas trincas e fissuras.
Foto 51
Vistoria 01/11/2017 – Não foram verificadas trincas ou fissuras de ordem estrutural na caixa da
escada.

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57
AMPLITUDE
Foto 52
Vistoria 01/11/2017 – Circulação interna do 1º pavimento. O piso apresenta declividade acentuada.
Foto 52-a
Declividade

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
58
AMPLITUDE
Foto 53
Foto 53-a
Declividade

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
59
AMPLITUDE
Foto 54
Vistoria 01/11/2017 – Portas do 1º pavimento não apresentam trincas ou fissuras de ordem

estrutural.
Foto 55

estrutural.

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60
AMPLITUDE
Foto 56

estrutural.
Foto 57
Vistoria 02/11/2017 – Apartamento 15, localizado no 1º pavimento.

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61
AMPLITUDE
Foto 58
Vistoria 02/11/2017 – Sala de estar do apartamento 15. Não foram verificadas trincas ou fissuras
de ordem estrutural.
Foto 59

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
62
AMPLITUDE
Foto 60
Vistoria 02/11/2017 – Piso da sala de estar do apartamento 15. Não foram verificadas trincas ou
fissuras de ordem estrutural.
Foto 61
Vistoria 02/11/2017 – Cozinha do apartamento 15. Não foram verificadas trincas ou fissuras de
ordem estrutural.

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63
AMPLITUDE
Foto 62
Vistoria 02/11/2017 – Lavanderia do apartamento 15. Não foram verificadas trincas ou fissuras de
ordem estrutural. Desnível do piso está em desacordo com o ralo.
Foto 63
Vistoria 02/11/2017 – Banheiro do apartamento 15. Não foram verificadas trincas ou fissuras de
ordem estrutural. Desnível do piso está em desacordo com o ralo.

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64
AMPLITUDE
Foto 64
Vistoria 02/11/2017 – Dormitório do apartamento 15. Não foram verificadas trincas ou fissuras de
ordem estrutural.
Foto 65
Vistoria 02/11/2017 – Apartamento 12 do 1º pavimento.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
65
AMPLITUDE
Foto 66
Foto 67

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
66
AMPLITUDE
Foto 68
Vistoria 02/11/2017 – Cozinha. Não foram verificadas trincas ou fissuras de ordem estrutural.
Foto 69
Vistoria 02/11/2017 – Cozinha. Não foram verificadas trincas ou fissuras de ordem estrutural.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
67
AMPLITUDE
Foto 70
Vistoria 02/11/2017 – Dormitório do apartamento 12. Não foram verificadas trincas ou fissuras de
ordem estrutural.
Foto 71
Vistoria 02/11/2017 – Vista frontal da edificação. Verifica-se divisa com o terreno vizinho localizado
do lado esquerdo.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
68
AMPLITUDE
Foto 72
Vistoria 02/11/2017 – Vista frontal da edificação. Verifica-se divisa com o terreno vizinho localizado
do lado esquerdo.
Foto 73
Vistoria 02/11/2017 – Lateral esquerda da edificação apresentando trincas e fissuras, contudo as

mesmas não são oriundas do recalque de fundação.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
69
AMPLITUDE
Foto 74
Vistoria 02/11/2017 – Lateral esquerda da edificação apresentando trincas e fissuras, contudo as

mesmas não são oriundas do recalque de fundação.
Foto 75
Vistoria 02/11/2017 – Região frontal da edificação. Sinais de infiltração.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
70
AMPLITUDE
Foto 76
Vistoria 02/11/2017 – Região frontal da edificação. Sinais de infiltração ocasionadas pelas fissuras
no revestimento.
Foto 77
Vistoria 02/11/2017 – Região frontal da edificação. Sinais de infiltração ocasionadas pelas fissuras
no revestimento.

CREA: 72.314/D-PR Fone/fax: (45) 3037-6545
71
AMPLITUDE
Foto 78
Vistoria 02/11/2017 – Muro de divisa do edifício com a residência vizinha localizada nos fundos.
Constata-se saída de água pluvial não tubulada.
Muro de Foto 78-a

Divisa do
Residencial
primavera
Residência
vizinha
Tubulação
Água pluvial
A céu aberto
Entulho
Depositado
Para conter
erosão
próximo ao
muro

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72
AMPLITUDE
Foto 79
Foto 80
Vistoria 02/11/2017 – Detalhe do muro de divisa.

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73
AMPLITUDE
Foto 81
Vistoria 02/11/2017 – Detalhe do muro de divisa apresentando desaprumo.
Entulho
Foto 81-a
Depositado
Para conter
erosão
próximo ao
muro
Vistoria 02/11/2017 – Detalhe do muro de divisa apresentando desaprumo.

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74
AMPLITUDE
Foto 82
Vistoria 02/11/2017 – Muro apresentando fissuras.
Foto 82-a
Fissura

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75
AMPLITUDE
Foto 83
Foto 83-a
Fissura
vertical
Vistoria 02/11/2017 – Muro apresentando fissuras verticais.

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76
AMPLITUDE
Foto 84
Vistoria 02/11/2017 – Parede da residência vizinha localizada nos fundos do residencial. Não
foram verificadas anomalias relacionadas a obra do edifício.
Foto 85
Vistoria 02/11/2017 – Parede da residência vizinha localizada nos fundos do residencial. Não
foram verificadas anomalias relacionadas a obra do edifício.

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77
AMPLITUDE
Foto 86
Vistoria 02/11/2017 – Junção entre o muro da residência e estrutura da mesma apresenta fissura
vertical. Anomalia ocasionada pela dilatação entre estruturas diferentes, não tendo relação com a
anomalia do edifício.
Foto 87
Vistoria 02/11/2017 – Estação total utilizada para verificar o desaprumo da edificação.

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78
AMPLITUDE
Foto 88
Vistoria 27/11/2017 – Piso localizado nos fundos da edificação apresenta som “oco” no teste a
percussão. Indicativo de que o solo sob o piso foi lixiviado.
Foto 88-a
Solo sob
o piso foi
lixiviado
Vistoria 27/11/2017 – Piso localizado nos fundos da edificação apresenta som “oco” no teste a
percussão. Indicativo de que o solo sob o piso foi lixiviado.

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AMPLITUDE
Foto 89
Vistoria 27/11/2017 – Pilar apresentando demarcação de nível para acompanhamento do

deslocamento estrutural.
Foto 90
Vistoria 27/11/2017 – Parede demarcação de nível para acompanhamento do deslocamento

estrutural.

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80
AMPLITUDE
Foto 91
Vistoria 27/11/2017 – Pilar apresentando demarcação de nível para acompanhamento do

deslocamento estrutural.
Foto 92
Vistoria 27/11/2017 – Acompanhamento do deslocamento estrutural com a utilização de nível

óptico.

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AMPLITUDE
Foto 93
Vistoria 27/11/2017 – Acompanhamento do deslocamento estrutural com a utilização de nível

óptico.
Foto94
Vistoria 27/11/2017 – Execução de sondagem pela empresa FUNGEO.

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82
AMPLITUDE
8.0. DOCUMENTOS TÉCNICOS APRESENTADOS
Foram obtidos através de diligências e pela contratante do presente trabalho

os seguintes documentos:
a) Projeto arquitetônico aprovado junto ao Município de Toledo, elaborado

pelo engenheiro Wilson Bombardelii, CREA 11.324/D-PR;
b) Projeto estrutural em concreto armado elaborado pelo engenheiro Wilson
Bombardelii, CREA 11.324/D-PR;
c) Sondagem geológica à percussão tipo S.P.T (Standard Penetration Test),
elaborado pela FUNGEO Fundações e Geologia, datado de 01 de
dezembro de 2017;
d) Relatório de vistoria técnica emitido pela Coordenadoria de Proteção e
Defesa Civil de Toledo, datado de 31 de outubro de 2017.

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83
AMPLITUDE
9.0. ANÁLISE DOS DADOS
Atendendo ao escopo principal deste trabalho, objetivando o estudo

aprofundado das anomalias estruturais, suas causas e consequências, este Laudo
Técnico foi concebido com o intuito de apresentar informações referentes aos
projetos e estrutura, bem como da estabilidade da mesma.
Assim, através do relatório fotográfico apresentado acima, discriminando as
situações encontradas no local e análise dos projetos arquitetônico e estrutural,
pretende-se determinar as causas das anomalias construtivas de cunho estrutural
existentes na edificação e suas possíveis causas.
Cabe ressaltar que as vistorias contemplaram áreas internas e externas ao
objeto do presente trabalho, apresentando-se diversos mapeamentos fotográficos
com o intuito de compreender o entorno e suas possíveis interferências na obra em
estudo.
De acordo com as fotos apresentadas serão analisadas a seguir as possíveis
causas pelo pelos danos apresentados nas edificações de acordo com os vestígios
encontrados.

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84
AMPLITUDE
9.1. CONSIDERAÇÕES
Segundo estudo e verificação da edificação, vários fatores podem ter

resultado nas patologias descritas, pois foram encontradas mais que uma
anormalidade.
De acordo com os tipos de fissuras encontradas, suas possíveis causas
podem ser separadas conforme segue:
• Fissuras em 45º na alvenaria são características de possíveis
recalques;
• Fissuras transversais e sequenciais em viga são características de
tração e/ compressão;
• Fissuras longitudinais na alvenaria, paralelas ao piso são
características de flexão excessiva da viga de sustentação;
• Fissuras longitudinais nas lajes, são características de flexão
excessiva;
• Fissuras nas bordas das lajes, localizadas próximas aos pilares,
sugerem problemas referentes à armadura de bordo ou recalque e
retração hidráulica/contração térmica;
• Fissuras transversais nos pilares são características de recalque;
• Fissuras longitudinais na alvenaria das marquises são
características de flexão excessiva na viga de sustentação.
9.2. ANÁLISE DO PROJETO ESTRUTURAL
O projeto estrutural referente ao Residencial Primavera, localizado na cidade

de Toledo/PR, foi elaborado pelo engenheiro civil Wilson Bombardelli, Crea
11.324/D-PR. Para tanto, utilizou-se do projeto estrutural desenvolvido para
verificar possíveis inconsistências na estrutura executada.

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85
AMPLITUDE
Figura 14 – Detalhe do selo do projeto estrutural.
De acordo com o apresentado no projeto estrutural (ver Figura 15), constata-

se que a fundação utilizada foi a escavada com diâmetro de 20,0 cm, utilizando-se
de blocos de 02 e 03 estacas.
Pilar Pilar Pilar

divisa divisa divisa
Pilar
divisa
Figura 15 - Planta de locação do projeto estrutural.
Constata-se que os pilares PA5, PA11, PA17 e PA23, são pilares excêntricos
de divisa, esta configuração com ação excêntrica ao apoio causa momento atuante
no bloco, tendendo a girá-lo. Nesses casos, pode-se armar a estaca para resistir
ao momento, ou fazer a associação do bloco a uma viga de equilíbrio. Contudo,
não foi determinada a utilização da viga de equilíbrio, cabendo as estacas resistir

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86
AMPLITUDE
aos momentos gerados pela excentricidade. De acordo com a Figura 16 constata-

se que foi detalhada apenas armadura longitudinal com Ø 5/16” junto a estaca, não
estando previsto estribo.
Figura 16 - Detalhe blocos e estacas.
De acordo com laudo de sondagem S.P.T., elaborado pela FUNGEO

Fundações e Geologia Ltda, o terreno do edifício apresenta presença de água com
profundidade aproximada de 5,50 metros. Situação esta que inviabiliza a execução
de estacas escavadas, uma vez que, a execução de uma estaca escavada consiste
basicamente na perfuração do terreno manual ou mecanicamente até uma cota
pré-determinada, com posterior inserção de armações, finalizada pelo lançamento
do concreto no furo (CLAYTON & MILITITSKY, 1981). Contudo, a mesma possuí
limitações na sua utilização, pois o furo deverá permanecer estável durante a
escavação e nos momentos que antecedem a concretagem, sendo lançado o
concreto por queda livre. Fica evidente que o solo da edificação em questão não
possui a estabilidade necessária para execução deste tipo de fundação devido a
presença de água a profundidade de 5,0 metros. Deste modo, caso a mesma tenha

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87
AMPLITUDE
sido executada de acordo com detalhamento do projeto a mesma ficaria seriamente

prejudicada pela presença de água e desbarrancamento de solo antes e durante a
concretagem. Ainda, segundo (MILITITSKY, CONSOLI & SCHNAID, 2005) pode-
se apresentar alguns problemas de acordo com o que segue:
a) Variação de diâmetro da estaca pela presença de solos muito moles,
incapazes de resistir à pressão do concreto fluído, provocando
seccionamento do fuste;
b) Uso indevido do sistema em terrenos instáveis ou abaixo do nível de
água, resultando em sérios problemas de integridade e continuidade das
estacas;
c) Prática de execução de escavação de várias estacas para posterior
concretagem como forma de trabalho usual, originando problemas de
limpeza da base (desmoronamento), presença de água no fuste das
estacas e redução ou comprometimento de resistência.
Figura 17 – Perfil sondagem S.P.T. indicando presença de água.
A partir de informações obtidas com os proprietários, foram executadas

estacas com profundidade de 12,0 metros, contudo, não existe registro oficial que
confirmem esta informação. Ainda, de acordo com informações, foram executadas
estacas do tipo “Strauss” devido a existência de água a profundidade aproximada

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88
AMPLITUDE
de 5,0 metros, impossibilitando a execução de estaca escavada. Contudo, as

estacas do tipo Strauss apresentam desvantagens (PINI,1998):
a) Quando a vazão de água for tal que impeça o esgotamento da água no
furo, com a sonda, a solução em Strauss não é recomendada;
b) Em argilas muito moles saturadas e em areias submersas, o risco de
seccionamento do fuste pela entrada de solo é muito grande, razão pela
qual, nestes casos, esta solução não é indicada;
c) O controle rigoroso da concretagem da estaca é indispensável para que
não ocorram falhas. A maior parte a ocorrência de danos nestas estacas
se deve a deficiências de concretagem durante a retirada dos tubos.
Ainda, o processo de lançamento de concreto junto a estaca Strauss
consiste na utilização de concreto com baixíssimo fator água cimento, considerado
“seco”, com o objetivo de permitir o apiloamento do concreto. Contudo, este
procedimento acaba por inviabilizar a utilização de estacas armadas (barras
longitudinais e estribos), utilizando-se tão somente de armadura longitudinal.
Deste modo, constatamos que tanto a utilização de estacas do tipo escavada
sem revestimento, quanto do tipo Strauss, não são recomendadas para o perfil de
solo encontrado no local, podendo vir a ocasionar sérios problemas a fundação.
Analisando a topografia do terreno e da quadra onde se encontra executada
a edificação, constata-se grande declividade de acordo com o apresentado na
Figura 18.

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89
AMPLITUDE
Desnível
entre obra
e rua
Figura 18 - Fotos demonstrando a declividade do terreno.
A partir da tipologia do terreno e diferenças entre o nível interno da edificação

e o nível do arruamento, pode-se dizer que foi executado aterro em parte do terreno,
estando este situado principalmente do lado direito da edificação. Ressalta-se que
a execução de aterro torna extremamente necessário a execução de estacas
armadas, situação esta não prevista e executada na obra em questão.
Figura 19 - Perfil esquemático do terreno.

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90
AMPLITUDE
Com o objetivo de averiguar a capacidade de cargas das estacas propostas

em projeto (escavadas sem revestimento) e estacas do tipo Strauss que teriam
efetivamente sido executadas, foi realizado dimensionamento das mesmas de
acordo com Relatório de Sondagem, utilizando-se de vários métodos empíricos. De
acordo com o que pode ser verificado na Figura 20.
Figura 20 - Cargas admissíveis nas estacas.
De acordo com a determinação das cargas admissíveis das estacas, foram

verificadas se as mesmas previstas em projeto estariam de acordo. Deste modo,
considerando uma profundidade uniforme de 12,0 metros, esta fornecida pelos
proprietários, todas as estacas estariam de acordo. Contudo, não existe qualquer
registro constando a profundidade executada das estacas.
Tabela 3 - Cargas admissíveis nas estacas.

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91
AMPLITUDE
9.3. MEDIÇÕES E ANÁLISES
Buscando determinar os deslocamentos ocorridos na edificação foram

realizadas medições utilizando-se de diversos equipamentos, entre eles estação
total, nível óptico e trena laser. Deste modo, serão apresentadas a seguir as
constatações.
Fazendo uso de uma estação total foi realizado levantamento de alguns
pontos para controle do desaprumo de acordo com o apresentado nas figuras
abaixo. De acordo com as medições realizadas, constatou-se um desaprumo
máximo de aproximadamente 30,0 cm. Este desaprumo gerou uma inclinação no
piso de aproximadamente 5,61%, fato este comprovado durante vistoria e
informações coletadas junto aos moradores da edificação.
P3 P6 P8 P10 P12
P4
P5
P7 P9 P11
Figura 21 - Pontos de medição com estação total.

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92
AMPLITUDE
Figura 22 - Corte da estrutura apresentando o desaprumo.
Após execução do escoramento, retirada dos pertences dos moradores e

esvaziamento do reservatório da edificação foi realizado acompanhamento da
variação de níveis dos pilares. Para tato, foram realizadas uma série de aferições
de níveis em datas distintas buscando determinar possíveis avanços do recalque
diferencial dos pilares. Na Figura 23 são detalhados os pilares da estrutura, bem
como muros de divisa do residencial, apresentando a nomenclatura de acordo com
o projeto estrutural original. É delimitado na planta, região do piso que apresentou
som “oco” no teste de percussão, indicando que o solo sob o piso sofreu recalque
ou lixiviação por diversas maneiras.

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AMPLITUDE
Figura 23 - Planta de locação de pilares.
A partir das medições de nível realizadas constatou-se que os pilares da

edificação não sofreram deslocamentos significativos após o escoramento,
encontrando-se estável no período de vistorias realizadas. Contudo, verificou-se
que o muro de divisa junto ao terreno baldio, nos fundos da edificação, apresentou
deslocamentos verticais aproximados de 8,0 cm, além do fato que foram
identificadas trincas e fissuras indicando a instabilidade estrutural do mesmo. Na
tabela abaixo são apresentadas as variações de nível, variando no máximo 8,1 cm,
incluindo muros.
Tabela 4 - Variações de nível em pilares e muros.

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AMPLITUDE
Segundo (MILITITSKY, CONSOLI & SCHNAID, 2005), a execução de

fundações em encostas ou nas proximidades de taludes pode apresentar as
seguintes condições de instabilidade: (a) provocar a instabilidade localizada do
talude; ou (b) ser envolvida pela instabilidade geral preexistente. Deste modo,
escavações decorrentes do processo de construção ou provocadas por fenômenos
naturais como erosão alteram o equilíbrio de esforços e eventuais deslizamentos.
Sejam eles localizados ou generalizados. Além dos efeitos localizados, há também
a instabilização de encostas naturais, que provoca deslizamentos de grandes
volumes de solo, cuja amplitude engloba a obra e suas fundações.
Isto posto, deve-se analisar a obra em questão e determinar as diversas
variáveis envolvidas no processo buscando enquadramento e deste modo
identificar as possíveis causas das anomalias estruturais encontradas no edifício.
Primeiramente tem-se as fotos 78, 78-a, 79, 80, 81, 81-a, 82, 83 e 83-a, onde
constata-se saída de água pluvial do terreno, promovendo processo de erosão no
talude do lote baldio. Verifica-se que o processo de erosão é antigo, uma vez que
já foram depositados entulhos no local com o intuito de evitar o processo erosivo.
Ainda, o piso localizado nos fundos da edificação, este que destina a água pluvial
para a tubulação citada acima, teve o solo rebaixado em virtude da erosão criando
um vazio entre o solo e o piso em concreto.
Em segundo deve-se ressaltar a topografia da quadra onde se encontra a
edificação, um terreno que apresenta forte declive, recebendo água dos locais mais
altos. Deve-se ressaltar ainda, que a precipitação pluviométrica no mês de outubro
em Toledo/PR pode ter atingido até 350 mm além da média histórica.
Em razão de todas estas variáveis, além do fato de que o edifício esta
sofrendo um “tombamento”, uma das hipóteses mais viáveis para a ocorrência do
recalque dos pilares é o deslocamento de massa de solo promovendo a ruptura das
estacas em concreto armado.

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Figura 24 - Perfil esquemático da obra e terreno.

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10. RECOMENDAÇÕES
A partir das informações obtidas através das diversas análises realizadas,

serão apresentadas recomendações relacionadas ao Residencial Primavera de
acordo com o que segue:
a) A edificação sob nenhuma hipótese deverá ser ocupada novamente sem
a execução do devido reforço de fundações, apesar do escoramento
metálico ter aparentemente “estabilizado” a estrutura, o mesmo se trata
de um “paliativo” para evitar a ruína e conter avanço dos deslocamentos.
Ressalta-se que o escoramento não garante a segurança da obra,
existindo o risco de ruína da edificação.
b) Deverá ser contratado junto a empresa especializada de fundações
projeto especifico de reforço de fundações, seja com o objetivo de
estabilizar a edificação ou recompor a situação inicial.
c) Deverá ser executado com urgência escoramento (travamento) do muro
de divisa considerado instável, com o objetivo de evitar o rompimento do
mesmo e consequentemente desconfinar o solo de suporte da edificação,
vindo a agravar o risco de ruína da edificação.
d) A estabilização da fundação poderá ser executada através de estacas
metálicas, sendo cravadas ao redor da fundação existente, devendo ser
solidarizada ao bloco existente. A utilização das mesmas é interessante
pois podem atingir profundidades elevadas, cravando-se pequenos
pedaços de trilhos simples ou compostos, emendados de topo por solda.
A solda precisa ter reforço de talas metálicas para enrijecer as juntas, que
caracterizam um ponto fraco da estaca se não for bem executada.
e) A restauração da estrutura ao estado inicial (nivelada) deverá ser
avaliada minuciosamente, verificando-se o custo total da intervenção
atenderá no quesito custo benefício.

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11. CONCLUSÕES
De acordo com as informações apresentadas no decorrer deste documento

através de vistorias realizadas, arquivo fotográfico, projetos técnicos e medições,
constata-se que a fundação do Residencial Primavera apresenta recalque
diferencial de fundação.
Através das informações apuradas e indícios obtidos no local, afirma-se que
o processo de recalque dos pilares vem ocorrendo a algum tempo, sendo que a
pelo menos dois anos foram realizados reparos no piso junto a alguns pilares.
Ficou comprovada a ocorrência de processo erosivo junto ao muro de divisa,
localizado nos fundos da edificação, fato este que veio a desestabilizar a estrutura
do muro, trazendo sérios riscos de ruína. Ressalta-se ainda, que o processo erosivo
foi responsável pelo rebaixamento do nível do solo de suporte do piso localizado
nos fundos da edificação e consequentemente desconfinando as estacas de
fundação.
Analisando a proposição de estacas escavadas sem revestimento, prevista
no projeto estrutural, foi realizado o cálculo da resistência admissível de acordo
com vários métodos empíricos, considerando a profundidade padrão de 12,0
metros, e as mesmas atenderam as cargas especificadas em projeto. Contudo, a
utilização de estacas escavadas em situações que possuam água é totalmente
desaconselhada devido ao grande número de anomalias e patologias que possam
vir a causar a fundação. Também foi considerada a utilização de estacas do tipo
Strauss e deste modo foi realizado o cálculo da resistência admissível de acordo
com vários métodos empíricos, considerando a profundidade padrão de 12,0
metros, e as mesmas atenderam as cargas especificadas em projeto. Contudo, a
utilização de estacas do Tipo Strauss também são desaconselhadas devido a
presença de água. Deste modo, conclui-se que o tipo de fundação utilizado na obra

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não foi o adequado para a presença de água, podendo ter originado as anomalias
relacionadas ao recalque de fundações.
De acordo com as medições realizadas o desaprumo da edificação é da
ordem de aproximadamente 30,0 cm na lateral leste. Constatou-se que o edifício
está sofrendo um “tombamento”, uma vez que, a superestrutura não possui trincas
ou fissuras de ordem estrutural, ou seja, a estrutura está se deslocando de forma
uniforme como um corpo rígido.
Apesar do processo de recalque apresentar indícios ter sido iniciado a algum
tempo, pode se afirmar de acordo com os indícios, que o agravamento repentino
dos recalques de fundação tem relação direta com o deslocamento de massa de
solo agravado pela saturação promovida pelas chuvas acima das médias históricas.
Recomenda-se a realização de intervenções urgentes com o intuito de
impedir a ruína da edificação e deste modo garantir a segurança de vizinhos e
outros que por ali transitem.

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12. ENCERRAMENTO
Consta o presente de 100 (cem) folhas impressas no anverso, numeradas e

rubricadas pelo autore, sendo esta última datada e assinadas, além dos anexos,
Anotação de Responsabilidade Técnica – ART pelo Laudo Técnico.
Cascavel, 13 de dezembro de 2017.
ANDERSON LOVERA
Engenheiro Civil
CREA 72.314/D – PR

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ANEXOS

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ANOTAÇÃO RESPONSABILIDADE TÉCNICA -

ART - LAUDO TÉCNICO
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DOCUMENTOS DIVERSOS

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AMPLITUDE
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
BURIN, E. M. et al. Vistorias na construção civil: conceitos e métodos. São

Paulo: PINI, 2009.
THOMAZ, E. Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação. São

Paulo: PINI, 1989.
CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Desempenho de

edificações habitacionais: guia orientativo para atendimento à norma ABNT
15575/2003. Fortaleza: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013.
CAPORRINO, C. F. Patologia das anomalias em alvenarias e revestimentos

argamassados. São Paulo: PINI, 2015.
TEIXEIRA, R; SANTOS, J. C. Laudo de reforma: a NBR 16280 na prática: um

guia para profissionais, síndicos e moradores. São Paulo: PINI, 2015.
GOMIDE, T. L. F; NETO, J. C. P. F; GULLO, M. A. Inspeção predial total:

diretrizes e laudos no enfoque da qualidade total e da engenharia diagnóstica.
2. ed. São Paulo: PINI, 2014.
IBAPE-SP. Perícias de engenharia. São Paulo: PINI, 2014.
GOMIDE, T. L. F; NETO, J. C. P. F; GULLO, M. A. Normas técnicas para

engenharia diagnóstica em edificações. São Paulo: PINI, 2009.

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AMPLITUDE
GOMIDE, T. L. F; NETO, J. C. P. F; GULLO, M. A. Engenharia diagnóstica em

edificações. São Paulo: PINI, 2009.
MILITITSKY, J; CONSOLI, N. C; SCHNAID, F. Patologia das fundações. São

Paulo: Oficina de textos, 2005.

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LAUDO TÉCNICO DE ENGENHARIA

LAUDO TÉCNICO DE ENGENHARIA

AUTOR LAUDO TÉCNICO:

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FIGURA 1- MAPA LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE TOLEDO/PR - FONTE: GOOGLE EARTH ----------------------- 8

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LAUDO TÉCNICO DE ENGENHARIA

Produto: Elaboração de Laudo Técnico de Engenharia objetivando

Contratante: Reny Angelo Pastre

Contratada: Amplitude Engenharia e Projetos Civis e Ambientais Ltda

Equipe Técnica da Contratada:

Profissional Título CREA ART (CREA-PR)

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Amplitude Engenharia e Projetos Civis e Ambientais Ltda, inscrita sob o

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1.0. OBJETIVO DO TRABALHO

Trata o presente Laudo Técnico referente ao Edifício Primavera, térreo mais

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2.0. CONCEITOS ASSOCIADOS À PATOLOGIA DAS

Agente: causa imediata que deu origem ao problema patológico.

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Reforço: aumento da capacidade resistente de um elemento

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3.0. CARACTERIZAÇÃO DO ENTORNO

A obra, objeto do presente Laudo Técnico localiza-se a Rua Primavera, 218,

Figura 1- Mapa localização do Município de Toledo/PR - Fonte: Google Earth

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Figura 2 - Imagem satélite localização Residencial Primavera.

Figura 3 - Imagem Satélite localização Residencial Primavera.

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3.2. CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO

3.3. MELHORAMENTOS PÚBLICOS

4.0. DO IMÓVEL ANALISADO

4.2. TOPOGRAFIA DO TERRENO

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4.3. SOLO E SUPERFÍCIE

Tabela 1 – Coordenadas da edificação.

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De acordo com as vistorias realizadas na obra é possível determinar as

Tabela 2 - Descrição detalhada da edificação.

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Apresentam-se a seguir croquis e fotos ilustrativas do local e de

Figura 4 – Planta baixa do pavimento térreo (garagem).

Figura 5 – Planta baixa pavimento tipo (apartamentos).

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Figura 6 – Elevação leste.

Figura 7 - Elevação sul.

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Figura 8 – Corte transversal edificação.

Figura 9 - Corte longitudinal da edificação.

Apresentam-se a seguir fotos ilustrativas do local e de caracterização do

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Foto 01 – Fachada leste.

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Foto 03 – Fachada leste do Residencial Primavera.

Foto 04 – Rua Pedro dos Santos Ramos.

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Foto 05 – Vista da estrutura da obra abandonada.

Foto 06 – Rua Primavera.

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