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Discente: Mateus Monteiro Piedade Lyrio

Disciplina: Desenvolvimento Regional e Políticas Públicas


Docente: Lessí Inês Farias Pinheiro

RESUMO

LIMA, Jandir Ferreira de. O espaço e a difusão do desenvolvimento econômico regional. In:
Piacenti et al. Economia e desenvolvimento regional. Foz do Iguaçú: Editora Parque Itaipú,
2016. p. 15-40.

Palavras-chave: Espaço econômico. Aglomeração. Centros. Periferias

O autor inicia o texto a partir da conceituação de espaço e desenvolvimento regional.


O autor entende que espaço seja onde são produzidas as relações econômicas e sociais, é onde
ocorrem as mudanças, sejam cientificas, culturais, políticas, econômicas ou sociais. É onde
ocorre a ação de grupos e das ideologias, não sendo economicamente neutro no processo de
mudança e propagação das atividades produtivas.
Embora o espaço sempre apresente características próprias, para o autor as relações
sociais e econômicas possuem as aglomerações como lugar comum. As aglomerações
representam os centros de decisões. O espaço econômico é caracterizado pela organização em
torno dos centros urbanos e pelo perfil de localização das atividades econômicas. Sendo a
natureza econômica do espaço a causa das transformações que influenciam a dinâmica do
sistema de produção.
Em relação ao desenvolvimento regional o autor descreve como uma etapa, uma vez
que reflete o grau de progresso no aspecto produtivo e de bem-estar social, e como processo já
que para se alcançar determinados estágios de desenvolvimento é necessário implementar um
conjunto de ações, políticas e movimentos. Sendo que esse processo, para o autor, é
espontâneo ou induzido de forma endógena ou exógena ao espaço regional.
A analise regional deve conhecer os mecanismos do processo de desenvolvimento,
identificar os estágios nos quais a econômica regional se encontra e propiciar substancial para
conduzir o processo de desenvolvimento de tal maneira que todos os espaços periféricos
usufruam do beneficio e avancem em conjunto.
Para tanto, faz-se necessário intervir e auxiliar de maneira econômica ou não, no
processo de desenvolvimento das regiões. No processo de interação entre o centro e periferia
formam-se as forças espaciais, que, podem exercer um efeito de atração centrípetas ou
centrífugas, ou seja, atraindo ou dispersando o mercado consumidor.
Para o autor, os polos podem ser alterados e até mesmo de extintos. Porém, a extinção
de um polo resulta na criação de um novo, que, não terá o mesmo poder de imediato.
O autor aponta que as alterações espaciais ocorrem sob duas perspectivas: a) através
do componente diferencial ou geográfico (que refere-se às condições características de cada
região, sendo de caráter físico ou não); b) pelo componente estrutural da mudança espacial
(associada aos fatores históricos ou exógenos que exercem influência sobre as regiões). Para o
autor no processo histórico de ocupação espacial, destaca-se a subsistência e a acumulação de
capital, com a geração de excedentes.
O processo de desenvolvimento econômico regional não ocorre de forma uniforme, o
ciclo se inicia a partir de um ponto e em virtude da ação das forças espaciais exercerá atração
das regiões periféricas, o uso dos recursos e a construção de uma periferia dá a sustentação à
essa dinâmica de expansão.
Para os países desenvolvidos o progresso ocorre em um movimento circular e
cumulativo, porém de forma dispersa. Em países subdesenvolvidos o progresso ocorre de
forma desigual nas esferas econômica e social, fragilizando a periferia localizada no entorno
do polo. Esse efeito negativo é caracterizado pelas forças espaciais centrípetas, que não
estimulam a dispersão das atividades produtivas e dos ganhos sociais de maneira homogênea,
e deixam os espaços econômicos mais frágeis aos efeitos de drenagem dos espaços
desenvolvidos.
O efeito de propagação, que difunde o processo, é resultado da interação entre o centro
e a periferia. Sob esse efeito são transferidas a mão de obra qualificada, capitais e mercadorias
entre as duas vertentes, embora essas transferências tragam benefícios para ambos os lados, o
mesmo não é percebido de maneira igual, pois os centros detêm um poder de efeito de
propagação mais favorável.
O efeito de difusão espacial, é apresentado em duas categorias: a difusão por expansão
(que ocorre em resposta a proximidade, priorizando às regiões que fazem fronteira com a
região desenvolvida); e a difusão por migração (influenciada a partir das movimentações
progressivas).
A partir do processo de difusão as regiões econômicas se dividem em desenvolvidas
ou subdesenvolvidas. E o processo de difusão pode ser caracterizado em cinco formas: a) por
contiguidade: relacionado à distância, as regiões que se localizam mais próximas do centro
possuem mais facilidades do que as regiões mais distantes. A contiguidade se produz nas
regiões onde se tem uma fronteira em comum; b) por percolação: o local não é considerado
um receptor em potencial, resultando em uma relação de dependência; c) por eixos de
desenvolvimento: possui efeitos maiores em regiões inseridas num eixo; d) por migração:
ocorre quando os centros antigos passam a perder forças, e, assim, sua força de atração,
enquanto regiões novas começam a se moldar e conquistar o espaço; e e) por hierarquia
urbana: esse processo de difusão acontece de duas maneiras: a desordenada e a dos ligares
centrais.
O autor ainda expressa que nessas relações, existem possíveis vantagens propiciadas
pelos lugares centrais as localidades desfavorecidas, as relações de proximidade são
favoráveis a periferia ou regiões subdesenvolvidas. Ele expressa que a difusão a partir da
hierarquização demonstra que as cidades tem papel importante na organização espacial e na
caracterização das regiões, e consequentemente no meio de propagação do desenvolvimento
econômico.
Comentários: A leitura é fácil e não expressa termos que não sejam de difícil compreensão,
incentivam os comentários e criam condições para um debate.

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