Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Voz Da Unidade, Nº513 (Mai. 1991) - Nº515 (Jun. 1991)
Voz Da Unidade, Nº513 (Mai. 1991) - Nº515 (Jun. 1991)
\ • .
" Que
imparei cjuc seiais himlu ou
chinês, ou cumo ifULTijui- ii« prego, inflaçãtJ, alta do cu.seo de vida. confli zaçâü" já e.xauridos, quando salíemo-s que tência da cJiLsse que tem o poder estatal
chãmcn^.'O inipo/timcv o í/ia' tos émico.s,ódios nacionais,j^erda de impor a primeira não foi invenção de dogmáticos, e com a chegada do momento de ruptura,
A>ts e fíM cjwiL-> são a-- resultou de anos de trabalho de .Vlarx e £n-
tantes benefídü.s sociais.
rviuJus." Não negamos a imponância de te.ses do
Kn.shnJinuni gels, enquanto o segundo foi contingência PCU.S como dar prioridade à sociedade civil
Süència-se sobre as experiências de luta da Revolução de Outubro. O dogmati.smo sobre o Estado, desenvolver plenamente a
dos povos desta parte do mundo secular deformou a ditadura do proletariado em di
Estado sem indicar as questões vos". sem (.[uestionar se há ou hoúve efe- E exatamente para que o processo de
tiv-.imeiite alguma forma de "■propritxia- transição se oriente eni direçãti a Alterna
institucionais pertinentes e de socral". Há uma clara dificuldade ent tiva é que se deve reconstituir uma nova
limitar a crítica ao Estado observar u movimento socialista e seus organização política de ideário .socialista
limiie.s atuais como um todo e que a, que orgilníze e difunda a vontade subje
herdado apenas do regime crise é de teoria e de projeto, demar- tiva niLs nia.ssas rendo em vista a realiz;;-
ditatorial é não entender a cindi> uma ausência de utopia e fazendo ção do programa <Ja Alternativa Demo
com ijue estejamos vivendo um- temivo crática. também ele a ser con.stiruído em
questão da formação do histórico "ixmiuai". A exposição da. "no- torno de concretas alianças sociais e polí
V.1 ordeiii mundial" e.siá rósea e unila- ticas tendo no horizonte o governo coas-
Estado e do capitalismo no leral. ná«) < ibserv-andi > as tendências ct in- ciente da economia. .Antes de mais nada
Brasil. ir.iditórias presentes na realidade. A ten é preciso c|ue .se re.sgate a política de
dência à cvias<'ilidação da paz e da demo frente deniocriitlat e se de.scnvolva a teo
Discutir tudo, d
emergir .\Iguns deles, como o "Pela re- coníllto Noite-Sul. congelaria o processo nidicalidade. já haviam se e.scoado pelo
nomçlo revolucionária do PCB", do Rj democrático, ctiroadu com a dominação ralo.
e "Pliuaforma jior uma tNíjucnia socia- global di.is BlA que* cslã baseindo dimi
li.sta" são Ihinamente medíocres e dou
nuir o ritmo da revolução tecnológica .Aj)tmrar a necessidade da reforma de
trinários.com erros crassos de araliaçío a fim de bloquear-seu relativo declínio mocrática dt) Estado .sem indicar tis ques
e mesnn)de fato(Expliar a emergência diante do japâo e Alemanha. A "nova or tões institucionais pertinentes e limitar
do sialínismo pela ascensão do nazismo dem" exposta no documento e.xpre.ssa a crítica ao Estado herdado apenas do PEDRO N. DUARTE Cia que tivemos ao longo dos quase
exige a aos bancos escolares"). As na verdade o desejo da política externa regime ditatorial é nfto entender a que.s- .setenta anos de nossa existência, na
icses oficiais. "Bnisll dos Comunistas";-
soviética quando dirigida por Shevtirnad- lão da formação do Estado e do apita- Membro do diretório municipalde São formação da consciência de cla.s.sc de
além de fraco e apressado, está uiirapas- ze iaimentavelmenie ainda .se in.si.ste na lismo m> Brasil. As confusões teóricas Pauto-SP nos.so.s trabalbadore.s, assim como
s.tdo e defasado. Tendo em \lsta c^sa
ficção ideológica criada por Napoleáo IIJ sobre a questão da cidadania passam a quanto ao conceito de cidadania que
• situaçàü. tem circulado um documento -para justificar a.invasão do México, cha ser toleráveis diante da incomj^reen.são nosso povo tem hoje. Os comunistas
dito Nova política, partido novo", que mada ■Aiiérical.arina". embora .seja ine compierti do tjiie \'enhti a ser hegemonia. brasileiros não de\'em ter vergoniia do
tendea seraurientai^áobásica.da üireçio gável qiieaix-nas a integração da Aniéria Pior que a tendencitil confustlo entre he Precisamos de um partido, pas.sado. Afinal, .sempre lutaram contra
atuai que parece preMider unia aiito-rc- nieritiional pode a.s.segurar uma vida gemonia e organização partidária é dizer as desigualijades. contra a exploração
dclagem e não a réno\a(,'ão radical üo mtiis digna para nos.so povos. que hegemonia é a construção de uma com ou sem símbolo, que da maioria pela minoria.
movimento socialista i)nLsjieiro.
Se o objetivo fosse desencadear um Os tópicos "A democracia como a via
vontade geral ("de Gramsci a Rou.s- esteja presente às lutas e À crise que atrave.ssamo.s é a segun
seau?'). Hegemonia é a articulação de da, de grandes proporçiães, que en
prtKesso de criaciio de uma m\~A esijuer- dt.i socialismo" e "modernidade e cida um sistema de aliançras capttz de estabe decisões políticas de nosso frentamos, no.s últimos quarenta anos.
díi o título deveria .ser algo como "nova dania", embora jirecisem ser aprofun lecer um coasen.si) e uma dominação so
IMjliiica. nova cultura, ninv) partido", en dados. definem a(|uilo que iradicional- cial. e no caso da hegemonia poteticia- tempo. Que disponiia de uma E até prová\'el tjue a atual tenlia suas
raízes na de 1956. ano do XX Con
fatizando a necessidade da ruptura,sen menie se chama "caráter da revolução" lizada pelo mundo do trabalho o objetivo proposta ciara e que o povo gresso cio PCIIS. Para ser mais explí
do a-questâo da exaustão hi.siórlca dt) eximindo-se felizmente de recitar fór- é .superar a contradição ptjhlico/pri\tido
PCB,a necessidade e o caminito degesiu- mulis. ü -jprüfundtimento das questões e qualquer forma de dominação e explo brasileiro, particularmente os cito, os comunista.s bra.sileiro.s até hoje
i,ào de utn mvo panido o tema da aber colocadas só pode ser feito com uma ração do iiomem pelo hometn. ainda não digeriram a questão do .stali-
tura du texto, com explícita'autocntica análise da totalidade social, Ob.servan-
trabalhadores, vejam nele nismo. As denúncias dos crimes de Stá-
lin, ü culto à personalidade e a fàlta
radial" da direção que procedeu o des- do-se a conclusãü da revolução burgue.sa Pelü'próprio fato do documento pade uma real alternativa de poder. de democracia interna no PCüS ainda
CLÁUDIO DE OLIVEIRA nização poüica reduzida e de pouca ex- a .social-democracia ocupa.sse o espaço
pre.'^.são no cenário jxilítico do País? -.da e.squerda e para o surgimento de
Ctiarglsta, militante do PCB,ora
Peaso que os no.s.sos problemas come agrupamentos prugre.s.sl.sta-s à margem
estudando em Praga çam com o projeto de auto-refonna do* do PC. a;mo é o caso dos verdes. E no
regime ditatorial e.sua reforma partidária caso do Brasil,a situação é mais flagrante. '
de 1979. Ocupando a estjuerüa no espec Nã(; só um partido como o PT, como
tro político brasileiro surgem o PDT e é grande a quantidade de pesscus pro
o RI". É desta época o início do nosso gressistas tiLie não se sentem represen
Devemos discutir também se a declínií) no movimento sindical. tadas em nenhunta das esüitiuius parti
dárias existentes, me.smo aquelas pe.s-
sociedade brasileira^ nossos A partir de nossa saída do !'MDB e soás identificadas com nos.sa política
subseqüente legalizttção. num t|uadro de
aliados e nós mesmos difícil transição democnitica.experimen- freniisiaedc modernidade, mas não com
taiiuí.s um progressivo e.s\-aziamentt) e a no.s.sa (jrganizaçào.
estávamos madurospara a isolamento políticos. E graças à força de Devemos buscar um novo partido,
forma de como se deu nossa no.s.sa ixãítíca. ainda conseguimos iniluir uma nova concepção organiziitiva. capaz
. nos trabalhos da consciiiiinie e Rizer boa de abrigar diferentes interpretações so
legalização, se aplicamos figura nas eleições presidenciais. cialistas. O panido que defende a e.stra-
i\le.snio assim, não tivemos força sufi tégia democnitica pnniõ socialismo não
sempre e consequentemente a ciente ])ara impedir a derrota de lemas pode .ser um partido monolítico ideolo
# 9
política da frente democrática imponanies na Constiiuinie conm. por gicamente. t) ■■quartel-general da cla.s.se
exemplo,o parlanientarismo, Tampouco operária", de heróis abnegados, mas sem
e se muitas vezes, em coaseguimos ganhar a frente dos diver- f()rças de iiiteivir na realidade. Não te
detrimento desta, não fízemos ■ )s partidos e entidades democráticas mendo a diversidade, a di.sj)uta. o debate
ani um Entendimento Nacional capaz e a emulação interna dos diferentes pen-
o^discursodo '^socialismojá" <'e superar a crise econômico-.social. Já .samentcxs socialistas, Jevemtis ser iitn
]'ão estávamos numa grande estrutura partido que consiga melhorar a vida tio
ea apologia dosocialismoreal. ; artidária ciipaz de viabilizá-lo. povo já. aqui e agora, e urientíu' as refor- .
E vale lembrar que a<.|Liela.s candida mas na ulitrapassagem do próprio capita- .
turas vinailadas Iristoricamente às liuas lismo.
da frente democrátiai (Anistia. Consti Resta saber se e.ste partitii; já existe
reio que um dos nK^menios mais tuinte. Direta.s-JáJ .saíríim derrotadas das ou não, qual será t) espaço para uma
ã ãhi)s da p{.)//fíaí d<)PCU foi aquele eleições presidenciais. Talvez a |)()sfura mn-j organização política dentro dt) t|ua-
1 da resistência democrática...Na- dro políiico-partidãrio hra.sileiro. No
mr.'iainvinL"aí'.mte>iíavátá\ .v avv.hê.'^íáv ik'
Ofuncionamento de um pairJdo po
lítico fornece um critério diferen-
(eis a "radicalidade" requerida) das institui
ções democráticas existentes e de outras,
"avançadas" ou nào, o que não só requer
a ultrapassagem do capitalismo como a indi
ciador:se ascendente,funciona de ca concretamente.
mocraticamente; se descendente,
funciona burocraticamenie. Neste Concretamente, aliis, requer-se, além da
segundo caso,o partido é simples executor, reincorporação de renovadores à"Nova for
não deliberante. Tecnicamente se converte Congresso explicar e solucionar politica O final dos anos 70 e início dos 80, con mação",a mudança da análise que vislumbra
num órgão de polícia e sua designação de mente esta situação "residual" do PCB. cluindo a imposição do capital industrial e- uma conjuntura de pós-transição, insusten
"partido político"é pura metáfora de caráter do modo de produção especificamente capi tável frente ao confronto(e náo mero confli
mitológico."(Antonio Gramsci). Ora, como sabemos, o PCB já foi, mais talista na formação econômico-social brasi to) do atuai Executivo com o Congresso e
que interlocutor,um ator importante na His leira, converterá a impropriédade relativa
fm panido político não é uma instituição tória brasileira — embora jamais decisivo daquela política em absoluta. Pois os suces as Instituições da Carta de 88 (inaplicadas
qualquer- Faz-se de homens e mulheres —,e já foi o partido de uma política, uma sos episódicas desta política adivinliam, não e mesmo pervertidas). Daí ser uma falácia
que, assíKiados, realizam uma práxis cuja política nacionalista,a ineviiabiíidade do so do que havia de pouco^.ou de pré-burguês formalista afirmar a vigência do Estado De
interpelação e conseqüências atingem toda mocrático de Direito. Pois democracia im-
cialismo explicada pela ineviiabiíidade do na sociedade brasileira, mas da interpelação .
a sociedade. Partido é sempre o partido de confronto (não só conflito) entre o capita —torta, confusa e instrumental — da ques ■ plica em poder,democrático, com a preva
(ao menos) uma política, associação que lismo brasileiro e a ordem burguesa interna tão democrática, incorporada(com as limi lência do padrão representativo na relação
busca movimentar uma sociedade inteira cional,conformando-se uma"direita' euma tações conhecidas) pelo nacionalismo co Estado e Sociedade, em detrimento ào pa
em alguma direção,portador de umagrande "esquerda" internas, a partir do resultado munista de "direita", credenciando o PCB drão cooperativo, marca desta relação, basi
política, de uma poUticanado/ta/.ger:!. Ou (igualmente inevitável) deste confronto; ou camente inalterada desde 1930. Vivendo-se
perante as classes subalternas urbanas. pois ainda na transição: momento de disputa
tro dado essencial para a caraaerização de vitória do capitalismo nacional, livre para
um partido moderno é a representação sin Impossível não referir-se ao período da e definição da insiitucionalidade política
gular de interesses. Referencial político de sua plena consolidação, condição para o
trânsito ao socialismo; ou a vitória do impe
resistência democrática,em que se verificou brasileira,a qual será nova em qualquer des
interesse .(s) conaeto (s), arregímentador
rialismo, tutelando a burguesia nacional e o último momento hegemônico do PCB tia fecho.
de Interesses sociais para a luta política,su revelando o socialismo como a única via esquerda — e não só — como ainda de Por outro lado, se o papel da oposição
peração do momento corporativo'(nào im gestação de uma política comunista alterna é, consensualmente, viabilizar alternativas à
plicando tal superação em necessariamente de desenvolvimento do país. Ambos calca
dos no.suposio de um capitalismo atrasado, tiva que, calcada na óbvia constatação de política governamental,o papel de uma opo
eliminação). que,definitivamente, náo se vivia num capi sição democrática — aderente às regras re
na principalidade da tensão Nação X Impe talismo "retardaiário", apresentando mo presentativas e ao consenso como condição
O bom senso náo verifica a correspon rialismo, na chamada "questão nacional , dernamente os traços essenciais dos países de seu sucesso político — é o de viabilizar
dência do PCB em ambos os casos. Não bas cuja radicalldade no tratamento constituía
tante figurar na oposição,se ausentes a defi a chancela comunista.
centrais, entre os quais, vale dizer, não se alternativas negociadas,lutando pela Consti
nição e o exercício de um papel na mesma, pode elencar o "Estado do Bem-Estar", o tuição, retomada ou reformulação do clia-
situação expressa nos ziguezagueantes crité Política nacionalista radical. Eis a práxis qual nào se deve a alguma tendência do mado "entendimento nacional". Não signifi
rios de alianças nos Estados. Mesmo o con comunista historicamente exercida na socie capitalismo naqueles países, mas as conquis cando pois,passividade,pois trata-se deluta:
tato prtxluzido na campanha Freire/Arouca dade brasileira, cujo equívoco tornava-se tas de suas classes subalternas, vinculava a pressões, atos, manifestações.
(no caso, as novíssimas camadas médias ur tanto mais claro qumito mais avançava a mo eficiência da práxis comunista à sua adesão
Mas de luta por alternativas negociadas
banasj não se constituiu em representação. dernização do país, revelando o que seriam às instituições democráticas — por mais de
bilitadas que se encontrassem. O bloqueio cuja radicalidade-reside no empenho pela
Pois o problema do PCB, mais que teórico- "obstáculos"(latifúndio e capital transnacio- incorporação das classes subalternas e do
doütrinárío é,como qualquer outro panido, naI)camo excelentes"suportes" naviaprus- desta política e de seus portadores no 7^
Congressomarca.o ingresso do PCB no àna- máximo de forças comprometidas com^ a
umproblemapolítico. Inexistindo a política, siano-brasileira de desenvolvimento capita reiomada da democratização do país.
a rigor, inexíste O partido. Cabendo a este lista. - <^ • cronisma político, ultrapassado por uma es
TftIBUNAOE DEBATES «15
Mas nao
l ü.bnvÍFD .obrmq o .jp.íi-.sni íí
«miBUHA DE DEBATcS
HONORINO GOMES RIBEIRO (ação legal, e.ssa transição .se alonga indetermi-
nadaniente porque a democracia pluripariidá-
Ferroviário aposentado,ex-vereador em ria representativa vai além da eleição do pre.si-
MariUa-SP, membro do PCB-ButontãSP tlenie. du.s legisladores etc., cjiie generaliztida-
Rtente estão atrofiando o regime apenas institu
cionalizado formalmente solí determinados as
pectos práticos.
Na edição de 19H4 são propostas "As alterna
Válido éreconhecera tivas para a crise brasilelLa". no item "Projeto
político do regime" (p, 24), a avaliação do Parti- ^
contribuição de Marx, EngeJs, do continua válida ao afirmar que "mas o seu
eixo básico é constituído pela luta entre o regi
Lênitt, entre tantos, ao me e as forças deiiKXváticas que prerentlem
formularem uma nova fílosoSa um novo regime democrático e as na )dificações
econômicü-sodais, tanto imediatas quanto as
dialética, materialista-científíca e estruturai.s...".
Visões sugestivas
SÁ PEREIRA dade e do banditismo. Propomos criar um
imposto denominado de fundo-futurista
Petroleiro(^rosenfado,dirigente regional do para gai-antir o in\'estimento e o desenvol
PG8-PÃ
vimento rural,que seja controlado por re
presentantes de todos os segmentos^a so-.
ciedade,
Sempre fomos daqueles que
Ctpitãl exrerno: homenagear e dar boas
acreditam quepara atingir aossos ■ vindas ao capital internacional desde que
os interesses sejam recíprocos, haja res-,
objetivos € propósitos, precisamos peito à soberania nacional, estejam de
passarpor ama unidade nacional, acordo com a.s no.ssas leis, fiscalização de
"patentes" e conhecimentos "tecnológi
mesmo quepara issoseja necessário cos".
Um novo enfoque
MARIA DE L F. PACHECO Hoje, perplexos com esias transformações, t.xs estudos, e só a partir deles, que poderemos traçar lutar contra a corrupção do capital estrangeiro.
"marxi.stas" tentam retornar o-bonde da i lisrttria. ura caminho socialista [xira uma sociedade ju.sta. São estas e outra.s as questões iiue aborclaremt>s
MUitante do PCB em São Paulo. Só c]ue agora como j^assageiros, níio mais com Lógico que não podemos e.sperar a conclusão cie no pnKesso de debates das teses.
a pretensão de impulsionadores do processo de um escudo de.sse tipo para retomarmos a luta. E.s.se A grande dificuldade na busca dessa Nova Men-
mudanças. estudo foi interrompido nos clás.sicos e deve .ser udidade está na equação correta do que realmente
Hoje^ perplexos com as A confiLíão ficou trtigica. .^costumadcxs a racio reiniciado urgentemente. é novo,e não de velhas idéias renovadas,da admi
transformações, os **marxistas'' cinar arravé.s de dogmas, com um senso comum
sectário, ficaram incapazes,ao verem seus dogmas
A que.stão do enfoque da luta de clas.ses, como nistração correta tliv choque de no\'as com as \'e-
ela deve .ser conduzida, a questão da paz, colo Ihas.da transformação priíiica de um Partido verda
tentam retomar o bonde da .serem destruídos,avessos ao estudo;de pensarem cando ludu era outro patamar, são ingredientes deiramente plurali.sia, rompendo com o monoli-
História. Como passageiros, não com metodologia científica. Dificilmente adotarão para a Nova Mentalidade. Nem de leve passar a tismo imposto. Aqueles tiue divergem não potiem
uma No\-! Mentalidade. idéia de que o que há é colaboração entre as ser rratado.s como inímlgo,s,'como na cartilha do
mais com pretensão de Com seu mito desfeito,a tendência é se.sentirem clas-ses. Isso é anti-histórico e anricientífico. É velha estalinismo, porque na biisai do conhecimento
en.ganados. Seriio incapazes de perceber tiue suas e não nova mentalidade, mesmo com o rótulo ninguém pode ter certeza de nada.
impulsionadores do processo de crenças nada têm a ver com o marxismo, e tende de neo. O conhecimento é um processo dialético, e por
mudanças, Temos que ficar atentos rão a se \'oltar contra ele. Muitas questões devem ser di.scutidas com novo
enfoque.Que o marxismo é a sui^eração da icleolo
mais errado que um comptmheiro possa nos pare
cer, suas idéias, em determinado momento, po
para não sermoslevadospara Onde está a Nova Mentalidade? gia, restaurando seu conceito correto; que o esiali- dem estar certas. Afinal, um relógio parado duas
discussões de assuntossecundários. Creio iiue a Nova Mentalidade .se encontra no nismo foi a restauração dela; repensar a mais-valia vezes ao dia, dá hora cena.
marxismo.Fui paralisado no seu desenvolvimento em face da automação, da robótica, computação, O que temos é que ficar acentos para não sermos
Uni;i das gr;indes del ciéncias acontecidas
com o marxismo foi que,ao deixar de lado
seu méKxíü cJralétícò, ele não aa)mpanhüu
e no teraptí, em conseqüência cia sua tenente
da realização de nossos sonhos. Para isto, princi
bioengeniiaria etc. na produção capitalista. Isto
esralinista. Acredito ainda que é o melhor na busca é a itão mais-valia relativa. Discutir a criação de
uma Frente de Panido.s que optaram pelo socia
palmente os economistas, terão que submeter o lismo,ampliando a unidade alcançada,com segun
levados para discussões de assuntos secundários,
deixando os mais importantes de lado, e ficarmos
rodando, aceitando debates secuiuiários e fora do
momento, como é t) caso das discussões acerca
as transformações que sucediam no mun apitali.smo — central ou-periférico — à critica do turno nas eleições e aci\idade parlamentar; dar de nome e símbolo partidários.
do. inclusive com as forças produtivas. rigorosa, como fez Marx. Temos que constatar no um pouco mais de organicidade a isto. Estes temas poderão vir a ser relevantes para
Esqueceu que Marx assinalara que o capitalismo que ele mudou, como mudou,quais .suas tendên Temos que .sair do dilema. Frente ampla ou o futuro, mas não poderão desviar o debate de
Impulsiona de maneira vigorosa o desensolvimen- cias para novas mudanças..Se estas traasformações de esquerda':'Uma jamais poderá estar em prejuízo questões teóricas mais atuais e importantes no
to de.stas torça-s. se darão apenas na forma, como até acjui, ou .se da outra Há que discutir a ctjnsolidaçüo da demo momento.
As.sim. pa.ssamos a ver o capitalismo, não com acontecerão na sua essência, na lei da mais-valia, cracia, tirando-a do seu serviço em função da ideo
os oliios cieniífico.s. mas com visão moralista.' Por- por exemplo. O que'nã(.) podemos é, com o fra logia, e colocando-a como princípio universal hu 'P:is.s:iniüs, porque niríssimus exceções, como
cjue,quanto mais prtxluz excedentes de produção, casso do socialismo real, achar que o capitalismo' manista, e com base na luta pela Sociedade Dese Gatmsci. mio entrunim no ile.svio suiUnisiíi
mai.s íiumenta a e.xploração dos trabalhadores. O é experiência que deu ceno. Para isto, teremos jada, na sua construção .socialista; lutar contra a -Deucünlocom:i[esedoprof.Cl:nulioMmmai):i,
produto que é realizado pelos operários lhe é que escamotear muita coisa; os guetos de Nova corrupção como alternativa de viabilização do Pais do Insdiuio de Física da USP fVoz da Unidade.
e.stranho, Niào foi visto que o herdeiro do pro- York, os turcos na Alemanha, as Cündiçõe,s de trae de forma de consolidação da demcKracia. poi.s 21.J2.89), onde aborda a marginalixaçio da mão-
gres.so realizado|>elo capitalismo será a Sociedade balho noJapão,os famintos,analfalx^tos e menores ela é desestabilizada com a corrupç^ào. E e.sia ban de-obra nào-qualificada com a revolução técnico-
Desejada dos nossos sonhcts do futuro. abandonados do Terceiro .Mundo etc. É desses deira tem que ser tirada d;Ls mãos dos demagogos, cienlífíai.
Política ou ornamento?
GILVAN C DE MELO dos acontecimentos do,I.es(e europeu e da exaus contni o [pensamento renovador do Partido, blo .Mais cristalina é a posição recente do núcleo diri
tão do modelo do "socialismo real", Na realidade queando assim, um processo de renovação cujos gente e.xpre.s.sa no discurso da liderança na Câmara
Militante do PCB em Niterói/ttJ; membro do o de.smonte do PCB se iniciou na gestão conser re.su Itados dispensam maiores comentários nos Federal no ano passado. Rêfeiind.o-se ao ex-Secre-
Conselho Editorial da revista Presença. vadora de Giocondu Dia.s. issi) preci.sa ser dito dias atuais. láriü Geral na década de80 o coloca como homem
muito clariimente e retirar do fato todas as coase- O resultado assj.stido, a via criicis percorrida que se ab.ste\'c pela renovação do PCB,quando
quências. É'hora de um hasta nas hipocrisias e durante esses anos de .sofrimento, de.scaminhos, na realidade foi o contrário que ocorreu.
A nora política pressupõe um noro nos mito.s inioctíveis. É hora de decifrar o enigma. angúsiias, marchas e contra marchas, ttponta com Desmontado o PCB. transformado num .siijeiio
Ogrupo dirigente cometeu tantos erros os quais clareza que o Panido também teve sua "Crônica residual na .sociedade brasileira, derrocado o pem
PCB, cujo núcleo dirigente esteja conduziram o movimento dos comunistas a um de uma Mone Anunciada". Só que esta foi e.scrita samenu)renovador, marginalizados os comunistas
comprometido com a verdadeira dísnmciamemo em relação ao.s trabalhadores, aos por um sujeito coletivo — uma -aliança de neO' que eram capazes de renovar e atualizai'e se cons
intelcauais e à vida cotidiana. Era cjuase desesi^- prestistas. rcformi.sia.s c(.)n.sen'adore.s e os herdei tituíam numa alternativa dedircçãotio PCB,a atual
renovação dos anos 80. Um partido rante ver o Partido serarnhtado para uma posição ros do frenrlsmo de esquerda. direção proclama agora aos quairo cantos do mun
depolítica democrática, lato, de isuiaraenio, para uma situação residual na so do que de.seia uma "renovação", um "novo socia-
ciedade. Substituiu-.se a poliuea pela luta no inte Num matiifesto subscrito por um grupo de co lisiTU)', uma "nova formação política", um "bloco
respeitador dospensamentos rior da máquina, traasformandtt-a no centro das munistas do Rio dejaneiro, em setembro de 19H3 democrático e progressista","nova forma de Parti
preocupações. Em outras p;ilavras. o PCB virou afirmava-se: "As velhas práticas burocráticas reve do". Em outras pala\'ras. uma nova religião.
minoritários, aberto ao diálogo com is costas para a sociedade e voltou .seus olhos laram-se incapazes de dar curso tanto á renovtição A renovação propõe outros temas: a questão
do[Pensamento comunista tjuanio ás novas neces- da política e não da doutrina; a questão da demo
todas as correntes, construtor da para ;ls próprias entranha.s, E. as,slm, a dicotomia
•sidades impixstas pela cre.scente comiplexidade da cracia como processo de criação de canais, na
.se expressava: menos política, mais máquina.
frente democrática duradoura. sociedade capitalista brasileira". Em outra p:irte ([ual se expressem os conflitos do mundodo iraha-'
A política ficou reduzida a pro[Wganda e defesa do documento, refcrindose ao grupo dirigente Ihü,da cultura e da subjetividade para u de.speriar
do ".socialismo real", contra o ".socialismo ideal" do PCB, reconhecia-se a responsabilidade da se de uma hegemonia das classes siilxiliernas, A cria
dos coniuni.s[as italianos. Vivia-se na época da e.s-
à democracia. lagnaçãü guinte forma: "O CNDC por .se revelar incapaz ção de uma nova vontade democrática, de uma
conservadora brezneviana. No úmbiK)na de aplicar e implementar essa nova políiia, vem política de alianças com vista à conquista de objeti
Em qualquer análise da crise doPCB.éobri-
gaiürio.pe,lo menos, buscar como referên
cional, a transição do autoriiarlsmo para a demo
cracia,sua complexidade econiradição era enfren
tada com ambigüidade. O que importava era a
se constituindo num obstáculo ao calpal e.xercício
vos clartxs, baseados num programa de um novo
do papel que os comunistas poderiam desempe desenvolvimento integral que unifique a que.stão
nhar como uma das forças representativas do mo da igualdade e da liberdade.
cia o fipal do,s ano.s to e roda a década legalização do PCB a ciuakjuer preço em nome vimento popular e democrático brasileiro,"
Essa política exige, pre.ssupõe um novo PCB,
de HO. Não é ocultando e.s.se período,fazen de certa identidade, não interessando c|uai política já em pleno perialo do ".sociali.smò renovado" cujo núcleo dirigente esteja comprometido com
do de coma que nada aconteceu, que se tinha curso no .seu interior. E no interior predo onúcleodirigente repetia osargumenios bloquea- a verdadeira renovação dos ano.s 80. Um partido
superará esse momemo cinzento. É fundamental minava uma política cjtie não eui a dos comunistas, dores da verdadeira renovação. A \'0Z DA l.íNIDA- de política democrática, laico, respeitador dos
iimti prtjfunda, séria e sii^cera autocrítica, em pri Adoiava-se orientação contrária ;i da frente demo DE ESPECIAl,de janeiro de 1987, pubiictiu o.üocu- pensamentos minoriulrios,aberto ao diálogo com
meiro lugar e, principalmente, do núcleo dirigen crática. substituída pela nolíiii.i de frente de es menio de balanço da direção para o \'III congresso todas as correntes, construtor da frente democrá
te .Não uma autocrítica verbal,despravida de con querda. A que.süü da ciemocracia oú ficava no e confes.sa\a: "O ccjmbtite às concejpçóes lit|iiida- tica duraduura,desbloqueador radical da transição
teúdo Mas uma atitude desprovida do velho vício papel, nos discursos,(,iu considerada apenas como cionistas e às TESES I,!BERA!.-RE\^1S[0N!STA.S DOS à democracia E. hoje, não cabe mais a velha conci
da prepotência e da .solwrba. Pefo contrário: Se instrumejKO de ordem táría A ijnica iiolíiica aber "RENOVADORES".., perdurou formalmente áté o liação sob pena do PCB iransformar-.se defiiiitiva-
ta, o tefíyfró'tfirát%tíàte'1^2,'íloíiiííícfcléríòíállítóíaí" mêilfe'erá méfò'ornamento. E a e.sfé'|1:íhê]'fr'rêiVí-''
expliqr a situação atual do Partido em função desenvolveu, foi a implacável, dura, inflexível luta duas vertentes ANIIPARTIDO e,sbüçaram..." etc. vaç"ào se recusa.
TRIESINA DE PEIMKTÈS'.21
A renovação do PCB
BENNY SCHASBERG tes cada vez mais nanico.s do "Panidão'. Tampouco coiistrufr um novo Projeto Político. Eira isto. algu
nos da esquerda brasileira, não ob.siante suas pos- mas indiaiçõe.s pro\'isórias vêm amadurecendo.
Técnico de Desenvolvimento Especializado .stveis contribuições. Esta crise é coiuemixiriineít Dirrapassadii a industrialização .sub.stiimiva de
do CNPq, Mestre em Piane|omento Urtiono de novos prcjcc.s,sos ile niudinça no mundo da importaçòe.s do ciclo hi.sióriC(3 estauí! de de.senvol-
e Regional, Doutorodo em Sociologia'UNB cultura e do irabaílio, e ml ordem econômica e vimenio, do pó.s-guerra até as 80, cibe peasar
pol!iic;a internacional. Neste quadro, se afirmam um novo modelo de descnvolvimenio integrado,
no\'üs reginx.'sde acumulaçàt i e |xtdrê>e.< de pnxlii- à economia inteniadonal. de forma não subordi
Junto 3 crítico ao modelo çâi» [ecn(.ilt'jgict>-inclu,strial flexíieis, .slipeninüo o nada. llirrapa.s.sado o Estado Keynesiano e do
modelo fordista de organizaiçào t.i:i paniiiçâo, d.a.s "Bem-Esuir" cabe peibar um novo papel do.Esiado
buFocráíko-ãütoritário do socialismo gr.mdes Plantas indusuíais. Mguns chegam ate a cm relação ã .Sixíedade. e a uma-Economia de
Retomada de valores
• • • ♦ •
%
I f • • •
• •
• • •
• • 1
• #
I» • •
Taguafínga-DF tões du IX Congrcs.so do PCB, É um espaço com a luta da sociedade organizada em iastituiçôes • • •
interessam pelo debate em igualdade de condi ciedade se tiver um projeto estratégico justo e • •
ções para a colocação de suas idéias, sem a super uma tática que, entre outros componentes, tenlia
posição de um conferencista que pode se arvorar um denso apelo de luta contra as injustiças sociais
E necessário uma retomada dos em dono da verdade e monüfwÜzar o tempo, em sem compaauação com os exploradores. ,
detrimento dos demais debaiedores. O esvazia O apêlo à formação de um partido com estes
valores do socialismo. Não é mento daquele espaço pelas conferências onde ingredientes e disciplinado, e desprovido do cen-
personalidades monoíogam diatribes contra o so iralismo' democrático, é sofisma. Tem é que se ao lavrador. Este é o discurso de Cjuem não quer
suficiente a aBrmação de que se é cialismo e o Partido parece ter o intuito de levar descobrir os mecanismos de equilíbrio entre cen- faz.cr ü reforma agrária.
a militância e os simpatizantes a se afastarem das tralismo e democracii Assim como não queremos Um outro caminho dos ataques sistemáticos à
contra o capitalismo e a proímo discussêies fundamentais que são, a meu juízo, a um panido de burocracia centralizada, também experiência socialista e ao panido é que ele de
de fé socialista. A queda daquele par das questões teóricas, a criação de um projeto não queremos um agrupamento de socialistas semboca sempre em elogios velados à soclal-de-
socialista para a sociedade brasileira por um parti anárquicos. mtxracla, diegando até a afirmação de que a so-
e a viabilização deste,-até que se do renovado e .sem as vicias do passado. Num país que tem um oisis desenvolvido e ciaí-democracia está promovendo a distribuição
Tergiversa-se sobre o fundamental, diz-se com tecnologia de ponta, tem um deseno de mais das riquezas; sem a ressalva de à custa de quem
crie uma nova ciência política, só meias-verdades sobre fatos históricos, transforma- de 60% de miséria, fome, analfabetismo, endemias esta distribuição estaria sendo feita.
.se o marxismo em dogma. O exagero na pintura e a falia de iü.stiça, as mais elementares, é irrespon- Ou será que os arautos da "Nova Mentalidade"
é possível com a luta da sociedade do quadro da cri.se do socialismo real e os ataques .sabilidade elevar ao primeiro patamar o discurso já estariam isfaltanclo o seu caminho para outro
sistemáticos às direções panidárias em tíxias os fácil da modernidade. Se as teses do Comitê Cen partido ou outro campo Ideológico?
organizada em instituições quadrantes leva a se deduzir cjue todos os dirigen tral apenas aiinliavam algumas palavras vagas so A correção de aimo e a reforma da embarcação
tes partidários são irresponsáveis ou desonestos bre reftirma agrária, os arautas da "Nova Mentali são necessárials e. inadiáveis, mas o que alguns
partidárias. e que toda a experiência socialista deste .século dade" nem .sequer fazem alusão ao tema, e quando estão querendo é destruir o barco. E.uma guinada
foi^perdida. Isso ocorre é para fazerem coro com o.s inimigos de 90"é apontar para um rumo totalmente dife
É necessário uma retomada dos valores do so- da democraüziçào do aio da ferra, afirmando que rente do que tem apontado historicamente o movi
daiísmo. Não é-suficieníe a aíkmaçâo de que se não adianudividira terra sem oferecer assi.sténcía mento socialista. '
TRIBUNA DE PIBÃfes•23
Diretor ííesponscjvei; Luiz Caries Azedo Redoçòo: luo Auroro, 978—sobrelojo CEP 01209 Tel;(dl)220-8577 Fax:(011)225-1023 Telex; VOZ SP [011]26584
Propostas de
resoluções
para o 9-
Congresso do
Partido
Comunista
Brasileto(Rio
deJaneiro, de 30
de maio a 2de
junho,no
campas da UERJ)
UMPARTDONOVO -í
2 «voz
A votação
Troca para pior As propostas de rcsolu(;ões apresentadas pela Direijão Nacional fo
ram aprovadas por maioria, sendo a principal — o documento de
Essa mudança, que rompe o isolamento em a modernização da base produtiva e sua integração
à economia mundial. Isso significa uma outra orien
que o governo estava, deixa claro que o re tação para a economia,em torno da qual é possível
cente bombardeio de setores empresariais e uma negociação ampla com a oposição e a socie
CURITIBA
FLORIANÓPOLIS
FORTALEZA
CrS 23.510.00
CrS 27.007,00
CrS 43.703,00
políticos contra a antiga equipe econômica dade civil. Essa seria a mudança para melhor possí FOZ DO IGUAÇU CrS 30.500,00
contava com a simpatia do círculo mais íntimo de vel. Não parece ser o caso, nessa troca de figurino GOIÂNIA CrS 28.723,00
colaboradores do Presidente Coílor e serviu como do taiUeur para a casaca.
JOÃO PESSOA CrS 30.160,00
(louígralbj, D;ivid Enicrich. Dirccu Undoso, MS — Campo Grande: Rua 14 de Julho, MACEIÓ CrS 36.163.00
V2Z Eduando RiJtha,JüfRe Bouqucf.Jusé Anionío
Stíf;aiui,JoséMonserrat Pilho.jusuí-dc/Umei-
da, Marco-s Dei R<»ia. Marcos Madalen.Utnnu-
nlsu), Meisia-s Bastos da Silva fdiaRramadorj.
2526— I- — CEP "9005 —(0(57)384-3201.
PA — Belém: Trav. Apinagés. 212 — CEP
f4>.010 — (091) 224-20U.
PB —João Pessoa; Rua Du(]ue de Cnxitu.
MANAUS
NATAL
48.533,00
40.183,00
Ôrgõo Central do 540 _ 2- — Calíaclâo — CEP 58.0{X)
Paulo Cavalcími. Raimundo Jlnkinjis, Raul de
.\tatu Paixão, Kicardode Krl.slina (ilustradorj. — {083) 226-4066.
PORTO ALEGRE CrS 30.000,00
Partido Comunista Brasileiro PR — Curitiba: Rua ('cmando .Moreira, 945
•Sérgir» Pardal PreudenihaL RECIFE CrS 37.080,00
— CEP 80.410 — (04!) 234-2492.
Conselho Editorial: Represenuntes! A-M — Manaus; Av Sete
dc Setembro. 1.^6/ — Centro, i-' andar,.sal.a
RS — Porto Aiegrcr Trav. Acelino de Can a SALVADOR CrS 30.330.00
João Aveline 01 — CEP 69.'X13 — <092) 233-2710.
lha, 21 s'301—CEP 90010—(0512)27-2301.
BA — Salvador: Rua Mouraria, 5! —~CJíP
ly — Rio deJaneiro: Av. Presidente Vargas, SÃO LUÍS CrS 43.463,00
Luiz Carios Azedo 529. 9' — CEP2(X)31 —(021)221-2333.
.jdtKX) — (071) 241-<j256. SU—Aracaju:Tr.tv QuintiUianu da Fonseca. SÃO PAULO CrS 17.943,00
Noé Gertel CE — Fortaleza: Rua 24 de Maio. 885 — 23>_CEP 49.(Xia — (079) 224-7811,
itedaçáo; Anioiiio Paraná. Cynihra Pttcr
CEP 60.001} — (085)231-3123.
DF — Brasília: SDS — Ed \'enãncíp 111 —
VITÓRIA CrS 18.653.00
[) _ sabreloja 52 — CEP 7tí,000 — Gerente Administrativo:Avelino l-uiz Mar
(Bniiiliaj, Ksianislau Oliveira <R1<> dcjarici-
n>i, CmiiriaBraiKjultiht)f rcvisSoJ.l.ui.sAveli- (061) 226-1012
ques OBStnoHe exfra em apto. duplo Ct$^4.SOO,00
ma. l.uj?. Carltis .Azeda, Osníar Busia-í ifotii- GO — Goiânia: Rua 12. m 47 — OIP 74.110 Distribuição, Venda Avulsa c Assinatu - noite extra em apto. singie Cr$ 8.130,00
ítraíia). I»a(ricLi dos ["asvas Claro (diaj^nuna- — Eime(»62j 223-5450 ras: Hélio Francisco da Silva
Propriedade tia Etiitura Novos Rumos l.tda.
Somente diárias de hotel ■ pagamento à vista
•íàa) MA — São Luís: Rua Nazaré. 329 — Centro
— CEP 65.00(1 — (098) 221-4)33 — R. Aurora. 978 — 4v — CEP 01209 —
Colaboradores: AbeUrdo Baitar da R(.K'lia. mg — Belo iloiizonte: R. Tomé de .5uuz.:i. São Paulo — Tel (Ull) 220-8577 (rcdaçOo) PSEÇOS ATWUS SUJEITOS A REAJUSTE CASO
Aiiii .Monten^^nj, Annibal Fernandes. CarkK 8)0/202 — B. Eunnonáho — CRI* 30 140 — — Telex 26584 — VOZ SP — Fax (011) HAJA DESCONOEtÀMENTO .
Jurandir. Cláudio dc Oliveira. Chico NeLson (031) 222-80.35. 223-1023
Lutamos pelo socialismo
com liberdade e democracia
-íft
1. O Brasilpode ter outro destino — mais democrático enriquecimento fabuloso de unspoucos e marginalizaram a
e progressista. Com nossas inquietações, esperanças e a grande maioria.
vontade curtida nas lutaspelas liberdades e contra as 4. Agora, diante da crise quejã ultrapassa uma década,
injustiças e privilégios, podemos construt um país rico e enfrentamos a tarefa de viabilizar mudanças de estrutura
desenvolvido,justo e pacífíco, republicano, pluralista e para democratizar a vida nacional e modernizar o país com
socialista, num mundo que queremos mais fraternale de maisjustiça social, integrando-o de forma soberana a um
paz. mundo cada vez mais interdependente, em que pesem as
2. Neste limiar do terceiro milênio, contrariando as elites desigualdades e injustiças que ainda preserva.
retrógradas e excludentes que lançaram o país na sua mais 5. A mesma geração que resistiu, lutou e venceu os
profunda crise, queremos afirmar a plenitude de nossa poderosos na longa batalha antiditatorial tem agora a missão
cidadania e de nossa cultura.
de construir um projeto nacionalnovo, democrático e
progressista, que possa abrira via de profundas
3.0grande desafío dos que defatodesejam a modernidade transformações políticas e sociais. Este pode ser o caminho
no Brasiléromper a lógica perversa da exclusão política pacífíco e pluralista para a construção no Brasil de uma
e dos ciclos de expansão da economia que possibilitaram o sociedade socialista com liberdade e democracia.
4.VO^
do atual governo equacionar os problemas da economia de lhadores.os partidas politicos, instituições e movimentos sociais
maneira favorável ao povo. Sua política recessiva, reduzindo representativos, o.s governos federal e estaduais e. sobretudo,
I a oferta de empregos e rebaixpdo o poder aquisitivo dos salá o Congresso Nacional. Tal compromisso continua sendc) neces-
rios, gerou mais miséria e marglnalização. A política governa .sário para domar a inflação e viabilizar uma saída duradoura
mental — fiscal, monetária e de rendas —,reduzindo a renda da crise, como.temos reiterado sucessivamente.
6. Há uma nova realidade poütícíi no país. Concluiu-se o ciclo nacional somente cornou ainda mais perversa a distribuição fun 16. Propomos a constituição de um bloco democrático e pro-
institucionai Iniciado com a vitória deTancredo Neves no colégio cional da renda, achacando a massa salarial, íscão seriamente
eleitoral etn 1984. com os ptxieres constimídos democratioi- comi^rometidas as possibilidades de efetiva capacitação tecnoló- gres.sísta — e .sua articulação com o,s movimentos sociais —
mente e regime de libertlades sem paralelo. Esse a\'iinço demo gia para a mt^dernizaç-áo do país. pai-d dar su.steniaçâo a um projeto democrático dü mudanças,
crático. cncrecaniü. exige a regulamentai^o de diversos díspi^i- viabilizando as grandes reformas de estrutura, centrado na am
tivas da nova Constituição, a reforma democrática do Estado 11. Não há modernidade sem mais democracia, crescimento
pliação da democracia e no exercício da cidadania. O novo
e.o efetivo exercício da cidadania para a consolidação e amplia econômico e justiça social. Is.so exige uma política de combate bloco político não nega a identidade nem o ímpeto dos partidos
ção da democracia à infiaçâo que possibilite a alteração do perfil da distribuição e grupo.s nele envolvidos, mas pretende valorizar e sustentar-se
de renda do País em fa\-or dos assalariados,das políticas públicas na convergência dessas forças. Deve expressar-se em cada situa
7. Persistem, ainda, os elementos do sistema de poder lierda- ção concreta — através de coalizões eleitorais, coalizões de
dos do antigo regime,cora seus vidos e deformações,a impreg e da economia nacional. Essa deve ser a orientação a ser dada governo, alianças parlamentares etc. — tendo como referências
nar as iastituições republicanas. O Executivo ieii\ia ent sufocar aò iraiamemo da dívida externa, das políticas de investimento, b:isica.s as suas tarefas. Será o fruto de processos historicamente
e submeter o Congre.sso .Nac/onai. utilizando o concurso inade industriai e cecnológica; das reformas tributária, agrária e do deierminado.s'e não poderá, nunca,amecijjar o futtiro sem reali-.
quado e abicsivo Medidas Provisórias. Os veiÍK,>s interes.ses Estado.
zar o presente.
que teceram o golpe militar de 1964,que engendraram o modelo 12. O novo governo da República, com seu projeto de inspi
econômico implantado pela ditadura e tentaram obstruir a cransi- ração neoliberal.recompõe sua base de s^tenuição apoiíuido-se 17._Para os comunistas, o bloco democrático e progressisfa
çã© à democracia, mantêm-se em cena politiai. protagonizando nos setores mais consei^-adores e reacionários da sociedade. exige alianças políticas e eleitorais flexíveis, uma ativa pre.sença,
um processo de restauraçõ de privilégios e preservação de injas- Ao reconstituir o velho sistema de poder das classes dominantes, nos movimentos sociais organizadcxs e correta relação com os
mecanismos institucionais democráticü.s. Uma democracia so
tiças. frustra as esperanças de mudança que ele próprio criou na cialmente avançada reclama não só a construção do bloco demo
8. O 'a\anço das liberdades políticas e da insritucionalizáçõ grande massa da população marginalizada e defronta-se com crático e progressista mas também, em seu interior, o protago-
da democracia também não encontrou correspondência na solu a dinâmica política e .social em curso na sociedade, contrária liismo de uma esquerda.moderná, capaz de articular as lutas
ção do graves problemas sócio-econòmicos que agravam as con ao atuai projeto governamental. democráticas da sociedade com os interesses do mundo do
dições de vida do povo e marginalizam a maioria do processo 13. É cada vez menor o espaço para soluções conservadoras trabalho e da cultura. /
produtivo. Permanece o quadro social iníquo e ofensivo aos impostas do alto; a sociedade rejeita os interesses inflacionários,
preceitos mínimos de dignidade. A recessão continua atingindo o cartorialismo, a carrelização, o monopolismo tecnologicamen- 18. Uma esquerda moderna e pluralista, comprometida com
duramente a economia, com desemprego em jnassa e arrocho te atrasado e, principalmente, a brutal concentração de riqueza. as liberdades e a democracia, terá condições de chegar ao poder.
nos salários. A violência, a insegurança e o de-scrédito chegaram O bloco democrático e progressista não poderá prescindir de
a patamares inaceitáveis. 14. As possibilidades de de-sbioqueio de um pacto político- seu papel. Ele não significa, entretanto, a unificação formal da
9.0 longo caminho percorrido para derrotar a ditadura militar social amplo, transparente e aberto não foram esgotadas. Se esquerda, mas sua ação política convergente e ampla. Is.so por
e prornover o desmantelamento dos seus institutos discricio- essa alternativa ainda esbarra na resistência das elites tradicionais que ele é maior que a esquerda, incluindo todas as forças políti
nárío.s náo levou à modificação do modeto eaínòmico exclu- — como sempre esbarrou —, cada vez mai.s corresponde às cas de claro perfil democrático, e também parque não recusa
deiue. Há re^mente um grande descompasso entre a inscitucic^ necessidades de um,desenvolvimento democrático,equilibrado, a experiência diferenciada e visa constituir um campo político
nalizaçáo da democracia e as reformas amplamente reclamadas capaz de arrancar a maioria do nQ.sso povo do atraso e da miséria, delimitada que se propõe à sociedade como aliança de poder
pela maioria esmagadora do povo. 15. Não se trata de um acordo de cúpulas, mas de um corapro: alternativa às forças conservadoras e reacionárias. .
10, Frustram-se as esperanças da sociedade n'a capacidade missü político democrático envolvendo os empresários,os traba
/
voz•A
II
19- No piano mundial rolaram um a um as símbolos da bipola-
ridade e do confronte». im|^)ndi>se uma politia de negociação,
colaboi'ação e união de estbrçíxs e de preservação dos legítimos
interesses de cada pane j3ani a solução dos mais graves proble
mas da iiuraanidade. .As tninsfonnaçóes ocorridas no mundo
Uie dão novas dimensões, que tTnvo^em a miilüpolaridade, a
aise do socialismo,as modificações do capitalismo, a revolução
técnjoo-cienrífica, alterações na composição e relacioniiraento
das-classes sixriais e novas sujeitos ailturai.s epoüiiços. A emer-
gêndíi de problemas gloi^aís, entre os quais as avscenies dife
renças enire o Norte e o SuL gerou uma crise de civilização.
.20. Nessa nova etapa, ganhant novo impulso a Intemacio-
nalizaçãt> e intensificado da produção,uma novidmsão interna
cional do trabalho, a universailzaçâó da Informação, o p.ipel
i.ada vGz DKús ativo e independente das mas.sas e da opinião
pública, a universalização do valor di demoaacia, o fim da
"guerra fria"e a emergência de uma nova oixlem política iniema-
çional Esse j^rc^cesso ampliou ubjetivamenie a interdependência
dç tiKbs os pviíses, tornou mais e\idente o caráter integrado
do mundo Cüntempor.ineo e determinou modificações no pro 9 a r
cesso de transição do capitalismo j)ara o socialismo e a demc.KTa-
••••
tização dos países do socialismo real •••• a
21. A no\n éptxa e o novo mundo que está surgindo deiermi-
i^mm novas forims de luta de classes, colocando a quesuão m 9 ® m 9 w
9 9 9 9 9
da guerra e da paz acima de todas xs demais. Com o fim da 9 ^
"guerra fria", praticamente afastou-se o perigo de um hoiocau.sto
nuclear. .Mas a con.so!tdaçào da paz A'ai depender de como se 9:«~e"8"9^9^k
9 9 9 99 ^
constituirá a nova ordem política internacional, das conseqüên J 9 9_e_99 999 k
cias da nova divisão internacional do trabalho e da construção / 9 9 L 999^
9_9 9 ^^9_9
I 99999^ A* A*
.999
de um si.stema de.segurança interaadonai que não esteja centra "• 9 9 99999999k 'a'a^ a"
9 9 9 9 r
do no potencial militar, mas numa rede de mútuas garantias 9,9 9 9 9 9 9 9 k 9 9 9 9 9 9
«999999^ ^9 9 9 9 9 9 9
baseada na política e no Direito Internacional. ^« 9 9 9 9 ^ .^9 9 9 9 9 9 9 9
22. A jmerra do Golfo Pérsico demonstrou que b processo « 9 9 9 9 199999999
^«99
de consolidação da paze construção de uma not-a ordem interna
cional nâ(j está livre de perturbações, Revelou que os círculos w.W.v/
mais belicistas das grandes potências imperlalistas, em circuns •w
tâncias que lhes .sejam ^ãvo^aveJS, ainda estão em condições
de frus,irar os esforços internacionais no sentido de encontrar
soluções pacíficas para os conSitos e nos impor a intervenção
militar. Entretanto, a vida está se encarregando de demon.scrar pluralismo dentro da esquerda, .sabendo-se de antemão que A chave está na política de radicalidade democrática, incorpo
mai.s uma vez que não e-víste solução militar para os conflitos devemos lutar para que a unidade seja sempre uma meta a rando a cidadania à modernidade, através do i5rocesso demor
regionais,em panicular do Oriente Médio. Os fatos demoastram ser perseguida. A diversidade no campo das forças progressistas, crático e de sua ampliação, tendo nos conflitos de classe e seus
também que não houve reversão da rauitipolaridade e que é seja no plano parlamentar, dos movimentos .sociais e das pró interesses os elementos necessários às conquistas historicamen
irre\'ersível o declínio da hegemonia none-americana no mun prios posicionamentos ideológicos, não é um obstáculo à busca te almejadas.
do.
de esferas de convergência.Asodedade precisa saber que dentro 28. A democracia é um valor de caráter universal e radical.
23. Na realidade, as iraasformaçóes mundiais impõem uma da esquerda existem projetos diferenciados e mesmo contra
nova aiimde diante dos problemas internacionais. Rompendo ditórios. O socialismo por este prisma é incompatível com qualquer
com a velha concepção de divisão do mundo em dois sistemas forma de opressão e supressão dos direitos fundamentais,indivi-
antagônicos, reconhecemas o mundo íntegro, interdependente, 26. Não podemos visualizar o socialismo como algosó pas.sível .duais e coletivos. O respeito à dignidade e autonomia dos povos
com um mercado mundial, coniraditoríamente estruturado e de construção quando em graves crises ou nos estertores do e nações é o núcleo de uma nova ordem internacional, onde
variado no sentido social, político e culmral.exigindo o respeito capitalismo. Queremos construí-lo desde logo, através da imple a política se paute por compromi.ssos éticos e morais. No novo
ao direito, à autodeterminação e liberdade de opção sócio-po- mentação de um projeto político reformador e capaz de plasmar socialismo não pode haver, em nenhuma hipótese, supres.sãG
lítica. As modificações nas relações internacionais e oencaminha —e projetar—o futuro socialista no presente. Uma via proces ou subestimação da democracia formal em nome da "demo
mento de uma nova ordem deverão repousar na coexistência sual de caráter revolucionário, centrada na democracia, o que cracia real". A democracia é um valor insubstituível,em qualquer
padfica e no equilíbrio de interesses. Recusamo.s a transposição requer: a socializaç-âo da política com a criação de mecanismos tipo de sociedade, para que as divergências de opiniões e credos
mecânica dos antagonismos de classe e da confrontação política de democracia de massas;a prevalência dos interesses públicos possam se manifestar e existir a possibilidade real de alternância
e ideológica para o-campo das relações internacionais. A missão sobre os privados; o controle social da produção de forma a. no poder.
do socialismo e dos que lutam por ele é garantir as interesses permitir a reapropriação da riqueza gerada, superando assim 29. A valorização da democracia, entretanto, não nega o fim
ciassisias, nacionais e humanos por meios democráticos e pací a clássica contradição entre o caráter social da produção e a dos conflitos na sociedade. A base objetiva que possibilita a
ficos. forma privada de apropriação do excedente; a co-gesiáo nas superação do capitalismo permanece existindo. O socialismo
24 Nesta nova realidade planetária fragilizaram-se a política empresas públicas e privadas; a ampliação da luta em defesa continua, assim, sendo uma possibilidade histórica que quere
e a ação tanto dos partidos comunistas como dos panidossocial- do meio ambiente, pela igualdade dos direitos entre homens mos e desejamos pela vontade dos homens e mulheres que
democraias. colocando-as na defensiva e propiciando o ascenso e mulheres e pelos direitos das minorias. \ivem dp seu trabalho. As contradições e os conflitos devem
de concepções pol/ricas conservadoras, dentre as quais desta ter como parâmetro a reafirmação da democracia e não a sua
ca-se o neoiiberalismo. Neste contexto de esgotamento das expe negação.
riências do chamado socialismo real e crise da política social^ie- 30. A supremacia da sociedade civil sobre o Estado é um
mocrata, coloca-se para as esquerdas o Objetivo de repeasar
sua trajetória e elaixjrar um novo projeto político íntemacio-
nalisia, capaz de ser uma alternativa tanto ao modelo de socia
III princípio a ser perseguido infetigaveimenie. De pouco ou nada
adianta chegar ao poder político jurídico, expres.so pelo Estado,
sem que tal acesso tenha como contra-partida, pari pasiu, a
lismo real que se exauriu como ao de weUfare-siste social-de- 27.0 movimento pelo novo socialismo não comporta a contra democratização e a organização do conjunto da sociedade. Á
mocrata Isso requer uma plataforma de valores universais como posição entre reforma e revolução, uma velha e inútil discussão sociedade plural e democrática tem precedência sobre o Estado,
a questão (h ps?., do meio ambiente, dos direitos humanos que sempre dilacerou a esquerda brasileira. Para nós, no Brasil,
e da ampliação dos direitos de cidadania
irrecorrivelmente. Neste aspeao, concebemos um partido tam
as reformas demtxráíicas,contrapondo-se às elites e oligarquias bém diferenciado,cujo papel obrigatoriamente terá de ser reava
25. A opção pelo novo socialismo implica na renúncia a qual tradicionais, tem um sentido revolucionário de duplo caráter; liado. Nessa visão, o partido, até mesmo por fazer pane dela,
quer modelo-guia. Todas as experiências rumo ao socialismo elas serão em si uma mudança de estrutura, rompendo a lógica não pode querer tutelar a sociedade civil.
têm seus pontos positivos e negativos, não cabendo a nenhuma da modernização conservadora;e por sua envergadura e caráter,
delas o papel exclusivo de modelo, por mais democráticas e colocarão na ordem do dia o socialismo com democracia e mos 31- Ao falar de uma no\^ sociedade, obrigatoriamente deve
bem sucedidas que venham a ser. A boa experiência será sempre liberdade. Por esta razão é possível no presente promover o idéia tratar
de um
de um novo Estado, Não mais compartilhamos a
Estado como um "comitê executivo da burguesia",
aquela que estiver de acordo com os preceitos do humanismo futuro deliberdade e justiça,gerando zonas de rupturas possíveis pura esimplesmente. O Estado no mundo moderno é perm^vel
e do socialismo como forma libertária Almejamos praticar o e ultrapassando os limites do velho reformismo evolucionista.
ó.VOZ
do poder político, estando a sua plena democratização intima humano livre, autônomo,criativo, consciente de si e dos outros,
à ação (ia socieclade civil t? pode ser submetido ao seu cxmtrole, mente ligatJa à adoção do parlamentarismo no Brasil. com mais recursos para ser feliz.
sendo passível da disputa no jogo democráticc)por forças sócio- 39. Contemporâneos do fervilhar de idéias, da polêmica e
politicas contraditórias. O "Estado ampliado", uma vez que a da riquezü inteieaual progre,ssista deste final de .século, de que
hegemonia burgue.sa é exerciíia na sociedade civil e legitima Marx foi um precursor em sua época, devemos advogar um
o seu controle sobre o aparelho de estado stríro sea':u, coloca
inúmeras e novus equações para quem pensa construir o socia
lismo por via democrática. Conviím reconhecer também que
IV ideário socialista compatível com o novo milênio que se avizinha.
Com este objetivo realizamos o mais abeno e democrático con
gresso de nosso partido e continuaremos os esforços para articu
a aLse da Europa do Leste sepultou o estatismo como via para lar, em ações comuns, em torno de questões concretas locais
o socialismo: fracassou o velho esquema de acumulação socia 35- A construção do novo socialismo exige um novo operador ou nacionais, rodos aqueles que .se disponham a participar da
lista através da poupança compulsória das massas e do planeja político,—a se expressar em um novo modelo e nova concepção construção do movimento para o novo socialismo,
mento centralizado burtxráticoauioritário. de panido profrindaniente democráticos —.respeitador das mi
norias, das convicções e credos individuais, pluralista, perma 40. Este esforço de aglutinação de uma nova formação política,
32. No Brasil, de acordo com a nassa concej)ção, impõe-sé nentemente capaz de renovar suas direçôe.s. As concepções de constituída pelas forças do novo socialismo — e que tem sua
a reforma democrática do Esrado para a consüli(Jação da demo ditadura do proletariado, do monopólio do poder pelo partido gêne.se na renovação radical do PCB —. para ser efetivo deve
cracia. Esta é a ciiave para a democratização da vida nacional único, da predominância dos quadros sobre a participação das ser vinculado ao cotidiano da .política, das grandes questões
e a realização das reformas de estrutura. Rechaçamos a idéia maasas, produtos de uma época determinada, tudo isso exau nacionais e internacionais,aos problemas locais e dos diferentes
que centra a reforma do Estado apenas na questão do seu tama riu-se. Há que buscar uma nova forma-partido, com uma nova movimentos, inclusive promovendo a organização de fóruns
nho. A nece.ssidade da reforma do Estado se apresenta quando teoria e uma nova cultura, extraída da rica iierança teórico- permanentes de discussão entre as forças interessadas. Nos movi
coasideramos os interesses das clas.ses exploradas e oprimitJas política do movimento .socialista e da nova realidade do mundo, mentos sociais, parlamentos e governos, nos bairros, empresas
da socieíJade, sempre excluídas de sua ação. O Estado centrali resgatando a melhor tradição do pensamento marxista, e outros locais de atividade, deve ter a iniciativa das lutas e
zador. exdudence, autoritário e prh^aiizaíjo, ao longo da nossa re!vindicaçõe.s populares, das esquerdas e demais correntes de
lústória. também subaliernizou os partidos poiítictxs, reprimiu36. Esse novo operador político deve .sensibilizar seus mili mocráticas e progressistas, inclusive tendo em conta sua panici-
tantes e amplos segmentos sociais para a mais ampla participação pação nas eleições municipais de 1992.
e atrelou as agências das classes subalternas — sindicatos, asso
ciações etc. — e privilegiou as suas relações com as classes política através de sua capacidade de contribuir para a construção 41. IS.S0 .significa articular a ação institucional e a intervenção
dominantes, imbricando suas agências privadas aos centros de de uma nova sociedade e novos indivíduos, Lm partido do nos movimentos .sociais de massas para unir as forças demo
decisão. mundo do trabalho e da cultura, em todas as suas relações cráticas e progressistas em torno de um projeto de saída dura
e articulações, amplitude e complexidade,que tenha como finali doura da crise, ultrapassando as divisões e barreiras existentes.
33. Não queremos um Estado clientelista voltado para os dade a valorização do trabalho e do tempo cie vida,.sua iibertaçrâo Aü mesmo tempo,exige que se trave a batalha pela consolidação
grupos canoriais que cosmmeiramenie dele se beneficiam.Tam e desalienaçrâo e, conseqüentemente, uma profunda alteração da democracia e contra os interesses dos setores con.ser\'adore.s
bém não queremos, no outro pólo, um Estado corporativista. nas relações de classe e de poder,superando no limite a separa e reacionários que já preparam a re\'Ogação de conquistas demo
preso a interesses pariicularisias. Não queremos, principalmen ção entre governantes e governados. cráticas recentes, através da revisão constitucional prevista para
te. um Estado ausente: ele tem, com .suas políticas públicas, 1993- A Constituição brasileira tem conteúdo progressista e não
uma função primordial no processo de desen\'olvimenro, Com 37. Um panido de homens e mulheres,com direitos e oponu- pode ser retalhada por interesses retrógrados. Ela é uma garantia
o processo de democratização, a nova Constiiuiçáo ampliou nicJade.s iguais na ação, na formulação e na direção. Um partido democrática legal para o equacionamento progressista dos gran-
a autonomia e independência das agências das classes subal aberto aos novus sujeito.s e movimentos sócio-poiíticos, intér des problemas nacionais.
ternas mas não apanou dos centros de decisão do Estado as prete das novas demandas do mundo do trabalho e da ailtura,
agências privadas das classes dominantes. A estrutura do Estado do movimento dos jovens e das mulheres, do ambientalismo, 42. Aaeditamos na perspectiNti desse projeto e propomos,
não foi democratizada. do pacifismo, do.s movimentos raciais, religiosos e reivindica- em nome do Partido Comunista Brasileiro, um encontro nacional
tivos urbanos. Queremos um partido que seja referência substan do qual participem comunistas e socialistas, marxistas ou não,
34. A reforma democrática do Estado, assim, deve ter como tiva para as transformações, profundamente vinculado à socie com partido ou sem partido,sem modelos e programas pré-esta-
centro a democratização da instância pública,de modo a assegu dade e seus movimentos políticos e sociais. belecidos. Esse confronto autêntico de opiniões, idéias e expe
rar o li\Te jogo democrático na definição das políticas públicas riências, com regras consensuais, tem o objetivo de erguer no
e no funcionamento administrativo estatal, valorizando o papel 38. Sensível aos interesses, disponibilidades e responsabili campo da esquerda moderna uma nora plataforma programáiica
dos partidos e das eleições, assegurando relações democráticas dades de seus militantes e ativistas,queremos um partido profún-' e uma nova formação política, socialista, humanista e demo
entre a sociedade e o Estado, gerando uma nova administração damente comprometido com a unidade de ação construída a crática capaz de inrenár em nosso país e construir uma alternatira
públiíra mai-s eficiente e estável. A reforma democrática do Esradf) partir da elaboração coletiva e o livre debate de idéi.as, muito real de poder.
deve ser enfrentada também nos seus aspeaos econômicos e mais que fundado em dispo.sítivüs rígidos, formais e hierár
financeiros, o que exige a sua desprivatização, estancando e quicos. Um partido humanista, de luta contra coda e qualquer São Paulo,5de maio de 1991
revenendo as transferências de renda do setor público para forma de opre.ssão, seja rias relações de trabalho ou nas relações
o setor privado. E deve ser compreendida como uma reforma femiliares e afetivo-sexuais. Um panido identificado com o ser A Direção Nadooal do PCB
jxíj, <vc I
I.vaií '.mu .IHi-UL-liKni tf. ' OUOn iiilfi ou ••nUiuruiqms. ulMl -'... itíV ■ J.l-íuJiUy
-J
voz.7
entram em crise. Muitos se vêem obrigados a trabalho, tem lesado à diminuição crescente rica A ordem política que regeu o mundo rias
alterar a estrutura, o programa e até o próprio
I nome. Mas também está criada uma nova .situa
ção que permite elaborar uma no\a teoria da
da classe operária industrial e. em conseqüên
cia. ao declínio de seus mü\imentos e à erosão
das bases tradicionais dos partidos comunistas
últimas quatro décadas sofreu alterações subs
tanciais. O fim da guerra fria e da política de
blocos antagônicos propicia a construção da
A crise do socialismo revolução e da traasiçãt) socialista surgem um e.sodal-demücrata.s, Es.se proces-so. em que não paz e da segurança, fonalece os princípios de
novo socialismo e no\'as formações de esquer se oferecem resptxsias faaí\'eis à nova realidade, não Intervenção e respeito aos direitos dos po
1.o ano de 1989 foi marcado por mudanças da. fragilizou a política e a ação desses panidos, vos de escolher livremente os seus caminhos,
surpreendentes no "mundo socialista" que le- 2.3 Fortalece a tendência à \ aIorizaçãü da de , Cül(xando-os na defensiva. Mais: propiciou o As soluções, políticas hegociadas dos conflitos
\'aram à derrocada regimes aurodenorainados mocracia e à criação de ncn-as formas de pnxlu- ascenso de concepções e projetos políticos con- abrem possibilidades concretas de sua desmili
de ■■.socialismo real". Essts países se obrigam çáo e gestão e, conseqüentemente, a superação .servadores. entre os quais se destaca o neolibe- tarização e de desarmamento.
aequacionar a questão demoCTáiíca e promover da viaautoritáriü-burocráticada transição .socia rallsmo (que \'em desenvolvendo uma ofensiva
o saneamento de sua.s economias, o que implica lista. Propicia uma mais efetiva .socialização da capitalista contra as a)nqui.stas sòcio-políticas 7.0 mundo sem os condicionantes da bipo-
a ruptura com o "modelo" que lhes deu origem. política e do poder e uma maior apropriação das classes subalternas}, laridade ganha uma nova dimensão. Apesar de
Mesmo a União Soviética pa.ssa por um mo do excedente produzido (economia de mer 5. Junto e interligado a e.s.se processo de continuar existindo conflitos bélicos regionais
mento difícil e inceno, cado regulado e democratizado, autogestão, transformações do capitalismo, há um processo e locais, há grande tendência de os riscos de
2.0 colapso do "socialismo real", que expôs cx)operaiiva.s). Mas em alguns países traz o risco de declínio da hegemonia econômica dos EUA. um confronto nuclear e do holocausto torna
ao mundo seus caraaeres negativos—ausência de desmonte da economia de propriedade .so Surgem potências econômicas de grande de- rem-se cada vez menores e pretéritos. Contudo,
de democracia, liberdade, pluralismo político cial, colocando em xeque conquistas igualitá senvolvimeniQ tecnológico (Japão e Alemanha a interdependência e o mundo íntegro, aliados
e pluripanidarismo. subalternização da socie rias, e o re.ssurgimencü de ideologias conserva por exemplo); globalizam-.se os setores finan à nova época e o novo mundo que estão surgin
dade civil, limitação extrema da cidadania, pla- doras da Europa anterior à H Guerra (naciona ceiro, produtivo e tecnológico; configura-se um do, determinam novas formas de luta de classes
nificaçâo ultracentralizada da economia, dege- lismo, racismo, etc.J. processo de formação de megablocos econômi- no âmbito internacional. Isto exige uma outra
nerescência burocrática, métodos de gestão au co-comerciais — Europa 1993. EüA/Canadá, combinação dos interesses de classe e univer
toritários e coercitivos e degradação teórico- Asiático —, evidenciando um processo de mui-, sais no plano global. A questão da paz tornou-se
o problema número um que a política deve
política —, tem implicações extremamente im
portantes e resultantes coasiderá\'eiS;
2.1 Abre uma aise ideológica sem preceden
II tipolarização econômica; verifica-se ainda a ten
dência de desvinculação entre as economias resolver. As ameaças à sobrevivência da huma-
exportadoras de matérias-primas e as econo , nidade — contidas não apenas no aspeao béli
tes, com desdobramentos ainda difíceis de se mias altamente desenvolvidas, além dó agrava co—têm, hoje, mais peso que objetivos ideoló
visualizar; comunismo passou a ser sinônimo Reestruturação capitalista mento dos desequilíbrios entre o Nonè,^e o gicos.
de autorífari.smo e opressão, ineficiência e atra 3. Nos últimos anos, o capitalismo vem pa.s- Sul do mundo. 8. O fim da bipolaridade vem sendo fator
so, revelando para a esquerda como um todo, sando por profundas transformações, Impulsio impulsionador da paz, mas insuficiente. A
sobretudo para os PCs, uma situação dramática, nadas pela revolução técnico-científica — a in construção da paz e a sua consolidação vão
com problema.s e elementos capazes de abalar formática, a automação, a biotecnologia, a quí
os ideais socialistas e legitimar, por um tempo mica fina —, ela.s têm provocado alterações
mais ou menos longo,-o capitalismo. grandes e rápidas na organização e na estrutura
III ^,depende^ de como se constituirá a nova ordem
internacional. A possibilidade de paz implica
um sistema econômico internacional mais justo,
2.2 Põe fim ao antigo movimento comunista produtiva e na compt)siçào da classe operária Nova ordem internacional distinto do atual, e a construção de um sistema
internacional e enterra seus velhos dogmas, mi e de todo o mundo do trabalho, de sègurança internacional que não estará cen
tos e a velha cultura política terceiro-interna- 4. A revo!uçâo'dos .si,siemas produtivos, em 6. As mudanças que ocorrem no âmbito in trado no potencial militar mas, sim, na associa
cíonalisia Os partidos comunistas e congêneres bora amplie outros contingentes do mundo do ternacional Inauguram uma nova etapa histò- ção e cooperação de países diverst)s numa rede
de mútuas garantias,medidas de confiança,con
trole; eficazes, diálogo.
9. Porém, ampliam-se as forças políticas e
sociais que buscam:dirigir, racional e democra
ticamente, as inov^ações lécnico-dentíficas para PLFBE
a resolução dos grandes problemas da humani
dade; regular democraticamente a internacio
cfliuumsTfl
nalização da economia no sentido da superação
das desigualdades e infustiças, para resolver
também os problemas do Sul do mundo; criar
uma nova ordem,com regras e procedimentos
democráticos e univers;ümente aceitos etc.
10.Com um mundo cada vez mais multipolar
e íntegro, a nora época histórica abre-se com
^gumas contradições fundamentais; por um la UM tnto
O
sa da natureza e o equilíbrio ecológico, por A fiv r.'
ra democrática fortemente enraizada na socie ternas, combinando, a um só tempo, a realiza a)n.stituem hoje as raízes daquilo que poderá
ção do.s grandes ideais de liberdade, igualdade
dade. E nem haverá cultura democrática sem
demiKracia poliiica.
21. A democracia no mundo contemporâneo
VI sócia! e riqueza material.
se a)astituir numa democracia participativa de
massas. A construção da democracia altera o
sentido do moderno na cultura e na política
aiastitui-se num \íik)r unn ersal ao forjar o pro 30. A nossa idéia de modernidade se a.s.socia brasileira e assume, assim, uma acepção revolu
cesso através do qual as siKiedades modernas Modernidade e cidadania à conquista de uma sociedade democrática, cionária.
conquistam a passibilidade de pass;ir a assumir mais justa, mais livTe, mais solidária. Uma socie
a responsabilidade pela própria ordem. Ela po 26. o Bnisil de hoje é resultado de um pro dade que se apóie em uma opinião públia 34.Quemior reconhecido — social, política
de e de\e abraçar todos as esferas do poder cesso de modemizjçào autoritária, excludente informada e influente. e institucionalméhté — como o portador da
que nurmaiiztim as reiai^ws sociais. Não existe e elitista. Com grande impacto, em cinco déca idéia da plena realização da modernidade se
esfera que por princípio possa ser excluída das das tornou-.se. entre os países do Terceiro Mun '31. Uma .sociedade que, superando o risco liabiiiiará a exercer um;i ação iiegemônica so
regras democniticas: como proce.sso, é in.sepa- do, uma economia capitalista de porte médio, real da coustrução de uma ordem segregativa bre as demais forças sociais ou amplas parcelas
rávei do conflito. Fundada numa pluralidade sem que ,se tenham fundido democracia, liber íjiseada no preconceito racial e na incomunica- delas. A democratização integral da sociedade
de razões, onde é central o direito mínimo de dade. Igualdade .svxriaj e riqueza maierial. Sem bilidade cultural,permita a relação aberta e soli brasileira, ampliando e generalizando a panici-
cada um poder in/Iuir na decisão dos amplos ruptura com o pas.sado e aíjii o arauco.fomos dária entre raças,etnius e culturas diversas. Uma p.içãü política, panicLilarmente a das claases .su
processos sociais, a democracia tem no conflito condenados a viver um duplo tempo; o de on sociedade que permiiti a expressão e expansão balternas — mesmo com a ampliação da auto
e na convivência, no consenso e no dissenso. tem e o de hoje — a.s modernas indú.strias do da subjetividade feminina e supere a divisão nomia dos movimentos sociais —,se constitui
conceitos que não pt)dem ser autônomos — ABC p:tuli.sia com a CLT(Consolidação das Leis sexual do trabalho e o atual enfrentamento da numa política cuja dinâmica não se pode reali
são interligados. , do Trabalho) de 1943; o procfôso eleitoqil da mulher com a usirutura .social, política e econô zar plenamente .sem a existência de uma nova
22. Como construção iiistórica, a democracia democracia representativa com o CQfoneli.smo; mica de uma realidade ainda baseada na relação esquerda radialmente democrátiai.
só pode permanecer e prosseguir no caso de a sobre-representação dos estados atnisadosem de poder entre os sexos que continua a apre
a sociedade contemporânea ultrapassar o libe relação aos adiantados e em aposição à densi- sentar desvantagens à mulher. Resulta disso a
ralismo(que sempre portou uma \'isáo elitista, modernidade deve ser associada à conquista
exdudente e estática da democracia e riegou da plena cidadania por pane das classes subal
a visão aberm à imegração social e política e,
necessidade de coustruir uma sociedade huma
na que .supere a sociedade masculina, o que vn
sobretudo, à promot^o da \'ida política) e o
"socialismo real"(que concebeu sempre como O esgotamento do modelo econômico
lrrele\^ite ou pouco relevante a exparísão da
subjetividade política como fator de emanci 35- A nova institucionalldade do Pais não foi
pação .social). .seguida pela mudança do modelo econômico
23. Ni) caso bra.sileiro. é preciso conceber e.xcludente e concentrador de renda — o pro
a democracia em termos novos e iastaurá-la jeto de reformas de estrutura ]xurocinado pelas
de maneira segura em nossa cultura política. forças democráticas acabou por ser bloc]ueado.
É preciso, pois. valorizá-la, como conqui.sta ain Há um grande descompasso entre a institucio
da bastante recente e frágil. nalização da democracia e as reformas ampla
mente reclamadas pela esmagadora maioria do
24. A democracia como via do socialismo povo brasileiro.
requer um forte poder democrático. Cokxra- 36.0 Brasil do.s anos noventa se depara com
mos o problema do poder — em t(xlas as suas ü esgotamento de um modelo de desenvolvi
in.sáncia.s, públicas e privadas — como pro mento dependenie-asscKiadü. concentrador de
cesso de democratização integral da política e renda e capital, calcado na substituição das im-
da sociedade civil. A questão, assim, é funda porfuçoes e modernização agrímia rom intí-*-
mentar novas regras, novos direitos sociais e gntção do latIfVindio. com forte presença e.statal
novr).s poderes e instimiçóes democráticos. E-s.sa no .setor produtivo,com restritas transferências
vi^o de democracia confere uma nova concep de lecnolügia e formas-de indu.stnalização capa
ção de socialismo: ele não é um si.stenia abstra zes de absoiver efetivamente o progresso téc
to. preiigurado, pronto e acabado. É, ao contrá nico.
rio, processo em contínuo des_envolvimento
que. visando a uma .sociedade mais ju.sta. deve 37. Um Brasil cjue apresenta características
.se basear numa.análi.se da realidade env cons das chamadas ".sociedades massa"e eiemen»
tante mutação. Pen,samos o S(jciali.smo pela via' tos arcaicos e atrasados — aspectos de "duali
pRjcessuai e centrado na democracia. Projeta dade"; uma estrutura mais integrada, tanto na
mos a transição socialista calaida na sociaiiza- cidade como no campo,correspondente à panç
çáü da política e dt) poder: na deniocratizaçâo mais internacionalizada do sistema produtivo;
e püblicizaçào do Estado, uicrapas-sando o fosso um universo de pobreza e marginalidade na
que ü separa da sociedade civil; na democra periferia das cidades e .setores do campo consti
tização das relações sociais-, no pluralismo polí tuindo a maioria das cla.sses sub;ilterna.s.
tico e no pluripartidari.smo; no respeito aos di- 38.A dicotomia ".sociedade moderna" X "so
reittjs humancjs; nas liberdades fundamentais; ciedade atrasada", no contexto atual,vem sendo
ncj Estado de direito democrático; na igualdade utilizada pelos setores conservadores quando
e f?a lilx;rdade. Por esse prisma, o novo socia defendem suas propostas de inspiração neoli-
lismo é incompatível com qualquer forma de beral. de modo aobscurecer contradições colo
opre.ssâo e supressão dos direitos fundamen dade política e social das regiões metropoii' implica em que ossexos assumam a sua parciali cadas para a sociedade brasileira. Mascaram
tais. individuais e coletivos e deve garantir a tanas- dade, renunciem a falar em nome do gênero conflitos no interior das próprias clisses domi
po.s.sibilidade reai-de alternância de poder. 27. O Estado brasileiro .sempre operou no humano e estabeleçam convivências de rela nantes e antagoni.smo de interesses entre o capi
sentido de acomtxlar os interesses das oligar ções em pé de igualdade e não de dominio. tal e o trabalho, '
25. Não fazemò.s pane daquele-s que afirmam quias representativas do.s .setores tradicionais 32. Uma sociedade em que os jovens tenham 39. Esse processo atuou stjbre os níveis de
que o "capiialisrao venceu". A alienação, as in e atrasados Tia economia que lhe .serviam de chance-s e possibilidades reais de pleno desen pobreza e sobre a distribuição de renda no
justiças sociais, a fome,as enfermidades,o sul> base política — daí 0 caráter coaservàdor da volvimento de acordo com sua subjetividade; país, ampliando a renda em termos absolutos
desenvolvimento,a marginaiização social, a ma modernização. Mas a modernização criou uma em que a marginalidade social não seja a condi mas transferindo-a para os estratos mais altos.
nipulação cultural, a violência, a opressão .se nova configuração da sociedade hra.sileira, num ção única e inexorável de sobrevivência para Excludente e concentrador, esse processo le
xual, o racismo, a degradação do meio ambien processo de diferenciação afetado por pode parcela significativa deles. Uma sociedade em vou ao agravamento dos deseciuilíbrios da últi
te, a guerra^.sâo problemas que reclamam re.v rosas alterações demográficas, ocupacionais e que os idosos não sejam tratados como "peso ma década, com o esgotamento do padrão de
postas urgentes, aqui e agora. Pensar o socia na estrutura de classes sociais. morto", garantidas a seguridade social digna acumulação e investiraery:o do próprio modelo,
lismo coinc)processo significa construir no pre 28. Há, no entanto, uma clara divergência e as possibilidades efetivas de viverem em so cri,se no setor público, conflito disiributivo da
sente uma práws capaz de realizar,aqui e agora, sobre o entendimento do que seja a moder ciedade sentindo-se úteis e felizes, renda e inflação.
formas de liberação das seqüelas de opressão, nidade. O moderno há muito tempo tem sido 33.0 moderno na sociedade contemporânea 40.A modernização de toda a base produtiva,
injustiças, desigualdades, alienação e domínios, objeto de disputa entre classes e elites. Hoje, é a expressão livre dos conflitos.sociais; a legiti inclusive dos setores tradicionais e atrasados,
próprias das relações scKiais capitalistas — em os empresários afirmam que o moderno impli mação dos interesses coletivos das clas.ses .su passou a ser uma exigência para o crescimento
síntese: anular e superar no presente a reali ca a privatização do mundo,entendendo-se por balternas através dtis diversas organizações so em base.s democráticas,com o objetivo de obter
dade que oprime as mulheres e os homens, isso não só â diminuição do Estado mas .sobre ciais e políticas. O moderno ct)mo construção ganhos de produtividade e acompanhar pa
implica alcarmo-nos na luta para edificar no tudo asua retirada como agência de intervenção da democracia cem na classe operária, nos de drões internacionais de preços e qualidade para
vos modelos éiico-culturais de desenvolvimen sobre o econômico e o stxial. mais movimentos da.s classes subakerníis e na a própria produção nacional.
to sócit>econômico, orientados no alcance de •- 29. Para quebrar u monopólio das classes inteleaualldade — na articulação do mundo 41. A modernização integrada à economia
reformas radicais na economia e na política, do trabalho e da cultura —, o .seu principal
dirigentes,enf qualquer de suas versões,é deci mundial, no.s marcos da emergente revolução
nos marcos ainda do capitalismo,desenvolven siva a liita pela apreensão do moderno pelo suporte. Da ação desseç protagonistas derivará técnico-científica, não dependerá do efeito
do ao máximo seus elementos de socialismo. mundo do traballvo e da cultura. Para nós, a a valorização das instituições democráticas,que "multiplicador" de um ou dois setores da eco-
10•voz
nomia (aimo a indústria autornubilistica e a da proposta j>elas forças cünser\'adoras. Como participação na rendtt nacional de -^6.6% para do. reverter seu^senlido: do lado externo para
construção ci\in. Exij^e talo um complexo pro- vem insistindo PCB: ium projeto demticrático 53,2%. Aquela metade da população que gánlia
do o PCB; o*lado interno (com a diminuição da renda
dutnx), a^m demanda interseioria! fortemente de mudanças não poderá afirmar-se à margem até dois .salários mínimos — 33 milhões de liquida enviada ao exterior), do setor privado
reaiimentada. para a retomada do crescimento, do prtKesso político em curso no país e da irabalhatlore-s — aKsorve apenas 10,4% da ren para o .setor público (com o aumento gradual
o que implica no\w processos de prcxlução, negociação com o propnu governo.
da naciün4' Os 10% mais jwbres da população da carga tributária líquida) e dos lucros e juros
maciço emprego Je tecnologia. nHxIernização O bloqueio de um pacto ptíü tico-socíal — 6.6 milhõe,s — lançados na marginalidade para os saláriíís (com a recuperação sistemática
da infra-estniuira e de sistemas de àtmercia- democrático vem impedindo o encontrcr de so total, onsomem apenasO.6% da renda, enquan do salário-niinimo e do salário médio).
llKiçâo articulados em cadeias produtivas. Im- luções para os graves problemas nacionais, to aquele 1% mais ria), os 660 mil que contro 48.3 O controle da inflação, sem a utopia
õem-se.assim,a implantação de setores tecno-
wem-se. agrava a crise econômico-social-, deteriora as lam a economia do pais, re.senam para .si 17,3% de torná-la igual a zero. A causa básica díi nossa
líricos de pmtá. a inonÇão e capacitação tec- relações políticas, coloca em risco a govenia- da renda nacional (PNDA. 1989). inflação reside nas altas taxas de lucro.s (que
noliigicas do parque produtivo çsobretudo da bilidade e peipeiiia o descontrole inflacionário. 47. Diante deste quadro, pode-se afirmar: o se expres.sam através dos preços). Nt.) combate
Indústria de beas de capiiall e a expansão e O prixresso reformador indi.spensá\x^l à cons que o Brasil mais necessita é de um "choque" à inflação, o setor público e os .salários não
modernização das indústrias produtoras de trução de uma saída duradoura para a crise de democracia, dc justiça .social, de de.senvol- poderão .ser eleitas pei"üedore.s, como tem sido
bens de oi^umu, Tudo isso deterrainani novas st.imeme será possível por uma via paaiiada. vimento econômico e de mtxiernidade. Nã(j de tradição nas políticas econômicas do.s gover
e importantes alterações na composição do 45.0 Estado de direito democrático eo eqtii- há saída duradoura para a crise brasileira, com nos. Em conseqüência, surgem duas grande,s
munüu do trabalho, principalmente no awal librio de loi\-as resultantes de suce.s-sivos pro a modernização do pais e sua Integração com linhas estratégicas: controle de preços (não se
■perfil do {,?r\:>{eraría«.ío íãbril. cessos eleitorai.s. mas soráviutlo a /irópria en petitiva à economia munclitil. ,sem um de.senvol- trata de congelamento) legitimado por uma via
vergadura da crise e as tlemanda.s politia.s e vintentü demíjcrárlco, Isso exige uma política paauada, que tenha como parâmetro uma taxa
.stKiais decorrentes, rentnani sempre as po.s,si- de combate à inflaçàv^ c]iie possibilite a alteração de lucro.s também pactuada, especialmente na
CONGRESSO — -
sumt)s e de mãcKÍe-übra iwr unidade de pro 58. No.^ limites da atual ConsfituiçiU), umá
duto final L^ru implia abandonar definiüv^- reforma agrária terá que, nece.ssíiriameme, iso
menie a via de aescimemo exienMW c (iptar lar os .setores mais atrasados do lacifiindio, me
ipela via do o-cscimento íniensivo. assumindo diante a de.saprüpriação por intere.sse .social,
em toda sua iniegridade a tecnoiojíla de capitai com pagamento de indenizações em títulos da
inteasivo. resguai-d;uido os iiuere.sses sociais. dívida agrária, dos grande.s imóveis rurais não
48.6)InKasdiciíào dodesenvohimeiuo téc- produihos ou que nát) cumpram .sua função
nico-cíeniificü balizado na êiilãse na ino\"atj"ãü social, é o tLSsemamento dos trabalhadores ru
e não síi na capackac^cí tecnológica. Propug- rais em terras economicamente úteis localiza
namos pelo que iw de ponta no mundo de das nas suas próprias regiões de origem, A re
hoje, como a mícR^eletrônica, a informática, a forma agrária terá que apoiar-se também, com-
robótica,a química fina.a niednicade precisão, plementarmeme. na tributação direta, progres
^biotecnologia e os novos maieriais. siva e seleti\-a das grandes prüi^jriedades- Para
uma modernização agrícola democrática é ne
cessário um programa agrícola, t|ue, além da
de nassa hisrória Cüielou os demais poderes radicados no interior da empresa. A empresa o efeito estufo, sobre o buraco de ozônio etc.).
republicanos, subalteroizou os partidos políti> é uma organização scxiial em que agem diversos Isso é fundamental para se abrir a passagem
COS e pri\ilegic)u as relações com as classes .sujeitos com direitos conflituoso.s e interes.ses de uma fase de modernização balizada no ime-
dominantes; atrelou e reprimiu as agências das que devem ser aniplamente reconhecidos. Tra diatismo, conx)raiivismo, desprovida da \'isão
classes subalternas (sindicatos de trabalhado ta-se. assim,de reconhecer esse elemento cons do valor-ambiente, para a fase de uma moder
res. associações,entidades estudantis etc)e es titutivo e garantir aas diversas sujeitos possibi nização do equilíbrio e da preservação eco
timulou o fonalecimentü das t^èndas primadas lidades de.se expres.sar e de influenciar na reali lógica.
das clas.se.s dominantes, entranhando-as nos dade da empre.sa. Para isso, a empresa deve 76. Nessa perspectiva, coasideramos funda
centras de decisão do Estado. ser eficiente e corresponder às exigências da mental e urgente a constituição de uma política
62. Com o processo de democratização, a sociedade. de reestruturação ecológica para grandes seto
nova Constituição ampliou a autonoinia e inde 69. Essa nossa colocação pane da necessi res: indústria, agricultura, infra-estrutura, terri
pendência das agências das clas,ses subalternas dade de se estabelecer uma relação democrá tório, energia e água.
mas não apartou dos centros de decisão do tica entre o público e o privado,entre economia
Btado as agências das classes dominantes. A e política, pois as decisões da empresa têm con
estrutura de Estado não foi democratizada Nas
condições do "Estado ampliado"(sociedade ci
vil + sociedade política ),.somente o livre jogo
seqüências na economia, na política, no Estado
e na sociedade. È fato notório que a empresa
amplia cada vez mal.s sua imeivençào direta
Xffl
-democrático na definição das políticas pública.s no.s terrenos decisivos de interesse {Dúblico, nos
e no funcionamento administrativo estatal rj]<j- mecanismos de regulação dos direitos e pode Mundo do trabalho e cidadania
rizará o papel dos partidos políticos e da.s elei res e até nos modos de pensar, na informação,
ções. assegurando relações demücrática.s entre na publicidade, nas bens e instituições cultu 77. Uma condição para que a esquerda se
u seriedade e o Estado. rais. credencie ao exercício da hegemonia está na
63. A reforma democntrica do Estado, assim, 70. Decisiv-a para os trabalhadores é, portan sua capacidade de emancipar a classe operária
deve ter como centro a democratização da ins to, a questão da democracia e cidaflania na em- de uma pauta estritamente econômico-corj^o-
tância pública, de modo que o conjunto da? j3re.sa,em que se viabilize regras e instrumentos rativa — pauta que a conforma a simples per.so-
agências da sociedade civil, apartadas da esini- pelos quais os trabalhadores passam gerir de nagem do mundo do craballio, iim^dindo-a de
tiira estatal. po.ssa influir autonomamente no romia nova e demtKrática a riqueza produzida,influir na formação ecün6micí5^cial. Outra
processo de reorganização da scxriedade brasi determinar sua participação no controle e na condição ê que o movimento da classe operária
leira. O caníierpolítico de tal reforma se expre^.- direção do processo de produção bem como não implique perda ou esvaziamento da .sua
sa.assim, pelos órgãos de controle da ação esta nos resultados econômicos, capaz.es de promo identidade, reduzindo-a ao "popular".
tal, sem os quai.s não há ordem poÜtict demo- ver a.reapropriação da riqueza social. 78.0 movimento pela satisfação dos inte-
cnicica possível. 71. Porém, í.sso não implica somente direitos re.sses corporativos,assim, não é tudo.Se a com
64. Nos opomas à identificação do público de panicipação e decisão, mas também deveres, • binação entre democracia e reformas consiste
com o estatal. É preciso reconhecer um espaço e estará condicionado aos lintites estabelecidos na \'ia moderna de transição ao novo socialismo,
de gestão pública não neces.sariamente estatal pelos controles e.xternos-da democracia política sua possibilidade depende de um projeto que
e uma gestão privada com âmbito público de e pelo mercado, isto é, não pode ser realizado \lse a constituição de uma vontade geral que
participação, O que se pretende com isso é exclusivamente a partir de benefícios corpora transcenda os interesses poniculares de corpo
uma relação diversa entre Estado democrati tivos em detrimento dos interesses de toda a rações e manifeste uma política alternativa que
zado e mercado democratizado, entre política .sociedade. ' ' nasça dos modernos sujeitos das classes .subal
e economia,em que as forças poííiiais e stKíai.s 72.Trata-se n.ão de um projeto prefigurado. ternas.
não sejam .subordinada.s a uma economia .sem mas um projeto ,para o tempo presente. A pró 79. Uma nova política reclama também o
regras. E íssc; não será |X).s,sívei se es.sa que^^tão pria Cana Constitucional de 1988 admite a parti- rompimento com a velha concepção de revolu
ibr enfrentada somente com o arsenal reivindi- cipaí^o dos trabalhadores tanto na gestão da ção. entendida esta como o momento da "luta
atorio, mas através de mais liberdade, novos empresa ciuanto nos resultados, mas i.sso ainda final", de"ação violenta", momento"explosivo"
(lireaas e no rerrenn âe novos poderes denn7- não .se nimpre Tal /âro indíra que a Cnn.srí- e de ação da "vangiiarria da rla.sse operária"
cráticos. niição por si só não basta,se ela não for susten ou seu "Estado-maior" dirigida ao "assalto ao
65. A reforma democráiia do Estado deve tada por uma contínua mobilização democrá poder" pela força e que "implanta o sociali,s-
ser também enfrentada em seu.s aspectos eco tica e pela coastrução de nova.s estruturas de mo", no qual o poder se institui como "ditadura
nômicos e financeiros, onde é essencial a sua poder radicadas na sociedade,capazes de exer do proletariado". Concepção que impossibilita
de.sprivatização. O cjue implica estancar e rever cer um controle extensivo e intensivo sobre a compreensão dtts estruturas e dinâmicas do
ter de forma duradoura is transferências de o público e o privado. poder de Estado e o entendimento e atuação
renda do setor público para o setor privado. 73.São esses os temas e componentes de no contexto brasileiro de "Estado ampliado"
A despnvatizaçãü é função da democratização um moderno projeto democrático de libertar (que não significa gigantismo estatal,mas sim
do Estado, e não o contrário. Sem a despriva- o trabalho do sofrimento, da angústia e da alie a noção de que o aumento da complexidade
tizaçãü do Estado, com a qual se recupere a nação, bem como fie romper a "cultura econô da sociedade civil, como conjunto dos apare
sua capacidade de investimentos,torna-se difícil mica" do tra})alhador que vê o trabalho tão lhos privados de hegemonia,ampliou o Estado
a materialização de uma nova política social. somente como un\ meio de sobrevivência e para além das agências públicas de direção e
não como uma fonte de autodesenvolvimento coerção). isso significa que a luta de cla.sses
e de auto-realizaçãü. se dá também no interior do "Estado ampliado",
74. Na perspectiva da conquista de uma ecò- onde ocorre agora a disputa pela hegemonia
XII nomia democrática, não se pode desconiiecer
que o desenvolvimento econômico brasileiro
política e cultural,
80. A esquerda não poderá desconhecer o
se processou ignorando seu impaao sobre o fenômeno da coricentração de poder no campo
Por uma economia democrática meio ambiente. Nesse curso, acumularam-se da informação e de sua extraordinária influên
fortes fatores de desequilíbrio que conduziram cia sobre o Estado, a sociedade, a economia IV CONGRESSO
66.O bloqueio ao surgimento de uma eco ü espaço ambientai a vários colapsos ecológi , e a política. O desafio colocado ao sistema de
nomia democrática está centrado no poder dos cos. As classes dirigentes impuseram a moder mocrático, no que tange à comuniação de mas
grandes grupos do capital industriai e finan nidade inconciusa iaspirando-se numa visão sa e. sobretudo, a informação televisiva, é pôr OIV Congresso do PCB.
ceiro que exercera o controle sobre o mercado mufiiadora do valor-ambiente, condicionada em discussão a substância do direito de infor
convocado para maio de
e influenciam fortemente o comportamento do por uma política estreita que unificou setores mar e do direito dos cidadãos de serem infor
1947, não chegou ao final,
conjunto da economia. econômicos sujeitados aos Interesses especu mados em condições de real pluralismo. pois em pleno processo de
realização das conferências
67.0 poder na empresa deve ser po.sto em lativos. corporativos, voltados para a maxirhl- 81. A justa compreensão da economia infor estaduais o Partido é jogado
discussão pelo mundo do trabalho e(k culoira, zação do lucro imediato através do consumo mal, que é também uma resposta emergencial na clandestinidade. Eie só
no momento em que se afirmem a democracia rápido de reairsos naturais e do território, das classes subalternas às duras condições do viria a acontecer em
e a cidadania. Para ir além dos portões da em 75. Coloca-se, para abrir a fase de um novo mercado de trabalho antidemocrático, não po- novembro de 1954, em São
presa,um novo projeto democrático da esquer modelo de desenvolvimento que tenha em con .de ser excluída de uma política econômica de- Paulo, 25 anos depois do
da brasileira deve contemplar o controle sobre ta o valor-amÍ5iente, a necessidade de apresen mocráiia,.sobretudose levarmos em conta que último congresso.-não
o poder econômico mediante a extensão das tar a proposta de uma reestruturação ecológica esse "setor"da economia,articulado às relações obstante nesse intervalo o
regr^ democráticas à produção. da economia. Isso exige,, em primeiro lugar, formais, responde também pelos baixos níveis PCB ter realizado trés
68.A esiaiização de toda a economia reve a defesa dos preceitos iascritos na Cana de 88. de renda da população. Conferências Nacionais: a
lou-se histoficameme um fracasso. Por outro Mas exige também a definição do conceito de 82.0 mundo do trabalho e o da cultura po- ■ primeira em 1934,a segunda
lado, uma economia regida apenas pelo mer aime ambiental. Afirmamos, ainda, que é pre derão afirmar-se como forças aptas a dirigir o em 1943 (Mantiqueira) e a
cado revela seus limites para a construção de ciso lutar por uma gestão democrática do meio País não só pelo .seu programa ou pela sua terceira em 1946,
um sociedade mais justa. ambiente que se a})óie na valorização da partici capacidade de dotá-la de sustentação política
Trata-se de afirmar o controle social através pação do.s cidadãos, no encaminhamento dos e social entre as classes.subalternas, ou ainda Preparado e organizado-
da constituição de novos poderes democráüco'? acordos internacionais (como exemplo, sobre pela sua capacidade de lutar pela sua realização,
voz•13
mas fundamentalmente pela sua capacidade de 88.0 projeto neoliberal funda-se na despoli- um bloco que potencialize as diversas quali
exercer sua hegemonia política e cultural na tizaçâo das classes subalternas. É a negação da dades das esquerdas e dos democratas, dimi
sociedade dvtí niesrao antes de serem forças ação modernizatdora democrática e pública pa nuindo as suas limitações no jogo democrático.
hegemônicas no Estado democrático. ra a socialização da política e do poder. E o 96.O bloco democrático e progressista é
projeto da despolitização da sociedade, de ne mais amplo do que a esquerda. Primeiro, por-
gação das ideologias e dos partidos,da subalter- □ue esse bloco deve incluir as forças políticas
VOZ • 15
bílidade ptílítica A,s fwssibiiidades e potencia dência. Um partido influente nas in.stituiçõe.s
lidades aproveitadas e absonidas — terminada (da sociedade civil e da sociedade política), mas
a Ciunpanha,o Panido voltou ao estado de para cujo relacionamento nãu .seja instrumental e
lisia ou mesmo de leuti.^ia política. nem de íòrnia a comp.artimentá-las, ,
115.0 que levou o PCB à situa(,io atual"'' • 130. Um partido nacional e iniernacianali.sta,
-116. A causa principal consistiu em que a capciz de inieitir na rasolução dos grandes pro
Direçio Nacional e os demais dirigentes do Pítr- blemas da .sociedade brasileira com democracia
tldo não construíram jXTceber e compreender e justiça, mas também colaborar para o equacio-
a tempo e era plena medida a necessidade de naiTiento das questões imernacioiKiis. Um parti
mudatica-s Não oUstante os esforçcK^ realizadas, do que não .seja apenas e tão .s( rmenie sol Idário
na ati\Mdade prática pre\'aleceram as tendências, com o.s que baseara e agem no sentido de enca
práxise cultura política conseiTadoras,a inércia minhar, positivamente e de forma democrática,
política e a tendência de enfrentar a.s nova.s o.s problemas que afligem a humanidade, mas
sugestões cc)m os esquemas habituais, um partido que seja parte e participe de instru
Ü7.As JificuJdades de compreender a pró mentos e movimenttjs que agem e lutam no
pria questão derancrárica. bem conro a iiova sentido do enfremamento e deflnição ou solu
sociedade ci\'ü emergida após o processo de ção de questões globais e universais, na busca
modernização conservadora,seus problentas e de uma nova ordem internacional. De.s.sa forma,
contradições \iKiis. tendências e perspectivas não pode e nem deve .ser omisso e indiferente
sociais estmani relacionados, eiti grande medi ao novo iniernacionalismo que forças de es
da,ao escad© e à evolução do nosso peasamento querda diversas começam ;i gesiar.
reória>—e es,sa área ê uma das nos,sas grandes
se propõe, através do K Congre.sso.-a abrir ejrepensar o reino da liberdade, da igualdade
XIX
debilidades. A nossa debilidade teórica exerceu
grande influência negativa na resolução de um prtKesso de ge.sração de uma nova formação e da felicidade numa socicdíide armplcxa como
questões políticas e práticas. Tal debilidade não polítia e de uma nova forma-partido que .se a do fi nal do .século XX e a que .se antevê no
jjode ser .sylxstimada Pri\'ilegiüij-se o esmdo credencie à interpelação da ntna natureza dos próximo. . ^
do "marxismo-Ieninismo" em detrimento cie , movimentos sociais, da intelectualidade e das 127. Um partido democrático e plural, onde A nova formação política,
concepções alternativas a este arsenal teckico forças democráticas. Propõe-se a analisar criti- a unidade se faz na diversidade e no terreno
terceiro-internacíonalista Desenvolveu-se yma eamente sua trajetória histórica e recriar .sua da representado, da ação e dti direção. Isto 131. Contemporâneos do femlhar de idéias,
débil política de formação de quadros que, identidade nessa nova formação politici que implica na cím.stnição de uma experiência de- da polêmica e da riciueza intelectual progres-
além de escassa inipieraentação. privilegiara a deve ter um caráter democrático, lalco e de niocrática coletira e não na disciplina imposta .si.sta — de cjue Marx foi um precursor — deve
doutrina que nos norrea\"a e nào a política real. massas. de cima e na obediência hierárquica-adminis- mos ad\'ogar um ideário socialista compatível
123. E-ssa opção não significa outra coisa se iracha. Exige a superação do sistema do cemra- com o século XXI. Precisamos intensificar esfor-
118. Esse processo dificultou inclusive o li ÇO.S para articular, em ações comuns, em torno
vre desen\"oh1mentü de tendências reno\'ado- não que nó.s. comunistas brasileiros, filhos legi-" lismo democrático. Pre.ssupòe a conivência
ras. Neste particular, a Direção Nacional faz au limos da Revolução de Outubro de 1917 e da com a diferença e o di.ssenso. não amio des\iu. de qúestõe.s concretas, locais ou nacionais, to
tocrítica cia forma incorreta como conduziu a Imemadonal Comunista e herdeiros do legado fracionismo e cisão, mas como momento privi dos aqueles que se disponham a panicipar do
legiado e atn'o na elaboração política e na mon esforço de construção du movimento para o
luta interna no início da década de SO, uma histórico de 1922. estamos dispostos a realizar
tagem da unidade de ação. Requer a tran.spa- novo socialismo — nos movimentos sociais,
época decisiva para a renovação do PCB e para uma verdadeira revolução em nossa história parlamentos e governos; nos bairros, empresas
o aperíêiçoamento de sua política demócráiicá. e em nossa tradição. Esse nos-o projeto é, assim, rência em todos o.s níveis e o rompimento com
as posturas políticas e.organlzacivas patrimo e outros'locais de atividade.s —, inclusive já
Ein decorrência, houve o afastamento de inú- muito mais que renovação. As niíssas melhores
maroF companheiros, sobreaido inteiectuais, heranças do passado não se perderão, mas con niais, burocráticas e gerenciais. Exige o reco tendo em conta a.s eleições municipais de 1992.
tribuirão para a construção de nossa nova iden nhecimento da soberania dos militantes na e.s- 132. Este esforço de aglutinação de uma nova
que enhtizavam a centralida*de democrática e ti rrmaçáo política construída pelas forças do no
já diagno.sticavam a crise du '■.socialismcj real". tidade, uma no\-a força política amtemporânea, colha das políticas e'do.s dirigentes. Necessita
As /nudanças que pn^pomos não poderiam dei que incorpore outras experiências e cultuní.s. da criação de canais de participação e deci.são vo .sociali.smo — e que tem sua gêne.se na reno-
xar de analisar aurocriricamente aquele perfodcT que gere outro mod<í de .ser, pensar e agir agéls, funcionais e nuaivatiores para a militãncia \açâo radical do PCB —, para ser efeti\'ü, deve
decisivo na vida do nosso partido revoluckmariamente. e onde a atíMdade e ação política organizada estar vinculado ao cotidiano da política, das
119. Ainda que já tenhamos diagnosticado 124. Chegou-se a uma situação em que os signifi(]ue não só mei<js e fins para transfor- grandes questões nacionais e internacionais,
no no.-^sü MI Congresso algumas d3.s contra portadores da idéia de um ihjvo .socialismo têm ntações .'^ócio-polniais e culturais. ma.s também ao.s problemas locais e dos diferentes movi
dições e dificuldades existentes na l'R.SS e. em de trilhar caminhos novos, inéditos, jamais per fi^rma de realização individual e coletiva. Enfim, mentos. inclusite promovendo a organização
cena medida, nos países du Leste europeu, não corridos no passado A reside o grande de.sáfio uma no\-a forma-partido não simplesmente co de fóruns permanentes de cli.scii.s.sões entre as
fomos capazes de comjxeender enKSua pleni posto â nota formaçãfj política e à nova forma- mo máquina. ma.s como instrumento e como forças poliiiciS interessadas. Deve ter a inicla-
tude os limites históricos do projeto de "socia panldo. pois já não é mais possível repetir as .sujeito de craasformaçõe-^. como organizíl^áo ri\'a das luias' e reivindicações populares, das
lismo real" na forma como ele se processou, OJÍocaçfjes e as fórmulas do passado. ,da ação política e e.spaçó de pensamento e senii- esquerdas e demais correntes democráticas e
nem de prever a sua cri.se. 125. É isso, portanto, o que o PCB se pro|X)e niemo coletivo.s. progres-sisras,
120. A tv)n>bÍnaçáo dinâmica desse.s fatores a realizar para continuar a kiiaf, na'- conüiates 128. Um partido C(jm uma cultnni política 133. Isso significa articular a ação institucio
levou o IO á situação de Hoje, e ela demonstra atuais, pt)r aquilo que sempre foi (> nos.so ideal- socialista democrática, integrado por todos nal e a Ínter\'enção nos movimentos sociais de
(•) quantí) são-necessárias- profundas cran.sfftr- o socialismo, dando conseqüência àquela origi acjueles que. independentemente de suas opi massas para unir as forças democráticas e pro
niaçóes. O PCB deve encontrar forças e ajra- nal definição dc eomuni.smtí feita por Marx: niões religio.sas e fi losóficas, aceitam o seu pro gressistas em torno de um nrojero de saída du
gem para avaliar essas questões e reconhecer "movimento real que anula e supera-o estado grama e estatutos, miliiam em uma de suas órga- radoura para a crise brasileira, ultrapa.ssando
a necessidade de alteniçõe.s radiciLs da nas.sa de coisas atual". nizações e contribuem materialmente para suas as divisões e barreiras existentes, o que só é
trajetória Tal .mudanc? ê necessária, não há ou ariviclades. Um partido que. orientado pela aná- possível através de um amplo, entendimento
tro cafninho. li.se da realidade concreta, inspira-.se nas con- nacional, como temo.s reiterado. Ao mesmo
121.-A elaboração e implementação dc um cepçõe.s marxistas e n;i ex|:)eriência do mo\'i- tempo, exige que se trave a batalha pela coasoli-
})roje[o democdiict) e a con-sirução do novo
sociali,smo exigem um nü\-o operador político.
3 se expre.ssar em um novo modelo e nova
XVffl mento operário e .socialista e as desenvolve em
cónvirio e diáltjgo com as concepções demo
cráticas e progressistas do mundo contempo
dação da democracia e contra o.s interesses dos
setores coaserv^dores e reacionários que já
preparam a revogação de conquistas democrá
concepção de partido profundamente demo- O partido novo râneo, ticas recente.s. através da revisão constitucional
aáticos, respeitador das minorias, das convic _129. Um partido do mundo do trabalho e prevista para 1993, reforçados pelas recentes
ções e credos individuais, pluralista, permanen 126. l;m partido com um projeto ptáitico ca da cultura, em todas as suas relações e articula manife.stações do governo. A Constituição brasi
temente capaz de renovar .suas direções. As con- paz de projetar e plasmar o futuro (uansiçüo ções, amplitude e complexidade, que lenha co leira tem conteúdo progressista e não pode ser
cepçõe.s de ditadura do proletariado, do mono .socialista) no presente e que permita visualizar mo fi nalidade as valorizações do trabalho e dos retalhada por interesses retrógrados. Ela é uma
pólio do poder pelo partido único e sua fusão a ultrapassagem do capitalismo; onde o futuro tempos de vida e .suas libertação e desalienaçâo garantia democrática legal para o equaciona-
com o Estado, da predominância dos quadros não seja uma inevitabilidade fústórica mas uma plenas e, conseqüentemente, uma profunda al memo progressista dos grandes problemas na
."«^bre a participação das massas, produtos da possibilidade real e concreta condicionada pela teração das relações de cia.sse e de poder, supe cionais.
dügmatiziçâo do pensamento marxiaa expres intervenção dos agente.s. Um projeto baseaclt) rando, no limite, a separação política entre go- 134. Acreditando na perspectiva desse proje-
sa no "marxismo-Ieninismo", tudo Isso exau numa via proce.ssual, centrado na democracia vernante.s e governadas. Um partido de homens 10, propomos um' encontro nacional do qual
riu-se. Há que buscar uma nova concepção de como a via do socialismo. Um projeto de radica- e mulheres, com direitos e oportunidades participem comunistas e socialistas, marxistas
partido, com uma nova teoria e uma nova cultu lidade democrática — com áreas de rupturas iguais na ação, na formulação e na direção. Um ou não, com panido ou sem partido, sem mode
ra jioiíüca extraídas da ri ca herança teórico- possíveis — que supere as conveniências políti partido aberto aos novos sujeitos e movimentos los e programas pré-estabelecidos. Esse con
política do movimento socialista e das novas cas momentâneas ("ratldsmo"), mas que tenha sòdo-políticos, intérprete das novas demandas fronto autêntico de opiniões, idéias e experiên
realidades do Brasil e do mundo. nos conflitos (tendo em conta as regras da de do mundo do trabalho e da cultura, do movi cias, com regras consensuais, tem o objetivo
122.0 PCB é parte integrante daquela es mocracia) seus elementos necessários e im mento dos jovens e das mulheres, do ambienta- de erguer no campo da esquerda moderna uma
querda brasileira comprometida com a centra- prescindíveis às conquistas igualitárias e libertá lismo, do pacifismo, dos movimentos raciais, nova plataforma programática e uma nova for
lidade demoaáiica e compreende que esta é rias, Um partido capaz de se antecipar e alar religiosos e reivindicativos urbanos. Um panido mação política, socialista, humanista e demo
muito mais numero.sa e encontra-se dispersa fatas políticos novos, de recriar uma reraoti- de massas, fortemente inserido em seus movi crática capaz de intervir em nosso país e cons
em vários outros partidos ou fora deles, O PCB vação histórica em torno dos ideais socialistas mentos, respeitando sua autonomia e iiidepen- truir uma alternativa real de ptxier.
1Ó• voz
I
Pobreza e potencialidade
1.o BrasiJ está vivendo a mais aimiJÍeia e profunda crise
destes úUimos cinqüenta anos de sua história, uma crise que
combina uma prolongada estagnação com um crescente dissen-
so polmco entre as classes dirigentes e as classes subalternas
e no seio da própria burguesia. Estamos diante de um acelerado
agravamento da crise estrutural do sistema sócio-ecunomico.
potenciada por uma crise paralela de hegemonia do Estado
aberta com o fim do regime militar, afetando todos os cantpos
da vida nacional e tendendo a agudizar as tensões sociais e
a luta política. O descontentamento social ,se fazendtrgeral,
estendendo-se inclusive a amadas privilegiadas da j3opulaçã<;.
2. Na raiz dessa crise enconu-a-se o fato cie que. em virtude
da exacerbação, nus últimos vinte e cinco anos. du aráter con
servado! que sempre presidiu(j üesenvoHlmento do capitalismo
em nosso pais e da oligüpolização e anelização daxeconomia.
bem como da apropriação do Estado pelos monopólios, proces
sou-se uma mudança radicai nos te.rraas- da divisão funcional
da renda nacional em benefício dos lucros e luros e em detri capaze.s de inverter essa realidade. Para tanto é necessária a vamente pequeno de pe.sqiti.sadores, apresenta um sólido ponto
mento do.s salários, e do Estado (das rendas federal, e.staduais' adoção de um novo modelo de desenvolvimento que. diferente de panida, sobretudo em algumas áreas, para se chegar à massa
e municipais). mente do.s precedentes, tenha um caráter democrático e progre.s- critica necessária à aceleração da produção de.sse.setor altamente
5. Em conseqüência,;.o Bra.sil apresenta hoje uma realidade slsta e.se coloque como objetivxj central o resgate daquela dívida estratégico. Além do que conta com um nível de poupança
econômica e social profundamente injusta e desigual, com os social — o que exige que o crescimento e a modernização interna que capacita o país a decidir com relativa autonomia
extremos ocupados, uma ponta, por uma ecomimia relativa econômica se e.stenda por toda a economia e não apenas a sobre o seu próprio desenvolvimento, nos quadros da interde
mente moderna, que repre.sentou o fator dinâmico no nosso uma nova parcela da mesnía. pendência e integração internacional.
desenvolvimento nesse período; na outra ponta, ã conservação 7. Estão madttras no Brasil as condições para transformações
do arraso em numerosü.s setcjres econômicos è em vastas regiões dessa magnitude, confígiirando-se uma conjunção de fatores %
dti pais. Esse processo vem aprofundatido a divisão da•sociedade que favorecem o empreendimento de um proieto democrático
em duas partes cada vez mais distanciadas entre si. colocando,
de um lado. a minoria privilegiada que usufrui os benefícios
de desenvolvimento econômico e social. De uma parte, empur
ram nessa direção exigências poderosas da economia e da reali II
do desenvolvimento e, do. outro, a maioria que vê seu níveldade social como as já referidas; de outra parte, pressionam
O projeto dos comunistas ^
de vida em continuado rebaixamento. Mais: uma parte de.ssa no mesmo .sentido as exigências das massa.s por mudança.s no
maioria encontra-,se simplesmente marginalizada da vida econô país, num contexto em que se fortalece a sua influência na 10. o modelo de desenvolvimento democrático e progressista
mica e social. vida política nacional. A preferência da grande maioria do.s eleito
que o PCB propõe, em contraposição aos modelos elitistas e
res. no pleito de 19H9, pelü.s randidacos à Presidência da Repú conservadores até agora impostos pelas classes dirigentes,difere
4.As limicaçõe.? econômica-s e as distorções sociais de.sse mo
delo de desenvolvimento se evidenciam no fato de que, con blica que aparentavam melhores condições para realizá-las —
quanto a nossa economia tenha alcançado a oitat-a colíxação Collor, Lula e Brizola — foi fator decisivo para que os dois essencialmente de.ste.s últimos porque tem como meta,s o cre.sci-
mento e a modernização de toda a economia, em todas as
no mundo capiiaEsta à altura de I9fí0, os índices realmente primeiros chegassem ao segundo airno. E as urnas revelaram
ainda que a separação entre vütü.s por mudanças e voto.s indife regiões do pais,e o desenvolvimento social de toda a população.
indicadores do nive! de desenvolvimento .social continuavam 11. A saída da crise e a realização des.se novo tipo de desenvol
a ser os de um pais subdesenvolvido: a nossa produção per rentes a estas não se fez num plano horizontal — indicativo vimento
capim era tão somente a 32^ na economia dessa parte do mundo. de que essa reivindicação dizia respeito a apenas determinados ano e seuexigirá a redução da iiMlação a um índice de 20% ao
sucessivo declínio até o nível existente nos países
Quanto ao.s indiadores da qualidade de vida — que compreen- estratos .sociais —,mas, sim, se fez no plano verticaí, a demons
çlem iten.s como a capacidade aquisitiva dos salários,ascondições trar que as mudanças são uma exigência que une um largo de.senvolvldos; a retomada dos grandes investimentos privados
espectro .social. e estatais'em meios de produção e inífaestrutura econômica;
de moradia, o acesst) à educação e à assistência médica e hospi- uma fone priorização do desenvolvimento da ciência e tecno
talar, o saneamenttj básico, a qualidade dos transportes urbanos 8.Livre para reproduzir-se segundo seus próprios intere.sses, logia; uma ampla reforma agrária e uma nova política agrícola;
de massas,as ajndições de meio ambiente e a segurança pública o capitalismo o fará sempre concentrando renda, o que leva um progranía estatal de investimentos sociais capaz de mudar
—, eles nos colocam numa situação pior ainda: (Kupávamos à acumulação de riqueza num polo e de pobreza em outro. radicalmente as realidades atuais nas áreas de educação, saúde,
um distante 46-' lugar, atrás de numerosos países da América Mas es.sa tendência natural sofre o enfrentamento de contraten- seguridade social moradia,".saneamento básico e transportes
Latina, isto põe em evidência a imensa dívida stKial acumulada dências desenvolvidas pelas classes e setores sociais explorados urbanos de massas; a multiplicação do poder aquisitivo do mer
com o nossc.i povo. ou i)rejüdicadüs, que reagem em defesa de seus interesses. cado interno e a aproximada equalização desse poder em todo
5. Esta situação agravou-se con.sideravejmente no último decê 9- O empreendimento de um projeto democrático e progres- o território nacional; a capacitação da economia brasileira para
nio, de.slocando o país para posições ainda mais à retaguarda competir no mercado internacional.
.sisia de desenvolvimenttj conta ainda a seu favor um nível de
em comparação com outros do chamado Terceiro Mundo e industrialização e de auto-suficiência alcançado pela economia 12. Para a realização auto-sustentada de um desenvolvimento
tornando mais gritantes as diferenças regionais. brasileira que a situa em primeiro lugar entre as economias de tal magnitude, doi.s problemas fundamentais precisam ser
6. As dimensões alcançadas pela crise brasileira colocam na consideradas de grau médio de desenvolvimento.Conta também, resolvidos: um deles é a garantia da disponibilidade de recursos,
.ordem do dia a necessidade imperiosa de mudanças estruturais com uma capacidade de investigação científica e de criação de em volume e condições de.£essão adequados, suficientes para
profundas no pais, canto no campo econômico como no .sodal. tecnologia que,embora ajndaenvolvendo um contingente félãti- financiar o.s enormes investirhentos privados e nacionais que
se &rão necessários; o outro, a capacitação do mercado interno submetidos à fiscalização e ao controle da sociedade ciril. A desenvolvimento da ciência e a produção de tecnologia de ponta
para absorver a crescente produção de bens e serviços. A solução democratização deverá abarcar as instituições do Estado,as suas e a instalação de novos ramos econômicOvS de moderna tecno
desses problemas esm na inversão dos termos em que se dá relações com a sociedade civil e a democratizado das próprias logia essenciais à modernização da pane atrasada da economia.
atualmente a divisão de renda no Brasil, de mixio a aumentar instituições da sociedade. O fortalecimento da sociedade civil, 25.A solução da divida externa está, por uma parte, na dimi
3 participação dos salários e do Estado na mesma, ao mesmo das entidades sociais, e o desenvolvimento da opinião púbJia nuição do estoque da dívida e, por outra, no estabelecimento
tempo em que se promove o aumento da produto e da produti autônoma serão os principais impulsionadores da democrati de novas condições de juros e de prazo de pagamento,adequa
vidade nacional, issegurando-se assim <5 necessário crescimento zação do Estado. das à nossa real capacidade de cumprir o acordado sem afetar
absoluto da renda auferida pelo capital privado, capacitando-o a nossa capacidade de crescimento econômico.
a ampliar seus investimentos. CAPACITAÇÃO FINANCEIRA DO ESTADO 26. A dívida interna,que exige igualmente uma reestruturação
13.É preciso considerar que,com exceç-ao dos investimentos de prazos e juros, é politicamente o problema mais delicado,
de capitai estrangeirv), tudo o mais terá de feto uma única fonte: 21.0 equacionamento dos problemas da dívida externa, da pois afeta direta ou indiretamente a disponibilidade dos recursos
o excedente pnxluzidu no país, a chamada poupança nacional. dívida interna e dos subsídios e incenií\'OS permitirá estancar das empresas destinados a investimentos. Para essa divida d^em
Jstü quer dizer que uma distribuição diferente da renda nacional, a sangria das recursos do Estado e em boa medida recuperar .ser combinados juros equivalentes aos de mercado, masrariáveis
reduzindo a parricipação relativa do capital privado, enconirará a sua capacidade de investir. A queda da inflação e o alento segundo os prazos de vencimento dos títulos estatais.
uma tenaz resistência deste último. Para ser bem sucedida, essa da arrecadação que terá lugar coin a retomada do crescimento
nova política de rendas predsa estar respaldada por um amplo são oun-os fetores que favorecem a recuperação das finanças POLhlCA SALARIAL
apoio das massas de assalariados, da opinião pública e dcvs seg públicas, e não apenas no âmbito federal mas também no esta
mentos progressisüs do empresariado,e contar com um Estado dual e municipal- Mas essa reaiperaçâo não será suficiente sem 27. A política de rendas capaz de sustentar um desenvolvi
democratizado capaz de volctr-.se efetivamente para o interesse uma reforma fiscal de profundidade. mento econômico democrático e progre.ssista reciuer a promo
público e de levar à prática um amplo programa de investimentos 22. A carga tributária no Brasil,ao contrário do que.se propala, ção de um crescimento continuado da ma.ssa salarial paga no
sociais. é atualmente muito mcmor do que há vinte anos, e ainda teve país e o beneficiamemo privilegiado dos salários mais baixos,
14. A democratização do Estado brasileiro (nos três níveis) agravado oseu caráter fortemente regre.ssi\'0, portanto altamente simultaneamente com a progressiva incorporação ao mercado
e a implementação da nova política de renda .são, assim, condi ami-socrai. Ou seja, o trabalho suporta uma carga de impostos de trabalho dos milhõe.s de brasileiros até agora dele margina
ções decisivas para consecução das profundas mudanças estrutu proporcionalmente maior do que o capital, noiad^ente quando lizados.
rais de que o Brasil necessita para a sua modemizaçãoeconômica se leva em coasideração as impostos indiretos. Além di.s.so, há 28. Para uma mudança radical na vil estrutura .salarial vigente,
e social. um elevado grau de .sonegação e, apesar das promes.sas da é imprescindí\'el o estabelecimento de uma política de longo
governo atual, subsistem Incentivos e subsíduos que apena.s prazo com a finalidade de multiplicar várias vezes o valor real
NOVA POLÍTICA DE RENDAS servem para engordar o capital dos beneficiados e 'sustentar do salário mínimo e, em percentuais decrescentes, os demais
e.strutüra.s econômicas atrasadas. .salários compreendidas entre um e dez mínimos,além de uma
15. Para o êxito do modelo de desenvolvimento eamômico 23. A reforma tributária .será um dü,s principai.s instaimentos política que estabeleça mecanismos automáticos de defesa dos
e .social que propomos, a chave está na mudança radical da para o Estado assegurar-se uma maior participação na divisão salários contra a inflação e que incorpore aas mesmos os ganhos
política de rendas que tem servido aos antigos modelas. O da renda nacional, devendo ser utilizada com o claro projxbsito de produtividade da economia,
comportamento da economia brasileira nos últimos trinca anos de justiça social, fazendo pagar progressivamente mais aqueles 29. Numa primeira etapa, arbitrável em quatro anos, por ser
demonstra que a massa salarial vem tendo a sua participação que auferem maiores rendas. .Mas a reforma tributária deve este proraveímeme o tempo necessário para o país superar
fonemente diluída em favor do crescimento da participação ser guiada também por um sentido de estratégia econômica, a atual crise e dar início a um crescimento .su.stentado, a meta
reiativ-a dos lucros e dos juros na renda nacional. Os salários, de tà modo que entre os atuais ganhadores da política de rendas a perseguir deve ser pelo menos a duplicação do salário mínimo
que participavam com mais de 50% dessa renda no final dos se dê tratamento diferenciado ao capital produtivo — que estará real e a €le\'ação em 20-25 por cento da massa salarial total,
anos 50, viram sua parte diminuída para 35,4% em 1980 e para na base do novo ciclo de de.senvoívimento — e se grave o tendo por referência os valores médios alcançados em 1990.
menos de 30% atualmente. Enquanto isso, a participação relativa capital especulativo e parasitário. Numa perspeaiva de prazo mais longo, em torno de dez anos.
dos lucros e juros cresceu de menos de 50% no primeiro daque 24. Os critérios a serem observados na concreçào de subsídio.s pude-se prever a possibilidadè de um salário mínimo de valor
les anos para 58% em 1980 e 65% em 1988.0 Estado tornou-se e incentivos ha área econômica devem ser os de que estimulem real quatro vezes .superior ao atual e a duplicação da massa
igualmente outro grande perdedor no decorrer dos últimos a realização dos objetivos estratégicos de um plano nacional salarial total, tendo em conta o crescimento que terá havido
quinze anos,em conseqüência do dessangramento de suasfinan de desenvolvimento, entre os quais devem .ser prioritários o no número de trabalhadores.
ças pela via dtxs incentivos e subsídios improdutivos ao capital
privado, das altas taxas de juros pagas ao mercado financeiro
e da cjueda da arrecadação causada pelas altas-taxas atingidas se acirrava, o fraclonismo foi "uma derrota das forças
pela inflação e pela queda do PIB provocada pela recessão. ganhando corpo dentro do PCB, democráticas e nacionalistas e
16. A inversão desses dois proces^tó é a condição absoluta
mente neces,sária não só para promover um novo ciclo de de.sen-
voivimento sustentado mas até mesmo para simplesmente retirar
Bfln Parte do setor universitário da
Guanabara é expulso e organiza
um grupo denominado
uma vitória das correntes
reacionárias e entreguistas". Seu
resultado foi a implantação de um
FESTI
o país da cri-se "Dissidência". Em agosto de 1967, "regime ditaiorial, militar, de
Carlos Marighella vai para Havana conteúdo enlreguista,
REFORMA DEMOCRÁTICA DO ESTADO participar da Conferência da antidemocrálico e anlioperário."
Organização Laiino-Americana de Feito isto, a resolução
17.Em torno do tema do papel do Estado brasileiro na econo Solidariedade (CIAS), na qual a estabelece a tática a ser seguida
luta armada através de focos
mia, uma acirrada luta vem se desenvolvendo nestes últimos pelos comunistas, ressaltando que
Guerrilheiros é apontada como a tarefa mais imediata é a lufe
anos entre "estaiistas" e "aniiesiatistas", mobilizando variado.s forma central para se chegar ao
interesses parriculari.stas. Discutem os linúte.s do poder de regu- contra a ditadura, a fim de
socialismo. Em setembro a
iantentaçãü da economia pelo Estado e a sobrevivência do .setor derrotá-la e conquistar as
Comi^âo Executiva do Comitê liberdades democráticas. Assinala
produtivo estatal. .Mas o problema real que se colora, diante Central intervém edeslilui os
que a "revolução brasileira, em sua
da necessidade de superar o subdesenvolvimento económia) Comitês Estaduais de São Paulo, presente etapa, deverá liquidar
e social, é o da despiivatlzação do Estado e da nova qualidade Rio de Janeiro e o Comitê
dois obstáculos históricos que se
que deve assumir sua participação na economia. Melropolilano de Brasília. São opõem ao progresso da Nação: o
18.0 fato de ^ue o caj")ital privado se dirige para ali onde expulsos, ainda, alguns membros domínio do imperialismo e o
pode auferir maior taxa de lucro, não levando em consideração Policia impede passeata Cinelàndla, Rio de Janeiro, 6/8/1968 do Comitê Central: Marighella, monopólio da terra. Ela é, assim,
as necessidades económiras e sociais do país, e ainda de que JoverTelles, Câmara Ferreira, nacional e democrática. Devido à
leses representaram uma derrota Mário Alves, Jacob Gorender, preponderância do fator nacional,
o comportamento do capital estrangeiro c decidido, em última Miguel Batista e Apciónio de
iastância,por suas matrizes—e,portanto,por interesses exterio VI CONGRESSO política para os dirigentes
descontentes com a direção, que Carvalho, Além disso, são
a direção dó golpe principal está
res ao pais — toma indispensável que o Estado bra.sileiro voltada contra o imperialismo,
então consideravam a luta armada afastados vários dirigentes principalmente o norte-americano,
as.segiíre o desenvolvimento dos .setores estratégicos da econo Poucos dias antes do golpe de como a única aílernativa de intermediários e vários delegados eseus agentes internos
mia, os quai.s, como regra, exigem pe.sado.s investimentos de Estado de 1 > de abril de 1964. no combate eficaz à ditadura. eleitos para o congresso. Mesmo não liquidando a
lento retomo e enfrentam a-má vontade,quando não a oposição dia 27 de março, o jornal Novos A partir dai, as divergências Depois de um período . exploração dos operários pela
aberta, do apitai imernacional. Rumos publicava as Teses para acirram-se na Tribuna de relativamente longo de discussão burguesia, a revolução nacional e
19.Mas para que o Estado possa desempenliar esse papel, Discussão,como preparação para Debates, que circulou na das teses,com um debate acirrado, democrática abre caminho para a
uma das condições é que ele seja desprivatizado, Isto é, que o VI Congresso do PCB, marcado clandestinidade em fins de 1966 e
dilicil e até dramático,b PCB realiza vitória do socialismo".
deixe de.ser uma prtjpriedade do jxxlér econômico e dosgrupos para novembro de 1964, mas no primeiro semestre de 1967. o seu VI Congresso em dezembro
políticos que o eoitKam a serviço dos monopólios, do fisiolo- adiado em lunçáo dos Dirigentes e militantes que Por fim, o texto chama a atenção
de 1967 em São Paulo, na mais
acontecimentos. Em meio a uma propugnavam a luta armada como para a necessidade de combater
gismo e do clientellsrao. e se transforme em E.stado público, acirrada lula interna ro seio do remédio para o "oportunismo" das
estrita clandestinidade. O seu
as distorções e os desvios do
wltadü de fato para os interes.ses da população, dando ênfese resultado foi a afirmação e o • dogmatismo e do golpismo, ainda
Partido, no primeiro semestre de Teses passaram à ofensiva, desenvolvimento da linha política
aos investimentos sociais: A outra condição é que a .sua política 1966 o Comitê Central do PCB preconizando a criação de "focos com forte presença no interior do
fiscal seja capaz de assegurar-lhe uma renda pública suficiente do V Congresso. PGB. Condena ainda as
reelabora as Teses para guerrilheiros" com uma plataforma
para o financiamenttj dos invesiimento.s econômicos e sociais Discussão do VI Congresso, de luta "radical" a ser A resolução política do VI concepções que entendem a
próprio.s, sem ter que recorrer a recurso.s iniladonários. reconvocado. As novas teses são implementada pela via Congresso procura, antes de mais revolução não como um fenômeno
20. Para que tais mudanças sejam concretizadas, é indi.spen- aprovadas em junho e lançadas insurrecional. nada. caracterizar o golpe de de massas, mas como resultado da
savel também a democratização do Estado, de tal modo que pára o debate em setembro. Essas Na medida em que a luta interna Estado de 1» de abril de 1964 como ação de cúpulas ou do Partido.
suas políticas j)úblicas sejam amplamente discutidas e seus atos
•.'.1 iHi i^C :)V.i ..'I I ).i.,
*
30. Em tomo de uma lal política salari^,é possível um enien- 44.Com essa finalidade, consideramos que deN'e ser imple
dimenio,explícito ou tácito, entre o empresariado e os trabalha mentado o Sistema Único de Saúde-SUS, público, descentra
dores. Para governar e retirar o país da crise e empreender lizado e democrático, conforme projetado durante a 8^ Confe
um novo ciclo de desenvolvimento,a classe dominante necessita rência Nacional de Saúde. Devem ainda ser esratizadas, confor
paauar um conseaso mínimo com as classes subalternas, espe me determina a Constituição, os setores produtores de insumos
cialmente com a classe operária. imunoiógicos e de sangue e derivados. in,sumos criticas para
a população. Ao mesmo tempo, é necessário um programa de
CIÉNOA E TECNOLOGU longo prazo de saneamento básico — água potável, coleta e
tratamento das esgotas, drenagem e coleta e disposição final
31. A modernização de ttxla a base produtiva, das serviços do lixo — para as populações ürbana.s, dos grandes, médios
e da infra-estrutura econômica e social é condição para osucesso e pequenos centros, das {periferias, e também as populações
de um desenvolvimento econômico democrático no Brasil — rurais, além da difusão de educação sanitária e de conhecimento
e o grau que pode atingir essa modernização vai depender de processos.simples para assegurar a qualidade da água ingerida
diretamente dos progressos alcançados no desenvolvimento da e evitar contaminações através dos dejetos.
ciência de base e das novas tecnologias,
PARA A HABITAÇÃO
32. A utilização generalizada das novas tecnologias na econo
mia é indispensável para o fortalecimento da cidadania e da
democracia. Ela concorre para resolver esses problemas pela o 45.0 Brasil exibe um déficit habitacional calculado em dez
milhões de unidades, dos quais não menos de seis milhões
via da elevação da qualidade do trabalho executado e.em conse nas áreas urbanas — supridas pelas favelas e cortiços. As condi
qüência,da elevação do salário real,do barateamento dos produ ções subumanas em que vivem os favelados, panicularmenie
tos de consumo de massas e dos serviços, destacadaraente ali nas grandes cidades e suas áreas metropolitanas, torna a solução
mentação, moradia, transpones urbanos de nmsas, assistência desse problema uma necessidade"social aguda, de\'endo ser
médica e hospitalar, educação e formação profissional, melhoria incluíao, por um período de não menos de três decênios, no •
real das peasôes e aposentadorias, Além dis.so,o intenso empre rol dos serviços sociais a serem prestados pelo Estado a fundo
go de tecnologias de ponta é condição necessária para que parcialmente perdido.
ü Brasil pos.sa integrar-se cada vez mais na economia mundial
em acelerado processo de internacionalização,em que o comér- 46.É viável uma mudança drástica nessa situação num prazo
do mundial cresce extraordinariamente de imponància e o nas- de 15 3 20 anos,com a execução de um plano nacional destinado
so mercado interno terá de abrir-se à concorrência estrangeira O PAPEL DA EDUCAÇÃO a promover a construção de habitações modestas, exclusiva
mente para a população de baixa renda, à razão mínima inicial
REFORMA AGRÁRIA 39- Na época da revolução (écnico-científica, na qual o pro de 200 mil unidades por ano. Um plano que envolva a União,
gresso baseia-,se m acelerada produção de novo.s conhecimentos os estados, os municípios e as comunidades interessadas e que
científicas e de novas tecnologias e sua rápida utilização na inclua medidas para baratear a produção dos materiais de cons
33. Um projeto de desenvolvimento progressista da sociedade produção de beas"materiais e em todas as esferas da vida social, trução, o custo da terra e de sua urbanização.
brasileira requer imperiosamente a realização de uma reforma a Eduaçáo adquire um valor altamente estratégico para todo
agrária. A reforma agrária tomou-se premente entre nós apenas projeto de desenvolvimento democrático. 47. Devem ser moradias dotadas de água,luz e esgotos, cons
por razões econômicas. Dados do Ceaso Agropecuário de 1985 truídas próximas a fontes de emprego e assistidas pelos equipa
mostram sinais de que a agricultura brasileira entrou numa 40. No entanto, a educação enconira-se no Brasil em crônica mentos sociais e urbanos indispensáveis(escolas, postos de saú
fase de indiscutível perda de seu ritmo anterior de crescimento e profunda crise, ^esar de nosso país figurar hoje entre as de, transporte etc). Moradias necessariamente modestas mas
ou talvez mesmo na fese de uma quase estagnação. Es.sa per^ dez ou onze maiores economias do mundo capitalista, encon suficientemente sólidas para serem usadas pelo menos por 30
de ritmo se verifica na expansão da área total dos estabeleci tra-se em 77'^ lugar nas estatísticas educacionais. Políticas atrasa anos.
mentos agropecuários, na area das lavouras(soma das lavouras das e segregacionisia.s vêm promovendo uma educação obsoleta
permanentes e provisórias), no acentuado decrésdmo do par 48. Esse plano é factível, não só pelo baixo custo para o
em no.ssa época e produzindo em massa desqualificados- do Estado — em valores atuais, não mais do que 100 bilhões de
que de tratores, no menor crcscinicnio efwlvü rota) de bovinos ponto de vista profis-sional. Dos 25 mllhõe.s de alunos de 1-
e de aves e no decréscimo marcante, em termos ab.solutos. grau,apenas3 milhões chegam ao curso secundário e 1,5 milhão cruzeiros por ano, por conta da União, à razio média de 500
do rebanho suíno. mil cruzeiros por unidade construída —,como também porque
ao ensino superior, dos quais 65% necessitam pagar para ter contará a seu favor com o virtual estancamento da migração
34. Uma das mais graves conseqüências de tais Insucessos oportunidade
determinam
de estudar. Na era em que a ciência e a tecnologia para as grandes cidades, em conseqüência da reforma agrária
fonemente o progresso das nações, o número de e da mudança da geografia industrial do país que um modelo
no conjunto das atividades agrícolas foi a brutal concentração
da renda no campo,em prejuízo dos agricultores mais pobres. ção. 20 a 25 vezes menoschega
pesquisadores nessas áreas
do
a ser,em proporção à popula desenvolvido democrático e progre-ssista provocará,
que nos países desenvolvidos.
Aparcela da renda apropriada pelos 10% mais ricos—particular Da rede de 1,1 milhão de professores da rede de 1- grau, 300
mente os donos dos latifúndios — passou de 34,7% em 1970 mi]não são titulados. O Brasil conta atualmente com 40 milhões CAPITAL ESTRANGEIRO
para 47,7% no ano de 1980. enquamo que a renda da metade de analfabetos,apenas7 milhões terminaram o curso secundário
(50%) mais pobre caiu de 24,2% para 17,9% no mesmo espaço e 3 milhões o curso sujierior. 49.A exfieriência das últimas três décadas e o processo obje
de tempo. tivo de internacionalização da economia mundial indicam que
35. Registrou-se,em conseqüência, uma diminuição grave na d^e 41. Um projeto de desenvolvimento democrático para o Brasil o capital estrangeiro,se admitido como complementar à acumu
ter como uma desuas prioridades estratégicas revolucionar lação interna,sem prirílégios, coibido na sua ação monopolista
produção agrícola no país; de fato, dos 33 produtos incluídos a educação.
nos levantamentossistemáticos do IBGE,mai.s da metade tiveram É imprescindível que,já na virada do século, esteja e dirigido segundo uma estratégia de crescimento, em confor
garantido escola
reduzidas suas colheitas, dai se originando séria dificuldade dobrado o número de 1- grau para todas as aianças e pelo menos midade com os interesses nacionais, pode desempenhar um
no abastecimento alimentar nos grandes centros consumidores casos, com um ensino de matrículas no 2" grau — em ambos os papel positivo na^economia brasileira, Possibilita também um
do país.
renovado e a escola pública atendendo crescimento e uma modernização econômica mais acelerados
pelo menos a 80% das matríctílas. Além do que, nas áreas onde do que seria possível se contássemos tão-somente com a capaci
36.Aamcultura brasileira, dispondo de apenas cerca de cinco se deve concentrar o esforço científico e tecnológico nacional dade interna de investimentos. Cada empresa industrial que
milhões de explorações em atividade,com uma maioria de gran o número de pesquisadores altamente qualificados(com douto se instala no país não apenas aaescenta uma nova planta ao
des proprietários que possuem mais da metade da área das rado) deve .ser o suficiente para assegurar o desenvolvimento nosso parque produtivo mas provoca o aparecimento(ou cresci
propriedades rurais, constitui uma estrutura produtiva de alta autônomo e auto-sustentável nas mesmas. mento) de uma série de outras empresas que se dedicam a
instabilidade,em cujo conjunto as aises deprodução constituem fornecer-lhe matérias-primas,insumos,componentes e serviços
a regra geraJ. , indispensáveis à produção e de outras mais que se ocupam
DIREITO À SAÚDE da comercialização dessa produção e da assistência técnica aos
37. Todas essas condições,que caraaerizara a agricultura bra clientes,
sileira, exigem soluções profundas e definitivas que resultem 42.A saúde é um direito de todos e um dever do Estado.
50. A empresa estrangeira também é fator de crescimento
num aumento do número de proprietários e numa política volta Mas o contexto sanitário em que vive grande parte da nossa do setor moderno da classe opierária e das camadas médias
da principalmente para a demoaatizaçáo da propriedade e para população expressa-se em indicadores dramáticos. O atual siste assalariadas, não só pelos postos de trabalho qualificados que
a melhoria da distribuição da renda. Para tal fim, torna-se impe ma de saúde, iníquo, anárquico e Ineficiente, está a mercê de proporcionam diretamente mas também porque as empresas
rativa a realização a curto prazo da Reforma Agrária. interesses mercantilistas da área privada e da indiferença gover
namental. O aparato médico-hospiialar público, desestruturado que lhes são fornecedoras empregam necessariamente tecno
38. Para mudar efetivamente a realidade agrária e agrícola e sucateado, não con.segue atender às necessidades mínimas logia compatível com as exigências de qualidade da compradora,
no Brasil, torna-se necessária uma reforma ^rària que, num da população. o que exige das primeiras emprego de mão-de-obra qualificada.
prazo de dez anos,contemple pelo meno.s6 milhões de famfiias 51. Se a economia mundial realiza uma nova e profunda rees
camponesas, A extensão das terras distribuídas (à razão de um 43.0 desenvolvimento democrático da sociedade brasileira truturação preparando-se para um novo grande salto, e no mun
lote de tamanho médio de 30 hectares) alcançaria o total anual exige a inversão imedlaa desse processo e o estabelecimento do capitalista os agentes dessas mudanças ,são as transnacionais,
de 18 milhões de heaares. Isto significará que, ao oá» de acelerado de um sistema de saúde capaz de proporcionar a o nosso próximo ciclo de desenvolvimento não pode proces
um decênio, o número de explorações agropecuárias subiria universalização da assistência médica e hospitalar, a defesa sani sar-se de costas para elas. Nesse sentido, não tem base a afirma^
de cerca das 5 milhõe.s. atuais para 1! milhões, ou mais do tária da população,a drástica redução da incidência das doenças çâü de que para o Brasil esta superado o modelo de desenvol
dobro, e a extensão das lavouras tenderia a crescer, dos cerca profissionais e de acidentes de trabalho e a eliminação das ende- vimento em que as transnacionais.podem ter um lugar e ura
de 50 milhões de liectares atuais para cerca de 100 milhões. mias. papel a desempenhar.
voz* 19
AS CAMPANHAS ELEITORAIS
centro de debates e de elaboração política, o incorporação efetiva de todos os membros do
Considerações preliminares que foi algo positivo. Porém,não tivemos condi DN ao trabalho dirigente,deforma que o poten
ções de.a partir desse novo patamar,galvanizar cial da direção esteve longe de ser corretamente
• 13.Com exceção de alguns poucos resulta
1. o arual Diretório Nacional foi eleito em
o Partido, desde o Diretório Nacional até os aproveitado, sobretudo pela escassa prática de dos positivos lücdizados, o balanço geral das
meio a uma situação das mais complexas, tanto organismos intermediários e de ba.ses. para a planejaméiio e controle das atividades. Em que eleições, nos últimos três anos—tal como ante
no que toca à situação interna do PCB quanto compreeasâo das orientaçfxís e sua implemen pesem os avanços,ainda não alcanç'amos erradi riormente em 1985 e 1986 —, tem indicado
à situação do País. já que estavam em andamento tação n(} cotidiano da sociedade (organizada. car inteiramente asseqüelas da clandestinidade, derrotas para nossa legenda.
os trabalhos da Constituinte, obsen^do-se o Apesar de tudo. na medida das n()s.sas possibi sobretudo no tocante a métodos e estilo de
14..Sem dúrida que ainda não conseguimos
início do estreitamento da sustentação popular lidades,conseguimos armar o Partido com reso trabalho.
configurar uma política eleitoral permanente,
e parlamentar ao governo de transição e a reto luções apropriadas e no e.ssenclal corretas,mes mas esta não se constitui a questão central. Além
mada do fôlego das forças sociais e põHticas mo lentJo enfrentado um grande número de 7.Sem dúrida que as direções, desde o DN da debilidade política e organizativa interna e
que haviam sido deslocadas com a derrota da questões bastante polêmicas, até os secretários (Je Base.são melhores e mais da enorme divensidade de situações concretas
ditadura militar. caleti\us, uni\ersalizadas em seu trabalho; há com que tivemos c|ue nos defrontar, a questão
2. Enfrentando problemas de diversa monta 5. As divergências de fundo que existem en mais democracia e menos intolerância e arbí decisix-a tem sido a nossa incapacidade de nos
para a sua legalização, inclasive resistências in tre nós,divergências quanto à aplicação de nos trio; diverge-se mais e tranqüilamente, sem te renovar adequando-nos às no\'as exigências da
ternas, o PCB, naquele momento de avanço das sa linha, tanto no piano estratégico (o caráter mores; amplia-se o esforço para captar a reali realidade bra.sileira e internacional, não só no
forças democr^cas,viu-se distanciado da socie da revolução processual), quanto nu plano táti dade em que se atua e para encaminhar as tare plano político, mas particularmente no plano
dade organizada e assistiu ao declínio de sua co — o .sistema de alianças (u bloco demo fes partidárias em conformidade. teórico. Considere-se também,como outras das
influência no movimento sindial, nos movi crático e progressista), a tática eleitoral etc. —, 8. Apesar das imensas dificuldades de todo razões de alguns dos nassos fracassos eleitorais,
mentos sociais, na juventude e na imeleaua- assim como quanto à concepção do Partido que tipo,o Panldo está mais interiorizado e implan as alianças estreitas ou alterações bruscas de
lidade. Além do reduzido efetivo panidário necessiianvüs construir,em st lúo se constituem tado nacionalmente(avançamos em nos organi- última hora em coligações já tradicionais em
(éramos então apenas J8 mil filiados), a debili algo anormal, mas desempenharam um ceno zarmas,mesmo que precariamente,em munid- estados importantes.
dade teórica e o pouco conhecimento da reali papel imobilizador na medida em que não se pios de médio e pequeno porte na maioria 15. Fenômeno eleitoral estimulante no Pani-
dade do País e internacional provocaram in- explicitaram com nitidez. As discrepâncias de dos Estadtxs), um partido mais articulado com do foi o lançamento da candidatura Roberto
compreensões diante da centralidade da ques análises e de propostas de ação.tanto na Execu- as diversas forças políticas, com presença mais Freire à presidência da República e de Sérgio
tão democrática e da pcjlítica de amplas alianças. tiv^a como no DN,eram tão salientes e delicada.s, abrangente na mídia e nos aparelhos institucio Arouca,como.seu vice,em 1989 Sofrendo algu
Os desdobramentos disso no plano da luta in e as votaçíks eram tão aproximadas, que entra nais. Quanto à nossa área prioritária de aç-ão mas resistências iniciais e localizadas, aábou
terna em alguns estados não se deram no del)ate vavam a implementação das resoluções, trazen- nos movimentos .sedais — o movimento sindi por unificar e mobilizar setores do Partido,
democrático de idéias mas, sim, numa disputa d(} prejuízos ao nosso trabalho político e cia cal —,desde meados de 1990 estamos dando abrindo ao mesmo tempo amplas e inusitadas
sem princípios entre companheiros. frente democrática, na frente sindical e de mas uma viragem (através da corrente Unidade Sin possibilidades em todos os campos para a supe
3. Mais representativa e renovada, a nova Di sas,no campo ideológico e na condução correia dical) cujas perspeaivas são alvissareiras. ração dos limites do PCB. Com a candidatura
reção Nacional procurou colocar em prática a da luta interna. Para superar situações como 9- Devemos acentuar que,comparativamente própria, avançamos no terreno da moderniza
política do PCB na transição, tema social de essas, somente devem ser adotadas resoluçcóes com direções anteriores, houve melhoria no ção das idéias, conceitos, análises e atitudes
deliberação do VIII Congresso, enfrentar as ta sobre as quais haja suficiente amadurecimento trabalho (ie direção, reforçando-se a direção frente à realidade do mundo e do Brasil.
refes capazes de melhor situar o^anido nos da direção, coletiva,seu caráter conaeto e um clima demo 16.Com aquela candidatura,em nosso obje
movimentos social e político, e criar condições 6. Mesmo que se tenha conseguido norma- crático sem prejuízo das discussões polêmicas tivo de aglutinar o pensamento socialista reno-
wdor atni\^ de algumas de suas correntes e 23. Erramos wmbéra em não proairar dirigir mos o número de quadros existentes na Dire as Novas Rumas e Problemas (esta até seu fe
pers<mali(Jades. de disputar a hegemonia no os movimentos reivindicat(3rios que então ção Central e nas intermediárias mas, pelas difi chamento no ano passado), e o tablóide Voz
interior da esquerda lutando pela sua unidade emergiam com força, de forma a tentar llies culdades objetivas e subjetivas, não tivemos da Unidade (este por razões financeiras, trans
ctn tomo de um projeto democrático em dire dar um direcionamento político. Ao criticarnK.vs condiçõe.s de mamê-kxs. Mantendo uma assis formado, em tneadüs de 1990, em periódico
ção ao «kxialísino e de ser elemento articulador e condenarmttó — como ainda hoie o fazemos tência qualifiada aos Regionais, não alcança mensal), sem falar nas iniciativas do lastituto
de um blcxrodemocrático e progressista toque — 3 subordinação das lideranças sindicais ao mos as meta.s de reforç*ar os organismos de Astrojiido Pereira. Incompreendidas por muitos
ocorreu no segundo tumo do pleito presiden atiusü corporativista das massa.s. sem prcjcurar Base existentes nem criar novos, sobretudo nas companiieiros, até mesmo do DN. essa.s ferra
cial ), capaz de consolidar a democracia e pro eníreniil-las quanti-i â nece.s.sidade do avançarem grandes empresas e.nas áreas de concentração, mentas atuaram audacio.samente no .sentido de
mover reformas (se gcwmo) ou defender a para uma visão e ação mais abrnngente.s de clas 30. Quanto à elaboração de materiais didáti nü.s abrir os olhos para as grandes polêmias
Constituição e barrar o pntjetD neuliberal de se dirigente nacional.cainrao.s na defensfoi.não cos, lançamo-s a Canlllia do CIP (Curso de Inte que o País e o mundo estão vivendo,
mixiernizaçào consen-açiira da economia bra enfrentávamo.s a baialha política no seio das gração Partidária). aaimpanhada de um Manual 36. Acontece que persiste entre nós, particu-
sileira (se opt)sição». lideranças, e das próprias categorias profissio de .Monitor.^urilizado com muito êxito, embora iarmeme no caso da Vozda Unidade, uma situa
17. Durante a campanha presidencial, nãt.) nais, para ilepois condenar o avenmreirismo com baixa execução em praiicamenie todas o.s ção anômala que precisará .ser rompidà. As rela
apeníi< apro\'eitaniQS ixtsiiivamente cs mais di dxs movimentações sindicais t'stado.s da Federação, Posteriormente, elabora ções entre a militância e o porta-voz. do DN
ferentes veíaiks de comunicação social, com 24. Na esteira dos equívocos, recusamo-m.rs mos o projeto du Curso Básico e dc) Curso [permanecem oh.struidíLS, com o Partido, no .seu
maior ènfá-ve para a tevê e para emissoras de 'u ptirticipar da fundação da CTT,sem procurar de liViciação. cuja anilha fi.ii desenvolvida pela conjumo, não tendo assumido o jornal como
rádi{í. sem .sube^mar a importância ciasjornais entender que. tnesnío sendo uma^ação çle para- Comj.s.sjti) de Educaçâcj do Município de .São seu instrumenrõ permanente de informação e
e revisuft, paia a difusão de nossas idéias é ■lelismo» de rompimento coni.a mai<)ria tio nio- Paulo e utilizada experlmenialmeiite em vários oricntüçáo. .A.s difiaiklades de entender c acei-
proixisias attno riuhca oojrreru em toda :i lii-s- vãmento organizado dos trabalhadores, vão de- estados, uir as profundas mudanças rjue estão sendo ini-
lória do PCB Também promovemos ou pantet- \a.tinos deixar de nos incorporai" ás suas ;içõcs. 31. Do comum acordo com o Depanamento po.stüs pela realidade, e que são refletidas criti
pamos das líuis divér.sas luiciaihas de ligação denini da nossa ci mceixão de a R )Cla custo baia- de Comunicação Social, ediuimo.salguns impor- camente nas páginas do ouirora semanário e
com a sraaedade, nas formas cie paiestras-de- Iliar pela unidade Síndiê.il- lante.s videas para o trabalho de formação do.s agora inensãrio. fazem com que a VU não seja
hiues. minicoinícios. vlstuis a bairros e a tiiunicí- 25. Por f:izôe.'= as mais diversas, continuamos novos fi liadtis, destacaado-.se o "Política Todo incorporada por muitos militantes e até dirigen
pios-CtHrucios. panidptiçãoenifestos populares a ixtrder ptjsições de de.staque em aigunias es- .Mundo Faz" {.sobrea )xj|ítica do PCB), "A Misiá tes. Sem dúvida que o jornal não tem corres
etc truniras do movimento sindical — sendo de ria do PCB", "A Perestroika Soviétíai", a "Re pondido às exigência.s maiores do P;ircido, por
l8..4iiuí.d(n.sdesiaques:a"conversade rua", meiiciunar panicLil.u-mence a perda de influên vista [ntemacional", "Nossa Ctuididatura Presi razões as mais diversas, mus es.sa situação de
na cjual os uos«")s cantiidaios iam para ni^s e cia direta no Sindicato dos Metalúrgicos de São dencial" — materiais que, apesar de utilizados SLibesiimaç-ão e, em alguns caso.s, até desprezo
praças de movimcnio e. através de um .sistana Paufo e a liegemonia no Situlicato d( )s Bancários m.siifkíentemente, tiveram grande repercussão à imprensa panidãria não pode mais perdurar.
de alto fuJanie. mantinham dhU<>go franco e fra do Rio Janeiro — c, ao mesmo lemjX). temos no .seio do Partido e mesmo fora dele 3d. Outra grande debilidade que não conse
terno com as pessoas .pre.semes. sobretudo na obtido algumas \'itói ias de \ulto. em eleições 32. PrecKupados também em oferecer mate guimos superar — pelo contrário, até se agra
forma de,()erguma.s e respostas; os fíjruns, reto sindicais no perlc.foo. comò entre as metalúr rial selecionado para amplo acesso ao.s militan vou foi a da política de recursos fmanceiros,
madosagora no[X-TÍodo ccmgressual e cuja ten gicos de Criciúma e Blunieiiau (,SC). de Niterói tes. aliados e simpatizantes, como fontes de in Até hoje hão remiremos com um estilo clandes
dência é se tomarem úm enconim peratanente (RJ), de Iparingu, Ouro Branco e Sabani (MG), formação .sobre algumas questões polêmicas, tino de fazer finanças, o que nos deixa .sempre
de pessoas ligadas ou não ao PCB interes.sadtLs construção civil de Santos (SP) e bancárips de organizamos e editamos várias puhliações co amarrados ao espuntaneísmo e a uma perma
em discutir diferentes questões scKriais. econô Gimpinas (.SP). HrasííiaáDF) e Curitiba (PR) mo com democmcb ao suciuUsnío (Para nente instabilidade. E com a mesma dificuldade
micas. políticas e culturais, construindo uma i^ialmente, o minimento sindical e.siá embu entender a política do PCli). i'm socialismo re- com que levantamos fundos para cobrir nossas
unidade para açõe.s futuras tido no realinhamentu das forças sociais e políti- nu\ada e i'm novo socialismo, 1 ivretos que tive atividades, não aprendemos a bem usar nossos
19. Iniciando o processo na direção de nos co-portidárias em andamento, e no\"as defini- ram grande aceitação da militância e de setores recursos, Nossas finanças ordinárias continuam
constituirmos como que num embrião e eixo "ções estão em pleno processo, ligados à nos-sa política. ridículas, e já que inexiste o sadio hábito de
condutor da construção de uma nova esquerda 26. Evento importaniis.simo, que está a mere contribuição mensal si.stemática entre militan
no Brasil, e idenilficando-nos nitidamente com cer sempre no.ssa maioi" atenção, foi a criação tes, estagnou ou mesmo diminuiu o número
uma profunda mudança nas concepções e práti da corrente Unidade Sindical, de iniclarira dos do.s que formam no.ssos círculos de amigos,
cas das forças comprometidas com um novxi nos.sos principais dirigentes sindicais. Privile nem tivemos êxito em nossos empreendimen
'sociaii.smo. fomos atropelados pelo nos.so pró- giando a ação dos comunistas na CUT. mas .sem tos empresariais.
pilo aiiasü teóriaj e pela incapacidade de ,sa- exdusivbino — já que não se pretende ii" de k
bemtos enfrentar correta e eficazmente a com encontro à ^democracia interna das categorias
IH
plexidade dos tempos atuais.
20. Tendo empolgado setores s(x.iais os mais
diversos, não soubemos conquistar parte signi
profissionais que em a.s.sembléias ou plebi.sclios
definem sua vinculaçcão a uma das centrais exis
tentes —. a Unidade .Sindioii está se voltando L
III
ficativa de mais de um milhão de pessoas que para uma política de unidade ampla do,s traba r Um programa partidário
paniciparam da campanha ou era última instân lhadores, onde quer que seu.s sindicatos e.ste-
cia deram o seu voto ao candidato do PCB que. jam (se na CUT. na CGT de Canindé, na IFS
.se apresentara como renovador. Nos.sa falta de de Medeiros ou na USI). tendo em vista a unida 37. Definido pelo \1II Congresso, um dos
estRitura e nossos métodos antiquados não no.® de de açãtj em torno dás questões convergentes mais importantes encargos do DN foi o de ela
permitiram aproveitar as ricas po.s.sjbiIidüdes e, estrategicamente, a ele\'açãü da classe operá borar um novo programa do PCB, de caráter
de ampliar significaüvamente nossa niiação e ria 3 condição de classe dirigente nacional.
estratégico, apontando o aminho brasileiro pa
militância, prícrizandt) as áreas de concentra 27. Dentro dessa perspectiva estratégica, es ra a ultrapassagem do apitalismo. Este progra
ção operária e movimentos sociais, além da ju tamos \ál()rizando as alianças concretas (jue em 33. Quanto ao processo de preparação de ma democrático, que está inserido no antepro
ventude e intelectualidade. cada entidade são necessárias para conduzir a quadros, aproveitamos .sobretudo os cursos de jeto de resolução para o IX Congresso, leva
luta cotidiana dos trabaliiadores (ora com seto formação ou seminários no Exterior. Nesse as- em conta o conhecimento da formação social
res de uma central, ora com setores de outra, peao, ti\'emos muitas e positivas iniciativas, so brasileira e das e.specifidades do desenvolvi
OS MOVIMENTOS SOCIAIS e mesmo com setores diferentes de uma mesma bretudo na forma de selecionar os companhei mento apitalista no Brasil, e contém uma previ
central). Estamos tentando nos articular para ros, que foram designados levando-se em conta são do processo social.
21. As razões de no.ssa débil inserção nos estarmos sempre presentes, em qualquer cir- as indiaçôes feitas pelas direções regionais e 38. Apesar de serem muitas as nossas limita
sindicatos — centro das no^as preocupações cuastânda, no movimento concreto, buscmdo o privilegiamento de estados das áreas de con ções, a começar pelo relativamente escasso do
— têm suas raizes enconiráveis no finai dos dirigi-lo e encaminhá-lo na direção política que centração do trabalho partidário. Além de uma mínio da cultura marxista, da teoria social e
anos 70 e Inicio dos anos 80, quando pensamos julgamos correta. seleção criteriosa, os escolhidos participaram do método dialético, bem como o pouco conhe
e tentamos reconstruir nossa influência no mo Tendo plataforma de ações ora em desen de um curso preparatório antes de sua saída cimento das demais correntes de pensamento
vimento sindical das confederações existentes, volvimento, a Unidade Sindicai (que é uma cor do país e no retorno realizavam um balanço políticas e sociais da aaiaiidade, sem falar do
sendo mesmo coniventes com a estrutura .sindi rente aberta a qualquer athásia ou dirigente coletivo sobre a experiência vivida, com obser- conhecimento pouco profundo da realidade
cal corporativa e deixando de i^rceber o que sindical, independente de panido político ou rações criücas que permiii.ssem melhorar sem brasileira e sua situação internacional, caminha
de novo apresentava o sindicalismo e o novo de central sindical em que ele mliita) está se pre mais o nosso processo educativo. mos na tentativa de nos desvencilhar de fórmu
perfil da cla.s.se operária e do conjunto dos tra preparando para participar do próximo Con- 34. Cera de 80 companheiros de diferentes las esquemáticas e ultrapassadas,
balhadores, gres.so da CUT, para onde levará suas próprias estados participaram de cursos de formação po- ■■ 39. No processo de aproximação desse novo
22. Numa visão estática do movimento ope Teses, procurando Influenciar os novos rumos iítia em Moscou, Berlim, Havana e Sófia, além Programa, fomos elaborando vários documen
rário e sindical, víamtts a realidade do inicio da principal articulação sindical do País. de seminários no Instituto de Ciências Sociais, tos que indicam as tendências principais de nos
do.s anos 80 quase que como a do inicio dos da União Soviétia. sobre a nova realidade polí- sa concepção de um processo re\'olucionário
anos 60, como se tudo estive&se como antes, tia mundial, a nova economia mundial e as que tem como ebto a ampliação constante da
sem nenhuma alteração essencial. Julgávamos QUESTÕES ORGÂNICAS araaerisiias do Estado moderno, democracia. Dentre estas resoluções destacam-
também que antigos lideres sindicais(do perío 35. Desenvolvendo esforços a fim de superar se "A caminho da renovação radial" (janeiro
do que antecedeu o golpe militar) permane 29. No tocante às iniciativas para organizar nossas debilidades de informação e formação, de 1991), "Por gma saída duradoura para a cri
ciam como referenciais nossos para o movi e educar, muita coisa foi feita, mas bastante e procurando difundir ensaios e debates insti- se" 0990), o projeto de 'Teses" (março de
mento, capazes de avaliar a nova realidade bra aquém do desejável No plano orgânico, exce gantes, tudo com o objetivo de estimular o estu 1990), "O Brasil, o mundo em reestruturação,
sileira e ü novo quadro sindical e de nos propor ção do relativo êxito da Campanha Nacional do e a Investigação, o confronto de idéias e a iJémocracia e o socialismo" (maio de 1989)
forma.s corretas de atuar positivamente dentro de Filiação, conseguimos a nucleaçâo de novos as discussões sobre as questões mundiais e bra e "Um novo bloco político por mais democracia
da nova e dinâmica realiclade social. filiados mas em pequena quantidade; amplia sileiras, utilizamos instrumentos como as revis- e justiça social" (março de 1988).
voz•21
aos Comunistas,em claro as divergências não se vários desdobramentos,a lula linhas mestras da política democracia de massas, significa
esgotavam, na tática e na desenvolvida a partir de 1958.
Vil CONGRESSO contronto com a direção.
estratégia, envolvendo
interna teve seu desfecho
durante a realização do reelaborando e avançando em
uma virada ou mesmo uma
ruplura que não deve ser
-
A lula interna acirra-se durante concepções diferentes sobre Congresso de 1982, com a algumas questões, como a da subestimada nos avanços
a discussão das Teses para um' organização, sobre a realidade vitória do núcleo dirigente do organização do Partido. contidos nas.resoluções do VII
O VII Congresso do PCB foi Debate Nacional dos histórica nacional, sobre a Comitê Central. Marcado para se Preserva a tática de frente Congresso. É nesse caminho
convocado quando a direção Comunistas pela legalidade - realização do socialismo, etc.'A realizar em São Paulo em democrática para derrotar a que os comunistas realizam o 8'
nacional ainda se encontrava no do PCB,lançadas em 1981 pelo primeira, à esquerda, com dezembro de 1982, o dia de sua ditadura, colocando novos Congresso do PCB,o primeiro
exílio. Ao mesmo tempo da Comilè Cenltal. Neste processo resquícios da política abertura (13)foi interrompido problemas. Rompe com os na legalidade.
convocação do Congresso revela-se o surgimento de duas desenvolvida a partir cio pela Polícia Federal, que resquícios do nacionalismo Em Brasília, estiveram a partir de
surgem problemas graves e concepções alternativas á Manifesto de Agosto de prendeu todos os participantes. libertador, invertendo a velha quinta-leira, 16 de julho de 1987,
sérios no seio do Comitê Central, política desenvolvida desde opunha-se também à renovação Seu término deu-se ao longo de fórmula estratégica do caminho cerca de 120 delegados
com o desencadeamento de março de 1958. Destas duas do Partido. A segunda, à direita, 1984,em absoluto sigilo, quando da revolução brasileira que congressistas de todos os
uma acirrada luta inierna, que se correntes, a primeira era incorporava elemèntos da se elegeu um novo Comitê resistia desde a década de 30 estados e territórios do Pais,
torna aberta e piiblica em março encabeçada por Prestes e a corrente liderada por Agitdo Central e se aprovaram as calcada na concepção nacional para discutirem os problemas
de 1980 quando o ei^làb segunda pela direção do Comilè Barata em 1957. defendia - resoluções contidas em Uma e democrática, para democrática, políticos ligados à situação do
seCTetário-gerál do PCB.Luís Estadual de Sao f^aulo. Ambos concepções próximas da * Alternativa Democrática para a e nacional. Isto, acrescido da Brasil, bem como numerosos
Carlos Prestes, lattça a Carta contrapunham-se às leses, mas socíal-democracia. Depois de Crise Brasileira. Manteve as política de luta por uma convidados e interessados.
22 «voz
d)c^atKlcccr c rccoibcr as confribuições dos filiados«simpatizanies. divulgai Art. 45 — Compete u Convenção Nacional; c) a divisão proporcional será feita dividindo-se a soma dos votos dados âs chapas'
a imprensa, a literatura e o programa do'faitido; a) fixar diretrizes para atuação partidária; que alcançarem o limite xle 20% (vinte por cento) pelo número de vagas a
el planificar a attviüade cotciiva. definindo a responsabilidade individiui dc
cada filiada, realizar periodicamente o controle político, fazer novas filiações
W estMihcr os candidatos do Partido à Presidência c à Vicc-Presidcncia da
Republica;
Jreenclier através dà eleição, desprezadas as frações;
) os lugares que rcsulurcm de sobras aritméticas caberão à chapa mais votada;
c íDcoiporar iodos à «da partidária. c) decidir sobre coligação com outros partidos; • os delegados e suplentes serão preenchidos por indicação do Diretório eleito.
Ari. 26 — A Assembléia, constituída pela reunião geral dos filiados, c o d) aprovar o Estaluto. o Rcgimcnio Interno, o Código dc Ética e o Programa, Art. 56 — Os mandatos dos diretórios terão a duração de 3 (trcs) anos,
dirigente superior do Núdoo dc Base. bem como as propostas dc reforma; admitida a reeleição de 2/3 (dois terços) c 1/3 (um terço) por um novo período
Art. 27 — Compete à .Assembléia dos Núcleos de Base: él eleger o Diretório Nueional. o Conselho Nacional de Ética, o Conselho Fiscal altcrnadamenle.
a) examioar a prestação dc contas da urividade do .'«actariado do núcleo e c seus supleiite.s; Art. 57 — É proibido a acumulação de tarefas executiva.'; cm mais de uma
sobir ela deliberar. f) jtilgar os recursos das decisões do Diretório Nacional c das Convcnçõcs Regio Comis.sáo. Executiva.
b) discutir e rasôivcr sobre a atividade política coletiva do núcleo e dc cada nais;
um dos filiados,e de sua organizado. g) decidir sobre a dissolução, u incorporação e a fusão do Partido c, se for
Cl clv^er o Secretariado do Núcleo, seu presidente c os delegados à convenção o caso. sobre a dcslinação do patrimônio: TITULO ni
superior. hí examinar e decidir sobre o balanço de prestação de cantas do Diretório
/Wl' 28 — O Secretariado do Núcleo de Base é o órgúo dirigente entre uma Nacional.
c outra ascmbicia gorai. Art. 46 — A Convenção Nadonal reúne-se ordinariamerite de três em üés- DO PATRIMÔNIO E
Art. 29 — Compete ao Secretariado do Núcleo de Base; anos, por convocação do Diretório Nacional, e c.xiraordinariamemc quando
a) Convocar a assembléia geral do Núcleo de Base e de suas próprias reuniões. convocada para tratar dc matéria específica, nclo próprio Diretório Nacional DA CONTABILIDADE
b) planificai c dingir a atividade política do núcko. cumprindo as resoluções ou por rcpicseniaçáo dc um Diretório Regional
' la! que
c obtenha
' " o apoio de metade
duassemblcu gcrafe da instância superior. m;iis um dos Diretóriiis Rcejoiuib. ou ainda por determinação de Convenção
Cl manter o diretdriu da instância superior informado a respeito da atividade amerior.
CAPITULO I
política d» itúdeu.remetendo regularmente a contribuição orgânica mutuamente
Bccriada. CAPITULO VI DO PATRIMÔNIO
00 DIRETÓRIO NA CIONAL Art. 58 -~0 patrimônio do Partido será constituído pelos bens móveis c
CAPITULO I\' iníóveis de sua propriedade, pelas contribuições obrigatórias dc seus membros:
DAS ORGANIZAÇÕESZONAIS, Art. 47-0 Diretório Nadonal. eleito pela Convenção Nacional, dirigirá pelos donativos que lhe forem feitos c pelos recursos do fundo partidário.
o Partido cm todo o território nadonal. Art. 59—0 membro do Partido que ocupar cargo efetivo ou cargo público
mmciPA isE REGioms Jc confiança contribuirá mensalmente conforme estabelece o regulamento dc
Art. 48 — 0 Diictório Nacional é composto pelo número demembros fixado
na Convenção que o eleger, finanças.
Art. 49 — Compete aõ Diretório Nacional: Ari. 60 — Os filiados pagarão uma contribuição mensal fixada cm comum
Art. 3ÍI — As orgauizaç"c.N zonais, municipais c regionais são dtngidas pclo.s ai dirigir toda a atividade partidária, visando tevuf ã'prática as resoluções da acordo com a respectiva organização e o regulameiilo.de finanças,
rçspertivusdirctóriosc cutrstiWidiK dc todas a.s organizações c filiados existentes Convenção c as suas próprias; Art. 61 — Para votar e ser votado, nas eleições partidárias, o filiado deve
tia reapertiva área. b) examinar a presraçáo dc cintas da atividade da Comissão Executiva e sobre estar cm dia enm sua-contrihmção'financeira, admitindo-se o pagamento até
•Art. 31 - A Convenção Zonal. Municipal ou Regional é o-drgâo dirigente cia deiibcror: o processo dc votação.
Hípcrior dauirganizaçáo respectiva. Art. 62 — Em caso de dissolução do Partido, o patrimônio será destinado
Cl designar os dcpatiãmcnios auxiliarcs permanentes, as eomissòes icmponirias.
Ari 32 — A Cunveiiçüii pode ^t ordinária ou cxtniurdmãría. as ussèssütias. as responsáveis pela imprensa e outros quadros neccswrios ao á,eniidadc congênere ou. associação dc fins sociais ou culturais escolhida pela
Art 33 — lU Convenções Orilionrias se realizam dc três em ires anos e trabalho de diréçáo; Convenção Nacional que decidir pela dissolução.
devem obrigaiurtamente; dl apresentar á Convenção Nacional os nomes dos candidatos a Presidente
BI fazer o Imlanço da advidadc purtidária du Conselho de Ética e do Conselho e V^cc-Presidentc da República:
ttseal e) apresentar à Convenção Nacional a relação dos candidatos a cargos efetivos CAPITULO n
federais indicados pelos diretórios regionais:
b)examinar u liabaiho da Direção, do Conselho dc Ética c do.Conselho Fiscal; 0 apresentar à Convenção Nacional proposta de tática eleitoral; DÁ CONTABILIDADE
ci eli^er o dirctótioj seus órgãos dirigentes. o-Conselho de Ética, o Ctiaselho gt elaborar o regimento interno, as normas do processo congressionai. de funcio
■piscai c as delegados á Convenção Supénordo Partido. namento da bancada federai. (Lt contribuição financeira dos filiados e cias Organi
Art 34 — As Convenções Éxtraoroiniirias se, reúnem para debater e resolver Art. 63 — Os diretório.s manterão escrituração dc sua receita é despesa,
uma ou mats questões espeaTicas relevantes:
zações partidárias c administrar os meios financeiros c os bens patrimoniab. precisando a origem daquela c aplicação desta, em livros próprios, na forma
a) em cumprimento dc resolução dc instância mperior; se possível ou«ndo parecer do conselho fiscal; (Ia lei.
b) pur iniciativa do diretório da organização rcs]Kctiva; hi eleger a comissão executiva, o scctetariaçjü. o Presidente c o vice-presidente Art. 64 - O.Earlido fará a prestação dc contas à Justiça Elcilorui. na forma
do Partido; dc lei.
ci.pcT proposi» de um diretório aprovuda pela maioria dos diretórias do mesmo Ddecidir sobre os processos dc sanções disciplinares de seus membros, depois
nível.
Art. 65 — A contabilidade do Panido se regerá pelo estabelecido na lei.
de ouvido parecer do Conselho de Ética, c sobre os proccs.sos. cm grau dc
Art. 35 - As Convenções realizar-se-áo dc acordo cora a legislação p.irlídãria recursos, encaminhados nelos diretórios intermediários.
e as normas estabelecidas pelo Diretório Nacional, salvo quando convocadas Ari. 50—0 Diteióiio Nacional rcúnc-sc por convocação da Comissão Execu-'
exclusivamente por nm diretório intsnncdiánü. casocm que este poderá baixar liva na füima dc seu regimento e cxtraurdinariamcnie; TITULO IV
normas especilicas. ai em cumprimento d.i occisán da reiinián :interiiir;
An. 36 — A> Convenções ordinárias ou extraordinárias são con.st/ruídas iio.s b| por iiliciativa da Comissão Executiva;
Zonais. Municipais e Regionais, pelos delegados cora direito a .voz e voto. c) por prüposta de um de seus membros, aprovada pela maioria. DAS DISPOSIÇÕES
eleitos dc conformidade com as normas, tendo apenas direito a voz os membros Art. 51 — A Comissão j;xecutiva dirige o Partido entre uma e outra reuniáo GERAIS
do réspcciivo diretório não eleitos delegados c os convidados. do Diretório Nacionid.
Art. 37—0 Diretório c o órgão dirigente da respectiva organização entre Compete à Comissão Executiva:
uma eourra convenção. uj dirigir a atividade partidária, visando a execução prática das Resoliiçóes Art. 66 - Os diretórios poderão promover congressos, conferências, seminá
An. M - Compete ao Diretório: do Diretório Nacional e suas próprias; rios e encontros para debater questões políticas, econômicas, sociais c culturais.
ai planejar c dirigir a cxccuçáapcática das rcsoluçÕR da rtrspcctiva convenção b) dirigir o trabalho dos depariamenios auxiliarcs, a imprensa do Panidoc Ari. 67 - Os filiados do Partido não responderão subsidiariamcnie pelas
e das ínsiànoas superiores do Partido; . coordenar a atuação dos membros do Diretório Nacional na execução prática obrigações contraídas em nome da organização partidária.
bi eleger a Comissão Executiva, que elegerá seu coordenador. das resoluções: Art. 68 - Os prazos de recurso .serão sempre de 5 (cinco) dias a contar
Art 39 - O coordenatlor tepre-veiiia o diretório nas relações com o poder •cj preparar as reuniões do Diretório Nadonal, fezcndo a convocação c entre da intimaçâo da decisão.
público, os partidos políticos e as entidüde.s da sociedade civil. gando a seus membros, cm tempo hábil para estudo, os projetos de documentos § l! — Na contagem dos prazos exclui-se o dia do começo e inclui-se o
Art 40 Os Diretórios .vãacouvocados pelas respectivas Comissões Execu constantes de pauta; do vencimento.
tivas. rcunindfj-se ordiítariamentu a eada 121 {cento e vinlc) dias e extraordiná d) çlcgcr ícu Coordenador. § 2; — Os prazos somente começam a correr a partir do primeiro dia útil
ria incitie: Art. 52 — O Secretariado da Comissão Executiva é seu órgão operativo, após a intimaçâo.
atende ás questões de ordem prática do trabalho dc direção, presta coiiia.s § 3t — Considcra-sc prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento
al em cumprimento de decisão anterior; de suas aiividadcsà comis.sáo Executiva e é coordenado por um de seus membros.
b| por iniciativa da Comissão Executiva; cair em sábado, domingo, feriado ou cm dia que não haja expediente na sede
c) por resolução de instância superior;
PARÁGRAFO ÚMCO - As funções do secretariado estão regulamentadas partidária.
pela Comissão Executiva. Art. 69 - Os diretórios, poderão imprimir periódicos ou manter programas
d.) por proposta dc um de seus membros aprovada Kla maioria.
Art. 41 - Os Diretórios Zonais. .Municipais e Rcgionais-élcgeráo entre os de rádio c iclevisào para divulgar assuntos.políticos. sociais c culturais, o progra-
seus membros as re^cctivas Comissões Executivas, que dirigirão o Partido iha partidário í pronunciamento dc interesse do Partido.
nos interralos entre duas reuniões da Diretório.
CAPITULO VII AjI. 70 — As Convenções fixarão, em cadu caso. o mimero de membros
5 It — O- número dc membros das Comissões Executivas é fixado pelos DAS ELEIÇÕES INTERNAS dos respectivos diteiórios.
Diretórios; - Art. 71 - As normas.pjira realização das Convenções, Congressos,. Coníe-
§ 2: Os líderes das-baneadus nas Cáma^ Municipais fazem paite das Ari. 53 - Nas eleições internas, o voto seta sempre direto e secreto. rcncias e eleições partidárias serão fixadas pelos respectivos diretórios.
respectivas Comissões Executivas; Art. 54 — .A composição dos diretórios e demais órgán.s dirigentes db Partido
S 3t — A.S Comi^s Erecuiivás apíicmn as resoluções aprovadas pelas Con- deve refletir propoicionalmemc a pluralidade de opiniões do conjunto partidário
venções. Diretórios e suas próprias
'as decisóe.s;
dedsc na respectiva jurisdição,
141— QuíükÍo necessário, as comissões cxccuriva.-; podem nomear um Seacta- Ari. 55- Em oualqucr Convenção somente .será con,siderada de/ts a chapa TITULO V
nado para operar a atividade prátira e o cotidiano do rMpectivo organismo. .que venha a reccncr no mínimo 21)'^r (vinte por cento) das votos dos conven-
Art. 42 — Ai dáposiçws deste capítulo se aplicam às or^nizações de grande aonais. i ■S i"-'
empresa, de setor e de atividade de caráter zonal. muDicípal. regional e nadonal. § l!— Contara-se tomo válidos us votos cm branco. DAS DISPOSIÇÕES
§2:— Não SC constituirá DHelõno se quaisquer cias chapas concorrentes não
vier a obter a votação prevista neste artigo. TRANSITÓRIAS
CAPITULO V |3t— .Se houver uma só chapa, .será ela considerada eieita, em toda a sua
DA COMTNÇÁO NACIONAL composição, desde que alcance 20% (vinte por cento), pelo menos, da voraçáo
válíoa apurada.
•Art. 72 - Nos casos de vacância nos diretórios, e não havendo suplentes,
siçáo, a que alcançar mais de (oitenta por cento) dos votos válidos apurados. as vagas poderão ser preenchidas pela convenção convocada especialmente para
.Art. 43 - A Convenção Nadonal é o órgão dirigeaic supremo do Partido. §5:— Não atingindo quai-squer das chapas concorrentes o percentual de que esse fi m.
Suas Resoluções obrigara a iodas e só podem ser revogadas, uo todo ou cm iraia o parágrafo amerior. os lugares a prover serão divididos, proporcional ArE 73 - Os diretórios dos municípios com mais de um milhão de habitantes,
parte, por outra Convenção Nacional. mente. entre aqueles que tenham reccbicio, no mínimo, 20%' (vinte por cento) eleitos aié 30 de Junho de 1991, exercerão até o final. '
Art. 44 - A Convenção Nadonal será consttíuíds; dos votos dos convencionais.
ai dos membros do Diretório Nadonal; § 6« - Ocorrendó a hipótese do parágrafo anterior, serão observadas as .seguintes Art. 74-0 Diretório Nacional regulamentará, no prazo dc 120 (cento c
b) dos óefc^os elcrtos nas Convenções Regionais; normas: vinte) dias, a matéria referente a Pàirimônio c Coniabilidade do Título 111. » i
c) dos delegados cleitós nas qr^nizações vinculadas dírelumenle ao Diretório •a) os tanditatos ao Diretório, a suplente c a dciegado serão considerados deltas
Nacional.na forma doicgimemo; -, /• com a chapa cm que estiverem insaitos, na ortiem de sua ctilocação no pedido
dl tios ípptcseniaiites do part^o no Coiigrcsso Nadppal. ' de regato,
PãKAGRAFO Único - Osdele^doK téi^idizeito a voz e voto; os membros "b) u divisáo
oivtsú proporcional terá cm conta n soma dos votos dados às charas que Rio de Janeiro, 05 dc maio de 1991
do Diretório Nacional c rcptescmadtesdo Pàr^ Bi Conresso Nacional, que alcançarem o limite mínimo dc (vinte por cento) c não o (oial de votos
riõo forensdeleiados. só lerâodircito a VOZ; válidos apurados na convenção; Direção Nacional do PCB
Regimento Interno do 9^ Congresso
(Proposta em discussão)
I—A instalação do Congresso c)Quando a contra-proposia for de substituição documentos alternativos, após o que a reunião (2)quando se referir a texto novo, produzido pela
total dos nomes apresentados,o pre.sidente a colo- será encerrada. Não iiaverá leitura clü,s documen Comissão.
4>1. Cpidenciammü deiegadi.i ao Congresso: ará em discussão, dando a palavra por dois (.2) tos que entrarão em discussão — os do Diretório d)Anotados os destaques,a Mesa [xís.sará à vota
minutos ao autor e. em .seguida, a mais um outro, Nacional e os aliemaüvos — .subentendendu-se ção, primeiramente do projeto como um todo.
a) Os delegados- e/eavos eleitos nas Conferèn- I>elo mesmo tempo, que queira defender a pro- que os mesmos já serão do coniiecimento dos ressaívados
ressalvados us
us destaques,
desiaoL e a seguir, dos destauqes
das pantdárias e nos FôruiivS Sodalistas serão cre- [Xjsta do DN. e em seguida pas.sa ã votação das delegados. pela ordem em que foram pedidos. Para o encami-
dendadus pela Comissão de Mandatos do Con- mesmas. Hatendo mais de uma proposta, o pro A reunião de instalação publica do Congresso nhamento da votação de cada destaque, será con
gresst)^9:00 horas de 29/QS ãs 9:00 horas de cesso será aplicado sucessivamente a cada uma será ahertJ ás 16 liortis do dia 30/05 e cumprirá cedida a palavra, por dois minutos, ao proptíiiente
31'05, horáriocorrido aiè às 20:00 horas. Nesse de!a.s, na ordem de suas apresentações-, programa especial preparado pelo Diretório Na e a outro delegado que queira falar contra.
mesmo período serão credenciados os suplentes d)Quando a coiitra-propasia for de substituição cional do partido. e) No caso de haver documentos alternativos
de delicados que se apresentarem munidos de parcial dos nomes apresentados,ti presidente dará aos apresentados pelo DN, o procedimento indi-
comunica<;ão escrita das titulares informando sua a palavra por um minutt) ao autor da proposta n — Discussão e Votação ,cado na letra b) é substituído pelo seguinte; A
dèsisiènda de comparecer ao Congresso e autori e.em seguida,a mais um outro. peU) mesmo tem- dos Pontos da Pauta Mesa põe em di,scussão os projetos apresentados,
zando o credenciamento de seu suplente, [XI. que queira defender a |iro[X).sia originai, Ha concedendo a palavra, por 10 minutos, aos relato
vendo mai.s de uma contra-proposta, o processo 05. A discussão.
b) Esgotado esse prazo, a Comissão veriricará res dos mesmos,findo o c]ue colociiní em votação,
se há a ausência de delegados efetivos e creden será aplicado sucessivamente a ada uma delas, a) A dlscu,s.sãc) dos pontos da Pauta do Con cada prtjjeto separadamente, apurando \'otos a fa
ciará os seus suplentes cjue já tiverem se apre- na ordem de suas apresentações. Para efeito de gresso, salvo a eieiç-ào do Diretório Nacional,.será vor, contra a abstenções, e declararíi aprü\~ado o
.sentado: viitação essas prtipostas de substituição de nomes realizada no dia 31/05, da.s 9hs'às 20hs, com inier- que alcançar maior número de votas a fa\'or- No
c) O prazo para apresentação dos delegados serão consideradas como desta{]ues ã proposta rupçoe-s de duas horas para almoço e de 30 minu- caso de empate, ganha o que apre.seniar menor
efetivos e suplentes se encerra às 9:00 horas do original,e o procedimento será o seguinte:o presi- ttxs para descanso, em .horários a estabelecer. número de votos contra.
dia 3V05. viente põe em votação a proposia do DN. ressal b)Para a discas.sâo dos poiuo.s da pauta, e para 0 O Congresso adotará resoluções exclusiva
vados os destaques, e em seguida cada um destes, possibilitar o uso da palavra pelo maior número mente sobre questões consiante.s de sua pauta.
02.i Jnstallição do 9^ Congresso se processará pela ordem de apresentação: de oradores, os delegados serão distribuídos em As propostas sobre outras cjuestões, pon-entura
em duas ea/m. consistindo: ej Eleiia a .Me.sa, o presidente provistirio passa- grupos cie discussão de no máximo 60 peaois apresentadas, serão encaminhadas ao Diretório
lhe a direção dos traballios e lhe entrega as demais cada um, sendo prevista a constituição de doze Nacional que decidirá o que fazer com cada uma
a)a primeira etapa, em uma reunião prqjara- jiroposias do DN que devem ser votadas na reu desses grupos. O critério para essa distribuição delas. Votados todos os projetos de uxlas as Comis
tócia d«itinada a estabelecer a organização do.s nião preparatória; será o cie que cada delegação estadual esteja pre .sõe.s de Resi.)kiçües, a Mesa ciará [xjr encerrada
trabalhos do Congresso e aprovar o.seu Regimento O Assumindo suas funções, a Mesa escolhe em sente em todos us gaipos. Cada delegado receberá essa parte do.s trabalhos du Congresso.
Interno. Dessa reufiiào preparaiórLi particíparà(j seu seio o presidente da sessão e dois secretários individualmente, no mcimento de seu credencia
somente delegados. c|ue discutirão e votarão: a permanentes,e prcKede à chamada tios delegados, mento,a informação do grupo de que participará. ni — Eleição do Diretório Nacional
0'>mp<:»siçáo Mesa que dirigirá os trabalhos; a segunilo a lista de credenciadtjs até o momento, c)Cada grupo amiará com a participação obri
pauta do Gmgresst.» e o tempo dedicado à discus apresenuida iiela Comissão de Mandatos,e anuncia gatória de um membro da Me.sa, que a repre 07. A eleiçk) do Diretório Nacional .será retúi-
são de cada um de seus pontos-, a comiDosiçâo o número ue delegados presentes com direito sentará e presidirá a reunião, e um membro de no dia 02/06. das 9h.s às dOhs. e .se processará
da.s Comissões de ResoluçõevS referentes a esses a voto pleno, a voto restrito e com tlireiio apenas . cada uma das comissões de resoluçòe,s eleitas na seguindo usseguintespreceitos e prvcedimento.s:
IKtntos-, e este Regimento interno; a voz. Em seguida, eoltKa em discussão e votação, .se.ssão preparatória, a)A eleição do Diretório Nacional se processará
f> I a segunda ccflpu, na aoíonidudc do inscalaqúü surp.ssivamenrp. M)a proposw de l^iiu do O >n- d)Qs gai|>o.s" di-scurem os pontos-eni pauta no l>oi voia^^áo scueia ciu diuiias. Pai a euiieuuciciii,
pública do G)ngre.sso. gre.sso:(2)as prupo.sias de Comisstões de Resoiii- Coiigre,s.so, mas não deliberam sobre os mesmos. as chapas terão que ser registradas na Comissão
ç(>e.s; e (3) a proposta de Regimento Interno do As resoluções serão adotadas em reunião plenária Eleitoral até .à-s 20 honis do dia 31/05 e estarem
05. A reunião preparáiòría terá início às 9.HÚ(no Congresso, todtis elas encaminhadas pelo DN; de todos os delegados. •vub.scrita.s por, no mínimo, 30 delegados panidá-
te) horas do dia 30.05, com qualquer número g) Au anunciar a proposta de pauta do Con e)Haverá um tempo único de intervenção para rios. A votação e apuração serão presididas pela
de delegados votanies plenos presentes, desde gresso, a Mesa inforrhará se há documentos alter cada delegado que se inscre\-er para falar, de dez
Comi5.são Eleitoral.
que já tenham sido credenciados pela Comissão nativos aos apri^entados [íelu Diretório Nacional. minutos, e os delegados o utilizarão para opinar b)A eleição do DN compreenderá dois momeri-
de Mandatos a metade e mais um dos delegados Para ser admitido na pauta, um documento alterna .sobre as questões de suas preferências, dentre tüs: (1) no primeiro, tem lugar a votação e, em
com direito a wio pleno que cordirmaram sua tivo deve estar subscrito por um mínimo de 50 as que compõem a pauta do Congresso.
delegados (somente delegados partidários se se seguida,a apuração,finda a qual a Comissão Eleito
presença m > O mgresso. A reuivao será abena por f)Em atda grupo,o presidente da reunião con ral comunica os percentuais de votos alcançados
um membro do Diretório .\'acional tOSi que a refere a .questões internas do partido) e ter sido vida um dos panicipantes[Xint anotar as inscrições pelas chapas concorrentes; e(2) no segundo nio-
dirigirá atéa eleiçlo da Mesa.ereali/airá osseguin eniregtie à Secretttria do Congresso até às .8:00 de oradores e ajudá-lo a controlar o tempo cie
horas do dia 30/05.
memo, a Comissão calculará quantos nomes cada
tes atos: cada um. chapa elegeu,tendo em conta aqueles percentuais,
3 — DLsciLs.são e vijtação da Pauta do Congresso: g) No desempenho de suas funções, os presi e proclamará o Diretório Nacional eleiio-
1 — Di.scussãü dü Febtóriü da Comissão de Man dentes de reuniões e gruptts concedem a palavra c) Para ter direito a participar do DN, a chapa,
datos; a) Procedida a leitura da proposta de Pauta, a aos que se inscreveram, resolve as questões de precisa ter alcançado no mínimo 20% dos votos,
a)O presidente dá a palavra ao reüuor da Comis Mesa indaga do plenário se há projXJSias de mu t.irdem e zelam para que os oradores se mante d) Os candidatos ao DN, efetivos e .suplentes,
são de Mandatos nara apresentar o seu relatório; danças, No.case.) negativo, a Mesa considera a[)r(> nham nos limites do tempo que lhe é destinado. serão considerados eleitos com a chapa em que
b)Procedida a feitura do relatório,o presidente vnda a pauta, dispensando votação. h) As reuniões dos ^pos sefào encerradas às estiverem iascritos. na ordem de sua colocação
indaga se alguém deseja esclarecimentos do reia- b) Na caso afirmativo, a Mesa dará a palavra, 20 horas, ainda que haja oradores inscrito.s. no registro na Comissão Eleitoral.
ter e dá a palavra, por um (1) minuto, àqueles por dois minutos,a cada proponente de mudanças i) As emendas dos delegados aos documentos e)Comam-se como \'álidos os votos em branco.
que desejarem pedi-lo.s; e,em seguida, a mais um outro, pelo mesmo tem em discussão, para serem consideradas, devem f) A divisão proporcional terá em coma a soma '
c) Atendidos os pedidos de esclarecimento, o po, que queira defendera proposta originai. Ha satisfazer às se^intes condições;(1)serem escri dos votos dados às cliapas que alcançaram o limite
presidente põe em discussão o relatório,discuSsão vendo thais de uma proposta de mudança na Pauta," tas e textuais, indicarem o lugar do documento mínimo de 20% e não o total de votos válidos
que deve dírigir-.se estritamente a examinar se a o procedimento será repetido em cada caso. Para onde de\'em ser aplicadas; (2) serem subscritas apurados na eleição.
Comissão cumpriu satisfatoriamente sua tareÉi de efeito de votação, essas propostas de mudanças por no mínimo dez delegatJos. Essas emendas de g)A divisão proporcional.será feira dividindo-se
credenciar como delegados aqueles que se apre- na ftiuta serão consideradas como destaque à pro vem ser entregues às Comissões de Resoluções a soma dos votos dados às chapxs que alcançarem
sentararh munidos de comprovantes que os acre posta original, e o procedimento será o seguinte: (aos representantes destas nos grupos de díscus- * o limite de 20% pelo número de vagas a preencher
ditavam como tais; a Mesa põe em votação cia propo.sta do DN, em são) ate às 20 horas do dia 31(05 através da eleição, desprezadas as frações.
d)No caso de haver impugnação de credencia- bl<x:o,ressalvados o.s destaques,e em seguida cada 06. Votação. h)Os lugares que resultarem de sobras aritmé
tnento ou reclamação por não credenciamento, um deites, pela ordem tie apresentação, A votação dos projetos de resolução apresen ticas caberão à ciiapa mais votada.
o presidetite ind^a do relator se a Comissão con- c) Se a proposta de incíusãu de novo ponto tados pelas Comis.sõe.s será realizada no dia 01/06,
corda com o redàmanie. Se a resposta for afirma na Pauta for aprovada e tj projxmente não houver das 9iis às 20hs, e obedecerá aos seguintes proce
tiva, as reclamações serão coasideradas incorpo indicado nomes para a Comissão de Resoluções IV — Disposições Gerais
dimentos:
radas ao relatório; se for negativa, o presidente corre^ndente (se esu for necessária), a Mesa a)A discussão é iniciada com o relator da Comis- a) As questões de ordem só podem referir-se
pt*)e as redaraaçijes em votação, pela ordem de o farí {)ondü-üs em discussão e votação. .sào justificando sumariamente o projeto por ela ao cumprimento das disposições de.ste Regimento
apresentação, concedendo antes, em cada caso, 4—Di,scu.ssâü e votação do Regimento hitemo: apresentado, após o que prestará ao plenário us e .serão resolvidas pela Mesa.
a palavra ao reclamante e ao relator, pelo tempo esclarecimentos solicitados. b)As sugestões de encaminhamento(de discus
de dois minutos, para defenderem suas posições. A discussão e votação deste Regimento Interno b)A .seguir, a Mesa põe em discussão o projeto são, de votação) serão apresentadas à Mesa, que
será procedida segundo as normas esialxrlecitlas da Comissão, dando a palavra, por 5 minutos, a decidirá sobre sua aceitação, levando em conta
2 — Eleição da Mesa que dirigirá os trabalhos fara a discussão e votaçãij dos projetos de rest)lu-
do Congresso: um máximo de seis oradores, altemadamenie a o que dispõe o Regimento e a necessidade de
çáo apresentados i^eias Comissões (ver artigo 06, favor e contra o projeto. serem cumpridos o.s prazos e.stalíelecidos para as
a) O presidente provisório lè a proposta de adiante). c) Terminada a discussão, a Mesa indaga se liá diferentes fa-ses do Congresso.
composição da Mesa encamiitliada pelo DN e inda 5 — Intervenção dos informantes dos pontos destaques para votação do projeto. Destaques só c)Os apartes são concedidos pelos oradores.
ga do plenário se liá conira-propostas; da Pauta: d)A Mesa cassará a[)alavra do orador que,adver
podem ser apresentados j)or escrito e nos.seguin
b) No caso negativo, o presidente considera a Como ato final da reunião preparatória, a Mesa
tes casus: (1) quando se destinar a repor, total tido do esgouimentü do tempo de que dispõe
proposta aprovada, dispensado votação: no caso dará a palavra, pelo tempo de dez minutos, aos ou parcialmente, emenda apresentada e que não para Intervir, continuar abusivamente a usar da
afirmativo,opresidente prossegue como se segue: informantes cios pontos m pauta aprovada e dos foi acolhida ou o foi parcialmente, pela G)mis,sào; palavra,
24•VOZ
GREVE
OPCB — Partido Co
GERAL
munista Brasileiro
— manifesta o seu
pagamento da dívida
externa, que vai trazer
mais sacrifícios e sofri
apoio à Greve Ge mentos para o povo.
ral Contra a Recessão e É preciso que os tra
a Fome,convocada para balhadores participem
os próximos dias 22 e maciçamente da Greve
23 de maio,pela Central Geral de 22 e 23 de
Única dos Trabalhado maio, para dizer ao Go
res, Central Geral dos verno Collor que não
Trabalhadores e Confe agüentam mais esta si
deração Geral de Tra tuação e que exigem
balhadores. mudanças urgentes,
A política econômica com a retomada do
do Governo Collor, ao crescimento econômi-
combater a inflação CO, com redistribuição
através da recessão, do ^ . de renda, defesa das es-
arrocho salarial e do talais e dos serviços pú
desmonte do setor pú blicos, democracia e
blico, agravou mais ainda as já indignas condi A violência no campo aumenta, a reforma justiça social.
ções de vida da imensa maioria do no.sso povo. agrária não se realiza, levando os trabalhadores O PCB conclama todos os .setores do movi
0 pais precisa crescer 2,5% ao ano, somente rurais a fugirem para as cidades em busca de mento sindical — centrais e sindicatos não filia
para oferecer emprego aos jovens que chegam emprego e comida,'aumentando mais ainda a dos a nenhuma central — a se engajarem na
ao mercado de trabalho. No. entanto, em 1990, população das favelas e palafitas. Doenças facil organização da Greve, que precisa do apoio de
no.ssa economia decresceu 4,0%, tornando os mente controláveis, como o cólera, ameaçam rodos os partidos políticos democráticos e pro
brasileiros 6.5% mais pobres. No mês de março, a vida de milhões de pe.s,soa.s, exatamente pela gressistas, das entidades da sociedade civil, dos
1 milhão de íraballiadores perderam o empre fiilta. de saneamento básico — 60 milhõe.s de governadores e prefeitos de eiDosição. Os filia
go. .sem oMuar os mais de 30 milhões que se brasileiros não têm rede de esgotos, 30 milhões dos do PCB — sindicalista.s, parlamentares, mili
encontram fora do mercado formal de trabalho, não têm coleta de lixo e 15 milhões não têm tantes em oi\ti\)s setores organiz-ados da socie
sem carteira assinada. água tratada — pela desnutrição e as péssimas dade— cen'arãofileiras no construção da Greve
O salário minimo é o mais baixo da história condições médico-hospitaiares da rede pública. Geral, cujo sucesso .será um passo importante
e um dü.s mais baixos do mundo.Com o arrocho na luta por uma vida melhor.
salarial e o desemprego, aumenta o niimero Não temos a menor ilusão de que este quadro Contra a recessão e a fome!
de brasileiros submetidos à fome e à subnu pos.sa ser revertido com a mudança da equipe Pela retomada do crescimento, com re
trição. Em abril, os supermercados venderam econômica. Ao contrária, a nova equipe tomou distribuição de renda, defesa das estatais
menos 30% de alimentos básicos do que em posse anunciaiido a manutenção da recessão e dos serviços públicos.
1990, A violência e a insegurança alcançam pata- para o combate à inflação, o aprofundamento Democracia e justiça sociall
mare.s inaqeitávèis. Milhões de crianças vivem do processo de demissões nas estatais e senãços
nas mas, sem teto, sem escola e sem o carinho públicos, e a necessidade de atender ás pressões São Paulo, 15 de maio de 1991
e afeto dos pais. dos bancos internacionais para a retomada do A Direção Nacional do PCB
Diretor Recordei- Luiz Caries Azedo Redaçòo: rua Auroro, 978-sobrelojo CEP 01209 Tel;(011) 220-8577 Fax:(011)223-1023 Telex: VOZ SP J011)26584
NOVA POLITIC
Nesta edição,
as resoluções
políticas do
9- Congresso
do Partido
Comunista
i
EDI TOR IAL
O caminho da renovação
^ PCB escolheu seu caminho; a aemocracia ou subestimação da democracia formai em no
como única via para o socialismo. Assim me da "democracia real". A democracia é um
valor insubstituível em qualquer tipo de socie
W podemos sintetizar as resoluções do 9^ dade, para que as divergências de opiniões e
Conaresso do PCB, que publicarnos nesta edi- credos possam se manifestar e existir a possibi
ção.^ruto de um ano de discussões, disputas, lidade real de alternância no poder" — não há
conflitos — na seqüência das perplexidades e tergiversações, como se pode ver.
frustrações geradas pela dèbâcle do socialismo
jqq\ —^ as conclusões do 9? Congresso do PCB
não encerram o debate nem pretendem concluir
O debate destas e outras questões não é algo
diletante. É a primeira tarefa daqueles que
a polêmica acerca do socialismo, da transição compreendem que a base objetiva que
e acumulação socialistas. Apenas afirmam a possibilita a superação do capitalismo continua
opção radical pela renovação e a democracia existindo e o socialismo é assim, uma possibi
política — um caminho que não terá volta. lidade histórica que queremos e desejamos pe
Aprovados pela ampla maioria dos delegados la vontade de homens e mulheres que vivem
presentes ao 9°. Congresso, o que nao significa do seu trabalho. Trata-se, isto sim, de forjar
ignorar a contestação e desrespeitar o plura uma nova e autêntica consciência revolucio
nária, democrática e humanista, superando o
lismo, os documentos do PCB mais uma vez desânimo, a apatia, a falta de perspectivas polí
constituem um referencial para o debate entre
as forças de esquerda do nosso país e um ins ticas. Nova razao e nova paixão pela sociedade
desejada — um esforço que não cabe somente
trumento para ação política conseqüente junto
às demais forças democráticas e progressistas. ao PCB, mas é de toda a esquerda. E para Preci
São uma alternativa não somente para a reno
o qual agora os comunistas brasileiros estão
em condições de dar a sua lúcida, serena, mo O surgimento da ei
vação do PCB mas também para a construção desta e firme contribuição. Companheiras e companheiros, a questão da paz e da
de uma nova formação política, de esquerda, Há outras tarefas na ordem do dia, que emer Amigas e amigos, ro um que a política d
compreendida como um movimento amplo e gem do cotidiano da cena política brasileira, vimento impetuoso e
plural, uma das propostas mais importantes desafiadoramente: a consolidação e ampliação Ao longo(je uma trajetória de69 anos de existência, da técnica — que tar
aprovadas no Congresso. esta é a nona vez que se realiza um Congresso do cada um trabalhar m
dos direitos democráticos, afirmando a cidada Partido Comunista Brasileiro, e é também o segundo trabalhar—;os novos
ara os comunistas,o movimento pelo novo nia. e a superação da crise econômico-social, que se dá em condições de legalidade, E um aconteci
P entre
socialismo não comporta a contraposição
reforma e revolução. No Brasil, as
que agrava as mazelas nacionais. São ques
tões interligadas e que estão na linha do hori
mento singular na vida do nosso partido e do nosso
sas:a emergência de i
vidade de bens matei
país. Isso mostra as dificuldades para a existência maginável; tudo isso
reformas democráticas, promovendo mudan zonte. Exigem a imediata Intervenção dos co de um partido como o nosso, que ainda convive com um avanço no senti<]
ças de estrutura, contrariam as elites e oligar munistas, através do processo eleitoral que se uma sociedade marcada pela cultura autoritária, ex- de cadeias (^ue até !
quias tradicionais. Têm um duplo caráter revolu avizinha e dos movimentos sociais organiza cludente e antidemocrática de nossas elites tradicio e o homem ainda não
cionário: rompem a lógica da moderntzsçao dos. É vital a preparação da participação eleito nais. componentes políticos que sempre predomina Mas, por uulio lado, e;
conservadora, que sempre caracterizou a nos ral do PCB nas eleições municipais de 1992, ram na evolução da formação econômico-social brasi conhecimento acumi
sa industrialização e o modelo capitalista exclu- inclusive tendo em conta o objetivo de constituir leira. Mas, por outro lado. a realização de mais um a-uma situação que p
dente e perverso; e, por sua envergadura e uma nova formação política de esquerda. Tam congresso legal consecutivo, soma-se à grande cons da humanidade, pode
natureza,colocam na ordem do dia o socialismo bém é essencial a busca de uma nova relaçao trução democrática em nosso solo e nos dá espe vastas regiões do no:
com a sociedade que tem na participação nos ranças de que poderemos trilhar um futuro melhor Criou-se uma situa
com democracia e liberdade."A chave está na para o nosso povo. Um futuro onde impere a demo
política de radicalidade democrática, incorpo movimentos sociais um fator fundamental e in cracia, a liberdade, o pluralismo, a justiça social e
des meios de comuni
rando a cidadania à modernidade, através do dispensável, No movimento sindical, a forma a modernidade.
formas de alienação (
tomar consciência d
processo democrático e de sua ampliação, ten ção da Unidade Sindica!é uma experiência no Nós, os comunistas, abrimos este IX Congresso, outro, também poderr
do nos conflitos de classe e seus interesses va, pluralista e ágil, que precisa ser ampliada para escrever mais uma página na história política crática, promover just
os elementos necessários às conquistas histori e consolidada. . _ brasileira. A vida do País, desde 1922, queirp ou a diminuição progrej
camente almejadas" — reitera a Declaraçao inalmente, urge a verdadeira renovação da não, tem a marca expressa do PCB, construída ao
Política do 9° Congresso. Fvida partidária, em busca de um partido
novo de fato, o que exige mudanças
longo de quase sele décadas,a serviço da classe
operária e do povo brasileiro. É a saga de mijhares
nantese governados,
avanços conquistado
O compromisso dos comunistas com a demo de comunistas que deram de si o melnor que tinham ra equacionar parte d
cracia é assim definitivo; ela é um valor de cará métodos e formas de atuação, novas concep nidaiiie, não foram ca
ter universal e radical. Por esse prisma — e ções de trabalho e organização, abertura para neste abnegado esforço em busca de uma sociedade
os ricos e os pobres
tendo em conta os erros e fracassos do socia- o novo e rejeição de tudo aquilo que a vida nova.
Vivemos uma situação extraordinária. Atravessa e 08 que nada tèm,
lismo real —,o socialismo é incompatível com vem demonstrando que não está dando certo. fundam.
Esse esforço passa por normalizar o trabalho mos um momento de ruptura com uma etapa da histó
qualquer forma de opressão e supressão dos ria da humanidade. Encontramo-nos no limiar de uma Ao lado das velhas
direitos fundamentais, individuais e coletivos. de direção coletiva, dotar 9 partido de instru •nova era, cujos contornos só podemos vislumbrar gos paraademocrac
"O respeito à dignidade e autonomia dos povos mentos eficientes de administração e finariças, de forma ainda bastante incompleta."O velho já mor ção. Os atuais moda
e nações é o núcleo de uma nova ordem inter revitalizar os núcleos partidários e ir à luta junto reu, mas o novo ainda não nasceu'. Isso define uma se limitado apenas
nacional, onde a política se paute por compro com o povo. É um esforço que reforça as possi situação de crise. Realmente, crise é a palav.i:a mais estão em condições c
missos éticos e morais, No novo socialismo não bilidades de construção de uma nova formação adequada para definir a quadra histórica que vive (o que abarque todo
pode haver, em nenhuma hipótese, supressão política de esquerda — e não o contrário. hoje o mundo e o Brasil. a consciência do ía
Assistimos no mundo a uma fase de transição em base nos modelos de
I>:ivicl línícnch, Dirccu Lin(J<;so MS — Can»po Grande: Rua M de julho, responder às exigêm
252(3 _ i. _CEI'79.(.)U3 — UK?").384•3201, to(ias as relações políticas, sociais e econômicas,
vsz
Ôrgõo Central do
iHlininli) R<K-h:i.low BtJuqutn.JoscyMiton»
SfttiiK.), Miiascrnu
iti Mirfi >.s I>el Ruio, Miircixs
de AJmci-
(canu-
nLsp)..Mtwias BxsK w tU Silva (dia^rarnador),
PA — Belém: Trav. Apinngés, 212 — CEP
66.010 — (09t) 22-Í-2012.
PB — João Pessoa: Rua Dui|ue dc CasiiL-:,
Tal é a sua envergadura que estão em crise todos
os critérios fundamentais de interpretação e análise
junto da humanidad
mente os equilíbrios
Diante deste quac
P-Jiilo C:i\-.ilanii. Hiiniundo Jínkin^';. Raul dc-
5,,O _ 2: S/-201 — Calçarlâtj — CEP 38.00U da realidade. Não podemos mais conviver com visões
Partido Comunista Brasileiro NkUd faixiii). RlcaiiJo dc Kàshna (ilu-sirador), —(083) 226-Í066.
PR — CuriÜba: Rua Pcniando Moreira. 9'Í3
Ingênuas do real. Não existe nenhum determinismo a frente com o real.
.Sctgii) RatxJal Ra-udcnrhal — CEP RCUlü — (üiJ) 234-2'192. histórico que nos garanta que o amanhã será configu para isso. E preciso
Conselho Editorial: Rcprescotantes: A.VÍ — Manaus:ly. Scrc RS — Porto Alegre: Trav. Acelíiio tle Carv.:- rado de uma determinada maneira. Nós. através de ragem, frieza e sere
dc SctcmBrc. 13Ó"' — Centro, l- :uidar. sila [h.) 21.^301-CI';P9ÜU10-10312J27-2301, nossa ação, luta, valores e Idealidades, é que leremos possa ser. Como \c
João Aveline Ot - a-;i'(i9W3 —(Ü9ili33-2"'1« RI — Rio deJaneiro:Av Prc.sidciilc Varg;L'>,
BA — Sal^vador: Rua .Moiirana, -si — Clit 5-)9 Ç}: _ CFP 20031 — (021 )221-2333 que tentar criar, ao lado das demais forças da demo se desmancha no &■
Luiz Carlü.s Azedt) - 1071) 1.6236. SF.—Araca ú:Tav Quintlllninoda Fonseca, cracia e do progresso, um novo mundo, uma nova pelo qual queremos
Nué Gertel CF. — Fortaícra: Rua 2-i dc .M.iio, 8R-) — 232 — CEP •Í9.0ÍK) — (079) 224-781],
CHCWHXKi- ((>Ht)231-3123. cultura, uma nova mulher e um novo homem. nossa opção? Que c
RetIaçâO! Pjvaná. Pcicr DF — BrasiUa: SfXS — Hd \'cnàncio 11 — do mundo integrem
i BrasiLi.i I. iüaaiifíUu OlHmra iRiu dc |)liKt> f — sohrcioia 32 — CKR "'O.ÜIXI
Gerente Administrativo: Avelino I.ui7. Mar- Nunca na história da civilização o gênero humano
u,i.i;rí.siin:i Uc.iin|iiinluMnnwi»>v.j,\ilsAvcli- t(U>li2ií.-l()l2 •
i|ues
teve, como ocorre hoje,o poder de dispor simultanea existe hoje. ou realn
íiu. l-iii/ Uiíiii.s A/cxii', llsiiiar tUmi- GO —Goiânia:Rua 12. n-H" — CUF' 4 1»' Distribuição. Venda Avulsa e Assinatu acúmulo de avanços
Kariiia R.i.s-vis Claru tdugrjma- ras: Métu) Prancisto da Silvi mente de instrumentos capazes de promover, por
u'u>). MA — São Luís: Ru:i Nazaré.3^ — Centro
Pninnedade da lídiiora Nv>\'<.>,s Rumos l.tda. um lado, a destruição de toda a humanidade, e, por sirva para que pred(
- K. Aurora, 978- 4'-' - CEP 01209 - mas, sim, osocialisr
Colaboradores: Aliei',ink) Balur il;i KikIu,
- CW 221-41.33
MG ~ Belo Horlaonte: R rumé de hoiiza. .São Pauiu - Tcl. (01IJ 22(l-H5-^ (redação) outro, de solucionar os inúmeros problemas da socie humana? Um regtmi
.Via .M«mtciicün>, Aiiii(i>ai fx-riiandcs, Cidus RUI 201 - B. l'uiviimári(.t — CEP 3» N» — - Telex 2Ó384 — VOZ .SP — Fax (Oil) dade humana.
liMundtr. Cláuüiii dc Olh-cini. (."liint NcKm ttHli222-Hn33 223-1023
VOZ • 3
AROENTINA,BOLÍVIA E CORÉIA
a Libertação Nacional e com todas a solidariedade internacionaiista en
fracassados no Leste europeu, mas tre os partidos marxistas-leninístas e
Partido Comunista da Argentina as forças políticas que lutam para
a um socialismo baseado no protago- conseguir a emancipação de seus as forças revolucionárias e progres
Estimados companheiros, nismo da classe operária e do povo, sistas de nossa América e do mundo.
povos.
delegados ao IX Congresso do realmente democrático, onde exista
Reiterando nossas fraternais sau Confiamos que a tradiciorialamiza
PCB
um verdadeiro respeito pelo ser hu de que temos mantido continuará de
dações de êxitos, recebam esta nos senvolvendo-se
mano. , . • no futuro, no interes
Como é do vosso conhecimento, sa cordial mensagem.
Todo Congresso de um Partido Co se de nossos povos e dos ideais co
munista significa um feito transcen em nosso país se agudiza a crise e CC do Partido Comunista da Argen muns que nos animam.
dente para essa organização. Por is- atica
miséria como conseqüência da polí
neoiiberaique é aplicada pelo go tina CCdoPCB
Fraternalmente,
so, desejamos-ihes o major dos êxi verno Menem, de acordo com os di Jorge Ibafies C.
tos em vossas deliberações, levadas
a cabo num momento muito especial a tos do imperialismo. Este governo e Partido Comunista da Bolívia
da vida política e social do Brasil e expressão mais cabal da submis Em nome do Comitê Central dq Partido do Trabalho da Coréia
num contexto internacional convul- são ao que é ditado pelos EUA. Por Partido
tudo isso, nosso XVII Congresso con e de todos oscomunistas boli
sionado. O Comitê Central do Partido do
vianos, recebam, estimados camara Trabalho da Coréia felicita de modo
Nosso partido, ao analisar o com clamou para reforçar a unidade da das, nossas saudações fraternais, na caloroso o IX Congresso do Partido
esquerda, para avançar na criaçao oportunidade
plexo panorama internacional e a si
tuação concreta argentina, considera de um novo movimento poiíticojren- Congresso de da realização do IX Comunista Brasileiro e envia sauda
vosso Partido, junto
tista, que culmine na formação da aos melhores votos solidários
Que o capitalismo dependente esta Frente de êxi ções fraternais aos delegados e a to
absolutamente incapacitado para re de Libertação Nacional e So tos em suas deliberações. dos os militantes do PCB.
solver os problemas Que afrontam os cial.Queridoscompanheiros:os graves Estamosseguros de que, deste im tosas Seguros de que as relações amis
povos latino-americanos. Por isso se problemas que nossos países enfren portante evento, o PCB sairá orgâ desenvolverãoentre nossos dois partidos se
tem reafirmado como partido revolu tam, nos irmanam na luta para rom nica política e ideologicamente forta e consolidarão ainda
cionário, que se pronuncia firmemen percom a dependência e lograr a au lecido para assumir um relevante pa mais que no futuro, conforme os
ideais da independência,
te pela opção socialista, guiando-se têntica soberania e independência pel na luta dos trabalhadores e do amizade, lhes desejámos da paze da
por um marxismo-leninismo criador, nacional: assim como a solidariedade povo brasileiro pela soberania, pela muitos êxitos nos trabalhos.votos de
rechaçando o dogmatismo. Obvia com o povo irmão/governo cubano, democracia e pelo socialismo em
mente, quando falamos do socialis Comitê Central do PTC
vosso país, assim como reafirmará
mo, não nos referimos aos modelos com a Frente Farabundo fi/farti para
15 de Junho de 1991
Nesta nova realitiade plajieiária ira- dade precisa saber que dentro da es rão na ordem do dia o socialismo com A supremacia da sociedade civil so
querda existem projetos diferenciados democracia e lil^erdade. Por esLi razão bre o Estado é um princípio a ser per
giiizaram-se a pt^litica e a ação taiito seguido infatigavelmente. De pouco
das partidos comunistas como dos par e mesmo contraditórios. é possível no presente antecipar o futu
Não podemas visualizar o socialis ro de liberdade e justiça, gerando zo ou nada adianta chegar ao poder polí
tidos social-democraias, coloauido-as tico jurídico, expres.so pelo Estado,
na defensi\^ e propiciando o ascenso mo como algo só passível de constru nas de rupturas possíveis e ultrapas
ção quando em graves crises ou nos sando os limites do velho reformismo sem que tal acesso tenha
de concepções políticas conservado como contra-partida, puri passu,
ras. dentre as quais destaca-se o neoli- estenores do capitalismo. Queremos evolucionista. A cliave está na política
ct)n.struí-lo desde logo, atravé.s da im de radlcalidade democrática, incoq^o- a democratização e a organização do
beralismo. Neste contexto de esgota conjunto da sociedade. A sociedade
mento das experiências do cltamado . plementação de um projeto político rando a cidadania à modernidade,atra
socialismo real e crise da poUtica so- reformador e capaz de plasmar — e vés do processo democrático e de sua plural e democrática tem precedência
projetar — o futuro socialista no pre ampliação, tendo nos conflitas de clas sobre o Estado, irrecorrivelmenie.
cial-democrata. coloa-se para as es
sente. Uma via processual de caráter se e seus interesses os elementos ne Neste aspeao, concebemos um parti
querdas o objetivo de repensar sua tra do também diferenciado, cujo papel
jetória e elaborar um novo projeto po re\'olucionário, centrada na democra cessários às conquistas historicamente
cia, ü que requer: a socialização da almejadas. obrigatoriamente terá de ser reavalia
lítico internacionalista. capaz de ser do. Nessa visão, o partido, até mesmo
uma alternativa tanto ao modelo de política com a criação de mecanismos A democracia é um valor de caráter
socialismo real que se exauriu como de democracia de massas; a prevalên universal e radical. O socialismo por por fazer parte dela, não pode querer
este prisma é incompatível com cjual- tutelar a sociedade civil nem o próprio
ao de n*e//&re-,s-afe sociai-democrata. cia dos interesses público.s sobre os Estado.
isso requer uma plataforma de \alores privados; o controle social da produ quer forma de opressão e supressão
dos direitos fundamenmis, Individuais Ao falar de uma nova sociedade,
universais como a questão da paz. do ção de forma a permitir a reapropria- obrigatoriamente devemos tratar de
meio ambiente,da igualdade entre ho ção da riqueza gerada, superando as e coletivos. O respeito à dignidade e
autonomia dos povos e nações é o nú um novo Estado. Não mais comparti
mens e mulheres, negros e índios, da sim a çiá.ssica contradição entre o cará lhamos a idéia de um Estado como
cidadania das crianças e dos idosos, ter social da produção e a forma priva cleo de uma no\'a ordem internacio
nal. onde a política ,se paute por com um "comitê executivo da burguesia",
dos direitos iiumanos e da ampliação da de apropriação do excedente-, a co- pura e simplesmente. O Estado no
dü.s direitos de cidadtinia. gestão nas entpresas pública.s e priva promissos éticos e morais. No novo
socialismo não jwde ha\'er, em nenhu mundo moderno é permeável à ação
A opção peb no\'0 socialismo impli das; a ampliação cia luta em defesa do da .sociedade civil e pode .ser subme
ca na renúncia a qualquer modelo- meio ambiente, pela igualdade dos di ma hipótese, supressão ou subestima-
ção da democracia formal em nome tido ao seu controle, sendo passível
guia. Todas as experiências rumo ao reitos entre ln^meas e muUieres e pe da disputa no jogtj democrático por
socialismo têm.seus pontos po.siü\-os los direitos tLas minorias. da "democracia real". A democracia é
um valor insubstituível, em qualquer forças sócio-políticas contraditórias, O
e ne^ti\'Os. não cabendo a nenhuma "Estado ampliado", uma vez que a lie-
delas o papel exclusivo de mtxielo, por tipo de sociedade, para que as diver
gências de opiniões e credos po.ssam gemonia burguesa é exercida na .socie
mais democráticas e bem sucedidas dade civil e legitima o seu controle
que \enham a ser. A boa e.xperiência III .se manifestar e existir a possibilidade
sobre o aparelho de estado scrito sen-
será sempre aquela que estiver de real de alternância no poder.
O movimento pelo novo socialismo A valorização da democracia, entre 5u, coloca inúmeras e novas equações
acordo com os preceitt)s do humanis para quem pensa construir o socialis
mo e do .socialismo como forma liber não comporta a contraposição entre tanto, não nega o fim dos conflitos na
reforma e re\'üiução,uma velha e inútil sociedade. A base objetiva que possi mo por via democrática. Convém rect)-
tária, Almejamos praticar o pluralismo nhecer também que a crise da Europa
dentro da esquerda,sabendo-se de an discussão que sempre dilacerou a es bilita a superação do apitalismo per
querda brasileira. Para nós, no Brasil, manece existindo. O socialismo conti do Leste sepultou o estatismo como
temão que de\'emos lutar para que a via para osocialismo:fracassou o velho
unidade seja sempre uma meta a ser as reformas democráücas, contrapon- nua, assim, sendo uma possibilidade
do-se às elites e oligarquias tradicio histórica que queremos e desejamos esquema de acumulação socialista
perseguida, A diversidade no campo através da poupança compulsória das
das forças progressistas, seja no plano nais, têm um .sentido revolucionário ' pela vontade dos homens e mulheres
parlamentar, dos movimeruos sociais de duplo caráter: elas .serão em si uma que \'i\'em do seu trabalho. As contra massas e do planejamento centralizado
dições e os conflitos de\em ter como burocrático-autoritário.
e dos próprios posicionamentos ideo- mudança de estrutura, rompendo a ló
gica da niuücmi/aição cuii?)cr\-ddura; c parâmetro a reafirmação da democra No Brasil,"de arnrdn mm a no.s.sa
logicuh. não é um obstáculo à busca concepção,impõe-se a reforma demo-
de esfenis de con\'ergência A .socie por sua en\ergadura e caráter, coloca cia e não a sua negação.
f MENSAGENS
COLÔMBIA,CHINA E CHIPRE
e nossas organizações. Ressalta um nos assuntosinternos do outro.
Partido Comunista Colombiano
mos as expressões de solidarieda Depto. de Relações Internacio
de com os lutadores do povo da nais ao 00do PCfO
Apresentamos a mais fraterna!
e calorosa saudação ao IX Con busca Colômbia, país vizinho e irmão, na
CONC gresso do Partido Comunista Bra^ da democracia eda solução, Partido Progressista do Povo
sileiro, reunião que marcará êxitos política para o conflito armado. De
Trabalhador de Chipre—AKEL
IA • PA2 no prestigioso caminho dos comu sejamos que seu Congresso seja
uma contribuição à unidade de to Estimados companheiros,
nistas do Brasil.
dos os partidários de um amanhã Por ocasião do IX Congresso do
A América Latina sofre a deterio
ração objetiva das condições de vi livre, democrático e socialista. POB, permitam-nos felicitar-lhes
Fraternalmente. em nome do Comitê Centra! do
da de seus povos, em virtude de Gilberto Vieira — Secretário-ge- Partido Progressista do Povo Tra
um sistema injusto—o capitalismo balhador de Ohipre-AKEL.
— que oprime os trabalhadores rai
através de uma dura exploração, Jaime Caycedo — Secretario de Desejamos êxitos nos trabalhos
provocando rupturas sociais das Relações Internacionais de vosso congresso, que tem lugar
mais profundas. O imperialismo em tempos de mudanças e impor
norte-americano tenta voltara sub Partido Comunista da China tantes processos, tanto no Brasil
meter a América Latina às piores como em todo o mundo. Sao pro
condições de dependência. Ao sermos informados de que o cessos que requerem análises e
Os comunistas brasileiros têm Partido Comunista Brasileiro vai estudo para poder seguirmos
formado gerações de lutadores por realizar sua nona convenção na adiante.
uma inova sociedade, independen cional, enviamos nossas calorosas Nessa importante tarefa, lhes
e desejamos que a con desejamos êxitos peto bem-estar
te, democrática, igualitária e livre; saudações
venção obtenha o pleno êxito. Es e o progresso do povo brasileiro,
têm defendido sua aspiração ao peramos que as relações entre particularmente dos trabalhadores.
socialismo, nas condiçõespropnas Oom saudações fraternais,
nossos doispartidos obtenhamum
do Brasil e da América Latinp maior desenvolvimento sobre a ba Donis Christofinis
Os comunistas coiombia nos Membro do Birô Político,
queremos^ nesta ocasião, fs- se do princípio de independência
Secretário de Relações interna
zer votos para que se fortaleçam peito mútuo eigualdade
e autonomia, total, res
não-intervenção de cionais do AKEL
os laços que unem nossos povos
15 de Juf.ho de 1991
avaliações,
O mundo dos
anos 90 é palco profecias e
projeções.
de um processo
Velhos critérios,
de profundas
transformações: parâmetros e
princípios vão
certezas dadas,
crenças
ruindo. Há
arraigadas, novos desafios,
esperanças há necessidade
de se criar novos
construídas são
caminhos e abrir
desfeitas,
novos
colocando em
horizontes.
causa análises e
pois, neste momento, o problema não se radica na defe.sa países, os resultados para o desen\'olvjmentu dos povos po
III de antigas pasições e velhos objetivos. ma.s no estabeleci deriam se fazer sentir dentro de algum tempo.
Nova ordem internacional mento de objetivos globais comuas e no trabalho para a Os países latino-americanos só poderão evitar o barba-
solução dos problemas nacionais, continentais e universais. rismo .social e constituir-.se num pólo de desenvolvimento
As mudiinças que ocorrem no âmbito internacional inaugu Uma alternativa que supere os estritos limites do Estado- global de uma nova civilização se se dedicarem á integração
ram uma nova etapa liistórica. A ordem política que regeu nação e seja capaz de enfrentar os novos mecanismas de continental não fechada em si mesma mas combinada a unia
o mundo nas últimas quatro décadas sofreu alterações subs dominação e exploração aipitalista e restringir o poder das articulação com o mundo e ao ataque is raízes históricas
tanciais. O fim da guerra fria e da política de blocos antagô transnacionais de colocar a que.stào da regulação democrática da miséria social e atraso cultural.
nicos propicia a construção da paz e da segurança, fortalece da internacionalização e de lutar por uma ordem mundial
os princípios de não in[en'ençáo e respeito aos direitos dos democrática e justa. Neste quadro, é necessário um novo
povos de escolher livremente os seus caminhos. As soluções iniernacionalismo na perspectiva de uma renovada Interna
políticas negociadas dos conflitos abrem possibilidades con cional Socialista, inclusive no sentido da abertura de uma
cretas de sua desmilitarização e de desarmamento. outra fase do movimento socialista, A democracia como via do socialismo
O mundo sem os condicionantes da bipolaridade ganha
uma nova dimensão. Apesar de continuar existindo conflitos A democracia é a via do socialismo. Assim, concebemos
bélicos regionais e locais, há grande tendência de os riscos IV a democracia não só como a única via ao socialismo, mas
de um confronto nuclear e do holocausto tomarem-se cada também como a via do seu desenvolvimento. Ela é muito
vez menores e pretéritos. Contudo, a interdependência e Esquerda e Integração mais que um terreno favorável à luta dos explorados e opri
o mundo integro, aliados à noi^a época e o novo mundo midos: é a base de afirmação de sua cidadania.
que estão surgindo, determinam novas formas de luta de Nossas relações políticas desde 1922 se deram preferen
classes no âmbito internacional. Isto exige uma outra combi cialmente com os panidos comunistas. Entretanto, a idéia A democracia pela qual lutamos é aquela em que a hege
nação dos interesses de classe e universais no plano global. da democracia como via do socialismo coloca a necessidade monia estará colocada permanentemente em disputa. Assim,
A questão da paz tornou-se o problema número um que de nos pautarmos por uma visão de horizontes mais alaiga- possibilitará o amadurecimento do projeto socialista, não
a política deve resolver.As ameaças à sobrevivência da huma dos que busca contemplar todas as experiências de luta do como algo de tintemão, mas formulado segundo a confor
nidade — contidas não apenxs no aspeao bélico — têm, movimento operário no âmbito internacional e todas as lutas mação de sujeitos políticos e sociais envolvidos na luta pela
hoje, mais peso que objetivos ideológicos. radicalmente democráticas da sociedade moderna. hegemonia do mundo do trabalho e da culmra. Nosso projeto
O fim da bipolaridade vem sendo fetor impulsionador O redesenho do mapa econômico do mundo começa a envolve a combinação dialética de democracia e reformas
da paz, mas insuficiente. A construção da paz e a sua consoli tomar forma à medida em que a integração de países em orientada ao socialismo. O socialismo não deve ser uma
dação vão depender de como se constituirá a nova ordem blocos econômico-comerciais se solidifica. Assim, para uma imposição, mas opção democrática. A democracia só se man
inieniacional, A possibilidade de paz implia um sistema esquerda democrática latino-americana coloca-se o desafio tém e se amplia .sustentada política e socialmente [X)r uma
econômico internacional mais justo, distinto do atual, e a de enfrentar o tema da integração. cultura democrática fortemente enraizada na sociedade. E
construção de um sistema de segurança internacional que No caso do Brasil, o problema não é mais se o país vai nem haverá cultura democrática sem democracia política.
não estará centrado no potencial militar mas,sim, na associa ou não se integrar e se internacionalizar: a economia brasi
A democracia no mundo contêmporâneo constitui-se num
leira )á esuá integrada e internacionalizada. Trata-se, agora, valor
ção e C(.x)peraçào de países diversos numa rede de mútuas universal ao forjar o processo através do qual as socie
garantias, medidas de confiança, controles eficazes, diálogo. de romper a integração subalterna de hoje e promover uma dades modernas conquistam a possibilidade de passar a assu
Porém,ampliam-se as forças políticas e sociais que buscam: integração soberana e competitiva. mir a responsabilidade pela própria ordem. Ela pode e deve
dirigir, racional e demoaaticamente, as inovações técnico- Quanto à integração' da América Latina, a própria Carta abraçar toda.s as esferas do poder que normatizam as relações
científicas para a resolução dos grandes problemas da huma Constitucional de 1988 é clara: "A República Federativa do sociais. Não existe esfera que por princípio possa ser excluída
nidade; regular democraücamente a intemacionalizaçõ da Brasil buscará a integração econômica,política,social e cultu das regras democráucas: como processo, é inseparável do
economia no sentido da superação das desigualdades e injus ral dos povos da América Latina, visando a formação de uma conflito. Furidada numa pluralidade de razões,onde é central
tiças, para resolver também os problema.»: do Sul do mundo; comunidade latino-americana de nações". A América do Sul. o direito mínimo de cada um podçr influir na dedyão dos
CTiar uma nova ordem, com regras e procedimentos demo- que teve conado seu fluxo de recursos externos desde 1982, amplos processos sociais, a democracia tem no conflito e
crátict» e universalmente aceitos etc. sem a adoção de amplas reformas democráricas, corre o na convivência, no conseaso e no dissenso, conceitos que
Com um mundo cada vez mais multipolar e íntegro, a sério risco de ser marginalizada nesse mundo em veloz rees-
tnituraçâo. Pode-se con.siderar positiva a iniciativa de se cons
não podem ser autônomos — são interligados.
nova época histórica abre-se com algumas contradições fun tituir o.Mercosul-Mercado Como construção histórica, a democracia só pode perma
damentais: por um lado, entre as exigências de um desenvol Argenflna,Brasil.Paraguai eComum do Cone Sul, que já inclui
Uruguai,estando prevista a incor necer e prosseguir no caso de a sociedade contemporânea
vimento econômico extensivo a todo mundo e os interesses ultrapassar o liberalismo(que sempre portou uma visão eli-
que procuram mantê-lo circunscrito a determinados países, poração do Chile. Trata-se de um sub-bloco que já está em üsta, excludente e estática da democracia e negou a visão
e as necessidades de defesa da natureza e o equilíbrio ecoló- curso e que deve ser fortalecido, dando-se-lhe uma direção abem à integração social e política e.sobretudo,à promoção
giaa, por outro; entre a maciça internacionalização do pro democrática,
mico,
de modo a aprofundar o intercâmbio econô
político e cultural entre seus países. Pode-se pensar da vida política)e o "socialismo real"(que concebeu sempre
cesso produtivo e controles; entre o aumento feintástico da como irrelevante ou pouco relevante a expansão da subjeti
produtividade e da produção e a manutenção centrailizada criadouma estratégia para que o mercado comum possa vir a ser
das deci.sões e controles, entre o aumento fantástico da pro no Continente, prevendo-se a constituição de agrupa vidade política como fator de emancipação social).
dutividade e da produção e a manutenção de populações mentos regionais, numa primeira etapa, de modo antes a No caso brasileiro, é preciso conceber a democracia em
em níveis de miséria e subnutrição; entre a transnaciona- favorecer vínculos entre estes do que com determinados, termos novos e instaurá-la de maneira segura em nossa cultu
lização econômica, política, social e cultural e o afloramento países isoladamente, visando posteriormente a fusão dos blo ra poUtica. E preciso, pois, valorizá-la, como conquista ainda
de nacionali.smos e particularismos étnicos e reügiosos;entre cos. E uma perspectiva real e desejável, pois com governos bastante recente e frágil. Para isso é preciso mergulhar nas
a criação de uma rede mundial de informações e a sua mono- democráticos e, principalmente, com'a integração da socie suas formas, coniaminar-se dos seus métodos, fortalecer os
polização e manipulação; eno-e a aescente imponância dos dade civil e da inteleaualidade técnica e científica desses .seus valores e as suas regras.
valores democráticos e a ofensiva política conservadora.
O agravamento do desequilíbrio Norte-Sul ameaça tornar
inúteis todos os esforços para construir uma nova ordem
estável, democrática e padfisia. As classes dominantes dos
países capitalistas centrais procuram dirigir a reestruturação
da economia mundial segundo a lógica exclusiva do lucro,
da manutenção de poderes traasnacionais sem qualquer con
trole democrático,da preservaçõ da dependência dos países
do Sul. através de relações de dominação e exploração.
Coloca-.se,assim,o problema de como direcionar recursos
para as países subdesenvolvidos. A questão da paz e desarma
mento não está desvinculada do equacionamento da contra
dição Norte-Sul. Coloca-se a necessidade de gestar um novo
modo de pensar a luta pela paz vinculando-a a um projeto
de reequilíbrio democrático e pluralista das relações interna
cionais. Assim,cabe olhar a ONU de um modo novo,compro
var e ampliar os seus poderes,atualizando-os numa realidade
que já não é mais aquela emergida após a II Guerra Mundial.
Por isto. é necessário reformar o seu Conselho de Segurança
de maneira que o Sul do mundo e todos os países, grande.s
e pequenos, siniam-.se representados. Em síntese: trata-se
de adequar a ONU à multipolaridade que se começa a gestar.
No novo quadro.mundiai,abrem-se possibilidades de ges
tação de relaçoe.s, intercâmbios e colaborações inéditos entre
a escjuercla, no âmbito internacional, envolvendo parüdos
comunista.s,socialistas, social-democratas e democráticos em
geral.
Particularmente aos comunistas e socialistas coloca-se a
necessidade de gestar uma alternativa política que supere
a fratura do movimento sodalista operada a partir de 1914.
15 de Junho de 1991
Chile,EquadoreE!Salvador
VI Uma vez mais, reiteramos nossos Frente Farabundo Marti para a Li
Partido Comunista do Chile
Modernidade e cidadania agradecimenfosaovossopartidoeao bertação Nacional
Fazemos chegará Direção de vos povo brasileiro, peia generosa soli
o Brasil de. hoje é resultado de um processo de moder- so partido e a todos os militantes, dariedade que nos brindam durante Em nome da direção da Comissão
niza<^o auioritária, excludente e elitista. Com grande impac nosso afetuoso abraço e desejamos os duros anos de nossa luta contra Política Diplomática da Frente Fara
to,em cinco décadas tornou-se, entre os países do Terceiro êxito nos trabalhos do ÍX Congresso. a ditadura de Pinochet. bundo Martipara a Libertação Nacio
Mundo, uma economia capitalista de porte médio, sem que Manifestamos nossa disposição Volodia Teiteiboim V. nal —FMLN, expresso nosso mais
.se tenham fundido democracia, liberdade, igualdade social de reforçar os iaços fraternais que Secretário-geral do PCC fraterno abraço a todos os membros
e riqueza material. Sem ruptura com o passado e com o nos unem por decênios na causa da do PCB por ocasião do ÍX Congres
arcaico, fomos condenados a viver um duplo tempo: o de luta comum de nossos povos e nos
so.
ontem e o de hoje —as modema.s indústrias do ABC paulista esforçoscompartilhadosporum futu Partido Comunista do Equador Sabemos, por nossa experiência,
com a ar (Consolidação das Leis do Trabalho) de 1943; ro digno, soberano e independente que o debate aberto e construtivo é
o processo eleitoral da democracia representativa com o para a América Latina. fundamentai para adotar nosso pro
coroneli.smo; a sobre-represemação dos estados atrasados A difícilrealidade intemacionaique O Partido Comunista do Equador grama político e nossa política a no
em relação aos adiantados e em oposição à densidade pofitica enfrentamos e a ofensiva imperialis- saúda os camaradas por ocasião vas realidades nacionais e interna
e social das regiões metropolitanas.
O E.stado brasileiro sempre operou no sentido de acomo
ta para impor a nova ordem das de que,
seu IX Congresso. Desejamos cionais. Temos confiança de que o
num momento tão complexo co i^CBsaberá encararesses novos de
transnacionais, resguardada pela
dar os interesses das oligarquias representativas dos setores ameaça militar, exigem, mais do que mo o atuai, o PCB consiga fórmulas safios. A FMLN também está numa
tradicionais e atrasados da economia que lhe serviam de
ontem,a confluência de todas as for políticas e programáticas que lhes conjuntura histórica onde existe a
base polítia — daí o caráter conservador da modernização. ças de esquerda e progressistas, e permita cumprircom seu compromis possibilidade real de mudar o siste
Mas a modernização criou uma nova configuração da socie em particular dos Partidos Comunis so histórico com o povo, a demo ma político social e econômico de Ei
dade brasileira, num proce.s.so de diferenciação afetado por tas e revolucionários, para abrir cacracia e o socialismo. Salvador.
poderosas alterações demográficas, ocupacionais e na estru minhos democráticos, de justiça so Saudações fraternas,
tura de clas.ses sociais. René Mauge Mosquera Saudações revolucionárias
da!e do socialismo em nossos paí Secretário-geral do PCE Gregorio Ernesto Zelayandia
Há. no entanto, uma clara divergência sobre o entendi ses e no continente.
mento do que .seja a modernidade. O moderno há muito
tempo tem sido objeto de disputa entre cla.sse.s e elites. Hoje,
os empresários afirmam que o mtxlemo implica a privati Uma sociedade em que os jovens tenham chances e possi
zação do mundo,entendendo-se por isso não só a diminuição e .solidária entre raças, etnias e culturas diversas. Uma socie bilidades reais de pleno desenvolvimento de acordo com
dü Estado mas sobretudo a sua retirada como agência de dade onde sejam respeitadas em seus direitos à autodeter sua subjetividade; em que a marginalidade social não seja
intervenção sobre o econômico e o social. minação,grupos émlca e culturalmente diferenciados,como
Para quebrar o monopólio das classes dirigentes,em qual o são as populações indígenas. Uma sociedade que permita a condição única e inexorável de sobrevivência para parcela
.significativa deles. Uma sociedade em que os idosos não
quer de suas versões, é decisiva a luta pela apreensão do a expressão e expansão da subjetividade feminina e supere sejam tratados como "peso morto", garantidas a seguridade
moderno pelo mundo do trabalho e da cultura Para nós, a divi.são sexual do trabalho e o atual enfrentamento da social digna e as possibilidades efetivas de viverem em socie
a modernidade deve ser ;Ls.süCiada â conquista da plena cida mulher com a estrutura .social, política e econômica de uma dade sentindo-se úteis e felizes.
dania por pane das clas.ses trabalhadoras, combinando, a realidade ainda baseada na relação de poder en^e os sexos O moderno na sociedade contemporânea é a expressão
um só tempo, a realização dos grandes ideais de liberdade, que continua a apre,sentar desvantagens à mulher. Resulta livre dos conflitos sociais; a legitimação dos interesses cole
igualdade social e riqueza material. disso a nece.ssidade de con.struir uma sociedade humanativos da.s classes trabalhadoras através das diversas organi
A nos-sa idéia de mtKlecnidade se associa à conquista de que supere a sociedade masculina, o que implica em que zações sociais e políticas. O moderno como construção da
uma.sociedade democrática, mais justa, mais livre, mai.s soli os sexos assumam a sua parcialidade, renunciem a falar em democracia tem na das.se operária, nos demais movimentos
dária. Uma S(x:iedade que se apcMe em uma opinião pública nome do gênero humano e estabeleçam convivências de das dasses trabalhadoras e na intelectualidade — na articu
informada e influente. relações em pé de igualdade e não de domínio. Enfim, uma
Uma sociedade que,superando o risco real da construção .sociedade que reconhecendo diferenças de sexos, supere
lação do mundo do trabalho e da cultura —,o seu principal
de uma ordem segregativa baseada no preconceito racial as desigualdades e propicie o livre desenvolvimento das po-
suporte. Da ação desses protagonistas derivará a valorização
■ «e ca incomurvicabilidade cultural, permita a relação aberfea lenciaiidade.s humanas das instituições democráticas, que constituem hoje as raízes
15 de Junho de 1991
JiKjuiIo que poderá se constituir numa demtKracia paitici- gia pKide ob.síacu]izar uma política cultural que alicerce um
paiiva de massas; os movimentos sociais urbanos e mais restritas traasferênda.s de tecnologia e fornias de industria
novo curso para a cjuestão dos intelectuais,abrindo pa.ssagem lização capazes de abson-er efetivamente o progresso téc
especificimenie as organizações de moradores são itnpor- para que a li\Te experimentação possa fazer florecer novas nico,
tiuiies para a construção da democracia panicipativa de mas percepções do presente e horizontes de futuro. O primado
sas e para transformações que melltorem a qualidade- de do real, por isso, deve sobrepujar as diretrizes polítrco-cul- Um Brasil que apresenta caraaerísticas das chamadas "so
vida da população urbana.A construção da democracia altera turais que se reponam a uma "supremacia do mercado" ciedades de ma.ssa" e elementos arcaicos e atrasados — as-
o sentido do moderno na cultura e na política brasileira pectOvS de "dualidade"; uma estrutura mai.s integrada, tanto
frente aq papel do Estado na questão cultural, mesmo porque na cidade como no campo, correspondente à parte mais
e assume, assim, uma acepção ra'olucionária. a "ampliação" do Estado implica uma diminuição do hiato
Quem for reconhecido — social, poÜtica e institucional- entre seas estritos aparelhos e a sociedade civil. O adensa internacionalizada do sistema produtivo; um universo de
mente — com(j o ponador da idéia da plena realização mento deste não deve significar o desmantelamento das agên pobreza e marginalidade na periferia das cidades e setores
da modernidade sc habilitará a exercer uma ação iiegemô- cias públicas de financiamento das atiriclade-s culturais em do campo constituindo a maioria das classes dominadas,
nic^a sobre as demais forças sociais ou amplas parceitis delas. quaisquer níveis, sob pena da atividade intelectual e artística, A dicotomla "sociedade moderna" X "sociedade atrasa
.-V democratização integral da sociedade brasileira,ampliando atomi7.ada e diminuída, ficar submetida exclusivamente i\ da", no contexto atual, vem sendo utilizada pelos setores
e generalizando a participação política, panicularmente a Itígica do consumo, Uma política para o mundo da cultura conser\'adüres quando defendem suas propostas de inspi
das classes trabalhadoras e oprimidas — mesmo com a am deve, por isso, postular uma nova vinculaçâo deste com o ração neoliberal, de modo a obscurecer contradições coloca
pliação da autonomia dos movimentos sociais —,se coastitui mundo do trabalho em geral e isso só pode ser possível das para a sociedade brasileira. Mascaram conflitos no inte
numa política cuja dinâmica não se pode realizar plenamente se o seu protagonismo não for tomado com algo estranho resses rior das próprias classes dominantes e antagonismo de inte
.sem a existência de uma nova esquerda radicalmente demo- pela sociedade, ou seja, como uma autonomia corporativa entre o capital e o trabalho.
Esse processo atuou sobre os níveis de pobreza e sobre
CTática. afiistada dela, A nova questão dos intelectuai.s põe novamente a distribuição de renda no país,ampliando a renda em termos
em cena o desafio de se buscar um novo projeto ideal que absolutos mas transferindo-a para as estratos mais altos. Ex
estabeleça os nexas possíveis e desejáveis entre ciência, arte, cludente e concentrador, esse processo levou ao agravamen
VII trabalho e democracia. - to dos desequilíbrios da última década, com o esgotamento
Mundo da Cultura:Modernidade e Democracia do padrão de acumulação e investimento do próprio modelo,
crise no setor público, conflito disrributivo da renda e infla
As profundas transformações que marcaram as dimensões VIII ção.
A modernizaçã^ de toda a base produtiva, inclusive dos
econõmicíis e sociais dos anos mais recentes, no Brasil e
no mundo, também se manifestaram no plano da cultura.
O esgotamento do modelo econômico setores tradicionais e atrasados, passou a ser uma exigência
O alto grau de experimentação cultura! abeno com a supres A nova institucionalidade do País não foi seguida pela
para o crescimento em bases democrática.s, com o objetivo
são dos mais diversos obstáculos à liberdade de criação, mudança do modelo econômico excludente e concentrador
de obter ganhos de produtividade e acompanhar padrões
pesquisa e expressão passou a ser cada vez mai.s uma força de renda — o projeto de reformas de estrutura patrocinado internacionais de preços e qualidade para a própria produção
motora ptira a criação arti.stia e inteleaual fazendo com nacional,
pelas forças democráticas acabou por ser bloqueado, Há A modernização integrada à economia mundial, nos mar
que a inventi\ idade e o pensamento se transformassem em um grande de,scompa.sso entre a institucionalização da demo
elemento substancial da sociabilidade e da sensibilidade mo- cracia e as reformas amplamente reclamadas pela esmaga- cos da emergente revolução técnico-científica, não depen
derna.s.O prüce.s,so de indivJdualizaçào do mimdo contempo dt)ra maioria do po\-o brasileiro. derá do efeito "multiplicador" de um ou dois setores da
râneo, ainda em curso, revelou, especialmente no âmbito economia (como a indústria automobilística e a construção
da cultura, que a modernidade abria porta.s para uma plurali deOumBrasil do.s ano.s noventa se depara com o esgotamento civil). Exige
modelo de desenvolvimento dependente-associado,
todo um complexo produtivo, com demanda
dade de razões no txirpo socitd, demovendo as visões mai.s concentrador de renda e capita), calcado na .substiaiição das intersetorial fortemente realimentada, para a retomada do
esitinques e dogmáticas da história e da .stxiedade que enten importações e modernização agrícola ct)m integração do laii- crescimento, o que implica novos processos de produção,
diam-se como os únicos camiiilios para a emancipação huma ftindio. maciço emprego de tecnologia, modernização da infra-es
aíin fone presença estatal no .setor pr(.)duti\'ü. com trutura
na. A auuvconsciéncia da modernidade na arte e na ciência c de sistemas de comercialização articulados em ca-
demonstrou ser. assim, uma coastrução aiicural cada vez
muia plufid. colocando por terra a.s icfciém-iito conceituais
que liaviam seixido de ntjrte para as tradições que se gesui-
ram ct)m a modemidade, inclu.sive a tradição .sociaiisLi.
O recente e atestado esgotamento dos grandes paradigntas
que emergiram com a modernidade no século Xix'e .se
airmaram in) século XX easejou. por .sua vez. o nascimento
de posturas cuituraí.s novas que alicerçaram um cjuadro refe
rencial de exjíerimentação definidor do momento que \'i\'e-
mos. Nü entanto, a crítica às razões unívocas, quai.squer que
tenham .sido .suas matrizes originais, suscitou um acirrado
deliate cultural que por vezes cliegou a postular teses que
jogavam por terra toda a experiência histórica vivida. A supe
ração das grunde.s paradigmas ensejou por i.s.so no âmbito
da cultura concepções niilistas que basearam afirmar o "pós-
modemo", bem ctimo o "fim da história", disianclando-se
do entendimento de que a emergência de razões plurais
apenas repunha e conformava um conjunto crítico de mani-
fesiaçoe.s perceptivas próprias de modernidade. A auto-cons-
ciência da mixiernidade. na verdade,.sempre e.siivera marca-
cü! i^eia^conrraditoriedade e a crise atual nada mais fez que
desvelar e.sta es-sencialidaderio moderno,abrindo pa.ssagem
para a critica frente aos .seus descaminhos e per\"ersidade.s
Uma nova .sen.sibilidade frente a estes temas acabou por
alterar protundamenie a questão dos inteiecruais.
O m<jmento que vivemos hoje configurarse como novo
prcasametite pt)rque se resgata es.se elemento essencial da
modernidade, e, nesse .senüdo, a visão de totalidade que
marcou a.s razões unívocas passa a estar quesiicinada como
o paradigma úmco do tempo histórico, A partir desse mo
mento, nao .sem razão, o prougonismo sócio-cultural dos
intelecruais derivou cada vez mais do engajamento a concep
ções absolutas e doutrinárias para uma atitude mais investi-
gaiiva,experimental e críüca frente aos complexos e cuntmdi-
lorio-s pioces.sü.s que nos cercam, É facilmente consiaiável
que os imeiectuaLs deixaram de ser ou de cumprir o papel
cie guia ou de'Vanguarda" da sociedade para se confiau-
mrem como miLssa de intelectuais",com funções e inserção
.social delimiüda e especifica. A camada dos intelectuais ga
nhou desta forma, uma dimen.são cada vez mais auiono-
mi7.ada e profissional e o .seu grande desafio con.sisie em
nao perder a vinculação com a contemporineidade do mun
do. Ctáaçãü. inventividade e inteligência não di.s.sociaUas da.s
quesic^ publicas e espaços de referências culturais marca
dos pela decLsiva imjjorrãncia chi opinião plural edemocrática
connguram-.se, as.sim, ò.s elementos da nova questão dos inte
lectuais para uma política do socialismo.
No nosso pal.s apena.s o antigo hLScinio por mitologias
pre^Kijodernasxiu uma taíi^íém aqüga ra^oçg^ápk^aqdeolo-
1& de Junho de
X
O componamento recente da economia brasileira de
monstra que a massa salarial vem tendo a sua participação Emprego e renda FMNÇA, GRl
diminuída ao longo do tempo (35.4% em 1980 para menos
de 30% em 1988), em favor do crescimento da participação O processo de indu.strialização e o crescimento econômico Partido Comunista Francês so partido o fratemal e
relativa dos lucro.s e juros na renda nacional (58% em 1980 acelerado por que passou a economia brasileira, ao mesmo jando muito sucesso e
para cerca de 65% em 1988). Dados do IBGE revelam que tempo em que geraram um novo proletariado foram acompa O Partido Comunista Francês saúda os Queridos camarada.
ty; 10% mais ricos — 6,6 milhões de pessoas — ampliaram nhados pelo surgimento de um imenso contingente de traba delegados ao Congresso do Partido Comu Nós, comunistas gi
a .sua participação na renda nacional de 46,6% para 53,2%. lhadores com emprego de baixa remuneração, desprotegido nista Brasileiro e lhes deseja sucessos nos partilhamos convosco
Aquela metade da população que ganha até dois salários pela legislação trabaliilsta e concentrado nos grandes centros trabalhos e na luta em prol dos interesses mica de vosso país e
mínimos — 33 miÜiões de trabalhadores — absorve apenas urbanos. Suas raízes são o deslocamento para as cidade.s dos trabalhadores e do povo brasileiro pela de busca de um carr^^
10,4% da renda nacional. Os 10% mais pobres da população do excedente de mão-de-obra nas atividades agropecuárias causa da paz e do socialismo. a democracia e o soe
— 6,6 milhões —, lançados na marginalidade total, conso no campo e a insuficiente demanda de mão-de-obra na indús Neste período de profundas transforma e aprofundamento doi
mem apenas 0,6% da renda, enquanto aquele 1% mais rico, tria de iraasformação, no chamado "lerciário funcional" e ções internacionais, a solidariedade e a coo baihadora e do povo
txs 660 mil que controlam a economia do país, reservam na admini.siraçâo púbiica. peração entre as forças progressistas são ridade para o povo ar
para si 173% da renda nacional (PN0A, 1989). Constitulu-,se um enorme segmento nâo organizado no particularmente necessárias. Tudo isso não está
O Partido Comunista Francês espera con do Partido Comunista
Diante deste quadro, pode-se afirmar: o que o Brasil mais mercado de tnüjallio, principalmente na periferia das gran
nece.SvSita é de um "chcxjue" de democracia, de justiça sociíü, des cidades, em grande medida relacionado com a prestação tribuirpara isso, e em particular, por ocasião tido, através dê coal
de desenvolvimento econômico e de modernidade. Não há de serviço,s e atividades correlatas, com grande incidência de seu XXVII Congresso, sublinhar a impor e grupos progressisti
tância de atuar para dar ao movimento co mum acordo no sentic
saída ditradoura para a cri.se brasileira, com a modernização de não-assalariamentò e empregos sem carteira assinada. progressivo de nossc
dü país e sua integração competitiva à economia mundial, Es.se universo do mundo do trabalho, mesmo nos períodos munista e revolucionário um novo sopro, a
um fim à crise porqi
sem um de.senvoh'imenro democrático. Isso exige uma polí de pico das taxas de crescimento, representava mais de um fim de contribuir para abrir a todos os povos
grega. Nesse esforçc
tica de combate à inflação cjiie po.ssibiiite a alteração do quinto da ix)pulação economicamente ativa e vem se am perspectivas novas que respondam a suas
perfil da di.stribuiçãü de renda do país em favor dos assala- pliando nos últimos anos de agiavamento da crise. aspirações profundas de justiça e liberdade, tando uma forma de /j
riatio-s. do setor público e da economia nacional, Essa deve A modernização tende a promover uma indústria de mais a seus direitos sociais e sua esperança por oficial governista se!
.ser a orienuiçáo a ser dada ao tratamento da dívida externa, atpital inteasivü e poupadora de mão-de-obra, fazendo com um futuro melhor. do povo. !
láis políticas de investimento, industrial e tecnológico, das que o setor deixe de .ser uma "passagem" de migrantes CC do PCF Nosso partido tamt
com o dever de trabc
reformas tributária, agrária e do Estado. do .setor primário para o setor terciário, fenômeno jjarticuhir- ma de direção progre
Para lograr o desenvolvimento democrático .são questões mente grave depois de uma década de e.stagnação econômica
fundamentais; que aprofundou o problema de de.semprego no país e alterou Partido Comunista da Grécia a realização do nosi
tudo isso, os comum
o crescimentt) econômico é condição necessária, mas não a relação histórica entre o mercado formal e o informal, Queridos camaradas, ciai interesse em rec
suficienie. para o equadonamento dos demais problemas. Coloca-.se de forma dramática a necessidade de romper o
O Comitê Centrai do Partido Comunista vossas decisões e c
Dadas às caraaerí.st ica.s da economia brasileira, o crescimento contínuo descompasso entre a geração de emprego e a repro adotados nas condiQ
de seu prtHlutu iiacional bruto nâo poderá ser menor do dução da forçi de trabalho. Descompasso este que constitui da Grécia transmite ao IX Congresso de vos
que o dobro de .seu cre.scimento populacional. fonte permanente de desemprego e sub-emprego, rebaixa-
I -v
menio do s;iliirio real. rotatividade no emprego e margina grandes proprietários que [lossiiem mais da metade ila área
lidade social. das propriedades rurais, constitui uma e.stRitura produtiva
Nos próximos anos, a modernização da economia pode de alta instabilidade, em cujo conjunto as cri.ses de prixitição
implicar também a automatização de atividades destinadas constituem a regra geral. E revela:
exclusivamente ao mercado interno, reduzindo a capacidade — agravamento" dos desec}uih'brios regionais, coni uma
de absorção da forç^ de rrab.alho do setor .secundário. Esse política de incentivos e .subsídios diferenciados benefiando
fenômeno tende a ser ainda mais grave com as projeções exclusivamente os grandes pro[)rietários;
da migração do campo para a cidade, o ingresso da mão-de- — insuficiência do cre.scimento da produção de alimentos
obra feminina e de menores no mercadp de trabalho e a e suas coaseqüências inflacionárias;
expansão do mercado infornial. Assim, faz-se necessária uma — redução da capacidade de absorção da força de trai'>uliio
política industrial capaz de combinar a modernização da no aimpo, le\ando à migração para áreas urbanas, com au
base produtiva com uma política de pleno emprego, isto mento de cle.semprego, subemprego e marginulitiade urbana:
é. uma política de emprego que procure atingir o mixinw — mpiura do padrãt) de relações inierseioriais baseado
de mulheres e homens, de modo a garantir a realização na hiperinsumizaçu) (via crédito subsidiado), levando a cria
t,le um grande direito social universal; o trabalho. Na situação ção de Lima ampla margem de capacidade ociosa na indústria
atual, a realização desse direito comporta não mais somente de mác|uina.s e insumos para a agriailtura.
uma batalha contra o desemprego ou o trabalho informal, Todas e.s.sas condições, que caraaeriz^am a agricultura bra-
mas também a íiivor da formação, da requalificação profis•sileira, exigem soluções profundas e definitivas que re.suitem
num aumento do número de proprietárias e numa política
sional, da iaserção .social e igualdade de oportunidades —
em resumo, pelo direito a um futuro de trabalho conforme voltada principalmente para a democraiizaiçào da proprie
as aspirações individuais. dade e para a melhoria da distribuição da renda. Para tal
Essa orientação renovada passa por uma modernização fim. torna-se imperativa a realizxição a curto pnizo da Reforma
da indústria tradicional e moderna que leve em conta a Agrária. , • i
necessicbde de combinar as no\us opções tecnológicas com Para mudar efetivamente a realidade agrária c agrícola
o realücimento e reciclagem da mão-de-obra. além de um no Brasil, torna-se necessária uma reforma agrária que, num
i:)rügrama de modernização do setor terciário capaz de redu prazo de dez anos. contemple pelo menos ó militões de
zir o mercado informal e uma reforma agrária que contenha famílias camponesas. A extensão da.s terras di.stribuidas (a
a m tgraçãü para as grandes cidades, assentando trabalhadores razão de um lote de tamanho médio de 30 heciares) alciui-
.sem-tcrra e alocando trabalhadores rurais assalariados nas çaria o total anual de 18 miliiões de hectares, Isto significará
pequenas cidades e vilas do interior. que, ao caho de um decênio, o número de exploraçõe.s
agropecuárias subiria de cerca dos 5 milhões atuais pata
11 milhões, ou mais do dobro, e a exteasão dts lavouras
XI tenderia a crescer, dos cerca de 50 milhões de hectaies
atuais para cerca de 100 milhões.
A questão í^rária A reforma agraria no Brasil somente .será po.ssivel tendo
como pressuposto um nn)delo democrático de moderni
Um projeto de desenvoKi mente democrático da sociedade zação agrícola, capaz de proporcionar um novo ciclo de
brasileira requer imperiosamente a realização de uma refor expansão da economia rural, compatibilizando a moderna
ma agrária A reforma tornou-se premente entre nós apenas produção agrícola de base familiar, \'ohada sobretudo para
!X)r fazôe.s económiais. Dados do Censo Agropecufirio de o mercado interno, e a exi.siência de grandes empreendi
1985 mostram .sinais de que a agricultura brasileira entrou mentos agro-indii.striai.s, grande pane dirigidos para a expor
numa fase de indi.scutível perda de seu ritmo anterior de tação. , , .
crescimento ou talvez mesmo na fase de uma quase estagna- Nos limites da atual Constituição, uma reforma agiaria
(,-ão. Essa úV ritmo .se verifica na e.xpaasân da area terá que. ficccs-sariamente, Isolar os .setores mai.s atrasados
total dos esiabelecimenitís agropecuários, na área das lavou- do latifúndio, mediante a desapropriado por interesse .social,
ra.s (soma da.s lavouras permanenie.s e provisórias), no acen com pagamento de indenizações em títulos da dívida agrária,
tuado decréscimo do parque de uatores, no menor cresci dos grandes imóveis rurais não produtivos ou que não cum
mento efetivo total de bovinos e de aves e no^ decréscimo pram .sua função social, e o a.sseniamento dos trabalhadores
marcante, em termos absolutos, do rebanho suíno. rurai.s em terras economicamente úteis localiz;idas na.s suas
A modernização da agricultura brasileira a partir de 64, próprias regiôe.s de origem. A reforma agrária terá que
que atingiu seu ápice na década de 70, concentrou-se em apoiar-se também, complementarmente, na tributação direta,
dois aspectos; dinamização dtxs setores improdutivos através progressiva e seleti\'a das grandes propriedades. Para uma
de políticas que não alteraram o sistema de pos.se e uso modernização agrícola democrática é necessário um progra
da terra e abertura ao mercado internacional,^ no contexto ma agrícola, cjue, além da mudança da esinitura da po.sse
B N S de uma estratégia econômica global de inserção nos fluxos e uso da terra, contemple:
do comércio internacional. — aumento da produção de alimentos para o mercado
Para enfrentai' a baixa produtividade, a ação governamental interno, além da participação no comércio exterior, mediante
IA EISRAEL baseou-se no maciço uso de crédito subsidiado, no aumento
dos gastos em extensão rural e no tratamento preferencial
o aumento da pnxiutividade, dos Investimentos e da incorpo
ração da terras ociosas ü produção;
3ro abraço, dese- Temos esperança de que o IX Congresso ao setor de insumos (máquinas, fertilizantes, inseticidas e — expaasão da capacidade de geração de emprego no
*us trabalhos. do PCB seja a mais importante contribuição herbicidas) tendo como objetivo possibilitar sua maior absor campo, redução do êxodo rural e modernização das relações
para o desenvolvimento do pensamento e ção por parte dos produtores rurais. A abenura ao comércio de trabalho mediante a utiliztiçâo de técnicas de produção
, conhecemos e prática comunistas. internacional foi viabilizada através da concentração desses intenslvus, a demcxratiz-ação do acesso à terra, o estímulo
•>esociale econô- Saudações comunistas, instrumentos naqueles produtos agropecuários que apresen à organização de formas associativas de produção, a elimi
>s a necessidade CC do PCG tavam condições de mercado e preços para serem expor nação da violência no campo e o pleno exercício dos direitos
tados. individuais e .sociais;
alternativo para
)o, para a defesa Partido Comunista de Israel O crédito, pelo seu crescimento e pelo montante de subsi- — alteração do sistema de relações internas e externas
'tos da classe tra- dio.s concedidos, transformou-se ao longo do período na do setor agrícola mediante redefinição das fontes de financia
lhador e prospe- Queridos camaradas, principal alavanca do processo de modernização agrícola. mento, racionalização do uso dos fatores,iiiilizaçãodetecno-
Io Brasil. Por ocasiao do IX Congresso de vosso Com a crise econômico-financeira que se abate sobre o país logias apropriadas aos níveis de capitalizjição e às necessi
]ado dos anseios Partido, temos o prazer de enviar o nosso na virada da década de 70 para a de 80, e o seu agravamento dades do mercado das populações envolvidas;
récia. Nosso par- mais afetuoso e fraternal abraço. até os dias atuais, esgotou-.se esse modelo de modernização
em função da suspensão e supres.são de créditos fartos e — a correção dos desequilíbrios regionais e da renda
com a esquerda Vosso Congresso tem lugar num momen do setor agrícola, com a revisão dos sistemas de incentivos
to histórico de grandes mudanças no mundo .subsídio.s, Agravaram-.se os desequilíbrios na economia, com;
m lutado em co-
flesenvolvimento Uma das mais grave.s conseqüências de tàis insucessos fiscais e a aplicação das políticas agrária e agrícola segundo
e esfamos confiantes de que os comunistas os parâmetros definidos por um novo zoneamento agrário
e conseguir pôr de todo o mundo superarão todas as dificul no conjunto das ati\'i(lades agrícolas foi a brutal concentração
ssa a sociedade dades e conseguirão realizar, com sucesso, da renda no ami^o, em prejuízo dos agricultores mais po e agrícola do país e com a suplemenuiçào de programas
bres. A parcela da renda apropriada pelos 10% mais ricos sociais específicos para o campo nas áreas de .saúde, sanea
um estamos ten- suas tarefas em face das mudanças. mento básico, previdência, educação, habitação e emprego;
':om que a política Desejamos que vosso programa seja bem — particularmente os donos dos latifúndios — pas,sou de
34,7% em 1970 para 47.7% no ano de 1980, enquanto que
incentivo, com crédito rural e financiamento, à pequena
e aos interesses aceito pelo Congresso e que sirva como ins e à média propriedades e à empresa rural que cumpra a
trumento de luta no interesse da classe tra a renda da metade (50%) mais pobre caiu de 24,2% para
17,9% no mesmo espaço dc tempo. função .social.
9m se defrontado balhadora e do povo brasileiro em prol da
num novo progra- democracia e do socialismo. Registrou-se, em conseqüência, uma diminuição grave na Por sua complexidade e por sua importância para a demo
:a, tendo em vista Desejamos que vosso Congresso frutifi- produção agrícola no país-, de fato, dos 33 produtos incluídos cracia. toma-se necessário que as forças democráticas e pro
/ Congresso. Por que em suas deliberações e tenha muito su nos levantamentos sistemáticos cio IB(5e, mais da metade gressistas de esquerda abordem com firme7.a a questão agrá
■jregos têm espe- cesso nos trabalhos. tiveram reduzidas suas colheitas, daí ,se originando séria difi ria. Sem a participação dos minifundlstas, pequenos proprie
vossos informes, Abraços fraternais, culdade no abastecimento alimentar nos grandes centros tários, arrendatários, assalariados agrícolas, pü.sseiro.s, traba
lentos que serâc Tawfiq Toubi con.sumidores do país. lhadores volantes, a transição para uma democracia social
ontemporâneas. Secretário-geral do PCI A agricultura brasileira, dispondo de apenas cerca de cinco mente avançada no Brasil apresentará sérias debilidades es-
milhões de explorações em atividade, com uma maioria de truiutai.s e criará pesadas hipotecas a serem pagas no futuro.
•rt'.»:
14•VOZ
15 de Junho de 1991
A coastituíçio dü bloco de forçis democrJticaü. progres tal reforma .se expressa, assim, pelos órgãos de controle fiscalizadora e supeirisora da atuação do.s militares e dos
sistas e de esquerda e a sua solidarização com os interesses
da ação estatal, sem os quais não há ordem política demo serviços de informação, assim como assisti-los c]uando da
desses sujeitas sociais constituem um componente político crática po.ssível. celebração de acordos militares internacionais, para o que
imprescindível para dotar de sustentação social e política A reforma democrática do Estado deve levttr em conside
uma altern;tti\-a democrática para a questão agrária no Brasil. ração também a política de segurança, ou seja, dentro dos équalificadíLS
necessário a manutenção de comissões permanentes e
para a realização dessa tarefe; b) na criação*do
parâmetros definidos na Constituição, definir os limites e Minist&ioda Defesa; c)na disponibilidade de recunsos mate
o papel das Forças Armadas,de forma a resguarddr os direitos riais e humanos das instituições militares para atender %s
da cidadania e a democracia. Assim, uma política de defesa demandas e interesses da sociedade,
para uma sociedade democrática, pluralista e participativa Nos opomos à identificação do público com o estatal. É
Reforma democrática do Estado implica também em: a) no fortalecimento do poder Legisla preciso
tivo, de modo que ele possa exercer ação disciplinadora. sariamente reconiiecer um espaço de gestão pública não neces
estatal e uma gestão privada com âmbito público
No centro de uma saída duradoura para a crise está a de panicipação. O que se pretende com isso é uma relação
reforma democrática do Estado de modo a redefini-lo para divensa entre Estado democratizado e mercado democra
os objetivos sociais e de construção da democracia. Rechaça tizado, entre política e economia,em que as forças políticas
mos, assim, a idéia que centra a reforma do Estado somente esociais não sejam subordinadas a uma economia sem regras,
na questão do seu mmanho.Propomos a sua democratização E isso não sení possível se essa questão for enfrentada somen
e publicização. te com o arsenal reivindicatório, ma.s através de mais liber
A necessidade da reforma demoaática do Estado se apre dade, novos direitos e no terreno de novos poderes.demo
senta quando considenimos os interesses das classes traba cráticos.
lhadoras, sempre excluídas de sua ação. O Estado centrali A reforma democrática do Estado deve ser também enfren
zador,ex-cludeniee privarizado constituído ao longo de nossa tada em seus a.spectos econômicos e financeiros, onde é
iiisii)[ia tutelou os demais poderes republicanos, subalter-
nizou os partidos políticos e privilegiou as relações com essencial a sua desprivatizaçào. O que implica estancar e
as classes dominantes; atrelou e reprimiu as agências das revener de forma duradoura as transferências de renda do
classes dominadas (sindiattos de trabalhadores, associações, setor público para o.setor privado. A desprivatizaçào é fianção
entidades estudtmtis etc.) e estimulou o fortalecimento das da democratização do Estado,e não o comnírio.Sem a despri
agências privadíis das classes dominantes, entranhando-as vatizaçào do Estado, com a qual se recupere a sua capacidade
nos centros de decisão do Estado. de investimentos, torna-se difícil a materialização de uma
Com o processo de democrafização. a nova Constituição nova política social.
ampliou a autonomia e independência das agências das clas A reforma democrática do Estado, recusando tanto a con
ses dominadas mas não apanou dos centrtjs de decisão do cepção privatizante como a estatista, não deve (jbscurecer,
Estado as agências das chtsses dominantes, A estrutura de antes pelo contrário, deve afirmar a necessidade de interven
Estado não foi democratizada. Nas condições do "Estado ção estatal no sentido da aplicação de políticas sociais visando
ampliado"" (.sociedade civil + sociedade política), somente a erradicação de carências que afligem imensas parceíiis da
o li\Te jogo democrático na definição das políticas públicas população urbana e rural excluídas de participação política,
e no (uncionarnepto administrativo estatal \-alorizará o papel econômica e cultural.
do.s partidos políticos e das eleições, assegurando relações
demoaática.s entre a sociedade e o Estado.
A reforma democrátiai dt) Estado, assim, deve ter como
centro a democratização da instância pública, de modo que Por uma ecoijiomia democrática
o conjunto das agências da .sociedade civil, apartadas da e.stai-
tura e,sta[ai, po.s.sa influir auionomamente no processo de o bloqueio ao surgimeniu de uma economia democrática"
reorganização da .sociedade brasileira. O caráter político de está centrado no poder dos grandes grupos de.) capitai indu.s-
ME NSAGENS
ITÁLIA E JAPÃO
Partido Democrático da Esauerda Esperamos que vosso Congresso te mente cpm a propaganda contrária à li guns pontos que são inquestionáveis co
(PDS-itáHa) nha sucesso no que concerne a uma saí nha política do nosso partido e suas reali mo é o caso da hegemonia de alguns
da para a crise econômica no Brasil, con zações no que concerne aos interesses povos que exportam armas para bene
Por ocasião do vosso IX Congresso, solidando e desenvolvendo a liberdade da vida diária do povo, mas também com ficiar o hegemonismo iraquiano, e como
recebam o nosso melhor desejo de bom e democracia,salvaguardando a subsis nossa força irrepreensível,mostrando nos o bloqueio dos Estados Unidos ante as
trabalho e desucesso nosdebates e deci tência e direitos da classe trabalhadora so papei correto e nossa razão de ser, possibilidades de solução pacifica,inves
sões que venham a tomar. e do povo trabalhador, e também defen como tem sido demonstrado na história tindo na guerra, tendo recebido do Con
Pensamos que a nova e difícil fase que dendo a paz mundial e o direito nacional do Japão. Objetivamente, durante a li selho de Segurança carta branca para
atravessa a sociedade mundialsó poderá à autodeterminação,realizando com equi Guerra tvtundiai, enquanto outrospartidos o prosseguimento desta guerra.
ser enfrentada, com as forças de esquer dade a ordem econômica e democrática colaboravam com a guerra de agressão Tirando iições da guerra do Golfo, nos
da, com uma renovada capacidade de internacional. e despotismo,somente nós, o Partido Co so partido tem apelado ao mundo para
confronto recíproco e de estratégia unitá A série de acontecimentos no Leste eu munista Japonês, demos nosso sangue a tomada de estritas medidas contra a
ria para a afirmação do ideai deliberdade, ropeu e em outras partes, vem provocan na lula contra esse estado de coisas. vioiaçao dos direitos dos povos à autode
democracia e paz. do grandes alterações nos movimentos Nas últimas eleições nosso partido terminação;tem estado em favor de uma
Renovamos nossas saudações com comunistas no mundo. NoXiX Congresso conseguiu um certo número de votos, e solução para os problemas do Oriente
abraços de cordialidade. de nosso partido, realizado em julho do com grande esforço conseguimos um to Médio, incluindo as ocupações dos terri
Piero Fassino ano passado, nós analisamos o socia tal de 3.938 na assembléia iocaí, mas re tórios e a destruição em massa dos po
Relações Internacionais do PDS lismo científico em três diferentes pontos solutamente estamoslutando novamente vos; desmantelamento global dos blocos
de vista:a doutrina, o movimento e o sis contra a má administração do Partido Li militares e promoção do desarmamento.
Partido Comunista Japonês tema. E temos urgência em discutir os berai Democrático do Governo, inspecio Para conduzir esta tarefa, nós tam
acontecimentos do Leste europeu e a fa nando despachos do Exército japonês, bém demos importância à questão do
Queridos camaradas: lência da doutrina e do movimento do so- fixação de taxas aduaneiras e de consu cristianismo e da "nova mentalidade",
Por ocasião do iX Congresso do PCB, ciaiismo cientifico. Pontuamos que tudo mo, a destruição da agricultura japonesa dando ênfase à colaboração da União So
o Comitê Centrai do Partido Comunista isso é produto do sisterna burocrático de através da liberalização da importaçõ de viética, conclamando os.povos do mundo
Japonês envia sua cordial saudação de comando e a imposição hegemonística arroz, e temos promovido uma ativa con para o não abandono da luta pelo pro
congratulações e solidariedade. de taisistema, quelevaram ao grave des versação com o povo a respeito da signifi- gresso social.
Ainda que nossos partidos estejam vio da doutrina do socialismo cientifico. cância e existência do Partido Comunista Camaradas, desejamos a continuação
geograficamenteseparadosporuma longa No Japão, durante as eleições simultâ Japonês, que em julho comemora o seu das colaborações, amizade e solidarie
distância e pelasrelaçõesbilaterais terem neas em abril, diante de uma improce 69"aniversário de fundação. dade entre oPCJeo PCB. com o objetivo
sido estabelecidas só recentemente, te dente e violenta campanha anticomunis Recebemoscom prazerofim daguerra de contribuir para o fortalecimento das
mos desenvolvido uma amizade dentro ta, não pouparam esforços para denegrir no Golfo, com a retirada do traque do bases e dosprincípios de independência,
do espírito da responsabilidade, dirigindo a existência do nosso partido, afirmando Kwait, e com a restauração do estado iguais direitos e não-interferéncia dentro
de forma dependente nosso movimento que "o socialismo e o comunismo morre kwaiiiano. Isso representa, diante da opi dos negócios internos de cada um, reite
nos respectivos países para o fortaleci ram por completo no mundo. Por que en nião pública mundial, uma importante vi rando ainda nossa expectativa de suces
mento da solidariedade em comum acor tão deve existir o Partido Comunista no tória na busca da autodeterminação na so em vosso Congresso.
do. Japão?" Lutamos nas eleições, não so cional. Não estamos de acordo com al CC do PCJ
15 de Junho de 1991
me nsagens
ESPANHA EP0RTU6AL
Partido Comunista da Espanha
Estimados companheiros,
Por ocasião do vosso IX Congresso, quere
mos transmitir nossas mais cordiais saúda-
J çõeSt- ao mesmo tempo que desejamos o rne-
Ihordos êxitos em vossos debatese resoluções
congressuais.
Nos encontramos, sem dúvida, em momen
tos históricos transcendentais.As profundas
da ordem burguesa, pondo a nu o anaCTonismo da sua forma A constituição de um bloco de forças democráticas, pro transformações que se têm produzido em rit
de Estado e do seu modelo econômico. gressistas e de esquerda não impila diminuir o ímpeto com mos vertiginosos nestes últimos anos, nos si
O neoiiberalismo joga com o desprestígio da política como petitivo dos partidos ou grupos nele envolridos, e sim evitar tuam ante esquemas tanto nacionais como so
instrumento de resolução dos problemas e dos partidos co a luta suicida ou autofagia dos elementos nele presentes bretudo internacionais, substancialmente dis
mo mediadores entre Estado e sociedade civil. A debilidade Devemos enfetizar as tarefes políticas concretas. Esse blocc tintos aos até agora conhecidos.
dos partidos e o desprestígio da polítia não consistem em constimi-se historicamente ao longo do processo,ao realizar Hoje, mais do que nunca, é necessária a
um feto "natural"; são resultantes também da modernização suas tarefas. Deve ultrapassar a unidade em torno de um serena reflexão, o debate, o intercâmbio aberto
conservadora verificada no País. A combinação dinâmica des "programa mínimo", mai^'apropriado a coalizões e coliga de idéias e experiências, o diálogo, em suma,
ses fatores permite o li\Te curso do processo político rumo ções políticas(e que quase.sempre significa reduzira intensi a cooperação.
ao reordenamento neoliberal do Estado, da economia e da dade das transformações em troa de flexibilidade de movi Nós, que assumimos o compromisso da
política. mentos), Para isso, exige a aproximação dessas forças em transformação social, os ideais do progresso
A traasiçâo à democracia socialmente avançada não se tomo de um "programa máximo" para a conjuntura e daque e a solidariedade, e o pleno desenvolvimento
fará sem a atuação convergente das diferentes concepções les objetivos estratégicos liados à ampliação da democracia dos valores democráticos, estamos obrigados
democráticas — democrata-liberais,socialistas, social-demo- e da cidadania e à realização de reformas de estrututras em a uma reflexão em profundidade sobre estas
cratas, comunistas, as rárias correntes cristãs — que querem direção à modernidade. mudanças e sua natureza, a abordar com va
abrir o caminho das reformas. O bloco se viabiliza através de alianças políticas e eleitorais lentia, inovação e generosidade o tão enorme
Nesse sentido, a ampliação da democracia política e a flexíveis e de uma apropriação específia dos mecanismos quão apaixonante desafio da regeneração,
instalação de uma economia democrática consistem numa institucionais existentes e da criação de outros. O sistema num momento em que.junto a inocultáveis in
reversão da forma história de como o capitalismo se implan parlamentarista, se implantado, pode transformar o Parla certezas e perplexidades, nos alentam elemen
tou no paLs, que sempre procurou manter o mundo do traba- mento no terreno privilegiado para a confluência do bloco tos inegavelmente positivos e nossa capaci
Uto excluído do processo poüiico. Constituem, assim, uma no plano institucional. Mesmo que o parlamentarismo não dade de gerar ilusão.
verdadeira revolução, e não só porque interrompem e anu venha a ser aprovado,o aumento dos poderes do Congresso Sem nenhum tipo de dúvidas, nós os comu
lam as bases materiais, poUticas e culturais de reprodução fevorece essa estratégia. Da mesma forma, o mecanismo do nistas espanhóis estamos seguros de que um
de uma cultura aurorirária e excludenre. como também por segundo mmo deve ser utilizado para a produção e a repro partido com a história, trajetória e espírito aber
que fevorecem o ingresso das massas no mundo da política dução desse bloco, tendo em vista a construção de alterna to e renovador como o PCB, estará à altura
organizada, doiando-as — seus partidos, sindicatos e associa tivas de governo. destas novas circunstâncias p que tanto exi
ções — de apacidade de prôiagonismo efetivo. E tomando O bloco de forças democráticas, progressistas e de esquer gem de nós.
suas necessidades e reivindicações em urgências a serem da abre espaço para a ação concertada de vontades coletivas, Um fratemal e muito afetuoso abraço,
atendidas,em razão do.seu peso e densidade política e social, revalorizando a polítia como o instrumento para se alcançar Fdo. Francisco Paiero
num movimento progressivo de democratização do Estado mais democracia, mais liberdade e justiça social. Por não Relações Internacionais do PCE
e da sociedade. representar exclusivamente uma aliança partidária — coliga
Nãose trata,assim,de produzir mudanças concedidas pelas ções eleitorais e coalizões de governo —, mas.^bém a Pa/lido Comunista Português
circunstâncias, mas cie mudar as próprias circunstâncias, de incorporação de entidades as mais variadas da sociedade
modo a efetiv-ar transformações que garantam o desenvol dvil, o bloco democrático e progressista de esquerda será Queridos camaradas,
vimento em condições de democracia, modernidade e cida apaz de dar articulação institucional à opção estratégica Por ocasião da realização do IX Congresso
dania. pelo avanço da democracia e das reformas. É,portanto,forma do Partido Comunista Brasileiro, o Comitê Cen
que permite às organizações da sociedade civil inscrever tral do Partido Comunista Português saúda os
seus divereos interesses, inclusive corporativos, no interior seus delegados e, por seu intermédio, os co
de um quadro de conflitos políticos mais amplo. munistas do Brasil, expressando-ihes a solida
XVI Sem esse bloco e sem uma alternativa democrátia para riedade fraternal dos comunistas portugueses.
Novo bloco político disputar os rumos da sociedade,a luta por interesses corpora Ao longo da sua história, que o PCP valoriza,
tivas imediatistas, ainda que se dê com extrema radicalidade o PCB tem sido um destacado defensor dos
e com grande influência de massas, não produzirá uma saída interesses dos trabalhadores e do povo do Bra
A experiência demonstrou que o caminho vitorioso da política para a crise. sil, da democracia, do progresso social, da paz
oposição democrática contra o regime "ditatorial imposto pe Exatamente porque pretendemos uma democracia funda e do socialismo.
lo golpe de 64 consistiu em se compor numa frente polítia. da num sistema de partidos e porque compreendemos a Em Portugal o PCP comemorou recente
Sem deixar de reconhecer a inevitabilidade de uma posterior necessidade da preservação do caminho da frente polítia, mente o seu 70°aniversário e prossegue a sua
segmentação,superou-se a fácil sedução de sobrepor identi propomos esse bloco, Nas novas circunstâncias, a possibi luta por uma alternativa democrática ao atuai
dades à necessidade de uma frente que coligasse amplas lidade de o bloco operar um movimento que impulsione governo da direita, na base do reforço das posi
forças. o processt) político nov~amenie em direção a uma democracia ções comunistas, condição necessária para a
Neste momento de crise e de avanço batido do neoiibera socialmente avançada consiste na atualização do tema da convergência e cooperação das forças demo
lismo. a possibilidade de êxito do projeto neoliberal reside democracia e reformas, cráticas, de modo a operar uma viragem polí
exatamente na inviabílização de um bloco de forças democrá Voltado para a ampliação da democracia polítia", esse pro tica na vida nacional, na perspectiva de uma
ticas. progressistas e de esquerda que se solidarize com os cesso pode desbloquear um complexo de transformações democracia avançada.
movimento.s sociais, impulsionando suas demandas e assim econômico-sociais distintas das do neoiiberalismo e da mo Face à evolução negativa da situação inter
estabelecend^jma nova dinâmica polítia — um bloco que dernização conservadora. No seu desenvolvimento deve nacional, o PCP, atento e aberto às novas ex
una as esquei das e demais forças democráticas e progres combinar a ampliação dos direitos político-democráticos e periências e realidades-,reafirmando oseu ideal
sistas. potencializando as diversas qualidades das esquerdas sociais na revisão da Carta em 1993 com a substituição do comunista, considera que, por mais difíceis e
e dos demtxrratas, diminuindo as suas limitações no jogo modelo econômico desigual, excludente e concentrador de complexas que sejam as condições, o caminho
demuaáticü.
renda. Movimento que poderá facultar uma progressiva de é o prosseguimento da luta pelo progresso so
O bl«xo de forças democráücas,progressistas e de esquer mocratização da vida .social e do Estado. Tal política se baseia cial, a paz, a democracia e o socialismo.
da é mais amplo do que a esquerda. Primeiro, porque esse na compreensão de que as lutas pela ampliação da institucio- Para o PCP mais que nunca se impõe a
bloco de\'e incluir as forças políticas de claro perfil demo nalidade democrática e pelo atendimento das demanda.s so solidariedade, a cooperação entre partidos co
crático. Segundo, porque não recusa a experiência diferen ciais se reforçam mutuamente. Mas afirma a primazia da munistas e todas as forças progressistas e de
ciada. mas visa a constituir um ampo político delimitado primeira. mocráticas.
que se prop^ à sociedade como "aliança de poder" alterna Não existe aminho para uma democracia .socialmente Fazendo votos para que os trabalhos do vos
tiva às.soluções conservadoras.Terceiro, porque ele é inorgâ avançada sem que as lutas democráticas ger.is estejam intima so Congresso sejam coroados de êxito, mani-
nico, devendo, ptinanio, se expressar em cada situação con mente vinculadas às lutas pela satisfação dos interesses do festamo-vos o nosso empenho em reforçar os
creta tendo como referência básica suas tarefas. Ele deve mundo do trabalho e da cultura. Essa vinculação é necessária, laços de amizade, solidariedade e cooperação
ser composto, assim, por socialistas, social-democratas, co pois deriva da nossa compreensão de que,na recente história existentes entre o PCP e o PCB.
munistase demais der.iccraias,ecologistas,cristãose tam bém política brasileira, operou-se um descompasso entre lutas CC do PCP
por liberais. democráticas è lutas pelo atendimento das demandas sociais.
voz•17
15 de Junho de 1991
XVII
Mundo do trabalho e cidadania
Para o mundo do trabalho não pode haver indiferença
à dispum pela hegemonia na modernização. Somente será brasileira. Nasceu e viveu como o grande ponador dos ideais e compreender a tempo e em plena medida a nece.s.sidade
possível influir nas rumas da reorientação econômica na do socialismo em nasso país, dos ideais de liberdade e de de mudanças. Não obstante os esforços realizados, na ati\ãda-
medida em que articule seus interesses imediatos e classistas igualdade,de jastiça social,de progresso social,de luta contra de prática prevaleceram as tendência,s, práxi.s e cultura poli-'
a um projeto democrático para o desenvolvimento do País. a opressão e a exploração, contra a miséria, da defesa da tica conservadoras, a inércia política e a tendência de enfren
Sua intervenção no processo de retomada do crescimento paz, da democracia e dos interesses nacionais. tar as núv.rs sugestões com os esquemas habituai.s.
e de desbloqueio da democracia rompe com uma pauta Foram muitos os êxitos do PCB nessa longa trajetória. As dificuldades de compreender a própria que.siãü demo
estritamente econômico-corporativa, combinando a defesa São eles uma .sólida base para a continuidade de no.ssas crática, bem como a nova .sociedade civil emergida após
de seus interesses mais imediatos e classistas como ponto lutas para realizar os nossos planos atuais e futuros. O Partido, o processo de modernização conservadora, seus problemas
de partida para a luta por seus interesses globais.Isso significa porém,tem o dever de enxergar a vida em toda a sua pleni e contradições vitais, tendências e perspeaivas .süciai.s esta
combinar reivindicações elementares e permanentes — co tude e complexidade. Nenhum êxito, por maior que seja, vam relacionados, em grande medida, ao estado e à evolução
mo a luta por elevação do salário real, defesa do emprego deve velar as contradições existentes ou omitir e tergi\'ersar do nosso pen.samento teórico — e es.sa área é uma cia.s
e redução da jí.)mada de trabalho — com outras demanda.s com nossos erros e faltas cometidas. Neste processo auiocrí- nossas grande.s debilidades. A no.ssa debilidade teórica exer
que deverãi.) advii das mudanças a serem operadas com üco que o PCB deseja promuver, a Direção Nacional afirma ceu grande influênci.a neg.ativa na re.soiiiçno de c|iie.srões
a modernização, como as relativas aas métodos de gestão que ela própria não está imune de re,sponsabilidades quanto políticas e práticas. Tal debilidade não pode ser subestimada.
Privilegiou-se o e.studo do "marxismo-ieninismo" em detri
e sistemas de produção, opções tecnológicas e qualificação às causas que le\'aram o Partido a se encontrar na difícil mento de concepções
da mão-de-obra. Além dessas antigas e novas reivindiações situação atual. alternativas a este arsenal teórico ter-
econômicas, há de se adotar uma plataforma que enfrente ceiro-internacionalista. Desenvolveu-.se uma débil política de
O PCB vive "uma crise inédita. Es.sa crise manife.sia-.se no
formação de quadros que, além de escissa implementação,
üs problemas globais desse processo. baixíssimo percentual eleitoral, na perda de vínciilo.s com privilegiava a doutrina que nos norteava e não a política
O indispensável esiítbeiecimenco de normas e dispositivos o movimento operário, nas débeis relações com o mundo real.
ca{)iizes de as.segurar os direitos políticos e sociais dos iraba- da cultura, na fraqueza orgânica, na desagregação e cizânia
Ihadore.s. regulamentando o que foi conquistado na Consti Esse prüce.ssü dificultou inclusive o livre de.senvolvimento
internas. no.s problemas e vicissitudes diretivas, nos impasses de tendências renovadoras. Neste particular, a Direção Nacio
tuição de 1988, não é suficiente para garantir o exercício e debilidades teijricas e analíticas. Acre.sceni-.se a es.ses ele
da cidadania e o atendimento das demandas sociais existen nal faz autiKrítica da forma incorreta como conduziu a luta
mentos a crise de identidade e as perplexidade.s político- interna no início da déatda de 80, uma época decisiva para
tes, O próprio mundo do trabalho — em particular o movi teóricas derivadas do colapso do "■.socialismo real", cujos a renovação do PCB e para o aperfeiçoamento de sua política
mento operário e .sindicai, mas também com um grande reflexos, sem dúvida nenhuma, afetam e abalam o PCB. Filho
peso os movimentos sociais e políticos que expressam novos democrática. Em decorrência, houve o afastamento de inú
sujeiio.s stxriais — precisa combinar a defesa de seus inte legítimo da Revolução de Outubro e da Internacional Comu meros companiieiros, sobretudo intelectuais, cjiie eníatizti-
resses mais imediatos no âmbito da produção (emprego, nista, o PCB tem uma identidade antiga com a via autoritário- vam a cemraiidade democrática e já diagnosticavam a crise
.salário, fonnaçào profissional etc.) e fora dela (defesa do burocrática da transição socialista na URSS e no Leste europeu do "sociali.smo real". As mudanças que propomos não pode
meio ambiente, direito ao lazer, qualidade de serviços e (e em outras regiões), tornando-.se mesmo, em alguns mo- riam deixar de anali.sar autocriticamente aquele período deci
equipamentos, acesso à culwra etc.)com propostas políticas men[o.s, uma variante nacional do .sialinismo. Carregando sivo na vida do nosso panido.
e.ssa pesada herança, no momento em que o modelo de
democráticas globais.
■".sociali.smo real" foi derrocado, o PCB vem sendo profunda Ainda que já tenhamos diagnosticado no nos.so VII Con-
O problema da relação emre o Estado e os .sindicatos gre.sso algumas das contradições e dificuldades existentes
e.s(á colocado outra vez na ordem do dia, no contexto no\'0 mente atingido.
Mas, por outro lado, a crise aguda do PCB remonta e na URSS e, em cena medida, nos países do Le.ste europeu,
da democratização do País, da reforma da legislação traba- não fomos capazes de compreender em sua plenitude os
é anterior ao vendava! que varreu os regimes autoritárlo-
Uiista e da modernização. Simultaneamente, as negociações
burocráticos do Leste. Apesar de ter sua política de frente limites históricos do projeto de "socialismo real" na forma
entre paurões e empregadas tenderão a ocorrer sem a tutela como ele se processou, nem de prever a sua crise.
estatal-corporaüvista que sempre tolheu os passos do movi democnítica vitorio.sa na luta contra a ditadura, durante a
década 80 o Panido sofreu sensível queda de sua influência A combinação dinâmica desses faiore.s levou o PCB à situa
mento sindical: impulsionando a negociação direta e a orga ção de hoje, e ela demonstra o quanto são necessárias profun
nização coletiva, proporcionarão o exercício da cidadania sócio-polúica — saiu da superfície e submergiu, sem conse
guir aproveitar o potencial político transformador liberado das transformações. O PCB deve encontrar forças e coragem
nos ambientes do trabalho e reforço da autonomia das massa.s
trabalhadoHLs. Uma posição conseqüente e autônoma do pela democratização. para avaliar essas questoe.s e reconhecer a necessidade de
Não obstante isso tudo, o PCB desempenhou importante alterações radicais da nossa trajetória. Tal mudança é neces
mundo do trabalho, colada na conjuntura e estrategicamente sária, não há outro caminho.
orientada, pode derrotar a cuno prazo o projeto neolÜDeral papel nas lutas democráticas durante a transição, como foi
e contribuir para um quadro político mais favorável às de demonstrado na campanha das Diretas Já, na eleição de Tan- A elaboração e implemenuição de um projeto democrático
mandas dos trabalhadores, o que sem dúvida cria espaços credo Neves ejosé Sarney, na Constituinte. Na suce.ssão presi e a construção do novo socialismo exigem um novo operador
para um projeto democrático e abre caminho para a hege dencial, o PCB se apresentou através da andidatura de Ro Ix)líüco, a .se expressar em um novo modelo e nova concep
monia dos trabalhadores. Nesta perspectiva, é preciso valori berto Freire, com um desempenho político reconhecido pela ção de partido profundamente democráticos, respeitador chis
zar alianças que em cada entidade são necessárias para con opinião pública de todo o pais. Ao expor, ainda que parcial minorias, das convicções e credo.s individuais, pluralista, per
duzir a luta cotidiana dos traballtadores. Tendo como plata mente. um programa democrático orientado ao socialismo, manentemente capaz de renovar suas direções. As concep
forma de ação as postuladas pela Unidade Sindical, deve-se a campanha recolocou o PCB na cena política brasileira, ções de cliiadura do proletariado, do monopólio do ppder
atuar em todas as entidades sindicais, mas preferencialmente da qual havia se afa.stado. pelo partido único e sua fu.são com o Estado, da predomi
na CUT. procurando influenciar e dar novos rumos a esta A campanha presidencial implicou uma meiamorfo.se do nância dos quadros sobre a participação das mas.sas, produtos
central sindical. PCB, ou seja. levou-o a ter que rever pane de .suas interpre da dogmatização do peasamenip marxista expres.sa no "mar
tações e postulados políilco.s. E.ssas mudanças permitiram xismo-ieninismo", tudo isso exauriu-.se. Há que buscar uma
que o PCB aparecesse com uma face nova, como um partido nova concepção de partido, com uma nova teoria e uma
rejuvenescido, e recuperasse .sua credibilidade política. As nova cultura política extraídas da rica herança teórico-política
XVIII possibilidades e potencialidades aproveitadas e absorvidas do movimento socialista e das novas realidade,s do Brasil
O futuro do Partido — terminada a campanha, o Partido voltou ao e.stado de e do mundo.
paralisia ou mesmo de letargia política. O PCB é parte integrante daquela esquerda brasileira com
o PCB caminha para completar 70 anos de existência. O que levou o PCB à situação atual? prometida com a centralidade democrática e compreende
Nesse longo período, foi presença marcante nos principais A cau.sa principal
. consistiu_ em _que a Direção Nacional que esta é muito mais numerosa e encontra-se dispersa em
episódios políticos que se de.stacaram na vida republicana e os demais dirigentes do Partido.não.coos.eguij"am pç^ceher .vários outros partidos ou fora deles. O PCB se propõe, através
- .'l -".r h-: > - ■ ■ : 'M '
15 de Junho de 1991
uo LX G)n.iíres.su, j aDrir um processo de gestaçK) de uma Je classe e de poder, .superando, no limite, a separação nos; nos bairros, empresas e outros k)cai.s de aiividádes —,
mna formação política e de uma nora forma-partido que política entre governantes e governados, Um partido de ho inclusive já lendo em conta as eleições munici]Dai.s de 1992.
se credencie à interpelação át no^n natureza dos mo\'imentüs mens e mulheres, com direitos e oportunidades iguais na Este e.sforçü de aglutinação de unia no\'a formação política.
sociais, da intelectualidade e das forçis demtxrráiicas. Pro- ação. na formulação e na direção. Um partido aberto ao.s construída pelas forças do novo süci;ili.smo — e que cem
píãe-.se a :inalisar criticamente sua trajetória histórica e recriar novos sujeitos e movimentos .sócio-poiíticos, intérprete cüls sua gênese na renovação radical do PCB —.para ser efetivo,
sua identidade ne.s.sa nova formaçlo p<ilítjca que deve ter noras demandas do mundo do trabalho e da cultura, do deve e.star vinculado ao cotidiano da política, das grandes
um caráter democrático e de massas. moviniçnio dos jovens e das mulheres, do ambientailsmo, questões nacionais e internacionais, aos problemas locais
Essa opcfio não significa outra coisa senão que nós, comu do pacifi.smo, do.s movimentos raciais, reiigiosü.s e reivindi- e do.s diferentes movimentos, inciu.si\-e promovendo a orga
nistas brasileiros, filhos legítimos da Reu.)lil«;ão de Outubro cativüs urbanos. Ura partido de m;issíts, fortemente inserido nização de fóruns permanentes de discussões entre as forças
de IÇP e da Internacional Comunista e herdeiros do legado em seus movimentos, re.speitando sua autonomia e indepen políticas intere.ssadas. Deve ter a inici;iiiva das lutas e reivindi
hi.stóricü de 1922. estamo.s dispostos a realizar uma \-erda- dência. Um partido influente nas instituições (da .sociedade cações populares, das esquerdas e demais correntes demo
deira re\'oluçio em no.ssa história e em nassa tradição. Esse civil e da sociedade política), mas aijo relacionamento não cráticas e progressistas.
no\'o projeto ê. assim, muito mai.s que renova(,"ão. As nossas .seja instrumental e nem de fix-ma a compartimentá-la.s.
melhores heranças do passado não se perderão, mas contri Um partido nacional e internacionaiisia, ctipaz de intervir Isso significa articular a ação institucional e a inier\-ençãü
buirão para a construção de nossa no\-a identidade, uma na resolução dos grandes problemas da .sociedade brasileira nos mo\-imeniüs sociais de massas para unir as forças demo
nova forca política contemporânea, que incorpore outras com democracia e justiça, mas também colaborar para o cráticas e progressistas em.torno de um projeto de saída
experiências e culturas, que gere outro modo de ser, pensar equadonamento da.s questões internacionais, Um partido duradoura para a crise br;isiiejr;i, ultrapiissando as divisões
e agir revulucionariamente que não seja apenas e tão somente solidário com os que e liarreiras existentes, o que só é |X)ssivel através de um
amplo entendimento nacional, como temos reiterado. Ao
Chegou-se a uma"situação em que os portadores da idéia buscam e agem no sentido de encaminliar, positivamente
de um novo.socialismo têm de trilhar caminhos novos, inédi e de forma democrática, os problemas que afligem a humani mesmo tempo,exige que se trave a batalha pela consolidação
da democracia e contra os intere.sses do.s setores con.sen-a-
tos. jamais percorridos no passado.Aí reside o grande desafio dade, mas um partido que .seja parte e participe de instru
jxisio à no\a formação política e â nova forma-partido. pois mentos e movimentos que agem e lutam no .sentido do dores e reacionários que já ]Dreparam a re\'ogaçáü de conquis
tas democráticas recentes, através da revisão con.stitucional
já não ê mais pos.sívei repetir as colocações e as fórmulas enfremamentü e definição ou solução de questões globais
prevista para 1993. reforçados pelas recentes manifestações
dopas.sado. e univensais, na bu.sca de uma nova ordem internacional.
^s,sü, ponantt), o que o PCB se propõe a realirar pant De.s.sa forma, não pode e nem deve ser omisso e indiferente
do governo. A Constituição bra.sileira tem conteúdo progre.s-
Ctmtinuar a lutar, nas condições atuais, por aquilo quesempre ao novo internacionalismo que forçiis de esquerda diversa.s
.si.sta e não pode ser retalhada por interesses retrógradü.s.
foi o no.s.so ideal: o .socialismo, dando conseqüência àquela começam a gestar.
Ela é uma garantia democrática legal para o equadonamento
originai definição de comuni.smo feita por Mane "morimento
progressista dos grandes problemas nacionais exigindo uma
íimpla mobilização dos .setores democráticos e progre.s.sita.s
real que anula e supera o estado de coisas atual"*.
para a revisão constitucional, como também a elaboração
diLs leis complementares e ordinárias exigidius pela texto
XX coasiiiucional.
L,
15 de Junho de 1991
20. Tendo empolgado setores soaais os mais diversos, ao dirigi-lo e encaminhá-lo na direção política que julgamos no Exterior. Nesse aspecto, tivemas muitas e positivas inicia
não soubemos conquistar parte significativa de mais de üni correta. tivas, sobretudo na forma de selecionar os companheiros,
millião de pessoas que participaram da campanha ou èm 28. Tendo plataforma de ações ora em desenvolvimento, que foram designados levando-se em conta as indicações
última instância deram o seu voto ao candidato do PCB que ü Unidade Sindical (cjue é uma corrente abena a qualquer feitas pelas direções regionais e o privilegiumento de Estados
se apresentara como renovador. No.ssa falta de estaitura e ativista ou dirigente sindical, independente de partido polí das áreas de concentração do trabalho partidário. Além cie
nossos méttídos antiquados nào nos permitiram aproveitar tico ou de central sindical em que ele miliia) está .se prepa- uma seleção criteriosa, os escolhidos paitlciparam de um
as ricas possibilidades de ampliar signiTicatisamente nossa nmdo para panicipar cio próximo Congre.sso. da CUT, para curso preparatório antes de sua saída do País e no retorno
filiação e miürância. priorizando as áreas de concentração onde levará suas próprias Teses, procurando influenciar os realizavam um balanço coletivo sobre a experiência vivida,
operária e movimentos sociais, além da juventude e intelec novo.s rumos da principal aniculaçào sindicai do País. com-observações críticas que permitissem melhorar .sempre
tualidade 29. Continuamos.subestimando uma frente importante co mais o nosso proce.sso educativo.
mo a do movimento de moradores, o que se evidenciou 36. Cerca de 80 companheiros de diferentes Estados parti
OS MOVIMENTOS SOCIAIS na inexistência de formulação política e na desorganização ciparam de"cursos de formação política em Moscou, Berlim,
da atuação panidária para esse setor. Por outro lado, tratamos Havana e Sófia, além de seminários no Instituto de Ciências
21. As razóe-s de no.ssa débil inserção nos sindicatos — com total descaso as propostas formuladas pelos militantes Sociais da União Soviética, sobre a nova realidade política
centro da.s nassas preocupações — têm suas raízes encon- do í^tido que atuam nesse movimento e apresentadas atra mundial'!á nova economia mundial e as características do
tráveis no final dos anos 70 e inicio dos anos 80, quando vés do seu Departamento Nacional. Em muitos momentos, Estado moderno.
pensamo.® e tentames reconstruir nossa influência no movi nem secjuer respondemos aos documentos e propostas de 37. Desenvolvendo esforços a fim de superar nossas debi-
mento sindical das confederações existentes, sendo mesmo ação encaminhados por esse Departamento. lidades de informação e formação, e procurando difundir
Goni\entes com a estrutura sindical corporati\'a e deixando 30. No tocante aos demais movimentos sociais, e taivez ensaios e debates instigantes, tudo com o objetivo de estimu
de perceber o que de no\'o apre.senia\^ o sindicalismo e refletindo o próprio refluxo vivido por eles no País, pouco lar o estudo e a investigação, o confronto de idéias e as
o novo perfil da cla.sse operária e do conjunto dos traba- realizamos de concreto.Sem dúvida que avançamo.s na elabo discussõessobre as questões mundiais e brasileira, utilizamos
Uiadores. ração de políticas para a mulher e para a juventude,trabalhos instnimentoscomoas revistas "NovosPumos"e "Problemas"
22. Numa visão estática do movimento operário e sindical, desenvolvidos por iniciativas de companheiras desses movi (esta até seu fechamento no ano passado),e o tablóide "Voz
víamos a realidade do início dos anos 80 quase que como mentos específicos juntamente com os próprios Departa da Unidade"(este por razões financeiras, transformado, em
a do início dos anos 60, como .se tudo estivesse como antes, mentos Nacionais, porém não conseguimos criar condições meados de 1990, em periódico mensal),sem falar nas inicia
sem nenhuma alteração es.sencial. Julgávamos também que para realizar as Conferências Nacionais sobre a Questão da tivas do Instituto Astrojildo Pereira. Incompreendidas por
antigos líderes sindicais(do período que antecedeu o golpe Aíulher e Sobre à Juventude respectivamente, que haviam muitos companheiros, até mesmo do DN,essas ferramentas
militar) permaneciam como referenciais nossos para o movi sido decididas pelo VIJI Congresso. Nas questões do meio atuaram audaciosamente no sentido de nos abrir os olhos
mento. Não fomos também capaze.s de avaliar a nova reali ambiente, do negro e de políticas públicas, não iniciamos para as grandes polômiais que o País e o mundo e.stão viven
dade brasileira e o novo quadro sindical e de nos propor ainda o processo de elaboração de políticas específicas para do.
íorm:Ls correta-s de atuar positivamente dentro da nova e esses setores, onde já temos razoável iaserção e boa articu 38. Acontece que persiste entre nós, particularmente no
dinâmica realidade social. lação. caso da "Voz da Unidade", uma situação anômala que preci
23. Erramos também em não procurar dirigir os movi sará ser rt)mpida. As relações entre a militância e o porta-voz
mentos reivindicatórios que então emergiam com força, de do DN permanecem obstruídas, com o Partido, no seu con
forma a tentar liies dar um direcionamento político. Ao criii- junto, não tendo assumido o jornal como seu instrumento
aumos e condenarmas — como ainda hoje o fazemos — permanente de informação e orientação. As dificuldades de
a .subordinação das lideranças sindicais ao atraso corpora- entender e aceitar as profundas mudanças que estão sendo
tlvisia das massas,sem procunu enfrentá-las quanto à neces impostas pela realidade, e que são refletidas criticamente
sidade de avançarem para uma vLsâo e ação mais abrangentes nas páginas do outrora semanário e agora mensário, fazem
de classe dirigente nacional, caíamos na defensin, nào en com que a Vü não seja incotporada por muitos militantes
frentávamos a batalha política no seio das lideranças e das e até dirigentes. Sem dúrida que o jornal não tem corres
próprias categorias profissionais, para depois condenar o pondido às exigências maiores do Partido, por razões as
avenrureirismo das movimentações sindicais. Sem dúvida mais diversas, mas essa situação desubestimaçâo e,em alguns
que erros de a»-jliação sobre a U7insi<,ão no segundo período casos, até desprezo à imprensa partidária não pode mais
dogo\erno Sarney, conforme auKxrítica jáfeita no VIJI Con perdurar.
gresso. nos levaram a mimifesiações defensivas nas lutas.so 39. Outra grande debilidade que não conseguimos supe
ciais. Temas também de não oh.scurecer o fato de que na rar — pelo contrário, até se agravou — foi a da política
. luta pela hcgeinunía do movimetuo.siudicaJ todas as cvnen de recursos financeiros. Até hoje não rompemos com um
tes poíiücis iitíiizanun-se do corporativismo sem exceção. estilo ciande.stino de fazer finanças, o que nos deixa sempre
24. Na e,çteira do.s equívocos, recusamo-no.s a participar amarrados ao espontaneísmo e a uma permanente iastabi-
da tiincfaçâo da CUT,.sem procurar entender que, mesmo lidaüe. E com a mesma dificuldade com que ievantamo.s
.sendo uma ação de paralelismo,de rompimento com a maio QUESTÕES ORGÂNICAS fundos para cobrir nossas atividades, não aprendemos a usar
ria do movimento org;inizado dos trabalJiadores, não devía bem nossos recursos. Nossas finanças ordinárias continuam
mos deixar de nos incorporar às sua.s ações, dentro da nossa 31. No tocante às iniciativas para organizar e educar, muita ridículas, e já que inexisce o sadio hábito de contribuição
concepção de a iodo custo batalhar pela unidade sindical. coisa foi feita, mas bastante aquém do desejável. No plano mensal sistemática entre militantes, estagnou ou mesmo di
orgânico, exceção do relativo êxito da Campanha Nacional minuiu o número dos que formam no.s.sos círculos de amigos,
25. Por razões as mais diversas, continuamos a perder de Filiação, conseguimos a nucleação de novos filiados más nem tivemos êxito em nossos empreendimentos empresa
posições de destaque em a^umas estruturas do movimento em pequena quantidade; ampliamos o número de quadros riais.
sindical — .sendo de mencionar particularmente a perda existentes na Direção Central e na.s intermediárias mas, pelas
de influência direta no Sindicato dos Metalúrgicos de São dificuldades objetivas e ,siibjetiva.s, não tivemos condições
Paulo e a iiegemonia no Sindicato dos Bancários do Rio de mantê-los. Mantendo uma assistência qualificada aos Re
III
Janeiro—e.ao mesmo teffipo,Temas obtido algumas vitórias gionais, nào alançamos as metas de reforçar os organismos UM PROGRAMA PARTIDÁRIO
de vulto em eleições sindicais no período, como entre os de Base existentes nem criar novos, sobretudo nas grandes 40. Definido pelo VIII Congresso, um dos mais impor
metalúrgicos de Niterói (RJ), de Ipatinga, Ouro Branco e empresas e nas áreas de concentração, tantes encargos do DN foi o de elaborar um novo programa
Sabará (MG), construção civil de Santos (SP) e bancários 32. Quanto à elaboração de materiais didáticos, lançamos do PCB, de caráter estratégico, apontando o caminho brasi
de Campinas (SP). Brasília(DF)e Curitiba (PR), Atualmente, a Cartilha do CIP (Curso de Integração Partidária^ acompa leiro j3ara a ultrapassagem do capitalismo. Este programa
o tnovimenio sindical está embutido no realinlvamento das nhada de um Manual de Monitor, utilizado com muito êxito,
democrático, que está inserido no anteprojeto de resolução
forças sociais e poiítico-panidárias em andamento, e novas embora com baixa execução em praticamente todos os esta para o IX Congresso,lera em conta o conhecimento da forma
definições estão em pleno processo. dos da Federação. Posteriormente, elaboramos o projeto do ção social brasileira e das especifidades do desenvolvimento
26.Evento importantíssimo, que está a merecer sempre Curso Básico e do Curso de Iniciação, cuja cartilha foi desen capitalista no Brasil, e contém uma previsão do processo
no.ss3 maior atenção,foi a criação da corrente Unidade Sindi volvida pela Comissão de Educação do Município de São social.-
cal, de iniciativa dos nossos principais dirigentes sindicais. Paulo e utilizada experimentalmente em vários estados. 41. Apesar deserem muitas as nossas limitações,a começar
Privilegiando a ação dos comunistas na CUT. o PCB está 33. De comum acordo com o Departamento de Comuni pelo relativamente escasso domínio da cultura marxista, da
comprometido a lutar para que as entidades em que atuam cação Social, editamos aigunJ> importantes vídeos para o tra teoria social e do método dialético, bem como o pouco
se filiem a ela que é a principal referência entre as centrais balho de formação dos novos filiados, destacando-se o "Polí conhecimento das demais correntes de pensamento políticas
sindicais, defendendo o seu fortalecimento,as propostas polí tica Todo Mundo Faz"(sobre a política do PCB),"A História e sociais da atualidade, sem falar do conhecimento pouco
profundo da realidade brasileira e sua situação internacional,
ticas do PCB e os princípios do sindialLsmo ciassista, unitário do PCB","A Pere.stroika Soviética", a "Revi.sta Internacional",
na ação, píuraJisra nas opiniões, demoaático e de massas. "Nossa Candidatura Presidencial" — materiais que, apesar Giminhamos na tentativa de nos desvencilhar de fórmulas
Respeitando .sempre a democracia sindical, cumpriremos a de utilizados insuficientemente, tiveram grande repercussão esquemáticas e ultrapassadas.
decisão dos trabaJliadores de sua categoria profissional no no seio do Partido e mesmo fora dele. 42. No processo de aproximação desse novo Programa,
caso de filiação a outra central, levando em conta suas posi 34. Preocupados ttimbém em oferecer material selecio fomos elaborando vários documentos que indicam as tendên
ções na perspeaiva de construir a unidade rumo à CUT, nado para amplo acesso aos militantes, aliados e simpati cias principais de nossa concepção de um processo revolu
a partir de uma ampla e democrática cUscussào. zantes, como fontes de informação sobre algumas cjuestões cionário que tem como eixo a ampliação constante da demo
27.Dentro dessa perspectiva estratégica, estamos valori polêmicas,organizamos e editamos váritis publicações como cracia. Dentre essas resoluções destacam-se "A caminho da
zando as alianças còncreias que em cada entidade são neces "Brasil:cotp democracia ao socialismo(Para entendera polí renovação radical" (janeiro de 1991), "Por uma saída dura
sárias para conduzir a luta cotidiana dos trabalhadores (ora tica do PCB)", "Um socialismo renovado"e "Um novo socia doura para a crise" (1990), o projeto de "Teses" (março
com setores de uma centrai, ora com setores de outra, e lismo", livretos que tiveram grande aceitação da militância de 1990), "O Brasil, o mundo em reestruturação, a demo
me.smo com setores diferentes de uma mesma central). Esta e de setores ligados à nossa polítia. cracia e o socialismo" (maio de 1989) e "Um novo bloco
mos tentando nos articular para estarmos.sempre presentes, 35. Quanto ao processo de preparação de quadros, apro político por mais democracia e justiça soxial" (março de
em qualquer circunstância, no movimento concreto, buscan- veitamos sobretudo os cursos de formação ou semin^ios 1988).
voz.21
15 de Junho de 1991
Ijiudas f sim|Xiiiziin[cs, divulgar a imprensa, a nicipais e Regionais elegenlo entre o.s seus mem bancada federal, d:i coniribuliíão financeira dos Art. 59 — É pnjibidü a acumulação de tarefas
iiieramni e o [)r».igrama do Panidü; bros as respectivas Comissões Executivas, que di filiados e da.s organizações panidârias e tidmi- e,\eculiv:Ls em mais ile um:i Comissão Executiva
e) pLinifiar a atividade coletiva, definindo a rigirão i.) Partido nos iniervalos entre duas reu ni.strar os meios financeiros e os bens patrimo
responsabilidade individual de cada filiado, reali niões do Direiório. niais, se possível ouvindo parecer do coaselho
zar [íeriodic.imenie o amiroie jvliiico. fiizer no § 1? — O número de memi^ros das Comis.süe.' fiscal:
TÍTULO III
vas fiiia<;õe.s e iiicDrponir todos à vida partidária Executivas é fixado pelos Diretórios; h) eleger a ct)mis.sàü Executiva, o Presidente e
Art. 28 — A Assentbléia, constituída pela reu § 2? — Os lideres das banaidas nas Câmaras o Vice-Presldenie do Partido e seu secretariado; DO PATRIMÔNIO E
nião gerai dos Gliado.s. é o órgão dirigente supe .Municipai.s fazem parte das re.s{)c\'iivas Comissões Odeddir sobre os proces.so.s de sanções discipii-
rior do .Núcleo de Ba.se. Executivas; nares de seiLs membro.s,depois de ouvido parecer DACONTABttIDADE
Art. 29 — Compete à Assembléia dos Núcleos § 3? — As Comi.s.sües Executivas aplicam as do Conselho de Ética, e sobre os processos, em
de Base resoluçõe.s aprovadas [lelas Con\'enç()e.s, Diretó grau de recursos, encaminhados pelos tliretórios CAPÍTULOI
a)examinar a pres[at,"ão de ct.in[as da atividade rios e suas próprias decisões; intermediârio.s. DOPAmiMÔNIO
vio secretariado do núcleo e sobre ela delil-Hírar, §4?—Quando neces.sário.as comissões execu Art. 52 — O Diretório Nacioiiií reúne-se por
tivas podem nomear um Secretariado para operar
b)discutir e resolver sobre a afKidade t^olítica convtKaçilo da Comis.são Executiva na forma de Art.60—O ptiirimònio do Partido.será consti
coletiva do núcleo e de cada um do.s filiados, a aiivitíade prâtia e o cotidiano do respectivo seu regimento e exaraordinariamente: tuído pelos bens m<3veis e imóveis de sua proprie
e de sua organizai^âo. organismo. a)em cumprimento da decisão da reunião ante dade, pelas contribuições ol^rigatórias de seus
Art.44—As dLspo.siçòes deste apitulo se apli metnbros: pelos donativos tjue lhe forem feitas
c)eleger o Secretariado do Núcleo, seu presi rior:
e pelos recursos tio fundo partidário.
dente e as delegados à conven(;âo superior. cam às organizações de grande empresa, de .setor b) por iniciativa da Comis,são Executiva;
Art. 30 — O Secteiariado do Núcleo de Base e de acividiide de caníter zonal, municipal, regio c) por i^roposiü tie um de seus membros, apro-, Art. 6] — O membro do Partido que ocupar
è o órgão dirigente entre uma e outra is.sembléia nal e nacional. vada pela mtiioria.
argo efetivo ou cargo público de confiança con
ger.|l. Art. 53—A Comissão Executiva dirige o Parii- tribuirá meastilmente conforme estabelece o re-
gultmiento de finanças.
Art. 31 — Compete ao Secretariado do Núcleo CAPÍTULO V dt) entre uma e outra reunião do Diretório Na
Art.62—Osfilitidos pagarão uma contribuição
cional,
cie Base;
a) convtxar a assembléia geral do Núcleo de
DA CONVENÇÃO NACIONAL Compele à Comissão Executiva:
mensal fixada em comum acordo com a respeaiva
organização e o regulamento de finançtLS.
Rase e de suas próprias reuniões. a) dirigir a atividade panidária, visando à execu
b) piaj'úficar e dirigir a atividade política do An. 45 — A Cvinvençãt.) Nacional é o órgão ção prática das Resoiuçtões do Diretório Nacional Art 63 — Para votar e ser votado, nas eleições
núcleo, cumprindo as resoluções da as.sembléia dirigente supremo do Partido. Suas Resoluções e suas próprias; partidárias, o filiado deve estar em dia com sua
geral e da instância superior. obrigam a todos e só podem ser revogadas, no b) dirigir t) iralíolho dos departamentos auxilia- .contribuição financeira,admiiindo-.se o pagamen
c) manter o diretório da instância superior in totiü ou em parte, por outra Convenção Nacional. res. a impreasa do Partido e coordenar a atuação to até o processo de votação.
formado a respeii* i da atividade política do nú Art. 46 — A Convenção Nacional será coas- dos membros do Diretório Nacional na e.xecuçõ Art. M — Em caso de dissolução do I^arüdo,
cleo. remetendo regularmente a contribuição or- lituída; prática das resoluçòe,s; opairimônioserã destinado ;i entidade congênere
gdnict mutuamente acenada
a) do.s membro.s do Diretório Nacional; c) preparar as reuniões do Diretório Nacional, ou associação de lias.sociais ou culturais e.scolltida
b)dos deiegadtxs eleitas nas Convenções Regio fazendo a convocação e enireganilo a seus mem pela Convençúo Nacional que decidir pela disso
CAPÍTULO IV nais; bro.s, em tempo hábil para estudtj, os projetos lução.
c)dos delegados eleitos nas t)rganizações vincu de dixumentüs constantes de pauta:
dâs organizaçõesDISmiTAIS, ladas direumente ao Diretório.Nacional, na forma d)eleger seu coordenador. CAPÍTULO n
ZONAIS, MUNICIPAISEREGIONAIS do regimento: Art. 34 — 0Secretariado da Comissão Execu- DA CONTABKIDADE
d) tios representantes do panidü no Congre.s.st) ti\"a é seu órgão operativo, atende às (jiiestões
Art. 32 — ;Vs organizações distritais, zonais,
Nacional.
Art.65 — Os diretórios manterão e.scriiuraçãü
municipais e regionais são tlirigidas|)elos respec de ordem prática do trabalho de direção, pre.sta de sua receita e despesa, precisando a origem
tivas diretórios c cvinsiituídas de uxias as orgáni- PARAGRAFO ÚNICO — Os delegado.s terão contas de suas atividades a comissão Execoiiiva dat|uela e aplicação desta, em livros próprios, na
zações e filia-los exisienies na respectiva área. direito a voz e vxito; os membros do Diretório e é C(xirdenado jXír um de seus membros. forma da lei.
Nacional e rq^resentantes do Panido no Congres PARAGRAFO ÚNICO — As funçt)es do secre
Art 33 — A Convençio Distrital, Zonal, Muni
so Nacional, tjue não forem delegados, .só terão Art.66 — 0Partidofarã a prestação de contas
cipal t)u Regional é o órgão dirigente superior tariado estão regulamentadas pela Comi.s,sãu Exe- ajastiça Eleitoral, na forma de lei.
direito a voz
'Ja organização respectiva.
Art. 47 — Compele à Convenção Nacional:
cuiiva. Art.67—A contabilidade do Panido se regerá
Art. 34 — A Convenção pude ser ordinária ixdü estabelecido na lei.
a)fixar diretrizes para atuação partidária; CAPÍTULOVII
ou extraurdintúia
An- 35 — As Convençíjiís Ordinárias se reaU-
b)escolher os ramlidatos tio PurtiiloàPrpíif.léncin TÍTULO IV
e à Vice-presidência da República-, DÂStlEIÇÜESINTERNAS
xim de três em três anos e devem obrigaioria-
menie-
c) decidir sobre ctiligaçào com outros partidos:
Art. 55 — Nas eleições internas, o víito será DAS DISPOSIÇÕES
aj fazer o balanç.» da atividade ijarridária ilo
d) aprovar/) Estatuto, o Regimento Iniemu, o sempre direio e secreto. GERAIS
CíKligo de Ética c o Programa, bem como as pro-
Conselho dtr !-iica e do eon.selh(.i Fi.scal: I>.).sias de reforma; Art. 56 — A composição dos tlJreiórios e de Art. 68 — Os diretórios poderão promover
b)examinar irobailio da Direção, do Ci.)nse- e)eleger o Diretório Nadonal,o Comelho Nacio mais ('irgâos dirigentes dtj Panido deve relletir congre.ssas. conferências,.semintlrios e encontro.s
Ibo ck- ÉliCJ e tio Cí.iaseliio Fi.scal; nal de Éiic:i, o Conselho Fiscal e seus suplentes; proporcit)nalmenie a pluralidade de opiniCies do para debater que.siões políticas, econômicas, so
c) eleger ia direrfirio. .seu.s órgãos dirigentes, conjunto panid;lrio na respectiva jurisdição.
o Clínseiho de Étic-i.o Conselho Fiscal e o.s delega- f) julgar os recursos das decistões do Diretório ciais e culturais.
Nacional e das Convenções Regionais; Art. 57 — Em qualquer Convenção .somente Art. 69 — Os filiado.s do Partido não respon
<.Ios ã Omvençjo Superior do Partido. g) decidir .sobre a di.s.soluçãu. a incoqjoração e serit coasitlerada e/e/w;/ díapu que venha a rece- derão subsidiariamenie pelas obrigações contraí
Art. 56 — .As Convenções Extraordinárias se a fvLsão do Partido e,se for o caso,.sobre a destina- lier no mínimo 20% (vinte [xa.centoj dos votos das em nome da organização partidária.
ívúnem para debater e re.soh-er uma ou mais cão do piiirimónio. com a presença mínima de dos comencionais. Art. 70 — Os pr;izüs de recurso serão sempre
tjLiestijes esiiecífiais relevantes: § 1" — Contam-se como válidos os votos em de 5(cinco)dias a contar da iniimaçio da decisilo-
a)em cumprimento de resolução de instância à'3(dois terços) dos delegados:
branco. § 1'.' — Na contagem dos prazos exclui-se o
h)examinar e decidir.sobre o balanço de presia-
superior;
çã» 1 de comas do Diretório Nacional, §251 —-Não SC constituirá Diretório .se quais dia do começo e inclui-se o do vencimento.
b) por iniciativa do diretório da organização Art.48 —A Convenção.Nacional reúne-se ordi quer das chapíLS concorrentes não vier a obter § 2'.' — Os prazos somente começam a correr
respeaira. a votação prevista ne.ste artigo. a panir do primeiro dia útil após a intimação,
nariamente de três em três anos, por convtxaçtu)
c)por propiAia de um diretório aprovada pela do Direiório Nacional, e extraordinariamente
§ 3? — Se houver uma só dtafja,.será ela consi- § 3? — Con.sidera-se prorrogadt) o prazo até
m:ik>rla dos direiórios do me.smü nível. deradtt eleitti. em toda a sua composição, tie.sde o primeiro dia útil se o vencimento cair em sába
cjuandü con\X)caclü para irtiuir de matéria esjiecí- que alcance 20% (vinte |X)r cento), pelo menos,
.Art. 37 — As Convenções realizar-se-ão de fica, pelo próprio Diretório Nacional ou por re- do, domingo, feriado ou em dia que não haja
acordo com a legi.slação panidária e as normas da vütaçãt) válida apurada. e.xpediente na sede partidária.
presentaçãt) de um Diretório Regional Cjue ubie- § 4í — I hi\'endo tnais de uma chapa conside-
estabelecidas j^elo Diretório Nacional,salvo quan nlta o apoio de metade mais um dos Diretórios Art. 71 — Os diretórios poderão imprimir pe
do comxxadas exclusivamente por um diretório rar-se-á eleita, em toda sua composição, a que riódicos ou manter programas de rádio e televisão
Regionais,ou ainda por determinação de(a>nven- alcançar mais de B()% (oitenta por cento) dos
intermediário, caso em que e.ste pixJerá baixar çãci anterior. para dimigar assuntos políticos, sociais e cultu
normas específicas. votos v-áiídos apuiadüs. rais. o programa panitíário e pronunciamento de
Art 38 — As Convenções ordinárias ou ex- CAPÍTULO VI § 5; — .Não atingindo quaisquer das chapas interesse do Panido.
tniordinárias são constituídas nos Distritais, Zo atncorrentes u percentual de Cjue trata o pari- Art.72 —As Convenções fixarão,em cada caso,
nais. Municipais e Regionais, pelos delegadoscom DO DIRETÓRIO NACIONAL gntfo tmierior,os lugares a prover serão divididos, o número de membros dos respectivo.s diretórios.
direito a voz e voto. eleito.s de conformidade com Art 49 — O Diretório Nacional, eleito pela proporcionalmente,entre aqueles que tenham re Art. 73 — As nornias para realização das Con
as normas,tendo apenas direito a voz os membros Convenção .N-acional dirigirá o Panido em todo cebido, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos venções,Congressos, Conferências e eleições par
do respeaivo diretório não eleitos delegado.s e o território nacional. votos dos convencionais. tidárias serão fixadas pelos resijectivos diretórios.
os convidados. Art. 50 — O Diretório Nacional é composto § 6s! — Ocorrendo a hipótese do parágrafo an
Art 39 — O Direiório é o órgão dirigente pelo número de membros fixado na Còinvençào terior. serão observadas as seguintes normas;
da respectiva organização entre uma e outra con que o eleger. a) os canditatas ao Diretório, a suplente e a
TÍTULO V
venção. Art 51 — Q>mpete ao Diretório Nacional: delegado serão considerados eleitos com a chapa DASDISPOSIÇÕES
Art. 40 — Compete ao Diretório. a)dirigir todti a atividade partidária, visando levar em que estiverem inscritos,na ordem de sua colo
a)planejar e dirigir a execução prática das reso à prática as resoluções cía Convenção e as suas cação no pedido de registro; TRANSITÓRIAS
luções da re.spectiva convenção c das instâncias próprias; b)a divisão proporcional terá em conta a soma Art.74 — Nos casos de vacância nos diretórios,
süfíeriores do Parrido-. b)examinar a prestação de contas da atividade dos votos dados às chapas que alcançarem o limite e não havendo suplentes, íls vagas poderão ser
b) eleger a Comissão lixecuüva que elegerá da Comissão Executiva e .sobre ela deliberar: mínimo de 20% (vinte ix)r cento) e não o total preenchidas pela convenção convocada especial
seu roordenador. c) de.signar os depanamento.s auxiJiares perma de votos válidos apurados na convenção; mente para esse fim.
Art 41 — O coordenador representa o diretó nentes. as cümi.s.sôes temporárias, as assessorias, c)a divisão proporcional será feita dividindo-se Art. 75 — O.s diretórios dos municípios com
rio nas relações com o poder público,os panidos os responsáveis pela imprensa e outros quadros a soma dos votos dados às chapas que alcançarem mais de um milhão de habitantes, eleitos até 30
políticos e as entidades da sociedade civil. necessários ata traballio de direção; o limite de 20% (vinte por cento) peto número de Junho de 1991, exercerão até o final.
Aft.42 — O.S Diretórios .são convocados pelas ^ apresentar à Convenção .Nacional os nomes de vagas a preencher através da eleição, despre Art.76—O Diretório Nacional regulamentará,
dos candidatt)S a Presidente e Vice-Presidente da
respectiv-ds Comi-s-siâes Execuu vas, reunindo-se or zadas as fraç()es; no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a matéria
dinariamente a cada 120 fcento e vintes dias e Rqaública; d)as luares que resuliarem de sobras aritmé referente a Patrimônio e Contabilidade do Título
extraordinariamenie: e)apresentar ã Convenção Nacional a relato do.s ticas caberão à cliapa mais votada; os delegados II!.
a)em cumprimento de decisão anterior; candidatos a cargos efetivos federais indicados e suplentes serão preenchidos por indicação do Art. 77 — Este Estatuto entrará em vigor após
b) por iniciativa da Comissão Executiva; pelos diretórios regionais; Diretório eleito. registrado no Tribunal Superior Eleitoral.
c)por resolução de instância superior; S) apresentar à Convenção Nacional proposta de Art 58 — O.s mandatos dos diretórios terão
d)fK-jr proposta de um de seus membros apro uiiica eleitoral: a duração de 3(três) anos, admitida a reeleição
vada pela maiuria. g) elatujrar o regimento interno, .as normas do de 2/3 (dt)is terços) e 1/3 (um terço) por um
Art. 43 — Os Diretórios Distritais. Zonai.s, Mu prtx:es.su congre.ssion3l. de fijncjí)namenio tia novo período aJiernadamenre.
15 de Junho de 1991
V--