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TRmONADEPJBÁTES«9

Atualidade de "Que fazer?" A porta e u chave para üperacíonaiizíir nossa


MÁRIO MATTOS COS ou idev:ilógicos. Contudo não menos gros ativizíiçâo é que a capacitação dos militantes
seiro ê o erro de disjíen.sar a luta pela coerência
em torno de princípios e valore.s aceitos de e quadros Ihe.*^ dê noções claras sobre atmuni-
Bngenheiro agrônomo, artista piástico e caçào falada e escrita ao estilo do jornalismo.
escritor. Membro do Diretório Bstaduai do comum acordo como válidos píira todos. e.spe--
PCB-RS e do Diretório Municipal de cialmente no âmbito das agremiações. Só que Num trabalho mais especializado poderemos
Reiotas-BSi Militante do PCB desde 1945 elaborar e oferecer à sociedade no.ssa contri
agora es.sa luta tem de descartar qualquer aspec buição a Referenciais tie Conteúdos — Carta-
to repre.ssivo ou autoritário, dando ênflise cto Progrania da Cidadania. Hi.stória Mínima do Bra
■■\xle-quanro-pesa"" do diálogo baseado na tôni
sil. Pequeno Dicionário de Democracia Partici
ca do respeito, da cordialidade e da abertura, pativa. etc. — inamtnxndo por tmtro lado ini-
A definição que Lênin dá aos já que "idéias não são metais iiué se fundem". ciaciviLs paralelas em Cordel, letras musicais, tea
Mas podem identificar-se em asjjectos feam-
partidos comunistas como dos.
tro. etc.
Nossa democracia interna deve reiletir e.s.se
social-democratas-operários vale Penso ser de inteira atualidade uma leitura
não dogmática de "Que Fazer'". A definição desejo cie interação criativa. Aicorados na reali
dade histórica e geográfíco-humaha Ittcal.nâo
apenas para a Rússia czarista ou que Lênin dá aos partidos comunistas como
.socivl-demrxranLs-operários vale apenas para a corremos o perigo de virar "clube de discus-
tem validade universal como Rússia czarista ou icm validade universal como
.soes". A di.sciplina torna-.se natural quando há
identidade? E a missão histórica de inculcar (re
entusia.smo por de.scoberias e t.i desejo de hon
identidade? E a missão histórica de rar o grupo com a coerência pe.s.soal. Essa inte
velar. desvendar) de fora para dentro do movi ração constíuite deverá ser a tônica das relações
inculcar de fora para dentro do mento operário espontâneo a consciência entre a .séde central partidária e as ba.ses do
movimento operário espontâneo a (.ideologia) socialista, será apenas missão do
partido bolchevique ou uma missão universal Partido, assim como entre e.stas e os .seus filia
dos. .
consciência socialista, será apenas de todos os partidos cxatiunistas?
4. Conclusão: Busca das linguagens
missão do partido bolchevique ou 2.0 Papel de Vanguarda do PCB: Novo e do Novo Encanto de Ser Comunista
uma missão universal de todos os Nível Os estigmas que nos indigitam — "coiim-
partidos comunistas? lêniivna mesma obra afirma que "toda dimi ni.sta.s". "ateus", "agentes de Moscou", etc. —
nuição da ideologia socialista, todo distancia aiéni de já não funciunareni como antigamente,
estão condenados a atenuar-se e dissipar-.se. em
mento dela implici o fortalecimento da ideolo que pese toda a crise úo Leste Europeu. Ne.sse
gia burgue.sa". Não é o que presenciamos hoje., me.smo critério julgo a questão do nome e do
1 de"no PCB
Introdução;A "Crise de Identida- adesestruiuração .sistemática dos valores huma
nos tradicionais — enrerrandí) o bom e o ruim
indiscriminadamente — e sobrando cühk) al
ternativa o "vale-tudo a salada de conceitos
partido. Até porque o confronto ciiliurai-ideo-
í()gico não se faz necessário ajienas m disputa
.símbolo do Partido, em que muitos vêem ob.stá-
cul.o à no.ssa aceitação pela sociedade. O encan
das soluções econõmica.s. sociais e políticas, to veraz de nossas idéiü.s. cjuando expre.ssadas
Dissolver o Pnnidu. bandear-nos para
-de "cultura de ma,s.sa ? O.s embriões da cultura mas também e .sobretudo em torno do.s instru- corretamente e com a forma adequada, é muito
$ o PT-'Desistir cii ideniidade leiial substi- mai.»: forte cjiie os preconceitos. O cjue .se faz
iiiindu o Partido por uma írente-de-esquerda? : democrática e .socialista (que existem em todos nieiiiai.s de anáii.se crítica, i.sto c. da bagagem necessário para i.s.so é que o.s comunistas au
os povt)s), a fé do homem no homem e sua —conceituai e de valore.s. E preciso esclarecer
esperança no futuro melhor, vêm sendt) siste- a ambigüidade de Unguagerh com que t) sistema mentem seu grau de informação e se apropriem
Pnmcamenle. tais propostas transparecem um
complexo de masoquismo. Por que desejar deseduca a população para embotar seu senso da realidade que os cerca, com a .sensibilidade
morrer na praia da democracia depois de tanto máticamente toqxídeados pelas ideologias das , suficiente para dar universalidade, e hrasilei-
mensagens do sistema vigente — a título de crítico, As.sim vejo a interação entre o mundo
remar para chegar'' Quanto a mudar o nome
e o símíX)lo. pode-se até discutir, mas não me corhercial consumisia. lazer, diversão e "infot;- da cultura e o mundo do trabalha—no re.sgate risnío O
às .suas linguagens.
complexo maniqueisia do.s monopólios de
maçáo". O imobilismo .social, o "apoliiicismo da consciência critica, da soberania e da histori-
parece que nosso desafio comece por aí, O comunicação, que nos habituamos a simbolizar
que está em pauta não são as questões deforma, das massas e outros tantos fenômenos negatl\'os cidade. como alicerce.s fundamentais da verda
mas sim a de definirmos; Existe ou não existe que o.s acompanham — dientelismo. empre- deira cidadania, voltada à hegemonia e ao poder, ;iá é
sua expres.sâü mais lipici — "a Globo —
um gigante de pés de barro. A inciilcaçâo
guisnío, atrelamenio ao poder. sub.sen.'iénéia. do povo. semente dü-.süCialismü. . •
um -espaço específico e uuía missão histórica da consciência crítica de cunho nacional-po
— indeclinável para o PCB na sociedade brasi- impatrioiismo. etc. — são claros indicativos dê
quem está levando a melhor na batalha da incul- 3. Caminhos para a Reativação dos Co pular e democrático-humanista pelas forças .st>
- leica na defesae implantação de uma nü\'a cultu cialistas. patrióticas e democráticas desde que
munistas
ra política esocial—ou tornou-se ele obsoleto, caçio. Enquanto isso se dá. lado a lado com efetuada com decisão, lucidez e organização,
após quase 70 anos de lutas? o agravamento da crise ectinómica e da miséria
De um modo sumário podémCS dizer,que do povo. não nos faltam, o.s revolucionários de A transição dentocrática está em curso en .pode derrotar e chegar até a democratização
com a Declaração Pol/cica de março de 58 encer- pa]avní.s, acusando a linha |X)liiica de "não colo quanto existir autoritarismo, preconceitos .so dos meios de comunicação. le\'ando o ptívo
ramas um período de primado da ideologia car o poder .socialista como perspectita imedia ciais eiiti.stas e e.spaços tão folgados para a mani a um novo patamar que a área política não
sobre a poliiica..denunciando a "coerência sec ta". num côro coincidente ao dos que acusam pulação das maiorias pelas minorias. "Com o poderá deixar de refletir na correlação de for
tária" vigente desde a^sto de 50, Mas a meta os princípios da organização (centrallsmo de Puvü Rumo à Democratização da Sociedade" ças.
foi. um documento distribuído em plena clan- Karei Kosik. filósofo marxi.sta ccheco mostra-
morfose não se completou, Até 64.incorremos mocrático) de .ser obstáculo ao de.sempenho
nos vanguardismos patrulhadores, que deram da mi.ssâo do Partida. Tal distanciamènto do de.scinidade e cujas linhas essências ainda per no.s em "Dialética da Moral e Moral da Dialética"
no que deram. Com o arrefecimento da dita verdadeiro "front" ideológico pode custar caro manecem válidas. As liberdades vigentes facili que, se o Sistema consegue dividir o Homem,
dura militar e a diversificação das esquerdas, a nosso povo. tam extraordinariamente nossa ligação com as jamais entretanto conseguirá reduzi-lo por
caímo.s no outro exagero^o primado, quase Entendo que o verdadeiro papel de vanguar^ massas. Se não estamos valorizando suficiente completo aos seus padrões desumanizantes. O
exdusivo, da política sobre a ideologia. E de da dos comunistas, nas condições de uma socie mente esse espaço, falamos em vão em "mudar sistema é o mundo da comparação, mortifican-
patrulhadores passamos a ser patrulhados pelo dade em processo de democratização, com vi a sociedade", corremos o risco de ficar na retó te, enquanto que o mundo da comunidade é
radiciiismo preconceituoso dos novos esquer- gência de liberdades civis e pluralismo, não rica charlatã. vivlficante, Sem moralismos hipócritas, mas na
dismos. Apesar de, em plena clandestinidade se desempenha di.siante das mas.sas e pensando Aproveitando a rica experiência do pas.sado coerência dialética das idéias, nós comunistas
dos anos 70, nossas reuniões privilegiarem co desligado delas, mas sim junto às massas, en podemos contribuir e muito, no enriquecimen > podemos contribuir para que os homens e mu
mo regra o aperfeiçoamento democrática, não trando no debate amplo das idéias vigentes, to cultural das lutas do povo. Além disso e de lheres do povo reencontrem a unidade perdida
conseguimos construir uma nova coerência que A incu [cação da ideologia socialista é impossível modo sistemático e permanente, podemos ser na consciência crítica, despertando para a cida
gerasse o entusiasmo ativista. O mandonismo se não se proporcionar um confronto de opi mediadores da interação cultural entre os traba dania ativa no legítimo sonho de uma vida me
já se esvaziara, mas passava a campear o libera niões a cada pas.so do movimento. lhadores da cultura, as iastituiçóes culturais, ar lhor. Só assim poderemos dizer, como Vailiant
lismo.impugnando e desmoralizando o cenira- Para restaurar os bons valores desestrutura- tísticas e tecno-científicas, de um lado, e as orga Coutiirier, que o comunismo ainda é "a juven
lismo democrático, !s.sü ao meu ver. longe de dos é preciso recriá-los em novo nível e i.sso nizações populares, desde as de cunho reivindi- tude do mundo"
negar a validade do princípio, atesta o despre é uma tarefa cultural. Será que tal tarefa está catòrio, como sindicatos'e associações de mora
paro ideológico das direções para defender igualmente ao .alcance de qualquer partido de dores até mesmo as assistenciais, de esporte, Bibliografia Consultada
princípios nas condições novas, de choque de esquerda que adote o marxismo como referen lazer, etc., de outro lado. Essa integração de
cial? Creio que não, que há necessidade de um educação informal criará sua própria didática 1. lênin, V.I., "Que Fazer?" — Ed. Hucitec, São
gerações no Partido. Paulo. 1979
O presente artigo tem como objetivo resga "estado maior" capaz de unir todas as outras recíproca, priorizando a troca de informações, 2. Savran.ski, I., "A Cultura e as Funções" — Ed,
forças culmrais da sociedade democrática. Por as raízes culturais locais, a simboiogia histórica
tar. era novo nível,a luta de princípios no Parti Progres-so, Moscou, 1986,
do e na sociedade.Sabemos todos que nas alian experiência, pela amplitude de suas concep autêntica das identidades regionais e sobretudo 3. Kosik, Kíirei, "Dialética da Moral e Moral da
ças polítiois é grosseiro erro sectário querer ções, pelos prindpios ideológicos que balizam a invenção constante de novas formas de moii- Dialética" — Revista Civilização Bra.sileira, Rio de
mos reduzir osíladosanossos ptíRçipiositeórb ) eíi6^K:ial[.,crieio:tíen) PCP esvsçi . ovg^fe-çoomiegçãp-,-, V. i , v Janeiro, jl96v?)iii;i-i,,ri.'';iuíIhii'HDiill''i'i.v
10*TCI B£ttK!ES

Método: única ortodoxia no marxismo


EDUARDO LAUANDE mento, o hómem emprega diversos processos da filo.sofia .social marxista. Graças a esta tese, em proporcionar aos Ínve.stigailore.s e demisca,s
que lhe possibilitam a compreeas.ão da reali todo o proce,s.so histórico foi apresentado como um iascaimemo de conhecimento e transfor
dade e a .solução dos problemas da \ida Este.s um processo único, que funciona e se desen- mação do mundo e formar-o .seu pensamento
Estudante da Universidade Federa!do Pará
e membro da diretório municipal do PCB em
processos são as generalizações do.s resultados \'oive com base nas suas próprias leis de regula teórico. O .sociólogo- Oçtávio lanni mcxstra a
Belém. da atj\'idade prática e dos conhecimentos. mentação. Çada fase seguinte de de-^envolvi- missão filosófica e o acervo uni\'er.sal de Marx-,
Em Marx, a atividade prática e os conheci mento da humanidade é j)reparada pela fase
mentos süü elementos interligados, Esta ligação anterior. Exemplificando:o capitalismo não sur Marx apanhou a dialética do ival. em sua forma
baseia-se em determinados processos, O con giu do nada, muito pelo contrário, até chegar mais desenvolvida E o real aqui é o capitalismo.
junto dos processos estáveis que se baseia na na gênese do capitalismo hou\'e um j^eriodo Compreendeu assuasprincipais leis detendência.
Por isso, também, é que ele fax parte da história.
Na obra de KarIMarx o método experiénda ou nos conhecimentos chama-se tran-sitório do feudalismo ao capitalismo. E foi A história do capitalismo está marcada pela dialé
MÉTODO. Ponanttj, o método implica certas precisamente a análise científica desta ortleni tica. A presença e influência de Marx no .século
está aberto a qualquerinvestigação exigèncias'que sâo apresentadas ao investiga de coisas que permitiu a Marx elaborar a teoria XX mostram que ele não é um profeta louco'
dor e resumidas num sistema de determinados
social, econômica € política. processas, das formações sócio-po!ítico-econòmicas como
maneiras, regras e leis. degraus na evolução da humanidade. .Sem se lanni vai adiante no méttjdo dialético;
Portanto os companheiros e Karl Marx revela a face intrínseca no papel levar em linha de conta a integridade indisso
lúvel do passado, presente e íüturo é impossível "Ocorre cjue a dialética não é apenas uma forma
debatedores deste Congresso do materialismo enquanto método filosófico
explicar a lógica do processo liistórico e desco depensar. E um modo deser: ou melhor, o modo
que fundamenta a objetividade dos fenômenos
devem ter primeiramente em mente do mundo. O materialismo, segundo a obra brir as leis do desenvolvimento do homem e de .ser do real. O mundo dos Iíikxs e aconteci
do meio, mentos é um mundo dialético. Cahe ao pensa-
o resgate do método da obra marxiana, orienta as ciências no sentido de re
velarem as conexôc.s da natureza e as causas Dentro das de.scoberr,as das lei,s do desenvol mento — em forma dialética tão aprimorada
vimento do homem e do meio,cabe ao materia quanto passível apanhar a dialética do real. É a
marxiana. Daíem diante, tudo é verdadeiras dos fenômenos. Como também, o realidade.social que é a dialética.
materüilismo hisiórict.) foi a primeira visão filo lismo histórico nào rejeitar o papei das causaii-
posterior. sófica que deu uma explicação correra da itistó- dades na história, partindo, pretensamente, só Dentro dessa perspecti\'a ditilética do homem
ria da sociedade e demonstrou que a história da necessidade férrea. Cumpre dizer, antes de e do método,é que Marx acumula a.sua concep
não é um cao.s, como queriam os idealistas. tudo,que os adeptas da filosofia idealista e mes ção de que o pensamento (Razio) e a ação

Lukács dizia;"Em questão de marxismo,


a onodoxía se refere exdusi\^iente ao
método"'. Essa ortodoxia é derivada do
A história é para os idetilistas um amontoado mo vários marxistas(KauLsk)', Althusser, Sanre)
caótico de acontecimentos e processos, entre não compreenderam a diaiétiai da necessidade
as quais não existem quaiscjuer ligações de cau e da ciusalidade e por is,so separam-nas uma
sa e amseqüéncia, nem interação e nem inter da outra. Entretanto, é do conhecimento geral
concreta constituem um conjunto, Isto é, no
processo em que ambos se conjugam, unificam
e constituem precisamente o essencial da liistó-
ria: o seu movimento. Processo e movimento
método e é, especificamente, adentrada pretação. Para esses ide-alistas, a sociedade hu- que a necessidade e a causalidade se encontram da hi.stória, que .serão a passagem, a transição
|)elü materialismo histórico e diaiàico, maiü não se desenvolve em linha ascendente, em indissolúvel integridade,que,em cenas cir de um para outro momento do mesmo pro
Através deles,o conjunto das obras de Karl Marx mas nela só se repetem o.s mesmos ciclos e cunstâncias, a nece.ssidade pode converter-se cesso, consistindo na permanente transforma-.
não parte da especulação, e sim do concreto. fenomenas. Os adepto.s do caráter ideali.sra da em causalidade, A causalidade é. segundo En- çào, nos dois sentido.s, de um e do outro. O
Este conaeto situa-se no ordenamento e na história não poderiam, nem queriam com gels, forma de expressão da necessidade. Ela, pensamento fazendo-se ação,tanto como a ação
capacidade de criação de Marx ao analisar a preender que não há na história repetitividade de fato, desempenha um papel determinado se fazendo pènsamenio e conhecimento.
exploração capitalista e sua evolução;a partir absoluta dos mesmos acontecimentos.A repeti num momento histórico. A partir de então, a No posfácio da segunda edição inglesa da
<ÍAÍ Marx pós em ordem os conreíros de aíreai- tividade pode ter apenas um caráter relativo metodologia de cunho dialético-mareriaJisia vê ohta "O Capital", .KarJMary.r£ifiita.a/:nLtica.(fii(a
e, aliás, só quanto ao conteiído e não quanto a /ònce ub ütsenvoMnicnro nt; auto-ubscrivoj-
ção, mais-valia, valor de troca e de uso etc. Era vimento, na luta dos contrários. Trata-se da raiz por De Rebon)'(um discípulo dofilósofo positi
seu aÊ de provocar a iluminação das consciên à forma.
Assim sendo, a história não é o caos, mas marxiana que orienta o pensamento no per-, vista Augusto Conte). A crítica de De Reborry
cias revolucionárias, tece sua visão de classes
um processo subordinado à dinâmica da pró cunso e estudo das contradições existentes na • era suscitada pela argumentação pueril de que
sociais, acumulação de capital, dominação polí- realidade emergencial e objetiva. Foi precisa Marx só queria descobrir lei.s dos fenômenos
üca e ideí;lügica. Reinventa termos, propõe no pria sociedade, sem expelir as acomodações
mente o fato de Marx e Engels,autores do Mani .sociais e não criava receitas. A resposta de Marx
vas definições, apropria-se, sempre a panir de e os exiremismos dessa mesma sociedadej em festo do Panido Comunista,terem buscado nas é dirigida na defesa do método materialista co
uma perspectiva críiia das teorias pregressas; seus aparatos jurídico, religioso, familiar, mili suas análises da realidade alemã, na véspera mo método transformador:
de Feuerbach, de Hegel e do Iluminismo plas tar, partidário,cultural e de comunicações, Karl da revolução burguesa, na contradição entre
ma a sua tisão filosófia do apitalismo e da Marx também propôs, originalmente, que esta o proletariado e a burguesia, captar a nova ten "Assim, a Reme Posiiivisie me acusii de que eu,
natureza; de Saim-Simon,de Fourier e de Prou- regulamentação de classes e famílias serviam dência do desenvolvimento social; "o proleta
por um lado, trato a Economia metafisicamenie
dhon procura uma crítica poDtlca coerente do ao.s interesses da classe que detinha o controle riado passa por diferentes etapas de desenvol
e, por outro — adivinhem! —, de que eu me'
soclali.smo e, propõe, inversamente aos utópi do Estado, e também indicou que esta regula vimento. A sua luta contra a burguesia começa
limitaria a mera a/tálise crítica dos dados, em vez
cos, o socialismo científico; de Adam Srhith e mentação era obtida tanto pela força, como por deprescrever receitas(conieanas;')para a cozinha
com a .sua existência"'. do futuro. Contiil a acusaçio metaEsica, o prof.
Ricardo constrói seu demolidor ataque à econo meios ideológicos ou peta legitimação da força A imponãncia da dialética marxiana consiste Sieber observa:"para Maa-,.só importa uma coisa:
mia vulgar e desmoniar-uma por uma, todas {ideologia legitima força). Através de.ssa visão descobrir a lei cios fenômenos de aija imesii-
as engreitagens que fazem manter vit^i e elétrica materialista da história, Karl Marx compreen gação ele .se ocupa. E para ele é importante nào
2 máquina capialista. deu que o Estado e a .sociedade civil ftjncionam .vd a lei que rege, á medida que eles têm forma
Esta apologia a Karl Marx não é um endeusa- como um todo, definindo que ambü.s possuíam de/lnida e estão numa relação quepode.serobser
mento ou a canonização de um santo, e sim o mesmo objetivo final de regulamentar a socie vada em determinado período de tempo. Parti -
um reconhecimento à praxis revolucionária e dade. com orientação similar de manter e re e/e o mais importante é a lei de sua modifícagio,
ao seu íenomenai cabedal teórico, Este reco produzir um dado sistema social. Esta aborda de seu desenvolvimento, i.sio é, a tnin.sição de
nhecimento vem do fato de que este filósofo gem unitária e comum,deu a Marx uma posição
uma forma para outm, de uma ordem de relações
para outra'.'"
alemão foi o primeiro a afirmar que há uma para que ele pudesse prosseguir para definir
precedência da matéria em relação à consciên- o Estado e a ik)ciedade Civil j>ela sua diferen Este ensaio, tenta mostrar e demonstrar que -
da. Marx conoiava que o mundo que nos rodeia ciação mútua — e também esclareceu a sua o método na obh de Karl-Marx está aberto
encontra-se em constante mtxlificação, movi articulação complexa,A Sociedade é, por conse a qualquer investigação.social, econômica e po
mento e desenvolvimento.Logo.segundo Marx, guinte, o^omatóriü total do Estado e da Socie lítica. Portanto os companheiros e debatedores
para sobreviver o homem çeve de adaptar-se dade Civil. Um do.s resultados mais precisos deste K Congres.so devem ter primeiramente
ao mundo,traasf(jrmá-lo de acordo com osseus desta sua abordagem unitária e originai foi per
ceber que,em dadas sioiações hisiórlca-s, o Esta- em mente o resgate do método da obra marxia
objetivos e neces.sidades. compreender e expli na. Daí em diante tudo é posterior.
d(j e Sociedade Civil podem intercambiar pa
car a .sua diversidade. A partir de então a dialé
tica do concreto apresentou o desenvolvimento péis e funções.
como transformação e mowmentos contínuos Com a tisão marxiana,alicerçada na dialética, Notas bíbliográScas
do.mundo material "e do homem e como méto o materialismo pode realizar o seu papel en
do de cottheámento do mundo,que não admi quanto método científico conseqüente e lógico, I — Coutinho, Carlos Nelson. "Gratnsci". Ed.
te verdades eternas e, principalmente, defini visando enfatizar aue o método dialético-ma- Çampu.s. 1988. Rio deJaneiro, pãg. 4.
tivas. terialista fôtuda todos os fenômenos do mundo 2~Mtux e Engds. Kaii e Frederico. "Mtinifesto
,. Mrivts do resgate histórico. Karl Marx situa i-eal nas suas ligações recíprocas e em desenvol . do Rirtido ConninisaEd. Progresso. 1987.
que a atividade do i\omem\isa fins diferentes. vimento contínuo. ^ Moscou, pãg. 42.
Evidente, que nem sempre e nem todos, os J —lanni, Octávio. "Dialética do Ctpiiallsmo".
No materialismo histórico,o desenvolvimen Ed. Vozes. 1988. Petrópolis,jxig. 146.
resuliadas longínquas da atividade, Mas os obje- to conrinuo tem como ponto de partida a inte 4—Idein, Ibidem.
íiw!t pfóxífnos'qüe norteiam um ou outffrato gridade dó'fÃs.'>ildb;'b'r^senlét\firtur(C-'{Vaií^>^^
? i,looo Tdn- / > -í/rzf).aiiíiiirj! ijnvrji j.n cowboiq'(DUti cbineq
TRtBÜNA DE DEBATES

\ • .

Sem fórmulas,sem rótulos


CELSO SOARES
Membro do secretariado da organização
dos advogados do PCB/RJ.

Mente nova significa partido que


encarne a formação do povo
brasileiro, raloriie o conhecimento
da realidade, estimule o
pensamento e o agir realmente
lims daspelas da mística da
unidade, do medo patológico do
confronto e da preocupação em
seguir determinada corrente,
isentos de preconceitos e
manipulações da vontade

" Que
imparei cjuc seiais himlu ou
chinês, ou cumo ifULTijui- ii« prego, inflaçãtJ, alta do cu.seo de vida. confli zaçâü" já e.xauridos, quando salíemo-s que tência da cJiLsse que tem o poder estatal
chãmcn^.'O inipo/timcv o í/ia' tos émico.s,ódios nacionais,j^erda de impor a primeira não foi invenção de dogmáticos, e com a chegada do momento de ruptura,
A>ts e fíM cjwiL-> são a-- resultou de anos de trabalho de .Vlarx e £n-
tantes benefídü.s sociais.
rviuJus." Não negamos a imponância de te.ses do
Kn.shnJinuni gels, enquanto o segundo foi contingência PCU.S como dar prioridade à sociedade civil
Süència-se sobre as experiências de luta da Revolução de Outubro. O dogmati.smo sobre o Estado, desenvolver plenamente a
dos povos desta parte do mundo secular deformou a ditadura do proletariado em di

A S crises coniOm riscos e oferecem


oportunidades. Grá(,us ã crise do mo
mente sujeita à dependência econômica e
à-s inten^ençòes armadas dos EUA: a Revo
tadura de um grupo em nome da classe
iniciativa das massas, integrá-las aos proce.s-
sos em curso na sociedade. Sucede, contu
e o panido único em verdade universal,áfü.s- do, que não vivemos, no Brasil, a renovação
lução Cubana, seu exemplo, seus êxitos, landt);ls massas, como se isstj fosse modelo de um regime .socialista; lutamos ainda pela
vimento comunista poderemtís des suas dificuldades atuais-, a Revolução Sandi- de.socialismo: eis cjue deve ser combatido.
pir-nos do velho hábito de [lensar de conquista do .socialismo num país marcado
nista e sua derrota; o.s esforços de movi As condições do acesso de uma classe ao
acordo com fórmulas, que nas tem pelo passado de colonização e escra\'idão.
mentos populares para tirar a Guatemala, poder e a forma que assume não podem Precisamo.s, portanto, di.siinguir o que é do
intpedido de saber, por nás mesmos,o que El Salvador e outros p;iíse,s da opressão da .ser definidas aprioristicamente, nias em fun
somos e o cjiie é a sociedade em que vive interesse da luta diis ntwsas clas,ses explo
fome:osprobleniíis dá Argentina,da Colôm ção de siruaçcáes concretas. Deter o poder
mos; sem i.sso iiãtD conseguiremos transfor radas [)elo capital e o que somente é ditado
bia, do Peru. A ação imperialisra na América do Estado de forma incontrasiável relativa
mar-nos ecríar umti.sociedade nova. \'eja-.se Latina é um fato, mas dá-se o imperialismo mente à velha cla.s.se é,entretanto, indi.spen- por im;3enitivos da política interna e externa
a agonia da Direção Nacitjna] do PCB. Falta- da UR.SS. Devenio.s aprender com todiLs as
como conceito leniní.sta ultrapa.s.sado. O ca .sável à construção de um novo modo cie
lhe convicção. Proclama-se renovadora e re experiências, .sobretudo as mais próximas
pitalismo moderno esuiria beneficiando produção —poiso socialismo não e.simples ,
pete teorias do PCUS que oiDõem metafisica- "largos astratos da população, inclusive a re\'oluçãu política — o que requer um pe de nós, sem e.spírito de imitação, pimi errar
mos menos em nossa caminhada.
mente a luta de classe.s à sobrevivência hu trabalhadora", o cjue não é verdade sequer ríodo cie prevalência da cocrção, o qual .só
mana..süpere.siimando as mudanças no capi- nos EUAe na Inglaterra,onde cre,sce acrimi- pode ser transitório. Não se descane para Não pode faltar à sociedade brasileira uni
talis'mo. cujos interesses cc.tnvergiriam agora nalidade, ha reces.são, desemprego e gente .sempre a ditadura do proletariado s6 por partido comprometido com o que Lstván
para os do.socialismo. É a Ideologia do Flash morando na aia. A URSS apoiou a aventura que,nas circunstâncias brasileiras,ainda não Mészáros denomina "uma radical emanci
Gordon: acena cora o "terceiro milênio", imperiali.sta contra o Iraque em nome da e.stii na ordem do dia dos fatos. Não haverá pação do poder do capital". Esse partido
refletindo o jrracionali.smo peculiar ao.s fi "cooperação internacional",fala-se no declí socialismo sem medidas enérgicas de su- há de refletir os interesses de todas as classes
nais.de século, apela para a .sal\'aç.ão do pla nio da hegemonia americana, mas Bush & pre.s.são dos direitos e das éondições econô exploradas, embora seja o proletariado a
neta e quer que explorados e expioradt.ire.s Cia. impõem a "nova ordem" da Pcix Ameri micas do capitalismo-,todavia ele deve incor fundamental, e apontar para a libertação da
confraternizem numa "solidariedade plane cana, easaiada em Granada e no Panamá. porar a ativa participação das mas.sas e a e.scravídão íissaiariada, com linlia doutriná
tária". Mas a ameaça da extinção da huma Enfatiza-se o prcxiesso institucional de luta sulDrnissâo do poder ao mais completo con- ria clefnida e identificada com o fim da.socie
nidade vem de séculos de depredação capi num Brasil onde as instiaiições não servem trolapúblico, e não abolir toda democracia, dade de classe,s. Pára criarmos uma socie
talista e imjxírialista dos recursos naturais. à maioria d(js irabaliiadores e às camadas aí definida segundo seu conteúdo de classe. - dade diferente, é crucial atuar com mente
O regime do capital se modificou com pro mais pobres, convivendo nele o mundo de Assim se deve entender a ditadura do prole nova;sem i.sso, de nada adiantará um panido
gresso técnico,ampliação de direitos,altera pobreza, fome, miséria absoluta, violência tariado, retomando a conceituação de Rosa
ções na composição das cla-sses, mas sem com este ou aquele nome e símbolo. Mente
e crime,em que voto é mercadoria de fiivo- Luxemburgo.Por que tratar o Estado amplia nova significa panido ()ue encarne a forma
perder a essência espoliativa. O antagonis res, e o mundo de instituições e leis cjue do de Gramsci como se não fosse instru
mo entre burguesia e proletariado ainda ê ção do povo brasileiro, valorize o conheci
valera para um número cada vez menor cie mento de clas,se, criando ilusõe.s num "jogo mento da realidade,e.stimule o pensamento
a questão cemrtil; a guerra, alternativa ptira proprietários de parcelas cada vez maiores democrático" realizado .sob a hegemonia e e o agir realmente livres da.s peia,s da mística
crises.Em nome da harmonia terrena, a der da riqueza e cio poder Esse é, em geral, dominação burgue.sas, que dão aos capita da unidade, do medo patológico do con
rubada do socialismo na Europa Oriental o retraio da .sociedade capitalista lailnor listas enorme vantagem sobre as classes ex fronto cda preocupação em .seguir determi
é festejada,e não .se atenta para o que encei - americana. ploradas nas di.sputas da "ação da sociedade nada corrente,isentos de preconceitos e ma
ra de re.stauração capitalista, calando-se civil" a que o Estaçlo capitalista seria permeá- nipulações da vontade panidária. A di.sci:
diante da realidade do que .se çharápu "pro " ?fqçla^rá-se á !jiüi(lüfâ-jJpj?rdleÇi'i^d0} wl?.flor majs "processuàl" que .seja um pro plina decorrerá, então, mais, cia comunhão
cesso deniocrátiCG revolucionário'^ desem e o partido único 'produto.s da dogmati- jeto revolucionário,deve contar com a resis con.sciente de objetivos que da autoridade.
Nova política
sem novo partido?
CYRO ALVARENGA gismo. o ecletisino [fiirico c,a incapa está claro que a transição é um proccxso
cidade de peiKu" por si. B aix'sar dis longo e coniradiiíírio que por assim di
Professor da (JSF. militante do
aparências reproduz a forma dos dt.Ku- zer culmina a revolução burguesa e ao
PCB'Bragança PauJisfa-SP inenios da tradição comunista. mesmo tempo abre a possibilidade de
negação da hegemonia burgtiesa. O ou
Osquatro primeiros tópicos|>Klenam tro desenlace da iramsição é a lealizaçào
.ser reduzidtjs ;í clássica "simacão inter da.-iuto-reforma do antigvj regime, a con
nacional". A análise da '■crl.-<e do s(X"ia-
solidação do projeto neo-liberal (que é
iismo" é .superticiai. mantendo u identifi imis um meai programa econômico) e
Apontar a necessidade da. cação. mesmo que critica, com "soei:!' o congelamento do i^roce.ssvi democrá-
Iímuo real" evi fisiado soviético, limitan
reforma democrática do do-se a observar seus "caracteres negati
lico

Estado sem indicar as questões vos". sem (.[uestionar se há ou hoúve efe- E exatamente para que o processo de
tiv-.imeiite alguma forma de "■propritxia- transição se oriente eni direçãti a Alterna
institucionais pertinentes e de socral". Há uma clara dificuldade ent tiva é que se deve reconstituir uma nova
limitar a crítica ao Estado observar u movimento socialista e seus organização política de ideário .socialista
limiie.s atuais como um todo e que a, que orgilníze e difunda a vontade subje
herdado apenas do regime crise é de teoria e de projeto, demar- tiva niLs nia.ssas rendo em vista a realiz;;-
ditatorial é não entender a cindi> uma ausência de utopia e fazendo ção do programa <Ja Alternativa Demo
com ijue estejamos vivendo um- temivo crática. também ele a ser con.stiruído em
questão da formação do histórico "ixmiuai". A exposição da. "no- torno de concretas alianças sociais e polí
V.1 ordeiii mundial" e.siá rósea e unila- ticas tendo no horizonte o governo coas-
Estado e do capitalismo no leral. ná«) < ibserv-andi > as tendências ct in- ciente da economia. .Antes de mais nada
Brasil. ir.iditórias presentes na realidade. A ten é preciso c|ue .se re.sgate a política de
dência à cvias<'ilidação da paz e da demo frente deniocriitlat e se de.scnvolva a teo

Ajiura SC aproxima o IX Con- cracia de|X'ndeda recompvisicàodo mo


vimento socialista, i. e. de vontade polí
tica organizada. Não se con.sidera a ten
gi-essodo PCR iiululum dtxrimien- dência de crise da denKKrracia, derivada
individuais ou de gnipt^. bus da crise da esquerda e da reestruturação
ria de transição, que nv>s extertores do
I^CB permanecem como valor meramen
te iasimmeniai. Ne.sse .sentido a noção
de "novo bkico político" é de pouca aju
da. e .se observtimios bem surgiu exata
cando articular aiiançis ç se capa- c.ipitali.sta com a ]xiss!vel vitória global mente (-(liando a (íolítica tie frente e a
cmircni para a <.iirei:ão que deverá do projeto neo-liberal. que aceimiaria o teoria da transição, com sua potencial

Discutir tudo, d
emergir .\Iguns deles, como o "Pela re- coníllto Noite-Sul. congelaria o processo nidicalidade. já haviam se e.scoado pelo
nomçlo revolucionária do PCB", do Rj democrático, ctiroadu com a dominação ralo.
e "Pliuaforma jior uma tNíjucnia socia- global di.is BlA que* cslã baseindo dimi
li.sta" são Ihinamente medíocres e dou
nuir o ritmo da revolução tecnológica .Aj)tmrar a necessidade da reforma de
trinários.com erros crassos de araliaçío a fim de bloquear-seu relativo declínio mocrática dt) Estado .sem indicar tis ques
e mesnn)de fato(Expliar a emergência diante do japâo e Alemanha. A "nova or tões institucionais pertinentes e limitar
do sialínismo pela ascensão do nazismo dem" exposta no documento e.xpre.ssa a crítica ao Estado herdado apenas do PEDRO N. DUARTE Cia que tivemos ao longo dos quase
exige a aos bancos escolares"). As na verdade o desejo da política externa regime ditatorial é nfto entender a que.s- .setenta anos de nossa existência, na
icses oficiais. "Bnisll dos Comunistas";-
soviética quando dirigida por Shevtirnad- lão da formação do Estado e do apita- Membro do diretório municipalde São formação da consciência de cla.s.sc de
além de fraco e apressado, está uiirapas- ze iaimentavelmenie ainda .se in.si.ste na lismo m> Brasil. As confusões teóricas Pauto-SP nos.so.s trabalbadore.s, assim como
s.tdo e defasado. Tendo em \lsta c^sa
ficção ideológica criada por Napoleáo IIJ sobre a questão da cidadania passam a quanto ao conceito de cidadania que
• situaçàü. tem circulado um documento -para justificar a.invasão do México, cha ser toleráveis diante da incomj^reen.são nosso povo tem hoje. Os comunistas
dito Nova política, partido novo", que mada ■Aiiérical.arina". embora .seja ine compierti do tjiie \'enhti a ser hegemonia. brasileiros não de\'em ter vergoniia do
tendea seraurientai^áobásica.da üireçio gável qiieaix-nas a integração da Aniéria Pior que a tendencitil confustlo entre he Precisamos de um partido, pas.sado. Afinal, .sempre lutaram contra
atuai que parece preMider unia aiito-rc- nieritiional pode a.s.segurar uma vida gemonia e organização partidária é dizer as desigualijades. contra a exploração
dclagem e não a réno\a(,'ão radical üo mtiis digna para nos.so povos. que hegemonia é a construção de uma com ou sem símbolo, que da maioria pela minoria.
movimento socialista i)nLsjieiro.
Se o objetivo fosse desencadear um Os tópicos "A democracia como a via
vontade geral ("de Gramsci a Rou.s- esteja presente às lutas e À crise que atrave.ssamo.s é a segun
seau?'). Hegemonia é a articulação de da, de grandes proporçiães, que en
prtKesso de criaciio de uma m\~A esijuer- dt.i socialismo" e "modernidade e cida um sistema de aliançras capttz de estabe decisões políticas de nosso frentamos, no.s últimos quarenta anos.
díi o título deveria .ser algo como "nova dania", embora jirecisem ser aprofun lecer um coasen.si) e uma dominação so
IMjliiica. nova cultura, ninv) partido", en dados. definem a(|uilo que iradicional- cial. e no caso da hegemonia poteticia- tempo. Que disponiia de uma E até prová\'el tjue a atual tenlia suas
raízes na de 1956. ano do XX Con
fatizando a necessidade da ruptura,sen menie se chama "caráter da revolução" lizada pelo mundo do trabalho o objetivo proposta ciara e que o povo gresso cio PCIIS. Para ser mais explí
do a-questâo da exaustão hi.siórlca dt) eximindo-se felizmente de recitar fór- é .superar a contradição ptjhlico/pri\tido
PCB,a necessidade e o caminito degesiu- mulis. ü -jprüfundtimento das questões e qualquer forma de dominação e explo brasileiro, particularmente os cito, os comunista.s bra.sileiro.s até hoje
i,ào de utn mvo panido o tema da aber colocadas só pode ser feito com uma ração do iiomem pelo hometn. ainda não digeriram a questão do .stali-
tura du texto, com explícita'autocntica análise da totalidade social, Ob.servan-
trabalhadores, vejam nele nismo. As denúncias dos crimes de Stá-
lin, ü culto à personalidade e a fàlta
radial" da direção que procedeu o des- do-se a conclusãü da revolução burgue.sa Pelü'próprio fato do documento pade uma real alternativa de poder. de democracia interna no PCüS ainda

Todas as quest ães estão coloca


manrelamemo do PCB no correr dos e o proce.ssü capitalista brasileiro, para cer de acentuação "economicisia" e "so-
não foram devidairiente entendidos
anos HO. Concluir o dticumemt) com o que então o e.sgotamento do padrão de ciologista" não há tieni sinal de progra
por boa parte dos comuni.sias, princi
subtitub "o firuro do partidi/' significa acumulaçiü potencializtido pela ditadura ma político tendo em vista a nece.s.sárla palmente dentre os veteranos. As ciia-
- blcxjuear a priori a renovação radical e possa .ser visto em processo passível de construção detima no\~a escjuerda e um das para di.scu.ssâo. Indistinta gas, entre nós, demoram cicatrizar...
deixa transparecei' o ol^jeri\'o real que ser dirigido pela subjetividade humana novo partido .socialista. A questão con mente. Prescindir do debate
é a busca de uma inipo.s.sível relegitl- para uma concreta Altematira/Democrá- , creta que .se apresenta é sal)er qual es franco, da análise objetiva, é bur A cada crise, aparecem os liquidacio
maçáo da direção comunista. tia querda necessita o Brasil capitalista des rice. Não se pode oferecer resis ni.siasi os que negam o j^artido. Isso
Ni) seu conjunio. o lexttJ. a|)e.sar de se fim de século XX; ê necessário recom tência à renovação. Dela dependerá é velho. Em 1956 foi assim. Porém,
apre-seiuar alguii.s temas novos como o Da forma que está no doatmento a por num novo patamar a cultura de es no,s.sa sobrevivência |X)lítica. Não há não podemos nos a.ssustar. No rescal
do mercado e da cidadania e panjciilar .Alternativa se reduz a uma nova polítiai querda em profunda crise, o que luu nada que se mamenlia eternamente do dos debates, nas crises, muita coi.sa
mente indicando a democracia como a econômica. No tópico "transição e neo- é possível de ser feiro sian uma avaliação novo. A impre.ssão que me dá, é que boa e, renovadora aparece. Em 1956,
via dt)süciaiisavo t v>t,iue supera qiiakjuer líberalismo" o tema da Aiiernariva é reto crítica da trajetória dos comunísLis e sem o PCB está iiibernando. O povo não os mais sensatos nem optaram pela li
etapismo), é btcsicamcnic "síjcioifjgico", mado numa posiç-ão melhor mas man uma profunda e radíGil autocríiia das no.s conhece. Nem reconhece. Náo se quidação, uimpoLico pelo mandonis-
nà») se conformando como prugranu. tém uni distanciamento das otiestôes íns- amais direçõe.s do PCB. A consirução de deve e.sta[)elecer previamente o pata mo sectário. A velha receita da auto-
significando dizer (.jue não organíTa. Pii- tinicii mais e culturais — a Alternativa só um novo partido não ]x>de ter condu mar de renovação ideal e nece.ssário. cTJilca foi infalível. Os que permane
dece dos mesmos defeitos de sua indis- pode se constituir quando as reformas tores apriorisiicos sob risco de inviabi A renovação, porém, não poderá ter ceram no ()ariiüo foram capazes de dar
íáiç;hvl matriz, a Alternativa Democrã- t'e{,)num icas e .síx:iai.s forem parte de urna • lizar de antemão um projeto em matu conotação de capitulação. A questão uma guinada de 180 graus. A Decla
'ura doATIOiofires^o 11(1 ,sel;iosocio!(>- itífji-ma no tnodü de viver. Também náo ' ração .• ■' colocada não implica negar a influên- ração de Març(.) de 1958 é prova di,s,so.
Por uma nova concepção

CLÁUDIO DE OLIVEIRA nização poüica reduzida e de pouca ex- a .social-democracia ocupa.sse o espaço
pre.'^.são no cenário jxilítico do País? -.da e.squerda e para o surgimento de
Ctiarglsta, militante do PCB,ora
Peaso que os no.s.sos problemas come agrupamentos prugre.s.sl.sta-s à margem
estudando em Praga çam com o projeto de auto-refonna do* do PC. a;mo é o caso dos verdes. E no
regime ditatorial e.sua reforma partidária caso do Brasil,a situação é mais flagrante. '
de 1979. Ocupando a estjuerüa no espec Nã(; só um partido como o PT, como
tro político brasileiro surgem o PDT e é grande a quantidade de pesscus pro
o RI". É desta época o início do nosso gressistas tiLie não se sentem represen
Devemos discutir também se a declínií) no movimento sindical. tadas em nenhunta das esüitiuius parti
dárias existentes, me.smo aquelas pe.s-
sociedade brasileira^ nossos A partir de nossa saída do !'MDB e soás identificadas com nos.sa política
subseqüente legalizttção. num t|uadro de
aliados e nós mesmos difícil transição democnitica.experimen- freniisiaedc modernidade, mas não com
taiiuí.s um progressivo e.s\-aziamentt) e a no.s.sa (jrganizaçào.
estávamos madurospara a isolamento políticos. E graças à força de Devemos buscar um novo partido,
forma de como se deu nossa no.s.sa ixãítíca. ainda conseguimos iniluir uma nova concepção organiziitiva. capaz
. nos trabalhos da consciiiiinie e Rizer boa de abrigar diferentes interpretações so
legalização, se aplicamos figura nas eleições presidenciais. cialistas. O panido que defende a e.stra-
i\le.snio assim, não tivemos força sufi tégia democnitica pnniõ socialismo não
sempre e consequentemente a ciente ])ara impedir a derrota de lemas pode .ser um partido monolítico ideolo
# 9
política da frente democrática imponanies na Constiiuinie conm. por gicamente. t) ■■quartel-general da cla.s.se
exemplo,o parlanientarismo, Tampouco operária", de heróis abnegados, mas sem
e se muitas vezes, em coaseguimos ganhar a frente dos diver- f()rças de iiiteivir na realidade. Não te
detrimento desta, não fízemos ■ )s partidos e entidades democráticas mendo a diversidade, a di.sj)uta. o debate
ani um Entendimento Nacional capaz e a emulação interna dos diferentes pen-
o^discursodo '^socialismojá" <'e superar a crise econômico-.social. Já .samentcxs socialistas, Jevemtis ser iitn
]'ão estávamos numa grande estrutura partido que consiga melhorar a vida tio
ea apologia dosocialismoreal. ; artidária ciipaz de viabilizá-lo. povo já. aqui e agora, e urientíu' as refor- .
E vale lembrar que a<.|Liela.s candida mas na ulitrapassagem do próprio capita- .
turas vinailadas Iristoricamente às liuas lismo.
da frente democrátiai (Anistia. Consti Resta saber se e.ste partitii; já existe
reio que um dos nK^menios mais tuinte. Direta.s-JáJ .saíríim derrotadas das ou não, qual será t) espaço para uma
ã ãhi)s da p{.)//fíaí d<)PCU foi aquele eleições presidenciais. Talvez a |)()sfura mn-j organização política dentro dt) t|ua-
1 da resistência democrática...Na- dro políiico-partidãrio hra.sileiro. No
mr.'iainvinL"aí'.mte>iíavátá\ .v avv.hê.'^íáv ik'

tíaTdíérdHKflte quela ocasião, fomos captizes de


formular uma ptAitica extrema
mente adequada ii realidade brasileira.
propostàs e a falta de um projeto estraté campo da estiuerda. tendem a se afirmar '
gico de incorporação dt; pais à era da o PDT/PSDB e i; PT. resttmdo poitcos
revcãução pós-industrial em iiKrkles de espaços para outros partidos como o
No VI Congresso41967). nos definimos mocráticos e socialmente justos tenham PCB. PSB e PCdoB.
pela unidade dos setores democráticos .sido as caii.sas principais da derrota. Assim, o congresso deve e.xítminar a
re.scemos politicamente. Tives.^e.sido sem símbolo, que esteja presente às artiQtiados numa ampla frente política oportunidade da criaçãt) de uma nova
.juivíjcada a política tjue adotamo.s lutas e declsõe.s políticas de no.sso tem capaz de vencer a ditadura e estabelecer Devemos di.scuiir também ,se a .socie
}uela épt)ca, o golpe militar de 1964 po. Que disponha de uma propo.sta formação jxáítica tendo conn; base t;
o Estado de'Direito demcxrático. O apro dade brasileira, nossos aliados e nós
jíí teria sido dado com itirnanha énfa- clara e que o povo hra.sileiro, particu
PCB. PSB e inüepetidentes, das suas po.s-
veitamento de todíxs os espaçtos legais mesmos estávamos maduros para a for sibilidades de influir no prttcesso polí
• anticomunista É opi)rtunu que .se larmente os trabalhadores, vejam nele pani a luta-de nra.ssas c a construção e ma de como .se deu nü,s,sa legalização, tico do país e. -numa confrontação pro-
ga tjiie tanto nós, como as demais umareal alternativa de puder. É incon- fortalecimento da sociedade civil aprt> se aplicmiios .sempre.e conseqüente gramática, de induzir outros jxtrtidos re-
rças progressistas da épi)ca. come cebí\-el a acomtxlaçâo após tantos fra ftindavam essa tática. mente a política da frente democrática formisfa.s no rumo da democracia e do
mos muitos erros. O golpe foi faciii- cassos eleitorais. O partido que preten e .sé muitas veze.s'. em detrimento desta, progre.s.st) .social. Sendo esta a deci.são
Reconhecidamente, tivemos papel
do pela incapacidade de avaiiat,ãü demos não pude ter sua noção de gran desiaaido na anicuiaçüo e construção do não fizemos o dí.sair.so do ".stxiali.smo-
is forças do inimigo e sua capacidade deza ai^alizíida por sigla ou símbolo. ^ <\1DB/R\1DB.Em todos os Estado.s do Bra- dt) congresso, a nova ttiganização encon
já" e a ap(}l(;gia do .socialismo real, trará em Iodos nó,s entusiasmo para o
: articulação- As dccwjes acerradas Terá, ísttj sini, que se definir pela de ''.sil atuamos |X)Sitivamente. superando as Acredito que a no.ssa crise tem raízes novo desafio.
í 195H não nps servem mais. Precisa- mocracia". sem adjettvação. Seu revolu- estriiturais, além des,sas de origem con-
os de algo mais modertio, milis atuai. cionarismo terá que ser medido pt)r diferença.s ideológicas, políticas e pe.s- . juntiiral. Façttmo.s um balanço do movi Mas também deve .ser a sem
soais na basca do objetivo à)mum da preconceitos a nossa incorporação ao
sua capacidade de influir, pela ciarezii democratização. Pela nossa'conduta uni mento operário no planeta durante este
PDT, ao PSDB 011 ao PT. tornando-nos
Duas (Jiitras questões estão ausan- dc seus posicionamentos. tária conquistamos o respeite; dos diver- século. Quais foram os panidos que con uma ala .sociali.sta. Em que pe.seni as con-
• apreeasão e tirando o.sono de con- Ao iniciar este artigo, pretendia não .SO.S setores da frente e neles chegamos seguiram se afirmar enquanto ftxça polí cepçfxs [erceiro-niLindi.stas de socialis
ierável pane da militância: tira-se ou abordar a situação internacional. Acho a influir. Ganhamos a!iadt)« para nossas tica democrática e de prt;gre.s.so .social
(T o símbolo do partidol' Troca-se que ü tema merece muito mais espaço. tese.s, angariamos a simpatia da intelec e capaz, de fazer o contraponto com a.s mo e o pouco entendimento de uma po
lítica de aliança, indushe com o.s .setores
nãtj o nume e a sigla.^ Gostaria de tualidade progre.ssi.sta e de lideranças
Porém vamo.s meter a colher. Precisa força.s do conservadorismo e do reacio^
í pK^sidonar a respeito, Em primeiro liberais, a última alternativa talvez fo.sse
mos compreender o que aconteceu e populares. narismo? Foram os panidos socialistas/
^ar, minha condição de comunista está acontecendo com o outrora cam Fizemos pane dos diretórios estaduais social-democratas que conseguiram lide a mais Com
conveniente.
sua vocação, com sua força polí
o me permite ser tradicicmalista. Es- po .socialista. É necessário tirar a cabe e nacional do MDB-fMDB e em alguns rar o eleitorado de esquerda e em muitos
^alavra cheira a mofo. Hã quem diga ça debaixo da areia e enfrentar o ven casos tornando-se força governante. tica (35 deputados federais e 1 .seiwdor)
Estados até mesmo de sua comissão exe
e símboloe sigla são intocáveis. Que dava!. Não é mais segredo para nin e inegável inserção nos movimentos so
cutiva. Estávamos no centro de impor O exemplo de socialismo defendido ciais, ü PT pode vir a ser um grande
alquer mudança seria trair o passa- guém que as "demociácias populares tantes decisões políticas. Nos inserimos
gloriostj e nossos mártires. Não não passavam de badalada empulha-
pelos comunistas, o socialismo real, o partido socialista de mas.sas. especial
na vida política do País. Alguns cama seaarismo. o dogmatismo e a rigidez do mente com a nossa ação constritii\-a em
nso assim. Trair memóritis é manter ção! Por muito tempo fomos "defen radas tornaram-se, em seus Estados, no
acta uma organização que atualmen- sores incondicionais" de regimes que.
modelo organizativo, incapaz de fazer seu interior. Se fará o histórico encontro
mes com referencial de massas. E só nãoum amplo debate interno e garantir a entre o movimento socialjsta e os ctIs-
não incomoda ninguém. Que não tutelados por ditadores burocratas, ao fomos os grandes líderes da frente por representação das diferentes\ontades tãos progres.sls{a.s, que.stão im|x)rtante'
>pena aprovação nem reprovaçãí.v invés de coastruir-o socialismo, .suja uma evidente correkição de forças.
ixar comtj está seria a verdadeira
socialistas, levaram os PCs à condição de no Brasil, pais onde nasceu a Teologia
ram o bom nome des.sa nobre causa. A frente ganhou a liderança da .socie força política secundária,com poucas ex
ição. Nas decisões políticas, a razão O imperialismo e sua infernal máquina" dade brasileira Derrotamos a ditadura, ceções. A guerra fria. da qual os comu da l.ibertaçào, cuja influência transcende
/e anteceder à emoção. Não tenho de espionagem, encontraram o campo foi convocada a (fonstiiuinte e retilizaida nistas se constituíram em um dos^eus aos limites do nosso continente.
vidas de que essas questões de\'em fértil para atuar. Enun tão irreais tiue a mais livre eleição presidencial em 100 pólos, levtju ainda mais os I^Cls ao isola Nao poderia deixar de af)resentar au
di.scutjdas à exaustàr). Se para avah- desmoronaram como se fo.ssem caste anos de República. debate estas preocupações. Tenho cene-
mento. No Leste, o modelo àutoriiário za que serão disaitidas sincera e serena-
,.se depender de muda[iça.s no sím- los de areia. Porém, dá para se tirar Mas nem tudo foram flores nesta cximi- de sixialisnío reduziu os PCs a burocrá-
'0 e na sigla, que se mude. algumas Üções Ao chegar ao pcxler, nhada. E uma questão fundamenta! deve tico.s Comltè.s Centrais com pouci; ou niente, pois iodos nós e.stamos de cora
Í)reci-samos governar com e. para a so ser colocada: Por que, em Cjue pese.sua qua.se nenhum pr.e.st@o político. ções abertos na busca de caminhos para
teisamõs de um paitidüj-Gom ou ciedade. Jamais em nome dela! política vjioriasa,,o PCB é btíje uma orga a realização da mais generu.sa utopia liu-
Esiavani criadas as condiçôe.s para que mana, (i.MH.a.iiismo ' .
TlHB4mA0£CttBATeS

O PCB náo existe w

JÚLIO AURÉLIO VIANNA LOPE^ querda absurdamente errática em alianças,


mas cuja tônica nos intere.sses imediatos das
da dapufeda Lúcia Souto;tnombto
massas(que o PCB não di.siingue do"corpo
daexoeadvadoPCBetnMfterói-RJemembfo rativismo") a toma mais moderna que ele,
do Gootottto editorial da revisto Novos para um desenvolvimento mais exaustivo do
Rumos temário. Ver "Questão nacional e democra
cia: o ocidente incompleto do PCB!' em A
transição—da constituinteà sucessão presi
dencial, de Lulz.Werneek Vianna, Rio de ja
Um partido pobtico nào é ama neiro; Editora Revan, 1989.
mstituiçáo qualquer. Faz-se de A recente resolução da direção nacional
bomeas e mulheres que, — "A caminho da renovação radical" — ex

associados, realizam uma m pressa a coasciência da impropriedade ab-


st)Iuta da poiíúcinacionalista, incorporando
diversas-teses dos reno\'adores do 7- Con
práxiscujainterpelação gresso (democracia representativa/demo
€ conseqüência^ atingem toda a cracia direta como compleumentares;refor-
mismo revolucionário/revolução proces
sociedade. Partido ésempre sual; abandono do "socialismo renovado",
definindo-se a democracia como \'aIor uni
o partido de ama política, versal e a política da"Nova formação"como
portador de uma
grande política, de uma política
:> de radicalldade democrática.)

Mas a renovação da questão comunista


no Brasil só será efetiva se à ruptura teórica
nacionale arregímentador de corresponder a rupfumpo//rica: a afirmação
sem ambigüidades da política democrática
iatere^s sociais para como política do socialismo, não significan
a luta política. do por "radicalidade democrática" a substi
tuição de instituições democráticas por ou
tras "mais avançadas"; mas a implementação

Ofuncionamento de um pairJdo po
lítico fornece um critério diferen-
(eis a "radicalidade" requerida) das institui
ções democráticas existentes e de outras,
"avançadas" ou nào, o que não só requer
a ultrapassagem do capitalismo como a indi
ciador:se ascendente,funciona de ca concretamente.
mocraticamente; se descendente,
funciona burocraticamenie. Neste Concretamente, aliis, requer-se, além da
segundo caso,o partido é simples executor, reincorporação de renovadores à"Nova for
não deliberante. Tecnicamente se converte Congresso explicar e solucionar politica O final dos anos 70 e início dos 80, con mação",a mudança da análise que vislumbra
num órgão de polícia e sua designação de mente esta situação "residual" do PCB. cluindo a imposição do capital industrial e- uma conjuntura de pós-transição, insusten
"partido político"é pura metáfora de caráter do modo de produção especificamente capi tável frente ao confronto(e náo mero confli
mitológico."(Antonio Gramsci). Ora, como sabemos, o PCB já foi, mais talista na formação econômico-social brasi to) do atuai Executivo com o Congresso e
que interlocutor,um ator importante na His leira, converterá a impropriédade relativa
fm panido político não é uma instituição tória brasileira — embora jamais decisivo daquela política em absoluta. Pois os suces as Instituições da Carta de 88 (inaplicadas
qualquer- Faz-se de homens e mulheres —,e já foi o partido de uma política, uma sos episódicas desta política adivinliam, não e mesmo pervertidas). Daí ser uma falácia
que, assíKiados, realizam uma práxis cuja política nacionalista,a ineviiabiíidade do so do que havia de pouco^.ou de pré-burguês formalista afirmar a vigência do Estado De
interpelação e conseqüências atingem toda mocrático de Direito. Pois democracia im-
cialismo explicada pela ineviiabiíidade do na sociedade brasileira, mas da interpelação .
a sociedade. Partido é sempre o partido de confronto (não só conflito) entre o capita —torta, confusa e instrumental — da ques ■ plica em poder,democrático, com a preva
(ao menos) uma política, associação que lismo brasileiro e a ordem burguesa interna tão democrática, incorporada(com as limi lência do padrão representativo na relação
busca movimentar uma sociedade inteira cional,conformando-se uma"direita' euma tações conhecidas) pelo nacionalismo co Estado e Sociedade, em detrimento ào pa
em alguma direção,portador de umagrande "esquerda" internas, a partir do resultado munista de "direita", credenciando o PCB drão cooperativo, marca desta relação, basi
política, de uma poUticanado/ta/.ger:!. Ou (igualmente inevitável) deste confronto; ou camente inalterada desde 1930. Vivendo-se
perante as classes subalternas urbanas. pois ainda na transição: momento de disputa
tro dado essencial para a caraaerização de vitória do capitalismo nacional, livre para
um partido moderno é a representação sin Impossível não referir-se ao período da e definição da insiitucionalidade política
gular de interesses. Referencial político de sua plena consolidação, condição para o
trânsito ao socialismo; ou a vitória do impe
resistência democrática,em que se verificou brasileira,a qual será nova em qualquer des
interesse .(s) conaeto (s), arregímentador
rialismo, tutelando a burguesia nacional e o último momento hegemônico do PCB tia fecho.
de Interesses sociais para a luta política,su revelando o socialismo como a única via esquerda — e não só — como ainda de Por outro lado, se o papel da oposição
peração do momento corporativo'(nào im gestação de uma política comunista alterna é, consensualmente, viabilizar alternativas à
plicando tal superação em necessariamente de desenvolvimento do país. Ambos calca
dos no.suposio de um capitalismo atrasado, tiva que, calcada na óbvia constatação de política governamental,o papel de uma opo
eliminação). que,definitivamente, náo se vivia num capi sição democrática — aderente às regras re
na principalidade da tensão Nação X Impe talismo "retardaiário", apresentando mo presentativas e ao consenso como condição
O bom senso náo verifica a correspon rialismo, na chamada "questão nacional , dernamente os traços essenciais dos países de seu sucesso político — é o de viabilizar
dência do PCB em ambos os casos. Não bas cuja radicalldade no tratamento constituía
tante figurar na oposição,se ausentes a defi a chancela comunista.
centrais, entre os quais, vale dizer, não se alternativas negociadas,lutando pela Consti
nição e o exercício de um papel na mesma, pode elencar o "Estado do Bem-Estar", o tuição, retomada ou reformulação do clia-
situação expressa nos ziguezagueantes crité Política nacionalista radical. Eis a práxis qual nào se deve a alguma tendência do mado "entendimento nacional". Não signifi
rios de alianças nos Estados. Mesmo o con comunista historicamente exercida na socie capitalismo naqueles países, mas as conquis cando pois,passividade,pois trata-se deluta:
tato prtxluzido na campanha Freire/Arouca dade brasileira, cujo equívoco tornava-se tas de suas classes subalternas, vinculava a pressões, atos, manifestações.
(no caso, as novíssimas camadas médias ur tanto mais claro qumito mais avançava a mo eficiência da práxis comunista à sua adesão
Mas de luta por alternativas negociadas
banasj não se constituiu em representação. dernização do país, revelando o que seriam às instituições democráticas — por mais de
bilitadas que se encontrassem. O bloqueio cuja radicalidade-reside no empenho pela
Pois o problema do PCB, mais que teórico- "obstáculos"(latifúndio e capital transnacio- incorporação das classes subalternas e do
doütrinárío é,como qualquer outro panido, naI)camo excelentes"suportes" naviaprus- desta política e de seus portadores no 7^
Congressomarca.o ingresso do PCB no àna- máximo de forças comprometidas com^ a
umproblemapolítico. Inexistindo a política, siano-brasileira de desenvolvimento capita reiomada da democratização do país.
a rigor, inexíste O partido. Cabendo a este lista. - <^ • cronisma político, ultrapassado por uma es
TftIBUNAOE DEBATES «15

Nós,o socialismo, o Brasil e o PCB


FERNANDO TRINDADE pos e Buüiões. Como bem já disse José Gui- je de economia majorliitriamente agrária ou, — pluriciass.ista e institucional, o que impli
UietmeMerquior,a cuja memória rendemos pelo menos, agroindustrial. ca em negociação política, mas também re--
Advogado, mi/Hanfe do PCB-Df nassas homenagens "Além dele,(do socia União com os setores progressi.stas da conhecer que a força da esquerda no pro
lismo real/FT) porém,como antes dele, per burguesia nacional wntra o imperialismo cesso de negociação dependerá de .sua ex
manece \i\'a no coração dü.s homens a idéia e o latifúndio, reza a velha cartilha da III pressão política,quesó.se fonalece no movi
de justiça social,osentimento de que a liber Internacional, modelo ainda hegemônico mento social,
Quem estava certo? Os que, dade, para ter um volume social minima entre nü.s,

mente satisfatório, pressupõe uma dinâmica NÓS E O PCB


No campo sindical, o outro lado da moe
compartilbãBdo o idealf não igualitária". da: unidade com o i^eleguLsmo — quando
Paril cjue o PCB saia do passado e entre
aceitaram e denvnciaram os "... O sociali.smo como buscada dignidade não a simbiose — para travar a renovação
na contemporaneidade é preci.so, também,
e impviiso de igualiz.açâo de oportunidades e a combatividade — tachadas de porralou-
pequenos e grandes erros ou nós^ que proceda a um ajuste de conca.s com
renascerá regularmente na alma da demo quice — da jovem geração de ü-aÍDaliiadores o velho modelo da III Internacional.
que em nome dekj compactuamos cracia, para eterno desgosto dos reacioná em luta para minorar a desigualdade em
rios", , uma das sociedades com pior distribuição Em primeiro lugar, se queremo.s uma so
e defendemos o seu É isso aí. de renda do Globo. Agora,quase uma déca ciedade pluralista, o nos.so partido,também,
da depois da .sua criação, aderimo.s à CUT. terá que o ser. Assim, não podemo.s mai.s
abastardamento? Os que Melhor, antes tarde do que nunca. Quanto erigir o marxismo em sua teoria oficial, Se
NÓS E O BRASIL
protestaram conta os atentados à perdemos em represeniatividade entre os é impo.ssível pensar o.sociaii.smo apenas nüs
ativistas .sindicais conscientes por preferir limites do marxismo. O PCB deve .ser um
liberdade ou nós, que os Se os tempos.são de autocrítica continue mos a companhia de pelegos íintigos (Joa- partido socialista laico — isto é,sem mode
mos neles. quinzão)e modernos(Medeiros)à de sindi los teóricos e práticos oficiais — onde todos
justiScamos? Quem estava .Apesar das aparências e do discurso, ja- calistas de classe como Meneguelli e Vicemi- que emendam ser o socialismo uma possi
nmí.s assumimos com a radicalidade neces nlio, combatentes do bom combate operá bilidade histórica e um desejo político en
incorrendo no "desvio"'da sária a centralidade da questão democrática.
rio? contrem estímulo para a participação social
ideaiizaçào, eiesounés? Para não ir muito longe no tempo, lem- . Temos,sim, que dar um salto no tempo. . em qualquer uma das suas múltiplas formas,
bremo-nos da Campanha das Diretas, em- Sair do Brasil dos ahos 50/60 e entrar no .Para isso, temos que abandonar instru
1984. Quando já se prenunciava o sucesso Brasil dos anos 90. mentos dogmatizados pelo marxismo-lenis-
dt) movimento cívico memorável, ainda va mo como o centralismo "democrático", pre-.
cilávamos — um olho na transição com Fi Para isso é preciso, em primeiro lugar, texto utilizado para perseguir e expurgar
"Há que se olhar nos olhos da
gueiredo. assumirmos a centralidade e a radicalidade
tragédia para domá-la minorias e dissidentes e para garantir a con-
Otinvalfio Vhw3 Filha da qiie.srãn demnrrárira, para valer e não
E o Plano Collor 1, um ano atrás? Quando ceiiiração de jjoüer; e como a diuiüura do
somente no discurso. E deixar claro: somos
o importante era afirmar a democracia e - oposição ao projeto neoliberal autoritário proletariado tornada — trágica ironia — dl-"
demonstrar o caráter desorganlzador e auto do Governo Collor que dizeiído querer le tadura sobre o proletariado pelo sociali.smo

Acri.se dosocialismo que hojevivenda-


mos não é "apenas" a crise de um
ritário do Plano, o que ficou da nosisa pasi-
ção foi o "Temos de reconiiecer, nós tam
bém teríamo.s feito o mesmo". -
var-nos ao 1- Mundo, nos encaminha ao 4-,
Não podemos compactuar com üma política
que promete a expansão dos -negócios e
real.
Por outro lado, temos que estimular o
livre debate de idéias no partido. Sendo as
modelo e de uma época, como que implementa a recessão de todos os negó sim, as direções 'devera ser eleitas propor
rem alguns — há até quem fale em A verdade, nua e crua. já'foi dita por al
guém alhures: "O PCB é contemporâneo cios; que advoga a melhoria das condições cionalmente aos votos que cada proposta
crise de crescimento?!—mas também da vida operária pela via do desemprego obtenha nas respectivas convenções, cujas
■ a crise do próprio ideal, maculado e desa- do seu passado". De outra forma,como en
tender aquele apoio a Antonio Ermírio em e da expropriação salarial; que quer chegar eleições deverão sempre ser feitas pelo voto
credirado perante os homens e mulheres à justiça social pela via da generalização da direto e secreto, uma conquista da civili
do Mundo pelo grande equivoco que foi/é pleno 1986 e no Estado mais desenvolvido
miséria. zação.
o "socialismo real".
da Federação? Se não sob as mesmas razões
do apoio do seu pai, José Erniirio, 30 anos Temos, sim, que reconhecer que a saída Quanto ao programa,queremos um pani-
E para recuperar o ideal, para conseguir antes,em Pernambuco,um Estado ainda ho para a cri.se terá que ser — ou não será dü que expresse claramente o princípio da
que a idéia volte a ter força material, resga alternância do poder, que assuma a demo
tando corações e mentes, torna-se condição cracia como valor universal, que estimule
neces-sària empreender radica! autocrítica e a auto-organização da sociedade e,ém espe
desfazer o equívoco, sem tergiversações;(j cial, dos que vivem do próprio ira!)alho.
"socialismo real" éra/é, na verdade, totalita Um partido que reconheça o falso dilema
rismo despótico. entre reforma e revolução mtis que afirme
E liíi que se constatar. Quem estava certo? a necessidade de superação do capital!,smo
Os que, compartilhando o ideal, não aceita como objetivo programático. Um panido
ram e denunciaram os pequenos e grandes que tenha os soclal-democrata.'» como com
erros ou nós, que em nome dele. compac panheiros de luta, mas que deseje ir além
tuamos e defendemos o seu abastardamen da social-democracla na busca da justiça so
to? Os que protestaram cx)ntra os atentados cial.
à liberdade ou nó.s, que os justificamos? Queremos, sim, que o no.sso PCB seja
Quem e,stava incorrendo no "desvio" da refundado, nos termos que aqui expomos
idealização, eles ou n<í)s? eesperamo.s que nós,os comunistas de hoje,
A verdade — parafraseando Wemeck Via tenhamos — como diz Davi Emerich — a
na — é que o tempo que imaginávamo.s
estar ganhando foi na verdade um imenso
tempo perdido.
J mesma coragem de Ascrogildo Pereira e
.seu,s companheiros nos idds de 22,os quais
reconhecendo as limitações do heróico mo
CP vimento anarquista, realizaram a sua supera
Há, ainda, que*se reconhecer; do ponto ção fundando o velho Panido Comunista
de vista teórico estamos, sim, na tiefensiva. do Brasil, seção bra.sileira da III Internacio
Que instituições reconliecemos agora como nal.
capazes de corrigir o caminho rumo ao ideal Se a utopia, ape.sar da morte anunciada,
sociaii.sia? A democracia "burguesa" e o resiste, persiste e.não de.si.ste — alvíssaras!
merc

Mas nao
l ü.bnvÍFD .obrmq o .jp.íi-.sni íí
«miBUHA DE DEBATcS

Pela unidade dos socialistas


siiais do PCl (hoje PDS)? o Sociali.smo. Não um socialismo de caserna-
GERALDO SOARES Mais uma vez pergunttunos; o que é bom, onde só algun.s j-)ouct)s detêm a verdade, mas
no ti;do. para a Itália, o é parti o Brasil? E neste sim. um Sdciallsmo Democrático, onde o mes
Membro da Direção Municipal do PCB em discurso, quem é a esquerda? Para o Sr. Ochetto. mo po.ssa ser fníto de milhões, Ptira estes mi
Becife-PE
é o maiioso PSI (Partido Süciali.sta Italiano). Os lhões é que se deve voltar a nossa política. Ptira
dtiqui. não fiam tão longe assim. Alguns acham que isto se torne realidade, é necessário que
(Itie a .saida está na .social-deiiiocracia. Outros a sociedade aceite as nossas idéias e as veja
propõem alianças com os liberais (PMDB? como válidas. Daí termos que .ser um partido
Neste Congresso do PCB, um partido PFI.?); e outros por que não? — com os de massas- Para tal, deveremos ter inserção nos
que se dizsocialista, devemos defender neolibemis. .Assim como os^ itictinos, nós tam
bém já en.s:iianio.s tal aptiio. É um direito demo
movimentos sociais.
Determinando alguns requi.sitü.s, coloco a .se
uma saída na quai alguns princípios crático ;)s divergências, Mas, como seria esdrú guinte pergunta: Vamos refimdar o Partido, co
xulo membros do PR defenderem a hisão com mo querem alguns bem-inteiicioi,iado.s compa-
sejam preservados, Não osprincípios o PCB. para nós é por demtUs ridícula uma nheiro.s, ou vamos nos fundir? E fundir com-

Astninsforniaçõesüctir iJas ni)s paísesdu


I.c-ste eun^peii. fizeram com que as dis
de manuais, mas osprincípios da vida,
que foram os que nortearam o
aliança C(;m tais setores.
Neste Congre.sso do PCB, um partido que
.se diz socialista, nó.s devemos defender uma
quem? Com os "socíallsULs" .SérgioGuerra (PSB
PE). Luís Piauhiiino (PSB/PE), Miguel Arrues
(RSB/PE) e Jo.sé CJiaves (PSB/PE)? Se for este
o no.s.sü caminho, então estaremos negando a
cussões acerca de uma Soaedade Socia surgimento do pensamento socialista. .saída na'qual alguns princípios .sejam preser
no.ssa trajetória e a no.ssa História. Ou não? Pois,
lista voltassem a ter uma timpiitiide que vados. Não (;.s princípios de manuais, mas os
jamais deveria ter debtado de existir. Não princípios da vida, cjue foram os que nonearam já apoiamos Getúiit; Vargas, e mais recentemen
que alguns tenham tentado, mas devemos reai- o .surgimento do pen.samenio .sociali.sta, desde te e.stivemos c(;m Sarney. Antonio Ennirio.de
nhecer a íorçi que o bkxro socialista, oiitrora que ,st' diga. que não só o PCB agia assim, mas os utópicos até os dos dias dejioje. Uma coisa Moraes e Crestes Quércia. Como também ti\'e-
homogêneo, detiidia sobre o Movimento Ct> a maior parte da esquerda brasileira. Apesar é ver a social-democracia como aliada-, outra, mo.s as tentativas de aproximação com Collor
munisca Internacionai. de algumas ientaii\us em contrário — que logo é vê-la como alternativa. E o que é pior. histori- (ver editoriais e ijronunciamentos de destaca
eram, rechaçadas —. a mesma prática se repete dos membros do Partido).
Não devemos fazercomo algumas cop-entes amenie.vê-la como herdeira do socialismo.
hoje em dia. Eu. particularmente, defendo a tese da união,
cie pensamento,tanto as contraias como as do Portanto, hoje. quando muitos dizem querer É bem verdade que os pequenos países .so- mas que nos unamos com Lula, Meneghelli.
■'nasso lado", que jogam a História na lata do renovar, não me foi estranha a proposta do cial-demucraias conseguiram um certo nível de João Paulo, Padilha e tantos outros companhei
lixe;. O que devemos é utilizar tais experiências amarada Roberto Freire, quando em discurso desenvolvimento social — em alguns asos, su ros que têm contribuído par;y,se criar uma ver
para tra(;armüs o (s) nosso (s) caminhos, ver ho Congresso Nacional, propôs a luda esquerda periores aos mais avançados países do bloco dadeira alternativa de poder pára todos os iriiba-
onde emimos e por quê erramos. e aos movimentos sociais, uma discussãt; geral .socialista. Mas não devemos esquecer em que Ihadores brasileiros. Uma alternativa que não
Quero, aqui. destacar uma prátia que. nos para se lenttu* criar algo único, em torno das condições Isto foi alcançado e quem pagou a precisa .ser criada, já existe, é mais democrática,
trouxe muito prejuízo, que ê a de se copiar propostas e ações, visando constituir umti Nova conta, para que possamos reavivar a memória tem inserção nos movimentos, que é o Partido
tliscu.ssôes e modelos exteriores. Foi assim du- Esquerda. Não vou aqui reconstituir seu discur de alguas companlieiros. dos Trab^hadores. E que possamos desde já
ntnie a maior pane da vida de no.sso Partido, so. pois todos os militantes devem tê-lo lido. Para terminar, quero deixar aqui miniia pro contribuir com nos.sas experiências e pensa-
onde nâü só a experiência história, mas tam Para o militante cjue tenta acompanliar as dls- posta de alternativa, com relação is que serão 'mentas na realiz^ação do 1- Congre.sso do PT,
bém as di.scus.sões teóricas de outros países, cu,s.sòes que vêm sendo tnivadas mundo afora, discutidas no 9- Congresso do PCB: que pode vir a ser também o Congresso da
em 'ixvnicubr a LRSS, deierraina%-am a nossa a proposta do amanida não soou ráo nriva as . No meu modo-.simples de ver. Partido não rínifiGaçãfi. paru juntos, com toda a sociedade
maneira de agir e pernsar. sem levar em coaside- sim, pois alguétn, em algum lugar do planeta é uma sigla, um símbolo, uma personalidade. brasileira, construirmos um pais justo e demo
ratião as nossa-s panicularldades, fruto talvez da Terra, já a liniia feito, Por que não na Itália, É sim, um conjunto de'pessoas que se reúnem crático.
pobreza teórica dos nossos quadros. É bom mais preci.samente nos debates pré-congrés- em torno de uma idéia bá.sica. No nosso caso, Viva a Unidade do.s socialistas brasileiros!

Resgatando Lênin e Stálin


DAVIEMERICH Foi fazendo autocrítica que deixamos de ser mente depois dele. Não mais aniepomas socia
marxistas-leninistas-sraíinistas, aceitando que o
lismo científico ao socialismo utópico, não mais
Membro da Executiva Nacional e Hegionaí Pai dos Povos não podia ser incluído como um escoliiemo.s pensadores oficiais e, nem lampou-
do PCB e militante do Plano Piloto dos clássicos do socialismo. Abjuramos Stálin .co, exaltamos aqueles que lideraram revolu
e nos convertemos ao "verdadeiro" socialismo ções vitoriosas e execramos aqueles que foram
científico, o marxismo-leninismo. Estávamos derrotados.
em paz, "finalmente" com a nossa consciência Marx, obviamente, continuará sendo o ponto
Ser revolucionário é ter consciência e os crimes stalinistas foram apenas um desvio mais alto da elaboração da utopia socialista e
autoritário do socialismo. Agora, outra crise e responsável ainda por muitos anos pela confor
que podemos transformar o mundo, muitos já se apressam a deixar o marxismo- mação de nossas principais ategorias teóricas,
na perspectiva não apenas da leninismo de lado, porque Lênin, apesar de ge mas concreiamente a nossa herança não nasce
nial para as condições da Rússia, também foi com ele e nem com o Manifesto Comunista:
distribuição de renda e do bm da fome generalizado equivocadameme. Depois de tan reivindicamos a herança de todo o pensamento
tas décadas "encontra-se" o caminho das pe socialista que, em suas dimensões utópicas, já
e da miséria e, sim, da construção de dras: acabam-se os hífens e nos transformamos estava presente no século XV em boa parte da
um novo homem mais feliz, mais só e tão somente em marxistas. Europa. Também somos herdeiros da razão ilu-
MAIS UMA AUTOCRÍnCA, minista que embala Marx, mas que se consolida
MAIS UM ERRO. muitas décadas ames dele. Precisamos ser her
deiros da inteligência e somente podemos nos Amanhã, mais uma auiocriiica e também sepul

Autocrítica, Esta foi a palavra mágla util


zada pelos comunistas e pela esquerda
de modo geral durante muitos anos no
Não podemos continuar caminhando de au

samos ter coragem de, proclamar com todas


as letras; não somos raárxistas.
considerar pluralistas quando assumimos este tarão a Marx.
tocrítica em autocrítica, de erro em erro. Preci pressuposto. O resto é dogma e religião. Os revolucionários, na tradição do PCB, de
Ser revolucionário é ter consciência que po vem .ser socialistas e nada mais, É exatamente
demos transformar o mundo na perspectiva não esto oluralismo, contraditório em suas formu
Uma afirmação desse tipo pode soar como apenas da distribuição de renda e do fim da lações e conseqüências, que nos retirará da po
Brasil, Antes de .ser um método e uma heresia, mas ela na verdade contribui para res fome e da miséria e, sim, da construção de sição de coveiro. Não queremos enterrar Marx,
ixisiura de princípios para rediscu rir atos gatar uma questão muito mais ampla, mais rica um novo homem mais feliz, mais solidário. A nem Lênin, Stálin, Trotsky, Bukhárim, Rosa Lu
passados em direção a novas práticas futuras, e revolucionária: o ideal socialista deixa de ser história das idéias libertárias é a história da xemburgo, Gramscl, Marcu.se, Walter Benja
o termo se converteu em uma espécie de pana- uma contribuição individual ou de grupos de superação das idéias que não conseguiam dar mim, Mariátegui, (Jaio Prado Júnior, Astrojildo-
céia para justificar o imobilismo, a incapacidade pessoas e se inscreve como movimento de respostas transformadoras à própria realidade. Pereira e tantos outros. Todos eles fazem pane
da reflexão e, inclusive, para abreviar reuniões idéias, de paixões, de ações de massa, de mones (guando nos auioprodamamos marxistas-le- da herarGi .socialista e é com ela que precisa
onde a "meaculpa" era suficiente para calar e de flores que emerge muito antes de Marx ninisias enterramos Stálin. Muitos autodefinem- mos avançar para vencer os desafios colocados
qualquei^ ra?go,<íe guçfitiQn.wieDiQ,o^ íritica, •/ie,que ccmtiniiaia desen-Voiver»{í.cürtq-adiioiTa, -'<sé'eòftib'màrxísías pàfa pbüéf SépúltáFaiênifí! ■ ã'iioása frente por este final'de .iiéculb," ' '
TRIBUNA DE DEBATES,17

HONORINO GOMES RIBEIRO (ação legal, e.ssa transição .se alonga indetermi-
nadaniente porque a democracia pluripariidá-
Ferroviário aposentado,ex-vereador em ria representativa vai além da eleição do pre.si-
MariUa-SP, membro do PCB-ButontãSP tlenie. du.s legisladores etc., cjiie generaliztida-
Rtente estão atrofiando o regime apenas institu
cionalizado formalmente solí determinados as
pectos práticos.
Na edição de 19H4 são propostas "As alterna
Válido éreconhecera tivas para a crise brasilelLa". no item "Projeto
político do regime" (p, 24), a avaliação do Parti- ^
contribuição de Marx, EngeJs, do continua válida ao afirmar que "mas o seu
eixo básico é constituído pela luta entre o regi
Lênitt, entre tantos, ao me e as forças deiiKXváticas que prerentlem
formularem uma nova fílosoSa um novo regime democrático e as na )dificações
econômicü-sodais, tanto imediatas quanto as
dialética, materialista-científíca e estruturai.s...".

histórica, que possibilite mudar a Ao in.siitucii)nali7.ar-,se o regime democrático


atual, que ainda não correvSponde significati
mentalidade humana. vamente aos deseíüs de liberdade e igualdade,
nem promove as reformas imediatas e as de
canícer esiintural. as forças dentocráticas pro
gressistas e de esquerda, precisam lutar para "

Peiuleitura dis Tesesdu Partido,tunia-se


caoiiecimentü da necessidade de ser
se aperfeiçtiaro regime e contrapor-se à polítid
neoliberal, que não resolverão as reivindica
ções poi)ulare.s imediatas e nem as estruturais;
deixou de e.xirair toda }X)iencialidade oferecida nie de .suas airibuiçòe.s e prerrugativis, para e as reais pos.sibilidades de se aperfeiçoar o
adotada uma nova jiosiura mentai socia
lista. em confrapü,siçâoà itleailsta e. ape pela filosofia [naieriàli.sia em sua prática poiíii- desacreditar is c!a.sse.s políticas repre.sentativa.s regime democrático ficarão na dependência da
sar deias conterem inúmeros elemenias Cü-partidária.se erro.s" foram cometidos,acena- da Nação. Na dependência das noras eleiçt")e.s unidade popular organlzaida politicamente em
dispersos que indicam as parâmetros de uma damenie ficou marctda outra mudança na men comporem um Congre.s.st) re.speitável. ficará a tortio das forças progressistas e de esriuerda
nova mentalidade—ainda embrionária —,dei- talidade socialista cm relação à guerra entre sociedade na dependência das reformas exigi atuantes na defesa do Estado de Direito, da de
x;inHle expor claranieme quais esses elemenios nuçõcs.ao fixui que a paz.era um dos obiclivus das, libci aiidu u dii cito à igualdade ciui c clciu >- mocracia, como avalia o cumpaiilieiro Daviü
que seriam o.s formadores básicos e caasoli- do sistema sücia]i.sta, cujo desenvolvimento res maiores e menores, alfabeiizüdos e analfa Zaia em V7/434, sob o título "Piquete", ao re.sii-
dadores de unia nova concepção dos conceitos vem .sendo elaborado conseqüentemente pela betos, civis e militares, como está na própria mir as cri.ses suces.sivas que configuram a fiiíên-»
e preceitos extraídos do materialismo científico pnjptJSÉi de c(x;xi.stência padfica entre as na Constituição, tomando obrigatório o voto para cia do Estado brasileiro, que ainda não encon
e histórico, aplicáveis na prática, tanto no mun ções de diferentes ideoIügta.s; pela negociação uns e facultativo para outros, na mais clara di.s- trou a alternativa democrática progres.sista e
do sociali-sia como no capitalista. ambo.s caren política e diplomática dxs divergências; pelo aiminação por idade, grau de instrução, condi- unitária para viabilizar a salda do impasse gera
tes de uma civiliTação mai.s desenvolvida mate desarme das poiênda.s capazes de gerarem no- ç^ civil e militar, cujas discriminações e distin do pelos fenômenos sociais e econômicos, cu
rial e espiritualmente sob o império da jasiiça vus guerras; reconhecimento da soberania das ções, preconceitos e desigualdades são vedados jos aspectos básicos negativas superam os posi
social No entanto, essa carência vem atraves nações independentes e respeito à cultura de pelos artigos 3- item IV, artigo 5-, reafirmado tivos que possam ser considerados.
sando os milênios da vida humana durante os cada uma; a defesa da autodeterminação dos no item XI.I, que caraaerizam um dado antide
inúmeros estágios do seu desenvolvimento eco povos, independentemente da sua ideologia; mocrático da lei magna e acaba distorcendo A eleição de Tancredo Neves só foi possível
defesa do Eaado de Direito Democrático;defe o processo eleitoral e a representação política concretizar-se ao mobilizar-se asociedade pelas
nômico.social e político, por causa dos privilé diretas já, que de.sembocou na indireta. O atual
gios concedidos pelos governantes às elites da sa da ecologia ambiental, mundial e nadonals; por partidas de candidatos eleitos por uma qua-
.sociedade, onde os mandatários da nação, re- defesa de um sistema monetário internacional uficação dos eleitores, sem direitos iguais, ex texto constitucional só contém avanços signifi
gendo-se por filosofias místicas ou idealistas, equilibrado;defe.sa da igualdade racial em toda.s cluída a liberdade individual, ao impor o dever cativos por causa da mobilização popular.
impõem o domínio autoritariamente,o arbítrio as .sociedades nacionais; defesa do desenvol e n^ar o direito de não votar. Anníbal Fernandes comenta em VU 502: "A
do chefe, sobrepondo uma personalidade aci vimento da tecnologia, da ciência, economia, Se a luta de cla.s.ses pas.sa pelas reivindicações Constituit^o de 88, como as demai.s, reflete na
ma das instituições de um sistema e regime cultura, relações comerciais equitaiivas entre classistas, econômicas, sedais etc., não i^de sua redação a correlação de forças de um dado
de governo. nações desenvohidas e subdesenvolddas;defe nem deve continuar ignorando a ordem jurídica momento (para ser didático, il.88). Fazê-la
sa da não-Jngerênda nos partidos comunistas existente e .seus variados aspectos antidemo cumprir é outra escória. Deixar de cumpri-la
"Sob o predomínio dessas filosofias místicas, nacionais,os quais entre oufro.s, coestituem no cráticas, seja da própria Constituição, das lei.s também. A carta de 88 é boa, avançada em certos
idealistas, dogmáticas, sectárias e radicais, den vos parâmetros de uma nota mentalidade civili ordinárias e cqmplemeniares, que permitem pontos; noutras passagens é ruim". E completa:
tro de um processo evolutm) natural e coase- zada, humanitária e solidária com o mundo do es.sa mi.stificação de um regime democrático "Ém suma, á lei, seja a Constituição ou outra,
qüente.o i^nsamento humano chegou ao aper trabalho e da cultura. fiaício. Quando a própria Constituição precei- é um instrumento para ser'usado. É limitado
feiçoamento do conhecimento através do mate Primordialmente, al)em aos comunistas,aos. tua a reforma constitucional para 93, a coasulta jnclü.sive mesnío porque quando é bom, pode
rialismo dialético e cientifico, podendo apii-
cá-io na prática, com a possibilidade de solvTir
progressistas, pautarem sua conduta polílico- popular e a reforma da lei eleitoral, a comple- ser fraudado. É lutar e lutar para fázer preva
partidária,eleitoral,sindical, democrática e uni-. mentação das leis ordintíriase complementare.s, lecer os intere.sse.s populares, sem ilúsõe.s de
as tradicionais crises sofridas sucessivamente tariamentc, pelo aperfeiçoamento da mentali o novo Congresso Nacional será composto por classe".
pelas gerações posteriores, O mais contradi dade atrasada ainda tigente,bem como no aper esse multipanidarismo político, eleito através
tório eni todo es.se processo de desenvolvimen feiçoamento das nossas instituições ainda for de um processo eleitoral viciado, de duvidasa E para delinear dialetlcamenie um proce.s.so
to sócio-econôníico e político, é que,enquanto mais sob muitos aspeaos, não se podendo con representatividade. legitimidade e autentidda- prático e exeqüível e agluiinadór do movimen
foram de.senvolvídos os meios de produção, tinuar ignorando que a partir da promulgação de política, sem realmente cumprirem o dispos to democrático progressista visando unir a -
comercialização etc., toda riciueza produzida da nova Constituição, criou-se um Estado de to no artigo I-, parágrafo único: 'Todo poder maioria da sociedade em torno dos seus inte
vem .sendo apropriada pelas camadas privile Direito com regime democrático, ainda eivado emana do povo que o exerce por meio de re resses reais imediatos, de médio e longo alcan
giadas. enquanto as dominadas se tomam mais de deficiências jurídicas, por falta de comple- presentantes eleitos diretamente", adotando-se ce, e eliminar o idealismo neoliberal impo.stb
carentes, havendo também um inconcebível mentaçãü das lei.s exigidas pela pr(')pria Cana, toda legislação coerentemente com o espírito autoritariamente pelo Executivo federal, .so
desnivel-amenio entre o de.senvoivimento mate especialmente as referentes às reformas da mes democrático enunciado. No entanto, nem a As mente a mobilização das forças progressistas
sembléia Constituinte .soube preservar a liber poderão contrapor-se a essa maiori^ conser
rial e q da mentalidade humana Válido é reco ma, da lei eleitoral, dos panidos políiiajs, cia
nhecer-se a contribuição de Marx, Engpls. lê- consulta popular,para.serem eliminados os res dade e a igualdade do eleitor, nem o Congresso vadora. atuantes nos exeoitivos, nos legislati
nin,entre tantos,ao formularem uma nova filo tos do lixo autoritário, os casulsnuxs "legais" tem maioria democrática, sendo eleito um legi vas, federais e estaduais e nas classes empre
sofia dialética, materiaiista-cieniínca e histórica, pré-eleitorais, o abu.so do poder econômico, timo representante das forças conservadoras, sariais.
que possibilite mudar a mentalidade humana,, e eletrônico, as formas usuais para condicio dentro de um processo de transição pendente
revolucionar um sistema arcaico por outro ino- narem a opinião pública — bem manipuladas
_ Júlio Aurélio Viana lopes coloca bem a que.s-
v-acior, cujas mudanças não significaram apenas de um trabalhtj legislativo incompieto.- lão do Estado de direito e democracia na VU ■
l>elo.s menKjres do neoliberalismo em voga ■—, Considerando que a tran.sição vem sendo fei 500, re.sumindo sua con.sideração; "Opor-.se à
mudanças econômicas, sciciais e jxilfticas, mas que acai^aram elegendo o atual presidente da ta através de etapas sucessivas consulísianciadas
uma mudança da mentalidade humana,cujo ob República. revisão cotiservadora pela firme defesa daCons-
jetivo primeifí) foi o de criar uma .sociedade
na eleição de Tancrcdo Neves, a po.s.se do seu ütuição democrática e viabilizar a alternativa
Ao con.sumar sua política neoliberal, conira- .sucessor, a convocação da ANC, a promulgação demtxrrática da retomada do desenvolvimento
sem cJxs.ses, uma nova civilização soclali.sta co- pôs-se às forças pnxJutivas, governa autoritaria- da Constituição, e o fato dela exigir sua reforma,
ro^.iII£9^%'iíÍ9'b,eni-çsiar4^«^^e- iipçotp,ípnqu?fltQ MiÇpngresjiítrNatHtytaise eis o.s eixos que devem nortear a política
pktósíito, á-fefcFnia eldÈCMalva copipiemen-'! do Partldo-tDtmiuríista Brasifeiro'V''i v
TT2IBUNA DE DEBATES

Uma política clara e definida


reção Nacional, a título de teses para debate zadcxs. e.starâo di.si>osu)s a colaborar na elabo
DA VID JANSEN DE OLIVEIRA e di.scussão, por não serem documentos sério.s. ração de um Anteprojeto iMternativo que servira
do ponto de \'ista itieológico vem proporcio de instrumento inicial de discicssão para a for
Mvogado,membro do PCB-Nova Iguaçu/RJ mação do "bloco democrático e progre.ssi.sta".
nando a alguns companlieiros o uso da "Tribu
na de Debates" pani veicular proposições com AJém do mais, precisamos com urgência, re-
pletamente anwgônicas ao marxismo, Uns, pre aiperar o entu.siasmo, o dinamismo e combati-
gam a extinção pura e simples do Panido; ou vidade de todo o Partido, até então adorme
Á construção da sociedade socialista tros desejam transformar nosso Partido num cidos. E isto só seni püssh-el na medida que
em nossopaÈsóserá viávelepossível, partido social-democnua, outros ainda, desé- tenhamos uma linha política clani e definida
jam, que sejamtxs transferidos como se fôsse oipoz de.se ajustar a todas tisfrentes de crabiilho:
na medida em que as condições reais mos mercadorias para o IT. Estes companhei sindical, estudantil e de mas.sas,
ros esquecem, que nosso Partido, possue um Na medida em que o Partido no seu conjunto,
e objetivas estejam suEcientemente rico acervo positivo nas lutas de nosso povo assimilar e se convencer da existência-de uma
amadurecidas, No momento, nossa e que não podem sem unia justificação polítíco- linha política clara e definida, não será difícil
iüeoiógica serem agregadas a nenlium outro reaiperarmos o prestígio junto aos trabalha
luta deve serpela ampliação e partido, uma \'ez que. nenhum deles possue dores e demais seguimentos da sociedade.
Nassc)Partido,o PCB.completou 69 anos
de existência e, a maior pane \1vidos
na clandesiinidade. Desde sua Rindação
consoEdação do capitalismo(por mais as mesmas caraaerísticas e tradição que o nos A construção do SOCIAIdSMO é um determl-
paradoxal que possa parecer), com so. nivsmo histórico, pensamento e convicção dife
Estou convencido que o Congresso colocará* rente de muitos companheiros. Entendo que
seu objetivo maior foi e será sempre a maisdemocracia ejustiçasaciai, como responder nosso Partido no seu devido rumo e saberá a construção da Sociedade Socialista em nosso
à altura toda e qualquer manifes país só será viável e |30.ssí\'el. na medida em
construção de uma nova Sociedade,mais
justa, democrática e pluralista, a — SOCIALISTA viaprocessualpara alcançaro objetivo tação oportunista e liquidacionisia que porven que as condições reais e objetivas estejam sufi
— fundamentada nas idéias do marxismo. coiimado- oSocMsmo. tura possa surgir. cientemente amadurecidas. No momento, nos
Para tanto, é necessário, indispensável mes sa luta deve ser(por mais paradoxal que possa
Durante este longo período,sofremos alguns
incidentes de percurso. Por duas vezes fomas mo, que o fórtido enquanto Partido, formule parecer)pela ampliação e consolidação do capi
jogados na clande.stinidade, mas. nem por isso uma linha política clara e definida, à base de talismo, com mais democracia e justiça social,
.se airefeoíu em nás a opção pelo SOCIALISMO. uma análise responsável da situação sócio-eco- como via processual para alcançar o objetivo
A História de nosso povo nas lutas libertárias reiio Democrático".Este Estado precisa ser con nômica do pais, como uma das condições ne colimado o — SOCIALISMO,
está repleta de fatos e acontecimentos que mar quistado. Não se pode falar em... Estado de Di cessárias para a aglutinação das forças demo Portanto, não está na ordem do dia como
caram a partidpaçãü ati\'a dos comunistas e seu reito Democrático, quando, o mais elementar cráticas e progressistas,tendoem vista viabilizar tarefa imediata a construção do Socialismo e
Partido,inúmeros companheiras foram assassi direito de cidadania — o trabalfio — é poster o início do processo de transfonnações que .sim a construção de um novo Estado composto
nados, justamente porque lutaram, pelas mes gado, sem falar nos outros ajmo; educação, o momento está atíxiglr. e constituído com as forças do "bloco demo
mas transformações .stxiais que ainda hc^e per moradia,saúde, traasportes etc. Nosso Partido possue, dentro e fora de seus crático e progressista" capaz de viabilizar a
manecem na ordem do dia Estamos às vésperas da realização do K Con quadros de elementos altamente qualificados construção de uma nova sociedade,a Sociedade
Hoje, vivemos num... pseudo "Estado de Di- gresso e, os documentos apresentados pela Di em todos os setores e que, uma vez mpbiü- SOCIAUSIA

Por um partido autêntico


a partir do direito de cada um se manifestar, linha que assegurar a defesa,já que,taticamente,
ANTÔNIO S..DE CARVALHO estribado em seus pensamentos. De minha par as potências ocidentais alimentavam a guerra
te — respeitando pontos de vista dos compa fria Enquanto isso os EUA, que só foi partici
Membro da Comissão Municipal do nheiros já manifestos expresso o que sinto pante além fronteiras, com todo o seu poder
PCg/Hanhaém/SP
a respeito da grande responsabilidade que é econômico intacto, pôde aplicar-se ao desen
o destino do nosso partido a partir do seu 9- volvimento tecnológico e às nações sob sua in
Congresso. Antes de mais nada, entendo C|ue fluência como a Alemanha Ocidental, que não
Só quem itào raciocm équepode .se devem ouvir as opiniões dos democratas con tinlia outra preocupação que não a de .sua tif
aceitar a pecha de que um sistema vidados — de ouiro.s partidos —,mas que sua construção e de "mostrar ao mundo que o capi
participação não passe de colabomçâo-ao even talismo superava o .socialismo".
secukr como o capitalismo possa to; que qualquer votação.seja única e exclusiva Só quem não raciocina é cjiie pode aceitar
mente dos delegados do partido; Cjue, respei a pedia de que um sistema secular como o
superar outro sistema novo e em tando a legítima representação das delegados, capitalismo pü.ssa superar outro sistema novo
edificação. O capitalismo é essa seja qual for o resultado do Congresso,também e em edificação. O capitalismo é essa podridão
este seja acatado unanimemente.
podridão quesufoca a humanidadeem que siifoai a humanidade em rodos os conti-
Muito tem sido comentado através dos veícu ijemes e por todos os meios, desde o suborno o atestado de óbito do nosso PCB. Isso, para
iodos os coutinentese por todos os los de comunicação a respeito,da crise tio Leste até a imervcnção pela força.
gáudio daqueles cjue sempre evitaram sua lega
europeu, o que tem influído negaüramente na Quanto à alse que afetou aiguns setores no
meiosf desde o suborno atéa esquerda e muito paiticularmenre nos comu leste, é claro Cjue foi j)ara todos ixs com.lmista.s lidade, o tjiie oalsionou grande pane da desa
nistas, mas não se pode deixar de levar em uma "paulada', porque nó.s só anfevíamos o gregação de|3üis da gloriosa \'itória nas eleições
intervenção peia força. coma ciue o que levou cxs países do Le.ste a ht.imanismo que o socialismo cm seu desenvoL havidas, numa curta legalidade em 1946/47,que

Comunismo nau é leíêrénciá,é Uijetiva


Éesse ü espírito que as nijiíttmies comu
uni declínio econômicoem relação às potência.s vimento oferece. Havia, no entanto, a falta eb
desenvolvidas do Ocidente, não tem nada a ver informação das naturais dificuldade.s que só
cora o sistema Síxttllsfa, um sistema hisiorica-
meme novo cuja edificação. —ainda em fa.se
nistas pretendem que se/a o 9-'Congresso de cunsülidáçào de seas pilares — tem sido
as.sustaram a reação dominante.
O marxismo não é escliico. Sua dinâmica de
veio a j3úblicü, honcsiamenie, com o advento ve ser como a Í3ússola. (|ue se usa conforíne
da perestroika, fato que cj.s arauuxs do capita a latitude, e o timoneiro deve sjiber aproveitar
do PCB. lismo tém -sabido aprqc^eicar. confrindindo in- as a)rrenles miuitimas para evitar a borrasca
Logo a divulgação das
gigantesca, se analisarmos coni espirito aberto
o à rsriidade. cladve companheiros do partido. O que ocorre e rumos duvidosos. Entendo que, vencidos os
nos-so fomal Voi da íioidBde Kin apresentado no leste, ein!)ora não seja um acontecimento naturais obstáculos gerados por um doentio
as mais variados penàrhttuüs no caderno desü - Devemos recordar cjue, quando ainda se ai- alegre para nós comunistas, é simple.smente preconceito alimentado por uma Imprensa que
sal}e o que faz, nosso partido,com.uma reestru
nado aos debates que devem orientar os traba niva dtb cliagas defuma guerra civil, a URSS uma advertência e um detalhe. Nossas uirefas turação à altura dé nossa época, deverá conti
lhos do Congresso, se viu envolvida na .Segunda Guerra Mundial, estão aqui para serem realizadas por nós, a co nuar merecendo o resi)eito que até estranhos
Apesar do número reduzido de trabalhos/ pu- sofrendo todas a.s conseqüências passíveis des- meçar pela nassa pére.strüika. às suas fileinis lhe devotam. Não esqueçamos
blicadí» — jxwsivelmenie pclü,c^paa>pnç& -li W'''í (ji/qçm.Eptlas-as .eleições teiTiostiid9.ünra'yota"
(lido pelo jf.irnal —,dá partiti'® à "amigos milicames, antes liiesnío das fe^nuçôes çâo nuiiio superior.ao número de'membros
de ponti>> de visia Para a imfionãncia do even- liaiu pedra .sobre pedra. No pos-guerra, o pais do 9- Congresso, já estejam com um ,|)é em e filiados..B por quê/ Porque u PCB é auiêniico.
tp,a democracia uev^ ser. de fato. o ponto alio, precisava de recursos para sua reconstrução e outras agremiações jiartidárias,forçando assim tem identidade,
TRIBUNA DE DEBATES « 19

Visões sugestivas
SÁ PEREIRA dade e do banditismo. Propomos criar um
imposto denominado de fundo-futurista
Petroleiro(^rosenfado,dirigente regional do para gai-antir o in\'estimento e o desenvol
PG8-PÃ
vimento rural,que seja controlado por re
presentantes de todos os segmentos^a so-.
ciedade,
Sempre fomos daqueles que
Ctpitãl exrerno: homenagear e dar boas
acreditam quepara atingir aossos ■ vindas ao capital internacional desde que
os interesses sejam recíprocos, haja res-,
objetivos € propósitos, precisamos peito à soberania nacional, estejam de
passarpor ama unidade nacional, acordo com a.s no.ssas leis, fiscalização de
"patentes" e conhecimentos "tecnológi
mesmo quepara issoseja necessário cos".

atéuma unidadesocial-democrata. Criação de leis e dispositivos que con


trolem as margens de lucros, da fonte da
Precisamos é alcançar o matéria-prima até à pona da fábrica, e da
porta da fábrica até ao atacadista-arniaze-
redimensionamento da nossa nador, e de lá até ao varejista, para final
sobrevivência não só bamana como mente chegar às mãos do consumidor,
com o de.senvoIvimento dos seguintes cri
também cultural,política,fílosóBca térios:
a)que todo manufaturado traga gravado,
e partidária. além das datas de validade e da fabricação,
etc., preços na fábrica, preço no atacado

Em que pese a nossa débil e insigni


ficante paiticipaí^ão, apresentamos
e preço no varejo;
bjque os técnicos das áreas da Contabi
lidade, Economia e Finanças analisem, es
pretensiosas opiniões da visàò que tudem e definam as margens necessárias
se processa no momento,no sentido de lucros aos trâmites e percursos dos bens
do horizonte que dentro das nossas de consumo, re.speitandQ-se a lei interna
limitações conseguimos descortinar, justi- cional do custo, despesas, lucro, C.Dl.
ficmdo rrarar-se de modesta e leal contri
Isio sim cviiiwá o Uesconirole Ua infiaçã*.)
buição para as discussões que ora evoluem e não a sua extinção como se apregoa,
e se processam.
o que é verdadeiramente impossível por
Paz, tara, liberdade e pão! Foi o grito que a mesma é oriunda da própria dinâ
de independência, proferido pelas nmsas mica do de.senvoIvimento. Não é. pois, se
.sofridas, espoliadas, exaurida.s e escravi controlando e se achatando salários e exau
zadas secularmente pelas classes dominan rindo as ma.ssas que se controla a inflação.
tes na Rússia czarista em 1917, aconteci Sindicalismo: Lutar para conseguir lei
mento exemplar e válido ainda hoje,onde que ol^rigue a sindicalização a todos os
existem situações e realidades semelhan trabalhadores de nível médio, a exemplo
tes. Re.speiiando-se, é claro, os distancia dos trabalhadores de nível universitário
mentos no tempo e no espaço. rante a revolução mas que não conseguiu DOSEPAPEL DO ESTADO:embora defen que são obrigados a .se registrarem nos
Marx e Engels formularam a teoria do se consolidar aptis a mesma, o que de- damos a.panicipação do Estado nos investi conselhos e ordens correspondentes.
socialismo e defenderam ainda teorica moastra a natural individualidade humana mentos nacionais ou até mesmo interna
Educação e cultura: que seja elaborada
mente o comunismo como etapa superior e o individualismo nato que a humanidade cionais, acreditamos que possamos reor- pelo Congresso nova Lei de Diretrizes e
da própria dinâmica, que não acabou, por carrega dentro de sí, ct^mo animal bioló denar essa iniciativa se conseguirmos atra Bases para a Educação Nacional com as
que não chegou a se realizar. — ... Mas gico que é. vés de leis específicas consolidar as seguin prioridades abaixo relacionadas:
que ainda é o sonho possível.
A verdade é que, enquanto a realidade tes necessidades:. Fiscaüzadora lei de re a)que todo o ensino de 2- grau(público
Lênin, na sua prática, registrou também for, em qualquer formação socio-econô- messa de lucros para o estrangeiro; reco- ou privado)seja paralelo ao estágio prático
a verdade incontestável de que o {jróprio mica, o "MÁXIMO DE TRABALHO PB.0 nliecimento da co-gestão em todas as di- e paralelo na e.specialidade definida a cada
desenvolvimento capitalista traz no seu bo MÍNIMO DEREMUNERAÇÃOERECONHE measões; remuneração pela produtivida estudante;
jo o germe do socialismo,liderou a revolta CIMENTO", haverá sempre a necessidade de; regulamentação da participação dos b) erradicaç-âo do analfabetismo;
das massas,implantou a ditadura do prole de contestar o látego escravizador, hoje trabalhadores nos lucros das empresas; ri c) ensino de 3- grau ou universitário
tariado e começou a difícil transição para invisível, exercido pelas classes dominan gorosa fiscalizaição e controle pelo Estado financiado pelo Estado e resgatado durante
o socialismo, que também não chegou a tes sobre as massas, principalmente nos dos tributos e impostos; fí.scaiizaçào rigo ou após o curso quando o aluno se formar,
se realizar na sua total plenitude. Mas o países onde predomina o capitalismo sel rosa das margens de lucros das empresas; a exemplo dos países socialistas;
que ninguém pode negar é que teve mais vagem. concorrência pública e transparente, a ní d) criação pelo Estado da universidade
aceru>s do que erros nestes mais de 70 vel interno e externo, fiscalizada pela re popular com o pagamento nos mesmos
TRANSIÇÃO SOCIALISTA EAI.TERNATI-
anos de aplicação, assim como ressurgirá presentação de todo.s os segmentos da so
dos escombros redirecionado, mais forta
VA DEMOCRÁTICA:sempre íbmos daque ciedade.
moldes da universidade tradicional
les que acreditam que para atingir os nos Esperamos, pois, que estas nossas consi
lecido e mais consolidado, pois o tempo, sos objetivos e propósitos, precisamos pas
a prática, que é "expoente da verdade" Reforma agrária: criação de uma pro derações e insignificantes opiniões ajudem
como disse Marx,se encarregará de provar, sar por uma unidade nacional, mesmo que posta que preveja infra-estruturas, com no aprofundiunentü das discussões que se
dis.st> temos consciência e certeza, como para isso seja necessário até uma unidade participação, na sua realização, de todos fazem necessárias, considerando-.se que
haveremos de morrer um dia.
sücial-demíx:rata, que leve no.seu bojo um os segmentos e represeniatividades da so despertará o estímulo individual no parti
programa único e conjunto como alterna ciedade brasileira, inclusive os trabalhado cular e a dinâmica no geral, a fim de conse
LIBERDADE!IGUALDADE!E FRATERNI tiva democrática,a fim de podermos pene res do campo,A implantação desta reforma guirmos não só a nível regional,e até inter
DADE!Foi o grito que explodiu em 1789 trar na transição socialista e conseguirmos poderá fi.xar o homem ao campo, evitar nacional o redimensionamenio imprescin
e uma das raízes do estudo e da realização consolidar, pelo menos parcialmente,a so o êxodo rural, acabar com a.s inchações dível á nossa própria sobrevivência não
da teoria do socialismo, tripé esse que lê cialização em nossa Pátria. dos centros urbanos e conseqüentemente só humana como também cultural, política,
nin conseguiu despenar nas massas du ATRAÇÃO DE IN\ESTIMENTOS PRIVA com o acelerado aumento de marginali fíio.sófÍca e paiiidária.
20 « TRIBUNA DC DEBATES

Um novo enfoque
MARIA DE L F. PACHECO Hoje, perplexos com esias transformações, t.xs estudos, e só a partir deles, que poderemos traçar lutar contra a corrupção do capital estrangeiro.
"marxi.stas" tentam retornar o-bonde da i lisrttria. ura caminho socialista [xira uma sociedade ju.sta. São estas e outra.s as questões iiue aborclaremt>s
MUitante do PCB em São Paulo. Só c]ue agora como j^assageiros, níio mais com Lógico que não podemos e.sperar a conclusão cie no pnKesso de debates das teses.
a pretensão de impulsionadores do processo de um escudo de.sse tipo para retomarmos a luta. E.s.se A grande dificuldade na busca dessa Nova Men-
mudanças. estudo foi interrompido nos clás.sicos e deve .ser udidade está na equação correta do que realmente
Hoje^ perplexos com as A confiLíão ficou trtigica. .^costumadcxs a racio reiniciado urgentemente. é novo,e não de velhas idéias renovadas,da admi
transformações, os **marxistas'' cinar arravé.s de dogmas, com um senso comum
sectário, ficaram incapazes,ao verem seus dogmas
A que.stão do enfoque da luta de clas.ses, como nistração correta tliv choque de no\'as com as \'e-
ela deve .ser conduzida, a questão da paz, colo Ihas.da transformação priíiica de um Partido verda
tentam retomar o bonde da .serem destruídos,avessos ao estudo;de pensarem cando ludu era outro patamar, são ingredientes deiramente plurali.sia, rompendo com o monoli-
História. Como passageiros, não com metodologia científica. Dificilmente adotarão para a Nova Mentalidade. Nem de leve passar a tismo imposto. Aqueles tiue divergem não potiem
uma No\-! Mentalidade. idéia de que o que há é colaboração entre as ser rratado.s como inímlgo,s,'como na cartilha do
mais com pretensão de Com seu mito desfeito,a tendência é se.sentirem clas-ses. Isso é anti-histórico e anricientífico. É velha estalinismo, porque na biisai do conhecimento
en.ganados. Seriio incapazes de perceber tiue suas e não nova mentalidade, mesmo com o rótulo ninguém pode ter certeza de nada.
impulsionadores do processo de crenças nada têm a ver com o marxismo, e tende de neo. O conhecimento é um processo dialético, e por
mudanças, Temos que ficar atentos rão a se \'oltar contra ele. Muitas questões devem ser di.scutidas com novo
enfoque.Que o marxismo é a sui^eração da icleolo
mais errado que um comptmheiro possa nos pare
cer, suas idéias, em determinado momento, po
para não sermoslevadospara Onde está a Nova Mentalidade? gia, restaurando seu conceito correto; que o esiali- dem estar certas. Afinal, um relógio parado duas
discussões de assuntossecundários. Creio iiue a Nova Mentalidade .se encontra no nismo foi a restauração dela; repensar a mais-valia vezes ao dia, dá hora cena.
marxismo.Fui paralisado no seu desenvolvimento em face da automação, da robótica, computação, O que temos é que ficar acentos para não sermos
Uni;i das gr;indes del ciéncias acontecidas
com o marxismo foi que,ao deixar de lado
seu méKxíü cJralétícò, ele não aa)mpanhüu
e no teraptí, em conseqüência cia sua tenente
da realização de nossos sonhos. Para isto, princi
bioengeniiaria etc. na produção capitalista. Isto
esralinista. Acredito ainda que é o melhor na busca é a itão mais-valia relativa. Discutir a criação de
uma Frente de Panido.s que optaram pelo socia
palmente os economistas, terão que submeter o lismo,ampliando a unidade alcançada,com segun
levados para discussões de assuntos secundários,
deixando os mais importantes de lado, e ficarmos
rodando, aceitando debates secuiuiários e fora do
momento, como é t) caso das discussões acerca
as transformações que sucediam no mun apitali.smo — central ou-periférico — à critica do turno nas eleições e aci\idade parlamentar; dar de nome e símbolo partidários.
do. inclusive com as forças produtivas. rigorosa, como fez Marx. Temos que constatar no um pouco mais de organicidade a isto. Estes temas poderão vir a ser relevantes para
Esqueceu que Marx assinalara que o capitalismo que ele mudou, como mudou,quais .suas tendên Temos que .sair do dilema. Frente ampla ou o futuro, mas não poderão desviar o debate de
Impulsiona de maneira vigorosa o desensolvimen- cias para novas mudanças..Se estas traasformações de esquerda':'Uma jamais poderá estar em prejuízo questões teóricas mais atuais e importantes no
to de.stas torça-s. se darão apenas na forma, como até acjui, ou .se da outra Há que discutir a ctjnsolidaçüo da demo momento.
As.sim. pa.ssamos a ver o capitalismo, não com acontecerão na sua essência, na lei da mais-valia, cracia, tirando-a do seu serviço em função da ideo
os oliios cieniífico.s. mas com visão moralista.' Por- por exemplo. O que'nã(.) podemos é, com o fra logia, e colocando-a como princípio universal hu 'P:is.s:iniüs, porque niríssimus exceções, como
cjue,quanto mais prtxluz excedentes de produção, casso do socialismo real, achar que o capitalismo' manista, e com base na luta pela Sociedade Dese Gatmsci. mio entrunim no ile.svio suiUnisiíi
mai.s íiumenta a e.xploração dos trabalhadores. O é experiência que deu ceno. Para isto, teremos jada, na sua construção .socialista; lutar contra a -Deucünlocom:i[esedoprof.Cl:nulioMmmai):i,
produto que é realizado pelos operários lhe é que escamotear muita coisa; os guetos de Nova corrupção como alternativa de viabilização do Pais do Insdiuio de Física da USP fVoz da Unidade.
e.stranho, Niào foi visto que o herdeiro do pro- York, os turcos na Alemanha, as Cündiçõe,s de trae de forma de consolidação da demcKracia. poi.s 21.J2.89), onde aborda a marginalixaçio da mão-
gres.so realizado|>elo capitalismo será a Sociedade balho noJapão,os famintos,analfalx^tos e menores ela é desestabilizada com a corrupç^ào. E e.sia ban de-obra nào-qualificada com a revolução técnico-
Desejada dos nossos sonhcts do futuro. abandonados do Terceiro .Mundo etc. É desses deira tem que ser tirada d;Ls mãos dos demagogos, cienlífíai.

Política ou ornamento?
GILVAN C DE MELO dos acontecimentos do,I.es(e europeu e da exaus contni o [pensamento renovador do Partido, blo .Mais cristalina é a posição recente do núcleo diri
tão do modelo do "socialismo real", Na realidade queando assim, um processo de renovação cujos gente e.xpre.s.sa no discurso da liderança na Câmara
Militante do PCB em Niterói/ttJ; membro do o de.smonte do PCB se iniciou na gestão conser re.su Itados dispensam maiores comentários nos Federal no ano passado. Rêfeiind.o-se ao ex-Secre-
Conselho Editorial da revista Presença. vadora de Giocondu Dia.s. issi) preci.sa ser dito dias atuais. láriü Geral na década de80 o coloca como homem
muito clariimente e retirar do fato todas as coase- O resultado assj.stido, a via criicis percorrida que se ab.ste\'c pela renovação do PCB,quando
quências. É'hora de um hasta nas hipocrisias e durante esses anos de .sofrimento, de.scaminhos, na realidade foi o contrário que ocorreu.
A nora política pressupõe um noro nos mito.s inioctíveis. É hora de decifrar o enigma. angúsiias, marchas e contra marchas, ttponta com Desmontado o PCB. transformado num .siijeiio
Ogrupo dirigente cometeu tantos erros os quais clareza que o Panido também teve sua "Crônica residual na .sociedade brasileira, derrocado o pem
PCB, cujo núcleo dirigente esteja conduziram o movimento dos comunistas a um de uma Mone Anunciada". Só que esta foi e.scrita samenu)renovador, marginalizados os comunistas
comprometido com a verdadeira dísnmciamemo em relação ao.s trabalhadores, aos por um sujeito coletivo — uma -aliança de neO' que eram capazes de renovar e atualizai'e se cons
intelcauais e à vida cotidiana. Era cjuase desesi^- prestistas. rcformi.sia.s c(.)n.sen'adore.s e os herdei tituíam numa alternativa dedircçãotio PCB,a atual
renovação dos anos 80. Um partido rante ver o Partido serarnhtado para uma posição ros do frenrlsmo de esquerda. direção proclama agora aos quairo cantos do mun
depolítica democrática, lato, de isuiaraenio, para uma situação residual na so do que de.seia uma "renovação", um "novo socia-
ciedade. Substituiu-.se a poliuea pela luta no inte Num matiifesto subscrito por um grupo de co lisiTU)', uma "nova formação política", um "bloco
respeitador dospensamentos rior da máquina, traasformandtt-a no centro das munistas do Rio dejaneiro, em setembro de 19H3 democrático e progressista","nova forma de Parti
preocupações. Em outras p;ilavras. o PCB virou afirmava-se: "As velhas práticas burocráticas reve do". Em outras pala\'ras. uma nova religião.
minoritários, aberto ao diálogo com is costas para a sociedade e voltou .seus olhos laram-se incapazes de dar curso tanto á renovtição A renovação propõe outros temas: a questão
do[Pensamento comunista tjuanio ás novas neces- da política e não da doutrina; a questão da demo
todas as correntes, construtor da para ;ls próprias entranha.s, E. as,slm, a dicotomia
•sidades impixstas pela cre.scente comiplexidade da cracia como processo de criação de canais, na
.se expressava: menos política, mais máquina.
frente democrática duradoura. sociedade capitalista brasileira". Em outra p:irte ([ual se expressem os conflitos do mundodo iraha-'
A política ficou reduzida a pro[Wganda e defesa do documento, refcrindose ao grupo dirigente Ihü,da cultura e da subjetividade para u de.speriar
do ".socialismo real", contra o ".socialismo ideal" do PCB, reconhecia-se a responsabilidade da se de uma hegemonia das classes siilxiliernas, A cria
dos coniuni.s[as italianos. Vivia-se na época da e.s-
à democracia. lagnaçãü guinte forma: "O CNDC por .se revelar incapaz ção de uma nova vontade democrática, de uma
conservadora brezneviana. No úmbiK)na de aplicar e implementar essa nova políiia, vem política de alianças com vista à conquista de objeti
Em qualquer análise da crise doPCB.éobri-
gaiürio.pe,lo menos, buscar como referên
cional, a transição do autoriiarlsmo para a demo
cracia,sua complexidade econiradição era enfren
tada com ambigüidade. O que importava era a
se constituindo num obstáculo ao calpal e.xercício
vos clartxs, baseados num programa de um novo
do papel que os comunistas poderiam desempe desenvolvimento integral que unifique a que.stão
nhar como uma das forças representativas do mo da igualdade e da liberdade.
cia o fipal do,s ano.s to e roda a década legalização do PCB a ciuakjuer preço em nome vimento popular e democrático brasileiro,"
Essa política exige, pre.ssupõe um novo PCB,
de HO. Não é ocultando e.s.se período,fazen de certa identidade, não interessando c|uai política já em pleno perialo do ".sociali.smò renovado" cujo núcleo dirigente esteja comprometido com
do de coma que nada aconteceu, que se tinha curso no .seu interior. E no interior predo onúcleodirigente repetia osargumenios bloquea- a verdadeira renovação dos ano.s 80. Um partido
superará esse momemo cinzento. É fundamental minava uma política cjtie não eui a dos comunistas, dores da verdadeira renovação. A \'0Z DA l.íNIDA- de política democrática, laico, respeitador dos
iimti prtjfunda, séria e sii^cera autocrítica, em pri Adoiava-se orientação contrária ;i da frente demo DE ESPECIAl,de janeiro de 1987, pubiictiu o.üocu- pensamentos minoriulrios,aberto ao diálogo com
meiro lugar e, principalmente, do núcleo dirigen crática. substituída pela nolíiii.i de frente de es menio de balanço da direção para o \'III congresso todas as correntes, construtor da frente democrá
te .Não uma autocrítica verbal,despravida de con querda. A que.süü da ciemocracia oú ficava no e confes.sa\a: "O ccjmbtite às concejpçóes lit|iiida- tica duraduura,desbloqueador radical da transição
teúdo Mas uma atitude desprovida do velho vício papel, nos discursos,(,iu considerada apenas como cionistas e às TESES I,!BERA!.-RE\^1S[0N!STA.S DOS à democracia E. hoje, não cabe mais a velha conci
da prepotência e da .solwrba. Pefo contrário: Se instrumejKO de ordem táría A ijnica iiolíiica aber "RENOVADORES".., perdurou formalmente áté o liação sob pena do PCB iransformar-.se defiiiitiva-
ta, o tefíyfró'tfirát%tíàte'1^2,'íloíiiííícfcléríòíállítóíaí" mêilfe'erá méfò'ornamento. E a e.sfé'|1:íhê]'fr'rêiVí-''
expliqr a situação atual do Partido em função desenvolveu, foi a implacável, dura, inflexível luta duas vertentes ANIIPARTIDO e,sbüçaram..." etc. vaç"ào se recusa.
TRIESINA DE PEIMKTÈS'.21

O PCB de novo tipo do Panido Comunisra). Advir(a-se cjue a


VERA F. DA COSTA ESILVA
experiência recenie do plurali.smo já con
Bstudante universitária de História na
duziu a coligações anticomunisras. quando
Universidade Federai do Ceará e mUitante o Panido re.sistju a .ser absonido ou anula
do PCB/Ce. do pela frente concertada Agora,o Panido
deve renunciar, à .sua ideologia, nao mai.s
por omissão, mas explicitamente, pois
"não .se trata só do j^luralismo de concejv
Sem unidade, sem efetivos e sem ções e convicções no Panido. em função
prestígio, o PCB marcha para o da lulit comum pelo sodali.snio, mas tam
bém de plurali.smo marxi.sta". como rezti
9° Congresso, reconhecendo que a tese questionada.
a crise do socialismo poderá A lese 34 deserta do internacionalj.smo
liquidádo. Sob a concepção proletário e doutrina sobre um novo inter-
nadonalismo de feição anarcóide, infor
centralista (stalinista)e postura mal ou informe,que repele especificamen
te a liderança mundial do Partido Comu
clandestina (ilegal), não evoluiu, nista da União Soviética, mas acolhe em
de forma que não soube assumir gerai a colaboração com os panidos não-
comunistas. É, porém, um imemacionali.s-
a redemocratização do pais. mo que se .solidariza com as pessoas que
sofreram a intervenção soviética no Afega
nistão em 1979 e cala sobre as que sofre

Ol^uiidü existe em germe no indiví


duo: é ele um produto de vontades
ram a intervenção none-amerlcana no Pa
namá em 1989. Esse facciasismo interna-
cionallsta recua e argui 11 (onze) anos,
numa história que já mudou no que tange
individuais, massiva e civicamente
à União Soviética, mas não retroage e.silen
mobilizadas em fun<,'ão de necessi cia 1 (um) ano, numa história que ainda
dades objetivas e subjetivas. A ativi não mudou no que tange aos Estados Uni
dade partidária — política e organizativa dos. O novo intemacionalismo deverá pôr
— se desenvolve num meio onde perma o Partido a serviço do Pais, de "sua integra
nentemente fluem as vontades individuais. ção soberana e competitiva na economia
Por isto, o Partido não pode resultar numa mundial e sua pre.sença crescente no cená
entidade auttKsuficiente como um feudo. rio internacional",segundo a tese conside
Quando tal acontece, deixa o mesmo de não terá condições dc defender os inte rada.Assim,subsütui-sc a emulação econô
munistas; a idéia cieuufica (ideologia du
ter o influxo salutar de um intercâmbio proletariado)e a teoria crítica (política do resses contrapostos e antagônicos ao regi mica pela competiç^ão, afinandose com as
com o meio,convene-se em sistema feclia- proletariado). me de exploração do homem pelo ho políticas de neoliberálismo, de competi
do, degrada-se, decompõe-se. Ele deverá, mem,que ainda prevalece majoritariamen- tividade e de trifunfali.smo, tão estadeadas
pi>i.s, ser aberto, se pretender superar a • O indivíduo, para usar-se uma imagem te nos dias atuais. O indivíduo que panici- pela mídia cosmopolita das grandes potên
atitude ex-pectante e lmobilista'ho.s seus matemática, é uma diferencial política do pa politicamente do Partido Comunista cias capitalistas.
quadros, a defecção dos oportunistas e li- meio, diferencial que .se integra partidaria- deve perceber e identificar ideologica
quidacionistas e a .subestimaçâode cunho mente, isto é, diferencia-se e iniegra-se — mente essa exploração, sendo freqüente Finalmente,eis que a concepção de Par
obreirista, populista ou corptirativo. repetida e coniinuadamente. E a ciência mente acicatado por ela na própria carne. tido ora criticada, alega a "contrafação stali
administrativa explica isso mediante con
Torna-se confuso o processo de "reno ceitos difíceis de trocar em miúdos, como É sob essa contingência que ele entra no nista"(íe.se 34)iem clara justificação freu-
circuito partidário, indo do meio ao Parti dista de .sua adesão e de sua rejeição a
vação do Partido", presuntivamente votado entropia, input-outpur e homeostase. Isto
à abertura,conforme a têse 35. cujo propó quer dizer, porém. que. se o Partido se do e vice-versa. dois princípios, respeaivamenie: o plura
sito demissivo do centralismo demtxrráíjco lismo filo.sõfica(poÍítico) eo centralismo
abre a mais e se garante a menos,em face As Teses do DC Congresso, a título de democrático(administrativo). E assim põe
se frustra, porque não entende cientifica
do meio, do regime e da reação, ele se abertura, diluem o Panido. Adotam uma na cena^da Tribuna de Debates do D(6)n-
mente a dinâmica de um sistema aberto.
descaracteriza e se incapacita como instru terminologia de vaguidades e -novidades gresso a nova categoria da"unidade demo-
Es.sa tese toifia o Panido como dado,subsu-
mento cias massas que fazem a história. e evitam conceitos correntes do discurso
CTáiica"{tese35),fazendo vista grossa para
mido a "um" método,dizendo:"O método
comunista. Por exemplo, pouco ou nada ^a contradição entre os conceitos de plura
para .se garantirem os ceniro.s e o alcance A tese 34 define o Panido como laico, se define dizendo na tese 34 que o PCB'
da unidade de vontade, de ação e de orga como se ele fosse "desideologizado". As lismo e unidade.
deve ser um partido "moderno",ou esca
nização é que varia, desde os despóticos sim, a citada unidade de vontade, de ação
moteando, omitindo e negando quc ele
e autoritários até os democráticos,dos cen e de organização não poderá ser de natu
é um panido proletário,ou abrindo-ó ecle- Sem unidade,sem efetivos e sem prestí
tralizadores aos descentralizadores". Per reza partidária, tanto subjetivamente (a gio, o PCB marcha para o DC Congresso,
gunte-se então onde se insere o Partido vontade como teoria)e muito menos obje licamenie às pessoas, opiniões-e diversi- reconhecendo que a crise do socialismo
dades sem conta.
nesse contexto,ou melhor,cotno se insere, tivamente (a ação e a organização como poderá liquidá-lo. Sob concepção centra
imposto que lhe é "um" método para esse prática). Crê-se aí, portanto, que bastariam A fese 34 iascreve entre as suas novida lista tsialinista) e pastura clandestina (ile
efeito? Ora, o Partido se abre é para o ao indivíduo a ciência e a técnica, que já des o pluralismo, que é algo muito dife gal), ele involuíra, de forma que não soube
indivíduo, o que não condiz com prescre lhe deram o poder máximo coma bomba rente do pluripanidarismo, isto é, a coali assumir a redemocratização do País. Com
ver-lhe"um" método,senão o método dia nuclear, que no entanto tem sido contida zão entre o Partido e outros partidos demo- esta as Teses do IX Congresso se confor
lético marxista. Demais, Marx e Engels dei tãü-sò ideologicamente. aáticos e socialistas. Engels evidenciou es mam de modo acrílico. Desde a Declaração
xaram patente no Manifesto do Partidij Co ta possibilidade no que respeita,em pani- de Março de 1958, o Panido vinlia mudan
munista que os comunistas precedem his- Um Partido incapaz de discriminar o an cular,às classes não antagônicas ao Partido do ponderada e paulatinamente,mas agora
,toricamente o Partido, certamente inspi ticomunismo, flutuando num mundo de Comunista na Alemanha de 1874 (v. As quer fazêrlo precipitada e radicalmente.Só
rados na referida unidade c/e vontade, a iaicidade,evidentemente não é um partido Jauenas Camponesas na Alemanha)e, em que pretende revestir-se de "novo tipo",
qual só pode ser a aspiração ao comu comunista. E essa frouxidâo,complacência geral, na Europa de 1847(v.Príndpiàs do mudando seu caráter, desfazendo-se de
nismo, a mesma que levou à Liga Comu e amorfia conceituais lastreiam as Teses
Comunismo). Marx e Engels, quanto aos .seu patrimônio cultural, apagando e con-
nista internacional em 1847,onde confiui- do IX Congresso, que depreciam,o uso panidos dessas classes, definiram a ques venendo sua história, com a esponja das
ram clois movimentos, duas vertentes co- da palavra ideologia. Semelhante Partido tão claramente {v. o epílogo do Manifesto Teses do DC Congresso,em tabula rasa.
22_»1!HIWNA DE DEBATá

A renovação do PCB
BENNY SCHASBERG tes cada vez mais nanico.s do "Panidão'. Tampouco coiistrufr um novo Projeto Político. Eira isto. algu
nos da esquerda brasileira, não ob.siante suas pos- mas indiaiçõe.s pro\'isórias vêm amadurecendo.
Técnico de Desenvolvimento Especializado .stveis contribuições. Esta crise é coiuemixiriineít Dirrapassadii a industrialização .sub.stiimiva de
do CNPq, Mestre em Piane|omento Urtiono de novos prcjcc.s,sos ile niudinça no mundo da importaçòe.s do ciclo hi.sióriC(3 estauí! de de.senvol-
e Regional, Doutorodo em Sociologia'UNB cultura e do irabaílio, e ml ordem econômica e vimenio, do pó.s-guerra até as 80, cibe peasar
pol!iic;a internacional. Neste quadro, se afirmam um novo modelo de descnvolvimenio integrado,
no\'üs reginx.'sde acumulaçàt i e |xtdrê>e.< de pnxlii- à economia inteniadonal. de forma não subordi
Junto 3 crítico ao modelo çâi» [ecn(.ilt'jgict>-inclu,strial flexíieis, .slipeninüo o nada. llirrapa.s.sado o Estado Keynesiano e do
modelo fordista de organizaiçào t.i:i paniiiçâo, d.a.s "Bem-Esuir" cabe peibar um novo papel do.Esiado
buFocráíko-ãütoritário do socialismo gr.mdes Plantas indusuíais. Mguns chegam ate a cm relação ã .Sixíedade. e a uma-Economia de

Oinai> Mniples rjdiidrui í. sem liukwes pre-


dúiléíit-j», mnv Lfe ujoe iüüj crise
intfsr.i num inesnío proçvssci ckiis raoc:-
estatístOf e a assunção radicai da
questão democrática, se coloca, para
o mofimento dc renovação que
definir os novxxs iraç<^ como "toyotismo".
Tais niiidanç-js, .somad.i.s à íflocídaile das íiioia-
çõt'.s cientifÍccwecno]i)gica.s, tnizém, além dos co
nhecidos impaare» econômiai.s e ambientais, ten
Mercado sucíaimeine controlada, alternativo ao
"Estado .Mínimo" liberal. .Esta última-questão, ga
nha e.special relevância no contextvi brasileiro e
liitino-amerlcano. onde ÜébeLs economias capita
dências-.de mudança na própria estrutura .social. listas não resolveram »),s problemas hásiais. c o
:ncnu's de const'ivji;ài eUe mudanç.i A
sustenta a perspecth a de superação do _ De.sic moilo. aíjuela classe .operária }Xinadora di.) ^ Estado íiinda i-esguarda um grande papel indutor.
crrse do Jxíste Europeu c do ch;ifflado "sd- futuro, de que falava Marx, é algo a .ser ciridado- Enfim, cabe pen.sanim noi^çi [xiracligma de desen
aaÍLMiii! real ', c a cri-se «.k) "[x:nsimiefito .síxrsa- capitalismo, a tarefa de construir um .sanienie reix^asado. sem t{ue Lstvi implique no fim volvimento progre.s,sis[a, no qual a.s t]uestões so-
iida' vb esquerda hntsüéira c dt* O.i'orínani (.kt luta de tkssej., como gi^táriam de anunciar, -cial.ecuiúgtcoiitnbieniill eda ciência c tecnologia,
e*pcecs("K*s puniaiiarcs Je um pi't tcesso geral de novo Projeto Poblico. Para isto, . viti)rios';ts, as çlasse.vclomin.tnics. têm ceniralidade indiscuiivel.
rniRtmças mundinis. Contudo, eni .se tnicindu dc
' pnrcesso e hisionoimcnie caiidicionado, a
algumas indícaçótsprovisórias vêm Neste contexto de mudanças na iniemaciona-
É óbvio, este Projeto não se resolve imeleciual-
mente. Sua construção.c priã^lema eminenienien-
•rewiíViçâo iJa cri.se não eaá pré-deienniaad:i: de- amadurecendo. lização cio apitai, ileslina-.se um |5apel cada vca iç político; exige novis formas de organização e
pejiilrnj tk wir/át-eis coníextu^ús de cada. ost). c mais secundário e oidiulente aos países do 3-' de fazer política Estas. ultrapas.sam de longe o
do cyjnl.unio deles. Sobreiudo, se enierrarmos de lista e comunista deixou de .ser numolíiico nu Mundo, em particular à América Latina, na nova atual PCB, Não obstante o iratrimônio, e as .suas
vez .'i iüjícurso grancliluqijence do"caminho inexo íThMK.ipóliou. Ponanio, ninguém, nem u mais "^e- ordem econômica e política internacional. Em fuce .possivei.s coniribulçõe.s. se üc:irre.siríto:io.s!imlíes
rável da hisiória", dependerá da á■ çm efeiiva d(js Ihu boidieviíjue", em sã coasciência deveria ale- ao esgotamento do "scKiali.smo re:d", este quadro do horizonte de renovjçlo no únihiio pecehisia,
attíTCíi st>ei3is em )ogo, cujas resulíaUus nem .sem ^•se suipreendido jxir uma "peça prcgtida pela priiblematiza ainda mais a possibilidade de ofere .suas passibilidaties são pífias. Na melhor das hipó
pre são previsíveis, ainda que se jeamheçim as híMòria" cer uma alternativa progressista, democrática e teses, se consagrarão as teses renovítdoras, a,ssumi-
amdivõcs iniciais du proces.so. No entanto, "vdhos b«.)lche\ iqiies' brasileiros moderna uo projeto neo-Iilxral —alicerçado hoje rão as "novos bolcheviques" moderncxs e, expur
De ceno maio. a crise do "socialismo r«al" — com lodti o respeito — imputam ao abandono numa.cspécie de receiiuário de políticas de auste gados os'conservadores, proceder-se-á o reairanjo
íi ajxiniuu sua !'eso!u(,-áo no seniido do esgota do marxisrao-leninlsmo a raiz de uxias as mazelas, ridade; realismo fiscal, privatização e Estado míni patrimonial de cargos nas direções "renovadas"
mento do .modelo burocrático, estaüsia e autori acenando o retomo à tradição ie.quem sal>e, ]X)s- mo. das propostas de ajuste esinitural do FMI e Se não o dimensionamos de forma mesquinha,
tário do partido único, calcado em pressupostos teriorraenie, á íhmflia e ã propriedade). Bancas credores da dívida externa, para o conjunto o tamanho da "renovação S(x:iali.sia" é bem maior
extraido.s principalmente da teoria social de Marx. Quanto ao liífen, que liga o marxismo ao ieninis- dos países latino-americanoS. que o PCB. Interessando a mais forças sociais e
mo, a crítica profunda feita por Leandro Küntier •
transíurmados em ■"ciência", doj^ia e doutrina oíi- Por outro lado, os mesmos vento.s libefiii.s, pare políticas, seja da esquerda, progressistas ou demo
dais. A coi.sa não ê tão simples, é claro, e vai anos airis, infelizmente parece nunca ter sido ou cem também querer .soprar na direção das desinií- cráticas — que na verdade também o constituem
demandar ainda muito tempo, estur(,'o tetWico e vida pela vi.sâo aiaseivatlora de esquerda brasi- da.s economias estailzadas do Leste europeu, 'ec- —, 0 movimento de renovação socialista não é
analítico para entender a complexidade deste pro- leini. Todavia, não é meu projiósitu o de discutir nòlogicaraenie paradas nos anos 50.' monopólio do PCB, embora ele possua contri
ccxsü Vale lembrar, emreumiü. que a criúa àque cj iiuaviracmo dc coiLscnaçãü, senão u de pole Assim, junto à crítica au inudelu burocráilço- buição própria inipunamc. Do cuiurátio, iraia-se,
le modelo nunca foi exclusiramenie da direita. mizar as possibilidades do movimento de renova autoritário do socialismo estatista, e à aisunçâo sem nenhuma originalidade, de uma solução típica
Mesmo no campo do pensamento socialista e da ção. Assim, vamos ao a.s.sunio. radical da questão democrática, se coloca, para da mais tradicional cultura política brasileira: uma
esquerda em geral, de há muito já era objeto de A cri.se do peasamenio .sociali.sta tem dimeasões o movimento de renovação que sustenta a pers- renovação que mantém não só o.s elementas de •
critica, ao menos de.sde que o movimento soda- íai.s. que, e\'ideniemente, não se re.solvem nos limi peaiva de superação do capitalismo, a tarefa de conservação, mas, sobremdo, de patrimonialismo.
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Retomada de valores
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E louvável a iniciativa da Comis ão Executiva


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NELSON AL VES DOS SANTOS JR é contra o capitalismo e a profissão de fé socialista •



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Regional de criar nas sexias-feias, um espa A queda daquele e a viabilização deste, até que » •

I» • •

Membro do Diretório Zonal de


ço democrático para a discus.são das ques se crie uma nova ciência política, só é passível • f

Taguafínga-DF tões du IX Congrcs.so do PCB, É um espaço com a luta da sociedade organizada em iastituiçôes • • •

democrático, pois coloca todos as que se panidárias. E um partido só pode galranizar a so •




• • •

interessam pelo debate em igualdade de condi ciedade se tiver um projeto estratégico justo e • •

ções para a colocação de suas idéias, sem a super uma tática que, entre outros componentes, tenlia
posição de um conferencista que pode se arvorar um denso apelo de luta contra as injustiças sociais
E necessário uma retomada dos em dono da verdade e monüfwÜzar o tempo, em sem compaauação com os exploradores. ,
detrimento dos demais debaiedores. O esvazia O apêlo à formação de um partido com estes
valores do socialismo. Não é mento daquele espaço pelas conferências onde ingredientes e disciplinado, e desprovido do cen-
personalidades monoíogam diatribes contra o so iralismo' democrático, é sofisma. Tem é que se ao lavrador. Este é o discurso de Cjuem não quer
suficiente a aBrmação de que se é cialismo e o Partido parece ter o intuito de levar descobrir os mecanismos de equilíbrio entre cen- faz.cr ü reforma agrária.
a militância e os simpatizantes a se afastarem das tralismo e democracii Assim como não queremos Um outro caminho dos ataques sistemáticos à
contra o capitalismo e a proímo discussêies fundamentais que são, a meu juízo, a um panido de burocracia centralizada, também experiência socialista e ao panido é que ele de
de fé socialista. A queda daquele par das questões teóricas, a criação de um projeto não queremos um agrupamento de socialistas semboca sempre em elogios velados à soclal-de-
socialista para a sociedade brasileira por um parti anárquicos. mtxracla, diegando até a afirmação de que a so-
e a viabilização deste,-até que se do renovado e .sem as vicias do passado. Num país que tem um oisis desenvolvido e ciaí-democracia está promovendo a distribuição
Tergiversa-se sobre o fundamental, diz-se com tecnologia de ponta, tem um deseno de mais das riquezas; sem a ressalva de à custa de quem
crie uma nova ciência política, só meias-verdades sobre fatos históricos, transforma- de 60% de miséria, fome, analfabetismo, endemias esta distribuição estaria sendo feita.
.se o marxismo em dogma. O exagero na pintura e a falia de iü.stiça, as mais elementares, é irrespon- Ou será que os arautos da "Nova Mentalidade"
é possível com a luta da sociedade do quadro da cri.se do socialismo real e os ataques .sabilidade elevar ao primeiro patamar o discurso já estariam isfaltanclo o seu caminho para outro
sistemáticos às direções panidárias em tíxias os fácil da modernidade. Se as teses do Comitê Cen partido ou outro campo Ideológico?
organizada em instituições quadrantes leva a se deduzir cjue todos os dirigen tral apenas aiinliavam algumas palavras vagas so A correção de aimo e a reforma da embarcação
tes partidários são irresponsáveis ou desonestos bre reftirma agrária, os arautas da "Nova Mentali são necessárials e. inadiáveis, mas o que alguns
partidárias. e que toda a experiência socialista deste .século dade" nem .sequer fazem alusão ao tema, e quando estão querendo é destruir o barco. E.uma guinada
foi^perdida. Isso ocorre é para fazerem coro com o.s inimigos de 90"é apontar para um rumo totalmente dife
É necessário uma retomada dos valores do so- da democraüziçào do aio da ferra, afirmando que rente do que tem apontado historicamente o movi
daiísmo. Não é-suficieníe a aíkmaçâo de que se não adianudividira terra sem oferecer assi.sténcía mento socialista. '
TRIBUNA DE PIBÃfes•23

Contra os"renovadores revolucionários"


em alguns pontos óos quais destacamos:
FERNANDO A C. CARVALHO o avanço do projeto neoiiberal; e a incapa
cidade das esquerdas brasileiras pós-64 tle
Membro do PCB no Bfo de Janeiro a . "apresentar às ma.ssas um projeto coerente
delgado pela 18'2ona ao 9'Congresso do
PCB. e factível que pude.-^.se ser entendido e ado
tado por eltLs". Sobre o que interessa, o
manifesto.se cala,.se esqueceu de comentar
A defesa de uma estratégia cjue uma das cau-sas cla-a.scensão de Collor
democrática para o socialismo, não de Mello foi justamente o abandono da
implica a negação da luta de classes Q 9 no.ssa política de frente clcmocráiica, Cotii
isso, o partido ao kuiçar a candidatura pró
e sim que ela seja travada de pria à Presidência da República,fez o jogo -
do fretuismo de e,squorda do PT. O re.sio
maneira **civilizadã^) através de da história todos conhecem, tentou-se im
uma democracia pactuada. por ao país um sapo que não lhe cabia

Ocamarada Gorbaichov dis e


cjue i)s cídadãtis soviéticos estar) teji-
na goela e o ouro foi parar na mao do
bandido.

O manifesto constata ainda que a bur


guesia brasileira fracassou como classe di
do que virar seus neurônios pelo
avesso para entender as mudanqas rigente, por não ter resolvido os proble
que estão acontecendo na União So mas básicos do nosso povo. Resta saber
se a burguesia brasileira algum dia preten
viética. Isto é válido também para os comu
nistas do mundo inteiro que até então se 0 deu stjlucionar esses problemas. Darc>' Ri
aiinha\^am com a tradi(.ão da Terceira inter beiro co.siuma dizer que não, e que nesse
nacional. Mas aqui no Brasil, e.speciaimen- sentido nossas elites são uma das mais
te no município do Rio deJaneiro, alguns competentes do mundo. Por aiusa de.s.sa
coinpünheiro.s se negam a enxergar o (')b-
vio e preferem o conforto do casulo.ideo
0 não solução, os erreristas dizem em seu
manifesto que o socialismo.se impõe ct)mo
lógico míirxista-leninisia. Apiirtir daí ofere alternativa ao sistema fracassado. Desde
cem resi.stência de caráter conserx^ador e Marx que se'sabe que o socialismo não
reacionário à onda de democracia que é conseqüência de uma condenação moral
avan<;a no Brasil e no mundo. Prova distt.) à selvageria cio capitalismo, ao.contrário,
é um manifesto intitulado "Manifesto pela encc)ntra-se inscrito no próijrio movimen
Renovgt^-ão Revoiuciímária do PCB" divul to da sociedade burguesa. Do texto cios
gado recentemente. erreristas depreende-.se que raso a burgue
O manifesto dos "renovadores revolu sia tic^esse re.solvido nossos problemas bá
cionários" wmeça constatando a crise de peja ciência social,-e que abrange um es fa número um a "mai.s rigoro.sa análise" sicos, o socialismo não encontraria justifi
djre(;ãu do PCB. Segundo o documento, pectro de formas que vai da guerra civil dos proce.s.sos do socialismo real, mas os cativa.
o panidt) tem-se revelado incapaz de tor até a situação de legalidade burguesa quan limites dessa análise já estão estabelecidos Os companheiros errerisia.s no meu en-
nar-se "instrunientt)efetivo de forniulat^ão, do ela fica mais ou menos "oculta". .7 priori, trata-se de identificar "os erros .tender só acertam quando dizem que o
organização e encaminhamento das gnuv A defesa de uma estratégia democrática de origem e os desvios de perairso"" com 9'- Congresso do PCB será realizado sob.
des lutas das massas". Até ai morreu neves, para o sociali.smo, não implica a negação o objetivo de "reafirmar as imensas con- o signo da renovação. De fato, o PQi pre
trata-se de uma constatação vellw, há muito da luta de classes e sim que ela.seja travada cjuisras do socialismo real". Eu não li o cisa se renovar e a renovação que se impõe
tempo que o PCB reconhece esse distancia de maneira "civilizada",através de uma de di.scurso do general Jaruzelslq' quando de e que vai significar uma ruptura efetiva
mento das massas e especialmente da clas mocracia pactuada. A opção pela demo- sua intervenção na Pt^Iònia, mas sou capaz com o veliio partido e as velhas concep
se operária, cuja aproximação configura aacia como caminho único para o socia de apostar como consta que seu objetivo ções que os camaradas que se dizem "re
um "desafio histórico " para o fxirrido. lismo não é uma opção abstraia mas condi era corrigir algum "desvio do .socialismo". novadores revolucioriários" querem pre
O manifesto errerista (de R R renova-, zente com a modernidade do mundo. Ain-' Segundo os erreristüs, não houve ne servar passa pelas seguints questões:
dores revolucionados"") insiste na distinção da mais agora, com o fim da guerra fria. nhuma mudança básica no mundo. A a) fim da profissão de fé no marxismo-
entre revolução e reforma, o critério utili O manifesto errerista tema, de outro la União Süviéüai tirou o time de campo e leninismo e seus corolários: ditadura do
zado é o maniqueísmo simplista. Para o do, Criar confusão quando, sendo .seu mo restou uma situação esdrúxula de guerra proletariado, luta armada, centralismo de
manifesto só iiá dois caminhas que se ex vimento claramente conservador intitula- fria de uma superpotência, só. Oiso,fosse mocrático;
cluem; o da.s reformas, que ameniza os se de "renovador"; identificando-se com assim estaríamos no pior dos mundos,\'er-
males mas não ultrapassa a capitalismo; omarxi.smo-íeninismo, não menciona uma dadeiro paraí.so para os "círculos mais rea b) fim cio alinhamento automático com
ou o caminho revolucionário que o des- vez sequer a expressão;e finalmente quan cionários e belicistas do Imperialismo".Fe Moscou;
trói. A historia já se cansou de demonstrar do faz referência ao tema da "universa lizmente não é bem o que prevalece, A c) adoção da democracia como estra
que tal oposição metafLSica entre modü.s lidade e centralidade da democracia" ou inier\'ençâo americana no Golfo Pérsico tégia única para o .socialismo;
de produção diferentes é uraa quimera. quando diz que é precisi.) "restabelece a ' por condenável cjue seja, mesmo de forma d) volta da política de frente'democrá
As revoluções que deram origem ao socia vínculaçào original entre democracia e so precária foi feita sob os auspícios da ONU tica, conseqüência lógica da e.stratégia de
lismo real. juntamente com a .destruição cialismo". Todos .sabemos que o "valor e nisto consiste a novidade da nova ordem mocrática;
do Estado burguês,levou de roldão institu universal cia democracia" foi entre nós di- que se eSboça no mundo. Caso ti\esse pre e) e, finalmente, por uma questão de
tos típicos da ordem burguesa como a ga xTjlgado por Carlos Nelson Coutiíiho, que valecido a lógica da Guerra Fria,,a União honestidade, reconhecer numa auiocrírica
rantia dos-direitos do indivíduo contra o jxjr sua vçz se inspirou eni Enrico Beriin- Soviética tivesse dado apoio logístico ao que a renovação atualmente proposta nada
Estado. Hoje com atraso de décadas, a pe- guer. Ora, esses dois personagens, ao de avemureirismo de Saddain Hussein, a mais é que uma tentaii\'a de i-etomada de
restroilca estií restítuindo esses direitos de-. fender ü vínculo entre democracia e socia gueri-a estaria lá até hoje e o risco de con um movimento renovador mais antigo
niocráticos "formais" aos cidadãos sovié lismo, visam exatamente ultrapassar essa flito nuclear pre.sente. A luta pela paz hoje, (Brejnev ainda era vivo) que não vingou
ticos. baboseira de demoaacia "formal"e demo passa justamente por essa idéia: que todos no 7- Congresso por causa da truculência
Outra preocupação dos companheiros cracia "rear' que faz as delicias do marxis- os conflíto.s internacionais sejam solucio do Comitê Central.
erreri-stas é cora o conceito de luta de clas mo-leninismo e dos companheiros erre nados através da ONU. Fora Í.S.SO, caso prevaleça uma meia-re-
ses. O manifesto num ato falho esqueceu ristas. Para ajudar a "atualizar a concepção da novação que concilie com o velho PCB
de defender também o conceito de dita Para tornar o PCB "apto a conduzir" a revolução no Biusil e a completar a radio marxi.sta-lenini.sta; essa história que se re
dura do proletariado. Desde Marx,se sabe luta pela construção du socialismo no Bra- grafia dialéiico-maierialista da realidade pete não vai escapar cia regra mai'xiana:
que a luta de classes é um fato constiai^ brasileira'.'!o;hYahiíestü. düsimôcLstasábca 'i-farsa ou Tragédia.
Um lugar para Marx,por favor
mEODORO MELLO uma valio.sa contribuição veio sendo pro
duzida, ao longo deste século, por outros .
Membro da Direção Naciortal do PCB. teóricos que tinham por referência íünda-
memal a obra dc Marx e que a enriciuo-
ceram. mas que o dogmatismo prevaie-
cente no movimento comunista relegou
O 9'- Congresso deve reafirmar o a segundo plano,quando não simplesmen
te a repeliu ç cijndettou, Além disso, nume-
caráter revolucionário de nosso ro.sas de.scobenas e análises de fenômenos
c processos novos intere.s.siiiulo à luta pelo
partidof ao sentido de que ele luta sociali.smo têm sido feit;ts por pesqui.sa-
pela substituição do capitalismo dores e teóricos sem compromi.sso com
-a me.sma, e e.sta é uma contribuição que
pelo socialismo^ e eliminar as nãp pode sei- mémjsjDrezuda.
ambigüidades na interpretação do .Como acenadamenie alirmrun as Teses,
a renovação e o re.ssurgimcnto do sy.çia-
que queremos signifícar com li.smo, com toda a sua força de atriíçãcç
partido iaico. implicam na retomatia dos ideais e valores
cio .•íocialismo compreendido.s por Maix,
língels, Lènin e outros revolucionários co

0< parüdos políticos que sustentam


o regime capitalista oâo precisam
munistas, e em todo um novcj curso teca-f-
co-prático. Mas e.s.se "novo curso" nã(; po
de a.sseniar na redução do papel da obra
de Marx a apenas uma entre tantas outras
preocupar-se com embasamentos de autores.socialistas e não-.socialísvas. Essa
teóricos para a sua aiiiacãtj porque obra, escoimada do que se revelou eiTudo
a sociedade capitalista já está de liá ou superado, deve continuar a ser a espi-
muito estabelecida e para esses partidos nlta dorsal dos fundamentos de nos.sa luta
trata-se tão somente dc. com suas políticas pelo sociali.smo. Além dissíx o partido não
ctvncreías, asseguntrem as condições |5ara pode adotar como süas.a,s teses C}ue.servem
a reprcKluçã(3 da mesma. Contiido, na base de fundamentação ííioscMica, política, eco
dessa cômoda posição para tais partidas,
nômica e.sociológica do capitalismo,como
está o fato de que as concepções filosíjficas parecem admiili algumas interpretações
e as teorias políticas, econômicas e sociais que têm curso entre nós do laicismo que
que justificam e servem ao capitalismo já queremos adotar. E.ssas inieq^retações, na
estão solidíimenie estabelecidas na cons
realidade, dão tundamemo à ação dos que
ciência social dos mesmos.
dese/aíjí que o partido aba/idone a luta
Mas um pítrtido que lutapelo socialismo pelo .socialismo e passe a atuar como um
— e portanto por uma sociedade em seus .simples partido social democrata.
objetivos e fundamentos diametralmente progressista da humanidade. Marx de se instalou na direção do partido com a . O 9"- Congres.so deve reafirmar o caráter
oposta ao capitalismo — não [X)de dispen- . monstrou que, por força das contradições crise do socialismo e em conseqüência do revolucionário de nos.so partido, no .sen
sar uma concepção da História e teorias inerentes ao capitalismo, o socialismo era qual manifestou-.sc um leque tão diversi tido de que ele luta pela .substituiçãc) do
qx)líticas, econômicas e sociais que sejam não apenas íim sonho inspirado pelo espí ficado de posicionamentos teóricos que capitalismo pelo .socialismo, e eliminar as
consentàneas com seus oi)jetivüs e que o rito de solidariedade humana de pessoas vão desde a conservação quase intacta das ambigüidades na interpretação do que
ajudem a alcançá-los. Sem elas, e por mais socialmente avançadas, nías também uma concepções de socialismo e de partido an queremos significar com partido laico.
idealismo e denodo que revele,-lutará às necessidade histórica que haveria de reali tes predominante entre nós até a extinção
cegas e previsivelmente nãt) irá além do zar-se pela vontade dos homens traballia- do PCB e o abandono da teoria de Marx. Outra questão que deve merecer a aien- ,
ciue foi até agora a social-demtxTacia; ser dores e prügressi.sias. Sobretudo, Marx ção do Cüngre.sso é a idéia em curso de
uni prtímotor de reformas do capiialismtj produziu uma metodologia de análise da A caraaerização do nosso como um par.- formação de um novo panido de esquerda,
que terminam por assegurar a este melho realidade política, econômica e social que tido laico se justifica no sentido de que que tornaria superado o PCB, apoiada na
res condições de sobrevivência. Como se cüm{3rovüu-se um poderoso Instrumento na atualidade já não bastam as elaborações mobilização promovida pelos Fóruns So
sabe,essa necessidade de uma base técnica para a elaboração das políticas concretas de Marx para atender às nossa*; necessi cialistas e que se de.stinaria a reunir em
foi atendida pela obra de Karl Marx e o.s por parte dos punidos que lutam contra dades teóricas. As mudanças octjrridas no suas fileiras a esquerda brasileira, Esta pro
trabalhos de numerasos outros peasado- o capitalismo e pela edificação cia nova mundo nestes últimos cento e oito anos, posta pode ser consicleracla como fora da
res que se debruçaram sobre as questões desde que a morte levou do seio do movi realidade de nosso país e, em conseqüên
sociedade, e a tal ponto que na crítica que
da conquista do socialismo e analisaram ora fazemos ao socialismo em crise recor mento operário revolucionário seu chefe cia, voltada ao fracasso, como aconteceu
a prática do chamado "socialismo real". remos, na realidade, ao método de análise e guia incontestável, foram de tal magni há três anos com a decisão de uma Conven
que Marx nos legou. tude que hoje estão por se fazer o estudo ção Nacional do partido de criar uma"nova
Marx. que dedicou ttxla a sua vida à pes e a teorizaçâo de numerosos novos aspec esquerda", "hão corporaiivista". É que a
quisa e elaboração de uma teoria que pu No entanto,as Teses para o 9- Congresso tos da sociedade contemporânea, aqui in proposta atual não leva em conta os pro
desse servir de base à luta da classe operá tratam de forma ambígua a questão do lu cluídas questões relati\'as à classe operária, cessos reais que estão en)curso atualmente
ria e das pessoas progressistas pelo socia gar que a produção teórica de Marx deverá ao capitalismo e às condições de luta pelo na esquerda brasileira, que apontam, dife
lismo, produziu com essa finalidade uma ocupar de agora em diante no pensamento socialismo. Além disso, as mudanças ocor rentemente daquela proposta, para uma
obra filosófica, política,econômica e socio- de nosso partido, ambigüidade indissociá ridas envelheceram e tornaram obsoletas;
ló^ca que, por haver correspondido no vel da falta de nitidez com que também algumas teses de Marx, enquanto outras aproximação entre o PCB, o PCdoB, o PT,
fundamental à realidade cia vicia social, não é tratada a conceituação de laico que que- não se justificaram perante a vida. Desgaste
o PSB e uma numerosa área do PDT, pro
cessos que tendem a levar ao estabeleci
apenas atendeu às necessidades daqueles remo.s adotar para o j')artido, em substi semelhante atingiu as elaborações de Lê-
mento, num primeiro momento, a meca
que abraçaram a causa de uma nova socie tuição à sua liistórica designação de partido nin sobre o capitalismo monopolista, so
nismos mais ou menos permanentes de
dade sem exploração e opressão de classe, marxista. Essa ambigüidade se deve em bre as condições para se alcançar o socia
como tem exercido até nassos dias uma grande medida ao profondo dissenso a res lismo e sobre a caracterização do partido
consultas e discussão de problemas Impor-
enorme influência em rodo o pensamento peito destas duas e de outras questões que" comunista, Paralelamente a esse procedo,
tàntes e de atuação combinada nos planos
eleitoral, parlamentar, sindical e outros. "
EDITORIAL
NeSM
A troco de ministros da Economia
SõoPojto.
foi uma mudança para pior, O
15 de maio de 1991 governo reforçou o caráter ortodoxo
Ct$S00fiÕ da aluai polifico econômica, de
Manaus, Boa Vista
Santarém,
DA inspiração neoliberol, e reconstituiu
sua base de susfenfação social e
político apoiando-se nos setores
Cr$mOO
tíiçào Especial UNIDADE mais conservadores do sxiedade.
Pagino 2
Órgão Central do Partido Comunista Brasileiro

Diretor ííesponscjvei; Luiz Caries Azedo Redoçòo: luo Auroro, 978—sobrelojo CEP 01209 Tel;(dl)220-8577 Fax:(011)225-1023 Telex; VOZ SP [011]26584

Propostas de
resoluções
para o 9-
Congresso do
Partido
Comunista
Brasileto(Rio
deJaneiro, de 30
de maio a 2de
junho,no
campas da UERJ)

UMPARTDONOVO -í
2 «voz

EDI TOR IAL C I A S

A votação
Troca para pior As propostas de rcsolu(;ões apresentadas pela Direijão Nacional fo
ram aprovadas por maioria, sendo a principal — o documento de

E cadavezmaiorasensação daopinião pública


de que a troca de ministros da Fazenda, com
a substituição da professora Zélia Cardoso
fogo de barragem para a operação de bastidores
que levou à substituição da ministra da Economia.
Com o anúncio de que o novo czar da Economia
abenura das disiíussóes—por voia(;áo nominal,exigência do plenário.
Votaram a fevor da resolução Adalberto Timóteo da Silva, Amaro
Valentim do Nascimento, Antônio Re.5k, Armando Marcjues Sampaio,
.Arnaldo Jordv Figueiredo, FrancÉsco Ignácio de Almeida, Francisco
Pereira da Silva (Chiquinhu), Geraldo Rodrigues dos Santos. Gívaldo
de Melo pelo embaixador Marcílio Marques seria o embaixador brasileiro em Washington, inte Pereira de Siqueira, Kbalil Dib, Luiz Carlos Azedo, Luiz Carlos Moraes
lectual e banqueiro, especialista em dívida externa de Moura, Paulo Elisiáriò Nunes. Rogério José Dias. Salomão Malina,
Moreira, foi uma mudança para pior. A equipe eco So^erinoTeodoroMeio.i.uciano Freitas Pinho,Antônio Augusto Morei
nômica anterior, que lançou o país na recessão e muito bem relacionado com os credores interna ra de Faria (Toninho). José Anttinio Segatto, José Ferreira da Silva
profunda e manteve um brutal arrocho nos salários, cionais 0 autoridades norte-americanas, o clima (Frei Ciiico), José Paira Filho": Votaram contra Cícero Péricles de
parece ter caído mais por suas virtudes do que nòs meios empresariais e políticos conservadores Cuvalho, Domingas Roberto Ttxiero, iván Manins Pinheiro,juliano
em razão de uma política econômica que não apre mudou da água para o vinho. Homem de Siqueira, Raimundo Antônio da Costa Jinkings, Zuleide
sentou até agora resultados satisfatórios para a Mas a troca de guarda no ministério e a recompo
maioria da população. Uma das virtudes era, reco sição da base social e política do governo não resol João Batista Avelino,Fernando Amaral dos Guimarães Peixoto e Manoel
vem os problemas políticos enfrentados pelo gover Isnard de Souza Teixeira. Paulo Arruda Vilar se absteve e Antônio
nhecidamente. a probidade. Sérgio da Silva Arouca e NoéGuenel, por motivos justificados, não
O novo ministro da Economia assume o cargo
no federal nem são uma garantia de que o país permaneceram na reunião até o momento da votação. Os demais
anunciando a intenção de reforçar os elementos sairá da crise. O governo sofreu uma derrota eleito integrantes da Direção Nticiona! não compareceram à reunião.
neoliberais da atual política econômica, mantendo ral no ano passado e tudo indica que sofrerá outra,
o arrocho fiscal e monetário. Essa ênfase deverá no próximo ano. Deverá perder a disputa para as
ser caracterizada pela aceleração dos entendimen prefeituras e câmaras municipais dos principais
tos visando um acerto com os credores externos,
centros do país, ainda que venha a ser vitorioso
o que representará um novo fluxo de transferência em
de recursos líquidos para o exterior sem garantias
maior número de municípios — o que também
é muito difícil,
VÁ AO COrKvRESSO
Essa dificuldade política no horizonte somente
de novos investimentos externos,e Implementação poderá ser revertidacom umamudança muito signi
do programa de privatizações, com a venda de ficativa
PEIA Vin TURISMO
estatais lucrativas, operação que visa ao desmonte no cenário econômico, o que é improvável
a curto prazo. O novo ministro assumiu a pasta

Ocaráter ortodoxo da receita econômica ado


do setor público.

tada pelo novo ministro, elirninando ambigüi


dades anteriores, não constitui, entretanto, a
com a economia sob relativo controle: o governo
mantém certa capacidade de iniciativa. Mas é muito
evidente que a inflaçao não foi domada, apenas
está artificialmente contida por um congelamento
que chegou ao limite, vem sendo cada vez mais
PacotepromocionalporooIXCongresso doPCB.com
três pagamentos iguais, sem juros.
Penodode30demaioa2dejunt]O.incluindotranspoife
aéreo ida e volta, taxa de embarque, hospedagem
principal mudança a ser considerada na troca desrespeitado pelo aumento dos produtos e mina em apartamentoduplo no HotelGuanabara(três noites
com café da manha]e serviços. Reservas limitadas.
de ministros. Há que se destacar sobretudo,o cará do pela escassez. Na verdade, o governo não sabe Informações com Vite turismo Lida, Rua da
ter político da alteração. O governo federal, com como sair do congelamento, estando no ar as hipó Consolação 65,4^-andar, sala 42, Sao Paulo. Telefone
a ascençáo de Marcílio Marques Moreira e seu gru teses da dolarízação ou reindexação. Ou seja, um (011j2o8-8Ç00. fax(011j256-6141.
po de diplomatas, recompõe-sua base política e
social aproximando-se do velho sistema de poder
que se estruturou a partir do golpe de 1964, implan
tou o atuai modelo econômico e tentou obstruir
a transição à democracia.
A mensagem política do Planalto, ao tratar da
novo choque na economia.

mudança ministerial, sinaliza para a opinião


pública,08 meios políticos e empresariais com
PREÇO POR PESSOA EM APARTAMENTO DUPLO
Não foi à toa que os credores externos, o setor um novo estilo de governar. O novo ministro
exportador e os círculos oligopolistas e financeiros é um "negociador", reitera a mídia. Convém per PROCEDÊNCIA 3 parcelas de;
do país comemoraram com entusiasmo a substitui guntar; negociar com quem? Ao que parece, essa
ção da equipe econômica São eles os que mais qualidade do novo ministro nao se caracteriza por ARACAJU Cr$ 33.9S7,00
se beneficiaram com a crise, engordando seus lucros sua capacidade de interlocução com a oposição Cri 44.730.00
astronômicos enquanto a massa salarial era redu democrática e a sociedade civil. Ele é multo mais BELÉM
zida, o pajs despencava ladeira do atraso abaixo um interlocutor junto aos credores externos,os ban BELO HORIZONTE C4 17.523,00
e o povo era lançado ainda mais na marginalidade queiros 8 os grandes empresários do país. BRASÍLIA CrS 2é.330.00
e na miséria. Os setores conservadores e reacio O que o país necessita é de uma nova.política
CAMPO GRANDE Cr$ 31003.00
nários da política brasileira, eufóricos, enfim retoma econômica, centrada na retomada do crescimento
ram as rédeas das principais decisões nacionais. com uma distribuição de renda mais justa, para CUIABÁ CrS 37.157,00

Essa mudança, que rompe o isolamento em a modernização da base produtiva e sua integração
à economia mundial. Isso significa uma outra orien
que o governo estava, deixa claro que o re tação para a economia,em torno da qual é possível
cente bombardeio de setores empresariais e uma negociação ampla com a oposição e a socie
CURITIBA
FLORIANÓPOLIS
FORTALEZA
CrS 23.510.00
CrS 27.007,00
CrS 43.703,00
políticos contra a antiga equipe econômica dade civil. Essa seria a mudança para melhor possí FOZ DO IGUAÇU CrS 30.500,00
contava com a simpatia do círculo mais íntimo de vel. Não parece ser o caso, nessa troca de figurino GOIÂNIA CrS 28.723,00
colaboradores do Presidente Coílor e serviu como do taiUeur para a casaca.
JOÃO PESSOA CrS 30.160,00
(louígralbj, D;ivid Enicrich. Dirccu Undoso, MS — Campo Grande: Rua 14 de Julho, MACEIÓ CrS 36.163.00
V2Z Eduando RiJtha,JüfRe Bouqucf.Jusé Anionío
Stíf;aiui,JoséMonserrat Pilho.jusuí-dc/Umei-
da, Marco-s Dei R<»ia. Marcos Madalen.Utnnu-
nlsu), Meisia-s Bastos da Silva fdiaRramadorj.
2526— I- — CEP "9005 —(0(57)384-3201.
PA — Belém: Trav. Apinagés. 212 — CEP
f4>.010 — (091) 224-20U.
PB —João Pessoa; Rua Du(]ue de Cnxitu.
MANAUS
NATAL
48.533,00
40.183,00
Ôrgõo Central do 540 _ 2- — Calíaclâo — CEP 58.0{X)
Paulo Cavalcími. Raimundo Jlnkinjis, Raul de
.\tatu Paixão, Kicardode Krl.slina (ilustradorj. — {083) 226-4066.
PORTO ALEGRE CrS 30.000,00
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DF — Brasília: SDS — Ed \'enãncíp 111 —
VITÓRIA CrS 18.653.00
[) _ sabreloja 52 — CEP 7tí,000 — Gerente Administrativo:Avelino l-uiz Mar
(Bniiiliaj, Ksianislau Oliveira <R1<> dcjarici-
n>i, CmiiriaBraiKjultiht)f rcvisSoJ.l.ui.sAveli- (061) 226-1012
ques OBStnoHe exfra em apto. duplo Ct$^4.SOO,00
ma. l.uj?. Carltis .Azeda, Osníar Busia-í ifotii- GO — Goiânia: Rua 12. m 47 — OIP 74.110 Distribuição, Venda Avulsa c Assinatu - noite extra em apto. singie Cr$ 8.130,00
ítraíia). I»a(ricLi dos ["asvas Claro (diaj^nuna- — Eime(»62j 223-5450 ras: Hélio Francisco da Silva
Propriedade tia Etiitura Novos Rumos l.tda.
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•íàa) MA — São Luís: Rua Nazaré. 329 — Centro
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Aiiii .Monten^^nj, Annibal Fernandes. CarkK 8)0/202 — B. Eunnonáho — CRI* 30 140 — — Telex 26584 — VOZ SP — Fax (011) HAJA DESCONOEtÀMENTO .
Jurandir. Cláudio dc Oliveira. Chico NeLson (031) 222-80.35. 223-1023
Lutamos pelo socialismo
com liberdade e democracia
-íft

(Proposía de declamção política)

1. O Brasilpode ter outro destino — mais democrático enriquecimento fabuloso de unspoucos e marginalizaram a
e progressista. Com nossas inquietações, esperanças e a grande maioria.
vontade curtida nas lutaspelas liberdades e contra as 4. Agora, diante da crise quejã ultrapassa uma década,
injustiças e privilégios, podemos construt um país rico e enfrentamos a tarefa de viabilizar mudanças de estrutura
desenvolvido,justo e pacífíco, republicano, pluralista e para democratizar a vida nacional e modernizar o país com
socialista, num mundo que queremos mais fraternale de maisjustiça social, integrando-o de forma soberana a um
paz. mundo cada vez mais interdependente, em que pesem as
2. Neste limiar do terceiro milênio, contrariando as elites desigualdades e injustiças que ainda preserva.
retrógradas e excludentes que lançaram o país na sua mais 5. A mesma geração que resistiu, lutou e venceu os
profunda crise, queremos afirmar a plenitude de nossa poderosos na longa batalha antiditatorial tem agora a missão
cidadania e de nossa cultura.
de construir um projeto nacionalnovo, democrático e
progressista, que possa abrira via de profundas
3.0grande desafío dos que defatodesejam a modernidade transformações políticas e sociais. Este pode ser o caminho
no Brasiléromper a lógica perversa da exclusão política pacífíco e pluralista para a construção no Brasil de uma
e dos ciclos de expansão da economia que possibilitaram o sociedade socialista com liberdade e democracia.
4.VO^

do atual governo equacionar os problemas da economia de lhadores.os partidas politicos, instituições e movimentos sociais
maneira favorável ao povo. Sua política recessiva, reduzindo representativos, o.s governos federal e estaduais e. sobretudo,
I a oferta de empregos e rebaixpdo o poder aquisitivo dos salá o Congresso Nacional. Tal compromisso continua sendc) neces-
rios, gerou mais miséria e marglnalização. A política governa .sário para domar a inflação e viabilizar uma saída duradoura
mental — fiscal, monetária e de rendas —,reduzindo a renda da crise, como.temos reiterado sucessivamente.
6. Há uma nova realidade poütícíi no país. Concluiu-se o ciclo nacional somente cornou ainda mais perversa a distribuição fun 16. Propomos a constituição de um bloco democrático e pro-
institucionai Iniciado com a vitória deTancredo Neves no colégio cional da renda, achacando a massa salarial, íscão seriamente
eleitoral etn 1984. com os ptxieres constimídos democratioi- comi^rometidas as possibilidades de efetiva capacitação tecnoló- gres.sísta — e .sua articulação com o,s movimentos sociais —
mente e regime de libertlades sem paralelo. Esse a\'iinço demo gia para a mt^dernizaç-áo do país. pai-d dar su.steniaçâo a um projeto democrático dü mudanças,
crático. cncrecaniü. exige a regulamentai^o de diversos díspi^i- viabilizando as grandes reformas de estrutura, centrado na am
tivas da nova Constituição, a reforma democrática do Estado 11. Não há modernidade sem mais democracia, crescimento
pliação da democracia e no exercício da cidadania. O novo
e.o efetivo exercício da cidadania para a consolidação e amplia econômico e justiça social. Is.so exige uma política de combate bloco político não nega a identidade nem o ímpeto dos partidos
ção da democracia à infiaçâo que possibilite a alteração do perfil da distribuição e grupo.s nele envolvidos, mas pretende valorizar e sustentar-se
de renda do País em fa\-or dos assalariados,das políticas públicas na convergência dessas forças. Deve expressar-se em cada situa
7. Persistem, ainda, os elementos do sistema de poder lierda- ção concreta — através de coalizões eleitorais, coalizões de
dos do antigo regime,cora seus vidos e deformações,a impreg e da economia nacional. Essa deve ser a orientação a ser dada governo, alianças parlamentares etc. — tendo como referências
nar as iastituições republicanas. O Executivo ieii\ia ent sufocar aò iraiamemo da dívida externa, das políticas de investimento, b:isica.s as suas tarefas. Será o fruto de processos historicamente
e submeter o Congre.sso .Nac/onai. utilizando o concurso inade industriai e cecnológica; das reformas tributária, agrária e do deierminado.s'e não poderá, nunca,amecijjar o futtiro sem reali-.
quado e abicsivo Medidas Provisórias. Os veiÍK,>s interes.ses Estado.
zar o presente.
que teceram o golpe militar de 1964,que engendraram o modelo 12. O novo governo da República, com seu projeto de inspi
econômico implantado pela ditadura e tentaram obstruir a cransi- ração neoliberal.recompõe sua base de s^tenuição apoiíuido-se 17._Para os comunistas, o bloco democrático e progressisfa
çã© à democracia, mantêm-se em cena politiai. protagonizando nos setores mais consei^-adores e reacionários da sociedade. exige alianças políticas e eleitorais flexíveis, uma ativa pre.sença,
um processo de restauraçõ de privilégios e preservação de injas- Ao reconstituir o velho sistema de poder das classes dominantes, nos movimentos sociais organizadcxs e correta relação com os
mecanismos institucionais democráticü.s. Uma democracia so
tiças. frustra as esperanças de mudança que ele próprio criou na cialmente avançada reclama não só a construção do bloco demo
8. O 'a\anço das liberdades políticas e da insritucionalizáçõ grande massa da população marginalizada e defronta-se com crático e progressista mas também, em seu interior, o protago-
da democracia também não encontrou correspondência na solu a dinâmica política e .social em curso na sociedade, contrária liismo de uma esquerda.moderná, capaz de articular as lutas
ção do graves problemas sócio-econòmicos que agravam as con ao atuai projeto governamental. democráticas da sociedade com os interesses do mundo do
dições de vida do povo e marginalizam a maioria do processo 13. É cada vez menor o espaço para soluções conservadoras trabalho e da cultura. /
produtivo. Permanece o quadro social iníquo e ofensivo aos impostas do alto; a sociedade rejeita os interesses inflacionários,
preceitos mínimos de dignidade. A recessão continua atingindo o cartorialismo, a carrelização, o monopolismo tecnologicamen- 18. Uma esquerda moderna e pluralista, comprometida com
duramente a economia, com desemprego em jnassa e arrocho te atrasado e, principalmente, a brutal concentração de riqueza. as liberdades e a democracia, terá condições de chegar ao poder.
nos salários. A violência, a insegurança e o de-scrédito chegaram O bloco democrático e progressista não poderá prescindir de
a patamares inaceitáveis. 14. As possibilidades de de-sbioqueio de um pacto político- seu papel. Ele não significa, entretanto, a unificação formal da
9.0 longo caminho percorrido para derrotar a ditadura militar social amplo, transparente e aberto não foram esgotadas. Se esquerda, mas sua ação política convergente e ampla. Is.so por
e prornover o desmantelamento dos seus institutos discricio- essa alternativa ainda esbarra na resistência das elites tradicionais que ele é maior que a esquerda, incluindo todas as forças políti
nárío.s náo levou à modificação do modeto eaínòmico exclu- — como sempre esbarrou —, cada vez mai.s corresponde às cas de claro perfil democrático, e também parque não recusa
deiue. Há re^mente um grande descompasso entre a inscitucic^ necessidades de um,desenvolvimento democrático,equilibrado, a experiência diferenciada e visa constituir um campo político
nalizaçáo da democracia e as reformas amplamente reclamadas capaz de arrancar a maioria do nQ.sso povo do atraso e da miséria, delimitada que se propõe à sociedade como aliança de poder
pela maioria esmagadora do povo. 15. Não se trata de um acordo de cúpulas, mas de um corapro: alternativa às forças conservadoras e reacionárias. .
10, Frustram-se as esperanças da sociedade n'a capacidade missü político democrático envolvendo os empresários,os traba

erwíar delegados os grupostle


CONGRESSO Santos e Juiz de Fora.
Os delegados, representando 73
comunistas, foram; Astrojildo Pereira
Nos anos 1917.20 acontece no Uomalista), Crisiiano Cordeiro
Brasil um ascenso do movimento (funcionário), Hermogéneo Silva
operário, marcado pela realização de- (eietricisla), Joáo da Costa Pimenta
uma grande quantidade de greves, (gráfico), Joaquim Barbosa (alfaiate),
multiplicação dalmprensa partidária, José Elias da Silva (funcionário), Luís
crescimento dos sindicatos, Peres (operário vassoureiro) e
propagação ideológica, etc. Porém,a ^endón (alfaiate).
ei Ce
p^ir de 1920 o movimento operário O congresso, realizado no Rio de
sofre uma série de derrotas,impostas Janeiro e Niterói nos dias 25,26 e
pela repftssão, entrando em uma 27 de março de 1922, debateu a
séria crise politico-ideológica. E nesta seguinte pauta; exame das 21
conjuntura histórica, tanto o condições de admissão na
anarquismo como o socialismo Internacional Comunislareslalutosdo
refonnista, que nesse momento Partido Comunista; eleição da
davam a direção ao movimento Comissão Central Executiva; ação
operário, se mostram incapazes de pró-flagelados do Veiga; assuntos
superar e fornecer uma saída aos vários. A Comissão Central Executiva
problemas impostos peia realidade foi composta de: Abílio de Nequete
histórica ao movimento operário, isto (secreíário-gerai), Astrojildo Pereira,
é, de transformar as lulas de fundo Antônio Bernardo Canelas (que se
econômico e as mobilizações encontrava na Europa). Luís Peres e
espontâneas em movimento político Antônio Gomes Cruz Jr.
organizado. Suplentes: Crisliano Cordeiro.
Rodolfo Coutinho, Antônio de
A necessidade de superares Cawalho.Joaquim Barbosa e Manoel
debilidades, a incapacidade pol^ica e Cendón. Meses depois, porém,
ideológica daqueles que davam a Nequete renuncia à secretaria-geral,
direção ao movimento operário e a sendo substituído por Astrojildo
busca de perspectivas favoráveis às Pereira.
transformações radicais na
Alguns dias depois (07/04/22), o
sociedade brasileira fazem com que Diário Oficial da União publicou o
comecem a surgir—principalmente registro e os estatutos do Partido
a partir das repercussões da Comunista, que no seu artigo
Revolução Russa no Brasil, no seio segundo dizia:"O PCB tem o objetivo
das direções operárias originárias do de atuar como organização política do
anarquismo-a discussão e proletariado e também lutar e agir 1
formação dos primeiros grupos pela compreensão mútua
comunistas que, em março de 1922, infemacional dos trabalhadores. O
realizam um congresso e fundam o partido da ciasse operária é
PCB.
organizado com o objetivo de
No congresso de fundação conquistar o poder político pelo
proletariado e pela transformação
'oilo Alegre,
liear Recite, São Paulo, política e econômica da sociedade
Cruzeiro, Niterói e Rio,e nãopuderam capitalista em comunisla". físsesla a caminho do Palácio do Caíete. O Malho, 8/9/1923

/
voz•A

II
19- No piano mundial rolaram um a um as símbolos da bipola-
ridade e do confronte». im|^)ndi>se uma politia de negociação,
colaboi'ação e união de estbrçíxs e de preservação dos legítimos
interesses de cada pane j3ani a solução dos mais graves proble
mas da iiuraanidade. .As tninsfonnaçóes ocorridas no mundo
Uie dão novas dimensões, que tTnvo^em a miilüpolaridade, a
aise do socialismo,as modificações do capitalismo, a revolução
técnjoo-cienrífica, alterações na composição e relacioniiraento
das-classes sixriais e novas sujeitos ailturai.s epoüiiços. A emer-
gêndíi de problemas gloi^aís, entre os quais as avscenies dife
renças enire o Norte e o SuL gerou uma crise de civilização.
.20. Nessa nova etapa, ganhant novo impulso a Intemacio-
nalizaçãt> e intensificado da produção,uma novidmsão interna
cional do trabalho, a universailzaçâó da Informação, o p.ipel
i.ada vGz DKús ativo e independente das mas.sas e da opinião
pública, a universalização do valor di demoaacia, o fim da
"guerra fria"e a emergência de uma nova oixlem política iniema-
çional Esse j^rc^cesso ampliou ubjetivamenie a interdependência
dç tiKbs os pviíses, tornou mais e\idente o caráter integrado
do mundo Cüntempor.ineo e determinou modificações no pro 9 a r
cesso de transição do capitalismo j)ara o socialismo e a demc.KTa-
••••
tização dos países do socialismo real •••• a
21. A no\n éptxa e o novo mundo que está surgindo deiermi-
i^mm novas forims de luta de classes, colocando a quesuão m 9 ® m 9 w
9 9 9 9 9
da guerra e da paz acima de todas xs demais. Com o fim da 9 ^
"guerra fria", praticamente afastou-se o perigo de um hoiocau.sto
nuclear. .Mas a con.so!tdaçào da paz A'ai depender de como se 9:«~e"8"9^9^k
9 9 9 99 ^
constituirá a nova ordem política internacional, das conseqüên J 9 9_e_99 999 k
cias da nova divisão internacional do trabalho e da construção / 9 9 L 999^
9_9 9 ^^9_9
I 99999^ A* A*
.999
de um si.stema de.segurança interaadonai que não esteja centra "• 9 9 99999999k 'a'a^ a"
9 9 9 9 r
do no potencial militar, mas numa rede de mútuas garantias 9,9 9 9 9 9 9 9 k 9 9 9 9 9 9
«999999^ ^9 9 9 9 9 9 9
baseada na política e no Direito Internacional. ^« 9 9 9 9 ^ .^9 9 9 9 9 9 9 9
22. A jmerra do Golfo Pérsico demonstrou que b processo « 9 9 9 9 199999999
^«99
de consolidação da paze construção de uma not-a ordem interna
cional nâ(j está livre de perturbações, Revelou que os círculos w.W.v/
mais belicistas das grandes potências imperlalistas, em circuns •w
tâncias que lhes .sejam ^ãvo^aveJS, ainda estão em condições
de frus,irar os esforços internacionais no sentido de encontrar
soluções pacíficas para os conSitos e nos impor a intervenção
militar. Entretanto, a vida está se encarregando de demon.scrar pluralismo dentro da esquerda, .sabendo-se de antemão que A chave está na política de radicalidade democrática, incorpo
mai.s uma vez que não e-víste solução militar para os conflitos devemos lutar para que a unidade seja sempre uma meta a rando a cidadania à modernidade, através do i5rocesso demor
regionais,em panicular do Oriente Médio. Os fatos demoastram ser perseguida. A diversidade no campo das forças progressistas, crático e de sua ampliação, tendo nos conflitos de classe e seus
também que não houve reversão da rauitipolaridade e que é seja no plano parlamentar, dos movimentos .sociais e das pró interesses os elementos necessários às conquistas historicamen
irre\'ersível o declínio da hegemonia none-americana no mun prios posicionamentos ideológicos, não é um obstáculo à busca te almejadas.
do.
de esferas de convergência.Asodedade precisa saber que dentro 28. A democracia é um valor de caráter universal e radical.
23. Na realidade, as iraasformaçóes mundiais impõem uma da esquerda existem projetos diferenciados e mesmo contra
nova aiimde diante dos problemas internacionais. Rompendo ditórios. O socialismo por este prisma é incompatível com qualquer
com a velha concepção de divisão do mundo em dois sistemas forma de opressão e supressão dos direitos fundamentais,indivi-
antagônicos, reconhecemas o mundo íntegro, interdependente, 26. Não podemos visualizar o socialismo como algosó pas.sível .duais e coletivos. O respeito à dignidade e autonomia dos povos
com um mercado mundial, coniraditoríamente estruturado e de construção quando em graves crises ou nos estertores do e nações é o núcleo de uma nova ordem internacional, onde
variado no sentido social, político e culmral.exigindo o respeito capitalismo. Queremos construí-lo desde logo, através da imple a política se paute por compromi.ssos éticos e morais. No novo
ao direito, à autodeterminação e liberdade de opção sócio-po- mentação de um projeto político reformador e capaz de plasmar socialismo não pode haver, em nenhuma hipótese, supres.sãG
lítica. As modificações nas relações internacionais e oencaminha —e projetar—o futuro socialista no presente. Uma via proces ou subestimação da democracia formal em nome da "demo
mento de uma nova ordem deverão repousar na coexistência sual de caráter revolucionário, centrada na democracia, o que cracia real". A democracia é um valor insubstituível,em qualquer
padfica e no equilíbrio de interesses. Recusamo.s a transposição requer: a socializaç-âo da política com a criação de mecanismos tipo de sociedade, para que as divergências de opiniões e credos
mecânica dos antagonismos de classe e da confrontação política de democracia de massas;a prevalência dos interesses públicos possam se manifestar e existir a possibilidade real de alternância
e ideológica para o-campo das relações internacionais. A missão sobre os privados; o controle social da produção de forma a. no poder.
do socialismo e dos que lutam por ele é garantir as interesses permitir a reapropriação da riqueza gerada, superando assim 29. A valorização da democracia, entretanto, não nega o fim
ciassisias, nacionais e humanos por meios democráticos e pací a clássica contradição entre o caráter social da produção e a dos conflitos na sociedade. A base objetiva que possibilita a
ficos. forma privada de apropriação do excedente; a co-gesiáo nas superação do capitalismo permanece existindo. O socialismo
24 Nesta nova realidade planetária fragilizaram-se a política empresas públicas e privadas; a ampliação da luta em defesa continua, assim, sendo uma possibilidade histórica que quere
e a ação tanto dos partidos comunistas como dos panidossocial- do meio ambiente, pela igualdade dos direitos entre homens mos e desejamos pela vontade dos homens e mulheres que
democraias. colocando-as na defensiva e propiciando o ascenso e mulheres e pelos direitos das minorias. \ivem dp seu trabalho. As contradições e os conflitos devem
de concepções pol/ricas conservadoras, dentre as quais desta ter como parâmetro a reafirmação da democracia e não a sua
ca-se o neoiiberalismo. Neste contexto de esgotamento das expe negação.
riências do chamado socialismo real e crise da política social^ie- 30. A supremacia da sociedade civil sobre o Estado é um
mocrata, coloca-se para as esquerdas o Objetivo de repeasar
sua trajetória e elaixjrar um novo projeto político íntemacio-
nalisia, capaz de ser uma alternativa tanto ao modelo de socia
III princípio a ser perseguido infetigaveimenie. De pouco ou nada
adianta chegar ao poder político jurídico, expres.so pelo Estado,
sem que tal acesso tenha como contra-partida, pari pasiu, a
lismo real que se exauriu como ao de weUfare-siste social-de- 27.0 movimento pelo novo socialismo não comporta a contra democratização e a organização do conjunto da sociedade. Á
mocrata Isso requer uma plataforma de valores universais como posição entre reforma e revolução, uma velha e inútil discussão sociedade plural e democrática tem precedência sobre o Estado,
a questão (h ps?., do meio ambiente, dos direitos humanos que sempre dilacerou a esquerda brasileira. Para nós, no Brasil,
e da ampliação dos direitos de cidadania
irrecorrivelmente. Neste aspeao, concebemos um partido tam
as reformas demtxráíicas,contrapondo-se às elites e oligarquias bém diferenciado,cujo papel obrigatoriamente terá de ser reava
25. A opção pelo novo socialismo implica na renúncia a qual tradicionais, tem um sentido revolucionário de duplo caráter; liado. Nessa visão, o partido, até mesmo por fazer pane dela,
quer modelo-guia. Todas as experiências rumo ao socialismo elas serão em si uma mudança de estrutura, rompendo a lógica não pode querer tutelar a sociedade civil.
têm seus pontos positivos e negativos, não cabendo a nenhuma da modernização conservadora;e por sua envergadura e caráter,
delas o papel exclusivo de modelo, por mais democráticas e colocarão na ordem do dia o socialismo com democracia e mos 31- Ao falar de uma no\^ sociedade, obrigatoriamente deve
bem sucedidas que venham a ser. A boa experiência será sempre liberdade. Por esta razão é possível no presente promover o idéia tratar
de um
de um novo Estado, Não mais compartilhamos a
Estado como um "comitê executivo da burguesia",
aquela que estiver de acordo com os preceitos do humanismo futuro deliberdade e justiça,gerando zonas de rupturas possíveis pura esimplesmente. O Estado no mundo moderno é perm^vel
e do socialismo como forma libertária Almejamos praticar o e ultrapassando os limites do velho reformismo evolucionista.
ó.VOZ

do poder político, estando a sua plena democratização intima humano livre, autônomo,criativo, consciente de si e dos outros,
à ação (ia socieclade civil t? pode ser submetido ao seu cxmtrole, mente ligatJa à adoção do parlamentarismo no Brasil. com mais recursos para ser feliz.
sendo passível da disputa no jogo democráticc)por forças sócio- 39. Contemporâneos do fervilhar de idéias, da polêmica e
politicas contraditórias. O "Estado ampliado", uma vez que a da riquezü inteieaual progre,ssista deste final de .século, de que
hegemonia burgue.sa é exerciíia na sociedade civil e legitima Marx foi um precursor em sua época, devemos advogar um
o seu controle sobre o aparelho de estado stríro sea':u, coloca
inúmeras e novus equações para quem pensa construir o socia
lismo por via democrática. Conviím reconhecer também que
IV ideário socialista compatível com o novo milênio que se avizinha.
Com este objetivo realizamos o mais abeno e democrático con
gresso de nosso partido e continuaremos os esforços para articu
a aLse da Europa do Leste sepultou o estatismo como via para lar, em ações comuns, em torno de questões concretas locais
o socialismo: fracassou o velho esquema de acumulação socia 35- A construção do novo socialismo exige um novo operador ou nacionais, rodos aqueles que .se disponham a participar da
lista através da poupança compulsória das massas e do planeja político,—a se expressar em um novo modelo e nova concepção construção do movimento para o novo socialismo,
mento centralizado burtxráticoauioritário. de panido profrindaniente democráticos —.respeitador das mi
norias, das convicções e credos individuais, pluralista, perma 40. Este esforço de aglutinação de uma nova formação política,
32. No Brasil, de acordo com a nassa concej)ção, impõe-sé nentemente capaz de renovar suas direçôe.s. As concepções de constituída pelas forças do novo socialismo — e que tem sua
a reforma democrática do Esrado para a consüli(Jação da demo ditadura do proletariado, do monopólio do poder pelo partido gêne.se na renovação radical do PCB —. para ser efetivo deve
cracia. Esta é a ciiave para a democratização da vida nacional único, da predominância dos quadros sobre a participação das ser vinculado ao cotidiano da .política, das grandes questões
e a realização das reformas de estrutura. Rechaçamos a idéia maasas, produtos de uma época determinada, tudo isso exau nacionais e internacionais,aos problemas locais e dos diferentes
que centra a reforma do Estado apenas na questão do seu tama riu-se. Há que buscar uma nova forma-partido, com uma nova movimentos, inclusive promovendo a organização de fóruns
nho. A nece.ssidade da reforma do Estado se apresenta quando teoria e uma nova cultura, extraída da rica iierança teórico- permanentes de discussão entre as forças interessadas. Nos movi
coasideramos os interesses das clas.ses exploradas e oprimitJas política do movimento .socialista e da nova realidade do mundo, mentos sociais, parlamentos e governos, nos bairros, empresas
da socieíJade, sempre excluídas de sua ação. O Estado centrali resgatando a melhor tradição do pensamento marxista, e outros locais de atividade, deve ter a iniciativa das lutas e
zador. exdudence, autoritário e prh^aiizaíjo, ao longo da nossa re!vindicaçõe.s populares, das esquerdas e demais correntes de
lústória. também subaliernizou os partidos poiítictxs, reprimiu36. Esse novo operador político deve .sensibilizar seus mili mocráticas e progressistas, inclusive tendo em conta sua panici-
tantes e amplos segmentos sociais para a mais ampla participação pação nas eleições municipais de 1992.
e atrelou as agências das classes subalternas — sindicatos, asso
ciações etc. — e privilegiou as suas relações com as classes política através de sua capacidade de contribuir para a construção 41. IS.S0 .significa articular a ação institucional e a intervenção
dominantes, imbricando suas agências privadas aos centros de de uma nova sociedade e novos indivíduos, Lm partido do nos movimentos .sociais de massas para unir as forças demo
decisão. mundo do trabalho e da cultura, em todas as suas relações cráticas e progressistas em torno de um projeto de saída dura
e articulações, amplitude e complexidade,que tenha como finali doura da crise, ultrapassando as divisões e barreiras existentes.
33. Não queremos um Estado clientelista voltado para os dade a valorização do trabalho e do tempo cie vida,.sua iibertaçrâo Aü mesmo tempo,exige que se trave a batalha pela consolidação
grupos canoriais que cosmmeiramenie dele se beneficiam.Tam e desalienaçrâo e, conseqüentemente, uma profunda alteração da democracia e contra os interesses dos setores con.ser\'adore.s
bém não queremos, no outro pólo, um Estado corporativista. nas relações de classe e de poder,superando no limite a separa e reacionários que já preparam a re\'Ogação de conquistas demo
preso a interesses pariicularisias. Não queremos, principalmen ção entre governantes e governados. cráticas recentes, através da revisão constitucional prevista para
te. um Estado ausente: ele tem, com .suas políticas públicas, 1993- A Constituição brasileira tem conteúdo progressista e não
uma função primordial no processo de desen\'olvimenro, Com 37. Um panido de homens e mulheres,com direitos e oponu- pode ser retalhada por interesses retrógrados. Ela é uma garantia
o processo de democratização, a nova Constiiuiçáo ampliou nicJade.s iguais na ação, na formulação e na direção. Um partido democrática legal para o equacionamento progressista dos gran-
a autonomia e independência das agências das classes subal aberto aos novus sujeito.s e movimentos sócio-poiíticos, intér des problemas nacionais.
ternas mas não apanou dos centros de decisão do Estado as prete das novas demandas do mundo do trabalho e da ailtura,
agências privadas das classes dominantes. A estrutura do Estado do movimento dos jovens e das mulheres, do ambientalismo, 42. Aaeditamos na perspectiNti desse projeto e propomos,
não foi democratizada. do pacifismo, do.s movimentos raciais, religiosos e reivindica- em nome do Partido Comunista Brasileiro, um encontro nacional
tivos urbanos. Queremos um partido que seja referência substan do qual participem comunistas e socialistas, marxistas ou não,
34. A reforma democrática do Estado, assim, deve ter como tiva para as transformações, profundamente vinculado à socie com partido ou sem partido,sem modelos e programas pré-esta-
centro a democratização da instância pública,de modo a assegu dade e seus movimentos políticos e sociais. belecidos. Esse confronto autêntico de opiniões, idéias e expe
rar o li\Te jogo democrático na definição das políticas públicas riências, com regras consensuais, tem o objetivo de erguer no
e no funcionamento administrativo estatal, valorizando o papel 38. Sensível aos interesses, disponibilidades e responsabili campo da esquerda moderna uma nora plataforma programáiica
dos partidos e das eleições, assegurando relações democráticas dades de seus militantes e ativistas,queremos um partido profún-' e uma nova formação política, socialista, humanista e demo
entre a sociedade e o Estado, gerando uma nova administração damente comprometido com a unidade de ação construída a crática capaz de inrenár em nosso país e construir uma alternatira
públiíra mai-s eficiente e estável. A reforma democrática do Esradf) partir da elaboração coletiva e o livre debate de idéi.as, muito real de poder.
deve ser enfrentada também nos seus aspeaos econômicos e mais que fundado em dispo.sítivüs rígidos, formais e hierár
financeiros, o que exige a sua desprivatização, estancando e quicos. Um partido humanista, de luta contra coda e qualquer São Paulo,5de maio de 1991
revenendo as transferências de renda do setor público para forma de opre.ssão, seja rias relações de trabalho ou nas relações
o setor privado. E deve ser compreendida como uma reforma femiliares e afetivo-sexuais. Um panido identificado com o ser A Direção Nadooal do PCB

jxíj, <vc I
I.vaií '.mu .IHi-UL-liKni tf. ' OUOn iiilfi ou ••nUiuruiqms. ulMl -'... itíV ■ J.l-íuJiUy

-J
voz.7

política, partido novo


(Abertura de discussão)

O mundo dos avaliações,


anos 90 é palco profecias e
de um processo projeções.
de profundas Velhos critérios,
transformações: parâmetros e
certezas dadas, princípios vão
crenças ruindo. Há
arraigadas, novos desafios,
esperanças há necessidade
construídas são de se criar novos
desfeitas, caminhos e abrir
colocando em novos
causa análises e horizontes.

entram em crise. Muitos se vêem obrigados a trabalho, tem lesado à diminuição crescente rica A ordem política que regeu o mundo rias
alterar a estrutura, o programa e até o próprio
I nome. Mas também está criada uma nova .situa
ção que permite elaborar uma no\a teoria da
da classe operária industrial e. em conseqüên
cia. ao declínio de seus mü\imentos e à erosão
das bases tradicionais dos partidos comunistas
últimas quatro décadas sofreu alterações subs
tanciais. O fim da guerra fria e da política de
blocos antagônicos propicia a construção da
A crise do socialismo revolução e da traasiçãt) socialista surgem um e.sodal-demücrata.s, Es.se proces-so. em que não paz e da segurança, fonalece os princípios de
novo socialismo e no\'as formações de esquer se oferecem resptxsias faaí\'eis à nova realidade, não Intervenção e respeito aos direitos dos po
1.o ano de 1989 foi marcado por mudanças da. fragilizou a política e a ação desses panidos, vos de escolher livremente os seus caminhos,
surpreendentes no "mundo socialista" que le- 2.3 Fortalece a tendência à \ aIorizaçãü da de , Cül(xando-os na defensiva. Mais: propiciou o As soluções, políticas hegociadas dos conflitos
\'aram à derrocada regimes aurodenorainados mocracia e à criação de ncn-as formas de pnxlu- ascenso de concepções e projetos políticos con- abrem possibilidades concretas de sua desmili
de ■■.socialismo real". Essts países se obrigam çáo e gestão e, conseqüentemente, a superação .servadores. entre os quais se destaca o neolibe- tarização e de desarmamento.
aequacionar a questão demoCTáiíca e promover da viaautoritáriü-burocráticada transição .socia rallsmo (que \'em desenvolvendo uma ofensiva
o saneamento de sua.s economias, o que implica lista. Propicia uma mais efetiva .socialização da capitalista contra as a)nqui.stas sòcio-políticas 7.0 mundo sem os condicionantes da bipo-
a ruptura com o "modelo" que lhes deu origem. política e do poder e uma maior apropriação das classes subalternas}, laridade ganha uma nova dimensão. Apesar de
Mesmo a União Soviética pa.ssa por um mo do excedente produzido (economia de mer 5. Junto e interligado a e.s.se processo de continuar existindo conflitos bélicos regionais
mento difícil e inceno, cado regulado e democratizado, autogestão, transformações do capitalismo, há um processo e locais, há grande tendência de os riscos de
2.0 colapso do "socialismo real", que expôs cx)operaiiva.s). Mas em alguns países traz o risco de declínio da hegemonia econômica dos EUA. um confronto nuclear e do holocausto torna
ao mundo seus caraaeres negativos—ausência de desmonte da economia de propriedade .so Surgem potências econômicas de grande de- rem-se cada vez menores e pretéritos. Contudo,
de democracia, liberdade, pluralismo político cial, colocando em xeque conquistas igualitá senvolvimeniQ tecnológico (Japão e Alemanha a interdependência e o mundo íntegro, aliados
e pluripanidarismo. subalternização da socie rias, e o re.ssurgimencü de ideologias conserva por exemplo); globalizam-.se os setores finan à nova época e o novo mundo que estão surgin
dade civil, limitação extrema da cidadania, pla- doras da Europa anterior à H Guerra (naciona ceiro, produtivo e tecnológico; configura-se um do, determinam novas formas de luta de classes
nificaçâo ultracentralizada da economia, dege- lismo, racismo, etc.J. processo de formação de megablocos econômi- no âmbito internacional. Isto exige uma outra
nerescência burocrática, métodos de gestão au co-comerciais — Europa 1993. EüA/Canadá, combinação dos interesses de classe e univer
toritários e coercitivos e degradação teórico- Asiático —, evidenciando um processo de mui-, sais no plano global. A questão da paz tornou-se
o problema número um que a política deve
política —, tem implicações extremamente im
portantes e resultantes coasiderá\'eiS;
2.1 Abre uma aise ideológica sem preceden
II tipolarização econômica; verifica-se ainda a ten
dência de desvinculação entre as economias resolver. As ameaças à sobrevivência da huma-
exportadoras de matérias-primas e as econo , nidade — contidas não apenas no aspeao béli
tes, com desdobramentos ainda difíceis de se mias altamente desenvolvidas, além dó agrava co—têm, hoje, mais peso que objetivos ideoló
visualizar; comunismo passou a ser sinônimo Reestruturação capitalista mento dos desequilíbrios entre o Nonè,^e o gicos.
de autorífari.smo e opressão, ineficiência e atra 3. Nos últimos anos, o capitalismo vem pa.s- Sul do mundo. 8. O fim da bipolaridade vem sendo fator
so, revelando para a esquerda como um todo, sando por profundas transformações, Impulsio impulsionador da paz, mas insuficiente. A
sobretudo para os PCs, uma situação dramática, nadas pela revolução técnico-científica — a in construção da paz e a sua consolidação vão
com problema.s e elementos capazes de abalar formática, a automação, a biotecnologia, a quí
os ideais socialistas e legitimar, por um tempo mica fina —, ela.s têm provocado alterações
mais ou menos longo,-o capitalismo. grandes e rápidas na organização e na estrutura
III ^,depende^ de como se constituirá a nova ordem
internacional. A possibilidade de paz implica
um sistema econômico internacional mais justo,
2.2 Põe fim ao antigo movimento comunista produtiva e na compt)siçào da classe operária Nova ordem internacional distinto do atual, e a construção de um sistema
internacional e enterra seus velhos dogmas, mi e de todo o mundo do trabalho, de sègurança internacional que não estará cen
tos e a velha cultura política terceiro-interna- 4. A revo!uçâo'dos .si,siemas produtivos, em 6. As mudanças que ocorrem no âmbito in trado no potencial militar mas, sim, na associa
cíonalisia Os partidos comunistas e congêneres bora amplie outros contingentes do mundo do ternacional Inauguram uma nova etapa histò- ção e cooperação de países diverst)s numa rede
de mútuas garantias,medidas de confiança,con
trole; eficazes, diálogo.
9. Porém, ampliam-se as forças políticas e
sociais que buscam:dirigir, racional e democra
ticamente, as inov^ações lécnico-dentíficas para PLFBE
a resolução dos grandes problemas da humani
dade; regular democraticamente a internacio
cfliuumsTfl
nalização da economia no sentido da superação
das desigualdades e infustiças, para resolver
também os problemas do Sul do mundo; criar
uma nova ordem,com regras e procedimentos
democráticos e univers;ümente aceitos etc.
10.Com um mundo cada vez mais multipolar
e íntegro, a nora época histórica abre-se com
^gumas contradições fundamentais; por um la UM tnto

do.entre as exigências de um desen\'oKimenio


econômico exiensiTO a todo mundt)e os inte J tnt

resses que procuram manté-lo circunscrito a O --írwaM. ,


M AakVIHM
. e«.4>u«wn

determiníidos países,e as necessidades de defe T CmVI

O
sa da natureza e o equilíbrio ecológico, por A fiv r.'

outro; entre a maciça internacionalização do


processo produtivo e controles;entre o aumen
to famistico da produtividade e da produção
e a manutenção centralizada das decisões e con Publicação dos comunistas lAEU
troles: entre o aumento fantástico da produti ■Joaiaí.ãtuirquista (ABL) Otávio Brandão IDB)
vidade e da produção e a manutenção de|X)pu-
lações em níveis de miséria e subnutrição;entre Apesar de ser fruto da aplicação
a transnadonalização econômica, política, so influenciadas pelo trabalho de conseqüentemente, comportaria
Otávio Brandão, Agraristno e duas etapas: na primeira, encarada sistemática e mecânica do método
cial e cultural e o afloramento de nacionalismos II CONGRESSO Industrialismo. A análise da como "terceiro gol[w", seria dialético à realidade histórica
e particularismos étnicos e religiosos; entre a situação nacional contida nas retomada a insurreição nacional, era a "primeira tentativa
aiaçáo de uma rede mundial de informações resoluções baseava-se na pequeno-burguesa definida nas .de analisar a situação política do
e a sua monopolização e manipulação; entre No ano de 1925 foi realizado o "concepção dualista duas lentalivas tenenlistas País, discutindo problemas
a crescente Imponáncia do.s ralores democrá II Congresso do PCB, reunido nos agrarismo-induslrialismo, anteriores, a de 1922 e 1924, realmente complexos, como o
ticos e a ofensiva política conservadora. dias 16, 17 e 18 de maio no Rio dominante na direção do Partido. culminando com a tomadado poder caráter da revolução no Brasil, sua
11. O agravamento do desequilíbrio Norte- de Janeiro. Precedido em fevereiro Fala-se em luta entre o capitalismo pela burguesia apoiada pelo força dirigente, suas etapas, a
Sul ameaça tomar inúteis todos os esforços para por uma conferência do Rio e agrário semifeuda! e o capitalismo proletariado; na segunda, que se posição do proletariado, a função
construir uma nova ordem estável, democrática Niterói, contou com a participação industrial moderno, como sendo a sucederia imediatamente, este da pequena burguesia em seu
de 17 representantes além da contradição fundamental na faria "sua revolução" (...) Esta tese processo" (Nelson Werneck
e pacifi.sia. As classes dominantes dos países Sodré). E ainda, com todos os seus
Comissão Central Executiva, sociedade brasileira após a trazia Implícita a idéia de frente, isto
cipitalisias centrais procuram dirigir a reestru- República" (Astrojildo Pereira). Os é, o proletariado devia participar da problemas, o "II Congresso
riiracãn lia emnnmia mundial segundo a itíigica delegados do Rio de Janeiro,
Niterói, Pemambuw), Sáu Paulo, movimentos militares dos mais primeira etapa—que condicionaria represento um certo avanço na vida
exclusiva do lucro, da manutenção de poderes Santos e Cubatão. Do temário antigos, ligados ao Tenentismo, a segunda a "sua revolução". Mas do Partido. Suas teses políticas
tnm.snaciona/.s .sem qualquer controle demo constaram: relatórios; organização eram enquadrados neste aceitava, aprioristicamente, revelam profundas debilidades,
crítico, da presen'açó da dependência dos paí (retorma dos estatutos, oas células esquema; mencionando o "iator posição secundária, colocando-se agravadas pelas difíceis condições
ses do Sul. através de relações de dominação e dos comitês regionais, imperialista" e afirmando que "ele a reboque da burguesia. A tese em que se debatia o País, mas ao
e exploração. reorganização do trabalho de também deveria ser levado em representa evidentemente uma mesmo tempo denotam o inegável
C-t^ca-.se. assim, o problema de como dire- direção); agitação e propaganda; conta — como outro fator qualquer, mecânica adaptação do que esforço para acertar o rumo elevar
dtjhar recursos para os países subdesenvolvi organização da juventude talvez até secundário", concluía ocorrera na Rússia em 1917, com por diante as tarefas do Partido.
comunista; eleição da direção: que o imperialismo inglês apoiava "uma revolução gerando-se no Importa sobretudo verificar que]á
dos. A Cjuestão da paz e desarmamento não o agrarismo, enquanto o ventre da outra, necessariamente, em 1925 o Partido, começa a
diversos.
está desvinculada do equacionaraento da con imperialismo norte-americano a de Outub/o no ventre da de aparecer com uma fisionomia
tradição Norte-Sul. Coloca-se a necessidade de Redigidas porAstrojíldo Pereira, apoiava o industrialismo. A Fevereiro" (Nelson Werneck própria de Partido Comunista"
ge.star um nü\-o modo de pensar a luta pela as teses baseavam-se e eram revolução brasileira. Sodré). (Astrojildo Pereira).
paz \incul2nd0-a a um projeto de reequiiibrio
demtKTrático e pluralista das relações interna
cionais. A.ssim. cabe olhar a ONl.' de um modo
novo. Cümprí)var e ampliar os seus poderes, de uma renorada internacional Socialista, inclu "A República Federativa do Brasil buscará a inte póío de desen\-olvimentü global de umã nova
sive no .sentido da abenura de uma nutra fa.se gração econômica, política, social e culnirai do.s civilização se se tledicarem à integração conti
auializando-os numa realidade que já não é ,po\-o.s da América Utina. \isando a formação nental não fechada em si mesma mas combi
do movimento .stKiaiista.
mais aquela emergida após a II Guerra Mundial. de uma comunidade latino-americana de na- nada a uma articulação com o mundo e ao ata
Por isto. é necessário reformar o seu Con.seiho
çóe.s". A América do Sul. que teve conado seu que às raízes históricas da miséria social e atraso
de Segurança de maneira que o .Sul do mundo
e todos os países, grandes e [■xiquenos, sintam-
se representados. Em síntese; trata-se de ade
IV fluxo de recursos externos desde 1982. sem
a adoção de amplas reformas democráticas, cor
re o .sério ri.sco de ser marginalizada nes.se mun
cultural.

quar a ONl." à multipíjlaridade que se começa


a ge.star.
12. No, novo quadro mundial, abrem-se pos
Esquerda e Integração
14. Nos-sas reiaçws políticas desde 1922 .se
do em veloz reestruturação. Pude-se considerar
posiiira a iniciativa de se constituir o Mercosul- V
sibilidades de gestação de relações, intercâm deram prelérendalmente ajm os partidos co Mercado Comum do Cone Sul, que já inclui
bios e colaborações inéditos entre a esquerda, munistas. Entretanto, a idéia da democracia co Argentina.Jirasii. Paraguai e Uruguai, estando  democracia como via do socialismo
n<j âmbito internacional, envíjlvendo partidos mo ria do socialismtj c<âoca a necessidade de prevista a incorporação do Chile. Trata-se de
eomunisia.s. .stxiallsias, scxial-democratas e de- no.s pauiarmo.s por uma ví.süo de iKjrizontes um .sub-bloco que já está em cur.so è que deve 19. A democracia é a via do sucialisnío. Assim,
mocfátia)s em geral mai.s alargado.s que hu.sca c(;ntemplar toda.s as .ser fortalecido, dando-.se-llie uma direção de concebemos a democracia não só como a única
experiências de luta do movimento operário mocrática. de modoa aprofundar o intercâmbio via ao socialismo, mas também como a via do
13. Particularmente atjs comunistas, e socia-
li.sia.s cül(jca-se a necessidade de gestar uma no âmbito internacional e todas as lutas radical econômico, político e cultural entre seus países. seu desen\'ohãmentü. Ela é muito mais que um
alternativa política que supere a fratura do mo mente democrática.s da sociedade moderna. !^üde-se pensar uma estratégia p:ira que o mer terreno favorável à luta dos explorados e opri
15. O redesenho d(j mapa economia) do cado comum jíossa vir a ser criado no Conti midos: é a base de afirmação de sua cidadania.
vimento südaii.sia operada a partir de 19H,
mundo começa a tomar forma à medida em nente, prevendo-se a constituição de agrupa 20. A democracia pela qual lutamos é aquela
pois, neste momento, o problema não se radica mentos regionais, numa primeira etapa, de mo
na defesa de antiga.s po.sições e velhos objetivos, que a integração de países em í)locos econômi- em que a hegemonia estará colocada perma
mas no e.stabelecimento de objetivos globais co-comerciais .se .solidifica. A.s.sim, para uma es do antes a favorecer vínculos entre estes do nentemente em disputa. Assim, possibiliiará o
querda democrática latino-ameríGina colcKa-se que com determinadas países isoladamente, vi amadurecimento do projeto socialista, não co
eorauas e no tral^aiho para a solução dos pro sando posterit)rmente a fú.são dos blocos. É uma
blemas nacionais, continentais e universais, o desafio de enfrentar o tema da integração. nto algo de antemão, mas formulado segundo
16. No caso do Brasil, o problema não é perspectiva real e desejável, pois com governos a conformação de sujeitos políticos e sociais
fma alternativa que .supere cjs e.srritos limites deniocráticos e, principalmente, com a integra
do Estado-nação e seja capaz de enfrentar o.s mais se o país vai ou não se integrar e se interna envolvidos na luta pela hegemonia do mundo
cionalizar: a economia brasileira já está integra ção da sociedade civil e da intelectualidade téc do trabalho e da cultura. Nosso projeto envolve
nov«)s mecanismos de dominação e exploração
e restringir apoder das tráiisnadonai.s de ajlo- da einternaciomilizada. Trata-se, agora, de rom nica e científica desses j)aí.ses, o.s resultados para a combinação dialéricd de democracia e refor
Gir a que.stâo da regulação demucrática da inter- per a integração subalterna de hoje e pr(.)mover o desem'ülvimentü dos povos poderiam se fa mas orientada ao sociali.smò. O .socialismo não
nacíonalizaçrâi:) e áe Itiiar por uma ordem mun uma Imegraçãt) soberana e competitiva. zer sentir dentro de algum tempo. de\'e .ser uma imposição, in;is opção democrá
dial democrática e ju.sia. Neste qu^ro, é nece.s- 17. Quanto à integração da América Uiina, 18. Os países latino-americanos só poderão tica. A democracia .só se mantém e se amplia
sário um novo imernadonalismo na perspectiva a própria Carta Constitucional de 1988 é ciara; evitar o barbarismo .social e consiituir-.se num sustentada política e socialmente por uma culai-
VOZ «9

ra democrática fortemente enraizada na socie ternas, combinando, a um só tempo, a realiza a)n.stituem hoje as raízes daquilo que poderá
ção do.s grandes ideais de liberdade, igualdade
dade. E nem haverá cultura democrática sem
demiKracia poliiica.
21. A democracia no mundo contemporâneo
VI sócia! e riqueza material.
se a)astituir numa democracia participativa de
massas. A construção da democracia altera o
sentido do moderno na cultura e na política
aiastitui-se num \íik)r unn ersal ao forjar o pro 30. A nossa idéia de modernidade se a.s.socia brasileira e assume, assim, uma acepção revolu
cesso através do qual as siKiedades modernas Modernidade e cidadania à conquista de uma sociedade democrática, cionária.
conquistam a passibilidade de pass;ir a assumir mais justa, mais livTe, mais solidária. Uma socie
a responsabilidade pela própria ordem. Ela po 26. o Bnisil de hoje é resultado de um pro dade que se apóie em uma opinião públia 34.Quemior reconhecido — social, política
de e de\e abraçar todos as esferas do poder cesso de modemizjçào autoritária, excludente informada e influente. e institucionalméhté — como o portador da
que nurmaiiztim as reiai^ws sociais. Não existe e elitista. Com grande impacto, em cinco déca idéia da plena realização da modernidade se
esfera que por princípio possa ser excluída das das tornou-.se. entre os países do Terceiro Mun '31. Uma .sociedade que, superando o risco liabiiiiará a exercer um;i ação iiegemônica so
regras democniticas: como proce.sso, é in.sepa- do, uma economia capitalista de porte médio, real da coustrução de uma ordem segregativa bre as demais forças sociais ou amplas parcelas
rávei do conflito. Fundada numa pluralidade sem que ,se tenham fundido democracia, liber íjiseada no preconceito racial e na incomunica- delas. A democratização integral da sociedade
de razões, onde é central o direito mínimo de dade. Igualdade .svxriaj e riqueza maierial. Sem bilidade cultural,permita a relação aberta e soli brasileira, ampliando e generalizando a panici-
cada um poder in/Iuir na decisão dos amplos ruptura com o pas.sado e aíjii o arauco.fomos dária entre raças,etnius e culturas diversas. Uma p.içãü política, panicLilarmente a das claases .su
processos sociais, a democracia tem no conflito condenados a viver um duplo tempo; o de on sociedade que permiiti a expressão e expansão balternas — mesmo com a ampliação da auto
e na convivência, no consenso e no dissenso. tem e o de hoje — a.s modernas indú.strias do da subjetividade feminina e supere a divisão nomia dos movimentos sociais —,se constitui
conceitos que não pt)dem ser autônomos — ABC p:tuli.sia com a CLT(Consolidação das Leis sexual do trabalho e o atual enfrentamento da numa política cuja dinâmica não se pode reali
são interligados. , do Trabalho) de 1943; o procfôso eleitoqil da mulher com a usirutura .social, política e econô zar plenamente .sem a existência de uma nova
22. Como construção iiistórica, a democracia democracia representativa com o CQfoneli.smo; mica de uma realidade ainda baseada na relação esquerda radialmente democrátiai.
só pode permanecer e prosseguir no caso de a sobre-representação dos estados atnisadosem de poder entre os sexos que continua a apre
a sociedade contemporânea ultrapassar o libe relação aos adiantados e em aposição à densi- sentar desvantagens à mulher. Resulta disso a
ralismo(que sempre portou uma \'isáo elitista, modernidade deve ser associada à conquista
exdudente e estática da democracia e riegou da plena cidadania por pane das classes subal
a visão aberm à imegração social e política e,
necessidade de coustruir uma sociedade huma
na que .supere a sociedade masculina, o que vn
sobretudo, à promot^o da \'ida política) e o
"socialismo real"(que concebeu sempre como O esgotamento do modelo econômico
lrrele\^ite ou pouco relevante a exparísão da
subjetividade política como fator de emanci 35- A nova institucionalldade do Pais não foi
pação .social). .seguida pela mudança do modelo econômico
23. Ni) caso bra.sileiro. é preciso conceber e.xcludente e concentrador de renda — o pro
a democracia em termos novos e iastaurá-la jeto de reformas de estrutura ]xurocinado pelas
de maneira segura em nossa cultura política. forças democráticas acabou por ser bloc]ueado.
É preciso, pois. valorizá-la, como conqui.sta ain Há um grande descompasso entre a institucio
da bastante recente e frágil. nalização da democracia e as reformas ampla
mente reclamadas pela esmagadora maioria do
24. A democracia como via do socialismo povo brasileiro.
requer um forte poder democrático. Cokxra- 36.0 Brasil do.s anos noventa se depara com
mos o problema do poder — em t(xlas as suas ü esgotamento de um modelo de desenvolvi
in.sáncia.s, públicas e privadas — como pro mento dependenie-asscKiadü. concentrador de
cesso de democratização integral da política e renda e capital, calcado na substituição das im-
da sociedade civil. A questão, assim, é funda porfuçoes e modernização agrímia rom intí-*-
mentar novas regras, novos direitos sociais e gntção do latIfVindio. com forte presença e.statal
novr).s poderes e instimiçóes democráticos. E-s.sa no .setor produtivo,com restritas transferências
vi^o de democracia confere uma nova concep de lecnolügia e formas-de indu.stnalização capa
ção de socialismo: ele não é um si.stenia abstra zes de absoiver efetivamente o progresso téc
to. preiigurado, pronto e acabado. É, ao contrá nico.
rio, processo em contínuo des_envolvimento
que. visando a uma .sociedade mais ju.sta. deve 37. Um Brasil cjue apresenta características
.se basear numa.análi.se da realidade env cons das chamadas ".sociedades massa"e eiemen»
tante mutação. Pen,samos o S(jciali.smo pela via' tos arcaicos e atrasados — aspectos de "duali
pRjcessuai e centrado na democracia. Projeta dade"; uma estrutura mais integrada, tanto na
mos a transição socialista calaida na sociaiiza- cidade como no campo,correspondente à panç
çáü da política e dt) poder: na deniocratizaçâo mais internacionalizada do sistema produtivo;
e püblicizaçào do Estado, uicrapas-sando o fosso um universo de pobreza e marginalidade na
que ü separa da sociedade civil; na democra periferia das cidades e .setores do campo consti
tização das relações sociais-, no pluralismo polí tuindo a maioria das cla.sses sub;ilterna.s.
tico e no pluripartidari.smo; no respeito aos di- 38.A dicotomia ".sociedade moderna" X "so
reittjs humancjs; nas liberdades fundamentais; ciedade atrasada", no contexto atual,vem sendo
ncj Estado de direito democrático; na igualdade utilizada pelos setores conservadores quando
e f?a lilx;rdade. Por esse prisma, o novo socia defendem suas propostas de inspiração neoli-
lismo é incompatível com qualquer forma de beral. de modo aobscurecer contradições colo
opre.ssâo e supressão dos direitos fundamen dade política e social das regiões metropoii' implica em que ossexos assumam a sua parciali cadas para a sociedade brasileira. Mascaram
tais. individuais e coletivos e deve garantir a tanas- dade, renunciem a falar em nome do gênero conflitos no interior das próprias clisses domi
po.s.sibilidade reai-de alternância de poder. 27. O Estado brasileiro .sempre operou no humano e estabeleçam convivências de rela nantes e antagoni.smo de interesses entre o capi
sentido de acomtxlar os interesses das oligar ções em pé de igualdade e não de dominio. tal e o trabalho, '
25. Não fazemò.s pane daquele-s que afirmam quias representativas do.s .setores tradicionais 32. Uma sociedade em que os jovens tenham 39. Esse processo atuou stjbre os níveis de
que o "capiialisrao venceu". A alienação, as in e atrasados Tia economia que lhe .serviam de chance-s e possibilidades reais de pleno desen pobreza e sobre a distribuição de renda no
justiças sociais, a fome,as enfermidades,o sul> base política — daí 0 caráter coaservàdor da volvimento de acordo com sua subjetividade; país, ampliando a renda em termos absolutos
desenvolvimento,a marginaiização social, a ma modernização. Mas a modernização criou uma em que a marginalidade social não seja a condi mas transferindo-a para os estratos mais altos.
nipulação cultural, a violência, a opressão .se nova configuração da sociedade hra.sileira, num ção única e inexorável de sobrevivência para Excludente e concentrador, esse processo le
xual, o racismo, a degradação do meio ambien processo de diferenciação afetado por pode parcela significativa deles. Uma sociedade em vou ao agravamento dos deseciuilíbrios da últi
te, a guerra^.sâo problemas que reclamam re.v rosas alterações demográficas, ocupacionais e que os idosos não sejam tratados como "peso ma década, com o esgotamento do padrão de
postas urgentes, aqui e agora. Pensar o socia na estrutura de classes sociais. morto", garantidas a seguridade social digna acumulação e investiraery:o do próprio modelo,
lismo coinc)processo significa construir no pre 28. Há, no entanto, uma clara divergência e as possibilidades efetivas de viverem em so cri,se no setor público, conflito disiributivo da
sente uma práws capaz de realizar,aqui e agora, sobre o entendimento do que seja a moder ciedade sentindo-se úteis e felizes, renda e inflação.
formas de liberação das seqüelas de opressão, nidade. O moderno há muito tempo tem sido 33.0 moderno na sociedade contemporânea 40.A modernização de toda a base produtiva,
injustiças, desigualdades, alienação e domínios, objeto de disputa entre classes e elites. Hoje, é a expressão livre dos conflitos.sociais; a legiti inclusive dos setores tradicionais e atrasados,
próprias das relações scKiais capitalistas — em os empresários afirmam que o moderno impli mação dos interesses coletivos das clas.ses .su passou a ser uma exigência para o crescimento
síntese: anular e superar no presente a reali ca a privatização do mundo,entendendo-se por balternas através dtis diversas organizações so em base.s democráticas,com o objetivo de obter
dade que oprime as mulheres e os homens, isso não só â diminuição do Estado mas .sobre ciais e políticas. O moderno ct)mo construção ganhos de produtividade e acompanhar pa
implica alcarmo-nos na luta para edificar no tudo asua retirada como agência de intervenção da democracia cem na classe operária, nos de drões internacionais de preços e qualidade para
vos modelos éiico-culturais de desenvolvimen sobre o econômico e o stxial. mais movimentos da.s classes subakerníis e na a própria produção nacional.
to sócit>econômico, orientados no alcance de •- 29. Para quebrar u monopólio das classes inteleaualldade — na articulação do mundo 41. A modernização integrada à economia
reformas radicais na economia e na política, do trabalho e da cultura —, o .seu principal
dirigentes,enf qualquer de suas versões,é deci mundial, no.s marcos da emergente revolução
nos marcos ainda do capitalismo,desenvolven siva a liita pela apreensão do moderno pelo suporte. Da ação desseç protagonistas derivará técnico-científica, não dependerá do efeito
do ao máximo seus elementos de socialismo. mundo do traballvo e da cultura. Para nós, a a valorização das instituições democráticas,que "multiplicador" de um ou dois setores da eco-
10•voz

nomia (aimo a indústria autornubilistica e a da proposta j>elas forças cünser\'adoras. Como participação na rendtt nacional de -^6.6% para do. reverter seu^senlido: do lado externo para
construção ci\in. Exij^e talo um complexo pro- vem insistindo PCB: ium projeto demticrático 53,2%. Aquela metade da população que gánlia
do o PCB; o*lado interno (com a diminuição da renda
dutnx), a^m demanda interseioria! fortemente de mudanças não poderá afirmar-se à margem até dois .salários mínimos — 33 milhões de liquida enviada ao exterior), do setor privado
reaiimentada. para a retomada do crescimento, do prtKesso político em curso no país e da irabalhatlore-s — aKsorve apenas 10,4% da ren para o .setor público (com o aumento gradual
o que implica no\w processos de prcxlução, negociação com o propnu governo.
da naciün4' Os 10% mais jwbres da população da carga tributária líquida) e dos lucros e juros
maciço emprego Je tecnologia. nHxIernização O bloqueio de um pacto ptíü tico-socíal — 6.6 milhõe,s — lançados na marginalidade para os saláriíís (com a recuperação sistemática
da infra-estniuira e de sistemas de àtmercia- democrático vem impedindo o encontrcr de so total, onsomem apenasO.6% da renda, enquan do salário-niinimo e do salário médio).
llKiçâo articulados em cadeias produtivas. Im- luções para os graves problemas nacionais, to aquele 1% mais ria), os 660 mil que contro 48.3 O controle da inflação, sem a utopia
õem-se.assim,a implantação de setores tecno-
wem-se. agrava a crise econômico-social-, deteriora as lam a economia do pais, re.senam para .si 17,3% de torná-la igual a zero. A causa básica díi nossa
líricos de pmtá. a inonÇão e capacitação tec- relações políticas, coloca em risco a govenia- da renda nacional (PNDA. 1989). inflação reside nas altas taxas de lucro.s (que
noliigicas do parque produtivo çsobretudo da bilidade e peipeiiia o descontrole inflacionário. 47. Diante deste quadro, pode-se afirmar: o se expres.sam através dos preços). Nt.) combate
Indústria de beas de capiiall e a expansão e O prixresso reformador indi.spensá\x^l à cons que o Brasil mais necessita é de um "choque" à inflação, o setor público e os .salários não
modernização das indústrias produtoras de trução de uma saída duradoura para a crise de democracia, dc justiça .social, de de.senvol- poderão .ser eleitas pei"üedore.s, como tem sido
bens de oi^umu, Tudo isso deterrainani novas st.imeme será possível por uma via paaiiada. vimento econômico e de mtxiernidade. Nã(j de tradição nas políticas econômicas do.s gover
e importantes alterações na composição do 45.0 Estado de direito democrático eo eqtii- há saída duradoura para a crise brasileira, com nos. Em conseqüência, surgem duas grande,s
munüu do trabalho, principalmente no awal librio de loi\-as resultantes de suce.s-sivos pro a modernização do pais e sua Integração com linhas estratégicas: controle de preços (não se
■perfil do {,?r\:>{eraría«.ío íãbril. cessos eleitorai.s. mas soráviutlo a /irópria en petitiva à economia munclitil. ,sem um de.senvol- trata de congelamento) legitimado por uma via
vergadura da crise e as tlemanda.s politia.s e vintentü demíjcrárlco, Isso exige uma política paauada, que tenha como parâmetro uma taxa
.stKiais decorrentes, rentnani sempre as po.s,si- de combate à inflaçàv^ c]iie possibilite a alteração de lucro.s também pactuada, especialmente na

vni bilidades de desbloqueio do processo de refor


mas democráticas, pela via de um pacto político-
social amplo, tntnsparente e aberto, negociado
do ix.'ríii da distribuição de renda do pais em
favor*düs as.sa!ariadüs. do setor público e cia
economia nacional. Essa deve ser a orientação
queles setores oiigopulizados, formadtjre.s de
preços, que exercem a inelasiicidade política
da ofena e provocam grande efeito multipli-
A alternativa democráticà entre as di\'ersos atores políticos e sociais. Não a ser dada ao tratamento da dívida externa, das cador. Paralelamente,
elai e como coadjuvante forte,
para a crise pode traur-se. comct assinalamos em reiterada.s política.s de inve.stimentü, indusiriai e tecnoio- triburtição direta, seletiva e progressiva, a partir
ocasiões, de um acordo de cúpulas ou de elites, giG(x das reformas tributária, agrária e do Es- do liriiite pactuado da taxa de lucro.
42. A economia brasileira vive um contro- mas de uma ampla negociação ikj âmbito do tado- 48.4 O crescimento exige a retomada da
venido processo de modernização e necessita Congres-so Nacional que cnvol\-a as instituições 48. Para lograr o desenvolvimento democrá capacidade de investimento da economia em
de grande.s reformas democráticas, O not^o go- e as movimentos sociais representati\'o.s, as par tico são questões fundamentais: .seu conjunto e do setor público, em particular.
wmo opera no sentido de modernizar a base tidos políticos e o go\'emü federal- Com ls.so. 48.1 Ò cce.sciniento econômico é condição O controle gradual do ni\ul de preços e a nova
produtívti do país e integrá-lo mais à economia a modernização consenudora tenderia a ser nece.ssària. mas não suficleme, para o equacio- política de rendas, proposra na reoriemação das
mundial em btises subalternas e con..er\-adoras. cada vez mais restringida no processo demo namentü dos demais prtfolemas. Dadas as cairac- traasferências, dão as condições necessárias pa
Por sua atual composição, proposta política e crático. seria menor o espaço para (xs interesses terísticas da economia brasileira, o crescimento ra os,investimentos. No caso.do .setor público,
métixio de gestão, o governo federal r-em frus inflacionários. o cartcirialismo.
rialis, o monopoEsmo de .seu produto nacional bruto não poderá .ser além do aumento proposto de sua renda dispo
trando a.s esperanças de mudanças que ele prtV tecnologicamente atrasado e a concentração menor do que o dobro de seu crescimento nível, o déficit setorial em áreas sociais e estraté
piiü gerou na grande massa da população mar brutal da riquezj. populacional. gicas de ponta, estimulador da âiividade econô
ginalizada. 46.0 componamemo recente da economia - 48.2 O equacionamentü das três grandes mica e da capacidade produtiva, é economi
43. N'o quadro atual, as forças democráticas brasileira demorcstra que a mas.sa salarial vem contradições que vêm permeandtj o ctjmpor- camente defensável e socialmente justo. Neste
e progressistas ainda não Foram ct^íazes de con tendo a sua participação diminuída ao longo tamento econômico recente: forre uansferência sentido, é preciso retomar os investimentos em
certar um projeto que seja a alternativa demo- do tempo (35.4% em 1980 para menos de 30% de renda do lado interno para o iado externo infra-estrutura (energia, transportes, comunica
cráciQ de mudanças, um projeto de reformas em 1988), em favor do cre.scimemo da partici da economia, não menos force tran.sferência do ções etc.) e nos .setores de onde emergem as
para promover a modernização do país e a sua pação_relati\'a dos lucros e juros na renda nacitx setor público para o setcif pri\'adü e aguda tran.s- políticas sociais básicas.
integração à economia mundial com mais de- nal {58% em 1980 j^ara cerca de 65% em 1988). ferência do.s .salários para os lucros e juros, Tor 48.5 Conipromj.s,so com a eficiência e eficá
mocracta'e justiça social, constituindo assim Dados do IBGE revelam que os 10% mais ricos na-se necessário, no primeiro momento, estan cia econômicas, isto é. com a produtividade:
uma orientação diferente daquela que vem sen- — 6.6 milhões de pessoas ampliaram a sua car íLs transferências assinaladas para, no segun- gastar, cada vez mais, menor quantidade de in-

CONGRESSO — -

Em íins í3el928ecomeçoée 1929


|29.'12 a 04 Ü1) reuniu-se em Niterói
o lil Congresso do PC8, com a
preseív^ de 31 delegados,
representando a direção, a Juventude
Comunista e as organizações
regionais de Pernambuco, Espírito
Sànto, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio
Grande do Sul e Distrito Federal.
Bahia e Minas Gerais não puderam
awiar delegados. O Congresso fo!
precedido por uma luta interna que se
desencadeia em üns de 1927,
envolvendo a a&jaçáo do Partido no
movímentosindical, com uma oposiçao
^irabeçada por Joaquim Bartiosa. que
ganhou a ad^ de João da Costa
Fimenia U)go a seguir, o \
(issidente se afastaria do (
Alarga pauta do congresso envolvia
3 discussão sobre a situação pdilica
naciona), aluía contra o imperialismo,
o trabãího do. 'GB nos sindicatos
(çetános. a questão camponesa, o
Bloco Operáno Camponês (BOQ, a
organização do PCB, a Juventude Delegados ao III Congresso do PCB
Comunhte. o Partido em São Paulo
etc. As resoluções aprovadas econômicas e, por via de pressão os antagonismos das torças continuação mais ampla e radical dos Cor^resso diziam respeito ao maior Congresso da Internacional,
começam por definir a economia conseqüência, na correlação de sociais internas e a maior opressão movimentos anteriores. A esta apoio à Juventude Comunista, que Comunista, realizado entre julho e
teasileira como "pertencendo ao tipo xras políticas" (Astropldo Pereira). e exploração dos trabalhadcxes" peraf^va deveria ajustar-se a havia sido fundada em 1927 a que setembro de 1928. Esses elem'enlos
de economia agraria, semifeudaí e A seguir, na segunda parte, é feita (Nelson Wernecl! Sodré),
leison we posí^o do Particlo Comunista ao editava o jornal O Jovem Proletário. podem ser nolados. princlpaimenle,
semiroloniaf". concluindo que "o a análise da situação política, Na terceira parte das resoluções, é estabelecer seus planos de atividade "O PCB corria o risco de perder sua na negação da política frentísta, onde
período aluai, fundamentalmente, é observando-se a "transição do desenvolvida a posição do PCB, poinicâ entre as massas. 'Toda a direção paíã a pequena burguesia, procurava-se dilicultar qualquer
um p^íodc de luta entre as forças donlnio doimperíalisrrto ingl^ para baseada na concepção da "terceira táüca do Partido Comunista deve, ficrmdo o proletariado a reboque desta possibilidade de alianças políticas
internas de expansão, {^t^ulsíonadas o predomínio norte-americano, revolta". Ela pretenrtelundamentar-se portanto, subordinar-se a esta etapa —entretanto, recomendava-se em com a pequena burguesia e outros
por fatores de natureza diversa, e as lembrando as seculares ligações de na análise dastausas e estratégica de mobilização das todo o País a constituição de comitês setores, além de estabelecer para si.
forças externas de compreensão, depertdéncia da txirguesia úrária e con^úéncias históricas dos massas, a fim de conquistar por' . e centros políticos do sOC, eapnori,.i direção do proletBríado
sustentadas pelo itnplnajisnío. que conservadora do Brasil em relação ao movimentos de 5 de julho de 1922 e etapas sucessivas não só a direção recomendando ainda sua penetração e a, hegemonia de todo o movimento,
suga. explora e oprime as energias primeiro, e da burguesia industrial, 1924 e sua continuação — a C^una da fração proletária, mas a hegemonia no campo" (Nelson Wemeck Sodré). E daro que esses elementos
do Pais. De tudo isto resulta uma ^etensamente liberal, mah jovem, Prestes. de todo o movimento" (Asfrojildo Observe-se que nas resoluções aparedam, ainda, até certo ponto,
situação de instabitidale crescente na mais ambiciosa e ousada, em relação Prevêem uma "terceira revóüa Pereira). havia já diversos elementos de camuflíaJos e de forma não multo nítida,
èecmomía, na correlação de t<^ ao segundo. Surgiram dessa dupla revolucionária", que seria a Outras resoluções tiradas do III aproximação com as teses do VI ' mas isso mudaria pouco tempo depois.
VOZ * 11

sumt)s e de mãcKÍe-übra iwr unidade de pro 58. No.^ limites da atual ConsfituiçiU), umá
duto final L^ru implia abandonar definiüv^- reforma agrária terá que, nece.ssíiriameme, iso
menie a via de aescimemo exienMW c (iptar lar os .setores mais atrasados do lacifiindio, me
ipela via do o-cscimento íniensivo. assumindo diante a de.saprüpriação por intere.sse .social,
em toda sua iniegridade a tecnoiojíla de capitai com pagamento de indenizações em títulos da
inteasivo. resguai-d;uido os iiuere.sses sociais. dívida agrária, dos grande.s imóveis rurais não
48.6)InKasdiciíào dodesenvohimeiuo téc- produihos ou que nát) cumpram .sua função
nico-cíeniificü balizado na êiilãse na ino\"atj"ãü social, é o tLSsemamento dos trabalhadores ru
e não síi na capackac^cí tecnológica. Propug- rais em terras economicamente úteis localiza
namos pelo que iw de ponta no mundo de das nas suas próprias regiões de origem, A re
hoje, como a mícR^eletrônica, a informática, a forma agrária terá que apoiar-se também, com-
robótica,a química fina.a niednicade precisão, plementarmeme. na tributação direta, progres
^biotecnologia e os novos maieriais. siva e seleti\-a das grandes prüi^jriedades- Para
uma modernização agrícola democrática é ne
cessário um programa agrícola, t|ue, além da

IX mudança da e.srruiura da posse e ii-so da terra,


contemple;
58.1 aumento da produção dc alimentos pa
ra o mercado interna, áléni da participação no
Emprego e renda comércio exterior, mediante o aumento da pro
dutividade. dos investimentos e da incorpora
49.0 pr(x.^.ssü de indu.siriajiz;ição e o aesci- ção da terra.s ociosas à j^jrodução;
mento econômico acelerado por que passou 58.2 expansão da capacidade de geração de
a economia brasileira, ao mesmo tempo em emprego no campo, redução do êxodo rural
que geraram um novo proletariado foram e modernização das relações de trabalho me
acompanhados pelo surgimento de um imenso diante a utitizaç-âo de técnicas de produção in-
contingente de tntbtüliadores com emprego de lensiv-js, a democratização do acesso à terra,
baixa remuneração, desprotegido pela legisla o estimulo à organização de formas associativas
ção trabalhista e concentrado nt)s grandes cen de produção, a eliminação da violência no cam
tros urbanos. Suas raízes sào o deskx:amenio po e o pleno exercício dos direitos individuais
para as cidades do excedente de mão-de-obra e sociais;
nxs atividades agropecutirias no cam|X)e a insu 58.3. alteração do sistema de relações inter
ficiente demantla de mãcvde-obra na indústria nas e externas do setor agrícola mediante rede
de transformação, no chamado ■'terciário fun fi nição das fontes de rmanciumemo, raciona-
cionar e na administração pública. lizaçü do uso dos fatores, utilização de tecnolo
50. Consutuiu-se um enorme segmento não gias apropriadas aos níveis de capitalização e
(jfganizadt.) no mercado de U"aba!ho. principal às necessidades do mercado das populações
mente na periferia das grandes cidades, em envolvidas;
gntnde medida relacionado cxim a prestação 58.4. a correção dos desequilíbrios regionais
de senáçtjs e atividades correlatas, com grande e da renda do setor agrícola, com a revisão
incidência de nãtvassaíarianiemo e empregos díxs si.stemas de [ncenti\-üs fi.scai.s e a aplicação
sem carteira assinada Esse uni\'er») do mundo das poliiicas agrária e agrícola segundo os parâ
do trabalho, mesmo nos períodos de pico das metros definidos por um novo zoneamento
taxas de acstúucmt). representava mais de um agrário e agrícola do país e com a suplenien-
quinto da população economicamente ativa e derna que le\e em coma a necessidade de com ranca do pr(x:es.so de 'modernização agrícola. raçàü de programas sociais e.specíficos para o
vem se ampliando nas últimos anos de agrava binar a.s novas opções tecnológicas com o realo- Com a crise econômico-financeira que se abate campo nas áreas de saúde, saneamento básico,
mento da crise, cameniü e reciclagem da mão-de-obra, além sobre o país na virada da década de 70 para preridência, educação, habitação e emprego;
51. A modernização tende a promover uma de um programa de modernização do .setor a de 80. e o .seu agravamento até os dias atuais, 58.5. incentivo, com crédito rural e financia
indústria de mais capital intensivo e poupadora terciário capaz de reduzir o mercado informal esgotou-se esse modelo de modernização em mento, à pequena e à média propriedades e
de mão-de-obra, fazendo com que o setor deixe e uma reforma agrária quecontenlia a migração função da suspensão e supressão de créditos à empresa rural que cumpra a função social.
de .ser uma "passagem" de migrantes do setor para as grandes cidades, assentando trabalha fenos e subsídio.s. Agravaram-se os desequilí 59- Por sua complexidade e por sua impor
primário para o setor terciário, fenômeno parti dores sem-terra e aJocando trabalhadores rurais brios na economia, com; tância para a democracia, torna-se necessário
cularmente grave dqoois de uma década de es assalariados nas pequenas cidades e vilas do 56.1 manutenção de deseqüilibrada e.stru- que as forças democráticas e progressistas abor
tagnação econónúa que aproRindou o proble Interior. (ura de posse e uso da terra, com extrema con dem com fi rmeza a questão agrária. Sem a parti
ma de desemprego no pais e.alterou a relação centração da propriedade (uma das principais cipação dos minifundistas, pequenos proprie
hist(3rica entre o mercado formal e o informal. causas da mi.séria em que vive a maior parte tários, arrendatários, assalariados agrícolas, pos
Coloca-se de forma dramática a necessidtde de
romper o contínuo descompasso entre a gera
ção de emprego e a reprodução da força de
X da população do campo, marginalizada do mer
cado) e da exclü.são de massas de minifúndistas
e pequenos agricultores do fluxo de recurso.s
seiros, trabalhadores volantes, a transição para
uma democracia socialmente avançada no Bra
sil apresentará sérias debilidades estruturais e
trabalho. canalizados para a agricultura; criará pesadas hipotecas a serem pagas no âitu-
52. Nos próximas anos. a modernização da A questão agrária 56.2 agraramento do.s desequilíbrios regio ro. A constituição do bloco democrático e pro
economia pode implicar também a automati
zação de atividades destinadas exclusivamente 54. A modernização da agricultura bra.si!eira nais, com uma política de incentivos e subsíàos gressista e a sua solidarizaçáo com os interesses
diferenciado.s benefiando exclusivamente os de.s.ses sujeitos sociais constituem um compo
ao mercado interno, reduzindo a apacidade a panir de 64, que atingiu .seu ápice na década nente político imprescindível para dotar de sus
de absorção da força de trabalho do setor secun de 70, concentrou-se em dois aspeaos: dinami- grandes proprietários;
dário, Es.se fenômeno tende a ser ainda mais zaçâo dos setores improdutivos através de polí 56.3 insuficiência do crescimento da produ tentação social e política uma alternativa demo
grave com as projeções da migração do campo ticas que não alteraram o sistema de posse e ção de alimentos e suas conseqüências inflado- crática para a questão agrária no Brasil.
nárias;
para a cidade, o ingres.so da mão-de-obra femi uso da terra e abertura ao mercado interna
nina e de menores no mercado de uabalho cional, no contexto de uma estratégia econô
56.4 redução da capacidade de íà.sorçào da
força de trabalho no campo, levando à migração
e a expansão do mercado informal. Assim, faz-se mica global de inser^o nos fluxos do comércio para áreas urbanas, com aumento de desem
necessária uma políiic3 industrínJ opaz de com internacional.
XI
binai' a modernização da base produtiva com 55. Para enfrentar a baixa produtividade, a prego, subempr^o e marginalidade urbana;
uma política de pleno emprego, isto é, uma ação governamental baseou-se no maciço aso 56.5 ruptura do padrão de relações inierse- . Reforma democrática do Estado
política de emprego que procure atingir o mixi- de crédito .subsidiado, no aumento dos gastos toriais baseado na hiperinsumização (via cré
mo de mulheres e homens, de modo a garantir em extensão rural e no tratamento preferencial dito .subsidiado), levando à criação de uma am 60. No centro de uma saída duradoura para
a realização de um grande direito social univer ao setor de insumos (máquinas, fenilizantes, pla margem de capacidade ociosa na indústria a crise está a reforma democrática do Estado
sal; o trabalho. Na situação atuai, a realização inseticidas e herbicidas) tendo como objetivo de máquinas e insumos para a agricultura. de modo a redefíni-Io para os objetivos sociais
desse direito comporta não mais .somente uma possibilitar sua maior absorção por parte do.s 57. A reforma agrária no Brasil somente .será e de cornstrução da democracia. Rechaçamos,
batalha amtra o desemprego ou o trabalho in produtores rurais. A abertura ao comércio inter po.ssível tendo como pressuposto um modelo ítssim, a idéia que centra a reforma do Estado
formal, ma.s também a favor da formação, da nacional foi viabilizada atra\'és da cxincentração democrático de modernização agrícola, capaz .somente na questâodo seu tamanho. Propomos
lequalificaçâo profissional, da inserção social des.ses ln.strumentos naqueles produtos agrope de proporcionar um novo ciclo de expansão à sua demt)cratização e publicização.
e igualdade de üportunidade.s — em resumo, cuários que apresentavam condições de mer da economia rural, compatibilizando a moder
pelo direito anim futuro de trabalho conforme cado e preços para serem expf>na(lo.s. 61. A necessidade da reforma democrática
na produçúo agrícola de base familiar, voltada " do E,stado se "apresenta quando consideramos
as aspirações individuais, 56.0 crédito, pelo seu crescimento e pelo .sobretudo para o mercado interno, e a existên
53. Essa orientação renovada passa por uma montante de subsídios concedido.s, transfor cia de grandes empreendimentos agro-indus- os intere.s.ses das classes subalternas, sempre
modernização da indústria tradicional e mo mou-se ao longo do período na principal ala- iriais, grande parte dirigidos para á exponaçãç.
excluídas de sua ação. O Estado centralizador,
excludeme e privatizado constituído ao longo
12 » V02

de nassa hisrória Cüielou os demais poderes radicados no interior da empresa. A empresa o efeito estufo, sobre o buraco de ozônio etc.).
republicanos, subalteroizou os partidos políti> é uma organização scxiial em que agem diversos Isso é fundamental para se abrir a passagem
COS e pri\ilegic)u as relações com as classes .sujeitos com direitos conflituoso.s e interes.ses de uma fase de modernização balizada no ime-
dominantes; atrelou e reprimiu as agências das que devem ser aniplamente reconhecidos. Tra diatismo, conx)raiivismo, desprovida da \'isão
classes subalternas (sindicatos de trabalhado ta-se. assim,de reconhecer esse elemento cons do valor-ambiente, para a fase de uma moder
res. associações,entidades estudantis etc)e es titutivo e garantir aas diversas sujeitos possibi nização do equilíbrio e da preservação eco
timulou o fonalecimentü das t^èndas primadas lidades de.se expres.sar e de influenciar na reali lógica.
das clas.se.s dominantes, entranhando-as nos dade da empre.sa. Para isso, a empresa deve 76. Nessa perspectiva, coasideramos funda
centras de decisão do Estado. ser eficiente e corresponder às exigências da mental e urgente a constituição de uma política
62. Com o processo de democratização, a sociedade. de reestruturação ecológica para grandes seto
nova Constituição ampliou a autonoinia e inde 69. Essa nossa colocação pane da necessi res: indústria, agricultura, infra-estrutura, terri
pendência das agências das clas,ses subalternas dade de se estabelecer uma relação democrá tório, energia e água.
mas não apartou dos centros de decisão do tica entre o público e o privado,entre economia
Btado as agências das classes dominantes. A e política, pois as decisões da empresa têm con
estrutura de Estado não foi democratizada Nas
condições do "Estado ampliado"(sociedade ci
vil + sociedade política ),.somente o livre jogo
seqüências na economia, na política, no Estado
e na sociedade. È fato notório que a empresa
amplia cada vez mal.s sua imeivençào direta
Xffl
-democrático na definição das políticas pública.s no.s terrenos decisivos de interesse {Dúblico, nos
e no funcionamento administrativo estatal rj]<j- mecanismos de regulação dos direitos e pode Mundo do trabalho e cidadania
rizará o papel dos partidos políticos e da.s elei res e até nos modos de pensar, na informação,
ções. assegurando relações demücrática.s entre na publicidade, nas bens e instituições cultu 77. Uma condição para que a esquerda se
u seriedade e o Estado. rais. credencie ao exercício da hegemonia está na
63. A reforma democntrica do Estado, assim, 70. Decisiv-a para os trabalhadores é, portan sua capacidade de emancipar a classe operária
deve ter como centro a democratização da ins to, a questão da democracia e cidaflania na em- de uma pauta estritamente econômico-corj^o-
tância pública, de modo que o conjunto da? j3re.sa,em que se viabilize regras e instrumentos rativa — pauta que a conforma a simples per.so-
agências da sociedade civil, apartadas da esini- pelos quais os trabalhadores passam gerir de nagem do mundo do craballio, iim^dindo-a de
tiira estatal. po.ssa influir autonomamente no romia nova e demtKrática a riqueza produzida,influir na formação ecün6micí5^cial. Outra
processo de reorganização da scxriedade brasi determinar sua participação no controle e na condição ê que o movimento da classe operária
leira. O caníierpolítico de tal reforma se expre^.- direção do processo de produção bem como não implique perda ou esvaziamento da .sua
sa.assim, pelos órgãos de controle da ação esta nos resultados econômicos, capaz.es de promo identidade, reduzindo-a ao "popular".
tal, sem os quai.s não há ordem poÜtict demo- ver a.reapropriação da riqueza social. 78.0 movimento pela satisfação dos inte-
cnicica possível. 71. Porém, í.sso não implica somente direitos re.sses corporativos,assim, não é tudo.Se a com
64. Nos opomas à identificação do público de panicipação e decisão, mas também deveres, • binação entre democracia e reformas consiste
com o estatal. É preciso reconhecer um espaço e estará condicionado aos lintites estabelecidos na \'ia moderna de transição ao novo socialismo,
de gestão pública não neces.sariamente estatal pelos controles e.xternos-da democracia política sua possibilidade depende de um projeto que
e uma gestão privada com âmbito público de e pelo mercado, isto é, não pode ser realizado \lse a constituição de uma vontade geral que
participação, O que se pretende com isso é exclusivamente a partir de benefícios corpora transcenda os interesses poniculares de corpo
uma relação diversa entre Estado democrati tivos em detrimento dos interesses de toda a rações e manifeste uma política alternativa que
zado e mercado democratizado, entre política .sociedade. ' ' nasça dos modernos sujeitos das classes .subal
e economia,em que as forças poííiiais e stKíai.s 72.Trata-se n.ão de um projeto prefigurado. ternas.
não sejam .subordinada.s a uma economia .sem mas um projeto ,para o tempo presente. A pró 79. Uma nova política reclama também o
regras. E íssc; não será |X).s,sívei se es.sa que^^tão pria Cana Constitucional de 1988 admite a parti- rompimento com a velha concepção de revolu
ibr enfrentada somente com o arsenal reivindi- cipaí^o dos trabalhadores tanto na gestão da ção. entendida esta como o momento da "luta
atorio, mas através de mais liberdade, novos empresa ciuanto nos resultados, mas i.sso ainda final", de"ação violenta", momento"explosivo"
(lireaas e no rerrenn âe novos poderes denn7- não .se nimpre Tal /âro indíra que a Cnn.srí- e de ação da "vangiiarria da rla.sse operária"
cráticos. niição por si só não basta,se ela não for susten ou seu "Estado-maior" dirigida ao "assalto ao
65. A reforma democráiia do Estado deve tada por uma contínua mobilização democrá poder" pela força e que "implanta o sociali,s-
ser também enfrentada em seu.s aspectos eco tica e pela coastrução de nova.s estruturas de mo", no qual o poder se institui como "ditadura
nômicos e financeiros, onde é essencial a sua poder radicadas na sociedade,capazes de exer do proletariado". Concepção que impossibilita
de.sprivatização. O cjue implica estancar e rever cer um controle extensivo e intensivo sobre a compreensão dtts estruturas e dinâmicas do
ter de forma duradoura is transferências de o público e o privado. poder de Estado e o entendimento e atuação
renda do setor público para o setor privado. 73.São esses os temas e componentes de no contexto brasileiro de "Estado ampliado"
A despnvatizaçãü é função da democratização um moderno projeto democrático de libertar (que não significa gigantismo estatal,mas sim
do Estado, e não o contrário. Sem a despriva- o trabalho do sofrimento, da angústia e da alie a noção de que o aumento da complexidade
tizaçãü do Estado, com a qual se recupere a nação, bem como fie romper a "cultura econô da sociedade civil, como conjunto dos apare
sua capacidade de investimentos,torna-se difícil mica" do tra})alhador que vê o trabalho tão lhos privados de hegemonia,ampliou o Estado
a materialização de uma nova política social. somente como un\ meio de sobrevivência e para além das agências públicas de direção e
não como uma fonte de autodesenvolvimento coerção). isso significa que a luta de cla.sses
e de auto-realizaçãü. se dá também no interior do "Estado ampliado",
74. Na perspectiva da conquista de uma ecò- onde ocorre agora a disputa pela hegemonia
XII nomia democrática, não se pode desconiiecer
que o desenvolvimento econômico brasileiro
política e cultural,
80. A esquerda não poderá desconhecer o
se processou ignorando seu impaao sobre o fenômeno da coricentração de poder no campo
Por uma economia democrática meio ambiente. Nesse curso, acumularam-se da informação e de sua extraordinária influên
fortes fatores de desequilíbrio que conduziram cia sobre o Estado, a sociedade, a economia IV CONGRESSO
66.O bloqueio ao surgimento de uma eco ü espaço ambientai a vários colapsos ecológi , e a política. O desafio colocado ao sistema de
nomia democrática está centrado no poder dos cos. As classes dirigentes impuseram a moder mocrático, no que tange à comuniação de mas
grandes grupos do capital industriai e finan nidade inconciusa iaspirando-se numa visão sa e. sobretudo, a informação televisiva, é pôr OIV Congresso do PCB.
ceiro que exercera o controle sobre o mercado mufiiadora do valor-ambiente, condicionada em discussão a substância do direito de infor
convocado para maio de
e influenciam fortemente o comportamento do por uma política estreita que unificou setores mar e do direito dos cidadãos de serem infor
1947, não chegou ao final,
conjunto da economia. econômicos sujeitados aos Interesses especu mados em condições de real pluralismo. pois em pleno processo de
realização das conferências
67.0 poder na empresa deve ser po.sto em lativos. corporativos, voltados para a maxirhl- 81. A justa compreensão da economia infor estaduais o Partido é jogado
discussão pelo mundo do trabalho e(k culoira, zação do lucro imediato através do consumo mal, que é também uma resposta emergencial na clandestinidade. Eie só
no momento em que se afirmem a democracia rápido de reairsos naturais e do território, das classes subalternas às duras condições do viria a acontecer em
e a cidadania. Para ir além dos portões da em 75. Coloca-se, para abrir a fase de um novo mercado de trabalho antidemocrático, não po- novembro de 1954, em São
presa,um novo projeto democrático da esquer modelo de desenvolvimento que tenha em con .de ser excluída de uma política econômica de- Paulo, 25 anos depois do
da brasileira deve contemplar o controle sobre ta o valor-amÍ5iente, a necessidade de apresen mocráiia,.sobretudose levarmos em conta que último congresso.-não
o poder econômico mediante a extensão das tar a proposta de uma reestruturação ecológica esse "setor"da economia,articulado às relações obstante nesse intervalo o
regr^ democráticas à produção. da economia. Isso exige,, em primeiro lugar, formais, responde também pelos baixos níveis PCB ter realizado trés
68.A esiaiização de toda a economia reve a defesa dos preceitos iascritos na Cana de 88. de renda da população. Conferências Nacionais: a
lou-se histoficameme um fracasso. Por outro Mas exige também a definição do conceito de 82.0 mundo do trabalho e o da cultura po- ■ primeira em 1934,a segunda
lado, uma economia regida apenas pelo mer aime ambiental. Afirmamos, ainda, que é pre derão afirmar-se como forças aptas a dirigir o em 1943 (Mantiqueira) e a
cado revela seus limites para a construção de ciso lutar por uma gestão democrática do meio País não só pelo .seu programa ou pela sua terceira em 1946,
um sociedade mais justa. ambiente que se a})óie na valorização da partici capacidade de dotá-la de sustentação política
Trata-se de afirmar o controle social através pação do.s cidadãos, no encaminhamento dos e social entre as classes.subalternas, ou ainda Preparado e organizado-
da constituição de novos poderes democráüco'? acordos internacionais (como exemplo, sobre pela sua capacidade de lutar pela sua realização,
voz•13

mas fundamentalmente pela sua capacidade de 88.0 projeto neoliberal funda-se na despoli- um bloco que potencialize as diversas quali
exercer sua hegemonia política e cultural na tizaçâo das classes subalternas. É a negação da dades das esquerdas e dos democratas, dimi
sociedade dvtí niesrao antes de serem forças ação modernizatdora democrática e pública pa nuindo as suas limitações no jogo democrático.
hegemônicas no Estado democrático. ra a socialização da política e do poder. E o 96.O bloco democrático e progressista é
projeto da despolitização da sociedade, de ne mais amplo do que a esquerda. Primeiro, por-
gação das ideologias e dos partidos,da subalter- □ue esse bloco deve incluir as forças políticas

XIV nização da democracia e de suas instituições


apostando na imiabilizaçào do surgimento de
de claro perfil democrático. Segundo, porque
não recusa a experiência diferenciada, mas visa
uma cultura política democrática de massas e a constituir um ampo político delimitado que
na difusão, principalmente entre as classes su se propõe à sociedade como "aliança de poder"
Transição e neoliberalismo balternas, da idéia que entende a democracia alternativa às soluções conservadoras. Terceiro,
apenas como ura ato.isolado e concentrado no porque ele é inorgânico, devendo, ponanto,
83.0 processo de democratização vem sen tempo: as eleições. É o projeto de construção se expressar em cada situação concreta tendo
do o campo da disputa do redeseriho da socie de uma "democracia mínima", como referência blsia suas tarefas.
dade brasileira. É o terreno da luta para uma 89. Esse reordenamento neoliberal(do Esta 97. A constituição de um bloco democrático
reordenaçào democrática do Estado e da socie do, da economia e da política) propasto se dá e progres-sísta não implia diminuir o ímpeto
dade civil e a incorporação de novos setores justamente porque a transição evidenciou a pre competitivo dos partidos ou grupos nele en\'ol-
sociais a uma plena cidadania política, econô-' cariedade do atual sistema de reprodução da vidos, e sinvexitar a luta suicida ou autofagia
-mica e social(que não está garantida), O avanço ordem burguesa, pondo a nu o anacronismo dos elementos nele pre.sentes. Devemos enfa
da democracia não se resume tis instituições tizar as tarefas políticas concretas. O bloco de
da sua forma de Estado e do seu modelo econô
políticas democráticis: ela é isto e mais a via
mico. mocrático e progre.ssista constitui-se historia-
dc reformas substantivas no campo econômico 90.0 neoliberalismo joga com o despres ntente ao longo do proceaso, ao realizar suas
e social que rompa com a modernização con- tigio da i)ülítica como instrumento de resolução tarefas. Deve ultrapassar a unidade em tomo
sen-adora. dos problemas e dos partidos como mediado de um "programa mínimo", mais apropriado
84. A nova institucionalidade política, nos li a coalizões .e coligações políticas (e que cjuase
res çntre Estado e sociedade civil. A debilidade
mites atuais, não le^^ará obrigatória e natural dos partidos e o desprestígio da política não sempre signifa reduzir a intensidade das trans
mente o país a uma democracia socialmente consistem em um fato "natural";são resultantes formações em troa de flexibilidade de movi
a\'ançada. A democracia brasileira está bloquea também da moderniZÁtção conservadora verifi- mentos). Para i.sso, exige a aproximaçãü_de.ssas
da. As elites conserN^adoras.iravestidas de neoli- ada no País. A combinação dinâmica desses forças em corno de um "programa máximo
berais, se orientam no sentido de redirecionar, fatores permite o livre curso do processo polí para a conjuntura e daqueles objetivos estraté
o curso do processo político ã implantação do tico rumo ao reofdenamento neoliberal do Es gicos ligados à ampliação da democracia e da
neoliberalismo, em voga nos EUA e em boa tado, da economia e da política. cidadania e à realização de reformas de estru
pane da Europa. Buscam promover uma restau 91.A transição à democracia socialmente turas em direção à modernidade.
ração de elementos do antigo regime, ainda avançada não se fará sem a atuação comergente 98. O bloco democrático e progressista se
vi\^os nas instituições, nos partidos, no próprio das diferentes concepções democráticas — de- viabiliza através de alianças políticas e eleitorais
go\-emo federal e no sistema de poder. Ao con mocraca-liberais, socialistas, social-democraias. flexíveis e de uma apropriação especifia do.s
trário da suposição ingênua, não se trata para Comunistas, as várias correntes cristãs — que meainismos institucionais existentes e da cria
essas eü.tes conservadoras e reacionárias de ten querem abrir o caminho das reformas. ção de outros. O sistema parlamentari.sta, se
tar pro\"ocar um retomo à situação de domínio 92. Nesse sentido, a ampliação da democra implantado, pode transformar o Parlamento no
milhar, mas..sim."de viabilizar um novo padrão cia política e a instalação de uma economia terreno privilegiado para a confluência do blo
i hegemônico burguês. Tais atores consutuiram democrática con.si.stem numa reversão daforma co no plano institucional. Mesmo que o paria-
tumnot'3poliriadeh^enioniagueagorápío- gç q capitalismo se implantou íTie/ifâm/iio não pe/ilia a ser aprovado, o au-
reprcúiçro de ma ordem no menio dos goderes do Congresso favorece e.ssa
tixvúp.. Da mm forma, o mecanismo do
Constem,assim, uma verdadeira revolução, segundo turno deve ser utilizado para a produ
redesenho fumro da sociedade brasileira lá es e não só porque interrompem e anulam as ba ção e a reprodução desse bloco, tendo em \lsEa
tão definido.s—e ele busca uma via de implan ses materiais, políticas e culmrais de reprodu a construção de alternativas de governo.
tação atra\'és da política implementada pelo go- ção de uma cultura aurorittíria e excludente, 99.0 bloco democrático e progressista abre
\erno Coilor. como taml)ém porque favorecem o ingre.sso espaço para a ação concertada de vontades cole
86. Sobre a reforma do Estado, o neolibe das massas no mundo da política organizada, tivas, revalorizando a política como o instru
ralismo concebe-a apenas através de providên- docando-as — .seus partidos, sindicatos e asso mento pára se alcançar mais democracia, mais
cia.s racionalizadoras e da busca da eficácia, mas ciações — de capacidade de protagonismo efe liberdade e justiça social Por não representar
desprovidas dos pressupostos democniticos e tivo, E tomando suas necessidades e reivindi exclusivamente uma aliança partidária — a)li-
de sua publicização: impede que o acesso às cações em urgênciíis a serem atendidas,em ra gações eleitorais e coalizões de governo —,
decisões deixe de ser privilégio de grupos pri zão do seu peso e densidade política e social, mas também a incorporação de entidades as
vados e .se converta em processo pluralista con num movimento progressivo de democratiza mais variadas da .sociedade civil, o bloco demo
dizente com a democracia; mantém o gigan ção do Estado e da sociedade. crático e progressista será capaz de dar articu
tesco fosso que separa o Estado da .sociedade 93. Não se trata, assim, de produzir mudan lação institucional à opção estratégica pelo
civil, Em síntese, é o projeto de implantação ças concedidas pelas circunstâncias,liias de mu avanço da democracia e das reformas. E, portan
do "Estado mínimo". dar as próprias circuastâncias, de modo a efeti to, forma que permit/às organizoições da socie
87. Pretende expor a economia à "automa- var transformações que garantam o desenvol dade civil inscrever seus diversos interesses,
ticidade reguladora" do mercado — aença na vimento em condições de democracia, moder inclusi\'e corporativos, no interior de um qua
suposta capacidade do mercado de regular por nidade e cidadania. dro de conflitos políticos mais amplo.
Congresso é embasado pela capitalistas. Libertando o 100. Sem esse bloco e sem uma alternativa
política contida no Manifesto Brasil do jugo dos • si só toda a economia. O mercado desprovido
de democracia e de controle social e sem a democrátia para disputar os rumos da .socie
de Janeiro de 1946 e no imperialistas dade. a luta por interesses corporativos imedia-
Manifesto de Agosto de
19&3. Prestes náo participa
por motivos de segurança,
norte-americanos e dos
restos feudais desloca,
simultaneamente, o país do
interferência de políticas públicas, definido co
mo campo privilegiado de ação cio indivíduo
que se sentiria "livre" no mundo do privado,
XV tistas, ainda que se dê com extrema radialidade
e com grande influência de massas, não produ
has lem seu informe campo da guerra e do sem as"amarras" do Estado—este é o projeto zirá uma saída políiia para a crise.
aprovado na iníegra. Nele o imperialismo para o campo neoliberal do plano econômico.- Daqui pane Novo bloco político 101. Exatamente porque pretendemos uma
Brasil é caractehzado como da paz, da democracia e do sua idéia de liberação das relações trabalho- democracia ámdada num sistema de panidos
um pais "semicoloniai e socialismo." A palavra de capital (entre elas a lh're negociação salarial) 94. A experiência demonstrou que o cami e porque compreendemos a nece.ssidade da
semífeudal, com um regime ordem fundamental é "a e a abertura sem critérios de nosso comércio nho vitorioso da oposição democrática contra preseivação do caminho da frente polítia, pro
de latifundiários e grandes derrubada do governo de exterior,fazendo com que as estruturas produ o regime ditatorial imposto pelo golpe de 64 pomos esse bloco. Nas novtus circunstâncias, a
capitalistas". Define que "a latifundiários e grandes tiva internas venham a competir "livremente" consistiu em se compor numa frente polícia. possibilidade de o bloco democrático e pro
revolução brasileira em sua capitalistas." Estabelece no mercado internacional com as dos países Sem deixar de reconhecer a ineviiabilidade de gressista operar um movimento que impulsio
etapa atual é uma revolução também que o conjunto de mais desenvolvidos. E esse projeto emerge en uma posterior segmentação, superou-se a fácil ne o processo político novamente em aireção
democrático-popular, de forças que unitariamente tre nós com a perspeaiva de recriar a nação. sedução desobrepor identidades à necessidade a uma democracia socialmente avançada con
cunho aníiirnperialista e realizariam aquela tarefa, como um reflexo da ação do mercado,redimen de uma frente que coligasse amplas forças. siste na atualização do tema da democracia e
aníifeudal. É uma revolução "orientadas e dirigidas pela sionando a ação da esfera pública para abrir 95.Neste momento de crise e de avanço bati reformas.
contra os imperiaíistas classe operária, liderada passagem à otimi7.açáo da ordem privada, que do do neoliberalismo, a possibilidade de êxito 102. Voltado para a ampliação da democracia
norte-americanos e contra pelos comunistas, tendem procura agora emancipar o lucro da política. do projeto neoliberal reside exatamente na in- política, esse processo pode desbloquear um
os restos feudais e tem por Iodas para o mesmo caudal E o projeto de estender a ação do mercado
que é a frente democrática
viabilização de um bloco democrático e pro complexo de transformações econõmico-
tòjetivo derrocar o regime para além das fronteiras da economia, isto é. gressista que se'solidarize com os movimentos sociais distintas das do neoliberalismo e da mo
dos íatifundiários e grandes de libertação nacional," o mercado passando a ser o regulador de todas sociais, impulsionando suas demandas e assim dernização conservadora. No seu desenvolvi
as esferas da vida social. estabelecendo uma nova dinâmica política — mento deve combinar a ampliação dos direitos
«•voz

jxilíticodenicKráricos e s(x:iais na fe\'isãü da cria espaço.s para um projeto democrático e


Canil em 1993 tum a subsitui(,'àü do nuxlelo abre caminho pani a hegemonia dos trabalha
econômico desigual, excludente e concenira- dores.
dor de renda. Moximenro que jXKieni râcultar
um:: progressiv^a democnitizacão da vida social
cdo Estado. Tal politica.se hasein ru compreen-
.sfk) de que as Iuiíls pela ampliaç»o díi institucio
nalidade democTática e jxflo aiendimenio das
XVII
decnamlas.sociais.se reforçam mutuamence. Ma.s
afirma a prinwJa da primeira.
O fiituro do Partido
103. Não existe caminho para uma demo 109.0 PCB caminha para completar 70 ;mo.s
cracia sixrlalmente avançada sem c|ue as lutas de existência jNe.s.se longo período, foi presen
dennKTãticas gerais cístejam intimamente vlncu- ça marainte no.s principai.s episódios políticos
bdas is lutas pela .satisfac^'^^ interes.ses do que se destacaram na vida reixiblicana brasi
•mundodotnibaihoeda cultura. Essa\inculação
leira. Nasceu e viveu como o grande portador
é necessária,pois deriva da ix:ssa compreensão dos ideais do socialismo em nosso país. clo.s
de cjue. na rccetiie história poliiica brasileira. ideais de liberdade e de igualdade, de justiça
(:pen:u-se um descompasso entre luncs demo- social, de progresso ..social, de luta contra a
cráricu-s e luia.s pelo atendimento das clemandas opressão e a expiür:}ção, contra a miséria, da
socitils.
defesa da paz, da democracia e dos interesses
.104, No processo das lutas contra o regime nacionai.s.
discricionário revelaram-se duas lógicas, en 110. Foram muitos os êxitos do PCB nessa
quanto a frente deniocniiia absoiurizava o pri longa trajetória. São eles uma .síMida base para
mado da [X)litica na luta contra o autorintri-smo a continuidade-de nü.ssas lutas para realiziu" os
^política de alianças, liberdades democráticas, nos-süs planos atuais e futuros.() Partido, po
acumulação de forças, camiitlio da transição. rém, tem o dever de eitxergar a vida em ioda
divi.sâo piíliríca das f(.>rcis de sustentação do a.sua plenitude e complexidade. Nenhum êxito,
regime —. mantendo uma relação distante e por maior que seja, deve velar as contradições
iastrumental com us movimentos skx-íojs. o,s no-
existentes ou omitir e tergíver.sar com nossos
r^os sujeitos advindos com a modemiziição pro- erros e faltas cometidas. Neste processo autocrí-
movitki pelo regime definiam seu jxwiciona- Pnstis é entrevistido após relaxamento da prisão preventiva tico que o PCB deseja j^romcner; a Direção Na
meiuo a)nio uma espécie de radicalização da
luta [Xjia .satisfação dos interesses coqxíraiivos cional afirma que ela própria não está imune
crescimento e o monopólio da antifeudais — a classe
de responsabilidades quanto às causas que leva
contra o Estado autoritário, induzindo à con.sti-
tuição de movimentos .stKáais allieios e até hos-
VCONGRESSO terra que se expressa,
essencialmente, como
operária, os camponeses, a
pequena burguesia e a ram o Partido a ,se encontrar na difícil situação
contradição entre os burguesia ligada aos atual.
ti.s à p«.)lítiGi institucional.
lOÇ. Oan o tempo, esse de.scompa-sso res'ul- latifundiários e as massas interesses nacionais — entre 111.0 PCB vivé uma crise inédita. Essa crise
O V Congresso do PCB,
tou em partidos orientadtís fX?Ío tema demo realizado em setembro de
camponesas {...). A as quais o proletariado, que manife.sta-.se no baixíssimo percentual eleitoral,
crático em geral,vazios de representação social. _ 1960 no Rio de Janeiro, em
contradição antágônica entre como força revolucionária na perda de vínculos com o movimento operá
um dima de semilegalidade, o proletariado e a burguesia, mais conseqüente, deverá ter rio, nas débeis relações com o mundo cia cultu
e partidcw com e.xjiressãü nos movimentiw so inerente ao capitalismo, é
veio no bojo da crise política o papel dirigente," Portanto, ra. na fraqueza orgânica, na desagregação e cizâ
ciais em que esse tema somente ecoa retórica também uma contradição exige para sua consecução a
e subsidiariamcnte I ma democracia .social desencadeada a partir do XX
fundamentai da sociedade organização e consolidação
nia internas, nos problemas e vicissiiudes direti
mente avançada reclama não .só o bloco demo Congresso do Partido - vas. nos Impasses e debilidades teóricas e analí
brasileira. Mas esta de uma frente única
Comunista da Uníáo Soviética ticas. Acrescem-se a esses elementos a aise de
crático e progressista mas também uma nova contradição não exige naclonafísta e democrática.
e da renovação política identidade e as peqilexidades politico-teóricas
esquerda, de estratégia democrática,aedencia- implementada pelo Parltdo
solução radical e completa na Considera, também, a
da p<:)lirica. institucional e .socialmente. atual etapa da revolução, uma viabilidade de um caminho derivadas do colapso do"socialismo real",cujos
com a Declaração de Março
vez que na presente situação >acífíco para a revolução reflexos,sem dúvida ncnliuma, afetam c abalam
de 1953. Nele sao
do País não há condições lasileira, ainda que essa 0 PCB. Filho legítimo da Revolução de Outubro
desenvolvidos os aspectos
XVI essenciais do documenlo de
1958, embora não
profundados o suíícíenie
para transformações
socialistas imediatas."
possibilidade não dependa
exiüsivamente das forças
sociais progressistas.
e da internacional Comunista, o PCB tem uma
identidade antiga com a via autorirârio-buro-
crática da transição socialista na URSS e no Leste
As tarefas essenciais da Aprovou-se um programa
Mundo do trabalho e hegemonia devido às resistências que
revolução brasileira naquela político que, em resumo, era
europeu (e em outras regiões), tornando-se
levaram à conciliação. mesmo,em alguns momentos, uma variante na
etapa seriam:"a completa o seguinte:"As tarefas
106. Para o mundo do trabalho não pode libertação econômica e fundamentais que se colocam cional do sialinismo. Carregando essa pesada
haver indiferença à disputa pela hegemonia na Na resolução política notícia da dependência em hoje diante do povo brasileiro herança, no momento em que o modelo de
modernização. Somente será possível influir provada, a etapa da relação ao imperialismo são a conquista da ".socialismo real"foi derrocado,o PCB vem .sen
nos rumos da reorientaçâo econômica na medi revolução do Brasil, naquele a transformação radical da emancipação do País do do profundamente atingido.
da em que anicuie .seus interesses imediatos momento, é caracterizada estrutura agrária (...); o domínio imperialísta e a 112. Mas, por outro lado, a crise aguda do
e ciassistas a um projeto democrático para o como antiimperíaiista e desenvolvimento eliminação da estrutura PCB remonta e é anterior ao vendaval que var
desenvolvimento do País, Sua intervenção no antifeudal, nacional e independente e progressista agrária atrasada, assim como reu os regimes auioritário-bürocráticos do Les
democrática. "A sociedade da economia nacional (...); a o estabelecimento de amplas
proce.ssü de retomada do crescimento e de des te. Ape.sar de ter sua politica de frente demo
brasileira encerra duas garantia real das liberdades liberdades democráticas e a
bloqueio da democracia rompe com uma pauta contradições fundamentais democráticas A melhoria das condições de
crática vitoriosa na.luta contra a ditadura, du
estritamente econômico-corporativa. combi que exigem solução radical na realização dessas tarefas vida das massas populares.
rante a década 80 o Partido sofreu sensível que
nando a defesa de seus interesses mais imedia atual etapa histórica de seu implica transformação Os comunistas empenham-se da de sua influência sócio-política — saiu da
tos e ciassistas como ponto de partida para a desenvolvimento. A primeira revolucionária da sociedade na realização dessas superfície e submergiu, sem conseguir apro
luta por seus interesses glt)bais. Lsso significa é a contradição entre a nação brasileira. Exige uma transformações, ao lado de veitar o potencial político transformador libera
combinar reivindicações elementares e perma e o imperialismo profunda mudança na todas as forças patrióticas e do pela democratização.
nentes — como a luta por elevação do salário norte-americano e seus correlação de forças políticas progressistas, certos de que 113. Não obstante isso tudo,o PCB desempe
real, defesa do emprego,e redução da jornada agentes internos. A segunda e a passagem do poder elas constituem uma etapa nhou importante papel nas lutas democráticas
de trabalho — com outras demandas que deve é a contradição entre as estatal para as mãos das prévia e necessária no durante a transição, como foi demonstrado na
rão advir das mudanças a serem operadas com forças produtivas em forças antíimperíalístas e caminho para o socialismo". campanha das Diretas Já, na eleição de Tancre^
a modernização,como as relativas aos métodos do Neves e José Sarney, na Constituinte. Na
de gestão e sistemas de produção, opções tec sucessão presidencial,o PCB se apresentou atra
nológicas e qualificação da mão-de-obra. Além peso os movimentos sociais e políticos que ex negociações entre patrões e empregados tende vés da candidatura de Robeno Freire, com um
de.ssas amigas e nova.s reivindicações econô pressam nü\'os süjeito.s sociaj.s — precisa com rão a ocorrer sem a tutela estatal<orporativista desempenho político reconhecido pela opinião
micas. há de .se adotar uma plataforma que en binar a defesa de seu.s interesses mais imediatos ■ que sempre tolheu os passos do movimento pública de todo o país. Ao expor, ainc& que
frente os problemas globais desse processo," no âmbito da produção (emprego, salário, for sindical: impulssionando a negociação direta parcialmente, um programa democrático orien
107.0 indispensável estabelecimento de' mação profissional eic.) e fora dela (defesa do e a organização coletiva, proporcionarão o tado ao socialismo, a campanha recolocou o
normas e dispositmos capazes de a.s.segurar os meio ambiente, direito ao lazer, qualidade de exercício da cidadania nos ambientes do traba PfTB na cena política brasileira, da qual havia
direitos políticos e sodais dos trabalhadores, ser\'iços e equipamenios.acesso à ciilrura ele.) lho e reforço da autonomia da.s mas.sa.s trabalha-- se afastado.
regulamentando o que foi conquistado na Con.s- com propostas políticas democráticas globais, doras- Uma posição conseqüente e autônoma 1X4. A campanha presidencial implicou uma
utuiçáü de 1988. não é suficiente para garantir 108.0 problema da relação entre o Estado do mundo do trabalho, colada na conjuntura metamorfose do PCB,ou seja, levou-o a ter que
o exercício da cidadania e o atendimento das e os sindicatos está colocado outra vez na or e estrategicamente orientada, pode derrotar a rever parte de suas interpretações e postulados
demandas sociais existentes O próprio mundo dem do dia, no contexto novo da democra curto prazo'o projeto neolibenil e contribuir político.s. Essas mudanças permitiram que o
do trabalho—em panicular o movimento ope tização do Pais, da reforma da legislação traba- para um quadro político mais fevorável às de PCB aparecesse com uma face nova, como um
rário e sindicai, mas também com um grande lliisia e da modernização. Simultaneamente, as mandas dos trabalhadores, o que sem dúvida partido rejuvenescido,e recuperasse sua credi-
L*'

VOZ • 15

bílidade ptílítica A,s fwssibiiidades e potencia dência. Um partido influente nas in.stituiçõe.s
lidades aproveitadas e absonidas — terminada (da sociedade civil e da sociedade política), mas
a Ciunpanha,o Panido voltou ao estado de para cujo relacionamento nãu .seja instrumental e
lisia ou mesmo de leuti.^ia política. nem de íòrnia a comp.artimentá-las, ,
115.0 que levou o PCB à situa(,io atual"'' • 130. Um partido nacional e iniernacianali.sta,
-116. A causa principal consistiu em que a capciz de inieitir na rasolução dos grandes pro
Direçio Nacional e os demais dirigentes do Pítr- blemas da .sociedade brasileira com democracia
tldo não construíram jXTceber e compreender e justiça, mas também colaborar para o equacio-
a tempo e era plena medida a necessidade de naiTiento das questões imernacioiKiis. Um parti
mudatica-s Não oUstante os esforçcK^ realizadas, do que não .seja apenas e tão .s( rmenie sol Idário
na ati\Mdade prática pre\'aleceram as tendências, com o.s que baseara e agem no sentido de enca
práxise cultura política conseiTadoras,a inércia minhar, positivamente e de forma democrática,
política e a tendência de enfrentar a.s nova.s o.s problemas que afligem a humanidade, mas
sugestões cc)m os esquemas habituais, um partido que seja parte e participe de instru
Ü7.As JificuJdades de compreender a pró mentos e movimenttjs que agem e lutam no
pria questão derancrárica. bem conro a iiova sentido do enfremamento e deflnição ou solu
sociedade ci\'ü emergida após o processo de ção de questões globais e universais, na busca
modernização conservadora,seus problentas e de uma nova ordem internacional. De.s.sa forma,
contradições \iKiis. tendências e perspectivas não pode e nem deve .ser omisso e indiferente
sociais estmani relacionados, eiti grande medi ao novo iniernacionalismo que forças de es
da,ao escad© e à evolução do nosso peasamento querda diversas começam ;i gesiar.
reória>—e es,sa área ê uma das nos,sas grandes
se propõe, através do K Congre.sso.-a abrir ejrepensar o reino da liberdade, da igualdade
XIX
debilidades. A nossa debilidade teórica exerceu
grande influência negativa na resolução de um prtKesso de ge.sração de uma nova formação e da felicidade numa socicdíide armplcxa como
questões políticas e práticas. Tal debilidade não polítia e de uma nova forma-partido que .se a do fi nal do .século XX e a que .se antevê no
jjode ser .sylxstimada Pri\'ilegiüij-se o esmdo credencie à interpelação da ntna natureza dos próximo. . ^
do "marxismo-Ieninismo" em detrimento cie , movimentos sociais, da intelectualidade e das 127. Um partido democrático e plural, onde A nova formação política,
concepções alternativas a este arsenal teckico forças democráticas. Propõe-se a analisar criti- a unidade se faz na diversidade e no terreno
terceiro-internacíonalista Desenvolveu-se yma eamente sua trajetória histórica e recriar .sua da representado, da ação e dti direção. Isto 131. Contemporâneos do femlhar de idéias,
débil política de formação de quadros que, identidade nessa nova formação politici que implica na cím.stnição de uma experiência de- da polêmica e da riciueza intelectual progres-
além de escassa inipieraentação. privilegiara a deve ter um caráter democrático, lalco e de niocrática coletira e não na disciplina imposta .si.sta — de cjue Marx foi um precursor — deve
doutrina que nos norrea\"a e nào a política real. massas. de cima e na obediência hierárquica-adminis- mos ad\'ogar um ideário socialista compatível
123. E-ssa opção não significa outra coisa se iracha. Exige a superação do sistema do cemra- com o século XXI. Precisamos intensificar esfor-
118. Esse processo dificultou inclusive o li ÇO.S para articular, em ações comuns, em torno
vre desen\"oh1mentü de tendências reno\'ado- não que nó.s. comunistas brasileiros, filhos legi-" lismo democrático. Pre.ssupòe a conivência
ras. Neste particular, a Direção Nacional faz au limos da Revolução de Outubro de 1917 e da com a diferença e o di.ssenso. não amio des\iu. de qúestõe.s concretas, locais ou nacionais, to
tocrítica cia forma incorreta como conduziu a Imemadonal Comunista e herdeiros do legado fracionismo e cisão, mas como momento privi dos aqueles que se disponham a panicipar do
legiado e atn'o na elaboração política e na mon esforço de construção du movimento para o
luta interna no início da década de SO, uma histórico de 1922. estamos dispostos a realizar
tagem da unidade de ação. Requer a tran.spa- novo socialismo — nos movimentos sociais,
época decisiva para a renovação do PCB e para uma verdadeira revolução em nossa história parlamentos e governos; nos bairros, empresas
o aperíêiçoamento de sua política demócráiicá. e em nossa tradição. Esse nos-o projeto é, assim, rência em todos o.s níveis e o rompimento com
as posturas políticas e.organlzacivas patrimo e outros'locais de atividade.s —, inclusive já
Ein decorrência, houve o afastamento de inú- muito mais que renovação. As niíssas melhores
maroF companheiros, sobreaido inteiectuais, heranças do passado não se perderão, mas con niais, burocráticas e gerenciais. Exige o reco tendo em conta a.s eleições municipais de 1992.
tribuirão para a construção de nossa nova iden nhecimento da soberania dos militantes na e.s- 132. Este esforço de aglutinação de uma nova
que enhtizavam a centralida*de democrática e ti rrmaçáo política construída pelas forças do no
já diagno.sticavam a crise du '■.socialismcj real". tidade, uma no\-a força política amtemporânea, colha das políticas e'do.s dirigentes. Necessita
As /nudanças que pn^pomos não poderiam dei que incorpore outras experiências e cultuní.s. da criação de canais de participação e deci.são vo .sociali.smo — e que tem sua gêne.se na reno-
xar de analisar aurocriricamente aquele perfodcT que gere outro mod<í de .ser, pensar e agir agéls, funcionais e nuaivatiores para a militãncia \açâo radical do PCB —, para ser efeti\'ü, deve
decisivo na vida do nosso partido revoluckmariamente. e onde a atíMdade e ação política organizada estar vinculado ao cotidiano da política, das
119. Ainda que já tenhamos diagnosticado 124. Chegou-se a uma situação em que os signifi(]ue não só mei<js e fins para transfor- grandes questões nacionais e internacionais,
no no.-^sü MI Congresso algumas d3.s contra portadores da idéia de um ihjvo .socialismo têm ntações .'^ócio-polniais e culturais. ma.s também ao.s problemas locais e dos diferentes movi
dições e dificuldades existentes na l'R.SS e. em de trilhar caminhos novos, inéditos, jamais per fi^rma de realização individual e coletiva. Enfim, mentos. inclusite promovendo a organização
cena medida, nos países du Leste europeu, não corridos no passado A reside o grande de.sáfio uma no\-a forma-partido não simplesmente co de fóruns permanentes de cli.scii.s.sões entre as
fomos capazes de comjxeender enKSua pleni posto â nota formaçãfj política e à nova forma- mo máquina. ma.s como instrumento e como forças poliiiciS interessadas. Deve ter a inicla-
tude os limites históricos do projeto de "socia panldo. pois já não é mais possível repetir as .sujeito de craasformaçõe-^. como organizíl^áo ri\'a das luias' e reivindicações populares, das
lismo real" na forma como ele se processou, OJÍocaçfjes e as fórmulas do passado. ,da ação política e e.spaçó de pensamento e senii- esquerdas e demais correntes democráticas e
nem de prever a sua cri.se. 125. É isso, portanto, o que o PCB se pro|X)e niemo coletivo.s. progres-sisras,
120. A tv)n>bÍnaçáo dinâmica desse.s fatores a realizar para continuar a kiiaf, na'- conüiates 128. Um partido C(jm uma cultnni política 133. Isso significa articular a ação institucio
levou o IO á situação de Hoje, e ela demonstra atuais, pt)r aquilo que sempre foi (> nos.so ideal- socialista democrática, integrado por todos nal e a Ínter\'enção nos movimentos sociais de
(•) quantí) são-necessárias- profundas cran.sfftr- o socialismo, dando conseqüência àquela origi acjueles que. independentemente de suas opi massas para unir as forças democráticas e pro
niaçóes. O PCB deve encontrar forças e ajra- nal definição dc eomuni.smtí feita por Marx: niões religio.sas e fi losóficas, aceitam o seu pro gressistas em torno de um nrojero de saída du
gem para avaliar essas questões e reconhecer "movimento real que anula e supera-o estado grama e estatutos, miliiam em uma de suas órga- radoura para a crise brasileira, ultrapa.ssando
a necessidade de alteniçõe.s radiciLs da nas.sa de coisas atual". nizações e contribuem materialmente para suas as divisões e barreiras existentes, o que só é
trajetória Tal .mudanc? ê necessária, não há ou ariviclades. Um partido que. orientado pela aná- possível através de um amplo, entendimento
tro cafninho. li.se da realidade concreta, inspira-.se nas con- nacional, como temo.s reiterado. Ao mesmo
121.-A elaboração e implementação dc um cepçõe.s marxistas e n;i ex|:)eriência do mo\'i- tempo, exige que se trave a batalha pela coasoli-
})roje[o democdiict) e a con-sirução do novo
sociali,smo exigem um nü\-o operador político.
3 se expre.ssar em um novo modelo e nova
XVffl mento operário e .socialista e as desenvolve em
cónvirio e diáltjgo com as concepções demo
cráticas e progressistas do mundo contempo
dação da democracia e contra o.s interesses dos
setores coaserv^dores e reacionários que já
preparam a revogação de conquistas democrá
concepção de partido profundamente demo- O partido novo râneo, ticas recente.s. através da revisão constitucional
aáticos, respeitador das minorias, das convic _129. Um partido do mundo do trabalho e prevista para 1993, reforçados pelas recentes
ções e credos individuais, pluralista, permanen 126. l;m partido com um projeto ptáitico ca da cultura, em todas as suas relações e articula manife.stações do governo. A Constituição brasi
temente capaz de renovar .suas direções. As con- paz de projetar e plasmar o futuro (uansiçüo ções, amplitude e complexidade, que lenha co leira tem conteúdo progressista e não pode ser
cepçõe.s de ditadura do proletariado, do mono .socialista) no presente e que permita visualizar mo fi nalidade as valorizações do trabalho e dos retalhada por interesses retrógrados. Ela é uma
pólio do poder pelo partido único e sua fusão a ultrapassagem do capitalismo; onde o futuro tempos de vida e .suas libertação e desalienaçâo garantia democrática legal para o equaciona-
com o Estado, da predominância dos quadros não seja uma inevitabilidade fústórica mas uma plenas e, conseqüentemente, uma profunda al memo progressista dos grandes problemas na
."«^bre a participação das massas, produtos da possibilidade real e concreta condicionada pela teração das relações de cia.sse e de poder, supe cionais.
dügmatiziçâo do pensamento marxiaa expres intervenção dos agente.s. Um projeto baseaclt) rando, no limite, a separação política entre go- 134. Acreditando na perspectiva desse proje-
sa no "marxismo-Ieninismo", tudo Isso exau numa via proce.ssual, centrado na democracia vernante.s e governadas. Um partido de homens 10, propomos um' encontro nacional do qual
riu-se. Há que buscar uma nova concepção de como a via do socialismo. Um projeto de radica- e mulheres, com direitos e oportunidades participem comunistas e socialistas, marxistas
partido, com uma nova teoria e uma nova cultu lidade democrática — com áreas de rupturas iguais na ação, na formulação e na direção. Um ou não, com panido ou sem partido, sem mode
ra jioiíüca extraídas da ri ca herança teórico- possíveis — que supere as conveniências políti partido aberto aos novos sujeitos e movimentos los e programas pré-estabelecidos. Esse con
política do movimento socialista e das novas cas momentâneas ("ratldsmo"), mas que tenha sòdo-políticos, intérprete das novas demandas fronto autêntico de opiniões, idéias e experiên
realidades do Brasil e do mundo. nos conflitos (tendo em conta as regras da de do mundo do trabalho e da cultura, do movi cias, com regras consensuais, tem o objetivo
122.0 PCB é parte integrante daquela es mocracia) seus elementos necessários e im mento dos jovens e das mulheres, do ambienta- de erguer no campo da esquerda moderna uma
querda brasileira comprometida com a centra- prescindíveis às conquistas igualitárias e libertá lismo, do pacifismo, dos movimentos raciais, nova plataforma programática e uma nova for
lidade demoaáiica e compreende que esta é rias, Um partido capaz de se antecipar e alar religiosos e reivindicativos urbanos. Um panido mação política, socialista, humanista e demo
muito mais numero.sa e encontra-se dispersa fatas políticos novos, de recriar uma reraoti- de massas, fortemente inserido em seus movi crática capaz de intervir em nosso país e cons
em vários outros partidos ou fora deles, O PCB vação histórica em torno dos ideais socialistas mentos, respeitando sua autonomia e iiidepen- truir uma alternativa real de ptxier.
1Ó• voz

Para um modelo democrático e


progressista de desenvolvimento
Proposta de programa
para uma saída
duradoura da crise com
mais democracia ejustiça
social.

I
Pobreza e potencialidade
1.o BrasiJ está vivendo a mais aimiJÍeia e profunda crise
destes úUimos cinqüenta anos de sua história, uma crise que
combina uma prolongada estagnação com um crescente dissen-
so polmco entre as classes dirigentes e as classes subalternas
e no seio da própria burguesia. Estamos diante de um acelerado
agravamento da crise estrutural do sistema sócio-ecunomico.
potenciada por uma crise paralela de hegemonia do Estado
aberta com o fim do regime militar, afetando todos os cantpos
da vida nacional e tendendo a agudizar as tensões sociais e
a luta política. O descontentamento social ,se fazendtrgeral,
estendendo-se inclusive a amadas privilegiadas da j3opulaçã<;.
2. Na raiz dessa crise enconu-a-se o fato cie que. em virtude
da exacerbação, nus últimos vinte e cinco anos. du aráter con
servado! que sempre presidiu(j üesenvoHlmento do capitalismo
em nosso pais e da oligüpolização e anelização daxeconomia.
bem como da apropriação do Estado pelos monopólios, proces
sou-se uma mudança radicai nos te.rraas- da divisão funcional
da renda nacional em benefício dos lucros e luros e em detri capaze.s de inverter essa realidade. Para tanto é necessária a vamente pequeno de pe.sqiti.sadores, apresenta um sólido ponto
mento do.s salários, e do Estado (das rendas federal, e.staduais' adoção de um novo modelo de desenvolvimento que. diferente de panida, sobretudo em algumas áreas, para se chegar à massa
e municipais). mente do.s precedentes, tenha um caráter democrático e progre.s- critica necessária à aceleração da produção de.sse.setor altamente
5. Em conseqüência,;.o Bra.sil apresenta hoje uma realidade slsta e.se coloque como objetivxj central o resgate daquela dívida estratégico. Além do que conta com um nível de poupança
econômica e social profundamente injusta e desigual, com os social — o que exige que o crescimento e a modernização interna que capacita o país a decidir com relativa autonomia
extremos ocupados, uma ponta, por uma ecomimia relativa econômica se e.stenda por toda a economia e não apenas a sobre o seu próprio desenvolvimento, nos quadros da interde
mente moderna, que repre.sentou o fator dinâmico no nosso uma nova parcela da mesnía. pendência e integração internacional.
desenvolvimento nesse período; na outra ponta, ã conservação 7. Estão madttras no Brasil as condições para transformações
do arraso em numerosü.s setcjres econômicos è em vastas regiões dessa magnitude, confígiirando-se uma conjunção de fatores %

dti pais. Esse processo vem aprofundatido a divisão da•sociedade que favorecem o empreendimento de um proieto democrático
em duas partes cada vez mais distanciadas entre si. colocando,
de um lado. a minoria privilegiada que usufrui os benefícios
de desenvolvimento econômico e social. De uma parte, empur
ram nessa direção exigências poderosas da economia e da reali II
do desenvolvimento e, do. outro, a maioria que vê seu níveldade social como as já referidas; de outra parte, pressionam
O projeto dos comunistas ^
de vida em continuado rebaixamento. Mais: uma parte de.ssa no mesmo .sentido as exigências das massa.s por mudança.s no
maioria encontra-,se simplesmente marginalizada da vida econô país, num contexto em que se fortalece a sua influência na 10. o modelo de desenvolvimento democrático e progressista
mica e social. vida política nacional. A preferência da grande maioria do.s eleito
que o PCB propõe, em contraposição aos modelos elitistas e
res. no pleito de 19H9, pelü.s randidacos à Presidência da Repú conservadores até agora impostos pelas classes dirigentes,difere
4.As limicaçõe.? econômica-s e as distorções sociais de.sse mo
delo de desenvolvimento se evidenciam no fato de que, con blica que aparentavam melhores condições para realizá-las —
quanto a nossa economia tenha alcançado a oitat-a colíxação Collor, Lula e Brizola — foi fator decisivo para que os dois essencialmente de.ste.s últimos porque tem como meta,s o cre.sci-
mento e a modernização de toda a economia, em todas as
no mundo capiiaEsta à altura de I9fí0, os índices realmente primeiros chegassem ao segundo airno. E as urnas revelaram
ainda que a separação entre vütü.s por mudanças e voto.s indife regiões do pais,e o desenvolvimento social de toda a população.
indicadores do nive! de desenvolvimento .social continuavam 11. A saída da crise e a realização des.se novo tipo de desenvol
a ser os de um pais subdesenvolvido: a nossa produção per rentes a estas não se fez num plano horizontal — indicativo vimento
capim era tão somente a 32^ na economia dessa parte do mundo. de que essa reivindicação dizia respeito a apenas determinados ano e seuexigirá a redução da iiMlação a um índice de 20% ao
sucessivo declínio até o nível existente nos países
Quanto ao.s indiadores da qualidade de vida — que compreen- estratos .sociais —,mas, sim, se fez no plano verticaí, a demons
çlem iten.s como a capacidade aquisitiva dos salários,ascondições trar que as mudanças são uma exigência que une um largo de.senvolvldos; a retomada dos grandes investimentos privados
espectro .social. e estatais'em meios de produção e inífaestrutura econômica;
de moradia, o acesst) à educação e à assistência médica e hospi- uma fone priorização do desenvolvimento da ciência e tecno
talar, o saneamenttj básico, a qualidade dos transportes urbanos 8.Livre para reproduzir-se segundo seus próprios intere.sses, logia; uma ampla reforma agrária e uma nova política agrícola;
de massas,as ajndições de meio ambiente e a segurança pública o capitalismo o fará sempre concentrando renda, o que leva um progranía estatal de investimentos sociais capaz de mudar
—, eles nos colocam numa situação pior ainda: (Kupávamos à acumulação de riqueza num polo e de pobreza em outro. radicalmente as realidades atuais nas áreas de educação, saúde,
um distante 46-' lugar, atrás de numerosos países da América Mas es.sa tendência natural sofre o enfrentamento de contraten- seguridade social moradia,".saneamento básico e transportes
Latina, isto põe em evidência a imensa dívida stKial acumulada dências desenvolvidas pelas classes e setores sociais explorados urbanos de massas; a multiplicação do poder aquisitivo do mer
com o nossc.i povo. ou i)rejüdicadüs, que reagem em defesa de seus interesses. cado interno e a aproximada equalização desse poder em todo
5. Esta situação agravou-se con.sideravejmente no último decê 9- O empreendimento de um projeto democrático e progres- o território nacional; a capacitação da economia brasileira para
nio, de.slocando o país para posições ainda mais à retaguarda competir no mercado internacional.
.sisia de desenvolvimenttj conta ainda a seu favor um nível de
em comparação com outros do chamado Terceiro Mundo e industrialização e de auto-suficiência alcançado pela economia 12. Para a realização auto-sustentada de um desenvolvimento
tornando mais gritantes as diferenças regionais. brasileira que a situa em primeiro lugar entre as economias de tal magnitude, doi.s problemas fundamentais precisam ser
6. As dimensões alcançadas pela crise brasileira colocam na consideradas de grau médio de desenvolvimento.Conta também, resolvidos: um deles é a garantia da disponibilidade de recursos,
.ordem do dia a necessidade imperiosa de mudanças estruturais com uma capacidade de investigação científica e de criação de em volume e condições de.£essão adequados, suficientes para
profundas no pais, canto no campo econômico como no .sodal. tecnologia que,embora ajndaenvolvendo um contingente félãti- financiar o.s enormes investirhentos privados e nacionais que
se &rão necessários; o outro, a capacitação do mercado interno submetidos à fiscalização e ao controle da sociedade ciril. A desenvolvimento da ciência e a produção de tecnologia de ponta
para absorver a crescente produção de bens e serviços. A solução democratização deverá abarcar as instituições do Estado,as suas e a instalação de novos ramos econômicOvS de moderna tecno
desses problemas esm na inversão dos termos em que se dá relações com a sociedade civil e a democratizado das próprias logia essenciais à modernização da pane atrasada da economia.
atualmente a divisão de renda no Brasil, de mixio a aumentar instituições da sociedade. O fortalecimento da sociedade civil, 25.A solução da divida externa está, por uma parte, na dimi
3 participação dos salários e do Estado na mesma, ao mesmo das entidades sociais, e o desenvolvimento da opinião púbJia nuição do estoque da dívida e, por outra, no estabelecimento
tempo em que se promove o aumento da produto e da produti autônoma serão os principais impulsionadores da democrati de novas condições de juros e de prazo de pagamento,adequa
vidade nacional, issegurando-se assim <5 necessário crescimento zação do Estado. das à nossa real capacidade de cumprir o acordado sem afetar
absoluto da renda auferida pelo capital privado, capacitando-o a nossa capacidade de crescimento econômico.
a ampliar seus investimentos. CAPACITAÇÃO FINANCEIRA DO ESTADO 26. A dívida interna,que exige igualmente uma reestruturação
13.É preciso considerar que,com exceç-ao dos investimentos de prazos e juros, é politicamente o problema mais delicado,
de capitai estrangeirv), tudo o mais terá de feto uma única fonte: 21.0 equacionamento dos problemas da dívida externa, da pois afeta direta ou indiretamente a disponibilidade dos recursos
o excedente pnxluzidu no país, a chamada poupança nacional. dívida interna e dos subsídios e incenií\'OS permitirá estancar das empresas destinados a investimentos. Para essa divida d^em
Jstü quer dizer que uma distribuição diferente da renda nacional, a sangria das recursos do Estado e em boa medida recuperar .ser combinados juros equivalentes aos de mercado, masrariáveis
reduzindo a parricipação relativa do capital privado, enconirará a sua capacidade de investir. A queda da inflação e o alento segundo os prazos de vencimento dos títulos estatais.
uma tenaz resistência deste último. Para ser bem sucedida, essa da arrecadação que terá lugar coin a retomada do crescimento
nova política de rendas predsa estar respaldada por um amplo são oun-os fetores que favorecem a recuperação das finanças POLhlCA SALARIAL
apoio das massas de assalariados, da opinião pública e dcvs seg públicas, e não apenas no âmbito federal mas também no esta
mentos progressisüs do empresariado,e contar com um Estado dual e municipal- Mas essa reaiperaçâo não será suficiente sem 27. A política de rendas capaz de sustentar um desenvolvi
democratizado capaz de volctr-.se efetivamente para o interesse uma reforma fiscal de profundidade. mento econômico democrático e progre.ssista reciuer a promo
público e de levar à prática um amplo programa de investimentos 22. A carga tributária no Brasil,ao contrário do que.se propala, ção de um crescimento continuado da ma.ssa salarial paga no
sociais. é atualmente muito mcmor do que há vinte anos, e ainda teve país e o beneficiamemo privilegiado dos salários mais baixos,
14. A democratização do Estado brasileiro (nos três níveis) agravado oseu caráter fortemente regre.ssi\'0, portanto altamente simultaneamente com a progressiva incorporação ao mercado
e a implementação da nova política de renda .são, assim, condi ami-socrai. Ou seja, o trabalho suporta uma carga de impostos de trabalho dos milhõe.s de brasileiros até agora dele margina
ções decisivas para consecução das profundas mudanças estrutu proporcionalmente maior do que o capital, noiad^ente quando lizados.
rais de que o Brasil necessita para a sua modemizaçãoeconômica se leva em coasideração as impostos indiretos. Além di.s.so, há 28. Para uma mudança radical na vil estrutura .salarial vigente,
e social. um elevado grau de .sonegação e, apesar das promes.sas da é imprescindí\'el o estabelecimento de uma política de longo
governo atual, subsistem Incentivos e subsíduos que apena.s prazo com a finalidade de multiplicar várias vezes o valor real
NOVA POLÍTICA DE RENDAS servem para engordar o capital dos beneficiados e 'sustentar do salário mínimo e, em percentuais decrescentes, os demais
e.strutüra.s econômicas atrasadas. .salários compreendidas entre um e dez mínimos,além de uma
15. Para o êxito do modelo de desenvolvimento eamômico 23. A reforma tributária .será um dü,s principai.s instaimentos política que estabeleça mecanismos automáticos de defesa dos
e .social que propomos, a chave está na mudança radical da para o Estado assegurar-se uma maior participação na divisão salários contra a inflação e que incorpore aas mesmos os ganhos
política de rendas que tem servido aos antigos modelas. O da renda nacional, devendo ser utilizada com o claro projxbsito de produtividade da economia,
comportamento da economia brasileira nos últimos trinca anos de justiça social, fazendo pagar progressivamente mais aqueles 29. Numa primeira etapa, arbitrável em quatro anos, por ser
demonstra que a massa salarial vem tendo a sua participação que auferem maiores rendas. .Mas a reforma tributária deve este proraveímeme o tempo necessário para o país superar
fonemente diluída em favor do crescimento da participação ser guiada também por um sentido de estratégia econômica, a atual crise e dar início a um crescimento .su.stentado, a meta
reiativ-a dos lucros e dos juros na renda nacional. Os salários, de tà modo que entre os atuais ganhadores da política de rendas a perseguir deve ser pelo menos a duplicação do salário mínimo
que participavam com mais de 50% dessa renda no final dos se dê tratamento diferenciado ao capital produtivo — que estará real e a €le\'ação em 20-25 por cento da massa salarial total,
anos 50, viram sua parte diminuída para 35,4% em 1980 e para na base do novo ciclo de de.senvoívimento — e se grave o tendo por referência os valores médios alcançados em 1990.
menos de 30% atualmente. Enquanto isso, a participação relativa capital especulativo e parasitário. Numa perspeaiva de prazo mais longo, em torno de dez anos.
dos lucros e juros cresceu de menos de 50% no primeiro daque 24. Os critérios a serem observados na concreçào de subsídio.s pude-se prever a possibilidadè de um salário mínimo de valor
les anos para 58% em 1980 e 65% em 1988.0 Estado tornou-se e incentivos ha área econômica devem ser os de que estimulem real quatro vezes .superior ao atual e a duplicação da massa
igualmente outro grande perdedor no decorrer dos últimos a realização dos objetivos estratégicos de um plano nacional salarial total, tendo em conta o crescimento que terá havido
quinze anos,em conseqüência do dessangramento de suasfinan de desenvolvimento, entre os quais devem .ser prioritários o no número de trabalhadores.
ças pela via dtxs incentivos e subsídios improdutivos ao capital
privado, das altas taxas de juros pagas ao mercado financeiro
e da cjueda da arrecadação causada pelas altas-taxas atingidas se acirrava, o fraclonismo foi "uma derrota das forças
pela inflação e pela queda do PIB provocada pela recessão. ganhando corpo dentro do PCB, democráticas e nacionalistas e
16. A inversão desses dois proces^tó é a condição absoluta
mente neces,sária não só para promover um novo ciclo de de.sen-
voivimento sustentado mas até mesmo para simplesmente retirar
Bfln Parte do setor universitário da
Guanabara é expulso e organiza
um grupo denominado
uma vitória das correntes
reacionárias e entreguistas". Seu
resultado foi a implantação de um
FESTI
o país da cri-se "Dissidência". Em agosto de 1967, "regime ditaiorial, militar, de
Carlos Marighella vai para Havana conteúdo enlreguista,
REFORMA DEMOCRÁTICA DO ESTADO participar da Conferência da antidemocrálico e anlioperário."
Organização Laiino-Americana de Feito isto, a resolução
17.Em torno do tema do papel do Estado brasileiro na econo Solidariedade (CIAS), na qual a estabelece a tática a ser seguida
luta armada através de focos
mia, uma acirrada luta vem se desenvolvendo nestes últimos pelos comunistas, ressaltando que
Guerrilheiros é apontada como a tarefa mais imediata é a lufe
anos entre "estaiistas" e "aniiesiatistas", mobilizando variado.s forma central para se chegar ao
interesses parriculari.stas. Discutem os linúte.s do poder de regu- contra a ditadura, a fim de
socialismo. Em setembro a
iantentaçãü da economia pelo Estado e a sobrevivência do .setor derrotá-la e conquistar as
Comi^âo Executiva do Comitê liberdades democráticas. Assinala
produtivo estatal. .Mas o problema real que se colora, diante Central intervém edeslilui os
que a "revolução brasileira, em sua
da necessidade de superar o subdesenvolvimento económia) Comitês Estaduais de São Paulo, presente etapa, deverá liquidar
e social, é o da despiivatlzação do Estado e da nova qualidade Rio de Janeiro e o Comitê
dois obstáculos históricos que se
que deve assumir sua participação na economia. Melropolilano de Brasília. São opõem ao progresso da Nação: o
18.0 fato de ^ue o caj")ital privado se dirige para ali onde expulsos, ainda, alguns membros domínio do imperialismo e o
pode auferir maior taxa de lucro, não levando em consideração Policia impede passeata Cinelàndla, Rio de Janeiro, 6/8/1968 do Comitê Central: Marighella, monopólio da terra. Ela é, assim,
as necessidades económiras e sociais do país, e ainda de que JoverTelles, Câmara Ferreira, nacional e democrática. Devido à
leses representaram uma derrota Mário Alves, Jacob Gorender, preponderância do fator nacional,
o comportamento do capital estrangeiro c decidido, em última Miguel Batista e Apciónio de
iastância,por suas matrizes—e,portanto,por interesses exterio VI CONGRESSO política para os dirigentes
descontentes com a direção, que Carvalho, Além disso, são
a direção dó golpe principal está
res ao pais — toma indispensável que o Estado bra.sileiro voltada contra o imperialismo,
então consideravam a luta armada afastados vários dirigentes principalmente o norte-americano,
as.segiíre o desenvolvimento dos .setores estratégicos da econo Poucos dias antes do golpe de como a única aílernativa de intermediários e vários delegados eseus agentes internos
mia, os quai.s, como regra, exigem pe.sado.s investimentos de Estado de 1 > de abril de 1964. no combate eficaz à ditadura. eleitos para o congresso. Mesmo não liquidando a
lento retomo e enfrentam a-má vontade,quando não a oposição dia 27 de março, o jornal Novos A partir dai, as divergências Depois de um período . exploração dos operários pela
aberta, do apitai imernacional. Rumos publicava as Teses para acirram-se na Tribuna de relativamente longo de discussão burguesia, a revolução nacional e
19.Mas para que o Estado possa desempenliar esse papel, Discussão,como preparação para Debates, que circulou na das teses,com um debate acirrado, democrática abre caminho para a
uma das condições é que ele seja desprivatizado, Isto é, que o VI Congresso do PCB, marcado clandestinidade em fins de 1966 e
dilicil e até dramático,b PCB realiza vitória do socialismo".
deixe de.ser uma prtjpriedade do jxxlér econômico e dosgrupos para novembro de 1964, mas no primeiro semestre de 1967. o seu VI Congresso em dezembro
políticos que o eoitKam a serviço dos monopólios, do fisiolo- adiado em lunçáo dos Dirigentes e militantes que Por fim, o texto chama a atenção
de 1967 em São Paulo, na mais
acontecimentos. Em meio a uma propugnavam a luta armada como para a necessidade de combater
gismo e do clientellsrao. e se transforme em E.stado público, acirrada lula interna ro seio do remédio para o "oportunismo" das
estrita clandestinidade. O seu
as distorções e os desvios do
wltadü de fato para os interes.ses da população, dando ênfese resultado foi a afirmação e o • dogmatismo e do golpismo, ainda
Partido, no primeiro semestre de Teses passaram à ofensiva, desenvolvimento da linha política
aos investimentos sociais: A outra condição é que a .sua política 1966 o Comitê Central do PCB preconizando a criação de "focos com forte presença no interior do
fiscal seja capaz de assegurar-lhe uma renda pública suficiente do V Congresso. PGB. Condena ainda as
reelabora as Teses para guerrilheiros" com uma plataforma
para o financiamenttj dos invesiimento.s econômicos e sociais Discussão do VI Congresso, de luta "radical" a ser A resolução política do VI concepções que entendem a
próprio.s, sem ter que recorrer a recurso.s iniladonários. reconvocado. As novas teses são implementada pela via Congresso procura, antes de mais revolução não como um fenômeno
20. Para que tais mudanças sejam concretizadas, é indi.spen- aprovadas em junho e lançadas insurrecional. nada. caracterizar o golpe de de massas, mas como resultado da
savel também a democratização do Estado, de tal modo que pára o debate em setembro. Essas Na medida em que a luta interna Estado de 1» de abril de 1964 como ação de cúpulas ou do Partido.
suas políticas j)úblicas sejam amplamente discutidas e seus atos
•.'.1 iHi i^C :)V.i ..'I I ).i.,

*
30. Em tomo de uma lal política salari^,é possível um enien- 44.Com essa finalidade, consideramos que deN'e ser imple
dimenio,explícito ou tácito, entre o empresariado e os trabalha mentado o Sistema Único de Saúde-SUS, público, descentra
dores. Para governar e retirar o país da crise e empreender lizado e democrático, conforme projetado durante a 8^ Confe
um novo ciclo de desenvolvimento,a classe dominante necessita rência Nacional de Saúde. Devem ainda ser esratizadas, confor
paauar um conseaso mínimo com as classes subalternas, espe me determina a Constituição, os setores produtores de insumos
cialmente com a classe operária. imunoiógicos e de sangue e derivados. in,sumos criticas para
a população. Ao mesmo tempo, é necessário um programa de
CIÉNOA E TECNOLOGU longo prazo de saneamento básico — água potável, coleta e
tratamento das esgotas, drenagem e coleta e disposição final
31. A modernização de ttxla a base produtiva, das serviços do lixo — para as populações ürbana.s, dos grandes, médios
e da infra-estrutura econômica e social é condição para osucesso e pequenos centros, das {periferias, e também as populações
de um desenvolvimento econômico democrático no Brasil — rurais, além da difusão de educação sanitária e de conhecimento
e o grau que pode atingir essa modernização vai depender de processos.simples para assegurar a qualidade da água ingerida
diretamente dos progressos alcançados no desenvolvimento da e evitar contaminações através dos dejetos.
ciência de base e das novas tecnologias,
PARA A HABITAÇÃO
32. A utilização generalizada das novas tecnologias na econo
mia é indispensável para o fortalecimento da cidadania e da
democracia. Ela concorre para resolver esses problemas pela o 45.0 Brasil exibe um déficit habitacional calculado em dez
milhões de unidades, dos quais não menos de seis milhões
via da elevação da qualidade do trabalho executado e.em conse nas áreas urbanas — supridas pelas favelas e cortiços. As condi
qüência,da elevação do salário real,do barateamento dos produ ções subumanas em que vivem os favelados, panicularmenie
tos de consumo de massas e dos serviços, destacadaraente ali nas grandes cidades e suas áreas metropolitanas, torna a solução
mentação, moradia, transpones urbanos de nmsas, assistência desse problema uma necessidade"social aguda, de\'endo ser
médica e hospitalar, educação e formação profissional, melhoria incluíao, por um período de não menos de três decênios, no •
real das peasôes e aposentadorias, Além dis.so,o intenso empre rol dos serviços sociais a serem prestados pelo Estado a fundo
go de tecnologias de ponta é condição necessária para que parcialmente perdido.
ü Brasil pos.sa integrar-se cada vez mais na economia mundial
em acelerado processo de internacionalização,em que o comér- 46.É viável uma mudança drástica nessa situação num prazo
do mundial cresce extraordinariamente de imponància e o nas- de 15 3 20 anos,com a execução de um plano nacional destinado
so mercado interno terá de abrir-se à concorrência estrangeira O PAPEL DA EDUCAÇÃO a promover a construção de habitações modestas, exclusiva
mente para a população de baixa renda, à razão mínima inicial
REFORMA AGRÁRIA 39- Na época da revolução (écnico-científica, na qual o pro de 200 mil unidades por ano. Um plano que envolva a União,
gresso baseia-,se m acelerada produção de novo.s conhecimentos os estados, os municípios e as comunidades interessadas e que
científicas e de novas tecnologias e sua rápida utilização na inclua medidas para baratear a produção dos materiais de cons
33. Um projeto de desenvolvimento progressista da sociedade produção de beas"materiais e em todas as esferas da vida social, trução, o custo da terra e de sua urbanização.
brasileira requer imperiosamente a realização de uma reforma a Eduaçáo adquire um valor altamente estratégico para todo
agrária. A reforma agrária tomou-se premente entre nós apenas projeto de desenvolvimento democrático. 47. Devem ser moradias dotadas de água,luz e esgotos, cons
por razões econômicas. Dados do Ceaso Agropecuário de 1985 truídas próximas a fontes de emprego e assistidas pelos equipa
mostram sinais de que a agricultura brasileira entrou numa 40. No entanto, a educação enconira-se no Brasil em crônica mentos sociais e urbanos indispensáveis(escolas, postos de saú
fase de indiscutível perda de seu ritmo anterior de crescimento e profunda crise, ^esar de nosso país figurar hoje entre as de, transporte etc). Moradias necessariamente modestas mas
ou talvez mesmo na fese de uma quase estagnação. Es.sa per^ dez ou onze maiores economias do mundo capitalista, encon suficientemente sólidas para serem usadas pelo menos por 30
de ritmo se verifica na expansão da área total dos estabeleci tra-se em 77'^ lugar nas estatísticas educacionais. Políticas atrasa anos.
mentos agropecuários, na area das lavouras(soma das lavouras das e segregacionisia.s vêm promovendo uma educação obsoleta
permanentes e provisórias), no acentuado decrésdmo do par 48. Esse plano é factível, não só pelo baixo custo para o
em no.ssa época e produzindo em massa desqualificados- do Estado — em valores atuais, não mais do que 100 bilhões de
que de tratores, no menor crcscinicnio efwlvü rota) de bovinos ponto de vista profis-sional. Dos 25 mllhõe.s de alunos de 1-
e de aves e no decréscimo marcante, em termos ab.solutos. grau,apenas3 milhões chegam ao curso secundário e 1,5 milhão cruzeiros por ano, por conta da União, à razio média de 500
do rebanho suíno. mil cruzeiros por unidade construída —,como também porque
ao ensino superior, dos quais 65% necessitam pagar para ter contará a seu favor com o virtual estancamento da migração
34. Uma das mais graves conseqüências de tais Insucessos oportunidade
determinam
de estudar. Na era em que a ciência e a tecnologia para as grandes cidades, em conseqüência da reforma agrária
fonemente o progresso das nações, o número de e da mudança da geografia industrial do país que um modelo
no conjunto das atividades agrícolas foi a brutal concentração
da renda no campo,em prejuízo dos agricultores mais pobres. ção. 20 a 25 vezes menoschega
pesquisadores nessas áreas
do
a ser,em proporção à popula desenvolvido democrático e progre-ssista provocará,
que nos países desenvolvidos.
Aparcela da renda apropriada pelos 10% mais ricos—particular Da rede de 1,1 milhão de professores da rede de 1- grau, 300
mente os donos dos latifúndios — passou de 34,7% em 1970 mi]não são titulados. O Brasil conta atualmente com 40 milhões CAPITAL ESTRANGEIRO
para 47,7% no ano de 1980. enquamo que a renda da metade de analfabetos,apenas7 milhões terminaram o curso secundário
(50%) mais pobre caiu de 24,2% para 17,9% no mesmo espaço e 3 milhões o curso sujierior. 49.A exfieriência das últimas três décadas e o processo obje
de tempo. tivo de internacionalização da economia mundial indicam que
35. Registrou-se,em conseqüência, uma diminuição grave na d^e 41. Um projeto de desenvolvimento democrático para o Brasil o capital estrangeiro,se admitido como complementar à acumu
ter como uma desuas prioridades estratégicas revolucionar lação interna,sem prirílégios, coibido na sua ação monopolista
produção agrícola no país; de fato, dos 33 produtos incluídos a educação.
nos levantamentossistemáticos do IBGE,mai.s da metade tiveram É imprescindível que,já na virada do século, esteja e dirigido segundo uma estratégia de crescimento, em confor
garantido escola
reduzidas suas colheitas, dai se originando séria dificuldade dobrado o número de 1- grau para todas as aianças e pelo menos midade com os interesses nacionais, pode desempenhar um
no abastecimento alimentar nos grandes centros consumidores casos, com um ensino de matrículas no 2" grau — em ambos os papel positivo na^economia brasileira, Possibilita também um
do país.
renovado e a escola pública atendendo crescimento e uma modernização econômica mais acelerados
pelo menos a 80% das matríctílas. Além do que, nas áreas onde do que seria possível se contássemos tão-somente com a capaci
36.Aamcultura brasileira, dispondo de apenas cerca de cinco se deve concentrar o esforço científico e tecnológico nacional dade interna de investimentos. Cada empresa industrial que
milhões de explorações em atividade,com uma maioria de gran o número de pesquisadores altamente qualificados(com douto se instala no país não apenas aaescenta uma nova planta ao
des proprietários que possuem mais da metade da área das rado) deve .ser o suficiente para assegurar o desenvolvimento nosso parque produtivo mas provoca o aparecimento(ou cresci
propriedades rurais, constitui uma estrutura produtiva de alta autônomo e auto-sustentável nas mesmas. mento) de uma série de outras empresas que se dedicam a
instabilidade,em cujo conjunto as aises deprodução constituem fornecer-lhe matérias-primas,insumos,componentes e serviços
a regra geraJ. , indispensáveis à produção e de outras mais que se ocupam
DIREITO À SAÚDE da comercialização dessa produção e da assistência técnica aos
37. Todas essas condições,que caraaerizara a agricultura bra clientes,
sileira, exigem soluções profundas e definitivas que resultem 42.A saúde é um direito de todos e um dever do Estado.
50. A empresa estrangeira também é fator de crescimento
num aumento do número de proprietários e numa política volta Mas o contexto sanitário em que vive grande parte da nossa do setor moderno da classe opierária e das camadas médias
da principalmente para a demoaatizaçáo da propriedade e para população expressa-se em indicadores dramáticos. O atual siste assalariadas, não só pelos postos de trabalho qualificados que
a melhoria da distribuição da renda. Para tal fim, torna-se impe ma de saúde, iníquo, anárquico e Ineficiente, está a mercê de proporcionam diretamente mas também porque as empresas
rativa a realização a curto prazo da Reforma Agrária. interesses mercantilistas da área privada e da indiferença gover
namental. O aparato médico-hospiialar público, desestruturado que lhes são fornecedoras empregam necessariamente tecno
38. Para mudar efetivamente a realidade agrária e agrícola e sucateado, não con.segue atender às necessidades mínimas logia compatível com as exigências de qualidade da compradora,
no Brasil, torna-se necessária uma reforma ^rària que, num da população. o que exige das primeiras emprego de mão-de-obra qualificada.
prazo de dez anos,contemple pelo meno.s6 milhões de famfiias 51. Se a economia mundial realiza uma nova e profunda rees
camponesas, A extensão das terras distribuídas (à razão de um 43.0 desenvolvimento democrático da sociedade brasileira truturação preparando-se para um novo grande salto, e no mun
lote de tamanho médio de 30 hectares) alcançaria o total anual exige a inversão imedlaa desse processo e o estabelecimento do capitalista os agentes dessas mudanças ,são as transnacionais,
de 18 milhões de heaares. Isto significará que, ao oá» de acelerado de um sistema de saúde capaz de proporcionar a o nosso próximo ciclo de desenvolvimento não pode proces
um decênio, o número de explorações agropecuárias subiria universalização da assistência médica e hospitalar, a defesa sani sar-se de costas para elas. Nesse sentido, não tem base a afirma^
de cerca das 5 milhõe.s. atuais para 1! milhões, ou mais do tária da população,a drástica redução da incidência das doenças çâü de que para o Brasil esta superado o modelo de desenvol
dobro, e a extensão das lavouras tenderia a crescer, dos cerca profissionais e de acidentes de trabalho e a eliminação das ende- vimento em que as transnacionais.podem ter um lugar e ura
de 50 milhões de liectares atuais para cerca de 100 milhões. mias. papel a desempenhar.
voz* 19

Balanço do trabalho de Direção


(De julho de 1987 a maio de 1991)
Do Vm Congresso até os dias e das divergências. É forçoso reconhecer que
se a nossa linha política tem facilitado a condu
correntes, a ação partidária ção correta dos prüce.ssos políticos, ainda que
transcorreu num período marcado com reconhecidas e não superadas deficiências,
temos deixado multo a desejar nos demais pia
porsigaifícatívas mudanças no nos da nos,sa atividade dirigente.
mundo, no País e noPartido que
reguereram por s/ sos uma grande
tensão e atividade dos órgãos
centrais, a Sm de enfrentar com
n
razoávelêxito asinúmeras questões, As tarefas de concentração
tanto conjunturais como
A CAMPANHA NACIONAL DE FILIAÇÃO
permanentes, que se colocaram
perante nossa organização, 10. Visando a construção de um partido legai
No tocante à nova realidade e de massas,demos inicio à Campanha Nacional
de Filiação, cujo objeti\'ü era atingir a cota de
mundial e do Brasil, desnecessário 300 mil inscritos. Embora esse número não te
se torna enfocá-la aqui,já que está nha sido alcançado(o máximo a que chegamos
foi 130 mil), a iniciaiira política foi muito posi
contemplada em análises especificas tiva, pois mobilizou parte da militância e per
no anteprojeto deResoluçãoPolítica mitiu conquistar o registro j)artldário definitivo
naju.sriça Eleitoral.
ao IX Congresso. Assim sendo, 11. A principal falha da Campanha,no entan
procuraremos nos deter to. foi a nos.sa inaipacidade de conseguir nu
clear pelo menos uma parte significativa dos
fundamentalmente no desempenho novos filiados (com a süa transformação em
partidário, examinando sobretudo qtiariro.s polirims), sendo esta a decorrência
principal da franqueza do.s trabalhos de organl-
as tarefas de concentração zaçüo e educação-
determinadas pelo último 12. Essa situação refletiu-se, de cena forma,
Congresso. em nossa panicipação nas eleições ocQrrida.s
de 1988 a 1990. quando não soubemos mobi
mais favoráveis para a superação de suas debili- Uzar o trabalho àz Direç^ão Nacional, com reu- lizaresse gigante,sco potencial nem mesmopara
a simple.s obtenção do voto pessoal ou dos fami
I dades teórica e organizativa.
4. Nesse sentido, avançamos no processo in
terno de transformar a(Emissão Executiva num
ni()es plenárias, consultas e informações aos
seus membros,^manifestaram-se debilidades
e\ idente.s, como por exemplo não ter hando
liares dos filiados.

AS CAMPANHAS ELEITORAIS
centro de debates e de elaboração política, o incorporação efetiva de todos os membros do
Considerações preliminares que foi algo positivo. Porém,não tivemos condi DN ao trabalho dirigente,deforma que o poten
ções de.a partir desse novo patamar,galvanizar cial da direção esteve longe de ser corretamente
• 13.Com exceção de alguns poucos resulta
1. o arual Diretório Nacional foi eleito em
o Partido, desde o Diretório Nacional até os aproveitado, sobretudo pela escassa prática de dos positivos lücdizados, o balanço geral das
meio a uma situação das mais complexas, tanto organismos intermediários e de ba.ses. para a planejaméiio e controle das atividades. Em que eleições, nos últimos três anos—tal como ante
no que toca à situação interna do PCB quanto compreeasâo das orientaçfxís e sua implemen pesem os avanços,ainda não alcanç'amos erradi riormente em 1985 e 1986 —, tem indicado
à situação do País. já que estavam em andamento tação n(} cotidiano da sociedade (organizada. car inteiramente asseqüelas da clandestinidade, derrotas para nossa legenda.
os trabalhos da Constituinte, obsen^do-se o Apesar de tudo. na medida das n()s.sas possibi sobretudo no tocante a métodos e estilo de
14..Sem dúrida que ainda não conseguimos
início do estreitamento da sustentação popular lidades,conseguimos armar o Partido com reso trabalho.
configurar uma política eleitoral permanente,
e parlamentar ao governo de transição e a reto luções apropriadas e no e.ssenclal corretas,mes mas esta não se constitui a questão central. Além
mada do fôlego das forças sociais e põHticas mo lentJo enfrentado um grande número de 7.Sem dúrida que as direções, desde o DN da debilidade política e organizativa interna e
que haviam sido deslocadas com a derrota da questões bastante polêmicas, até os secretários (Je Base.são melhores e mais da enorme divensidade de situações concretas
ditadura militar. caleti\us, uni\ersalizadas em seu trabalho; há com que tivemos c|ue nos defrontar, a questão
2. Enfrentando problemas de diversa monta 5. As divergências de fundo que existem en mais democracia e menos intolerância e arbí decisix-a tem sido a nossa incapacidade de nos
para a sua legalização, inclasive resistências in tre nós,divergências quanto à aplicação de nos trio; diverge-se mais e tranqüilamente, sem te renovar adequando-nos às no\'as exigências da
ternas, o PCB, naquele momento de avanço das sa linha, tanto no piano estratégico (o caráter mores; amplia-se o esforço para captar a reali realidade bra.sileira e internacional, não só no
forças democr^cas,viu-se distanciado da socie da revolução processual), quanto nu plano táti dade em que se atua e para encaminhar as tare plano político, mas particularmente no plano
dade organizada e assistiu ao declínio de sua co — o .sistema de alianças (u bloco demo fes partidárias em conformidade. teórico. Considere-se também,como outras das
influência no movimento sindial, nos movi crático e progressista), a tática eleitoral etc. —, 8. Apesar das imensas dificuldades de todo razões de alguns dos nassos fracassos eleitorais,
mentos sociais, na juventude e na imeleaua- assim como quanto à concepção do Partido que tipo,o Panldo está mais interiorizado e implan as alianças estreitas ou alterações bruscas de
lidade. Além do reduzido efetivo panidário necessiianvüs construir,em st lúo se constituem tado nacionalmente(avançamos em nos organi- última hora em coligações já tradicionais em
(éramos então apenas J8 mil filiados), a debili algo anormal, mas desempenharam um ceno zarmas,mesmo que precariamente,em munid- estados importantes.
dade teórica e o pouco conhecimento da reali papel imobilizador na medida em que não se pios de médio e pequeno porte na maioria 15. Fenômeno eleitoral estimulante no Pani-
dade do País e internacional provocaram in- explicitaram com nitidez. As discrepâncias de dos Estadtxs), um partido mais articulado com do foi o lançamento da candidatura Roberto
compreensões diante da centralidade da ques análises e de propostas de ação.tanto na Execu- as diversas forças políticas, com presença mais Freire à presidência da República e de Sérgio
tão democrática e da pcjlítica de amplas alianças. tiv^a como no DN,eram tão salientes e delicada.s, abrangente na mídia e nos aparelhos institucio Arouca,como.seu vice,em 1989 Sofrendo algu
Os desdobramentos disso no plano da luta in e as votaçíks eram tão aproximadas, que entra nais. Quanto à nossa área prioritária de aç-ão mas resistências iniciais e localizadas, aábou
terna em alguns estados não se deram no del)ate vavam a implementação das resoluções, trazen- nos movimentos .sedais — o movimento sindi por unificar e mobilizar setores do Partido,
democrático de idéias mas, sim, numa disputa d(} prejuízos ao nosso trabalho político e cia cal —,desde meados de 1990 estamos dando abrindo ao mesmo tempo amplas e inusitadas
sem princípios entre companheiros. frente democrática, na frente sindical e de mas uma viragem (através da corrente Unidade Sin possibilidades em todos os campos para a supe
3. Mais representativa e renovada, a nova Di sas,no campo ideológico e na condução correia dical) cujas perspeaivas são alvissareiras. ração dos limites do PCB. Com a candidatura
reção Nacional procurou colocar em prática a da luta interna. Para superar situações como 9- Devemos acentuar que,comparativamente própria, avançamos no terreno da moderniza
política do PCB na transição, tema social de essas, somente devem ser adotadas resoluçcóes com direções anteriores, houve melhoria no ção das idéias, conceitos, análises e atitudes
deliberação do VIII Congresso, enfrentar as ta sobre as quais haja suficiente amadurecimento trabalho (ie direção, reforçando-se a direção frente à realidade do mundo e do Brasil.
refes capazes de melhor situar o^anido nos da direção, coletiva,seu caráter conaeto e um clima demo 16.Com aquela candidatura,em nosso obje
movimentos social e político, e criar condições 6. Mesmo que se tenha conseguido norma- crático sem prejuízo das discussões polêmicas tivo de aglutinar o pensamento socialista reno-
wdor atni\^ de algumas de suas correntes e 23. Erramos wmbéra em não proairar dirigir mos o número de quadros existentes na Dire as Novas Rumas e Problemas (esta até seu fe
pers<mali(Jades. de disputar a hegemonia no os movimentos reivindicat(3rios que então ção Central e nas intermediárias mas, pelas difi chamento no ano passado), e o tablóide Voz
interior da esquerda lutando pela sua unidade emergiam com força, de forma a tentar llies culdades objetivas e subjetivas, não tivemos da Unidade (este por razões financeiras, trans
ctn tomo de um projeto democrático em dire dar um direcionamento político. Ao criticarnK.vs condiçõe.s de mamê-kxs. Mantendo uma assis formado, em tneadüs de 1990, em periódico
ção ao «kxialísino e de ser elemento articulador e condenarmttó — como ainda hoie o fazemos tência qualifiada aos Regionais, não alcança mensal), sem falar nas iniciativas do lastituto
de um blcxrodemocrático e progressista toque — 3 subordinação das lideranças sindicais ao mos as meta.s de reforç*ar os organismos de Astrojiido Pereira. Incompreendidas por muitos
ocorreu no segundo tumo do pleito presiden atiusü corporativista das massa.s. sem prcjcurar Base existentes nem criar novos, sobretudo nas companiieiros, até mesmo do DN. essa.s ferra
cial ), capaz de consolidar a democracia e pro eníreniil-las quanti-i â nece.s.sidade do avançarem grandes empresas e.nas áreas de concentração, mentas atuaram audacio.samente no .sentido de
mover reformas (se gcwmo) ou defender a para uma visão e ação mais abrnngente.s de clas 30. Quanto à elaboração de materiais didáti nü.s abrir os olhos para as grandes polêmias
Constituição e barrar o pntjetD neuliberal de se dirigente nacional.cainrao.s na defensfoi.não cos, lançamo-s a Canlllia do CIP (Curso de Inte que o País e o mundo estão vivendo,
mixiernizaçào consen-açiira da economia bra enfrentávamo.s a baialha política no seio das gração Partidária). aaimpanhada de um Manual 36. Acontece que persiste entre nós, particu-
sileira (se opt)sição». lideranças, e das próprias categorias profissio de .Monitor.^urilizado com muito êxito, embora iarmeme no caso da Vozda Unidade, uma situa
17. Durante a campanha presidencial, nãt.) nais, para ilepois condenar o avenmreirismo com baixa execução em praiicamenie todas o.s ção anômala que precisará .ser rompidà. As rela
apeníi< apro\'eitaniQS ixtsiiivamente cs mais di dxs movimentações sindicais t'stado.s da Federação, Posteriormente, elabora ções entre a militância e o porta-voz. do DN
ferentes veíaiks de comunicação social, com 24. Na esteira dos equívocos, recusamo-m.rs mos o projeto du Curso Básico e dc) Curso [permanecem oh.struidíLS, com o Partido, no .seu
maior ènfá-ve para a tevê e para emissoras de 'u ptirticipar da fundação da CTT,sem procurar de liViciação. cuja anilha fi.ii desenvolvida pela conjumo, não tendo assumido o jornal como
rádi{í. sem .sube^mar a importância ciasjornais entender que. tnesnío sendo uma^ação çle para- Comj.s.sjti) de Educaçâcj do Município de .São seu instrumenrõ permanente de informação e
e revisuft, paia a difusão de nossas idéias é ■lelismo» de rompimento coni.a mai<)ria tio nio- Paulo e utilizada experlmenialmeiite em vários oricntüçáo. .A.s difiaiklades de entender c acei-
proixisias attno riuhca oojrreru em toda :i lii-s- vãmento organizado dos trabalhadores, vão de- estados, uir as profundas mudanças rjue estão sendo ini-
lória do PCB Também promovemos ou pantet- \a.tinos deixar de nos incorporai" ás suas ;içõcs. 31. Do comum acordo com o Depanamento po.stüs pela realidade, e que são refletidas criti
pamos das líuis divér.sas luiciaihas de ligação denini da nossa ci mceixão de a R )Cla custo baia- de Comunicação Social, ediuimo.salguns impor- camente nas páginas do ouirora semanário e
com a sraaedade, nas formas cie paiestras-de- Iliar pela unidade Síndiê.il- lante.s videas para o trabalho de formação do.s agora inensãrio. fazem com que a VU não seja
hiues. minicoinícios. vlstuis a bairros e a tiiunicí- 25. Por f:izôe.'= as mais diversas, continuamos novos fi liadtis, destacaado-.se o "Política Todo incorporada por muitos militantes e até dirigen
pios-CtHrucios. panidptiçãoenifestos populares a ixtrder ptjsições de de.staque em aigunias es- .Mundo Faz" {.sobrea )xj|ítica do PCB), "A Misiá tes. Sem dúvida que o jornal não tem corres
etc truniras do movimento sindical — sendo de ria do PCB", "A Perestroika Soviétíai", a "Re pondido às exigência.s maiores do P;ircido, por
l8..4iiuí.d(n.sdesiaques:a"conversade rua", meiiciunar panicLil.u-mence a perda de influên vista [ntemacional", "Nossa Ctuididatura Presi razões as mais diversas, mus es.sa situação de
na cjual os uos«")s cantiidaios iam para ni^s e cia direta no Sindicato dos Metalúrgicos de São dencial" — materiais que, apesar de utilizados SLibesiimaç-ão e, em alguns caso.s, até desprezo
praças de movimcnio e. através de um .sistana Paufo e a liegemonia no Situlicato d( )s Bancários m.siifkíentemente, tiveram grande repercussão à imprensa panidãria não pode mais perdurar.
de alto fuJanie. mantinham dhU<>go franco e fra do Rio Janeiro — c, ao mesmo lemjX). temos no .seio do Partido e mesmo fora dele 3d. Outra grande debilidade que não conse
terno com as pessoas .pre.semes. sobretudo na obtido algumas \'itói ias de \ulto. em eleições 32. PrecKupados também em oferecer mate guimos superar — pelo contrário, até se agra
forma de,()erguma.s e respostas; os fíjruns, reto sindicais no perlc.foo. comò entre as metalúr rial selecionado para amplo acesso ao.s militan vou foi a da política de recursos fmanceiros,
madosagora no[X-TÍodo ccmgressual e cuja ten gicos de Criciúma e Blunieiiau (,SC). de Niterói tes. aliados e simpatizantes, como fontes de in Até hoje hão remiremos com um estilo clandes
dência é se tomarem úm enconim peratanente (RJ), de Iparingu, Ouro Branco e Sabani (MG), formação .sobre algumas questões polêmicas, tino de fazer finanças, o que nos deixa .sempre
de pessoas ligadas ou não ao PCB interes.sadtLs construção civil de Santos (SP) e bancárips de organizamos e editamos várias puhliações co amarrados ao espuntaneísmo e a uma perma
em discutir diferentes questões scKriais. econô Gimpinas (.SP). HrasííiaáDF) e Curitiba (PR) mo com democmcb ao suciuUsnío (Para nente instabilidade. E com a mesma dificuldade
micas. políticas e culturais, construindo uma i^ialmente, o minimento sindical e.siá embu entender a política do PCli). i'm socialismo re- com que levantamos fundos para cobrir nossas
unidade para açõe.s futuras tido no realinhamentu das forças sociais e políti- nu\ada e i'm novo socialismo, 1 ivretos que tive atividades, não aprendemos a bem usar nossos
19. Iniciando o processo na direção de nos co-portidárias em andamento, e no\"as defini- ram grande aceitação da militância e de setores recursos, Nossas finanças ordinárias continuam
constituirmos como que num embrião e eixo "ções estão em pleno processo, ligados à nos-sa política. ridículas, e já que inexiste o sadio hábito de
condutor da construção de uma nova esquerda 26. Evento importaniis.simo, que está a mere contribuição mensal si.stemática entre militan
no Brasil, e idenilficando-nos nitidamente com cer sempre no.ssa maioi" atenção, foi a criação tes, estagnou ou mesmo diminuiu o número
uma profunda mudança nas concepções e práti da corrente Unidade Sindical, de iniclarira dos do.s que formam no.ssos círculos de amigos,
cas das forças comprometidas com um novxi nos.sos principais dirigentes sindicais. Privile nem tivemos êxito em nossos empreendimen
'sociaii.smo. fomos atropelados pelo nos.so pró- giando a ação dos comunistas na CUT. mas .sem tos empresariais.
pilo aiiasü teóriaj e pela incapacidade de ,sa- exdusivbino — já que não se pretende ii" de k
bemtos enfrentar correta e eficazmente a com encontro à ^democracia interna das categorias
IH
plexidade dos tempos atuais.
20. Tendo empolgado setores s(x.iais os mais
diversos, não soubemos conquistar parte signi
profissionais que em a.s.sembléias ou plebi.sclios
definem sua vinculaçcão a uma das centrais exis
tentes —. a Unidade .Sindioii está se voltando L
III
ficativa de mais de um milhão de pessoas que para uma política de unidade ampla do,s traba r Um programa partidário
paniciparam da campanha ou era última instân lhadores, onde quer que seu.s sindicatos e.ste-
cia deram o seu voto ao candidato do PCB que. jam (se na CUT. na CGT de Canindé, na IFS
.se apresentara como renovador. Nos.sa falta de de Medeiros ou na USI). tendo em vista a unida 37. Definido pelo \1II Congresso, um dos
estRitura e nossos métodos antiquados não no.® de de açãtj em torno dás questões convergentes mais importantes encargos do DN foi o de ela
permitiram aproveitar as ricas po.s.sjbiIidüdes e, estrategicamente, a ele\'açãü da classe operá borar um novo programa do PCB, de caráter
de ampliar significaüvamente nossa niiação e ria 3 condição de classe dirigente nacional.
estratégico, apontando o aminho brasileiro pa
militância, prícrizandt) as áreas de concentra 27. Dentro dessa perspectiva estratégica, es ra a ultrapassagem do apitalismo. Este progra
ção operária e movimentos sociais, além da ju tamos \ál()rizando as alianças concretas (jue em 33. Quanto ao processo de preparação de ma democrático, que está inserido no antepro
ventude e intelectualidade. cada entidade são necessárias para conduzir a quadros, aproveitamos .sobretudo os cursos de jeto de resolução para o IX Congresso, leva
luta cotidiana dos trabaliiadores (ora com seto formação ou seminários no Exterior. Nesse as- em conta o conhecimento da formação social
res de uma central, ora com setores de outra, peao, ti\'emos muitas e positivas iniciativas, so brasileira e das e.specifidades do desenvolvi
OS MOVIMENTOS SOCIAIS e mesmo com setores diferentes de uma mesma bretudo na forma de selecionar os companhei mento apitalista no Brasil, e contém uma previ
central). Estamos tentando nos articular para ros, que foram designados levando-se em conta são do processo social.
21. As razões de no.ssa débil inserção nos estarmos sempre presentes, em qualquer cir- as indiaçôes feitas pelas direções regionais e 38. Apesar de serem muitas as nossas limita
sindicatos — centro das no^as preocupações cuastânda, no movimento concreto, buscmdo o privilegiamento de estados das áreas de con ções, a começar pelo relativamente escasso do
— têm suas raizes enconiráveis no finai dos dirigi-lo e encaminhá-lo na direção política que centração do trabalho partidário. Além de uma mínio da cultura marxista, da teoria social e
anos 70 e Inicio dos anos 80, quando pensamos julgamos correta. seleção criteriosa, os escolhidos participaram do método dialético, bem como o pouco conhe
e tentamos reconstruir nossa influência no mo Tendo plataforma de ações ora em desen de um curso preparatório antes de sua saída cimento das demais correntes de pensamento
vimento sindical das confederações existentes, volvimento, a Unidade Sindicai (que é uma cor do país e no retorno realizavam um balanço políticas e sociais da aaiaiidade, sem falar do
sendo mesmo coniventes com a estrutura .sindi rente aberta a qualquer athásia ou dirigente coletivo sobre a experiência vivida, com obser- conhecimento pouco profundo da realidade
cal corporativa e deixando de i^rceber o que sindical, independente de panido político ou rações criücas que permiii.ssem melhorar sem brasileira e sua situação internacional, caminha
de novo apresentava o sindicalismo e o novo de central sindical em que ele mliita) está se pre mais o nosso processo educativo. mos na tentativa de nos desvencilhar de fórmu
perfil da cla.s.se operária e do conjunto dos tra preparando para participar do próximo Con- 34. Cera de 80 companheiros de diferentes las esquemáticas e ultrapassadas,
balhadores, gres.so da CUT, para onde levará suas próprias estados participaram de cursos de formação po- ■■ 39. No processo de aproximação desse novo
22. Numa visão estática do movimento ope Teses, procurando Influenciar os novos rumos iítia em Moscou, Berlim, Havana e Sófia, além Programa, fomos elaborando vários documen
rário e sindical, víamtts a realidade do inicio da principal articulação sindical do País. de seminários no Instituto de Ciências Sociais, tos que indicam as tendências principais de nos
do.s anos 80 quase que como a do inicio dos da União Soviétia. sobre a nova realidade polí- sa concepção de um processo re\'olucionário
anos 60, como se tudo estive&se como antes, tia mundial, a nova economia mundial e as que tem como ebto a ampliação constante da
sem nenhuma alteração essencial. Julgávamos QUESTÕES ORGÂNICAS araaerisiias do Estado moderno, democracia. Dentre estas resoluções destacam-
também que antigos lideres sindicais(do perío 35. Desenvolvendo esforços a fim de superar se "A caminho da renovação radial" (janeiro
do que antecedeu o golpe militar) permane 29. No tocante às iniciativas para organizar nossas debilidades de informação e formação, de 1991), "Por gma saída duradoura para a cri
ciam como referenciais nossos para o movi e educar, muita coisa foi feita, mas bastante e procurando difundir ensaios e debates insti- se" 0990), o projeto de 'Teses" (março de
mento, capazes de avaliar a nova realidade bra aquém do desejável No plano orgânico, exce gantes, tudo com o objetivo de estimular o estu 1990), "O Brasil, o mundo em reestruturação,
sileira e ü novo quadro sindical e de nos propor ção do relativo êxito da Campanha Nacional do e a Investigação, o confronto de idéias e a iJémocracia e o socialismo" (maio de 1989)
forma.s corretas de atuar positivamente dentro de Filiação, conseguimos a nucleaçâo de novos as discussões sobre as questões mundiais e bra e "Um novo bloco político por mais democracia
da nova e dinâmica realiclade social. filiados mas em pequena quantidade; amplia sileiras, utilizamos instrumentos como as revis- e justiça social" (março de 1988).
voz•21

Projeto de Estatuto do PCB


TITULO I
f) desenvolver e opinar livre e publicamente sobre quaisquer questões, f) autonomia para os órgãos partidários nas respectivas,
divas jurisdições observados
Art. 7;- São dcveres dos filiados: . o programa, a linha política e as resoluções do Partido;
a) zelar p^a que dentro da diversidade dc opiniões se assegure a unidade dc g)direção coletiva sem prejuízo da responsabilidade individual dc cada dirigente:
Do Partido, sua sede. caracterfeticas. objetivos, filiação, direitos, devcres e ação. a unidade política e unidade de organização do Partido: h) planejamento das atividades com controle e acompanhamento;
discíflina b)fortalecer a ligação e a influência política do Partido junto às massas trabalha 1) liberdade para as organizações c filiados estabelecem relação entre si para
doras c demais sesmenios da sociedade, dedicando-se à defesa de suas reivindi estudos, consultas, colaboração e apresentação dc proposta aos órgãos parti-'
CAPÍTULOf cações, participando ativamente do sindicato de sua profis.^ão e outras entidudc.s dários;
da sociedade civil;' ' j) qualquer resolução que afetar o conjunto da atividade dos filiados do Partido,
DOPAPTIDOESEUSPRINCÍPIOSE OS c)elevar,através do estudo e da atividade prática.seu nível político,contribuindo somente poderá ser adotada com prévia discussão na jurisdição respectiva ou
SEUS OBJETIVOS para o conhecimento da realidade económico-social c para elaboração da linha através dc plebiscito c consulta;
política do Partido; . I) proibição dc organização dc grupos ou frações com disciplinas próprias.
Art. ir - O Partido Comun/sta Brasileiro • PCB. fundado
d) concorrer para a prática permanente da crítica c da autocrítica, para a mais
de março ampla e democrática troca dc.opiniões, objetivando superar erros e deficiências
de 1922. com n^stro definitivo deferido pc/o Trifituia/ Superior Eleitoral em da ativitlncfe partidária; CAPÍTULO II
06 de marçü de 19%. c uma pessoa juriaica de &ie\\o publico interno, com e) desenvolver a solidariedade, o humanismo e o companheirismo no Partido. DOS ÓRGÃOSDO PARTIDO
sede c domicílio jurídico em Brasília. Capital Federal, e se regerá por este
estatuto, observada a legislação em vigor.
Art.2!— O Partido desenvolverá suas atividades políticas cm âmbito nacional, CAPITULOIV Ari. 17- São órgãos do Partido:
tem por fundamento o regime representativo e democrático, baseado na plurali a) dc deliberação: as Assembléias do Núcleos, as Convenções Zonais. Munici
dade de partidos e na garantia aos direitos do homem c por objetivo construir DA DISCIPLINA PARTIDÁRIA • pais, Regionais e Nacionais; • .
uma sociedade socialista tj) de direção e açáo: organização de grande empresa, de setor profissional
Arf. 8í- O filiado ao Partido que infringir os princípios programáticos c e de aiividatle. Núcleos de base. Diretórios Zonais, Municipais, Regionais e
Nacional;
CÁPÍTÜLOn estatutários ou ferir a ética partidária estará sujeito a uma uas seguintes medidas
c) de ação nas entidades dc massas: as frações;
disciplinarcs;',
DA FTLÍAÇÁO PARTIDÁRIA a) advertência interna; d)dc açáo parlaracntar; as bancadas;
bl censura pública; e)de cooperação:os Conselhos de Ética Partidária,o Conselho Fiscal,o Instituto
.Art. 3t — £ filiado ao partido todo cidadão brasileiro maior de 16(dezesseis) c)suspensão pcio tempo máximo de seis meses do cargo partidário que exercer; AslfOjildo Pereira e mais os'departamentos auxiliares, asses.sorias. institutos
anos, que aceite seu programa e estatutos, nele se inscreva, partícipe dc uma d)expulsão do Partido. de pesquisa, dc educação e formação política, secretariados, coordenadorias,
organização panidária e pague a contribuição financeira estabelecida. Art.9;— Os Niicleos de Base e os Diretórios somente poderão adotar medidas comissões permanentes ou lemporária.s que forem criados pelas organizações
disciplinarc.s depois de encaminharem o processo a Conselho de Ética pertinente partidárias.
11".- A filiação c individual. Art. 18- A organização do Partido que desenvolve sua atividade em determi
§ 2t — A filiação far-se-á no Diretório da ^a ou do Município em que e de receberemparccer.
Art. O filiado ao Partido que estiver respondendo a processo disciplinar nada área territorial administrativa é considerada superior a todas as organi
for eleitor ou. na falta destes, no Diretório Regional ou no Dirctóno Nacional. zações partidárias que limitem sua atividade a parte dessa área.
— Qualquer eleitor filiado ao Partido poderá impugnar pedido de filiação lerá.o prazo de 10(dez) dias para apresentar defesa escrita, tanto no Conselho
partidária, no prazo de 5(cinco) dias da data do preencíiimen to da ficha, assegu- de Ética quanto no órgão que decidir a seu respeito. Art. 19 - Os conselhos de ética partidária nacional, regionais, municipais
rando-se ao imp^ugnado igual prazo pan contestar. Art. 11 - As sanções disciplinarcs contra um filiado serão adotadas por e zonais serão compostos por 3(três) a 5 (cinco) membros e 2(dois) suplentes
§ 4t — Esgotado o prazo para a cunieslação. a Comissão Executiva emitirá maioria absoluta dc votos do organismo a que pertencer e. quando se tratar c serão eleitos nas respectivas convenções para exercerem mandato de duração
de membros do Diretório, por maioria de dois terços, em qualquer dos casos, igual ao.do correspondente diretório.
parecer dentro de 5 (cinco) aias. PARÁGRAFO ÚNICO - Os consçlhos de ética partidária são autônomos
§ St — Da decisão denegatória de filiação, que será sempre motivada, cabe por votação secreta.
recurso á Comissão Executiva Regional, a ser interposto no prazo de 5 (cinco) Art. 12 — Da decisão que impuser pena disciplinar cabe recurso, com efeito e prestam contas de suas atividades às convenções que os elegeram e se regem -
dias,.salvo na hipótese dc. não existindo Diretório Municipal ou Zonal.o interes suspensivo. para o órgão superior, no prazo de 10(dez) dias. pelo presente estatuto, pelo Código de Ética e seus regimentos internos.
Ari. 13 - Da decisão aosOluiória haverá recurso de ofício para o órgão Art. 20- Os conselhos fiscais nacional, regionais, municipais e zonais são
sado haver requerido filiação no Diretório Regional ou junto à Comissão Provi
sória Re^onal.quando então caberá recuRO no mesmo prazo à Comis.sào Execu superior. compostos por 3(três) membros efetivos e 2(dois)suplentes; são órgãos autôno
tiva Naciotial. Art. 14 — Não se dará publicidade às punições disciplirtares antes da decisão mos c serão eleitos nas respectivas convenções pgta exercerem mandato de
§/;?— Neg,irio periirin de filiação pela Comissão Execiitiv.i Regional, cabe finai. duração,igual ao d,o correspondente diretório.
recurso ao Diretório Regional, e ás sucessivas instâncias superiores no mesmo Art. 15 — Poderá ocorrer dissolução de diretório ou a destituição dc comissão PARÁGRAFO ÚNICO — Compeie ao Conselho Fiscal supei vbioiiai o paiii-
prazo. executiva nos casos de violação do estatuto, do programa ou da ética partidários mónio c as finanças partidárias emitindo e remetendo pareceres aos diretórios
bem como desrespeito a qualquer deliberação regularmente tomada pelos órgãos respectivos.
$ 7t — Negado D podido defiliaçàorcqucrido diretamente ao Oiretóríõ Nacio Art. 21 — Os diretórios poderão criar os órgãos de cooperação previstos
nal..cabe recurso no mesmo prazo á Convenção Nacional. superiores do Partido;
§ i! — o quórum para deliberação sobre dissolução ou destituição é o de no artigo 17, ressalvado o previsto nos arts. 19 e M.
§ 8l — Caso a Comí&ão Executiva não se pronuncie no prazo do § A;,conside- Art. 22 — Os órgãos de cooperação têm ampla autonomia de açáo dentro
tar-sc-á deferida a filiação. maioria dê dois terços dos membros do diretório imediatamente superior;
§ 2:— da decisão cabe recurso para o dirctório-superiorao que tenha adotado da linha política do Partido e da orientação do organismo que os criou
Art. 4'. — A filiação partidária será automaticamente cancelada nos casos
dc morte, expulso ou filiado a outro partido,ou em decorrência de disposição a medida e para Convenção Nacional, se o ato for áo Diretório Nacional; ,
legal. § 3;- a.s decisòc.s proferidas em grau de recurso são irrecorríveis."
Art. 5: — O filiado que quiser desligar-se do Partido fará comunicação escrita §4;— dissolvido uradirciório. o órgão dirigente superior designará comissão, CAPÍTULO III
ã Comissão Executiva, prevalecendo ainda a filiação por 2 (dois) dias após incumbida de realizar assembléia ou convenção extraordinária, no prazo de DOS NÚCLEOSDE BASE
3 entrega da comunicação, quando então o vínculo ficará extinto para todos 60 dias. para eleger o novo diretório.
os efeitos, salvo se o requerente for passível de punição na forma do Art 8:,
letra d.
Ari. 23— Os Núcleos de Base participam da elaboração da política do Panido
c dirigem sua aplicação na sua jurisdição, com plena autonomia, organizam
TITULO II os trabalhadores c o povo c contribuem para a elevação de sua consciência
. CAPÍTULO m política e social.
Art, 24 - Os Núcleos de Base serâp organizados com um mínimo de 3
DOSDIREITOSEDEVERES CÀPÍrULOÍ (três) filiados, por locai dc trabalho, moradia, estudo, setor profissional, organi
Art. 6: — São direitos dos filiados:
DOSPRINCÍPIOSDE ORGANIZAÇÁO zações e instituições sociais ou atividade social.
§ 1;- O Núcleo dc Base com grande mimero de filiados pode ser dividido
ai Participar das discu.ssões sobre problemas dc atividade política interna e em seções c subseções, na forma do regimento interno.
externa do PCB; Art. 16— Os princípios básicos da estrutura c do íuncranamcnto do Partido § 2t — O filiado não pode participar de mais de um Núcleo dc Base.
b) votar e ser votado para órgãos dirigentes e em geral para qualquer cargo são: Art. 25 — Compete aos Núcleos de Base;
eletivo ou de representação do Partido; a)igualdade dc direitos e dcveres c liberdade de opinião sobre todas as questões; a) participar ativamente da vida política e social das massas, no local de trabalho,
d criticar nas reuniões partidárias ou junto àsInstâncias superiores o que lhe b)eleição para preenchimento de todos os órgãos e cargos do Partido na foYma de moradia, estudo c de .suas entidades representativas, recolhendo e generali-
parecer incorreto nos atos ou conduta ética de qualquer organização, órgão do Estatuto; zando-as experiências, estudando suas reivindicações e disposição de luta;
dirigente ou filiado do Partido. c) liberdade delliscussáo para os órgãos partidários: b) estudar a teoria, a realidade económko-social local e contribuir para a elabo
d) encaminhar opiniões, sugestões, propostas, reclamações ou recursos a qual d) obrigatoriedade do cumprimento das resoluções do panido aprovadas por ração da linha política e das resoluções do Partido;'
quer das sucessivas instâncias partidárias; maioria; c)estimular a participação dc todos os filiados na atividade política. assegur.indo
e) defender suas opiniões e exigir sua participação pessoal sempre que se trate e) filiados, organizações e órgãos dirigentes respondem por .suas atividades c a mais amnia democracia interna e o pluralismo dc idéias, para assegurar-se
de discutir e resolver sobre sua conduta; prestam contas sistemáticas ao conjunto do partido; a unidade ae ação. orgânica e política do Partido;

aos Comunistas,em claro as divergências não se vários desdobramentos,a lula linhas mestras da política democracia de massas, significa
esgotavam, na tática e na desenvolvida a partir de 1958.
Vil CONGRESSO contronto com a direção.
estratégia, envolvendo
interna teve seu desfecho
durante a realização do reelaborando e avançando em
uma virada ou mesmo uma
ruplura que não deve ser
-

A lula interna acirra-se durante concepções diferentes sobre Congresso de 1982, com a algumas questões, como a da subestimada nos avanços
a discussão das Teses para um' organização, sobre a realidade vitória do núcleo dirigente do organização do Partido. contidos nas.resoluções do VII
O VII Congresso do PCB foi Debate Nacional dos histórica nacional, sobre a Comitê Central. Marcado para se Preserva a tática de frente Congresso. É nesse caminho
convocado quando a direção Comunistas pela legalidade - realização do socialismo, etc.'A realizar em São Paulo em democrática para derrotar a que os comunistas realizam o 8'
nacional ainda se encontrava no do PCB,lançadas em 1981 pelo primeira, à esquerda, com dezembro de 1982, o dia de sua ditadura, colocando novos Congresso do PCB,o primeiro
exílio. Ao mesmo tempo da Comilè Cenltal. Neste processo resquícios da política abertura (13)foi interrompido problemas. Rompe com os na legalidade.
convocação do Congresso revela-se o surgimento de duas desenvolvida a partir cio pela Polícia Federal, que resquícios do nacionalismo Em Brasília, estiveram a partir de
surgem problemas graves e concepções alternativas á Manifesto de Agosto de prendeu todos os participantes. libertador, invertendo a velha quinta-leira, 16 de julho de 1987,
sérios no seio do Comitê Central, política desenvolvida desde opunha-se também à renovação Seu término deu-se ao longo de fórmula estratégica do caminho cerca de 120 delegados
com o desencadeamento de março de 1958. Destas duas do Partido. A segunda, à direita, 1984,em absoluto sigilo, quando da revolução brasileira que congressistas de todos os
uma acirrada luta inierna, que se correntes, a primeira era incorporava elemèntos da se elegeu um novo Comitê resistia desde a década de 30 estados e territórios do Pais,
torna aberta e piiblica em março encabeçada por Prestes e a corrente liderada por Agitdo Central e se aprovaram as calcada na concepção nacional para discutirem os problemas
de 1980 quando o ei^làb segunda pela direção do Comilè Barata em 1957. defendia - resoluções contidas em Uma e democrática, para democrática, políticos ligados à situação do
seCTetário-gerál do PCB.Luís Estadual de Sao f^aulo. Ambos concepções próximas da * Alternativa Democrática para a e nacional. Isto, acrescido da Brasil, bem como numerosos
Carlos Prestes, lattça a Carta contrapunham-se às leses, mas socíal-democracia. Depois de Crise Brasileira. Manteve as política de luta por uma convidados e interessados.
22 «voz

d)c^atKlcccr c rccoibcr as confribuições dos filiados«simpatizanies. divulgai Art. 45 — Compete u Convenção Nacional; c) a divisão proporcional será feita dividindo-se a soma dos votos dados âs chapas'
a imprensa, a literatura e o programa do'faitido; a) fixar diretrizes para atuação partidária; que alcançarem o limite xle 20% (vinte por cento) pelo número de vagas a
el planificar a attviüade cotciiva. definindo a responsabilidade individiui dc
cada filiada, realizar periodicamente o controle político, fazer novas filiações
W estMihcr os candidatos do Partido à Presidência c à Vicc-Presidcncia da
Republica;
Jreenclier através dà eleição, desprezadas as frações;
) os lugares que rcsulurcm de sobras aritméticas caberão à chapa mais votada;
c íDcoiporar iodos à «da partidária. c) decidir sobre coligação com outros partidos; • os delegados e suplentes serão preenchidos por indicação do Diretório eleito.
Ari. 26 — A Assembléia, constituída pela reunião geral dos filiados, c o d) aprovar o Estaluto. o Rcgimcnio Interno, o Código dc Ética e o Programa, Art. 56 — Os mandatos dos diretórios terão a duração de 3 (trcs) anos,
dirigente superior do Núdoo dc Base. bem como as propostas dc reforma; admitida a reeleição de 2/3 (dois terços) c 1/3 (um terço) por um novo período
Art. 27 — Compete à .Assembléia dos Núcleos de Base: él eleger o Diretório Nueional. o Conselho Nacional de Ética, o Conselho Fiscal altcrnadamenle.
a) examioar a prestação dc contas da urividade do .'«actariado do núcleo e c seus supleiite.s; Art. 57 — É proibido a acumulação de tarefas executiva.'; cm mais de uma
sobir ela deliberar. f) jtilgar os recursos das decisões do Diretório Nacional c das Convcnçõcs Regio Comis.sáo. Executiva.
b) discutir e rasôivcr sobre a atividade política coletiva do núcleo e dc cada nais;
um dos filiados,e de sua organizado. g) decidir sobre a dissolução, u incorporação e a fusão do Partido c, se for
Cl clv^er o Secretariado do Núcleo, seu presidente c os delegados à convenção o caso. sobre a dcslinação do patrimônio: TITULO ni
superior. hí examinar e decidir sobre o balanço de prestação de cantas do Diretório
/Wl' 28 — O Secretariado do Núcleo de Base é o órgúo dirigente entre uma Nacional.
c outra ascmbicia gorai. Art. 46 — A Convenção Nadonal reúne-se ordinariamerite de três em üés- DO PATRIMÔNIO E
Art. 29 — Compete ao Secretariado do Núcleo de Base; anos, por convocação do Diretório Nacional, e c.xiraordinariamemc quando
a) Convocar a assembléia geral do Núcleo de Base e de suas próprias reuniões. convocada para tratar dc matéria específica, nclo próprio Diretório Nacional DA CONTABILIDADE
b) planificai c dingir a atividade política do núcko. cumprindo as resoluções ou por rcpicseniaçáo dc um Diretório Regional
' la! que
c obtenha
' " o apoio de metade
duassemblcu gcrafe da instância superior. m;iis um dos Diretóriiis Rcejoiuib. ou ainda por determinação de Convenção
Cl manter o diretdriu da instância superior informado a respeito da atividade amerior.
CAPITULO I
política d» itúdeu.remetendo regularmente a contribuição orgânica mutuamente
Bccriada. CAPITULO VI DO PATRIMÔNIO
00 DIRETÓRIO NA CIONAL Art. 58 -~0 patrimônio do Partido será constituído pelos bens móveis c
CAPITULO I\' iníóveis de sua propriedade, pelas contribuições obrigatórias dc seus membros:
DAS ORGANIZAÇÕESZONAIS, Art. 47-0 Diretório Nadonal. eleito pela Convenção Nacional, dirigirá pelos donativos que lhe forem feitos c pelos recursos do fundo partidário.
o Partido cm todo o território nadonal. Art. 59—0 membro do Partido que ocupar cargo efetivo ou cargo público
mmciPA isE REGioms Jc confiança contribuirá mensalmente conforme estabelece o regulamento dc
Art. 48 — 0 Diictório Nacional é composto pelo número demembros fixado
na Convenção que o eleger, finanças.
Art. 49 — Compete aõ Diretório Nacional: Ari. 60 — Os filiados pagarão uma contribuição mensal fixada cm comum
Art. 3ÍI — As orgauizaç"c.N zonais, municipais c regionais são dtngidas pclo.s ai dirigir toda a atividade partidária, visando tevuf ã'prática as resoluções da acordo com a respectiva organização e o regulameiilo.de finanças,
rçspertivusdirctóriosc cutrstiWidiK dc todas a.s organizações c filiados existentes Convenção c as suas próprias; Art. 61 — Para votar e ser votado, nas eleições partidárias, o filiado deve
tia reapertiva área. b) examinar a presraçáo dc cintas da atividade da Comissão Executiva e sobre estar cm dia enm sua-contrihmção'financeira, admitindo-se o pagamento até
•Art. 31 - A Convenção Zonal. Municipal ou Regional é o-drgâo dirigente cia deiibcror: o processo dc votação.
Hípcrior dauirganizaçáo respectiva. Art. 62 — Em caso de dissolução do Partido, o patrimônio será destinado
Cl designar os dcpatiãmcnios auxiliarcs permanentes, as eomissòes icmponirias.
Ari 32 — A Cunveiiçüii pode ^t ordinária ou cxtniurdmãría. as ussèssütias. as responsáveis pela imprensa e outros quadros neccswrios ao á,eniidadc congênere ou. associação dc fins sociais ou culturais escolhida pela
Art 33 — lU Convenções Orilionrias se realizam dc três em ires anos e trabalho de diréçáo; Convenção Nacional que decidir pela dissolução.
devem obrigaiurtamente; dl apresentar á Convenção Nacional os nomes dos candidatos a Presidente
BI fazer o Imlanço da advidadc purtidária du Conselho de Ética e do Conselho e V^cc-Presidentc da República:
ttseal e) apresentar à Convenção Nacional a relação dos candidatos a cargos efetivos CAPITULO n
federais indicados pelos diretórios regionais:
b)examinar u liabaiho da Direção, do Conselho dc Ética c do.Conselho Fiscal; 0 apresentar à Convenção Nacional proposta de tática eleitoral; DÁ CONTABILIDADE
ci eli^er o dirctótioj seus órgãos dirigentes. o-Conselho de Ética, o Ctiaselho gt elaborar o regimento interno, as normas do processo congressionai. de funcio
■piscai c as delegados á Convenção Supénordo Partido. namento da bancada federai. (Lt contribuição financeira dos filiados e cias Organi
Art 34 — As Convenções Éxtraoroiniirias se, reúnem para debater e resolver Art. 63 — Os diretório.s manterão escrituração dc sua receita é despesa,
uma ou mats questões espeaTicas relevantes:
zações partidárias c administrar os meios financeiros c os bens patrimoniab. precisando a origem daquela c aplicação desta, em livros próprios, na forma
a) em cumprimento dc resolução dc instância mperior; se possível ou«ndo parecer do conselho fiscal; (Ia lei.
b) pur iniciativa do diretório da organização rcs]Kctiva; hi eleger a comissão executiva, o scctetariaçjü. o Presidente c o vice-presidente Art. 64 - O.Earlido fará a prestação dc contas à Justiça Elcilorui. na forma
do Partido; dc lei.
ci.pcT proposi» de um diretório aprovuda pela maioria dos diretórias do mesmo Ddecidir sobre os processos dc sanções disciplinares de seus membros, depois
nível.
Art. 65 — A contabilidade do Panido se regerá pelo estabelecido na lei.
de ouvido parecer do Conselho de Ética, c sobre os proccs.sos. cm grau dc
Art. 35 - As Convenções realizar-se-áo dc acordo cora a legislação p.irlídãria recursos, encaminhados nelos diretórios intermediários.
e as normas estabelecidas pelo Diretório Nacional, salvo quando convocadas Ari. 50—0 Diteióiio Nacional rcúnc-sc por convocação da Comissão Execu-'
exclusivamente por nm diretório intsnncdiánü. casocm que este poderá baixar liva na füima dc seu regimento e cxtraurdinariamcnie; TITULO IV
normas especilicas. ai em cumprimento d.i occisán da reiinián :interiiir;
An. 36 — A> Convenções ordinárias ou extraordinárias são con.st/ruídas iio.s b| por iiliciativa da Comissão Executiva;
Zonais. Municipais e Regionais, pelos delegados cora direito a .voz e voto. c) por prüposta de um de seus membros, aprovada pela maioria. DAS DISPOSIÇÕES
eleitos dc conformidade com as normas, tendo apenas direito a voz os membros Art. 51 — A Comissão j;xecutiva dirige o Partido entre uma e outra reuniáo GERAIS
do réspcciivo diretório não eleitos delegados c os convidados. do Diretório Nacionid.
Art. 37—0 Diretório c o órgão dirigente da respectiva organização entre Compete à Comissão Executiva:
uma eourra convenção. uj dirigir a atividade partidária, visando a execução prática das Resoliiçóes Art. 66 - Os diretórios poderão promover congressos, conferências, seminá
An. M - Compete ao Diretório: do Diretório Nacional e suas próprias; rios e encontros para debater questões políticas, econômicas, sociais c culturais.
ai planejar c dirigir a cxccuçáapcática das rcsoluçÕR da rtrspcctiva convenção b) dirigir o trabalho dos depariamenios auxiliarcs, a imprensa do Panidoc Ari. 67 - Os filiados do Partido não responderão subsidiariamcnie pelas
e das ínsiànoas superiores do Partido; . coordenar a atuação dos membros do Diretório Nacional na execução prática obrigações contraídas em nome da organização partidária.
bi eleger a Comissão Executiva, que elegerá seu coordenador. das resoluções: Art. 68 - Os prazos de recurso .serão sempre de 5 (cinco) dias a contar
Art 39 - O coordenatlor tepre-veiiia o diretório nas relações com o poder •cj preparar as reuniões do Diretório Nadonal, fezcndo a convocação c entre da intimaçâo da decisão.
público, os partidos políticos e as entidüde.s da sociedade civil. gando a seus membros, cm tempo hábil para estudo, os projetos de documentos § l! — Na contagem dos prazos exclui-se o dia do começo e inclui-se o
Art 40 Os Diretórios .vãacouvocados pelas respectivas Comissões Execu constantes de pauta; do vencimento.
tivas. rcunindfj-se ordiítariamentu a eada 121 {cento e vinlc) dias e extraordiná d) çlcgcr ícu Coordenador. § 2; — Os prazos somente começam a correr a partir do primeiro dia útil
ria incitie: Art. 52 — O Secretariado da Comissão Executiva é seu órgão operativo, após a intimaçâo.
atende ás questões de ordem prática do trabalho dc direção, presta coiiia.s § 3t — Considcra-sc prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento
al em cumprimento de decisão anterior; de suas aiividadcsà comis.sáo Executiva e é coordenado por um de seus membros.
b| por iniciativa da Comissão Executiva; cair em sábado, domingo, feriado ou cm dia que não haja expediente na sede
c) por resolução de instância superior;
PARÁGRAFO ÚMCO - As funções do secretariado estão regulamentadas partidária.
pela Comissão Executiva. Art. 69 - Os diretórios, poderão imprimir periódicos ou manter programas
d.) por proposta dc um de seus membros aprovada Kla maioria.
Art. 41 - Os Diretórios Zonais. .Municipais e Rcgionais-élcgeráo entre os de rádio c iclevisào para divulgar assuntos.políticos. sociais c culturais, o progra-
seus membros as re^cctivas Comissões Executivas, que dirigirão o Partido iha partidário í pronunciamento dc interesse do Partido.
nos interralos entre duas reuniões da Diretório.
CAPITULO VII AjI. 70 — As Convenções fixarão, em cadu caso. o mimero de membros
5 It — O- número dc membros das Comissões Executivas é fixado pelos DAS ELEIÇÕES INTERNAS dos respectivos diteiórios.
Diretórios; - Art. 71 - As normas.pjira realização das Convenções, Congressos,. Coníe-
§ 2: Os líderes das-baneadus nas Cáma^ Municipais fazem paite das Ari. 53 - Nas eleições internas, o voto seta sempre direto e secreto. rcncias e eleições partidárias serão fixadas pelos respectivos diretórios.
respectivas Comissões Executivas; Art. 54 — .A composição dos diretórios e demais órgán.s dirigentes db Partido
S 3t — A.S Comi^s Erecuiivás apíicmn as resoluções aprovadas pelas Con- deve refletir propoicionalmemc a pluralidade de opiniões do conjunto partidário
venções. Diretórios e suas próprias
'as decisóe.s;
dedsc na respectiva jurisdição,
141— QuíükÍo necessário, as comissões cxccuriva.-; podem nomear um Seacta- Ari. 55- Em oualqucr Convenção somente .será con,siderada de/ts a chapa TITULO V
nado para operar a atividade prátira e o cotidiano do rMpectivo organismo. .que venha a reccncr no mínimo 21)'^r (vinte por cento) das votos dos conven-
Art. 42 — Ai dáposiçws deste capítulo se aplicam às or^nizações de grande aonais. i ■S i"-'
empresa, de setor e de atividade de caráter zonal. muDicípal. regional e nadonal. § l!— Contara-se tomo válidos us votos cm branco. DAS DISPOSIÇÕES
§2:— Não SC constituirá DHelõno se quaisquer cias chapas concorrentes não
vier a obter a votação prevista neste artigo. TRANSITÓRIAS
CAPITULO V |3t— .Se houver uma só chapa, .será ela considerada eieita, em toda a sua
DA COMTNÇÁO NACIONAL composição, desde que alcance 20% (vinte por cento), pelo menos, da voraçáo
válíoa apurada.
•Art. 72 - Nos casos de vacância nos diretórios, e não havendo suplentes,
siçáo, a que alcançar mais de (oitenta por cento) dos votos válidos apurados. as vagas poderão ser preenchidas pela convenção convocada especialmente para
.Art. 43 - A Convenção Nadonal é o órgão dirigeaic supremo do Partido. §5:— Não atingindo quai-squer das chapas concorrentes o percentual de que esse fi m.
Suas Resoluções obrigara a iodas e só podem ser revogadas, uo todo ou cm iraia o parágrafo amerior. os lugares a prover serão divididos, proporcional ArE 73 - Os diretórios dos municípios com mais de um milhão de habitantes,
parte, por outra Convenção Nacional. mente. entre aqueles que tenham reccbicio, no mínimo, 20%' (vinte por cento) eleitos aié 30 de Junho de 1991, exercerão até o final. '
Art. 44 - A Convenção Nadonal será consttíuíds; dos votos dos convencionais.
ai dos membros do Diretório Nadonal; § 6« - Ocorrendó a hipótese do parágrafo anterior, serão observadas as .seguintes Art. 74-0 Diretório Nacional regulamentará, no prazo dc 120 (cento c
b) dos óefc^os elcrtos nas Convenções Regionais; normas: vinte) dias, a matéria referente a Pàirimônio c Coniabilidade do Título 111. » i
c) dos delegados cleitós nas qr^nizações vinculadas dírelumenle ao Diretório •a) os tanditatos ao Diretório, a suplente c a dciegado serão considerados deltas
Nacional.na forma doicgimemo; -, /• com a chapa cm que estiverem insaitos, na ortiem de sua ctilocação no pedido
dl tios ípptcseniaiites do part^o no Coiigrcsso Nadppal. ' de regato,
PãKAGRAFO Único - Osdele^doK téi^idizeito a voz e voto; os membros "b) u divisáo
oivtsú proporcional terá cm conta n soma dos votos dados às charas que Rio de Janeiro, 05 dc maio de 1991
do Diretório Nacional c rcptescmadtesdo Pàr^ Bi Conresso Nacional, que alcançarem o limite mínimo dc (vinte por cento) c não o (oial de votos
riõo forensdeleiados. só lerâodircito a VOZ; válidos apurados na convenção; Direção Nacional do PCB
Regimento Interno do 9^ Congresso
(Proposta em discussão)
I—A instalação do Congresso c)Quando a contra-proposia for de substituição documentos alternativos, após o que a reunião (2)quando se referir a texto novo, produzido pela
total dos nomes apresentados,o pre.sidente a colo- será encerrada. Não iiaverá leitura clü,s documen Comissão.
4>1. Cpidenciammü deiegadi.i ao Congresso: ará em discussão, dando a palavra por dois (.2) tos que entrarão em discussão — os do Diretório d)Anotados os destaques,a Mesa [xís.sará à vota
minutos ao autor e. em .seguida, a mais um outro, Nacional e os aliemaüvos — .subentendendu-se ção, primeiramente do projeto como um todo.
a) Os delegados- e/eavos eleitos nas Conferèn- I>elo mesmo tempo, que queira defender a pro- que os mesmos já serão do coniiecimento dos ressaívados
ressalvados us
us destaques,
desiaoL e a seguir, dos destauqes
das pantdárias e nos FôruiivS Sodalistas serão cre- [Xjsta do DN. e em seguida pas.sa ã votação das delegados. pela ordem em que foram pedidos. Para o encami-
dendadus pela Comissão de Mandatos do Con- mesmas. Hatendo mais de uma proposta, o pro A reunião de instalação publica do Congresso nhamento da votação de cada destaque, será con
gresst)^9:00 horas de 29/QS ãs 9:00 horas de cesso será aplicado sucessivamente a cada uma será ahertJ ás 16 liortis do dia 30/05 e cumprirá cedida a palavra, por dois minutos, ao proptíiiente
31'05, horáriocorrido aiè às 20:00 horas. Nesse de!a.s, na ordem de suas apresentações-, programa especial preparado pelo Diretório Na e a outro delegado que queira falar contra.
mesmo período serão credenciados os suplentes d)Quando a coiitra-propasia for de substituição cional do partido. e) No caso de haver documentos alternativos
de delicados que se apresentarem munidos de parcial dos nomes apresentados,ti presidente dará aos apresentados pelo DN, o procedimento indi-
comunica<;ão escrita das titulares informando sua a palavra por um minutt) ao autor da proposta n — Discussão e Votação ,cado na letra b) é substituído pelo seguinte; A
dèsisiènda de comparecer ao Congresso e autori e.em seguida,a mais um outro. peU) mesmo tem- dos Pontos da Pauta Mesa põe em di,scussão os projetos apresentados,
zando o credenciamento de seu suplente, [XI. que queira defender a |iro[X).sia originai, Ha concedendo a palavra, por 10 minutos, aos relato
vendo mai.s de uma contra-proposta, o processo 05. A discussão.
b) Esgotado esse prazo, a Comissão veriricará res dos mesmos,findo o c]ue colociiní em votação,
se há a ausência de delegados efetivos e creden será aplicado sucessivamente a ada uma delas, a) A dlscu,s.sãc) dos pontos da Pauta do Con cada prtjjeto separadamente, apurando \'otos a fa
ciará os seus suplentes cjue já tiverem se apre- na ordem de suas apresentações. Para efeito de gresso, salvo a eieiç-ào do Diretório Nacional,.será vor, contra a abstenções, e declararíi aprü\~ado o
.sentado: viitação essas prtipostas de substituição de nomes realizada no dia 31/05, da.s 9hs'às 20hs, com inier- que alcançar maior número de votas a fa\'or- No
c) O prazo para apresentação dos delegados serão consideradas como desta{]ues ã proposta rupçoe-s de duas horas para almoço e de 30 minu- caso de empate, ganha o que apre.seniar menor
efetivos e suplentes se encerra às 9:00 horas do original,e o procedimento será o seguinte:o presi- ttxs para descanso, em .horários a estabelecer. número de votos contra.
dia 3V05. viente põe em votação a proposia do DN. ressal b)Para a discas.sâo dos poiuo.s da pauta, e para 0 O Congresso adotará resoluções exclusiva
vados os destaques, e em seguida cada um destes, possibilitar o uso da palavra pelo maior número mente sobre questões consiante.s de sua pauta.
02.i Jnstallição do 9^ Congresso se processará pela ordem de apresentação: de oradores, os delegados serão distribuídos em As propostas sobre outras cjuestões, pon-entura
em duas ea/m. consistindo: ej Eleiia a .Me.sa, o presidente provistirio passa- grupos cie discussão de no máximo 60 peaois apresentadas, serão encaminhadas ao Diretório
lhe a direção dos traballios e lhe entrega as demais cada um, sendo prevista a constituição de doze Nacional que decidirá o que fazer com cada uma
a)a primeira etapa, em uma reunião prqjara- jiroposias do DN que devem ser votadas na reu desses grupos. O critério para essa distribuição delas. Votados todos os projetos de uxlas as Comis
tócia d«itinada a estabelecer a organização do.s nião preparatória; será o cie que cada delegação estadual esteja pre .sõe.s de Resi.)kiçües, a Mesa ciará [xjr encerrada
trabalhos do Congresso e aprovar o.seu Regimento O Assumindo suas funções, a Mesa escolhe em sente em todos us gaipos. Cada delegado receberá essa parte do.s trabalhos du Congresso.
Interno. Dessa reufiiào preparaiórLi particíparà(j seu seio o presidente da sessão e dois secretários individualmente, no mcimento de seu credencia
somente delegados. c|ue discutirão e votarão: a permanentes,e prcKede à chamada tios delegados, mento,a informação do grupo de que participará. ni — Eleição do Diretório Nacional
0'>mp<:»siçáo Mesa que dirigirá os trabalhos; a segunilo a lista de credenciadtjs até o momento, c)Cada grupo amiará com a participação obri
pauta do Gmgresst.» e o tempo dedicado à discus apresenuida iiela Comissão de Mandatos,e anuncia gatória de um membro da Me.sa, que a repre 07. A eleiçk) do Diretório Nacional .será retúi-
são de cada um de seus pontos-, a comiDosiçâo o número ue delegados presentes com direito sentará e presidirá a reunião, e um membro de no dia 02/06. das 9h.s às dOhs. e .se processará
da.s Comissões de ResoluçõevS referentes a esses a voto pleno, a voto restrito e com tlireiio apenas . cada uma das comissões de resoluçòe,s eleitas na seguindo usseguintespreceitos e prvcedimento.s:
IKtntos-, e este Regimento interno; a voz. Em seguida, eoltKa em discussão e votação, .se.ssão preparatória, a)A eleição do Diretório Nacional se processará
f> I a segunda ccflpu, na aoíonidudc do inscalaqúü surp.ssivamenrp. M)a proposw de l^iiu do O >n- d)Qs gai|>o.s" di-scurem os pontos-eni pauta no l>oi voia^^áo scueia ciu diuiias. Pai a euiieuuciciii,
pública do G)ngre.sso. gre.sso:(2)as prupo.sias de Comisstões de Resoiii- Coiigre,s.so, mas não deliberam sobre os mesmos. as chapas terão que ser registradas na Comissão
ç(>e.s; e (3) a proposta de Regimento Interno do As resoluções serão adotadas em reunião plenária Eleitoral até .à-s 20 honis do dia 31/05 e estarem
05. A reunião preparáiòría terá início às 9.HÚ(no Congresso, todtis elas encaminhadas pelo DN; de todos os delegados. •vub.scrita.s por, no mínimo, 30 delegados panidá-
te) horas do dia 30.05, com qualquer número g) Au anunciar a proposta de pauta do Con e)Haverá um tempo único de intervenção para rios. A votação e apuração serão presididas pela
de delegados votanies plenos presentes, desde gresso, a Mesa inforrhará se há documentos alter cada delegado que se inscre\-er para falar, de dez
Comi5.são Eleitoral.
que já tenham sido credenciados pela Comissão nativos aos apri^entados [íelu Diretório Nacional. minutos, e os delegados o utilizarão para opinar b)A eleição do DN compreenderá dois momeri-
de Mandatos a metade e mais um dos delegados Para ser admitido na pauta, um documento alterna .sobre as questões de suas preferências, dentre tüs: (1) no primeiro, tem lugar a votação e, em
com direito a wio pleno que cordirmaram sua tivo deve estar subscrito por um mínimo de 50 as que compõem a pauta do Congresso.
delegados (somente delegados partidários se se seguida,a apuração,finda a qual a Comissão Eleito
presença m > O mgresso. A reuivao será abena por f)Em atda grupo,o presidente da reunião con ral comunica os percentuais de votos alcançados
um membro do Diretório .\'acional tOSi que a refere a .questões internas do partido) e ter sido vida um dos panicipantes[Xint anotar as inscrições pelas chapas concorrentes; e(2) no segundo nio-
dirigirá atéa eleiçlo da Mesa.ereali/airá osseguin eniregtie à Secretttria do Congresso até às .8:00 de oradores e ajudá-lo a controlar o tempo cie
horas do dia 30/05.
memo, a Comissão calculará quantos nomes cada
tes atos: cada um. chapa elegeu,tendo em conta aqueles percentuais,
3 — DLsciLs.são e vijtação da Pauta do Congresso: g) No desempenho de suas funções, os presi e proclamará o Diretório Nacional eleiio-
1 — Di.scussãü dü Febtóriü da Comissão de Man dentes de reuniões e gruptts concedem a palavra c) Para ter direito a participar do DN, a chapa,
datos; a) Procedida a leitura da proposta de Pauta, a aos que se inscreveram, resolve as questões de precisa ter alcançado no mínimo 20% dos votos,
a)O presidente dá a palavra ao reüuor da Comis Mesa indaga do plenário se há projXJSias de mu t.irdem e zelam para que os oradores se mante d) Os candidatos ao DN, efetivos e .suplentes,
são de Mandatos nara apresentar o seu relatório; danças, No.case.) negativo, a Mesa considera a[)r(> nham nos limites do tempo que lhe é destinado. serão considerados eleitos com a chapa em que
b)Procedida a feitura do relatório,o presidente vnda a pauta, dispensando votação. h) As reuniões dos ^pos sefào encerradas às estiverem iascritos. na ordem de sua colocação
indaga se alguém deseja esclarecimentos do reia- b) Na caso afirmativo, a Mesa dará a palavra, 20 horas, ainda que haja oradores inscrito.s. no registro na Comissão Eleitoral.
ter e dá a palavra, por um (1) minuto, àqueles por dois minutos,a cada proponente de mudanças i) As emendas dos delegados aos documentos e)Comam-se como \'álidos os votos em branco.
que desejarem pedi-lo.s; e,em seguida, a mais um outro, pelo mesmo tem em discussão, para serem consideradas, devem f) A divisão proporcional terá em coma a soma '
c) Atendidos os pedidos de esclarecimento, o po, que queira defendera proposta originai. Ha satisfazer às se^intes condições;(1)serem escri dos votos dados às cliapas que alcançaram o limite
presidente põe em discussão o relatório,discuSsão vendo thais de uma proposta de mudança na Pauta," tas e textuais, indicarem o lugar do documento mínimo de 20% e não o total de votos válidos
que deve dírigir-.se estritamente a examinar se a o procedimento será repetido em cada caso. Para onde de\'em ser aplicadas; (2) serem subscritas apurados na eleição.
Comissão cumpriu satisfatoriamente sua tareÉi de efeito de votação, essas propostas de mudanças por no mínimo dez delegatJos. Essas emendas de g)A divisão proporcional.será feira dividindo-se
credenciar como delegados aqueles que se apre- na ftiuta serão consideradas como destaque à pro vem ser entregues às Comissões de Resoluções a soma dos votos dados às chapxs que alcançarem
sentararh munidos de comprovantes que os acre posta original, e o procedimento será o seguinte: (aos representantes destas nos grupos de díscus- * o limite de 20% pelo número de vagas a preencher
ditavam como tais; a Mesa põe em votação cia propo.sta do DN, em são) ate às 20 horas do dia 31(05 através da eleição, desprezadas as frações.
d)No caso de haver impugnação de credencia- bl<x:o,ressalvados o.s destaques,e em seguida cada 06. Votação. h)Os lugares que resultarem de sobras aritmé
tnento ou reclamação por não credenciamento, um deites, pela ordem tie apresentação, A votação dos projetos de resolução apresen ticas caberão à ciiapa mais votada.
o presidetite ind^a do relator se a Comissão con- c) Se a proposta de incíusãu de novo ponto tados pelas Comis.sõe.s será realizada no dia 01/06,
corda com o redàmanie. Se a resposta for afirma na Pauta for aprovada e tj projxmente não houver das 9iis às 20hs, e obedecerá aos seguintes proce
tiva, as reclamações serão coasideradas incorpo indicado nomes para a Comissão de Resoluções IV — Disposições Gerais
dimentos:
radas ao relatório; se for negativa, o presidente corre^ndente (se esu for necessária), a Mesa a)A discussão é iniciada com o relator da Comis- a) As questões de ordem só podem referir-se
pt*)e as redaraaçijes em votação, pela ordem de o farí {)ondü-üs em discussão e votação. .sào justificando sumariamente o projeto por ela ao cumprimento das disposições de.ste Regimento
apresentação, concedendo antes, em cada caso, 4—Di,scu.ssâü e votação do Regimento hitemo: apresentado, após o que prestará ao plenário us e .serão resolvidas pela Mesa.
a palavra ao reclamante e ao relator, pelo tempo esclarecimentos solicitados. b)As sugestões de encaminhamento(de discus
de dois minutos, para defenderem suas posições. A discussão e votação deste Regimento Interno b)A .seguir, a Mesa põe em discussão o projeto são, de votação) serão apresentadas à Mesa, que
será procedida segundo as normas esialxrlecitlas da Comissão, dando a palavra, por 5 minutos, a decidirá sobre sua aceitação, levando em conta
2 — Eleição da Mesa que dirigirá os trabalhos fara a discussão e votaçãij dos projetos de rest)lu-
do Congresso: um máximo de seis oradores, altemadamenie a o que dispõe o Regimento e a necessidade de
çáo apresentados i^eias Comissões (ver artigo 06, favor e contra o projeto. serem cumpridos o.s prazos e.stalíelecidos para as
a) O presidente provisório lè a proposta de adiante). c) Terminada a discussão, a Mesa indaga se liá diferentes fa-ses do Congresso.
composição da Mesa encamiitliada pelo DN e inda 5 — Intervenção dos informantes dos pontos destaques para votação do projeto. Destaques só c)Os apartes são concedidos pelos oradores.
ga do plenário se liá conira-propostas; da Pauta: d)A Mesa cassará a[)alavra do orador que,adver
podem ser apresentados j)or escrito e nos.seguin
b) No caso negativo, o presidente considera a Como ato final da reunião preparatória, a Mesa
tes casus: (1) quando se destinar a repor, total tido do esgouimentü do tempo de que dispõe
proposta aprovada, dispensado votação: no caso dará a palavra, pelo tempo de dez minutos, aos ou parcialmente, emenda apresentada e que não para Intervir, continuar abusivamente a usar da
afirmativo,opresidente prossegue como se segue: informantes cios pontos m pauta aprovada e dos foi acolhida ou o foi parcialmente, pela G)mis,sào; palavra,
24•VOZ

GREVE
OPCB — Partido Co
GERAL
munista Brasileiro
— manifesta o seu
pagamento da dívida
externa, que vai trazer
mais sacrifícios e sofri
apoio à Greve Ge mentos para o povo.
ral Contra a Recessão e É preciso que os tra
a Fome,convocada para balhadores participem
os próximos dias 22 e maciçamente da Greve
23 de maio,pela Central Geral de 22 e 23 de
Única dos Trabalhado maio, para dizer ao Go
res, Central Geral dos verno Collor que não
Trabalhadores e Confe agüentam mais esta si
deração Geral de Tra tuação e que exigem
balhadores. mudanças urgentes,
A política econômica com a retomada do
do Governo Collor, ao crescimento econômi-
combater a inflação CO, com redistribuição
através da recessão, do ^ . de renda, defesa das es-
arrocho salarial e do talais e dos serviços pú
desmonte do setor pú blicos, democracia e
blico, agravou mais ainda as já indignas condi A violência no campo aumenta, a reforma justiça social.
ções de vida da imensa maioria do no.sso povo. agrária não se realiza, levando os trabalhadores O PCB conclama todos os .setores do movi
0 pais precisa crescer 2,5% ao ano, somente rurais a fugirem para as cidades em busca de mento sindical — centrais e sindicatos não filia
para oferecer emprego aos jovens que chegam emprego e comida,'aumentando mais ainda a dos a nenhuma central — a se engajarem na
ao mercado de trabalho. No. entanto, em 1990, população das favelas e palafitas. Doenças facil organização da Greve, que precisa do apoio de
no.ssa economia decresceu 4,0%, tornando os mente controláveis, como o cólera, ameaçam rodos os partidos políticos democráticos e pro
brasileiros 6.5% mais pobres. No mês de março, a vida de milhões de pe.s,soa.s, exatamente pela gressistas, das entidades da sociedade civil, dos
1 milhão de íraballiadores perderam o empre fiilta. de saneamento básico — 60 milhõe.s de governadores e prefeitos de eiDosição. Os filia
go. .sem oMuar os mais de 30 milhões que se brasileiros não têm rede de esgotos, 30 milhões dos do PCB — sindicalista.s, parlamentares, mili
encontram fora do mercado formal de trabalho, não têm coleta de lixo e 15 milhões não têm tantes em oi\ti\)s setores organiz-ados da socie
sem carteira assinada. água tratada — pela desnutrição e as péssimas dade— cen'arãofileiras no construção da Greve
O salário minimo é o mais baixo da história condições médico-hospitaiares da rede pública. Geral, cujo sucesso .será um passo importante
e um dü.s mais baixos do mundo.Com o arrocho na luta por uma vida melhor.
salarial e o desemprego, aumenta o niimero Não temos a menor ilusão de que este quadro Contra a recessão e a fome!
de brasileiros submetidos à fome e à subnu pos.sa ser revertido com a mudança da equipe Pela retomada do crescimento, com re
trição. Em abril, os supermercados venderam econômica. Ao contrária, a nova equipe tomou distribuição de renda, defesa das estatais
menos 30% de alimentos básicos do que em posse anunciaiido a manutenção da recessão e dos serviços públicos.
1990, A violência e a insegurança alcançam pata- para o combate à inflação, o aprofundamento Democracia e justiça sociall
mare.s inaqeitávèis. Milhões de crianças vivem do processo de demissões nas estatais e senãços
nas mas, sem teto, sem escola e sem o carinho públicos, e a necessidade de atender ás pressões São Paulo, 15 de maio de 1991
e afeto dos pais. dos bancos internacionais para a retomada do A Direção Nacional do PCB

passaram a "vero mundo com comunista Salomão Malina, que


os olhos abertos",como substitui Giocondo Dias, que se
VIII CONGRESSO defendeu o secretário-geral do encontrava gravemente
PCUS. Por outro lado. aqui no enfermo. O deputado Roberto
Aos 65 anos, pela primeira Br^il o Vil! Congresso se Freire, líder da bancada no
vez, o PCB fazp seu congresso realizava num momento rico Congresso Nacional, foi eleito,
na leg^idade. É o VIII para a política e a história do vice-presidente do Partido. Os
Congresso (Extraordinário) que País. A Constituinte desenvolvia dias 17,18,19 e 20 de julho e
teve lugar no Centro de seus trabalhos. A crise 1987 ficaram marcados na
Convenções de Brasília, em econômica já tomava conta do história do Partido pela
1987. e contou com a presença País. As lutas sociais estavam realização não só do primeiro
de delegados de todos^Ps nas ruas, crescia em congresso na legalidade, mas,
Estados, exceto Fernando de importância o nível de tamoém, do mais democrático
Noronha. Além de ser o primeiro consciência do operariado e dos congressos até então
congresso legal, ele também é demais assalariados. realizados. O então presidente
o primeiro que se realiza sob a O VIII Congresso se realizava Samey enviou uma mensagem
égide da "glasnost" de Mikhail num momento certo. Sáo especial e um representante, o
Gofbatchov, que lançava, discutidas as tarefas e ministro Costa Couto.
através de uma explosiva exigências do período de Prefeitos e vereadores, além
entrevista para o L 'Unità (jornal transição democrática, de depulados estaduais,
do Partido Comunista ftaíiano), apontando camintios para o federais e senadores de outros
o documento básico para a aprofundamento das conquistas partidos, estiveram presentes
discussão de todos os partidos democráticas. Além disso, ao congresso. Milhares de
comunistas sobre as novas houve uma renovação nas militantes lotaram as
teses deste que se transformaria diversas direções, permitindo a dependências do Centro de
na maior liderança mundial oxigenaçáo do Partido. Convenções, todos, ou a
deste fim de século. A partir da O VIII Congresso elege por maioria deles, "vendo o mundo
glé^ost, os comunistas unanimidade o dirigente de olhos abertos". SessáophnárÍBnoBntlgo Centro diCofiv9nçõ9$ dê Brssfíle
FREIRE
NS5Í5 O deputado federal Roberto Freire,
Soo Paulo. pernambucano,49 anos,é o novo
15 de junho. 1991 presidente nacional do PCB,eleito logo
após a conclusão dos traloalhos do 9^
Cr$500,00 Congresso,dia 2 de julho, no Rio de
Manaus. Boo Vista. Janeiro. Freire anunciou que vai
Sanícrém; promover a radical renovação do
Cr$àOO,00
.Orgóo Central do Partido Comunista Brasileiro
UNIDADE partido e que a nova
Direção Nacional
pretende unir os comunistas.

Diretor Recordei- Luiz Caries Azedo Redaçòo: rua Auroro, 978-sobrelojo CEP 01209 Tel;(011) 220-8577 Fax:(011)223-1023 Telex: VOZ SP J011)26584

NOVA POLITIC
Nesta edição,
as resoluções
políticas do
9- Congresso
do Partido
Comunista

i
EDI TOR IAL

O caminho da renovação
^ PCB escolheu seu caminho; a aemocracia ou subestimação da democracia formai em no
como única via para o socialismo. Assim me da "democracia real". A democracia é um
valor insubstituível em qualquer tipo de socie
W podemos sintetizar as resoluções do 9^ dade, para que as divergências de opiniões e
Conaresso do PCB, que publicarnos nesta edi- credos possam se manifestar e existir a possibi
ção.^ruto de um ano de discussões, disputas, lidade real de alternância no poder" — não há
conflitos — na seqüência das perplexidades e tergiversações, como se pode ver.
frustrações geradas pela dèbâcle do socialismo
jqq\ —^ as conclusões do 9? Congresso do PCB
não encerram o debate nem pretendem concluir
O debate destas e outras questões não é algo
diletante. É a primeira tarefa daqueles que
a polêmica acerca do socialismo, da transição compreendem que a base objetiva que
e acumulação socialistas. Apenas afirmam a possibilita a superação do capitalismo continua
opção radical pela renovação e a democracia existindo e o socialismo é assim, uma possibi
política — um caminho que não terá volta. lidade histórica que queremos e desejamos pe
Aprovados pela ampla maioria dos delegados la vontade de homens e mulheres que vivem
presentes ao 9°. Congresso, o que nao significa do seu trabalho. Trata-se, isto sim, de forjar
ignorar a contestação e desrespeitar o plura uma nova e autêntica consciência revolucio
nária, democrática e humanista, superando o
lismo, os documentos do PCB mais uma vez desânimo, a apatia, a falta de perspectivas polí
constituem um referencial para o debate entre
as forças de esquerda do nosso país e um ins ticas. Nova razao e nova paixão pela sociedade
desejada — um esforço que não cabe somente
trumento para ação política conseqüente junto
às demais forças democráticas e progressistas. ao PCB, mas é de toda a esquerda. E para Preci
São uma alternativa não somente para a reno
o qual agora os comunistas brasileiros estão
em condições de dar a sua lúcida, serena, mo O surgimento da ei
vação do PCB mas também para a construção desta e firme contribuição. Companheiras e companheiros, a questão da paz e da
de uma nova formação política, de esquerda, Há outras tarefas na ordem do dia, que emer Amigas e amigos, ro um que a política d
compreendida como um movimento amplo e gem do cotidiano da cena política brasileira, vimento impetuoso e
plural, uma das propostas mais importantes desafiadoramente: a consolidação e ampliação Ao longo(je uma trajetória de69 anos de existência, da técnica — que tar
aprovadas no Congresso. esta é a nona vez que se realiza um Congresso do cada um trabalhar m
dos direitos democráticos, afirmando a cidada Partido Comunista Brasileiro, e é também o segundo trabalhar—;os novos
ara os comunistas,o movimento pelo novo nia. e a superação da crise econômico-social, que se dá em condições de legalidade, E um aconteci
P entre
socialismo não comporta a contraposição
reforma e revolução. No Brasil, as
que agrava as mazelas nacionais. São ques
tões interligadas e que estão na linha do hori
mento singular na vida do nosso partido e do nosso
sas:a emergência de i
vidade de bens matei
país. Isso mostra as dificuldades para a existência maginável; tudo isso
reformas democráticas, promovendo mudan zonte. Exigem a imediata Intervenção dos co de um partido como o nosso, que ainda convive com um avanço no senti<]
ças de estrutura, contrariam as elites e oligar munistas, através do processo eleitoral que se uma sociedade marcada pela cultura autoritária, ex- de cadeias (^ue até !
quias tradicionais. Têm um duplo caráter revolu avizinha e dos movimentos sociais organiza cludente e antidemocrática de nossas elites tradicio e o homem ainda não
cionário: rompem a lógica da moderntzsçao dos. É vital a preparação da participação eleito nais. componentes políticos que sempre predomina Mas, por uulio lado, e;
conservadora, que sempre caracterizou a nos ral do PCB nas eleições municipais de 1992, ram na evolução da formação econômico-social brasi conhecimento acumi
sa industrialização e o modelo capitalista exclu- inclusive tendo em conta o objetivo de constituir leira. Mas, por outro lado. a realização de mais um a-uma situação que p
dente e perverso; e, por sua envergadura e uma nova formação política de esquerda. Tam congresso legal consecutivo, soma-se à grande cons da humanidade, pode
natureza,colocam na ordem do dia o socialismo bém é essencial a busca de uma nova relaçao trução democrática em nosso solo e nos dá espe vastas regiões do no:
com a sociedade que tem na participação nos ranças de que poderemos trilhar um futuro melhor Criou-se uma situa
com democracia e liberdade."A chave está na para o nosso povo. Um futuro onde impere a demo
política de radicalidade democrática, incorpo movimentos sociais um fator fundamental e in cracia, a liberdade, o pluralismo, a justiça social e
des meios de comuni
rando a cidadania à modernidade, através do dispensável, No movimento sindical, a forma a modernidade.
formas de alienação (
tomar consciência d
processo democrático e de sua ampliação, ten ção da Unidade Sindica!é uma experiência no Nós, os comunistas, abrimos este IX Congresso, outro, também poderr
do nos conflitos de classe e seus interesses va, pluralista e ágil, que precisa ser ampliada para escrever mais uma página na história política crática, promover just
os elementos necessários às conquistas histori e consolidada. . _ brasileira. A vida do País, desde 1922, queirp ou a diminuição progrej
camente almejadas" — reitera a Declaraçao inalmente, urge a verdadeira renovação da não, tem a marca expressa do PCB, construída ao
Política do 9° Congresso. Fvida partidária, em busca de um partido
novo de fato, o que exige mudanças
longo de quase sele décadas,a serviço da classe
operária e do povo brasileiro. É a saga de mijhares
nantese governados,
avanços conquistado
O compromisso dos comunistas com a demo de comunistas que deram de si o melnor que tinham ra equacionar parte d
cracia é assim definitivo; ela é um valor de cará métodos e formas de atuação, novas concep nidaiiie, não foram ca
ter universal e radical. Por esse prisma — e ções de trabalho e organização, abertura para neste abnegado esforço em busca de uma sociedade
os ricos e os pobres
tendo em conta os erros e fracassos do socia- o novo e rejeição de tudo aquilo que a vida nova.
Vivemos uma situação extraordinária. Atravessa e 08 que nada tèm,
lismo real —,o socialismo é incompatível com vem demonstrando que não está dando certo. fundam.
Esse esforço passa por normalizar o trabalho mos um momento de ruptura com uma etapa da histó
qualquer forma de opressão e supressão dos ria da humanidade. Encontramo-nos no limiar de uma Ao lado das velhas
direitos fundamentais, individuais e coletivos. de direção coletiva, dotar 9 partido de instru •nova era, cujos contornos só podemos vislumbrar gos paraademocrac
"O respeito à dignidade e autonomia dos povos mentos eficientes de administração e finariças, de forma ainda bastante incompleta."O velho já mor ção. Os atuais moda
e nações é o núcleo de uma nova ordem inter revitalizar os núcleos partidários e ir à luta junto reu, mas o novo ainda não nasceu'. Isso define uma se limitado apenas
nacional, onde a política se paute por compro com o povo. É um esforço que reforça as possi situação de crise. Realmente, crise é a palav.i:a mais estão em condições c
missos éticos e morais, No novo socialismo não bilidades de construção de uma nova formação adequada para definir a quadra histórica que vive (o que abarque todo
pode haver, em nenhuma hipótese, supressão política de esquerda — e não o contrário. hoje o mundo e o Brasil. a consciência do ía
Assistimos no mundo a uma fase de transição em base nos modelos de
I>:ivicl línícnch, Dirccu Lin(J<;so MS — Can»po Grande: Rua M de julho, responder às exigêm
252(3 _ i. _CEI'79.(.)U3 — UK?").384•3201, to(ias as relações políticas, sociais e econômicas,
vsz
Ôrgõo Central do
iHlininli) R<K-h:i.low BtJuqutn.JoscyMiton»
SfttiiK.), Miiascrnu
iti Mirfi >.s I>el Ruio, Miircixs
de AJmci-
(canu-
nLsp)..Mtwias BxsK w tU Silva (dia^rarnador),
PA — Belém: Trav. Apinngés, 212 — CEP
66.010 — (09t) 22-Í-2012.
PB — João Pessoa: Rua Dui|ue dc CasiiL-:,
Tal é a sua envergadura que estão em crise todos
os critérios fundamentais de interpretação e análise
junto da humanidad
mente os equilíbrios
Diante deste quac
P-Jiilo C:i\-.ilanii. Hiiniundo Jínkin^';. Raul dc-
5,,O _ 2: S/-201 — Calçarlâtj — CEP 38.00U da realidade. Não podemos mais conviver com visões
Partido Comunista Brasileiro NkUd faixiii). RlcaiiJo dc Kàshna (ilu-sirador), —(083) 226-Í066.
PR — CuriÜba: Rua Pcniando Moreira. 9'Í3
Ingênuas do real. Não existe nenhum determinismo a frente com o real.
.Sctgii) RatxJal Ra-udcnrhal — CEP RCUlü — (üiJ) 234-2'192. histórico que nos garanta que o amanhã será configu para isso. E preciso
Conselho Editorial: Rcprescotantes: A.VÍ — Manaus:ly. Scrc RS — Porto Alegre: Trav. Acelíiio tle Carv.:- rado de uma determinada maneira. Nós. através de ragem, frieza e sere
dc SctcmBrc. 13Ó"' — Centro, l- :uidar. sila [h.) 21.^301-CI';P9ÜU10-10312J27-2301, nossa ação, luta, valores e Idealidades, é que leremos possa ser. Como \c
João Aveline Ot - a-;i'(i9W3 —(Ü9ili33-2"'1« RI — Rio deJaneiro:Av Prc.sidciilc Varg;L'>,
BA — Sal^vador: Rua .Moiirana, -si — Clit 5-)9 Ç}: _ CFP 20031 — (021 )221-2333 que tentar criar, ao lado das demais forças da demo se desmancha no &■
Luiz Carlü.s Azedt) - 1071) 1.6236. SF.—Araca ú:Tav Quintlllninoda Fonseca, cracia e do progresso, um novo mundo, uma nova pelo qual queremos
Nué Gertel CF. — Fortaícra: Rua 2-i dc .M.iio, 8R-) — 232 — CEP •Í9.0ÍK) — (079) 224-781],
CHCWHXKi- ((>Ht)231-3123. cultura, uma nova mulher e um novo homem. nossa opção? Que c
RetIaçâO! Pjvaná. Pcicr DF — BrasiUa: SfXS — Hd \'cnàncio 11 — do mundo integrem
i BrasiLi.i I. iüaaiifíUu OlHmra iRiu dc |)liKt> f — sohrcioia 32 — CKR "'O.ÜIXI
Gerente Administrativo: Avelino I.ui7. Mar- Nunca na história da civilização o gênero humano
u,i.i;rí.siin:i Uc.iin|iiinluMnnwi»>v.j,\ilsAvcli- t(U>li2ií.-l()l2 •
i|ues
teve, como ocorre hoje,o poder de dispor simultanea existe hoje. ou realn
íiu. l-iii/ Uiíiii.s A/cxii', llsiiiar tUmi- GO —Goiânia:Rua 12. n-H" — CUF' 4 1»' Distribuição. Venda Avulsa e Assinatu acúmulo de avanços
Kariiia R.i.s-vis Claru tdugrjma- ras: Métu) Prancisto da Silvi mente de instrumentos capazes de promover, por
u'u>). MA — São Luís: Ru:i Nazaré.3^ — Centro
Pninnedade da lídiiora Nv>\'<.>,s Rumos l.tda. um lado, a destruição de toda a humanidade, e, por sirva para que pred(
- K. Aurora, 978- 4'-' - CEP 01209 - mas, sim, osocialisr
Colaboradores: Aliei',ink) Balur il;i KikIu,
- CW 221-41.33
MG ~ Belo Horlaonte: R rumé de hoiiza. .São Pauiu - Tcl. (01IJ 22(l-H5-^ (redação) outro, de solucionar os inúmeros problemas da socie humana? Um regtmi
.Via .M«mtciicün>, Aiiii(i>ai fx-riiandcs, Cidus RUI 201 - B. l'uiviimári(.t — CEP 3» N» — - Telex 2Ó384 — VOZ .SP — Fax (Oil) dade humana.
liMundtr. Cláuüiii dc Olh-cini. (."liint NcKm ttHli222-Hn33 223-1023
VOZ • 3

Lutamos pelo socialismo


com liberdade e democracia
Declaração Política doIX Congresso do Partido Comunista Brasileiro
Rio deJaneiro—2dejunho de 1991
O Brasil pode ter outro destino —
mais democrático e progressista.
Com nossas inquietações,
esperanças e a vontade curtida nas
lutas pelas liberdades e contra as
injustiças e privilégios, nós brasileiros,
podemos construir um país rico e
desenvolvido, justo e pacificai;
republicano, pluralista e socialista,
num mundo que queremos mais
fraternal e de paz, equilibrado e
protegido na sua ecologia.
Neste limiar do terceiro milênio,
contrariando as elites retrógradas e
exciudentes que lançaram o país na sua
mais profunda crise, queremos afirmar
a plenitude de nossa cidadania e de
nossa cultura.
O grande desafio dos que de fato
desejam a modernidade no Brasil é
romper a lógica perversa dos ciclos de
expansão da economia que
possibilitaram o enriquecimento
fabuloso de uns poucos e
marginalizaram a grande maioria.
Agora, diante da crise que já
ultrapassa uma década, enfrentamos a
tarefa de viabilizar mudanças de
estrutura para democratizar a vida
nacional e modernizar o país com mais
justiça social, integrando-o de forma
soberana a um mundo cada vez mais
interdependente, em que pesem as
desigualdades e injustiças que ainda
preserva.
Todos os que resistiram, lutaram e
derrotaram os poderosos na longa
batalha antiditatorial têm agora a
missão de construir um projeto
nacional novo, democrático e
progressista, que possa abrir a via de
profundas transformações políticas e
sociais. Este pode ser o caminho
pacífico e pluralista para a construção
no Brasil de uma sociedade socialista • #
com liberdade e democracia.
15 de Junho de 1991
4 «voz
Não há modernidade sem mais de lação marginalizada e defronta-se com
le. Há realmente um grande descom mocracia, crescimento econômico e a dinâmica política e social em curso
passo entre a institucionalização da de justiça social. Isso exige uma política na sociedade, contrária ao atual pro
mocracia e as reformas amplamenies jeto governamental.
reclamadas pela maioria esmagadora de combate à inflação que po,ssibilke
Há uma nova re;ili<Ja(ie política no a alieraçao do peifil da distribuição É cada vez menor o espaço para so
país. Concluiu-se o ciclo insiitucioi^ do povo.
de renda do País em favor dos assala luçõesconservadoras impostas do alto:
Frustram-se as esperanças da soae- a sociedade rejeita os intere.s.ses iníla-
iniciado com a vitória de Trancredo dade na capacidade do atuai governo riados, das políticas públicas e da eco
Neves no colégio eleitoral em 1984, nomia nacional. Essa deve ser a orien
cionários, o cariorialismo. a carteliza-
com os poderes constituídos democra equacionar os problemas da economia tação a ser dada ao tratamento da dívi ção o monopolismo cecnologicamen-
ticamente e regime de liberdades sem de maneira Favorável ao povo.Sua polí da externa,das políticas de investimen le atrasado e. principalmente, a brutal
paralelo. Esse avanço democrático,en tica recessiva, reduzindo a oferta de to, industrial e tecnológica; das refor concentração de riqueza.
tretanto.exige a regulamentação de cü- empregos e rebaixando o pc^er aqui mas tributária, agrária e do Estado. As possibilidades de desbloqueio de
N^rsos dispositi\'OS da nova Constitui sitivo dos salário,s, gerou mais miséria um paao político-,social amplo, ir^s-
e marginalizaçüo, A política goveim- O novo governo da República, com parenie e aberto não foram esgotadas.
ção, a reforma democrática do Btado memai — fiscal, monetária e de rendas seu projeto de inspiração neolibei^,
e o efetivo exercício da cidadania para recompõe sua base de sustentação Se essa alternativa ainda esbarra na re
^ reduzindo a renda nacional, so sistência das elite.s tradicionais co
a consolidação e ampliação da demo apoiando-se nos setores mais conser
cracia
mente tornou ainda mais perversa a
vadores e reacionários da sociedade. mo sempre esbarrou —,cada vez mais
Persistem, ainda, os elementos ao distribuição funcional da renda, acha corresponde às necessidades de um
tando a massa salarial. Estão seriamen Ao reconstituir o velho sistema de po desenvolvimento democrático, equili
sistema de poder herdados do antigo der das classes dominantes, frustra ^
regime,com seu.s vícios e deformações te comprometidas as possibilidades de esperanças de mudança que ele pró brado,capaz de arrancar a maioria do
a impregnar as instituições republica efetiva capacitação tecnológica para a nosso povo do atraso e da mi.sérla.
modernização do país. prio criou na grande massa da popu-
nas. O Executivo teima em sufocar e
submeter o Congresso Nacional, utili
zando o concurso inadequado e abu
sivo das Medidas Provisórias. Os ve
lhas interesses que teceram o golpe
militar de 1964, que engendraram o
modelo econômico implantado pela
díLidura e tentaram obstruir a traasi-
çát> à democracia mantém-se çm cena
política, prütagoni7aind() um processo
de restaunição de privilégios e preser
vação de iniu.siiças.
O avanço das liberdades políticas e
da institucionalização da democracia
também não encontrou correspon
dência na solução dos graves proble
mas sócio-econômicos que agravam as
condições de vida do povo e margina
lizam a maioria das brasileiros do pro-
ce.s.sü produtivo. Permanece o quadro
.social iníquo e ofensivo aos preceiuxs
mínimos de dignidade.A recessãt)con
tinua atingindo duramente a econo
mia. com desemprego em mas.saç ar
rocho nos salários. A violência, a inse
gurança e o descrédito chegaram a pa
tamares inaceitáveis.
O lungv) caminho percorrido para
dernxar a ditadura militar e promover
o desmantelamento das .seu.s instimtos
discricionários não levou à modifica
ção do modelo econômico excluden-
M F N S A G E N S

AROENTINA,BOLÍVIA E CORÉIA
a Libertação Nacional e com todas a solidariedade internacionaiista en
fracassados no Leste europeu, mas tre os partidos marxistas-leninístas e
Partido Comunista da Argentina as forças políticas que lutam para
a um socialismo baseado no protago- conseguir a emancipação de seus as forças revolucionárias e progres
Estimados companheiros, nismo da classe operária e do povo, sistas de nossa América e do mundo.
povos.
delegados ao IX Congresso do realmente democrático, onde exista
Reiterando nossas fraternais sau Confiamos que a tradiciorialamiza
PCB
um verdadeiro respeito pelo ser hu de que temos mantido continuará de
dações de êxitos, recebam esta nos senvolvendo-se
mano. , . • no futuro, no interes
Como é do vosso conhecimento, sa cordial mensagem.
Todo Congresso de um Partido Co se de nossos povos e dos ideais co
munista significa um feito transcen em nosso país se agudiza a crise e CC do Partido Comunista da Argen muns que nos animam.
dente para essa organização. Por is- atica
miséria como conseqüência da polí
neoiiberaique é aplicada pelo go tina CCdoPCB
Fraternalmente,
so, desejamos-ihes o major dos êxi verno Menem, de acordo com os di Jorge Ibafies C.
tos em vossas deliberações, levadas
a cabo num momento muito especial a tos do imperialismo. Este governo e Partido Comunista da Bolívia
da vida política e social do Brasil e expressão mais cabal da submis Em nome do Comitê Central dq Partido do Trabalho da Coréia
num contexto internacional convul- são ao que é ditado pelos EUA. Por Partido
tudo isso, nosso XVII Congresso con e de todos oscomunistas boli
sionado. O Comitê Central do Partido do
vianos, recebam, estimados camara Trabalho da Coréia felicita de modo
Nosso partido, ao analisar o com clamou para reforçar a unidade da das, nossas saudações fraternais, na caloroso o IX Congresso do Partido
esquerda, para avançar na criaçao oportunidade
plexo panorama internacional e a si
tuação concreta argentina, considera de um novo movimento poiíticojren- Congresso de da realização do IX Comunista Brasileiro e envia sauda
vosso Partido, junto
tista, que culmine na formação da aos melhores votos solidários
Que o capitalismo dependente esta Frente de êxi ções fraternais aos delegados e a to
absolutamente incapacitado para re de Libertação Nacional e So tos em suas deliberações. dos os militantes do PCB.
solver os problemas Que afrontam os cial.Queridoscompanheiros:os graves Estamosseguros de que, deste im tosas Seguros de que as relações amis
povos latino-americanos. Por isso se problemas que nossos países enfren portante evento, o PCB sairá orgâ desenvolverãoentre nossos dois partidos se
tem reafirmado como partido revolu tam, nos irmanam na luta para rom nica política e ideologicamente forta e consolidarão ainda
cionário, que se pronuncia firmemen percom a dependência e lograr a au lecido para assumir um relevante pa mais que no futuro, conforme os
ideais da independência,
te pela opção socialista, guiando-se têntica soberania e independência pel na luta dos trabalhadores e do amizade, lhes desejámos da paze da
por um marxismo-leninismo criador, nacional: assim como a solidariedade povo brasileiro pela soberania, pela muitos êxitos nos trabalhos.votos de
rechaçando o dogmatismo. Obvia com o povo irmão/governo cubano, democracia e pelo socialismo em
mente, quando falamos do socialis Comitê Central do PTC
vosso país, assim como reafirmará
mo, não nos referimos aos modelos com a Frente Farabundo fi/farti para
15 de Junho de 1991

Não se rrata de um acordo de cúpu- dade. As transformações ocorridas no


liLs. mils lie um compromissojx)líticü mundo Uie dão no\us dimensões, que
democrático en\'olvendo os empresá envolvem a muliipolaridade,a aise do
rios, os ti"abalhadüres,os paitidos jx)1j- sociali.smo, as modificações do capita
ticos. instituições e movimentos so lismo, a revolução técnico-científica,
ciais representati\-os, as go\'emas fe alterações na compasição ê relaciona
deral e estaduais e. sobretudo, o Con mento das classes sociais e no\'os sujei
gresso Nacional. Tal compromisso tos culturais e [wllticos. A emergência
continua sendo necessário para domar de problemas globais, entre as quais
a inflação e viabilizar uma saída dura as crescentes diferenças entre o Norte
doura da crise, como remos reiterado e o Sul,gerou uma crise de civilização.
sucessivamenre. Nessa no\'a etapa, ganham novo im
Propomas a constituição de um blo pulso a internacionalização e intensi
co de torças demtxrráticas, progressis ficação da produção, uma nova divisão
tas e de esquerda — e sua articulação intemacionai do trabalho, a uni\'ersa-
com os movimentos sociais — para lizaçào da informação, o pape! cada
dar sustentação a um projeto demo vez mais ativo e independente das mas
crático de mudanças, viabilizando as sas e da opinião pública, a universa
grandes reformas de estrutura, centra lização do valor da democracia, o fim
do na ampliação da democracia e no da "guerra fria"e a emergência de uma
exercício da cidadania. O novo bloco nova ordem política internacional. Es
político não nega a idenüdade nem se prüce.ssü ampliou objetivamente a
o ímpeto dos partidos e grups nele interdependência de todo.s os países,
em'olvidt)s, mas pretende valorizar e tornou mai,s e\idente o caráter integra
sustentar-se na convergência dessas do do mundo contemporâneo e deter
forças. Deve expressar-se em cada si minou modificações no processo de
tuação concreta —através de coalizões transição do capitalismo para o .socia
eieÍrorai.s, coalizões de governo, alian lismo e a democnifização dos países
ças p^lamentares etc. — tendo como do socialismo real.
referências básicas as suas tarefas. Será A nova época e o novo mundo que
o fruto de processos historicamente está surgindo determinaram novas for
determinados e não poderá,nunca,an mas de luta de cla.s.se.s, colocando a
tecipar o futuro sem realizar o pre- questão da guerra e da paz acima de
.sente.
Para os comunistas, o bloco de for
todas as demais. Com o fim da "guerra
ças democráticas. progres.sistas e de e.s- fria , praticamente afastou-se o perigo
de um holocausto nuclear. Mas a con
querda exige alianças políticas e eleito solidação ,da paz vai depender de co
rais flexíveis, uma ativa presenç-a nos mo se constituirá a nova ordem polí
movimentos.sociai.s organizados e cor tica internacional, diis conseqüências'
reta relação com os mecanismos insti
tucionais democráticos. Uma demo ^nova diidsão internacional do craba-
uio e da a)n.stniçào de um sistema de
cracia socialmente avançada reclama segurança internacional que não esteja
ffão .s() a construção desse bloco mas
também, em seu interior, o procago- centrado no potencial militar, mas numa
ni.smo de uma esquerda moderna, ca rede de mútuas ganintias baseada na po
paz de articular as lutas democrâticas lítica e no Direito ImeniaciunaL
da .sociedade com os inieres.ses do A guerra do Golfo Pérsico demoas-
mundo do trabalho e da cultura. trou tiue ü processo de con.solidaçào
l.ma esquerda moderna e plurali.sta. da paz e construção de uma nora or
comprometida com as liberdades e a dem internacional não está iiire de
democracia, terá condições de chegar perturbações. Revelou que os círculos
ao p<jder, O bloco de forças democrá mais belíci.stas das grande,s potências
ticas, [progressistas e de esquerda não Imperiali.stas, em drcuastáncias que
poderá pre>cindir de .seu papel. Ele ilie.s sejam ("avoráiels. ainda estão em
não signiíica. entretanto, a unificação condições de frustrar os esforços inter
fomial da e.squerda, mas,sua ação polí nacionais no sentido de enciMitrar .so
tica convergente e ampla, Isso porcjue luções pacíficas para os conflitos e nos
ele é maior tjue a esquerda, incluindo impor a intei^-ençüo militar. Entretan
todas as forças policicas de claro perfil to, a vida está se encarregando de de
democrático, e também porque não monstrar mais uma vez que não existe
recusa a experiência diferenciada e vi -solução militar ptira (xs conflitos regio
sa consiituir um campo político deli nais, em particular do Oriente Médit),
mitado que se propõe à .sociedade co Os fatas demonstram também que não
mo -aliança de poder alierníuii-a às for houve reversfuj da muítipoiaridade e
ças coasen-adoras e reacionárias, que há uma tendência de declínio da
Para que a esquerda se credencie
ao exercício da hegemonia deve .ser
hegemonia none-americana no mundo.
Na realidade, as transformações  presença cubana
capaz de promover a emancipação da mundiais impõem uma nova atitude
classe operária de uma pauta estrita diante dos problemas internacionais. O 9^ Congresso do PCB nào contou ção do seu secretário-gerai, o coman
mente econòmico-coiporativa,tornan Rompendo com a velha concepção de com a participação de delegações es dante Fidel Castro. Muito aplaudido na
do-a apua a dirigir o Pai.s — por seu divisão do mundo em dois sistemas trangeiras, ao contrário do que ocorreu sessão de abertura do 9" Congresso.
prcjgrama e sustentação política e su- ^lagônicos, reconhecemos o mundo no 8^ Congresso (extraordinário), o pri Sérgio Cervantes destacou a luta do
ciai entre as classes explorada.s e opri íntegro, interdependente, com um meiro realizado com o partido legal e povo cubano em defesa do socialismo
midas. mas principalmente pela apa- mercado mundial, contraditoriamente em clima de amplas liberdades. A deci e o cornpromisso de seu partido com
cidadc de exercer .sua hegemtmia polí estruturado e variado no sentido st> são de não convidar delegações es o marxismo-leninismo. Denunciou as
tica e cultura! na sociedade civil mes ciai, político e cultural, exigindo o re,s- trangeiras foi sobretudo de ordem fi agressões do imperialismo norte-ame
mo antes de se tornar dirigente do Es peito ao direito, à autodeterminação nanceira, dificuldade que marcou as ricano a Cuba e reiterou os laços de
tado, e liberdade de opção .sócio-política. As condições de realização do evento e fraternidade que unem os comunistas
modificações nas relações internacio que também comprometeria a partici cubanos e brasileiros.
nais e o encaminhamenti;de uma nova pação de delegados de algunspartidos A participação do representante do
t)rdem deverão repousar na coexistên com os quais o PCB mantém as melho PC cubano nas atividades dos delega
II cia pacífica e no equilíbrio de interes res relações. dos, inclusive nos grupos de discus
ses, Recusamos a traasposição mecâ Mas os comunistas brasileirospude são, contribui para o êxito do Con
No plano mundial rolaram um a um nica dos antagonismos de ciasse e da ram contar com a presença de um re gresso do PCB, enriquecendo os de
qs símbolos da bipolaridade e do con confrontação políticae ideológica para bates acerca da crise do socialismo,
presentante do Partido Comunista Cu
fronto,impondo-se uma[i{.>iítica de ne- o campo üa.s relações internacionais. bano, o camarada Sérgio Cervantes, da centraiidade da democracia e da
gociaç-ão, adaboraçãü e união de es- A mi.ssao do .socialismo e dos que lu experiência do movimento comunista
conselheiro da Embaixada de Cuba,
forço.s e de preservação dos legítimos tam por ele é garantir os interesses que de viva voz apresentou a sauda internacional.
interesses de cada parte para a solução classistas, nacionais e humanos por
dos mais graves problemas da humani meios democráticos e pacíficos.
15 de Junho de 1991
6 «voz

Nesta nova realitiade plajieiária ira- dade precisa saber que dentro da es rão na ordem do dia o socialismo com A supremacia da sociedade civil so
querda existem projetos diferenciados democracia e lil^erdade. Por esLi razão bre o Estado é um princípio a ser per
giiizaram-se a pt^litica e a ação taiito seguido infatigavelmente. De pouco
das partidos comunistas como dos par e mesmo contraditórios. é possível no presente antecipar o futu
Não podemas visualizar o socialis ro de liberdade e justiça, gerando zo ou nada adianta chegar ao poder polí
tidos social-democraias, coloauido-as tico jurídico, expres.so pelo Estado,
na defensi\^ e propiciando o ascenso mo como algo só passível de constru nas de rupturas possíveis e ultrapas
ção quando em graves crises ou nos sando os limites do velho reformismo sem que tal acesso tenha
de concepções políticas conservado como contra-partida, puri passu,
ras. dentre as quais destaca-se o neoli- estenores do capitalismo. Queremos evolucionista. A cliave está na política
ct)n.struí-lo desde logo, atravé.s da im de radlcalidade democrática, incoq^o- a democratização e a organização do
beralismo. Neste contexto de esgota conjunto da sociedade. A sociedade
mento das experiências do cltamado . plementação de um projeto político rando a cidadania à modernidade,atra
socialismo real e crise da poUtica so- reformador e capaz de plasmar — e vés do processo democrático e de sua plural e democrática tem precedência
projetar — o futuro socialista no pre ampliação, tendo nos conflitas de clas sobre o Estado, irrecorrivelmenie.
cial-democrata. coloa-se para as es
sente. Uma via processual de caráter se e seus interesses os elementos ne Neste aspeao, concebemos um parti
querdas o objetivo de repensar sua tra do também diferenciado, cujo papel
jetória e elaborar um novo projeto po re\'olucionário, centrada na democra cessários às conquistas historicamente
cia, ü que requer: a socialização da almejadas. obrigatoriamente terá de ser reavalia
lítico internacionalista. capaz de ser do. Nessa visão, o partido, até mesmo
uma alternativa tanto ao modelo de política com a criação de mecanismos A democracia é um valor de caráter
socialismo real que se exauriu como de democracia de massas; a prevalên universal e radical. O socialismo por por fazer parte dela, não pode querer
este prisma é incompatível com cjual- tutelar a sociedade civil nem o próprio
ao de n*e//&re-,s-afe sociai-democrata. cia dos interesses público.s sobre os Estado.
isso requer uma plataforma de \alores privados; o controle social da produ quer forma de opressão e supressão
dos direitos fundamenmis, Individuais Ao falar de uma nova sociedade,
universais como a questão da paz. do ção de forma a permitir a reapropria- obrigatoriamente devemos tratar de
meio ambiente,da igualdade entre ho ção da riqueza gerada, superando as e coletivos. O respeito à dignidade e
autonomia dos povos e nações é o nú um novo Estado. Não mais comparti
mens e mulheres, negros e índios, da sim a çiá.ssica contradição entre o cará lhamos a idéia de um Estado como
cidadania das crianças e dos idosos, ter social da produção e a forma priva cleo de uma no\'a ordem internacio
nal. onde a política ,se paute por com um "comitê executivo da burguesia",
dos direitos iiumanos e da ampliação da de apropriação do excedente-, a co- pura e simplesmente. O Estado no
dü.s direitos de cidadtinia. gestão nas entpresas pública.s e priva promissos éticos e morais. No novo
socialismo não jwde ha\'er, em nenhu mundo moderno é permeável à ação
A opção peb no\'0 socialismo impli das; a ampliação cia luta em defesa do da .sociedade civil e pode .ser subme
ca na renúncia a qualquer modelo- meio ambiente, pela igualdade dos di ma hipótese, supressão ou subestima-
ção da democracia formal em nome tido ao seu controle, sendo passível
guia. Todas as experiências rumo ao reitos entre ln^meas e muUieres e pe da disputa no jogtj democrático por
socialismo têm.seus pontos po.siü\-os los direitos tLas minorias. da "democracia real". A democracia é
um valor insubstituível, em qualquer forças sócio-políticas contraditórias, O
e ne^ti\'Os. não cabendo a nenhuma "Estado ampliado", uma vez que a lie-
delas o papel exclusivo de mtxielo, por tipo de sociedade, para que as diver
gências de opiniões e credos po.ssam gemonia burguesa é exercida na .socie
mais democráticas e bem sucedidas dade civil e legitima o seu controle
que \enham a ser. A boa e.xperiência III .se manifestar e existir a possibilidade
sobre o aparelho de estado scrito sen-
será sempre aquela que estiver de real de alternância no poder.
O movimento pelo novo socialismo A valorização da democracia, entre 5u, coloca inúmeras e novas equações
acordo com os preceitt)s do humanis para quem pensa construir o socialis
mo e do .socialismo como forma liber não comporta a contraposição entre tanto, não nega o fim dos conflitos na
reforma e re\'üiução,uma velha e inútil sociedade. A base objetiva que possi mo por via democrática. Convém rect)-
tária, Almejamos praticar o pluralismo nhecer também que a crise da Europa
dentro da esquerda,sabendo-se de an discussão que sempre dilacerou a es bilita a superação do apitalismo per
querda brasileira. Para nós, no Brasil, manece existindo. O socialismo conti do Leste sepultou o estatismo como
temão que de\'emos lutar para que a via para osocialismo:fracassou o velho
unidade seja sempre uma meta a ser as reformas democráücas, contrapon- nua, assim, sendo uma possibilidade
do-se às elites e oligarquias tradicio histórica que queremos e desejamos esquema de acumulação socialista
perseguida, A diversidade no campo através da poupança compulsória das
das forças progressistas, seja no plano nais, têm um .sentido revolucionário ' pela vontade dos homens e mulheres
parlamentar, dos movimeruos sociais de duplo caráter: elas .serão em si uma que \'i\'em do seu trabalho. As contra massas e do planejamento centralizado
dições e os conflitos de\em ter como burocrático-autoritário.
e dos próprios posicionamentos ideo- mudança de estrutura, rompendo a ló
gica da niuücmi/aição cuii?)cr\-ddura; c parâmetro a reafirmação da democra No Brasil,"de arnrdn mm a no.s.sa
logicuh. não é um obstáculo à busca concepção,impõe-se a reforma demo-
de esfenis de con\'ergência A .socie por sua en\ergadura e caráter, coloca cia e não a sua negação.

f MENSAGENS

COLÔMBIA,CHINA E CHIPRE
e nossas organizações. Ressalta um nos assuntosinternos do outro.
Partido Comunista Colombiano
mos as expressões de solidarieda Depto. de Relações Internacio
de com os lutadores do povo da nais ao 00do PCfO
Apresentamos a mais fraterna!
e calorosa saudação ao IX Con busca Colômbia, país vizinho e irmão, na
CONC gresso do Partido Comunista Bra^ da democracia eda solução, Partido Progressista do Povo
sileiro, reunião que marcará êxitos política para o conflito armado. De
Trabalhador de Chipre—AKEL
IA • PA2 no prestigioso caminho dos comu sejamos que seu Congresso seja
uma contribuição à unidade de to Estimados companheiros,
nistas do Brasil.
dos os partidários de um amanhã Por ocasião do IX Congresso do
A América Latina sofre a deterio
ração objetiva das condições de vi livre, democrático e socialista. POB, permitam-nos felicitar-lhes
Fraternalmente. em nome do Comitê Centra! do
da de seus povos, em virtude de Gilberto Vieira — Secretário-ge- Partido Progressista do Povo Tra
um sistema injusto—o capitalismo balhador de Ohipre-AKEL.
— que oprime os trabalhadores rai
através de uma dura exploração, Jaime Caycedo — Secretario de Desejamos êxitos nos trabalhos
provocando rupturas sociais das Relações Internacionais de vosso congresso, que tem lugar
mais profundas. O imperialismo em tempos de mudanças e impor
norte-americano tenta voltara sub Partido Comunista da China tantes processos, tanto no Brasil
meter a América Latina às piores como em todo o mundo. Sao pro
condições de dependência. Ao sermos informados de que o cessos que requerem análises e
Os comunistas brasileiros têm Partido Comunista Brasileiro vai estudo para poder seguirmos
formado gerações de lutadores por realizar sua nona convenção na adiante.
uma inova sociedade, independen cional, enviamos nossas calorosas Nessa importante tarefa, lhes
e desejamos que a con desejamos êxitos peto bem-estar
te, democrática, igualitária e livre; saudações
venção obtenha o pleno êxito. Es e o progresso do povo brasileiro,
têm defendido sua aspiração ao peramos que as relações entre particularmente dos trabalhadores.
socialismo, nas condiçõespropnas Oom saudações fraternais,
nossos doispartidos obtenhamum
do Brasil e da América Latinp maior desenvolvimento sobre a ba Donis Christofinis
Os comunistas coiombia nos Membro do Birô Político,
queremos^ nesta ocasião, fs- se do princípio de independência
Secretário de Relações interna
zer votos para que se fortaleçam peito mútuo eigualdade
e autonomia, total, res
não-intervenção de cionais do AKEL
os laços que unem nossos povos
15 de Juf.ho de 1991

CTácica dü Estado para a consolidação V.V.SSV.V.WJ^


da democracia. Esta é a chave para a v.v

democnuiiaçàü da vicia nacional e a


realização das reformas de estrutura.
Rechaçamos a idéia cjue centra a refor
ma dü Estado apenas na questão do AV
seu tamanliü. A necessidade da reíbr-
ma do Estado se apresenta quando
consideraniíxs os interesses das classes
exploradas e oprimidas da sociedade,
sempre excluídas de sua ação. O Esta
do centralizador, excludente, autoritá ••'
rio e privatizado, ao longo da nossa V

Iiistória, também subaiternizou os par


tidos políticos, reprimiu e atrelou as
agências das classes oprimidas — sin
dicatos, associações etc. — e privile
giou as suas relações com as classes
dominantes,imbricando suas agências
privadas aas centros de decisão.
•Não queremos um Estado cííente-
lista, voltado para os grupos cartoriais
que costumeiramente dele se benefi
ciam. Também não queremos, no ou
tro pólo,um Estado corporatiiista, pre-
,soa interes-sespanicularistas. Não que
remos. principalmente, um Estado au
sente: ele tem, com suas políticas pú
blicas, uma tlinçâo primordial no pro
cesso de desenvolvimento. Com o pro
cesso de democratização,a nova Cons-
ittuição^ampliou a autonomia e inde-
{lendência das agências das classes do
minadas mas não apartou do,s centros
de decisão do Estado as agências prh^a-
das das classe.s dominantes.A estrutura
do Estado não foi democratizada.
A reforma democrática do Estado, indivíduos, Um partido do mundo do cular, em ações comuns, em torno ae
assim, deve ter como centro a demo trabalho e da cultura,em todas as suas
(SP),em outubro de 1990,de luta para
questões concretas locais ou naciünai.s, que i\s entidades em que atuam se fi
cratização da instância pública, de mo relações e artiailaçòes, amplitude e todos aqueles que se disponham a par
do a assegurar o livie jogo democrá liem à CUT,defendendo o seu fortale
complexidade, cjue tenha cfimo finali- ticipar da coastruçãü do movimento cimento, as piupusias políticas do PCB
tico na definição das políticas públicas dade a valorização do trabalho e do tem para o nov^o socialismo. e os princípio.s do sindicalismo das-
e no funcionamento administrativo es po de vida,sua libertação e de,s:üienaçâü Este esforço de aglutinação de uma sista, unitário na ação, pluralista nas
tatal, valorizando o papel dos partidos e,conseqüentemente, uma profunda al
e das eleições, assegurando relações teração nas relações de clas.se e de po nova formação política,constituída pe opiniões, democrático e de mas.sas. '
democráücas entre a sociedade e o Es der, superando no limite a separação las forças do novo socialismo — e que Respeitando sempre a democracia
tado,gerando uma nova administração entre governantes e governadas. tem sua gênese na renovação radical sindical, como é nossa tradição, os sin
pública mais eficaz, estável e também dü PCB —, para ser efetivo deve ser dicalistas do PCB cumprirão a decisão
transparente. A reforma democrática
Um partido de homens e mulheres, vinculado ao cotidiano da política, das democrática dos trabalhadores de sua
dü Estado deve ser enfrentada também com direitos e oportunidades iguais grandes questões nacionais e interna- categoria profissional no caso de füia-
nos seus aspectos econômicas e finan na ação, na formulação e na direção. cionai.s, aos problemas locais e dos di ção a outra central, apesar de nossa
ceiros, o que exige a sua desprivaci- Um panido aberto aos novos sujeitos ferentes movimentos, inclusive pro posição a favor da filiação à CUT. A
zação, estancando e revertendo as e movimentos sócio-políticos, intér movendo a organização de fóruns per definição pela CUT não deve atropelar
transferências de renda do setor públi prete das novas demandas do mundo manentes de discussão entre as forças ou ignorar nossos aliados.re.speitando
co para o setor privado. E deve ser do trabalho e da cultura do movimen interessadas. Nos movimentos sociais, suas posições na perspectiva concreta
compreendida como uma reforma do to dos jovens e das mulheres, do am- parlamentos e governos, nos bairros, de construir a unidade rumo à CUT
pixler político,estando a sua plena de bientalismo, do pacifismo, dos movi empresas e outro.s locais de atividade, a partir de uma ampla e democrática
mocratização intimamente ligada à mentos raciais, religiosos e reivindi- deve ter a iniciativa das lutas e reivindi discussão. Devemos,da mesma forma,
adoção dü parlamentarismo no Brasil. cativas urbanos. Queremos um parti cações populares, das esquerdas e de compreender as dificuldades iniciais
do que seja referência substantiva para mais correntes democráticas e pro para filiação de alguns sindicatos diri
as transformações, profundamente gressistas, inclusive tendo em conta gidos por comunistas e considerar as
vinculado à sociedade e seus movi sua participação nas eleições munici avaliações das bases do partido nestas
IV mentos políticos e sociais. pais de 1992. entidades.
A construção do novo socialismo Sensível aos interesses, disponibili Acreditamos na perspeaiiã desse 0.S sindicalistas do PCB deverão,ain
edge um novo operador político, — dades e responsabilidades de seus mi projeto em nome do Partido Comu da, participar do esforço de constru
a se expressar em um novo modelo litantes e ativistas, queremas um pani nista Brasileiro,sem prejuízo de nossa ção, em todo o País, da Unidade Sindi
e nova concepção de partido profun do profundamente comprometido identldadq,um encontro nacional do cal, tendência criada em Brasília em
damente democráticos , respeitador com a unidade de ação construída a qual participemcomunistas e socialis fevereiro de 1991 para atuar na CUT
das minorias, das convicções e credos panir da elaboração coletiva e o livre tas, marxistas ou não, com panido ou e no movimento sindical e que é aberta
individuais, pluralista, permanente debate de idéias, muito mais que fun .sem panido, sem modelos e progra à participação dos sindicalistas filiados
mente capaz de renovar suas direções. dado em di.spositivos rígidos, formais mas pré-estabelecidos. Esse confronto a outros partidos ou independentes.
As concepções de ditadura do proleta e liierárquicos. Um partido humanista, autêntico de opiniões, idéias e expe Devemos anicular a ação instituclo-
riado. do mtmopólio do poder pelo de luta contra toda e qualquer forma riências, com regras consensuais, tem nai e a intervenção nos movimentos
partido único, da predominância dos de opressão,seja nas relações de traba o objetivo de erguer no campo da es sociais de massas para unir as forças
quadros sobre a participação das mas- lho ou nas relações familiares eafetivo- querda moderna uma nova plataforma democráücis e progressistas em torno -
•sas, produtos de uma época determi sexuais. Um panido identificado com programática e uma novaformação polí de um projeto de saída duradoura da
nada,tudt)isso exauriu-se. Há que bus o .ser humano livre, autônomo, criati tica,.socialista, humanista e democrática crise, ultrapassando as divisões e bar
car uma nova forma-partido, cora uma vo, consciente de si e dos outros, com capaz de intervir em nosso país e cons reiras existentes. Ao me.smo tempo, é
nova teoria e uma nova cultura, extraí mais recunsos para ser feliz. truir uma alternativa real de FX)der. preciso travar a batalha pela consoli
da da rica herança teórico-poiítica do Contemporâneos do fervilhar de dação da democracia e contra os inte
movimento .socialista e da nova reali
Após quase oito anos de existência, resses dos setores conservadores e
idéias, da polêmica e da riqueza inte a Central Única dos Trabalhadores -
dade dü mundo, resgatando a melhor lectual progressista deste final de sécu reacionários que já preparam a revoga
tradição do pensamento marxista. CUT-se tomou a principal referência ção de conquistas democráticas recen
lo, de que Marx foi um precursor em entre as centrais sindicais, não só para
Es.se novo operador político deve sua época, devemos advogar um ideá tes, através da revisão constitucional
.sensibilizar seus militantes e amplos os trabalhadores, como também para para 1993- A Constituição brasileira
rio stxialista compatível com o novo o conjunto da sociedade, o governo
segmentos sociais para a mais ampla milênio que se avizinha. Com este ob tem conteúdo progressista e não pode
participação política através de sua ca e o movimento sindicai internacional. ser retalhada por interesses retrógra
jetivo realizamos o mais abeno e de Neste sentido,o PCB ratifica a decisão
pacidade de contribuir para a constru mocrático congresso de nosso panido dos. Ela é uma garantia democrática
ção de uma nova sociedade e novos do encontro nacional dos dirigentes legal p^ra o equacionamento progres
e continuaremos as esforços para arti sindicais, realizado em Praia Grande sista dos grandes problemas nacionais.
"f Cr ----.•li-»
15 de Junho de 1991

Nova política, partido novo


Resoluções do 9S Congresso do Partido Comunisla Brasileiro

avaliações,
O mundo dos
anos 90 é palco profecias e
projeções.
de um processo
Velhos critérios,
de profundas
transformações: parâmetros e
princípios vão
certezas dadas,
crenças
ruindo. Há
arraigadas, novos desafios,
esperanças há necessidade
de se criar novos
construídas são
caminhos e abrir
desfeitas,
novos
colocando em
horizontes.
causa análises e

Põe fim au antigo movimento comunista internacioMl e científica


química
— a-informática, a automação, a biotecnologia, a
fina —. elas têm provocado alterações grandes e
enterra seus velhos dogmas, mitos e a velha cultura polític^
terceiro-internacionalista. Os partidos comunistas e congê rápidas na organização e na estrutura produtiva e na compo
 crise do socialismo neres entram em crise. Muitos se vêem obrigados a alterar sição da classe operária e de todo o mundo do trabalho.
a estrutura, o programa e até o próprio nome. Mas também A revolução dos sistemas produtivos, embora amplie ou
o ano de 1989 foi marcado por mudanças surpreendentes está criada uma nova situação que permite elaborar uma tros contingentes do mundo do trabalho,tem levado à dimi
no"mundo socialista"que levaram à derrocada regimes auto nuição crescente da cla.sse operária industrial e, em conse
denominados de "socialismo real". Esses países se obrigam nü\^ teoria da revolução e da transição socialista surgem qüência, ao declínio de seus movimentos e à erosão das
a equacionar a questão demoaática e promover o sanea um novo ,S(x:iali.smo e novas formações de esquerda. bases tradicionais dos partidos comunistas e social-demo-
Fortalece a tendência à valorização da democracia e a
mento de suas economias, o que implia a ruptura com criação de novas formas de produção e gesuão e,conseqüen craias. Esse processo, em que não se oferecem respostas
ü 'modelo" que Ih^ deu origem. Mesmo a União Soviética temente,a superação da via autoritário-burocrática da transi factíveis à nova realidade, fragilizou a política e a ação desses
passa por um momento difícil e incerto. partidos, colocando-os na defensiva. Mais: propiciou o ascen-
ção s{x:ialisia. Propicia uma mais efetiva socialização da polí so
O colap.sü do "socialismo real", que expôs ao mundo tica e do poder e uma maior apropriação do excedente os de concepções e projetos políticos conservadores, entre
quais se destaca o neoliberalismo (que vem desenvol
seus caracteres negatívo.s — ausência de democracia, liber- produzido (economia de mercado regulado e democrati- vendo uma ofensiva capitalista contra as conquistas socio-po-
e pluripartidarLsmo, subalterniza- zado, autogesião, cooperativas). Mas em alguns países traz líticas da.s classes trabalhadoras).
Vodasocicdaüea\m,iimii miraç^
ç .Ipopnpr^c-Anriíhnm. ocolocando
risco de em
desmonte
xeque da economiaigualitarias,
conquistas de propriedade ^aal Junto e interligado a esse processo de transformações do
e o re.ssurgi-
cação ultraceniralizacia da economia,degenerescéncia buro mentü de ideologias conservadoras da Europa anterior a capitalismo, há um processo de declínio da hegemonia eco
crática, métodos de gestão autoritários e coercitivos e degra II Guerra (nacionalismo, racismo, etc.), nômica dos EUA. Surgem potências econômicas de grande
dação teórico-politica —t tem implicações extremamente im- desenvolvimento tecnológico (Japão e Alemanha, jxir exem
porranies e resultantes consideráveis; plo); globalizam-se os setores financeiro, produtivo e tecno
Abre uma crise idetilógica sem precedentes, com desdo
lógico; configura-se um processo de formação de megablo-
cos econômico-comerciais — Europa 1993, EUA/Canadá,
bramentos ainda difíceis de se visualizar:comunismo passou II Asiático —,evidenciando um processo de hiultipolarizaçào
a ser sinônimo de autoriiansmo e opressão, ineficiência e econômica; verifica-se ainda a tendência de desvinculação
atraso, revelando para a esquerda como um todo, sobretudo Reestruturação capitalista entre as economias exportadoras de matérias-primas e as
pai-a os PCs, uma situação dramática, com problemas e ele economias altamente desenvolvidas, além do agravamento
mentos capazes de abalar os ideais socialistas e legitimar, Nos últimos anos,o capitalismo vem passando por profun dos desequilíbrios entre o Norte co Sul do mundo. -.
por um tempo mais ou menos longo,o capitalismo. das transformações. Impulsionadas pela revolução técnico-
15 de Junho de 1991

pois, neste momento, o problema não se radica na defe.sa países, os resultados para o desen\'olvjmentu dos povos po
III de antigas pasições e velhos objetivos. ma.s no estabeleci deriam se fazer sentir dentro de algum tempo.
Nova ordem internacional mento de objetivos globais comuas e no trabalho para a Os países latino-americanos só poderão evitar o barba-
solução dos problemas nacionais, continentais e universais. rismo .social e constituir-.se num pólo de desenvolvimento
As mudiinças que ocorrem no âmbito internacional inaugu Uma alternativa que supere os estritos limites do Estado- global de uma nova civilização se se dedicarem á integração
ram uma nova etapa liistórica. A ordem política que regeu nação e seja capaz de enfrentar os novos mecanismas de continental não fechada em si mesma mas combinada a unia
o mundo nas últimas quatro décadas sofreu alterações subs dominação e exploração aipitalista e restringir o poder das articulação com o mundo e ao ataque is raízes históricas
tanciais. O fim da guerra fria e da política de blocos antagô transnacionais de colocar a que.stào da regulação democrática da miséria social e atraso cultural.
nicos propicia a construção da paz e da segurança, fortalece da internacionalização e de lutar por uma ordem mundial
os princípios de não in[en'ençáo e respeito aos direitos dos democrática e justa. Neste quadro, é necessário um novo
povos de escolher livremente os seus caminhos. As soluções iniernacionalismo na perspectiva de uma renovada Interna
políticas negociadas dos conflitos abrem possibilidades con cional Socialista, inclusive no sentido da abertura de uma
cretas de sua desmilitarização e de desarmamento. outra fase do movimento socialista, A democracia como via do socialismo
O mundo sem os condicionantes da bipolaridade ganha
uma nova dimensão. Apesar de continuar existindo conflitos A democracia é a via do socialismo. Assim, concebemos
bélicos regionais e locais, há grande tendência de os riscos IV a democracia não só como a única via ao socialismo, mas
de um confronto nuclear e do holocausto tomarem-se cada também como a via do seu desenvolvimento. Ela é muito
vez menores e pretéritos. Contudo, a interdependência e Esquerda e Integração mais que um terreno favorável à luta dos explorados e opri
o mundo integro, aliados à noi^a época e o novo mundo midos: é a base de afirmação de sua cidadania.
que estão surgindo, determinam novas formas de luta de Nossas relações políticas desde 1922 se deram preferen
classes no âmbito internacional. Isto exige uma outra combi cialmente com os panidos comunistas. Entretanto, a idéia A democracia pela qual lutamos é aquela em que a hege
nação dos interesses de classe e universais no plano global. da democracia como via do socialismo coloca a necessidade monia estará colocada permanentemente em disputa. Assim,
A questão da paz tornou-se o problema número um que de nos pautarmos por uma visão de horizontes mais alaiga- possibilitará o amadurecimento do projeto socialista, não
a política deve resolver.As ameaças à sobrevivência da huma dos que busca contemplar todas as experiências de luta do como algo de tintemão, mas formulado segundo a confor
nidade — contidas não apenxs no aspeao bélico — têm, movimento operário no âmbito internacional e todas as lutas mação de sujeitos políticos e sociais envolvidos na luta pela
hoje, mais peso que objetivos ideológicos. radicalmente democráticas da sociedade moderna. hegemonia do mundo do trabalho e da culmra. Nosso projeto
O fim da bipolaridade vem sendo fetor impulsionador O redesenho do mapa econômico do mundo começa a envolve a combinação dialética de democracia e reformas
da paz, mas insuficiente. A construção da paz e a sua consoli tomar forma à medida em que a integração de países em orientada ao socialismo. O socialismo não deve ser uma
dação vão depender de como se constituirá a nova ordem blocos econômico-comerciais se solidifica. Assim, para uma imposição, mas opção democrática. A democracia só se man
inieniacional, A possibilidade de paz implia um sistema esquerda democrática latino-americana coloca-se o desafio tém e se amplia .sustentada política e socialmente [X)r uma
econômico internacional mais justo, distinto do atual, e a de enfrentar o tema da integração. cultura democrática fortemente enraizada na sociedade. E
construção de um sistema de segurança internacional que No caso do Brasil, o problema não é mais se o país vai nem haverá cultura democrática sem democracia política.
não estará centrado no potencial militar mas,sim, na associa ou não se integrar e se internacionalizar: a economia brasi
A democracia no mundo contêmporâneo constitui-se num
leira )á esuá integrada e internacionalizada. Trata-se, agora, valor
ção e C(.x)peraçào de países diversos numa rede de mútuas universal ao forjar o processo através do qual as socie
garantias, medidas de confiança, controles eficazes, diálogo. de romper a integração subalterna de hoje e promover uma dades modernas conquistam a possibilidade de passar a assu
Porém,ampliam-se as forças políticas e sociais que buscam: integração soberana e competitiva. mir a responsabilidade pela própria ordem. Ela pode e deve
dirigir, racional e demoaaticamente, as inovações técnico- Quanto à integração' da América Latina, a própria Carta abraçar toda.s as esferas do poder que normatizam as relações
científicas para a resolução dos grandes problemas da huma Constitucional de 1988 é clara: "A República Federativa do sociais. Não existe esfera que por princípio possa ser excluída
nidade; regular democraücamente a intemacionalizaçõ da Brasil buscará a integração econômica,política,social e cultu das regras democráucas: como processo, é inseparável do
economia no sentido da superação das desigualdades e injus ral dos povos da América Latina, visando a formação de uma conflito. Furidada numa pluralidade de razões,onde é central
tiças, para resolver também os problema.»: do Sul do mundo; comunidade latino-americana de nações". A América do Sul. o direito mínimo de cada um podçr influir na dedyão dos
CTiar uma nova ordem, com regras e procedimentos demo- que teve conado seu fluxo de recursos externos desde 1982, amplos processos sociais, a democracia tem no conflito e
crátict» e universalmente aceitos etc. sem a adoção de amplas reformas democráricas, corre o na convivência, no conseaso e no dissenso, conceitos que
Com um mundo cada vez mais multipolar e íntegro, a sério risco de ser marginalizada nesse mundo em veloz rees-
tnituraçâo. Pode-se con.siderar positiva a iniciativa de se cons
não podem ser autônomos — são interligados.
nova época histórica abre-se com algumas contradições fun tituir o.Mercosul-Mercado Como construção histórica, a democracia só pode perma
damentais: por um lado, entre as exigências de um desenvol Argenflna,Brasil.Paraguai eComum do Cone Sul, que já inclui
Uruguai,estando prevista a incor necer e prosseguir no caso de a sociedade contemporânea
vimento econômico extensivo a todo mundo e os interesses ultrapassar o liberalismo(que sempre portou uma visão eli-
que procuram mantê-lo circunscrito a determinados países, poração do Chile. Trata-se de um sub-bloco que já está em üsta, excludente e estática da democracia e negou a visão
e as necessidades de defesa da natureza e o equilíbrio ecoló- curso e que deve ser fortalecido, dando-se-lhe uma direção abem à integração social e política e.sobretudo,à promoção
giaa, por outro; entre a maciça internacionalização do pro democrática,
mico,
de modo a aprofundar o intercâmbio econô
político e cultural entre seus países. Pode-se pensar da vida política)e o "socialismo real"(que concebeu sempre
cesso produtivo e controles; entre o aumento feintástico da como irrelevante ou pouco relevante a expansão da subjeti
produtividade e da produção e a manutenção centrailizada criadouma estratégia para que o mercado comum possa vir a ser
das deci.sões e controles, entre o aumento fantástico da pro no Continente, prevendo-se a constituição de agrupa vidade política como fator de emancipação social).
dutividade e da produção e a manutenção de populações mentos regionais, numa primeira etapa, de modo antes a No caso brasileiro, é preciso conceber a democracia em
em níveis de miséria e subnutrição; entre a transnaciona- favorecer vínculos entre estes do que com determinados, termos novos e instaurá-la de maneira segura em nossa cultu
lização econômica, política, social e cultural e o afloramento países isoladamente, visando posteriormente a fusão dos blo ra poUtica. E preciso, pois, valorizá-la, como conquista ainda
de nacionali.smos e particularismos étnicos e reügiosos;entre cos. E uma perspectiva real e desejável, pois com governos bastante recente e frágil. Para isso é preciso mergulhar nas
a criação de uma rede mundial de informações e a sua mono- democráticos e, principalmente, com'a integração da socie suas formas, coniaminar-se dos seus métodos, fortalecer os
polização e manipulação; eno-e a aescente imponância dos dade civil e da inteleaualidade técnica e científica desses .seus valores e as suas regras.
valores democráticos e a ofensiva política conservadora.
O agravamento do desequilíbrio Norte-Sul ameaça tornar
inúteis todos os esforços para construir uma nova ordem
estável, democrática e padfisia. As classes dominantes dos
países capitalistas centrais procuram dirigir a reestruturação
da economia mundial segundo a lógica exclusiva do lucro,
da manutenção de poderes traasnacionais sem qualquer con
trole democrático,da preservaçõ da dependência dos países
do Sul. através de relações de dominação e exploração.
Coloca-.se,assim,o problema de como direcionar recursos
para as países subdesenvolvidos. A questão da paz e desarma
mento não está desvinculada do equacionamento da contra
dição Norte-Sul. Coloca-se a necessidade de gestar um novo
modo de pensar a luta pela paz vinculando-a a um projeto
de reequilíbrio democrático e pluralista das relações interna
cionais. Assim,cabe olhar a ONU de um modo novo,compro
var e ampliar os seus poderes,atualizando-os numa realidade
que já não é mais aquela emergida após a II Guerra Mundial.
Por isto. é necessário reformar o seu Conselho de Segurança
de maneira que o Sul do mundo e todos os países, grande.s
e pequenos, siniam-.se representados. Em síntese: trata-se
de adequar a ONU à multipolaridade que se começa a gestar.
No novo quadro.mundiai,abrem-se possibilidades de ges
tação de relaçoe.s, intercâmbios e colaborações inéditos entre
a escjuercla, no âmbito internacional, envolvendo parüdos
comunista.s,socialistas, social-democratas e democráticos em
geral.
Particularmente aos comunistas e socialistas coloca-se a
necessidade de gestar uma alternativa política que supere
a fratura do movimento sodalista operada a partir de 1914.
15 de Junho de 1991

A democracia como via do socialismo requer um forte


pfxier democrático. Colocamos o problema do poder
em todas as suas instâncias, públicas e privadas — como
processo de democratiza(,"ão integrai da política e da socie
dade civil. É processo que visa permear todas as estruturas
e superar no seu limite a separaçâopolitica entre governantes
e governado.s em todas as dimensões da nda social. A questão,
assim, é fundamenrar nova.s regras, novos direitos sociai.s
e novos poderes e instituições democráticos. Essa \'isão de
democracia confere uma nü\-a concepção de SLKialismo: ele
não ê um sistema ab.strato, prefigurado, pronto e acabado.
É; ao contrário, processo em continuo desenvohámento que,
\•isand(.^ a uma sociedade mais justa, deve se basear numa
cinálise da realidade em constante mutação.Pensamos o scKia-
lismo ixilu via processual e centrado na democracia. Projeta
mos a transição sociaii.sta calcada na socialização da política
e do i^oder; na democratização e publicizaçào do Estado.
ultraj^iLssandü o fo.sso que o separa da sociedade civil; na
democratiziição das relações sociais; no pluralismo político
e no pluripanidarismo: no respeito aos direitos humanos;
nas liberdades fundamentais; no Estado de direito demo
crático; na igualdade e na liberdade. Por esse prisma,o novo
sodali.sm(j é incompatível com qualquer forma de opressão
esupressão dos direitos fundamentais,individuais e coleti\-os
e deve garantir a possibilidade real de alternância de poder,
Não fazemos pane daqueles que afirmam que o "capita
lismo venceu". A alienação, as injustiças sociais, a fome, as
enfermidades, o .subdesenvolvimento, a marginalização so
cial. a manipulação cultural, a violência, a opressão sexu^,
o racismo, a degradação do meio ambiente, a guerra, são
problemas que reclamam respostas urgentes, aqui e agora.
Pemsar o sociali.smo como processo significa construir no
presente uma práxis capaz de realizar, aqui e agora, formas n
de liberação das seqüelas de opressão, injustiças^ desigual
dades, alienação e domínios, próprias das relações sociais
capitalista.s — em síntese: anular e superar no presente a
realidade que oprime as mulheres e os homens. Implica
calcarmo-nos na luta para edificar novos modelos éiico-cul-
turais de desen\-olvimento sócio-econôinico, orienados no
alcance de reformas radicais na economia e na política, nos MENSAGENS
marcos aiuda do capitali.smo,desenvolvendo ao máximo seus
elememos de socialismo.

Chile,EquadoreE!Salvador
VI Uma vez mais, reiteramos nossos Frente Farabundo Marti para a Li
Partido Comunista do Chile
Modernidade e cidadania agradecimenfosaovossopartidoeao bertação Nacional
Fazemos chegará Direção de vos povo brasileiro, peia generosa soli
o Brasil de. hoje é resultado de um processo de moder- so partido e a todos os militantes, dariedade que nos brindam durante Em nome da direção da Comissão
niza<^o auioritária, excludente e elitista. Com grande impac nosso afetuoso abraço e desejamos os duros anos de nossa luta contra Política Diplomática da Frente Fara
to,em cinco décadas tornou-se, entre os países do Terceiro êxito nos trabalhos do ÍX Congresso. a ditadura de Pinochet. bundo Martipara a Libertação Nacio
Mundo, uma economia capitalista de porte médio, sem que Manifestamos nossa disposição Volodia Teiteiboim V. nal —FMLN, expresso nosso mais
.se tenham fundido democracia, liberdade, igualdade social de reforçar os iaços fraternais que Secretário-geral do PCC fraterno abraço a todos os membros
e riqueza material. Sem ruptura com o passado e com o nos unem por decênios na causa da do PCB por ocasião do ÍX Congres
arcaico, fomos condenados a viver um duplo tempo: o de luta comum de nossos povos e nos
so.
ontem e o de hoje —as modema.s indústrias do ABC paulista esforçoscompartilhadosporum futu Partido Comunista do Equador Sabemos, por nossa experiência,
com a ar (Consolidação das Leis do Trabalho) de 1943; ro digno, soberano e independente que o debate aberto e construtivo é
o processo eleitoral da democracia representativa com o para a América Latina. fundamentai para adotar nosso pro
coroneli.smo; a sobre-represemação dos estados atrasados A difícilrealidade intemacionaique O Partido Comunista do Equador grama político e nossa política a no
em relação aos adiantados e em oposição à densidade pofitica enfrentamos e a ofensiva imperialis- saúda os camaradas por ocasião vas realidades nacionais e interna
e social das regiões metropolitanas.
O E.stado brasileiro sempre operou no sentido de acomo
ta para impor a nova ordem das de que,
seu IX Congresso. Desejamos cionais. Temos confiança de que o
num momento tão complexo co i^CBsaberá encararesses novos de
transnacionais, resguardada pela
dar os interesses das oligarquias representativas dos setores ameaça militar, exigem, mais do que mo o atuai, o PCB consiga fórmulas safios. A FMLN também está numa
tradicionais e atrasados da economia que lhe serviam de
ontem,a confluência de todas as for políticas e programáticas que lhes conjuntura histórica onde existe a
base polítia — daí o caráter conservador da modernização. ças de esquerda e progressistas, e permita cumprircom seu compromis possibilidade real de mudar o siste
Mas a modernização criou uma nova configuração da socie em particular dos Partidos Comunis so histórico com o povo, a demo ma político social e econômico de Ei
dade brasileira, num proce.s.so de diferenciação afetado por tas e revolucionários, para abrir cacracia e o socialismo. Salvador.
poderosas alterações demográficas, ocupacionais e na estru minhos democráticos, de justiça so Saudações fraternas,
tura de clas.ses sociais. René Mauge Mosquera Saudações revolucionárias
da!e do socialismo em nossos paí Secretário-geral do PCE Gregorio Ernesto Zelayandia
Há. no entanto, uma clara divergência sobre o entendi ses e no continente.
mento do que .seja a modernidade. O moderno há muito
tempo tem sido objeto de disputa entre cla.sse.s e elites. Hoje,
os empresários afirmam que o mtxlemo implica a privati Uma sociedade em que os jovens tenham chances e possi
zação do mundo,entendendo-se por isso não só a diminuição e .solidária entre raças, etnias e culturas diversas. Uma socie bilidades reais de pleno desenvolvimento de acordo com
dü Estado mas sobretudo a sua retirada como agência de dade onde sejam respeitadas em seus direitos à autodeter sua subjetividade; em que a marginalidade social não seja
intervenção sobre o econômico e o social. minação,grupos émlca e culturalmente diferenciados,como
Para quebrar o monopólio das classes dirigentes,em qual o são as populações indígenas. Uma sociedade que permita a condição única e inexorável de sobrevivência para parcela
.significativa deles. Uma sociedade em que os idosos não
quer de suas versões, é decisiva a luta pela apreensão do a expressão e expansão da subjetividade feminina e supere sejam tratados como "peso morto", garantidas a seguridade
moderno pelo mundo do trabalho e da cultura Para nós, a divi.são sexual do trabalho e o atual enfrentamento da social digna e as possibilidades efetivas de viverem em socie
a modernidade deve ser ;Ls.süCiada â conquista da plena cida mulher com a estrutura .social, política e econômica de uma dade sentindo-se úteis e felizes.
dania por pane das clas.ses trabalhadoras, combinando, a realidade ainda baseada na relação de poder en^e os sexos O moderno na sociedade contemporânea é a expressão
um só tempo, a realização dos grandes ideais de liberdade, que continua a apre,sentar desvantagens à mulher. Resulta livre dos conflitos sociais; a legitimação dos interesses cole
igualdade social e riqueza material. disso a nece.ssidade de con.struir uma sociedade humanativos da.s classes trabalhadoras através das diversas organi
A nos-sa idéia de mtKlecnidade se associa à conquista de que supere a sociedade masculina, o que implica em que zações sociais e políticas. O moderno como construção da
uma.sociedade democrática, mais justa, mais livre, mai.s soli os sexos assumam a sua parcialidade, renunciem a falar em democracia tem na das.se operária, nos demais movimentos
dária. Uma S(x:iedade que se apcMe em uma opinião pública nome do gênero humano e estabeleçam convivências de das dasses trabalhadoras e na intelectualidade — na articu
informada e influente. relações em pé de igualdade e não de domínio. Enfim, uma
Uma sociedade que,superando o risco real da construção .sociedade que reconhecendo diferenças de sexos, supere
lação do mundo do trabalho e da cultura —,o seu principal
de uma ordem segregativa baseada no preconceito racial as desigualdades e propicie o livre desenvolvimento das po-
suporte. Da ação desses protagonistas derivará a valorização
■ «e ca incomurvicabilidade cultural, permita a relação aberfea lenciaiidade.s humanas das instituições democráticas, que constituem hoje as raízes
15 de Junho de 1991

JiKjuiIo que poderá se constituir numa demtKracia paitici- gia pKide ob.síacu]izar uma política cultural que alicerce um
paiiva de massas; os movimentos sociais urbanos e mais restritas traasferênda.s de tecnologia e fornias de industria
novo curso para a cjuestão dos intelectuais,abrindo pa.ssagem lização capazes de abson-er efetivamente o progresso téc
especificimenie as organizações de moradores são itnpor- para que a li\Te experimentação possa fazer florecer novas nico,
tiuiies para a construção da democracia panicipativa de mas percepções do presente e horizontes de futuro. O primado
sas e para transformações que melltorem a qualidade- de do real, por isso, deve sobrepujar as diretrizes polítrco-cul- Um Brasil que apresenta caraaerísticas das chamadas "so
vida da população urbana.A construção da democracia altera turais que se reponam a uma "supremacia do mercado" ciedades de ma.ssa" e elementos arcaicos e atrasados — as-
o sentido do moderno na cultura e na política brasileira pectOvS de "dualidade"; uma estrutura mai.s integrada, tanto
frente aq papel do Estado na questão cultural, mesmo porque na cidade como no campo, correspondente à parte mais
e assume, assim, uma acepção ra'olucionária. a "ampliação" do Estado implica uma diminuição do hiato
Quem for reconhecido — social, poÜtica e institucional- entre seas estritos aparelhos e a sociedade civil. O adensa internacionalizada do sistema produtivo; um universo de
mente — com(j o ponador da idéia da plena realização mento deste não deve significar o desmantelamento das agên pobreza e marginalidade na periferia das cidades e setores
da modernidade sc habilitará a exercer uma ação iiegemô- cias públicas de financiamento das atiriclade-s culturais em do campo constituindo a maioria das classes dominadas,
nic^a sobre as demais forças sociais ou amplas parceitis delas. quaisquer níveis, sob pena da atividade intelectual e artística, A dicotomla "sociedade moderna" X "sociedade atrasa
.-V democratização integral da sociedade brasileira,ampliando atomi7.ada e diminuída, ficar submetida exclusivamente i\ da", no contexto atual, vem sendo utilizada pelos setores
e generalizando a participação política, panicularmente a Itígica do consumo, Uma política para o mundo da cultura conser\'adüres quando defendem suas propostas de inspi
das classes trabalhadoras e oprimidas — mesmo com a am deve, por isso, postular uma nova vinculaçâo deste com o ração neoliberal, de modo a obscurecer contradições coloca
pliação da autonomia dos movimentos sociais —,se coastitui mundo do trabalho em geral e isso só pode ser possível das para a sociedade brasileira. Mascaram conflitos no inte
numa política cuja dinâmica não se pode realizar plenamente se o seu protagonismo não for tomado com algo estranho resses rior das próprias classes dominantes e antagonismo de inte
.sem a existência de uma nova esquerda radicalmente demo- pela sociedade, ou seja, como uma autonomia corporativa entre o capital e o trabalho.
Esse processo atuou sobre os níveis de pobreza e sobre
CTática. afiistada dela, A nova questão dos intelectuai.s põe novamente a distribuição de renda no país,ampliando a renda em termos
em cena o desafio de se buscar um novo projeto ideal que absolutos mas transferindo-a para as estratos mais altos. Ex
estabeleça os nexas possíveis e desejáveis entre ciência, arte, cludente e concentrador, esse processo levou ao agravamen
VII trabalho e democracia. - to dos desequilíbrios da última década, com o esgotamento
Mundo da Cultura:Modernidade e Democracia do padrão de acumulação e investimento do próprio modelo,
crise no setor público, conflito disrributivo da renda e infla
As profundas transformações que marcaram as dimensões VIII ção.
A modernizaçã^ de toda a base produtiva, inclusive dos
econõmicíis e sociais dos anos mais recentes, no Brasil e
no mundo, também se manifestaram no plano da cultura.
O esgotamento do modelo econômico setores tradicionais e atrasados, passou a ser uma exigência
O alto grau de experimentação cultura! abeno com a supres A nova institucionalidade do País não foi seguida pela
para o crescimento em bases democrática.s, com o objetivo
são dos mais diversos obstáculos à liberdade de criação, mudança do modelo econômico excludente e concentrador
de obter ganhos de produtividade e acompanhar padrões
pesquisa e expressão passou a ser cada vez mai.s uma força de renda — o projeto de reformas de estrutura patrocinado internacionais de preços e qualidade para a própria produção
motora ptira a criação arti.stia e inteleaual fazendo com nacional,
pelas forças democráticas acabou por ser bloqueado, Há A modernização integrada à economia mundial, nos mar
que a inventi\ idade e o pensamento se transformassem em um grande de,scompa.sso entre a institucionalização da demo
elemento substancial da sociabilidade e da sensibilidade mo- cracia e as reformas amplamente reclamadas pela esmaga- cos da emergente revolução técnico-científica, não depen
derna.s.O prüce.s,so de indivJdualizaçào do mimdo contempo dt)ra maioria do po\-o brasileiro. derá do efeito "multiplicador" de um ou dois setores da
râneo, ainda em curso, revelou, especialmente no âmbito economia (como a indústria automobilística e a construção
da cultura, que a modernidade abria porta.s para uma plurali deOumBrasil do.s ano.s noventa se depara com o esgotamento civil). Exige
modelo de desenvolvimento dependente-associado,
todo um complexo produtivo, com demanda
dade de razões no txirpo socitd, demovendo as visões mai.s concentrador de renda e capita), calcado na .substiaiição das intersetorial fortemente realimentada, para a retomada do
esitinques e dogmáticas da história e da .stxiedade que enten importações e modernização agrícola ct)m integração do laii- crescimento, o que implica novos processos de produção,
diam-se como os únicos camiiilios para a emancipação huma ftindio. maciço emprego de tecnologia, modernização da infra-es
aíin fone presença estatal no .setor pr(.)duti\'ü. com trutura
na. A auuvconsciéncia da modernidade na arte e na ciência c de sistemas de comercialização articulados em ca-
demonstrou ser. assim, uma coastrução aiicural cada vez
muia plufid. colocando por terra a.s icfciém-iito conceituais
que liaviam seixido de ntjrte para as tradições que se gesui-
ram ct)m a modemidade, inclu.sive a tradição .sociaiisLi.
O recente e atestado esgotamento dos grandes paradigntas
que emergiram com a modernidade no século Xix'e .se
airmaram in) século XX easejou. por .sua vez. o nascimento
de posturas cuituraí.s novas que alicerçaram um cjuadro refe
rencial de exjíerimentação definidor do momento que \'i\'e-
mos. Nü entanto, a crítica às razões unívocas, quai.squer que
tenham .sido .suas matrizes originais, suscitou um acirrado
deliate cultural que por vezes cliegou a postular teses que
jogavam por terra toda a experiência histórica vivida. A supe
ração das grunde.s paradigmas ensejou por i.s.so no âmbito
da cultura concepções niilistas que basearam afirmar o "pós-
modemo", bem ctimo o "fim da história", disianclando-se
do entendimento de que a emergência de razões plurais
apenas repunha e conformava um conjunto crítico de mani-
fesiaçoe.s perceptivas próprias de modernidade. A auto-cons-
ciência da mixiernidade. na verdade,.sempre e.siivera marca-
cü! i^eia^conrraditoriedade e a crise atual nada mais fez que
desvelar e.sta es-sencialidaderio moderno,abrindo pa.ssagem
para a critica frente aos .seus descaminhos e per\"ersidade.s
Uma nova .sen.sibilidade frente a estes temas acabou por
alterar protundamenie a questão dos inteiecruais.
O m<jmento que vivemos hoje configurarse como novo
prcasametite pt)rque se resgata es.se elemento essencial da
modernidade, e, nesse .senüdo, a visão de totalidade que
marcou a.s razões unívocas passa a estar quesiicinada como
o paradigma úmco do tempo histórico, A partir desse mo
mento, nao .sem razão, o prougonismo sócio-cultural dos
intelecruais derivou cada vez mais do engajamento a concep
ções absolutas e doutrinárias para uma atitude mais investi-
gaiiva,experimental e críüca frente aos complexos e cuntmdi-
lorio-s pioces.sü.s que nos cercam, É facilmente consiaiável
que os imeiectuaLs deixaram de ser ou de cumprir o papel
cie guia ou de'Vanguarda" da sociedade para se confiau-
mrem como miLssa de intelectuais",com funções e inserção
.social delimiüda e especifica. A camada dos intelectuais ga
nhou desta forma, uma dimen.são cada vez mais auiono-
mi7.ada e profissional e o .seu grande desafio con.sisie em
nao perder a vinculação com a contemporineidade do mun
do. Ctáaçãü. inventividade e inteligência não di.s.sociaUas da.s
quesic^ publicas e espaços de referências culturais marca
dos pela decLsiva imjjorrãncia chi opinião plural edemocrática
connguram-.se, as.sim, ò.s elementos da nova questão dos inte
lectuais para uma política do socialismo.
No nosso pal.s apena.s o antigo hLScinio por mitologias
pre^Kijodernasxiu uma taíi^íém aqüga ra^oçg^ápk^aqdeolo-
1& de Junho de

O equacionamentü das três grandes contradições que vêm


deiils priKiuiivus. Impõeni-se,assim,a implantação de setores permeando
tecnológicas de ponta,a inovarão e capacitação tecnológicas iransferênda odecomporttunemo econômico recente: forte
do parque pn.xiuiivo (sobretudo da indústria dc ben.s de da economia, nãorenda do lado interno para o lado externo
menos forte transferência do .setor público
capital) e a expaasão e mixlernizaçào cks indústrias produ para o setor pri\~ado e aguda transferência dos salários para
toras de beas de consumo. Tudo isso determiruirá nova.s
e impoitanie.s alteraçõe.s na composição do mundo do traba as lucros e juros. Toma-se necesstírio, no primeiro momento,
est;incar as transferências assinaladas para, no segundo, rever
lho, principalmente no atual perfil do proletariado fabril. ter seu sentido: do lado externo para o lado interno (com
a diminuição da renda Jíquida enviada ao exterior), do setor
privado para o .seu)r público (com o aumento gradual da
c"arga tributária lítjuida) c dos lucras e juros para os .salárit)s
A alternativa democrática para a crise (com a recuptemção sistemática do salário-mínimo c do salá
rio médio).
A economia brasileira vive um controvertido processo de O controle da inflação, sem a utopia de torná-la igual
modemi7.ação e necessita de grandes reformas democráticas. a zero. A causa básica clít n(j.ssa inflação reside nas altas taxas
O novo governo opera no sentido de modernizar a base de lucras (que se expres.sam através dos preços). No combate
pr<,)dutiva dtj pais e integrá-lo mai.-í à economia mundial à inflação, o setor público e os salários não poderão ser
em í)ase.s subalternas e coaservadoras. Por sua atual compo eleitos perdedores, como tem sido de tradição nas políticas
sição,proposta política e método de gestão,o governo federal econômicas dos governos. Em conseqüência, surgem duas SíErr
vem frustrando as esperíinça.s de mudanças que ele próiírio grandes iinltas estratégicas: controle de preços (não .se trata
gerou na grande masstv da população marglnaliztida. de congelamento) legitimado por uma via pactuada, que
STÊ
No quadro atual, a.s forças democráticas e progressistas tenha como parâmetro uma taxa de lucros taml>ém pactuada, uESE
ainda não foram capazes cie concenar um projeto cjue seja especialmente naqueles setore.s oligopolizados, formadore.s
a alternativa democrática de mudançts, um projeto de reft)r- de preços, que. exercem a inelasticidade política da oferta SSSX
m
mas para promo\'er a modernização do paíse a sua integração e provocam grande efeito multiplicador. Paralelamente, e
à economia mundial com mais democracia e ju.stiça social, como coadjuvante ft)rte, tributação direta, seletiva e progres
coastituindcj assim uma orientação diferente daquela cjue siva. a panir do limite paauado da taxa de lucro.
vem sendo proposta pelas forças amsenadonis. Como vem O crescimento exige a retomada da capacidade de investi
insistindo o PCB: um projeto democrátia) de mudanças nao mento da economia em seu conjunto e do setor público,
ix)derá aDrmar-se à mttrgem do processo político em curso cm particular. O controle gradual do nível de preços e a
no país c da negociação com o próprio governo. nova política de rendas, proposta na reorientação das transfe
O blociueiü de um paao político-social demotráiico vem rências. dão as condições necessárias para os itwesti mentes.
impedindo o encontro de soluções para as graves problemas No caso do setor público, além do aumento proposto de
nacionais, agrava a cri.se econômico-.social, deteriora ;ls rela sua renda di.sponível. o déficit setorial em áreas .sociai.s e
ções pulíticas, coloca em risco a governabilidade e perpetua estratégicis de ponta, esiimulador da atividade econômica
ú descontrole inflacionário. O processo reformador indis- e da capacidade produtiva, é economicamente defensável
^■)ensá\el à construção de uma saída duradoura para a crise e stjcialmente justo. Neste sentido, é preciso retomar os inves
stimenie será possível por uma via pactuada. timentos em infra-estrutura (energia, transportes, comuni
O Estado de direito democrático e o equilíbrio de forças cações etc.) e nos setores de onde emergem as políticas
resultantes de sucessivos processos eleitorais, miis sobretudo sociais básicas.
a própria envergadura da crise e as demandas políticas e Compromi.sso a)m a eficiência e eficácia econômicas, isto
.stxáais decorrentes, renovam .sempre as possibilidades de é, com a produtividade: gastar, cada vez mais. menor quanti
desbUxjucio do processo de reformas democráticas, pela dade de insumos e de mão-de-o[)ra por unidade de produto
via de um paao poUrico-.social amplo, transparente e aberto, fi nal. Lsto implica abandonar definitivamente a via de cresci
negociado entre os diversos atores políticos e sociais. Não mento extensivo e optar pela via do crescimento intensivo,
pode tratar-se, como assinalamos em reiteradas ocasiões, assumindo em toda sua integridade a tecnologia de capitai
de um actJrclü üc i;ú|)ulas ou de dites, mas dc ujna ampla iiiieiuslvo. ic.sguaidando o.s interesses sociais. .
negociação no âmbito do Cüngre.sso Nacional que envolva Intensificação do desenvolvimento técnico-cieniífico bali
as instituições e os monmento.s sociais representativos, os zado na ênfase na inoraçào e não só na capacitação tecnoló
partidos políticos e o governo federal, Com isso, a moder gica. Propugnamos pelo que há de ponta no mundo de hoje,
nização consen-adora tenderia a ser cada vez mais restringida como a miCToeletrônica, a informática, a robótica, a química
no processo democrático, seria menor o espaço para os fina, a mecânica de precisão, a biorecnoiogia e o.s novos
intere.s,ses inflacionários. o cartoriaiismo, o monopolismo materiais.
tecnolügicamente atrasado e a concentração brutal da rique- E N S í
za.

X
O componamento recente da economia brasileira de
monstra que a massa salarial vem tendo a sua participação Emprego e renda FMNÇA, GRl
diminuída ao longo do tempo (35.4% em 1980 para menos
de 30% em 1988), em favor do crescimento da participação O processo de indu.strialização e o crescimento econômico Partido Comunista Francês so partido o fratemal e
relativa dos lucro.s e juros na renda nacional (58% em 1980 acelerado por que passou a economia brasileira, ao mesmo jando muito sucesso e
para cerca de 65% em 1988). Dados do IBGE revelam que tempo em que geraram um novo proletariado foram acompa O Partido Comunista Francês saúda os Queridos camarada.
ty; 10% mais ricos — 6,6 milhões de pessoas — ampliaram nhados pelo surgimento de um imenso contingente de traba delegados ao Congresso do Partido Comu Nós, comunistas gi
a .sua participação na renda nacional de 46,6% para 53,2%. lhadores com emprego de baixa remuneração, desprotegido nista Brasileiro e lhes deseja sucessos nos partilhamos convosco
Aquela metade da população que ganha até dois salários pela legislação trabaliilsta e concentrado nos grandes centros trabalhos e na luta em prol dos interesses mica de vosso país e
mínimos — 33 miÜiões de trabalhadores — absorve apenas urbanos. Suas raízes são o deslocamento para as cidade.s dos trabalhadores e do povo brasileiro pela de busca de um carr^^
10,4% da renda nacional. Os 10% mais pobres da população do excedente de mão-de-obra nas atividades agropecuárias causa da paz e do socialismo. a democracia e o soe
— 6,6 milhões —, lançados na marginalidade total, conso no campo e a insuficiente demanda de mão-de-obra na indús Neste período de profundas transforma e aprofundamento doi
mem apenas 0,6% da renda, enquanto aquele 1% mais rico, tria de iraasformação, no chamado "lerciário funcional" e ções internacionais, a solidariedade e a coo baihadora e do povo
txs 660 mil que controlam a economia do país, reservam na admini.siraçâo púbiica. peração entre as forças progressistas são ridade para o povo ar
para si 173% da renda nacional (PN0A, 1989). Constitulu-,se um enorme segmento nâo organizado no particularmente necessárias. Tudo isso não está
O Partido Comunista Francês espera con do Partido Comunista
Diante deste quadro, pode-se afirmar: o que o Brasil mais mercado de tnüjallio, principalmente na periferia das gran
nece.SvSita é de um "chcxjue" de democracia, de justiça sociíü, des cidades, em grande medida relacionado com a prestação tribuirpara isso, e em particular, por ocasião tido, através dê coal
de desenvolvimento econômico e de modernidade. Não há de serviço,s e atividades correlatas, com grande incidência de seu XXVII Congresso, sublinhar a impor e grupos progressisti
tância de atuar para dar ao movimento co mum acordo no sentic
saída ditradoura para a cri.se brasileira, com a modernização de não-assalariamentò e empregos sem carteira assinada. progressivo de nossc
dü país e sua integração competitiva à economia mundial, Es.se universo do mundo do trabalho, mesmo nos períodos munista e revolucionário um novo sopro, a
um fim à crise porqi
sem um de.senvoh'imenro democrático. Isso exige uma polí de pico das taxas de crescimento, representava mais de um fim de contribuir para abrir a todos os povos
grega. Nesse esforçc
tica de combate à inflação cjiie po.ssibiiite a alteração do quinto da ix)pulação economicamente ativa e vem se am perspectivas novas que respondam a suas
perfil da di.stribuiçãü de renda do país em favor dos assala- pliando nos últimos anos de agiavamento da crise. aspirações profundas de justiça e liberdade, tando uma forma de /j
riatio-s. do setor público e da economia nacional, Essa deve A modernização tende a promover uma indústria de mais a seus direitos sociais e sua esperança por oficial governista se!
.ser a orienuiçáo a ser dada ao tratamento da dívida externa, atpital inteasivü e poupadora de mão-de-obra, fazendo com um futuro melhor. do povo. !
láis políticas de investimento, industrial e tecnológico, das que o setor deixe de .ser uma "passagem" de migrantes CC do PCF Nosso partido tamt
com o dever de trabc
reformas tributária, agrária e do Estado. do .setor primário para o setor terciário, fenômeno jjarticuhir- ma de direção progre
Para lograr o desenvolvimento democrático .são questões mente grave depois de uma década de e.stagnação econômica
fundamentais; que aprofundou o problema de de.semprego no país e alterou Partido Comunista da Grécia a realização do nosi
tudo isso, os comum
o crescimentt) econômico é condição necessária, mas não a relação histórica entre o mercado formal e o informal, Queridos camaradas, ciai interesse em rec
suficienie. para o equadonamento dos demais problemas. Coloca-.se de forma dramática a necessidade de romper o
O Comitê Centrai do Partido Comunista vossas decisões e c
Dadas às caraaerí.st ica.s da economia brasileira, o crescimento contínuo descompasso entre a geração de emprego e a repro adotados nas condiQ
de seu prtHlutu iiacional bruto nâo poderá ser menor do dução da forçi de trabalho. Descompasso este que constitui da Grécia transmite ao IX Congresso de vos
que o dobro de .seu cre.scimento populacional. fonte permanente de desemprego e sub-emprego, rebaixa-
I -v

menio do s;iliirio real. rotatividade no emprego e margina grandes proprietários que [lossiiem mais da metade ila área
lidade social. das propriedades rurais, constitui uma e.stRitura produtiva
Nos próximos anos, a modernização da economia pode de alta instabilidade, em cujo conjunto as cri.ses de prixitição
implicar também a automatização de atividades destinadas constituem a regra geral. E revela:
exclusivamente ao mercado interno, reduzindo a capacidade — agravamento" dos desec}uih'brios regionais, coni uma
de absorção da forç^ de rrab.alho do setor .secundário. Esse política de incentivos e .subsídios diferenciados benefiando
fenômeno tende a ser ainda mais grave com as projeções exclusivamente os grandes pro[)rietários;
da migração do campo para a cidade, o ingresso da mão-de- — insuficiência do cre.scimento da produção de alimentos
obra feminina e de menores no mercadp de trabalho e a e suas coaseqüências inflacionárias;
expansão do mercado infornial. Assim, faz-se necessária uma — redução da capacidade de absorção da força de trai'>uliio
política industrial capaz de combinar a modernização da no aimpo, le\ando à migração para áreas urbanas, com au
base produtiva com uma política de pleno emprego, isto mento de cle.semprego, subemprego e marginulitiade urbana:
é. uma política de emprego que procure atingir o mixinw — mpiura do padrãt) de relações inierseioriais baseado
de mulheres e homens, de modo a garantir a realização na hiperinsumizaçu) (via crédito subsidiado), levando a cria
t,le um grande direito social universal; o trabalho. Na situação ção de Lima ampla margem de capacidade ociosa na indústria
atual, a realização desse direito comporta não mais somente de mác|uina.s e insumos para a agriailtura.
uma batalha contra o desemprego ou o trabalho informal, Todas e.s.sas condições, que caraaeriz^am a agricultura bra-
mas também a íiivor da formação, da requalificação profis•sileira, exigem soluções profundas e definitivas que re.suitem
num aumento do número de proprietárias e numa política
sional, da iaserção .social e igualdade de oportunidades —
em resumo, pelo direito a um futuro de trabalho conforme voltada principalmente para a democraiizaiçào da proprie
as aspirações individuais. dade e para a melhoria da distribuição da renda. Para tal
Essa orientação renovada passa por uma modernização fim. torna-se imperativa a realizxição a curto pnizo da Reforma
da indústria tradicional e moderna que leve em conta a Agrária. , • i
necessicbde de combinar as no\us opções tecnológicas com Para mudar efetivamente a realidade agrária c agrícola
o realücimento e reciclagem da mão-de-obra. além de um no Brasil, torna-se necessária uma reforma agrária que, num
i:)rügrama de modernização do setor terciário capaz de redu prazo de dez anos. contemple pelo menos ó militões de
zir o mercado informal e uma reforma agrária que contenha famílias camponesas. A extensão da.s terras di.stribuidas (a
a m tgraçãü para as grandes cidades, assentando trabalhadores razão de um lote de tamanho médio de 30 heciares) alciui-
.sem-tcrra e alocando trabalhadores rurais assalariados nas çaria o total anual de 18 miliiões de hectares, Isto significará
pequenas cidades e vilas do interior. que, ao caho de um decênio, o número de exploraçõe.s
agropecuárias subiria de cerca dos 5 milhões atuais pata
11 milhões, ou mais do dobro, e a exteasão dts lavouras
XI tenderia a crescer, dos cerca de 50 milhões de hectaies
atuais para cerca de 100 milhões.
A questão í^rária A reforma agraria no Brasil somente .será po.ssivel tendo
como pressuposto um nn)delo democrático de moderni
Um projeto de desenvoKi mente democrático da sociedade zação agrícola, capaz de proporcionar um novo ciclo de
brasileira requer imperiosamente a realização de uma refor expansão da economia rural, compatibilizando a moderna
ma agrária A reforma tornou-se premente entre nós apenas produção agrícola de base familiar, \'ohada sobretudo para
!X)r fazôe.s económiais. Dados do Censo Agropecufirio de o mercado interno, e a exi.siência de grandes empreendi
1985 mostram .sinais de que a agricultura brasileira entrou mentos agro-indii.striai.s, grande pane dirigidos para a expor
numa fase de indi.scutível perda de seu ritmo anterior de tação. , , .
crescimento ou talvez mesmo na fase de uma quase estagna- Nos limites da atual Constituição, uma reforma agiaria
(,-ão. Essa úV ritmo .se verifica na e.xpaasân da area terá que. ficccs-sariamente, Isolar os .setores mai.s atrasados
total dos esiabelecimenitís agropecuários, na área das lavou- do latifúndio, mediante a desapropriado por interesse .social,
ra.s (soma da.s lavouras permanenie.s e provisórias), no acen com pagamento de indenizações em títulos da dívida agrária,
tuado decréscimo do parque de uatores, no menor cresci dos grandes imóveis rurais não produtivos ou que não cum
mento efetivo total de bovinos e de aves e no^ decréscimo pram .sua função social, e o a.sseniamento dos trabalhadores
marcante, em termos absolutos, do rebanho suíno. rurai.s em terras economicamente úteis localiz;idas na.s suas
A modernização da agricultura brasileira a partir de 64, próprias regiôe.s de origem. A reforma agrária terá que
que atingiu seu ápice na década de 70, concentrou-se em apoiar-se também, complementarmente, na tributação direta,
dois aspectos; dinamização dtxs setores improdutivos através progressiva e seleti\'a das grandes propriedades. Para uma
de políticas que não alteraram o sistema de pos.se e uso modernização agrícola democrática é necessário um progra
da terra e abertura ao mercado internacional,^ no contexto ma agrícola, cjue, além da mudança da esinitura da po.sse
B N S de uma estratégia econômica global de inserção nos fluxos e uso da terra, contemple:
do comércio internacional. — aumento da produção de alimentos para o mercado
Para enfrentai' a baixa produtividade, a ação governamental interno, além da participação no comércio exterior, mediante
IA EISRAEL baseou-se no maciço uso de crédito subsidiado, no aumento
dos gastos em extensão rural e no tratamento preferencial
o aumento da pnxiutividade, dos Investimentos e da incorpo
ração da terras ociosas ü produção;
3ro abraço, dese- Temos esperança de que o IX Congresso ao setor de insumos (máquinas, fertilizantes, inseticidas e — expaasão da capacidade de geração de emprego no
*us trabalhos. do PCB seja a mais importante contribuição herbicidas) tendo como objetivo possibilitar sua maior absor campo, redução do êxodo rural e modernização das relações
para o desenvolvimento do pensamento e ção por parte dos produtores rurais. A abenura ao comércio de trabalho mediante a utiliztiçâo de técnicas de produção
, conhecemos e prática comunistas. internacional foi viabilizada através da concentração desses intenslvus, a demcxratiz-ação do acesso à terra, o estímulo
•>esociale econô- Saudações comunistas, instrumentos naqueles produtos agropecuários que apresen à organização de formas associativas de produção, a elimi
>s a necessidade CC do PCG tavam condições de mercado e preços para serem expor nação da violência no campo e o pleno exercício dos direitos
tados. individuais e .sociais;
alternativo para
)o, para a defesa Partido Comunista de Israel O crédito, pelo seu crescimento e pelo montante de subsi- — alteração do sistema de relações internas e externas
'tos da classe tra- dio.s concedidos, transformou-se ao longo do período na do setor agrícola mediante redefinição das fontes de financia
lhador e prospe- Queridos camaradas, principal alavanca do processo de modernização agrícola. mento, racionalização do uso dos fatores,iiiilizaçãodetecno-
Io Brasil. Por ocasiao do IX Congresso de vosso Com a crise econômico-financeira que se abate sobre o país logias apropriadas aos níveis de capitalizjição e às necessi
]ado dos anseios Partido, temos o prazer de enviar o nosso na virada da década de 70 para a de 80, e o seu agravamento dades do mercado das populações envolvidas;
récia. Nosso par- mais afetuoso e fraternal abraço. até os dias atuais, esgotou-.se esse modelo de modernização
em função da suspensão e supres.são de créditos fartos e — a correção dos desequilíbrios regionais e da renda
com a esquerda Vosso Congresso tem lugar num momen do setor agrícola, com a revisão dos sistemas de incentivos
to histórico de grandes mudanças no mundo .subsídio.s, Agravaram-.se os desequilíbrios na economia, com;
m lutado em co-
flesenvolvimento Uma das mais grave.s conseqüências de tàis insucessos fiscais e a aplicação das políticas agrária e agrícola segundo
e esfamos confiantes de que os comunistas os parâmetros definidos por um novo zoneamento agrário
e conseguir pôr de todo o mundo superarão todas as dificul no conjunto das ati\'i(lades agrícolas foi a brutal concentração
ssa a sociedade dades e conseguirão realizar, com sucesso, da renda no ami^o, em prejuízo dos agricultores mais po e agrícola do país e com a suplemenuiçào de programas
bres. A parcela da renda apropriada pelos 10% mais ricos sociais específicos para o campo nas áreas de .saúde, sanea
um estamos ten- suas tarefas em face das mudanças. mento básico, previdência, educação, habitação e emprego;
':om que a política Desejamos que vosso programa seja bem — particularmente os donos dos latifúndios — pas,sou de
34,7% em 1970 para 47.7% no ano de 1980, enquanto que
incentivo, com crédito rural e financiamento, à pequena
e aos interesses aceito pelo Congresso e que sirva como ins e à média propriedades e à empresa rural que cumpra a
trumento de luta no interesse da classe tra a renda da metade (50%) mais pobre caiu de 24,2% para
17,9% no mesmo espaço dc tempo. função .social.
9m se defrontado balhadora e do povo brasileiro em prol da
num novo progra- democracia e do socialismo. Registrou-se, em conseqüência, uma diminuição grave na Por sua complexidade e por sua importância para a demo
:a, tendo em vista Desejamos que vosso Congresso frutifi- produção agrícola no país-, de fato, dos 33 produtos incluídos cracia. toma-se necessário que as forças democráticas e pro
/ Congresso. Por que em suas deliberações e tenha muito su nos levantamentos sistemáticos cio IB(5e, mais da metade gressistas de esquerda abordem com firme7.a a questão agrá
■jregos têm espe- cesso nos trabalhos. tiveram reduzidas suas colheitas, daí ,se originando séria difi ria. Sem a participação dos minifundlstas, pequenos proprie
vossos informes, Abraços fraternais, culdade no abastecimento alimentar nos grandes centros tários, arrendatários, assalariados agrícolas, pü.sseiro.s, traba
lentos que serâc Tawfiq Toubi con.sumidores do país. lhadores volantes, a transição para uma democracia social
ontemporâneas. Secretário-geral do PCI A agricultura brasileira, dispondo de apenas cerca de cinco mente avançada no Brasil apresentará sérias debilidades es-
milhões de explorações em atividade, com uma maioria de truiutai.s e criará pesadas hipotecas a serem pagas no futuro.
•rt'.»:
14•VOZ
15 de Junho de 1991

A coastituíçio dü bloco de forçis democrJticaü. progres tal reforma .se expressa, assim, pelos órgãos de controle fiscalizadora e supeirisora da atuação do.s militares e dos
sistas e de esquerda e a sua solidarização com os interesses
da ação estatal, sem os quais não há ordem política demo serviços de informação, assim como assisti-los c]uando da
desses sujeitas sociais constituem um componente político crática po.ssível. celebração de acordos militares internacionais, para o que
imprescindível para dotar de sustentação social e política A reforma democrática do Estado deve levttr em conside
uma altern;tti\-a democrática para a questão agrária no Brasil. ração também a política de segurança, ou seja, dentro dos équalificadíLS
necessário a manutenção de comissões permanentes e
para a realização dessa tarefe; b) na criação*do
parâmetros definidos na Constituição, definir os limites e Minist&ioda Defesa; c)na disponibilidade de recunsos mate
o papel das Forças Armadas,de forma a resguarddr os direitos riais e humanos das instituições militares para atender %s
da cidadania e a democracia. Assim, uma política de defesa demandas e interesses da sociedade,
para uma sociedade democrática, pluralista e participativa Nos opomos à identificação do público com o estatal. É
Reforma democrática do Estado implica também em: a) no fortalecimento do poder Legisla preciso
tivo, de modo que ele possa exercer ação disciplinadora. sariamente reconiiecer um espaço de gestão pública não neces
estatal e uma gestão privada com âmbito público
No centro de uma saída duradoura para a crise está a de panicipação. O que se pretende com isso é uma relação
reforma democrática do Estado de modo a redefini-lo para divensa entre Estado democratizado e mercado democra
os objetivos sociais e de construção da democracia. Rechaça tizado, entre política e economia,em que as forças políticas
mos, assim, a idéia que centra a reforma do Estado somente esociais não sejam subordinadas a uma economia sem regras,
na questão do seu mmanho.Propomos a sua democratização E isso não sení possível se essa questão for enfrentada somen
e publicização. te com o arsenal reivindicatório, ma.s através de mais liber
A necessidade da reforma demoaática do Estado se apre dade, novos direitos e no terreno de novos poderes.demo
senta quando considenimos os interesses das classes traba cráticos.
lhadoras, sempre excluídas de sua ação. O Estado centrali A reforma democrática do Estado deve ser também enfren
zador,ex-cludeniee privarizado constituído ao longo de nossa tada em seus a.spectos econômicos e financeiros, onde é
iiisii)[ia tutelou os demais poderes republicanos, subalter-
nizou os partidos políticos e privilegiou as relações com essencial a sua desprivatizaçào. O que implica estancar e
as classes dominantes; atrelou e reprimiu as agências das revener de forma duradoura as transferências de renda do
classes dominadas (sindiattos de trabalhadores, associações, setor público para o.setor privado. A desprivatizaçào é fianção
entidades estudtmtis etc.) e estimulou o fortalecimento das da democratização do Estado,e não o comnírio.Sem a despri
agências privadíis das classes dominantes, entranhando-as vatizaçào do Estado, com a qual se recupere a sua capacidade
nos centros de decisão do Estado. de investimentos, torna-se difícil a materialização de uma
Com o processo de democrafização. a nova Constituição nova política social.
ampliou a autonomia e independência das agências das clas A reforma democrática do Estado, recusando tanto a con
ses dominadas mas não apanou dos centrtjs de decisão do cepção privatizante como a estatista, não deve (jbscurecer,
Estado as agências das chtsses dominantes, A estrutura de antes pelo contrário, deve afirmar a necessidade de interven
Estado não foi democratizada. Nas condições do "Estado ção estatal no sentido da aplicação de políticas sociais visando
ampliado"" (.sociedade civil + sociedade política), somente a erradicação de carências que afligem imensas parceíiis da
o li\Te jogo democrático na definição das políticas públicas população urbana e rural excluídas de participação política,
e no (uncionarnepto administrativo estatal \-alorizará o papel econômica e cultural.
do.s partidos políticos e das eleições, assegurando relações
demoaática.s entre a sociedade e o Estado.
A reforma democrátiai dt) Estado, assim, deve ter como
centro a democratização da instância pública, de modo que Por uma ecoijiomia democrática
o conjunto das agências da .sociedade civil, apartadas da e.stai-
tura e,sta[ai, po.s.sa influir auionomamente no processo de o bloqueio ao surgimeniu de uma economia democrática"
reorganização da .sociedade brasileira. O caráter político de está centrado no poder dos grandes grupos de.) capitai indu.s-

ME NSAGENS

ITÁLIA E JAPÃO
Partido Democrático da Esauerda Esperamos que vosso Congresso te mente cpm a propaganda contrária à li guns pontos que são inquestionáveis co
(PDS-itáHa) nha sucesso no que concerne a uma saí nha política do nosso partido e suas reali mo é o caso da hegemonia de alguns
da para a crise econômica no Brasil, con zações no que concerne aos interesses povos que exportam armas para bene
Por ocasião do vosso IX Congresso, solidando e desenvolvendo a liberdade da vida diária do povo, mas também com ficiar o hegemonismo iraquiano, e como
recebam o nosso melhor desejo de bom e democracia,salvaguardando a subsis nossa força irrepreensível,mostrando nos o bloqueio dos Estados Unidos ante as
trabalho e desucesso nosdebates e deci tência e direitos da classe trabalhadora so papei correto e nossa razão de ser, possibilidades de solução pacifica,inves
sões que venham a tomar. e do povo trabalhador, e também defen como tem sido demonstrado na história tindo na guerra, tendo recebido do Con
Pensamos que a nova e difícil fase que dendo a paz mundial e o direito nacional do Japão. Objetivamente, durante a li selho de Segurança carta branca para
atravessa a sociedade mundialsó poderá à autodeterminação,realizando com equi Guerra tvtundiai, enquanto outrospartidos o prosseguimento desta guerra.
ser enfrentada, com as forças de esquer dade a ordem econômica e democrática colaboravam com a guerra de agressão Tirando iições da guerra do Golfo, nos
da, com uma renovada capacidade de internacional. e despotismo,somente nós, o Partido Co so partido tem apelado ao mundo para
confronto recíproco e de estratégia unitá A série de acontecimentos no Leste eu munista Japonês, demos nosso sangue a tomada de estritas medidas contra a
ria para a afirmação do ideai deliberdade, ropeu e em outras partes, vem provocan na lula contra esse estado de coisas. vioiaçao dos direitos dos povos à autode
democracia e paz. do grandes alterações nos movimentos Nas últimas eleições nosso partido terminação;tem estado em favor de uma
Renovamos nossas saudações com comunistas no mundo. NoXiX Congresso conseguiu um certo número de votos, e solução para os problemas do Oriente
abraços de cordialidade. de nosso partido, realizado em julho do com grande esforço conseguimos um to Médio, incluindo as ocupações dos terri
Piero Fassino ano passado, nós analisamos o socia tal de 3.938 na assembléia iocaí, mas re tórios e a destruição em massa dos po
Relações Internacionais do PDS lismo científico em três diferentes pontos solutamente estamoslutando novamente vos; desmantelamento global dos blocos
de vista:a doutrina, o movimento e o sis contra a má administração do Partido Li militares e promoção do desarmamento.
Partido Comunista Japonês tema. E temos urgência em discutir os berai Democrático do Governo, inspecio Para conduzir esta tarefa, nós tam
acontecimentos do Leste europeu e a fa nando despachos do Exército japonês, bém demos importância à questão do
Queridos camaradas: lência da doutrina e do movimento do so- fixação de taxas aduaneiras e de consu cristianismo e da "nova mentalidade",
Por ocasião do iX Congresso do PCB, ciaiismo cientifico. Pontuamos que tudo mo, a destruição da agricultura japonesa dando ênfase à colaboração da União So
o Comitê Centrai do Partido Comunista isso é produto do sisterna burocrático de através da liberalização da importaçõ de viética, conclamando os.povos do mundo
Japonês envia sua cordial saudação de comando e a imposição hegemonística arroz, e temos promovido uma ativa con para o não abandono da luta pelo pro
congratulações e solidariedade. de taisistema, quelevaram ao grave des versação com o povo a respeito da signifi- gresso social.
Ainda que nossos partidos estejam vio da doutrina do socialismo cientifico. cância e existência do Partido Comunista Camaradas, desejamos a continuação
geograficamenteseparadosporuma longa No Japão, durante as eleições simultâ Japonês, que em julho comemora o seu das colaborações, amizade e solidarie
distância e pelasrelaçõesbilaterais terem neas em abril, diante de uma improce 69"aniversário de fundação. dade entre oPCJeo PCB. com o objetivo
sido estabelecidas só recentemente, te dente e violenta campanha anticomunis Recebemoscom prazerofim daguerra de contribuir para o fortalecimento das
mos desenvolvido uma amizade dentro ta, não pouparam esforços para denegrir no Golfo, com a retirada do traque do bases e dosprincípios de independência,
do espírito da responsabilidade, dirigindo a existência do nosso partido, afirmando Kwait, e com a restauração do estado iguais direitos e não-interferéncia dentro
de forma dependente nosso movimento que "o socialismo e o comunismo morre kwaiiiano. Isso representa, diante da opi dos negócios internos de cada um, reite
nos respectivos países para o fortaleci ram por completo no mundo. Por que en nião pública mundial, uma importante vi rando ainda nossa expectativa de suces
mento da solidariedade em comum acor tão deve existir o Partido Comunista no tória na busca da autodeterminação na so em vosso Congresso.
do. Japão?" Lutamos nas eleições, não so cional. Não estamos de acordo com al CC do PCJ
15 de Junho de 1991

território, energia e água. Uma política que induza a socie


irial e financeiro que exercem o controle sobre o mercado aniailado às relações formais, responde também pelü.s bai
e influenciam fortemente o componamenio do conjunto da dade civil a exigir participação nos órgãos encarregados da xos níveis de rendi dá população.
economia. preservação do meio ambiente, lima política que reforce O mundo do trabalho e o da cultura poderão afirmar-se
os direitas de cidadania através do aumento do poder de como forças aptas a dirigir o País não só pelo seu programa
O poder na empresa des-e ser pasto em discussão pelo controle.sobre atos municipais,estaduais e federais no plane ou pela sua capacidade de dotá-la de sustentação política
mundo do trabalho e da cultura, no momento em que se jamento e preservação do meio ambiente. e social entre as classes trabalhadoras, ou ainda pela sua
íifirmem a democracia e a cidadania. Para ir além dos portôe.s capacidade de lutar pela sua realização, mas fundametital-
da empresa,um novo projeto democrático da esquerda brasi mente pela sua capacidade de exercer sua hegemonia política
leira deve contemplar o controle sobre o poder econômico
mediante a extensão das regras democráticas à produção.
XIV e cultural na sociedade civil mesmo antes de .serem forças
Mundo do trabalho e hegemonia hegemônicas no Estado democrático.
Aesiatizaçàt)de ttxla a economia revelou-se historicamente
um fracasso. Por outro lado, uma economia regida apenas
peK> mercado revela seus limites para a construção de um Uma condição para que a esquerda se credencie ao exer
cício da hegemonia está na .sua capacidade de emancipar
sociedade mais justa.
a classe operária de uma pauta estritamente econômico-cor- XV
Traia-.se de afirmar o controle social através da constituição
de novos poderes democráticos radicados no interior da do porativa — pauta que a conforma a simples personagem Transição e neoliberalismo
mundo do trabalho, impedindo-a de influir na formação
empresa. A empresa é uma organização social em que agem econômico-scKial. Outra condição é que o movimento da
diwrsüs sujeit(3s cxim direitos conflituosos e interesses que
devem ser amplamente reconhecidos. Trata-se, assim, de re- classe operária não implique perda ou esvaziamento da sua o processo de demoaatização vem sendo o campo da
conliecer e.sse elemento constitutivo e garantir aos di\mos identidade, reduzindo-a ao "popular". disputa do redesenho da sociedade brasileira. É o terreno
sujeitos possibilidades de se expre.s.sar e de Influenciar na O movimento pela satisfação dos interesses corporativos, da luta para uma reordenação democrática do Estado e da
realidade da empre.sa. Para isso, a empresa deve ser eficiente as.sim. nâo é tudo. Se a combinação enfre democracia e sociedade civil e a incorporação de novos setores sociais
e corresponder às exigências da sociedade. reformas consiste na via moderna de transição ao no\'0 socia a uma plena cidadania política, econômica e social (que
Essa mxssa coloação parte da necessidade de se estabe lismo, sua possibilidade depende de um projeto que vise não está garantida). O avanço da democracia não se resume
lecer uma relação demoaática entre o público e o prindo, a con.srituiçüü de uma vontade geral que transcenda os inte às instituições políticas democráticas: ela é isto e mais a
entre economia e política, pois as decisões da empresa têm resses paniculares de corporações e manifeste uma política via de reformas sub.siantivas no campo econômico e social
conseqüências na economia, na política, no Estado e na stKie- alternativa que nasça dos modernos sujeitos das classes traba que rompa com a modernização conservadora.
A nova insticucionalidade política, nos limites atuais, não
dade. E fato notório que a emjjresa amplia cada vez mais lhadoras.
sua intervenção direta nos terrenas decisivos de interesse levará obrigatória e naturalmente o país a uma democracia
púbiiée), nos mecanismo.s de regulação das direitos e poderes socialmente avançada. A democracia brasileira está bloquea
e até iu)s modas de pensar, na informação, na publicidade, da. As elites conservadoras, travestidas de neoliberais, se
nos bens e iastituições culturais. orientam no sentido de redirecionar o curso do proces.so
'Decisiva para os traballiadores é, portanto, a questão da político à implantação do neoliberalismo, em voga nos EUA
democracia e cidadania na empresa, em que se viabilize e em boa parte da Europa. Buscam promover uma restau
regras e instrumenicjs pelos quais os iraballiadores possam ração de elementos do antigo regime,ainda vivos nas institui
gerir de forma nora e democrática a riqueza produzida, ções, nos partidos, no próprio governo federa! e no sistema
determinar .sua participação no controle e na direção do de poder. Ao contrário da suposição ingênua, não .se trata
processo de pixxlução bem como nos resultados econòmi- para essxs elites conservadoras e reacionàritis de tenitir provo
co.s, capazes de promo\'er a reapropriação da riqueza social. car um retorno à situação de domínio militar, mas, sim,
Porém, isso não implia somente direitos de participação de viabilizar um novo padrão hegemônico burguês. Tais
e decisão, mas também deveres. e estará condicionado aas atores constituíram uma nova política de hegemonia que
limites esuibelecidos pelos controles externas da democracia agora procura garantir a reprodução de sua ordem no con
poUüca e pelo mercado,isto ê,nâo pode ser realizado exclu texto da democracia representaii\'a.
sivamente a partir de benefícios corporativos em detrimento Os coniotnos do pro\eio tieoliberal de redeseni\o futuro
dtxs interesses de toda a sociedade. da .sociedade brasileira já estão definidas — e ele busca
Trata-.se não de um projeto prefigurado, mas um projeto uma via de implantação atrat'és da política implementada
para o tempo presente. A própria Carta Constitudonai de pelo governo CoIIor. •
19H8 admite a panidpação do.s trabalhadores tanto na gestão Sobre a reforma do Estado, o neoliberalismo concebe-a
da empresa quanto nos resultados, mas Isso ainda não se apenas através de providências racionalizadoras e da busca
cumpre. Tal fiito indica que a Constituição por si só não ck eficácia, mas desprovidas dos pressupostos democráticos
basta,.se ela nãt)for sustentada por uma contínua mobilização e de sua publicização-, impede que o acesso às decisões
democrática e pela construção de novas estruturas de poder deixe de ser privilégio de grupos privados e se convena J
radicadas na sociedade, capazes de exercer um controle ex em processo pluralista condizente com a democracia; man
tensivo e intensivo .sobre o público e o privado. tém o gigantesco fosso que separa o Estado da sociedade
São esse.s os tema.s e componentes de um moderno projeto civil. Em síntese, é o projeto de implantação do "Estado
democrátict)de Ubenar o trabalho do sofrimento,da angústia mínimo".
e da alienação, bem como de romper a "cultura econômica" Pretende expor a economia à "automaticidade reguladora"
do trabalhador que vê o trabalho tão somente como um do mercado — crença na suposta capacidade do mercado
meio de sobrevivência e não como uma fome de auttxiesen- de regular por si só toda a economia.O mercado desprovido
\oivimenro e de auto-realização. de democracia e de controle social e sem a interferência
Na perspeaiva da conquista de uma economia democrá de políticas públicas, definido como campo privilegiado de
tica. não.se pode desconhecer que o desenvolvimento econô Uma nova política reclama também o rompimento com ação do indivíduo que se sentiria "livre" no mundo do priva
mico brasileiro se processou ignorando .seu impaao sobre a velha concepção de revolução,entendida esta como o mo- do,.sem as "amarras" do Estado — este é o projeto neoliberal
o meio ambiente. Nesse curso, acumularam-se fortes fatores menio da "luta finai", de "ação violenta", momento "explo do plano econômico. Daqui parte sua idéia de liberação
de desequilíbrio que conduziram o espaço ambiental a vários sivo" e de ação da "vanguarda daa classe operária" ou seu das relações irabalho-capital (entre elas a livre negociação
cüIiqDsos ecológicos. As classes dirigentes impuseram a mo "Estado maior" dirigida ao "assalto ao poder" pela força salarial) e a abertura sem critérios de nosso comércio.exte
dernidade inconclusa, inspirando-se numa visão mutiladora e que "implanta o .socialismo", no qual o poder se institui rior, fazendo com que as estruturas produtivas internas ve
do valor-ambiente, condicionada por uma política estreita cxxmo "ditadura do proletariado". Concepção que impossi nham a competir "livremente" no mercado internacional
que unificou .setores econômicos sujeitados aos interesses bilita a compreensão das estruturas e dinâmicas do poder com as dos países mais desenvolvidos. E esse projeto emerge
eipeculaiivo.s. corporativo.s, voliado.s para a nmimização do de Estado e o entendimento e atuação no contexto brasileiro entre nós com a perspectiva de recriar a naçãt) como um
lucTO imediato através do consumo rápido de recursos natu de "Estado ampliado" que não significa gigantismo estatal, reflexo da ação do mercado, redimensionando a ação da
rais e do território. mas sim a noção de que o aumento da complexidade da esfera pública para abrir passagem à otimização da ordem
C(fl<x:a-se, para abrir a fa.se de um novo modelo de desen .sííciedade civil, como conjunto dos aparelho.s privados de pri^da, que procura agora emancipar o lucro cia política.
volvimento que tenha em conta o valor-ambiente, a neces hegemonia, ampliou o Estado para além das agências públi É o projeto de estender a ação do mercado para além das
sidade de apresentar a propasta de uma reestruturação ecoló cas de direção e coerção). Isso significa que a luta de classes fronteiras da economia, isto é, o mercado passando a ser
se dá também no interior do "Estado ampliado",onde ocorre o regulador de todas as esferas da vida social.
gica da economia I.sstx exige, em primeiro lug;ar, a defesa O projeto.neoliberal funda-se na despolitizaçâo das classes
dos preceitas irLscrito.s na Carta de 8B. Más exige também agora a disputa pela hegemonia política e cultural.
A esquerda nâo poderá desconhecer o fenômeno da con oprimidas. É a negação da ação modernizadora democrática
a definição do conceito de crime ambiental. Afirmamos, ain e pública para a socialização da política e do poder. É o
da. que é preci.sí3 lutar por uma gestão democrática do meio centração de poder no camp(í da informação e de sua extraor
ambiente que se apóie na valorização da participação do.s dinária influência .sobre o Estado, a sociedade, a economia projeto da despolitizaçâo da"sociedade, de negação das ideo
cidadãos, nu encaminliamento dos acordos internacionais e a política. O desafio colocado ao sistema democrático, logias e do.s panidos, da subalternização da democracia e
(como exemplo, sobre o efeito estufa, sobre o buraco de no que tange à comunicaç^ão de massa e, sobretudo,a infor de suas instituições apostando na inviabüização do surgi
ozônio etc.). Isso é fundamental para se abrir a passagem mação televisiva, é j>ôr em di.scu.s.sãü a substância do direito mento de uma cultura política democrática de massas e na
difusão, principalmente enu-e as clas,ses oprimidas, da idéia
de uma fase de modernizaçãtí balizada no imediatismo, cor de informar e do direito dos cidadãos de serem informado.s que
porativismo. desprovida da visão do valor-ambiente, para em condições de real pluralismo. . emende a democracia apenas como um ato- isolado e
a fase de uma modernização do equiUbrio e da preservação A justa compreensão da economia informal, que é também concentrado no tempo:as eleiçoe.s. E o projeto de construção
ecológica. uma resposta emergencia! das classes dominadas às duras de uma democracia mínima .
Nessa perspectiva, considerdmo.s fundamental e urgente condições do mercado de trabalho antidemocrático, não po- Esse reordenamento neoliberal (do Estado, da economia
a con.stiiuiçào de uma política de reestruturação ecológica de ser excluída de uma política econômica democrática,.so- e da política) propo.sio .se dá justamente porque a transição
para grandes setores: indústria, agricultura, lnfra-e.strutura. bretudo se levarmos em conta que e.sse "setor" da economia, evidenciou a precariedade do atual sistema de reprodução
15 de Junho de 1991

me nsagens

ti*IX CONGRESSO Kí'

ESPANHA EP0RTU6AL
Partido Comunista da Espanha

Estimados companheiros,
Por ocasião do vosso IX Congresso, quere
mos transmitir nossas mais cordiais saúda-
J çõeSt- ao mesmo tempo que desejamos o rne-
Ihordos êxitos em vossos debatese resoluções
congressuais.
Nos encontramos, sem dúvida, em momen
tos históricos transcendentais.As profundas
da ordem burguesa, pondo a nu o anaCTonismo da sua forma A constituição de um bloco de forças democráticas, pro transformações que se têm produzido em rit
de Estado e do seu modelo econômico. gressistas e de esquerda não impila diminuir o ímpeto com mos vertiginosos nestes últimos anos, nos si
O neoiiberalismo joga com o desprestígio da política como petitivo dos partidos ou grupos nele envolridos, e sim evitar tuam ante esquemas tanto nacionais como so
instrumento de resolução dos problemas e dos partidos co a luta suicida ou autofagia dos elementos nele presentes bretudo internacionais, substancialmente dis
mo mediadores entre Estado e sociedade civil. A debilidade Devemos enfetizar as tarefes políticas concretas. Esse blocc tintos aos até agora conhecidos.
dos partidos e o desprestígio da polítia não consistem em constimi-se historicamente ao longo do processo,ao realizar Hoje, mais do que nunca, é necessária a
um feto "natural"; são resultantes também da modernização suas tarefas. Deve ultrapassar a unidade em torno de um serena reflexão, o debate, o intercâmbio aberto
conservadora verificada no País. A combinação dinâmica des "programa mínimo", mai^'apropriado a coalizões e coliga de idéias e experiências, o diálogo, em suma,
ses fatores permite o li\Te curso do processo político rumo ções políticas(e que quase.sempre significa reduzira intensi a cooperação.
ao reordenamento neoliberal do Estado, da economia e da dade das transformações em troa de flexibilidade de movi Nós, que assumimos o compromisso da
política. mentos), Para isso, exige a aproximação dessas forças em transformação social, os ideais do progresso
A traasiçâo à democracia socialmente avançada não se tomo de um "programa máximo" para a conjuntura e daque e a solidariedade, e o pleno desenvolvimento
fará sem a atuação convergente das diferentes concepções les objetivos estratégicos liados à ampliação da democracia dos valores democráticos, estamos obrigados
democráticas — democrata-liberais,socialistas, social-demo- e da cidadania e à realização de reformas de estrututras em a uma reflexão em profundidade sobre estas
cratas, comunistas, as rárias correntes cristãs — que querem direção à modernidade. mudanças e sua natureza, a abordar com va
abrir o caminho das reformas. O bloco se viabiliza através de alianças políticas e eleitorais lentia, inovação e generosidade o tão enorme
Nesse sentido, a ampliação da democracia política e a flexíveis e de uma apropriação específia dos mecanismos quão apaixonante desafio da regeneração,
instalação de uma economia democrática consistem numa institucionais existentes e da criação de outros. O sistema num momento em que.junto a inocultáveis in
reversão da forma história de como o capitalismo se implan parlamentarista, se implantado, pode transformar o Parla certezas e perplexidades, nos alentam elemen
tou no paLs, que sempre procurou manter o mundo do traba- mento no terreno privilegiado para a confluência do bloco tos inegavelmente positivos e nossa capaci
Uto excluído do processo poüiico. Constituem, assim, uma no plano institucional. Mesmo que o parlamentarismo não dade de gerar ilusão.
verdadeira revolução, e não só porque interrompem e anu venha a ser aprovado,o aumento dos poderes do Congresso Sem nenhum tipo de dúvidas, nós os comu
lam as bases materiais, poUticas e culturais de reprodução fevorece essa estratégia. Da mesma forma, o mecanismo do nistas espanhóis estamos seguros de que um
de uma cultura aurorirária e excludenre. como também por segundo mmo deve ser utilizado para a produção e a repro partido com a história, trajetória e espírito aber
que fevorecem o ingresso das massas no mundo da política dução desse bloco, tendo em vista a construção de alterna to e renovador como o PCB, estará à altura
organizada, doiando-as — seus partidos, sindicatos e associa tivas de governo. destas novas circunstâncias p que tanto exi
ções — de apacidade de prôiagonismo efetivo. E tomando O bloco de forças democráticas, progressistas e de esquer gem de nós.
suas necessidades e reivindicações em urgências a serem da abre espaço para a ação concertada de vontades coletivas, Um fratemal e muito afetuoso abraço,
atendidas,em razão do.seu peso e densidade política e social, revalorizando a polítia como o instrumento para se alcançar Fdo. Francisco Paiero
num movimento progressivo de democratização do Estado mais democracia, mais liberdade e justiça social. Por não Relações Internacionais do PCE
e da sociedade. representar exclusivamente uma aliança partidária — coliga
Nãose trata,assim,de produzir mudanças concedidas pelas ções eleitorais e coalizões de governo —, mas.^bém a Pa/lido Comunista Português
circunstâncias, mas cie mudar as próprias circunstâncias, de incorporação de entidades as mais variadas da sociedade
modo a efetiv-ar transformações que garantam o desenvol dvil, o bloco democrático e progressista de esquerda será Queridos camaradas,
vimento em condições de democracia, modernidade e cida apaz de dar articulação institucional à opção estratégica Por ocasião da realização do IX Congresso
dania. pelo avanço da democracia e das reformas. É,portanto,forma do Partido Comunista Brasileiro, o Comitê Cen
que permite às organizações da sociedade civil inscrever tral do Partido Comunista Português saúda os
seus divereos interesses, inclusive corporativos, no interior seus delegados e, por seu intermédio, os co
de um quadro de conflitos políticos mais amplo. munistas do Brasil, expressando-ihes a solida
XVI Sem esse bloco e sem uma alternativa democrátia para riedade fraternal dos comunistas portugueses.
Novo bloco político disputar os rumos da sociedade,a luta por interesses corpora Ao longo da sua história, que o PCP valoriza,
tivas imediatistas, ainda que se dê com extrema radicalidade o PCB tem sido um destacado defensor dos
e com grande influência de massas, não produzirá uma saída interesses dos trabalhadores e do povo do Bra
A experiência demonstrou que o caminho vitorioso da política para a crise. sil, da democracia, do progresso social, da paz
oposição democrática contra o regime "ditatorial imposto pe Exatamente porque pretendemos uma democracia funda e do socialismo.
lo golpe de 64 consistiu em se compor numa frente polítia. da num sistema de partidos e porque compreendemos a Em Portugal o PCP comemorou recente
Sem deixar de reconhecer a inevitabilidade de uma posterior necessidade da preservação do caminho da frente polítia, mente o seu 70°aniversário e prossegue a sua
segmentação,superou-se a fácil sedução de sobrepor identi propomos esse bloco, Nas novas circunstâncias, a possibi luta por uma alternativa democrática ao atuai
dades à necessidade de uma frente que coligasse amplas lidade de o bloco operar um movimento que impulsione governo da direita, na base do reforço das posi
forças. o processt) político nov~amenie em direção a uma democracia ções comunistas, condição necessária para a
Neste momento de crise e de avanço batido do neoiibera socialmente avançada consiste na atualização do tema da convergência e cooperação das forças demo
lismo. a possibilidade de êxito do projeto neoliberal reside democracia e reformas, cráticas, de modo a operar uma viragem polí
exatamente na inviabílização de um bloco de forças democrá Voltado para a ampliação da democracia polítia", esse pro tica na vida nacional, na perspectiva de uma
ticas. progressistas e de esquerda que se solidarize com os cesso pode desbloquear um complexo de transformações democracia avançada.
movimento.s sociais, impulsionando suas demandas e assim econômico-sociais distintas das do neoiiberalismo e da mo Face à evolução negativa da situação inter
estabelecend^jma nova dinâmica polítia — um bloco que dernização conservadora. No seu desenvolvimento deve nacional, o PCP, atento e aberto às novas ex
una as esquei das e demais forças democráticas e progres combinar a ampliação dos direitos político-democráticos e periências e realidades-,reafirmando oseu ideal
sistas. potencializando as diversas qualidades das esquerdas sociais na revisão da Carta em 1993 com a substituição do comunista, considera que, por mais difíceis e
e dos demtxrratas, diminuindo as suas limitações no jogo modelo econômico desigual, excludente e concentrador de complexas que sejam as condições, o caminho
demuaáticü.
renda. Movimento que poderá facultar uma progressiva de é o prosseguimento da luta pelo progresso so
O bl«xo de forças democráücas,progressistas e de esquer mocratização da vida .social e do Estado. Tal política se baseia cial, a paz, a democracia e o socialismo.
da é mais amplo do que a esquerda. Primeiro, porque esse na compreensão de que as lutas pela ampliação da institucio- Para o PCP mais que nunca se impõe a
bloco de\'e incluir as forças políticas de claro perfil demo nalidade democrática e pelo atendimento das demanda.s so solidariedade, a cooperação entre partidos co
crático. Segundo, porque não recusa a experiência diferen ciais se reforçam mutuamente. Mas afirma a primazia da munistas e todas as forças progressistas e de
ciada. mas visa a constituir um ampo político delimitado primeira. mocráticas.
que se prop^ à sociedade como "aliança de poder" alterna Não existe aminho para uma democracia .socialmente Fazendo votos para que os trabalhos do vos
tiva às.soluções conservadoras.Terceiro, porque ele é inorgâ avançada sem que as lutas democráticas ger.is estejam intima so Congresso sejam coroados de êxito, mani-
nico, devendo, ptinanio, se expressar em cada situação con mente vinculadas às lutas pela satisfação dos interesses do festamo-vos o nosso empenho em reforçar os
creta tendo como referência básica suas tarefas. Ele deve mundo do trabalho e da cultura. Essa vinculação é necessária, laços de amizade, solidariedade e cooperação
ser composto, assim, por socialistas, social-democratas, co pois deriva da nossa compreensão de que,na recente história existentes entre o PCP e o PCB.
munistase demais der.iccraias,ecologistas,cristãose tam bém política brasileira, operou-se um descompasso entre lutas CC do PCP
por liberais. democráticas è lutas pelo atendimento das demandas sociais.
voz•17
15 de Junho de 1991

No processo das lutas contra o regime discricionário re\'e-


laram-se duas líjgicas: enquanto a frente deraocráiica absolu-
tizava o primado da política na luta contra o autoritarisnío
— política de aUan(;as, liberdades democnüicas. acumulação
de forças, caminho da transição, divisão política das forças
de sustentação do regime —.mantendo uma relação distante
e instrumental Ci)m os movimentos sociais, os novas sujeitos
ídvindos com a modernização promovi^ü pelo regime defi
niam seu po.sicionamentocomo uma espécie de radicalização
da luta pela satisfação dos interesses corporativos contra o
Estado autoritário, induzindo à constituição de movimentos
sociais alheios e até hostis à política institucional. l
Com o tempo, esse descompasso resultou em partidos
orientados pelo tema demoaãcico em geral, vazios de repre
sentação social, e partidos com expressão nos movimentos
.sociais era que esse tema somente ecoa retórica e subsidiaria-
menie. Uma democracia socialmente avançada reclama não
50 O bloco de forças democráticas, progressistas e_de esquer
da. mas também uma nova esquerda, de estratégia demo
crática, credenciada política, iastiiucional e socialmente.

XVII
Mundo do trabalho e cidadania
Para o mundo do trabalho não pode haver indiferença
à dispum pela hegemonia na modernização. Somente será brasileira. Nasceu e viveu como o grande ponador dos ideais e compreender a tempo e em plena medida a nece.s.sidade
possível influir nas rumas da reorientação econômica na do socialismo em nasso país, dos ideais de liberdade e de de mudanças. Não obstante os esforços realizados, na ati\ãda-
medida em que articule seus interesses imediatos e classistas igualdade,de jastiça social,de progresso social,de luta contra de prática prevaleceram as tendência,s, práxi.s e cultura poli-'
a um projeto democrático para o desenvolvimento do País. a opressão e a exploração, contra a miséria, da defesa da tica conservadoras, a inércia política e a tendência de enfren
Sua intervenção no processo de retomada do crescimento paz, da democracia e dos interesses nacionais. tar as núv.rs sugestões com os esquemas habituai.s.
e de desbloqueio da democracia rompe com uma pauta Foram muitos os êxitos do PCB nessa longa trajetória. As dificuldades de compreender a própria que.siãü demo
estritamente econômico-corporativa, combinando a defesa São eles uma .sólida base para a continuidade de no.ssas crática, bem como a nova .sociedade civil emergida após
de seus interesses mais imediatos e classistas como ponto lutas para realizar os nossos planos atuais e futuros. O Partido, o processo de modernização conservadora, seus problemas
de partida para a luta por seus interesses globais.Isso significa porém,tem o dever de enxergar a vida em toda a sua pleni e contradições vitais, tendências e perspeaivas .süciai.s esta
combinar reivindicações elementares e permanentes — co tude e complexidade. Nenhum êxito, por maior que seja, vam relacionados, em grande medida, ao estado e à evolução
mo a luta por elevação do salário real, defesa do emprego deve velar as contradições existentes ou omitir e tergi\'ersar do nosso pen.samento teórico — e es.sa área é uma cia.s
e redução da jí.)mada de trabalho — com outras demanda.s com nossos erros e faltas cometidas. Neste processo auiocrí- nossas grande.s debilidades. A no.ssa debilidade teórica exer
que deverãi.) advii das mudanças a serem operadas com üco que o PCB deseja promuver, a Direção Nacional afirma ceu grande influênci.a neg.ativa na re.soiiiçno de c|iie.srões
a modernização, como as relativas aas métodos de gestão que ela própria não está imune de re,sponsabilidades quanto políticas e práticas. Tal debilidade não pode ser subestimada.
Privilegiou-se o e.studo do "marxismo-ieninismo" em detri
e sistemas de produção, opções tecnológicas e qualificação às causas que le\'aram o Partido a se encontrar na difícil mento de concepções
da mão-de-obra. Além dessas antigas e novas reivindiações situação atual. alternativas a este arsenal teórico ter-
econômicas, há de se adotar uma plataforma que enfrente ceiro-internacionalista. Desenvolveu-.se uma débil política de
O PCB vive "uma crise inédita. Es.sa crise manife.sia-.se no
formação de quadros que, além de escissa implementação,
üs problemas globais desse processo. baixíssimo percentual eleitoral, na perda de vínciilo.s com privilegiava a doutrina que nos norteava e não a política
O indispensável esiítbeiecimenco de normas e dispositivos o movimento operário, nas débeis relações com o mundo real.
ca{)iizes de as.segurar os direitos políticos e sociais dos iraba- da cultura, na fraqueza orgânica, na desagregação e cizânia
Ihadore.s. regulamentando o que foi conquistado na Consti Esse prüce.ssü dificultou inclusive o livre de.senvolvimento
internas. no.s problemas e vicissitudes diretivas, nos impasses de tendências renovadoras. Neste particular, a Direção Nacio
tuição de 1988, não é suficiente para garantir o exercício e debilidades teijricas e analíticas. Acre.sceni-.se a es.ses ele
da cidadania e o atendimento das demandas sociais existen nal faz autiKrítica da forma incorreta como conduziu a luta
mentos a crise de identidade e as perplexidade.s político- interna no início da déatda de 80, uma época decisiva para
tes, O próprio mundo do trabalho — em particular o movi teóricas derivadas do colapso do "■.socialismo real", cujos a renovação do PCB e para o aperfeiçoamento de sua política
mento operário e .sindicai, mas também com um grande reflexos, sem dúvida nenhuma, afetam e abalam o PCB. Filho
peso os movimentos sociais e políticos que expressam novos democrática. Em decorrência, houve o afastamento de inú
sujeiio.s stxriais — precisa combinar a defesa de seus inte legítimo da Revolução de Outubro e da Internacional Comu meros companiieiros, sobretudo intelectuais, cjiie eníatizti-
resses mais imediatos no âmbito da produção (emprego, nista, o PCB tem uma identidade antiga com a via autoritário- vam a cemraiidade democrática e já diagnosticavam a crise
.salário, fonnaçào profissional etc.) e fora dela (defesa do burocrática da transição socialista na URSS e no Leste europeu do "sociali.smo real". As mudanças que propomos não pode
meio ambiente, direito ao lazer, qualidade de serviços e (e em outras regiões), tornando-.se mesmo, em alguns mo- riam deixar de anali.sar autocriticamente aquele período deci
equipamentos, acesso à culwra etc.)com propostas políticas men[o.s, uma variante nacional do .sialinismo. Carregando sivo na vida do nosso panido.
e.ssa pesada herança, no momento em que o modelo de
democráticas globais.
■".sociali.smo real" foi derrocado, o PCB vem sendo profunda Ainda que já tenhamos diagnosticado no nos.so VII Con-
O problema da relação emre o Estado e os .sindicatos gre.sso algumas das contradições e dificuldades existentes
e.s(á colocado outra vez na ordem do dia, no contexto no\'0 mente atingido.
Mas, por outro lado, a crise aguda do PCB remonta e na URSS e, em cena medida, nos países do Le.ste europeu,
da democratização do País, da reforma da legislação traba- não fomos capazes de compreender em sua plenitude os
é anterior ao vendava! que varreu os regimes autoritárlo-
Uiista e da modernização. Simultaneamente, as negociações
burocráticos do Leste. Apesar de ter sua política de frente limites históricos do projeto de "socialismo real" na forma
entre paurões e empregadas tenderão a ocorrer sem a tutela como ele se processou, nem de prever a sua crise.
estatal-corporaüvista que sempre tolheu os passos do movi democnítica vitorio.sa na luta contra a ditadura, durante a
década 80 o Panido sofreu sensível queda de sua influência A combinação dinâmica desses faiore.s levou o PCB à situa
mento sindical: impulsionando a negociação direta e a orga ção de hoje, e ela demonstra o quanto são necessárias profun
nização coletiva, proporcionarão o exercício da cidadania sócio-polúica — saiu da superfície e submergiu, sem conse
guir aproveitar o potencial político transformador liberado das transformações. O PCB deve encontrar forças e coragem
nos ambientes do trabalho e reforço da autonomia das massa.s
trabalhadoHLs. Uma posição conseqüente e autônoma do pela democratização. para avaliar essas questoe.s e reconhecer a necessidade de
Não obstante isso tudo, o PCB desempenhou importante alterações radicais da nossa trajetória. Tal mudança é neces
mundo do trabalho, colada na conjuntura e estrategicamente sária, não há outro caminho.
orientada, pode derrotar a cuno prazo o projeto neolÜDeral papel nas lutas democráticas durante a transição, como foi
e contribuir para um quadro político mais favorável às de demonstrado na campanha das Diretas Já, na eleição de Tan- A elaboração e implemenuição de um projeto democrático
mandas dos trabalhadores, o que sem dúvida cria espaços credo Neves ejosé Sarney, na Constituinte. Na suce.ssão presi e a construção do novo socialismo exigem um novo operador
para um projeto democrático e abre caminho para a hege dencial, o PCB se apresentou através da andidatura de Ro Ix)líüco, a .se expressar em um novo modelo e nova concep
monia dos trabalhadores. Nesta perspectiva, é preciso valori berto Freire, com um desempenho político reconhecido pela ção de partido profundamente democráticos, respeitador chis
zar alianças que em cada entidade são necessárias para con opinião pública de todo o pais. Ao expor, ainda que parcial minorias, das convicções e credo.s individuais, pluralista, per
duzir a luta cotidiana dos traballtadores. Tendo como plata mente. um programa democrático orientado ao socialismo, manentemente capaz de renovar suas direções. As concep
forma de ação as postuladas pela Unidade Sindical, deve-se a campanha recolocou o PCB na cena política brasileira, ções de cliiadura do proletariado, do monopólio do ppder
atuar em todas as entidades sindicais, mas preferencialmente da qual havia se afa.stado. pelo partido único e sua fu.são com o Estado, da predomi
na CUT. procurando influenciar e dar novos rumos a esta A campanha presidencial implicou uma meiamorfo.se do nância dos quadros sobre a participação das mas.sas, produtos
central sindical. PCB, ou seja. levou-o a ter que rever pane de .suas interpre da dogmatização do peasamenip marxista expres.sa no "mar
tações e postulados políilco.s. E.ssas mudanças permitiram xismo-ieninismo", tudo isso exauriu-.se. Há que buscar uma
que o PCB aparecesse com uma face nova, como um partido nova concepção de partido, com uma nova teoria e uma
rejuvenescido, e recuperasse .sua credibilidade política. As nova cultura política extraídas da rica herança teórico-política
XVIII possibilidades e potencialidades aproveitadas e absorvidas do movimento socialista e das novas realidade,s do Brasil
O futuro do Partido — terminada a campanha, o Partido voltou ao e.stado de e do mundo.
paralisia ou mesmo de letargia política. O PCB é parte integrante daquela esquerda brasileira com
o PCB caminha para completar 70 anos de existência. O que levou o PCB à situação atual? prometida com a centralidade democrática e compreende
Nesse longo período, foi presença marcante nos principais A cau.sa principal
. consistiu_ em _que a Direção Nacional que esta é muito mais numerosa e encontra-se dispersa em
episódios políticos que se de.stacaram na vida republicana e os demais dirigentes do Partido.não.coos.eguij"am pç^ceher .vários outros partidos ou fora deles. O PCB se propõe, através
- .'l -".r h-: > - ■ ■ : 'M '
15 de Junho de 1991

uo LX G)n.iíres.su, j aDrir um processo de gestaçK) de uma Je classe e de poder, .superando, no limite, a separação nos; nos bairros, empresas e outros k)cai.s de aiividádes —,
mna formação política e de uma nora forma-partido que política entre governantes e governados, Um partido de ho inclusive já lendo em conta as eleições munici]Dai.s de 1992.
se credencie à interpelação át no^n natureza dos mo\'imentüs mens e mulheres, com direitos e oportunidades iguais na Este e.sforçü de aglutinação de unia no\'a formação política.
sociais, da intelectualidade e das forçis demtxrráiicas. Pro- ação. na formulação e na direção. Um partido aberto ao.s construída pelas forças do novo süci;ili.smo — e que cem
píãe-.se a :inalisar criticamente sua trajetória histórica e recriar novos sujeitos e movimentos .sócio-poiíticos, intérprete cüls sua gênese na renovação radical do PCB —.para ser efetivo,
sua identidade ne.s.sa nova formaçlo p<ilítjca que deve ter noras demandas do mundo do trabalho e da cultura, do deve e.star vinculado ao cotidiano da política, das grandes
um caráter democrático e de massas. moviniçnio dos jovens e das mulheres, do ambientailsmo, questões nacionais e internacionais, aos problemas locais
Essa opcfio não significa outra coisa senão que nós, comu do pacifi.smo, do.s movimentos raciais, reiigiosü.s e reivindi- e do.s diferentes movimentos, inciu.si\-e promovendo a orga
nistas brasileiros, filhos legítimos da Reu.)lil«;ão de Outubro cativüs urbanos. Ura partido de m;issíts, fortemente inserido nização de fóruns permanentes de discussões entre as forças
de IÇP e da Internacional Comunista e herdeiros do legado em seus movimentos, re.speitando sua autonomia e indepen políticas intere.ssadas. Deve ter a inici;iiiva das lutas e reivindi
hi.stóricü de 1922. estamo.s dispostos a realizar uma \-erda- dência. Um partido influente nas instituições (da .sociedade cações populares, das esquerdas e demais correntes demo
deira re\'oluçio em no.ssa história e em nassa tradição. Esse civil e da sociedade política), mas aijo relacionamento não cráticas e progressistas.
no\'o projeto ê. assim, muito mai.s que renova(,"ão. As nossas .seja instrumental e nem de fix-ma a compartimentá-la.s.
melhores heranças do passado não se perderão, mas contri Um partido nacional e internacionaiisia, ctipaz de intervir Isso significa articular a ação institucional e a inier\-ençãü
buirão para a construção de nossa no\-a identidade, uma na resolução dos grandes problemas da .sociedade brasileira nos mo\-imeniüs sociais de massas para unir as forças demo
nova forca política contemporânea, que incorpore outras com democracia e justiça, mas também colaborar para o cráticas e progressistas em.torno de um projeto de saída
experiências e culturas, que gere outro modo de ser, pensar equadonamento da.s questões internacionais, Um partido duradoura para a crise br;isiiejr;i, ultrapiissando as divisões
e agir revulucionariamente que não seja apenas e tão somente solidário com os que e liarreiras existentes, o que só é |X)ssivel através de um
amplo entendimento nacional, como temos reiterado. Ao
Chegou-se a uma"situação em que os portadores da idéia buscam e agem no sentido de encaminliar, positivamente
de um novo.socialismo têm de trilhar caminhos novos, inédi e de forma democrática, os problemas que afligem a humani mesmo tempo,exige que se trave a batalha pela consolidação
da democracia e contra os intere.sses do.s setores con.sen-a-
tos. jamais percorridos no passado.Aí reside o grande desafio dade, mas um partido que .seja parte e participe de instru
jxisio à no\a formação política e â nova forma-partido. pois mentos e movimentos que agem e lutam no .sentido do dores e reacionários que já ]Dreparam a re\'ogaçáü de conquis
tas democráticas recentes, através da revisão con.stitucional
já não ê mais pos.sívei repetir as colocações e as fórmulas enfremamentü e definição ou solução de questões globais
prevista para 1993. reforçados pelas recentes manifestações
dopas.sado. e univensais, na bu.sca de uma nova ordem internacional.
^s,sü, ponantt), o que o PCB se propõe a realirar pant De.s.sa forma, não pode e nem deve ser omisso e indiferente
do governo. A Constituição bra.sileira tem conteúdo progre.s-
Ctmtinuar a lutar, nas condições atuais, por aquilo quesempre ao novo internacionalismo que forçiis de esquerda diversa.s
.si.sta e não pode ser retalhada por interesses retrógradü.s.
foi o no.s.so ideal: o .socialismo, dando conseqüência àquela começam a gestar.
Ela é uma garantia democrática legal para o equadonamento
originai definição de comuni.smo feita por Mane "morimento
progressista dos grandes problemas nacionais exigindo uma
íimpla mobilização dos .setores democráticos e progre.s.sita.s
real que anula e supera o estado de coisas atual"*.
para a revisão constitucional, como também a elaboração
diLs leis complementares e ordinárias exigidius pela texto
XX coasiiiucional.

à nova formação política Acreditando na perspectiva de.sse projeto, profiomos,sem


O partido novo prejuízo de nossa identidade, um enconnv mdonul do qual
Contemporâneos do fer\-ilhar de idéias, da polêmica e participem comunistas e socialistas, marxi,stas ou não, com
I m partido com um projeto político capaz de projetar da riqueza inteleaual progressista — de que ,\iarx foi um partido ou sem partido, sem modelos e programas jiré-esta-
c plii.smar o futuro (iraasição .sociídista) no pre.sente e que precursor — devemos advogar um ideário socialista compa- belecidos. Es.se confronto autêntico de opiniões, idéias e
permita vLsualiztir a ultrapassagem do capitalismo; onde o tive! com o sécuIo XXI. Precisamos intensificar esforçü.s para experiências, com regras coasensuais, tem o objetivo de er
fiituro nãtj seja uma inevitabilidade hi.stórica mas uma pos.si- articular, em ações comuns,em tomo de questões concretas guer no campo da esquerda moderna uma noir/ phmiformii
bilidade reai e concreta condicionada pela intervenção dos Ilkuís ou nacionais, todos aqueles que se disponham a parti pivgnimúücj e uma noMi formnçíiüpolítiai, sochilism. huniu-
agciiics. lãii ])ioÍcu> ba.scadu numa via prixcssual. cenirado cipar do esforço dè construção do movimento para o novo nism e dfmoraítir,) mpaz de intervir em nosso país e cons
na democracia como a via do socialismo. L'm projeto cie sociali.smo —no.s movimentos sociais, parlamentos e gover truir uma uliemathii renl de poder.
r.idicalidade democrática — com área.s de rupturas possíveis
— cjue.supere as conveniências políticas momentâneas("taii-
cismo""), mas que tenha nos conflitas (tendo em conta as
regnis da democracia).seus elementos necessários e impres- ME NSAGE NS
dndn-eis is conqui.sia.s igualiiária.s e libertárias. Um partido
aipaz de se antecipar e criar fatos políticos no\'os. de recriar
uma remotivação histórica em tomo dos ideais .socialistas
e repensar o reino cia liberdade, da igualdade e da felicidade
numa .st)ciedade comple.xa como a do finai do século XX
URUGUAI, UNIÃO SOVIÉTICA E VENEZUELA
e a que ,se antevê no próximo. Partido Comunista do Uruguai esquerda em diferentes países da região, Os comunistas soviéticos que mantêm
Um partido democrático e plural, onde a unidade se faz a existência de Cuba socialista, o surgi relações fraternas com o PCB desde lon
na diversidade e no terreno da representação, da ação e Estimados companheiros: mento e desenvolvimento de importantes ga data, estão prontos ao seu desenvol
da direção. Isto implica na construção de uma experiência Desejamos fazer chegar aos compa forças nacionais pelas mudan^spautam vimento ullertor
democrática coletiva e não na disciplina imposta de cima nheiros nossas saudações fraternais ao este peculiar problema. Por isso, nosso O Secretariado do CCdo PCUS deseja
e na obediência hierárquica-admirustrativa. Exigea superação IX Congresso Nacional que, sem dúvida, incansável objetivo de coordenar esfor ao Congresso trabalho constwtivo nosim
do sistema do centralismo demcKTático. Pressupõe a convi receberá um caráter histórico. ços com todas asforças progressistas da teresses da unidade das forças de es-
vência com a diferença e o dissenso, não como desvio,fracio- Não são poucos os problemas que de região, em especial forma com os países 'uerda e do aprofundamento das trans-
nismo e cisão, mas como momento privilegiado e ativo na verão ser enfrentados petos companhei que em 1995 inteararão o mercado co mações democráticas no pais.
elaboração [X)litica e na montagem da unidade de ação. Re ros, no marco do peculiar complexo pro mum do cone sul(Meroosur). Secretariado do CC do PCUS
quer a tran.sparência em todüs as níveis e o rompimento cesso brasileiro, mas mais ainda, numa Não só uma cooperação em discursos
com as píxstunis políticas e organizativas patrimoniais, buro dinâmica situação latino-americana e nu ou genérica, mas de novo tipo, que per Partido Comunista da Venezuela
cráticas e gerenciais. Exige o reconhecimento da soberania ma transformadora situação internacio mita canalizar esforços e esperanças de
dos militantes na escolha das políticas e dos dirigentes. Neces- nal. organizações e pessoas diferentes, mas Queridos camaradas,
-siia da criação de canais de parücipação e decisão agéis. Sabemos queas decisões que deverão identificadas na necessidade de uma mu Nasatuais circunstâncias, derivadasde
funcionais e motivjidores para a militância e onde a atividade tomarnãosão fáceis, nempensamos que dança e tirar nossos países das graves fatos que têm alterado profundamente a
e ação política organizada signifique não só meios e fins numa só instância se consiga resolver o situações econômicas em que se encon situação mundial, cremos que a celebra
para tnui.sformaçõe.s .stkio-poliücas e ailturais, inas também conjunto de dilemas que têm à frente. A tram. ção de um Congresso dos comunistas de
forma de realização individual e coletiva. Enfim, uma nova exigência de uma renovação profunda, Por isso, reiteramos nosso desejo de um determinado país, mostra claramente
ft)rma-partido nât) simplesmente como máquina, mas como fruto'da atua!realidade, exige dos comu- continuar avançando na cooperação com sua significação nacional e adquire uma
instrumento e como.sujeito de iransformaçõe.s,como organi nistàs inteligência, flexibilidade e audácia, o vosso Partido e com todas as forças legítima transcendência de característi
zação da açã(j política e espaço de pen.samento e sentimento sem renegar de nossa própria e rica histó progressistas do Brasil, como um dos as cas ímpares. O Partido Comunista Brasi
coletivos. ria, mas pensamos que, em nosso papel pectos fundamentais de nossa política. leiro tem uma admiráveltrajetória de lutas
Um p;u-[jdo com uma cultura }X)líti«fa .socialista democrá de luta, no futuro possamos conseguirás Desejamo-lhes êxitos em vossos traba de ioda índole, e tem recebidojá há muito
tica, integrado por todos aqueles cjue, independentemente mudanças que tanto desejamos. lhos, com a segurança de que as contri tempo um dos mais sólidos prestígios no
de suas opiniões religiosas e filosóficas,aceitam o seu progra Esta foi a decisão de nosso recente buições e resoluções também servirão nosso continente e no mundo inteiro. Es
ma e estíiiutos. militam em uma de suas organizações e contri Congresso, pautado peta idéia de uma para nossa busca e ação diária. taremos. pois, os comunistas venezue
buem materialmente para suas atividades. Um partido que. profunda renovação de nossas idéias e Fraternalmente, lanos,aguardando as decisões de vosso
orientado |)ela análise da realidade concreta, inspira-se nas peto nosso impulso para tomar possível Senador Jaime Perez—Secretário-ge- Congresso que, seguramente reforçarão
a)ncep(;t)e.s marxistas e na experiência do movimento operá nossos objetivos de mudança. ral as lutas de nossos povos em favor do
rio e SíKialisia e as desenvtãve em convívio e diálogo com Muitos são os temas que nos identifi Deputado GonzaloCarambula—Rela progresso social, da paz mundial e dos
as c<.)ncep«;ões democráticas e progres-sistas do mundo con cam: similares processos neoíiberais, ções Intern. direitos democráticos, como também na
temporâneo. busca por parte de nossos povos de ur luta para alcançar um futuro'socialista.
Um partido do m.undo do trabalho e da cultura, em todas gentes soluções para seus dramáticos Partido Comunista da União Soviética
Com nossas fraternais saudações co
as, suas relações e articulações, amplitude e complexidade, problemas, conseguir em síntese, uma Saudamos calorosamente os delega munistas e desejos de pleno êxito em vos
que tenha como finalidade as valorizações do trabaliio e perspectiva de bem-estar e paz. dos do IX Congresso ao Partido Comu sos trabalhos.
dos tempos de vida e suas libertação e desalienação plenas Neste processo, os triunfes comuns de nista Brasileiro. Trino Melean — Secretário-gerai
e. conseqüentemente, uma profiinda alteração das relações
15 de Junho de 1991

Balanço do trabalho de Direção


(Dejulho de 1987a mah de 1991)
11. A principal falha da Campanha, no entanto, foi a nos.sa
Do VUICongresso até os dias correntes, a ação incaixicidade de conseguir nuclear pelo menos uma parte
I partidária transcorreu nuw período marcado por significativa dos novos filiados (com a .sua tran.sformaçào
Considerações preliminares significativas mudanças no mundo, no País e no em quadnis políticos), .sendo esta a decorrência principal
1,0 atual Direióriu Naci(.)n;ü foi eleito em meio a uma Partido que requereram porsisós umagrande tensão da12.
fraqueza dos trabalhos de organização e educação.
Es.sa situação refletiu-se,de cena forma,em nos.sa pani-
situa(,-ão da.s mais complexas, tanto no que toca à situação
interna PCB quanto à situação do País, já que estavam € atividade dos órgãos centrais, a fim de enfrentrar cipação nas eleições ocorrida.s de 19H8 a 1990. quando nao
com razoável êxito as inúmeras questões, tanto .soubemo.s mobilizar e.sse gigante.sco potencial nem mesmo
em andamento os traballuxs da Constituinte, obser\-ando-se para a simples líbtençào do \'Oto pessoal ou dos familiares
o inicio do e,streitamento da sustentação popular é parla conjunturais como permanentes, que se colocaram dos filiado.s.
mentar ao govera(5 de crtinsição e a retomada do fôlego perante nossa organização.
das forças sociai.s e políticas que haviam sido deskKadiis AS CAMPANHAS ELEITORAIS
com a derrota da ditadura militar. No tocante à nova realidade mundia!e do Brasú,
2. Enfrenuindo problemas de dixersa monta para a sua 13. Com e.xceção de alguns poucos resultados positivos
legalização, inclusive resistências internas, o PCB, naquele desnecessário se torna enfocá-la aqui,Já que está iocalizado.s, o balanço geral cias eleições, nos últimos três
;ini)s — tal ojmo anteriormente em 1985 e 1986 —, tem
momento de inanço das forças democníticas. viu-se distan contemplada em análises específicas no anteprojeto indicado derrotas para nos.sa legenda.
ciado da sociedade orgtmiziida e a.ssistiu ao declínio de sua
influência no movimento sindical, nos movimento.s sociais, de Resolução Política aoIX Congresso. Assim sendo, 14. Sem dtívida que ainda não coaseguimos configurar
na juventude e na inteleaualidade. Além do reduzido etethx) procuraremos nos deterfundamentalmente no uma política eleitora! permanente, mas e.sta não se constitui
partidiíião(éramos então apenas 18 mil filiado-s).a debilidade a questão central. Além da debilidade política e organizativa
teórica e o pouco conliedmentt)da realidade do País e inter
desempenho partidário, examinando sobretudo as interna e da enorme diversidade de situações concretas com
nacional pro\'ucaram incompreensóes diante da centralidade tarefas de concentração determinadaspelo último que tivemos que nos defrontar, a que.stão decisiva tem sido
da que.stão democrática e da política de amplas ali:inças. Congresso. :i nossa incapacidade de nos reno\'ar adequando-nos às no\'as
Os desdobramentos disso no plano da luta interna em alguns exigências da realidade brasileira e internacional, não .só
Estados não se deram no debate democrático de idéias mas. no plano político, mas particulurmenie no plano teórico.
sim. numa disputa .sem princípios entre companheiros. Considere-se ct)mo outras das razões importantés dos nossos
3. Mais repre,seniati\'a e renovada,a nova Direção Nacional fracassos eleitorais, a frágil inser.são do Partido junto aos
procurou colocar em prática a política do PCB na transição, movimentos.stídais. as alianças estreitas ou alterações biuscas
tema social de deliberação do V7II Congresso, enfrentar as de última hora em coligações já tradicionais em Estudos
itirefas capttzes de melhor situar o Partido nos movimentos importantes. a.ssim como a pouca densidade eleitoral de vá-
.social e político.,e criar condições mais favoráveis para a ritjs do.s nossos candidatos.
superação de suas dehilidades teórica e organizaiha. 15. Fenômeno eleitoral estimulante no Panido foi o lança
4. Ne.s?« .sentido, avançamos no proces,Sü incernt) de trans mento da candidatura Roberto Freire à pre.sidência da Repú
formar a Coniis.vâu Executiva uum cciiuu de debates c de blica e de .Sérgio Arouca, como seu vire, em 1989. Sofrendo
elaboraçãt) política, o que foi algo positivo. Porém, não tive íilgumas re,si.stência.s iniciais e localizadas,acabou por unificar
mos condições de. a partir desse novo patamar, galvanizar e mobilizar setores do Partido, abrindo ao mesmo tempo
o Panido. de.sde o Diretório Nacional até os organismo.s amplas e inusitadas pos.sibilidades em todos os campos para
intermediáritis e de bases, para a compreensat) das orienta a superação do.s limites do PCB. Com a candidatura própria,
ções e sua implementação no cotidiano da sociedade organi avançamos no terreno da modernização das idéias,conceitos,
zada .Apesar de tudo, na medida das nossas possibilidades, análi.ses e atitudes frente à realidade do mundo e do Bra.sil.
coaseguimos armar o Panido com resoluçijes apropriadas 16. Com aquela candidatura, o no.sso objetivo era o de
e nt) essencial correias, me.smo tendo enfrentado um grande aglutinar o j>ínsamento socialista renovador através de algu
número de quesf(>e.s bastante polêmicas, mas de .suas correntes e personalidades, de di.sputar a hege
5. As divergências de fundo que existem entre mis, diver monia no interior da e.squerda lutando pela sua unidade
gência.^ quamt) à aplicação de nossa linha. t;mi() no plano em torno de um projeto democrático em direção ao socia-
estratégico lo caráter da revolução processual), quanto no li.smo e de ser elemento articulador de um bloco democrático
plano tático — o sistema de alianças (o bloco democrático e pR)gre.ssi.sia (o tiue ocorreu nt) segundo turno do pleito
c progressista), a tática eleitoral etc. —.assim comt) quanto pre.sidencial). capaz de consolidar a democracia e promover
ã concepção do Partido que nece.s.sitamos con.struir. em si reíbrmas (se governo) ou defender a Consiiruiçào e barrar
mo-s em nos urganizarmtjs, mesmo c|ue precariamente, em
não se constituem algo anormal, mas desempenharam um município.s de médio e pequeno porte na maioria dos Esta o projeu) neolibenl de modernização consemidora da eco
certo papel imohiJizador na medida em que não se explici- nomia brasileira (se oposição).
dos), um panido mais articulado com as diversas forças políti
larara com nitidez. A> discrepâncias de análises e de prt)- cas. com presença mais abrangente na mídia c nos aparelhos 17. Durante a campanha presidencial, não apenas aprovei-
[•jo.sras de ação. tanto na Executiva como nt; DN. eram tão insiitucionai-s. Quanto à nos.sa áre;i prioritária de ação nos tamo.^ positivamente os mais diferentes veíciiit)s de comuni
salientes e delicadas, c as votações eram tão aprtiximadas. movimentos .sociais —o movimento sindical —,desde mea cação .social com maior ênfase para a tevê e para emissoras
que entravavam a implementação cla.s resoluções, trazendo dos de 1990 cstamo.s dujido uma \-iragem (através da corrente de rádio,.sem subestimar a importância dos jornais e revistas,
preiuizo.s uu nosso traballto político e da frente demcicrática, Tnidade .Sindical) cujas perspeaiva.s são alvlssare-ras. para a difusão de no.ssas idéias e propostas como nunca
na frente sindiciil e de mas.sas, no camjXJ ideológico e na 9. Devemos acentuar que, compararivaniente com dire ocorrera eni toda a história do PCB. Também promovemos
condução correia da luui interna. Para .superar .situações co ções anieriore.s. houve meÜKjria no trabalho de direção, re- ou panicipamos das mais diver.sas iniciativas de ligação ct)m
mo es.sas, somente devem .ser adotada.s re.soiuções sobre forçando-.se a direção cuietiva, seu caráter concreto e um a .st)cicdade, nas formas de paíe.stras-dehates. minicomícitxs.
as quais haja suficiente amadurecimento da direção. clima democrático sem prejuízt) das di.scussôes pcjlêmícas visitas a bairros e a municípios, comícios, participação ein
o..Mesmo cjuc se tenha coaseguido normalizar o traballio
da Direção Nacional, com reuniões plenárias, consultas e e das diNergências. É forçoso reconhecer que se a nossa festas populares etc.
linha política tem facilitado a condução correta dos processos 18. Aqui. dois de.staques; a " conversa de ma'", na qual
informações aos.seus membros, maniíésiaram-se debilidade.s os nossos candidatos iam para ruas e praças de movimento
evidentes, como por exemplo não ter liavido incorporação políticos, ainda que com reconhecidas e não .superadas defi
e. atraxés de um sistema de alto falante, mantinham diálogo
efetira de todos os membros d(í DN ao trabalho dirigente, ciências. temt)s deixado muito a desejar nos demais planos franco e fraterno com as pessoas presentes, .sobretudo na
de forma que o potencial da direção esteve longe de ser da nossa atividade dirigente. f(.)rma de perguntas e re.si:)t}stas; os fóruns, retomados agora
corieiamence aproveitado,.sobretudo pela escassa prática de no período congressual e cuja tendência é .se tornarem um
planejamento e cxinirole das aiividade.s. Em que pesem os II encontro permanente de pessoas ligadas oirnão ao PCB
avanços, ainda não alcançamos erradicar inteiramente as ,se- As tarefas de concentração interessadas em discutir diferentes questões .çiKiai.s, econô
cjüelas da clandestinidade,.sobretudo no tocante a métodtjs micas. políticas e culturais, coastruindo uma unidade para
e e.sfilo de tnibalho. A CAMPANHA NACIONAL DE FttlAÇÂO ações futuras,
7..Sem dtj\-ida que as direçõe.s. desde o DN até os secretá 19. Iniciando proce.sso na direção de nos constituirmos
rios de Base, são melhores e mais coletiva-s, universalizadas 10. Visando a construção de um partido legal e de massas, como que num embrião e eixo condutor da construção de
em seu trabalho-, há mais democracia e menos imolerância demos início à Campanha Nacional de Filiação, cujo objetivo uma nova esquerda no Brasil, e identificando-nos nitida
e arbítrio; dh'erge-.se mais e tranqüilamente, sem temores; era atingir a cota cie 300 mil inscritos. Embora e.s.se númercj mente com uma profunda mudança nas concepções e práti-
amplia-se o esforço para captar a realidade em que se atua não tenha .sido alcançado (o máximo a cjue chegamos foi ca.s das furça.s comprometidas com um novo socialismo, fo
e para encaminhar as tarefas partidárias em conformidade. 130 mil),a iniciativa política foi muito positiva, pois mobilizou mos atropelados pelo nosso próprio atra.so teórico e pela
8. Ape.sar das imensas dificuldades de todo tipo, o Partido parte da militáncia e permitiu conquistar o registro partidário inatpacidade de sabermos enfrentar correta e eficazmente
está mai.s interifírizado e implantado nacionalmente(avança- definitivo na Justiça Eleitoral. a complexidade dos tempos atuais.

L,
15 de Junho de 1991

20. Tendo empolgado setores soaais os mais diversos, ao dirigi-lo e encaminhá-lo na direção política que julgamos no Exterior. Nesse aspecto, tivemas muitas e positivas inicia
não soubemos conquistar parte significativa de mais de üni correta. tivas, sobretudo na forma de selecionar os companheiros,
millião de pessoas que participaram da campanha ou èm 28. Tendo plataforma de ações ora em desenvolvimento, que foram designados levando-se em conta as indicações
última instância deram o seu voto ao candidato do PCB que ü Unidade Sindical (cjue é uma corrente abena a qualquer feitas pelas direções regionais e o privilegiumento de Estados
se apresentara como renovador. No.ssa falta de estaitura e ativista ou dirigente sindical, independente de partido polí das áreas de concentração do trabalho partidário. Além cie
nossos méttídos antiquados nào nos permitiram aproveitar tico ou de central sindical em que ele miliia) está .se prepa- uma seleção criteriosa, os escolhidos paitlciparam de um
as ricas possibilidades de ampliar signiTicatisamente nossa nmdo para panicipar cio próximo Congre.sso. da CUT, para curso preparatório antes de sua saída do País e no retorno
filiação e miürância. priorizando as áreas de concentração onde levará suas próprias Teses, procurando influenciar os realizavam um balanço coletivo sobre a experiência vivida,
operária e movimentos sociais, além da juventude e intelec novo.s rumos da principal aniculaçào sindicai do País. com-observações críticas que permitissem melhorar .sempre
tualidade 29. Continuamos.subestimando uma frente importante co mais o nosso proce.sso educativo.
mo a do movimento de moradores, o que se evidenciou 36. Cerca de 80 companheiros de diferentes Estados parti
OS MOVIMENTOS SOCIAIS na inexistência de formulação política e na desorganização ciparam de"cursos de formação política em Moscou, Berlim,
da atuação panidária para esse setor. Por outro lado, tratamos Havana e Sófia, além de seminários no Instituto de Ciências
21. As razóe-s de no.ssa débil inserção nos sindicatos — com total descaso as propostas formuladas pelos militantes Sociais da União Soviética, sobre a nova realidade política
centro da.s nassas preocupações — têm suas raízes encon- do í^tido que atuam nesse movimento e apresentadas atra mundial'!á nova economia mundial e as características do
tráveis no final dos anos 70 e inicio dos anos 80, quando vés do seu Departamento Nacional. Em muitos momentos, Estado moderno.
pensamo.® e tentames reconstruir nossa influência no movi nem secjuer respondemos aos documentos e propostas de 37. Desenvolvendo esforços a fim de superar nossas debi-
mento sindical das confederações existentes, sendo mesmo ação encaminhados por esse Departamento. lidades de informação e formação, e procurando difundir
Goni\entes com a estrutura sindical corporati\'a e deixando 30. No tocante aos demais movimentos sociais, e taivez ensaios e debates instigantes, tudo com o objetivo de estimu
de perceber o que de no\'o apre.senia\^ o sindicalismo e refletindo o próprio refluxo vivido por eles no País, pouco lar o estudo e a investigação, o confronto de idéias e as
o novo perfil da cla.sse operária e do conjunto dos traba- realizamos de concreto.Sem dúvida que avançamo.s na elabo discussõessobre as questões mundiais e brasileira, utilizamos
Uiadores. ração de políticas para a mulher e para a juventude,trabalhos instnimentoscomoas revistas "NovosPumos"e "Problemas"
22. Numa visão estática do movimento operário e sindical, desenvolvidos por iniciativas de companheiras desses movi (esta até seu fechamento no ano passado),e o tablóide "Voz
víamos a realidade do início dos anos 80 quase que como mentos específicos juntamente com os próprios Departa da Unidade"(este por razões financeiras, transformado, em
a do início dos anos 60, como .se tudo estivesse como antes, mentos Nacionais, porém não conseguimos criar condições meados de 1990, em periódico mensal),sem falar nas inicia
sem nenhuma alteração es.sencial. Julgávamos também que para realizar as Conferências Nacionais sobre a Questão da tivas do Instituto Astrojildo Pereira. Incompreendidas por
antigos líderes sindicais(do período que antecedeu o golpe Aíulher e Sobre à Juventude respectivamente, que haviam muitos companheiros, até mesmo do DN,essas ferramentas
militar) permaneciam como referenciais nossos para o movi sido decididas pelo VIJI Congresso. Nas questões do meio atuaram audaciosamente no sentido de nos abrir os olhos
mento. Não fomos também capaze.s de avaliar a nova reali ambiente, do negro e de políticas públicas, não iniciamos para as grandes polômiais que o País e o mundo e.stão viven
dade brasileira e o novo quadro sindical e de nos propor ainda o processo de elaboração de políticas específicas para do.
íorm:Ls correta-s de atuar positivamente dentro da nova e esses setores, onde já temos razoável iaserção e boa articu 38. Acontece que persiste entre nós, particularmente no
dinâmica realidade social. lação. caso da "Voz da Unidade", uma situação anômala que preci
23. Erramos também em não procurar dirigir os movi sará ser rt)mpida. As relações entre a militância e o porta-voz
mentos reivindicatórios que então emergiam com força, de do DN permanecem obstruídas, com o Partido, no seu con
forma a tentar liies dar um direcionamento político. Ao criii- junto, não tendo assumido o jornal como seu instrumento
aumos e condenarmas — como ainda hoje o fazemos — permanente de informação e orientação. As dificuldades de
a .subordinação das lideranças sindicais ao atraso corpora- entender e aceitar as profundas mudanças que estão sendo
tlvisia das massas,sem procunu enfrentá-las quanto à neces impostas pela realidade, e que são refletidas criticamente
sidade de avançarem para uma vLsâo e ação mais abrangentes nas páginas do outrora semanário e agora mensário, fazem
de classe dirigente nacional, caíamos na defensin, nào en com que a Vü não seja incotporada por muitos militantes
frentávamos a batalha política no seio das lideranças e das e até dirigentes. Sem dúrida que o jornal não tem corres
próprias categorias profissionais, para depois condenar o pondido às exigências maiores do Partido, por razões as
avenrureirismo das movimentações sindicais. Sem dúvida mais diversas, mas essa situação desubestimaçâo e,em alguns
que erros de a»-jliação sobre a U7insi<,ão no segundo período casos, até desprezo à imprensa partidária não pode mais
dogo\erno Sarney, conforme auKxrítica jáfeita no VIJI Con perdurar.
gresso. nos levaram a mimifesiações defensivas nas lutas.so 39. Outra grande debilidade que não conseguimos supe
ciais. Temas também de não oh.scurecer o fato de que na rar — pelo contrário, até se agravou — foi a da política
. luta pela hcgeinunía do movimetuo.siudicaJ todas as cvnen de recursos financeiros. Até hoje não rompemos com um
tes poíiücis iitíiizanun-se do corporativismo sem exceção. estilo ciande.stino de fazer finanças, o que nos deixa sempre
24. Na e,çteira do.s equívocos, recusamo-no.s a participar amarrados ao espontaneísmo e a uma permanente iastabi-
da tiincfaçâo da CUT,.sem procurar entender que, mesmo lidaüe. E com a mesma dificuldade com que ievantamo.s
.sendo uma ação de paralelismo,de rompimento com a maio QUESTÕES ORGÂNICAS fundos para cobrir nossas atividades, não aprendemos a usar
ria do movimento org;inizado dos trabalJiadores, não devía bem nossos recursos. Nossas finanças ordinárias continuam
mos deixar de nos incorporar às sua.s ações, dentro da nossa 31. No tocante às iniciativas para organizar e educar, muita ridículas, e já que inexisce o sadio hábito de contribuição
concepção de a iodo custo batalhar pela unidade sindical. coisa foi feita, mas bastante aquém do desejável. No plano mensal sistemática entre militantes, estagnou ou mesmo di
orgânico, exceção do relativo êxito da Campanha Nacional minuiu o número dos que formam no.s.sos círculos de amigos,
25. Por razões as mais diversas, continuamos a perder de Filiação, conseguimos a nucleação de novos filiados más nem tivemos êxito em nossos empreendimentos empresa
posições de destaque em a^umas estruturas do movimento em pequena quantidade; ampliamos o número de quadros riais.
sindical — .sendo de mencionar particularmente a perda existentes na Direção Central e na.s intermediárias mas, pelas
de influência direta no Sindicato dos Metalúrgicos de São dificuldades objetivas e ,siibjetiva.s, não tivemos condições
Paulo e a iiegemonia no Sindicato dos Bancários do Rio de mantê-los. Mantendo uma assistência qualificada aos Re
III
Janeiro—e.ao mesmo teffipo,Temas obtido algumas vitórias gionais, nào alançamos as metas de reforçar os organismos UM PROGRAMA PARTIDÁRIO
de vulto em eleições sindicais no período, como entre os de Base existentes nem criar novos, sobretudo nas grandes 40. Definido pelo VIII Congresso, um dos mais impor
metalúrgicos de Niterói (RJ), de Ipatinga, Ouro Branco e empresas e nas áreas de concentração, tantes encargos do DN foi o de elaborar um novo programa
Sabará (MG), construção civil de Santos (SP) e bancários 32. Quanto à elaboração de materiais didáticos, lançamos do PCB, de caráter estratégico, apontando o caminho brasi
de Campinas (SP). Brasília(DF)e Curitiba (PR), Atualmente, a Cartilha do CIP (Curso de Integração Partidária^ acompa leiro j3ara a ultrapassagem do capitalismo. Este programa
o tnovimenio sindical está embutido no realinlvamento das nhada de um Manual de Monitor, utilizado com muito êxito,
democrático, que está inserido no anteprojeto de resolução
forças sociais e poiítico-panidárias em andamento, e novas embora com baixa execução em praticamente todos os esta para o IX Congresso,lera em conta o conhecimento da forma
definições estão em pleno processo. dos da Federação. Posteriormente, elaboramos o projeto do ção social brasileira e das especifidades do desenvolvimento
26.Evento importantíssimo, que está a merecer sempre Curso Básico e do Curso de Iniciação, cuja cartilha foi desen capitalista no Brasil, e contém uma previsão do processo
no.ss3 maior atenção,foi a criação da corrente Unidade Sindi volvida pela Comissão de Educação do Município de São social.-
cal, de iniciativa dos nossos principais dirigentes sindicais. Paulo e utilizada experimentalmente em vários estados. 41. Apesar deserem muitas as nossas limitações,a começar
Privilegiando a ação dos comunistas na CUT. o PCB está 33. De comum acordo com o Departamento de Comuni pelo relativamente escasso domínio da cultura marxista, da
comprometido a lutar para que as entidades em que atuam cação Social, editamos aigunJ> importantes vídeos para o tra teoria social e do método dialético, bem como o pouco
se filiem a ela que é a principal referência entre as centrais balho de formação dos novos filiados, destacando-se o "Polí conhecimento das demais correntes de pensamento políticas
sindicais, defendendo o seu fortalecimento,as propostas polí tica Todo Mundo Faz"(sobre a política do PCB),"A História e sociais da atualidade, sem falar do conhecimento pouco
profundo da realidade brasileira e sua situação internacional,
ticas do PCB e os princípios do sindialLsmo ciassista, unitário do PCB","A Pere.stroika Soviética", a "Revi.sta Internacional",
na ação, píuraJisra nas opiniões, demoaático e de massas. "Nossa Candidatura Presidencial" — materiais que, apesar Giminhamos na tentativa de nos desvencilhar de fórmulas
Respeitando .sempre a democracia sindical, cumpriremos a de utilizados insuficientemente, tiveram grande repercussão esquemáticas e ultrapassadas.
decisão dos trabaJliadores de sua categoria profissional no no seio do Partido e mesmo fora dele. 42. No processo de aproximação desse novo Programa,
caso de filiação a outra central, levando em conta suas posi 34. Preocupados ttimbém em oferecer material selecio fomos elaborando vários documentos que indicam as tendên
ções na perspeaiva de construir a unidade rumo à CUT, nado para amplo acesso aos militantes, aliados e simpati cias principais de nossa concepção de um processo revolu
a partir de uma ampla e democrática cUscussào. zantes, como fontes de informação sobre algumas cjuestões cionário que tem como eixo a ampliação constante da demo
27.Dentro dessa perspectiva estratégica, estamos valori polêmicas,organizamos e editamos váritis publicações como cracia. Dentre essas resoluções destacam-se "A caminho da
zando as alianças còncreias que em cada entidade são neces "Brasil:cotp democracia ao socialismo(Para entendera polí renovação radical" (janeiro de 1991), "Por uma saída dura
sárias para conduzir a luta cotidiana dos trabalhadores (ora tica do PCB)", "Um socialismo renovado"e "Um novo socia doura para a crise" (1990), o projeto de "Teses" (março
com setores de uma centrai, ora com setores de outra, e lismo", livretos que tiveram grande aceitação da militância de 1990), "O Brasil, o mundo em reestruturação, a demo
me.smo com setores diferentes de uma mesma central). Esta e de setores ligados à nossa polítia. cracia e o socialismo" (maio de 1989) e "Um novo bloco
mos tentando nos articular para estarmos.sempre presentes, 35. Quanto ao processo de preparação de quadros, apro político por mais democracia e justiça soxial" (março de
em qualquer circunstância, no movimento concreto, buscan- veitamos sobretudo os cursos de formação ou semin^ios 1988).
voz.21
15 de Junho de 1991

Estatuto do PCB 1) proibição de organização de grupos ou fra


TITULO I ções com disciplina.s próprias. ^
Do Panidü. sua sede, caniaerísucas. objetivos, CAPÍTULO U
filiação, direitos, deveres e disciplina
DOS ÓRGÃOSDO PARTIDO
CAPÍTUIOI
DO PARjmOESEUSPRINCÍPIOSE OS Art. 19 — São órgãos do Partido:
a)de deliberação; as Assembléias dos Núcleos,
SEUS OBJETIVOS as Convenções Distritais, Zonais, Municipais, Re
Art.l;—O Panidü Comunista Brasileiro - PCB, gionais e Nacionai.s;
llindadü em 25 de março de 1922, com registro b) de direção e ação; organização de grande
definitivo deferido pelo Tribunal Superior Eíeittv empresa,de setor profissional e de atividade. Nú
ral em üóde março de 1990,é uma pessoa jurídia cleos de base, Diretórios Distritais, Zonais, Muni
de direito público iniemo.com sede e domicílio cipais. Regionais e Nacional;
iuridio) em Brasília, Capital Federal, e se regerá c)(Je ação nas entidades de massas: as trações;
por este estatuído, obsen^ada a legislação em vigor. d)de ação parlamentar; as bancadas-,
Art 2? — O'Partido desenvolverá suas ativida e)de cooperação; os Conselhos de Ética Parti
des políticas em âmbito nacional, tem por funda dária, o Conselho Fiscal, o Instituto Astrojiklo Pe
mento o regime panicipaiiv-o, representativo e reira e mais os depanamentos auxiliares, assessv •
democrático, baseado na pluralidade de partidos rias, in.stitutü.s de pesquisa, de educação e forma
e na garantia dos direitos do homem e por obje ção política, secretariados, courdenadorias, co
tivo construir uma sociedade socialista. missões permanente.s ou temporárias ciue forem
Art.38—0 Partido cem porfundamento teóri criados pelas organizações panidárias.
co u marxismo enriquecitlo com a experiência Art. 20 —A organização dt)Panidü que desen
do movimento operário e socialista. volve sua atividatJe em determinada área territo
Art 4® — A bandeira do Partido é a vermelha rial administrativa é considerada superior a todas
com a foice e o maneio em amarelo. as organizações panidárias que limitem sua ativi
CAPÍTULO n dade a pane de.s.su área.
Art. 21 — Os conselhos de ética partidária
DA FILIAÇÃO PARTIDÁRIA nacional, regionais, municipais e zonais serão
Art. 5? — Ê filiado ao partido todo cidadão compostos por 3 (três) a 5 (cinco) membros e
brasileiro maior de 16{dezesseis)anos,que aceite 2(dois) suplentes e serão eleitos nas respectivas
d)encaminiiar opiniões, sugestões, propostas, Ait.15—Da decisão absolutória haverá recur
convenções para exercerem mandato de duração
seu programa e estatutos, nele se inscreva, parti reclamações ou recursos a qualquer das suces so de oficio para o órgão superior.
cipe de uma organização partidária e pague a igual ao do Cürre.spondenie diretório.
sivas instâncias partidárias; Art.16 — Não se dará publicidade às punições PARÁGRAFO ÚNICO—Osconselhos de ética
contribuição financeira estabelecida. disciplinare.s ames da decisão final.
§ 1? — A filiação é individual. e)defender suas opiniões e exigir sua partici partidária .são autônomos e prestam conta.s de-
§ 2? — A filiação far-se-á no Diretório da Zona pação pessoal sempre que se trate de uiscuiir Art.17—Poderá ocorrer dissolução de diretó suas atividades ãs convenções c|ue os elegeram
ou do Município em que for eleitor ou, na falta c resolver sobre sua conduta; rio ou a destituição de comissão executiva nos e se regem pelo presente estatuto, pelo Código
deste, no Diretório Regional ou no Diretório Na f) desenvolver e opinar livre e publicamente casos de violação do estatuto, do programa ou de Ética e seus regimentos internos.
cional
sobre quaisquer questões. da ética partidários bem como desrespeito a qual Art. 22 — Os conselhos fiscais nacional, regio
§ 3?—Qualquereleitor filiado ao Partido pode Art. — Sáo deveres dos filiados; quer üehberaçüo regularmemc loiuudu pcfus ói- nais, municipais e zonais são compo.sios por 3
rá impugnar pedido de filiação partidária, no pra a)cumprir as deliberações panktárias; gãos .superiores do Partido;
zo de 5 (CÍ11C0) dias da data do preenchimento zelar para que dentro da diversidade de §1?—o quónim para deliberação sobre,disso (três) membros efetivos e 2(dois)suplentes; são
órgãos autônomos e serão eleitos nas re.spectivas
da ficha, assegurando-se ao impugnado igual pra opiniões se assegure a unidade de ação,a unidade lução ou desiíiuiçãy é o de maioria de dois terços convençôe-s para exercerem mandato de duração
zo paj'a contestar.
política e unidade de organização do Partido; dos membros do diretório imediatamente supe igual ao do correspondente diretório.
I 4í — Esgotado o prazo para a contestação, c) fonalecer a ligação e a influência politicti rior; PARÁGRAFO ÚNICO — Compete ao Conse
a Comissão Executiva emitirá parecer vleniro de do banido junto às m;Lss;Ls trabalhadoras e demais § 2í—da decisão cabe recurso para o direiórit.) lho Fiscal supervisionar o patrimônio e as finanças
5(cinco) dias
segmentos da sociedade, dedicando-.se à defesa superior ao que tenha adotado a medida e para ixmidárias emitindo e remetendo pareceres au.s
§5? — Da decisão denegatória de filiação, que de suas reivindicaçries. panicipando ativamente Convenção Nacional, se o ato for do Diretório diretórios respectivos..
será sempre moiiv-aüa, cabe recurso à Comissão do sindicato de .sua profissão e outras entidades Nacional; Art. 23 — Os diretórios poderão criar o.s ór
Executiva Regional a ser interpjüstü no prazo de da sociedade civil: §3í—as deci.súes proferidas em grau de recur gãos de cooperaçãt) previstos no artigo 19. ressal
5(cinco)dias.salvo na hipi'>tese de, não existindo d)elevar, através do escudo e da atividade práti so são irrecurríveis; vado o previsto nos ans, 21 e 22.
ca. seu nível político, contribuindo para o conhe I 4» — dissolvido um diretório, o órgão diri
Diretório Municipal <ju Zonal,o interessado haver Art.24 — Os órgãos de cooperação têm ampla
requerido filiação no Diretório Regional ou junto cimento da realidade econòmico-sodal e para ela gente superior de.signará comissão,incumbida de autonomia de ação dentro da Unha política do
boração da linha política do Panidü; realizar assembléia ou convenção extraordinária,
à Comissão Provisória Rejyonal,quando então ca Panido e da orientação do organismo que o.s
berá recurso no mesmo prazo à òjmissào Execu e)concorrer para a prática permanente da críti no prazo de 60 dias, para eleger o novo diretório.
tiva Nacional.
ca e da autocrítica, para a mais ampla e demo
crática troca de opiniões, objetivando superar er
§6? — Negado o pedido de filiação pela(Comis
ros e deficiências da atividade partidária; TÍTULO U CAPITULO III
são Executiva Regional,cabe recurso ao Diretório DOS NÚCLEOSDEBASE
f) desenvolver a solidariedade, o humanismo CAPÍTULO I
Regional,e ãs sucessivas instâncias superiores no
e o companheirismo no Partido.
mesmo prazo DOSPRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO Art 25 — Os Núcleos de Base participam da
§ 7? — Negado o {jedido de filiação requerido CAPÍTULO IV elubtiração da [Xilítica do Panido e dirigem sua
direiameme atj Diretório Nacional, cabe recurso Art. 18 — Os princípios básicos da estrutura aplicação na sua jurisdição,com plena autonomia,
no mesmo praztj à Convenção Nacional. DA DISCIPUNA PARTIDÁRIA e do íúncionamento do Panido são; organizam os trabalhadores e o povo e contri
§8; — Oisí) a CumLssãü Execuiiva não se pro ArtlO — O filiado ao Partido que infringir a) igualdade de direitos e deveres e liberdade buem para a elevação de .sua consciência política
nuncie no prazo do § 4". consiüerar-se-á deferida os princípios programáiicos e e.siatutáriüs ou ferir de opinião sobre loda-s a.s questões; e .social,
a filiação. a ética panidária estará .sujeito a uma das seguintes b)eleição para preenchimento de todos os ór Art. 26 — O.s Núcleos de Base serão organi
Art, 6? — A filiação partidária será automati medidas disciplinares; gãos e cargos do Partido na forma do Estatuto; zados com um mínimo de 3 (três) filiados, por
camente cancelada nos casos de mone,expulsão a) advenência interna; c)liberdade de discussão para os órgãos pani- local de trabalho, moradia, escucJo, setor profis
ou filiação a outri; partido, ou em decorrência b)censura pública; dários; sional, organizações e instituições sociais ou ativi
de dispasição legai. c)suspensão pelo tempo máximo de seis meses d)obrigatoriedade do cumprimento da.s reso dade social.
Art. T. — O filiado que quiser desligar-se do do cargo panidário que exercer; luções do partido aprovadas por maioria-, § 1;— O Núcleo de Base com grande número
Partido fará comunicação escrita á Comissão Exe d)expulsão do Panido. e) filiados, organizações e órgãos dirigentes de filiados pode ser dividido em seções e subse
cutiva, prevalecendo ainda a filiação ptir 2(dois) - Art. 11 — Os Núcleos de Base e os Diretórios respondem por suas atividades e prestam contas ções, na forma do regimento interno.
dias após a entrega da comunicação,quando então somente poderão adotar medidas disciplinares sistematicamente ao conjunto do partido; § 2; — o filiado não pode organizar-se em
o vinculo ficará extinto para todos os efeitos,salvo . depois de encaminharem o processo a Conselho f) autunoniia para os órgãos partidários nas mai,s de um Núcleo de Base.
se o requerente for passível de punição na forma de Ética penineme e de receberem parecer. respectivas jurisdições üb.servado.s o programa, Art. 27 — Compete aos Núcleos de Bxse;
do An. 10, letra d. alinlia política e as resoluções do Partido; a)panicipar aiiv-ameme da vida política e social
Art. 12 — O filiado ao Panido que estiver res
CAPÍTULO m pondendo a priicesso disciplinar terá o prazo de g) direção coletiv-a sem prejuízo da responsa- das ma.s.sas, no loail de trabalho,de moradia,estu
10(dez)dias para apre.sen(ar defesa escrita, lamo bilitlade individual de cada dirigente; do e de sua.s entidades represemaiiva.s. recolhen
DOSDIREITOSE DEVERES nu Conselho de Ética quamu no órgão ciue decidir h) planejamento das atividades com controle do e generalizando as experiências, estudando
Art. St —São direitos dos filiados; a seu respeito. e acompanhamento; .suas reivindicações e disposição de luta;
a) Particiiyar das tliscusst-jes sobre problemas Art. 13 — As sanções disciplinares contra um i)liberdade para as organizações e filiadtw esta b)estudar ;i teoria, a realidade econòmico-.so-
de atividade política interna e externa do PCB; filiado .serão adoradas [wr maioria ab.soluta de belecerem relação entre si para estudos, consul ciül local e contribuir para a elaboração cia linha
b) votar e ser vijtado para órgã<3S dirigentes votos do organismo a que pertencer e. quando tas. coiaboraçio e apresentação de propcáti aos política e das re.soluçõe.s do Partido;
se tratar de membros do Diretório, por maioria órgãos panidários; c)estimular a participação de todos os filiados
e em geral para qualquer cargo eletivo ou de
representação d(j Partido; de dois terços,em ciualcjuer dos casos,por votação j) qualquer re,soluçâo que afetar o conjunto na atividade política, assegurando a mais ampla
c)criticar nas reuniões paníüárias ou junto às .secreta da atividade dos filiados do Partido, somente po democracia interna e o pluralismo de idéias, para
instâncias superiores o que lhe parecer incorreto Aft 14 — Da decisão que impuser pena disci derá ser adotada com prévia discussão ita juris assegurar-se a unidade de ação,orgânica e política
nos iuos ou conduta ética de cjualquer organi plinar cabe recurso, com efeito suspensivo, para dição respectiva ou através de plebiscito e con do Partido;
zação. órgâculirigente ou filiado do Panidü; o órgão superior, no prazo de lü (dez) dias. sulta; d)estabelecer e recolher as contribuições dos
22.voz 15 de Junho de 1991

Ijiudas f sim|Xiiiziin[cs, divulgar a imprensa, a nicipais e Regionais elegenlo entre o.s seus mem bancada federal, d:i coniribuliíão financeira dos Art. 59 — É pnjibidü a acumulação de tarefas
iiieramni e o [)r».igrama do Panidü; bros as respectivas Comissões Executivas, que di filiados e da.s organizações panidârias e tidmi- e,\eculiv:Ls em mais ile um:i Comissão Executiva
e) pLinifiar a atividade coletiva, definindo a rigirão i.) Partido nos iniervalos entre duas reu ni.strar os meios financeiros e os bens patrimo
responsabilidade individual de cada filiado, reali niões do Direiório. niais, se possível ouvindo parecer do coaselho
zar [íeriodic.imenie o amiroie jvliiico. fiizer no § 1? — O número de memi^ros das Comis.süe.' fiscal:
TÍTULO III
vas fiiia<;õe.s e iiicDrponir todos à vida partidária Executivas é fixado pelos Diretórios; h) eleger a ct)mis.sàü Executiva, o Presidente e
Art. 28 — A Assentbléia, constituída pela reu § 2? — Os lideres das banaidas nas Câmaras o Vice-Presldenie do Partido e seu secretariado; DO PATRIMÔNIO E
nião gerai dos Gliado.s. é o órgão dirigente supe .Municipai.s fazem parte das re.s{)c\'iivas Comissões Odeddir sobre os proces.so.s de sanções discipii-
rior do .Núcleo de Ba.se. Executivas; nares de seiLs membro.s,depois de ouvido parecer DACONTABttIDADE
Art. 29 — Compete à Assembléia dos Núcleos § 3? — As Comi.s.sües Executivas aplicam as do Conselho de Ética, e sobre os processos, em
de Base resoluçõe.s aprovadas [lelas Con\'enç()e.s, Diretó grau de recursos, encaminhados pelos tliretórios CAPÍTULOI
a)examinar a pres[at,"ão de ct.in[as da atividade rios e suas próprias decisões; intermediârio.s. DOPAmiMÔNIO
vio secretariado do núcleo e sobre ela delil-Hírar, §4?—Quando neces.sário.as comissões execu Art. 52 — O Diretório Nacioiiií reúne-se por
tivas podem nomear um Secretariado para operar
b)discutir e resolver sobre a afKidade t^olítica convtKaçilo da Comis.são Executiva na forma de Art.60—O ptiirimònio do Partido.será consti
coletiva do núcleo e de cada um do.s filiados, a aiivitíade prâtia e o cotidiano do respectivo seu regimento e exaraordinariamente: tuído pelos bens m<3veis e imóveis de sua proprie
e de sua organizai^âo. organismo. a)em cumprimento da decisão da reunião ante dade, pelas contribuições ol^rigatórias de seus
Art.44—As dLspo.siçòes deste apitulo se apli metnbros: pelos donativos tjue lhe forem feitas
c)eleger o Secretariado do Núcleo, seu presi rior:
e pelos recursos tio fundo partidário.
dente e as delegados à conven(;âo superior. cam às organizações de grande empresa, de .setor b) por iniciativa da Comis,são Executiva;
Art. 30 — O Secteiariado do Núcleo de Base e de acividiide de caníter zonal, municipal, regio c) por i^roposiü tie um de seus membros, apro-, Art. 6] — O membro do Partido que ocupar
è o órgão dirigente entre uma e outra is.sembléia nal e nacional. vada pela mtiioria.
argo efetivo ou cargo público de confiança con
ger.|l. Art. 53—A Comissão Executiva dirige o Parii- tribuirá meastilmente conforme estabelece o re-
gultmiento de finanças.
Art. 31 — Compete ao Secretariado do Núcleo CAPÍTULO V dt) entre uma e outra reunião do Diretório Na
Art.62—Osfilitidos pagarão uma contribuição
cional,
cie Base;
a) convtxar a assembléia geral do Núcleo de
DA CONVENÇÃO NACIONAL Compele à Comissão Executiva:
mensal fixada em comum acordo com a respeaiva
organização e o regulamento de finançtLS.
Rase e de suas próprias reuniões. a) dirigir a atividade panidária, visando à execu
b) piaj'úficar e dirigir a atividade política do An. 45 — A Cvinvençãt.) Nacional é o órgão ção prática das Resoiuçtões do Diretório Nacional Art 63 — Para votar e ser votado, nas eleições
núcleo, cumprindo as resoluções da as.sembléia dirigente supremo do Partido. Suas Resoluções e suas próprias; partidárias, o filiado deve estar em dia com sua
geral e da instância superior. obrigam a todos e só podem ser revogadas, no b) dirigir t) iralíolho dos departamentos auxilia- .contribuição financeira,admiiindo-.se o pagamen
c) manter o diretório da instância superior in totiü ou em parte, por outra Convenção Nacional. res. a impreasa do Partido e coordenar a atuação to até o processo de votação.
formado a respeii* i da atividade política do nú Art. 46 — A Convenção Nacional será coas- dos membros do Diretório Nacional na e.xecuçõ Art. M — Em caso de dissolução do I^arüdo,
cleo. remetendo regularmente a contribuição or- lituída; prática das resoluçòe,s; opairimônioserã destinado ;i entidade congênere
gdnict mutuamente acenada
a) do.s membro.s do Diretório Nacional; c) preparar as reuniões do Diretório Nacional, ou associação de lias.sociais ou culturais e.scolltida
b)dos deiegadtxs eleitas nas Convenções Regio fazendo a convocação e enireganilo a seus mem pela Convençúo Nacional que decidir pela disso
CAPÍTULO IV nais; bro.s, em tempo hábil para estudtj, os projetos lução.
c)dos delegados eleitos nas t)rganizações vincu de dixumentüs constantes de pauta:
dâs organizaçõesDISmiTAIS, ladas direumente ao Diretório.Nacional, na forma d)eleger seu coordenador. CAPÍTULO n
ZONAIS, MUNICIPAISEREGIONAIS do regimento: Art. 34 — 0Secretariado da Comissão Execu- DA CONTABKIDADE
d) tios representantes do panidü no Congre.s.st) ti\"a é seu órgão operativo, atende às (jiiestões
Art. 32 — ;Vs organizações distritais, zonais,
Nacional.
Art.65 — Os diretórios manterão e.scriiuraçãü
municipais e regionais são tlirigidas|)elos respec de ordem prática do trabalho de direção, pre.sta de sua receita e despesa, precisando a origem
tivas diretórios c cvinsiituídas de uxias as orgáni- PARAGRAFO ÚNICO — Os delegado.s terão contas de suas atividades a comissão Execoiiiva dat|uela e aplicação desta, em livros próprios, na
zações e filia-los exisienies na respectiva área. direito a voz e vxito; os membros do Diretório e é C(xirdenado jXír um de seus membros. forma da lei.
Nacional e rq^resentantes do Panido no Congres PARAGRAFO ÚNICO — As funçt)es do secre
Art 33 — A Convençio Distrital, Zonal, Muni
so Nacional, tjue não forem delegados, .só terão Art.66 — 0Partidofarã a prestação de contas
cipal t)u Regional é o órgão dirigente superior tariado estão regulamentadas pela Comi.s,sãu Exe- ajastiça Eleitoral, na forma de lei.
direito a voz
'Ja organização respectiva.
Art. 47 — Compele à Convenção Nacional:
cuiiva. Art.67—A contabilidade do Panido se regerá
Art. 34 — A Convenção pude ser ordinária ixdü estabelecido na lei.
a)fixar diretrizes para atuação partidária; CAPÍTULOVII
ou extraurdintúia
An- 35 — As Convençíjiís Ordinárias se reaU-
b)escolher os ramlidatos tio PurtiiloàPrpíif.léncin TÍTULO IV
e à Vice-presidência da República-, DÂStlEIÇÜESINTERNAS
xim de três em três anos e devem obrigaioria-
menie-
c) decidir sobre ctiligaçào com outros partidos:
Art. 55 — Nas eleições internas, o víito será DAS DISPOSIÇÕES
aj fazer o balanç.» da atividade ijarridária ilo
d) aprovar/) Estatuto, o Regimento Iniemu, o sempre direio e secreto. GERAIS
CíKligo de Ética c o Programa, bem como as pro-
Conselho dtr !-iica e do eon.selh(.i Fi.scal: I>.).sias de reforma; Art. 56 — A composição dos tlJreiórios e de Art. 68 — Os diretórios poderão promover
b)examinar irobailio da Direção, do Ci.)nse- e)eleger o Diretório Nadonal,o Comelho Nacio mais ('irgâos dirigentes dtj Panido deve relletir congre.ssas. conferências,.semintlrios e encontro.s
Ibo ck- ÉliCJ e tio Cí.iaseliio Fi.scal; nal de Éiic:i, o Conselho Fiscal e seus suplentes; proporcit)nalmenie a pluralidade de opiniCies do para debater que.siões políticas, econômicas, so
c) eleger ia direrfirio. .seu.s órgãos dirigentes, conjunto panid;lrio na respectiva jurisdição.
o Clínseiho de Étic-i.o Conselho Fiscal e o.s delega- f) julgar os recursos das decistões do Diretório ciais e culturais.
Nacional e das Convenções Regionais; Art. 57 — Em qualquer Convenção .somente Art. 69 — Os filiado.s do Partido não respon
<.Ios ã Omvençjo Superior do Partido. g) decidir .sobre a di.s.soluçãu. a incoqjoração e serit coasitlerada e/e/w;/ díapu que venha a rece- derão subsidiariamenie pelas obrigações contraí
Art. 56 — .As Convenções Extraordinárias se a fvLsão do Partido e,se for o caso,.sobre a destina- lier no mínimo 20% (vinte [xa.centoj dos votos das em nome da organização partidária.
ívúnem para debater e re.soh-er uma ou mais cão do piiirimónio. com a presença mínima de dos comencionais. Art. 70 — Os pr;izüs de recurso serão sempre
tjLiestijes esiiecífiais relevantes: § 1" — Contam-se como válidos os votos em de 5(cinco)dias a contar da iniimaçio da decisilo-
a)em cumprimento de resolução de instância à'3(dois terços) dos delegados:
branco. § 1'.' — Na contagem dos prazos exclui-se o
h)examinar e decidir.sobre o balanço de presia-
superior;
çã» 1 de comas do Diretório Nacional, §251 —-Não SC constituirá Diretório .se quais dia do começo e inclui-se o do vencimento.
b) por iniciativa do diretório da organização Art.48 —A Convenção.Nacional reúne-se ordi quer das chapíLS concorrentes não vier a obter § 2'.' — Os prazos somente começam a correr
respeaira. a votação prevista ne.ste artigo. a panir do primeiro dia útil após a intimação,
nariamente de três em três anos, por convtxaçtu)
c)por propiAia de um diretório aprovada pela do Direiório Nacional, e extraordinariamente
§ 3? — Se houver uma só dtafja,.será ela consi- § 3? — Con.sidera-se prorrogadt) o prazo até
m:ik>rla dos direiórios do me.smü nível. deradtt eleitti. em toda a sua composição, tie.sde o primeiro dia útil se o vencimento cair em sába
cjuandü con\X)caclü para irtiuir de matéria esjiecí- que alcance 20% (vinte |X)r cento), pelo menos,
.Art. 37 — As Convenções realizar-se-ão de fica, pelo próprio Diretório Nacional ou por re- do, domingo, feriado ou em dia que não haja
acordo com a legi.slação panidária e as normas da vütaçãt) válida apurada. e.xpediente na sede partidária.
presentaçãt) de um Diretório Regional Cjue ubie- § 4í — I hi\'endo tnais de uma chapa conside-
estabelecidas j^elo Diretório Nacional,salvo quan nlta o apoio de metade mais um dos Diretórios Art. 71 — Os diretórios poderão imprimir pe
do comxxadas exclusivamente por um diretório rar-se-á eleita, em toda sua composição, a que riódicos ou manter programas de rádio e televisão
Regionais,ou ainda por determinação de(a>nven- alcançar mais de B()% (oitenta por cento) dos
intermediário, caso em que e.ste pixJerá baixar çãci anterior. para dimigar assuntos políticos, sociais e cultu
normas específicas. votos v-áiídos apuiadüs. rais. o programa panitíário e pronunciamento de
Art 38 — As Convenções ordinárias ou ex- CAPÍTULO VI § 5; — .Não atingindo quaisquer das chapas interesse do Panido.
tniordinárias são constituídas nos Distritais, Zo atncorrentes u percentual de Cjue trata o pari- Art.72 —As Convenções fixarão,em cada caso,
nais. Municipais e Regionais, pelos delegadoscom DO DIRETÓRIO NACIONAL gntfo tmierior,os lugares a prover serão divididos, o número de membros dos respectivo.s diretórios.
direito a voz e voto. eleito.s de conformidade com Art 49 — O Diretório Nacional, eleito pela proporcionalmente,entre aqueles que tenham re Art. 73 — As nornias para realização das Con
as normas,tendo apenas direito a voz os membros Convenção .N-acional dirigirá o Panido em todo cebido, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos venções,Congressos, Conferências e eleições par
do respeaivo diretório não eleitos delegado.s e o território nacional. votos dos convencionais. tidárias serão fixadas pelos resijectivos diretórios.
os convidados. Art. 50 — O Diretório Nacional é composto § 6s! — Ocorrendo a hipótese do parágrafo an
Art 39 — O Direiório é o órgão dirigente pelo número de membros fixado na Còinvençào terior. serão observadas as seguintes normas;
da respectiva organização entre uma e outra con que o eleger. a) os canditatas ao Diretório, a suplente e a
TÍTULO V
venção. Art 51 — Q>mpete ao Diretório Nacional: delegado serão considerados eleitos com a chapa DASDISPOSIÇÕES
Art. 40 — Compete ao Diretório. a)dirigir todti a atividade partidária, visando levar em que estiverem inscritos,na ordem de sua colo
a)planejar e dirigir a execução prática das reso à prática as resoluções cía Convenção e as suas cação no pedido de registro; TRANSITÓRIAS
luções da re.spectiva convenção c das instâncias próprias; b)a divisão proporcional terá em conta a soma Art.74 — Nos casos de vacância nos diretórios,
süfíeriores do Parrido-. b)examinar a prestação de contas da atividade dos votos dados às chapas que alcançarem o limite e não havendo suplentes, íls vagas poderão ser
b) eleger a Comissão lixecuüva que elegerá da Comissão Executiva e .sobre ela deliberar: mínimo de 20% (vinte ix)r cento) e não o total preenchidas pela convenção convocada especial
seu roordenador. c) de.signar os depanamento.s auxiJiares perma de votos válidos apurados na convenção; mente para esse fim.
Art 41 — O coordenador representa o diretó nentes. as cümi.s.sôes temporárias, as assessorias, c)a divisão proporcional será feita dividindo-se Art. 75 — O.s diretórios dos municípios com
rio nas relações com o poder público,os panidos os responsáveis pela imprensa e outros quadros a soma dos votos dados às chapas que alcançarem mais de um milhão de habitantes, eleitos até 30
políticos e as entidades da sociedade civil. necessários ata traballio de direção; o limite de 20% (vinte por cento) peto número de Junho de 1991, exercerão até o final.
Aft.42 — O.S Diretórios .são convocados pelas ^ apresentar à Convenção .Nacional os nomes de vagas a preencher através da eleição, despre Art.76—O Diretório Nacional regulamentará,
dos candidatt)S a Presidente e Vice-Presidente da
respectiv-ds Comi-s-siâes Execuu vas, reunindo-se or zadas as fraç()es; no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a matéria
dinariamente a cada 120 fcento e vintes dias e Rqaública; d)as luares que resuliarem de sobras aritmé referente a Patrimônio e Contabilidade do Título
extraordinariamenie: e)apresentar ã Convenção Nacional a relato do.s ticas caberão à cliapa mais votada; os delegados II!.
a)em cumprimento de decisão anterior; candidatos a cargos efetivos federais indicados e suplentes serão preenchidos por indicação do Art. 77 — Este Estatuto entrará em vigor após
b) por iniciativa da Comissão Executiva; pelos diretórios regionais; Diretório eleito. registrado no Tribunal Superior Eleitoral.
c)por resolução de instância superior; S) apresentar à Convenção Nacional proposta de Art 58 — O.s mandatos dos diretórios terão
d)fK-jr proposta de um de seus membros apro uiiica eleitoral: a duração de 3(três) anos, admitida a reeleição
vada pela maiuria. g) elatujrar o regimento interno, .as normas do de 2/3 (dt)is terços) e 1/3 (um terço) por um
Art. 43 — Os Diretórios Distritais. Zonai.s, Mu prtx:es.su congre.ssion3l. de fijncjí)namenio tia novo período aJiernadamenre.
15 de Junho de 1991

*■ A vitória das teses novas


Foi inequívoca a vitória das te A Declaração Política foi apro e os 45 votos do projeto de Decla
ses renovadoras do PCB, depois vada por336 votos a favor, contra ração da Chapa 3, uma terceira
de um debate que mobilizou a mi- 254 votos em apoio ao substitu tendência que surgiu no desen
litância partidária durante quase tivo da Chapa 2, a mais ortodoxa. rolar do congresso. Outra votação
um ano de muita polêmica, dispu polarizou os delegados: a supres
tas e até ameaças de "racha /4s são do parágrafo 42 do antepro
propostas de mundança de nome jeto original, que propunha o en
contro de todas as forças de es
e símbolo do Partido foram rejei querda para a constituição de
tadas pela maioria das assem uma nova formaçãopolítica. O pa
bléias e conferências, mas o nono rágrafo foi mantido por 252 votos
enfoque do socialismo e a afirma contra 243, contados rigorosa
ção radica! do compromisso com mente. A polêmica sobre a política
a democracia foram teses ampla de alianças que dividia o plenário,
mente vitoriosas. Em decorrên resultou num acordo em torno de
cia, também foi vitoriosa a neces uma emenda que satisfez à am
sidade de uma radica! mudança pla maioria dos delegados: o blo
nas formas de organização e co de forças democráticas, pro
atuação do PCB. gressistas e de esquerda.

V--

nos olhar com coragem para a frente


ãlòmica — qu6 colocou os roaíizarn sou bsm-8Star à cusla da radução Um regime onde o Estado, expressão máxima da olhar com coragem para a frente. Esta será a maneira
como o problema nume- bos demais. Um regime onde sejam eliminados Iodos alienação dentro de uma sociedade, passe a ser um com que nós poderemos, efetivaifiente, assegurar
Mâclonar —; o desenvol- os elementos de opressão e preconceito; onde o tra- órgão, não a serviço de interesses de classe ou parti a existência e o futuro do partido. O PCB, tal como
^ecedentes da ciência e baího deixe de ser um fator de escravidão e alienação culares, mas, sim, um instrumento de caráter norma ele é, pela sua história, por tudo aquilo que já deu
criou a possibilidade de és pessoa humana para se tornar uma fonte de sua tivo e administrativo subordinado e fiscalizado pela ao Brasil, merece isso.
>3ra Que todos possam fealizãção e do seu desenvolvimento muitílateral, sociedade civil. Enfim, o nosso objetivo — e já o Quero aproveitar este momento para prestar aqui
de comu nicaçâo de mas- quebrando de vez com a "velha maldição"; onde o é há mais de um século — é liquidar com o "reino a nossa homenagem a todos aqueles que, enfren
le produção e de produti- homem possa ver o outro homem como seu seme da necessidade" e passarmos para o "reino da liber tando a repressão, o cárcere, a tortura.e o exílio,
ma escala até então ini- lhante e não seu inimigo, dade". foram personagens da história do partido e do Pais.
çm? ^ dn<L<i/h/Mííâ áp. Dma sociedade que elimine de vez com a opressão È à luz deste quadro e nesta perspectiva que o A todos os camaradas que, regando o nosso solo
Àmvnaçãci de uma séne e a Pwisâo sex\ia\ úo irabatuo, pue permtà a expan PCB deve se situar para a construção de uma via com seu sangue de heróis, deram a vida na luta pela
zem com que a mulher de transição socialista que passará necessariamente democracia, pela liberdade e pelo comunismo. A to
"1 se realizar plenamente, pela afirmação crescente da democracia e pela solu dos aqueles que continuam na luta, em condições
ma ciência, esse mesmo ção da crise que o Pais hoje atravessa. Qualquer especialmente difíceis, dedicando seu esforço, sua
em conduzindo também perspectiva hegemônica da esquerda brasileira no criatividade e inteligência a estes ideais. E creio que
nduzir a própria extinção processo social estará condicionada à forma de como a forma que nós temos hoje de honrar a luta travada
inadequada para a vida ela atuará na solução da crise. Dependendo de como até agora é exatamente encontrar o caminho das
neta, esta venha a ser equacionada, determinar-se-áo no soluções dos problemas concretos que a realidade
de, de um lado. os gran vo quadro em que teremos de agir. Para isso, desde nos apresenta. Orgulhamo-nos, sim, do nosso passa
de massas podem gerar logo, devemos afastar as duas vias tradicionais nas do. Não obstante os erros e faltas cometidas, que
^umano. impedindo-ode quais a esquerda vinha se pautando: por um lado, com certeza não foram poucos, estivemos sempre
orópria realidade, e. de a via insurrecionalista da Terceira Internacional: por presentes todas as vezes em que os interesses dos
s a uma interação demo- outro, a nacionalista-autárquica terceiro-mundista. As trabalhadores e do povo brasileiro estavam em jogo.
' o contrário e possibilitar duas vias não respondem às necessidades do mo (vias não queremos viver só do nosso passado; quere
à distância entre gover- mento. mos transformar o presente para construirmos o fu
ituação onde os grandes Trata-se de afirmar o caminho democrático do de turo.
I que tenham servido pa- senvolvimento econômico e social, ampliando e apro Os nossos documentos estão ai. Tenho certeza
rlemas globais da huma- fundando a democracia. que o partido saberá, neste Congresso, tomar as
le eliminar o fosso entre O período pós-1964 conduziu à criação de um Esta decisões mais justas e corretas para todos nós e
os que muito possuem do autoritário que unificou os setores mais conserva para o futuro do nosso povo.
ças essas que se apro- dores e reacionários da classe dominante brasileira, Camaradas,
que Impôs pela força e violência um modelo econô Coerente com as próprias idéias que defendo, tam
ís somam-se novos peri- Salomão Malina
mico antidemocrático, excludente, elitista e concen bém aproveito este momento para informar que, por
•fdatíe, avidaeaciviliza- trador de renda que ainda persiste. A conquista das razões de ordem pessoal e também por achar que
nómicos. além de terem •\\éo podemos manter o nosso liberdades e os avanços na institucionalização demo o partido, nesta etapa, necessita de uma outra cara
parcela de países, não crática não foram seguidos pelo desmonte deste mo pública, diferente da que tem agora, não poderia con
urar um desenvolvimen- partido mumificado e prisioneiro delo responsável pela crise que o País vive, tinuar como presidente do PCB. Tenho certeza que
0. E mais: é preciso ter de modelos e posições que hoje Para que se rompa esse descompasso entre demo os companheiros saberão escolher aquele camarada
je não é possível, com cracia e mudanças, será necessária a luta para uma que poderá neste momento atender de forma justa
ào e consumo reinantes,
estão ultrapassados'' reordenação do bloco de forças sociais e políticas 8 correta essa responsabilidade.
)em-eslar social do con- que se encontram presentes e controlam ainda o Es Saudamos, em nome da Direção Nacional, os dele
Jjomprometer destrutiva- tado brasileiro. Será preciso que se isole no plano gados e os convidados ao IX Congresso do PCB.
:os do planeta. são e a afirmação da subjetividade feminina, pondo político geral essas forças retrógradas e que se per Agradecemos a todos que, com sua presença nesta
3 o homem se vê frente fim ao preconceito contra a mulher, que ainda convive mita a abertura de espaços no Estado para uma maior abertura, honram-nos com o seu prestígio e abrilhan
)demos fechar os olhos e se confronta com uma estrutura de sociedade que influência e participação das forças da democracia tam esta cerimônia.
•nos a realidade com co- continua a lhe apresentar desvantagens. Uma socie e do progresso, quebrando assim o atual sistema (i/luito obrigado a todos que colaboraram conosco,
por mais difícil que isso dade humana que supere uma sociedade masculina. de poder, democratizando e desprivatizando o Esta desde o VIII Congresso, para trazermos o partido
■). "tudo o que é sólido Isso, camaradas, vai de encontro com as postulações do. Esse é o caminho para superarmos a contradição ate este momento. Não foi fácil. As adversidades fo-
->5 que eleger o caminho mais profundas do pensamento marxista. É impor entre democracia e. mudanças, ram_ de monta. Durante algum tempo as condições
mundo marche. Qual a tante lembrar que Engels, ao referir-se a Fourier, afir Essa perspectiva, que têm hoje os comunistas, serão muito difíceis, ivlas as coisas ficarão mais cla
povo e os derTtais povos mava: "Magistral é a critica que (ele) faz das relações obriga-nos a criar um instrumento político capaz de ras, E à medida que isso ocorrer, nós acertaremos
ümanidade tal como ela entre os sexos e da posição da mulher na sociedade realizá-la. O Nono Congresso pode e deve ser um mais e cresceremos mais.
imos lutar para que esse burguesa. E o primeiro a anunciar que, numa dada passo nessa direção. Para isso, devemos estar aber Vamos ao trabalho!
verificam em várias áreas sociedade, o grau de emancipação da mulher é a tos à vida real, aos acontecimentos que estão se Muito obrigado
o mundo não a barbárie, medida natural da emancipação geral". Queremos dando à nossa volta. Não podemos manter o nosso VIVA O COMUNISMOI
pmunismo com uma face isso. Estão maduras as condições para a mulher pas partido mumificado e prisioneiro em torno de modelos {Intervenção de Salomao fvtalina na abertura
contra o egoísmo, contra sar a ter vez. s posições que hoje estão ultrapassados. Precisamos do 9" Congresso do PCB)
15 de Junho de 1991

A Direção Nacional do PCB


A nova Direção Nacional do mann (10%). Houve quatro vo
PCB, com 71 membros efetivos tos nulos e dois em branco.
e 23 suplentes,é pluralista e re A composição da nov-a Dire
presentativa, sendo constituída ção Nacional foi proporcional à
de parlamentares, dirigentes votação de cada chapa, fato iné
.sindicais, intelectuais, lidere,s dito na vida do PCB,que até en
populares e quadros partidá tão adotava a eleição uninomi-
rios. O novo presidente nacio nal, com voto aberto, em sessão
nal do PCB é o deputado federal
Roberto Freire(PC),de 49 anos, * secreta dos delegados. Devido
ao novo critério,(uma das mu
advogado, casado com uma oi- danças nos e.statutos do parti
lólica e pai de cinco filhos. do),as vagas foram preenchidas
Robcrio Freire, pernambuca assim; Chapa 1, 3H efetivos e
no. destacou-se como um dos treze suplentes; Chapa 2, 26
"cardeais" do Congresso Nacio efetivos e oito suplentes; Chapa
nal nos craballios constituintes 3,sete efetivos e dois suplentes.
e foi o Ciindidaio do PCB na su Houve um acordo para que a
cessão presidencial passada. ordem das suplências fosse or
Desde então liderou a corrente
ganizada em grupos de cinco.
renovadora do Partido,conquis- Mais dois órgãos dirigentes
tanto o apoio do núcleo diri foram constituídos no Congre.s-
gente históricos do PCB para so,o Conselho Nacional de Con
a siice.s.sãü de Salomão Malina
trole e Ética, com oito integran
na presidência do Partido. Salo tes, e o Conselho Fiscal, com
mão Malina renunciou ao cargo cinco membros. Ambos contam
na abertura do Congresso e foi, com a participação de veteranos
depois, o autor da proposta de dirigentes comunistas e pela
que o novo Diretório Nacional primeira vez não são constituí
elege.sse Roberto Freire na pre dos por integrantes da Direção
sença de todas os delegados. Roberto Freire, entre a vereadora Beth Wagner e a professora Maria José Feres Nacional. A nora Direção Nacio
nal deverá funcionar com uma
Também di.spuiaram a presi ro Hagemann. Eles encabeça muitas articulações e, sobretu gados, 332 votaram na Chapa Comissão Executiva de deze.sse-
dência do PCB, na mais transpa ram as duas chapas que contes do.a participação na disputa dos 1,encabeçada por Roberto Frei te membros efetivos e quatro
rente eleição realizada pelo Par tavam a.s te.se.s renovadora.s delegados eleitos diretamente re(54%);222 na Chapa 2, lide suplentes e .secretariado de cin
tido, o arquiteto Oscar Nie- ajjresentadas pela Direção ante pelas bases do partido. O resul rada por Oscar Nieméyer(36%) co membros efetivos e um su
me}'er e o vereador gaúcho Lau- rior. Houve debates públicos, tado final apurou:dos 622 dele e 62 na Chapa 3,de Lauro Hage plente.

Diretório Nacioaai do Antonio Rezk (SP) Armando Sampaio


João da Cruz(CE) Lenilda de Assis
Partido Comimista Brasileiro ■ PCB Oscar Niemeyer (RJ) Maria do Socorro
Francisco Milani (RJ) Emflia C. Lima
EFETIVOS Horácio Macedo (RJ) Júlio Vilas Boas
Ana Montenegro(BA) Eduardo Serra
Roberto Freire (PE) Oswaldo Pacheco (SP) Maria Creusa Martins de Carvalho
Salomão Malina (SP) João Carlos Araújo Santos(Negao)(RJ) Freitas Neto
Sérgio Arouca (RJ) Isnard Teixeira (RJ) Salim Carone
Davi Zaia (SP) Juliano Siqueira (RJ) Acilino Ribeiro
Augusto Carvalho(DF) Edmiison Costa (SP) Marcílio Domingues
Beth Wagner(BA) João de Deus Rocha(MG) Valdomiro Júnior
Luiz Carlos Moura (SP) Trajano Jardim (DF) Luis Fernando Tarantq (Mosquito) v \
Paulo Eliziário Nunes(MG) Raimundo Jinkings(PA) Regis Cavalcante
Lúcia Souto (RJ) Moacir Dantas(PE) Elza Corrêa
Carlos Alberto Torres(DF) José Milton Pinheiro(BA) : José Augusto Souza (Guto)
Givaldo Siqueira(RJ) Ivan Pinheiro (RJ) Guilherme de Fátima
Luiz Antonio Martins(Gato)(RJ) Antonio Carlos Mazzeo (SP) José Fernandes Medeiros
Moacir Longo (SP) João Carlos Silveira de Souza(SC) Alberto Aggio
Byron Sarinho(PE) Osvaldo de Oliveira Júnior(CE) Amaro Valentira
Rodrigo Campos(MG) Zuleide Faria (RJ) Hemilton Gonçalves Bezerra
Marcos dei Roio (SP) Paulo Gnecco (SP)
Ignácio da Silva Mafra (SC) Roberto Gusmão(MG)
Geraldo Rodrigues dos Santos(RJ) Carlos Teles(RJ) Conselho Nacional de Controle e Ética
Francisco Pereira (Chiquínho)(SP) ' Celso Manço(SP)
Ciro Seccato(PR) Roberto Ponciano(RJ)
Fausto Maiogrosso(MS) Argemiro Lima Lourenço(DF) Almir Neves
Luiz Carlos Azedo (SP) Luiz Carlos Souza Nogueira da Gama(SC) Noé Gertel
Arnaldo Jordy(PA) Lauro Hagemann(RS) Humberto Jansen
Maria José Feres(MG) Edvaldo Gomes(PE) v' Lintz Caire
Francisco Inácio Almeida(DF) Fernando Peixoto (SP) . Lindolfo Silva
Anivaldo Miranda(AL) Paulo Cavalcanti
Geraldo Majella (AL)
UIrich Hoffman (SP) Adalberto Timóteo da Siíva
Maria de Lourdes S.D. Farias"(BA)
Osvaldo Russo (DF) José Paiva
Doníingos Tódcro(RS)
Fernando Santana(BA) Hilário Pinha(RS)
Raul de Mattos Paixão(MG) Comissão Fiscal
Sebastião Paixão(RJ) ."U

José Antonio Segatto (SP) José Raimundo


João Ôatista Aveline (RS) ^ SUPLENTES Marcos Jairaovich
Joel Tcodósio (RJ) "-A' Irun Santana
Hcrmano Paiva(RN) Welinglon Mangueira Paulo Santana Machado
Lícia Caniné (Ruça)(RJ) . ^• Severino Teodoro Melo Antonio Ribeiro Granja

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