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Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

Saúde Pública
2010/2011 – 1º semestre

PLANO ONCOLÓGICO
NACIONAL
(PON)
Análises Clínicas e Saúde Pública
Docente: Maria Manuela Lucas
Discentes: Ana Rita Costa
Andreia Rebelo
Daniela Silva
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL

 O que é?
 Plano criado pelo Conselho de Ministros, em 2000, em que
o seu principal objectivo era a diminuição das taxas de
incidência e de mortalidade por doenças oncológicas, em
Portugal.
 Este plano é aplicado a todos os doentes oncológicos, desde
a fase de rastreio até à fase de tratamentos, aos seus
familiares e aos Profissionais de Saúde que trabalham com
doenças oncológicas.
 O PON esteve em vigor de 2001 a 2005.
Plano Oncológico Nacional publicado em Diário da República
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
 Objectivos
 Tornar fiável a epidemiologia oncológica nacional
 melhorar na qualidade e a operacionalidade dos registos
oncológicos

 Distribuição de informação sobre hábitos e estilos de vida


que tendem a diminuir o risco de cancro.
 Aumentar o número de rastreios já impostos
 Definir condições às unidades terapêuticas oncológicas
 Reforçar a radioterapia.
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL

 Objectivos
 Formação e reforço de equipas de cuidados paliativos

 Apoiar o ensino contínuo dos profissionais de especialidade


oncológica

 Estimular o desenvolvimento de projectos de investigação.

 Promover um programa de melhoria da qualidade geral e de


certificação/creditação das unidades hospitalares.
Registo
Oncológico

Qualidade Prevenção
dos Serviços Primária

PON
Cuidados
Rastreios
Paliativos

Assistência
Radioterapia
Hospitalar
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
 Registo Oncológico
Registo de cancro de base populacional - elemento imprescindível para
que se posso planear e avaliar
os cuidados de saúde
Registos Oncológicos Regionais prestados de forma sustentada

 Devem caracterizar a incidência e a sobrevivência de cada um dos


tumores malignos e dispor desta informação correcta e a tempo útil
 Obrigatório em todas as instituições e em todos os casos de cancro
Os registos devem ser objecto de relatório
A estrutura coordenadora: IPOFG (Instituo Português de Oncologia Francisco Gentil),
com o apoio do INE e o Conselho Nacional de Oncologia (CNO).
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
 Prevenção Primária
 Informação das populações
 acções de informação, organização de campanhas, educação
para a saúde
 Nutrição
 organização de inquéritos alimentares, informações sobre
alimentos com risco cancerígeno
 Tabaco
 reforço da informação à população sobre o risco do tabaco,
 reforço da legislação de protecção dos não fumadores, aumento
do imposto sobre a venda de tabaco
 Ambiente
 informação e sensibilização da população para o risco de cancro
ambiental, investigação sobre higiene e saúde ambiental
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
 Rastreios
 Programas de rastreio do cancro – aplicação de exames sistemáticos a
toda a população saudável ou de grupos específicos, com o objectivo de
diminuir a incidência e a mortalidade.

 Objectivos Prioritários

Cancro Tipo de Rastreio Grupo Etário


Citologia cervical
Colo do Útero 30 - 60
(papanicolau)
Mama Mamografia 50 - 69
Pesquisa de sangue
Colo-Rectal 50 - 74
oculto nas fezes
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
 Rastreios

 Garantias:
 Gratuitos
 Alto nível de qualidade
 Acessibilidade universal
 Boa prática clínica
 Vias de tratamentos prioritárias e imediatas
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
 Assistência Hospitalar
 Promover a melhoria da qualidade dos cuidados prestados
 condições para padronização dos procedimentos de
diagnóstico, tratamento e seguimento dos doentes

 Criar a Rede de Referenciação Hospitalar em Oncologia —


 sistema que integra diferentes tipos de instituições, que se
articulam entre si para prestarem cuidados especializados
em oncologia.
 Inclui: Hospitais, distritais, centrais, especializados, IPOFG,
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
 Radioterapia

 Articulação dos Hospitais que não possuam radioterapia com


outras entidades públicas ou privadas (protocolos)

 Renovar e modernizar as unidades hospitalares de


radioterapia bem como os seus equipamentos.
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
 Cuidados Paliativos
 Criação de equipas hospitalares de cuidados paliativos
 Criação da unidade de cuidados paliativos,
 com a intervenção de unidades comunitárias como centros de saúde,
instituições de solidariedade social (Liga Portuguesa Contra o Cancro, e
Misericórdia), centros de psicologia, …

 Implementação desta unidade nos hospitais centrais de


referência e nos centros de oncologia (IPOFG)
 Introdução desta área no sistema de ensino da especialidade
de Oncologia
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
 Qualidade dos Serviços
 Reorganizar e aumentar a capacidade de resposta dos
serviços;
 Promover a formação contínua dos profissionais e partilhar
experiências com o Programa Europa contra o Cancro (UE)
 Desenvolver as TIC e colocá-las ao serviço da rede oncológica;
 Actualizar o registo oncológico e proceder a estudos
epidemiológicos da população
 Obter ganhos em eficiência, efectividade e equidade;
 Obter ganhos em saúde e contribuir para uma significativa
melhoria
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL

 Dados Epidemiológicos 2000


Inscrições no IPO Porto

5%
13% Tumores malignos

Tumores benignos
50%
Sem doença oncológica
32%

Cancro pele não


melanoma

Gráfico 1: Distribuição dos doentes observados, no ano de 2000.


PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL

 Dados Epidemiológicos 2005


Inscrições no IPO Porto
2%
4%
Tumores malignos
9%
Tumores benignos

17% Sem doença oncológica

Tumores in situ
68%

Cancro de pele não


melanoma

Gráfico 2: Distribuição dos doentes observados, no ano de 2005.


PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL

 Dados Epidemiológicos

Gráfico 3: Evolução do número de doentes observados no IPO do Porto entre 1996-


2005, por patologia.
PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
 Feedback da Implementação
Após (2001-2005), o Ministério da Saúde conseguiu apurar falhas nas
seguintes áreas:

 Vigilância Epidemiológica deficiente

 Dificuldades na prevenção do cancro

 Falta de organização normativa para a realização de


rastreios

 Acesso limitado aos cuidados necessários


PLANO ONCOLÓGICO NACIONAL
Plano Nacional de Prevenção e Controlo das
Doenças Oncológicas
(PNPCDO 2007-2010)

 Objectivos gerais:
 reduzir a morbilidade e a mortalidade por cancro;
 melhorar a qualidade de vida;
 a satisfação dos doentes.

 Modo de Acção:
 promover o acesso em tempo útil ao diagnóstico e à terapêutica;
 definir boas práticas de diagnóstico e de terapêutica;
 melhorar a acessibilidade e a equidade na prestação de cuidados;
 monitorizar e avaliar as medidas implementadas e os resultados.

NOTA: Neste plano está também estabelecido o objectivo de implementar a Rede de


Referenciação Integrada em Oncologia (RRIO)
BIBLIOGRAFIA
www.ipoporto.min-saude.pt/Estatistica/registoncologico/
www.dgs.pt/default.aspx?cn=6024AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
 Elementos Estatísticos de Saúde – 1999
 Elementos Estatísticos de Saúde – 2005
www.minsaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/politica+da+saude/prog
ramas+nacionais/programas+prioritarios.htm#a2
 Plano de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas
www.acs.minsaude.pt/?s=plano+oncol%C3%B3gico+nacional&bt_search=Pesquisar
 www.doentescomcancro.org/.../PlanoOncologicoNacional_2001-2005.pdf
 Plano Oncológico Nacional (2001-2005)

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