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Gestão Democrática

Conforme previsto na Constituição Federal de 1988 e na LDB / 1996, a gestão


democrática é princípio norteador dos sistemas de ensino público no país.

A Constituição Federal/88 estabeleceu princípios para a educação brasileira, dentre eles:


obrigatoriedade, gratuidade, liberdade, igualdade e gestão democrática, sendo esses
regulamentados através de leis complementares. Enquanto lei complementar da
educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96)
estabelece e regulamenta as diretrizes gerais para a educação e seus respectivos sistemas
de ensino. Em cumprimento ao art. 214 da Constituição Federal, ela dispõe sobre a
elaboração do Plano Nacional de Educação – PNE (art. 9º), resguardando os princípios
constitucionais e, inclusive, de gestão democrática.

PNE Esse plano, aprovado em 2001 pela (Lei nº. 10.172/2001), traz diagnósticos,
diretrizes e metas que devem ser discutidos, examinados e avaliados, tendo em vista a
democratização da educação em nosso país.

Gestão democrática, gestão compartilhada e gestão participativa são termos que, embora
não se restrinjam ao campo educacional, fazem parte da luta de educadores e
movimentos sociais organizados em defesa de um projeto de educação pública de
qualidade social e democrática.

A gestão democrática pressupõe a participação efetiva dos vários segmentos da


comunidade escolar – pais, professores, estudantes e funcionários – em todos os
aspectos da organização da escola. Esta participação incide diretamente nas mais
diferentes etapas da gestão escolar (planejamento, implementação e avaliação) seja no
que diz respeito à construção do projeto e processos pedagógicos quanto às questões de
natureza burocrática.

A democracia constitui-se em característica fundamental de sociedades e grupos centrados na


prática dos direitos humanos, por reconhecerem não apenas o direito de as pessoas
usufruírem dos bens e dos serviços produzidos em seu contexto, mas também, e sobretudo,
seu direito e seu dever de assumirem responsabilidade pela produção e melhoria desses bens
e serviços.

Para que a gestão democrática aconteça é fundamental criar processos e instâncias


deliberativas que a viabilizem. Nessa perspectiva, o modelo tradicional de organização
da escola ainda é um grande obstáculo, conferindo ao diretor ou equipe diretiva as
prerrogativas de decisão sobre a escola, e sua comunidade.

Mesmo com a existência de legislações que amparem a construção de uma gestão


descentralizada, é preciso que a própria instituição escolar transforme sua cultura na
perspectiva do diálogo igualitário, da horizontalidade e do equilíbrio entre as forças que
compõem a comunidade escolar.
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