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Elastoplásticos
José Jorge Nader
(Livre-Docente da Escola Politécnica da USP)
São Paulo
2015
2
APRESENTAÇÃO
J. J. N.
São Paulo
Fevereiro de 2015
3
4
ÍNDICE
I. Elasticidade Linear...7
Bibliografia...109
5
6
Capítulo I
ELASTICIDADE LINEAR
1. Introdução
7
& = C(T)[E
de Plasticidade têm a forma T & ] , em que, para cada T,
C(T) é um operador linear.
Para maior clareza, e a título de recordação, convém falar de
alguns conceitos de Mecânica do Contínuo, ainda que de maneira
muito sucinta. (Para estudo deste tema, ver livros relacionados na
bibliografia.) Consideremos o movimento de um corpo em
determinado intervalo de tempo. A posição de uma partícula X na
configuração de referência será designada genericamente por
X = ( X 1 , X 2 , X 3 ) (coordenadas cartesianas).
Sejam u e E as funções que para cada ( X, t ) fornecem,
respectivamente, o deslocamento u( X, t ) e a matriz de deformações
E( X, t ) da partícula X, no instante t. Em componentes:
u = (u1 , u 2 , u 3 ) . Os coeficientes de E( X, t ) são
E ij ( X, t ) = [∂u i ( X, t ) / ∂X j + ∂u j ( X, t ) / ∂X i ] / 2 . Pode-se mostrar que
E( X, t ) mede deformações nas vizinhanças de X, no instante t, de
forma aproximada (no sentido geométrico, teórico, não
experimental). Por exemplo, o coeficiente E11 ( X, t ) mede,
aproximadamente, a deformação específica (aumento de
comprimento dividido por comprimento inicial) na direção 1. A
mesma interpretação vale, nas respectivas direções, para os demais
coeficientes da diagonal principal. O coeficiente E12 ( X, t ) (que é
igual a E 21 ( X, t ) ) mede, aproximadamente, metade da distorção
ocorrida entre as direções 1 e 2. O traço de E( X, t ) é
aproximadamente igual à deformação volumétrica de X, no instante
t. Essas medidas aproximadas são tão mais precisas quanto menores
forem as deformações. Por isso, as teorias constitutivas que
trabalham com E são ditas teorias para pequenas deformações.
Seja T a função que a cada ( X, t ) associa a matriz de tensões
T( X, t ) , atuante na partícula X, no instante t. Se n é vetor unitário, o
resultado da multiplicação de T( X, t ) pela matriz coluna formada
8
pelas coordenadas de n tem como resultado o vetor tensão que age
em X, no instante t, sobre o plano de normal exterior n. Em geral, o
vetor tensão tem componentes normal e tangencial ao plano. Há pelo
menos três planos, ortogonais entre si, em que os respectivos vetores
tensão lhes são normais: são planos principais. Os vetores normais
aos planos principais são então autovetores de T( X, t ) ; aos
autovalores correspondentes chamamos tensões principais.
Com as funções E e T temos portanto a descrição material (ou
lagrangiana) da deformação e da tensão. As derivadas parciais de E
e T em relação ao tempo, indicadas por E& a T& , quando calculadas
em ( X, t ) (ou seja, E& ( X, t ) , T& ( X, t ) ) fornecem a velocidade de
deformação da partícula X e a velocidade com que se altera a tensão
na mesma partícula, no instante t. Nas equações constitutivas deste
curso comparecerão as matrizes E( X, t ) , E& ( X, t ) , T( X, t ) e T& ( X, t ) .
Para que fiquem compactas e mais fáceis de ler, não escreveremos o
argumento ( X, t ) .
2. Equação constitutiva
9
importante notar já de início que E = 0 corresponde a T = 0 , ou seja,
a tensão é nula na configuração de referência.
Para a solução de problemas específicos, convém ter à mão,
explicitamente, as relações entre os coeficientes de T e E:
G (3Λ + 2G )
E= , (8)
Λ+G
Λ
ν= , (9)
2( Λ + G )
3Λ + 2G
K= . (10)
3
10
Dado que são positivos os módulos de Lamé, também o são
o módulo de elasticidade, o coeficiente de Poisson e o módulo
volumétrico. Ademais, depois de reescrever (9) assim:
ν = [2(G / Λ + 1)]−1 , concluímos facilmente que ν < 1 / 2 .
Trabalhando nas equações 8, 9 e 10, podemos exprimir Λ, G e
K em função de E e ν:
νE
Λ= , (11)
(1 + ν)(1 − 2 ν )
E
G= , (12)
2(1 + ν)
E
K= . (13)
3(1 − 2 ν)
1 Λ
E= T− (trT)I . (14)
2G 3Λ + 2G
11
Os coeficientes da matriz E podem então ser facilmente
expressos em função dos coeficientes da matriz T:
1
E11 = [T11 − ν(T22 + T33 )] , (15)
E
1
E 22 = [T22 − ν(T11 + T33 )] , (16)
E
1
E 33 = [T33 − ν(T11 + T22 )] , (17)
E
T12
E12 = , (18)
2G
T13
E13 = , (19)
2G
T23
E 23 = . (20)
2G
12
Te = 3KE e , (21)
Td = 2GE d , (22)
& = Λ(trE
T & )I + 2GE
& . (25)
13
efetivas, estuda-se o comportamento do sólido (teórico) que
representa a estrutura de grãos, cujo movimento é independente do
movimento dos fluidos que preenchem os poros do solo (água e ar).
Os módulos elásticos deste sólido são chamados efetivos ou
drenados. Por sua vez, nas análises em tensões totais, supõe-se não
haver movimento relativo entre as fases que constituem o solo: a
estrutura de grãos e os fluidos são tratados na teoria como se
formassem um único sólido, com módulos elásticos próprios (totais
ou não-drenados). Se se supõe que os fluidos não oferecem
resistência ao cisalhamento, então o módulo de cisalhamento deve
ser o mesmo nos dois casos (ver, no próximo capítulo, o
cisalhamento simples do material elástico; equação II.12). Em solos
saturados, graças à baixa compressibilidade da água, o módulo
volumétrico total é muito mais alto que o efetivo.
14
Capítulo II
ELASTICIDADE LINEAR
Problemas Simples
u1 = u 2 = 0 , (1)
15
u 3 = aX 3 , (2)
eixo 3
eixo 2
A matriz de deformações é
16
0 0 0
E = 0 0 0 . (3)
0 0 a
Λa 0 0
T = 0 Λa 0 . (4)
0 0 (Λ + 2G )a
ν
T22 = T33 . (5)
1− ν
17
b. Compressão ou expansão isotrópica (figura 2).
u = bX , (6)
T = 3KbI . (7)
eixo 3
eixo 2
18
É o chamado estado isotrópico ou hidrostático de tensões: todas
as faces estão sujeitas à mesma tensão normal T = 3Kb (de
compressão se b < 0 ; de tração se b > 0 ).
Introduzindo a deformação volumétrica E v = trE = 3b , obtemos
T = KE v . (8)
u1 = u 3 = 0 , (9)
u 2 = γX 3 , (10)
0 0 0
E = 0 0 γ / 2 . (11)
0 γ / 2 0
19
Pelas equações de I.2 a I.7, deduzimos que a matriz T é
0 0 0
T = 0 0 Gγ .
(12)
0 Gγ 0
eixo 3
eixo 2
20
d. Compressão ou extensão vertical, por aplicação de tensão normal
nas faces horizontais, com demais tensões nulas (figura 4).
0 0 0
T = 0 0 0 , (13)
0 0 c
νc
− E 0 0
νc
E= 0 − 0 . (14)
E
0 0
c
E
νc
u1 = − X1 , (15)
E
νc
u2 = − X2 , (16)
E
21
c
u3 = X3 . (17)
E
eixo 3
eixo 2
22
Capítulo III
PLASTICIDADE PERFEITA
1. Introdução
23
deformação, isto é, a derivada de E em relação ao tempo). Essas
equações serão apresentadas e analisadas na próxima seção. Ambas
têm a forma T& = C(T)[E& ] , sendo C(T) um operador linear (para
cada T) que associa E& a T& . Há uma função C para resposta elástica
e outra para resposta elastoplástica. Assim, conhecidos T e E& em
certo instante, a equação constitutiva (a elástica ou a elastoplástica,
conforme o caso) fornece nesse instante o valor de T& , que representa
a resposta instantânea do material. Vejamos o critério que estabelece
qual das duas equações se aplica em cada uma das situações
possíveis.
Já sabemos que, num instante qualquer, existem apenas duas
possibilidades para o estado de tensão: ou T está em D ou está em S.
No primeiro caso (T em D), T& é dado pela equação elástica,
qualquer que seja E& . No segundo caso (T em S), o critério que
define a resposta instantânea do material é o seguinte. Dado E& ,
calcula-se T& com a equação elástica. Se T& assim calculado apontar
para o interior de S ou lhe for tangente, então tal valor de T&
representa efetivamente a resposta do material. (Ver na próxima
seção a função ψ, que avalia a direção do T& dado pela equação
elástica.) Se, entretanto, T& calculado com a equação elástica apontar
para o exterior de S, então este deve ser desconsiderado; a verdadeira
resposta é dada por T& calculado com a equação elastoplástica. É
importante assinalar que a equação elastoplástica é projetada de
forma que produza T& sempre tangente a S, de maneira que T não
possa jamais dirigir-se para o exterior de S.
Num intervalo de tempo em que a resposta é elástica,
dizemos que o regime é elástico. Num intervalo em que a resposta é
elastoplástica, o regime denomina-se elastoplástico. Quando, em
regime elastoplástico, T permanece fixo em S, dizemos que ocorre
escoamento plástico.
24
Um dos objetivos da teoria é resolver o seguinte problema.
Suponhamos que sejam dados: a) o valor de T no instante inicial de
um intervalo de tempo; b) a trajetória de deformação nesse intervalo,
isto é, a função que a cada instante do intervalo fornece o valor de E,
da qual se obtém também E& . O objetivo é determinar a trajetória de
tensão, ou seja, a função que a cada instante do intervalo fornece o
valor de T. Vistas dessa forma, as equações da teoria são equações
diferenciais ordinárias na variável T; as trajetórias de tensão são
determinadas pelas soluções dessas equações.
2. Equações constitutivas
M : N = tr (M T N ) (1)
M : N = M 11 N 11 + M 12 N 12 + M 13 N 13 + M 21 N 21 + M 22 N 22 +
+ M 23 N 23 + M 31 N 31 + M 32 N 32 + M 33 N 33
(2)
25
Analogamente ao que ocorre com os vetores da Geometria, dizemos
que duas matrizes são ortogonais quando seu produto escalar é nulo.
A superfície de plastificação S é definida como uma
superfície de nível de uma função chamada função de plastificação.
Introduz-se, então, primeiramente, a função de plastificação f, que
associa a cada tensão T de seu domínio um número. A equação de S
é f (T) = k (sendo k uma constante característica do material). Além
disso, f é tal que, se T estiver em D, então f (T) < k (ao passo que
f (T) > k corresponde a T na região externa a S, o que a teoria
proíbe). A equação f (T) = k é denominada critério de plastificação.
A matriz
& = A (T)[E
T &] , (4)
26
em que A(T) é, para cada T, um operador linear inversível. Caso
A(T) seja constante, isto é, não varie com T, o comportamento é de
material elástico linear: A(T)[E& ] = ΛtrE& I + 2GE& ; sendo Λ e G os
módulos de Lamé.
Por sua vez, a equação constitutiva elastoplástica é
& = A (T)[E
T & ] + ψ (T, E
& ) B (T ) , (5)
27
por (4), A (T)[E& ] é o próprio T& , que aponta então para o interior de
S, indicando que a tensão entra no domínio elástico. Já ψ (T, E& ) = 0
significa que T& é tangente a S.
& = ψ (T, E
∇f (T) : T & )(1 + ∇f (T) : B(T)) = 0 , (7)
& e = A (T) −1 [T
E &] , (8)
&p =E
E &e .
& −E (9)
28
& p = −ψ (T, E
E & ) A (T) −1 [B(T)] (10)
& p = mP ( T ) .
E (11)
29
caso, E& p é múltiplo de ∇f (T) e, portanto, normal a S em T. Pode-se
também introduzir P através de outra função escalar: P = ∇g . A
função escalar g é denominada potencial plástico. Claramente, no
caso de fluxo associado, g = f . A vantagem de se empregar a
função P para definir E& p está em poder controlar o tipo de
deformação com que se dá o escoamento plástico, se a volume
constante ( P (T) com traço nulo), se com aumento de volume
( P (T) com traço positivo) ou com diminuição de volume ( P (T) com
traço negativo). Exige-se de P que ψ (T, P(T)) > 0 (para validade das
equações 13 e 14 abaixo).
De acordo com (8), (9) e (11):
T & p ] = A (T)[E
& = A (T)[E& − E & ] − mA (T)[P (T)] . (12)
& = ψ ( T, E
∇f (T) : T & ) − mψ (T, P (T)) = 0 , (13)
e, então:
&)
ψ (T, E
m= . (14)
ψ(T, P (T))
1
B (T ) = − A (T)[P (T)] . (15)
ψ (T, P (T))
30
Capítulo IV
31
diagonal do espaço como eixo (ver Plasticity and Geomechanics, de
Davis e Selvadurai). Por exemplo, as duas primeiras aplicam−se a
metais e a solos saturados analisados em tensões totais, em situações
não−drenadas; as duas últimas são usadas em análise por tensões
efetivas de solos em geral (a pirâmide e o cone se abrem no sentido
das tensões octaédricas de compressão). É importante salientar que a
superfície de Mohr−Coulomb é uma pirâmide com seção hexagonal
irregular (isso ocorre porque se supõe, com base experimental, que o
ângulo de atrito obtido em ensaios triaxiais de compressão seja igual
ao ângulo de atrito obtido em ensaios triaxiais de extensão).
Vejamos abaixo as equações que definem as superfícies
mencionadas acima. Estas equações são denominadas critérios de
plastificação.
Tanto no critério de plastificação de Tresca, como no de
Mohr-Coulomb, não intervém a tensão principal intermediária.
Sendo σ M a tensão principal maior e σ m a tensão principal menor, a
equação do critério de Tresca é
σ M = σ m + 2c , (1)
σ M = Kσ m + 2 c K , (2)
com
1 + sen ϕ
K= , (3)
1 − sen ϕ
32
sendo φ o ângulo de atrito. Claramente, (2) se reduz a (1) se φ for
nulo. Não demonstraremos aqui que (1) e (2) definem de fato o
prisma de Tresca e a pirâmide de Mohr-Coulomb no espaço das
tensões principais.
No plano (σ m , σ M ) os critérios de Tresca e de Mohr-
Coulomb se representam como nas figuras 1 e 2. A linha tracejada é
bissetriz do ângulo reto. O domínio elástico corresponde à união da
linha tracejada com o interior da região delimitada pelas duas linhas.
A superfície de plastificação corresponde à linha cheia.
tensão principal maior
33
tensão principal maior
34
cujos autovalores são as tensões desviadoras principais σ d 1 , σ d 2 e
σ d 3 . Sua norma é
σ d = σ d21 + σ d2 2 + σ d2 3 , (5)
trσ
OQ = (OP.v ) v = v . (6)
3
Logo:
trσ
OQ = . (7)
3
QP = OP − OQ = (σ d1 , σ d 2 , σ d 3 ) . (8)
Portanto:
QP = σ d . (9)
35
Com isso podemos exprimir facilmente a equação da
superfície cilíndrica de von Mises:
σd = R , (10)
σ c 0 0
σ = 0 σc 0 .
(11)
0 0 σ c + ∆σ
2
R= ∆σ . (12)
3
36
0 0 0
σ = 0 0 τ , (13)
0 τ 0
R=τ 2 . (14)
trσ
σ d = + d tgα , (15)
3
37
2c 3 K
d= = 3 c cotg ϕ . (16)
K −1
sen ϕ
tg α = 2 2 . (17)
3 − sen ϕ
σd
trσ
Figura 3. Critério de von Mises.
38
σd
trσ
39
40
Capítulo V
& ] = Λ (trE
A(T)[E & )I + 2GE
& , (1)
& = Λ(trE
T & )I + 2GE
& . (2)
41
Para a completa caracterização dos modelos, falta então
escolher f e P.
f (T) = Td , (3)
2 (trT) 2
Td = tr (Td2 ) = tr (T 2 ) − , (4)
3
∂tr (T 2 )
= 2Tij , (5)
∂Tij
42
∂trT
= δ ij , (6)
∂Tij
2
∂ Td 2(trT)δ ij
= 2Tij − = 2Tdij , (7)
∂Tij 3
∂ Td Tdij
= (8)
∂Tij Td
e, portanto:
Td
∇f (T) = . (9)
Td
Td
∇f (T) = . (10)
R
43
&)= 2G &
ψ (T, E E : Td , (11)
R
2G
A(T)[∇f (T)] = Td , (12)
R
Então:
1
B (T ) = − Td . (14)
R
& = Λ(trE
T & − 2G (E
& )I + 2GE & : T )T . (15)
2 d d
R
& P = m Td ,
E (16)
R
E& : Td
m= . (17)
R
44
Finalmente:
&
& P = E : Td T .
E (18)
d
R2
&P
A grandeza E é uma medida escalar da velocidade de
d
45
tensão cisalhante
distorção
46
tensão cisalhante
distorção
−1
− trT
f (T) = Td + d . (19)
3
1 Td Td
∇f (T) = + I , (20)
Γ(T) Td 3Γ (T)
47
com
tgα Td tgα
∇f (T) = + I . (22)
Td T 3
d
& ) = tgα 3Ktgα trE
ψ (T, E & + 2G E
& :T (23)
Td
d
3 Td
tgα 3Ktgα 2G
A(T)[∇f (T)] = I+ Td , (24)
Td 3 Td
tgα
ψ (T, ∇f (T)) =
Td
( )
3Ktg 2 α + 2G , (25)
48
&P/E
é feita pelo índice de dilatância: trE & p = m∇f (T) e
& P . De E
d
trE& P 3tgα
= , (26)
E&P 3
d
Td tgβ
P (T) = + I . (27)
Td 3
trE& P 3tgβ
= . (28)
E& P
d 3
49
3Ktgβ 2G
A(T)[P(T)] = I+ Td , (29)
3 Td
50
Capítulo VI
PLASTICIDADE
1. Introdução
52
Em Plasticidade Perfeita, a superfície de plastificação, sendo
fixa, estabelece um limite para as tensões, podendo ser interpretada
como superfície de ruptura. É importante assinalar, entretanto, que
ensaios de laboratório mostram que, mesmo quando os solos e outros
materiais estão submetidos a tensões distantes das de ruptura, seu
comportamento não é elástico, conforme revelam os ciclos de carga
feitos em ensaios triaxiais ou em ensaios edométricos (e nestes a
ruptura jamais é atingida). Fica claro, assim, que ruptura e ocorrência
de deformações plásticas (deformações irreversíveis observadas em
ciclos) são fenômenos distintos. Isso foi especialmente reconhecido
no importante artigo Soil Mechanics and Work−Hardening Theories
of Plasticity, de Drucker, Gibson e Henkel (publicado em 1957) e foi
incorporado no primeiro modelo elastoplástico para solos, o
Cam−Clay. Esses fenômenos podem ser adequadamente modelados
com as equações da teoria geral examinada neste capítulo.
2. Equações constitutivas
f (T) = k , (1)
53
encontram em D (a região interna a S) satisfazem f (T) < k (nesta
teoria jamais ocorre f (T) > k ).
Discutiremos em seguida as equações elástica e
elastoplástica que fornecem T & (a resposta instantânea do material)
&
em função de E e T, a lei de evolução de k em regime elastoplástico,
como também os critérios que determinam a ocorrência de resposta
elástica ou elastoplástica (conforme visto preliminarmente na seção
1).
A equação constitutiva elástica é
& = A (T)[E
T &] . (2)
& a
Para cada T, A(T) é um operador linear inversível, que associa E
T& . Caso A(T) seja constante, o comportamento é de material
elástico linear.
A equação constitutiva elastoplástica é
& = A (T)[E
T & ] + ψ (T, E
& ) B (T ) , (3)
54
chamada condição de consistência. Assim, quando a reposta é
elastoplástica, a velocidade de variação de k é dada por
d
k& = & .
f ( T ) = ∇ f (T ) : T (4)
dt
&.
I) f (T) < k , qualquer que seja E
&)≤0.
II) f (T) = k e ψ (T, E
Como ψ(T, E & ) é o produto escalar de ∇f (T) por A (T)[E & ],
& aponta para o interior
podemos afirmar que, se ψ (T, E& ) < 0 , então T
&)=0, T
de S, e que, se ψ (T, E & é tangente a S.
55
em que se introduziu µ( T ) = 1 + ∇f (T) : B( T ) . Endurecimento,
amolecimento ou plastificação perfeita acontecem, respectivamente,
quando k& (que é igual a ∇f (T) : T & ) é positivo ( T
& aponta para fora
de S; S se expande), negativo ( T & aponta para dentro de S; S se
& tangente a S ou nulo; S não se altera), o que é
contrai) ou nulo ( T
determinado por µ( T ) , já que ψ (T, D) > 0 sempre que a resposta for
elastoplástica. A equação µ(T) = 0 define a superfície de
escoamento plástico. Ela divide o espaço das tensões em duas
regiões: numa delas ( µ(T) > 0 ) ocorre endurecimento, na outra
( µ(T) < 0 ), amolecimento.
& e é definida por
A velocidade de deformação elástica E
& e = A (T) −1 [T
E &] (6)
&p =E
E &e .
& −E (7)
& p em caso
Esta vale 0 quando a resposta é elástica. Para determinar E
& na equação 3 e subtraímos E
de resposta elastoplástica, isolamos E &e
(equação 6):
& p = −ψ (T, E
E & ) A (T) −1 [B(T)] , (8)
56
&
& p = − ∇f (T) : T A (T) −1 [B(T)] ,
E (9)
µ (T )
& p) ,
k& = ξ(T, E (10)
& p = mP (T)
E (11)
57
Levando-se em conta (4) e (10), resulta
&)
ψ (T, E
m= , (14)
ξ(T, P(T)) + ψ (T, P(T))
A (T)[P (T)]
B (T ) = − . (15)
ξ(T, P(T)) + ψ (T, P(T))
&
∇f ( T) : T
m= . (16)
ξ(T, P(T))
58
Capítulo VII
& = Λ(trE
T & )I + 2GE
& . (1)
f (T) = Td , (2)
59
cujo gradiente é ∇f (T) = Td / Td (V.9). Quando calculado na
superfície de plastificação ( Td = R ), o gradiente se torna,
evidentemente,
Td
∇f (T) = . (3)
R
R& = ξ(T, E
& P ) = ( R − R ) E& P .
M d (4)
& ) = 2G E
ψ (T, E & :T , (5)
d
R
2G
A(T)[∇f (T)] = Td , (6)
R
60
Além disso, de (4), com ∇f (T) = Td / Td , resulta
E de (VI.14):
2G & :T
E d
m= . (9)
R R M − R + 2G
& p (VI.11):
Com isso chegamos à expressão de E
& :T
& P = 2G
E
E d
Td , (10)
R 2 R M − R + 2G
& :T
T d
m= (11)
R( RM − R)
&P = T& : Td
E Td (12)
R( R M − R )
61
2G Td
B (T ) = − . (13)
R R M − R + 2G
2
& = Λ (trE
T & − 2G (E
& )I + 2GE & :T ) Td
. (14)
d
R R M − R + 2G
RM − R
µ (T ) = , (15)
R M − R + 2G
0 0 0
E = 0 0 γ / 2 , (16)
0 γ / 2 0
62
0 0 0
&= 0 0
E γ& / 2 . (17)
0 γ& / 2 0
0 0 0
T = 0 0 τ , (18)
0 τ 0
2G
τ& = G 1 − γ& . (19)
R M − 2 τ + 2G
63
ordenada τ M = R M / 2 . O quociente τ& (t ) / γ& (t ) é o coeficiente
angular da reta tangente à curva elastoplástica em cada ponto. De
acordo com (19), ele é sempre positivo e menor que a declividade da
reta elástica; decresce com o aumento de τ, tendendo a zero à medida
que τ tende a τ M .
Como γ& (t ) > 0 , existe a inversa γ −1 . Podemos então construir
a função γˆ a ~τ ( γˆ ) que a cada valor γˆ = γ (t ) associa o valor
~τ ( γˆ ) = τ(t ) . A derivada dessa função é ~τ ' ( γˆ ) = τ& (t ) / γ& (t ) , o que
permite reescrever (19) como equação diferencial na incógnita ~τ .
tensão cisalhante
distorção
64
Na figura 2 está a curva τ x γ de um cisalhamento simples
com ciclo de carregamento. Primeiramente, γ cresce em regime
elástico até que a tensão de plastificação inicial é atingida; depois
disso, cresce em regime elastoplástico até certo ponto. A partir desse
ponto, γ decresce em regime elástico até que τ volte a ser nula. Então
γ volta a crescer em regime elástico até que τ se iguale à tensão de
plastificação vigente (maior que a inicial; daí o termo
endurecimento), a partir de quando volta a ocorrer regime
elastoplástico.
tensão cisalhante
distorção
65
66
Capítulo VIII
MODELO CAM-CLAY
1. Introdução
67
restritos aos casos em que não há alteração das direções principais de
tensão e deformação (ver próximo capítulo). Mas justamente por
tratarem apenas de casos simples, além de discutirem mais
detidamente características dos solos, os livros tradicionais são
recomendados para estudo (por exemplo, Soil Behaviour and Critical
State Soil Mechanics, de D. M. Wood).
Apesar de sua relativa simplicidade, o Cam-Clay é capaz de
descrever endurecimento, amolecimento e plastificação perfeita
(estado crítico) e de reproduzir razoavelmente bem, às vezes apenas
qualitativamente, às vezes mesmo quantitativamente, curvas tensão-
deformação típicas de ensaios triaxiais. Além de ser útil para a
análise de problemas de engenharia, o Cam-Clay é uma valiosa
ferramenta para o ensino de Mecânica dos Solos e para o estudo da
própria teoria geral que lhe serve de base (a teoria da Plasticidade
vista no capítulo VI). O Cam-Clay também tem servido como ponto
de partida para o desenvolvimento de modelos mais complexos:
modifica-se ou recebe novos elementos para ampliar ou corrigir sua
capacidade de descrição. (Na tese [13] encontra-se uma versão do
modelo que obedece ao princípio da objetividade material e que se
aplica, em princípio, a problemas com deformações de qualquer
magnitude.)
68
positivas. G é o módulo de cisalhamento elástico; tem dimensão
física de tensão. As outras três são adimensionais. Μ é a declividade
da reta de estado crítico; relaciona-se por Μ = 6senϕ /(3 − senϕ ) com
o ângulo de atrito efetivo φ de um solo normalmente adensado (neste
modelo a coesão efetiva nula). λ é a declividade (em módulo) da reta
de compressão isotrópica elastoplástica no plano (ln p, e)
( p = −trT / 3 ; e é o índice da vazios). E κ é a declividade (em
módulo) da reta de expansão ou compressão isotrópica elástica no
plano (ln p, e) . Sempre λ > κ . A matriz de tensões presente nas
equações do modelo Cam-Clay é sempre a matriz de tensões efetivas
de Terzaghi.
q2
f (T ) = p + , (1)
Μ2 p
− trT
p= , (2)
3
6 Td
q= , (3)
2
69
O parâmetro de endurecimento, indicado no capítulo VI pela
letra k, é no Cam-Clay simbolizado por p0 , sempre positivo. Seu
significado físico ficará claro brevemente. A equação da superfície
de plastificação é, portanto, f (T) = p 0 .
No espaço das tensões principais, a superfície de
plastificação é um elipsoide de revolução, conforme verificaremos
agora. A descrição da superfície de plastificação ficará mais simples
se trabalharmos no espaço das tensões principais (σ1 , σ 2 , σ 3 ) , que
são positivas na compressão. Vimos no capítulo IV que a distância
do ponto (σ1 , σ 2 , σ 3 ) ao eixo hidrostático vale σ d . E que a
projeção ortogonal do ponto (σ1 , σ 2 , σ 3 ) sobre o eixo hidrostático
dista trσ / 3 da origem. Isso nos ajudará a identificar o elipsoide e
a encontrar suas dimensões.
Introduzindo σ = −T , p = trσ / 3 e q = 6 σd / 2 em
f (T) = p 0 , obtemos:
2
trσ 3 p0
−
3 2 2
+ σd
=1 . (4)
2 2
3 6
p0 Μp 0
2 6
70
Tanto no endurecimento ( p 0 crescente) como no
amolecimento ( p 0 decrescente) a forma e a orientação do elipsoide
não se alteram. Além disso, o ponto que está em (0,0,0) permanece
fixo. A superfície cônica definida pela maior circunferência
transversal e pela origem, σ d = 6Μtrσ / 9 ou q = Μp (como no
critério de Drucker-Prager), denomina-se superfície de estado crítico
(ou de plasticidade perfeita). Metade do elipsoide fica dentro do
cone, metade fica fora.
Por ser de revolução o elipsoide, a superfície de plastificação
pode ser representada no plano por uma curva de plastificação. De
(1) e f (T) = p 0 , ou diretamente de (4), obtém-se
2
p
p− 0
2 q2
2
+ 2
=1 , (5)
p0 Μp0
2 2
71
q
q
η= , (6)
p
de modo que a reta de estado crítico passa a ser descrita pela equação
η=Μ.
Quando ocorre endurecimento ou amolecimento, o ponto
( p 0 / 2, Μp 0 / 2) move-se sobre a reta de estado crítico, subindo ou
descendo, respectivamente.
72
2
No capítulo V, calculamos as derivadas de trT e Td em
relação aos coeficientes da matriz T. Com aqueles resultados,
chegamos facilmente a ∇f (T) no presente modelo:
em que
1 η2
ζ = 2 − 1 , (8)
3Μ
3
θ= . (9)
pΜ 2
&P
& P ) = - vp 0 trE ,
p& 0 = ξ(T, E (10)
λ−κ
73
& P ) = - vp 1 + η trE
2
p& 0 = ξ(T, E &P . (11)
λ − κ Μ 2
74
ou
2η
& = 1 − η
2
,
∇f (T) : T Μ 2 .( p, q) . (13)
& &
2
Μ
A equação elástica é
&
& = A (T)[E& ] = vptrE I + 2GE
T & . (14)
d
κ
& e = − κp& I + 1 T
E & . (15)
d
3vp 2G
& ) = vp η − 1trE
2
& + 6G tr (T E
&
ψ( T, E 2 2 d d) . (16)
κ Μ pΜ
75
Chegaremos à função B da resposta elastoplástica através da
equação VI.15, que a relaciona com as funções P e ξ:
B(T) = −{A (T)[P (T)]} /[ξ(T, P (T)) + ψ (T, P (T))] . No Cam-Clay
P = ∇f (fluxo associado). Para obter B bastam então
vp η 2 6G
A(T)[∇f (T)] = − 1I + Td , (17)
κ Μ 2
pΜ 2
vp η4
ξ(T, ∇f (T)) = 1 − , (18)
λ − κ Μ 4
2
vp η 2 12Gη 2
ψ( T, ∇f ( Τ )) = − 1 + . (19)
κ Μ 2
Μ4
76
& P = 3ζp& + 2θqq& / 3 I + θ T .
E (20)
ζ
d
- 3vp η2
1 +
λ − κ Μ 2
η ≠ 0 ) é, portanto,
trE& P η2 − Μ 2
= . (21)
E&P 6η
d
77
78
Capítulo IX
&e
6E d
ε& ed = , (2)
3
79
&p ,
ε& vp = −trE (3)
&p
6E d
ε& dp = . (4)
3
κ p&
ε& ev = , (5)
v p
1
ε& ed = q& . (6)
3G
λ − κ p& 2η
ε& vp = + 2 η& , (7)
v p Μ +η 2
2η
ε& dp = 2
ε& p .
2 v
(8)
Μ −η
80
Em (7), se conveniente, podemos introduzir η& = q& / p − ηp& / p .
Resposta elástica
p&
e& = − κ , (9)
p
κ p2
ε v 2 = ε v1 + ln , (10)
v p1
1
ε d 2 = ε d1 + (q 2 − q1 ) , (11)
3G
p2
e 2 = e1 − κ ln . (12)
p1
81
Resposta elastoplástica
λ p& λ − κ 2η
ε& v = + η& . (13)
v p v Μ + η2
2
p& 2η
e& = −λ − (λ − κ) 2 η& . (14)
p Μ + η2
λ p 2 λ − κ Μ 2 + η 22
ε v 2 = ε v1 + ln + ln 2 . (15)
v p1 v Μ + η12
p2 Μ 2 + η 22
e 2 = e1 − λ ln − (λ − κ) ln 2 . (16)
p1 Μ + η12
82
Voltando a (16), duas situações especiais são particularmente
interessantes. Em primeiro lugar, na compressão isotrópica ( η = 0
em todos os instantes) a equação 16 torna-se
p2
e 2 = e1 − λ ln . (17)
p1
p2
e 2 = e1 − λ ln − (λ − κ) ln 2 , (18)
p1
ε& v
ε& ∗ = , (19)
ε& d
83
p
σ ∗ = , (20)
q
p&
σ& ∗ = . (21)
q&
κ
M 11e = , (24)
vp
1
e
M 22 = , (25)
3G
M 12e = M 21
e
=0 , (26)
κ λ − κ Μ 2 − η2
M 11ep = + , (27)
vp vp Μ 2 + η 2
84
1 λ − κ 4η 2
ep
M 22 = + , (28)
3G vp Μ 4 − η 4
λ − κ 2η
M 12ep = M 21
ep
= . (29)
vp Μ 2 + η 2
I) η < Μ .
II) η > Μ
85
& pode ser
Cabe recordar que o produto escalar ∇f (T) : T
calculado por VIII.12.
( M e ) −1 0
[M e ] −1 = 11 ,
e −1
(30)
0 ( M 22 )
1 M 22
ep
− M 12ep
ep −1
[M ] = . (31)
det M ep − M ep M 11ep
21
86
B) se o ponto ( p, q) está sobre a curva de plastificação, distinguem-
& ) ≤ 0 ou ψ( T, E
se dois casos: ψ( T, E &)>0.
− ε& a 0 0
&E = 0 − ε& r 0 . (34)
0 0 − ε& r
87
− σ a 0 0
T = 0 − σr 0 , (35)
0 0 − σ r
em que figuram as tensões axial (σa) e radial (σr ), que são positivas
na compressão.
& , ε& = 6 E
Com ε& v = −trE & e / 3 , p = −trT / 3 (VIII.2) e
d d
q = 6 Td / 2 (VIII.3), calculamos
ε v = ε a + 2ε r , (36)
2
εd = εa − εr , (37)
3
σ a + 2σ r
p= , (38)
3
q = σa − σr . (39)
88
os parâmetros: λ = 0,1 ; κ = 0,03 ; Μ = 1 ( ϕ ≅ 25 o ) e G = 3800 kPa.
Em seguida, cada uma dessas amostras será submetida a uma
das seguintes solicitações.
Grupo 1
Grupo 2
89
Vamos agora discutir brevemente os resultados para cada
uma das solicitações. As curvas são produzidas pelos programas
citados ou, em alguns casos, por equações simples.
1,65
1,6
1,55
1,5
e
1,45
1,4
1,35
1,3
10 100 1000
p (kPa)
90
b. Compressão axial drenada de amostra normalmente adensada
( σ& a > 0 , σ& r = 0 , q& = σ& a , q& = 3 p& ). Figuras de 2 a 6.
350
300
250
200
q (kPa)
150
100
50
0
0 50 100 150 200 250 300 350
p (kPa)
1,65
1,6
e 1,55
1,5
1,45
1,4
10 100 1000
p (kPa)
140
120
100
q (kPa) 80
60
40
20
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
(H0-H)/H0
92
0,04
0,035
0,03
0,025
0,01
0,005
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
(H0-H)/H0
1,62
1,6
1,58
e 1,56
1,54
1,52
1,5
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
(H0 -H)/H0
93
c. Expansão isotrópica até 70 kPa (leve sobreadensamento), seguida
de compressão axial drenada. Figuras de 7 a 11.
94
250
200
150
q (kPa)
100
50
0
0 50 100 150 200 250
p (kPa)
1,65
1,6
e 1,55
1,5
1,45
1,4
10 100 1000
p (kPa)
95
120
100
80
q (kPa) 60
40
20
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
(H0-H)/H0
0,03
0,025
0,02
0,01
0,005
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
(H0-H)/H0
96
1,62
1,61
1,6
1,59
e 1,58
1,57
1,56
1,55
1,54
0 0,05 0,1 0,15 0,2
(H0 -H)/H0
120
100
80
q (kPa) 60
40
20
0
0 20 40 60 80 100 120
p (kPa)
98
1,8
1,75
1,7
1,65
e 1,6
1,55
1,5
1,45
1,4
10 100 1000
p (kPa)
50
40
q (kPa) 30
20
10
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
(H0-H)/H0
99
0,008
0,006
0,004
0,002
0
(V0 -V)/V0
-0,002 0 0,05 0,1 0,15 0,2
-0,004
-0,006
-0,008
-0,01
(H0-H)/H0
1,67
1,66
e 1,65
1,64
1,63
1,62
0 0,05 0,1 0,15 0,2
(H0 -H)/H0
100
e. Compressão axial não-drenada de amostra normalmente adensada
( ε& a > 0 , ε& r = −ε& a / 2 , ε& v = 0 ). Figuras de 17 a 21.
Μp1 − ( λ − κ ) / λ
su = 2 . (35)
2
101
120
100
80
q (kPa) 60
40
20
0
0 20 40 60 80 100 120 140
p (kPa)
1,65
1,6
e 1,55
1,5
1,45
1,4
10 100 1000
p (kPa)
102
70
60
50
40
q (kPa)
30
20
10
0
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
(H0 -H)/H0
70
60
50
40
u (kPa)
30
20
10
0
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
(H0 -H)/H0
103
60
50
40
u (kPa) 30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70
q (kPa)
Figura 21. Compressão axial não-drenada de amostra
normalmente adensada.
104
A figura 23 refere-se às três etapas; as figuras 22, 24, 25 e 26 à
segunda e à terceira etapas.
120
100
80
q (kPa) 60
40
20
0
0 20 40 60 80 100 120
p (kPa)
1,65
1,6
e 1,55
1,5
1,45
1,4
10 100 1000
p (kPa)
105
60
50
40
q (kPa) 30
20
10
0
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
(H0 -H)/H0
35
30
25
20
u (kPa)
15
10
0
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
(H0 -H)/H0
106
60
50
40
u (kPa) 30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
q (kPa)
107
108
BIBLIOGRAFIA
Plasticidade
Modelo Cam-Clay
[12] Wood, D.M. (1990). Soil Behaviour and Critical State Soil
Mechanics. Cambridge University Press.
110
111
ISBN: 978-85-908651-2-4
112