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Passo Fundo
2019
JORDANA RAE ANTUNES
Passo Fundo
2019
JORDANA RAE ANTUNES
BANCA EXAMINADORA
À Deus, por sua luz, essência em nossas vidas, que sempre está ao meu lado
em todos os momentos.
A minha família, por todo amor, incentivo, compreensão, paciência que tem me
dedicado, em especial a minha mãe que foi suporte importante para minha
caminhada.
Ao curso de Mestrado de Engenharia Civil da IMED, pela experiência
profissional proporcionada, e aos professores da instituição por todos ensinamentos.
A minha eterna Doutora e querida amiga, Prof.ª Aline Zanchet, por todo apoio,
orientação e incentivo durante a elaboração desse trabalho, ao longa desta
caminhada.
Aos colegas, professores e técnicos do laboratório da IMED, pelo apoio da
realização de parte dos ensaios.
Ao eterno colega, amigo, e sócio Rafael, por todos momentos de estudos,
risadas, e incondicional apoio durante essa jornada.
E finalmente a todos que, mesmo não citados aqui, contribuíram de alguma
forma para conclusão desta etapa da minha vida. Minha eterna gratidão.
“Lembre-se que as pessoas podem tirar tudo de você, menos o seu
conhecimento”.
(Albert Stein)
RESUMO
Faced with a large growth in the field of construction and a greater concern with
sustainability, a problem arises that is the generation of waste in the construction sites
and wood industries. In 2009, IBAMA estimated some 80 million cubic meters of wood
waste in Brazil, whose main destination for disposal is burning and landfills. The aim
of this study is to analyze the performance of wood residues and to evaluate the
performance of wood residues. The aim of this study is to analyze the performance of
wood residues, and to minimize the impacts caused by large waste generation, and
possibly a more beneficial coating mortar that provides better thermal and acoustic
comfort to users. of the Itaúba species in the partial replacement of the small
aggregate, through laboratory tests. The main axis of discussion is to study how the
wood residue introduced in the mortar behaves, what its properties and influences.
Thus, the dosages that will be prepared will have substitutions of 0%, 5%, 15% and
30% in relation to the small / residue aggregate, that is, sand / wood residue, taking
into account the workability of the product and varying the water in the mortar. As a
result, it can be observed that the higher the percentage of wood residue replacing the
sand, the lower the mortar resistance, restricting its use for structural purposes, which
does not necessarily make it unfeasible for other purposes has a good thermal
conductivity, proving significant properties together with the mortar.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 20
2.1 Argamassa de revestimento ......................................................................... 20
2.1.1 Materiais constituintes da argamassa de revestimento ................................ 20
2.1.1.1 Cimento..................................................................................................... 20
2.1.1.2 Cal ............................................................................................................ 22
2.1.1.3 Agregado miúdo........................................................................................ 23
2.1.1.4 Água ......................................................................................................... 24
2.1.2 Funções e características ............................................................................ 24
2.1.3 Propriedades da argamassa de revestimento .............................................. 24
2.1.3.1 Consistência ............................................................................................. 25
2.1.3.2 Trabalhabilidade ....................................................................................... 25
2.1.3.3 Coesão e Tixotropia .................................................................................. 25
2.1.3.4 Plasticidade............................................................................................... 26
2.1.3.5 Retenção de água ..................................................................................... 26
2.1.3.6 Adesão inicial ............................................................................................ 26
2.1.3.7 Aderência .................................................................................................. 27
2.1.3.8 Elasticidade............................................................................................... 27
2.1.3.9 Permeabilidade ......................................................................................... 27
2.1.4 Classificação das argamassas ..................................................................... 27
2.1.4.1 Argamassa de cal ..................................................................................... 28
2.1.4.2 Argamassa de cimento ............................................................................. 28
2.1.4.3 Argamassa mista ...................................................................................... 28
2.1.5 Caracterização das argamassas .................................................................. 29
2.1.5.1 Classificação segundo NBR 13281/2005 .................................................. 29
2.1.6 Caracterização dos revestimentos ............................................................... 30
2.1.6.1 Emboço ..................................................................................................... 30
2.1.6.2 Reboco...................................................................................................... 30
2.1.6.3 Massa única .............................................................................................. 30
2.1.6.4 Chapisco ................................................................................................... 31
2.2 Madeira ........................................................................................................... 31
2.2.1 Resíduo de madeira ..................................................................................... 33
2.2.2 Resíduo de madeira espécie de Itaúba ........................................................ 35
2.3 Compatibilidade química entre a madeira e o cimento .............................. 37
2.4 Desempenho térmico e acústico.................................................................. 38
2.5 Estudos realizados com resíduo de madeira .............................................. 39
3 METODOLOGIA ............................................................................................. 40
3.1 Materiais ......................................................................................................... 40
3.2 Metodologia ................................................................................................... 41
3.3 Caracterização do resíduo de madeira Itaúba ............................................ 42
3.3.1 Análise Granulométrica ................................................................................ 42
3.3.2 Análise Termogravimétrica ........................................................................... 42
3.3.3 Microscopia Eletrônica de Varredura ........................................................... 42
3.4 Caracterização do agregado miúdo ............................................................. 43
3.4.1 Análise Granulométrica ................................................................................ 43
3.5 Desenvolvimento das composições ............................................................ 43
3.6 Caracterização das composições ................................................................ 44
3.6.1 Preparação da mistura e determinação do índice de consistência .............. 45
3.6.2 Determinação da retenção de água ............................................................. 45
3.6.3 Determinação da massa específica e teor de ar incorporado ...................... 46
3.6.4 Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão ................ 46
3.6.5 Determinação da densidade de massa aparente no estado endurecido ..... 47
3.6.6 Determinação da absorção de água, índice de vazios, e massa específica 47
3.6.7 Ensaio de transmitância térmica .................................................................. 48
3.6.8 Ensaio de impedância acústica .................................................................... 49
3.6.9 Microscopia Eletrônica de Varredura – MEV................................................ 51
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................... 52
4.1 Caracterização do resíduo de madeira Itaúba ............................................ 52
4.1.1 Análise Granulométrica ................................................................................ 52
4.1.2 Análise Termogravimétrica ........................................................................... 53
4.1.3 Microscopia Eletrônica de Varredura ........................................................... 54
4.2 Caracterização do agregado miúdo ............................................................. 55
4.2.1 Análise Granulométrica ................................................................................ 55
4.3 Caracterização das composições ................................................................ 57
4.3.1 Preparação da mistura e determinação do índice de consistência .............. 57
4.3.2 Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão ................ 58
14
5 CRONOGRAMA.............................................................................................. 61
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 62
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 63
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A NBR 13529 (ABNT, 2013) define a argamassa para revestimento como “uma
mistura homogênea de agregado (s) miúdo (s), aglomerante (s) inorgânico (s) e água,
contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e
endurecimento”. Nesta norma também são definidos outros termos envolvendo o
revestimento à base de cimento e cal, ou ambos. Podem ser encontradas definições
como:
- Revestimento de argamassa: cobrimento de uma superfície com uma ou mais
camadas superpostas de argamassa, apto a receber acabamento decorativo ou
constituir-se acabamento final, decorativo ou não;
- Argamassa de cal: argamassa preparada com cal como único aglomerante;
- Argamassa de cimento: argamassa preparada com cimento como único
aglomerante;
- Argamassa de cimento e cal: argamassa preparada com cimento e cal como
aglomerantes;
- Adições: materiais inorgânicos naturais ou industriais adicionados às
argamassas para modificar as suas propriedades (pó calcário, saibro, materiais
pozolânicos, entre outros);
- Aditivo: produto adicionado à argamassa em pequena quantidade, com a
finalidade de melhorar uma ou mais propriedades, no estado fresco ou endurecido;
2.1.1.1 Cimento
2.1.1.2 Cal
2.1.1.4 Água
2.1.3.1 Consistência
2.1.3.2 Trabalhabilidade
pouca energia para alterar sua forma, porem quando alterada conseguem mantê-la
mesmo sob a ação da gravidade. Para obtê-las pode-se utilizar aditivos a base de
polímeros e adições minerais como cinza volante, microssílica e cinza de casca de
arroz (SANTOS, 2008).
2.1.3.4 Plasticidade
2.1.3.7 Aderência
2.1.3.8 Elasticidade
2.1.3.9 Permeabilidade
2.1.6.1 Emboço
2.1.6.2 Reboco
2.1.6.4 Chapisco
2.2 Madeira
3.1 Materiais
( )
𝑅𝑎 = 1 − ( )
100 equação 1
sendo:
𝐴𝐹 = equação 2
onde:
ma= a massa do conjunto com argamassa, em gramas;
ms= a massa do conjunto após sucção, em gramas;
mv= a massa do conjunto vazio, em gramas;
AF= o fator água/argamassa fresca;
mw= a massa total de água acrescentada à mistura, em gramas;
m= a soma das massas dos componentes anidros de argamassa, em gramas.
46
𝑑= 1000 equação 3
onde:
mc= massa do recipiente cilíndrico, contendo a argamassa de ensaio, em gramas;
mv= a massa do recipiente cilíndrico vazio, em gramas;
Vr= o volume do recipiente cilíndrico, em cm³.
E para o cálculo do teor de ar incorporado na argamassa (A), expressada em
𝐴 = 100 1 − equação 4
onde:
d= valor da densidade de massa da argamassa, em gramas por cm³, medida no
cálculo anterior;
dt= valor da densidade de massa teórica da argamassa, em gramas por cm³, sem
vazios.
sendo:
𝑣 = 𝑙. ℎ. 𝑐 equação 6
onde:
Pmáx= densidade de massa;
m= massa do corpo-de-prova, registrada depois dos 28 dias;
v= volume do corpo-de-prova, registrado depois dos 28 dias;
l= largura do corpo-de-prova;
h= altura do corpo-de-prova;
c= comprimento do corpo-de-prova;
𝐴= 𝑥100 equação 7
onde:
msat= massa da amostra saturada em água após imersão e fervura,
ms= massa da amostra seca em estufa,
48
equação 8.
𝐼𝑣 = 𝑥100 equação 8
onde:
Iv= índice de vazios em porcentagem,
mi= massa da amostra saturada imersa em água após fervura;
𝑃𝑠 = equação 9
𝑃𝑠𝑎𝑡 = equação 10
- massa especifica real (Pr): é relação entre a massa do material seco e o seu
volume, excluindo os poros permeáveis, apresentada na 𝑃𝑟 =
equação 11:
𝑃𝑟 = equação 11
𝜆= equação 12
sendo:
α= coeficiente angular da reta (variação de temperatura pelo logaritmo natural do
tempo);
U= diferença de potencial elétrico (V);
i= intensidade da corrente elétrica (A)
l= comprimento do fio (m);
λ= condutividade térmica (W/m.K).
Em uma extremidade é instalada uma fonte sonora (alto falante), o qual é alimentado
por um gerador de sinais, e na outra extremidade, é introduzida uma terminação rígida
(GERGES, 2000). Ainda conforme Gerges (2000) os provetes de teste são colocados
em frente a esta terminação, assim parte da excitação acústica é absorvida pelo
material e outra parte é refletida. Com este equipamento há a possibilidade de testar
provetes de tamanho reduzido, calculando a absorção acústica dos materiais a partir
da medição do coeficiente de reflexão. Esse cálculo é determinado pelos métodos
SWR e da função de transferência. No método SWR (ASTM C384:2004/ISO 10534-
1:1996), utiliza-se um sistema de medição analógico, que fornece valores para
frequências discretas. É um método preciso, porém requer mais tempo e trabalho do
pesquisador (GERGES, 2000).
O método da função de transferência possibilita determinar o coeficiente de
absorção de materiais com bandas de frequências contínuas. Esse segundo método
(ASTM E1050:1998/ISO 10534-2:1998) consiste em excitar o tubo com um ruído
branco de banda larga, e em seguida, mede-se a pressão sonora no seu interior, em
duas posições diferentes, apresentado na Figura 7. Os sinais verificados são
encaminhados para um analisador digital de espectro de frequência e a função
transferência entre eles é calculada. Através dela, determina-se a curva de absorção
acústica do material em função da frequência (BISTAFA, 2006).
250
200
Massa (g)
150
100
50
0
0.15 0.3 0.6 1.18 2.4 Fundo
Peneiras (mm)
12 0,00
-0,02
59,55 °C -0,04
8 6,021%
Água -0,06
6
-0,08
4
-0,10
355,55
2 58,452% Celulose
Itauba
-0,12
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
0
Temperatura ( C)
450
400
350
300
250
Massa (g)
200
150
100
50
-50
0.075 0.15 0.3 0.6 1.18 2.4 4.75 6.3 9.5 Fundo
Peneiras (mm)
Fonte: Autoria própria (2019).
4,5
Referência
4,0 5% Itaúba
15% Itaúba
3,5 30% Itaúba
3,0
Resistência Flexão (MPa)
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
7 dias 14 dias 28 dias
16
Referência
14 5% Itaúba
Resistência Compressão (MPa) 15% Itaúba
12 30% Itaúba
10
0
7 dias 14 dias 28 dias
Tempo de Cura (Dias)
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
______. NBR 7211: Agregados para concreto – Especificação. Rio de janeiro, 2005.
BIBLIS, E. J. & LO, C. F. Sugars and other wood extractives: effect on the setting
of Southern pine-cement mixtures. Forest Products Journal. V. 18, n. 8, p. 28-34,
1968.
BLEDZKI, A.K.; MAMUN, A.A.; VOLK, J. Physical, chemical and surface properties
of wheat husk, rye husk and soft wood and their polypropylene composites.
Composites Part A, v.41, p.480-488, 2010.).
FEARNSIDE, P.M. 1997. Wood density for estimating forest biomass in Brazilian
Amazonia. Forest Ecology and Management, 90 (1): 59-87.
POLETTO, M.; ZENI, M.; ZATTERA, A.J. Effects of wood flour addition and
coupling agent content on mechanical properties of recycled polystyrene/wood
flour composites. Journal of Thermoplastic Composite Materials, v.25, n.7, p.821-
833, 2012ª.
TORKAMAN, J.; ASHORI, A.; MOMTAZI, A. S. Using wood fiber waste, rice husk
ash, and limestone powder waste as cement replacement materials for
lightweight concrete blocks. Construction and building materials, Guildford, v. 50, p.
432-436, 2014.