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MÚSICA E SEU HISTÓRICO

Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a


observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a
necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum
critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da
música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.

As primeiras imitações sonoras do homem da pré-história foram unicamente através do som dos
movimentos corporais acompanhados de sons vocais, eles pretendiam completar a possessão do animal
na sua essência, a sua alma.

Somente através do estudo de sítios arqueológicos podemos ter uma ideia do desenvolvimento da
música nos primeiros grupos humanos. A arte rupestre encontrada em cavernas dá uma vaga ideia
desse desenvolvimento ao apresentar figuras que parecem cantar, dançar ou tocar instrumentos.
Fragmentos do que parecem ser instrumentos musicais oferecem novas pistas para completar esse
cenário. No entanto, toda a cronologia do desenvolvimento musical não pode ser definida com precisão.
É impossível, por exemplo, precisar se a música vocal surgiu antes ou depois das batidas com bastões
ou percussões corporais. Mas podemos especular, a partir dos desenvolvimentos cognitivos ou da
habilidade de manipular materiais, sobre algumas das possíveis evoluções na música.

Muitos historiadores apontam a música na antiguidade impregnada de sentido ritualístico e como


instrumento mais utilizado a voz humana, pois por meio dela se dava a comunicação e nessa época o
sentido da música era esse, comunicar-se com os deuses e com o povo. Observamos que, na Grécia
Antiga, a música funcionava como uma forma de estarem mais próximos das divindades, um caminho
para a perfeição – o termo "música", inclusive, teria origem nas Musas, divindades que inspiravam as
ciências e as artes[1] (ver: Música da Grécia Antiga). Nessa época, a música era incorporada à dança e
ao teatro, formando uma totalidade, e ao som da lira eram recitados poemas. As tragédias gregas
encenadas eram inteiramente cantadas acompanhadas da lira, da cítara e de instrumentos de sopro
denominados aulos. Um destaque importante na antiguidade foi Pitágoras, um grande filósofo grego
que descobriu as notas e os intervalos musicais.

Já na Antiga Roma a música foi influenciada pela música grega, pelos etruscos e pela música ocidental.
Os romanos utilizavam a música na guerra para sinalizar ações dos soldados e tropas e também para
cantar hinos as vitórias conquistadas, também possuía um papel fundamental na religião e em rituais
sagrados, assim como no Antigo Egito, onde os egípcios acreditavam na "origem divina" da música, que
estava relacionada a culto aos deuses. Geralmente os instrumentos eram tocados por mulheres
(chamadas sacerdotisas). Os chineses, além de usarem a música em eventos religiosos e civis tiveram
uma percepção mais apurada da música e de como esse refletia sobre o povo chegando a usar a música
como "identidade" ou forma de "personalizar" momentos históricos e seus imperadores.

Da idade antiga em diante, os estilos musicais expandem-se tanto, que torna-se impossível definir a
música universal apenas observando-se uma localidade (como a Europa), sendo necessária, portanto,
uma subdivisão no estudo da história da música por continentes e nações.

Música erudita
Talvez a característica saliente da música erudita durante o século XX seja o uso cada vez mais
frequente da dissonância. Diversos compositores continuaram a trabalhar em formas derivadas do
século XIX, incluindo Edward Elgar e o romanticismo de Rachmaninoff. Entretanto, a música moderna
tornou-se cada vez mais proeminente e relevante; entre os primeiros modernistas estão Bartók,
Stravinsky e Ives. Os impressionistas procuraram novas texturas e abandonaram as formas
tradicionais, enquanto mantendo progressões harmônicas mais tradicionais. Nomes incluem Debussy e
Ravel. Debussy inclusive cita que "(...) O século do avião merece a sua própria música". Outros como
Francis Poulenc e os compositores conhecidos como Grupo dos Seis escreveram música em oposição as
ideias impressionistas e românticas da época. Compositores como Milhaud e Gershwin combinaram a
música erudita como o jazz. Alguns compositores foram capazes de trabalhar em ambos os gêneros,
como George Gershwin e Leonard Bernstein. Outros, como Shostakovich, Prokofiev, Hindemith, Boulez
e Villa-Lobos expandiram a paleta erudita para incluir elementos mais dissonantes sem chegar ao
extremo do dodecafonismo e do serialismo.

Contexto regional

Na América Latina, o início do século XX foi marcado por pessoas de posse tendo acesso às salas de
concerto e às óperas, enquanto o restante da população dava preferência à música popular (Massin,
1997). O desenvolvimento da arte popular teve suas bases na cultura legada dos povos ameríndios
anteriores a descoberta européia da região, na música religiosaoriunda da Europa através dos
missionários e da música negra proveniente dos escravos africanos. Percebe-se que na região havia
compositores que contribuíram para a preservação da música tradicional, ainda que também
desenvolvendo a cultura musical européia. No Brasil, o autodidata Heitor Villa-Lobos estava inserido
em um contexto tanto de música popular, com o qual entrou em contato no interior do país, e de música
erudita, pois vindo de família rica tinha condições de estudar partituras clássicas e românticas. Em
sua vida, soube introduzir material tipicamente brasileiro em formas clássicas, e divulgou a música
brasileira à Europa.

Nos Estados Unidos, era desejo encontrar uma base musical própria que não dependesse da hegemonia
européia, misturando elementos locais como a música indígena, o blues e o jazz.

Música folclórica

A música folclórica em seu senso original é a música feita pelas pessoas para as pessoas. Ela surgiu e
sobreviveu na sociedade sem ser afetada pela comunicação em massa e pela comercialização da
cultura.

Durante o século XX, o termo recebeu novo significado, descrevendo uma forma particular da música
popular que é culturalmente descendente (ou pelo menos inspirada) da música tradicional, com artistas
como Bob Dylan e outros cantores-compositores, recebendo o nome de folk contemporâneo. Essa
música é marcada pela simplicidade, pela tradição e pelas letras de consciência social, e é similar ao
country e outros gêneros musicais.

Em adição, o folk também influenciou compositores de outros gêneros. O trabalho de Aaron Copland é
inspirado na música folk estado-unidense. Paul Simon usou referências da música folk peruana e sul-
africana. A sitar indiana influenciou George Harrison, entre outros.
Música popular

A música popular data ainda de meados do século XIX, e foi desenvolvida no século XX.

Jazz

Jazz é a música caracterizada pelas notas do blues, pela síncope, swing, chamada e resposta,
polirritmia e improvisação. Possui suas origens na cultura da África Ocidental, nas tradições dos afro-
americanos e nas bandas militares européias. Após sua origem nas comunidades afro-americanas no
começo do século, o jazz ganhou popularidade internacional na década de 1920. Desde então, possui
grande influência pelo mundo tanto na música popular quanto erudita.

Rock and roll

O rock and roll emergiu como um gênero musical definido nos Estados Unidos na década de 1950, ainda
que seus elementos podem ser vistos em gravações de rhythm and blues da década de 1920. Alguns
autores utilizam 1955 como referência, ano da popularização de "Rock Around the Clock" de Bill Haley
no estilo rockabilly. Em sua forma original o rockabilly, combinava elementos do blues, boogie woogie,
swing e rhythm and blues, sendo também influenciado pela música folk, gospel e country.

Chuck Berry, Bo Diddley, Fats Domino e Elvis Presley foram artistas notáveis da década de 1950.
Considerado o primeiro astro do estilo, Elvis fez proliferar uma séries de outros artistas com a
mesma influência, como Jerry Lee Lewis, Buddy Holly e Little Richard. Ray Charles e Solomon Burke
souberam misturar o rock and roll com a música gospel e o rhythm and blues no ritmo da Soul Music na
década de 1960. Apesar de considerado como uma música profana e descartável pelas gerações
anteriores, a popularidade do rock cresceu na década seguinte até chegar ao ponto de tornar-se a
forma mais popular de música existente, já no final do século, com um conjunto bastante diversificado
de fãs pelo mundo.

O início da década de 1960 foi marcada por um recuo momentâneo do rock, que havia perdido seu
fôlego inicial, dando espaço para outras manifestações como a música folk. Os Beatles foram parte da
chamada "Invasão Britânica" na década de 1960; sendo bastante influentes ainda no século XXI. O
rock, inventado nos Estados Unidos, havia ganhado nova cara na Europa e voltado para sua terra natal.
Essa renovação marcou o início de uma época em que os músicos dos grupos musicais são responsáveis
também pela composição e pelas letras, não somente pela interpretação. A partir da segunda parte da
década de 1960, o nascimento e a expansão do movimento hippie influenciou o rock, trazendo a
improvisação ao rock e formando o rock psicodélico, com bandas como Jefferson Airplane. Essa
influência atravessou o Oceano Atlântico, e os Beatles produziram Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club
Band, frequentemente citado como o álbum mais influente da história do rock.

No final da década de 1960 após o auge do movimento hippie e do rock psicodélico, houve tentativas
em aproximar o rock ao jazz e ao blues, esse último sobrecarregando o rock e criando o que conhece-
se por hard rock. O rock progressivo foi um movimento que incorporou estruturas mais complexas ao
rock and roll, além da instrumentação do jazz e da música erudita. Predominantemente europeu,
começou no Reino Unido com bandas como King Crimson, Yes e Genesis, atingindo seu auge durante o
começo da década de 1970, quando álbuns como Dark Side of the Moon de Pink Floyd e Tubular Bells
de Mike Oldfield dominaram as paradas musicais.
Em 1975 o mundo conhece o Queen que chegou no topo das paradas com Bohemian rhapsody e com
apresentações teatrais ao vivo se assegurava como uma grande banda e alguns anos depois como uma
lenda do Rock.

Posteriormente, houve um reavivamento da década de 1980 com o rock neoprogressivo, e na década de


1990 com o metal progressivo, que tornou-se popular com bandas como Dream Theater.

As características mais marcantes do rock progressivo incluem composições longas, letras complexas,
diversificação de instrumentos musicais, marcas de tempo incomuns e longos solos.

O punk rock era originalmente uma forma de hard rock tocada em alta velocidade, com letras simples
e com poucos acordes. Originou-se durante meados da década de 1970 com bandas como Television,
Ramones e Sex Pistols. Era uma resposta crua aos excessos de virtuosidade e exuberância que o rock
havia atingido, e à crise econômica enfrentada pelo Reino Unido. A formação básica de uma banda do
gênero inclui um guitarrista, um baixista e um baterista. Se tornou muito influente e caracterizou uma
revolução musical, artística e comportamental. Ele diluiu e evoluiu posteriormente para o hardcore
punk (ainda mais rápido e com letras gritadas), a New Wave (influenciado pela música pop) e pós-punk
(underground, sombrio e experimental). Esses três gêneros também foram base para a formação do
punkabilly (uma fusão com o rockabilly), ska punk (fusão com o ska), grunge, pop punk, emo e rock
gótico, entre outros.

Bandas como os Red Hot Chili Peppers, Sonic Youth, Pearl Jam e Nirvana se tornaram influentes na
história da música popular a partir da década de 1990, por misturar o underground, o rock alternativo,
com o mainstream, o grande público, sendo consequentemente responsáveis pelo "boom" do indie pop
atual que também se intercalam entre estes dois extremos.

No Brasil dentro do rock tiveram grande importância num primeiro momento nomes como Rita Lee, Os
Mutantes, a Tropicália e, com a consolidação do gênero, num segundo momento Barão Vermelho, Legião
Urbana e os respectivos vocalistas Cazuza e Renato Russo. Como expoente do gênero frequentemente
é citado Raul Seixas, que obteve maior recorrência e apelo popular como artista transgeracional no
rock brasileiro.

Heavy metal

O heavy metal é uma forma de música caracterizada pela agressividade, pelos sons distorcidos, pelas
letras grandiosas e pela instrumentação virtuosa. O elemento central de sua existência é o uso dos
riffs como um elemento da melodia.

O gênero desenvolveu-se do blues, blues-rock e rock. Suas origens estão em bandas de hard rock
como Deep Purple, Led Zeppelin e Black Sabbath, que entre 1967 e 1974 misturaram o blues e o rock
e criaram um som híbrido, centrado nas guitarras e na bateria. Tais bandas foram seguidas de outras
como Judas Priest e Iron Maiden, altamente influenciadas pelo gênero. O heavy metal teve o auge de
sua popularidade durante a década de 1980 com bandas como Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax.
Ainda que não tão bem sucedido comercialmente como anteriormente, o gênero ainda no século XXI é
influente mundialmente, junto com suas diversas ramificações. Alguns sub-gêneros trouxeram
evolução ou uma convergência do heavy metal com outros gêneros, como o thrash metal, power metal,
death metal, metal sinfônico e black metal.
Disco, funk, hip hop e soul

Michael Jackson, o artista de disco, pop e black music mais importante do século XX

A música soul é fundamentalmente o rhythm and blues, que cresceu nas comunidades afro-americanas
de gospel e blues durante o final da década de 1950 nos Estados Unidos, atingindo seu auge em
meados da década seguinte. Seus principais pólos foram Tennessee e Detroit, apesar de se encontrar
cenas também em Nova Orleans, e sua principal referência é atualmente o músico James Brown. Com o
tempo, muitas das extensões do R&B na música popular foram também denominadas música soul. Esse
gênero tradicionalmente apresenta cantores solo, como Aretha Franklin.

O funk é um estilo distinto de música originado nas comunidades afro-americanas, como exemplificado
por James Brown, George Clinton e grupos como The Meters. Ele é reconhecido pelo ritmo em síncope,
fortes linhas de baixo, percussão e marcantes influências do jazz.

A música disco é uma música dançante que surgiu no início da década de 1970, principalmente do funk,
da salsa e da soul. Seu nome é uma referência à palavra francesa "discothèque", que significa
discoteca.

A música hip-hop é tradicionalmente composta do rap e do DJ, e surgiu quando DJs começaram a
isolar, repetir e mixar sons de percussão do funk e da disco. O estilo começou no final da década de
1970.

Música popular latina

A salsa é um ritmo predominantemente caribenho que é popular em diversos países da América Latina.
Este ritmo se mostrou tão importante para o século que sobreviveu até os dias atuais.

Reggae

O reggae é um ritmo de música popular que foi desenvolvido na Jamaica no final da década de 1960, e
cujas origens estão na música africana e caribenha, no rhythm and blues, no ska e no rocksteady. É
baseado em um ritmo de batidas regulares tal qual o ska e o rocksteady, porém com uma marcação de
tempo mais lenta. Seu artista mais conhecido foi o músico e ativista Bob Marley.

Já em meados da década de 1970, o ritmo já havia sido levado para a Europa, especialmente no Reino
Unido, influenciando bandas de rock como The Clash.

New Age

A música eletrônica e a world music, em conjunto com a música esotérica são elementos dos quais a
música New Age se desenvolveu. Os trabalhos desse gênero tendem a serem serenos, com a ajuda da
meditação. Artistas populares incluem Suzanne Ciani, Enya,Corciolli, Yanni, Kitaro e George Winston.

Música pop

Música pop é um termo usado para designar qualquer estilo de música popular, ou seja música que
atinge a maior parte da população. Distinguindo-se da clássica e da música folk [1]. O termo "Pop" pode
se referir a qualquer gênero popularmente difundido da música americana, rock, hip-hop, dance, R&B e
do country. Sendo assim a expressão "música pop" pode ser usada para designar qualquer estilo
popular que esteja em evidência e tenha suas origens da música popular norte-americana.

MPB

A MPB, sigla derivada da expressão Música Popular Brasileira, é um gênero musical surgido no Brasil
em meados da década de 1960.[1] A MPB surgiu a partir de 1966 na cidade do Rio de Janeiro com a
segunda geração da bossa nova, mas com uma forte influência do folclore brasileiro que já vinha desde
1932.[2] Na prática, a sigla MPB anunciou uma fusão de dois movimentos musicais até então
divergentes, a bossa nova e o engajamento folclórico dos Centros Populares de Cultura da União
Nacional dos Estudantes. Os primeiros defendendo a sofisticação musical e os segundos, a fidelidade
à música de raiz brasileira. Seus propósitos se misturaram e, com o golpe de 1964, os dois movimentos
se tornaram uma frente ampla cultural contra o regime militar, adotando a sigla MPB na sua bandeira
de luta.

A Jovem Guarda e a Tropicália são movimentos musicais que fazem parte da MPB, mas a Tropicália
se identificou mais com a MPB do que a Jovem Guarda devido as misturas de ritmos nacionais com as
internacionais.

A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas foi mudando e incorporando elementos
de procedências várias, até pela pouca resistência, por parte dos músicos, em misturar gêneros
musicais. Esta diversidade é até saudada como uma das marcas deste gênero musical. Pela própria
hibridez, é difícil defini-la.

O nome MPB pode, em determinados momentos, criar confusão por aparentemente se referir a
qualquer música popular do Brasil, porém é importante diferenciar MPB - o estilo musical - de outros,
como o samba, o choro, a bossa nova etc. Apesar de todos terem ligações, não são a mesma coisa.
Assim como a bossa nova, a MPB foi uma tentativa de produzir uma música brasileira "nacional" a
partir de estilos tradicionais. A MPB teve um impacto considerável na década de 1960, em grande
parte graças a vários festivais de música na televisão.

O termo "música popular brasileira" já era utilizado no início do século XX, sem entretanto definir um
movimento ou grupo de artistas.[4][2] No ano de 1945, o livro "Música popular brasileira", de Oneyda
Alvarenga, relaciona o termo a manifestações populares, como o bumba-meu-boi. Somente duas
décadas depois ganharia também a sigla MPB e a concepção que se tem do termo. A MPB surgiu
exatamente em um momento de declínio da bossa nova, gênero renovador na música brasileira surgido
na segunda metade da década de 1950. Influenciado pelo jazz norte-americano, a bossa nova deu
novas marcas ao samba tradicional.

Mas na primeira metade da década de 1960, a bossa nova passaria por transformações e, a partir de
uma nova geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela
década. A MPB, vagamente entendida como um estilo musical, iniciou-se em meados dos anos 1960, com
o acrônimo sendo aplicado a tipos de música não-elétricas, que surgiram após o início, origem e
evolução da bossa nova.

Inicialmente, o estilo que seria conhecido como MPB era denominado como Música Popular Moderna
(MPM), terminologia utilizada pela primeira vez em 1965, para identificar canções que já se
diferenciavam da bossa nova, que não eram samba, nem moda ou marchinha, mas que aproveitavam
simultaneamente a suavidade do repertório da bossa nova, o carisma das tradições regionais e o
cosmopolitismo de canções norte-americanas, que se tornaram conhecidas do público brasileiro por
meio do cinema.

Um dos primeiros exemplos de canção rotulada como MPM foi “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinícius de
Moraes, que em 1965, interpretada por Elis Regina, venceu o 1º Festival de Música Popular da TV
Excelsior. Em 1966, o samba "Pedro Pedreiro", de Chico Buarque, também foi classificado como MPM,
pois não era bossa nova, nem jovem guarda e nem música de protesto.

Também em 1966, um conjunto vocal de Niterói, até então conhecido como "Quarteto do CPC" (sigla
do Centro Popular de Cultura), adotou o nome "MPB 4". Na virada da década de 1960 para a de 1970,
deixou-se de adotar a sigla MPM que foi substituída pela sigla MPB.

Os artistas e o público da MPB foram em grande parte ligados aos estudantes e intelectuais, fazendo
com que mais tarde a MPB fosse conhecida como "a música da universidade."

O início da MPB é frequentemente associado à interpretação feita por Elis Regina da canção Arrastão,
de Vinicius de Moraes e Edu Lobo. Em 1965, um mês depois de celebrar seu 20 º aniversário, Elis
apareceu no nacional transmissão do Festival de Música Popular Brasileira e cantou a música, que foi
lançada como single, e se tornou o single mais vendido na história da música brasileira naquela época,
levando a cantora ao estrelato. Arrastão foi defendida, em 1965, por Elis no I Festival de Música
Popular Brasileira (TV Excelsior, Guarujá-SP). A partir dali, difundiram-se artistas novatos, filhos da
bossa nova, como Geraldo Vandré, Taiguara, Edu Lobo e Chico Buarque, que apareciam com frequência
em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de
bossa nova. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em 1966), Disparada,
de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da bossa
para MPB.

O mais antigo elemento emprestado da bossa nova à MPB é a crítica velada da injustiça social e da
repressão governamental, muitas vezes baseadas em uma oposição de cunho progressista à cena
política caracterizada pela ditadura militar, a concentração da propriedade da terra, e imperialismo. A
variação dentro de MPB foi o movimento artístico de curta duração, mas influente, conhecida como
Tropicália.

Depois, a MPB passou a abranger outras misturas de ritmos como a do rock, soul, funk e o samba
(dando origem aos estilos conhecidos como samba-rock e samba funk), além da música pop, tendo
como artistas famosos Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Tim Maia, Gal Costa, Chico Buarque e outros e no
fim da década de 1990 a mistura da música latina influenciada pelo reggae e o samba, dando origem a
um gênero conhecido como samba reggae, além de outras fusões como o axé music e o Manguebeat.

ATIVIDADE AVALIATIVA (ENTREGA DIA 03/09/21)


1. Faça um mapa conceitual sobre o assunto estudado, elencando os conceitos mais importantes do
mesmo. (se preferir, faça um resumo)

2. Pesquise sobre o estilo musical que você mais gosta e faça um relato de sua história, principais
artistas e músicas.

3. Escolha um (artista, dupla ou banda) e fale sobre ele, seus maiores sucessos e sua importância
para o cenário nacional no campo cultural, musical, político, econômico, influência em
comportamentos e roupas, gírias e adereços.

4. Escolha uma letra do artista e faça uma interpretação da mesma, seus objetivos, contexto
histórico, o que ele quis dizer com essa letra, que público pretendia atingir, etc.
Obs.: Se for internacional, traduza e interprete.

5. Ilustre seu trabalho com imagens, fotos ou links de shows e vídeos, entrevistas ou
documentários.

6. Crie uma paródia de uma música conhecida, ou um rap (na sala de aula)

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