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SUMÁRIO
1 – Introdução ao marketing esportivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1 O esporte e o homem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. O esporte e a comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1 5º P do marketing esportivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5. A indústria do esporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5.1 Distribuição do esporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.2 Tipos de preço no esporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5.3 Mercados do esporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
7. Patrocínio esportivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
1. INTRODUÇÃO
Este módulo abordará as estratégias empresariais que envolvem o planejamento de marketing
esportivo de uma empresa patrocinadora e também a formulação de estratégias que visam maximizar
os investimentos no segmento esportivo.
Por que uma multidão imensa pode ser levada até ao delírio por um jogo de futebol? A
intensidade do jogo e seu poder de fascinação não podem ser explicados por análises
biológicas. E, contudo, é nessa intensidade, nessa fascinação, nessa capacidade de
excitar que reside a própria essência e a característica primordial do jogo.A existência
das práticas esportivas não é novidade na história da humanidade, como nos faz
lembrar a política de pão e circo dos antigos Césares no Império Romano, e sua
exploração por aqueles que desejam obter lucro e poder também não é recente, mas
foi nas últimas décadas que o assunto passou a ser abordado de maneira acadêmica
em subáreas do conhecimento.
Atualmente desporto, desporte ou esporte pode ser classificado como atividade física ou mental,
devidamente regrada e praticada entre dois ou mais oponentes. Também podem ser praticadas por
apenas um único participante sem objetivos competitivos.
Segundo Pozzi (1998), o esporte pode ser definido como toda atividade física que cause um
impacto ou um confronto entre uma pessoa e o seu adversário.
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O esporte de hoje, extremamente competitivo e capitalista, foi criado e moldado nas antigas
escolas da Inglaterra do século XVIII, berço do capitalismo, mas foi no Período Vitoriano, no século
XIX, que o esporte foi empregado como ferramenta pedagógica e passou a ser exportado como
modelo de educação inglesa, tanto para as colônias britânicas como para lugares onde o império
tinha algum interesse econômico.
Para melhor compreensão do esporte moderno convém dividi-lo em duas categorias distintas:
sua prática e sua exploração como conteúdo de mídia.
• Esporte como produto de participação – Envolve todos os aspectos da prática esportiva, tais
como a produção e venda de materiais esportivos, o setor fitness, a locação de quadras etc.
• Esporte como produto de exibição – Engloba o volume movimentado pelo esporte enquanto
conteúdo midiático, tais como direitos de transmissões esportivas, patrocínios, licenciamento,
organização de eventos esportivos, arrecadação de arenas e ginásios etc.
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Como podemos observar, o esporte contemporâneo está cada vez mais intrinsecamente ligado
aos fenômenos de sua exibição por todo tipo de mídia. Aliás, as novas formas de exibição do
conteúdo esportivo estão “virando de cabeça para baixo” toda a estrutura até então vigente. Vide
o polêmico caso da exibição do clássico do futebol paranaense (Atlético × Coritiba) pelo Youtube e
sua repercussão junto ao meio esportivo. Dessa maneira, torna-se impossível desvincular o esporte
da ciência comunicação.
Assim sendo, para criarmos os alicerces necessários a uma melhor compreensão, abordaremos
neste módulo com mais profundidade alguns tópicos referentes à comunicação.
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2. O ESPORTE E A COMUNICAÇÃO
Conforme observamos em estudos anteriores, o marketing pode ser expresso no composto de
marketing, ou, ainda, teoria dos 4 Ps (produto, preço, praça e promoção).
Quando nos debruçamos sobre a teoria dos 4 Ps, podemos observar que aspectos ligados ao
produto, preço e praça estão atrelados a modelos de gestão empresarial, ou à administração de
empresas, enquanto o elemento promoção está intimamente ligado a decisões comunicacionais,
ou mix de comunicação, conforme podemos observar na figura a seguir:
A natureza ampla do marketing esportivo nos remete a três tipos distintos de compostos de
marketing:
• Produtos do esporte
• Benefício central – A busca pela qualidade de vida. O produto gerado nesse composto de
marketing tem como objetivo principal atender à necessidade das pessoas que desejam
praticar uma atividade física.
• Produtos relacionados ao esporte
• Benefício central – O indivíduo faz uso do esporte como elemento de sua identidade. Assim, o
produto originário desse composto de marketing tem seu principal valor no aspecto representativo
ou simbólico.
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Figura 3 – 5 Ps.
Ambiente
Praça
Promoção Relações
Públicas
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O conceito acadêmico foi utilizado pela primeira vez em 1978 pela Advertising Age. Isso não
significa que o marketing esportivo não fosse praticado anteriormente, pois sua aplicação deriva
do conceito do marketing institucional.
Fonte: Tooykrub / Shutterstock.com
Melo Neto e Carvalho (2006) destacam que o marketing institucional está relacionado diretamente
à estratégia de comunicação da empresa, cujo foco se dá principalmente na constituição da
personalidade da marca, enquanto o marketing de produto se preocupa com a gestão e o lançamento
de produtos no mercado.
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Assim como outras vertentes – marketing político, social, pessoal, ecológico, religioso, cultural
–, o marketing esportivo também é derivado do conceito de marketing institucional, ou marketing
de ideias.
O marketing esportivo representa uma poderosa ferramenta, capaz de criar um diferencial tanto
para produtos ou serviços, como para as empresas que oferecem tais bens ao mercado.
Para Melo (2003 apud Pozzi, 1998), o marketing esportivo é um tipo de marketing promocional
que difere da publicidade tradicional pelas seguintes atribuições:
• Em uma estratégia de marketing esportivo o público é muito mais que um objetivo a ser
alcançado. O consumidor é envolvido emocionalmente, e se torna um agente ativo do processo.
Ele veste sua marca com orgulho e a reveste de sentimentos e personalidade.
• A comunicação através do esporte chega ao consumidor de maneira muito mais rápida e
direta, o que possibilita um maior nível de interatividade com o público.
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• Comparativamente, a qualidade dos produtos é similar nos dias de hoje, surgindo assim a
necessidade de novos diferenciais entre as marcas. O marketing esportivo pode colaborar
nesse processo, pois tem a propriedade de aproximar a marca do consumidor com menor
risco, custos relativamente menores e grande margem de êxito.
• Ao tornar o consumidor um membro ativo nas atuações do mercado, uma instituição pode manter
mais facilmente a fidelidade entre ela e o cliente. A forma como é processada a informação
de um anúncio voltado ao esporte também é um fator pertinente no marketing esportivo, pois
a associação da marca a elementos positivos torna-a também positiva.
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O marketing esportivo tem algumas características que o distingue de outras áreas do marketing
tais como:
• Ao mesmo tempo que competem entre si, as organizações esportivas também colaboram
entre si. A essência do esporte é a competição e eu, organização esportiva, preciso do meu
concorrente. E preciso dele forte para que o produto final seja valorizado, principalmente
quando falamos de esporte de rendimento/competição.
• O consumidor dos produtos da indústria do esporte é fiel. É fiel ao seu time, fiel à sua marca,
fiel ao seu produto. Se eu, torcedor, estou em uma loja e o produto do meu time custa o dobro
do produto do time rival, ainda assim vou comprar o produto do meu time.
• O consumidor se sente parte integrante da instituição esportiva e se sente especialista para
opinar sobre todos os aspectos daquela atividade/produto.
• O produto da indústria do esporte geralmente é subjetivo. A mensuração de sua qualidade
varia muito de consumidor para consumidor com predomínio de critérios subjetivos na análise.
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• O esporte e seus produtos geralmente são consumidos publicamente e ao vivo (real time).
Excetuando os produtos para prática do esporte, os produtos desta indústria são consumidos
publicamente e naquele momento. O produto pode ser imprevisível. Quem poderia imaginar
que nas oitavas de final da UCL 2016/2017 o Barcelona ganharia de 6 × 1 do Paris Saint
Germain depois de ter perdido o primeiro jogo por 0 × 4. Por vezes o preço do esporte é difícil
de ser estimado pois os critérios são subjetivos. Produto pode ser ao mesmo tempo tangível
e intangível.
Para uma melhor compreensão de um conceito tão abrangente e por vezes até vago Mullin,
Hardy e Sutton (2008) diferenciam o marketing esportivo em duas vertentes práticas: marketing do
esporte e marketing através do esporte.
SAIBA MAIS
Leia o artigo O estudo do Marketing Esportivo e seu impacto sobre a sociedade, resultado da
elaboração de um projeto de pesquisa que chama a atenção para a importância do papel que o
marketing exerce no esporte e o impacto que ele causa no meio social.
Link: <http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/4mostra/pdfs/262.pdf>.
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Os objetivos das organizações que praticam o marketing do esporte é gerar receitas para custear
o esporte de alto rendimento. Portanto, tais instituições empregam o ferramental do marketing
(4 Ps) em suas operações, para assim atingir os objetivos de marketing (elevar lucro, aumentar a
participação de mercado etc.). Seu público-alvo é composto de consumidores finais (torcedores)
e empresas que desejam vincular de alguma forma sua imagem à instituição esportiva ou a seus
atletas.
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Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Confedera%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_de_Futebol.
svg>; <http://www.robsonpiresxerife.com/wp-content/uploads/2016/01/fifa.png>; <https://commons.
wikimedia.org/wiki/File:Brazilian_Olympic_Committee_logo.svg> e <https://pt.wikipedia.org/wiki/
Ficheiro:VoleiBrasil.png>.As estratégias empregadas para esse fim pelas organizações são:
• conquista de patrocínios;
• venda de ingressos;
• venda de direito de imagem;
• venda dos direitos de transmissão tanto para as empresas de TV quanto para as novas mídias;
• venda de produtos licenciados;
• exploração comercial de suas arenas com locação de camarotes, entretenimento no Match
Day, aproveitamento e rentabilização do espaço dessas arenas;
• naming rights etc.
ABA ACONTECEU
Nem sempre são os patrocinadores que vencem o jogo nos campeonatos; a Fifa já notificou 450
casos relacionados à Copa de 2014. Leia alguns exemplos na matéria a seguir: 10 ações de marketing
de emboscada no esporte.
Link: <http://exame.abril.com.br/marketing/10-acoes-de-marketing-de-emboscada-em-torneios-
esportivos/>
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• patrocinar eventos;
• patrocinar equipes;
• patrocinar atletas;
• anunciar suas marcas em programas esportivos;
• licenciar produtos;
• ocupar as instalações esportivas – naming rights etc.
Melo Neto e Carvalho (2006) classificam assim as diferenças entre as estratégias de marketing
esportivo:
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2 - Estratégia (de que forma) Uso do esporte em ações de Uso do marketing em suas
marketing ações de gestão do esporte
Uma ressalva importante sobre o setor de marcas fornecedoras de material esportivo: embora
a atividade fim de seus negócios as conecte ao universo do marketing do esporte, uma vez que
estão intrinsecamente ligadas ao mundo do esporte, as estratégias empregadas são tipicamente
de patrocínio. Assim, podemos enquadrá-las também no marketing através do esporte.
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Propriedade Patrocinador
Quer: Quer:
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No Brasil o conceito moderno de marketing esportivo aportou ainda no fim da década de 1970
com o patrocínio do vôlei. Graças às estratégias pioneiras das empresas Pirelli, em São Paulo, e
Atlântica Boa Vista (incorporada pelo Bradesco), no Rio de Janeiro, o esporte cresceu vertiginosamente,
levando o país ao mais alto patamar da modalidade, servindo inclusive de referência para as demais
modalidades.
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5. A INDÚSTRIA DO ESPORTE
Podemos definir a indústria do esporte como o conjunto de atividades econômicas relacionadas
com a produção e o consumo do esporte e de atividades físicas similares. Para Nogueira (2010) o
esporte é uma atividade econômica que pertence à indústria do entretenimento e cultura. Estima-
se que a indústria do esporte movimente cerca de US$ 1 trilhão em todo o mundo (dados de 2012).
No Brasil essa indústria movimenta mais de R$ 50 bilhões e representa cerca de 2% do seu PIB.
Existem no país cerca de 300 estádios de futebol e mais de 8 mil equipes organizadas que disputam
a modalidade. No mundo todo o esporte emprega mais de 1 milhão de pessoas em empregos diretos
e indiretos, e deve movimentar entre R$ 75 e R$ 100 bilhões anualmente.
Cerca de 70% do valor produzido pelo esporte no Brasil advém da fabricação e vendas de
material esportivo. Outros 26% são gerados com a prestação de serviços esportivos (academias,
clubes, patrocínios, direitos de TV, arrecadação de jogos, licenciamentos, salários de atletas etc.).
O restante se refere a itens como infraestrutura, transporte e hospedagem.
Industria do esporte
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São inúmeros produtos e serviços produzidos pela indústria do esporte. Podemos analisar as
características desses produtos a partir de seu composto de marketing.
Os produtos esportivos são constituídos por dois elementos importantes que se completam:
• Elementos tangíveis: os elementos tangíveis são palpáveis, como a própria modalidade esportiva,
os participantes do jogo, as equipes, a competição, uniformes, artigos esportivos etc.
• Elementos intangíveis: a parte intangível do esporte não é palpável, mas pode ser percebida
em forma de sentimentos, como o orgulho, vibração, satisfação, alegria, emoção, raiva etc.
ABA CURIOSIDADE
A indústria do esporte exige dos profissionais muito mais do que boa formação. Leia o artigo abaixo,
que lista as principais características de um bom profissional.
Link: <http://www.mktesportivo.com/2017/03/industria-do-esporte-e-importancia-de-buscar-
profissionalizacao/>.
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• Distribuição exclusiva do esporte: trabalhar com um único intermediário para levar o produto
da indústria do esporte até o consumidor. Exemplo: transmissão exclusiva de um evento
esportivo por uma única emissora.
• Distribuição seletiva do esporte: trabalhar com poucos intermediários na distribuição de
produtos da indústria do esporte. Exemplo: venda de ingressos para um jogo em alguns pontos
de vendas.
• Distribuição intensiva do esporte: trabalhar com muitos canais de distribuição de produtos
do esporte. Exemplo: venda de artigos esportivos em inúmeros pontos.
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• ingresso;
• taxa de licenciamento;
• matrícula;
• mensalidade;
• direito federativo;
• direito de imagem;
• salários;
• locação;
• comissão;
• taxa de patrocínio;
• taxa de manutenção;
• diretos de transmissão;
• joia.
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Figura 12 – Esporte.
• Mercado praticante: está ligado aos praticantes do esporte. Exemplo: venda de material
esportivo.
• Mercado espectador: destinado a abastecer as pessoas que acompanham o esporte por
meio da mídia. Incluem torcedores, telespectadores, ouvintes de rádio, leitores de jornais etc.
Exemplo: programas esportivos.
• Mercado voluntário: indivíduos que dedicam seu tempo livre a ajudar o esporte a crescer.
Exemplo: voluntários para trabalhar nos jogos olímpicos.
• Mercado anunciante: organizações que anunciam seus produtos e marcas na mídia esportiva.
Porém, seus recursos não abastecem diretamente a indústria do esporte. Exemplo: anunciar
produtos em programas esportivos.
• Observação: embora parte da imprensa e do público considerem essas empresas como
patrocinadoras, não podemos assim considerá-las, como veremos a seguir.
• Mercado patrocinador: organizações que buscam uma associação direta de seus produtos com
o esporte. O aporte de recursos é empregado diretamente no esporte. Exemplo: patrocinadores
das equipes esportivas.
• Mercado de afinidade: explora a paixão das pessoas por uma determinada agremiação, atleta,
estilo de vida ligado ao esporte etc. Os símbolos, escudos, logos e marcas que retratam
personalidades do mundo dos esportes são reproduzidos nos produtos. Exemplo: produtos
licenciados dos clubes de futebol.
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As instituições esportivas também são marcas do esporte. As equipes, das mais diversas
modalidades, são exemplos de marcas pelas quais os consumidores (torcedores) têm um grande
grau de devoção. Essa devoção é cobiçada pelas marcas tradicionais, que almejam a criação de
diferenciais por meio da associação ao esporte.
Os consumidores modernos exigem muito além da qualidade dos produtos e serviços a eles
oferecidos. Portanto, o simples posicionamento de qualidade não é mais um elemento distintivo
entre as grandes marcas. O consumidor em geral, não só no esporte, quer mostrar e experimentar o
produto/evento. Experimentar no sentido de viver aquela experiência, compartilhar nas redes sociais.
Dessa maneira surge um novo conceito mercadológico que objetiva emocionar os consumidores
de uma marca: o marketing experimental. As marcas conseguem assim emanar sensações afetivas
e cognitivas, que geram experiências memoriais e compensatórias (MELO NETO; CARVALHO, 2006).
Assim sendo, o marketing esportivo vai ser uma ferramenta das empresas na busca por emocionar
seus consumidores. Cabe então a formulação de uma nova estratégia na gestão de marcas. E mais
do que qualquer outro ramo da indústria o esporte é terreno propício para essa “experimentação”.
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Gerencimento
da comuncação
da marca
Gestão da Gerenciamento
fidelidade à da extensão da
marca marca
Gestão de
marca
Gestão da Gerenciamento
integridade da da proposta
marca e valor da
marca
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• O célebre caso do Banco do Brasil surge como principal referência nesse tipo de estratégia.
No início da década de 1990, o banco estatal possuía uma imagem envelhecida perante o
público. Por meio do patrocínio da seleção brasileira de voleibol e da conquista da medalha
de ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992, houve o rejuvenescimento da marca do
Banco do Brasil. Em seguida a estratégia foi ampliada com a “criação” de um esporte, o vôlei
de praia, figurando o Banco do Brasil como seu principal parceiro, o que contribuiu ainda mais
para essa nova percepção do banco junto ao mercado e ao público.
• Gestão da integridade da marca através do esporte
• É a valorização da marca por meio de associações com a modalidade esportiva. A associação
da Parmalat com o patrocínio ao Palmeiras é um exemplo. A marca de leite se associou à
imagem saudável dos atletas vitoriosos.
• Gestão da fidelidade à marca através do esporte
• Consiste na transferência do amor depositado em uma equipe, atleta ou, até mesmo, estilo de
vida para os produtos e marcas patrocinadoras. A inserção do símbolo do Corinthians com a
inscrição “Pepsi é da Fiel” nas latas de refrigerante da marca é um exemplo dessa estratégia.
Mais adiante vamos falar sobre e estudar melhor a aplicação desses modelos nas estratégias
de marketing esportivo.
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7. PATROCÍNIO ESPORTIVO
O patrocínio esportivo é o elo entre o marketing do esporte e o marketing através do esporte.
São inúmeras as formas de patrocínio que o mercado oferece às empresas interessadas. Mullin,
Hardy e Sutton (2004) afirmam que são tantas opções distintas entre si que o termo mais completo
para abranger o conceito seria o de Licenciamento Promocional.
Para os autores, o Licenciamento Promocional não se limita à simples exposição da marca como
previsto no patrocínio, mas sim sugere uma série de benefícios pactuados no contrato, tais como:
• Cessão dos direitos do uso promocional do logo e imagem do patrocinado. Esses direitos podem
ser utilizados em peças de propaganda e publicidade e em ativações junto aos torcedores e
consumidores do esporte.
• Direito de exclusividade na categoria de produto. A empresa patrocinadora possui todos os
direitos e impede a entrada dos concorrentes.
• Direito de nominar o patrocínio da equipe ou evento patrocinado. É a adoção da estratégia de
naming rights.
Em comparação com muitas outras atividades promocionais, as quais são realizadas
amiúde isoladamente, as de patrocínio são mais integradas e formadas por uma
variedade de componentes promocionais e de marketing (MULLIN; HARDY; SUTTON,
2004, p. 192).
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Mix de promoção/comunicações
Publicidade
Propaganda
Promoção de vendas
Venda pessoal
Licenciamento
promocional
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O esporte profissional de alto rendimento depende de investimentos por parte das empresas para
tornar-se competitivo. A parceria por meio do patrocínio esportivo deve proporcionar benefícios mútuos
com responsabilidades compartilhadas, além da transparência no processo de relacionamento.
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Existe uma série de posturas estratégicas a serviço das corporações que utilizam um programa
de patrocínio esportivo. Para escolher a ação mais indicada deve-se considerar os objetivos de
comunicação e marketing das empresas, o perfil do esporte em questão, entre outras variáveis.
Portanto, não existe uma estratégia de marketing esportivo universal capaz de atender a todas as
empresas, uma vez que cada instituição é distinta das demais em tamanho, objetivos corporativos,
perfil de mercado etc.
Tais marcas pulverizam suas imagens pela mídia em geral, fazendo uso de um mix de comunicação
diversificado que envolve, além da propaganda tradicional, uma política de patrocínio e outras ações
diferenciadas.
A estratégia de reforço de imagem é indicada para grandes marcas e grandes patrocínios com
cobertura da mídia, e basta evidenciar o logotipo dos patrocinadores em locais estratégicos e o
público reconhecerá com facilidade.
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Objetivos:
Ações:
Seus elementos gráficos (logotipo) não são de domínio dos consumidores, e precisam de uma
ação de comunicação complementar para transmitir sua mensagem ao mercado.
Portanto, é uma estratégia indicada para marcas desconhecidas do público, que por conta
disso necessitam de estratégia complementar de comunicação e marketing para informar aos
consumidores sua existência e seus atributos.
Objetivos:
Ações:
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Mesmo uma marca consagrada pode buscar novos atributos, e nesses casos o marketing
esportivo pode servir de ferramenta para alcançar esse objetivo mercadológico.
Objetivos:
Ações:
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A empresa, por meio de ações criativas com o público, busca antes, durante ou, até mesmo,
após o patrocínio oferecer seus produtos e serviços para consumo imediato e/ou futuro.
Portanto, o patrocinador tem como objetivo aproveitar a ação para vender diretamente seus
produtos. Essa modalidade pode ser útil em patrocínios menores, sem grande cobertura da mídia,
pois permite ao patrocinador um benefício direto com a ação.
Objetivos:
• alavancar vendas;
• prospectar novos negócios;
• interagir com o público.
Ações:
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As marcas patrocinadoras desejam se apropriar do amor dos torcedores pelos seus times e
atletas. Existe o desejo das empresas em converter a relação emocional em relação de consumo.
Figura 15 – Gestão.
Gestão da marca
Uma maneira de evitar esse problema é patrocinar ambas as equipes, agradando assim todas as
facções locais. Em praças como Rio Grande do Sul (Grêmio e Internacional), Minas Gerais (Atlético
e Cruzeiro) e Bahia (Vitória e Bahia) é comum encontrarmos a mesma empresa patrocinando os
grandes times locais.
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Objetivos:
Ações:
• estampar imagens alusivas ao esporte nas embalagens dos produtos das empresas
patrocinadoras;
• desenvolver campanhas promocionais vinculando as marcas ao esporte e aos atletas
patrocinados.
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Para isso se faz necessário distribuir ingressos ou receber convidados em camarotes exclusivos.
Portanto, o patrocinador necessita receber ingressos e dispor de espaços para ações promocionais.
A empresa deve operar como anfitriã do espetáculo e garantir uma experiência agradável aos
convidados.
Objetivos:
Ações:
Melo Neto e Carvalho (2006) propõem um modelo de gestão de marcas que pode auxiliar nesse
sentido. O modelo em questão é tridimensional, por englobar as seguintes dimensões: o gerenciamento
da marca do patrocinador, as ações de marketing esportivo e o desempenho das empresas.
As ações de marketing esportivo envolvem a definição do foco das ações de marketing. Para
isso, considera a adoção de estratégias com o foco institucional da empresa (imagem corporativa),
empresarial (comercialização de produto) ou, ainda, ambas as estratégias, em conjunto.
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Controle
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1. Reunião de informações.
2. Análise da situação.
3. Definição de missão, valores, objetivos/metas, estratégias, decisões e controle.
4. Redação do plano estratégico.
• Introdução.
• Sumário.
• Análise de situação, incluindo:
Objetivos de marketing:
• Metas do plano.
• Estratégias de marketing.
• Prazos e responsabilidades.
• Promoção de vendas.
• Orçamentos.
• Demonstrativo de resultados.
• Controles.
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Uma das premissas das pesquisas não é apurar o que você já sabe, mas sim aquilo que você não
sabe, identificando e satisfazendo as necessidades e os desejos do consumidor, e isso só é feito
prevendo ou criando tendências. Para tal as pesquisas devem ser precisas e ter amostragem ampla.
O plano precisa ter forma de documento escrito e deve ser claro e conciso, escrito de maneira
simples e de fácil compreensão para que todos os colaboradores da instituição esportiva possam
entendê-lo e aplicá-lo com suas responsabilidades bem definidas. Se isso não for feito, a implementação
do plano terá chances enormes de fracassar.
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◊ Concorrência – Estúdios e academias. Outros três mais antigos e dois franqueados de uma
empresa de abrangência nacional.
◊ Produtos substitutos – Qualquer atividade física, desde aquelas sem custo até as mais
caras e personalizadas.
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◊ Financeiro – Faturamento crescendo com rapidez e com ganhos estáveis mesmo em épocas
recessivas. Baixa inadimplência; não há controle adequado dos gastos e não há separação
entre contas pessoais dos sócios e da empresa.
◊ Não há espaço para expansão física. Possuem armários e uma das unidades possui vestiário
com chuveiros. Possuem estacionamento.
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Fonte: chase4concept/ Shutterstock.com
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Partindo-se do ponto de vista das empresas (marketing através do esporte), os principais pontos
a se considerar em uma proposta de patrocínio consistem na imagem corporativa da empresa e na
adequação do projeto ao mercado-alvo a ser atingido, porém os aspectos devem ser considerados
em um processo de avaliação de patrocínio.
Figura 19 – Avaliação.
Fonte: Pincasso/ Shutterstock.com
A empresa deve analisar uma série de pontos relevantes de um projeto, a fim de verificar sua
viabilidade e comparar com as outras opções que o mercado oferece. Deve-se ainda considerar os
custos da proposta diante dos benefícios oferecidos.
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Uma empresa que planeja adotar uma estratégia de marketing esportivo deve analisar
criteriosamente os projetos apresentados, a fim de compará-los e pontuá-los com base na observação
da capacidade deles de atender às necessidades mais importantes de cada organização.
Vale ressaltar aqui que, em razão da natureza específica de cada empresa e do mercado no
qual ela atua, os tópicos observados podem variar consideravelmente. Portanto, deve-se elencar
os aspectos mais relevantes de cada setor de negócios.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste material acadêmico foi produzir conhecimento científico, bem como fornecer
o ferramental mercadológico destinado aos profissionais interessados em atuar no segmento de
negócios relacionados ao ramo esportivo.
A visão contemplada nesta parte do curso foi empresarial, ou seja, das empresas que almejam
valorizar suas marcas e produtos por meio da associação com os atributos do esporte, como
também se beneficiar da visibilidade que ele possui.
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GLOSSÁRIO
Matriz SWOT: SWOT é uma sigla em inglês formada pelas iniciais das palavras Strengths (Forças),
Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Em português é
chamada de análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças). Essa matriz é uma
ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente) e é usada como base
para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas, em razão de sua
simplicidade, pode ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um
blog à gestão de uma multinacional. Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_SWOT>.
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BIBLIOGRAFIA
AFIF, A. A bola da vez: o marketing esportivo como estratégia de sucesso. São Paulo: Infinito,
2000.
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