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Melhoria contínua

SMED – Single Minute Exchange of Die

Contribuir para a redução do tempo


de preparação do sistema produtivo Aumentar a produtividade e a
para a execução de um dado lote agilidade da resposta ao mercado

PORQUÊ ?
O tempo de preparação de equipamentos e dispositivos periféricos do posto de trabalho é
uma operação sem valor acrescentado para o produto.

A sua redução tem um efeito directo no aumento do tempo disponível para produção e na
redução do tempo total do ciclo de produção.
Contribuiu para
• o incremento da produtividade,
• a adaptação das cadências de produção às flutuações da procura (“just-in-time”).

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SMED – Single Minute Exchange of Die

Numa perspectiva da história:

O problema:
O SMED surgiu da experiência real adquirida pelo Sr. Shingo ao resolver os problemas de
falta de produtividade de um conjunto de prensas, na fábrica da MAZDA em Hiroshima.

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SMED – Single Minute Exchange of Die

Numa perspectiva da história:

O diagnóstico:
O Sr. Shingo verificou que os tempos de não-produção eram elevados e que o motivo
eram as demoradas e frequentes actividades de mudança de ferramenta nas prensas para
iniciar um novo lote. Analisou a forma como os operadores realizavam as mudanças de
ferramentas. Descreveu e quantificou em tempo todas as operações efectuadas e
apercebeu-se que as operações envolvidas eram de 2 categorias.

1. Operações internas, como a montagem e desmontagem das ferramentas, que só


podem ser executadas com a máquina parada.

2. Operações externas, como o transporte das ferramentas para a área de


armazenamento, ou desta para junto da máquina, que podem ser realizadas com a
máquina em produção.

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SMED – Single Minute Exchange of Die

A resolução:
O Sr. Shingo classificou todas as operações em internas ou externas. Para estas últimas
definiu procedimentos detalhados, com o objectivo de garantir que tudo o que fosse
necessário para executar eficientemente uma mudança de ferramenta, esteja
devidamente preparado e disponível junto à máquina no instante exacto da conclusão do
lote anterior. Esta definição foi referenciada como o primeiro passo do SMED.

De seguida, no que designou por segundo passo, dirigiu a análise e o esforço para a
transformação de operações internas em operações externas e para a organização,
sistematização de procedimentos e re-engenharia das operações que têm que ser
executadas com a máquina parada.

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SMED – Single Minute Exchange of Die

Sequência básica do procedimento de mudança de ferramentas


1. Preparação e ajustamentos, verificação de ferramentas, matérias- primas, etc..
Garantir que tudo o que é necessário está nos seus devidos lugares e em boas condições
de funcionamento.

2. Montagem e desmontagem de ferramentas. Proceder à desmontagem da ferramenta


anterior e à montagem da nova no equipamento de produção.

3. Medidas, ajustamentos e calibrações. Realizar medidas e calibrações para que a


produção possa começar (centragem, medições de temperaturas, pressões, caudais…).

4. Provas de produção e ajustamentos. Realizar peças teste e analisar a conformidade.


Em função dos resultados proceder aos ajustamentos necessários.

Quanto maior for o esforço e a sistematização do trabalho envolvido nos três


primeiros passos, mais rápido e eficaz se torna o processo de ajustamento final.

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Alguns procedimentos para a redução do tempo de mudança de ferramentas


Estudar detalhadamente as condições na área da produção:
1. Identificar as operações e aplicar cronometragens às operações efectuadas,
2. Entrevistar os operadores,
3. Gravar em vídeo de toda a operação de mudança de ferramenta.

Assegurar que as operações externas são feitas com a máquina a produzir o lote anterior.
1. Lista de verificações. Listagem dos componentes, tarefas e parâmetros
processuais a verificar na operação de mudança de ferramenta. As verificações
listadas têm de ser cumpridas pelo operador durante a execução do lote anterior.
2. Mesa de verificação associada a cada máquina. Na mesa estão desenhadas todas
os componentes necessários à mudança de lote. Os elementos são fisicamente
colocados sobre o seu desenho antes que as operações internas comecem. (Para
quê?, Qual o inconveniente?)
3. Garantir que as ferramentas, que são transportadas do seu local de armazenagem
para junto das máquinas e que aí regressam após a conclusão do lote, são
movimentadas como operação externas.

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A experiência evidencia que

Transformar o máximo possível de operações internas em


externas conduz a reduções entre 30% a 50% no tempo de set-up com a
máquina parada.

o Mas
O esforço deve continuar na pesquisa sistemática de soluções com vista a
transformar em externas operações que com os métodos tradicionais são efectivamente
internas.

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Exemplo:
O pré-aquecimento dos moldes de injecção de metal ou de plástico pode ser
referenciado como um exemplo de transformação de operações internas em externas

As primeiras injecções de metal após a colocação do molde, são


normalmente realizados como parte das operações internas.
Os moldes são colocados frios (temperatura ambiente) na máquina
de injecção e são aquecidos até à sua temperatura normal de funcionamento,
através de ciclos de injecção consecutivos. As peças injectadas durante o
processo de aquecimento do molde, são peças defeituosas, sendo fundidas
para posterior re-injecção.
Se se proceder ao pré-aquecimento do molde com equipamento
próprio (geralmente resistências eléctricas), as primeiras peças injectadas são
logo peças “boas”, conseguindo-se, reduções de cerca de 30 minutos no
tempo associado às operações internas de mudança de ferramenta.

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SMED – Single Minute Exchange of Die

Re-engenharia das operações envolvidas, definindo, sistematizando e


melhorando procedimentos, organizando a implantação associada ao posto de trabalho,
normalizando e simplificando soluções de posicionamento, de centragem e de ajustamento
das ferramentas e dispositivos auxiliares, implementando soluções automatizadas.

Uma acção de re-engenharia com elevado potencial na redução do tempo


envolvido nas operações internas de mudança de ferramenta é a normalização da forma e
da função das ferramentas para todas as máquinas.

A normalização da forma é, frequentemente, anti-económica. Mesmo que se


padronizem as ferramentas com base em famílias de produtos, as ferramentas
tenderão a estar sobredimensionadas e têm custos aumentados.

A normalização da função determina apenas a normalização dos componentes


das ferramentas e acessórios necessários à mudança de ferramenta. Não conduz
a ferramentas maiores ou mais elaboradas e o seu custo é tendencialmente o
mesmo.
Pa

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Exemplo associado a uma ferramenta de corte por arrombamento.


O procedimento de mudança de uma ferramenta de corte por arrombamento
requer o ajuste da altura de corte. O ajuste é uma operação interna, impossível de
transformar em externa.

Se existirem 2 ferramentas, uma com uma altura total de 350 mm (A) e outra com
uma altura de 310 mm (B), o ajuste da altura de corte torna-se desnecessário se forem
colocados blocos com 40 mm por debaixo da ferramenta B. Nestas condições, a altura das
zonas de fixação da ferramenta A será de 40 mm, enquanto a da ferramenta B será de 80
mm. Logo, devem ser Ferramenta A Ferramenta B
soldados blocos com 40
mm nas zonas de fixação 350
da ferramenta A. Podem
assim ser utilizados os 40 40
80
mesmos grampos e 40 40
parafusos de fixação em
ambas as ferramentas. Altura de aperto normalizada Calços para normalizar a altura da ferramenta

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SMED – Single Minute Exchange of Die

Paralelização de tarefas. Mudanças de ferramentas em grandes equipamentos


envolvem trabalho em diferentes zonas das máquinas. A realização desse trabalho
por um único operador implica o seu constante movimento e constitui um grande
desperdício de tempo. Nestas condições, a paralelização de operações,
envolvendo mais do que um operador permite acelerar estes trabalhos.

Re-engenharia das uniões amovíveis. A união por parafusos é em si uma ligação


demorada e deve ser evitada ou simplificada sempre que possível. Devem utilizar-
se o mais possível grampos funcionais do tipo aperto em “uma volta” e
encastramentos.

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SMED – Single Minute Exchange of Die

Exemplos dos níveis de sucesso atingidos com o SMED:

•Na Toyota, o tempo de operações internas, dispendido na mudança de uma


ferramenta para produção de parafusos, passou de 8 horas para 58 segundos.

•Na Mitsubishi, o tempo de operações internas para preparação de uma


mandriladora para mandrilar blocos de motor com seis cilindros passou de 24
horas para 160 segundos.

Mas o SMED contribui ainda para:

Produção Magra
Aumentar a capacidade de produção e a taxa de ocupação das máquinas
Reduzir a probabilidade de erro
Aumento da qualidade e segurança
Reduzir o custo da mão de obra
....

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Melhoria contínua

SMED – Single Minute Exchange of Die

Apoio de roletes

Melhoria contínua

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Armazém de
ferramentas

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SMED – Single Minute Exchange of Die

Pinos de centragem

Melhoria contínua

SMED – Single Minute Exchange of Die

Carro com utensílios


para a montagem

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SMED – Single Minute Exchange of Die

Armazém de rolos

Rolos junto à prensa

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… na Fórmula 1…

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Melhoria contínua

… na INCOMPOL…
Chegada operadores Retirar ferramenta usada
Fim de produção instaladores / afinadores

Acoplar ferramenta na Limpar prensa, Buscar nova ferramenta


prensa ferramenta e chão

Sistemas auxiliares Colocar banda na


ferramenta Ajustamentos

Início de produção Chamar operador


Testes

Melhoria contínua

… na INCOMPOL…

Solução 1 - “Conversão do setup interno em externo”


Solução 2 - “Melhoria do setup interno”
Solução 3 - “«Streamlining» do setup”

Tempo interno Tempo externo Tempo interno Ganho de tempo Tempo externo
(de setup) [min] [min] (de setup) [%] [%] [%]

Situação actual 87,00 0,00 100% 0% 0%

Solução 1 27,50 6,00 32% 68% 100%

Solução 1 + 2 20,00 2,50 23% 77% 42%

Solução 1 + 2 + 3 20,00 2,50 23% 77% 42%

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