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LUZIA DE LIMA VILAS BOAS KOLAROVICZ

PRODIST

Londrina
2010
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LUZIA DE LIMA VILAS BOAS KOLAROVICZ

PRODIST

Trabalho apresentado à disciplina de Distribuição


e Transmissão de Energia Elétrica, do Curso de
Engenharia Elétrica, ministrada pelo Profº
Marcel Romero, da Faculdade Pitágoras –
Campus Metropolitana.

Londrina
2010
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Sumário

1. Objetivos............................................................................................Pág. 4
2. Introdução..........................................................................................Pág. 4
3. PRODIST...........................................................................................Pág. 5
4. Conclusão..........................................................................................Pág. 10
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1. OBJETIVOS

Este trabalho visa esclarecer quais os propósitos gerais, constituição, organização e


aplicação dos procedimentos de distribuição, que é são os PRODIST, um resumo
dos seus módulos.

2. INTRODUÇÃO

A reforma do Setor Elétrico Brasileiro começou em 1993 com a Lei nº 8.631, que
extinguiu a equalização tarifária vigente e criou os contratos de suprimento entre
geradores e distribuidores, e foi marcada pela promulgação da Lei nº 9.074 de 1995,
que criou o Produtor Independente de Energia e o conceito de Consumidor Livre.
Em 1996 foi implantado o Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro
(Projeto RE-SEB), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia.
As principais conclusões do projeto foram a necessidade de implementar a
desverticalização das empresas de energia elétrica, ou seja, dividi-las nos
segmentos de geração, transmissão e distribuição, incentivar a competição nos
segmentos de geração e comercialização, e manter sob regulação os setores de
distribuição e transmissão de energia elétrica, considerados como monopólios
naturais, sob regulação do Estado. Foi também identificada a necessidade de
criação de um órgão regulador (a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL), de
um operador para o sistema elétrico nacional (Operador Nacional do Sistema
Elétrico - ONS) e de um ambiente para a realização das transações de compra e
venda de energia elétrica (o Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE).
Concluído em agosto de 1998, o Projeto RE-SEB definiu o arcabouço conceitual e
institucional do modelo a ser implantado no Setor Elétrico Brasileiro.
Em 2001, o setor elétrico sofreu uma grave crise de abastecimento que culminou em
um plano de racionamento de energia elétrica. Esse acontecimento gerou uma série
de questionamentos sobre os rumos que o setor elétrico estava trilhando.
Visando adequar o modelo em implantação, foi instituído em 2002 o Comitê de
Revitalização do Modelo do Setor Elétrico, cujo trabalho resultou em um conjunto de
propostas de alterações no setor elétrico brasileiro.
Durante os anos de 2003 e 2004 o Governo Federal lançou as bases de um novo
modelo para o Setor Elétrico Brasileiro, sustentado pelas Leis nº 10.847 e 10.848, de
15 de março de 2004 e pelo Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004. Em termos
institucionais, o novo modelo definiu a criação de uma instituição responsável pelo
planejamento do setor elétrico a longo prazo (a Empresa de Pesquisa Energética -
EPE), uma instituição com a função de avaliar permanentemente a segurança do
suprimento de energia elétrica (o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico -
CMSE) e uma instituição para dar continuidade às ativisades do MAE, relativas à
comercialização de energia elétrica no sistema interligado (a Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica - CCEE). Em relação à comercialização de
energia, foram instituídos dois ambientes para celebração de contratos de compra e
venda de energia, o Ambiente de Contratação Regulada (ACR), do qual participam
Agentes de Geração e de Distribuição de energia elétrica, e o Ambiente de
Contratação Livre (ACL), do qual participam Agentes de Geração, Comercialização,
Importadores e Exportadores de energia, e Consumidores Livres.
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3. PRODIST

A ANEEL é responsável por elaborar os (PRODIST) Procedimentos de Distribuição,


com a colaboração dos agentes de distribuição e de outras entidades e associações
do setor elétrico nacional, que normatizam e padronizam as atividades técnicas
relacionadas ao funcionamento e desempenho dos sistemas de distribuição de
energia elétrica.
Dentre os principais objetivos desses procedimentos (PRODIST) estão incluídos
garantir que os sistemas de distribuição operem com segurança, eficiência,
qualidade e confiabilidade, propiciar o acesso aos sistemas de distribuição,
assegurando tratamento não discriminatório entre agentes, disciplinar os
procedimentos técnicos para as atividades relacionadas ao planejamento da
expansão, à operação dos sistemas de distribuição, à medição e à qualidade da
energia elétrica, estabelecer requisitos para os intercâmbios de informações entre os
agentes setoriais, assegurar o fluxo de informações adequadas à ANEEL, disciplinar
os requisitos técnicos na interface com a Rede Básica, complementando de forma
harmônica os Procedimentos de Rede.
O setor elétrico brasileiro tem suas diretrizes básicas definidas no documento
Proposta do Modelo Institucional do Setor Elétrico (Resolução nº 005 do Conselho
Nacional de Política Energética - CNPE), que estabelece a prevalência do conceito
de serviço público para a produção e distribuição de energia elétrica aos
consumidores não-livres, a modicidade tarifária, a restauração do planejamento na
expansão do sistema, a transparência no processo de licitação, permitindo a
contestação pública, por técnica e preço, das obras licitadas para o atendimento da
demanda por energia elétrica, a mitigação de riscos sistêmicos no abastecimento, a
operação coordenada e centralizada necessária e inerente ao sistema hidrotérmico
brasileiro, o processo de licitação da concessão do serviço público de geração,
priorizando a menor tarifa pela energia gerada, a universalização do acesso e do
uso dos serviços de eletricidade.
Entre as principais responsabilidades, de caráter geral, das distribuidoras com
relação ao PRODIST estão, manter nas agências de atendimento, em local de fácil
visualização e acesso, exemplares do PRODIST para conhecimento e consulta dos
interessados, ou disponibilizá-los por meio de mídias eletrônicas (CD) ou por meio
de correio eletrônico, e observar o princípio da isonomia para todas as decisões que
lhe forem facultados no PRODIST, adotando procedimento único para toda a área
de concessão outorgada.
O PRODIST também disciplina o relacionamento entre os agentes setoriais no que
se refere aos sistemas elétricos de distribuição, que incluem todas as redes e linhas
de distribuição de energia elétrica em tensão inferior a 230 kV, seja em baixa tensão
(BT), média tensão (MT) ou alta tensão (AT).
Entre os agentes subordinados aos Procedimentos de Distribuição, ou seja, agentes
que estão sujeitos ao PRODIST estão as concessionárias, permissionárias e
autorizadas dos serviços de geração distribuída e de distribuição de energia elétrica;
consumidores de energia elétrica com instalações conectadas ao sistema de
distribuição, em qualquer classe de tensão (BT, MT e AT), inclusive consumidor ou
conjunto de consumidores reunidos por comunhão de interesses de fato, ou de
direito, agente importador ou exportador de energia elétrica conectados ao sistema
de distribuição, transmissoras detentoras de DIT e a ONS.
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O PRODIST é composto de seis módulos técnicos, que abrangem as macro-áreas


de ações técnicas dos agentes de distribuição, e dois módulos integradores. O
módulo 1 – Introdução apresenta os objetivos gerais, a legislação vigente que disciplina as
atividades de distribuição de energia elétrica e o glossário de termos técnicos necessário à
plena compreensão do PRODIST; o módulo 2 - Planejamento da Expansão do Sistema
de Distribuição tem como objetivo estabelecer os procedimentos básicos para o
planejamento da expansão do sistema de distribuição, subsidiando a definição dos
pontos de conexão dos acessantes, estabelecer os requisitos mínimos de
informações necessárias para os estudos de planejamento do sistema de
distribuição, definir critérios básicos para troca de informações entre os diversos
agentes envolvidos no planejamento do sistema elétrico de distribuição; o m ódulo 3 –
Acesso ao Sistema de Distribuição tem como objetivo estabelecer as condições de acesso
aos sistemas elétricos de distribuição, compreendendo a conexão e o uso do sistema,
definindo critérios técnicos e operacionais, os requisitos de projeto, as informações, os
dados e a implementação da conexão, aplicando-se tanto aos novos acessantes como aos
existentes; o módulo 4 – Procedimentos Operativos dos Sistemas de Distribuição, tem
como objetivo estabelecer procedimentos de operação dos sistemas de distribuição,
de forma que as distribuidoras e demais agentes, incluindo os agentes de
transmissão detentores das DIT cujas instalações não pertencem à rede de
operação do SIN, possam formular os planos e programas operacionais dos
sistemas de distribuição, incluindo previsão de carga, programação de intervenções
em instalações, controle da carga em situação de contingência ou emergência,
controle da qualidade do suprimento de energia elétrica e coordenação operacional
dos sistemas, estabelecer a uniformidade de procedimentos para o relacionamento
operacional entre os centros de operação das distribuidoras, das transmissoras, dos
centros de despacho de geração distribuída e demais órgãos de operação das
instalações dos acessantes, definir os recursos mínimos de comunicação de voz e
de dados entre os órgãos de operação dos agentes envolvidos; e o módulo 5 –
Sistemas de Medição, que tem como objetivos especificar os sistemas de medição
das grandezas elétricas do sistema de distribuição aplicáveis ao faturamento de
energia elétrica, à qualidade da energia elétrica, ao planejamento da expansão e à
operação do sistema de distribuição, apresentar os requisitos básicos mínimos para
a especificação dos materiais, equipamentos, projeto, montagem, comissionamento,
inspeção e manutenção dos sistemas de medição, estabelecer procedimentos
fundamentais para que os sistemas de medição sejam instalados e mantidos dentro
dos padrões necessários aos processos de contabilização de energia elétrica, de
uso no âmbito das distribuidoras e de contabilização da Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica – CCEE e verificar que as disposições estejam de acordo com a
legislação vigente, as exigências do INMETRO, as normas técnicas da ABNT, tendo
sido considerado o Módulo 12 dos Procedimentos de Rede e a especificação técnica
da CCEE para os sistemas de medição para faturamento de energia elétrica; o
módulo 6 – Informações Requeridas e Obrigações, que tem como objetivos definir,
especificar e detalhar como as informações referentes às ações técnicas
desenvolvidas nos sistemas elétricos de distribuição serão intercambiadas entre os
agentes de distribuição e entre esses e as entidades setoriais, estabelecer as
obrigações dos agentes para atender os procedimentos, critérios e requisitos
definidos nos módulos técnicos, o módulo 7 – Cálculo de Perdas na Distribuição,
que tem como objetivos estabelecer a metodologia e os procedimentos para
obtenção dos dados necessários para apuração das perdas dos sistemas de
distribuição de energia elétrica, definir indicadores para avaliação das perdas nos
segmentos de distribuição de energia elétrica, estabelecer a metodologia e os
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procedimentos para apuração das perdas dos sistemas de distribuição de Energia


elétrica, e por fim, o módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica, que tem como
objetivos, definir os procedimentos relativos à qualidade da energia elétrica - QEE,
abordando a qualidade do produto e do serviço prestado, definir, para a qualidade
do produto, os conceitos e os parâmetros para o estabelecimento de valores-limite
para os indicadores de QEE, estabelecer, para a qualidade dos serviços prestados,
a metodologia para apuração dos indicadores de continuidade e dos tempos de
atendimento, definindo limites e responsabilidades, além da metodologia de
monitoramento automático dos indicadores de qualidade.
A elaboração do PRODIST vem complementar o quadro regulatório, estabelecendo
os requisitos técnicos e responsabilidades dos agentes para acesso, planejamento
da expansão, operação, medição e qualidade da energia nos sistemas de
distribuição. Para a elaboração dos módulos técnicos do PRODIST foram
consideradas as normas legais e regulamentares pertinentes, devidamente
consolidadas, que dispõem sobre os direitos e obrigações dos agentes setoriais e
consumidores com relação aos sistemas de distribuição. As principais
responsabilidades, de modo geral, dos agentes de distribuição com relação ao
PRODIST são ter pleno conhecimento e observar as orientações técnicas
estabelecidas nos módulos do PRODIST, cumprir, naquilo que lhe compete, o que
estiver estabelecido no PRODIST, divulgar o PRODIST junto aos agentes
envolvidos, participar e contribuir para o aperfeiçoamento e a atualização do
PRODIST. As alterações das normas ou padrões técnicos da distribuidora deverão
ser comunicadas aos consumidores, fabricantes, distribuidores, comerciantes de
materiais e equipamentos padronizados, técnicos em instalações elétricas e demais
interessados, por meio de jornal de grande circulação. Para os acessados, entre as
penalidades e respectivo processo punitivo decorrentes do descumprimento das
obrigações estabelecidas nos módulos técnicos do PRODIST previstas na
Resolução ANEEL nº 63/2004, estão advertências, multas, embargo de obras,
suspensão temporária de participação em licitações para obtenção de novas
concessões, permissões e autorizações, bem como de impedimento de contratar
com a ANEEL e de receber autorização para serviços e instalações de energia
elétrica, revogação de autorização, intervenção administrativa e caducidade da
concessão ou da autorização. Como infrações pertinentes à prestação dos serviços
técnicos de distribuição, decorrentes de ações estabelecidas no âmbito do
PRODIST, podemos citar deixar de prestar informações aos consumidores, deixar
de registrar ocorrências nos sistemas de transmissão e de distribuição, classificar
incorretamente unidades consumidoras, deixar de enviar à ANEEL indicadores
utilizados para a apuração da qualidade do fornecimento, bem como descumprir os
índices estabelecidos pela regulamentação, deixar de instalar medidores de energia
elétrica e demais equipamentos de medição nas unidades consumidoras, deixar de
utilizar equipamentos, instalações e métodos operativos que garantam a prestação
de serviço adequado, deixar de implementar medidas objetivando incremento da
eficiência, descumprir as regras e procedimentos estabelecidos para a implantação
ou operação das instalações de distribuição de energia elétrica, deixar de assegurar
livre acesso, aos seus sistemas de distribuição, a outros agentes do setor de energia
elétrica e a consumidores não sujeitos à exclusividade do fornecimento e fornecer
falsa informação à ANEEL. Também há o Glossário de Termos Técnicos do
PRODIST, que é um documento para consulta dos usuários dos Procedimentos de
Distribuição, ele representa a lista de termos e expressões - resultante dos vários
módulos constituintes do PRODIST - com as suas respectivas definições, de
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maneira a uniformizar o entendimento desses, dirimindo dúvidas e ambigüidades.


Participam do Glossário de Termos Técnicos do PRODIST, termos e expressões
utilizados nas várias atividades vinculadas à distribuição de energia elétrica, cujas
definições são essenciais ao pleno entendimento do documento pelo público
usuário. Esse glossário se completa com os glossários da ANEEL, da Agência
Nacional de Águas - ANA, do MME e, particularmente, com o documento similar dos
Procedimentos de Rede. A atualização do Glossário de Termos Técnicos do
PRODIST deve ser entendida como uma atividade de caráter permanente. O
Glossário de Termos Técnicos do PRODIST apresenta, em ordem alfabética, os
termos e expressões relevantes para o entendimento dos processos que constam
nos Módulos do PRODIST, com as respectivas definições. As distribuidoras devem
manter as informações de seu sistema de distribuição e de todos seus acessantes
em sistemas de informação geoprocessada, a previsão de demanda deve ser
compatível com os planos diretores municipais e os planos regionais de
desenvolvimento, quando esses existirem, também deve considerar as solicitações
de acesso e os pedidos de fornecimento, bem como os acréscimos de carga,
ponderando o risco de sua não consecução. Os modelos de previsão de demanda
são de livre escolha das distribuidoras. Os resultados dos modelos de previsão de
demanda estão sujeitos à validação pela ANEEL. Os dados utilizados e as previsões
de demanda devem ser arquivados pelas distribuidoras por um período mínimo de
dez anos. A distribuidora deve adotar o fator de potência medido em subestações,
ou outro valor caracterizado pela carga, com base em informações técnicas. A
previsão de demanda deve considerar, no mínimo, o histórico consolidado de carga
dos últimos cinco anos, incluindo o histórico de perdas técnicas e os ganhos
relativos aos planos de eficiência energética. Dentre os requisitos que devem ser
observados para a elaboração dos estudos de previsão de demanda estão o
horizonte de previsão é de dez anos, com periodicidade anual, devendo um novo
estudo ser realizado a cada ano, a carga é caracterizada pela demanda de potência
ativa e demanda de potência reativa, as estimativas de carga devem ser realizadas
para um cenário de referência, a carga deve ser considerada em patamares de
carga leve, média e pesada, a geração distribuída deve ser considerada, e os pontos
de interesse são as barras secundárias das subestações de conexão com a rede
básica e com as DIT; as barras de conexão das instalações de centrais geradoras,
de unidades consumidoras e de demais distribuidoras atendidos pelo SDAT; e as
barras primárias das subestações de distribuição. As distribuidoras devem
caracterizar a carga de suas unidades consumidoras e o carregamento de suas
redes e transformadores, por meio de informações oriundas de campanhas de
medição. Adicionalmente à campanha de medição, deve ser realizada, a cada dois
ciclos de revisão tarifaria periódica, uma pesquisa de posse de equipamentos e
hábitos de consumo para as diversas classes de unidades consumidoras. Para o
SDAT (Sistema de Distribuição de Alta Tensão, o objetivo do planejamento é definir
um plano de obras para o horizonte de estudo, visando adequar o sistema existente
às melhores condições operativas e atender às necessidades do crescimento da
geração e do consumo de energia elétrica, fornecendo subsídios para a definição
dos pontos de conexão de acessantes. Os estudos de planejamento do SDAT
contemplam dois horizontes discretizados anualmente, o planejamento de curto e
médio prazo (cinco anos) e o planejamento de longo prazo (dez anos). No
planejamento do SDAT devem ser considerados critérios como segurança,
carregamento para operação normal ou em contingência, tensão para operação
normal ou em contingência, qualidade do produto e serviço, confiabilidade,
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viabilidade econômica, viabilidade ambiental, perdas, vida útil de equipamentos e


atualização tecnológica entre outros.
Os agentes envolvidos nas áreas de atuação conjunta ou adjacentes deverão
constituir uma Comissão de Planejamento Conjunto mediante celebração de
documento específico. Entre as atribuições da Comissão de Planejamento Conjunto
esta definir os prazos a serem atendidos para o intercâmbio destas informações,
consolidar informações disponibilizadas pelos agentes, propor pontos de conexão
entre os sistemas de distribuição adjacentes, regras de operação e observar os
indicadores de qualidade definidos para essas áreas, desenvolver estudos de
avaliação do impacto da operação conjunta, buscando a otimização técnica e
econômica do sistema, compatibilizar os planejamentos dos sistemas de distribuição
nas fronteiras entre esses sistemas e entre esses e o sistema de transmissão, definir
as condições de participações dos agentes envolvidos nos investimentos comuns,
elaborar o cronograma das atividades da Comissão.
O Plano de Desenvolvimento da Distribuição – PDD e a forma de armazenamento
dos dados correspondentes, que devem ser mantidos por dez anos pela
distribuidora, devendo a distribuidora enviá-los a ANEEL em formato específico a ser
definido pela Agência. O PDD apresenta o resultado dos estudos de planejamento
elétrico e energético de distribuição, baseando-se no planejamento do SDAT, SED,
SDMT e SDBT, deve ser discretizado anualmente. A universalização dos serviços de
energia elétrica e o Programa Luz Para Todos devem ser considerados nos estudos
de previsão de carga, e as respectivas obras devem constar no PDD, e serem
informadas em destaque. Na avaliação técnica do acesso, a distribuidora deve
observar o critério de menor custo global de investimentos, entre as alternativas
consideradas para viabilização do acesso, deve ser escolhida a alternativa
tecnicamente equivalente de menor custo de investimentos, considerando as
instalações de conexão de responsabilidade do acessante, as instalações
decorrentes de reforços e ampliações no sistema elétrico, os custos decorrentes das
perdas elétricas no sistema elétrico. Após escolhida a alternativa de acesso, a
responsabilidade pela implantação das instalações necessárias deve ser
estabelecida entre acessada e acessante de acordo com o disposto em regulamento
específico para cada categoria de acessante. A definição da tensão de conexão para
unidades consumidoras deve ser Baixa Tensão - BT: carga instalada igual ou inferior
a 75 kW; Média Tensão - MT: carga instalada superior a 75 kW e MUSD contratado
inferior a 2500 kW, e Alta Tensão - AT: MUSD contratado superior a 2500 kW. A
distribuidora pode estabelecer uma tensão de conexão sem observar os limites
definidos, conforme critérios estabelecidos em regulamentação específica. O
acessante pode optar por uma tensão de conexão diferente da estabelecida desde
que, havendo viabilidade técnica, assuma os investimentos adicionais necessários à
conexão no nível de tensão pretendido, observados os contratos. Centrais geradoras
de energia podem ser conectadas ao sistema de distribuição de BT, desde que
preservadas a confiabilidade e a segurança operativa do sistema elétrico.
As instalações de conexão devem ser projetadas observando as características
técnicas, normas, padrões e procedimentos específicos do sistema de distribuição
da acessada, além das normas da ABNT. A acessada deve indicar para o acessante
as normas, padrões e procedimentos técnicos a serem utilizados no projeto das
instalações de interesse restrito. Os projetos de instalações de conexão devem
conter um memorial descritivo das instalações de conexão, os dados e
características do acessante, também deve relacionar toda a documentação, normas
e padrões técnicos utilizados como referência. Na implantação de novas conexões,
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deve-se estabelecer os procedimentos para implementação, vistoria e recepção de


novas conexões, compreendendo a sua implantação, acompanhamento e
aprovação. As providências e responsabilidades sendo por parte do acessante e se
o acesso ocorrer por meio de instalações de interesse restrito, deve-se elaborar o
projeto executivo das instalações de conexão, submetendo-o à aprovação da
acessada, executar as obras civis e de montagem das instalações de conexão,
realizar o comissionamento das instalações de conexão de sua responsabilidade,
sob supervisão da acessada, manifestar-se formalmente, no prazo máximo de 30
(trinta) dias após o recebimento do orçamento fornecido pela distribuidora, quanto à
opção pela forma de execução das obras relativas à conexão, na opção pela
execução direta das obras utilizando-se de terceiros, apresentar projeto para a
devida aprovação da distribuidora. Mas, se as providencias e responsabilidades
forem por parte da acessada, deve-se aprovar projeto apresentado pelo acessante,
atender às solicitações com vistas à conexão das instalações dos acessantes, em
suas diversas modalidades, com base nestes Procedimentos, apresentar ao
acessante o orçamento das obras relativas à sua conexão e o prazo para o seu
atendimento, conforme procedimentos, disponibilizar suas normas e padrões
técnicos em até 15 (quinze) dias após a solicitação do acessante que optar pela
execução direta das obras necessárias à conexão de suas instalações, sem
qualquer ônus, quando deve orientar quanto ao cumprimento de exigências
obrigatórias, fornecer as especificações técnicas dos equipamentos, informar os
requisitos de segurança e proteção e informar os critérios de fiscalização e aceitação
das obras. A distribuidora deve realizar o acompanhamento e enviar à ANEEL os
indicadores de segurança de trabalho e de suas instalações. Deverão ser realizadas
a medição e a coleta de dados referentes, quando couber ao faturamento, à
qualidade da energia elétrica (QEE), às cargas do sistema de distribuição, aos
estudos de previsão de demanda ou às curvas de carga.

4. CONCLUSÃO

Com base neste trabalho, pude perceber o quanto a energia elétrica evoluiu.
E que o PRODIST é na verdade, uma grande ajuda para se conseguir um resultado
de qualidade, pois ele, em suma, são procedimentos, ou seja, mostra qual é o
procedimento, ou a maneira correta de agir em diversos casos aplicáveis a
distribuição de energia elétrica, como por exemplo, as definições alta, media e baixa
tensão, também como devem ser as instalações de conexão e muitos outros casos.
É de suma importância o conhecimento de tais, pois o PRODIST, que são os
procedimentos de distribuição já estão definidos, e independente de quem realizara
um serviço na área, sendo experiente ou não, com o procedimento na mão, ou, na
verdade, é como um manual de como se fazer tudo, ele conseguirá.
Com certeza este conhecimento será de grande importância na vida profissional
futura.
Antes de fazermos qualquer coisa, temos de saber como fazer, e a ANEEL e o
PRODIST é o que se deve consultar, ou seguir antes de começar a trabalhar em
qualquer parte do sistema elétrico de energia elétrica.

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