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Andréa dos Santos Almeida

MECANISMOS DE
COORDENAÇÃO NAS CADEIAS
AGROINDUSTRIAIS DA
FRUTICULTURA NO VALE DO
SÃO FRANCISCO

MAPEAMENTO DA CADEIA
Para melhor caracterizar a referida cadeia produtiva, bem como

as relações estabelecidas pelos agentes que a compõe, foi

proposto um mapeamento específico para cada um dos

mercados apresentados, visto que estes são estabelecidos por

diferentes relações comerciais entre os agentes. No que tange ao

mercado externo, os principais agentes atuantes na

comercialização da fruta, até a chegada ao consumidor final,

são: cooperativas/associações, trading companies e grandes

redes varejistas ou atacadistas.

RELAÇÃO COMERCIAL ENTRE


AGENTES DA CADEIA
As relações comerciais que são estabelecidas entre os produtores e os agentes

responsáveis por levar da fruta de exportação ao consumidor final, são baseados

basicamente em contratos formais. Todos os produtores entrevistados, evidentemente

aqueles que exportam, afirmaram que estabelecem este tipo de relação, sendo que 72%

destes produtores assinam contratos que se baseiam na venda por consignação, ou seja, o

pagamento pela fruta fornecida só é feito após a venda da mesma. Para o restante dos

produtores, neste contrato é estipulado um adiantamento, que ocorre no início de um novo

contrato, de aproximadamente 50% do valor daquele volume de fruta que se pretende

produzir (valor estimado devido às incertezas do processo), ficando o restante para ser

acertado quando a fruta é de fato entregue.

AGENTE COORDENADOR
Á identificação do agente coordenador da cadeia, que exerce,

entre outros papeis, a determinação dos requisitos de qualidade

das frutas a serem distribuídas dentro de determinada cadeia.

Para grande parte dos produtores entrevistados, abordando

inicialmente a questão da fruta para exportação, o agente que

tem maior relevância na determinação dos atributos de qualidade

deste produto são os clientes.

PRÁTICAS DA QUALIDADE
Outro ponto contemplado nesta pesquisa, foi avaliar a questão de práticas

de qualidade empregadas no processo produtivo das frutas comercializadas

nas referidas cadeias produtivas. Esta analise visa identificar,

principalmente, que agentes coordenam a adoção de tais práticas, ou seja,

se estas partem do produtor a jusante da cadeia, ou se partem dos agentes,

que vendem a fruta ao consumidor final, a montante da cadeia. Como os

produtores contemplados nesta pesquisa atuam tanto no mercado interno e

como no externo, serão feitas as devidas considerações no decorrer da

análise para evidenciar as características e peculiaridades referentes à

cadeia produtiva destes dois mercados.

AVALIAÇÃO DA CADEIA
PRODUTIVA
Através da realização desta pesquisa também foi possível avaliar a eficiência

da cadeia produtiva, das quais todos agentes contemplados nesta discussão

estão inseridos, baseando-se nos gargalos ou entraves existentes nas

mesmas, bem como na identificação de práticas que melhoram a

coordenação.
MECANISMOS DE COORDENAÇÃO
Diante dos resultados obtidos na pesquisa, sob a perspectiva das variáveis

analisadas, é possível constatar que as diversas ações desempenhadas pelos

agentes na cadeia, seja estas relacionadas aos processos comerciais ou ao

próprio papel que tal agente exerce, podem ser traduzidas em mecanismos de

coordenação quando observadas sob a óptica dos aspectos teóricos abordados.

No contexto da pesquisa realizada percebe-se, inicialmente, que as cooperativas

e associações exercem uma função muito importante dentro das cadeias

produtivas do Vale do São Francisco pernambucano, principalmente para os

pequenos produtores, que são aqueles que utilizam destas. Assim tais elementos

podem ser atribuídos como agentes que coordena alguns elos da cadeia ou até

como um mecanismo de coordenação, devido às diversas ações que promove na

mesma.

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