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Rio Paranaíba
Primeira versão em 2011/Atualizada em 2015
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Notas de aula de ECV310 - Fundamentos de Cartografia e Topografia
Prof. Reynaldo Furtado Faria Filho – UFV/CRP
ÍNDICE
Apresentação ............................................................................................................... iv
Objetivo Geral ............................................................................................................. iv
Objetivo Específico...................................................................................................... iv
AULAS TEÓRICAS..................................................................................................... 1
CAPÍTULO 1 - Introdução à Topografia ....................................................................... 1
1.1 Breve Histórico ................................................................................................... 1
1.2. Conceitos ........................................................................................................... 1
1.3. Objetivos da Topografia ..................................................................................... 2
1.4. Ramos da Topografia ......................................................................................... 3
1.5. Aplicações da Topografia ................................................................................... 3
1.6. Plano Topográfico .............................................................................................. 4
1.7. Erro de esfericidade ............................................................................................ 4
1.8. Erros em Topografia........................................................................................... 7
CAPÍTULO 2 - Medições de ângulos e distâncias ......................................................... 9
2.1. Unidades de medidas lineares ............................................................................. 9
2.2. Unidades de medidas angulares ........................................................................ 10
2.3. Unidades de medidas de superfície ................................................................... 12
2.4. Tipos de ângulos .............................................................................................. 13
2.5. Norte magnético e geográfico ........................................................................... 16
2.5.1. Declinação Magnética ............................................................................... 17
2.5.2. Determinação da Declinação Magnética ................................................... 19
2.6. Azimutes e Rumos ........................................................................................... 20
2.6.1. Conversão entre rumo e azimute ................................................................ 21
2.6.2. Conversão de azimute magnético em verdadeiro ....................................... 22
2.7. Medições de distâncias ..................................................................................... 23
2.7.1. Pontos topográficos e alinhamentos .......................................................... 24
2.7.2. Medida direta de distâncias ....................................................................... 25
2.7.3. Erros na medida direta de distâncias ......................................................... 28
2.7.4. Medida indireta de distâncias .................................................................... 31
2.7.4.1. Distância reduzida .................................................................................. 34
2.7.4.2. Diferença de nível ................................................................................... 36
2.7.5. Medição eletrônica de distâncias ............................................................... 37
CAPÍTULO 3 - Levantamentos topográficos .............................................................. 38
3.1. Classificação .................................................................................................... 38
3.1.1. Em função do grau de precisão.................................................................. 38
3.1.2. Em função dos dados levantados ............................................................... 38
3.2. Etapas do levantamento topográfico ................................................................. 38
3.3. Métodos de levantamentos topográficos ........................................................... 39
3.3.1. Por irradiação ........................................................................................... 39
3.3.2. Por interseção ........................................................................................... 41
3.3.3. Por triangulação ....................................................................................... 42
3.3.4. Por ordenadas ........................................................................................... 42
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Apresentação
Segundo ESPARTEL (1987) "a Topografia tem por finalidade determinar
o contorno, a dimensão e a posição relativa de uma porção limitada da superfície
terrestre". Esta determinação se dá a partir do levantamento de pontos
planimétricos e altimétricos, através de medidas angulares e lineares, com o uso
de equipamentos apropriados. O conjunto de pontos devidamente calculados e
corrigidos, dão origem, via de regra, ao desenho topográfico, ao qual se
denomina Planta Topográfica, que por sua vez, é a própria representação da
"porção da superfície terrestre". Os métodos de cálculos e a forma de tratamento
e transformação dos pontos planimétricos e altimétricos, formam as técnicas que
objetivamente serão apresentadas nesta apostila.
As técnicas topográficas para cálculos de levantamentos planimétricos e
altimétricos possuem conceitos e métodos consagrados no mundo científico, e
fazem uso principalmente dos conceitos básicos da geometria clássica.
Portanto, nesta apostila serão apresentadas e discutidas as principais
definições e métodos para os cálculos planimétricos e altimétricos dos
levantamentos topográficos clássicos. Serão apresentados ainda, alguns
conceitos básicos referentes ao projeto geométrico de estradas, a cartografia,
aos sistemas de projeções, as séries cartográficas, a rede geográfica e ao
posicionamento com receptor GPS.
Objetivo Geral
O objetivo desta apostila é dar subsídios conceituais e metodológicos de
Topografia, para a aplicação nas aulas teóricas e práticas da disciplina de
Topografia dos Cursos de Engenharia Civil e Agronomia da Universidade
Federal de Viçosa – Campus de Rio Paranaíba.
Objetivo Específico
a) apresentar os conceitos básicos de cartografia e topografia;
b) facilitar o acompanhamento do aluno nas discussões realizadas na sala de
aula; e
c) servir de material de estudo para as avaliações a serem realizadas.
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AULAS TEÓRICAS
1.2. Conceitos
Etimologicamente, a Topografia significa descrição de um lugar, pois
deriva das palavras gregas "topos" (lugar) e "graphen" (descrever). Assim,
Topografia é a ciência que estuda a representação detalhada de um “trecho”
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c) 454,2744 dm =
d) 34,4563 mm =
e) 1044,0145 mm =
f) 3042,7429 mm =
g) 34,4563 polegada =
h) 1044,0145 pé =
i) 3042,7429 milha =
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b) Sistema sexagesimal
Neste sistema, a circunferência é divida em 360 partes iguais, sendo cada
parte denominada grau (o). Um grau é dividido em 60 partes iguais denominadas,
minutos ( ’ ). Um minuto é dividido em 60 partes iguais denominadas, segundos
( ” ).
Sabendo-se que no sistema sexagesimal uma circunferência é dividida
em 360 partes iguais e que em radianos é dividida em 2π partes iguais, constata-
se que:
c) Sistema Centesimal
Este sistema não está definido no SI. Nele a circunferência é divida
em 400 partes iguais, sendo cada parte denominada GRADO ( g ). Um grado é
dividido em 100 partes iguais denominadas, MINUTOS ( ’ ) ou centígrados. Um
minuto é dividido em 100 partes iguais denominadas, SEGUNDOS ( ” ) ou
decimiligrados. Portanto, 380,2345 grados = 380 grados, 23 centígrados e 45
decimiligrados ou 380g23’45”.
Diante do exposto, tem-se para as medidas angulares a seguinte relação:
360°° = 400g = 2π
π
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Exercícios:
1) Transforme os seguintes ângulos em graus, minutos e segundos para
graus e frações decimais de grau.
a) 32º28’59”
b) 17º34’18,3”
c) 125º59’57”
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Exercícios:
1) Transforme os valores das áreas a seguir para as unidades solicitadas.
234,6574 km2 = m2;
32424,7214 dam2 = m2;
454,2744 dm2 = m2;
34,4563 mm2 = m2;
1044,0145 mm2 = cm2; e
3042,7429 mm2 = km2.
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a) ângulo horizontal (H): é ângulo formado por dois planos verticais que
contém as direções formadas pelo ponto ocupado e os pontos visados. É medido
sempre na horizontal, razão pela qual o teodolito deve estar devidamente
nivelado. Conforme pode ser visto na Figura 7 o ângulo (H) entre as direções
AO-OB e CO-OD é o mesmo, face que os pontos A e C estão no mesmo plano
vertical π e B e D no plano π’.
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Exercícios:
1) determine a partir do site informado a declinação magnética para a
cidade de Viçosa, em 3/10/2006.
Resposta: 22º 06’
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Exercícios:
1) Transforme os rumos em azimutes e os azimutes em rumos:
a) 30º25’15” SE
b) 33º43’10”
c) 38º15’11” NW
d)233º40’12”
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A distância horizontal correta (DHc) entre dois pontos será dada dividindo-
se o comprimento aferido do diastímetro (la) pelo seu comprimento nominal (l)
e multiplicando-se pela distância horizontal medida (DHm):
la
DH c = .DH m
l (1)
O erro devido ao desvio vertical (Cdv), para um único lance, pode ser
encontrado por meio da relação entre o desnível do terreno (DN) e o
comprimento do diastímetro (l):
DN 2
C dv =
2. l (2)
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8.f 2
Cc =
3. l (4)
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milímetro, sendo que este último é obtido por uma estimativa e os demais por
leitura direta dos valores indicados na mira.
A seguir é apresentado um exemplo de leitura para um modelo de mira
bastante empregado nos trabalhos de Topografia. A mira apresentada na Figura
32 está graduada em centímetros (traços claros e escuros). A leitura do valor do
metro é obtida por meio dos algarismos em romano (I, II, III) e/ou da observação
do símbolo acima dos números que indicam o decímetro.
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FM – fio médio; e
FI – fio inferior.
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em que
m – distância entre o FS e FI ou leitura estadimétrica;
g – constante do aparelho;
α – ângulo vertical;
Z – ângulo zenital;
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i – altura do instrumento; e
l – leitura do fio médio.
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3.1. Classificação
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b) Caminhamento à bússola
Neste método de leitura de ângulos os alinhamentos da poligonal são
definidos por meio de rumos ou azimutes o que torna o levantamento topográfico
de baixa precisão. Portanto, não será discutido com mais detalhes nesta apostila.
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em que:
n = número de lados da poligonal.
IIP → 15". n =
IIIP → 20". n =
IVP → 40". n =
VP → 3'. n =
∑ ae
= 180.(n + 2) (14)
em que:
n = número de lados da poligonal.
∑ ae
= 180.(n + 2)
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Vale ressaltar que os ângulos horizontais das irradiações não devem ser
corrigidos. O erro angular terá que ser menor que a tolerância angular (Tabela 6)
que pode ser entendida como o erro angular máximo aceitável nas medições de
acordo com a finalidade do levantamento. Se o erro cometido for menor que o
erro aceitável, deve-se distribuí-lo entre os ângulos da poligonal. Caso o erro
cometido seja maior que o erro tolerável é necessário refazer o
levantamento topográfico em campo.
Portanto, conclui-se que o erro angular é a diferença entre a soma dos
ângulos externos calculada pela Equação 14 e a soma dos ângulos externos
observadas em campo.
Exercícios:
a) Para uma poligonal de 3 vértices e um erro de 19’ qual seria o valor a
ser distribuído em cada vértice? E se o erro fosse de 01’?
b) Para uma poligonal de 3 vértices cujo somatório dos ângulos
horizontais é de 900º00’32” determine o erro angular e o valor a ser distribuído
em cada vértice?
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4. Calculo do azimute
O azimute magnético inicial deve ser lido em campo por meio de algum
equipamento apropriado (bússola, teodolito com bússola, dentre outros). A partir
deste azimute magnético determina-se o azimute verdadeiro e a partir deste
realiza-se os cálculos dos azimutes verdadeiros dos demais vértices da poligonal
ou das irradiações. Este cálculo é realizado da seguinte forma:
Azimute calculado = azimute anterior + ângulo horário
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Vale ressaltar que o Az01, ou seja, o azimute lido deve ser determinado no
intuito de se verificar se os cálculos foram realizados de forma correta.
A partir dos cálculos realizados anteriormente, pode-se definir algumas
regras básicas para a determinação de azimutes, as quais são:
- Para azimute calculado < 180º => +180º (soma-se 180º ao valor
encontrado);
- Para azimute calculado > 180º < 540º => -180º (subtrai-se 180º do valor
encontrado); e
- Para azimute calculado > 540º => -540º (subtrai-se 540º do valor
encontrado).
OBS: É de suma importância saber realizar as análises apresentadas
na Figura 51.
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yb = d ⋅ cos ( Az AB ) (17)
em que:
xb e yb = são as coordenadas relativas;
d = é a distância reduzida do alinhamento em questão (m); e
Az = azimute do alinhamento em questão.
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e = ex2 + e 2y
(19)
em que:
e = erro de fechamento linear;
ex = soma algébrica das abscissas; e
ey = soma algébrica das ordenadas.
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em que:
ep = erro de fechamento linear relativo;
L = perímetro da poligonal (m);
ex = soma algébrica das abscissas; e
ey = soma algébrica das ordenadas.
Tabela 13. Classificação das poligonais em função do erro linear (NBR 13133)
Classes IP IIP IIIP IVP VP
Erro Linear 0,10. L 0,30. L 0,42. L 0,56. L 2,20. L
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IIP → 0,30. L =
IIIP → 0,42. L =
IVP → 0,56. L =
VP → 2,20. L =
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A área 1 pode ser calculada a partir das áreas dos trapézios formados
pelos pontos 2', 2, 1, 1´ e 1', 1, 4, 4'. A equação que determina a área de um
trapézio é apresentada na Figura 67.
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Por analogia e observando a Figura 66, a Área 2 pode ser calculada por:
1 1
A2 = ( x2 + x3 ) ⋅ ( y2 − y3 ) + ( x3 + x4 ) ⋅ ( y3 − y4 )
2 2 (27)
Ap = A2 − A1
A área da poligonal é por , portanto,
1 1 1 1
Ap = ( x2 + x3 ) ⋅ ( y2 − y3 ) + ( x3 + x4 ) ⋅ ( y3 − y4 ) − ( x2 + x1 ) ⋅ ( y2 − y1 ) + ( x1 + x4 ) ⋅ ( y1 − y4 )
2 2 2 2
Reorganizando tem-se
ou
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12. Exercício
Utilize os dados da caderneta de campo apresentada a seguir para fazer
todos os cálculos e o desenho do levantamento topográfico proposto. Preencha
as planilhas de acordo com os cálculos realizados. Dados: Azm AB= 222º22’30”.
Declinação magnética = -22º22’30”. Cota A = 20 m. XA = 200,00 e YA = 200,00.
Caderneta de Escritório 1
(compensação do erro angular)
Ângulo Horizontal
Ré Estação Vante
Lido Corrigido
C A B
A B C
B C A
TOTAL
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Caderneta de Escritório 2
(Cálculo do Azimute e distância reduzida)
Ângulo Horizontal Azimute
Ré Estação Vante Dr OBS
Corrigido Calculado
C A B
A1
A B C
B1
B C A
C1
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Caderneta de Escritório 3
(Cálculo das coordenadas retangulares)
Abscissa Relativa Ordenada Relativa
Azimute Distância Abscissa Ordenada
Ré Estação Vante (X) (Y)
Calculado Reduzida Absoluta Absoluta
Calculada Corrigida Calculada Corrigida
C A B
A1
A B C
B1
B C A
C1
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Caderneta de Escritório 4
(diferença de nível e cotas)
Diferença
Diferença
de Nível
Ré Estação Vante de Nível Cotas OBS
Corrigida
+ - + -
C A B
A1
A B C
B1
B C A
C1
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CAPÍTULO 4 - Altimetria
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2) numérico:
Utiliza-se uma regra de três para a interpolação das curvas de nível.
Devem ser conhecidas as cotas dos pontos, a distância entre eles e a
equidistância das curvas de nível. Tomando-se como exemplo os dados
apresentados na Figura 88, sabe-se que a distância entre os pontos A e B no
desenho é de 7,5 cm e que o desnível entre eles é de 12,9 m. Deseja-se
interpolar a posição por onde passaria a curva com cota 75 m.
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Neste caso, a curva de nível com cota 75m estará passando a 1,05 cm do
ponto A. Da mesma forma, é possível calcular os valores para as curvas 80 e
85m (respectivamente 3,9 e 6,9cm), conforme observa-se na Figura 89.
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4.6. RN
É um marco instalado/construído no terreno nas proximidades do eixo
nivelado, cuja cota ou altitude deve estar registrada em caderneta de campo. A
finalidade do RN é servir como ponto de partida para nivelamentos futuros em
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Procedimento:
- Instalar o nível próximo à RN;
- Determinar as leituras de mira da RN e dos pontos do projeto;
- Calcular as leituras de mira da obra a partir da leitura de mira feita na RN.
Como o piso do galpão deve ficar 1,5 m abaixo da RN a leitura da mira da
obra deverá ser RN + 1,5. Portanto, a cota da RN é 1,40 + 1,50 = 2,90m. As
alturas de corte e aterro são obtidas comparando-se as leituras de mira
calculadas com as cotas do terreno. Os resultados devem ser apresentados
na Tabela 27.
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A verificação dos erros nos cálculos das cotas é feito por meio da
equação:
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∑ Ré − ∑Vante = d nTOTAL
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5º Ordem: c = 20 a 50 mm/km.
a) Tolerância: T = 2 ⋅ c k
b) Erro:
(erro = dn
nivelamento − dncontra− nivelamento )
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Procedimentos:
1 - marcar no terreno uma base de comprimento conhecido;
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AULAS PRÁTICAS
PRÁTICA 1 – Goniologia
Goniologia é a parte da topografia que se encarrega do estudo dos
ângulos utilizados na execução de seus trabalhos. É dividida em goniometria e
goniografia.
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Procedimentos:
1. Materializar os pontos topográficos A, B e C (polígono de 3 lados);
2. Estacionar e centralizar o Teodolito no ponto topográfico A e medir a
altura do instrumento;
3. Visar o ponto C e zerar o ângulo horizontal;
4. Trocar a baliza pela mira e fazer as leituras dos fios (superior, médio e
inferior);
5. Fazer a leitura do ângulo zenital;
6. Girar o movimento do ângulo horizontal até o ponto B;
7. Fazer as leituras dos fios e ângulos zenital. Fazer a leitura do ângulo
externo do triângulo;
8. Repetir os passos 2 a 7 para os demais pontos.
9. Medir com a trena a distância entre os pontos AB, AC e BC;
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Figura 4. Mira
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Procedimentos:
1. Materializar os pontos topográficos A, B e C (polígono de 3 lados);
2. Estacionar e centralizar o Teodolito no ponto topográfico A e medir a
altura do instrumento;
3. Fazer a leitura do Azimute magnético de A para B, utilizando a bússola;
4. Visar o ponto C e zerar o ângulo horizontal;
5. Trocar a baliza pela mira e fazer as leituras dos fios (superior, médio e
inferior);
6. Fazer a leitura do ângulo zenital;
7. Girar o movimento do ângulo horizontal até o ponto B;
8. Fazer as leituras dos fios e ângulos zenital. Fazer a leitura do ângulo
externo do triângulo;
9. Repetir os passos 2 a 7 para os demais pontos.
10. Medir com a trena a distância entre os pontos AB, AC e BC;
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∑ ae
= 180.(n + 2)
em que:
n é o número de lados da poligonal.
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Procedimentos:
1. Materializar o ponto topográfico A que será a sede da irradiação;
2. Escolher alguns pontos definidores do polígono a ser levantado (limite
da área a ser levantada);
3. Estacionar e centralizar o Teodolito no ponto topográfico A e medir a
altura do instrumento;
4. Apontar a luneta para o norte magnético e zerar o ângulo horizontal;
5. Visar o ponto 0 com a mira e fazer as leituras dos fios (superior, médio
e inferior);
6. Fazer a leitura do ângulo zenital;
7. Girar o movimento do ângulo horizontal até o ponto 1;
8. Fazer as leituras dos fios e dos ângulos zenital e horizontal;
9. Repetir os passos 7 e 8 para os demais pontos.
10. Determinar as Dr e Dn dos pontos levantados.
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Procedimentos:
1. Materializar a poligonal com 4 vértices;
2. Estacionar e centralizar o Teodolito no ponto topográfico A e medir a
altura do instrumento;
3. Fazer a leitura do Azimute magnético de A para B, utilizando a bússola;
4. Visar à estação D (Ré) e zerar o ângulo horizontal;
5. Trocar a baliza pela mira e fazer as leituras dos fios (sup., méd. e inf.);
6. Fazer a leitura do ângulo zenital;
7. Girar o movimento do ângulo horizontal até o ponto B;
8. Fazer as leituras dos fios e dos ângulos zenital e horizontal;
9. Visar todas as irradiações possíveis e fazer as leituras dos fios e dos
ângulos zenital e horizontal;
10. Estacionar o teodolito no ponto B e repetir os passos 2 a 8;
11. Repetir os passos para todos os vértices da poligonal;
12. Fazer o croqui da área levantada;
13. Fazer todos os cálculos, verificando as tolerâncias e erros, para
determinar as coordenadas absolutas; e
14. Faça o desenho da área levantada no AutoCAD e apresente ao Prof.
duas semanas após esta aula prática. O desenho deve estar em escala e conter
todas informações que julgar importante.
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Materiais utilizados: 01 nível com seu respectivo tripé, 02 balizas, 02 miras, caderneta de campo, 06 piquetes e 01 marreta.
Para exemplificar será projetada uma rede de drenagem pluvial que tenha 20 cm de profundidade inicial e 0,5% de declividade.
Cota RN = 20,00
a) Trabalho de campo
Procedimentos:
1. Locar e estaquear o eixo de uma rede de drenagem pluvial (5,00 em 5,00 m). Deve-se estaquear a posição/estaca 6+2,
pois neste ponto existe uma mudança de declividade (depressão), sendo necessário apresentá-la no perfil longitudinal;
2. Realizar o nivelamento geométrico simples do eixo locado;
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a) Trabalho de campo
Procedimentos:
1. Locação e estaqueamento do eixo longitudinal do pátio;
b) Trabalho de escritório
1. Calcular as cotas do terreno;
2. Calcular as cotas do greide;
3. Calcular as alturas de corte e aterro; e
4. Fazer o balanceamento dos cortes e aterros.
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BIBLIOGRAFIA
ANGULO FILHO, Rubens, Apontamentos das Aulas de Topografia e
Geoprocessamento I, Universidade de São Paulo - Escola Superior de
Agricultura "Luiz de Queiroz", 2007.
BORGES, A.C. Topografia. São Paulo, Edgard Bluscher, 1977. 187p. Vol. 1.
BORGES, A.C. Topografia. São Paulo, Edgard Bluscher, 1992. 232p. Vol. 2.
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