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Interpretação religiosa
Judaismo
A religião judaica não possui um ser todo malévolo, que combata
contra o criador. Por outro lado, o nome Hilel ben Shachar (בן הילל
שחר, filho d'alva), encontrado nos livros dos profetas Isaías e
Ezequiel a quem muitos interpretam a profecia como o Diabo, não
tem importância no contexto judaico pois trata-se de uma referência
ao rei da Babilônia, Nabucodonosor II, que assim era chamado e não
a um anjo. Atribui-se ao erro de interpretação, segundo a visão
hebraica, a leitura da frase fora do contexto geral, pelo qual o profeta
fazia uma exortação direta ao monarca.[33][34][35]
Catolicismo
De acordo com São Jerônimo, Lúcifer era o nome em latim do
principal anjo caído, e seu nome original em hebraico, Helel, que
provavelmente é derivado do verbo lamentar, pois ele lamenta a sua
queda e a perda do seu brilho. Esta visão prevaleceu entre os Padres
da Igreja, de forma que Lúcifer não fosse o nome original do próprio
do Diabo, mas apenas uma referência ao seu estado anterior à
queda.[36]
Segundo o teólogo Óscar Quevedo, Lúcifer passou a ser identificado
como Satã após Orígenes, lendo a passagem de Isaías 14:12 uma
representação da queda do reinado tirânico de Nabucodonosor II, rei
da Babilônia. Sendo assim, uma ameaça divina meramente
metafórica, sendo posteriormente difundida entre os cristãos
convertendo esses deuses pagãos em demônios. Inexiste qualquer
relação a um anjo caído, nem relação direta com as terminologias
Diabo, que vem do latim (Dia-Bolus: Aquele que separa), Satã,
oriunda do hebraico ("Shatan" שטן: Opositor) e do grego Δαίμονες
(Daímones: Demónio).[7]