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Aula 7
• Diafragma
• Obturador
• ISO
A luz é a matéria prima do fotógrafo e por isso ele deve aprender a controlá-la.

Podemos controlar a luz externamente e internamente à câmera.

Externamente à câmera, muitas vezes podemos controlar a sua intensidade, sua

direção, sua qualidade e a sua cor.

Internamente, ou seja, no que depende da câmera, só podemos controlar a

quantidade de luz que irá atingir o sensor.

E esse controle é feito através do ajuste de 3 parâmetros: diafragma, obturador e

ISO.
O diafragma é um dos elementos da câmera que regula a entrada de luz;

A quantidade de luz que chega ao sensor depende da área da abertura do


diafragma;

Quanto mais fechado o diafragma menos luz chega até o sensor;

As aberturas são representadas por números f (f/1.8, f2.0, etc);

Cada número f é representado numa escala e representa uma determinada


quantidade de luz que entra pela objetiva em direção ao sensor;

Fechar um ponto, ou seja, aumentar 1 número f na escala significa reduzir pela


metade a quantidade de luz que entra na câmera;

Os números f tem valores discretos (f-stop) e específicos;


Aberturas grandes
As aberturas com maior diâmetro têm um
número pequeno e dependem da lente que
você está usando. Em muitas lentes zoom,
a abertura máxima fica menor à medida
que aumenta o zoom.

Aberturas médias
As posições intermediárias do diafragma
costumam gerar imagens com melhor
qualidade. Mas podem não oferecer
profundidade de campo que você deseja.
O equilíbrio é uma decisão do fotógrafo.

Aberturas pequenas
A maioria das lentes tem abertura f/22,
outras param em f/16 ou podem chegar a
f/32. Com aberturas mais fechadas a
profundidade de campo é maior, mas a
difração tende a aumentar.
Foto mais clara Foto mais escura

÷2 ÷2 ÷2 ÷2 ÷2 ÷2

Diafragma aberto Diafragma fechado


Mais luz f/2.8 f/4 f/5.6 F8 f/11 f/16 f/22 Menos luz

x2 x2 x2 x2 x2 x2
É importante fazermos uma observação: Assim como a distância focal, a abertura máxima do
diafragma vem indicada na objetiva. Normalmente no formato 1:2.8, 1:1.8. Mas às vezes ocorre assim:
1:3.5-5.6 por exemplo. Quando aparecem dois números indicativos de aberturas máximas significa que
a objetiva não consegue manter a sua abertura máxima de 3.5 quando você varia a distância focal.
Vamos ver o exemplo da objetiva 18-105mm 1:3.5-5.6. Se você estiver fotografando em 18mm ela
consegue abrir o diafragma em f/3.5, mas se você começar a aumentar a distância focal ela começa a
fecha sozinha o diafragma e em 105mm só vai abrir até f5.6. É importante você lembrar disso quando
estiver fotografando porque pode abrir o diafragma em f/3.5 equilibrando a luz e quando aumentar a
distância focal a foto escurecer sendo que você não mexeu em nenhum dos 3 parâmetros. As
objetivas que conseguem manter a mesma abertura em todas as distâncias focais são mais caras e
livram o fotógrafo dessa preocupação que vimos.
Bom, agora é importante que você pegue a sua câmera juntamente com o manual e
verifique onde estão os botões que permitem o controle do diafragma. Normalmente, a
configuração do diafragma é feita através de discos, rodas, seletores ou botões que muitas
vezes operam de forma conjugada.

Cada câmera tem sua própria forma de configuração de diafragma, mas normalmente esses
controles estão acessíveis de forma rápida, no corpo da câmera, pois são utilizados
constantemente. Ninguém quer ficar acessando menu de câmera para configurar abertura
de diafragma. Em algumas câmeras a configuração do diafragma é feita na própria tela
Touch Screen através de controles deslizantes. A mesma coisa acontece com as
configurações de obturador e ISO. Geralmente fica tudo ao alcance rápido do fotógrafo, no
próprio corpo da câmera.
O obturador é como se fosse uma cortina que abre e fecha permitindo a entrada de luz na câmera
fotográfica.

O tempo de exposição pode ser controlado pelo fotógrafo e vai influenciar na quantidade de luz a qual o
sensor será exposto.

O tempo de exposição influencia na aparência dos objetos em movimento na cena. Tempos de


exposição longos resultam efeitos artísticos e inusitados uma vez que subvertem a realidade. Por outro
lado, tempos de exposição curtos podem nos mostrar detalhes que no dia a dia não percebemos como
no caso da técnica fotográfica popularmente chamada de Splash.

As câmeras REFLEX vem certificadas de fábrica com um número estimado de clicks. (100.000, 150.000,
etc). Essa característica é computada como depreciação do equipamento e repassada aos clientes
como custo dos trabalhos.
o 1/8000s Os números da escala de obturação, expressos através de frações do segundo, indicam o
intervalo de tempo que o obturador ficará aberto. Assim, denominadores maiores indicam
o 1/4000s uma fração menor, ou seja, um tempo menor de obturação. Significa que o sensor será
o 1/2000s exposto à luz por menos tempo. Podemos dizer também que é uma velocidade mais
rápida de obturação.
o 1/1000s
o 1/500s
Em alguns lugares, como no Live View, a obturação é expressa somente pelo
o 1/250s denominador, mas sabemos que na verdade é uma fração cujo numerador é 1, indicando
o 1/125s ser uma fração do segundo..

o 1/60s Quanto menor o tempo de exposição menos luz chega ao sensor.


o 1/30s
Quanto menor o tempo de exposição mais congelado é o movimento.
o 1/15s
o 1/8s Quanto maior o tempo de exposição mais necessário se torna o uso do tripé. (> 1/30s)
o 1/4s
Na configuração BULB o obturador fica aberto até que o botão de disparo seja
o 1/2s pressionado novamente.
o 1s, 2s, 3s ou mais
A velocidade de obturação ideal vai depender de qual aparência queremos dar aos objetos
o B (bulb) em movimento, da velocidade deles e da distância que estão de nós.
Exemplos:

1/100 Em relação aos eventos do cotidiano é um tempo médio de obturação.


o 1/8000s
No Live View aparece como 100, mas sabemos que é 1/100.
o 1/4000s
1/500 Podemos dizer que é um tempo de obturação mais curto em relação ao anterior.
o 1/2000s
Também podemos dizer que é uma velocidade de obturação mais rápida.
o 1/1000s
O sensor será menos exposto à luz.
o 1/500s
1/2000 Velocidade bem mais rápida de obturação.
o 1/250s
Ou menor tempo de exposição do sensor.
o 1/125s
Ainda menos luz atingirá o sensor.
o 1/60s
Ideal para congelar objetos se movendo rapidamente.
o 1/30s
1/30 Com tempos acima desse valor já é recomendável o uso do tripé.
o 1/15s
1/15 Pessoas, mesmo paradas podem sair tremidas. O balanço da câmera também contribui
o 1/8s
para a perda de nitidez.
o 1/4s
10” 10 segundos de obturação permite a entrada de muita luz pois o sensor fica muito tempo
o 1/2s
exposto. Objetos em movimento sairão muito borrados.
o 1s, 2s, 3s ou mais
Atenção que no Live View 1/10s será indicado como simplesmente 10, e 10s será
o B (bulb)
indicado como 10”.
Foto mais clara Foto mais escura

÷2 ÷2 ÷2 ÷2 ÷2 ÷2

Obturador mais lento Obturador mais rápido


1/15s 1/30s 1/60s 1/125s 1/250s 1/500s 1/1000s
Mais luz Menos luz

x2 x2 x2 x2 x2 x2
Da mesma forma que o diafragma, você deve procurar no manual da sua câmera onde estão os
controles de configuração do obturador. Deve memorizá-lo e automatizá-lo para que na hora de
fotografar você não precise se preocupar com isso. O controle da velocidade de obturação também é
usado constantemente na hora que fotografamos. Você também vai notar que na medida em que
mexe nessas configurações as fotos vão saindo mais claras e mais escuras. Nesse momento você já
deve estar deduzindo que diafragma e obturador podem trabalhar juntos de forma a obtermos uma foto
com a luz equilibrada e ideal. E é isso mesmo o que acontece, uma configuração completa a outra. Se
fechamos o diafragma perdemos luz, o que deve ser compensado aumentando o tempo de obturação
que é o mesmo que dizer usar uma velocidade mais lenta de obturação. Por outro lado, se abrimos o
diafragma, entra mais luz e temos que usar uma obturação mais rápida para reduzir o tempo de
obturação, reduzindo a luz e equilibrando a foto novamente. Confuso isso? Nada, ainda falta entrar o
ISO nesse jogo. Vamos aos poucos, por partes. Daqui a pouco estudaremos a fotometria que vai nos
dar uma referência sobre a quantidade ideal de luz que devemos deixar entrar na nossa câmera. Aí
sim, tudo vai se encaixar.
O parâmetro ISO define a sensibilidade do sensor à luz que sobre ele
incide.

Quanto maior o ISO mais sensível à luz fica o sensor.

Um ISO elevado pode resultar na geração de ruído.

O ruído é resultado da falta de informação luminosa chegando ao


sensor obrigando a câmera a preencher os pixels com valores
calculados e estimados com resultados muitas vezes insatisfatórios.
ISO 100 ISO 800 ISO 1600 ISO 3200
x2 x2 x2 x2 x2 x2

ISO baixo 100 200 400 800 1600 3200 6400 ISO alto
Menor sensibilidade Maior sensibilidade

÷2 ÷2 ÷2 ÷2 ÷2 ÷2

Foto mais escura Foto mais clara


No meio profissional há determinados tipos de trabalho onde um certo nível de ruído é aceitável, como
fotografia de eventos noturnos, shows e ambientes escuros onde não se pode usar flashes para não
comprometer trabalho de iluminação. Nesses casos o ruído já faz até parte da linguagem fotográfica.
Em outros casos, porém, quando não há motivos para geração de ruído o trabalho pode ficar
comprometido. Geralmente em ambientes com luz suficiente ou quando o fotógrafo pode incluir
iluminação artificial, o aparecimento de ruído não é justificável.
Resumindo, equilibrar a exposição de uma foto consiste basicamente em configurar os 3 parâmetros
principais (diafragma, obturador e ISO). No entanto, não fazemos isso às cegas. Veremos mais adiante
que existem ferramentas que podem nos auxiliar na medição da luz de forma que tenhamos um norte,
uma diretriz. Depois, com a prática, aprenderemos a confiar mais nos nossos olhos.

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