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REALIZAÇÃO DE MAPEAMENTO ATUALIZADO DO USO E COBERTURA

DO SOLO DA BACIA HIDROGRÁFICA DOS SALTOS DO MUNICÍPIO DE


EXTREMA/MG

Ismael Aparecido da Silva¹ Thiago Menicali da Silveira² Luis Otávio Campos Medeiros³

RESUMO

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ABSTRACT

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1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

Os impactos ambientais gerados pela ação humana em busca do


desenvolvimento e pela demanda de suas diversas atividades, tem repercutido na
quantidade e qualidade dos recursos hídricos, afetando o equilíbrio ambiental das bacias
hidrográficas. Segundo Pires et al. (2002, p. 17) o conceito de Bacia Hidrográfica tem
expandido nos últimos anos, sendo além de definido como uma área drenada por um
curso d’água ou por um conjunto de cursos d’água, cuja toda a vazão efluente se
encontra em uma única saída, também pode ser utilizada como unidade de gestão da
paisagem na área de planejamento ambiental, através do Sistema de Informação
Geográfico (SIG), no qual são sistemas computacionais utilizados para armazenar,
capturar, analisar, manipular, consultar e imprimir dados referenciados espacialmente de
acordo com a superfície da Terra (FILHO; IOCHPE, 1996, p. 2).
Além do estudo realizado na água podemos verificar as condições do uso e
ocupação do solo, como o tipo da cobertura vegetal, as áreas de reflorestamento, as
áreas urbanizadas, os locais com solo exposto, entre outras características.
Portanto, o presente estudo teve como objetivo analisar a organização do espaço,
através das funções do SIG e do software Arcgis versão 10.2.2, uma parte da bacia
hidrográfica do Matão e uma parte da bacia hidrográfica do Salto no município de
Extrema, sul de Minas Gerais, visando a geração de subsídios para a implantação de
projetos de recuperação de áreas degradadas nestas áreas.

2 METODOLOGIA

2.1 Área de estudo

O município de Extrema foi dividido em 2005 pela Prefeitura Municipal em oito


bacias hidrográficas (BH), sendo elas: BH do Salto, BH das Posses, BH dos Forjos, BH
do Juncal, BH das Furnas, BH dos Tenentes, BH do Matão e BH do Jaguari (figura x).
Figura 1 - Divisão das Bacias do Município de Extrema

Fonte: Saad et al. (2013, p. 20)

Para esse estudo foram escolhidas e delimitadas duas micro-bacias, sendo a


primeira uma parte da BH do Matão localizada entre as coordenadas geográficas xxx
latitude Sul e xxx longitude Oeste e a segunda uma parte da BH do Salto localizada
entre as coordenadas geográficas xxx latitude Sul e xxx longitude Oeste.
A BH do Matão possui uma área de 4.918,04 ha e 61 nascentes. Para esse estudo
utilizou-se xxx de sua área. A BH do Salto possui uma área de 4.918,04 ha e 61
nascentes. Para esse estudo utilizou-se xxx de sua área. As duas micro-bacias são
afluentes do Rio Jaguarí, que corta o município de Extrema e deságua no Rio Jundiaí. A
cidade de Extrema está contida na bacia hidrográfica PCJ (figura x), composta pelos
rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (SAAD et al. 2013, p. 6-20).
Figura 2 - Bacia Hidrográfica PCJ

Fonte: Saad et al. (2013, p. 6)

2.2 Procedimentos Metodológicos

Os procedimentos metodológicos no âmbito do mapeamento das áreas de estudo


foram realizados utilizando o Software Arcgis versão 10.2.2, sendo estes realizados de
acordo o referencial teórico pesquisado.
As imagens de satélite utilizadas na composição falsa cor foram as do satélite
Landsat 8. No processo de classificação do uso e ocupação do solo, foi realizada
também a visualização de imagens do Google Earth, buscando uma classificação mais
apurada.
Para a realização de cálculos matemáticos e estatísticos além da confecção de
tabelas e planilhas utilizou-se o software Excel (Pacote Microsoft Office, 2010).

2.2.1 Tratamento das imagens

Para se mapear o uso e ocupação do solo das micro-bacias estudadas,


primeiramente foram selecionadas as melhores cenas consideradas, que recobrem a área
de estudo por meio de inspeção visual das imagens do satélite Landsat 8 referentes ao
mês de julho de 2016. As imagens foram adquiridas no catálogo de imagens do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que são distribuídas de forma gratuita. O
quadro 1 mostra as características dos satélites e sensores utilizados no trabalho.

Quadro 1: Características do satélite Landsat 8


• Altura: 705 km; • Resolução Espacial:
• Faixa de Recobrimento: 185 km; Pancromático P&B: 15,0 m
• Resolução Espectral e Intervalos: (bandas 8); Multiespectral: 30,0 m
• Band 1 – Coastal aerosol 0.43 – (banda 1-7 e 9); Termal: 100,0 m
0.45μm; (bandas 10-11);
• Band 2 – Blue 0.45 – 0.51μm; • Resolução Temporal: 16 dias;
• Band 3 – Green 0.53 – 0.59μm; • Sensor: Operational Land Imager
• Band 4 – Red 0.64 – 0.67μm; (OLI);
• Band 5 – Near Infrared (NIR) 0.85 – • Lançamento: 11/02/2013;
0.88μm; • Órbita: Circular, Heliossíncrona,
• Band 6 – SWIR 1 1.57 – 1.65μm; Descendente, 98,2º de Inclinação,
• Band 7 – SWIR 2 2.11 – 2.29μm; Período de 99 minutos;
• Band 8 – Panchromatic 0.50 – 0.68μm; • País: Estados Unidos;
• Band 9 – Cirrus 1.36 – 1.38μm; • Tempo de Vida: 5 anos;
• Band 10 – Thermal Infrared (TIRS) 1
10.60 – 11.19μm;
• Band 11 – Thermal Infrared (TIRS) 2
11.50 – 12.51μm;

Fonte: https://landsat.usgs.gov (2013, p. 6)

O critério estabelecido para a seleção baseou-se na inspeção de erros presentes


nas imagens e na incidência de cobertura de nuvem em áreas de interesse, bem como na
observação da data das imagens.
Após a aquisição das imagens procedeu-se os processos de composição colorida,
que foi realizado por meio do modelo de cores primárias aditivas, sendo elas: Red,
Green e Blue (RGB) com a seguinte sequência: banda 6 SWIR 1, banda 5 (near
infrared) e banda 4 (red), sendo este procedimento denominado de composição de
bandas.

2.2.2 Traçado da Bacia

As delimitações das áreas de estudo (Bacia do Matão e Bacia Urbana), foram


realizadas utilizando dados do Modelo Digital de Elevação (MDE) originário do SRTM
(Shuttle Radar Topography Mission), obtidos no formato GeoTIFF. Contudo, o MDE
advindo do SRTM é disponibilizado com algumas imperfeições como depressões ou
falhas, sendo necessários alguns ajustes.
Os procedimentos metodológicos para a delimitação das 2 micro-bacias
utilizando ferramentas do software Arcgis versõ 10.2.2, foram subdivididos em seis
etapas, sendo elas: preenchimento de depressões ou falhas (“Fill”), direção de fluxo
(“Flow Direction”), fluxo acumulado (“Flow Accumulation”), extração de drenagens
(“Con”), gerar shape de drenagem (“Stream to Feature”) e delimitação de bacias
(“Watershed”).
Na primeira etapa foram realizados os preenchimentos das depressões utilizando
o comando “Fill” no ArcGis 10.2.2. A etapa seguinte constituiu à geração de um raster
com a direção do fluxo através do comando “Flow Direction”.
Em seguida, gerou-se o raster do fluxo acumulado por meio do comando “Flow
Accumulation”. Realizado este procedimento, foi um arquivo raster com as drenagens
extraídas, por meio do comando “Con”.
Na quinta etapa foi gerado o shape de drenagem por meio do comando “Stream
to Feature” utilizando o arquivo anteriormente gerado e o arquivo de direção de fluxo
gerado por meio da segunda etapa.
Na última etapa foi realizada a delimitação das 2 micro-bacias com o comando
“Watershed”, utilizando o arquivo de direção de fluxo e o arquivo shape de ponto. O
arquivo gerado, que possuía formato raster, foi transformado para formato shape, como
polígono, para que a extração de informações, como área e perímetro, fossem possíveis.

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