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TEETETO:

da Linha 172c
até a Linha 179e

Cecília Magalhães
Ennzo Moura
João Antonio
Prévia Introdução
- Protágoras defende que o homem é a medida de todas as coisas (Verdade);
- Linha 171a/b: Sócrates começa a desvalidar a tese do Protágoras
hipotético;
- Socráticas inicia a desconsiderar o homem como a medida de todas as
coisas, passando ao Estado;

Linha 172d

Sócrates: “Aqueles que perambulam por cortes de justiça e locais semelhantes desde sua
juventude parecem a mim, se comparados com os que foram educados na filosofia e
estudos similares, escravos comparados a pessoas livres, do prisma da educação.”
Paideia “V. Autoridad y Libertad: El Conflicto dentro de la Democracia
§3: “(...)Las ideas de Isócrates tienen su raíz en la concepción del mundo de la
tragedia griega. Ve al mundo político sometido a la misma ley trágica fundamental
que hermana siempre en la vida el poder y la riqueza a la fascinación y al
desenfreno, fuerzas surgidas del interior que amenazan a aquéllas en su existencia.
Los factores verdaderamente educativos son para él la penuria y la pequeñez, que
engendran el dominio de sí mismo e la moderación. Por eso la experiencia enseña
que son las situaciones malas las que en la mayoría de los casos sirven de estímulo
para lo mejor, mientras que la dicha se trueca fácilmente en el infortunio. Isócrates
establece por igual esta ley para la vida de los individuos y para la de los Estados.”
Filósofos versus Advogados: Linha 172d a 175e
Advogados:
Linha 173a: “(...) Isso os força a
- Sempre com pressa; realizar atos desonestos
- “Exercendo a pressão da Lei sobre sobrecarregando suas almas com
eles, lendo a declaração jurada perigos e temores quando suas
(antomosian), da qual nenhum almas ainda são frágeis; e visto que
não conseguem suportar essa carga
desvio é admitido.”; fortalecidos pela justiça e pela
- Argumentação pré-estabelecida; verdade, passam a recorrer a
- Dizem respeito à vida do réu; mentiras e à atitude de pagar um
- Tornam-se oradores tensos e erro com outro erro com o que se
perspicazes. tornam grandemente destituídos de
retidão e distorcidos.”
Filósofos versus Advogados: Linha 172d a 175e
Filósofos:
Linha 174b: “(...) A mesma zombaria é
- Ócio; aplicável a todos os que passam suas
- Liberdade argumentativa; existências devotando-se à filosofia. De
- Ignora as coisas ordinárias: fato, tal pessoa não presta atenção no seu
vizinho ao lado; não só ignora o que está
“(...) Os mais importantes, em primeiro fazendo como mal sabe se é um ser
lugar, desde sua juventude permanecem humano ou algum outro tipo de criatura. A
ignorantes do caminho que leva a indagação por ela feita é o que é o ser
ágora. (...) igualmente em questões de humano? Que ações e paixões são
nascimento (...) merecem tão pouco sua propriamente pertinentes à natureza
atenção quanto a quantidade de pintas humana e a distinguem daquela de
no mar (...) jamais rebaixando-se a todos os demais seres? A resposta para
qualquer coisa ao alcance da mão.” isso é o objetivo de sua investigação e
Linha 173c-e aquilo pelo que se empenha.”
Da Divindade (Demiourgos): Linha 176b a 177d
“Não é objetivando evitar um
“Todavia, é impossível a reputação má e granjear uma “Meu amigo, há dois modelos
boa que a prática da virtude, e
eliminação dos males, instalados na realidade: o
não do vício, é recomendada.
Teodoro, visto que é divino, sumamente
(...) E é aqui que nos bem-aventurado, e o não
necessário haver sempre deparamos com a verdadeira
algo oposto ao bem. (...) divino, que é sumamente
habilidade de um homem, desventurado. (...) A punição
Ora, tornar-se semelhante como também sua por isso consiste em viver
à Divindade requer insignificância e covardia, por uma vida que corresponde ao
tornar-se justo, puro e o conhecimento disso é modelo a que se
sábio.” 176 a/b sabedoria e genuína virtude, assemelham.” 176e e 177a
ao passo que sua ignorância é
estupidez e vício.” 176c
Do Estado ao útil: ou DO FUTURO
“(...) Por outro lado, quando se “(...) O que quero dizer é
trata de que coisas são boas, não que seria possível formular
encontramos mais ninguém tão uma questão acerca de
corajoso a ponto de arriscar
“Tanto a legislação,
toda a espécie de coisas a portanto, quanto o útil,
afirmar que quaisquer que sejam que diz respeito o útil. E
as leis promulgadas por um dizem respeito ao futuro
essa espécie em sua
Estado, tendo-as como útei para totalidade, parece-me, diz e todos concordariam
ele, são realmente úteis enquanto respeito ao futuro. De fato, que inevitavelmente, um
estiverem em vigor, a menos que quando criamos leis o Estado, ao produzir leis,
esse alguém esteja se referindo fazemos movidos pela ideia com frequência não
meramente o nome, à palavra útil, de que será úteis no tempo consegue atingir o mais
o que equivaleria a estar fazendo vindouro, ao que útil” 179a
uma piada com nosso argumento.” chamamos com exatidão
177d de futuro.” 178a
Crítica a Protágoras: o cerne do argumento
“Então possui ele também, Protágoras - diremos - dentro de si mesmo o critério pelo qual avalia
as coisas que serão no futuro? Possui um ser-humano dentro de si o critério dessas coisas?
Quando pensa que certas coisas serão, acontecem elas realmente para ele como pensava que
aconteceriam? Toma, por exemplo, o calor. Se alguma pessoa comum pensar que terá febre, ou
seja, que esse calor particular será - e um outro homem, que é um médico, pensar o oposto, a
opinião de qual deles deveremos esperar que venha a ser ratificada pelo futuro? Ou devemos
pensar que ratificará ambas, isto é, que do mesmo ponto de vista do médico a pessoa não
atingirá a temperatura febril e sofrerá febre, ao passo que do prisma dessa pessoa ela o
experimentará?” 178c

“Então estaremos dando ao teu mestre uma bela resposta se a ele dissermos que é obrigado a
admitir que um indivíduo é mais sábio do que um outro, e que tal indivíduo sábio constitui
uma medida, mas que eu, que não tenho conhecimento, de modo algum estou obrigado a
converter-me numa medida, como o argumento em sua defesa a pouco tentava forçar-me a
ser, não importa se eu o fosse ou não.” 179b
Crítica à opinião: um prelúdio a Heráclito
“Em muitos outros aspectos, Teodoro, seria possível demonstrar que nem toda opinião de
todo indivíduo é verdadeira - ao menos em matérias desse tipo. Entretanto, é mais difícil
demonstrar que opiniões não são verdadeiras relativamente aos estados emocionais
transitórios de cada indivíduo, dos quais emergem nossas percepções e as opiniões que
lhes dizem respeito. Mas talvez eu esteja completamente, pode ser impossível demonstrar
que não são verdadeiras. Talvez estejam certos os que afirmam serem elas evidentes e
formas de conhecimento, com o que Teeteto aqui, ao dizer que a percepção e o
conhecimento são idênticos, não estava longe da meta. Diante disto é necessário, na
medida em que o discurso a favor de Protágoras nos impõe, nos familiarizemos ainda
mais com sua doutrina que postula o movimento como substância fundamental, e
apuremos se revela-se íntegra ou se possui alguma falha. Como sabes, uma disputa
surgiu em torno disso, disputa que não é insignificante e que não conta com a
participação de poucos.” 179c/d

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