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UMA espécie diferente de Canaã -PARTE II

Outras indicações - tanto literárias como arqueológicas - parecem mostrar que, no século XIII a.c., o
controle do Egito sobre Canaã era mais forte do que nunca. A qualquer demonstração de agitação
política, o exército egípcio cruzaria o deserto do Sinai ao longo da costa do Mediterrâneo e
marcharia contra cidades rebeladas ou povos incômodos. Como foi mencionado, a rota militar ao
norte do Sinai era protegida por uma série de fortes e suprida com fontes de água. Depois de cruzar
o deserto, o exército egípcio poderia derrotar facilmente qualquer força rebelde e impor seu
domínio sobre a população local.
A arqueologia descobriu evidências dramáticas da extensão da própria presença egípcia em Canaã.
Uma fortaleza egípcia foi escavada no sítio de Betsã, ao sul do mar da Galiléia, por volta do ano de
1920; suas várias estruturas e pátios continham estátuas e monumentos com inscrições em
hieróglifos, da época dos faraós Sethi (ou Seti) I (1294-1279 a.C.), Ramsés II (1279-1213 a.C) e
Ramsés III (1184-1153 a.Ci). A antiga cidade de Megiddo, em Canaã, revelou indício de forte
influência egípcia até a época do faraó Ramsés VI, que governou no final do século XII a.C. Isso foi
muito depois da suposta conquista de Canaã pelos israelitas.
É altamente improvável que as guarnições militares egípcias em todo o país tivessem permanecido
impassíveis enquanto um grupo de refugiados do Egito estivesse provocando devastação em toda a
província de Canaã. E é inconcebível que a destruição pelos invasores de tantas cidades vassalas,
leais, não tivesse deixado nenhum traço nos vastos registros do império egípcio. A única menção
independente ao nome de Israel nesse período - a estela da vitória de Meneptah - anuncia apenas
que, ao contrário, esse povo obscuro vivendo em Canaã sofrera derrota esmagadora. Nitidamente,
alguma coisa não combina quando o relato bíblico, a evidência arqueológica e os registros egípcios
são colocados lado a lado

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