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É A BÍBLIA UM LIVRO PARA NOSSOS TEMPOS

Um pai de família muito responsável teve que se afastar de


sua família, a qual amava muito, por motivos relevantes,
porém, ele prometeu-lhe que sempre manteria contato,
sobretudo, por cartas escritas. Disse-lhe ainda que em breve
voltaria para o seio de sua família, logo que resolvesse
algumas questões que poderiam afetá-la profundamente,
caso, ele como seu único provedor não tomasse as
providências cabíveis.

Essa sua família era composta por esposa e 10 filhos, sendo


que um desses era desobediente, porém, muito inteligente e
ainda assim muito amado por todos.

Dito todas as orientações a sua família, partiu esse grande


homem para seu destino.

Passados alguns anos, o pai envia-lhes uma carta repleta de


códigos e situações que ninguém de sua casa entendia.

As situações abordadas naquela carta pareciam reportar a


uma época muito, muito passada. O amoroso pai parecia
que estava vivendo numa época super atrasada, suas
orientações, pedidos e mesmo a forma de escrever aquela
carta, davam conta de que, ou ele havia ficado louco devido
ao longo período afastado de sua amada família, ou suas
palavras não eram dirigidas a eles.

Aquelas coisas não faziam sentido para a época em que sua


família vivia.
O velho pai escrevia farmácia e você assim “pharmarcia”,
“vosmicê”, ele ainda, segundo a carta, chamava seus
patrões de senhores, e a autoridade máxima do local onde
ele se encontrava de rei ou soberano ao invés de presidente.

Toda a família ficou intrigada com aquela carta, pois ela


não dizia coisa com coisa. Diante dessa tremenda confusão,
essa família resolveu esperar por outras cartas, talvez,
diziam eles, as próximas expliquem a anterior.

Pois bem, passados mais outros anos, o pai daquela família


mandou novas correspondências, mas para surpresa de seus
familiares, nada mudou, as cartas pareciam cada vez mais
sem sentido. Os termos usados estavam ficando cada vez
mais distante de sua compreensão.

O que quero dizer por meio dessa estória é que


diferentemente do que é afirmado pelos crentes(católicos,
protestantes, teólogos e outros enganadores), a Bíblia,
sobretudo, o Velho Testamento, não foi escrito para nós,
mas visava tão somente as pessoas de sua época.

As estórias da Bíblia têm linguagem e ideias que só seriam


entendidas e teriam sentido e aplicabilidade para as pessoas
daquela época.

Se a Bíblia tivesse a intenção de alcançar pessoas além de


sua época, encontraríamos nela termos e referências
relativas a nosso tempo, e isso não aparece em suas
páginas.
Só há lendas, mitologias e estórias completamente
desencontradas que só pessoas daquela época imaginavam
que estas estórias tinham razão de ser.

Tome como referência o livro de Apocalipse cujo conteúdo


dizem os crentes haver inúmeras profecias que se
cumpririam em nosso tempo e em tempos mais à frente. Se
isso fosse verdade, encontraríamos nesse livro termos ou
palavras que pessoas de nosso tempo entenderiam logo de
imediato ao lê-lo.

Mas, não! Nele só encontramos termos de uma época que


só teriam sentido para as pessoas daquela época. Lá
encontramos: Reis, escravos, CIDADE SANTA, que é
Jerusalém, águia falante, defuntos que falam, demônios,
anjos, dragões e outros termos que situam suas declarações
num ambiente de superstições e crendices!

A Bíblia afirma que a terra foi tirada de um oceano de


águas que estava no céu, que a lua é uma fonte de luz,
chamando-a de luzeiro ou luminar tal qual o sol.

Distingue ainda a Bíblia as estrelas do Sol. Ela apresenta


coelho como sendo um animal ruminante, chama o
morcego de ave, chama a baleia de peixe.

A Bíblia dá razões para acreditarmos em feitiçarias e


bruxarias e em sonhos.
Todas essas concepções não têm sentido para os homens de
nosso tempo. Essas ideias só fazem sentido para as pessoas
daquela época atrasada e repleta de superstições.

Quando apresentamos essas questões, os cristãos tentam


justificá-las, porém, sem sucesso algum.

Com relação a questão de a Lua ser um astro de luz, de o


Sol girar em torno da Terra, os crentes afirmam que a Bíblia
foi escrita segundo a concepção de um homem dentro da
atmosfera terrestre. Dizem que os relatos foram escritos
segundo aquilo que os escritores aparentavam ver.

Quer dizer, os crentes estão provando o que dizemos, ou


seja, a Bíblia foi escrita para as pessoas daquela época, por
isso que as coisas relatadas por ela só têm sentido para
pessoas daquele tempo.

E se os relatos bíblicos foram escritos dessa forma, a Bíblia


não é palavra de deus algum, pois seus escritos tinham tão
somente a intenção de alcançar determinadas pessoas em
uma determinada época e não as pessoas de todo o mundo
em diferentes épocas.

O absurdo de se dizer que coelho é ruminante, dizem eles


que o coelho aparenta ser ruminante pela forma como se
alimenta.

Afirmam que o morcego é classificado como ave porque


naquela época as pessoas tinham uma classificação
diferente da nossa.
Continuando em defesa de sua fé, os crentes aduzem que
diversos animais tiveram suas classificações alteradas pela
ciência e que há frutos que em determinada localidade são
classificados de forma diferente da de outros povos.

Mas tudo isso só prova que ela é um livro feito a maneira


de ver e viver de um povo de uma determinada época.
Essas alegações em nada reforçam ou atestam a inspiração
divina da Bíblia, pelo contrário!

Se ela fosse para nosso tempo, não faria declarações tão


descabidas. Suas declarações, se estivéssemos diante de um
livro sagrado, seriam postas de forma genérica a ponto de
não comprometer seu caráter sagrado e inspirado.

E ainda há crentes que afirmam que a Bíblia, embora não


seja um livro científico, quando menciona algo da ciência,
mostra-se em concordância com ela.

Que absurdo!

Vejamos alguns textos:

“Demais a luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol


será sétupla como a luz de sete dias, no dia em que Jeová
atar a ferida do seu povo, e curar o golpe da sua chaga.”
Isaías 30:26

“Deus fez os dois grandes luminares: o maior para governar


o dia e o menor para governar a noite; fez também as
estrelas. Deus os colocou no firmamento do céu para
iluminar a terra, governar o dia e a noite, e separar a luz das
trevas. E Deus viu que ficou bom. Passaram-se a tarde e a
manhã; esse foi o quarto dia.” Gênesis 1:16-19

A lua possui luz como se uma estrela fosse, afirma a Bíblia.

Paulo, escritor do Novo Testamento, também achava que a


Lua era da mesma grandeza que os Sol e que a grandeza
das estrelas era diferente entre si e da dos primeiros.

"Há corpos no céu e há corpos na terra. A glória dos corpos


celestiais é diferente da beleza dos corpos terrenos.

O Sol, a Lua e as estrelas, cada um tem o seu próprio


esplendor. E até as estrelas diferem em brilho e em
grandeza entre si." 1 Coríntios 15:40,41

“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face


do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas.” Gênesis 1:2

“Ele estendeu a terra sobre as águas, porque sua


misericórdia é eterna.” Salmos 136:6

“Foi ele quem a fez surgir do fundo dos mares e a torna


estável no meio das águas.” Salmos 24:2

“A Jeová pertence a terra e a sua plenitude; O mundo, e os


que nele habitam. Pois ele a fundou sobre os mares, E sobre
as correntes a estabeleceu.” Salmos 24:1,2
Nas passagens acima, vemos os escritores dizerem que Javé
teria criado a terra das águas, ou seja, os hebreus
acreditavam nas mesmas crenças dos pagãos que diziam a
mesma coisa. Essa crença é chamada de águas primordiais.

E não era só os hebreus antigos que acreditavam nessas


bobagens, não. Essa mesma crença está presente também
no Novo Testamento.

“Eles voluntariamente ignoram isto: que pela palavra de


Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra,
que foi tirada da água e no meio da água subsiste. Pelas
quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as
águas do dilúvio.” 2 Pedro 3:5,6

“Esquecem-se propositadamente que desde o princípio


existiam os céus e igualmente uma terra que a palavra de
Deus fizera surgir do seio das águas, no meio da água, e
deste modo o mundo de então perecia afogado na água.” 2
Pedro 3:5,6

“Eles esquecem deliberadamente que Deus, por sua palavra,


há muito tempo criou os céus e a terra seca, que fez surgir
em meio às águas.” 2 Pedro 3:5

“Mas eles deliberadamente se esquecem de que há muito


tempo, pela palavra de Deus, existiam céus e terra, esta
formada da água e pela água. E pela água o mundo daquele
tempo foi submerso e destruído.” 2 Pedro 3:5,6
“Também a lebre, porque é ruminante, mas não tem casco
fendido. É impura para vocês.” Levítico 11:6

“Vocês podem comer qualquer animal de casco fendido,


dividido em dois, e que rumina. Contudo, não comam os
seguintes animais que ruminam ou têm o casco fendido: o
camelo, a lebre e o procávia, porque são ruminantes, mas
não têm casco fendido.” Deuteronômio 14:6,7

O coelho aparece como sendo um animal ruminante, quer


dizer, para Jeová, o deus dos hebreus que criou todos os
animais e que portanto, deveria ser o primeiro a saber que
coelho nunca ruminou, diz o contrário.

Animais ruminantes são animais como o cavalo, boi, por


exemplo, estes animais possuem um estômago diferente dos
demais animais. E para Javé, o coelho tem um estômago
igual ao boi e cavalo.

Como já dito, os crentes dizem que o coelho não é


ruminante, mas aparenta ser um por causa da forma de
mastigar o alimento.

Só que a questão aqui não tem nada que ver se o coelho


aparenta ser algo que não é. A informação de classificar o
coelho como ruminante foi de Javé, ele deveria saber que
isso não é verdade, posto que foi ele que fez os animais, foi
ele que fez a fisiologia de todos os bichos, logo, ele mais
que ninguém deveria ter dito aos hebreus que coelho não
era ruminante.
O deus hebreu considerava o coelho como impuro por ele
ser ruminante e não ter casco partido, só que o coelho não é
ruminante. Portanto, dizer que o coelho é impuro por causa
dessas características está equivocada. O coelho deveria
estar entre os animais que poderiam ser considerados puros,
mas por causa da ignorância do deus hebreu(na verdade, o
escritor que dá voz a Jeová) foi classificado como impuro.

E esse erro grotesco só mostra que deus algum estava


orientando os hebreus para determinar quem era impuro ou
não. Só seres humanos se guiariam pela mera aparência
física. Quem escreveu essas besteiras de animais puro e
impuro não conhecia nada da fisiologia dos animais,
simplesmente olhava e aquilo que lhe parecia aos olhos, ele
determinava como sendo puro ou não.

“Das aves, estas abominareis; não se comerão, serão


abominação: a águia, o quebrantosso e a águia marinha; o
milhano e o falcão, segundo a sua espécie, todo corvo,
segundo a sua espécie, o avestruz, a coruja, a gaivota, o
gavião, segundo a sua espécie, o mocho, o corvo marinho, a
íbis, a gralha, o pelicano, o abutre, a cegonha, a garça,
segundo a sua espécie, a poupa e o morcego” (Levítico
11:13-19)

Aqui, o deus hebreu classificou morcego como ave.

De fato, as classificações dos animais sofreram diversas


mudanças ao longo do desenvolvimento das ciências, isso
não se pode negar.
Há animais que eram classificados de uma forma no
passado e hoje já não é assim.

As classificações ou nomenclaturas dos animais são dadas


pelos homens, elas nunca foram dadas por deus algum.

É muito fácil perceber que a classificação dada ao morcego


como ave na Bíblia se deu porque o homem do passado
considerava como ave todo animal que voava.

Era observada uma ou duas características e estas serviam


para classificar este ou aquele animal como sendo ave ou
não.

O crente então diz que a Bíblia não poderia dizer com


precisão algo que ainda não existia em seu tempo, pois essa
classificação era entendível para aquelas pessoas daquela
época.

Perfeito, crente, e é isso mesmo!

A Bíblia não foi feita para o homem de nosso tempo, se


fosse não apresentaria uma classificação que em nosso
tempo seria considerada errada!

A Bíblia diz que o morcego era ave porque quem a escreveu


foi alguém que pensava assim, e estava escrevendo para
outras pessoas que como ele pensava da mesma forma. E
nós não pensamos dessa forma, logo, o que está na Bíblia
era para aquelas pessoas.
Não há, nesse caso, inspiração divina coisa alguma em seus
ditos.

O mais interessante é que nesses casos, os crentes invocam


em sua defesa que a Bíblia não é livro de ciência, no
entanto, quando a ciência diz que o homem está na terra há
milhões de anos, dizem eles que a ciência está errada, mas a
Bíblia está certa ao dizer que há pouco mais de 6.000 anos
que o homem está na terra.

A Bíblia diz que a terra tem 4 cantos, ou seja, ela é


quadrada.

A Bíblia diz que o Sol se move, mas a Terra é imóvel.

A Bíblia diz que o Sol, a Lua e as estrelas estão dentro da


atmosfera terrestre.

A Bíblia diz que havia dragões e gigantes na Terra.

A Bíblia acha normal que pessoas matem seus filhos para


os comer em tempo de fome e miséria.

A Bíblia acha normal que pessoas falem com animais e não


se deem conta de que isso não é possível e muito menos
natural.

A Bíblia acha normal que pessoas escravizassem outras.

A Bíblia acha normal que pessoas saqueassem outras por


meio do despojo.
A Bíblia acha normal que um homem mate outro para
roubar sua mulher, sua casa e os filhos do de cujus para
torná-los seus escravos.

A Bíblia acha normal que os pais vendessem seus filhos


como escravos.

A Bíblia acha normal que pessoas inocentes pagassem com


suas vidas pelos erros de outros.

A Bíblia acha normal que pessoas devessem adorar um deus


que rouba, mata, assassina e discrimina pessoas.

A Bíblia acha normal que um homem inocente morresse


crucificado em favor de outros culpados.
Tudo isso é um absurdo que só poderia ser considerado
aceitável e normal para aquelas pessoas ignorantes imersas
num mundo de extrema barbaridade e superstição.
E sabemos que essas ideias estavam na mente das pessoas
do passado, eram elas que acreditavam naquilo que lhes
pareciam ser as coisas.

Portanto, é fato, a Bíblia é um livro feito por pessoas de um


passado antigo e seu conteúdo só tem valor ou mesmo
algum significado para aquelas pessoas.

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