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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

(180016 – PROJETO INTEGRADOR)

APOSTILA DE LABORATÓRIO

PRÁTICA DE AMBIENTAÇÃO

2016

Autor: prof. Dr. Azauri Albano de Oliveira Jr.

Colaboração e sugestões: Prof. Dr. Manoel Luís de Aguiar

Prof. Dr. José Roberto B. de A. Monteiro

Prof. Jerson B. de Vargas


Introdução-1

PARTE 1
1.1 - INTRODUÇÃO

O Projeto Integrador Laboratório de Eletrônica de Potência prevê a realiza-


ção de projetos envolvendo conversores estáticos de potência estudados na disci-
plina teórica SEL401 associados à aplicação em um Sistema Elétrico de Potência e
seu conjunto de Máquinas Elétricas e respectivos problemas associados.

Como atividade inicial é proposta uma prática para ser realizada em uma única
aula como forma de se familiarizar com os procedimentos e funcionamento do labo-
ratório. Desta forma são revistos alguns conceitos fundamentais sobre SCR, circui-
tos de disparos e de um Controlador CA monofásico.

Como atividade prática é proposto o estudo do disparador de SCRs baseado


no circuito integrado TCA785, o qual deve ser implementado e testado em toda sua
funcionalidade. A seguir, será montado um controlador CA monofásico com carga
resistiva e indutiva como forma de aplicação.
Controlador CA-2

1.2 - CONTROLADOR CA MONOFÁSICO - APLICAÇÕES EM


OPERAÇÃO COM CONTROLE DE FASE

1.2.1 - INTRODUÇÃO E OBJETIVOS


Os controladores de tensão CA possuem, hoje em dia, um vasto campo de
aplicações, entre as quais podemos citar: reguladores de intensidade luminosa de
lâmpadas de filamento (dimmers), controle de velocidade de ventiladores residenci-
ais, controle de temperatura, chaves de partida suave de motores de indução (soft-
starters), chaves estáticas, etc...
Dependendo da aplicação a que se destina, os controladores CA podem ser
operados no modo de controle de fase ou no modo de controle liga/desliga (on/off).
Conforme já é de conhecimento dos estudantes, o controlador CA basicamente é
constituído de dois retificadores de meia-onda em antiparalelo (figura 1). O circuito
de potência do controlador CA é constituído de dois SCR’s em paralelo, podendo
ser utilizado, normalmente para baixas ou médias potências, um TRIAC (Tiristor
CA).

vAK1=-vAK2

i1
ii i0
A C

i2 vR R
vs vi v0

vL L

B D

Figura 1: Circuito básico de potência de um controlador CA monofásico.


Controlador CA-3

O TRIAC é um dispositivo da família dos tiristores constituído de cinco cama-


das PNPNP. A figura 2 apresenta a estrutura básica de cinco camadas de um TRI-
AC. Seu funcionamento equivale à estrutura de dois SCR’s am antiparalelo, confor-
me pode ser visto na figura 2c. A figura 2a apresenta o símbolo utilizado em dia-
gramas de circuitos para o TRIAC.
A figura 3 apresenta as curvas características estáticas reais e ideais de um
TRIAC. Como pode depreender-se destas características, o TRIAC pode operar no
primeiro ou terceiro quadrante com correntes e tensões positivas e negativas. Desta
forma, ele é um dispositivo essencialmente para a utilização em aplicações CA.
Os disparos deste semicondutor podem se dar das mesmas formas que aque-
las explanadas para os SCR’s (vide apostila da prática anterior). A forma preferenci-
al de disparo de um TRIAC, na grande maioria das aplicações, se dá por injeção de
corrente no terminal de porta. Diferentemente do SCR, o TRIAC pode ser disparado
com sinais de corrente/tensão (de porta para T1) positivos ou negativos, de tal for-
ma, que qualquer das possibilidades listadas abaixo são permitidas:
a) VT2T1>0; VGT1>0 b) VT2T1>0; VGT1<0 c) VT2T1<0; VGT1>0 d) VT2T1<0; VGT1>0.

Figura 2: a) Estrutura básica de um TRIAC. b) Símbolo. c) Estrutura equivalente com


dois SCR's em antiparalelo.
Controlador CA-4

Figura 3: a) Circuito com TRIAC. b) Características estáticas reais. c) Características


estáticas ideais.

O diagrama esquemático da figura 4 apresenta um controlador CA monofásico


utilizando um TRIAC como dispositivo de controle. O circuito de controle de disparo
da porta do TRIAC deve ter as mesmas características de um circuito de disparo
para SCR’s. Desta forma, os métodos de disparo, bem como o diagrama funcional
geral de um circuito de disparo apresentados nos itens 2 e 3 da apostila anterior
também são válidos para a construção de um circuito de controle de disparo de um
controlador CA com TRIAC. Normalmente, o mesmo circuito utilizado para disparar
um TRIAC de um controlador CA pode ser utilizado para disparar dois SCR’s em
antiparalelo conforme a estrutura apresentada na figura 1.

Carga

Circuito de
Fonte CA
Controle
(Disparo) da
Porta

Figura 4: Controlador CA com TRIAC.


Controlador CA-5

Esta prática tem como objetivo principal fazer com que o estudante entre em
contacto com as estruturas de controladores CA monofásicos utilizando tanto um
TRIAC como dispositivo controlador quanto dois SCR’s em antiparalelo. O aluno se-
rá instado a estudar o comportamento do controlador CA, tanto com carga resistiva
quanto com carga indutiva, devendo para tanto relembrar os conceitos teóricos des-
te controlador estudados na disciplina anterior (SEL401 – Eletrônica de Potência).
Nesta prática, os controladores CA estarão sendo operados no modo Controle de
Fase. Serão utilizados para o controle do disparo dos semicondutores de potência,
dois tipos de circuitos que usam tecnologias diferentes para a construção dos pulsos
de disparo: o primeiro circuito utilizado é um circuito comercial normalmente utilizado
para controle de ventiladores e/ou regulação de iluminação incandescente utilizando
tecnologia de componentes discretos; e o segundo circuito utiliza como base um cir-
cuito integrado dedicado, normalmente utilizado para aplicações mais refinadas, tais
como controle de motores industriais monofásicos e trifásicos, soft-starters, controle
de temperatura, etc. Desta forma pretende-se que o estudante também complemen-
te seus estudos de circuitos de disparo iniciados na prática anterior.

1.2.2 - O CONTROLADOR DE TENSÃO CA COM CONTROLE DE FASE.


O controlador de tensão CA pode controlar a potência (tensão/corrente)
transmitida à carga de duas formas: através do controle do ângulo de disparo dos
tiristores a cada semiciclo da senóide da tensão de entrada, método este denomi-
nado de controle de fase; ou através do controle de ciclos integrais da tensão de
entrada, método denominado de controle liga/desliga (on/off). O objeto desta prática
é a operação dos controladores pelo método do controle de fase.
Controlador CA-6

α = 1500

α = 1200

α = 900

φ = 600

α = 600

Figura 5: Formas de onda teóricas de tensão e corrente na carga de um contro-


lador CA operando no modo controle de fase.

Na figura 5 são mostradas as formas de onda teóricas, de tensão e corrente


em uma carga indutiva, com ângulo de carga de 600, com um controlador CA ope-
rando em controle de fase. O estudante deve rever a teoria correspondente tratada
na literatura e disciplina anterior (SEL401). Como pode ser observado na figura 5, o
controle da potência através do controle do ângulo de disparo (controle de fase), é
realizado fornecendo-se à carga uma senóide recortada. Obviamente, portanto, este
método de controle tem implicações na qualidade de energia elétrica através das
gerações de harmônicos.
Portanto, os objetivos últimos desta prática, em relação ao circuito de potência
do controlador são os de se levantar algumas das características de desempenho
deste controlador.

Em relação à carga (saída do conversor), devem ser elaborados gráficos com


os seguintes dados quantitativos:
• Variações das correntes e tensões rms com a variação do ângulo de dis-
paro.
• Variações da potência média na carga com o ângulo de disparo.
Controlador CA-7

ATENÇÃO

TAMBÉM FAZ PARTE DOS OBJETIVOS DESTE LABORATÓRIO QUE O ESTU-


DANTE ADQUIRA A HABILIDADE, QUE TODO ENGENHEIRO DEVE TER, DE
PROJETAR E OTIMIZAR OS SEUS PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS COM
VISTAS À OBTENÇÃO DOS DADOS RELEVANTES QUE LHE PERMITAM ANA-
LISAR E CARACTERIZAR SEU PROBLEMA E/OU EQUIPAMENTO CORRETA-
MENTE DE ACORDO COM OS OBJETIVOS PRÉ-ESTABELECIDOS. PARA ISTO,
ANTES DE INICIAR ESTES PROCEDIMENTOS, O ESTUDANTE (ENGENHEIRO)
DEVE ESTAR PLENAMENTE CONSCIENTE DOS CONHECIMENTOS NECESSÁ-
RIOS SOBRE O TEMA (REVISAR TEORIA SOBRE O ASSUNTO), E DAS LIMI-
TAÇÕES E POTENCIALIDADES DE SEUS EQUIPAMENTOS DE MEDIDA E DE
SUA HABILIDADE EM MANIPULÁ-LOS. DE POSSE DESTAS DUAS INFORMA-
ÇÕES DEVE SER CAPAZ DE RESPONDER: PARA SE ATINGIR O(S) OBJETI-
VO(S) PRÉ-ESTABELECIDO(S), QUAIS AS VARIÁVEIS IMPORTANTES PODEM
SER DIRETAMENTE MEDIDAS COM O EQUIPAMENTO EXISTENTE, E QUAIS
MEDIDAS DEVEM SER REALIZADAS PARA SE CALCULAR VARIÁVEIS QUE
NÃO PODEM SER DIRETAMENTE MEDIDAS. TENDO ESTA RESPOSTA, O ES-
TUDANTE (ENGENHEIRO) DEVE PROJETAR OS SEUS PROCEDIMENTOS EX-
PERIMENTAIS, COM VISTAS A OTIMIZAR O TEMPO DESTES COM A FINALI-
DADE ÚLTIMA DE ANALISAR E/OU CARACTERIZAR CONCEITUALMENTE
TANTO DE FORMA QUALITATIVA, QUANTO DE FORMA QUANTITATIVA, O
PROBLEMA E/OU EQUIPAMENTO EM ESTUDO, DENTRO DO PRAZO ESTABE-
LECIDO.

VOCÊ ESTARÁ GANHANDO TEMPO E EVITANDO MUITOS PROBLE-


MAS.

PENSE SEMPRE ANTES DE TOMAR QUALQUER DECISÃO.


Controlador CA-8

1.2.3 - CONTROLADOR CA MONOFÁSICO COM CARGA INDUTIVA


(LÂMPADA + REATOR)
Para a realização desta prática será utilizado um circuito de controle de dispa-
ro de Tiristores baseado em um circuito integrado dedicado da Siemens. O contro-
lador CA será constituído de dois SCR’s em anti-paralelo, ao invés de um TRIAC. O
diagrama esquemático do circuito do controlador está apresentado na figura 6.

SENSOR DE LÂMPADA
CORRENTE

TRAFO REATOR
(VARIAC)

SNNUBER

SAÍDA SCR1

SAÍDA SCR2 MÓDULO


MÓDULO AMPLIFI-
DO CADORES
TCA785
TRAFO
(ISOLAÇÃO E
SINCRONISMO)

Figura 6: Controlador CA com dois SCR's e módulo de disparo com TCA785.


Controlador CA-9

PARTE A – ANÁLISE DO CIRCUITO DE DISPARO


Conforme pode ser visto na figura 6, o circuito de controle dos disparos dos ti-
ristores é composto de um módulo que constitui o centro nervoso da geração dos
pulsos, baseado no circuito integrado (CI) TCA785, da Siemens. Este CI constitui-se
de um “chip” de 16 pinos, especializado em geração de pulsos de disparo de tiristo-
res, tanto para SCR’s quanto para TRIAC’s. O modo mais utilizado para este CI, é o
modo controle de fase, podendo-se também, com o auxílio de outros circuitos, tam-
bém operar no modo controle liga/desliga (on/off). A figura 7 mostra a configuração
da pinagem deste CI, e a figura 8 mostra o diagrama de blocos interno do mesmo,
conforme constam do “datasheet” do fabricante.

Figura 7: Configuração da pinagem do CI TCA785 da Siemens.


Controlador CA-10

Figura 8: Diagrama de blocos funcional interno do CI TCA785 da Siemens.

Como pode ser observado pelo diagrama de blocos interno da figura 8, o CI


procede à geração dos pulsos de disparo com a técnica Schimitt. As principais for-
mas de onda produzidas pelo CI são mostradas na figura 9, a seguir. Para conheci-
mento de maiores detalhes sobre este CI, o estudante deve reportar-se ao “da-
tasheet” do fabricante, disponibilizado na Internet.
O módulo do TCA785 existente no laboratório pode ser dividido em três sub-
sistemas. O sub-sistema de energização da placa constituído de uma fonte CC re-
gulada em 12V que utiliza o regulador de tensão LM7812 (ver “datasheet” na Inter-
net), o sub-sistema do próprio circuito do CI TCA785, interconectado conforme a
figura 10, e o sub-sistema do condicionamento do pulso (para adaptá-lo ao sinal re-
querido pelos transformadores de pulso), constituído do CI LM555 (configurado co-
mo multivibrador astável - ver “datasheet” na Internet) e as portas lógicas constituí-
das dos CI’s do tipo C-MOS CD4081(ver “datasheet” na Internet), conforme pode
ser visto na figura 11.
Controlador CA-11

Figura 9: Formas de onda produzida nos pinos do no CI TCA785.

Nesta parte da prática o estudante deve verificar praticamente o funcionamen-


to do módulo de controle de disparo do TCA785. Para isto deve:
a) inicialmente energizar a placa que contém o módulo,
b) interconectar o módulo ao transformador de sincronismo, e este
com a tensão a ser sincronizada (conforme a figura 6),
c) conectar a tensão do potenciômetro de controle ao borne de sin-
cronismo do módulo (v. figura 10),
d) ajustar a tensão de rampa para o máximo valor de pico através do
TRIMPOT de ajuste de rampa (v. figura 10),
e) utilizando preferencialmente dois canais do osciloscópio, verificar
as formas de onda nos diversos pontos de medidas, ao variar-se a
tensão de controle através do potenciômetro de controle, e compa-
rando-as com as formas de onda da figura 9.
f) Repetir o ítem e) fazendo o TCA785 operar com a técnica de pulso
largo (aterrar o pino 12 de controle de largura de pulso – v. figura
10).
g) Verificar a ação do aterramento do borne de inibição (pino 6).
Controlador CA-12

VCC (12V)

0,1µF

S1
16 S2
56k 13 15
VCC S1
S2 14 STriac
6 Inib
STriac 7
4k7 10k 1k
12 8
3.1

11 Vcont VCR 10

470k 5
Vcont Sincr RR 9
GND
2,2nF 22k
1
10k
220nF
2X1N4004 100k
TRIMPOT DE
POTENCIÔMETRO DE CONTROLE DA
CONTROLE DO RAMPA
ÂNGULO DE DISPARO

Figura 10: Esquema de ligação do sub-sistema do TCA785 na placa do módulo do


TCA785.

VCC

VCC
Striac S2 S1
14

2k2 1 3 P1

2
8 4
R 5 9 P2
2 3
TR Q
7 6
OSCILADOR DIS
6
CV 8 Ptriac
LM555 5
THR
10k
10

1 9

TRIMPOT DE
10nF AJUSTE DA
10nF
FREQÜÊNCIA

7
CD4081

Figura 11: Sub-sistema de condicionamento de pulso da placa do TCA785.


Controlador CA-13

PARTE B – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO CIRCUITO


DO CONTROLADOR CA COM CARGA INDUTIVA (RE-
ATOR + LÂMPADA).

VCC

G1
18R/
E1
5W
AMP
1
1N4004
K1 1N4004
G1
1k
12V/1W K1
TP 1:1

2k2
E BD135

2k2

Figura 12: Circuito básico do módulo dos amplificadores.

Nesta parte da prática deverá ser analisado o comportamento do circuito de


potência do controlador CA da figura 6 acoplado a uma carga resistiva (lâmpada) e
a uma carga indutiva (reator + lâmpada). Note na figura 6, que o módulo do circuito
de controle de disparo do TCA785 está acoplado aos tiristores do controlador CA
através de um módulo de amplificadores. Neste circuito faz-se necessária a existên-
cia deste acoplamento, pois as saídas dos pulsos do módulo do TCA785 são consti-
tuídas das saídas das portas E (AND) do CI CD4081, que é um CI digital do tipo C-
MOS que possui uma baixa capacidade de corrente (menores que 1mA segundo
“datasheet” do componente). Faz-se necessário, portanto a amplificação desta cor-
rente para o disparo dos tiristores utilizados nesta prática. O módulo de amplificado-
res é constituído de circuitos amplificadores de corrente, do tipo seguidor de emissor
conforme apresentado na figura 12. Estes circuitos, além de proporcionarem o ga-
nho de corrente necessário para o disparo para os tiristores, também proporcionam
Controlador CA-14

a isolação do circuito de baixa potência (circuito de sinal) do circuito de alta potência


através do transformador de pulso, conforme pode ser visto na figura 12.
Com as cargas resistiva (só lâmpada) e indutiva (lâmpada + reator) e o sensor
de corrente conectado ao controlador CA, conforme mostrado no diagrama esque-
mático da figura 6, realizar as medidas necessárias para se obter as curvas de vari-
ações das correntes média e rms da carga, assim como da potência média consu-
mida pela carga.
Anexo 1-15

ANEXO 1

CUIDADOS COM O MANUSEIO DE INSTRUMENTOS E EQUI-


PAMENTOS

Em todas experiências do laboratório são utilizados instrumentos e equipa-


mentos com os quais se deve lidar com o devido cuidado. As normas básicas de
segurança em Laboratório de Eletricidade e Eletrônica constituem uma garantia, não
só para a preservação dos equipamentos, como também (e principalmente) para se
evitar danos físicos àqueles que participam das aulas.
Abaixo lembramos alguns cuidados básicos que devem ser observados den-
tro do laboratório de Eletrônica Industrial:
1. As tensões de trabalho na maioria das experiências são de 127 V ou 220
V. Choques elétricos nestas tensões podem ser fatais, dependendo da forma em
que ocorram.
2. Os módulos de experiência devem ser montados com a máxima atenção.
Erros de montagem podem danificar instrumentos, equipamentos e componentes.
3. Toda vez que for alterar ligações ou mudar pontos de medição que se ne-
cessitar abrir parte do circuito, dever-se-á desligar a alimentação. Somente após a
alteração da ligação ou do ponto de medição, é que a montagem deve ser nova-
mente energizada.
4. Confira o circuito com a montagem verificando as polaridades de voltíme-
tros, amperímetros, osciloscópio, etc.
5. Verifique se as escalas dos instrumentos são adequadas para a grandeza
que será medida.
6. Ao final de cada aula, desligue todos os instrumentos e equipamentos,
desfaça a montagem e coloque nos devidos lugares os cabos, módulos, etc.

PENSE SEMPRE ANTES DE TOMAR QUALQUER DECISÃO.

VOCÊ ESTARÁ GANHANDO TEMPO E EVITANDO MUITOS


PROBLEMAS.
Anexo 2 - 16

ANEXO 2

O MULTÍMETRO DE RMS VERDADEIRO

ATENÇÃO: O multímetro de RMS verdadeiro existente no Laboratório de


Eletrônica de Potência determina o valor RMS através de um procedimento em
três etapas:

1. Mede-se o valor médio na escala DC: VDC


2. Mede-se o valor da tensão de ondulação (ripple) na
escala AC: VAC
3. Calcula-se o valor RMS pela expressão abaixo:

2 2
Vrms = VDC + VCA
Anexo 3 - 17

ANEXO 3

MÓDULOS DE CARGAS E SENSORES DE CORRENTES

Várias experiências serão conduzidas de tal forma a serem estudadas os


comportamentos dos diversos conversores quando alimentando cargas dos tipos
resistivas, indutivas e capacitivas.

O módulo de cargas existente no laboratório é constituído de 3 lâmpadas in-


candescentes com valores nominais 200W/220V (carga resistiva), três reatores de
lâmpadas fluorescentes de valores nominais 40W/220V (indutores), e dois capacito-
res eletrolíticos de valores nominais 100mF/65V e 470mF/65V.

Para evitar-se a abertura dos circuitos das experiências, para se fazer medi-
das de corrente, o módulo de cargas contém também 3 resistores de valores nomi-
nais 1Ω/15W, que serão utilizados como sensores resistivos de corrente. Além des-
ses três sensores constantes do módulo de carga, existem mais 6 sensores de cor-
rentes do mesmo tipo, em um módulo de sensores separados do módulo de cargas.

Para que o estudante possa determinar com maior precisão, as medidas ne-
cessárias em cada experiência, é de suma importância que sejam determinados os
valores práticos, utilizando os instrumentos do laboratório, dos parâmetros das car-
gas e dos sensores logo no início da primeira prática. Estes valores deverão ser
anotados para que possam ser usados em todas as experiências futuras, evitando
perdas de tempo.

Convém ressaltar que a resistência de uma lâmpada incandescente é forte-


mente variável com a temperatura do filamento. Logo, o valor dessa resistência de-
pende do ponto de operação do circuito em que ela está inserida, isto é, tensão de
alimentação, corrente, tipo de conversor, etc. Este fato deverá ser lembrado cons-
tantemente pelo estudante ao se medir e/ou deduzir as grandezas quantitativas du-
rante o decorrer dos trabalhos.

Outro fato relevante a ser ressaltado aqui é relativo ao indutor. Este é com-
posta de um reator físico, o qual não é uma indutância pura. Este reator possui tam-
bém uma resistência interna de enrolamento que nem sempre pode ser desprezada
nas diversas medições e cálculos das grandezas elétricas. Portanto, solicita-se que
o estudante determine praticamente, com os instrumentos existentes no laboratório,
os valores tanto da indutância, quanto da resistência interna de todos os indutores
Anexo 3 - 18

do módulo de carga, antes de iniciar a primeira prática. Estes valores deverão ser
anotados para utilização em todas as práticas que façam uso destes indutores.

Abaixo é colocada uma tabela para ser preenchida pelo estudante na determi-
nação dos valores acima referenciados.

MÓDULO DE CARGAS
R (Ohms) L (Henrys) Rnominal (Ohms)
Sensor 1
Sensor 2
Sensor 3
Indutor 1
Indutor 2
Indutor 3
Lâmpada 1
Lâmpada 2
Lâmpada 3

MÓDULO DE SENSORES
R (Ohms) L (Henrys) Rnominal (Ohms)
Sensor 1
Sensor 2
Sensor 3
Sensor 4
Sensor 5
Sensor 6

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