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Solução:
(i) Falso. Tome A = [0, 1] e B = [0, 2]. Temos ∂A = {0, 1} e ∂B = {0, 2}.
(ii) Verdadeiro. Por contra-positiva: se x ∈ A ∩ B, A ser aberto nos dá
r > 0 tal que B( x, r ) ⊆ A. Mas x ∈ B nos diz que B( x, r ) ∩ B 6= ∅ e,
com maior força, que A ∩ B 6= ∅.
˚
(iii) Verdadeiro: se x ∈ R \n \ S, existe r > 0 tal que B ( x, r ) ⊆ Rn \ S, e
portanto B( x, r ) ∩ S = ∅, de modo que x 6∈ S. Reciprocamente, se
x ∈ Rn \ S, existe r > 0 tal que B( x, r ) ∩ S = ∅, e tal r testemunha
que x é ponto interior de Rn \ S.
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Observação. Para uniões infinitas o resultado é falso. Tome { ai }i≥1
uma enumeração de Q e Ai = { ai }. Do lado esquerdo teremos R, e
do lado direito Q.
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Questão 2. O diâmetro de um subconjunto S ⊆ Rn é definido por
.
diam(S) = sup{k x − yk | x, y ∈ S}.
Sejam p ∈ Rn e r > 0.
Solução:
k x − yk = k x − p + p − yk ≤ k x − pk + ky − pk < r + r = 2r,
Visto que isto vale para todo e suficiente pequeno, podemos fazer o
limite e → 0 e obter diam( B( p, r )) ≥ 2r, como queríamos.
k x − pk = k x − y + y − pk
≤ k x − yk + ky − pk
< diam(S) + r
≤ r + r = 2r,
como desejado.
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Questão 3. Sejam f : Rn → R contínua e S = f −1 (]0, +∞[).
(a) Mostre que f ∂S = 0.
Solução:
Figura 1: Um contra-exemplo.
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Questão 4.
(a) Seja S ⊆ Rn um subconjunto qualquer. Mostre que a aplicação que
.
leva x ∈ Rn em d( x, S) = inf{k x − yk | y ∈ S} é contínua.
(b) (Lema de Urysohn) Mostre que se F, G ⊆ Rn são fechados e disjun-
tos, existe f : Rn → [0, 1] contínua tal que f −1 (0) = F e f −1 (1) = G.
Conclua que existem abertos disjuntos U, V ⊆ Rn tais que F ⊆ U e
G ⊆ V.
Sugestão. Use o item (a) e as funções d( x, F ) e d( x, G ).
Solução:
(a) Vamos provar que dados x, y ∈ Rn , vale que
|d( x, S) − d(y, S)| ≤ k x − yk.
A continuidade desejada segue disto tomando δ = e na definição for-
mal. Para todo s ∈ S, aplicar a desigualdade triangular nos dá
d( x, S) ≤ d( x, s) ≤ d( x, y) + d(y, s),
donde tomando o ínfimo em s no lado direito segue que
d( x, S) ≤ d( x, y) + d(y, S)
e, portanto, d( x, S) − d(y, S) ≤ d( x, y). Repetindo o argumento tro-
cando os papeis de x e y, temos −(d( x, S) − d(y, S)) ≤ d( x, y), e a
conclusão segue da definição de módulo.
(b) Defina f : Rn → R por
. d( x, F )
f ( x) = .
d( x, F ) + d( x, G )
Como F e G são fechados e disjuntos, o denominador nunca se anula.
Claramente f assume valores em [0, 1] apenas. E pelo item (a), f é
contínua.
Ainda, como F é fechado, x ∈ F se e somente se d( x, F ) = 0, e ana-
logamente para G. Segue disto que f ( x) = 0 se e somente se x ∈ F e
f ( x) = 1 se e somente se x ∈ G. Ou seja, f −1 (0) = F e f −1 (1) = G.
Finalmente, pode-se tomar U = f −1 (]−∞, 1/2[) e V = f −1 (]1/2, +∞[),
que são claramente disjuntos, e abertos pela continuidade de f .
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Questão 5.
Solução:
.
(a) Defina g : [ a, b] → R pondo g( x ) = x − f ( x ). Como f é contínua, g
também o é. Notando que f só assume valores em [ a, b], temos que
g( a) = a − f ( a) ≤ 0 e g(b) = b − f (b) ≥ 0. Pelo Teorema do Valor In-
termediário, existe x0 ∈ [ a, b] tal que g( x0 ) = 0 ou, em outras palavras,
f ( x0 ) = x0 .
a x0 b a x0 c b
Figura 2: Esquema da solução.