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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI ÁRIDO

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
DISCIPLINA DE SISTEMAS DIGITAIS

DOCENTE: BRUNO EMMANUEL DE OLIVEIRA BARROS LUNA

THAYSA DANIELLY SOARES DA MOTA

TAREFA ASSÍNCRONA I – UNIDADE I

MOSSORÓ – RN
2021
Sistemas de Numeração e Códigos
O sistema binário é uma alternativa de aplicabilidade aos sistemas digitais,
diferentemente do sistema decimal – onde seria necessário o desenvelvimento de um
equipamento eletrônico que trabalhase com 10 níveis diferentes de tensão, sendo cada um
referente a cada algarismo decimal de 0 a 9, tornando-o não satifatório. Dessa forma, a
manipulação em circuitos eletrônicos que operam somente com dois níveis de tensão, no caso
do sistema binário, fa-lo mais prático e simples de ser trabalhado.

Nesse sistema existem somente dois valores possíveis para os dígitos, o 0 e o 1. Sendo
eles representações de um sistema de base 2, onde qualquer número pode ser transformado em
um valor binário, contudo este teria uma quantidade maior de dígitos para representar um
dado valor.
Contudo, assim como o sistema binário é de grande significância para o estudo em
sistemas digitais, tem-se que outros sistemas de numeração também o serão, logo é preferível
que se tenha habilidades para converter um sistema no outro, visto que alguns dispositivos
eletrônicos utilizam dessa conversão, em seus funcionamentos de saída ou entrada de dados,
para fornecer sua utilidade ao operador.

 Conversões Binário – Decimal


De acordo com XXXXXX, qualquer número binário pode ser convertido para o seu
equivalente decimal somente somando os valores referentes a potênciação na base dois, de
acordo com sua posição na representação decimal, exemplificado na Equação 1 a seguir:
(1)
4) 3) 2) 1) 0
110112 = (1 ∗ 2 + (1 ∗ 2 + (0 ∗ 2 + (1 ∗ 2 + (1 ∗ 2 )
= 16 + 8 + 2 + 1 = 27

Note que o primeiro dígito ocupa o lugar de posição 0, logo esse valor será obtido pelo
produto dele e da potência de 20 .

 Conversão Decimal – Binário


Existem dois métodos de conversão para essa caso, sendo um desses o inverso do
apresentado anteriormente, onde o número decimal seria representado pela soma de valores
das potências de base 2 e então os 1s e 0s serão escritos nas posições de bits apropriadas,
exemplificado na Equação 2:
(2)
4510 = 32 + 8 + 4 + 1
= (1 ∗ 2 ) + (0 ∗ 2 ) + (1 ∗ 23 ) + (1 ∗ 22 ) + (0 ∗ 21 ) + (1 ∗ 20 )
5 4

= 1011012

Método de Divisões Sucessivas


Nesse outro método de conversão de números decimais inteiros em binários, tem-se a
utilização de sucessivas divisões do referido número por 2, anotando os restos da divisão até
que o quociente 0 seja obtido. Como se pode ver na Equação 3:
25 (3)
= 12 + 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 1
2
12
= 6 + 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 0
2
6
= 3 + 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 0
2
3
= 1 + 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 1
2
1
= 0 + 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 1
2

Dessa forma, o número 2510 é escrito invertendo a ordem de divisão que foi feita, dessa
maneira teremos que sua notação em numeração binária será 110012 . Vale-se ressaltar que na
representação decimal temos um sistema com valor posicional, onde a posição do dígito
determina o seu valor. Dessa maneira, no número 529, o algarismo 5 possui o maior peso dos
três dígitos, sendo referido como dígito mais significativo (MSD – Most Significant Digit) e o
número 9, o de menor peso, conhecido como dígito menos significativo (LSD – Least
Significant Digit).
Ainda se tem que tendo N bits podemos representar valores decimais variando de 0 até
2 − 1, para um total de 2𝑁 valores, tendo assim uma faixa de contagem.
𝑁

 Sistema de Numeração Octal


Como o próprio nome já diz, esse é um sistema de base oito, logo ele possui oito valores
de dígitos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6 e 7. A posição dos números na representação octal, também
possui pesos diferentes como mostra a imagem a seguir:

84 83 82 81 80 8−1 8−2 8−3 8−4 8−5

 Conversão Octal-Decimal
Um número octal pode ser convertido para seu equivalente decimal multiplicando cada
dígito octal pelo seu equivalente posicional, expresso na Equação 4:
(4)
3788 = (3 ∗ 82 ) + (7 ∗ 81 ) + (8 ∗ 80 )

3788 = (3 ∗ 64) + (7 ∗ 8) + (8 ∗ 1)

3788 = 192 + 56 + 8

3788 = 25610

 Conversão Decimal-Octal
Um inteiro decimal pode ser convertido para octal utilizando o mesmo método das
divisões sucessivas mostrado no sistema decimal-binário, porém com o fator de divisão 8 ao
invés de 2. Como mostra a Equação 5:
(5)
266
2668 = = 33 + 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 2
8
33
= = 4 + 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 1
8
4
= = 0 + 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 4
8

A representação octal, assim como a binária, inicia-se pelo digito decimal menos
significativo (LSD) e finaliza no mais significativo (MSD). Dessa maneira o algarismo 2668
= 41210 .

 Conversão Octal-Binário
A transformação de número octal para binário é feita convertendo cada dígito octal no
seu respectivo dígito binário, onde esses valores são dados pela Tabela 1 a seguir:
Tabela 1 – Valores equivalentes de numeração octal em binária.

Fonte: (XXXXX)
Dessa maneira, o número 576510 é convertido em 1011111101018.
Assim como, caso se deseje fazer a conversão inversa, isto é, transformar de binario para
octal, deve-se seguir a mesma linha de raciocício: agrupando o número em conjuntos de 3
bits, iniciando do LSD, e não conseguindo obter cojuntos completos de 3 bits, deve-se
acrescentar 0s à esquerda do MSD do último número binário, para assim podê-lo completar.
Fazendo isso, agora é só observar qual o dígito octal corresponde aquele agrupamento de 3
bits. Assim sendo, o número 1001100018 é o número 4612.

 Contagem de números e utilidade do sistema octal


Tendo N posições de números diferentes, pode-se contar de 0 até 8N-1, para um total de
8N valores do sistema octal. Sua utilidade está relacionada com a facilidade em se compactar
números binários grandes, ainda que os sistemas digitais trabalhem exclusivamente com esse
tipo de linguagem, utiliza-se a conversão em octal por conveniência para o sistema
operacional.

 Sistema de numeração hexadecimal


Esse tipo de sistema possui 16 dígito possíveis, sendo esses os números de 0 a 9 e as
letras A, B, C, D, E e F. Com isso, ele terá a base 16. Sua relação entre o sistema binário e
decimal é expresso na figura seguir:

Na conversão hexadecimal para decimal, tem-se o mesmo princípio adotado na binária


para a decimal, onde a posição do dígito tem um peso associado a ela. Logo, o número 365 16
= (3*162)+(6*161)+(5*160) = (3*256)+(3*16)+(5*1) = 768 + 48 + 5 = 821.
Tendo algarismos alfabéticos no número hexadecimal, sua conversão para o decimal será
dada observando o valor decimal à que se refere a letra usada, multiplicando isso pelo peso da
sua respectiva posição. Assim, o número 3AD16 = (3*162)+(10*161)+(13*160) = 768+160+13
= 94110.

Semelhante também ao que foi visto da conversão binária e octal para a decimal, na
conversão hexadecimal, também utiliza o método das divisões sucessivas, só que agora usa o
16 como denominador. Para se ter o número em hexadecimal, o algarismo mais significativo
será o resto da última divisão e o menos significativo será o resto da primira divisão.
Para realizar a contagem nesse tipo de linguagem numérica, tem-se que cada posição do
dígito pode ser incrementada de 0 até F, quando este chegar em F, ele retorna-rá para o 0 e a
nova posição de dígito é incrementada.

 Código BCD
Sabendo-se já como se realizam as transformações em decimal para binário, a fim de
reduzir tempo e cálculos, e também por essa ser a linguagem mais utilizada em sistemas
digitais, resolveu-se codificar essas conversões pré determinadas, por exemplo, para um
número decimal 3652 seu equivalente em BCD será:

3 6 5 2 (decimal)

0011 0110 0101 0010 (BCD)

Nota-se que sempre se usam 4 bits para definir o seu dígito equivalente. Contudo, como a
notação decimal só será do dígito 0 ao 9, tem-se que a linguagem de BCD somente será
definida dos números binários de 4 digitos iniciados em 0000 até 1001.
Dessa maneira, tem-se as representações das conversões de cada dígitos explanadas na
figura a seguir:

 O Byte
Os microcomputadores manipulam e armazenam dados binários e informações na forma
de bits, sendo esse a menor unidade de informação usada na computação. O byte é formado
por 8 bits, podendo representar numerosos tipos de dados e informações.

 Códigos alfanuméricos
Códigos alfanuméricos são códigos que devem reconhecer não somente as informações
numéricas, como também as não numéricas que correspondem a letras, sinais de pontuação e
outros caracteres especiais. Esse código deve incluir as 26 letras maiúsculas, as 26 letras
minúsculas, 10 dígitos numéricos, 7 sinais de pontuação e entre os 20 a 40 caracteres
especiais encontrados no teclado de um computador.

 Código ASCII
Esse é o tipo de código alfanumérico mais utilizado, sendo composto por 7 bits, e
portanto tendo 27=128 codificações possíveis, tornando-se suficiente para representar todos os
caracteres de um teclado padrão, como também as funções de controle <RETURN> e
<LINEFEED>. A imagem a seguir mostra a relação entre esses códigos.

 Método da Paridade para detecção de erros


Como usualmente, em sistemas digitais, têm-se a movimentação de uma linguagem para
outra, nos mais diversos equipamentos utilizados onde existe o equipamento transmissor e o
receptor, e é possível que nesse momento ocorra algum erro de transmissão que impeça o
receptor de interpretar aquele código da maneira em que ele foi enviado. Devido a
possibilidade desse erro, e a sua conseqüência poder ser de alta preocupação, têm-se o
emprego de métodos capazes de detectar esses erros.
O bit da paridade é um desses métodos e dividi-se em duas maneiras distintas. No bit de
paridade par, o valor de bit de paridade é escolhido de tal maneira que a quantidade de 1s no
agrupamento de bits do código seja um número par. Caso o número já contenha inicialmente
uma quantidade par de números 1s, então será adicionado a esse agrupamento o bit de
paridade 0. O bit de paridade ímpar funciona de maneira análoga a essa, caso o conjunto de
bits contenham um número par de 1s, o bit de paridade impar será 1, se este conjunto tiver um
número ímpar de 1s o bit de paridade ímpar será 0. Onde esse bit de paridade, independente
de sua natureza, será parte integrante daquele código e este só é utilizado para detectar erros
de apenas um bit no processo de transmissão do código, onde tanto o transmissor quanto o
receptor estejam configurados para interpretar esses métodos, ou seja, se eles usaram a
paridade par ou ímpar, denominando essa parte do processo de verificação da paridade dos
dados.

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