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MATERIAL DIDÁTICO
CPAM TREINAMENTOS
COMÉRCIO VAREJISTA DE LIVROS
CNPJ 11.549.432/0001-72
ISBN 97885-79170379

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Matemática

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AULA 01
OPERAÇÕES COM NUMEROS RELATIVOS E FRAÇÕES.

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

(Epcar) - Certo dia, Isabela e Ana Beatriz saíram para vender pastéis na praia. Elas tinham juntas 460
pastéis. No final do dia, verificou-se que Isabela conseguiu vender 3/5 dos pastéis que levara e Ana Beatriz
5/8 dos pastéis que levara. Ao final do dia, o número de pastéis que restou para Ana Beatriz era a metade
do número de pastéis que restou para Isabela. Se Ana Beatriz, levou x pastéis para vender, então, a soma
dos algarismos de x é:
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9

1. Operações com números relativos:

1.1. Eliminar parênteses:

Seja n um Número Inteiro qualquer:


+ (-n) = - n
+ (+n) = + n ou somente n (se não há sinal em frente a um número, ele é positivo)
- (-n) = + n
- (+ n) = - n

Resumindo: se na frente de um parênteses houver um sinal positivo, o parente “some”e o número dentro
dele não se altera, mas se em frente a um parênteses houver um sinal negativo, eliminamos o parênteses e
invertemos o sinal do número!

1.2. Regra de Sinais para Adição e Subtração de Números Inteiros:

a) Sinais iguais: SOMAMOS OS NÚMEROS E CONSERVAMOS O SINAL


Exemplo:

a) (+5 )−(−12 )= 5+12= 17 b) (− 9 ) + (−11 )= −9 − 11 = −20


b) Caso os sinais forem diferentes: SUBTRAÍMOS OS NÚMEROS E CONSERVAMOS O SINAL DO
NÚMERO DE MAIOR MÓDULO.

Lembre-se: Modulo ou valor absoluto de um número informa a distancia que ele se encontra do zero.
Exemplo:

a) (+15 )+ (−8 )= 15 − 8= 7 b) (−14 )− (− 9 )= −14+9 = −5


1.3. Regra de Sinais para Adição e Subtração de Números Inteiros:

a) Sinais iguais: O PRODUTO OU O QUOCIENTE É POSITIVO


b) Sinais diferentes: O PRODUTO OU O QUOCIENTE É NEGATIVO
Exemplos:

a) (+4 )⋅(+5 )= +20 ou 20 b) (− 33 ) : (−11 ) = +3 ou 3


c) (−7 )⋅(+8 )= − 56 d) ( 24 ) : (−6 )= − 4
Atividade de Sala: Elimine os parênteses e calcule o valor de da expressão:

a) (−8 )−(−12 )−( +15 )−(−7 ) + ( +3 )+ (−10 )= b ) ( +10 )− (−6 ) + (−15 ) −(−18 ) + (−6 )=

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c )+3⋅(−8 ) + (−9 ) : (−3 ) −6+ (−5 ) :5=


d) 18: (− 2 ) − (−9 ) +15⋅(−3 ) − 4⋅(−11 )=

2. O Estudo das Frações

Frações são números racionais, um inteiro que foi dividido em partes. Observe a figura:

A figura ao lado representa 1 inteiro, que foi dividido em 8 partes iguais,


1
logo cada parte equivale a um oitavo do inteiro ou 8.
3
A parte sombreada vale três oitavos ou seja 8.
a
com b≠ 0 .
b
Toda fração é um numero da forma

a é o numerador da fração e b é o denominador.

O denominador indica quantas partes o inteiro foi dividido e o numerador


indica o numero de parte consideradas.
Podemos dizer que se a figura fosse uma pizza, ela teria sido dividida em
oito partes, e alguém comeu três dessas partes!

2.1. Frações equivalentes:

São frações escritas com números diferentes mas resultam no mesmo quociente, ou seja,
representam a mesma quantidade. Exemplos:

12 4 2 8 9 1
= = =
a) 15 5 (simplificamos tudo por 3) b) 5 20 (multiplicamos tudo por 4) c) 27 3 (dividimos tudo por 9)

2.2. Tipos de frações:

A) Frações aparentes: Quando o denominador é divisor do numerador:

12 123 56
=2 = 123 =7
a) 6 b) 1 c) 8
Lembre-se: por definição existe o algarismo 1 no denominador de qualquer número, embora nunca
apareça.

a
B) Frações próprias: frações do tipo com b ≠ 0 e a ∈ Ζ , b∈ Ζ e a < b . Esse tipo de fração, se
b
divididos numerador por denominador sempre resultará em um número x tal que -1 < x < 1

5 12 14 119
− =− 0.71... = 0,101... = 0,823... − = −0,362...
a) 7 b) 118 d) 17 e) 328

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a
C) Frações Impróprias frações do tipo com b ≠ 0 e a ∈ Ζ , b∈ Ζ e a > b. Esse tipo de fração, se
b
divididos numerador por denominador, sempre resultara em um numero maior que 1 ou menor que - 1)

13 132 81 335
= 2,6 − = −1. 2̄ − =− 11 ,571 ... = 1,021...
a) 5 b) 108 d) 7 e) 328

D) Números Mistos: São números expressos com uma parte inteira e uma fracionária:

13 3 81 4 19 3
⇒ 13= 2.5+3 ⇒ 2 ⇒ 81 = 7.11+4 ⇒ 11 ⇒ 19 = 4 . 4 + 3 ⇒ 4
a) 5 5 b) 7 7 c) 4 4

Observe: Para voltarmos a fração imprópria:

4 11 .7+4 81 3 5 .2+3 13
11 = = 2 = =
a) 7 7 7 b) 5 5 5

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

01) Classifique as frações abaixo em aparentes (AP), próprias (PR) e impróprias (IM) neste ultimo caso, dê
o numero misto correspondente:

10 10 0 8
a) ( ) b) ( ) c) ( ) d) ( )
19 10 15 9
11 13 10 123
e) ( ) f)( ) g) ( ) h) ( )
4 0 8 13

02) Transforme os respectivos números mistos em frações impróprias:

10 1 11 10
a) 2 b) 7 c) 1 a ) 12
18 113 19 15

2.3. Operações com frações

A) Adição e Subtração: O método mais direto de resolver frações é transformando as frações iniciais em
frações equivalentes, com mesmo denominador, faz isso usando o mínimo múltiplo comum entre os
denominadores.

a c ad+bc
b + d = bd

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Exemplos:

2 5 7⋅2+ 3⋅5 14+15 29


+ = = =
a) 3 7 21 21 21

4 2 7⋅4 − 5⋅2 28−10 18


− = = =
b) 5 7 35 35 35

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS – Calcule:

2 1 3 1 8 4
a) 7 + 9 b) 7 - 5 c) 11 - 5

1 2 3 4 3 4 5 2 4
+ + − + + −
d) 4 9 7 e) 9 8 11 f) 3 9 5

B) Multiplicação de frações: Multiplicamos numerador por numerador e denominador por denominador

a c ac
b x d = bd

Exemplos:

2 1 2⋅1 2
a) ⋅ = =
7 9 7⋅9 63
3 4
b) ⋅ − =
5 9 ( )
3⋅(−4 ) 12
5⋅9
=− =−
45
4 8
15 11 -
4
5

C) Divisão de Frações: Conservamos a primeira fração e multiplicamos esta, pelo inverso da segunda
fração.

a c a d ad
÷ ×
b d = b c = bc

Exemplos:

2 4 2 7 14 7
÷ ×
a) 3 7 = 3 4 = 12 = 6

5
8
4 5 3 15
×
b) 3 = 8 4 = 32

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2 5 8 ×2 + 5 × 5 41
+
5 8 5×8 40
4 1 8−7 1 41 14 287
− ×
c) 7 2 = 2×7 = 14 = 40 1 = 20

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS: Calcule o valor das operações abaixo.

11 2 4 8 3 1
⋅ ⋅ ÷
a) 23 5 b) 3 9 c) 7 8

d)
( 23 ⋅ 74 )÷(− 54 ) e)
( 23 + 47 ) (154 + 12 )
 f)
( 73 − 15 ) ( 43 + 78 )

Para treinar em casa:

1) Resolva as expressões a seguir:

3 4 3
. − .2

[ () ]
a) 2
2 7 14 12 13 2 3 11
( 13 . 35 +107 . 75 ): (2− 12 . 34 )= b)
2 3 7
. + .5
3 10 25
+4
c)
.
169 2 5
: +1 −
4

2) ( Epcar – 2001) No concurso CPCAR, dos aprovados foi selecionado para entrevista com psicólogos,
que deverá ser feita em 2 dias. Sabendo-se que 20 candidatos desistiram, não confirmando sua presença
para a entrevista, os psicólogos observaram que, se cada um atendesse 9 por dia, deixariam 34 jovens sem
atendimento.Para cumprir a meta em tempo hábil, cada um se dispôs, então, a atender 10 candidatos por
dia. Com base nisso, é correto afirmar que o número de aprovados no concurso

a) é múltiplo de 600.
b) é divisor de 720.
c) é igual a 3400.
d) está compreendido entre 1000 e 3000.

3) ( Epcar – 2001) Uma senhora vai à feira e gasta 2/9 , em frutas, do que tem na bolsa. Gasta depois 3/7
do resto em verduras e ainda lhe sobram R$ 8,00. Ela levava, em reais, ao sair de casa

a) 45,00
b) 27,00

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c) 36,00
d) 18,00

4) ( Epcar – 2001) Um caixa automático de um banco só libera notas de R$ 5,00 e R$ 10,00. Uma pessoa
retirou desse caixa a importância de R$ 65,00, recebendo 10 notas. O produto do número de notas de R$
5,00 pelo número de notas de R$ 10,00 é igual a:
a) 16
b) 25
c) 24
d) 21

5) (Epcar-2006) Uma abelha-rainha dividiu as abelhas de sua colméia nos seguintes grupos para
exploração ambiental: um composto de 288 batedoras e outro de 360 engenheiras. Sendo você a abelha
rainha e sabendo que cada grupo deve ser dividido em equipes constituídas de um mesmo e maior número
de abelhas possível, então você redistribuiria suas abelhas em:
a) 8 grupos de 81 abelhas
b) 9 grupos de 72 abelhas
c) 24 grupos de 27 abelhas
d) 2 grupos de 324 abelhas

6) (Epcar-2006) Dois jogadores, Antônio e Bernardo, em determinado jogo envolvendo 110 partidas, com 2
jogadores, fizeram um acordo e Antônio disse a Bernardo: “Cada vez que eu perder, eu lhe pagarei um valor
correspondente a 1/5 de 1/3 do dobro de R$ 150,00.”Entretanto, em cada vitória minha, quero que você me
pague 50% a mais do valor que você receberia em cada vez que vencesse. No caso de haver empate,
ninguém paga e ninguém recebe.” Bernardo concordou e os dois deram início aos jogos. Após a realização
da última partida, verificou-se que em 1/11 dos jogos houve empate.

É INCORRETO afirmar que


a) se não houve prejuízo para nenhum dos dois jogadores, Bernardo deve ter vencido 20 jogos a mais que
Antônio.

b) Antônio teve lucro se venceu pelo menos 31 partidas.

c) se o número de vitórias dos dois fosse o mesmo e se não houvesse empates, Antônio teria lucrado R$
550,00.

d) se não tivesse ocorrido nenhum empate, os dois não teriam lucro nem prejuízo se Bernardo vencesse 22
partidas a mais que Antônio.

07) (Epcar-2006) Os restos das divisões de 247 e 315 por x são 7 e 3, respectivamente. Os restos das
divisões de 167 e 213 por y são 5 e 3, respectivamente. O maior valor possível para a soma x + y é:
a) 36
b) 34
c) 30
d) 25

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AULA 02
POTENCIAÇÃO E RADICAIAÇÃO

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

(Questão ESA) Assinale a alternativa em que temos um par de radicais semelhantes:


(A) 9 e4 (B) 5 e8
(C) -2 e3 (D) 7 e7
(E)3 e –3

(Questão ESA) Calculando , obtemos:


(A) 0,0001 (B) 0,000 01 (C) 0,000 001 (D) 0,000 000 1 (E) 0,000 000 01

1. Potenciação:

A potenciação “é uma multiplicação de fatores iguais”. Ou seja:

a = a⋅a⋅...⋅a
n

n fatores a
Exemplos:

a) 25 = 2 . 2 . 2.2.2 = 32
b) 33 = 3 . 3 . 3 = 27
c) (- 4)3 = (-4) . (-4) . (-4) = -64
d) (- 3)4 = (-3) . (-3) . (-3) . (-3) = 81
e) – 34 = - (3 . 3 . 3 . 3) = -81

1.1. Consequências da definição – casos particulares:

1.2. Propriedades da potenciação:

Importante:

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2 32
53 ≠( 5 ) pois, 5 ¿5
3. 3 3. 2
Exemplo:
1.3. Potência de Base 10:

Ao trabalharmos com números de muitos algarismos, usamos o artifício das potências de 10 para
resoluções de problemas que forneça esse tipo de dados, sejam eles macroscópicas (grandes dimensões)
ou microscópicas (pequenas dimensões).

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS:

1) Calcule as potências:

()
2 4 l) 028
a) 6 3
h) 2 m) 132
b) (-6)2

( )
4 n) (-1)20
c) -62 3

i) 2 o) (-1)17
d) (-2) -3

( )
2

( )
3
e) -23 3 3
− −
j) 2 p) 5
f) 50
q) (-0,45)2
( )
−2
g) (-8)0 5

k) 8 r) (0,01)4

2) Usando as propriedades com potências de mesma base, transformem em uma só potência as


expressões:

[( ) ]
a) ( x5 : x2 ) . (x7 : x4) 4 3
3
b) ( 32 . 35) : 38 +
g)
7
c) ( 5 . 6 )2
11
9 5 h) ( +1,9 ) : ( +1,9 )6
d) 2 :2

( ) ( )
7 3
1 1
( ) ( )
2 3
1 1 + +
− − 2 2
e) 3 . 3 i) :

3 3 (−0,5 )7 (−0,5 ) . (−0,5 )8


f) [ ( +4,2 ) ] j) .

3) Expresse os números abaixo em notação científica:

a) 12000000000 b) 0,00000123 c) 123700000000000000 d) 0,00000000101

e) 1 f) 324 x 104 g) 0,0076 x 106 h) 5678000 x 10 -4

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2. Radiciação:

2.1. DEFINIÇÃO

O número “y” é raiz enésima de “a” se, e somente se, elevado ao expoente n ∈ IN* reproduzir o número “a”.
Simbolicamente, temos:

sendo:

2.2. Propriedades da radiciação:

Sendo a e b , números reais positivos, n e k, naturais não nulos, e m inteiro, temos:

2.3. Fatoração de radicandos:

“Fatorar um número, é escrevê-lo sob forma de um produto (multiplicação), por exemplo:

a) √ 40 (40 = 2.2.2.5 ou 23.5), então, observe que: √ 40 = √ 22⋅2⋅5 ⇒ 2 √ 2⋅5 = 2 √10 ;


b) √ 72 ( 72 = 2 .2 .2. 3. 3 ou 2 3
.32 ), então, temos: √ 72 = √ 22⋅2⋅33 ⇒ 2⋅3 √2 = 6 √ 2
2.4. Adição e Subtração com Radicais:

Exemplos:

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a) 3 √ 2 + √ 50 − √18 b) √ 250 − √ 90 − √ 160 c) √18 + √ 192 −√ 98 + √75


√ 25⋅10 − √ 9.10 − √16⋅10 √ 9⋅2 + √ 64⋅3 + √ 49⋅2 + √ 25⋅3
3 √ 2 + √ 2⋅52 − √2 .32 5 √10 − 3 √ 10 − 4 √10 = − 2 √10 3 √2 + 8 √ 3 − 7 √2 + 5 √3 = −4 √2 + 13 √ 3
3 √ 2 + 5 √ 2⋅¿ −3 √2 = 5 √ 2¿
“ SÓ SÃO POSSÍVEIS TAIS OPERAÇÕES, SEM PRECISAR EXTRAIR AS RAÍZES, SE O
ÍNDICE DA RAIZ FOR O MESMO EM TODAS AS PARCELAS, IDEM PARA O RADICANDO”

2.5. Introdução de um Fator no Radicando:

n
m √k = √m ⋅k
n n

Exemplos
a) 3 √ 5 = √3 2⋅5 = √ 9⋅5 = √45

b) 4 √ 2 = √ 43⋅2 = √ 64⋅2 = √128


3 3 3 3

c) 10 √ 2 = √ 107⋅2 = √10000000⋅2 = √ 20000000


7 7 7 7

2.6. Redução ao mesmo índice:

√ a3 e 5√ b2 ⇒ mmc(2,5) = 10
√a e √ b segue que:
10 3.5 10 2 .2

√a e √ b
10 15 10 4

2.7. Racionalização de Denominadores:

1º Caso: Denominador contendo termo do tipo √a .

n
2º Caso: Denominador do tipo √ am , com n > 2 e m < n.

3º caso: Denominador do tipo ( √ a+ √ b )

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TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Calcule as seguintes raízes:

a)

b)
=

=
i) √ 1
100
=

c) = j)

√ 1
16
=

d)

e) =
=
k) √ 4
9
=

l) −√ 0,01=
f) =

g) =
m) √ 0,81=
h) =
n) √ 2,25=

2) Racionalize os denominadores:
8
a)
√ 5 + √3
2− √11
b)
√11 − √ 2
12
c)
√5 16

d) √ 450
√15 2
7

9
e)
√ 15

e)
√5 =
√ 10

3) Resolva as expressões abaixo:

a)

b)

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c)

12
5⋅ √ 64−√ 18
4
4) Determine o valor da expressão √ 50 − √ 324

1 1

5) Sendo n > 1, qual o valor da expressão √n √n+1

6) Qual o valor da expressão: √ n 600


25 n+2
−52n+2 para n pertencente aos naturais - {0, 1}

Para treinar em casa:

1) O valor de [47.410.4]2 : (45)7 é:


a) 16 b) 8 c) 6 d) 4 e) 2

7 8 5 6
2) Sendo a=2 . 3 . 7 e b=2 .3 , o quociente de a por b é:
a) 252 b) 36 c) 126 d) 48 e) 42

( )
2
1 1
3. − +
2 4

3 . (− ) −
2
1 3
3) Simplificando a expressão 3 2 , obtemos o número:
−6 −7 6 7 −5
a) 7 b) 6 c) 7 d) 6 e) 7

4) A Agência Espacial Norte Americana (NASA) informou que o asteroide YU 55 cruzou o espaço entre a
Terra e a Lua no mês de novembro de 2011. A ilustração a seguir sugere que o asteroide percorreu sua
trajetória no mesmo plano que contém a órbita descrita pela Lua em torno da Terra. Na figura, está indicada
a proximidade do asteroide em relação à Terra, ou seja, a menor distância que ele passou da superfície
terrestre.

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Com base nessas informações, a menor distância


que o asteroide YU 55 passou da superfície da Terra
é igual a

a) 3,25 x 10² Km
b) 3,25 x 10³ Km
c) 3,25 x 10⁴ Km
d) 3,25 x 10⁵ Km
e) 3,25 x 10⁶ Km

5) A nossa galáxia, a Vía Láctea, contém cerca de 400 bilhões de estrelas. Suponha que 0,05% dessas
estrelas possuam um sistema planetário onde exista um planeta semelhante à Terra. O número de planetas
semelhantes à Terra, na Vía Láctea, é:
a) 2,0 . 104 b) 2,0 . 106 c) 2,0 . 108 d) 2,0 . 1011 e) 2,0 . 1012

6) )(Epcar) Analise as expressões abaixo e marque a resposta correta.

7) (Espcex (Aman) 2011) Um menino, de posse de uma porção de grãos de arroz, brincando com um
tabuleiro de xadrez, colocou um grão na primeira casa, dois grãos na segunda casa, quatro grãos na
terceira casa, oito grãos na quarta casa e continuou procedendo desta forma até que os grãos acabaram,
em algum momento, enquanto ele preenchia a décima casa. A partir dessas informações, podemos afirmar
que a quantidade mínima de grãos de arroz que o menino utilizou na brincadeira é:
a) 480 b) 511 c) 512 d) 1023 e) 1024

8) O valor de 44.94.49.99 é igual a:


(a) 1313 (b) 1336 (c) 3613 (d) 3636 (e) 129626

9) Quando 1094 – 94 é desenvolvido, a soma dos algarismos do resultado é igual a:


(a) 19 (b) 94 (c) 828 (d) 834 (e) 840

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10) Assinale a relação correta, das citadas abaixo.


    (a)   se a > 1
    (b)   se 0 < a < 1
    (c)   se 0 < a < 1
    (d)   se 0 < a < 1
    (e)   se a > 0

AULA 03
EQUAÇÕES E SISTEMAS DO 1º GRAU

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

m m
=2 =3
Considere os números positivos q, m e n, tais que n+q e n−q
(Epcar – 2011)

Ordenado-os, tem-se a sequencia correta em:

a) m > n > q b) m > q > n c) n > m > q d) q > n > m

1. Definição e consequências:

É toda sentença aberta, redutível e equivalente a ax + b = 0 com a ∈IR e b ∈IR .

Conjuntos – Verdade:

i) Se a ≠0, ax = - b
⇔ V= − { }
b
a

ii) Se a = 0 e b ≠ 0, ax = - b V = {}

iii) Se a = 0 e B = 0 ax = - b V = R

1.1. Equações produto e quociente:

São equações do tipo a.b = 0 (produto) ou (a / b) = 0 (quociente), com a e b reais:

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Resolução de equações de 1º grau – Técnica das operações inversas.


Os processos algébricos, utilizados para a resolução de uma equação, baseiam-se nos seguintes princípios.

Se adicionarmos ou subtrairmos um mesmo número aos dois membros de uma equação, obtemos outra
equação equivalente.

x+3=8
x+3–3=8–3
x+0=5
x=5

Na prática, basta passarmos o numero 3 para segundo membro da igualdade com sua operação inversa,
neste caso, a subtração

Se multiplicarmos ou dividirmos os dois membros da equação por um mesmo número, obtemos outra
equação equivalente.

3x = 21
(1/3) . 3x = (1/3) .21
x=7
Na pratica, apenas passamos o numero três para segundo membro da igualdade com sua operação
inversa, neste caso, a divisão.

1.2. Problemas aplicando equações

Para resolver problemas por meio de equações de 1º grau precisamos:


a) Ler o enunciado com muita atenção;
b) Verificar quem ou o que é a incógnita do problema, atribuindo à mesma um símbolo (x);
c) Escrever a equação de acordo com os dados do problema;
d) Por meio de processos algébricos – operações inversas, por exemplo - resolver a equação obtida;
e) Fazer a interpretação da solução no correspondente problema;

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1. Resolva os problemas:

a) Qual é o número que adicionado a 5 é igual a sua metade mais 7?

b) O triplo de um número, menos 40, é igual a sua metade mais 20. Qual é esse número?

c) Três números consecutivos somam 369. Determine o maior deles.

d) Três números pares consecutivos somam 702. Determine o menor deles.

e) Três números ímpares e consecutivos somam 831. Determine o maior deles.

f) A soma de um número com sua terça parte é igual à metade desse número acrescida de 30. Qual é esse
número?

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2 9
g) Encontrar dois números consecutivos cuja soma seja igual a soma de 3 do menor com 7 do maior.

2. Resolva as equações de 1° grau:

x 1−x 1 x+ 3 x+ 2 −1
+ = + =
a) −3 ( 3x−42 )=2 ( 7x−52 ) b) 2 5 2 c) 2 3 2

3 +x x−1 3x−1 4x+2 2x−4 x−5


−( 1−x )= − − =
d) 2 4 e) 2 4 3 6

1 3 4 1 g)
4
+
1 1
= com x ≠. .. . .. .. .
+ = + com x ≠ .. . .. .. . .
f) 2 x 4 3x 3 x −4 x +2 x
2

3. Resolva os sistemas de equações do primeiro grau a seguir usando o método da substituição e em


seguida o da adição:

a)¿ {3 x−y=1¿¿¿ b)¿ {x−3y=6¿¿¿


c)¿ {5 x−2y=−1¿¿¿ d)¿ {4 x−2y=66¿¿¿

e)¿{2a+b=10¿¿¿ {x 1
f ) ¿ =− ¿ ¿¿
y 2
4. Nas equações seguintes, estabeleça condições para a e b de modo a ter uma equação com:

a) Solução única:

 ( a+1 ) x − b=b+7−( a+3 ) x  1+ax = 3−4 x


b) Soluções infinitas:

 ( a+1 ) x =b  ( a−2b ) x = b + 3
c) Soluções impossiveis:

 ( b−5 ) x =a  ( a+3 ) x = b −5
5. Quatro camisetas e cinco calções custam R$ 105,00. Cinco camisetas e sete calções custam R$ 138,00.
Qual é o preço de cada peça?

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6. Um triângulo isósceles tem 60 cm de perímetro. Outro triângulo isósceles tem de base o triplo da base do
primeiro, e um dos lados iguais é o quádruplo de um dos lados iguais do primeiro triângulo. O perímetro do
segundo triângulo é 216 cm. Quais são os comprimentos dos lados de cada triângulo?

7. Carolina comprou 9 revistas: 8 tinham o mesmo preço e uma era mais cara. As 8 revistas custaram no
total R$ 52,00 a mais que a revista de maior preço. Se Carolina tivesse comprado 6 revistas das mais
baratas, teria pago por elas R$ 36,00 a mais do que pagou pela mais cara. Quanto custou cada revista?

8. Um estudante apanhou aranhas e joaninhas num total de 15, e as guardou numa caixa. Contou em
seguida 108 patas. Quantas aranhas e joaninhas ele apanhou? (Lembre que uma aranha tem oitos patas e
uma joaninha, seis.)

9. Antônio precisou de 45min para remar 6 km. Na volta precisou somente de 36 min. Qual era a velocidade
da corrente?

10. Num vôo de ida e volta que dava no total 3 000 km, um avião levou 6h e 45min. Na ida, o avião levou
45min a menos que na volta. Qual era a velocidade do vento?

AULA 04
RAZÃO – PROPORÇÃO – REGRA DE TRÊS – PORCENTAGEM – JUROS

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

(CMRJ) Magda comprou um computador sofisticado e tem duas opções de pagamento: à vista, por R$
4520,00; ou financiado em três parcelas ( uma entrada e mais duas mensalidades iguais), com juros de 10%
ao mês sobre o saldo devedor, sendo o valor da entrada igual ao dobro de cada parcela. Qual é o valor da
soma dos três pagamentos na forma financiada?
a) R$ 5469,20 b) R$ 4840,00 c) R$ 4870,30 d) R$ 4972,00 e) R$ 5040,00.

1. Razão:
a
Sejam a e b dois números, denominamos de razão ao quociente b com b ≠ 0 . O termo a é
denominado antecedente e o termo b é denominado conseqüente.

2. Proporção:

Chamamos de proporção à igualdade entre duas razões. Sejam os números a , b , c , d com b ≠ 0 e d


≠0.

a c
=
b d
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Onde a e d são chamados de extremos, assim como b e c são chamados de meios.

2.1. Propriedade Fundamental das Proporções:

“Em uma proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos.”

a c
= ⇔ a⋅d= b⋅c
b d

2.2. Outra propriedade Importante:

“A soma dos antecedentes está para os consequentes assim como o antecedente da primeira razão
esta para seu consequente, ou o antecedente da segunda razão esta para seu consequente.”

a c a+c a c
= ⇔ = =
b d b+d b d

3. Grandezas diretamente proporcionais e inversamente proporcionais:

Duas grandezas são diretamente proporcionais ( G.D.P.) se a razão entre elas é constante.

Considere as grandezas A = ( a1, a2, a3, ... , an) e B = ( b1, b2, b3, ... , bn):

A e B são G.D.P. se:

a1 a2 a3 an
= = = ... = = k
b1 b2 b 3 bn (constante)

Duas grandezas são inversamente proporcionais ( G.I.P.) se o produto entre elas é constante.

Considere as grandezas A = ( a1, a2, a3, ... , an) e B = ( b1, b2, b3, ... , bn):

A e B são G.I.P. se:

a1⋅b1 = a2⋅b2 = a3⋅b3 = . . . = a n⋅b n = k (constante)

IMPORTANTE!!!

Se a grandeza A = ( a1, a2, a3, ... , an) é inversamente proporcional a grandeza


B = ( b1, b2, b3, ... , bn), então a grandeza A é diretamente proporcional a

grandeza
C=
( 1 1 1
, , , .. . ,
b1 b2 b3
1
bn )
com b 1≠0 , b2 ≠0 , bn≠0.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Dadas as sucessões (3,2,y) e (9,x,15) determine x e y para que:


a) as sucessões sejam diretamente proporcionais.
b) as sucessões sejam inversamente proporcionais.

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2) Determine o valor de x usando a propriedade fundamental das proporções:

3) Os números a, b, c são diretamente proporcionais aos números 2, 5, 7 e o fator da proporção é 4.


O valor de a + b + c é:
a) 56 b) 48 c) 46 d) 58 e) 28

4. Regra de Três:

4.1. Regra de Três Simples:

Grandeza A Grandeza B
a1 b1
a2 b2

Se A e B forem G.D.P., então: Se A e B forem G.I.P., então:

a1⋅b2 = a2⋅b1 a1⋅b1 = a2⋅b2

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Uma fábrica engarrafa 3000 refrigerantes em 6 horas. Quantas horas levará para engarrafar 4000
refrigerantes?

2) Quatro marceneiros fazem um armário em 18 dias. Em quantos dias 9 marceneiros fariam o mesmo
armário?

4.2. Regra de Três Composta:

Grandeza A Grandeza B Grandeza C


a1 b1 c1
a2 b2 c2

Se A é G.D.P. a B e A é G.D.P a C, então: Se A é G.D.P. a B e A é G.I.P a C, então:

a1 b c a1 b c
= 1⋅ 1 = 1⋅ 2
a1 b2 c 2 a1 b2 c 1

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Se foram empregados 4 kg de fio para tecer 14 m de fazenda com 80 cm de largura, quantos


quilogramas serão necessários para produzir 350 m da mesma fazenda com 120 cm de largura?

2) Sete operários, em 5 dias de 8 horas, fazem 2.800 m de tecido. Quantos operários serão necessários
para fazer 2.160 m do mesmo tecido em 9 dias de 6 horas?

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5. Porcentagem:

x
O quociente 100 é representado por x% e lido x por cento.
x x a
a= ⋅b ⇒ =
100 100 b
Dados os números a e b, com b ≠ 0 diz-se que a representa x% de b se:

ESCRITA NA FORMA ESCRITA NA FORMA FRACIONÁRIA ESCRITA NA FORMA


PERCENTUAL UNITÁRIA

40%

14,5%

8%

0,78 %

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Responda:

a) Quanto é 30 % de 60?
b) 80% de quanto dá 28?
c) 360 corresponde a que porcentagem de 1200?
d) Como se representa 4% na forma decimal ou unitária?
e)Como se representa 48/75 na forma percentual?

2) Verificar a veracidade de cada uma das proposições a seguir:

a) ( ) 15% de 100 é 1,5


b) ( ) (10%)2 = 1%

c) ( ) √ 64%=80%
d) ( ) 2% de 0,5 é 0,1
e) ( ) 20% de 20% é 4%
f) ( ) 80% de 60% é igual a 60% de 80%

3) Um objeto que custava R$ 700,00 teve seu preço aumentado de R$ 105,00. O acréscimo percentual em relação ao
custo anterior foi de:

(a) 12%; (b) 15%; (c) 18%; (d) 20%; (e) 25%.

4) Em uma pesquisa relativa a aceitação de um determinado produto,65% dos entrevistados são do sexo masculino.
Apurados os resultados, verificou-se que 40% dos homens e 50% das mulheres aprovaram o produto. A percentagem
de pessoas que aprovaram o produto foi de:

(a) 43,5%; (b) 45%; (c) 90%; (d) 17,5%; (e) 26%.

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5) Uma mercadoria teve um aumento de 25% e, logo depois, um aumento de 20% sobre isso. Para encontrar o preço
da mercadoria após os aumentos, basta multiplicar o preço inicial por:

(a) 1,45; (b) 0,45; (c) 1,50; (d) 0,50%; (e) 3,75%.

6. Juros Simples.

6.1. Juro (J):

Juro é o valor da remuneração do capital (C) acordado entre o credor e o tomador em uma determinada
operação financeira.

6.2. Montante (M):

Denomina-se montante* (M) a soma do capital (C) e do juro (J) que foi acordado na operação financeira e
que é devido ao final da mesma. Esta definição mostra a você que se verifica a seguinte relação:

M = C + J, denominada equação básica da Matemática Financeira.

6.3. Fórmula do Juro Simples:

j= C⋅i n onde:¿{j = juros¿{C =capital¿{i=taxa¿ ¿


6.4. Fórmula do Juro composto

n
M=C⋅(1+i) onde¿{M=montante¿{C =capital¿{i =taxa¿ ¿
TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Qual o montante de uma aplicação de R$ 100.000,00 aplicados por um prazo de 10 meses, à uma taxa
de 2% a.m, nos regimes de juros:
a) Simples?
b) Compostos?

2) Qual o capital inicial que deve ser aplicado à uma taxa de 2% a.m., para ao final de 1 ano e meio gerar
R$ 100.000,00, nos regimes de juros:
a) Simples?
b) Compostos?

3) Qual a taxa de juros anual, a que devemos aplicar um capital inicial para que ele dobre o seu valor num
prazo de 5 anos, nos regimes de juros:
a) Simples?
b) Compostos?

Para treinar em casa

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1) (Epcar – 2008) O gráfico ao lado representa o resultado de


uma pesquisa realizada com 2.000 famílias diferentes
constituídas de pai, mãe e filho(s) a respeito do uso da Internet
em suas respectivas residências.
Com base nos dados acima, é possível afirmar que o número de
famílias em que
a) os filhos usam Internet é menor que 700
b) mãe e filho(s) usam Internet nunca é menor que 300
c) pai usa Internet é, no máximo, 600
d) pai mãe e filho(s) usam Internet é a metade do número de
famílias em que apenas filho(s) usa(m) Internet.

2) (Epcar – 2008) Três blocos de gelo são tais que o volume do primeiro excede de 1/8 o do segundo, que
por sua vez é 16/27 do volume do terceiro, entretanto, o volume desse terceiro bloco excede o volume do
primeiro em 1.005 litros. Sabendo-se que o volume da água aumenta de 1/9 ao congelar-se, pode-se dizer
que a quantidade de água necessária para obter esses três blocos de gelo é, em litros, um número
compreendido entre:
a) 6.100 e 6.200 b) 6.090 e 6.099 c) 6.000 e 6.089 d) 5.900 e 5.999

3) Pedro pagou ao Banco do Brasil S/A a importância de R$ 2,14 de juros por um dia de atraso sobre uma
prestação de R$ 537,17. Qual foi a taxa mensal de juros simples aplicada pelo banco foi de:
(a) 11,95% am. (b) 11,85 % am. (c) 10,75 %am. (d) 10,40 %am. (e) 9,75% am.

4) A base de um retângulo de área S é aumentada de 25% e sua altura é diminuída de x%. Se a área do
novo retângulo não se alterou, então o valor de x é:
a)15% b)30% c)25% d)35% e)20%

5) Uma mercadoria sofreu dois descontos sucessivos de 14%. Para que ela volte ao seu preço inicial,
deverá sofrer um acréscimo de:
a)28% b)14% c)26,04% d)29,96% e)35,21%

6) Um reservatório com capacidade para 40 litros possui 30 litros de uma mistura gasolina/ álcool com 18%
de álcool. Deseja-se completar o reservatório com nova mistura gasolina/álcool de modo que a mistura
resultante tenha 20% de álcool. A porcentagem de álcool na nova mistura deve ser de:
a) 20% b) 22% c) 24% d) 26% e) 28%

AULA 05
EQUAÇÕES E SISTEMAS DO SEGUNDO GRAU

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

(CMRJ) Os valores de m para que a equação


(
x 2−mx+ m−
3
4
=0)admita duas raízes reais distintas e
positivas é:
a ) m<1 ou m>3
b ) m< 0
c ) m∈ ℜ
3
d ) < m < 1 ou m>3
4
3
e ) 0< m < ou m>3
4

Auxiliar de necropsia Página 25


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1. Equações de 2º grau

1.1. Definições:

   Denomina-se equação do 2º grau na incógnita x, toda equação da forma:

2
ax + bx + c = 0 com a, b e c ∈ R e a≠0

    Exemplos:

 x2 - 5x + 6 = 0    é um equação do 2º grau com a = 1,  b = -5  e  c = 6.


 6x2 - x - 1 = 0    é um equação do 2º grau com a = 6,  b = -1  e  c = -1.
 7x2 - x = 0         é um equação do 2º grau com a = 7,  b = -1  e  c = 0.
 x2 - 36 = 0         é um equação do 2º grau com a = 1,  b = 0 e c = -36.

Nas equações escritas na forma ax² + bx + c = 0 (forma normal ou forma reduzida de uma equação do 2º
grau na  incógnita x) chamamos a, b e c de coeficientes.

                                                a    é sempre o coeficiente de  x²;

                                          b    é sempre o coeficiente de x,

                                                c    é o coeficiente ou termo independente.

1.2. Equação completas e Incompletas

    Uma equação do 2º grau é completa quando b e c são diferentes de zero.

Exemplos:

x² - 9x + 20 = 0   e -x² + 10x - 16 = 0 são equações completas.

    Uma equação do 2º grau é incompleta quando b ou c é igual a zero, ou ainda quando ambos são iguais
a zero. Exemplos:

 x² - 36 = 0 (b = 0)  x² - 10x = 0 (c = 0)  4x² = 0 (b = c = 0)

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1.3. Raízes de uma equação do 2º grau

    Resolver uma equação do 2º grau significa determinar suas  raízes.

Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma equação, transforma-a numa sentença verdadeira.

   

O conjunto formado pelas raízes de uma equação denomina-se conjunto verdade ou conjunto solução.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Escreva a equação a x 2 +bx+ c=0 , para:

a) a=3 ; b=−2 e c=1


b) a=−1 ; b=0 e c=7

2) Escreva as equações do 2° grau na forma reduzida.

a) 4 +3 x=−x 2 +2
b) x ( x +2 )=−5
c) ( 2 x−1 )2=1

3) Verifique se 1 é raiz das equações abaixo.

a) 7 x−1=0
b) 2 x2 −2=0

4) Classifique cada equação do 2° grau em completa ou incompleta.

2
a) x −3=0
b) −9 x 2+ 2 x +6=0
2
c) x −5 x−6=0
2
d) 2 x −30=0
5) Sabendo que 2 é raiz da equação ( 2 p−1 ) x2 −2 px−2=0, qual é o valor de p?

6) O valor de m, de modo que a equação 5 x 2− ( 2 m−1 ) x +2 m=0 tenha uma das raízes igual a 3.

1.4. Resolução de equações incompletas

Resolver uma equação significa determinar o seu conjunto verdade. Utilizamos na resolução de uma
equação incompleta as técnicas da fatoração e duas importantes propriedades dos números reais:

   1ª Propriedade: Se x ∈ R e x . y=0 , então x=0 ou y=0.

Auxiliar de necropsia Página 27


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2
   2ª Propriedade: Se x ∈ R e x = y = 0, então x=√ y ou x=− √ y

Atividade de Sala:

1º Caso: Equação do tipo ax 2 +bx=0 , com c=0.  2º Caso: Equação do tipo ax 2 +c=0 ,com b=0  

Resolva: Resolva:

Determine as raízes da equação Determine as raízes da equação2 x2 −72=0 , U=R


2
x −8 x=0 , sendo U=R
      

     

1.5. Resolução de equações completas do segundo grau.

A partir da equação ax 2 +bx +c=0 , com a , b e c ∈ R e a ≠0 ,desenvolveremos passo a passo a


dedução da fórmula de Bhaskara (ou fórmula resolutiva).

( 4 a )⋅( ax 2 +bx+c ) =0⋅( 4 a )


1º passo: multiplicaremos ambos os membros por 4a.
4 a2 x 2 +4 abx +4 ac=0

4 a2 x 2 +4 abx+4 ac−4 ac=0−4 ac


2º passo: Somar ambos os membros da igualdade por -4ac. 2 2
4 a x +4 abx=−4 ac

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2 2 2 2
4 a x +4 abx+b =−4 ac+b
3º passo: adicionar b aos dois membros da igualdade.
2
trinomio quadrado perfeito

4º passo: fatorar o TQP do 1º membro


( 2 ax+b )2 =b2 −4 ac
5º passo: extrair a raiz quadrada dois membros.
√ ( 2ax+b )2 = ± √b 2−4ac
2ax+b = ± √b 2−4 ac

2ax= −b ±√ b2 −4 ac
6º passo: passar b para o 2º membro.

7º passo: dividir os dois membros por 2ª com a ≠0.


2 ax −b ±√ b2 −4 ac
=
2a 2a

   Assim, encontramos a fórmula resolutiva da equação do 2º grau:

−b ±√ b2 −4 ac
x=
2a

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Resolva as equações completas no conjunto R:

a) 3 x 2+ 4 x +2=0

b) y 2−16 y +64=0
c) 6 x 2−x−5=0

d) x 2−6 x−16=0

1.5.1. Discriminante Delta ( Δ)

   Denominamos discriminante a expressão b2 - 4ac que é representado pela letra grega Δ(delta).

Δ = b2 - 4ac

    Podemos agora escrever deste modo a fórmula de Bhaskara:

Auxiliar de necropsia Página 29


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−b ±√ Δ
x=
2a

   De acordo com o discriminante, temos três casos a considerar:

1º Caso: O discriminante é positivo, Δ> 0 . A equação possui 2 raízes reais distintas.

2º Caso: O discriminante é nulo, Δ=0 . A equação possui raiz única ou duas raízes iguais.

3º Caso: O discriminante é negativo, Δ< 0 A equação não possui raízes reais.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Para quais valores de k a equação x² - 2x + k- 2 = 0 admite raízes reais e desiguais?

2) Dê valor de p, para que a equação quadrática dada pos x² - (p - 1) x + p-2 = 0 possua raízes iguais.

3) Para quais valores de m a equação 3x² + 6x +m = 0 não admite nenhuma raiz real?

 2. Relações entre coeficientes e raízes

 Considere a equação ax2 + bx + c = 0, com a 0 e sejam x'e x'' as raízes reais dessa equação.

−b + √ Δ −b − √ Δ
x1 = e x2 =
   Logo:     2a 2a

 Soma das raízes (S):

−b
x 1+ x 2=
a

 Produto das raízes (P)

Página 30 Auxiliar de necropsia


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c
x 1⋅x 2 =
a

Composição de uma equação do segundo grau conhecidas suas raízes:

 Considere a equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0.

−b c
S= e P=
Como , a a podemos escrever a equação desta maneira.

2
x − Sx +P = 0

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Determine o valor de k na equação x2 + ( 2k - 3)x + 2 = 0, de modo que a soma de suas raízes seja igual
a 7.

2) Determine o valor de m na equação 4x2 - 7x + 3m = 0, para que o produto das raízes seja igual a -2.

3) Determine o valor de k na equação 15x2 + kx + 1 = 0, para que a soma dos inversos de suas raízes seja
igual a 8.
   

 4) Determine os valores de m  para os quais a equação ( 2m - 1) x2 + ( 3m - 2) x + m + 2 = 0 admita:

a) raízes simétricas;

b) raízes inversas.

5) Componha a equação do 2º grau cujas raízes são -2 e 7.

6) Determine a soma e o produto das raízes da equação 10x 2  + x - 2 = 0

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 2.1. Forma Fatorada

 Considere a equação ax2 + bx + c = 0. A forma fatorada dessa equação é dada por:

a.(x - x') . (x - x'') = 0


 

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

Escreva na forma fatorada da equações:

a) x2 - 5x + 6 = 0.
b) 2x2 - 20x + 50 = 0
c) x2 + 2x + 2 = 0.

3. Equações literais

As equações do 2º grau na variável x que possuem alguns coeficientes ou alguns termos


independentes indicados por outras letras são denominadas equações literais.

As letras que aparecem numa equação literal, excluindo a incógnita, são denominadas parâmetros.

Exemplos:

                       2ax2 -3bx + (c-5) = 0: incógnita: x parâmetro: a, b, c

                      mx2 - (2m + 1) x + 5m = 0: incógnita: x parâmetro: a

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Resolva as equações literais incompletas:

a) 3x2 - 12m2=0, sendo x a variável.


b) my2- 2aby=0,com m 0, sendo y a variável.

2) Resolva as equações literais completas, sendo x a variável.

a) 2x2 - 3ax +a2=0


b) x2 - 2abx - 3a2b2 = 0

4. Equações Biquadradas:

Nestas equações, os primeiros membros são polinômios do 4º grau na variável x, possuindo um


termo em x4, um termo em x2 e um termo constante. Os segundos membros são nulos.

Denominamos essas equações de equações biquadradas.

Ou seja, equação biquadrada com uma variável x é toda equação da forma:

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ax4 + bx2 + c = 0 com a, b e c ∈ R e a ≠ 0.

Exemplos:

x4 - 5x2 + 4 = 0

x4 - 8x2 = 0

3x4 - 27 = 0

Equações como  x4 - 2x3 + x2 + 1 = 0; 6x4 + 2x3 - 2x = 0  e x4 - 3x = 0, por exemplo, não são biquadradas,
pois numa equação biquadrada a variável x só possui expoentes pares.

4.1. Sequência prática para resolução:

 Na resolução de uma equação biquadrada em IR devemos substituir sua variável, transformando-a
numa equação do 2º grau.

i. Substitua x4 por y2 ( ou qualquer outra incógnita elevada ao quadrado) e x 2 por y.

ii. Resolva a equação ay2 + by + c = 0

iii. Determine a raiz quadrada de cada uma da raízes ( y'e y'') da equação ay 2 + by + c = 0.

iv. x=± √ y 1 e x =± √ y 2

      

Essas duas relações indicam-nos que cada raiz positiva da equação ay2 + by + c = 0 dá origem a
duas raízes simétricas para a biquadrada porém, a raiz negativa não dá origem a nenhuma raiz real para a
mesma.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

Determine as raízes das equações biquadradas:

a) x4 - 13 x2 + 36 = 0.
b) x4 + 4x2 - 60 = 0.

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4 4
√ √
c) 2 x−4−3⋅ 2 x−4=−2 ( dica: se y=√ 2 x−4 , então y 2 =√ 2 x−4 )
d) x6 + 117x3 - 1.000 = 0.

5. Equações Irracionais

Equação irracional é toda equação que possui a incógnita no radicando.

         A resolução de uma equação irracional deve ser efetuada procurando transformá-la inicialmente numa
equação racional, obtida ao elevarmos ambos os membros da equação a uma potência conveniente.

        

Em seguida, resolvemos a equação racional encontrada e, finalmente, verificamos se as raízes da


equação racional obtidas podem ou não ser aceitas como raízes da equação irracional dada ( verificar a
igualdade).

      

É necessária essa verificação, pois, ao elevarmos os dois membros de uma equação a uma potência,
podem aparecer na equação obtida raízes estranhas à equação dada.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

Resolva as equações irracionais a seguir:

a) √ x+6 = 8
b) √ 6−x+x = 0

c) √ x+2 = √ 3 x−5−1

d) √ 2x
3
− √ x = √3

5. Sistemas de Equações do 2º Grau e Problemas.

Para resolução de problemas do segundo grau, devemos estabelecer a seguinte estratégia de solução:

i. Estabeleça a equação ou sistema de equações que traduzem o problema para a linguagem


matemática.

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ii. Resolva a equação ou o sistema de equações.


iii. Interprete as raízes encontradas, verificando se são compatíveis com os dados do problema.

 Para a resolução de sistemas do 2º grau, usamos o método da substituição e solucionamos o sistema.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Determine dois números inteiros consecutivos tais que a soma de seus inversos seja 13/42.

2) Duas torneiras enchem um tanque em 6 horas. Sozinha, uma delas gasta 5 horas mais que a outra.
Determine o tempo que uma delas leva para encher esse tanque isoladamente.

3) Num jantar de confraternização, seria distribuído, em partes iguais, um prêmio de R$ 24.000,00 entre os
convidados. Como faltaram 5 pessoas, cada um dos presentes recebeu um acréscimo deR$ 400,00 no seu
prêmio. Quantos foram presentes nesse jantar?

4) Resolva os seguintes sistemas de equações do 2º grau:

a ) ¿ { x− y=5 ¿ ¿¿

5) Um número de dois algarismos é tal que, trocando-se a ordem dos seus algarismos, obtém-se um
número que o excede de 27 unidades. Determine esse número, sabendo-se que o produto dos valores
absolutos dos algarismos é 18.

6)Uma quadra de tênis tem a forma da figura, com perímetro de 64 m e área de 192 m 2. Determine as
medidas x e y indicadas na figura.

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7) Uma das raízes da equação ax – x2 = 0 é a média aritmética das raízes da equação x2 – 6x + 4 = 0. O


valor de a é
a) 3 b) 6 c) 3 - √5 d) 3 + √5 e) 7

8) Uma companhia de seguros levantou dados sobre os carros de determinada cidade e constatou que são
roubados, em média, 150 carros por ano. O número de carros roubados da marca X é o dobro do
número de carros roubados da marca Y, e as marcas X e Y juntas respondem por cerca de 60% de
carros roubados. O número esperado de carros roubados da marca Y é:
a) 20. B) 30. c) 40. d) 50. e) 60.

AULA 06

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INTRODUÇÃO À GEOMETRIA PLANA

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

(Epcar) Considerando as figuras abaixo, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas.

( ) Na figura I, o raio vale 2 √ 10 .

( ) Na figura II, pode-se afirmar que β = 2α

( ) Na figura III, pode-se concluir que γ = 50º

( ) Com base nas figuras II e III, pode-se afirmar que se α = γ/2 então β é um ângulo reto.

A sequência correta é

a) V – V – F – F b) F – F – F – F c) V – V – V – F d) V – F – F – V

1. Ponto, Reta e Plano

Os conceitos de ponto, reta e plano são primitivos, isto é, não possuem definição, basta
aceitarmos que são verdadeiros, veja os exemplos:

 Um furo de agulha num papel dá ideia de ponto.


 Uma corda bem esticada dá ideia de reta.
 O quadro negro da sala de aula dá ideia de plano.

1.2. Representação

a) PONTO – Letras maiúsculas do nosso alfabeto: (A, B, C, ...)

b) RETA – Letras minúsculas do nosso alfabeto: a, b, c,...... .

c) PLANO – Letras gregas minúsculas:  ,  ,  ,.....

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1.3. Axiomas, Teoremas e Conceitos.

a) Numa reta há infinitos pontos.

r r

b) Num plano há infinitos pontos.

α α

c) Num plano existem infinitas retas.

m r

d) Por dois pontos distintos passa uma única reta.Num plano há infinitos pontos.

A B r

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e) Os pontos pertencentes a uma mesma reta são chamados Colineares.

A B C
Os pontos A, B e
C
são colineares

S
Os pontos R, S e T
R T não são colineares

Notas: Indicaremos por



AB uma reta que passa pelos pontos A e B.

Toda figura geométrica é um conjunto de pontos.

Figura geométrica plana é uma figura em que todos os seus pontos estão num mesmo plano.

1.4 Posições entre retas em um plano

a) Retas concorrentes: quando têm um b) Retas paralelas: quando não têm ponto
único ponto comum. comum.

r
A r s

s r  s  A rs 

1.5. Semi – retas

 Um ponto P qualquer de uma reta r divide esta reta em duas partes denominadas semi-retas de origem
P.
semi-reta semi-reta

P r

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 Para distinguir as semi–retas, vamos marcar os pontos A e B pertencentes a cada semi-reta.

B P A r

Na figura, temos:

PA  Semi-reta de origem P e que passa pelo ponto A.

PB  Semi-reta de origem P e que passa pelo ponto B.

1.6. Segmento de reta

 Um segmento de reta de extremidades A e B é o conjunto dos pontos que estão entre elas, incluindo
as extremidades.

A B

Indica-se o segmento AB por AB .

Nota: Entre as extremidades de um segmento há infinitos pontos.

1.7. Segmentos consecutivos

 Segmentos de reta que têm uma extremidade comum são chamados consecutivos.

BC
A C

1.8. Segmentos Colineares

 Dois segmentos de reta são colineares se estão numa reta.

A B C D

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AB e CD são colineares não consecutivos

P Q R

PQ e QR são colineares e consecutivos

1.9. Segmentos Congruentes

 Dois segmentos de reta são congruentes quando possuem medidas iguais.

Notação: AB  CD

Leitura: AB é congruente a CD .

A 4 cm B C 4 cm D

1.10. Ponto Médio de um Segmento

 Um ponto M é chamado ponto médio de um segmento AB se M está entre A e B e AM  MB

A M B

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Os conceitos primitivos da geometria são:

a) ponto, segmento e reta

b) ponto, segmento e plano

c) ponto, reta e semi-reta.

d) ponto, reta e plano.

2) Sendo r e s retas concorrentes, podemos afirmar que o conjunto r  s é:

a) unitário b) vazio c) infinito d) n. d. a

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3) Sejam as afirmações:

I) Duas retas concorrentes têm um ponto comum.

II) Duas retas distintas paralelas não têm ponto comum.

Associando V ou F a cada afirmação, temos:

a) V,V b) V, F c) F, V d) F, F

4) Um segmento MN é um conjunto formado:

a) apenas pelo ponto M.

b) apenas pelos pontos M e N.

c) pelos pontos que estão entre M e N.

d) por infinitos pontos.

5) Os pontos A,B e C são colineares quando:

a) cada um pertencer a uma reta.

b) dois pertencerem a uma reta.

c) os três pertencerem à mesma reta.

d) n. d. a

6) Os pontos R, S e T da figura ao lado determinam:


R

a) 2 segmentos de reta

b) 3 segemtnos de reta S

c) 4 segmentos de reta T

d) 5 segmentos de reta

7) Dois segmentos que têm a mesma medida são chamados:

a) colineares b) consecutivos

c) equivalentes d) congruentes

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8) Se dois segmentos não pertencem a uma mesma reta e têm uma extremidade comum, eles são:

a) colineares b) consecutivos

c) congruentes d) adjacentes

9) Na figura abaixo, são consecutivos e colineares os segmentos:

A B C

a) AB e ED

b) AE e ED

c) AB e BC E D

d) BC e CD

G A B A R I T O

1. D 4. D 7. D 2. A 5. C 8. B 3. A 6. B 9. C

2. Ângulos

Chama-se ângulo, a figura plana limitada por duas semi-retas de mesma origem. Na figura abaixo,
podemos observar que as semi-retas OA e OB determinam dois ângulos: um de abertura “ a ” (ângulo
convexo) e outro de abertura “b ” (ângulo côncavo). O ângulo convexo é indicado por BÔA e “ a ” é a
medida deste ângulo.

2.1. Medidas de Ângulos

A principal unidade de medida de ângulos é o grau (símbolo º). Um ângulo raso (aquele formado por
duas semi retas opostas, como o mostrado na figura abaixo), mede 180º.

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A metade de um ângulo raso é denominado ângulo reto, e sua medida é 90º.

O ângulo de uma volta completa, corresponde a dois ângulos rasos ou a quatro ângulos retos e
portanto sua medida é 360º.

Dividindo-se um ângulo reto em 90 partes iguais, obteremos 90 ângulos de medida 1º cada, sendo
portanto 1º a unidade fundamental da medida de ângulos. Esta unidade pode também ser subdividida em
unidades menores – o minuto (‘) e o segundo (“) – de forma que:

1 grau = 60 minutos e 1 minuto = 60 segundos

Simbolicamente: 1º = 60’ e 1’ = 60”

2.2. Conceitos Importantes

 Ângulo agudo – é aquele cuja medida situa-se entre 0º e 90º.


 Ângulo obtuso – é aquele cuja medida situa-se entre 90º e 180º.
 Ângulos complementares – são aqueles cujas medidas somam 90º. Dizemos que cada um deles é
o complemento do outro.
 Ângulos suplementares – são aqueles cujas medidas somam 180º. Dizemos que cada um deles é o
suplemento do outro.
 Ângulos congruentes – são aqueles que possuem medidas iguais. Assim, por exemplo, todos os
ângulos retos são congruentes, todos os ângulos de medida 60º são congruentes, etc.
 Ângulos opostos pelo vértice – como o próprio nome indica, são aqueles cujos lados de um são os
prolongamentos dos lados do outro. Vale aqui, a seguinte proposição:

“Dois ângulos opostos pelo vértice são congruentes, ou seja, possuem a mesma medida”.

Na figura ao lado, os pares de ângulos a e c e m e


n são OPV logo, congruentes entre si.

Nota: Retas perpendiculares são aquelas retas concorrentes (isto é, aquelas que possuem um único ponto em comum)
que formam entre si quatro ângulos retos.
 Bissetriz de um ângulo é a semi-reta que partindo do vértice, determina dois ângulos congruentes (ou seja,
de mesma medida).

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Axioma: todo ângulo possui uma única bissetriz

2.3. Ângulos Entre Paralelas e Transversais

Dadas duas retas paralelas, chama-se reta transversal qualquer reta que intercepte ambas as
retas. Observamos na figura, que ficam determinados oito ângulos de medias “ a ”, “b ”, “ c ”, “ d ”, “ e ”, “ f ”,
“ g ” e “ h ” que recebem denominações especiais a saber:

ângulos correspondentes: b e f , a e e , d e h , c e g .

ângulos alternos internos: d e f , c e e .

ângulos alternos externos: b e h , a e g .

ângulos colaterais internos: d e e , c e f .

ângulos colaterais externos: b e g , a e h .

Notas: os ângulos correspondentes são congruentes (medidas iguais)

os ângulos alternos são congruentes (medidas iguais)

os ângulos colaterais são suplementares, isto é, somam 180º.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Calcule o valor de x e y observando as figuras abaixo:

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y
5x – 15º 4x + 5º

2) Calcule a medida de x nas seguintes figuras:

a) b)

3x – 5º
3x + 20º
x + 15º x

3) A medida do complemento

a) do ângulo de 27º 31’ é__________________________

b) do ângulo de 16º 15’ 28’’ é ______________________

4) A medida do suplemento

a) do ângulo de 128º é_______________________

b) do ângulo de 32º 56’ é_____________________

5) Resolva os problemas abaixo:

a) O dobro da medida de um ângulo é igual a 130º. Quanto mede esse ângulo?

b) O dobro da medida de um ângulo, aumentado de 20º, é igual a 70º. Calcule esse ângulo.

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c) Calcular o ângulo que, diminuído de 20º, é igual ao triplo de seu suplemento.

6) A medida de um ângulo mais a metade da medida do seu complemento é igual 75º. Quanto mede esse
ângulo?

7) A medida do suplemento de um ângulo é igual ao triplo da medida do complemento desse mesmo


ângulo. Quanto mede esse ângulo?

2
8) Somando 3 da medida de um ângulo com a medida do seu complemento, obtemos 74º. Quanto mede
esse ângulo?

9) Na figura abaixo,

OB é bissetriz de AÔC e

OD é bissetriz de CÔE. Calcule x:

E D x C

50º
B
70º A

10) Sabendo que as retas a e b são paralelas e a reta t transversal, nomeie os pares de ângulos em:

 opostos pelo vértice  alternos externos  adjacentes suplementares


 correspondentes  colaterais internos
 alternos internos  colaterais externos
t

a) e são ângulos___________________
d
b) e ê são ângulos___________________ c
a
c) e são ângulos___________________ e f
d) e são ângulos___________________
h g
e) e são ângulos___________________
b
f) e são ângulos___________________
i j
g) e são ângulos___________________

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h) e são ângulos ___________________

11) Sabendo que r // s // t, calcule x e y:


a)
x + 20º
r

s
60º

t
y + 10º

r
b d
b) c
a e 130º
s
120º
t

Para treinar em casa:

1) (FAM-SP) Dadas as retas r e s, paralelas entre si, e t, concorrente com r e s. O valor de x na figura
abaixo é: x
r

2x + 30º
s
t

a) x = 51º b) x = 35º c) x = 90º d) x = 50º e) x = 45º

2) Sendo r // s, na figura abaixo. O valor de x + y + z é igual a:

y
r
x 127º

42º z
s

a) 137º b) 53º c) 45º d) 125º e) 200º

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3) Se r // s, então a afirmativa correta é:


130º
r

72º
x
s

a) x = 58º b) x = 72º c) x = 60º d) x = 108º e) x = 54º

4) Na figura,

OM é bissetriz de CÔD e med (AÔB) = 120º. Calcule x e y.

D
B M
x 15º C
y
y + 10º A

6) Observe, atentamente, a figura formada por duas retas paralelas e uma transversal.
Sabendo que as retas a e b são paralelas e x não é um ângulo reto, analise cada afirmativa formulada
a seguir.

I) x + y = 180º
x y
II ) r = x
z a
III ) x = z

IV ) r + z = 180º b
r

Marque a alternativa que corresponde à afirmativa FALSA.

a) I

b) II

c) III

d) IV

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7) Na figura abaixo, qual o valor de x – y, sendo rr//s//t?

r
141º
x
t
y

55º
s

a) 14o b) 16o c) 18o d) 20o e) 22o

8) Se as retas r e s da figura são paralelas, então 3x + y vale:

a) 145º b) 185º c) 200º d) 90º e) 195º

9) A diferença entre dois ângulos complementares é igual a 70º.A medida do maior deles é igual a:

a) 20º b) 40º c) 60º d) 80º e) 70º

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AULA 07

TEOREMAS: TALES E PITÁGORAS

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

(CMRJ) O vértice A de um hexágono regular


ABCDEF pertence à reta r conforme a figura
abaixo. Se os pontos F e B distam da reta r,
respectivamente,2cm e 3cm , a área de ABCDEF
mede:

a) 36 cm2

b) 13 √ 3cm2

c) 13 cm2

d) 38 √ 3cm2

e) 25 cm2

1. PARALELISMO E TEOREMA DE TALES

1.1. Teorema

Se três ou mais paralelas são cartadas por duas


transversais, então dois segmentos de uma delas
são proporcionais aos segmentos
correspondentes da outra.

Na figura ao lado temos:

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a // b // c // d
e
AB XY
=
CD ZT

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

Aplicando o Teorema de tales, encontre as medidas desconhecidas para cada caso:

a) b) c)

1.2. Aplicações para o Teorema de Tales

1.2.1. Semelhança de Triângulos.

Dois triângulos são semelhantes


de os seus ângulos interno correspondentes
forem iguais e seus lados correspondentes
forem proporcionais.

Na figura ao lado temos:

AB AC BC
= = =k
A' B' A' C ' B' C '
Δ ABC≈ ΔA ' B' C'
Onde k é a constante de proporcionalidade O triangulo ABC é semelhante ao triangulo A’B’C’

1.2.2. Teorema Fundamental da


Semelhança

Se uma reta é paralela a um dos


lados de um triângulo qualquer e intercepta
os outros dois, então ela determina, nesses
lados, segmentos proporcionais.

Na figura ao lado, temos:

Δ ADE≈ Δ ABC

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AD BD O triangulo ADE é semelhante ao triangulo ABC


r // BC e =
AE EC

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Na figura abaixo, o segmento AB é paralelo ao segmento DE. Determine o


valor de x.

2) Na figura, as medidas estão dadas em centímetros. Determine o


comprimento do segmento DE, em centímetros.

3) Calcule a medida, em centímetros, do lado do quadrado AFDE.

4) Do ponto P partem duas semi-retas que encontram as paralelas r e t,


nos pontos indicados na figura. Sabendo-se que MR = 6 cm; MS = 20
cm;RQ = 32 cm e que PQ = 24 cm, os valores dos segmentos PM, PS
e QS são respectivamente?

1.2.2. Teorema da Bissetriz Interna de um Triângulo Qualquer

Ceviana
Recebe o nome de “ceviana” toda reta que passa pelo vértice de um
triângulo interceptando o lado oposto. ( na figura a reta b é uma
ceviana)

Teorema
A bissetriz interna de um ângulo interno de um triângulo qualquer
determina no lado oposto dois segmentos uniformemente proporcionais
aos lados do triângulo.

Na figura ao lado temos:

 b é bissetriz do ângulo BÂC

AB AC
=
 BD CD

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

Em um triângulo ABC , o lado AB mede 20cm e o lado AC ,


10cm. Sabendo que o perímetro é 48cm , quanto medem os
segmentos que a bissetriz interna do ângulo A determina sobre
o lado BC ?

Auxiliar de necropsia Página 53


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2. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIANGULO RETANGULO

Triângulo retângulo é todo polígono de 3 lados


que contém um ângulo interno reto, ou seja, de 90º
graus. Consideremos então, no triângulo retângulo ABC
ao lado, o maior lado ( BC) é denominado hipotenusa,
e os outros dois lados, adjacentes ao ângulo reto (AB e
AC), são denominados catetos.
A relação métrica do triângulo retângulo mais utilizada e
conhecida é o teorema de Pitágoras, que enuncia:

“A soma do quadrado da medida da hipotenusa é igual a soma dos quadrados da medidas dos catetos para
qualquer triangulo retângulo.”

Assim:

2 2 2
( hip )2= ( cat )2 + ( cat )2 ou ainda, a = b +c
Por semelhança de triângulos, obtemos a partir do triangulo ABC dado acima, as demais relações métricas
para os triângulos retângulos:

2 2 2
m+n= a a⋅h=b⋅c h = m⋅n b = a⋅m c = a⋅n
TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Utilizando o Teorema de Pitágoras, determine o valor de x nos triângulos retângulos:

4x 6
a) b)
b)
x
3x
20 35
c) d) 2 x
x+1

7
x
x

2) Aplicando as relações métricas, encontre os valores desconhecidos:

a) b)

b
c
2 6 y h

Página 54 2 4 Auxiliar de necropsia


3
a
x
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Para treinar em casa

1) A rampa de um hospital tem na sua parte mais elevada uma altura de 2,2 metros. Um paciente ao
caminhar sobre a rampa percebe que se deslocou 3,2 metros e alcançou uma altura de 0,8 metros.
A distância em metros que o paciente ainda deve caminhar para atingir o ponto mais alto da rampa
é:

(a) 1,16.
(b) 3,0.
(c) 5,4.
(d) 5,6.
(e) 7,04

2) Nesta figura, os segmentos de retas AO , BP , CQ e DR são paralelos. A medida do segmento PQ,


em metros, é:
a) 24
b) 35
c) 40
d) 50
e) 55

3) Duas circunferências, cujos raios medem 4cm e 6


cm, são tangentes externamente no ponto F, como
mostra a figura. A reta AB é tangente às duas
circunferências nos pontos A e B. A medida do
segmento de reta AB, em centímetros, é:

a) 4 √6
b) 3,5
c) 5 √ 6
d) 3 √6
e) 5,5

4) Na figura, são dados AC = 8cm e CD = 4cm. A medida de


BD, é, em cm , igual a:

a) 9
b) 10
c) 12
d) 15
e) 16

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5) No ΔABC da figura, CD é a bissetriz do ângulo interno em C .


Se AD = 3cm , DB = 2cm e AC = 4cm , então o lado BC mede:

a) 3 cm
b)2/6 cm
c) 7/2cm
d) 8/3cm
e) 4 cm

6) Seja x um número real positivo tal que x , x + 1 e x + 2 sejam medidas dos lados de um triângulo
retângulo. Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que contém o perímetro deste triângulo (na
mesma unidade de comprimento que os lados).

a) 10. b) 12. c) 11. d) 13. e) 15

7) Sendo AC, EF e BD perpendiculares ao segmento AB,o valor de EF é:


a) 1m
b) 2m
c) 2,4m
d) 3m
e) 2√6m

8) Os triângulos ABC e AED, representados na figura a seguir, são semelhantes, sendo o ângulo ADE
congruente ao ângulo ACB. Se BC = 16 cm, AC = 20 cm, AD = 10 cm e AE = 10,4 cm, o perímetro
do quadrilátero BCED, em centímetros, é:

a) 64cm
b) 44cm
c) 60cm
d) 38cm
e) 40cm

9) O retângulo DEFG está inscrito no triângulo isósceles ABC, como na figura ao lado:
Assumindo DE= GF= 12 EF= DG=8 AB = a altura do triângulo ABC é:
a) 35/4
b) 150/7
c) 90/7
d) 180/7
e) 28/ 5

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AULA 08
O ESTUDO DA CIRCUNFERENCIA

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

(CMRJ) No interior de um quadrado de lado a existem cinco círculos de mesmo raio r. O centro de um dos
círculos coincide com o centro do quadrado e cada um dos outros quatro círculos tangencia externamente o
primeiro círculo e tangencia, também, dois lados consecutivos do quadrado. Então, podemos afirmar que:

( √3+1 ) a ( √2−1 )
a) r =a √ 2+1 b) r =a √ 3−1 c) r =2 a √ 2 d) r =3 a e) r =
3 2

1. DEFINIÇÕES

Circunferência é o lugar geométrico de todos os pontos do plano equidistantes de um ponto fixo.

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O - centro EF - flecha OT - raio


AB - diâmetro CD - corda CD - arco
t - reta tangente s - reta secante T - ponto de tangência
e - reta externa

1.1. Propriedades

 O raio no ponto de tangência é perpendicular à reta tangente.


 O raio é perpendicular a uma corda no seu ponto médio.
 A flecha é perpendicular à corda.
 A flecha intercepta o arco no seu ponto médio.
2. ÂNGULOS NA CIRCUNFERÊNCIA

2.1. Ângulo central: é aquele cujo vértice é o


centro da circunferência.

2.2. Ângulo Inscrito: é aquele cujo vértice é


um ponto qualquer da circunferência, tendo
por lados duas cordas da mesma e cuja
medida é a metade do ângulo central
correspondente.

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2.3. Ângulo formado por duas secantes

a) interior b) exterior

Nota: “Todo triângulo inscrito numa semicircunferência é retângulo”.

2.4. Teorema de Ptolomeu

Num quadrilátero inscrito, os ângulos opostos são suplementares.

{α + γ = 180 o ¿ ¿¿¿
TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

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Em cada caso a seguir, determine o valor do ângulo x:

a)

b)

c)

d) B e C são centros das circunferências da figura.

3. POTÊNCIA DE UM PONTO EM RELAÇÃO A UMA CIRCUNFERÊNCIA

3.1. Definição

Consideremos a circunferência de centro O e raio r . Seja P um ponto do mesmo plano. Por este
ponto tracemos a secante “ s ”, que irá interceptar a circunferência nos pontos A e B . Chama-se potência
de P , em relação à circunferência de centro O, o produto PA.PB .

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3.2. Relações Métricas:

Relação das secantes Relação das cordas Relação da tangente e secante

PA⋅PB= PC⋅PD PA⋅PB= PC⋅PD ( PT )2 = PA⋅PB

3.3. Consequências

Das relações apresentadas acima, ainda podem ser demonstrado que:

Consequencia Elementar Teorema de Pitot Teorema de Hiparco

Em todo quadrilátero circunscritível, a


PT 1 = PT 2 soma de dois lados opostos é igual à
Em todo quadrilátero inscrito, o
produto das medidas das diagonais é
soma dos outros dois. igual à soma dos produtos das
medidas dos lados opostos.

AB + CD = AD +BC AC⋅¿ BD = AB .CD+AD .BC ¿

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TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Por um ponto P , externo à circunferência, traça-se uma secante , que determina sobre ela dois pontos A
e B tais que PA = 6cm e PB = 18cm . Traça-se por P outra secante, a qual encontra a circunferência primeiro
em C e depois em D. Se PC mede 9cm , quanto medirá a corda CD ?

2) Duas cordas AB e CD de uma mesma circunferência interceptam-se no ponto P interior a circunferência.


Sabendo que PA = x, PB = 2, PC = PD = 4, encontre o valor de "x".

3) Se AB = 10 cm, então o perímetro do triângulo AMN vale

E, B e T são pontos de tangência.

4. POLIGONOS REGULARES INSCRITOS

Um polígono convexo denomina-se “regular” quando possui todos os lados iguais, assim como
todos os ângulos. Se um polígono tiver somente os lados iguais, diz-se equilátero. Se tiver só os ângulos
iguais diz-se equiângulo. O triângulo equilátero e o quadrado são, pois, polígonos regulares. Ou seja, um
polígono regular é equilátero e equiângulo.

Em tempo; o fato de podermos dizer, por exemplo, que um triângulo equilátero é regular não
autoriza, afirmar outro tanto, em relação a outros polígonos. Assim, o retângulo, que é equiângulo, não
necessariamente é equilátero; ou ainda, o losango, que é equilátero, não é equiângulo.

4.1.Teorema

Dividindo uma circunferência em um certo número n (n > 2) de arcos iguais:

1º) As cordas que unem os pontos de divisão consecutivos formam um polígono regular inscrito de n lados;

2º) As tangentes nos pontos de divisão formam um polígono regular circunscrito de n lados.
4.2. Teorema Recíproco

Todo polígono regular pode ser inscrito ou circunscrito a um círculo.

4.3. Relações métricas entre o lado, o raio e o apótema dos polígonos regulares

Observe a figura abaixo: Da figura, temos:

()
2
2 ℓ2
R =a +
2 de onde segue que:

ℓ ℓ
R=
2
√ 4 a2 +ℓ a=
2
√ 4 R2 −ℓ2
ℓ= 2 √ R 2 −a2

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4.3.1. Casos Particulares

 Triangulo equilátero: Relações Métricas para o triangulo equilátero:

ℓ √3 R= 2r r= a
h=
2
ℓ= R √ 3
h
a= √
a= ℓ 3
3 6

 Quadrado: Relações Métricas para o quadrado:

d= ℓ √ 2 d= 2R
ℓ ℓ= R √ 2
a=
2

 Hexágono Regular: Relações Métricas para o hexágono regular:

ℓ= R ℓ √3
a=
2

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Um quadrado ABCD e um triângulo equilátero EFG estão inscritos na mesma circunferência de raio 6 √ 2
cm tal que AB // EF, conforme a figura. Calcule a distância entre os lados AB e EF.

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2) Um hexágono regular ABCDEF está inscrito em uma circunferência de raio 12 √ 3 cm. Calcule o
perímetro do quadrilátero ACEF.

3) Determine a razão entre o apótema do quadrado e o apótema de um hexágono regular, inscritos em um


círculo de raio R.

Para treinar em casa:

1) Na figura ao lado, sabe-se que PA = 3PC. Então:

a) PB = 4PC
b) PB = 9PC
c) 2PB = 3PC
d) PB = 3PC
e) 3PB = 4PC

2) Se, na figura, o arco AB mede 20o, o arco BC mede 124o, o arco CD mede 36o e o arco DE mede 90o,
então o ângulo x mede.

a) 37º
b) 47º
c) 58º
d) 45º
e) 68º

3) O pentágono ABCDE abaixo está inscrito em um círculo de centro O. O ângulo central COD mede 60º.
Então x + y é igual a:

a) 150º
b) 190º
c) 200º
d) 210º
e) 230º

4) Em uma dado triângulo retângulo inscrevemos uma circunferência de diâmetro d e circunscrevemos outra
de diâmetro D. O perímetro do triângulo vale :

a) 150º
b) 190º
c) 200º
d) 210º

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e) 230º

5) O ângulo x da figura mede:

a) 40o
b) 45o
c) 50o
d) 55o
e) 60o

6) (CMRJ) Em um pentágono regular ABCDE cujos lados medem 10cm , as diagonais AC e BD cruzam-se
no ponto P, conforme representado na figura abaixo. A medida do segmento CP, em centímetros, é:

a) 5
b) 5+5 √ 3+
c) −5+5 √ 5
d) 5 √ 2
e) 5 √ 5

AULA 09
CONJUNTOS

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

(CMRJ) Sobre os números irracionais e racionais, podemos afirmar que:

a) entre números reais 6 e 7 existe apenas um numero irracional;


b) a soma de dois números irracionais é sempre um números irracional;
c) toda dizima periódica é um numero irracional
d) o numero π=3 , 1415926 … é um numero racional.
e) numero irracional é um numero real que não pode ser obtido pela divisão de dois números inteiros.

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1. DEFINIÇÕES, PROPRIEDADES E OPERAÇÕES

1.1. CONCEITOS PRIMITIVOS

Conjunto é um conceito primitivo associado à ideia de coleção. Se A é um conjunto e x é um


elemento, temos:

1.2. CONJUNTO VAZIO

Se para TODO x tem-se x∉ A, diz-se que A é o Conjunto Vazio.

1.3. SUBCONJUNTO OU PARTE

Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A é também elemento de B , dizemos que A é


um SUBCONJUNTO ou PARTE de B e indicamos por A ⊂ B . Simbolicamente:

O síbolo ∀ significa “para todo”

Importante:

a) ∀ A, A ⊂ A
b) ∀ A, ∅ ⊂ A

1.4. IGUALDADE DE CONJUNTOS

Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B e indicamos por A = B se, e somente se, A é
subconjunto de B e B é também subconjunto de A .

1.5. CONJUNTO DAS PARTES DE UM CONJUNTO

Dado um conjunto A podemos construir um novo conjunto formado por todos os subconjuntos
(partes) de A . Esse novo conjunto chama-se CONJUNTO DOS SUBCONJUNTOS (ou das partes) de A e é
indicado por P(A).

1.6. CONVENÇOES

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 n(A) = 8 lê-se, o número de elementos do conjunto A é oito;

 n( C ) = 1 lê-se o número de elementos do conjunto C é um ( C é classificado como conjunto unitário ).

 Conjuntos são representados por letras maiúsculas e seus elemento por letras minúsculas.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Escreva em notação simbólica:


a) a é elemento de A. ________ b) A é subconjunto de B. _______
c) A contém B. ________ d) A não está contido em B. _______
e) A não contém B. _______ f) a não é elemento de A _______

2) Escreva os elementos de cada um dos conjuntos:


a) conjunto dos números naturais entre 8 e 12 (inclusive);b) conjunto das vogais do alfabeto;
c) conjunto dos números pares entre 0 e 18 (exclusive);
d) conjunto dos números primos pares positivos;
e) conjunto das frações próprias positivas de denominador 7;
f) {x / x2 – 1 = 0};
g) {x / x é letra da palavra ARARA};
h) { x / x2 = 9 e x – 3 = – 6 };
j) { x / x é algarismo de 2 134}.

3) Escreva os conjuntos abaixo usando o método das propriedades características:


a) { 1, 3, 5, 7, ... , 15};
b) { 1, 7};
c) o conjunto dos números pares entre 5 e 21;
d) o conjunto dos números reais entre –1 e 10, incluindo o –1.

4) Seja A o conjunto { 3, 5, 7, 9, 11, 12}, enumere cada um dos seguintes, conjuntos:


a) { x  A / x2  9} =
b) { x  A / x +9 = 16} =
c) { x  A / x é primo} =
d) { x  A / x2 –12x + 35 =0} =
e) { x  A / (x +1)  A } =

5) Se A = { a, e, i }, diga se as proposições abaixo são corretas ou não:


a) a  A ( ) b) a  A ( ) c) {a}  A ( ) d) {a}  A ( )

6) Construa todos os subconjuntos dos conjuntos:


a) { 0, 1, 2 } =
b) { 1, { 2,3}} =
c) { R, O, M, A} =

7) Dados os conjuntos A = { x / x é par positivo e menor que 7} e B = { 2, 4, 6 }, assinale V ( verdadeiro) ou


F ( falso).
a) A  B ( ) b) B  A ( ) c) A = B ( )

8) Diga se as proposições abaixo são verdadeiras ou falsas:


a) { 1, 2, 3 } = { 3, 2, 1 } ( ) b) { 1, 2 , 1 , 2 }  {1, 2, 3 } ( )
c) { 4 }  { { 4 } } ( ) d)   { 1, 2, 3 } ( )
e) { 2 , 3 }  { x / x2 – 5x + 6 = 0 } ( ) f) { B, R, A, S, A}  { B, R, A, S} ( )

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9) Classifique os conjuntos abaixo como finitos ou infinitos.


a) o conjunto dos números inteiros múltiplos de 5;
b) o conjunto das frações compreendidas entre 1 e 2;
c) o conjunto das raízes de x6 + x5 – x2 = 0;

d)
{2x /x ∈ N e x < 5 } ;

e)
{ xy / x∈ N e x ∈ N } ¿

2. OPERAÇÕES COM CONJUNTOS

2.1. UNIÃO

A união de dois conjunto A e B o conjunto formado pelos elementos pertencentes a A ou a B.


Sejam os conjuntos: A = { 2, 3, 5, 7, 8 } B = { 0, 1, 3, 5 } e C = { 9 }

A ¿ B = {x | x  A ou x  B } A ¿ B = { 0, 1, 2, 3, 5, 7, 8 }

2.1.1. Propriedades da União

Para quaisquer conjuntos A, B e C são válidas as propriedades:

a) A A = A
b) A  = A
c) A B = B  A
d) (A  B)  C = A  ( B  C )
e) A  B  A B = B

2.2. INTERSECÇÃO

Denomina-se intersecção de dois conjuntos A e B o conjunto formados pelos elementos


pertencentes a A e a B.
Sejam os conjuntos: A = { 2, 3, 5, 7, 8 } B = { 0, 1, 3, 5 } e C = { 9 }

A ¿ B = {x | x  A e x  B } A ¿ B = { 3, 5 }
2.2.1. Propriedades da Intersecção
Para quaisquer conjuntos A, B e C são válidas as propriedades:

a) A  A = A
b) A   = 
c) A  B = B  A
d) (A B)  C = A  (B  C)
e) A  B  A  B = A

Nota: Dois conjuntos diz-se disjuntos se a interseção entre eles é vazia, isto é. A¿ C=

2.3. DIFERENÇA:

Sejam os conjuntos: A = { 2, 3, 5, 7, 8 } B = { 0, 1, 3, 5 } e C ={9}

A–B={x|x A e xB} A – B = { 2, 7, 8 } e B – A = { 0 ,1}

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2.3.1. Propriedades da Diferença

Para quaisquer conjuntos A, B e C são válidas as propriedades:

a) A – A = 
b) A –  = A
c)  – A = 
d) B  A  B – A = 

2.4. COMPLEMENTAR

Quando dois conjuntos A e B são tais que B  A, Damos à diferença o nome de


complementar de B em A.

B  A  CA B = A – B lê-se complementar de B em A

Exemplo: Considere os conjuntos: A = { 1, 2, 3, 4 } e B = { 3 , 4 }

Como B  A  CA B = A – B = { 1, 2 }

Nota: Dado um conjunto P contido no universo U, chama-se complementar de P, simplesmente o U – P cuja


representação simbólica pode ser feita por P’ ou P.

Ou seja: P = CU P = {x / x  U e x  P}

Exemplos:
se U = { 1, 3, 5, 9, 10 } e P = { 1, 9 } P = { 3, 5, 10 }
se U = N* e P = { 2, 4, 6, 8, ...} P = { 1, 3 , 5, 7,... }
se U = N e P = N* P ={0}

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Use os símbolos ∈ ou ∉ nas sentenças abaixo, considerando o conjunto A = {0, 1,2, 3, 4, 5, 6}

a) -2..... A; b) 5.....A; c) 4.....A; d) 7 ......A

2) Dados os conjuntos A = { a, b, c, d, e} e B = { d, e, f, g ,h, i, j, k }, encontre os conjuntos:


a) A – B = ________________________________ e) Represente usando diagrama nexos a situação.

b) A∩B = _______________________________

c) A U B = ______________________________

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d) B – A = _______________________________

3) Dados os conjuntos A={-1, 0, 1, 2, 3,4 5, 6, 7, 8, 9} , B = { 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,10, 11} e C = { 3, 4, 5, 6, 7,8}


analise como verdadeiro ou falso as seguintes afirmações:

a) ( ) A contém B. f) ( ) -1 está contido em A.


b) ( ) C está contido em B. g) ( ) 10 pertence a C.
c) ( ) B contém C. h) ( ) {-1} está contido em A.
d) ( ) C esta contido em A e em B. i) ( ) C pertence a A.
e) ( ) B está contido em A. j) ( ) A contém C.

4) Observe o diagrama e responda:

Quais os elementos dos conjuntos abaixo?

a) A = _________________________________

b) B = _________________________________

c) C = _________________________________

d) A ∩ B = _____________________________

e) B ∩ C = _____________________________

e) A ∩ C = ____________________________

f) A ∩ B ∩ C = _________________________

g) B – (A ∩ B ∩ C) = _____________________

5) Estamos acompanhando a vacinação de 200 crianças em uma creche. Analisando as carteiras de


vacinação, verificamos que 132 receberam a vacina poliomielite, 100 receberam a vacina contra sarampo e
46 receberam as duas vacinas. A secretaria de saúde deverá orientar os pais das crianças, enviando uma
carta para cada um, relatando a vacina faltante.

a) Quantos pais serão chamados para que seus filhos recebam a vacina poliomielite?
b) Quantos pais serão chamados para que seus filhos recebam a vacina contra sarampo?
c) Quantos pais serão chamados para que seus filhos recebam as duas vacinas?

6) Num concurso público, para admissão de professores da rede municipal de uma determinada cidade,
estão inscritos 1.900 candidatos, dos quais 250 são graduados em Pedagogia, 180 são graduados em
História e 1.520 candidatos não possuem graduação nem em Pedagogia e nem em História. Determine:,

a) Quantos candidatos são graduados somente em Pedagogia;


b) Quantos candidatos possuem as duas graduações? (Pedagogia e História).

3. CONJUNTOS NUMÉRICOS

3.1. Conjunto dos números naturais ( N )

N : {0,1,2,3,...}
Um subconjunto importante de N é o conjunto N *:

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N *={1, 2, 3, 4, 5,...} o zero foi excluído do conjunto N .

3.2.Conjunto dos números inteiros ( Z )

Z = {...,-3,-2,-1,0,1,2,3,...}
O conjunto N é subconjunto de Z e temos também outros subconjuntos de Z :
Z * = Z -{0} conjunto dos inteiros não-nulos.
Z + = {0,1,2,3,4,5,...} conjunto dos inteiros não negativos.
Z _ = {0,-1,-2,-3,-4...} conjunto dos inteiros não positivos.

Nota: Observe que Z += N .

Podemos considerar os números inteiros ordenados sobre uma reta, conforme mostra o gráfico
abaixo:

3.3. CONJUNTO DOS NUMEROS RACIONAIS (Q )

Os números racionais são todos aqueles que podem ser colocados na forma de fração (com o
numerador e denominador ∈ Z ). Ou seja, o conjunto dos números racionais é a união do conjunto dos
números inteiros com as frações positivas e negativas.

{ a
Q= x∨x= com a∈ Z , b ∈ Z e b ≠ 0
b }
São números racionais as frações, que podem gerar naturais, inteiros, decimais exatos e dizimas
periódicas.

 São decimais exatos ou finitos, por exemplo:

 São dizimas periódicas, por exemplo:

3.4. CONJUNTOS DOS NÚMEROS IRRACIONAIS

Os números irracionais são decimais infinitas não periódicas, ou seja, os números que não
podem ser escrito na forma de fração (divisão de dois inteiros). Como exemplo de números irracionais,
temos a raiz quadrada de 2 e a raiz quadrada de 3.
Um número irracional bastante conhecido é o número π =3,1415926535...

Também temos todas as raízes cujos resultados não são números decimais exatos ou finitos
como elementos do conjunto dos irracionais.

3.4.1. Diagrama dos Conjuntos numéricos:

Auxiliar de necropsia Página 71


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TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

01) Coloque em ordem crescente os seguintes números racionais:


1 6 4
0,5 ; ; 0 ,5252... ; − ; − ; −0 , 25.
2 10 5
02) Usando os símbolos ∈ (pertence) ou ∉ (não pertence), torne as sentenças abaixo verdadeiras.


a a) 1 .....ℕ 17 16 ....... Ir
c)b) ...... ℤ b)c)
99 36

√ E f) √ 10 .......Ir
−8 9 ..... ℚ
Dd) ...... ℤ f) e)
2 4
g i) h) π ........ ℚ h) i) √
3
−8 ...... ℕ
g) 0,21898989..... Ir

03) Observe a reta abaixo:

Associe os pontos A, B, C, D, E, F, G, H, I e J com os números a seguir

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
+1,3 17 4 2,5 38 - 0,2 3 - 1,5 2,7 21
− + − −
5 5 9 5 10

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04) Determine a fração geratriz das dizimas periódicas a seguir:

a) 0, 484848...
b) 4, 24444

05) Identifique o lugar das operações (A), (B), (C), (D), (E), (F) e (G) no diagrama abaixo.

( A ) 5,4−1,3 = 4,1
(B ) 2 + (−8 ) = −6
18
(C ) =4,5
4
( D) 7−4=3
4
( E) = 0, 040404 ...
99
( F ) (−7 )×(−3 ) = +21
Comprimento
(G) =3, 1415926 ...
Diâmetro
−14
(H) = −2
7
( I ) √3= 1 ,732050 ...

06) Escreva, por extensão os elementos de cada conjunto a seguir:

a) W = { x ∈ N | x é primo e menor que 15}


b) M = { x ∈ Z* | -2 < x ¿ 3}
c) Y = { x ∈ N | x é menor que 0}
d) { x ∈ Z | x < 5}
e)

07) Encontre a forma fracionária mais reduzida possível dos seguintes números racionais:

08 = b) 13,5 = c) 0,166 = d) - 5,28 =


a) 0,

Associe a 2ª e 3ª coluna de acordo com a primeira

Propriedade Nome Exemplo com números


(A) a + 0 = a ( ) Propriedade do inverso de um ( ) −5×( 2+7 ) = −10+ (−14 ) = −24
número racional

( B ) a× b = b×a ( ) Propriedade do elemento


neutro da multiplicação
( ) √71 + 0 = √ 71
( C ) a ×1 = a ( ) Propriedade associativa da 4 7 28
adição () × = =1
7 4 28

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( D ) a + ( b+c ) = ( a+b ) +c ( ) Propriedade do elemento ( ) −12× 7 = 7×(−12 ) = −84


oposto ou simétrico
a b ( ) Propriedade comutativa da ( ) −78 + (+ 78 ) = 0
( E) × = 1 multiplicação
b a
( F ) a + (−a ) = 0 ( ) Propriedade distributiva da ( ) −4 + ( 7+9 ) = (−4 +7 ) + 9 = 11
multiplicação em relação a adição
( G ) a× ( b+c ) = a. b+a. c ( )Propriedade do elemento ( ) −365 ×1 = −365
neutro da adição

Para treinar em casa:


1) Determine a soma dos números associados às afirmações VERDADEIRAS.
01. O número 2 é o único número par que é primo.
02. O M.M.C. entre 4 e 8 é 8.
04. O M.D.C. entre 3 e 7 é 21.
2 1
08. O denominador comum na soma das frações e é 5.
3 2
16. O produto de √ 2 pela √ 8 é um número irracional.

()
−3
2 27
32. O resultado da operação é
3 8
.
2) (ACAFE) A geratriz da dízima periódica 4,2333... é:
432 164 4233 127 432
a) 100 b) 999 c) 10000 d) 30 e) 1000

3) Das afirmações abaixo, a única FALSA é:


a) N ⊂ Z ⊂ Q⊂ R
17
0 , 17=
b) 0,17 é racional, pois 110
c) 0,212112111211112... é um número irracional
d) 0,171717... é racional
3
e) √5 , √2 e π são números irracionais

4) Dê a soma das alternativas VERDADEIRAS: Soma ___________


01. ( 0,333 ) ∈ Z
02. 0,333 …=0 , 3∈ I r

04. ( √ 5⋅√ 5 ) ∈I r

08. ( π +e ) ∈ I r
16. ( √ 3+3 ) ∈R

32. ( π +3 ) ∈ Z
64. ( 0,333 ) ∈Q
5) Assinale à(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S).
a) A operação de subtração definida no conjunto dos números inteiros possui a propriedade comutativa.

√ √
b) A diferença entre os números reais 75 e 5 3 é um número racional.
c) O valor absoluto de um número real menor que zero é o oposto dele.
d) O número 437 é primo.

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1
e) O número racional representado por 3 também pode ser representado na forma decimal finita.

6) O número x dividido por 7 deixa resto 3. Adicionando-se 10 a x, obtém-se o número y. O resto da divisão
de y por 7 é igual a:
a) 3 b) 6 c) 7 d) 10 e) 13

7) O número de conjuntos X que satisfaz 1, 2 X 1, 2, 3, 4 é igual a


a) 3 b) 4 c) 5 d) 6

8) Sendo R e S dois conjuntos tais que R S = , então RRSSRS é o conjunto
a) R b) S c) R S d) R S

9) Seja x um número racional qualquer e y um irracional qualquer. Analise as proposições abaixo e marque
a alternativa correta.

I. ( 2⋅x ) pode ser racional.



II. y2 é sempre irracional.
III. y3 nem sempre é irracional.

IV. √ x é sempre um número real.


São verdadeiras somente as proposições
a) I e IV b) II e III c) I e III d) II e IV

AULA 10
FUNÇÕES: CONCEITOS INICIAIS

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OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

(Epcar) Sobre a função f, de[a, b] em R , cujo gráfico se vê abaixo, é verdade que :

a) f(x) ≤ 0 para todo x no intervalo [e,d]


b) f é crescente no intervalo . [b,0]
c) f(e) > f(d).
d) f tem apenas duas raízes reais.

1. PAR ORDENADO

Sejam x, y, a, b ∈ R . O par (x, y) será chamado de ordenado se, e somente se, obedecer às
condições:

2. PRODUTO CARTESIANO

Sejam dois conjuntos A e B não-vazios, chamamos de Produto Cartesiano de A por B ao conjunto:

A x B = { (x, y) / x ∈ A e y ∈B}

Exemplo:

Sejam os conjuntos A={1, 2, 3} e B={4, 5}, temos que:

AxB ={(1, 4), (1, 5), (2, 4), (2, 5), (3, 4), (3, 5)} BxA ={(4, 1), (4, 2), (4, 3), (5, 1), (5, 2), (5, 3)}

Note que A ×B ≠ B × A
3 - RELAÇÃO BINÁRIA

Sejam dois conjuntos A e B não-vazios, chamamos Relação de A em B a todo subconjunto R de A x


B, assim.

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R⊂AxB
R = { (x, y) ∈ (A x B) / “Lei de Formação”}

Exemplo:

A={-1, 0, 1, 2, 3} e B={-1, 0, 1, 2, 3, 4, 5} e a relação R: A → B tal que {(x, y)∈ A ×B / y = x + 2}

R = {(−1, 1), (0,2), (1, 3), (2,4), (3,5)}

4 - FUNÇÃO

Sejam dois conjuntos A e B, chamamos de Função a toda relação de A em B, na qual:

1º) Todo elemento x ∈ A se relaciona com algum elemento y ∈ B.

2º) Cada elemento x ∈ A que se relaciona, o faz com um único elemento y ∈ B.

Notações:
 f : A → B ( Função F definida do conjunto A para o conjunto B)
 y = f (x) ( y é função de x)

5. Domínio [D (f) = A]

É o conjunto de partida ou são os valores do conjunto A que tem imagem no conjunto B. Ou ainda,
é o conjunto de valores que a variável x pode assumir.

6. Imagem [Im (f)]

São os valores do conjunto B que recebe correspondência em y = f (x), (y é imagem de x através


da função). Ou ainda, é o conjunto de valores que a variável y assume.

7. Contra-domínio [CD (f) = B]

É o conjunto de chegada,.em condições normais, o conjunto Imagem sempre é subconjunto do


conjunto Contradomínio.
TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Se A = { 1, 2, 3 } e B = { 1 , 2 }, complete os produtos cartesianos a seguir e represente-os no


plano cartesiano.

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AXB = {( , ),( , ),( , ),( , ), ( , ), ( , )}

BXA = {( , ),( , ),( , ),( , ), ( , ), ( , )}

2) Dados A = { -3, -2, 0, 3 } e B = { - 1, 0, 1, 2, 4, 5, 7 } e uma relação expressa pela fórmula y = x + 2, com x


pertencendo a A e y pertencendo a B.
a) Faça o diagrama de setas e verifique se f é uma função de A em B.
b) Se for uma função de A em B, determine o domínio, a imagem e o contra-domínio da função.

3) Seja a função f: definida por f(x) = x2 - 7x + 9. Determine:


a) O valor de f(-1)
b) Os valores de x para que se tenha f(x) = -1.
c) Os valores de x para que se tenha f(x) = 0
d) O que os valores obtidos no item anterior significam para uma função?

4) Dadas as funções f(x) = 4x + 3 e g(x) = x2 + a. Sabendo que f(2) - g(1) = 3, calcule o


valor de a.

5) Dada a função f: IR→IR definida por y = ax + b, com a e b ∈ IR . Determine a e b, sabendo que f(1) = 3
e f(2) = 5.

8. Intervalos reais

Intervalos são conjuntos infinitos de números reais como segue:

a) Intervalo Aberto b) Intervalo Fechado


{x / a < x < b} denota-se (a,b) ou ]a,b[. {x / a ≤ x ≤ b} denota-se [a,b].
Exemplo: (2,3) Exemplo: [0,3]

c) Intervalo Fechado à Direita e Aberto à e) Intervalos Infinitos


Esquerda ( i ) {x / x > a} denota-se (a,+ ∞) ou ]a,+ ∞[
{x / a < x ≤ b} denota-se (a,b] ou ]a,b]. Exemplo: (0,+ ∞)
Exemplo: (1, 4]

Intervalos Infinitos

(i) {x / x > a}denota-se (a,+ ∞)ou ]a,+ ∞[ ( ii ) {x / x ≥ a}denota-se [a,+ ∞)ou [a,+ ∞[

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Exemplo: (0,+ ∞) Exemplo: [1,+ ∞)

{x / x < b}denota-se (− ∞,b)ou ]− ∞,b[


( iii ) {x / x ≤ b}denota-se (−∞,b]ou ]−∞,b]
( iv )

Exemplo: (− ∞,3) Exemplo: (− ∞, 4]

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Dado os conjuntos a seguir, obtenha o produto cartesiano entre eles com o auxílio de uma tabela de
dupla entrada e pelo diagrama de árvore.
a) A = { a, b, c} e B = { 1, 2, 3, 4}
b) C = { x, y, z } e D = { a, b, c}
c) E = { 1, 3, 5, 7} e F = { 2, 4, 6 }

2) Usando o conceito de produto cartesiano, represente o conjunto dos resultados possíveis para:
a) o lançamento simultâneo de duas moedas;
b) o lançamento simultâneo de dois dados
c) o lançamento simultâneo de uma moeda e de um dado

3) De quantas modos diferentes, uma pessoa pode chegar ao jardim de uma residência a partir da sala, se
ela pode escolher entre três caminhos que levam a um ambiente o qual proporciona mais seis
passagens para se alcançar o jardim?
( Sugestão: monte uma tabela de dupla entrada ou um diagrama de árvore)

4) Dado o conjunto A = {1, 3, 5, 7 } e B = { 0, 2, 4, 6 } monte uma tabela de dupla entrada de A X B e de


B2 = B X B.

5) Dados os conjuntos A = {1,2,3,4}e B = {1,2,3,4,5,6,8}, construa o diagrama de setas e encontre o conjunto


R, onde R = {(x, y)∈ A ×B/ y = 2x −1}.

6) Dos diagramas abaixo quais representam função? Justifique.

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7) Dados os conjuntos A = [1, 3[ e B = ]2, 9], represente geometricamente os conjuntos (A È B), (A Ç B) e


(A – B) escreva esses intervalos a notação de conjuntos e de intervalos.

8) O par ordenado Calcule o valor real de m para que o ponto


( 75 , 3+22 m ) é raiz da função linear f(x) =
15x – 1. Nessas condições, determine o valor de m.

9) Analise os gráficos a seguir e diga se são ou não funções justificando sua resposta.

10) Determine o domínio real de cada uma das funções:

11) O conjunto-imagem da função y = 3x − 2, no intervalo ]−1, 1 [.

12) Dada à função do 1º grau F(x) = (1 - 5x). Determinar:


a) F(0) b) F(-1) c) F(1/5) d) F(-1/5)

13) Considere a Função do 1º Grau F(x) = -3x + 2. Determine os valores de x para que se tenha:
a) F(x) = 0 b) F(x) = 11 c) F(x) = -1/2

14) Analisando a função f :ℜ →ℜ descrita abaixo, encontre o valor da expressão f( √ 2) + 2f(π ) + f(−1)

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x−3 f ( x)− f (1 )
f (x ) = 2
15) Se f é uma função de IR em IR definida por x +3 Mostre que x−1 para x ≠ 1, é igual a
x +3
2( x 2 +3 )

Para treinar em casa

1) Se designarmos por [3; 4] o intervalo fechado, em IR, de extremidades 3 e 4, é correto escrever:


a) {3, 4} = [3; 4] b) {3, 4} Î [3; 4] c) {3, 4} Ì [3; 4] d) {3, 4} È [3; 4] = IR

2) Dados os conjuntos: A = {x Î IR; –1 < x £ 2}, B= { x Î IR; –2 £ x £4}, C = {x Î IR; –5 < x < 0}. Assinale
dentre as afirmações abaixo a correta:
a) (A Ç B) È C = {x Î IR; –2 £ x £ 2} b) C – B = {x Î IR; –5 < x < –2}
c) A – (B Ç C) = {x Î IR; –1 £ x £ 0 d) A È B È C = {x Î IR; –5 < x £ 2} e) nda.

3) Sendo A = {x Î IR; –1 < x £ 3} e B = {x Î IR; 2 < x £ 5}, então:


a) A Ç B = {x Î IR; 2 £ x £ 3} b) A È B = {x Î IR; –1 < x £ 5}
c) A – B = {x Î IR; –1 < x < 2} d) B – A = {x Î IR;  3 £ x £ 5} 

4) Sejam os conjuntos A = { 1,2,3,4,5} , B = {-1,0,1,2,3,4,5,6} e a relação binária R definida por


R:A → B = { (x,y) ∈ A X B / y = x + 2 }.O conjunto domínio dessa relação é o conjunto:
a) {1,2,3} b) {2,3,4,5} c) {1,2,3,4} d) {1,2,3,4,5} e) {1,3,4,5}

5) Sejam os conjuntos A = { 1,2,3,4,5} , B = {-1,0,1,2,3,4,5,6} e a relação binária R definida por


R:A → B = { (x,y) ∈ A X B / y = x + 2 }.O conjunto imagem dessa relação é o conjunto:
a) {-1,2,3} b) {2,3,4,5} c) {3,4,5,6} d) {1,2,3,4,5} e) {-1,2,4,5,6}

6) Um terreno vale hoje R$40.000,00 e estima-se que daqui a 4 anos seu valor seja R$ 42.000,00.
Admitindo que aumento do valor do imóvel seja linear em relação ao tempo (medido em anos e com valor
zero na data de hoje), seu valor daqui a 6 anos e 4 meses será aproximadamente:
a) R$43.066,00 b) R$43.166,00 c) R$43.266,00 d) R$43.366,00 e) R$43.466,00

7) Dois líquidos diferentes encontram-se em recipientes idênticos e têm taxas de evaporação constantes. O
líquido I encontra-se inicialmente em um nível de 100 mm e evapora-se completamente no quadragésimo
dia. O líquido II inicialmente com nível de 80 mm evapora-se completamente no quadragésimo oitavo dia.
Determinar, antes da evaporação completa de ambos, ao final de qual dia os líquidos terão o mesmo nível
(em mm) nesses mesmos recipientes.
a) 10º dia b) 14º dia c) 18º dia d) 20º dia e) 24º dia

8) Sejam os intervalos reais A = {x Î IR; 3 £ x £ 7}, B = {x Î IR; –1 < x < 5} e C = {x Î IR; 0 £ x £ 7}.
É correto afirmar que:
a) (A Ç C) – B = A Ç B
b) (A Ç C) – B = C – B
c) (A È B) Ç C = B
d) (A Ç B) Ç C = A
e) A È B È C = A Ç C  

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2 x−1
f (x +2 ) = , x≠3
9) Se x+3 , o domínio de f(x) é:
1
x≠
a) R. d) {x _ R | x _ _1}. b) R*. c) { x є R | x ≠−3 } d) { x є R | x ≠−1 } e) { x є R | 2 }

10) Cada bilhete vendido em um parque de diversões dá direito à utilização de apenas um brinquedo, uma
única vez. Esse parque oferece aos usuários três opções de pagamento:

I. R$ 2,00 por bilhete;


II. valor fixo de R$ 10,00 por dia, acrescido de R$ 0,40 por bilhete;
III. valor fixo de R$ 16,00 por dia, com acesso livre aos brinquedos.

Com base nessa situação, julgue os itens a seguir:

( ) Se uma criança dispõe de R$ 14,00, a opção I é a que lhe permite utilizar o maior número de
brinquedos.

( ) Se x representa o número de vezes que uma pessoa utiliza os brinquedos do parque, a função f que
descreve a despesa diária efetuada, em reais, ao se utilizar a opção III, é dada por f(x)=16x.

( ) É possível a um usuário utilizar determinado número de brinquedos em um único dia, de modo que a
sua despesa total seja a mesma, independente da opção de pagamento escolhida.

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AULA 11
FUNÇÕES E EQUAÇÕES EXPONENCIAIS

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS


2x x
(ITA) Seja A uma função real de variável real x, tal que e −2e ⋅A( x) + 1=0 , para todo número real x.
Nessas condições, temos:

(A) A(0) = 1, A(x) = A(-x), para todo numero real x e não existe um numero real x≠0, satisfazendo a
relação A(x)=1.

(B) A(0) = 1, A(x) = 0, para algum numero real x.

(C) A(1) < 0 e A(x) = A(-x), para todo numero real x.

(D) Não existe numero real x, não nulo, satisfazendo a relação A(x) = 1 e não existe numero real x,
satisfazendo a relação A(x) = 1 e não existe um numero real x satisfazendo e A(x) = A(-x).

(E) n.d.r.a.

1. FUNÇÕES EXPONENCIAIS
1.1. Definição

Dado um número real a (a > 0 e a ≠ 1), denomina-se função exponencial de base a função
f: IR  IR+* definida por f(x) = ax.

Exemplos:

()
x
1
= x
a) f(x) = 4 x
b) f(x) 2 c) f(x) = 10 x
d) f(x) = (√ 2)

As restrições a > 0 e a ≠ 1 dadas na definição são necessárias, pois:

(i) Para a = 0 e x negativo, não existiria ax (Não teríamos uma função definida em IR);
Exemplos:
a) 02 = 0
1 1
=
b) 0-2 = 0
2 0 (Não existe divisão por zero)

1
(ii) Para a < 0 e x = 2 , por exemplo, não haveria ax (Não teríamos uma função em IR);
1

Exemplo: ( −9 ) =√ −9  IR
2

(iii) Para a = 1 e x qualquer número real, ax = 1 (Função constante);

Exemplo: 15 = 1

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

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Dada a função exponencial f(x) = 4x, determine:

a) f(3); b) f(-1); c)
f ( 12 ) ;

d)
( )
f −
1
2 ; e) f(0,5); f) f(-0,5) =

1.2. Gráfico da função exponencial

Função exponencial: f(x) = ax

a > 1 (função crescente) 0 < a < 1 (função decrescente)

()
x
1
x y= =2− x
6 y 5 2 9 y

y= 8
5
7

4 6

5
3
4

2 3

2
1
1

x x
0 0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

 f(x) é crescente, pois a > 1;  f(x) é decrescente, pois 0 < a < 1;

 O gráfico não toca o eixo x e não tem  O gráfico não toca o eixo x e não tem pontos
pontos nos quadrantes III e IV; nos quadrantes III e IV;

x
Nota: O domínio da função y=a é D ( f ) =R e a imagem é o conjunto ℑ(f )=R +¿ ¿. ¿

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Dê o dominio de cada função exponencial representada nos graficos acima.

()
X
1
y=
a) f(x) = 5x b) 2

D(f) = _______________________ D(f) = _______________________

2) A inflação anual de um país decresceu no período de sete


anos. Esse fenômeno pode ser representado por uma função

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x
exponencial do tipo f (x )=a.b , conforme o gráfico ao lado. Determine a taxa de inflação desse país no
quarto ano de declínio. f (2)
3) Se a área do triângulo retângulo ABC, indicado na figura ao lado, é
igual a 3n, calcule o valor de f(n).

4) Observe o gráfico da função definida de IR em IR, que esta ao lado e responda:


18 y
a) A função é crescente ou decrescente?
16
b) Qual é Im(f) e D(f)?
14

c) Em que ponto a função corta o eixo y? 12

d) Em que ponto a função corta o eixo x? 10

8
e) Determine a imagem para x = -1
6
f) Determine x de modo que f(x) = 5.
4

g) Determine o valor de f(1); f(x) = 4x + 1


2
x
h) Determine o valor de f(1) – 2.f(0) + 4 0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3

2. Equações e Inequações Exponenciais

Propriedades importantes:

Considerando a > 1, teremos:

(i) a x
= a m
⇔ x = m pois a função exponencial é injetora. Pelo mesmo motivo concluímos que

( 1a ) =( 1a ) ⇔ x = m
x m

com a ≠0

(ii) a x > a m ⇔ x > m, pois a função exponencial, neste caso ( base maior que 1) é estritamente
crescente.

() ()
x m
1 1
> ⇔ x<m
(iii) a a , pois a função exponencial, neste caso ( base menor que 1) é
estritamente decrescente.

Aplicaremos as tres prorpiedades descritas acima na resolução de equações e inequações


exponenciais.

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Nota: equações ou inequações exponenciais são sentenças abertas onde a incognita está no expoente.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Dê a solução das seguintes equações:

a) 2x = 16 b) 22x = 64x – 2 c) 3 . 5 x = 75

()
x
3 8
=
2 27
2
d) e) 2 x − 3x − 4 =1 f) 32x – 6. 3x – 27 = 0

2) Dado o sistema
{2x=8 y+1 ¿ ¿¿¿ qual o valor da expressão 3x – 2y?

3) Resolva as inequações:

()
x –3 x 2– 2

a) 2 3x+1
< 2. b) ( 16 ) x+1 ≥8 x+2 c)
1
2

1
4 . d)
()1
π
>1

4) Seja A o conjunto - solução da inequação (0,01)2x > ( 0,01)x+4 e B o conjunto-solução da inequação

( 52 )
2x − 4
25
>
4 Determine A ∩ B.

5) Numa cidade, o número de habitantes, em um raio de r quilômetros, medidos a partir do seu centro, é
dado por P(r) = K.23r , onde K é constante e r > 0. Se existem 12.288 habitantes num raio de 4 quilômetros,
qual deve ser o raio a partir do centro para termos 192 habitantes.

6) O crescimento de uma certa cultura de bactérias é dado pela função N(t) =αe10kt , em que N(t) é o número
de bactérias no tempo t , dado em horas, sendo K uma constante. Suponha que no início do estudo, isto é,
no tempo t = 0 h , têm-se N(0) = 105 bactérias. Passando algum tempo, observou-se que há N(t)=αe30k
bactérias.

a) Encontre o tempo t no momento dessa observação.

b) Um organismo vivo colapsa quando a colônia atinge a quantidade N(t) =αe600 bactérias. Encontre o tempo
de vida desse organismo a partir da infecção, caso não seja feito nenhum tratamento.

Para treinar em casa

1) Seja f uma função real tal que f(x) = 3−x .O valor de f(1) + f(2) vale:

a) 1/6 b) 4/9 c) 5/9 d) 5/6 e) 2/9

3
2) O valor de x tal que 100 x = 10⋅√ 0,1 é:
a) 5/6 b) 3/11 c) 1/3 d) 5/3 e) 2/3

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3) Seja a função f : IR → IR dada por f (x) = 2x. Então f (a + 1) – f (a) é igual a :

a) 2 b) 1 c) 2f (a) d) f (1) e) f (a)


2 ⋅4 162 x
x +3 x
=
4) O conjunto verdade da equação 645 x−3 1281− x é:

a)
S= { 23 } b) S= { } c)
S= − { 23 } d)
S= { 13 } e) n.d.r.a.

5) Um empregado executa a sua tarefa com mais eficiência a cada dia. Suponha que p = 1280 (1- 2 -0,25d)
seja o número de unidades fabricadas por dia, por esse empregado, após d dias do início do processo de
fabricação. O numero D de dias o funcionário gastará para produzir 1270 unidades do produto fabricado é:

a) D =35; b) D = 28; c) D = 50; d) D = 30; e) D = 45.

2
( )
06) Os valores reais de x para os quais ( 0,8 )4 x −x > ( 0,8 )3 x+1 são:
a) - 1,5 < x< 1,5
b) - 1,5 < x< 0,5
c) x < - 0,5 ou x > 1,5
d) -0,5 < x < 2,5
e) n.d.r.a.

Apêndice – Aula 11

O número irracional e e a função exponencial y = ex.


Atribui-se a John Napier a descoberta do número de Neper. É um importante número irracional, que
é estudado em Cálculo Diferencial e Integral, e surge como limite, para valores muito grandes de n, da

(1+ 1n )
n

sucessão .

( )
n
1
1+
Vamos considerar a expressão n com n  {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}:

( )( )( )( ) ( ) ( ) ( )
1 2 3 4 10 100 1000
1 1 1 1 1 1 1
1+ , 1+ , 1+ , 1+ , ⋯ , 1+ , ⋯ , 1+ , ⋯, 1+ ,⋯
1 2 3 4 10 100 1000
2,000 ; 2,250 ; 2,370 ; 2,441 ; ... ; 2,594 ; ... ; 2,705 ; ... ; 2,715 ; ...

( )
n
1
1+
Quando n aumenta indefinidamente, a expressão n tende ao número irracional
e=2,7182818284...
Uma função exponencial muito importante em matemática é aquela cuja base é e :

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2
f(2) = e = 7,39
5
f (x) = ex f(5) = e = 148,41
−1
f(-1) = e = 0,37

Gráfico da função exponencial f(x) = ex

25 25
y y

f(x) = e x f(x) = e - x
20 20

15 15

10 10

5 5

x x
0 0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

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AULA 12
LOGARITMOS E FUNÇÃO LOGARITMICA

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

(Espcex) Fazendo x = ln5 temos que , y= ex - e-x = a/b com a ∈ Z, b ∈ Z* e a e b primos entre si. Logo
a+b
é igual a

(A) 28 (B) 29 (C) 40 (D) 51 (E) 52

1. DEFINIÇÃO

Sejam a e b números reais positivos diferentes de zero e b≠1. Chama-se logaritmo de a na


base b o expoente x tal que bx = a ( note que aplicamos equação exponencial para calcularmos logaritmos)

logab = x ⇔ b = ax
Na equação loga(b) = x temos a seguinte nomenclatura:

a é a base do logaritmo; b é o logaritmando; x é o logaritmo.

1.1. Conseqüências da definição:

(i) O logaritmo de 1, em qualquer base, é igual a zero: loga 1 = 0, pois a0 = 1

(ii) O logaritmo da base, qualquer que seja, é igual a 1: loga a= 1, pois a1 = a

(iii) A potência de base a e expoente logab é b: alogab = b

(iv) Se dois logaritmos em uma mesma base são iguais, então os logaritmandos
também serão iguais: logaM =logan ⟺ M = N

2. PROPRIEDADES OPERATÓRIAS

Sendo A > 0, B > 0 e 1 ≠ a > 0 e m ∈ IR

(i) loga (A. B) = loga A + loga B → logaritmo do produto

(ii) loga (A/B) = loga A - loga B → logaritmo do quociente

(iii) loga Am = m. loga A → logaritmo da potencia

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(iv) co loga A = - loga A → cologaritmo ou anti-logaritmo

1 1
√n B=¿ log B n
(v) loga a =
n
logaB

Nota: O sistema de logaritmos neperianos possui como base o número irracional e (e = 2,718...). Esse
sistema também é conhecido como sistema de logaritmos naturais, com a condição x > 0. Ele pode ser
expresso por: logex = ln x. Todas as conseqüências e propriedades vistas acima também são
aplicadas a esse sistema de logaritmos.

3. MUDANÇA DE BASE

log c b
log a b=
Seja c a base que queremos usar, basta fazer:
log c a

4. CONDIÇÃO DE EXISTENCIA DE logab

Como na exponencial ax = b a base satisfaz a > 0 e a ≠ 1, temos que b > 0 ∀ x ∈ IR. Assim, para
logab também devemos ter:

 a > 0 e a ≠ 1;
 b > 0, isto é, só existe logaritmo de números positivos.

Tal obrigatoriedade se motiva do fato que desejamos que cada logab exista e esteja associado a
um único x. Pois a função logarítmica é bijetora

Observações importantes a respeito da condição de existência de logaritmos:

1ª ) A base não pode valer 1, observe:

 log15=x⇔1x=5 e nenhum valor de x satisfaria tal equação.

 log11=x⇔1x=1 e infinitos valores de x satisfariam tal equação e a função logarítmica não seria
bijetora.

2ª ) A base ou o logaritimando não podem ser negativos, observe:

 log2(−4) = x ⇔ 2x = −4 e nenhum valor de x satisfaria tal equação

 log (−2) 4 = x ⇔ (−2)x = 4 temos aqui problema com (-2)x posto que ele não seria número real, por
exemplo, para x = 1/2 que nos levaria a (−2)x = (−2)1/2 = √ −2 que não é um número real.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) calcule estes logaritmos, usando a sua definição:

1
a) log3 27 b) log25 0,008 c) log 10000 d) log 4 = 128
1
3 4
e) log2 64 f) log8 24 g) log5 3125 h) log √3 √3

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2) Desenvolva as expressões a seguir, aplicando as propriedades operatórias (a, b e c são reais positivos)

( ) ( )
c3
( )
c2 √ b 3
3b √b 3 c
a) log3 ac b) log2 5 b c) log5 a3 4
d) log2 √ 8 a

3) De a expressão logarítmica reduzida para cada caso:


a) log3 a – log3 c + log3 b b) 5 log3 b + log3 c – 2 log3 a c)5 log b – log a + 2 log c + 2

4) Determine a condição de existência para os seguintes casos:


a) log(3x-1) b) f(x)=log 3x2 c) log1/2(x+2)+log1/2(3+x)
log 3 ( x+2 )
d) log1/2[(x+2).(3+x)] e)
log 5 ( 3−x ) f) log(5-25x)

5. FUNÇÃO LOGARÍTMICA

5.1. Definição

É a função f : IR* + → IR tal que f(x) = logax, com 0 < a ≠ 1.

Gráficos da função logarítmica

Conclusões: Conclusões:
f é bijetora f é bijetora
f é estritamente crescente, pois: f é estritamente decrescente, pois:
loga x1 > loga x2 ⇔ x1 > x2 ∀ x1,x2 ∈ D(f) loga x1 > loga x2 ⇔ x1 < x2 ∀ x1,x2 ∈ D(f)

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Construa o gráfico das seguintes funções logarítmicas:


a) f(x)=log2x b) f(x)=log1/2x.

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2) Considere o gráfico abaixo referente à função 3) Dado o gráfico das funções g e f, sabendo que
definida por f(x) = a + logb x . Determine o valor da as funções são bijetoras e simétricas em relação
expressão numérica f (81)+f ( √3) a y = x. Determine o valor numérico de f(16) +
g(1).

4) Determine o domínio das funções logarítmicas:


a) f(x)=log7(2x-26) b) f(x)=log(4-3x)123 c) f(x)=log(x-2)(5x-x2).

5) O comprimento aproximado de um peixe, em centímetros, é dado pela função l(t) = 40(1− 2kt), em que a
idade t do peixe é dada em meses. Considerando que aos 5 meses o peixe mede 20 cm, determine a
expressão da função l(t) e calcule quanto medirá esse peixe com 15 meses.

6. EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES LOGARITMICAS

6.1. Equações Logarítmicas

Para aprendermos as regras de resoluções de equações e inequações que envolvem logaritmos,


lembremos inicialmente a definição: ax = y ⇔ logay = x. Aplicaremos essa definição na resolução de
equações logarítmicas.

6.2. Inequações Logarítmicas

Do estudo da função exponencial, temos as equivalências:

x x2
Se a>1 → x 1 < x 2 ⇔a 1< a
x x2
Se 0<a< 1 → x1 < x2 ⇔ a 1 >a .

Para o estudo das inequações logarítmicas, temos:

Se a>1 → log a x 1 <log a x 2 ⇔ x 1 < x2


Se 0<a< 1 →log a x 1 < log a x 2 ⇔ x 1 > x 2

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Verifique a condição de existência e dê a solução para as equações logarítmicas.

a ) log 2 x +4 log x 8=8 b ) log 3 x=1+log x 9


c ) log 2 x +log √2 x =3 d ) log 2 x +log 4 x+log 8 x +log 16 x=−6 , 25
e ) log 2 ( 3 x−1 )−log 4 ( x +1 )=1/2 f )log [ ( log x )2 −log x ]=log2

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f ) log 27 x+log 3 x=4 g) 2 . log x + log b−log 3=log


( 9xb )
4

2) Verificar a condição de existência e dê a solução para as equações logarítmicas.

log 1 ( 8−2 x )≥3


a) log5(2x-3)<log57 b) 3 c) log12(x-1)+log12(x-2) ¿ 1 .
1
log 1 x≥8−7 log x
d) log(x+4)3 > log(x+4)7 e) 2
2
f)
log a ( 2 x−6 ) <log a ( x +1 ) .

Para treinar em casa:

1) O número x>1 tal que


log x 2=log 4 x , é:

a)√
2
b )2√ 2 c )√ 2 d )2 √ 2 e )4√ 2
4

9 1
log x =
2) O número real x, tal que 4 2 , é:
81 3 81 1 3
a )− b) − c) d) e)
16 2 16 2 2

3) Se log8=k, então log5 vale:


2k k k
a ) k3 b) 5 k −1 c) d ) 1+ e ) 1−
3 3 3

4) Considere a função f, definida por f(x)=log ax. Se f(a)=b e f(a+2)=b+1, os respectivos valores de a e b
são:
a) 2 e 1 b) 2 e 2 c)3 e 1 d) 3 e 2 e) 4 e 1

5) Uma determinada substância radioativa desintegra-se com o tempo, segundo a função M(t) = Mo.e-kt.
Sendo Mo a massa inicial, k uma constante característica da substância e to tempo dado em anos. Sabemos
que a quantidade inicial de 100g dessa substância radioativa diminui para 50g em 28 anos, calcule quanto
tempo será necessário para que 100g dessa substância se reduzam a 25g. (Considere ln2 = 0,7)
a) 42 anos b) 48 anos c) 56 anos d) 64 anos e) 72 anos

2
2 ( log 4 x ) −log 9 x=log 81 3
6) Os valores de x que satisfazem a equação são:
4 4
a)
1
e−
1
b)−
1
e
1
c ) √3 e
√3 d ) √3 e
√ 27 4
e ) √3 e
√3
2 4 2 4 3 3 3

7) O valor de x, sabendo que (logxb)(logbc)(logcd)(logd729)=6 é:

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a) 5 b) 3 c) 2 d) 0,5 e) -3

8) Análise e resolva o sistema:

{log2 x2+ log2 y=5 ¿ ¿¿¿


O conjunto S que traz sua solução é:

a) S = { ( √3, 2 )} b) S ={ (2 , √ 3)} c) S ={ (2 , 2 )} d ) S ={ (2 , 2 )} d ) S={ (2 , 2 √4)}


5
7
5
7
5 5
7
5
9
5
9
5
3
5
9
5 5

9) Assinale o que for correto.


a) Sabendo-se que a equação x2- xlog2m +4=0 tem raízes reais e iguais, então m é um número primo.
b) A solução da inequação log x > log7 é S = {x ∈ IR / x > 7}
c) Sendo log 2 = a e log3 = b , então log12 = 2a + b
3
d) Se log2 x + log4 x = 1, então x=√ 4
e) log 1/2 8< log1/2 4

10) Se ex – 8 = 0, log 2 = 0,30 e log e = 0,43 então o valor de x será aproximadamente:


a) 2,09 b) 2,01 c) 1,98 d) 1,73 e) 2,31

11) A corrente elétrica que atravessa um circuito é dada por i = 10 * e –0,02*t, em que i0 é o valor da corrente
no instante t = 0 e i é o valor da corrente decorridos t segundos. O número t de segundos a corrente atinge
2% do seu valor inicial é: (Use ln 0,02 = – 4)
a) 500 b) 400 c) 300 d) 200 e) 100

y
8 1
e
=5⋅10 2
12) O valor de y que satisfaz a equação 2 é:
a) 3,2 b) 6,2 c) 9,2 d) 27,2 e) 36,2

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AULA 13
FUNÇÃO AFIM E FUNÇÃO QUADRATICA

1. FUNÇÃO AFIM

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

11) (CPAM) No sistema de coordenadas cartesianas abaixo, estão


representadas as funções f(x) = 4x – 4 e g(x) = 2x 2 – 12x + 10 onde ambas
intersectam o eixo das abscissas no ponto Q. As coordenadas dos pontos P
e Q são respectivamente :

a) (6, 20) e (5,1) b) (7, 24) e (1,5) c) (7, 26) e (5,1) d) (6, 26) e (1,5)

1.1. Definição

Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de R em R dada por
uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a ≠ 0.

f : IR→IR , tal que f ( x )=ax+ b com a ∈ IR* e b ∈ IR .

 
Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente angular de x e o número b é o coeficiente
linear (termo constante).
 
Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:

 f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
 f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
 f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Dada a função f(x) = 12x – 5, obtenha.

a) f(–2) = b) f(+2) = c) f(0) = d) f(–1) = g) f(+1/4) = h) f(–1/3) =

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i) f(x0 + b) = j) o valor de x tal que f(x) = 55 k) o valor de x tal que f(x) = –41

2) Dada a função f(x ) = x2 – h2, obtenha.

a) f(x0) = b) f(x0 + h) = c) f(x 0 + h) - f(x0) =

3) Dada a função f(x) = x2 – 2x – 10, obter os valores de x cuja a imagem é 5

4) Dada a função f(x) = mx – 6, determine m, se f(2) = 8

5) Faça o gráfico e mostre o conjunto imagem de f(x) =-2x + 8, sendo o domínio da função D = { 0,1,2,3,4 }.
1.2. Zero ou raiz da função afim

Chama-se zero ou raiz da função afim ( ou de qualquer função) f(x) = ax + b, a ≠ 0, o número real x
tal que f(x) = 0, ou seja:

−b
f ( x )=0⇒ ax+ b=0⇒ x=
a

  

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Obtenha o zero da função f(x) = 2x - 5:


                                   

2) Calcule a raiz da função g(x) = 3x + 6:


                                      

3) Cálculo da abscissa do ponto em que o gráfico de h(x) = -2x + 10 corta o eixo do x

1.3. Gráficos da função afim

O gráfico da função afim y = ax + b, com a ≠ 0, é uma reta oblíqua aos eixos Ox e Oy:

É sempre uma reta em que f ( −ba )=0


Se a ≠ 0 então f pode assumir dois comportamento diferentes:

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f é estritamente crescente se: f é estritamente crescente se:


f(x1) > f(x2) ⇔ x1 > x2 ∀ x1,x2 ∈ D(f) f(x1) > f(x2) ⇔ x1 < x2 ∀ x1,x2 ∈ D(f)

3º) Se a = 0 então f é dita função constante.

Uma função f: Α → IR é constante em [a, b] se, e somente se, f(x1) = f(x2), ∀ x1, x2∈ [a, b].

1.3.1. Casos particulares

a) Linear: tem a forma f ( x )=ax , com a≠0 , ou seja, b) Identidade: é uma função linear especial que

b=0 . Toda função linear passa pela origem, o ponto associa o x ao próprio x. É a função y=x . A
função identidade é a bissetriz dos
( 0;0 ) quadrantes ímpares.

1.3.2. Estudo do Sinal da Função Afim:

Se f ( x )=ax +b é estritamente crescente Se f ( x )=ax +b é estritamente decrescente

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{{−b −b
x< f(x)<0¿ x= f (x)=0 ¿ ¿
a a {{−b −b
x< f (x)>0¿ x= f (x)=0 ¿ ¿
a a
TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Esboce o gráfico das funções, classifique-as determine seus interceptos, estude seus sinais e dê seu
domínio e imagem.

a) y = 5 ( função constante ) b) y = x ( função identidade ) c) y = – x

d) y = –2x + 3 e) F(x) = 3x – 3

2) O reservatório A perde água a uma taxa constante de 10 litros por hora,


enquanto o reservatório B ganha água a uma taxa constante de 12 litros por
hora. No gráfico, estão representados, no eixo y, os volumes, em litros, da
água contida em cada um dos reservatórios, em função do tempo, em horas,
representado no eixo x. Determine o tempo x0, em horas, indicado no gráfico.

3) Obtenha as funções, a partir dos gráficos.

a) b)

(0 , 4) (1 , 4)

(4 , 1)
(5 , 0)

c)
d)

(8 , 8)
(8 , 8)

(0 , 3)

(0 , 0)

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4) Estude o sinal das funções


a) y = 2x – 6 b) y = –2x + 6 c) y = – 4x

5) Obtenha o coeficiente angular da reta que passa por :


a) A( 1 , 2 ) e B( 2 , 7 ) b) A( –2 , 1 ) e B( 5 , –2 )

6) Usando a equação da reta que passa por dois ponto y – y 0 = m (x – x0), obtenha a equação da reta
(equivale a lei de formação da função afim) que passa pelo ponto P e tem coeficiente angular m.
a) P(0 , 0) e m = 3 b) P(–1 , –2) e m = 2 c) P(–1 , 4) e m = –1

7) Um representante comercial recebe, mensalmente, um salário composto de duas partes: uma fixa, no
valor de R$ 2 000,00, e uma parte variável, que corresponde a uma comissão de 8% do total das vendas
que ele faz durante o mês. Com estas informações
a) escreva a lei que representa o seu salário
b) calcule o salário por ele recebido se neste mês ele vendeu R$ 50 000,00
c) represente o gráfico correspondente e dê o seu domínio e imagem.

8) Faça o gráfico e mostre o conjunto imagem de f(x) = –2x + 8, sendo o domínio da função D = { 0,1,2,3,4 }
9) Considere a função f: IR  IR definida por f(x) = 5x – 3.
a) Verifique se a função é crescente ou decrescente
b) O zero da função;
c) O ponto onde a função intersecta o eixo y;
d) O gráfico da função;
e) Faça o estudo do sinal;

2. FUNÇÃO QUADRATICA
2
É uma função f: IR IR, definida por f ( x )=a x +bx +c , onde a, b e c são coeficientes reais e a 
0. Também chamada de função polinomial do 2º grau.

Ou seja:

f: IR→IR tal que f ( x )=a x 2 +bx +c , com a ∈ IR* , b ∈ IR e c ∈ IR.

Observe:
a) f(x) = -x² + 100x, em que a = -1, b = 100 e c = 0

b) f(x) = 3x² - 2x + 1, em que a = 3, b = -2 e c = 1

c) f(x) = x² - 4, em que a = 1, b = 0 e c = -4

d) f(x) = 17x², em que a = 17, b = 0 e c = 0

Note que não são funções quadráticas:


a) f(x) = 3x
x
b) f(x) = 2
c) f(x) = x³ + 2x² + x + 1

Atenção:

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2
 Demonstra-se facilmente que a x +bx+ c=a ( x−x 1 )( x−x 2 ) onde x1 e x2 são os zeros da
função.

 Para obtermos as raízes ou zeros, basta fazermos f ( x )=0 e soluciomarmos a equação do 2º grau obtida.

 A maneira mais usada de se obter os zeros da função e, portanto, às raízes da equação do 2º grau
a x 2 +bx+ c=0 é aplicando a fórmula resolutiva (fórmula de Bhaskara)

−b ± √ b2−4 ac 2
x= com b −4 ac= Δ
2a

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) As seguintes funções são definidas em IR. Verifique quais delas são funções quadráticas e identifique
em cada uma os valores de a, b e c:
a) f(x) = -2x+3.2(2x-3) b) f(x) = 2x (3x - 1) c) f(x) = (x + 2) (x - 2) – 4 d) f(x) = 2(x + 1)²

2) Dada a função quadrática f(x) = 3x² - 4x + 1, determine:


a) f(1) b) f(0) √
c) f( 2 ) d) f(-2) e) f(h + 1) f) x de modo que f(x) = -1
3) De uma folha de papel retangular de 30 cm por 20 cm são retirados, de seus quatro cantos, quadrados
de lado x. Determine a expressão que indica a área da parte que sobrou em função de x.

2.1. Gráficos

A função quadrática é representada graficamente por uma parábola, cuja concavidade pode ser voltada
para cima (quando a  0) ou voltada para baixo (quando a  0). Observe:

Analise da concavidade de parábola

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Se a é positivo: a > 0 Se a é positivo: a < 0


Concavidade para cima Concavidade para baixo
yv é o valor mínimo da função yv é o valor máximo da função
A reta y = xv é o eixo de simetria A reta y = xv é o eixo de simetria

2.1.1. Comportamento da parabola em relação ao discriminante Δ:

NUNCA ESQUECER:

Δ>0 A FUNCÃO POSSUI 2 RAÍZES REAIS DISTINTAS – INTERSECTA O EIXO Ox EM DOIS PONTOS DISTINTOS

Δ=0 A FUNCÃO POSSUI 1 RAÍZES REAIS OU 2 RAIZES REAIS IGUAIS – ENCOSTA OU TANGENCIA O EIXO Ox

Δ<0 A FUNCÃO POSSUI NÃO RAÍZES REAIS DISTINTAS – NÃO TOCA O EIXO Ox

2.2. Eixo de simetria e vértice

A função quadrática apresenta um eixo de simetria, que é uma reta paralela ao eixo das ordenadas.
v , yv) denominado vértice. Esse ponto é o extremo da
O eixo de simetria intercepta a parábola no ponto V(x
função. V é ponto máximo quando a < 0 e mínimo quando a > 0. As coordenadas de V podem ser obtidas
b Δ
x V =− y V =−
por meio das relações: 2a e 4a

2.3. Conjunto Imagem da Função Quadrática

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TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Para as funções da segunda coluna, determine:

a) a concavidade; 1º) f(x) = x² - 4x + 3


b) os zeros; 2º) y = -x² + 6x
c) as coordenadas do vértice (máximo ou mínimo); 3º) y = x² - 2x + 5
d) interseção com o eixo y; 4º) y = -x² + 2x – 1
e) esboço do gráfico;
f) o conjunto imagem;
g) o estudo de sinal.

2) Sendo f : R  R uma função definida por f(x) = x2 –1, calcule:

a)
f (12 )
f ( 1− √2 )
b)

3) Para que valores reais de k a função f(x) = 2x² + 5x + k + 3 admite duas raízes reais e distintas?

4) Determinar o conjunto imagem da função f:[-2,2[→IR tal que f(x) = x² - 2x - 3.

1
5) Encontre os possíveis valores de k tais que o conjunto imagem da função y = -x² + kx - 2 seja Im = {y 
IR/ y ≤ 2}.

6) O gráfico da função f(x)=x² + x + 2k – 3, k  IR, não intercepta o eixo das abscissas. Determine os
possíveis valores de k.

7) O gráfico da função y = a.x² + bx + c está representado abaixo:

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Classifique as afirmações abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F).


a) ( ) O número real c é negativo.
b) ( ) O número real a é positivo.
c) ( ) O número real b é positivo.
d) ( ) A abscissa do vértice V é negativa.
e) ( ) A ordenada do vértice V é positiva.
f) ( ) O discriminante () da equação f(x) = 0 é nulo.

8) Uma bola é lançada ao ar. A sua altura h (metros) está relacionada com o tempo (segundos) de
lançamento por meio da expressão h(t) = - t² + 4t + 5.
a) Em que instante a bola atinge a altura máxima?
b) Qual a altura máxima atingida pela bola?
c) Faça um esboço gráfico da trajetória da bola.

9) Oscar arremessa uma bola de basquete cujo centro segue uma trajetória plana vertical de equação
1 8
y=− x 2 + x+2
7 7 na qual os valores de x e y são dados em metros. Oscar acerta o arremesso, e o
centro da bola passa pelo centro da cesta, que está a 3 m de altura.

Determine a distância do centro da cesta ao eixo y.

10) Uma parede de tijolos será usada como um dos lados de um muro retangular. Para os outros lados
iremos usar 400 m de tela de arame, de modo a produzir uma área máxima. Qual o quociente do lado
menor pelo maior?

Para treinar em casa

1) A soma dos valores de a e b na função f(x) = ax + b, para que se tenha f(1) = 7 e f(0) = 5, é:
a) 7 b) 6 c) 4 d) 8 e) -1

2) O valor cobrado do cidadão pela corrida de táxi é formado por uma quantia inicial denominada
bandeirada, mais uma taxa por quilômetro rodado. Em uma determinada cidade, a bandeirada é de R$ 2,00
e a taxa por quilômetro rodado, de R$ 1,20; já na cidade vizinha, a bandeirada é de R$ 3,00 e a taxa por
quilômetro rodado, de R$ 1,10. O número de quilômetros rodados para que dois passageiros, um em cada
cidade, paguem a mesma quantia pela viagem é:

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14km b) 10km c) 12km d) 11km e) 9km

3) Seja a função do primeiro grau definida por f(x)=2x-7. O valor numérico da expressão f(2)+f(-2) é igual a:
a) -14 b) -7 c) -8 d) 11 e) 8

4) Sabendo que o ponto P(1,1) pertence ao gráfico da função f(x) = mx + 3 , o valor de "m" é igual a:
a) -1 b) -2 c) -3 d) 2 e) 3

5) O gráfico de f(x) = x2 + bx + c, onde b e c são constantes, passa pelos pontos (0,0) e (1,2). Então f(-2/3)
vale:
2 2 1 1
− −
a) 9 b) 9 c) 4 d) 4 e) 4

6) O valor máximo da função f(x) = -x2 + 2x + 2 é:


a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6

7) Um golfinho realiza um salto cuja trajetória é uma parábola como a que está representada no gráfico
abaixo:
A altura h atingida pelo golfinho no ponto máximo do seu salto, em metros, é igual a:
A) 2,5 B) 2,25 C) 2,0 D) 1,75

08) O custo de produção de um determinado artigo é dado por C(x) = 3x2 – 15x + 21. Se a venda de x
unidades é dada por V(x) = 2x2 + x, para que o lucro L(x) = V(x) – C(x) seja máximo, devem ser vendidas:
a) 20 unidades b) 16 unidades c) 12 unidades d) 8 unidades e) 4 unidades

09) Numa operação de salvamento marítimo, foi lançado um foguete sinalizador que permaneceu aceso
durante toda sua trajetória. Considere que a altura h, em metros, alcançada por este foguete, em relação ao
2
nível do mar, é descrita por h=10+5 t−t , em que t é o tempo, em segundos, após seu lançamento. A
luz emitida pelo foguete é útil apenas a partir de 14m acima do nível do mar.
O intervalo de tempo, em segundos, no qual o foguete emite luz útil é igual a:
a) 3 b) 4 (c) 5 (d) 6

10) Uma bola de beisebol é lançada de um ponto 0 e, em seguida, toca o solo nos pontos A e B, conforme
representado no sistema de eixos ortogonais. Durante sua trajetória, a bola descreve duas parábolas com
2
x 2x
y=− +
vértices C e D. A equação de uma dessas parábolas é 75 5 . Se a abscissa de D é 35m, a
distância do ponto 0 ao ponto B, em metros, é igual a:
a) 38 b) 40 c) 45 d) 50

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11) (CMRJ) Considere a função t(x) = ax2 + bx + c, com a < 0, c < 0 e Δ>0. Dentre os gráficos abaixo, o que
pode representar essa função é:

AULA 14
PROGRESSOES ARITMÉTICAS

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS


(CFO - PM - ES) Numa cerimônia militar, os soldados de um quartel da capital capixaba foram organizados
em fileiras. Na primeira fileira havia 18 soldados, na segunda 20 soldados, na terceira 22 soldados e assim
sucessivamente. Sabe-se que no total havia 480 soldados nessa cerimônia. O número de fileiras de
soldados que foram formadas nessa cerimônia é igual a:

a) 15 b) 17 c) 19 d) 23 e) 25

1. SEQUENCIAS NUMÉRICAS

1.1. Definição

Chamaremos de sequência ou sucessão, a qualquer conjunto ordenado. Assim, por exemplo, o


conjunto ordenado ( 3, 5, 7, 9, 11,..., 35) é uma sequência cujo primeiro termo é 3, o segundo termo é 5, o
terceiro termo é 7 e assim sucessivamente. Repare que a sequência acima ela é finita, mas poderíamos
apresentar sequências que não fossem finitas.

Observe:
 A sequência (0, -2, -4, - 6, - 8,... ) é infinita.

 Uma sequência numérica pode ser representada da seguinte forma:


(a1, a2, a3, ... , ... , an, ...) onde a1 é o primeiro termo, a2 é o segundo termo, ... , a n é o n-
ésimo termo. Por exemplo, na sequência ( 2, 6, 18, 54, 162, 486, ... ) podemos dizer que a 2
= 6,  a6 = 486, etc.

 A lei de formação ou seja a expressão matemática que relaciona entre si os termos da


sequência, é denominada termo geral.

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 Considere por exemplo à sequência S = ( 17, 19, 21, ...) nota-se que seu termo geral é
dado por: an = 2n + 15, onde n é um número natural não nulo. 

 Dado o termo geral de uma sequência, é sempre fácil determiná-la. Seja por exemplo à
sequência de termo geral an = n2 + 4n , para n inteiro e positivo.  Nestas condições,
podemos concluir que a sequência poderá ser escrita como: (5, 12, 21, 32, ... ), basta, na
fórmula substituir n pela sequencia de números naturais 1, 2, 3, 4, ...

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Observe a sequência de figuras e responda:

a) Quantos quadradinhos pretos devemos ter na 7ª figura


dessa sequência
b) Quantos quadradinhos brancos devemos ter na 8ª figura
dessa sequência
c) Escreva a sequência dos quadrados brancos
d) Escreva a sequência dos quadrados pretos
e) Escreva uma lei de formação que permita calcular a
quantidade de quadradinhos brancos, em função da posição
n da figura
2) Observe a sequência de figuras que representam
os números quadrangulares e responda:

a) Quantos quadradinhos deverá ter o 6º e o 10º


elementos dessa sequência

b) Escreva os sete primeiros termos dessa


sequência

c) Escreva a expressão do termo geral dessa


sequência

3) Em relação à sequência dos números quadrangulares, pode-se explorar outras


sequências, por exemplo a figura do quinto termo. 1
3
Observe que, com essa figura, podemos formar uma nova sequência de números 5
na seguinte ordem ( 1, 3, 5 , 7 , 9 ...) 7
9
Nessa sequência, os números escritos abaixo da figura indicam a quantidade de
quadradinhos de cada um desses conjuntos.
a) Qual a soma dos números escritos abaixo da 6ª figura

b) Utilizando os resultados de suas observações, sem efetuar a adição, determine a soma dos termos
da sequência ( 1,3,5,7,9,11,13,15)

c) Que relação podemos utilizar para somarmos os números de quadradinhos de cada figura

d) Que relação pode ser estabelecida para determinarmos os números que representam essa
sequência?

4) Na figura, cada quadradinho é formado por quatro palitos de comprimentos iguais.

a) Escreva a sequência de palitos que formam essas figuras

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b) Quantos palitos serão necessários para a construção


de 6ª figura? E da 8ª

c) Quais das leis representam essa sequência: I)na= 3n-2 II) an= 6n-2 III) an=5n-1

d) Quantos palitos são necessários para construir a 78ª figura

5) Uma pessoa, desejando recuperar a forma física, elaborou um plano de treinamento que consistia em
caminhar por 20 minutos no primeiro dia, 22 minutos no segundo dia, 24minutos no terceiro dia e assim
sucessivamente. Uma lei que permite calcular quantos minutos essa pessoa caminharia no dia n é dada
por:
a) an = 20 . (n – 1) + 2 b) an = 20 . n + 2 c) an =20 + (n – 1) . 2

2. PROGRESSÃO ARTIMÉTICA

2.1. . DEFINIÇÃO

Sejam k e r dois números reais. Chama-se PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A) a SEQÜÊNCIA (a n) que:

a1 = k e an = an+1 = an + r, ∀ n ∈ IN ou seja (an) = (k, k + r, k + 2r, k +3r,...)

O número real “r” chama-se RAZÃO da P.A. Segue da definição que r = an − an-1 , ∀n ∈ IN*
Segue da definição que:

r = an – an-1 , ∀ n ∈ IN*

2. 2. Classificação de uma P.A.

Se (an) é uma P.A, então:

 (an) é estritamente crescente ⇔ r > 0.


 (an) é estritamente decrescente ⇔ r < 0.
 (an) é constante ⇔ r = 0.

2.3. Termo Geral da P.A.

Pela definição de P.A., podemos concluir que:

an = a1 + (n -1) . r

Se an e ak são dois termos quaisquer de uma P.A., então:

an = ak + (n - k) . r

2.4. Termos Equidistantes dos Extremos.

Seja a sequência uma P.A., finita. (a1 ...... aK ...... ap ...... an). Os aK e ap são termos equidistantes dos
extremos se:

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K+p=1+n

2.5. Teorema

A soma de dois Termos equidistantes dos extremos é igual a soma dos extremos, assim:

aK + ap = a1 + an

Importante: Cada termo de um P.A. a partir do segundo é a média aritmética entre seu anterior e seu
posterior. Seja a P.A. (a1...aK-1, aK, aK+1 ...) sempre teremos:

2.6. Soma dos n termos de uma P.A. (Sn)

Dada a progressão aritmética (a1, a2, a3, ..., an) a soma dos n termos é dada por:

2.7. Artifícios para resolução de problemas


 P.A. com 3 termos ( x – r, x, x + r )
 P.A. com 5 termos (x – 2r, x – r, x, x + r, x + 2r)
 P.A. com 4 termos ( x – 3r, x – r, x + r, x + 3r)

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Qual é o vigésimo termo da P.A. ( 3, 10, 17, ... )?

2) Determine o primeiro termo da PA onde a10 = -5 e r = 9.

3) Sabendo que o primeiro termo de uma P.A. é 4 e o vigésimo primeiro termo é -16, calcule a razão da
progressão.

4) Sabendo que a2 = 2 e a4 = 8 são termos de uma P.A. Ache o décimo termo dessa P.A.

5) Interpole (insira) 4 meios aritméticos entre -12 e 48.

6) Qual o número de termos da PA: ( 100, 98, 96, ... , 22) ?

7) A expressão Sn = n2 – 3n, para qualquer n inteiro positivo, representa a soma dos n primeiros termos de
uma P.A. Qual é a razão dessa P.A.?

8) (A1, A2, A3,...An,...) é uma sequência de termo geral A n = 2n + 5. Se a soma dos k primeiros termos dessa
sequência é 72, então qual o valor de k?

9) Uma P.A., em que a2 + a5 = 14 e a3 + a7 = 23 qual o valor de sua razão?

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10) Obtenha uma P.A. de três termos tais que sua soma seja 24 e seu produto seja 440.

11) Calcule a soma dos 30 termos iniciais das PAs a seguir:


(a) P.A. (1, 7, 13, ...) (b) (1, -5, -11, ...).

12) Qual é a soma dos 150 primeiros números pares positivos?

13) Numa progressão aritmética limitada em que o 1º termo é 3 e o último 31, a soma de seus termos é 136.
Determine o número de termos dessa progressão.

14) Qual é a soma dos múltiplos de 11 compreendidos entre 100 e 1000?

15) Um aparelho de som custa R$ 420,00, se for pago em três prestações, cuja sequência forma uma
progressão aritmética – PA. O produto dessas prestações é igual a 2 688 000. Utilizando a fórmula do termo
geral da PA, encontre o valor de cada prestação.

Para treinar em casa:

1) Na P.A.(2,5,8,.................) o oitavo termo vale:


a) 23 b) 22 c) 24 d) 21 e) 25

2) Numa P.A. de 10 termos temos que o primeiro termo vale 5 e que o último termo vale 50.Encontre a
razão dessa P.A.
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

3) Os três lados de um triângulo retângulo estão em progressão aritmética de razão r > 0 . A respeito desse
triângulo, considere as seguintes afirmativas:

I. A área desse triângulo é 16 r.


II. Esse triângulo é semelhante ao triângulo de lados 3, 4 e 5.
III. O perímetro desse triângulo é 12 r.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras
b) Somente a afirmativa I é verdadeira
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras
d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras
e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.

4) Assinale o que for correto:


01. A soma dos n primeiros termos de uma P.A. é Sn = 5n2 + 2n. A razão dessa P.A. vale 10.
02. A soma de todos os termos da P.A. finita (1, 4, ..........., 28) vale 145.
04. Existem 33 múltiplos de 3 compreendidos entre 100 e 200.
08. O sétimo termo da P.A. (−2, −1/2, ..........) vale 7.
16. A razão de uma P.A. em que o 6º termo é 22 e o 2º é 6 vale 4.

5) A soma dos múltiplos positivos de 8 formados por 3 algarismos é:


a) 21.286 b) 12.846 c) 61.376 d) 112 e) 10.682

6) Para todo n natural não nulo, sejam as sequências (3, 5, 7, 9, ..., a n, ...); (3, 6, 9, 12, ..., b n , ...) e (c1 , c2 ,
c3 , ... , cn , ...) com cn = an + bn . Nessas condições, c20 é igual a:
a) 25 b) 37 c) 101 d) 119 e) 149

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7) Uma sequência (a1 , a2 , a3 , ... an , ...) de termos não nulos é uma progressão harmônica se, e somente

se, a sequência
( 1 1 1 1
, , , ... , , ...
a1 a2 a3 an )
é uma progressão aritmética. Assim, se
( 2 4 1
, , , ...
5 9 2 ) é
uma progressão harmônica, seu 6º termo é:
5 2 5 4
a) 9. b) 3 . c) 1. d) 4 . e) 5

8) A soma dos 6 meios aritméticos que se pode estabelecer entre 3 e 47.


a) 150. b) 130. c) 120. d) 110. d) 100.

9) A soma dos 10 primeiros termos de uma P.A., na qual o primeiro termo é igual à razão e a 3 + a8 = 18 é:
a) 150. b) 120. c) 100. d) 90. d) 80.

10) Um trabalho escolar de 150 páginas deverá ser impresso em uma impressora que apresenta os
seguintes problemas: nas páginas 6, 12, 18,... (múltiplos de 6) o cartucho de tinta amarela falha e nas
páginas 8, 16, 24... (múltiplos de 8) falha o cartucho de tinta azul. Supondo-se que em todas as páginas do
trabalho sejam necessárias as cores amarela e azul, quantas páginas serão impressas sem essas falhas?
a) 109. b) 110. c) 111. d) 112. d) 113.

AULA 15
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) (AFA) O produto dos 15 primeiros termos da progressão geométrica, de primeiro termo 1 e razão 10,
vale:
a) 10105 b) 10115 c) 10125 d) 10135 e) nra.

1. Definições e Conceitos:

Sejam k e q dois números reais. Chama-se PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (P.G.) a sequência que
obedece a lei:

an =¿ {a1 =k ¿ ¿¿¿
Portanto: (an) = ( k, kq, kq2, kq3,....)

O número real q chama-se RAZÃO DA P.G. Segue da definição que, se a 1 ≠ 0 e q ≠ 0, então:

an
q= ∈
an−1 ∀ n IN*

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2. Classificação de uma PG.

Se (an) é uma P.G., então,

 (an) é ESTRITAMENTE CRESCENTE:

a1 > 0 ou q >1
a1 < 0 e 0 < q < 1

 (an) é ESTRITAMENTE DECRESCENTE

a1 > 0 ou 0 < q < 1


a1 < 0 e q > 1

 (an) é CONSTANTE ⇒ q= 1 e a1 ≠ 0

 (an) é SINGULAR ⇒ a1 = 0 ou q = 0

 (an) é ALTERNANTE ⇒ a1 ≠ 0 e q < 0

3. Termo Geral de uma P.G.

Pela definição de P.G, podemos concluir que:

Se an e aK são dois termos quaisquer de uma P.G. NÃO SINGULAR, então:

4. Termos equidistantes de uma PG

“O produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto dos extremos.”

5. Média Geométrica

“Cada termo de uma P.G., a partir do segundo, é a MÉDIA GEOMÉTRICA entre o termo anterior e o
posterior.”

Seja a P.G.: (a1, a2 ....ap-1 , ap , ap +1 ...), então:

6. Produto dos n primeiros termos de uma P.G.

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Observação: A fórmula acima nos permite calcular o módulo do produto; para obter o sinal de Pn , basta
analisar o sinal dos termos.

7. Soma dos n primeiros termos de uma P.G.

8. Soma da série geométrica convergente – P.G. infinita

1
S = a1 + a2 + a3 + ... + an + ... = se –1 < q < 1
1−q

9. Recursos e/ou artifícios

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Marque com um X as alternativas incorretas e dê um contraexemplo para cada uma.


(Contraexemplo: Exemplo que mostra a falsidade da informação)
a) ( ) A sequência (6, 18, 54, 162) é uma PG.
b) ( )Na PG (-2, -6, -18, -54, ...) a razão é -3.
c) ( ) A razão da PG (x, x2, x3, x4, ... ) é q = x.
d) ( ) Uma PG de razão q=1/3 é crescente se a1 for negativo.
e) ( ) O 5º termo da PG(-81, -27, -9, ... ) é a5 = 1.
f) ( ) A sequência (13, 13, 13, 13, 13, ...) é PG onde q =1

2) Determine uma PG de 6 termos onde o primeiro termo é 3 e a razão é 5.

3) Determine os cinco primeiros termos da PG em que a 5=1 e a8=243.

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4) Numa PG de nove termos o primeiro é 5 e o ultimo é 1240. Determine sua razão.

1
5) Dê o numero de termos da PG ( 243, 81, 27, ..., ).
81

6) Classifique em crescente, decrescente ou oscilante as progressões geométricas:

a)
(1 .000 , 100 , 10 , 1 , 101 )
b)
(161 , 14 , 1 , 4 , 16)
c) (2, –4, 8, –16)

7) O oitavo e o décimo termos de uma sequência numérica são, respectivamente, 640 e 2.560. Determine o
nono termo, no caso de:
a sequência ser uma progressão aritmética;
a sequência ser uma progressão geométrica;

8) Determine a soma dos termos das seguintes progressões geométricas infinitas:

a)
(10 , 4 , 85 , . . .)
b)
( 35 , 103 , 203 , .. .)
c) (100, –10, 1, ...)

d)
(102 , 1002 , 1. 2000 , . ..)
9) Resolva as equações em IR:
x x
+
a) x + 3 9 + ... = 9
4 x 16 x
+
b) x + 5 25 + ... = 20

10) O lado de um triângulo equilátero mede 3cm. Unindo-se os pontos médios de seus lados, obtém-se um
novo triângulo equilátero. Unindo os pontos médios do novo triângulo, obtém-se um outro triângulo
equilátero, e assim sucessivamente.
a) Determinar a soma dos perímetros de todos os triângulos.
b) Determinar a soma das áreas de todos os triângulos.

11) Seja a sequência (x,y,z) uma progressão geométrica de razão q, com x ≠ y e x ≠ 0 . Se a sequência
(x,2y,3z) é uma progressão aritmética, então CALCULE o valor de q.

Para treinar em casa:

1) "Thomas Malthus (1766-1834) assegurava que, se a população não fosse de algum modo contida,
dobraria de 25 em 25 anos, crescendo em progressão geométrica, ao passo que, dadas as condições
médias da terra disponíveis em seu tempo, os meios de subsistência só poderiam aumentar, no máximo, em
progressão aritmética". A lei de Malthus cita progressões aritméticas (PA) e progressões geométricas (PG).
Se os dois primeiros termos de uma sequência são x1 = 6 e x2 = 12 o quinto termo será:
a) x5 = 16 se for uma PA e x5= 24 se for uma PG.
b) x5= 24 se for uma PA e x5= 96 se for uma PG.

Auxiliar de necropsia Página 113


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c) x5= 30 se for uma PA e x5= 30 se for uma PG.


d) x5= 30 se for uma PA e x5= 96 se for uma PG.
e) x5= 48 se for uma PA e x5= 72 se for uma PG.

2) Em um surto epidêmico ocorrido em certa cidade com cerca de 10.000 habitantes, cada indivíduo
infectado contaminava 10 outros indivíduos no período de uma semana. Supondo-se que a epidemia tenha
prosseguido nesse ritmo, a partir da contaminação do primeiro indivíduo, pode-se estimar que toda a
população dessa cidade ficou contaminada em, aproximadamente:
a) 28 dias b) 35 dias c) 42 dias d) 49 dias e) 43 dias

3) Três números formam uma progressão aritmética de razão r = 7. Subtraindo-se uma unidade do primeiro
termo, vinte unidades do segundo termo e trinta e uma unidades do terceiro termo, a seqüência resultante é
uma progressão geométrica de razão:
a) – 3 b) 1 c) 3 d) -1/3 e) 1/3

4) Uma sequência de 5 (cinco) números inteiros é tal que:


- os extremos são iguais a 4;
- os três primeiros termos estão em progressão geométrica e os três últimos em progressão aritmética;
- a soma desses cinco números é igual a 26.
É correto afirmar que a soma dos números em progressão geométrica é igual a:
a) - 8. b) - 2. c) 8. d) 12. e) 16.

5) Em um processo de desintegração atômica em cadeia, a primeira desintegração é de 3 átomos em um


segundo. A cada segundo que passa a desintegração é sempre o quádruplo da anterior; logo, o tempo em
segundos que leva para desintegrar 12288 átomos é:
a) 9 segundos b) 6 segundos. c) 8 segundos. d) 12 segundos. e) 7 segundos.
6) A sequência log9 a1, log9a2,..., log9a21 forma uma PA cuja a soma é 126 e os termos a 1, a2,..., a8 formam
uma PG. Sabendo que log9a5 = 3 , o valor numérico da soma a1 + a2 +...+ a8 é:
a) 9328 b) 0 c) 5663 d) 12 e) 27932

7) O oitavo termo da progressão geométrica cujo primeiro termo vale 3 e cuja razão é igual a -2 e assinale
a alternativa correta.
a) -348 b) 348 c) 384 d) -384 e) -768

8) Qual é o número inteiro e positivo que devemos somar aos termos 1, 9 e 33 de modo que a seqüência
obtida represente uma progressão geométrica?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

9) Uma pessoa A chega às 19h para um encontro que havia marcado com uma pessoa B. Como B não
chegara ainda, A resolveu esperar um tempo t1 igual a 1 hora e, após isso, um tempo t2 =t1/2 e, após, um
tempo t3 = t2/2 e, assim por diante. Infelizmente, B não veio ao encontro. Quanto tempo A esperou até ir
embora?
a) 1 b) 2 c) 4 d) 8 e) 16

10) Desejo ter, para minha aposentadoria, 1 milhão de reais. Para isso, faço uma aplicação financeira, que
rende 1% de juros ao mês, já descontados o imposto de renda e as taxas bancárias recorrentes. Se desejo

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me aposentar após 30 anos com aplicações mensais fixas e ininterruptas nesse investimento, o valor
aproximado, em reais, que devo disponibilizar mensalmente é: (Dado: 1,01 36136)
a) 290,00. b) 286,00. c) 282,00. d) 278,00. e) 274,00 .

AULA 16
GEOMETRIA PLANA

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS


(Epcar) A figura plana ao lado representa o logotipo de uma empresa.
Ele foi projetado a partir de um triangulo equilátero central, cujo
perímetro mede 0,30m. Expandiu-se o desenho, acoplando em cada
lado desse triangulo um quadrado. Para fechar a figura, foram traçados
3 segmentos retilíneos, completando assim o logotipo. Nos preparativos
para a Copa do Mundo de 2010, esse logotipo será pintado com tintas
de mesma qualidade e textura, a saber:
 O triangulo central na cor branca;
 Os demais triângulos na cor verde;
 Os quadrados na cor amarela.

Sabe-se que cada figura será pintada apenas uma vez e que cada
milímetro cúbico de tinta cobre 1cm2 de área. Considere √ 3=1,7 e marque a alternativa correta.

a) o consumo total de tinta será de meio litro;


b) as áreas branca e verde juntas equivalem a 58% da área amarela;
c) o consumo de tinta amarela será o dobro do consumo de tinta verde;
d) a área branca corresponde a 30% da área verde.

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1. Definição
Chama-se área de uma superfície ao número que exprime a sua medida. Na linguagem, corrente
confunde-se, às vezes, as expressões superfícies e área. A palavra superfície está intimamente ligada à
forma da figura, enquanto a área é um número resultante do confronto de uma superfície com outra tomada
como unidade. A unidade padrão, no SI, de área é o metro quadrado (m2 ) que é a área de um quadrado de
1m de lado. Usam-se, também, seus múltiplos ( dam2 , hm2 , km2 ) no caso de macro-áreas ou seus sub-
múltiplos ( dm2 , cm2 , mm2 ) para aplicações em micro-áreas.

2. Superfícies Equivalentes
Quando duas superfícies, distintas quanto à forma e medidas com a mesma unidade, tem a mesma
área, dizemos que elas são equivalentes. Logo, duas superfícies são equivalentes quando, medidas com a
mesma unidade, tem a mesma área. Nestas condições, é evidente que duas figuras iguais ou
equicompostas, isto é, compostas de partes iguais, são sempre equivalentes. Exemplo: O retângulo e o
triângulo da figura abaixo são equivalentes, porque ambos podem ser decompostos em dois triângulo iguais
T1 e T2.

Notas:
1º) duas figuras equivalentes a uma terceira são equivalentes entre si (propriedade transitiva da
equivalência)
2º) a soma das áreas de várias figuras é igual à soma das áreas das figuras a elas equivalentes.
3º) duas figuras iguais são equivalentes, mas nem todas as figuras equivalentes são iguais.

As regras para determinar as áreas das superfícies dos polígonos decorrem dos teoremas que
seguem:

Teorema 1: As áreas de dois retângulos de mesma base estão entre si como suas alturas.
Teorema 2: As áreas de dois retângulos quaisquer estão entre si como os produtos das bases pelas alturas.
3. Áreas dos principais polígonos convexos

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3.1. Particularidades sobre a área de triângulos.

 triângulo equilátero em função do lado:  triângulo qualquer em função dos lados:

Fórmula de Herão

 triângulo em função do raio do círculo  triângulo equilátero em função do raio do


inscrito: círculo circunscrito:

3.2. Áreas das figuras circulares

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TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Num trapézio isósceles, a soma das medidas das bases é 14cm e a sua área é igual a 28cm2. Calcular as
bases, a altura, os lados não paralelos, sabendo que o perímetro do trapézio é de 24cm .

2) A soma das diagonais de um losango é igual a 8,4m . Sabe-se que as diagonais são proporcionais,
respectivamente, aos números 3 e 4 . Calcular a área do losango.

3) A altura do triângulo equilátero de vértices A, B e C, representado pela figura


nº1, é h=3 √ 3 . Sejam D, E e F os pontos médios dos segmentos AB , BC e CA,
respectivamente; então qual a área do triângulo de vértices D, E e F?

4) Seja o triângulo ABC tal que AB = AC . Se as medidas, em centímetros, da altura AH, do lado AB e da
base BC, nessa ordem, constituem uma PA de razão 2cm , então determine a área do triângulo ABC.

5) Um quadrado e um hexágono regular apresentam o mesmo perímetro. Sabendo que a diagonal do


quadrado mede 13m, encontre o valor da área do hexágono.

6) João e Tomás partiram um bolo retangular. João comeu a metade da terça parte e Tomás comeu a terça parte da
metade. Quem comeu mais?

7) Quatro círculos de raio unitário, cujos centros são vértices de um quadrado, são tangentes exteriormente dois a dois.
Qual a área da parte sombreada é?

8) Quatro círculos de raio unitário, cujos centros são vértices de um quadrado, são tangentes exteriormente
dois a dois. A área da parte sombreada é?

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9) Sobre os lados de um hexágono regular de 4 cm de lado, e exteriormente a ele, constroem-se seis


quadrados, de modo que cada quadrado tenha um lado em comum com o hexágono. Calcule a área do
dodecágono cujos vértices são os vértices dos quadrados que não são vértices do hexágono.

10) Se a soma das áreas dos três círculos de mesmo raio é 3π, a área do triângulo equilátero ABC é?

Para treinar em casa:

1) No triângulo equilátero abaixo, cada um dos lados foi dividido em três segmentos iguais, a partir dos
quais desenhou-se uma estrela de três pontas. Sendo Y a medida do lado do triângulo, calcule a área da
estrela hachurada em função de Y.

2) Um losango tem lado igual 10cm. Sabendo que seus ângulos são todos iguais, sua área mede:
a) 100 cm2
b) 50 cm2
c) 64 cm2
d) 48 cm2
e) 25 cm2

3) A área , em cm2, de um triângulo retângulo com hipotenusa igual a 13cm e um dos catetos medindo 12cm
vale:
a) 20 b) 30 c) 25 d) 40 e) 15

4) A área de um triângulo equilátero inscrito num círculo é igual a 12 √ 3 m2 . Calcular a área do quadrado
inscrito no mesmo círculo.
a) 20m2 b) 60 m2 c) 40m2 d) 48m2 e) 32m2

5) O comprimento de um retângulo é 10% maior que o lado de um quadrado. A largura desse retângulo é
10% menor que o lado do mesmo quadrado. A razão entre as áreas do retângulo e do quadrado é:

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a) 201/200 b) 101/100 c) 90/110 d) 199/200 e) 99/100

6) Na figura, ABCD é um retângulo e E é um ponto do segmento AB.


Da figura, podemos concluir que:
I – Se AE EB, então a área do triângulo ACE é um quarto da área do
retângulo ABCD.
II – O valor da área do triângulo CDE é o mesmo da soma das áreas dos
triângulos ACE e EBD.
III – A área do triângulo CDE é metade da área do retângulo ABCD,
independentemente da posição em que o ponto E esteja no segmento
AB.

Com relação às afirmações I, II e III, pode-se dizer que:


a) todas são verdadeiras
b) todas são falsas
c) apenas I é verdadeira
d) as afirmações II e III são falsas
e) apenas II e III são verdadeiras

7) A figura abaixo representa uma peça de vidro recortada de um retângulo de dimensões


12 cm por 25 cm. O lado menor do triângulo extraído mede 5 cm. A área da peça é igual a:
a) 240 cm2.
b) 250 cm2.
c) 260 cm2.
d) 270 cm2.
e) 280 cm2.

8) Uma emissora de TV, em parceria com uma empresa de alimentos, criou um programa de perguntas e
respostas chamado “UM MILHÃO NA MESA”. Nele, o apresentador faz perguntas sobre temas escolhidos
pelos participantes. O prêmio máximo é de que fica, inicialmente, sobre uma mesa, distribuído em pacotes
com cédulas de cada um. R$ 1.000.000,00 50 1.000 R$ 20,00 Cada cédula de R$20,00 é um retângulo de
14 cm de base por 6,5cm de altura. Colocando todas as cédulas uma ao lado da outra, teríamos uma
superfície de:
a) 415m2 b) 420m2 c) 425m2 d) 455m2 e) 475m2

9) Na figura abaixo, a malha quadriculada é formada por quadrados de área 1. Os


vértices do polígono sombreado coincidem com vértices de quadrados dessa malha. A
área do polígono sombreado é:
a) 10. b) 12. c) 13. d) 15. e) 16.

AULA 17
ANALISE COMBINATÓRIA

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS


(Espcex - Aman) Se todos os anagramas da palavra ESPCEX forem colocados em ordem alfabética, à
palavra ESPCEX ocupará, nessa ordenação, a posição
a) 144 b) 145 c) 206 d) 214 e) 215

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1. Principio Fundamental da Contagem

Se um evento pode ocorrer de n 1 maneiras distintas e, a seguir, um segundo evento pode ocorrer de n 2
maneiras distintas, e assim sucessivamente, até um k-ésimo evento que pode ocorrer de n k maneiras
distintas, então o número de maneiras distintas em que os k eventos podem ocorrer sucessivamente é
n1.n2.....nk.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Uma moeda é lançada 3 vezes. Qual o número de sequências possíveis de cara e coroa?

2) Uma turma do CPAM tem 19 alunos. Um deles será escolhido para ser representante de turma e outro
para vice. Qual é o número de possíveis disposições das pessoas nas vagas?

3) De quantas maneiras podemos responder a 10 perguntas de um questionário, cujas respostas para cada
pergunta são: sim ou não?

4) Chamamos de anagrama a um agrupamento de letras formado a partir de um conjunto de letras, tendo


ou não sentido a palavra formada por esse agrupamento. Desta forma determine quantos são os
anagramas formados com as letras da sigla UFMG.

2. Arranjos Simples

São agrupamentos que diferem entre si pela ordem ou pela natureza de seus elementos. O
número de arranjos simples de n elementos tomados k a k, ou classe k, com n > k, é dado por:

3. Permutação Simples

São arranjos simples em que n = k. Assim, permutações simples são agrupamentos que diferem entre si
apenas pela ordem de seus elementos. O número de permutações simples de n elementos é dado por:

4. Combinações Simples
São agrupamentos que diferem entre si apenas pela natureza de seus elementos. O número de combinações
simples de n elementos tomados k a k, ou classe k (n > k), é dado por:

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5. Permutação com Repetição

Sejam α elementos iguais a a, β elementos iguais a b, γ elementos iguais a c,.... λ elementos iguais
a i, num total de α + β + γ + ...+ λ = n elementos. O número de permutações distintas que podemos obter
com estes n elementos é:

6. Permutações Circulares

O número de permutações circulares de n elementos é dado por P* = (n - 1)!

7. Combinações com Repetição

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Com os algarismos 1, 3, 4, 5 e 7, sem repeti-los, podemos formar n números de três algarismos divisíveis
por 5. Então, qual o valor de n?

2) Cinco nadadores disputam uma prova. Qual o número de resultados possíveis para 1º, 2º e 3º ?

3) Uma indústria de alimentos produz pizzas congeladas e dispõe de 10 sabores diferentes e de 2 tipos de
massas. Quantas pizzas com 3 sabores distintos podemos compor, se estabelecermos como critério a
obrigatoriedade de que o sabor mais consumido faça parte de todas as composições?

4) Na sala de visitas de uma residência o teto foi rebaixado com gesso e foram colocadas 10 lâmpadas de
cores diferentes. Por medida de economia, são acessas de 6 a 8 lâmpadas simultaneamente. Calcule o
número de maneiras que as lâmpadas podem ser acessas.

5) A palavra POESIA tem n anagramas. Calcule:


a) o valor de n.
b) quantos desses anagramas começam por vogal.
c) quantos desses anagramas começam por vogal e terminam em consoante.
d) quantos desses anagramas têm as vogais juntas e as consoantes também juntas.

6) Considere o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5}. Quantos números de dois algarismos distintos são possíveis
formar com os elementos do conjunto A, de modo que:
a) a soma dos algarismos seja ímpar?
b) a soma dos algarismos seja par?

7) O número de comissões diferentes, de duas pessoas, que podemos for mar com os n diretores de uma
firma, é. Se, no entanto, ao formar estas comissões, tivermos que indicar uma das pessoas para presidente
e a outra para suplente, podemos formar k + 3 comissões diferentes. Ache o valor de n + k.

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8) Ache o total de anagramas diferentes da palavra ITATIAIA. Mostre os procedimentos.

9) Numa primeira fase de um campeonato de xadrez, cada jogador joga uma vez contra todos os demais.
Nessa fase foram 300 jogos. Quantos eram os jogadores?

10) A numeração dos telefones de determinadas cidades é feita com a utilização dos algarismos 0, 1, 2, 3,
4, 5, 6, 7, 8, 9, de tal modo que cada número de telefone é composto de duas partes: a primeira parte
contém três algarismos e é denominada prefixo; a segunda parte contém quatro algarismos. Então,
justificando as soluções, calcule:
a) O total de números de telefone com prefixo 245 que têm todos os algarismos distintos.
b) O total de números de telefone iniciando por 2 que têm todos os algarismos distintos.
c) O total de números de telefone com prefixo iniciando por 3, nos quais as duas partes, independente uma
da outra, são constituídas de algarismos distintos.
d) O total de números de telefone com prefixo 234, nos quais a segunda parte, independente do prefixo, é
constituída de algarismos distintos.

Para treinar em casa:


Assinale V ou F, conforme for verdadeira ou falsa, respectivamente, cada afirmação a seguir:
a) ( ) 7! = 7.6.5!
b) ( ) 9! = 3! + 6!
c) ( ) 10! / 5! = 2
d) ( ) 6! / 4! = 30
e) ( ) Se n! = 6, então n = 3

1) Quantos anagramas da palavra “ANGEL” começam com a letra A ?


a) 12 b) 24 c) 36 d) 48 e) 120

2) Um casal embarca num ônibus com 7 assentos vagos. De quantas maneiras distintas eles podem sentar-
se nesses assentos vagos?
a) 21 b) 42 c) 35 d) 15 e) 84

3) Numa Câmara de Vereadores, trabalham 6 vereadores do partido A, 5 vereadores do partido B e 4


vereadores do partido C. O número de comissões de 7 vereadores que podem ser formadas, devendo cada
comissão ser constituída de 3 vereadores do partido A, 2 vereadores do partido B e 2 vereadores do partido
C, é igual a:
a) 7 b) 36 c) 152 d) 1200 e) 28800

4) Fábio e Cíntia não têm amigos em comum e cada um tem 6 amigos: ele, 2 mulheres e 4 homens e ela, 4
mulheres e 2 homens. Eles pretendem convidar 4 dessas pessoas para jantar, nas seguintes condições: das
4 pessoas, duas serão amigas de Fábio, duas de Cíntia e as 4 pessoas devem formar 2 casais. De quantos
modos podem ser escolhidas essas pessoas?
a) 101 b) 81 c) 65 d) 37 e) 24
5) Um professor de Matemática dispõe de 7 questões de análise combinatória e 5 de geometria e deve
escolher apenas 4 questões para montar uma prova do SUPRA. De quantas maneiras distintas ele pode
montar estas 4 questões, usando apenas 2 de análise combinatória e 2 de geometria?
a) 495 b) 31 c) 105 d) 175 e) 210

6) De quantos modos podemos dispor, numa estante, 4 livros de Matemática, 3 de Física e 2 de Química,
supondo que todos os livros sejam diferentes e que os de mesma matéria devam estar juntos?
a) 288 b) 1728 c) 540 d) 144 e) 1680

Auxiliar de necropsia Página 123


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7) A quantidade de números de 4 algarismos que podemos formar nos quais o algarismo 4 aparece ao
menos uma vez é:
a) 3168 b) 3160 c) 3167 d) 3268 e) 2998

8) Considere os números obtidos do número 12345, efetuando todas as permutações de seus algarismos e
colocando esses números em ordem crescente, a posição ocupada pelo número 42.531 é:
a) 83ª b) 84ª c) 85ª d) 86ª e) 87ª

9) Seis pessoas – A , B , C , D , E e F – ficam em pé uma ao lado da outra para uma fotografia.Se A e B se


recusam a ficar lado a lado e C e D insistem em aparecer uma ao lado da outra, o número de possibilidades
distintas para as seis pessoas se disporem é:
a) 120 b) 72 c) 144 d) 256 e) 108

10) (Espcex - Aman) Permutam-se de todas as formas possíveis os algarismos 1, 3, 5, 7, 9 e, escrevem-se


os números assim formados em ordem crescente. A soma de todos os números assim formados é igual a:
a) 1 000000. b) 1111100. c) 6 000000. d) 6 666 000. e) 6 666 600.

AULA 18
MATRIZES

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

Página 124 Auxiliar de necropsia


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(ITA) Se
M= [ 1 −1
2 0
e N=] 2 1
−1 3 [ ] então MNT – M-1N é igual a

[ ][ ][ ][ ][ ]
2¿ 5 5 3 2¿ 1 7 5 2¿ 11 13 5 2¿ 5 13 3 2¿ 11 13 3
a) 3¿ ¿ − ¿ ¿ − ¿ b) 3¿ ¿ − ¿ ¿ − ¿ c) 3¿ ¿ − ¿ ¿ − ¿ d) 3¿ ¿ − ¿ ¿ − ¿ e) 3¿ ¿ − ¿ ¿ − ¿
¿ 22 2 ¿ 22 2 ¿ 2 2 2 ¿ 22 2 ¿ 2 2 2
1. Tipos de Matrizes

a) Matriz linha: É toda matriz do tipo 1 x n, isto é, com uma única linha.

Ex:
A= ( 4 7 −3 1 )1 x4 .

b) Matriz coluna: É toda matriz do tipo n x 1, isto é, com uma única coluna.

[]
4
B= −1
Ex:
0 3 x1 .

c) Matriz quadrada: É toda matriz do tipo n x n, isto é, com o mesmo número de linhas e colunas. Neste
caso, dizemos que a matriz é de ordem n.

D=¿( 4 −1 0¿)(0 π √3 ¿) ¿¿¿


Ex:
C=
4 7
(
2 −1 ) 2 x2 ¿
Matriz de ordem 2 Matriz de ordem 3

Seja A uma matriz quadrada de ordem n.

Diagonal principal de uma matriz quadrada é o conjunto de elementos dessa matriz, tais que i = j.

Diagonal secundária de uma matriz quadrada é o conjunto de elementos dessa matriz, tais que: i + j = n + 1.

( )
−1 2 5
A 3 = 3 0 −3
Exemplo:
5 7 −6

Auxiliar de necropsia Página 125


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d) Matriz nula: É toda matriz em que todos os elementos são nulos.

Notação:
Om x n

O2x 3=¿ [ 0 0 0 ¿ ] ¿ ¿¿
Exemplo: ¿

e) Matriz diagonal: É toda matriz quadrada onde só os elementos da diagonal principal são diferentes de
zero.

( )
4 0 0

Exemplo:
A 2= 2 0
0 1[ ] B 3= 0 3 0
0 0 7 .

f) Matriz identidade: É toda matriz quadrada onde todos os elementos que não estão na diagonal principal
são nulos e os da diagonal principal são iguais a 1.

I
Notação: n onde n indica a ordem da matriz identidade.

( )
1 0 0

Exemplo:
I2= [ 10 01 ] I3= 0 1 0
0 0 1

I n=[ aij ] , aij=¿ {1 ,se i=j¿¿¿¿


ou :

g) Matriz transposta: Chamamos de matriz transposta de uma matriz A a matriz que é obtida a partir de A,
trocando-se ordenadamente suas linhas por colunas ou suas colunas por linhas.

Notação: At

[2 −1¿][3 −2¿]¿¿
A=¿ [ 2 3 0 ¿ ] ¿ ¿¿
Exemplo: Se ¿ t
então A = ¿
t
Desse modo, se a matriz A é do tipo m x n, A é do tipo n x m. Note que a primeira linha de A
t t
corresponde à primeira coluna de A e a segunda linha de A corresponde à segunda coluna de A .

t
h) Matriz simétrica: Uma matriz quadrada de ordem n é simétrica quando A= A .

t
OBS: Se A = - A , dizemos que a matriz A é anti-simétrica.

Página 126 Auxiliar de necropsia


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( ) ( )
2 3 1 2 3 1
t
A= 3 2 4 A=3 2 4
Exemplo: Se
1 4 5 3 x3 1 4 5 3 x3

i) Matriz oposta: Chamamos de matriz oposta de uma matriz A a matriz que é obtida a partir de A,
trocando-se o sinal de todas os seus elementos.

Notação: - A

Exemplo: Se
A= [ 34 -10 ] então −A = [−3−4 01 ]

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

a
1) Escreva a matriz A= ( ij )2 x 3 , onde ij =2i+3j
a

i
2) Escreva a matriz B= ( b ij )3 x 3 , onde
bij = j .

3) Escreva a matriz A= ( ij )4 x 3 , onde


a aij=¿ {2 , se i≥j¿¿¿¿

4) Escreva a matriz A= ( ij )2 x 3 , onde


a aij=¿ {2 i+j, se i≥j¿¿¿¿

5) Chama-se traço de uma matriz quadrada a soma dos elementos da diagonal principal. Determine o traço

( 1 2 ¿) ¿ ¿ ¿
de cada uma das matrizes A = ¿ .

6) Dada a matriz A=
(−11 −42 ) , determinar:

a) a transposta de A

Auxiliar de necropsia Página 127


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b) a oposta de A

2. Igualdade de matrizes

Duas matrizes, A e B, do mesmo tipo m x n, são iguais se, todos os elementos que ocupam a
mesma posição são idênticos.

Notação: A = B.

Exemplo: Se
A= 2 0
−1 b [ ] B= 2 c
−1 3 [ ] e A = B, então c = 0 e b = 3

Simbolicamente:
A=B ⇔a ij=b ij para todo 1≤i≤m e todo 1≤i≤n .

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Determinar os valores de a e b, tais que:


(2b+3 ) ( a+3)
a+1 = b+2

( )()
log 3 x 4
y 2 =9
5 5
2) Determine x e y na igualdade:

3) Seja A= ( ij )2 x 3 , onde
a aij =i + j. Determine m, n e p em B= (n−1m+n m−23 p 4 5 ) a fim de que tenhamos
A=B.

4) Determine x e y, tais que:

[ ][ ]
log2 x 3

a)
| y|
x2
= 5 .
64
b)
[ 2 x+3 y 0 5
1
= ][ 0
7 1 5 x+2 y
. ]
3. Adição de Matrizes

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Dadas as matrizes A= [ aij ]m x n eB= [ bij ]m x n , chamamos de soma das matrizes A e B a matriz C =
[ c ij ]m x n , tal que c ij=aij +b ij , para todo 1≤i≤m e todo 1≤i≤n .

Notação: A + B = C

OBS: A + B existe se, e somente se, A e B são do mesmo tipo (m x n).

Propriedades: A, B e C são matrizes do mesmo tipo (m x n), valem as seguintes propriedades:

(P1) Associativa: A + B) + C = A + (B + C)

(P2) Comutativa: A + B = B + A

(P3) Elemento Neutro: A + O = O + A = A onde O é a matriz nula m x n.

P4) Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O

4. Subtração de Matrizes

[a ]
Dadas as matrizes A= ij m x n e B= [ bij ]m x n , chamamos de diferença entre as matrizes A e B a
soma de A com a matriz oposta de B

Notação: A - B = A + (-B)

OBS: A + B existe se, e somente se, A e B são do mesmo tipo (m x n).

5. Multiplicação de um número real por uma matriz

Dados um número real x e uma matriz A do tipo m x n , o produto de x por A é uma matriz do tipo m
x n, obtida pela multiplicação de cada elemento de A por x.

Notação: B = x.A

OBS.: Cada elemento


bij de B é tal que
bij = x aij

Propriedades: Sendo A e B matrizes do mesmo tipo (m x n) e x e y números reais quaisquer, valem as


seguintes propriedades:

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P1) Associativa: x.(y.A) = (x.y).A

1) Distributiva de um número real em relação a adição de matrizes: x.(A+B) = x.A + x.B

2) Distributiva de uma matriz em relação a soma de dois números reais: (x + y).A = x.A + y.A

3) Elemento Neutro: x.A = A, para x = 1, ou seja: 1.A = A

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Sendo A=
(14 0 2
1 3 ) ( 3 0 1 ¿) ¿ ¿¿
e B= ¿ , calcule: a) A + B b) A – B c) B – A

a a b b
2) Sendo A= ( ij )3 x 2 , onde ij =2i-j, e B= ( ij )3 x 2 , com ij =
2
i +j, calcule:

a) A – B b) B – A c) ( A +B )t

3) Sendo A=
( ) 2 0
0 2 e
B= ( ) 3 0
0 3 , determinar as matrizes X e Y, tais que: X + Y = A + B e 2X – Y = A
– B.

4) Dadas as matrizes A=
(20 31 ) ,
B= ( 03 42 ) e C=
(150 1418 ) calcule:

a) 3.(A – B) + 3.(B – C) + 3.(C – A)

b) 2.(A - B) – 3.(B – C) – 3.C

c) a matriz X, tal que 3.(X – A) + 2.B = 4.(X – A + 2.C)

[ ]
2 3 c
3 4 y
5) Sendo a matriz A=
0 2 3 simétrica, determine c e y.

a a b b
6) Sendo A= ( ij )2 x 2 , onde ij =2i-j, e B= ( ij )2 x 2 , com ij = j−i , determine X tal que 3A + 2X = 3B.

7) Sendo A=
( 2 −1
3 2 ) e
(
B=
0 −1
−1 1 ) , calcule as matrizes X e Y no sistema
{2 X+3Y=B¿¿¿¿ .

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[ ]
−1 2 3
0 1 0 1
2 X−3 A= B
8) Sendo A=
2 1 1 e B=-2A, determine a matriz X, tal que 2

6. Multiplicação de matrizes:

A matriz produto A.B existe apenas se o número de colunas da primeira matriz (A) é igual
ao número de linhas da segunda matriz (B).

OBS: Elementos correspondentes de matrizes do mesmo tipo m x n, são os elementos que ocupam a
mesma posição nas duas matrizes.

Exemplo:

A=¿ [1 6 4 ¿] ¿ ¿¿ B=¿ [ 5 0 2 ¿ ] ¿ ¿¿ a13=4 e b13=2


Sejam ¿ e ¿ . Os elementos são elementos
correspondentes.

Assim:
A m x p e Bp x n ⇒ ( A . B )m x n

Note que a matriz produto terá o número de linhas (m) do primeiro fator e o número de colunas (n)
do segundo fator.

Exemplos:

1) Se
A 3 x 2 e B2 x 5 ⇒ ( A . B ) 3 x 5
2) Se
A 4 x 1 e B2 x 3 ⇒ que não existe produto
3)
A 4 x 2 e B2 x 1 ⇒ ( A . B ) 4 x 1

Propriedades : Verificadas as condições de existência, para a multiplicação de matrizes são válidas as


seguintes propriedades:

P1) Associativa: (A.B).C = A.(B.C)

P2) Distributiva em relação à adição: A.(B+C) = A.B + A.C e (A+B).C = A.C + B.C

I I I
P3) Elemento Neutro: A. n = n .A = A onde n é a matriz identidade de ordem n.

Atenção: Não valem as seguintes propriedades:

a) Comutativa, pois, em geral, A.B ¿ B.A

b) Sendo
Om x n uma matriz nula, A.B =
Om x n não implica, necessariamente, que A =
Om x n ou B =
Om x n .

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7. Matriz Inversa:
'
Dada uma matriz A, quadrada, de ordem n, se existir uma matriz A , de mesma ordem, tal que A.
A = A .A = I n , então A é matriz inversa de A. (Em outras palavras: Se A. A = A .A = I n , isto implica
' ' ' ' '

' −1
que A é a matriz inversa de A, e é indicada por A ).

−1
Notação: A

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Sendo A=
( )
2 2
1 2 , calcule
2
A +4 A−5 I 2 .

2) Determine a matriz X, tal que X +2 A= ( A . B− A )


t
, sendo A=
(20 11 ) e B=
(11 20 ) .

[ ] [ ] [ ]
2 −3 −5 −1 3 5 2 −2 −4
−1 4 5 , B= 1 −3 −5 −1 3 4
3) Dadas as matrizes A= 1 −3 −4 3 x3 −1 3 5 e C= 1 −2 −3 . Calcule:

a) A.B

b) B.A

c) A.C

d) C.A

4) Sendo A =
[ ]
1 2
−2 1 2 x 2 , vamos determinar a matriz inversa de A, se existir.

[ ] [24 −30 ]
1
2
0
2 1
3
−3
5) Verifique se B= 2x2 é inversa de A=

−1
6) As matrizes A, B e C são invertíveis e de mesma ordem 2. Sendo B.
A =I 2 e C.B = A, determine C e
−1
C .

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Para treinar em casa:

1) A matriz A= ( ij )3 x 3
a a
é definida de tal modo que ij
=¿ { (−1)i+ j
, se i≠j ¿ ¿¿¿ . Então, A é igual a:

[ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
0 −1 1 1 0 0 0 1 −1 −1 0 0 0 −1 −1
−1 0 −1 −1 −1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 −1
a) 1 −1 0 b) 1 0 1 c) −1 1 0 d) 0 0 −1 e) 1 1 0

2) Dadas as matrizes A= ( ij ) e B= ( ij ) , quadradas de ordem 2, com


a b aij =3 i+4 j e bij =−4 i−3 j , se
2
C=A + B, então C é igual a:

a)
[10 01 ] b)
[−10 −10 ] c)
[01 10 ] d)
[−10 −10 ] e)
[11 11 ]
3) A é uma matriz mxn e B é uma matriz mxp. A afirmação falsa é:

a) A + B existe se, e somente se, n = p

t t
b) A= A implica m = n ( A = transposta de A)

c) A.B existe se, e somente se, n = p

t
d) A. B existe se, e somente se, n = p

t
e) A .B sempre existe

4) Sendo a matriz ao lado igual à matriz identidade de ordem 2, o valor de 2.x é:

a) -4 b) 6 c) 4 d) 8 e) -8

5) Dada a matriz A, ao lado, então a soma dos elementos da primeira linha da matriz
At é:

a) -1 b) 5 c) 2 d) 3 e) 4

6) Considere as matrizes:

A = (aij), 4 x 7, definida por aij = i – j;

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B = (bij), 7x 9, definida por bij = i;

C = (cij), C = AB.

O elemento C63 é igual a:


a) – 112 b) – 18 c) – 9 d) 112 e) não existe

7) A matriz C fornece, em reais, o custo das porções de arroz, carne e salada usados num restaurante. A
matriz P fornece o número de porções de arroz, carne e salada usados na composição dos pratos tipo P1,
P2, P3 desse restaurante.

A matriz que fornece o custo de produção, em reais, dos pratos P1 , P2 , P3 é:

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AULA 19
RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS


(Epcar) Em relação à figura ao lado, tem-se CAD =
30º , AC = 2 cm e BC = 4 cm. Se AC ⊥ CB e AD ⊥ DB,
então, BD , em cm, é igual a

6−√ 3 b) 6 √ 3−3
a) 3
c) 2 √3−1 4−√ 3
d) 2

1. Revisitando teoremas importantes

Da geometria plana seguem as relações entre os lados e


entre os ângulos de um triângulo retângulo (Teorema de Pitágoras
e Lei Angular de Tales) conforme seguem:

a) Teorema de Pitágoras: BC2 = AB2 + AC2

b) Lei Angular de Tales: ∠ABC + ∠ACB = 90°

Ou seja:

“Os ângulos agudos de um triângulo retângulo são


complementares”.

c) Triângulos Pitagóricos:

São aqueles (triângulos retângulos) que têm os


lados expressos por números inteiros.

Exemplos:

2. Razões trigonométricas para triângulos retângulos

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Dado um ângulo agudo de medida α, considerar todos os infinitos triângulos retângulos com esse
ângulo agudo α. Veja na figura ao lado alguns deles:

É fácil perceber que os triângulos OAB,


OA’B’, OA”B” e OA”’B”’ são semelhantes. Daí segue que a razão entre dois lados quaisquer de um deles
necessariamente será igual à mesma razão nos outros
triângulos. Veja:

É notável que as constantes 1 k , 2 k e 3 k dependem com exclusividade da medida do ângulo α, e


não das dimensões do triângulo para sua obtenção. Então escolhendo um deles ao acaso tem-se a situação
ao lado:

Onde sen α, cos α e tg α (leiam-se seno de α, cosseno


de α e tangente de α) são respectivamente as constantes k1, k2 e k3 conhecidas como razões
trigonométricas no triângulo retângulo

2.1. Tabela de ângulos notáveis

3. Razões no triangulo qualquer

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Observe que: α = Aˆ , β = Bˆ e γ = Cˆ . 3.1. Lei dos Senos:

3.2. Lei dos Cossenos

Nota – Área do triângulo qualquer:


TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Calcule o valor da expressão

2) Determinar o valor de “x” na figura ao lado:

3) Na figura ao lado, ABC é um triângulo retângulo.


Calcule o valor numérico de tgα .

4) Determine o valor de x na figura ao lado:

5) Calcular a altura “h” de uma torre, situada em terreno horizontal, conhecendo as seguinte medições:
a) do ponto A , colocado ao sul da torre ela é vista sob ângulo de 45º;
b) do ponto B , situado a leste da torre ela é vista
sob ângulo de 30º;
c) a distância entre A e B é de 200 metros.

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6) Num triângulo qualquer, seja Â=60º o ângulo formado pelos lados b= ( √ 3−1 ¿m e c = 1 m. Calcular o
valor do ângulo B , oposto ao lado “b”.

Para treinar em casa:

1) Aplicando a “lei dos cossenos”, o valor de “x” na figura ao lado é:


a) √ 3 b) √ 5 c) √ 6 d)√ 7 e) √ 10

2) A área do triangulo ao lado é:


a) 18 u.a b) 19 u.a c) 20 u.a d) 21 u.a e) 22 u.a

3) O valor desconhecido no triangulo retângulo da figura ao lado é:


a) 2 b) 4 c) 6 d) 8 e) 10

4) Em um triângulo ABC , AB = 4 cm , AC =2cm. O ângulo BÂC = 60º. O perímetro do triângulo, em cm, é :


a) b)2(3+ √ 3) c)2( 4+3 √ 3) d)4 (3+ √ 3) e)8( 3+ √ 3)
4 (3 √ 3+1)

5) O lampião representado na figura está suspenso por duas cordas perpendiculares presas ao teto.
Sabendo-se que essas cordas medem 1/2 e 6/5 a distância do lampião ao teto, em metros, é:
a) 1,69 b) 1,3 c) 0,6 d) 1/2 e) 6/13

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6) Os raios de duas circunferências são 3cm e 8cm e a distância entre seus centros é 13cm . O
comprimento do segmento AB é:
a) √ 58cm b) 11 cm c)12 cm d)10 cm e) √ 120cm

7) Na figura abaixo, as circunferências C1 e C2 tangenciam-se em C , e a reta t tangencia C1 e C2


respectivamente em A e B . Se o raio de C1 é 8cm e o raio de C2 é 2cm , então:
a) AB=8 cm b) AB=13 cm c) AB=10 cm d) AB=12 cm e) AB=15 cm

8) O triângulo ABC é equilátero de lado 4 ; AM = MC = 2 , AP = 3 e PB = 1. O perímetro do triângulo APM é


igual a:
a) 5+ √ 7 b)5+ √ 10 c)5+ √ 19 √
d)5+ 13−6 √ 3 √
e)5+ 13+6 √ 3

9) No triangulo abaixo, lado AC= x e BC = y. Dessa forma, x e y são respectivamente:

a) 3( √ 3+1) e 6
b) 6 e 3( √ 3+1)
c) 3(2− √3) e 7
d) 7 e 3(2− √3 )
e) 6 e 2( √ 3+3)

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AULA 20
TRIGONOMETRIA NO CICLO TRIGONOMÉTRICO

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

Seja a função real f definida por


f (x )=cos ( 4 x )−sen ( π2 −6 x)
(AFA)

Marque a alternativa que possui a melhor representação, no ciclo trigonométrico, de todas as raízes de f.

Unidades de medidas de ângulos

Existem algumas unidades com as quais podemos medir um ângulo. A mais conhecida é o grau,
que equivalente a 1/360 do ângulo que se descreve dando uma volta completa em uma circunferência,
mas há também outra, não muito conhecida, o radiano, e outra ainda mais desconhecida, o grado.

 Radiano: O cálculo do radiano é feito a partir de uma circunferência de raio r e um arco dessa
mesma circunferência ( arco ^ AB ). Se a medida do arco for a mesma medida do raio, esse arco
delimita um ângulo central equivalente a 1 radiano (1rad).

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O valor do ângulo α será igual a 1 radiano, se somente se, o valor do arco correspondente a ele for
igual a 1 radiano. 

Para determinar o comprimento deste arco usamos:


ℓ=α rad⋅r

α
ℓ= ⋅r
Para ângulos em graus, fazemos: 360∘

Para uma volta completa, o comprimento C da circunferência será: C=2 π⋅r


 Grado: O grau centesimal, também chamado de gradianos, é uma unidade de medida de ângulos
planos, alternativa para o grau  cujo valor é definido como o ângulo central subtendido por um arco,
cujo comprimento é igual a 1/400 da circunferência. O círculo é dividido 400 grados e cada
quadrante da circunferência prescreve um ângulo de 100 grados. Seu símbolo é um "g" minúsculo
sobrescrito colocado após o figura, por exemplo, 12,4574 g.
grau rad grado
= =
A conversão é feita da seguinte forma: 180∘ π 200∘

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Transforme os ângulos abaixo para radianos.


a) 120º b) 270º c) 45º d) 160º

2) Transforme os ângulos abaixo para graus.


π π 7π 2π
a) rad b) rad c) rad d) rad
4 6 6 3

3) Quantos radianos percorre o ponteiro dos minutos de um relógio em 50 minutos?

4) Qual o comprimento de um arco de 150º numa circunferência de raio 10 cm?

5) Em um jogo eletrônico, o "monstro" tem a forma de um setor circular de raio 1 cm,


como mostra a figura. A parte que falta no círculo é a boca do "monstro", e o ângulo de
abertura mede 1 radiano. Determine o perímetro do "monstro".

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2. Ciclo ou círculo Trigonométrico

Trata-se de uma circunferência com centro na origem do


sistema de eixos coordenados e de raio 1, como é
mostrado na figura ao lado.

Os eixos dividem a circunferência em 4 partes 2º Quadrante 1º Quadrante


iguais denominados quadrantes. Convenciona-se que o
sentido anti-horário é o sentido positivo na circunferência
trigonométrica. 3º Quadrante 4º Quadrante

2.1. Arcos côngruos

São arcos de mesma origem e de mesma


extremidade, que diferem um do outro por acaso
pelo número de voltas, independente do sentido da
orientação. Veja ao lado:

Expressão geral dos arcos côngruos:


α=α 0 + k⋅360o ou α=α 0 +2 kπ

π
α =12o + k⋅360 o ou α= +2 kπ
No quadro acima, temos: 15 . Ambas as relações
representam todos os arcos côngruos a 1452º em graus e em radianos respectivamente.

Exemplo:

10º ≅ 370º ≅ 730º ≅ 1090º ≅ − 350º

Pois:

370º = 10º + 360º

730º = 10º + 360º + 360º

1090º = 10º + 360º + 360º + 360º

−350º = 10º − 360º

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Encontre a menor determinação positiva e o quadrante dos arcos abaixo:

a) 140º b) 870º c) 1260º d) -400º e) -1580º

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7π 27 π 22 π 31 π
f) rad g) rad h) rad i) rad
6 6 4 3

2) Encontre o menor ângulo entre os ponteiros de um relógio nas horas abaixo;


a) 2h30min b) 10h20min c) 11h45min

3) Um relógio analógico marca, num certo instante, 10h25min. Admita que o ponteiro dos minutos se
movimente 72º. Nessas condições, calcule o novo horário apresentado por esse relógio.

4) Represente, no ciclo trigonométrico, as extremidades dos arcos cujas medidas são dadas pela
expressão:

π π
x=− +kπ , k ∈ Z x= +2 kπ , k ∈ Z
a) 8 b) 6 c) x=120 º + k .90º, k ∈ Z d) x=−150º + k .360 º, k ∈ Z

2.2. Representação das Funções no ciclo trigonométrico

2.2.1. Eixos Trigonométricos

Os valores de senθ serão medidos no “eixo y” do sistema


cartesiano ortogonal, e os valores de cosθ serão medidos no “eixo x”.
Os valores de tgθ serão medidos num eixo vertical tangente à
circunferência trigonométrica na origem dos arcos. Veja a figura ao
lado:

É importante observar que o eixo das tangentes é paralelo ao


eixo dos senos, logo, a tangente de um ângulo θ só existirá se: θ ≠
90º + k.180º com k ∈ Z . Portanto, tgθ pode assumir qualquer valor
real, ou seja: −∞ < tgθ < + ∞

Veremos a seguir, como são definidos os valores para cada uma das funções consideradas no primeiro quadrante.

Seno Cosseno Tangente

Auxiliar de necropsia Página 143


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O seno de um ângulo θ qualquer O coseno de um ângulo θ qualquer A tangente de um ângulo θ só


estará sempre compreendido no estará sempre compreendido no existirá se:
intervalo: intervalo:
−1 ≤ sen θ ≤ 1 −1 ≤ cos θ ≤ 1 θ ≠ 90º + k.180º com k ∈ Z

2.2.2. Demais funções importantes

Com exceção da “tangente” e “cotangente”, que possuem eixos


exclusivos, os valores da secante e cossecante serão medidos,
respectivamente, nos eixos cosseno e seno. Apesar dos valores serem
medidos no mesmo eixo, existirão diferenças para obtê-los, observe ao
lado:

Na sequência, temos como são definidos os valores para cada uma das funções consideradas,
apresentando arcos no primeiro . Vale lembrar que a “flechinha” indica o sentido positivo do eixo.

Cossecante Secante Cotangente

OC = cos θ
A cossecante de um ângulo θ só A secante de um ângulo θ só A cotangente de um ângulo θ
existirá se: existirá se: só existirá se:
θ ≠ 0º + k.180º com k ∈ Z . θ ≠ 90º + k.180º com k ∈ Z . θ ≠ 0º + k.180º com k ∈ Z .

A cosec θ terá variação: A sec θ terá variação: A cotg θ pode assumir qualquer valor
real, ou seja:
secθ ≤ −1 ou secθ ≥1 −∞ < cotg θ < +∞
cosecθ ≤ −1 ou cosecθ ≥1

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2.3. Variações dos sinais

Abaixo, temos um quadro-resumo para as variações dos sinais das funções vistas anteriormente:

2.4. Redução ao primeiro quadrante:

Reduzir ao 1º quadrante à técnica que possibilita o


cálculo para certas linhas (arcos) trigonométricas não
pertencentes ao 1o quadrante, que permite relacionar com
linhas trigonométricas de arcos do 1º quadrante.

Sendo α um arco tal que 90o < α < 360o, para


problemas numéricos, então:

Se α ∈ 2º Q, calcula-se 180º – α

Se α ∈ 3º Q, calcula-se α – 180º

Se α ∈ 4º Q, calcula-se 360º – α

Para problemas literais procedemos da seguinte forma:

F (Kπ ±α ) = ±F(α) ; K ∈ Z

F ( K(π/2) ±α) =± COF(α); K∈ {±1,±3, ±5, ...}

Em ambos os casos deve-se levar em consideração o sinal da função nos quadrantes.

IMPORTANTE:

Decorrente do exposto até então, podemos destacar algumas relações importantes:

 cos x = cos(−x)

 sen(−x) = −senx

Nos casos abaixo, o ângulo x é agudo:

 sen(90º−x) = cos x

 cos(90º−x) = senx

Auxiliar de necropsia Página 145


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Observe que os arcos x e (90º−x) são complementares.

3. Relações Trigonométricas:

As relações ao lado são muito úteis para situações em


que se apresentam funções trigonométricas diferentes.
Em especial, a expressão em destaque é dita “relação
fundamental da trigonometria”.

Porém, nunca devemos de considerar o sinal


do quadrante considerado.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) 6) Determine os valores de:

a) sen120º b) sen(−330º) c)
cos

6 d)
( )
cos −

6 e) tg150º f) tg(−315º)

^
2) Em um triângulo ABC, retângulo em A, sabe-se que cos B = 0,6. Determine o valor de cotg C .
^

3) Se um cateto e a hipotenusa de um triângulo retângulo medem 2k e 4k, respectivamente, então


determine o valor da tangente do ângulo oposto ao menor lado.

4) Seja x um número real pertencente ao intervalo


[ 0;
π
]
2 .
3
Se sec(x) = 2 , determine o valor de tg(x).

5) Julgue os itens a seguir de verdadeiros (V) ou falsos (F).

a) ( ) o valor de sen(120°) é positivo.

b) ( ) o valor de cos(390°) é positivo.

c) ( ) o valor de tg(240°) é negativo.

d) ( ) o valor de sec(120°) é negativo.

π
06) Na circunferência trigonométrica a seguir, considere o arco AM de medida 3
radianos.

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Determine:
a) AP b) MN c) ON d) OP

Para treinar em casa:

1) Um veículo percorre uma pista circular de raio 300 m, com velocidade constante de 10 m/s, durante um
minuto. Dentre os valores abaixo, o mais próximo da medida, em graus, do arco percorrido é:
a) 90 b) 115 c) 145 d) 75 e) 170

2) Na figura, tem-se duas circunferências co-planares e concêntricas. Sendo OA = 4 cm, CD = 6 cm e o


comprimento do arco AC = 6 cm, o comprimento do arco BD, em cm, é:
a) 8 b) 12 c) 15 d) 18

3) Dentre os desenhos abaixo, qual representa o ângulo que tem medida mais próxima de 1 radiano?

4) Julgue os itens a seguir se verdadeiros (V) ou falsos (F).


π
a) ( ) o maior ângulo formado pelos ponteiros de um relógio às 11h da manhã é igual a 6
rad.
b) ( ) Das 13h 50min até as 14h 30min o ponteiro das horas de um relógio percorre um arco de 40º.

c) ( ) o menor ângulo formado pelos ponteiros de um relógio às 18h 24min é igual a 48º.

d) ( ) se o ponteiro menor de um relógio percorrer um ângulo de 42º, então o ponteiro dos minutos terá
percorrido um tempo igual a 84 minutos.

5) Julgue os itens a seguir se verdadeiros (V) ou falsos (F).


a) ( ) Desenvolvendo-se a expressão (sen 15° + cos 15°) 2 obtém-se 0,5.
tg 31 ° + tg 14°
b) ( ) O valor de 1 − tg 31° . tg 14 ° é igual a 1.
√3
c) ( ) O valor de sen 17° . cos 13° + cos 17° . sen 13° é igual a 2 .

d) ( ) O valor de cos 73° . cos 17° – sen 73° . sen 17° é igual a zero.

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3 3π
π < x<
6) Se tg(x) = 4 e 2 , o valor de cos(x) – sen(x) é igual a:

7 7 2 1 1
− − −
a) 5 b) 5 c) 5 d) 5 e) 5

7) Um ângulo de 45º corresponde (em GRADOS) a:


a) 50g b) 90g c) 22,5g d) 15g e) 4,5g

8) Tomando para π a aproximação 3,14 , se um arco de circunferência mede 1,57 cm e o diâmetro da


mesma 8cm , então o ângulo correspondente a este arco mede:
a) 22° 5’ b) 22°30’ c) 11° 25’ d) 11° 15’ e) 39°25’

AULA 21
O CONJUNTO DOS NUMEROS COMPLEXOS

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

(IME) Se dividirmos o número 16 em duas partes cujo produto seja 70, esses partes serão os números
complexos:

a)5 ± √ 5 . i b) 8 ± 2.i c)−2 ±2. i d) 8 ± √ 6 .i e) −8 ± √ 6 .i

1. DEFINIÇÃO

Número complexo é um par ordenado (a, b) de números reais. Representando por C , é definido
como mostra a figura ao lado:

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2. FORMA ALGÉBRICA

Um número complexo qualquer z pode ser escrito da forma a +bi, denominada forma algébrica, com a e b
reais e i a unidade imaginária.

i =√ −1 chamado de unidade imaginária.


a é a parte real de z: a = Re(z)
bi é a parte imaginária de Z
b é o coeficiente da parte imaginária de z : b = Im
(z)
z = a − bi é chamado de conjugado de z.

Note que:

 Se a = 0, então Z é imaginário PURO.

 Se b = 0, então Z é número REAL.

3. MÓDULO E ARGUMENTO DE UM NÚMERO COMPLEXO

Sendo z = a + bi, com a, b ∈ R um número complexo, temos:


A) Módulo de z: |z|=ρ= a 2+b 2 √

{
a
senθ=
ρ ∀ ρ≠0
B) Argumento de z: é o número real θ,0 < θ < 2π, tal que:
b
¿ cosθ=
ρ

4. FORMA TRIGONOMÉTRICA DE UM NÚMERO COMPLEXO

Sendo z = a + bi um número complexo diferente de zero, ρ o módulo de z e θ o argumento de z,


temos:

5. Potências de i

Considere a sequencia de potencias da unidade imaginária apresentada abaixo:

i0 = 1     i4 = i2 . i2 = (-1) . (-1) = 1

i1 = i     i5 = i4 . i = 1 . i = i

i2 = -1     i6 = i4 . i2 = 1 . (-1) = -1

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i3 = i2 . i = -1 . i = -i     i7 = i4 . i3 = 1 (-i) = -i

Observe que as quatro potências de i na coluna da esquerda, repetem-se nos quatro casos
seguintes na coluna da direita. Este ciclo 1, i, -1, -i repete-se indefinidamente.

Então, para simplificar ix para x > 4, buscamos o maior múltiplo de 4 contido em x; por exemplo

i26 = i24 . i2 = (i4)6 . i2

= 16 . (-1)

= -1

i43 = i40 . i3 = (i4)10 . i3

= i10 . (-i)

= -i

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Na figura, os pontos P e Q representam, respectivamente, os números complexos z e w

Complete:

a) z = ....................

b) w = ....................

c) = .....................
z

d)
w = ....................

2) Os números complexos 1+ 2i , −2 + i e −1− 2i são vértices de um quadrado. Represente-os no plano de


Argand-Gauss e determine o número complexo que representa o quarto vértice desse quadrado.

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3) Efetuar as operações indicadas:

a) (2 + 3i) + (5 + 4i) =

b) (-3 + 8i) - (2 - 3i) =

c) (3 + 3i) . (2 + 4i) =

d) (3 + 4i) . (3 - 4i) =

e) (1 + i)2 =

f) (1 - 2i)2 =

g) (3+i) : (1-i)

h) (4-3i): (-2i)

i) (-2-i) : (-2+i)

z 2−z 3
4) Sejam os complexos z1 = 2 - i, z2 = 4 + 5i e z 3 = 1 - i. Se o complexo z 4 é tal que: z 4 = , determine
z1
z4.

2+i
5) Sabendo que α é um número real e que a parte imaginária do número complexo é zero, dê o valor
α +2 i
de α.

6) Dado o número complexo z = -3√ 3 + 3i, onde i2 = -1, determine sua forma trigonométrica.

3
7) Qual o módulo do número complexo ?
2+ i

8)Sejam z1 = 2 + 3i e z2 = 3 – 2i dois números complexos.Obtenha

a) z1 + z2 b) z1 – z2 c) z1 x z2 d) z1 : z2

9) Considere o número complexo z = 1 + i e calcule (1 + i)10.


10) Resolva, em C , as equações:
a) 2x2 – 6x + 5 = 0 b) x2 + 2ix – 5 = 0 c)x2 − 6x + 13 = 0

11) Determine equações do segundo grau com raízes:


a) 3 – 2i e 3 + 2i; b) -2i e i.

( ).
17
1+i
12) Sendo i a unidade imaginária, encontre o valor de
1−i

13) Sendo i a unidade imaginária ( i2 = −1) e sabendo que (a + i)4 é número real, encontre os valores de a,
mostrando os procedimentos.

14) Sendo z = (i −1)−10 e “i” a unidade imaginária, encontre o valor de z.

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15) O número z é tal que z + |z| = 18 + 12i. Determine:


a) O número z ;
b) A área do triângulo OPθ onde O é a origem do sistema, P é o afixo de z e θ é o afixo de z .

16) Escreva o complexo z = 2 + 2i na forma trigonométrica.

17) A forma algébrica do número complexo z =


(cos 34π +i sin 34π ) é:

Para treinar em casa:


¿ ¿
1) Se z é um número complexo e z é o seu conjugado, então z . z é igual a:
¿
a) |z|2 b) |z| c) z2 d) z e) z

2) As imagens dos números complexos 1 + 2i , -2 + i e -1 – 2i s]ao vértices de um quadrado. O quarto


vértice do quadrado corresponde ao número:
a) -2 – i b) -1 + 3i c) -3 – i d) 2 – i e) 1 – 2i

1+i
3) O valor simplificado da expressão 3+i é:
4+i 2+i 1+i 2+i 3+i
a) 2 b) 5 c) 4 d) 2 e) 9

4) O número complexo (1 + i)10 é igual a:


a) 32 b) -32 c) 32i d) -32i e) 32(1 + i)

5) Seja o complexo z = i(1 – i) – 2i, seu conjugado é:


a) 1 + i b) -1 + i c) 1 – i d) 1 – 2i e) 1 + 2i

2i
=1+i
6) Se z , então o número complexo z é:
a) 1 – 2i b) -1 + i c) 1 – i d) 1 + i e) -1 + 2i
7) Se z1 = √ 3 + i e z2 = 3 + √ 3 i , então z1.z2 tem módulo e argumento, respectivamente, iguais a:
a) 2 √ 3 e 30º b) 3√ 2 e 30º c) 3√ 2 e 60º d) 4√ 3 e 30º e) 4√ 3 e 60º

8) Sejam z1 e z2 números complexos que satisfazem a condição z1 = i. z 2 , em que i2 = - 1. Assim, podemos


afirmar que:
a) z1 = - z2.
b) z1 e z2 são simétricos com relação ao eixo x.
c) z1 e z2 são simétricos com relação ao eixo y.
d) z1 e z2 são simétricos com relação à reta y = x.
e) z1 e z2 são simétricos com relação à reta y = -x.

9) Sejam os números complexos w = ( x - 1 ) + 2 i e v = 2x + ( y -3 ) i, onde x, y IR. Se w = v, então:


a) x + y = 4 b) x . y = 5 c) x - y = -4 d) x = 2y e) y = 2x

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10) O valor de i1996 é de:


a) 1 b) -1 c) i d) -i e) 499

11) Dado o número complexo z = 3 - 4i, então (z) -1 vale:

a) 3 + 4i b) -3 - 4i c) d) e)

12) ( USF - SP ) Se o número complexo z é tal que z = i45 + i28 então z é igual a:
a) 1 - i b) 1 + i c) -1 + i d) -1 - i e) i

AULA 22
PROBABILIDADE

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS


(Especex) De uma caixa contendo 50 bolas numeradas de 1 a 50 retiram-se duas bolas, sem reposição. A
probabilidade do número da primeira bola ser divisível por 4 e o número da segunda bola ser divisível por 5
é:
a) 12/245 b) 14/245 c)59/2450 d) 59/1225 e) 11/545

1. INTRODUÇÃO

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1.1. Experimentos aleatórios

São aqueles que em repetidas vezes e nas mesmas condições apresentam resultados variados, o
que impede premeditá-los.
Exemplos:
 Lançamento de uma moeda

 Extração de um par de cartas de um jogo de baralhos.

1.2. Espaço amostral

Conjunto formado por todos os resultados possíveis de um experimento aleatório.

Exemplo:
 Lançamento de um dado usual: E = {1,2,3,4,5,6}

1.3. Evento

É qualquer subconjunto do Espaço Amostral

Exemplo:
 No lançamento de um dado usual, obter na face superior um número primo: A = [2,3,5]

2. DEFINIÇÃO

A probabilidade de ocorrência de um determinado evento é a razão entre o número de resultados


favoráveis e o número de resultados possíveis.

Observação:
 Evento certo → A = E → p(E)=1

 Evento impossível → A = 0 → p(0) = 0 ou seja, 0 ≤ p(A) ≤ 1

 Evento Complementar
A =E
A∪

p(A ∪ A )= p(E)

p(A)+ p ( A )= 1
Geometricamente, temos:

A = A* = Ac

Na probabilidade da união de dois eventos A e B, quando há elementos comuns, devemos excluir


as probabilidades dos elementos comuns a A e B (elementos de A ∩ B ) para não serem computadas duas
vezes. Assim:

P(A U B) = P(A) + P(B) - P(A n B)

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TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Escolhendo ao acaso um dos triângulos formados pelos pontos da figura abaixo, qual é a probabilidade
do triângulo escolhido ter o ponto P como um dos vértices?

2) No lançamento de dois dados usuais e distinguíveis, qual é a probabilidade da soma dos números
obtidos ser primo?

3) Um casal resolve ter 3 filhos. Qual é a probabilidade de que sejam 2 meninas e 1 menino?

4) No lançamento simultâneo de um dado e uma moeda (honestos), qual é a probabilidade de obter número
5 e cara, nas faces superiores?

5) No lançamento de um dado e uma moeda honestos, e observando a face superior, qual é a probabilidade
de obter o número 5 e cara?

6) No lançamento de um dado e uma moeda honestos, e observando a face superior, qual é a probabilidade
de obter o número 6 ou coroa?

7) Retirando-se uma carta de um baralho de 52 cartas, qual a probabilidade da carta retirada ser ou um ÁS
ou uma carta de COPAS?

1 1
P( A )= P(B )=
8) Em determinado experimento constatou-se que 2 e 4 são mutuamente exclusivos. De
acordo com essas informações, calcule:

a) P(A) b) P(B) c) P( A∩B ) d) P( AUB) e) P( AUB)

1 1 1
P( A )= P(B )= P( A∩B )=
9) Um experimento constatou que 2 , 3 e 4 . Calcule:

a) P( A∪B ) b) P( A∪B ) c) P( A∩B )

11) Um número inteiro é escolhido aleatoriamente entre 1, 2, 3, ..., 50. Qual a probabilidade de ser:
a) Múltiplo de 5 b) Divisível por 6 ou 8 c) Número primo

2 4 7
12) As probabilidades de três jogadores acertarem um pênalti são respectivamente , e 3
. Se cada 6 10
um chutar uma única vez, qual a probabilidade de:
a) Todos acertem b) Só um acerte c) Todos errarem

13) Uma urna contém 12 bolas: 5 brancas, 4vermelhas, e 3 pretas. Outra contém 18 bolas: 5 brancas, 6
vermelhas e 7 pretas. Uma bola é retirada de cada urna. Qual a probabilidade de que as duas bolas sejam
da mesma cor?

3 3
14) A probabilidade de uma mulher estar viva daqui a 30 anos é 4 e de seu marido é 5 . Calcular a
probabilidade de:

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a) apenas o homem estar vivo b) somente a mulher estar viva c) pelo menos um estar vivo

15) Uma urna contém 5 bolas vermelhas e 3 brancas. Uma bola é selecionada aleatoriamente da urna e
abandonada, e duas de cores diferentes destas são colocadas na urna. Uma segunda bola é então
selecionada da urna. Encontre a probabilidade de que:
a) a segunda bola seja vermelha
b) ambas as bolas sejam da mesma cor.
c) Se a segunda bola é vermelha, qual é a probabilidade de que a primeira bola seja vermelha.
d) Se ambas são da mesma cor, qual é a probabilidade de que sejam brancas.

3. Probabilidade Condicional

Se  A  e  B são dois eventos, a probabilidade de B ocorrer , depois de A ter acontecido é definida
por: P (B/A), ou seja, é chamada probabilidade condicional de B. Neste caso os eventos são dependentes e
definidos pela fórmula:

P (A e B ) = P (A) x P(B/A)

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Duas cartas são retiradas de um baralho sem haver reposição. Qual a probabilidade de ambas serem
COPAS ?

2) No exemplo anterior se a 1ª carta retirada voltasse ao baralho o experimento seria do tipo com reposição
e seria um evento independente. Qual seria o resultado ?

Para treinar em casa:

1) Uma urna contém 50 bolinhas numeradas de 1 a 50. Sorteando-se uma bolinha, a probabilidade de que o
número observado seja múltiplo de 8 é:
(A) 3/25 (B) 7/50 (C) 1/10 (D) 8/50 (E) 1/5

2) No lançamento de um dado não viciado o resultado foi um número maior do que 3, qual é a probabilidade
de esse ser um número par?
(A) 1/6 (B) 1/2 (C) 1/3 (D) 2/5 (E) 2/3
3) Numa comunidade de 1000 habitantes, 400 são sócios de um clube A, 300 de um clube B e 200 de
ambos. Escolhendo-se uma pessoa ao acaso, qual a probabilidade dessa pessoa ser sócia de A ou de B?
(A) 75% (B) 60% (C) 50% (D) 45% (E) 30%

4) Uma pessoa joga uma moeda quatro vezes, qual a probabilidade de sair CARA nas quatro jogadas?
(A) 1/2 (B) 1/4 (C) 1/8 (D) 1/16 (E) 1

5) Uma urna contém 3 bolas brancas e 4 bolas pretas. Tira-se, sucessivamente, 2 bolas. Então a
probabilidade das bolas serem da mesma cor, é:
(A) 1/7 (B) 2/7 (C) 3/7 (D) 4/7 (E) 5/7

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6) Um prédio de três andares, com dois apartamentos por andar, tem apenas três apartamentos ocupados.
A probabilidade de cada um dos três andares tenha exatamente um apartamento ocupado é:
(A) 2/5 (B) 3/5 (C) 1/2 (D) 1/3 (E) 2/3

7) Dois jogadores, A e B vão lançar um par de dados. Eles combinam que, se a soma dos números dos
dados for 5, A ganha, e, se essa soma for 8, B é quem ganha. Os dados são lançados. Sabe-se que A não
ganhou. Qual a probabilidade de B ter vencido?
(A) 10/36 (B) 5/32 (C) 5/36 (D) 5/35 (E) não se pode calcular

8) Se num grupo de 10 homens e 6 mulheres sorteamos 3 pessoas para formarem uma comissão, qual a
probabilidade de que essa comissão seja formada por 2 homens e 1 mulher?
(A) 3/56 (B) 9/56 (C) 15/56 (D) 27/56 (E) 33/56

9) Dentre um grupo formado por dois homens e quatro mulheres, três pessoas são escolhidas ao acaso. A
probabilidade de que sejam escolhidos um homem e duas mulheres é de:
(A) 25% (B) 30% (C) 33% (D) 50% (E) 60%

10) Em uma gaveta, cinco pares diferentes de meias estão misturados. Retirando-se ao acaso duas meias,
a probabilidade de que elas sejam do mesmo par é de:
(A) 1/10 (B) 1/9 (C) 1/5 (D) 2/5 (E) 1/2.

11) As máquinas A e B produzem o mesmo tipo de parafuso.


A porcentagem de parafusos defeituosos produzidos,
respectivamente, pelas máquinas A e B é de 15% e de 5%.
Foram misturados, numa caixa 100 parafusos produzidos
por A e 100 produzidos por B. Se tirarmos um parafuso ao
acaso e ele for defeituoso, a probabilidade de que tenha
sido produzido pela máquina A é de:
(A) 10% (B) 15% (C) 30% (D) 50% (E) 75%

12) Em um jogo, dentre dez fichas numeradas com números distintos de 1 a 10, duas fichas são distribuídas
ao jogador, que ganhará um prêmio se tiver recebido fichas com dois números consecutivos. A
probabilidade de ganhar o prêmio neste jogo é de:
(A) 14% (B) 16% (C) 20% (D) 25% (E) 33%
13) Escolhido ao acaso um elemento do conjunto dos divisores positivos de 60, a probabilidade de que ele
seja primo é:
(A) 1/2 (B) 1/3 (C) 1/4 (D) 1/5 (E) 1/6

14) uma gaiola estão 9 camundongos rotulados 1 , 2 , 3 , . . . , 9 . Selecionando-se conjuntamente 2


camundongos ao acaso (todos têm igual possibilidade de serem escolhidos) , a probabilidade de que na
seleção ambos os camundongos tenham rótulo ímpar é:
(A) 0,3777... (B) 0,47 (C) 0,17 (D) 0,2777... (E) 0,1333...

15) Em uma pesquisa realizada em uma Faculdade foram feitas duas perguntas aos alunos. Cento e vinte
responderam sim a ambas; 300 responderam sim à primeira; 250 responderam sim à segunda e 200
responderam não a ambas. Se um aluno for escolhido ao acaso, qual é a probabilidade de ele ter
respondido não à primeira pergunta?
(A) 1/7 (B) 1/2 (C) 3/8 (D) 11/21 (E) 4/25

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AULA 23
GEOMETRIA ESPACIAL I

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

(Escola Naval ) Considere um cubo maciço de aresta a = 2cm. Em cada


canto do cubo, corte um tetraedro, de modo que este tenha um vértice no
respectivo vértice do cubo e os outros vértices situados nos pontos
médios das arestas adjacentes, conforme ilustra a figura dada abaixo. A
soma dos volumes desses tetraedros é equivalente ao volume de uma
esfera, cuja área da superfície, em cm2, mede:

Página 158 Auxiliar de necropsia


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a)
4

3 1
π b) 4π
c)
3
4 √π d) 4 π ( π +1 ) e)
3
4 π √π
2

1. POLIEDROS

Poliedro é uma figura espacial formada pela reunião de um


número finito de regiões poligonais planas (polígonos) que são as “faces” e
a região do espaço limitada por elas. A intersecção de duas “faces”
quaisquer será um lado comum, ou um “vértice” ou será vazia. Cada lado
quando comum a exatamente duas faces será chamado de “aresta” do
poliedro, assim como a cada vértice das faces chamaremos de “vértice” do
poliedro.

O poliedro será dito convexo quando o segmento que liga


dois pontos quaisquer pertencentes a duas faces
distintas quaisquer está sempre contido nele.

Exemplo à esquerda e contra-exemplo à direita.

Pode-se dizer também que um poliedro é convexo quando se situa do mesmo lado de qualquer
plano que contenha uma de suas faces.

2. TEOREMA DE EULER

Verifica-se que em todo poliedro convexo é verdade que:

{
V é o n ú mero de v é rtices
V + F = A + 2, onde: F é o numero de faces
A é o numero de arestas

Todo poliedro convexo satisfaz a relação de Euler, mas nem todo poliedro que satisfaz a relação de
Euler é convexo.

3. POLIEDROS DE PLATÃO

Os poliedros de Platão são os poliedros eulerianos que obedecem ás seguintes condições;

a) Todas as faces têm o mesmo número de lados

b) Em cada vértice concorrem o mesmo número de arestas

Os poliedros de Platão são cinco e somente cinco

3.1. POLIEDROS REGULARES

Auxiliar de necropsia Página 159


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Um poliedro é dito regular quando todas as faces são regiões poligonais regulares e congruentes e
se todos os ângulos poliédricos também forem regulares e côngruos. Os poliedros regulares são
poliedros de Platão.

Nota: Uma região poligonal regular é limitada por um polígono regular, ou seja, por um polígono
que tem todos os lados e ângulos internos congruentes.

Propriedade: Existem apenas cinco poliedros regulares e são válidas ainda as seguintes relações:

n.F = 2.A e p.V = 2.A, onde: {p énoénúmero


o número de lados dos poligonos das faces
de arestas que concorrem nos vértices .

Veja a tabela a seguir dos poliedros regulares:

4. POLIEDROS CONJUGADOS

São os pares de poliedros onde o número de vértices de um é igual ao número de faces do outro e
vice-versa.

Exemplo: O octaedro e o hexaedro.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Um poliedro convexo tem 40 arestas. O número de faces é igual ao número de vértices. Quantas são as
faces desse poliedro?

2) Num poliedro convexo de 28 arestas, o número de faces é 2/3 do número de vértices. Quantos são os
vértices?

3) Quantos são os vértices de um poliedro convexo de 8 faces, todas triangulares?


4) Quantos são os vértices de um poliedro convexo de 5 faces triangulares, 3 quadrangulares e 5
pentagonais?

5) Em um poliedro convexo, o número de arestas é 10 unidades maior que o número de vértices. Calcule o
número de faces.

5. PRISMAS NOTÁVEIS

5.1. PRISMAS: DEFINIÇÃO.

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Consideremos dois planos paralelos, α e α ' por exemplo, e neles dois polígonos congruentes, um
em cada. A figura limitada pela superfície prismática e os planos recebe o nome de prisma.

Á esquerda, temos representado alguns elementos de um prisma.

5.2. CLASSIFICAÇÃO

Prisma Reto – é aquele onde as arestas laterais são perpendiculares ao planos que contém as bases.

Prisma oblíquo – é aquele prisma que não é reto.

obs.: Quando as bases de um prisma reto são polígonos regulares, o prisma será dito regular.

5.3. NOMENCLATURA

De acordo ao número de lados do polígono da base, o prisma será triangular, quadrangular,


pentagonal, ....., se suas bases forem triângulos, quadriláteros, pentágonos,......., etc.

5.4. ALTURA DE UM PRISMA

Altura de um prisma reto: é a distância entre as bases. Neste caso coincide com a própria aresta
lateral.

Altura de um prisma oblíquo; é a distância entre as bases. Neste caso mediremos a mesma pela
projeção de um dos vértices de uma das bases até o plano que contém a outra.

Prisma Reto Prisma Obliquo

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5.5. PLANIFICAÇÃO DE UM PRISMA RETANGULAR

Relações:
ÁREA LATERAL: SL= (Número de faces).(Área de uma face)
ÁREA TOTAL: ST = (Área lateral) + 2(Área da Base)
VOLUME: V = (Área da Base) . ( Altura)

5.6. Paralelepípedo Retângulo

É um prisma que possui todas as faces retangulares (retângulo propriamente dito). Também é chamado de
ORTOEDRO.

Dimensões:

a – comprimento

b – largura

c – altura

5.6.1. RELAÇÕES

ÁREA LATERAL SL = 2(ac + bc)

ÁREA TOTAL: ST = 2(ab + ac + bc)

VOLUME: V = a.b.c

DIAGONOAL: D2 = a2 + b2 + c2

Relação muito útil: (a+b+c)2 = D2 + ST

5.7. CUBO

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É, na verdade, uma particularidade do caso anterior, quando o prisma


possui todas as arestas congruentes e todas as faces congruentes. É também
chamado de HEXAEDRO REGULAR.

5.7.1. RELAÇÕES

ÁREA LATERAL SL = 4a2

ÁREA TOTAL: ST = 6 a2

VOLUME: V = a3

DIAGONOAL DE UMA FACE: d = a√ 2

DIAGONOAL DO CUBO : d = a√ 3

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Calcule a área total de um prisma hexagonal regular de área lateral 48 e volume 24 √ 3 .

2) Calcule o volume de um prisma reto, cuja base é um triângulo de lados medindo 4 m, 6 m e 8 m, e


sabendo que a altura é de 5 m.

3) Considere um cubo de aresta 20cm, com uma cavidade em forma de ortoedro de dimensões 8cm, 6cm e
12 centímetros de profundidade. Determine:

a) O volume desse sólido

b) A área total deste sólido.

4) Qual área total de um prisma quadrangular regular cuja aresta de base mede 2 cm e altura 6 cm?

5) Considere um prisma reto de base quadrada onde sua altura mede o dobro da aresta da base. Sabendo
que a diagonal da base mede 3a√ 2 , determine a área total desse prisma.

6. PIRAMIDES

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Recebe o nome de pirâmide o sólido formado por todos os segmentos de reta que têm uma
extremidade em V e a outra nos vértices de um polígono qualquer tomado como base ou referência. Veja a
figura ao lado:

Os triângulos cujos vértices são dois dos vértices consecutivos da base e o vértice V da pirâmide
são denominados faces da pirâmide.

Nomenclatura: Assim como no caso dos prismas, de acordo à natureza da base da base as pirâmides
serão nomeadas de triangular, quadrangular, pentagonal, ....., conforme suas bases sejam triângulo,
quadrilátero, pentágono, ...., etc.

Pirâmide Reta: É aquela cujo pé da altura coincide como centro da base.

Pirâmide regular É aquela pirâmide reta cuja base é um polígono regular.

6.1. ELEMENTOS DA PIRAMIDE REGULAR

A maioria dos problemas sobre pirâmides terão concentração nas relações entre estes elementos. A saber:

ap2 = h2 + a2 l
2
al2 = h2 + R2 al = ap +
2 2
4

6.2. PLANIFICAÇÃO

6.3. RELAÇÕES

l . ap
ÁREA LATERAL: Sl =S l .
2

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ÁREA TOTAL: ST =Sl + SB

1
VOLUME: V = S .H
3 B

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Calcule a área lateral de uma pirâmide quadrangular regular da área de base 36 e altura 4.

2) Quanto mede a aresta de base de uma pirâmide quadrangular regular sabendo que sua área de base é
igual a 16 cm2?

3) Qual é o volume de uma pirâmide triangular regular cuja aresta de base mede 4 cm sabendo que sua
altura é igual a 6√ 3 cm?

4) A área total de um tetraedro regular é 25√ 3 cm2. Calcule a medida h da altura.

5) Um tetraedro regular tem arestas de 6 cm. Calcule o volume desse tetraedro.

6) Um cubo tem 64 cm3 de volume. Determine a altura de um tetraedro que possui as arestas com a mesma
medida das arestas do cubo.

7) Qual é o volume de uma pirâmide regular quadrangular, cuja base está inscrita numa circunferência de
raio 8 cm e cuja altura mede 12 cm ?

8) Considerando, na figura abaixo, um cubo de aresta 4 cm, calcule o volume do sólido ABCDE, sabendo
que E e C são pontos médios das arestas do cubo.

9) Chama-se “tetraedro trirretângulo” toda pirâmide triangular que possui um ângulo triédrico trirretângulo
(as três arestas são perpendiculares entre si). Calcule o volume de um tetraedro trirretângulo cujas aresta.

10) O apótema de um tetraedro regular mede 3 cm. Calcule o volume desse tetraedro.

Para treinar em casa:

1) Um poliedro convexo com 8 vértices e 6 faces possui:

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a) 8 arestas b) 9 arestas c) 10 arestas d) 12 arestas e) 14 arestas

2) Um poliedro com 10 faces triangulares possui:


a) 15 arestas b) 14 arestas c) 30 arestas d) 20 arestas e) 16 arestas

3) O número de vértices de um poliedro convexo que possui 12 faces triangulares é:


a) 4 b) 12 c) 10 d) 6 e) 8

4) Se a soma dos ângulos das faces de um poliedro regular é 1440º, então o número de arestas desse
poliedro é:
a) 12 b) 8 c) 6 d) 20 e) 4

5) Numa superfície poliédrica convexa aberta, o número de faces é 6 e o número de vértices é 8.Então o
número de arestas é:
a) 8 b) 11 c) 12 d) 13

6) Sobre poliedros, considerando F = node faces, V = no de vértices e A = no de arestas, assinale o que for
correto.
01. Na pirâmide hexagonal, V = A – 5
02. Na pirâmide triangular, F = A + 1
04. Em qualquer pirâmide, V = F
08. Na pirâmide quadrangular, A = 2 x F
2A
16. No prisma pentagonal, V =
3
32. Em qualquer poliedro, V + F = A – 2

7) São dadas as proposições:


I. Uma reta é perpendicular a um plano quando ela é perpendicular a todas as retas desse plano.
II. Se um plano é perpendicular a outro, então ele é perpendicular a qualquer reta desse outro.
III. Se dois planos distintos são paralelos, então toda reta de um é paralela ao outro.
É correto afirmar-se que:
a) I, II e III são verdadeiras.
b) I, II, e III são falsas.
c) Apenas II é verdadeira.
d) Apenas III é verdadeira.
e) Apenas II e III são verdadeiras.

8) Sobre retas e planos no espaço, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).


01. Duas retas distintas e não – reversas são coplanares.
02. Se dois planos contêm um ponto em comum, então eles possuem uma reta comum que passa por esse
ponto.
04. Três retas distintas que passam por um mesmo ponto são sempre coplanares.
08. Se uma reta r não está contida num plano, então r é paralela a esse plano.
16. Se uma reta r é perpendicular a um plano, então r é perpendicular a duas retas quaisquer de um plano
α, então todo plano que contém r é perpendicular ao plano α.

9) Sobre Geometria Euclidiana, assinale o que for correto


01. Num plano, por dois pontos é possível traçar apenas duas circunferências distintas que os contenham.

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02. Num plano, se duas retas r e s são perpendiculares e uma reta t intercepta r, então t intercepta s.
04. No espaço, se uma reta r é ortogonal a uma reta de um plano, então r é ortogonal a qualquer reta desse
plano.
08. No espaço, se uma reta r é paralela a um plano, então r é paralela a todas as retas desse plano.
16. No espaço, duas retas que não se interceptam determinam um único plano.
32. No espaço, quatro pontos podem determinar seis retas distintas.
64. Se dois planos distintos se interceptam, então qualquer outro plano que interceptam um desses planos
deverá interceptar o outro.

10) O volume de um cubo cuja soma dos comprimentos de todas suas arestas mede 48 cm, em cm 3, é igual
a:
a) 8 b) 27 c) 64 d) 48 e) 125

11) Os cinco cubos idênticos e justapostos formam uma cruz, como mostra a figura. Se a área total da cruz
é 198 cm2, então o volume da cruz é igual a ?
a) 130 cm3 b) 135 cm3 c) 140 cm3 d) 145 cm3 e) 150 cm3

12) Uma barra de ouro é fundida na forma de um prisma reto cujas bases são trapézios. As bases do
trapézio medem 8 cm e 12 cm e sua altura é 5cm. Sabendo que o comprimento da barra é de 20cm e a
densidade do ouro é de 19 g / cm 3, calcule o valor da barra se o preço do grama do ouro no mercado é de
R$ 11,70.
a) R$222000,00 b) R$222100,00 c) R$222200,00 d) R$222300,00 e) R$222400,00

13) Um cubo tem 96 m2 de área total. Em quanto deve ser aumentada a sua aresta para que seu volume se
torne igual a 216 m3 ?
a) 5m b) 4m c) 3m d) 2m e) 1m

14) Uma piscina com formato de paralelepípedo retângulo com 5 m de largura, 10 m de comprimento e 1,60
m de profundidade deverá ser azulejada. Sabendo que o m2 do azulejo custa R$ 20,00 e que deverão ser
comprados 10% a mais para as quebras, então o gasto total em reais será de ?
a) R$2136,00 b) R$2156,00 c) R$2176,00 d) R$2196,00 e) R$2216,00

2
15) Um bloco retangular de base quadrada de lado 4cm e altura 20 √ 3cm, com de seu volume cheio de
3
água, está inclinado sobre uma das arestas da base, formando um ângulo de 30º com o solo (ver seção
lateral abaixo). Determine a altura h do nível da água em relação ao solo.
a) 21 cm b) 23 cm c) 25 cm d) 27 cm e) 29 cm

8 3
16) O volume de um tetraedro regular é igual a m . Qual é sua área total?
3
a)6 √ 3m2 b) 8 √ 3m2 c) 10 √ 3m2 d) 12 √ 3 m2 e) 12 √ 3 m2

17) Para fazer o telhado de uma casa de cartolina, um quadrado de centro O e de lado 2a é recortado,
como mostra a figura ao lado. Os lados AB = CD = EF = GH medem a 3 .
Montando o telhado, sua altura h mede:
a
a)h=
5
a
b)h=
4
a
c) h=
3

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a
d) h=
2

18) Um depósito de ração tem a forma de uma pirâmide de base quadrada, com vértice para baixo, em que
todas as arestas medem 6√ 2metros. É preciso encher esse depósito misturando nele dois tipos de ração: X
que custa R$ 30,00 por metro cúbico e Y que custa R$ 80,00 por metro cúbico. A mistura final deve custar
R$ 50,00 por metro cúbico. A quantidade de cada tipo de ração a ser usada é:
442 290 462 298 432 288 450 300
a) X = eY = . b) X = eY = . c) X = eY = . d) X = eY= .
5 5 5 5 5 5 5 5

19) Calcule o volume da pirâmide triangular regular de aresta lateral igual a 13 e cuja base está inscrita em
um círculo de área 25π .
a)95 √ 3m3 b) 90 √ 3m3 c) 85 √ 3m3 d) 80 √ 3m3 e) 75 √ 3m3

20) Considere cinco pirâmides retas de bases quadradas, cujas alturas estão em progressão geométrica de
3
razão q= . Sabendo que a altura da primeira pirâmide é h1 = 3 cm e que todas as pirâmides têm aresta
2
da base igual a 1cm (um cm), determine o comprimento da aresta da base de um prisma hexagonal reto de
211
altura h p = cm e cujo volume seja igual à soma dos volumes das cinco pirâmides.
24

a)
√3 cm b)
√ 3 cm c)
√3 cm d)
√3 cm e) 3 √ 3cm
6 4 3 2

21) Na figura ao , o segmento de reta AE é paralelo ao segmento BF e o segmento de reta CG é paralelo ao


segmento DH; o trapézio ABDC tem os lados medindo 2cm, 10cm, 5cm e 5cm, assim como o trapézio
EFHG; esses trapézios estão situados em planos paralelos que distam 4cm um do outro. O volume (em
cm3) do sólido limitado pelas faces ABFE, CDHG, ACGE, BDHF e pelos dois trapézios é:
a) 22 cm2 b) 43 cm2 c) 72 cm2 d) 90 cm2 e) 100 cm2

22) (Escola Naval) Considere um octaedro regular D, cuja aresta mede 6cm e um de seus vértices V
repousa sobre um plano α perpendicular ao eixo que contém V. Prolongando-se, até encontrar o plano α,
as quatro arestas que partem do outro vértice V’ de D ( que se encontra na reta perpendicular a α em V),
forma-se uma pirâmide regular P de base quadrada, conforme a figura ao lado. A soma das áreas de todas
as faces de D e P vale, em cm2:

a) 12 ( 15 √ 3+12 )
b) 144 ( √ 3+1 )
c) 72 ( 3 √ 3+2 )
d) 18 ( 9 √3+8 )
e) 36 ( 2 √ 3+4 )

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AULA 24
GEOMETRIA ESPACIAL II: CILINDROS, CONES, TRONCOS E ESFERAS

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS


(EFOMM)

Cabeço: coluna de ferro, de altura reduzida, encravada à beira de um cais ou junto à borda de uma
embarcação, para nela se dar volta à espia de amarração conforme figura acima.

A bordo de um navio em Belém, durante uma aula de Cálculo, a professora propôs a um grupo de alunos
que calculasse a massa, em gramas, de um cabeço. De acordo com afigura acima, considerando a
densidade do ferro 7,8 g/cm3 e π ≈ 3, a massa encontrada foi:
(A) 54.000g
(B) 421.200g
(C) 432.000g
(D) 435.000g
(E) 52.000g

1. CILINDROS

Cilindro de revolução: é o sólido


obtido pela rotação de um retângulo em torno de
um de seus lados. É também conhecido como
cilindro circular reto.

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1.2. PLANIFICAÇÃO

1.2. RELAÇÕES

ÁREA LATERAL: SL= 2.π.R.h

ÁREA TOTAL: ST = SL + 2SB

VOLUME: V = SB .h
1.3 SEÇÃO MERIDIANA

É a intersecção de um plano perpendicular com os diâmetros das bases de um


cilindro circular reto.
Quando a secção meridiana resulta num quadrado, o cilindro é dito “equilátero”.
Neste caso temos: h = 2R.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Calcule a área lateral, a área total e o volume de um cilindro reto, cuja base tem raio
igual a 10cm e altura de 12 cm.

2) Sabendo que a área da secção meridiana de um cilindro equilátero é 100 cm 2, calcule


o volume desse sólido.

2. CONE

Cone de revolução: é o sólido obtido pela rotação de


um triângulo retângulo em torno de um dos seus catetos. É
também conhecido como cone circular reto.

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2.1. PLANIFICAÇÃO 2.2. RELAÇOES

R
θ= ⋅3600
ÂNGULO CENTRAL: g
ÁREA LATERAL:
S L=π⋅R⋅g

ÁREA TOTAL:
S T =S T + S B
1
V = S B⋅h
VOLUME: 3

2.4. SECÇÃO MERIDIANA

É a intersecção de uma plano pelo vértice e


o diâmetro da base de um cone circular reto.
Quando a seção meridiana resulta num
triângulo equilátero, o cone será dito “equilátero”.
Neste caso temos:

g = 2R e h = R √3 .

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Calcule a área da superfície total de um cone inscrito em um cubo de aresta 4 cm.

2) A fim de que não haja desperdício de ração e seus animais estejam bem nutridos, um fazendeiro
construiu um recipiente com uma pequena abertura na parte inferior, que permite a reposição automática da
alimentação, conforme mostra a figura abaixo. A capacidade total de armazenagem do recipiente, em
metros cúbicos, é de?

3) A geratriz de um cone equilátero é 20 cm. Calcule o volume deste cone.

4) Calcule a área da superfície total de um cone inscrito em um cubo de aresta 4 cm.

5) Suponham-se dois cones retos, de modo que a altura do primeiro é quatro vezes a altura do segundo e o
raio da base do primeiro é a metade do raio da base do segundo. Se V 1 e V2 são, respectivamente, os
volumes do primeiro e do segundo cone, então a relação dos volumes é?

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6) Um bar da cidade, em seu réveillon, ofereceu a seus brincantes um barril de chope que foi servido em
tulipas: O barril tinha formato de um cilindro circular reto com 20 cm de raio e 30 cm de altura. A tulipa tinha
formato de um cone circular reto com 3 cm de raio e 10 cm de altura. Com base nesses dados, pergunta-se:
a) Qual o volume do barril?
b) Qual o volume da tulipa?
c) Quantas tulipas foram servidas desse barril, admitindo-se que não houve perda?

7) A altura de um cone reto é igual ao triplo do raio da base. Escreva o volume desse cone em função da
área da base.

3. ESFERAS

Chama-se esfera, o sólido obtido pela rotação de um semi-círculo em torno do seu diâmetro.

3.1. SECÇÃO RETA

Toda secção plana de uma esfera é um círculo. Se o


plano secante passa pelo centro da esfera, temos como secção
um círculo máximo da esfera, e em todos os demais casos o
círculo será chamado de mínimo.

3.2. ELEMENTOS DE UMA ESFERA

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3.3. FUSO E CUNHA 3.4 RELAÇOES

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

1) Numa esfera de 26 cm de diâmetro, faz-se um corte por um plano que dista 5 cm do centro, o raio da
secção feita mede, em cm.

2) A área da superfície de uma esfera e a área total de um cone reto são iguais. Se o volume do cone é 12π
dm3 e o raio da base é 3 dm, calcule:
a) o raio da esfera
b) o volume da esfera

3) Calcule, em cm3, o volume de um dado fabricado a partir


de um cubo de aresta igual a 4 cm, levando em conta que
os buracos representativos dos números, presentes em
1
suas faces, são semi-esferas de raio igual a cm.
√7 π
3

4) Calcule o volume de uma cunha esférica de 60 o, determinada numa esfera de raio 6 dm.

4. TRONCOS

4.1. ELEMENTOS DE UMTRONCO DE PIRAMIDE REGULAR

A razão entre dois elementos lineares


homólogos é:

Conseqüências:

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Relações:

4.2. ELEMENTOS DE UM TRONCO DE CONE CIRCULAR RETO


Razão: No caso da razão de semelhança,
adotar o mesmo critério do caso dos troncos
de pirâmides regular ou seja:

A razão entre dois elementos lineares


homólogos é:

Conseqüências:

Relações:

Para treinar em casa:

1) Dobrando-se o raio de um cone circular reto, pode-se afirmar que o seu volume:
a) dobra b) aumenta 2 unidades c) aumenta 4 unidades d) fica 8 vezes maior e) fica 4 vezes maior

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2) A uma caixa d'água de forma cúbica com 1 metro de lado está acoplado um cano cilíndrico com 4 cm de
diâmetro e 50 m de comprimento. Num certo instante, a caixa está cheia de água e o cano vazio. Solta-se a
água pelo cano até que fique cheio. Qual o valor aproximado da altura da água na caixa no instante em que
o cano ficou cheio ?
a) 93 cm. b) 94 cm c) 95 cm d) 96 cm e) 97 cm

3) A fim de que não haja desperdício de ração e seus animais estejam bem
nutridos, um fazendeiro construiu um recipiente com uma pequena abertura na
parte inferior, que permite a reposição automática da alimentação, conforme
mostra a figura ao lado. A capacidade total de armazenagem do recipiente,
em metros cúbicos, é de?
a) 20π m3 b) 21π m3 c) 22π m3 d) 23π m3 e) 24π m3

4) Um bloco cilíndrico de volume V deforma-se quando


submetido a uma tração T, conforme indicado
esquematicamente na figura ao lado. O bloco deformado,
ainda cilíndrico, esta indicado por linhas tracejadas. Neste
processo, a área da secção reta diminui 10 % e o
comprimento aumenta 20 % . Determine o volume do bloco
deformado em relação ao volume V inicial.
a) 1,08V. b) 1,10V. c) 1,15V. d) 1,17V. e) 1,80V.
5) Dobrando-se o raio de um cone circular reto, pode-se afirmar que o seu volume:
a) dobra b) aumenta 2 unidades c) aumenta 4 unidades d) fica 8 vezes maior e) fica 4 vezes maior

6) Duas esferas de ferro estão sobre uma mesa encostadas uma na outra (tangentes exteriormente). As
esferas tocam (tangenciam) a mesa nos pontos P e Q. Se o raio de uma delas é 16 cm e a área da
superfície esférica da outra é 324π cm2 ,então, a distância PQ é:
a) 20 cm. b) 25 cm. c) 18 cm. d) 24 cm. e) 16 cm

7) Uma esfera de raio igual a 13 cm é seccionada por um plano distante a 5 cm do centro.Encontre o raio da
seção circular e assinale a alternativa correta.
a) 8 cm b) 10 cm c) 12 cm d) 7 cm e) 11 cm

8) A área de um fuso horário terrestre, sabendo que a circunferência da Terra é de aproximadamente 40.000
km é:
8 8 8
5⋅10 2 π⋅10 2⋅10
km 2 km 2 km2
3π b) 3 c) 3 π⋅108 km 2 d) 4 π⋅10 8 km 2 e) 3π
a)

9) Considere um tronco de pirâmide quadrangular com bases quadradas com áreas medindo 36m 2 e 324m2
respectivamente. Sabendo que o apótema desse tronco mede 10m , encontre a altura do mesmo e assinale
a alternativa correta.
a) 4m b) 6m c) 5m d) 7m e) 8m

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10) O volume de um tronco de cone circular reto com base de raio R, cuja altura é a quarta parte da altura h
do cone corresponde é:
2 2 2 2 2
34 π R h 37π R h 41 π R h 43 π R h 47 π R h
192 b) 192 c) 192 d) 192 e) 192
a)

11) Num tronco de cone de revolução, a geratriz é igual ao raio da base maior e
duas vezes e meia o raio da base menor. Calcular o comprimento dessa geratriz,
sabendo ainda que a área lateral do tronco é de 35π m2.
a) 5m. b) 10 m. c) 25 m. d) 25,6 m. e) 30 m

12) A base quadrada de uma pirâmide tem 144m2 de área. A 4 m do vértice traça-se um plano paralelo à
base e a secção assim feita tem 64m2 de área. Qual a altura da pirâmide. Assinale o resultado encontrado
no cartão resposta.
a) 2m. b) 4 m. c) 6 m. d) 8 m. e) 8,4 m

AULA 25
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE TRIGONOMETRIA

Estudante:

Esse módulo visa abranger toda uma gama de assuntos relacionados à trigonometria, muitos dos
quais o módulo 20 não contemplou devido a pouca incidência de alguns assuntos nas provas de ingresso às
academias militares.

As questões que tem conhecimentos não contemplados anteriormente serão tratadas de forma
diferente pelo seu professor, onde este, fará uma breve explicação teórica antes de começar as resoluções.

Questões Complementares

1) Um ângulo de (7π/2) rad corresponde a:


a) 1260º b) 630º c) 420º d) 315º e) 157º

2) Qual é o comprimento de um arco de circunferência descrito pelos ponteiros de um relógio durante 38


minutos, sabendo que o comprimento deste ponteiro mede (15/π) cm?
a) 19 cm. b) 20 cm. c) 23cm. d) 25 cm. e) 31 cm.

3) As medidas dos arcos 30º, 60º e 105º, em radianos, são respectivamente:

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π π π π π 5π π π 5π π π 7π
, e , e , e , e
a) 6 3 12 b) 6 3 12 c) 3 6 12 d) 3 4 12

4) (AFA) Sendo S = π/2 + π/3 + π/4 + π/9 + π/8 + π/27 +... + π/2n + π /3n +... , o valor do cos (S – x) é:
a) – sen x b) sen x c) – cos x d) cos x

5) Associando os arcos da coluna da esquerda às respectivas menores determinações, na coluna da direita,

( I ) 2390º (a) 60º


( II ) 900º (b) 230º
( III ) 1500º (c) 180º
Correspondem-se:
a) I e a b) I e b c) II e b d) II e c e) III e a f) III e c

Os quadrantes onde estão os ângulos α , β e γ tais que:

senα < 0 e cosα < 0 ,


cosβ < 0 e tgβ < 0 ,
senγ > 0 e tg γ > 0 ,

São respectivamente:
a) 3º, 2º, 1º b) 2º, 1º, 3º c) 3º, 1º, 2º d) 1º, 2º, 3º e) 3º, 2º, 2º

6) Analise o ciclo trigonométrico a seguir e determine o perímetro do


retângulo MNPQ, em unidades de comprimento. A alternativa correta
é:

1+ √
3 b) 1+2 √3 c) 1+ √ 3 d) 2+ √ 3 e) 2 ( 1+ √3 )
a) 2

7) (AFA) Um aro circular de arame tem 5cm de raio. Esse aro é cortado e o arame é estendido ao longo de
uma polia circular de raio 24cm. O valor do seno do ângulo central (agudo), que o arco formado pelo arame
determina na polia é:

√ 6−√ 2 b) √ 6+ √ 2 √6+ √2 √6+ √2


a) 4 c) 4 d) 2

8) Para que valores de m temos, simultaneamente, sen x = m +1 e cos x = m ?


a) S = {0,1} b) S = {-1, 0} c) S = {-1, 1} d) S = {1, 2} e) S = {-2,1}

9) O valor numérico da expressão ao lado é:

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a) 0
b) 1+ √ 2 c) 1
d) √ 1+ √2

cos x=
√ a+1 e senx= 1 é :
a a
10) Calcule o valor de “ a ” para que se tenha simultaneamente
a) S = {-2,1} b) S = {2,3} c) S = {-2, 0} d) S = {-2, -1} e) S = {-1,0}

11) Dado um retângulo com lados adjacentes medindo senx e cos x com 0 < x < 90º , tem perímetro igual

a √ 6 m . Qual a área do retângulo? Qual o valor do ângulo x?

12) (Especex) O valor de (cos 165º + sen 155º + cos 145º - sen 25º + cos 35º + cos 15º ) é:
1
a) √ 2 b) -1 c) 0 d) 1 e) S =
2

13) (Especex) A soma de todas as soluções da equação 2 cos3(x) - cos2(x) - 2 cos(x)+ 1=0, que estão
contidas no intervalo [0, 2 π ], é igual a
a) 2 π . b) 3 π . c) 4 π . d) 5 π . e) 6 π

14) (Escola Naval) Num triângulo retângulo, a hipotenusa é o triplo de um dos catetos. Considerando a o
ângulo oposto ao menor lado, podemos afirmar que tg a + sec a é igual a:
5 11 √ 2 11 √ 2 12+ √ 2
a) b) c) √ 2 d) e)
6 12 4 4

15) O seno do maior ângulo de um triângulo cujos lados medem 4, 6 e 8 metros é”

a)
√15 b)
1
c)
1
d)
√10 e)
√3
4 4 2 4 2

16) O valor de sec60º é:


a) 2 b)√ 2 c)√ 3 d)3 e) n.d.a.

17) Sabendo que cosecx = 5/4 e x é do primeiro quadrante, então o valor da expressão 9.(sec2 x + tg2 x) é:
a) 39 b)√ 39 c)√ 41 d)40 e) 41

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18) Se senx= 24/25 e secx é negativa, então o valor de

a) 3/4 b) 3/ 5 c) 5/4 d) 4/3 e) 1/2


√ 1−cosx é:
1+ cosx

19) Sendo M =cos x + ( 3π


2 ) (π
−cos x− + tg
2

2
−x + ) (
a
√1−a 2 )
, e considerando que 0 < x <
π
2
e que

a = senx. então:
2a 3 a+ √ 1−a
2
2a 1 1
a) M = b) M = c) M = d) M = e) M =
√ 1−a2 √ 1−a2 a √ 1−a
2
a a √1−a
2

20) Sobre a função f : R → R tal que f(x) = −1+ 5cos2x é correto afirmar que a imagem e o período valem
respectivamente:
π
a) [-6,4] e π b) [-6,4] e 2 π c) [-6,4] e d) (-6,4) e 2 π e) (-6,4) e π
2

21) O domínio, a imagem e o período da função f(x) = 3.sen 2x são, respectivamente:


π
a) R , π e -3 ≤ sen <3 b) R , π e -3 ≤ sen≤ 3 c) R , 2 π e -3 ≤ sen≤ 3 b) R , e -3 ≤ sen≤ 3
2

22) M é o valor numérico da expressão nessas condições M vale:

a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6

23) O domínio, a imagem e o período da função f ( x )=tg x − ( π


4)π são, respectivamente:

{ π
}
a) x ∈ R∨x ≠− −kπ , k ∈ Z , R e 2 π
4

b) {x ∈ R∨x ≠ π2 +2 kπ , k ∈ Z}, R e 2 π
c) {x ∈ R∨ −π4 < x < 54π }, R e π
d) {x ∈ R∨−π2 < x < π2 }, R e 2 π
¿
e) { x ∈ R∨−π < x < π } , R e 2 π

24) O valor de "m" para que π/3 seja raiz da equação tg2x −m.cos2 x + sen2 x = 0 é:
a) 11 b) 12 c) 13 d) 14 e) 15

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AULA 26
REVISÃO: RESOLUÇÃO DE PROVAS ANTERIORES

1) (Epcar) Um agricultor fará uma plantação de feijão em canteiro retilíneo. Para isso, começou a marcar os
locais onde plantaria as sementes. A figura abaixo indica os pontos já marcados pelo agricultor e as
distâncias, em cm, entre eles. Esse agricultor, depois, marcou outros pontos entre os já existentes, de modo
que a distância d entre todos eles fosse a mesma e a maior possível. Se x representa o número de vezes
que a distância d foi obtida pelo agricultor, então x é um número divisível por
a) 4 b) 5 c) 6 d) 7

2) (Epcar) “Demanda Crescente: O consumo de energia elétrica no Brasil nunca foi tão alto. Na quinta-feira
passada, atingiu seu recorde histórico. O valor é muito superior ao registrado em anos anteriores” (revista
Veja – 10/02/10 – p. 71)

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O gráfico ao lado indica o pico de consumo de energia (em


megawatts) na primeira quinta-feira de fevereiro dos anos
de 2002 a 2010.

Analisando-se o gráfico acima e supondo-se que em 2011,


na primeira quinta-feira do mês de fevereiro, haverá um
crescimento do pico de consumo de energia, proporcional
ao crescimento ocorrido na primeira quinta-feira do mês de
fevereiro do ano de 2009 ao ano de 2010, é correto afirmar
que x é um número compreendido entre:

a) 76000 e 77000
b) 77000 e 78000
c) 78000 e 79000
d) 79000 e 80000

3) (CMRJ) Considere o triângulo equilátero ABC, de 20 cm de lado, e o quadrado DEFG nele inscrito,
conforme mostrado na figura abaixo. A porcentagem da área do triângulo que é ocupada pelo quadrado é,
aproximadamente: (Use √ 3 =1,73.)
A) 40 %. B) 45 %. C) 50 %. D) 55 %. E) 60 %.

4)(CMRJ) Benjamin e seu irmão aniversariam na mesma data. Ele tem o triplo da idade que o irmão tinha
quando ele tinha a idade que o irmão tem hoje. Podemos afirmar que
a) daqui a cinco anos a soma das idades será 60 anos.
b) Benjamin é 10 anos mais velho que o irmão.
c) quando o irmão tiver a idade que Benjamin tem hoje, a soma das idades será múltipla de 7.
d) quando a idade de um for o dobro da idade do outro, a soma das idades será 54 anos.
e) daqui a cinco anos a diferença das idades será 10 anos.

5) (CMRJ) Em uma turma, a média das alturas de seus 20 alunos é 1, 5 m. Se Luiz, um dos alunos da
turma, for retirado da contagem, a média aumenta em 2%. Por uma questão de adaptação, Antônio, que é
um aluno desta escola, será transferido para a turma de Luiz, fazendo com que a média das 21 alturas
diminua em 2%. Assim, a diferença entre as alturas de Luiz e Antônio é:
a) 6 cm. b) 5 cm. c) 4 cm. d) 3 cm. e) 2 cm.

6) (AFA) Uma pequena fabrica de cintos paga seus funcionários o salário conforme a tabela abaixo:

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Certo mês houve um aumento de 10% sobre os salários da tabela acima para todos os cargos. Sabendo-se
que a nova média salarial passou a ser de 1650 reais, o novo salário do gerente é, em reais, igual a:
a) 5500. b) 5000. c) 3300. D) 3000.

¿ ¿
7) (AFA) Sejam z = x + yi ( x ∈ R , y ∈ R e i a unidade imaginária), z o conjugado de z e λ o lugar
geométrico dos pontos P(x,y) do plano cartesiano para os quais z . z=2 x +3. Se A e B são os pontos de
intersecção de λ com o eixo OY ´ e se A’ é o ponto de intersecção de λ com o eixo OX
´ que possui a menor
abcissa, então a área do triangulo A’AB é, em unidades de área, igual a
a) 2 √ 3 b) 2 √ 2 c) √ 3 d) √ 2

8) (EFOMM) Numa embarcação é comum ouvirem-se determinados tipos de sons. Suponha que o nível
sonoro β e a intensidade I de um desses sons esteja relacionado com a equação logarítmica β= 12 + log 10 I
I1
em que β é medido em decibéis e I em watts por metro quadrado. Qual é a razão , sabendo-se que I1
I2
corresponde ao ruído sonoro de 8 decibéis de uma aproximação de dois navios e que I2 corresponde a 6
decibéis no interior da embarcação?
a) 0,1 b) 1 c) 10 d) 100 e) 1000

9) (EFOMM) Duas pessoas estão na beira da praia e conseguem ver uma lancha B na água. Adotando a
distância entre as pessoas como P1P2 sendo 63 metros, o ângulo BP1P2 = α, BP2P1 = β, tgα = 2 e tgβ = 4. A
distância da lancha até a praia vale
a) 83 b) 84 c) 85 d) 86 e) 87

10) (ESA) As diagonais de um losango medem 48cm e 33cm. Se a medida da diagonal maior diminuir 4cm,
então, para que a área permaneça a mesma, deve-se aumentar a medida da diagonal menor de:
a) 3cm b) 5cm c) 6cm d) 8cm e) 9cm

11) (ESA) A média aritmética das notas de Matemática em uma turma de 25 alunos em um dos doze
Colégios Militares existentes no Brasil diminui em 0,1, se alterarmos uma das notas para 6,8. A referida nota
sem ser alterada é:
a) 4,3 b) 8,8 c) 4,8 d) 9,3 e) 9,8

12) (ESA) Um terreno de forma triangular tem frentes de 20 metros e 40 metros, em ruas que formam, entre
si, um ângulo de 60º. Admitindo-se , a medida do perímetro do terreno, em metros, é
a) 94. b) 93. c) 92. d) 91. e) 90.

13) (ESA) Um tanque subterrâneo tem a forma de um cone invertido. Esse tanque está completamente
cheio com 8dm³ de água e 56dm³ de petróleo. Petróleo e água não se misturam, ficando o petróleo na parte
superior do tanque e a água na parte inferior. Sabendo que o tanque tem 12m de profundidade, a altura da
camada de petróleo é
A)10m. B)9m. C) 8m. D)7m. E) 6m.

14) Representando as raízes da equação ao lado no plano


complexo, temos dois afixo distintos no:
a) Eixo Real

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b) Eixo Imaginário
c) 2º quadrante
d) 3º quadrante
e) 4º quadrante

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meio ou processo, especial mente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos,
reprográficos, fonogrâficos, videográficos. Vedada à memorização e/ou recuperação
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Código Penal, cf. Lei n° 6.395, de 17112/1980) com pena de prisão e multa,
conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122, 123, 124,
126, da Lei n° 5.988, de 14/1210973, Lei dos Direitos Autorais),

Os autores acreditam que todas as informações aqui representadas estão


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respectivos autores descritos na bibliografia consultada.

VENDA DE MATERIAL DIDÁTICO


Rodrigo César Dalaqua –ME –
COMÉRCIO VAREJISTA DE LIVROS
CNPJ 11.549.432/0001-72
ISBN 97885-79170379

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LÍNGUA
PORTUGUESA

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AULA 1

MORFOLOGIA

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

Observe as palavras:
Guerra
Guerreiros
Guerrilha
Guerrilheiro
Guerrear

Partindo dessas palavras, nota-se que há um elemento comum a todas elas, a forma “guerr”.
Através desse trabalho de comparação entre as palavras selecionadas é possível observar a
existência de diversos elementos formadores. Cada um desses elementos formadores é uma unidade
mínima de significação, a qual leva o nome de morfema.
COMEÇANDO PELO BÁSICO: Morfemas são as partes de uma palavra e as menores partículas
significativas da língua portuguesa. Quando uma palavra é analisa morfologicamente sua forma é separada
em partes, ou seja, em morfemas.
Os morfemas podem ser chamados de: radical, afixos, desinência, vogal temática e tema.
Em uma palavra como FELIZ temos apenas um morfema, mas já na palavra INFELIZMENTE
podemos encontrar três: in+feliz+mente (RAIZ= feliz / PREFIXO= in / SUFIXO= mente)

DESCOMPLICANDO O COMPLICADO: Falando apenas da ESTRUTURA DAS PALAVRAS, os


morfemas estão divididos em cinco categorias diferentes, as quais trabalharemos separadamente a partir de
agora:
RADICAL: contém o sentido básico do vocábulo. É o que se mantem intacto quando a palavra for
modificada ao receber afixos (prefixos e sufixos)
Ex. nome, nomeado, nomear > o radical é nom

AFIXOS: elementos que formam novas palavras quando se juntam aos radicais. São dois os tipos
de afixos, podem ser prefixos (que vêm antes do radical) ou sufixos (que aparecem após o radical)
PREFIXOS: incapaz, anormal, subsolo...
SUFIXOS: normalmente, caminhada, cafeína...

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DESINÊNCIAS: É a terminação das palavras proposta ao radical, que modificam os vocábulos de


acordo com a variação e flexão. Os verbos são modificados de acordo com a maneira que são conjugados,
já os adjetivos e substantivos são modificados de acordo com o gênero e número. Por esse motivo há duas
formas de desinências, as verbais e as nominais.
DESINÊNCIAS VERBAIS: indicam as flexões de modo, tempo, número e pessoa dos verbos
Ex. vendo, vendia, vendíamos, vende, vendemos...

DESINÊNCIAS NOMINAIS: indicam as flexões de gênero (feminino ou masculino) e número


(singular ou plural) dos nomes.
Ex. menina, menino, meninas, meninos...

VOGAL TEMÁTICA: indicam a que conjugação cada um dos verbos pertence.


1ª CONJUGAÇÃO –AR: fazem parte dessa conjugação todos os verbos que terminam em –ar.
Ex. andar, atirar, esfolar, encarar...

2ª CONJUGAÇÃO –ER: nesta categoria entram todos os verbos que terminam em –er.
Ex. correr, bater, acender, preencher...

3ª CONJUGAÇÃO –IR: por último, os verbos que terminam em –ir.


Ex. entupir, invadir, expandir, contrair...

TEMA: É o resultado da junção entre radical e vogal temática. Caso não haja vogal temática o
tema será o mesmo elemento que o radical. Isso também ocorrerá caso o radical termine em vogal.
Quando verbo, o tema sempre será resultado da soma “radical+vogal temática”.
Ex. mata, come, sorri.
Quando substantivos e adjetivos esse resultado não será exato.
Ex. no substantivo carne, carn é radical e e é vogal temática, dessa maneira “carne” é o
tema.
no substantivo real, radical e tema são o mesmo elemento, pois não existe vogal
temática.
no substantivo pato, radical e tema também são o mesmo elemento, pois o radical é
“pato” e não “pat”.

Após vermos as ESTRUTURAS das palavras, veremos sua FORMAÇÃO, que pode ser feita
através de vários processos diferentes, mas os principais são os processos de derivação e composição. A
diferença básica entre um e outro é que no primeiro existe apenas um radical, enquanto que no segundo há
uma união de radicais.
DERIVAÇÃO: processo pelo qual se obtém uma nova palavra a partir de uma palavra já existente,
pode ser: prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria.
DERIVAÇÃO PREFIXAL: quando um prefixo é unido ao radical:
Ex. arcebispo, anfiteatro, ateu, dilema, hipertensão, telepatia.

DERIVAÇÃO SUFIXAL: quando um radical recebe um sufixo:


Ex. casamento, dormitório, morfema, comunismo, igualdade.

DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA: radical unido a prefixo e sufixo, simultaneamente:


Ex. emudecer, encaixotar, infelizmente, ajoelhar, amanhecer.

DERIVAÇÃO REGRESSIVA: é a obtenção de uma palavra derivada após a retirada da parte final
de uma palavra primitiva.
Ex. combater (ao tirar o r torna-se combate, o verbo tornou-se um substantivo).

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DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA: formação de uma nova palavra através da mudança de sua classe
gramatical (nesse caso sem retirada de elemento algum).
Ex. Irei jantar na casa de minha namorada (jantar=verbo).
O jantar estava muito bom (jantar=substantivo).

COMPOSIÇÃO: formação de uma nova palavra a partir da utilização de dois ou mais radicais,
pode ser por justaposição ou aglutinação.
COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO: não ocorre alteração fonética quando dois ou mais
radicais são juntados:
Ex. girassol, pontapé, paraquedas, cana-de-açúcar.

COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO: neste caso um dos radicais sofre alteração em sua
estrutura:
Ex. planalto (junção de plano+alto, nesse caso o radical plano perdeu a vogal o).

Além dessas duas formas de FORMAÇÃO, novas palavras também podem ser formadas através
de processos menos conhecidos:

HIBRIDISMO: formação de palavras a partir de radicais de idiomas diferentes:


Ex. automóvel (auto é de origem grega, enquanto que móvel é de origem latina).

REDUÇÃO: é a forma reduzida de uma palavra:


Ex. auto (automóvel)
moto (motocicleta)
pneu (pneumático)

ONOMATOPEIA: palavras criadas com o intuito de imitar sons ou vozes da natureza, além de
sons repetitivos:
Ex. miau, cri-cri, atchim, blá-blá-blá.

SIGLAS: é a combinação das letras iniciais de uma sequência de palavras, que normalmente
fazem referência a um nome:
Ex. ABL (Academia Brasileira de Letras)
EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do AR)
OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)

EMPRÉSTIMO LINGUÍSTICO: “aportuguesamento” de uma palavra estrangeira, ou, em muitos


casos, o empréstimo definitivo de uma palavra, sem alterações:
Ex. estresse (stress), sanduíche (sandwich), bife (beef), show, shopping center, mouse.

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

(CFN 2008) O macaco e a macaca discutem

Sentados num galho de árvore, o macaco e a macaca contemplavam o pôr-do-sol. Em


determinado momento, ela perguntou:
- O que faz com que o céu mude de cor na hora que o sol atinge o horizonte?
- Se quisermos explicar tudo, deixamos de viver – respondeu o macaco. – Fique quieta, vamos
deixar o nosso coração alegre com este entardecer romântico.
A macaca enfureceu-se:
- Você é primitivo e supersticioso. Já não dá mais atenção à lógica e só quer saber de aproveitar a
vida.
Neste momento, passava uma centopeia.
- Centopeia! – gritou o macaco. – Como é que você faz para mover tantas patas em perfeita
harmonia?
- Nunca pensei nisso! – foi a resposta.
- Então pense! Minha mulher gostaria de uma explicação!
A centopeia olhou suas patas e começou:
- Bem... eu flexiono este músculo... não, não é bem isso, eu tenho que jogar o meu corpo por
aqui...
Durante meia-hora, tentou explicar como movia suas patas e à medida que tentava, ia
confundindo-se cada vez mais. Quando quis continuar seu caminho, já não podia mais andar.
- Está vendo o que você fez? – gritou desesperada. – Na ânsia de descobrir como funciono, perdi
os movimentos!
- Está vendo o que acontece com quem deseja explicar tudo? – disse o macaco, voltando a
assistir o pôr-do-sol em silêncio.
Histórias para pais, filhos e netos. Paulo Coelho.

1 - De acordo com o texto, a macaca enfureceu-se porque

 O macaco é um ser primitivo e supersticioso.


 A centopeia não conseguiu explicar os movimentos de suas patas.
 Ela não conseguiu contemplar o pôr-do-sol.
 O macaco não explicou as razões de o céu mudar de cor na hora que o sol atinge o horizonte.
 O macaco disse que o entardecer era romântico.

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AULA 2

FONÉTICA

A FONÉTICA estuda os sons como entidades físico-articulatórias isoladas (aparelho fonador).


Cabe a ela descrever os sons da linguagem e analisar suas particularidades acústicas e perceptivas. Ela
fundamenta-se em estudar os sons da voz humana, examinando suas propriedades físicas
independentemente do seu “papel linguístico de construir as formas da língua”. Sua unidade mínima de
estudo é o som da fala, ou seja, o fonema.
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (som, voz) e logia (estudo,
conhecimento). Significa literalmente "estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz". Dá-se o nome de
fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras.

FONEMA E LETRA

O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os fonemas por
meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na palavra casa, por
exemplo, a letra s representa o fonema /z/ (zê); já na palavra sacola, a letra s representa o fonema /s/ (sê).
Em determinados casos o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do
alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x:
Ex. zero
pesado
exatamente

Já em outros casos a mesma letra pode representar mais de um fonema, como é o caso da letra
x:
Ex. o fonema sê: texto
o fonema zê: exilado
o fonema chê: xarope
o grupo de sons ks: axila

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É importante saber que nem sempre o número de letras coincidirá com o número de fonemas.
Ex. tóxico: /t/ó/k/s/i/c/o/ são 7 fonemas e 6 letras: t ó x i c o
galho: /g/a/lh/o/ são 4 fonemas e 5 letras: g a l h o

Dependendo do caso, as letras m e n não representarão fonemas.


Ex. bomba, contrária
(Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem).
Observe: moveu: o /m/ é um fonema;
combo: o m não é um fonema; o fonema é /õ/, representado na escrita pelas letras o e
m.

A letra h não representará fonema quando iniciar uma palavra:


Ex. hoje: /ho/j/e são 3 fonemas e 4 letras: h o j e

ENCONTROS VOCÁLICOS

São agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante


reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros vocálicos:
o ditongo, o tritongo e o hiato.
DITONGO: encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) na mesma sílaba. Pode
acontecer das seguintes maneiras:
 Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal:
Ex. sério
(A letra i é chamada de semivogal porque tem o som mais fraco que da letra o)

 Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal:


Ex. cai

(Aqui a letra a tem o som mais forte que a letra i)

 Oral: quando o som sai apenas pela boca:

Ex. saiu, baita, feixe, prêmio

 Nasal: quando o som também sai pelas fossas nasais:

Ex. pão, limões, clarão, comem, cantem

(Note que em “comem” e “cantem” a junção VOGAL + m OU n resulta em um Ditongo


Nasal).
TRITONGO: é a sequência formada por uma semivogal + vogal + semivogal (sempre nessa
ordem) em uma única sílaba. Também pode ser oral ou nasal.
Ex. Uruguai – Tritongo oral
Saguão – Tritongo nasal

HIATO: também é uma sequência de duas vogais, porém elas estarão em sílabas diferentes.
Ex. Ca-í-da
Po-e-si-a

ENCONTROS CONSONANTAIS

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É o agrupamento de duas ou mais consoantes sem vogal entre elas. Basicamente existem dois
tipos de encontros consonantais.
PERFEITOS: encontro de duas consoantes na mesma sílaba:
Ex. tra-ta-dos
bí-bli-co
gno-mo

IMPERFEITOS: encontro de duas consoantes em sílabas diferentes:


Ex. sol-da-dos
guer-ra

DÍGRAFOS

Ocorre quando, na escrita, um fonema é representado por duas letras:


Ex. assadura
churrasco
exceção

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

(CPMP 2011) Leia o texto abaixo para responder às questões que seguem:

2 - No texto, o fato que corresponde ao título “Enxugando a folha de pagamentos” é:

 A decoração do local de trabalho.


 A prestação de serviços na empresa
 O pedido para não ser dispensado.
 A demissão do funcionário.

3 - O humor nesse texto decorre, principalmente:

 Da decisão do chefe em demitir o funcionário antigo.


 Do modo como o funcionário reagiu diante da demissão.
 Da interpretação usando uma metáfora para “preencher o espaço vazio”.
 Lutando pela ecologia e aproveitando as samambaias para decorar o local.
 Da interpretação diferente dada a “preencher o espaço vazio”.

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AULA 3

ACENTUAÇÃO

É importante revisar alguns pontos gramaticais para que as regras de acentuação sejam melhores
compreendidas. Em primeiro lugar, devemos saber que as sílabas podem ser classificadas em:

Átonas – quando uma sílaba é pronunciada mais fraca.


Tônicas – quando uma sílaba é pronunciada mais forte.

Por exemplo, a palavra “militar” tem três sílabas, a primeira “mi” é átona, a segunda “li” também é
átona, já a terceira “tar” é tônica, pois é a sílaba pronunciada com mais ênfase.
Sabendo disso, o segundo passo é identificar onde esta sílaba tônica se encontra dentro de uma
palavra, de acordo com a posição dela poderá ser chamada de:

Oxítonas – quando a sílaba tônica está localizada na última sílaba.


Ex. militar, treinar, pontapé, cabeção, parabéns.

Paroxítonas – quando a sílaba tônica está localizada na penúltima sílaba.


Ex. ebola, desapego, relva, meningite, triste.

Proparoxítonas – quando a sílaba tônica está localizada na antepenúltima sílaba.


Ex. glândula, pêndulo, ônibus, lápide.

Sobre as regras de acentuação:

1. Todas as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, "ÊM", "ÉM", "ÊNS", seguidas ou não de “S”,
serão acentuadas. Além disso, as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou “LA(s)” também receberão
acento, assim como as oxítonas terminadas em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de
“S”.
Ex. pá, café, cipó, mantêm, refém, amassá-lo, afofá-la, céu, mói.

2. Levam acento as paroxítonas terminadas em:

L – túnel, fácil, dócil, míssil, fóssil;


N – éden, abdomen, semen, hífen;
R – ímpar, câncer, cadáver, repórter;
X – fênix, látex, tórax, ônix;
PS – bíceps, fórceps, Quéops;
Ã(S) – ímã, órfã;

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ÃO(S) – órfão, bênção, órgão, sótão;


I(S) – jóquei, oásis, lápis, júri;
ON(S) – náilon, canon, próton, elétrons;
UM(S) – álbuns, fórum, médium;
US – húmus, ânus, vírus.

3. Como dito anteriormente, TODAS AS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS!!!


Ex. último, dúvida, bálsamo, sílaba, sólida, lágrima.

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

(CPMP 2013) Leia o texto abaixo e responda as questões que seguem:

O sexo do diploma

As mulheres são maioria no ensino superior brasileiro. Segundo o Censo da Educação Superior,
do MEC, mais da metade (57%) dos quase 6,4 milhões de universitários do país é formada pelo público
feminino. A força da mulher nessa área deve ganhar visibilidade com a lei, sancionada em 3 de abril, que
determina o uso, em diplomas, da flexão de gênero para nomear profissão ou grau.
A presidenta Dilma Rousseff transformou na lei 12.605 o projeto 6.383 de 2009, que por sua vez
teve origem em outro projeto de lei, de 2005, de autoria da então senadora Serys Slhessarenko. Segundo a
lei, as instituições de ensino públicas e privadas devem expedir diplomas e certificados com a flexão de
gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido.
O artigo 2º da lei indica que as pessoas já diplomadas podem requerer, de graça, emissão de seus
diplomas com a correção.
Mal nasceu, a lei causa alvoroço.
Alguns especialistas consideram a iniciativa um erro por confundir o título com o tratamento à
pessoa. Em parte, porque usar o gênero masculino para denominar a profissão ou o grau obtido por
mulheres é considerado uma tradição do idioma. [...]
(Natali, Adriana. Revista Língua Portuguesa, ano 7, nº 80, junho de 2012. Ed. Segmento)

4 – De acordo com o texto é correto afirmar que:

a) A presidenta Dilma Rousseff transformou em lei o projeto 6.383, por ser feminista e a primeira
mulher a governar o país.
b) A lei causa alvoroço porque vivemos numa sociedade machista.
c) As pessoas já diplomadas não poderão usufruir desse benefício.
d) As mulheres, no Brasil, dominam o ensino superior; portanto, o público feminino deve ganhar
força com a lei.

5 – No trecho: “Mal nasceu, a lei causa alvoroço”, a expressão mal nasceu, poderia ser substituída
no texto, sem mudança de sentido, por:

a) Ainda que nascesse, a lei causaria alvoroço.


b) Por mais que nasça, a lei causará alvoroço.
c) Assim que nasceu, a lei causou alvoroço.
d) Já que a lei nasceu, causa alvoroço.

6 - Em: “O sexo do diploma” há ambiguidade. Contudo, após uma leitura completa do texto e
contexto, pode-se afirmar que esse título apresenta a seguinte figura de linguagem:

(A) Eufemismo.
(B) Metáfora.
(C) Personificação.
(D) Comparação.

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AULA 4

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Alfabeto

Por influência da língua inglesa nossa alfabeto recebeu mais 3 letras, “k”, “w” e “y”. Elas não são
nenhuma novidade, pois já apareciam em várias palavras do nosso dicionário, como em km, karaokê, show,
yakisoba, megabyte, waffle, wi-fi, Newton, dentre outros.

Acentuação

1 – Os ditongos abertos oi e ei não serão acentuados quando estiverem na penúltima sílaba.

ANTES AGORA
heróico heroico
jibóia jiboia
assembléia assembleia
idéia ideia

2 – Os hiatos oo e ee não serão mais acentuados.

ANTES AGORA
abençôo abençoo
crêem creem
vêem veem
vôo voo
perdôo perdoo
lêem leem

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3 – Acento diferencial. Não se acentuará mais as palavras homônimas (que possuem a mesma
pronúncia e, em alguns casos, a mesma grafia, mas como significado diferente).

ANTES AG
pára (verbo parar), para (preposição) para (verbo parar) para (p
pêra (fruta), pera (preposição arcaica) pera (fruta), pera (preposi
pêlo (substantivo), pelo (contração) pelo (substantivo), pelo (c

4 – Hiato após ditongo crescente deixa de receber o acento.

ANTES AGORA
feiúra feiura
Bocaiúva Bocaiuva
baiúca baiuca
Sauípe Sauipe

5 – Verbos cujos infinitivos terminem em –quar ou –guar também não terão mais o acento.

ANTES AGORA
adeqúe adeque
apazigúe apazigue
desagúe desague
enxagúe enxague

Trema

O trema não fará mais parte do nosso alfabeto, palavras como “lingüiça” ou “lingüística” agora
serão escritas sem esse acento. Ela só continuará nos nomes próprios e seus derivados de origem
estrangeira, como em Thomas Müller (que é lembrado por fazer só um golzinho no famoso 7x1).

Hífen

1 – O hífen não será mais utilizado quando um prefixo terminar em vogal seguida de palavras
iniciadas pelas consoantes R ou S. Quando isto acontecer a consoante deverá ser duplicada;
2 – Também não se usará hífen quando um prefixo terminar com uma vogal diferente daquela que
inicia outra palavra;
3 – Palavras compostas através de elementos de conexão não terão mais hífen;
4 – O hífen continuará quando houver palavras formadas por um prefixo que termina com a
mesma vogal que inicia a segunda palavra;

ANTES AGORA
anti-rugas antirrugas
mini-saia minissaia
semi-aberto semiaberto
co-autor coautor
pé-de-cabra pé de cabra
mão-de-obra mão de obra
antiinflamatório anti-inflamatório
microônibus micro-ônibus

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO

Reduzir a poluição causada pelos aerossóis – partículas em suspensão na atmosfera, compostas


principalmente por fuligem e enxofre – pode virar um enorme tiro pela culatra. Estudo de pesquisadores
britânicos e alemães revelou que os aerossóis, na verdade, seguravam o aquecimento global. Isso porque
eles rebatem a luz solar para o espaço, estimulando a formação de nuvens (que também funcionam como
barreiras para a energia do sol). Ainda é difícil quantificar a influência exata dos aerossóis nesse processo
todo, mas as estimativas mais otimistas indicam que, sem eles, a temperatura global poderia subir 4 C até
2100 – as pessimistas falam em um aumento de até 10, o que nos colocaria “dentro” de uma churrasqueira.
Como os aerossóis podem causar doenças respiratórias, o único jeito de lutar contra a alta dos termômetros
é diminuir as emissões de gás carbônico, o verdadeiro vilão da história.
(Superinteressante, dez. 2005, p. 16.)

7 – Assinale a alternativa cujo sentido NÃO está de acordo com o sentido que a expressão “pode
virar um enorme tiro pela culatra” apresenta no texto.

a) Pode ter o efeito contrário do que se pretende.


b) Pode aumentar ainda mais o problema que se quer combater.
c) Pode fazer com que o aquecimento global aumente.
d) Pode provocar diminuição na formação de nuvens.
e) Pode aumentar a ocorrência de doenças respiratórias.

8 – Assinale a alternativa cuja afirmativa mantém relações lógicas de acordo com o texto.

a) Os aerossóis seguram o aquecimento global porém estimulam a formação de nuvens.


b) Os aerossóis seguram o aquecimento global mas estimulam a formação de nuvens.
c) Os aerossóis seguram o aquecimento global pois estimulam a formação de nuvens.
d) Os aerossóis seguram o aquecimento global e estimulam a formação de nuvens.
e) Os aerossóis seguram o aquecimento global entretanto estimulam a formação de nuvens.

9 – Segundo o texto, “o verdadeiro vilão da história” é(são):

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a) o aquecimento global.
b) as emissões de gás carbônico.
c) a formação de nuvens.
d) as doenças respiratórias.
e) as barreiras para a energia do sol.

10 – O termo “pessimistas”, em destaque no texto, está se referindo às:

a) temperaturas.
b) pessoas.
c) influências.
d) estimativas.
e) barreiras.

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AULA 5

CRASE

Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as
iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as
quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido
contrário ao acento agudo: à.
É importante lembrar-se dos casos em que a crase é obrigatoriamente empregada: nas
expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na
expressão “à moda”.
Ex. Sairei às oito da noite para conhecer uma menina do Tinder.
À medida que estuda, evolui como um Pokémon.
Quero um vestido à moda funk.

Regra Geral:

Sempre haverá crase no seguinte caso:


 O termo antecedente exigir a preposição a;
 O termo consequente aceitar o artigo a.
Ex. Fui à praia.
(Note que “quem vai, vai A algum lugar”, o verbo IR pede a preposição A. O objeto referido
é um substantivo feminino, “a praia”. Dessa forma temos a junção da preposição A + o
artigo A, o que resulta em um à)

Repare em dois casos distintos em que a crase não ocorre.


Ex. 1 Conheço a menina que te deu um pé na bunda.
(Note que “quem conhece, conhece ‘alguém ou alguma coisa’”, ou seja, o verbo conhecer
não pede a preposição a. Isto quer dizer que por mais que eu tenha um substantivo feminino na sequência

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(a menina), esse a não levará crase, pois é apenas um artigo).


Ex. 2 Vou a Roma
(Neste caso o verbo IR pede a preposição A, porém o objeto em questão não aceita o artigo
A. Dessa forma não há preposição + artigo, ou seja, não há crase).

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

11 - (EPCAR 2015) ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA

O trabalho escravo de hoje pouco lembra aquele de outrora – com trabalhadores acorrentados ou
castigados sob desmandos vários. Mas nem por isso ele é menos cruel. Senzalas foram substituídas por
barracos imundos. Correntes foram trocadas por regimes inescapáveis de servidão. O próprio sítio do MPT -
Ministério Público do Trabalho – traz uma página especialmente dedicada ao assunto; “trabalho forçado,
servidão por dívidas, jornadas exaustivas ou condições degradantes como alojamento precário, água não
potável, alimentação inadequada, falta de registro, maus-tratos e violência” são alguns dos itens elencados
pelo órgão.
(Kugler, Henrique: Ciência Hoje, número 309/vol 52/ novembro de 2013, pág.37)

Sobre o texto, é correto afirmar que

a) o trabalho escravo de hoje é mais cruel que o do passado, mantendo regimes inescapáveis de
servidão.
b) os barracos imundos que substituem as senzalas mantêm os negros acorrentados da mesma
forma que outrora.
c) as condições de vida de pessoas escravizadas hoje são iguais às do passado, segundo o
encontrado no sítio do MPT.
d) o tratamento sub-humano e degradante dado a trabalhadores é equivalente ao dado aos
escravos no passado.

12 - (EPCAR 2015) ONZE MULHERES BOLIVIANAS COSTUREIRAS EM SÃO PAULO

“A moradia e o local de trabalho se confundiam. A casa que servia de base para a oficina de Mário
chegou a abrigar, no início de 2010, onze pessoas divididas em apenas três quartos. Além do trabalho de
costura, eram forçadas a preparar as refeições e a limpar a cozinha. E, devido ao controle rígido de Mário,
tinham exatamente 1 hora para fazer todos esses serviços (das 12h às 13h) e voltar ao trabalho de costura.
(R) Até o tempo e a forma do banho dos empregados que era com água fria seguiam as regras
estabelecidas pelo dono da oficina. Obrigatoriamente, o banho era tomado em duplas (junto com outra
colega de trabalho), durante contados 5 minutos para poupar água e energia.”
(Disponível em http://reporterbrasil.org.br/2010/11/costureiras-saoresgatadas-de-escravidao-em-acao-inedita/ Acesso em
22/05/2013.)

Do trecho anterior, pode-se inferir que

a) as costureiras bolivianas foram atraídas para São Paulo com falsas promessas e, ao chegarem
lá, depararam-se com uma realidade igual à da Bolívia.
b) Mário era uma pessoa extremamente preocupada com a economia da empresa, reservando
para as costureiras apenas uma hora de almoço e descanso.
c) os banhos eram organizados em duplas para melhor atender às necessidades das jovens
trabalhadoras.
d) O fato de a moradia das costureiras ser o seu próprio local de trabalho facilitava o controle de
Mário sobre elas.

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AULA 6

CLASSES GRAMATICAIS

COMEÇANDO PELO BÁSICO: Existem milhares de palavras dentro da língua portuguesa e cada
uma delas pertence a um grupo específico, são as chamadas “classes gramaticais”. Essas classes são
divididas em dez conjuntos diferentes, são eles: substantivos, artigos, adjetivos, pronomes, verbos,
advérbios, preposições, conjunções, interjeições e numerais.

ARTIGO: é a classe que irá definir o substantivo (nome), para que fique claro se ele é masculino
ou feminino, singular ou plural.
Ex. o capitão, os capitães, a capitã, as capitãs.

SUBSTANTIVO: é a classe gramatical responsável por dar nome às coisas (objetos e seres em
geral)
Ex. capitão, soldado, moças, vestido, vestibular.

ADJETIVO: é responsável por caracterizar o substantivo (nome).


Ex. nervoso, folgado, curto, chateado.

VERBO: é uma palavra variável que dependendo do contexto pode indicar ação, estado ou
fenômeno da natureza.
Ex. expulsar, fazer, observar, estar, anoitecer.

ADVÉRBIO: é a classe gramatical que vai modificar outras classes gramaticais, como os verbos,
os adjetivos e até mesmo outros advérbios.
Ex. ontem, muito, talvez, ali, jamais.

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Até agora vimos o seguinte:

PRONOME: responsável por acompanhar ou substituir o nome (substantivo).


Ex. ele, essa, seu, te, você, aquilo.

NUMERAL: indica quantidade ou posição (lugar que objetos ou pessoas ocupam em uma série)
Ex. 2, vinte e cinco, primeiro, 31, décimo segundo, 1984.

PREPOSIÇÃO: liga duas palavras, fazendo com que seja estabelecido um sentido entre elas.
Ex. para, de, com, ante, até.

CONJUNÇÃO: liga duas orações, estabelecendo uma relação entre elas ou entre dois termos
semelhantes de uma mesma oração.
Ex. pois, que, quando, como, quanto, entretanto.

INTERJEIÇÃO: é a classe que transmite sentimentos ou emoções.


Ex. psiu, ai, iça, oba, huhulll.

Vimos nessa segunda parte que:

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AULA 7

DESCOMPLICANDO O COMPLICADO: Vimos anteriormente as dez classes gramaticais de nossa


língua portuguesa, agora veremos como cada uma dessas classes se divide em outras classes menores.

O ARTIGO se divide em:

DEFINIDO: individualiza, destaca ou determina um ser ou um objeto:


Ex. o soldado, a guerra, os cursos, as apostilas.

INDEFINIDO: determina, de forma vaga, um objeto ou ser em questão:


Ex. um soldado, uma guerra, uns cursos, umas apostilas.

O SUBSTANTIVO se divide em:

CONCRETO: que dá nome às pessoas, lugares, animais, vegetais e objetos.


Ex. tanque, professor, gato, pastel.

ABSTRATO: dá nome às ações, sentimentos, qualidades e estados.


Ex. alegria, altura, raiva, emoção.

PRÓPRIOS: designam uma determinada espécie ou um determinado indivíduo.


Ex. Brasil, Exército, Bertoleza, APOIO.

COMUNS: designam todos os seres de uma espécie de forma genérica.


Ex. país, força, preparatório, curso.

COLETIVOS: indicam um conjunto de seres ou objetos da mesma espécie.


Ex. bando (de aves), alcateia (de lobos), armada (de navios de guerra), elenco (de atores).

SIMPLES: constituído por apenas uma só palavra.

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Ex. guarda, chuva, pé, moleque, couve, flor.

COMPOSTO: constituído por duas ou mais palavras.


Ex. guarda-chuva, pé-de-moleque, couve-flor.

PRIMITIVO: é aquele que pode derivar outros vocábulos.


Ex. casa (caseiro), flor (floricultura), ferro (ferreiro), jornal (jornaleiro).

DERIVADO: é aquele que procede de outra palavra.


Ex. pedreira (pedra), terrestre (terra), aviador (avião), fogueira (fogo).

O SUBSTANTIVO também pode variar em número, gênero e grau.

NÚMERO:

SINGULAR: homem, mulher, professor, filha.


PLURAL: homens, mulheres, professores, filhas.

GÊNERO:

MASCULINO: o homem, o professor.


FEMININO: a mulher, a filha.
EPICENOS (designam ambos os sexos de animais): a águia (não existe o águio), o polvo (não
existe a polva), a cobra (não existe o cobro).
SOBRECOMUNS (designam pessoas de ambos os sexos): a criança, o indivíduo, a pessoa, o
carrasco.
COMUM DE DOIS GÊNEROS (o substantivo se mantêm e o sexo é definido pelo artigo): o
gerente, a gerente, a repórter, o repórter, o intérprete, a intérprete.

GRAU (aumentativo ou diminutivo):

ANALITICAMENTE (quando um adjetivo está ao seu lado): guerra grande, exército pequeno.
SINTETICAMENTE (quando é juntado a um sufixo): guerrona, exercitinho.

O NUMERAL se divide em:

CARDINAIS: indicam contagem, medida. É o número básico.


Ex. um, dois, 1984, trinta e um.

ORDINAIS: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada.


Ex. terceiro, quinto, 100º, vigésimo quarto.

FRACIONÁRIOS: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres.


Ex. meio, terço, 2/4, um doze avos.

MULTIPLICATIVOS: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a


quantidade foi aumentada.
Ex. dobro, triplo, sêxtuplo.

O PRONOME se divide em:

PESSOAIS: substituem os substantivos e podem ser do caso RETO ou OBLÍQUO.


Pronomes pessoais do caso RETO (exercem a função de sujeito).
Ex. eu fui para a guerra

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nós vencemos os inimigos

Pronomes pessoais do caso OBLÍQUO (exercem a função de complemento verbal ou nominal).


Ex. ofertaram-me a guerra
os inimigos nos venceram

POSSESSIVOS: indicam posse: meu, seu, nosso, minha, etc.


Ex. meu rifle de assalto disparou sozinho
nossa farda está sangrando

DEMONSTRATIVOS: situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso: isto,


aquilo, aquele, este, etc.
Ex. aquele safado atirou em mim
não aguento mais esta guerra

DE TRATAMENTO: são formas corteses de tratamento, utilizados em situações formais


específicas.
Ex. Vossa Excelência (oficiais generais)
Vossa senhoria (tratamento cerimonioso)
Vossa Alteza (príncipes)

INDEFINIDOS: referem-se à terceira pessoa do discurso e dão um sentido vago: nada, pouco,
nenhum, algum, qualquer, etc.
Ex. alguém teve a brilhante ideia de começar a guerra
certas pessoas só querem ver o circo pegar fogo

RELATIVOS: representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam: o


qual, cujo, quanto, quem, etc.
Ex. a guerra na qual lutei foi muito violenta
acabei de lavar a farda que estava suja de sangue

INTERROGATIVOS: usados na formulação de perguntas diretas ou indiretas.


Ex. diga-me quem bateu o tanque no poste
quantos inimigos irão desembarcar?

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AULA 8

O VERBO tem diversas flexões dentro da língua portuguesa, para começar a dominá-lo é
importante saber que ele pode ser conjugado em três MODOS diferentes. Os MODOS são diversas formas
que o verbo assume para indicar a atitude do falante. A saber:

INDICATIVO: apresenta certeza e se subdivide em seis categorias.

PRETÉRITO PERFEITO: um fato ocorrido no passado e que está totalmente finalizado.


Ex. eu estudei no preparatório do APOIO

PRETÉRITO IMPERFEITO: um fato ocorrido no passado e que não foi completamente terminado.
Ex. eu estudava no preparatório do APOIO quando passei na EPCAR

PRETÉRITO-MAIS-QUE-PERFEITO: um fato ocorrido antes do outro fato já terminado.


Ex. eu já estudara em outro curso antes de entrar no APOIO

PRESENTE: expressa um fato atual.


Ex. eu estudo no preparatório do APOIO

FUTURO DO PRESENTE: expressa um fato que ocorrerá após o momento atual.


Ex. eu estudarei no preparatório do APOIO

FUTURO DO PRETÉRITO: expressa ações que poderiam acontecer, mas que não acontecerão.
Ex. eu estudaria no preparatório do APOIO se fosse esperto

SUBJUNTIVO: apresenta incerteza, dúvida, hipótese ou possibilidade e subdivide-se em três


categorias.

PRETÉRITO IMPERFEITO: indica a possibilidade de um fato ter acontecido ou não.


Ex. se eu estudasse no preparatório do APOIO, teria mais conhecimentos

PRESENTE: indica uma possibilidade, um fato incerto no presente.


Ex. é preciso que eu estude no preparatório do APOIO

FUTURO: indica a possibilidade de algo vir a acontecer.


Ex. se eu estudar no preparatório do APOIO terei mais conhecimentos

IMPERATIVO: é o modo verbal que indica uma ordem, um pedido ou uma sugestão e subdivide-se
em duas categorias.

AFIRMATIVO: solicita que alguma coisa seja feita.


Ex. estude no preparatório do APOIO

NEGATIVO: solicita que alguma coisa NÂO seja feita.


Ex. não estude em algum concorrente

Como vimos, o VERBO pode ser expresso de diferentes formas. O conjunto dessas flexões é
chamado de CONJUGAÇÃO. Há três tipos de conjugação e o que determina cada uma delas é a vogal

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temática. A saber:

VERBOS DA 1ª CONJUGAÇÃO: compreende todos os verbos terminados em -ar.


Ex. atirar, bombardear, estudar, tentar, namorar.

VERBOS DA 2ª CONJUGAÇÃO: compreende todos os verbos terminados em -er.


Ex. morrer, abater, sofrer, fazer, beber.

VERBOS DA 3ª CONJUGAÇÃO: compreende todos os verbos terminados em -ir.


Ex. sair, sorrir, extorquir, abduzir, diluir.

O VERBO também pode se apresentar na FORMA NOMINAL, que é quando ele não apresenta
flexão de tempo e nem de modo. Além disso, quando um verbo está na FORMA NOMINAL ele muda sua
estrutura e passa a desempenhar a função de um adjetivo, substantivo ou advérbio. Quando o verbo se
apresenta na FORMA NOMINAL pode estar de três formas diferentes:

GERÚNDIO: indica um processo verbal em curso e pode equivaler a um adjetivo ou advérbio.


Ex. “Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais...”

INFINITIVO: indica uma ação verbal propriamente dita sem se situar no tempo e pode equivaler a
um substantivo.
Ex. o jantar de ontem foi miojo com ovo

PARTICÍPIO: indica uma ação concluída e pode ter valor de adjetivo.


Ex. O professor é muito sabido.

Além disso, o VERBO também pode ser classificado de acordo com sua flexão, podendo ser:

REGULAR: são os verbos que se flexionam de acordo com o modelo comum e cujo radical se
mantém constante em todas as formas.

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Ex. eu apanho, tu apanhas, ele apanha, nós apanhamos...

NOTE QUE OS RADICAIS NÃO MUDAM, APENAS AS TERMINAÇÕES.

IRREGULAR: os verbos irregulares se afastam do modelo de sua conjugação, dessa forma o


radical NÃO se mantém em todas as formas.
Ex. eu peço, tu pedes, ele pede, nós pedimos...

NOTE QUE HOUVE UMA MUDANÇA NOS RADICAIS, ELES NÃO SE MANTIVERAM O
MESMO EM TODAS AS CONJUGAÇÕES.

DEFECTIVOS: são os verbos que possuem conjugação incompleta, não se conjugando em todos
os modos, tempos ou pessoas.
Ex. nós demolimos, vós demolis

NOTE QUE NESSE CASO OS PRONOMES “EU”, “TU”, “ELE” E “ELES” NÃO CONJUGAM
ESSE VERBO.

ANÔMALOS: os verbos dessa categoria possuem mais de um radical quando são conjugados.
Ex. eu vou, eu fui, eu irei

NOTE QUE OS TODOS OS RADICAIS SÃO DISTINTOS

Por último, os VERBOS também possuem duas funções

PRINCIPAL: é quando o verbo tem significado pleno em uma oração.


Ex. hoje treinaremos no TFAM
meu tanque quebrou quando bateu no poste

AUXILIAR: são os verbos que auxiliam um verbo principal.


Ex. hoje irei treinar no TFAM
meu tanque foi quebrado quando bateu no poste

O ADVÉRBIO se divide em classes de:


LUGAR: aqui, ali, lá, debaixo, adiante, acima, aonde...
Ex. vi uma menina muito linda ali

TEMPO: ontem, amanhã, outrora, cedo, tarde, antigamente...


Ex. ontem tentei falar com ela

MODO: melhor, bem, mal, devagar, desse jeito, aos poucos...


Ex. preciso ir devagar para ela não me queimar

INTENSIDADE: muito, bastante, mais, quanto, menos, tanto...


Ex. aquela menina é muito difícil, já me deu três foras

EXCLUSÃO: apenas, salvo, somente, exclusivamente, senão...


Ex. eu queria apenas conversar com ela

INCLUSÃO: inclusivamente, também, até, mesmo, ainda...


Ex. e quem sabe também pegar um cineminha

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AFIRMAÇÃO: sim, certamente, efetivamente, indubitavelmente...


Ex. certamente ela não é obrigada a me dar moral

NEGAÇÃO: nunca, jamais, tampouco, não, nem...


Ex. e nunca ficará atraída por mim

DÚVIDA: acaso, talvez, provavelmente, quiçá, casualmente...


Ex. porque provavelmente eu tenha agido como um babaca

ORDEM: depois, primeiramente, ultimamente.


Ex. já sei, primeiramente tenho que deixar de ser um Zé ruela

A PREPOSIÇÃO se divide em:

ESSENCIAL: que sempre funciona como preposição.


Ex. a, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre,
trás, atrás de, dentro de, para com.

ACIDENTAL: são palavras de outras classes gramaticais que também podem funcionar como uma
preposição.
Ex. Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.

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AULA 9
A CONJUNÇÃO se divide em:

COORDENATIVA: São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente, também
pode ligar termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:

ADITIVAS: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição: e, nem


(=e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Ex. aquele tanque é forte e robusto

ADVERSATIVAS: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou


compensação: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.
Ex. tentei escapar da louça, mas minha mãe me puxou pelos cabelos

ALTERNATIVAS: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha,


indicando fatos que se realizam separadamente: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja,
talvez... talvez.
Ex. ou faço o curso preparatório do APOIO, ou não passo na EsSA
CONCLUSIVAS: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou
consequência: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.
Ex. o concurso é muito concorrido, portanto vou me esforçar ao máximo

EXPLICATIVAS: ligam a oração anterior a uma oração que explica ou justifica a ideia nela contida:
que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Ex. não demore, pois tem louça pra secar

SUBORDINATIVAS: São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra.
A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada.
As conjunções subordinativas subdividem-se em:

INTEGRANTES: indicam que a oração subordinada que é introduzida por ela completa ou integra
o sentido da oração principal. Essas conjunções introduzem orações que equivalem a substantivos: que (na
grande maioria dos casos) e se (em poucos casos).
Ex. espero que você seja aprovado no concurso (espero sua aprovação no concurso)
não sei se ele será aprovado (não sei da sua aprovação)

ADVERBIAIS: indicam que a oração subordinada que é introduzida por ela exerce a função de
adjunto adverbial da oração principal. De acordo com a circunstância expressas, essas conjunções são
classificadas em:

Causais: a oração iniciada por essa conjunção terá ideia de causa: porque, que, como, pois
que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.
Ex. a menina não deu atenção porque ele era um babaca

Consecutivas: a oração iniciada por essa conjunção terá ideia de consequência: de sorte que,
de modo que, sem que, de forma que, de jeito que, que (desde que na oração principal haja palavras como
tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.
Ex. ficou tão empolgado com o tanque que acabou batendo no poste

Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à oração principal, porém,
não impede a realização dessa ideia: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais
que, posto que, conquanto, etc.
Ex. embora seja difícil, passarei no Colégio Naval

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Condicionais: introduzem uma oração que indica uma hipótese ou uma condição para
ocorrência da oração principal: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que,
sem que, etc.
Ex. atrairá alguém desde que comporte-se como um homem

Conformativas: a oração introduzida por essa conjunção estará em conformidade com a


primeira oração, ou seja, haverá um acordo entre as duas: conforme, como (no sentido de conformidade),
segundo, consoante, etc.
Ex. consegui passar no concurso como havia imaginado

Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação à oração principal:
como, assim como, tal como, como se, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que
nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
Ex. os políticos atuais são mais corruptos que os da última eleição

Finais: essas conjunções introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo
para realização da oração principal: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc.
Ex. entrou no preparatório do APOIO para que conseguisse passar nos concursos militares

Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente


à ocorrência da principal: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais...
(mais), quanto mais... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos), etc.
Ex. quanto mais me apaixono por ela, menos atenção ela me dá

Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato
expresso na oração principal: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que,
desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc.
Ex. assim que tiver dinheiro farei uma plástica nessa cara feia

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

(EsSA 2012) POEMA TRANSITÓRIO

Eu que nasci na Era da Fumaça: -trenzinho


vagaroso com vagarosas
paradas
em cada estaçãozinha pobre
para comprar
pastéis
pés-de-moleque
sonhos
-principalmente sonhos!
porque as moças da cidade vinham olhar o trem passar;
elas suspirando maravilhosas viagens
e a gente com um desejo súbito de ali ficar morando
sempre...Nisto,
o apito da locomotiva
e o trem se afastando
e o trem arquejando
é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!
...no entanto
eu gostava era mesmo de partir...
e -até hoje -quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas.
(QUINTANA, Mário. Baú de Espantos. in: MARÇAL, Iguami Antônio T. Antologia Escolar, Vol.1; BIBLIEX; p. 169.)

Em função do que é dito nos versos do poema (Texto de Interpretação), observa-se que o “eu
lírico”:

a) viaja, não só fisicamente, mas também por meio de seus pensamentos.


b) é um homem agitado, que leva uma vida de passageiro com luxo e mordomias.
c) deseja ser mau e mórbido, por isso faz suas viagens pelas estrelas.
d) tem fome e pouco dinheiro, logo não gasta com comidas que não alimentam.
e) é uma voz que clama por tranquilidade e brada contra a poluição do ar.

A expressão “viajar indefinidamente”, no Texto de Interpretação, só NÃO significa

a) viajar sem se preocupar com o tempo de chegar.


b) aventurar-se pelo mundo sem ter um objetivo definido.
c) passear de modo errante, a esmo.
d) sair por aí sem definir o nome das pessoas conhecidas.
e) não ter a preocupação de saber o lugar para onde se vai.

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AULA 10

PONTUAÇÃO

COMEÇANDO PELO BÁSICO: Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da


linguagem escrita. Embora não consigam reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles
estruturam os textos e procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. As principais finalidades
dos sinais de pontuação são:

1) Assinalar as pausas e as inflexões de voz (entonação) na leitura;


2) Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;
3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade.

Os sinais de pontuação que veremos são: vírgula, ponto, ponto-e-vírgula, dois-pontos, ponto-de-
interrogação, ponto-de-exclamação, reticências, aspas, parênteses e travessão.

VÍRGULA: A vírgula marca uma pausa curta; separa elementos de uma oração e orações de um
período. E tem diferentes funções, como:

a) separar elementos que exercem a mesma função sintática (sujeito composto, complementos,
adjuntos) quando não vêm unidos pelas conjunções e, ou e nem.
Ex. Ele estava preparado para conquistar a garota, levou flores, chocolates, anel de compromisso
e tudo mais, porém ela não deu a menor chance ao coitado.

b) isolar e destacar o aposto ou qualquer elemento explicativo.


Ex. Os alunos, esforçados e bastante atenciosos, sempre prestam atenção à aula do professor.

c) isolar e destacar palavras e expressões explicativas, retificativas, conclusivas e continuativas,


como: além disso, aliás, antes, a saber, assim, com efeito, digo, então, isto é, ou seja, ou melhor, outrossim,
portanto, por exemplo e outras.
Ex. Queria passar em um concurso e virar militar, então fez o preparatório do APOIO.

d) isolar e destacar o vocativo.


Ex. Soldado, como conseguiu acertar um poste com o tanque?

e) separar as orações coordenadas assindéticas.


Ex. “Levantava-me, subia a ladeira Santa Cruz, percorria ruas cheias de lama, entrava numa
bodega, tentava conversas com os vagabundos, bebia aguardente.” (Graciliano Ramos, Angústia.)

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PONTO: O ponto marca uma pausa completa. Serve para indicar o término de uma oração. O
ponto marca também a passagem de um grupo a outro grupo de ideias, bem como encerra um enunciado
completo.
Ex. Foi para o exército e chorava ao sentir falta da mamãe.

PONTO E VÍRGULA: E um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula; marca, portanto, uma
pausa média. Usa-se quando a pausa não é tão longa para merecer um ponto ou nem tão curta para
merecer apenas uma vírgula. Ela pode ser utilizada em dois momentos distintos:

 Separar em um mesmo período as orações que sejam bastante longas.


Ex. “Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso
ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida; sonhar um pouco, a sentir uma
vontade de fazer coisa boa.” (Rubem Braga)

 Separar diversos itens dentro de uma lista, como decretos, leis, portarias, códigos, etc.
Ex. Lista de produtos para comprar no mercado:
- azeite;
- açúcar;
- farinha;
- sabonete;
- bala de AK47;
- talco para os pés.

DOIS PONTOS: Os dois pontos marcam uma pausa bem definida e podem ser utilizados em:

 Uma citação:
Ex. O general falou para o soldado: Suma daqui, seu saco de coisa nenhuma!

 Uma enumeração explicativa, ou aposto:


Ex. O rapaz tinha muitos defeitos: chato, metido, arrogante, mala e corintiano.

 Uma síntese ou um esclarecimento sobre o que foi dito:


Ex. Só há uma coisa que eu possa fazer: estudar bastante e parar de assistir Naruto!

PONTO DE INTERROGAÇÃO: Indica uma pergunta, um questionamento.


Ex. Quem foi o maluco que jogou o tanque no poste?

PONTO DE EXCLAMAÇÃO: Indica uma espécie de sentimento e é usado para dar ênfase em
casos de raiva, surpresa, alegria, dor, súplica, etc.
Ex. Seu folgado, vá logo secar a louça!

RETICÊNCIAS: Indica um pensamento ou ideia que ficou por terminar e que transmite, por parte
de quem exprime esse conteúdo, omissão de algo que podia ser escrito, mas que não foi.
Ex. Sabe... o problema não é com você... você é bacana e tudo, mas... enfim, acabou!

ASPAS: Esse recurso pode ser utilizado em várias situações distintas:

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 Exprimir ironia ou conferir destaque a uma palavra ou expressão empregada fora de seu
contexto:
Ex. Moça linda bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um “amor”.
(Mário de Andrade)
 Indicar palavras ou expressões estrangeiras:
Ex. O soldado foi expulso por cantar a “babysitter”.

 Ao aparecerem neologismos, arcaísmos ou gírias, pois esses termos devem ganhar destaque:
Ex. Aquele maluco “tá” vendendo uns “baguio” muito “loco”.

 Sempre que utilizar alguma citação:


Ex. “Não existe trabalho ruim, o ruim é ter que trabalhar.” (Seu Madruga)

PARÊNTESES: Os parênteses têm a função de intercalar no texto qualquer indicação que,


embora não pertença propriamente ao discurso, possa esclarecer o assunto, podem ser
empregados nos seguintes casos:

 Para separar alguma indicação de comentário, reflexão ou ordem explicativa:


Ex. Os políticos que nos roubam (geralmente são todos) deveriam estar presos.

 Incluir dados bibliográficos (autor, página, ano de publicação, etc):


Ex. "O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob ferros" (Jean- Jacques Rousseau,
Do Contrato Social e outros escritos. São Paulo, Cultrix, 1968).

 Delimitar períodos:
Ex. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi um marco bastante chocante na história mundial.

TRAVESSÃO: O travessão é empregado, basicamente, em dois casos:

 Para isolar palavras ou frases:


Ex. “Os ingredientes são: uma porção de caos, duas de confusão e uma pobre mãe exausta –
tudo misturado com um cão latindo e balões estourando”. (Luis Fernando Verissimo, Festa de
aniversário.)

 Indicar fala dos interlocutores:


Ex. Parou seriamente diante do comandante e perguntou:
- O senhor manja dos “paranauê”?

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO

13 - (Insper 2013.2) Considerando-se os elementos verbais e visuais da tirinha, é correto afirmar


que o que contribui de modo mais decisivo para o efeito de humor é

a) a ingenuidade dos personagens em acreditarem na existência de poderes sobrenaturais.


b) o contraste entre os personagens que representam diferentes classes sociais.
c) o duplo sentido do substantivo “super-herói”, no contexto do 1º quadrinho.
d) a tentativa fracassada do personagem ao fazer um discurso panfletário.
e) a quebra de expectativa produzida, no último quadrinho, pelo termo “invisibilidade”

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AULA 11

SINTAXE
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

FRASE: é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por
várias, tendo verbos ou não. Através da fala ou da escrita, a frase exprime ideias, emoções, ordens ou
apelos. Ela também se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num
intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada.
Ex. Nosso país possui um grande potencial bélico
Fabuloso!
Por favor, não me deixe na friendzone.

ORAÇÃO: Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário que ela tenha,
obrigatoriamente:
- sentido completo;
- verbo em seu enunciado.
Ex. Impressionante como vocês correram rápido de seus inimigos
Levei um susto tão grande que precisei trocar as calças!

PERÍODO: É a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido
completo. O período pode ser simples ou composto.

PERÍODO SIMPLES é constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração
absoluta.
Ex. Vamos para a guerra, amigos!
É importante estudar muito mais.

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PERÍODO COMPOSTO é constituído por duas ou mais orações.


Ex. Vamos para a guerra, amigos, pois ela nos espera!
É importante estudar muito mais se pretende um cargo melhor.
TERMOS DA ORAÇÃO

COMEÇANDO PELO BÁSICO: Os termos de uma oração são classificados em três tipos distintos,
a saber:
TERMOS ESSENCIAS DE UMA ORAÇÃO: São os termos fundamentais para a formação de uma
oração, que é constituída pelo SUJEITO e pelo PREDICADO. O SUJEITO é o termo no qual se enuncia
alguma coisa, já o PREDICADO é o termo que se refere ao sujeito.

TERMOS INTEGRANTES DE UMA ORAÇÃO: Eles integram (completam) o significado dos


termos essenciais (SUJEITO e PREDICADO) e são divididos em três, COMPLEMENTO NOMINAL,
COMPLEMENTO VERBAL e AGENTE DA PASSIVA.

TERMOS ACESSÓRIOS DE UMA ORAÇÃO: Esses termos são necessários em apenas alguns
contextos (diferentemente dos essenciais). Eles possuem algumas funções diferentes, como qualificar um
ser, exprimir alguma circunstância ou determinar o substantivo. Os termos acessórios se dividem em
ADJUNTO ADNOMINAL, ADJUNTO ADVERBIAL, APOSTO e VOCATIVO.

DESCOMPLICANDO O COMPLICADO: embora sejam muitas divisões e subdivisões para os


termos essenciais, veremos que eles se complementam, sendo fácil o entendimento de cada um.
Primeiramente veremos os termos essenciais e suas subdivisões, para que depois os seus suplementos
sejam absorvidos mais facilmente.

TERMOS ESSENCIAIS:

SUJEITO: dependendo da intenção da frase, o sujeito pode se comportar de várias formas


diferentes, agente, experienciador, paciente, etc. Salvo raríssimas exceções, ele tem a característica de
concordar com o verbo. O sujeito se subdivide em:

SIMPLES: possui apenas um núcleo, que está exposto:


Ex. O soldado disparou acidentalmente a arma.

COMPOSTO: possui dois ou mais núcleos que também estão expostos:


Ex. Deputados e senadores só estão preocupados com si mesmos.

SUJEITO OCULTO: não aparece explícito na frase, mas é possível identifica-lo:


Ex. Quero passar no Colégio Naval (sujeito: eu)

SUJEITO INDETERMINADO: não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-lo,
porém é possível recuperar o agente ou experienciador da ação verbal:

Verbo na 3ª pessoa do singular:


Ex. Precisa-se de soldados corajosos. (não se pode determinar quem precisa)
Verbo na 3ª pessoa do plural:
Ex. Dizem que a guerra é sangrenta. (alguém diz, mas não se sabe quem)

SUJEITO INEXISTENTE: é designado por verbos que não correspondem a uma ação, como
fenômenos da natureza e verbos que não admitem um termo conjugando-o, como os verbos haver (no
sentido de existir ou ocorrer), fazer (no sentido de tempo ou clima).
Ex. Choveu ontem em Curitiba.
Logo haverá uma prova para a EsSA.
Já faz anos que os políticos nos roubam.

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PREDICADO: apresenta informações sobre o sujeito e também possui um elemento principal


(núcleo). Dependendo do tipo de núcleo o predicado pode ser classificado de três formas diferentes, que
são:

PREDICADO NOMINAL: é aquele onde o núcleo é um predicativo do sujeito e também traz um


verbo de ligação, que liga o sujeito ao predicado:
Ex. Os soldados estavam nervosos (estar é verbo de ligação e nervosos é característica do
sujeito)

PREDICADO VERBAL: neste predicado o núcleo não é uma característica do sujeito, mas sim um
verbo significativo, ou seja, um verbo de ação:
Ex. Os soldados atiraram nos inimigos (não há verbo de ligação, atirar é um verbo de ação)

PREDICADO VERBO-NOMINAL: apresenta dois núcleos, um verbo de ação e um predicativo do


sujeito (característica).
Ex. Os soldados atiraram nervosos nos inimigos (atirar é verbo de ação e nervosos é
característica do sujeito).

TERMOS INTEGRANTES:

COMPLEMENTO NOMINAL: completa o sentido dos nomes (substantivo, adjetivo ou advérbio)


em uma oração.
Ex. O APOIO tem orgulho de seus alunos (orgulho é um substantivo e de seus alunos
complementa esse sentido)

COMPLEMENTO VERBAL: só aparece diante de verbos transitivos (não possuem um sentido


completo), pois esses necessitam de um complemento.
Ex. Os alunos precisam de comprometimento (o verbo precisar é transitivo, pois “quem precisa,
precisa de alguma coisa”, nesse caso, de comprometimento). Ele é dividido em dois tipos diferentes:

Objeto direto: O objeto direto completa o sentido do verbo sem o uso de preposição, ou seja, se
liga diretamente ao verbo transitivo sem o uso de preposição. Este tipo de complemento verbal pode ter
como núcleo substantivos, palavras com função de substantivo e pronomes pessoais do caso oblíquo.
Ex. O soldado limpou a arma.

Objeto indireto: O objeto indireto completa o sentido do verbo transitivo com o uso de preposição,
ou seja, a junção entre o verbo e seu complemento é feita através de uma preposição. A necessidade da
preposição é exigida pelo próprio verbo.
Ex. As mulheres gostam de homens inteligentes.

AGENTE DA PASSIVA: Para se compreender o que é agente da passiva, vamos entender o que
seria voz ativa e voz passiva:

Ex. 1 Voz ativa: O capitão expulsou o soldado.


Ex. 2 Voz passiva: O soldado foi expulso pelo capitão.

Basicamente, uma oração apresenta o sujeito (o capitão) - que pratica a ação - e o objeto (o
soldado) - que sofre essa ação. Dizemos então que essa oração está na voz ativa. Quando o sujeito é
paciente, ou seja, quando ele sofre a ação em vez de praticar (o soldado, exemplo 2), dizemos que a oração
está na voz passiva, nesse caso, quem está praticando a ação (o capitão) é denominado de agente da
passiva. O agente da passiva é o sujeito da oração quando o verbo se encontra na voz ativa (exemplo 01).
Percebemos isso fazendo a conversão das vozes.
Assim, podemos afirmar que agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação verbal,
quando o verbo se apresenta na voz passiva. Geralmente o agente da passiva vem acompanhado da

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preposição por (e suas variações: pelo(s) e pela(s)) e raramente da preposição de.

TERMOS ACESSÓRIOS:

ADJUNTO ADNOMINAL: São palavras que acompanham o substantivo para caracterizá-lo,


determiná-lo ou individualizá-lo. O adjunto adnominal pode ser representado por adjetivos, artigos,
numerais, pronomes adjetivos e/ou locuções adjetivas.
Ex. Os cinco TANQUES navais estão pronto para a guerra
(Os é artigo, cinco é numeral e navais é adjetivo. Todos eles estão ligados ao substantivo
TANQUE, automaticamente são ADJUNTOS ADNOMINAIS).
Aquele TANQUE de guerra bateu em um poste
(Aquele é pronome adjetivo e de guerra é locução adjetiva. Ambos estão ligados ao
substantivo TANQUE, automaticamente também são ADJUNTOS ADNOMINAIS).

ADJUNTO ADVERBIAL: É um termo cuja função é modificar um verbo, um adjetivo ou um


advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade, etc).
Ex. Muitos ATLETAS CORRERAM na praça Santos Andrade
(Muitos é advérbio de intensidade e está ligado ao substantivo ATLETAS. Na praça Santos
Andrade é locução adverbial de lugar e está ligado ao verbo CORRERAM. Ambos são ADJUNTOS
ADVERBIAIS).

APOSTO: É um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou
especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.
Ex. Precisamos de poucas coisas para ganhar essa batalha: AK’s47, bazucas, granadas,
tanques, caças, centenas de soldados, trevos de quatro folhas, mais soldados, molotoves, snipers,
ferraduras, pés de coelhos e bolachas trakinas.
Os soldados que foram expulsos, aqueles imbecis, não fizeram nada de aceitável.

VOCATIVO: serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.


Ex. Soldado, como você consegue ser tão lerdo?
Eu realmente não sei, capitão!

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO

14 - (Enem/2000) Em uma conversa ou leitura de um texto, corre-se o risco de atribuir um


significado inadequado a um termo ou expressão, e isso pode levar a certos resultados inesperados, como
se vê nos quadrinhos abaixo.

Nessa historinha, o efeito humorístico origina-se de uma situação criada pela fala da Rosinha no primeiro
quadrinho, que é:

a) Faz uma pose bonita!


b) Quer tirar um retrato?
c) Sua barriga está aparecendo!
d) Olha o passarinho!
e) Cuidado com o flash!

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AULA 12

TRANSITIVIDADE VERBAL

Predicação verbal é o nome dado ao resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e
verbo, além dos verbos e complementos. Em relação a essa predicação os verbos podem ser chamados de
TRANSITIVOS, INTRANSITIVOS ou de LIGAÇÃO.

VERBOS TRANSITIVOS são aqueles que vêm acompanhados por complemento: quem sente,
sente algo; quem revela, revela algo a alguém; quem precisa, precisa de alguma coisa. O sentido desse
verbo transita, ou seja, segue adiante, integrando-se aos seus complementos para que adquira sentido
completo. Os verbos transitivos estão separados em três categorias diferentes, a saber:

TRANSITIVO DIRETO: é quando o verbo e seu complemento estão ligados diretamente, ou seja,
sem preposição:
Ex. Algumas pessoas escutam funk sem fone de ouvido
(Escutam é verbo transitivo, pois precisa de complemento. Funk é o complemento desse verbo, é
aquilo que algumas pessoas escutam).

TRANSITIVO INDIRETO: é quando o verbo e seu complemento estão ligados indiretamente, ou


seja, há uma preposição entre ambos, pois sem ela esta ligação não estaria completa:
Ex. Mulheres gostam de homens inteligentes
(Gostam é verbo transitivo, pois precisa de complemento. Homens inteligente é o complemento
desse verbo, é aquilo que as mulheres gostam. Ficaria sem sentido dizer que “Mulheres gostam homens
inteligentes”, pois não há uma ligação entre o verbo e seu complemento, por isso que é usada a preposição
de, ela serve para fazer essa ligação e dar sentido à oração.)

TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO: é quando a ação contida no verbo transita para o


complemento direta e indiretamente, ao mesmo tempo:
Ex. O soldado não contou nada ao sargento
(Contou é verbo transitivo, pois precisa de complemento. Nada é o complemento direto, é aquilo
que o soldado não contou. Na sequência temos o objeto para quem o sujeito se direciona, que nesse caso é
sargento, como essa palavra pede uma preposição, ao, é objeto indireto).

VERBOS INTRANSITIVOS são aqueles que trazem a ideia completa da ação já em si, sem
necessidade de um complemento, dessa forma sua ação não transita.
Ex. O caça F-22 Raptor caiu
(Caiu é verbo intransitivo, pois por si só já carrega o sentido completo. Se o falante desejar
pode acrescentar outras informações, mas mesmo assim o verbo continuará sendo intransitivo).

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Ex. O caça F-22 Raptor caiu sobre a multidão que acompanhava o espetáculo aéreo (ideia de
local)
O caça F-22 Raptor caiu subitamente (ideia de modo)
O caça F-22 Raptor caiu no mês passado (ideia de tempo)
Essas informações ampliam o significado do verbo, porém não são fundamentais para que a
informação básica (caiu) seja compreendida.

VERBOS DE LIGAÇÃO são aqueles que expressam estado, ou seja, ligam uma característica ao
sujeito e estabelecem certos tipos de relações entre eles:

ESTADO PERMANENTE: ser, viver.


Ex. O aluno vive conversando
O professor é paciente

ESTADO TRANSITÓRIO: estar, andar, achar-se, encontrar-se.


Ex. O aluno está conversando
O professor encontra-se paciente

ESTADO MUTATÓRIO: ficar, virar, tornar-se, fazer-se.


Ex. O aluno ficou conversando
O professor fez-se paciente
CONTINUIDADE DE ESTADO: continuar, permanecer.
Ex. O aluno continua conversando
O professor permanece paciente

ESTADO APARENTE: parecer.


Ex. O aluno parece conversar
O professor parece paciente

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

(EAM 2012) Aula de Português

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe


e vai desmatando
o amazonas da minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturde-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,


em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.


(ANDRADE, Carlos D. Aula de Português. Boitempo – Esquecer para lembrar. São Paulo: Record, 2006)

 - Qual a opção apresenta uma passagem do texto que revela os sentimentos do poetam em
relação à aula de português?

 “... tão fácil de falar...”


 “... na superfície estrelada de letras,...”
 “... ele é quem sabe,...”
 “... atropelam-me, aturdem-me,...”
 “... do namoro com a prima...”

 - Assinale a opção que apresenta a afirmação correta acerca do poema.

 Demonstra a decepção do poeta em relação à sua família.


 Cita a aula de português para homenagear os gramáticos.
 Destaca o amor inalcançável do poeta por sua prima.
 Faz uma reflexão crítica sobre as brincadeiras do passado.
 Contrapõe o português do dia a dia ao da aula de português.

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AULA 13

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

Dentre os estudos linguísticos inerentes à sintaxe, encontra-se a sintaxe de regência. Ela é


responsável pelo estudo das relações de dependência que se estabelecem entre os termos da oração ou
entre as orações no período. Assim sendo, quando um desses termos diz respeito a um verbo, tem-se o que
denominamos REGÊNCIA VERBAL.
Como vimos anteriormente, cada verbo possui uma classificação de acordo com sua
transitividade, porém, alguns verbos podem possuir mais de uma regência, de acordo com a maneira que
ele for utilizado dentro de um contexto específico. A regência de um verbo é determinada pela relação entre
o verbo e seu complemento, dessa forma o verbo é o termo regente e o complemento é o termo regido.
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece
oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples
mudança ou retirada de uma preposição.
Ex. A mãe agrada o filho.
A mãe agrada ao filho.
(No primeiro exemplo o verbo agradar significa “acariciar” e dessa forma não pede preposição,
sendo um verbo transitivo direto. Já no segundo exemplo o verbo agradar significa “causar agrado” ou
“satisfazer” e dessa forma pede uma preposição, o que o transforma em um verbo transitivo indireto).

Diante do exposto, pudemos compreender de modo efetivo acerca da função que se atribui à
regência verbal, ou seja, ela se ocupa do estudo da relação que se estabelece entre os verbos e seus
respectivos complementos. Enquanto usuários da língua, é necessário compreender como se dá essa
relação para que possamos construir nossos discursos de forma adequada.

REGÊNCIA VERBAL DE ALGUNS VERBOS:

Observe uma listagem com os verbos mais recorrentes, levando-se em conta as transitividades
que são atribuídas a eles:

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AGRADECER

a) Transitivo direto – Ocorre quando o complemento faz referência a um ser não


personificado:
Ex. Agradeceu a opinião.

b) Transitivo indireto – Manifesta-se quando o complemento diz respeito a um ser


personificado:
Ex. Agradeceu aos presentes.

c) Transitivo direto e indireto – Caracteriza-se dessa maneira quando se refere a coisas e a


pessoas ao mesmo tempo:
Ex. Agradeceu a opinião aos presentes.

AJUDAR

a) Quando seguido de um infinitivo transitivo, precedido da preposição “a”, tanto pode ser
transitivo direto quanto indireto:
Ex. Ajudou o soldado a realizar o treinamento.
Ajudou ao soldado a realizar o treinamento.

b) No caso de o infinitivo preposicionado ser intransitivo, ocupa apenas a função de


transitivo direto:
Ex. Ajudaram o pelotão a entrar.

c) Caso não esteja seguido de infinitivo, geralmente ocupa apenas a função de objeto direto:
Ex. Ajudei muitas pessoas durante a guerra.

ANSIAR

a) Transitivo direto – Assim se classifica quando o sentido fizer referência a “angustiar,


provocar mal-estar”:
Ex. A rotina de exercícios ansiava-o.

b) Transitivo indireto – Ocupa tal posição quando o sentido se referir a “desejar”, sempre
regido pela preposição “por”:
Ex. Ansiava por uma oportunidade de ir à guerra.

ASPIRAR

a) Na qualidade de transitivo direto revela o sentido de “cheirar, sorver”:


Ex. Aspiramos o odor desagradável dentro do elevador.

b) Ocupando a função de transitivo indireto retrata o sentido referente a “desejar, pretender”:


Ex. Todo aluno do APOIO aspira ao cargo militar.

ASSISTIR

a) Transitivo direto – Esta posição se manifestam quando o sentido fizer referência a


“prestar socorro, dar assistência”:
Ex. O médico assistiu o combatente ferido.

b) Transitivo indireto – Assim se manifesta quando o sentido se referir a “ver, presenciar,


estar presente”:
Ex. Assistimos ao ataque sem fazermos nada.

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CASAR

 Intransitivo – Quando por si só apresentar sentido completo.


Ex. Eles casaram.

b) Transitivo indireto – Quando requisitar um complemento, sendo este regido pelo uso da
preposição:
Ex. Ele se casou com a melhor amiga da ex-namorada.
c) Transitivo direto e indireto – Ocorre quando requisitar dois tipos de complemento: um sem
preposição e outro acompanhado dela:
Ex. O vizinho casou sua filha com meu primo.

CHAMAR

a) Transitivo direto – Quando a ideia se referir a “invocar, convocar”:


Ex. Chamou o professor para resolver sua dúvida.

b) Transitivo direto ou indireto – Assim se revela quando o sentido fizer referência ao ato de
“tachar, apelidar, denominar”.
Ex. Chamei o folgado.
Chamei de folgado.

ESFORÇAR-SE

É essencialmente pronominal quando tiver sentido de “fazer esforço por alguma coisa”, sendo
regido pelas preposições “em”, “a”, “por” e “para”:
Ex. Em vão nos esforçávamos para evitar a invasão bárbara.

ESQUECER

a) Transitivo direto:
Ex. Não esqueci os alunos que eram interessados.

b) Transitivo indireto:
Ex. Esqueci-me dos alunos desinteressados.

IMPLICAR

a) Transitivo direto – No sentido de “acarretar, envolver”:


Ex. A bagunça na sala implica mais tempo perdido.

b) Transitivo indireto – Fazendo referência a “ter implicância”:


Ex. Os alunos sempre implicaram com o professor.

INTERESSAR-SE

Na qualidade de verbo pronominal é sempre transitivo indireto, regido pelas preposições “em” e
“por”:
Ex. Interessava-se por uma menina que só o deixava na friendzone.

OBEDECER/DESOBEDECER

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Classificam-se como transitivos indiretos, regidos pela preposição “a”:


Ex. Devemos obedecer aos oficiais superiores.

PAGAR

a) Transitivo direto quando o objeto fizer referência à coisa:


Ex. Paguei o curso com o intuito de me esforçar ao máximo.

b) Transitivo indireto quando o objeto fizer referência à pessoa:


Ex. Pagamos ao corretor por essa casa no banhado!

c) Transitivo direto e indireto quando fizer referência a ambos os elementos ao mesmo


tempo:
Ex. Pagamos a hora da aula particular ao professor.

PREFERIR

a) Transitivo direto quando o sentido se atém a “escolher, dar primazia a”:


Ex. Prefiro ir para a guerra.

b) Transitivo direto e indireto quando o sentido se voltar para “decidir entre uma coisa e
outra”:
Ex. Prefiro ir para a guerra a ficar vendo os inimigos acabarem com minha nação.

VISAR

a) Transitivo direto no sentido de “dirigir o olhar para, apontar arma de fogo, pôr o sinal de
visto em algo, assinar”:
Ex. O soldado visou o inimigo.

b) Transitivo indireto, quando o sentido fizer referência a “pretender, objetivar, ter em vista”:
Ex. Sempre visa ao curso da AFA

Por outro lado a REGÊNCIA NOMINAL é o nome dado à relação entre um substantivo, adjetivo ou
advérbio e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição.
No estudo da REGÊNCIA NOMINAL deve-se levar em conta que muitos nomes seguem
exatamente o mesmo regime dos verbos correspondentes. Dessa forma, ao conhecer o regime de um verbo
fica fácil conhecer o regime dos nomes cognatos.
Assim como os verbos, os substantivos, adjetivos ou advérbios também pedem preposições
diferentes, de acordo com o contexto que eles forem utilizados. A seguir há o exemplo de algumas palavras
e suas possíveis preposições.

- alheio a, de
- liberal com
- ambicioso de
- apto a, para
- grato a
- bacharel em
- capacidade de, para
- natural de
- contemporâneo a, de
- nocivo a
- paralelo a

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- curioso a, de

- propício a
- falto de
- sensível a
- incompatível com
- próximo a, de
- satisfeito com, de, em, por
- misericordioso com, para com
- suspeito de
- preferível a
- longe de
- perto de
- hábil em

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

(EEAR 2012) Vacinas em desenvolvimento


Edimilson Migowski et al.

As vacinas representam uma das ferramentas de maior impacto de ação em saúde, especialmente
em termos de prevenção de enfermidades que tanta dor, sofrimento e morte acarretam. Ao que tudo indica,
doenças como dengue, leptospirose e AIDS só serão controladas de forma efetiva quando existirem vacinas
que protejam a humanidade desses males.
Nas últimas décadas, os avanços de pesquisas em Imunologia e Engenharia Genética permitiram
progressos no desenvolvimento de novas vacinas e a prevenção de inúmeras doenças. Um dos exemplos
mais recentes é a vacina contra HPV. Espera-se, ainda, poder controlar e erradicar uma série de doenças
infecciosas com a descoberta de novas vacinas, bem como reduzir os possíveis efeitos indesejáveis de
vacinas atualmente disponíveis.
A revolução na área de prevenção por meio de vacinas começou com Jenner, médico de família
inglesa, há mais de dois séculos. Atualmente, os calendários vacinais estão repletos de possibilidades; em
um futuro próximo, espera-se muito mais do universo das vacinas. As vacinas atuais para a gripe, por
exemplo, são produzidas em ovos embrionados de galinhas, um fator que pode ser limitante para a
produção em grande escala no caso de uma pandemia.
(Vacinas e imunoglobulinas: consulta rápida/Alessandra Aparecida Paz... [et al.]. Porto Alegre: Artmed, 2009)

17 - Após a leitura do texto, pode-se afirmar que

I – as possibilidades atuais existentes nos calendários vacinais são, notadamente, vitória da


tecnologia.
II – o caráter preventivo da vacinação, figurado pela referência ao médico de família, foi
substituído pelo efeito amenizador dos problemas de saúde pública, como pandemias.
III – as afirmações nele contidas restringem-se ao campo técnico-científico, não contemplando, por
exemplo, as ações humanas e as responsabilidades delas decorrentes no surgimento e disseminação de
doenças.

Das sentenças acima, está correto o que se afirma em:


 I e II
 I e III
 I apenas
 III apenas

18 - Com relação às vacinas atuais para a gripe, pode-se afirmar, segundo o texto, que

 Não há limites para a sua produção em grande escala.


 Elas são eficazes no caso de uma pandemia, pois são produzidas em ovos embrionados de
galinhas.
 O seu processo de produção ainda é um fator a ser melhorado, pois pode dificultar o combate
a uma pandemia.
 A sua produção em ovos embrionados de galinhas é um exemplo de revolução na área da
prevenção por meio de vacinas.

19 - Segundo o texto, os avanços em pesquisas no campo da Imunologia


 Atingiram progressos tais, que doenças como dengue, leptospirose e AIDS serão efetivamente
controladas.
 Permitem afirmar que as vacinas são ferramentas de forte efeito no que se referem a ações
fundamentais na área da saúde.
 Estão acima dos resultados alcançados no campo da Engenharia Genética, pois surtem
efeitos sobre o sofrimento humano.
 Alcançam, cada vez mais, resultados satisfatórios, como o desenvolvimento da vacina contra

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HPV, embora esta ainda apresente efeitos indesejáveis

AULA 14
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CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES

COMEÇANDO PELO BÁSICO: como foi dito anteriormente, um período é formado por uma ou
mais orações. Se um período é formado por mais de uma oração ele é chamado de período composto.
Quando um período é composto ele pode ter duas relações diferentes, ou de coordenação (quando as
orações possuem sentidos próprios e são independentes) ou de subordinação (quando uma oração
depende de outra para que haja um sentido completo dentro desse período).

COMPOSTO POR COORDENAÇÃO é constituído por orações independentes, sem nenhuma


dependência sintática:
Ex. Fomos para a guerra e voltamos são e salvos
(Fomos para a guerra é uma oração que faz sentido se estiver sozinha, assim como voltamos são
e salvos. Ambas são independentes).

COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO é constituído por um conjunto de orações em que uma delas
(subordinada) depende sintaticamente da outra (principal).
Ex. Não fui para a guerra porque tenho medo dos inimigos
(Não fui para a guerra é uma oração que faz sentido se estiver sozinha, porém porque tenho medo
de inimigos depende da primeira para fazer sentido, portanto está subordinada a ela. Aqui existe a relação
de dependência).

Tanto o período composto por coordenação quando o composto por subordinação são,
normalmente, introduzidos por conjunções ou conectivos, alterando sua classificação de acordo com a
palavra utilizada para uni-las.

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DESCOMPLICANDO O COMPLICADO: embora existam muitas subdivisões para cada um dos


períodos compostos, veremos que classifica-los é muito mais fácil e simples do que parece.

O PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO se subdivide, primeiramente, em sindético e


assindético. O que diferencia um do outro é a presença (ou não) de um sindeto (daí o nome sindético,
quando há esse elemento e assindético quando não há). Note que sindeto, conectivo ou conjunção são
nomes dados à mesma classe de palavras.

As COORDENADAS ASSINDÉTICAS são orações coordenadas entre si e que não são ligadas
através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
Ex. Fomos para a guerra, o capitão nos expulsou, voltamos para casa.
(Esse período é composto por três orações, expressas através dos verbos “ir”, “expulsar” e
“voltar”. As três possuem sentidos próprios e estão ligadas umas às outras sem a presença de uma
conjunção).

As COORDENADAS SINDÉTICAS são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas
através de uma conjunção.
Ex. Fomos para a guerra, mas o capitão nos expulsou.
(Agora há duas orações nesse período e elas estão separadas por um conectivo, nesse caso o
“mas”)

Veremos agora que as COORDENADAS SINDÉTICAS se subdividem em cinco categorias

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diferentes, que irão variar de acordo com a conjunção utilizada.

COORDENADA SINDÉTICA ADITIVA: Expressa ideia de adição, acrescentamento. Normalmente


indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência: e, nem, não só... mas também,
não só... como, assim... como.
Ex. Não estudei o bastante e fui trabalhar no Mcdonald’s

COORDENADA SINDÉTICA ADVERSATIVA: Exprime fatos ou conceitos que se opõem ao que se


declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação: mas, contudo, todavia,
entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Ex. Paguei o cursinho, mas não prestei atenção nas aulas

COORDENADA SINDÉTICA ALTERNATIVA: Expressa ideia de alternância de fatos ou escolha:


ou... ou; ora...ora; quer...quer; seja...seja.
Ex. Ou me empenho de verdade, ou vou trabalhar no Mcdonald’s

COORDENADA SINDÉTICA CONCLUSIVA: Exprime conclusão ou consequência referente à


oração anterior: logo, portanto, por fim, por conseguinte, consequentemente.
Ex. Não me empenhei de verdade, logo não consegui um emprego decente

COORDENADA SINDÉTICA EXPLICATIVA: Indica uma justificativa ou uma explicação referente


ao fato expresso na declaração anterior: isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois.
Ex. Trabalharei no Mcdonald’s, pois não dei valor aos estudos

O PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO se subdivide em substantivo, adjetivo e


adverbial. Essa classificação varia de acordo com a função sintática que desempenham e a classe de
palavras a que equivalem.

A ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA tem valor de substantivo e vem introduzida,


geralmente, por conjunção integrante (que, se). Ela se subdivide em outras seis categorias, a saber:

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA: é quando a oração principal não possui


sujeito, dessa forma a oração subordinada exercerá essa função sintática.
Ex. É fundamental que você crie vergonha na cara
(Na primeira oração “é fundamental” não existe sujeito, então ele estará na oração subordinada
“você”. Nesse caso a subordinada é subjetiva).

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA: exerce função de objeto direto do


verbo da oração principal.
Ex. Toda família quer que você crie vergonha na cara
(A conjunção “que” está ligada diretamente ao verbo “quer”, assumindo a função de objeto direto).

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA: atua como objeto indireto do


verbo da oração principal. Por se tratar de um objeto indireto, vem precedida de preposição.
Ex. Seu futuro precisa de que você crie vergonha na cara
(Nesse caso a conjunção “que” está ligada ao verbo “precisa” indiretamente, pois entre eles há a
preposição “de”).
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL: completa um nome
(substantivo, adjetivo ou advérbio) que pertence à oração principal e também vem marcada por preposição.
Ex. Temos necessidade de que você crie vergonha na cara
(Aqui a conjunção também está ligada através de uma preposição “de”, porém o que diferencia da
anterior é que neste caso ela está complementando o sentido do substantivo “necessidade”).

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA: exerce papel de predicativo do


sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois de um verbo de ligação, na maioria dos casos o

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verbo “ser”.
Ex. O desejo dos amigos é que você crie vergonha na cara
(Note que entre o substantivo “amigos” e a conjunção “que” há o verbo de ligação “ser”, o que faz
com que essa oração subordinada seja predicativa).

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA: exerce função de aposto de algum termo


da oração principal.
Ex. Só é preciso uma coisa para seu crescimento: que você crie vergonha na cara
(O aposto “que você crie vergonha na cara” é uma informação a mais, porém não é fundamental
para o entendimento da oração principal “só é preciso uma coisa para o seu crescimento”)

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AULA 15
A ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA exerce a função de adjunto adnominal de um termo da
oração principal, tendo a mesma função que um adjetivo na estrutura frásica. Começa, maioritariamente,
com o pronome relativo “que” e está dividida em:

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA: especifica o sentido do nome a que se refere,


restringindo seu significado a um ser único, definido por ele. Não existe marca de pausa, como vírgulas,
entre este tipo de oração e a oração principal. São indispensáveis para a compreensão da frase.
Ex. Ele é um dos poucos soldados que não chora com saudade da mãe.
(A oração adjetiva, nesse caso, está especificando um determinado soldado, restringindo-o do
resto do grupo. Note que o período não faria sentido sem essa oração).

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA: acrescenta uma informação acessória,


ampliando ou esclarecendo um detalhe de um conceito que já de encontra definido. Aparece sempre
separada por vírgulas e pode ser retirada da frase sem que haja alteração do sentido da mesma.
Ex. Aquele ex-soldado, que foi expulso por bater o tanque no poste, trabalha no Mcdonald’s.
(A oração “que foi expulso por bater o tanque no poste” nada mais é que um complemento de
“aquele ex-soldado”. Diferentemente do que acontece com a oração subordinada adjetiva restritiva, aqui
a oração é descartável, pois “aquele ex-soldado trabalha no Mcdonald’s” continua fazendo sentido mesmo
sem o complemento).

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL é aquela que exerce a função de adjunto adverbial do


verbo da oração principal. Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa, condição,
hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções subordinativas. A ORAÇÃO
SUBODINADA ADVERBIAL é classificada de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz
e subdivide-se em nove categorias, a saber:

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL: indica a causa da ação expressa na oração


principal: porque, visto que, como, uma vez que, posto que, etc.:
Ex. Não foi aprovado porque deixou os estudos de lado
(“não ser aprovado” é uma consequência dele “deixar os estudos de lado”, portanto a oração
subordinada dá a ideia de causa).

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA: apresenta a consequência do


acontecimento da oração principal: que, tanto que, tão que, tal que, tamanho que, de forma que, de modo
que, de sorte que, de tal forma que, etc.:
Ex. Aquele cara é tão babaca que ninguém gosta dele
(“ele ser babaca” é uma causa, trazendo consigo a consequência que é “ninguém gostar dele”.
Nesse caso a oração subordinada dá ideia de consequência).

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL: apresenta uma condição para a


realização ou não do acontecimento da oração principal: se, salvo se, desde que, exceto se, caso, desde,
contando que, sem que, a menos que, uma vez que, sempre que, a não ser que, etc.:
Ex. Pode sair da friendzone, desde que deixe de criancice

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(ele “pode sair da friendzone”, porém há uma condição para que isso aconteça, essa condição é
“deixar de criancice”).

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA: indica um fato contrário ao referido n a


oração principal. As conjunções concessivas são: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto
que, etc.:
Ex. Embora ele estivesse muito preparado para a guerra, não aguentou a pressão psicológica.
(o sujeito “estava muito preparado para a guerra”, porém “não aguentou a pressão”, isso mostra
uma contrariedade, pois, teoricamente, quem está preparado pode aguentar qualquer coisa).

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA: apresenta uma ideia de conformidade,


de concordância e regra em relação ao acontecimento da oração principal: conforme, como, consoante,
segundo, etc.:
Ex. Estudo para o concurso conforme os professores pedem.
(diferentemente do que acontece com a adverbial concessiva, a conformativa apresenta um
acordo entre as duas orações, nesse caso “os professores pedem” e ele “estuda para o concurso”. Não há
uma contrariedade, mas sim uma concordância).

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA: expressa uma comparação com um dos


termos da oração principal: como, que, do que, etc.:
Ex. Ele trabalha para seu chefe como um escravo trabalhava para seu senhor.
(aqui há uma comparação entre “trabalhar para o chefe” e “trabalhava para seu senhor”).

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL: indica a intenção, o objetivo ou a finalidade


daquilo que se declara na oração principal: a fim de que, para que, que, etc.:
Ex. Treinei bastante, para que os exercícios parecessem mais fáceis.
(há uma finalidade para ele “treinar bastante”, ele tem um objetivo com isso fazer com que “os
exercícios pareçam mais fáceis”).

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL: apresenta uma ideia de


proporcionalidade com o acontecimento da oração principal: à proporção que, à medida que, ao passo que,
quanto mais… mais, quanto menos… menos, quanto maior… maior, quanto maior… menor, etc.:
Ex. Quanto mais eu me esforço, mais perto fico de alcançar meus objetivos.
(à medida que “ele se esforça”, “fica perto de alcançar os objetivos”, dando a ideia de
proporcionalidade na oração subordinada).

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL: expressa uma circunstância de tempo ao


acontecimento da oração principal: quando, enquanto, agora que, logo que, desde que, assim que, tanto
que, apenas, antes que, até que, sempre que, depois que, cada vez que, mal, etc.:
Ex. Você lavará toda a louça quando chegar em casa.
(há um tempo específico para que a “louça seja lavada”, que é “quando chegar em casa”).

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

(EPCAR 2013) Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se,
vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar
contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-
se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente, pois a alegria
dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece que só se as viu depois que tombaram;
precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite é muito perigosa e nenhuma ajuda é possível e fica
tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que
fere. Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que a
repartir antes que se transforme em drama. Implora-se também que venha, implora-se com a humildade da
alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se também uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de
bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar. P.S. Não se precisa de prática.
E se pede desculpa por estar num anúncio a dilacerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma
alegria até mesmo divina para dar.
Clarice Lispector (http://pensador.uol.com.br/frase Acesso dia 30/05/2012, 17h 03 min)

20 – A leitura global do texto permite inferir que

a) a busca de um homem ou uma mulher é puramente de caráter solidário, pois deseja-se


compartilhar um bom sentimento.
b) é necessário encontrar o que se procura rapidamente, uma vez que sair à noite, aos domingos,
pode ser perigoso.
c) a expressão “...implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo” revela sentimentos da
pessoa que precisa da ajuda de um homem ou de uma mulher.
d) perpassa pelo texto um único tom: imperativo, alegre e feliz.

21 - Releia atentamente a frase abaixo:

“Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que
fere.”

De acordo com o texto, essa frase aponta para a/os

a) solidão que o anunciante sente.


b) intransigência de quem coloca o anúncio no jornal.
c) deveres e os direitos de quem atender ao anúncio.
d) violência nas cidades nos finais de semana.

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22 - (EPCAR 2013) A partir da leitura da charge ao lado, é possível inferir que o/a

a) conceito da felicidade está de acordo com uma hierarquização de objetivos de vida.

b) último quadrinho adicionou um sentido falacioso no que se refere à conquista da felicidade.

c) conquista do Ipad torna-se o ideal de felicidade, que é alcançado pelo personagem da tira.

d) consumismo está indiretamente relacionado à busca da felicidade.

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AULA 16

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

COMEÇANDO PELO BÁSICO: Colocação pronominal é o estudo da colocação dos pronomes


oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.
Os pronomes átonos podem ocupar três posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo
(mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
Ex. PRÓCLISE: Alguns alunos me impressionam pela indisposição
MESÓCLISE: Convidar-te-ei para minha festa de despedida
ÊNCLISE: Entregaram-se ao capitão após faltarem aos exercícios
(Os verbos estão sublinhados e a colocação pronominal varia, dependendo de onde os pronomes
se encontram e quais as regras que solicitam cada um deles).

DESCOMPLICANDO O COMPLICADO: Existe uma ordem de prioridade na colocação


pronominal: em primeiro lugar tente colocar a próclise, depois a mesóclise e, em último caso, a ênclise.

A PRÓCLISE é utilizada em seis casos específicos:

 Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São
elas:

a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.


Ex. Não se esqueça de lavar a louça!

b) Advérbios.
Ex. Agora se nega a obedecer ao professor.

c) Conjunções subordinativas.
Ex. Soube que me emprestariam algum dinheiro.

d) Pronomes relativos, indefinidos ou demonstrativos.


Ex. Encontraram dois soldados que se identificaram como desertores.
Muitos te deram a oportunidade de aprender.
Disso me xingaram e eu não gostei.

 Orações iniciadas por palavras interrogativas.


Ex. Quem te fez a encomenda?

 Em frases exclamativas ou optativas.


Ex. Quanto se ofende por nada!

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 Orações que exprimem desejo.


Ex. Que Deus o ajude.
 Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.
Ex. Em se tratando de simpatia o professor é campeão.

 Com formas verbais proparoxítonas


Ex. Nós o adorávamos.

A MESÓCLISE é empregada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do


pretérito do modo indicativo, desde que a próclise não seja justificada!
Ex. Ajudar-me-iam caso eu precisasse.

É importante observar que a MESÓCLISE é uma colocação pronominal exclusiva da língua


culta e da modalidade literária.

A ÊNCLISE é considerada a colocação básica, pois obedece a sequência verbo-complemento.


Dessa forma o pronome aparece depois do verbo e é empregado em cinco momentos, a saber:

 Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo.


Ex. Quando o capitão falar, silenciem-se todos.

 Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal.


Ex. Não era minha intenção ofender-te.

 Quando o verbo iniciar a oração.


Ex. Vou-me embora dessa guerra.

 Quando houver pausa antes do verbo.


Ex. Se você me aceitar, mudo-me pra sua casa hoje mesmo.

 Quando o verbo estiver no gerúndio.


Ex. Saiu deixando-me a ver navios

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

- A posição normal do pronome é a ênclise. Para que ocorra a próclise ou a mesóclise é


necessário haver justificativas.
- A tendência para a próclise na língua falada atual é predominante, mas iniciar frases com
pronomes átonos não é lícito numa conversação formal.
- Se o verbo não estiver no início da frase – nem conjugado nos tempos futuro do presente ou
futuro do pretérito – é possível usar tanto a próclise como a ênclise.

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

23 - (CPMP 2014) Considere o texto a seguir, de autoria de Rubem Braga, para responder à
questão.

Cafezinho

Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado e lhe disseram
que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à conclusão de que o
funcionário passou o dia inteiro tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um pouco de imaginação e bom humor podemos
pensar que uma das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase: – Ele foi tomar café.
A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar com um número excessivo de pessoas. O
remédio é ir tomar um "cafezinho". Para quem espera nervosamente, esse "cafezinho" é qualquer coisa
infinita e torturante. Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de dizer: – Bem cavaleiro, eu me
retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este
recado simples e vago: – Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
Quando a bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar: – Ele está? – alguém dará o nosso
recado sem endereço. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier
a tristeza, e quando a morte vier, o recado será o mesmo: – Ele disse que ia tomar um cafezinho...
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo.
Assim dirão: – Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí...
Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais.
Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino, nós teremos saído há uns cinco minutos para tomar
um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.

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Quanto ao conteúdo, gênero e análise do texto, assinale a alternativa correta.

a) O brasileiro, especialmente o gênio carioca, engana todo mundo com a história de que foi tomar
um cafezinho e já volta. Isso significa fugir de todo e qualquer compromisso.
b) O conto lido traz uma situação absurda, considerada na literatura como “fantástica”, que é o fato
de podermos e sempre conseguimos enganar até a morte, usando a expressão “ – Ele disse que ia tomar
um cafezinho.”.
c) Segundo o autor, fugir é um erro, pois o verdadeiro homem precisa tomar responsabilidade de
seus compromissos pessoais e profissionais.
d) Trata-se de uma crônica, por meio da qual o autor faz uma reflexão de uma situação banal do
dia a dia a respeito de alternativas que arrumamos para fugir de problemas.

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AULA 17

CONCORDÂNCIA (VERBAL e NOMINAL)

COMEÇANDO PELO BÁSICO: CONCORDÂNCIA é a correspondência de flexão entre dois


termos, podendo ser VERBAL ou NOMINAL. Na CONCORDÂNCIA VERBAL o verbo concorda em número
e pessoa com o sujeito a que se refere, esteja ele claro ou oculto. A concordância evita a repetição do
sujeito, indicada pela flexão verbal correspondente. Já na CONCORDÂNCIA NOMINAL o adjetivo, ou termo
com valor equivalente – como um pronome, um numeral, um artigo ou um verbo no particípio – concorda em
gênero e número com o substantivo ao qual se refere. Assim, o termo que determina a concordância, ou
seja, o substantivo, é chamado regente, e o que concorda com o regente, ou seja, o adjetivo, chama-se
regido .

DESCOMPLICANDO O COMPLICADO: A regra básica de CONCORDÂNCIA VERBAL é o verbo


concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito da frase, aparecendo nos
seguintes casos:

1. Sujeito simples – o verbo concordará com ele em número e pessoa.


Ex. O soldado enfrentará seus inimigos.
(Como “soldado” está no singular e é um sujeito simples, o verbo “enfrentará” também continua no
singular).

2. Sujeito composto – em regra geral, o verbo vai para o plural.


Ex. Sua ignorância e sua burrice fizeram com que todas as meninas o rejeitassem.
(Nesse caso o sujeito é formado por “ignorância” e “burrice”, fazendo com que o verbo também vá
para o plural).

Se o sujeito vier depois do verbo, concorda com o núcleo mais próximo, ou vai para o plural.
Ex. Ainda sobravam (ou sobrava) a granada e o molotov.

3. Expressões não só... mas também, tanto/quanto que relacionam sujeitos compostos permitem a
concordância do verbo no singular ou no plural.
Ex. Tanto o soldado quanto o capitão tiveram/teve medo de seus inimigos.

4. Sujeito composto ligado por ou:


- o verbo fica no singular quando indicar exclusão.
Ex. Francisco ou João será aprovado.

- o verbo fica no plural quando indicar inclusão.

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Ex. A paz ou a guerra estão presentes.

5. Quando o sujeito é representado por expressões como a maioria de, a maior parte de e um
nome no plural, o verbo concorda no singular (realçando o todo) ou no plural (destacando a ação dos
indivíduos).
Ex. A maioria dos jovens quer a carreira militar.
A maioria dos jovens querem a carreira militar.

6. Verbo SER + pronome pessoal + que – o verbo concorda com o pronome pessoal.
Ex. SOU eu que ensinarei o aluno.
SEREMOS nós que ensinaremos o aluno.

7. Verbo SER + pronome pessoal + quem – o verbo concorda com o pronome pessoal ou fica na
3ª pessoa do singular.
Ex. SOU eu quem estudo para o concurso.
SOU eu quem estuda para o concurso.

8. Nomes próprios locativos ou intitulativos irão para o plural se forem precedidos de artigo, caso
não haja artigo o verbo ficará no singular.
Ex. Os Estados Unidos são uma grande potência.
Estados Unidos é uma grande potência.

9. Se o PRONOME RELATIVO estiver antecedido da expressão um dos ou uma das o verbo irá
para a 3ª pessoa do singular ou do plural.
Ex. A guerra é uma das coisas QUE mais assusta (ou assustam).

Porém, se houver a ideia de seletividade o verbo ficará obrigatoriamente no singular.


Ex. Aquela é uma das músicas de Raul Seixas QUE se cantará no tributo de sábado.

10. Concordância do verbo ser:

a) Com os sujeitos tudo, nada, o, isto, isso e aquilo, ficando o verbo no singular se o
predicativo do sujeito estiver no singular e no plural se o predicativo do sujeito estiver no plural.
Ex. Isto é um exemplo do que pode acontecer com soldados desertores.
Isto são exemplos do que pode acontecer com soldados desertores.

b) Nas orações interrogativas iniciadas pelos pronomes quem, que, o que verbo ser
concorda com o nome ou pronome que vem depois.
Ex. Quem eram os soldados?
Quem era o soldado?

c) Nas expressões indicativas de quantidade (medida, peso, preço, valor) o verbo “ser” se
torna invariável.
Ex. Mil reais é quase nada diante dessa crise.

d) Nos casos relacionados à indicação de tempo, o verbo “ser” concorda com a expressão
numérica mais próxima.
Ex. São três horas agora.
Já é uma hora da madrugada.

e) Fazendo referência ao dia do mês, o verbo “ser” admite duas construções:


Ex. Hoje é dia quatro de março.
Hoje são quatro de março

11. Concordância de verbos impessoais: verbos impessoais são aqueles que não apresentam

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sujeito, dessa forma o verbo deverá ser conjugado sempre na 3ª pessoa do singular. Verbos impessoais
também são chamados de DEFECTIVOS, não apresentando conjugações completas: haver (no sentido de
existir), fazer (indicando tempo decorrido) e fenômenos da natureza (chover, nevar, ventar, escurecer,
amanhecer...)
Ex. Havia muitas pessoas no protesto
Faz dois anos que não saio da friendzone
Quase todos os dias chove em Curitiba

12. Concordância verbal com se enquanto partícula de indeterminação do sujeito. Quando a frase
não é formada por um objeto direto que assume a função de sujeito, mas sim por um objeto indireto ou por
verbos intransitivos, a partícula se deverá ser sempre encarada como sendo um pronome indefinido,
indeterminador do sujeito. Neste caso, a concordância verbal deverá ser sempre feita com a 3.ª pessoa do
singular.
Ex. Precisa-se de alunos interessados. (Alguém precisa de alunos interessados).
Come-se muito bem naquela pastelaria chinesa. (Alguém come muito bem naquela
pastelaria).
Necessita-se de ajuda. (Alguém necessita de ajuda).

A CONCORDÂNCIA NOMINAL se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou


numeral substantivo) e palavras que se ligam a ele para caracterizá-lo (artigos, adjetivos,  pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). A CONCORDÂNCIA NOMINAL ocupa-se, basicamente,  da
relação entre nomes e pode ser analisada das seguintes maneiras:

 Concordância de gênero e número entre o núcleo nominal e os artigos que o precedem: os


pronomes indefinidos variáveis, os demonstrativos, os possessivos, os numerais cardinais e os adjetivos:
Ex. Um tanque forte e potente.

2. Concordância do adjetivo com dois ou mais substantivos:

a) Substantivos do mesmo gênero, o adjetivo irá para o plural desse gênero ou


concordará com o mais próximo (concordância atrativa).
Ex. Felicidade e alegria raras (ou rara).

b) Substantivos de gêneros diferentes, o adjetivo irá para o masculino plural ou


concordará com o mais próximo.
Ex. Atitude e caráter apropriados (ou apropriado).

c) Quando o adjetivo estiver anteposto aos substantivos a norma geral diz que ele
concorde com o substantivo mais próximo.
Ex. Mantenha desligadas as lâmpadas e os eletrodomésticos.

d) Substantivos com sentido equivalente ou expressam gradação, o adjetivo concorda


com o mais próximo.
Ex. Revelava pura alma e espírito.

CASOS PARTICULARES DA CONCORDÂNCIA NOMINAL

1. Possível
a) precedido de o mais, o menor, o melhor, o pior – singular;
b) precedido de os mais, os menores, os melhores, os piores – plural.
Ex. Estampas o mais possível claras.
Estampas as mais claras possíveis.

2. Anexo, incluso, leso são adjetivos e, em consequência, concordam com o substantivo a

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que se relacionam em gênero e número.


Ex. Envio-lhe anexos/inclusos os documentos.
Remeto a vocês o recibo incluso nesta pasta.
Ajudar esses espiões seria crime de lesa-pátria.

OBSERVAÇÃO: “EM ANEXO” É EXPRESSÃO ADVERBIAL, INVARIÁVEL.

Ex. As planilhas de produção mensal seguem em anexo.


(Neste caso, observamos que existe uma vontade por parte do interlocutor de expressar o modo
pelo qual algo está sendo enviado. Não podemos dizer que a expressão está errada, pois o verbo “segue”
está sendo complementado por uma locução adverbial de modo).

3. É preciso, é necessário, é bom, é proibido e expressões equivalentes:


a) referindo-se a nomes sem elementos determinantes essas expressões ficam invariáveis:
Ex. É preciso força para trabalhar e estudar.
É necessário segurança para se viver bem.
É bom plantação de erva-cidreira para afugentar formigas.
Água é bom.
É proibido entrada de pessoas estranhas ao serviço.

b) com nomes acompanhados de elemento determinante, essas expressões concordam com ele
em gênero e número:
Ex. Seriam precisos vários bombeiros para deter o incêndio.
É necessária a tua compreensão.
É boa a plantação de erva-cidreira para afugentar formigas.
A água é boa para a saúde.
É proibida a entrada de animais.

4. Meio
a) numeral = metade (variável)
Ex. Falou meias verdades.
b) advérbio = parcialmente (variável)
Ex. Encontrava-se meio fatigada.

6. Muito, pouco, bastante, tanto, barato, longe, sério...


a) adjetivos (variáveis).
Ex. Li bastantes livros.
b) advérbios (invariáveis).
Ex. Estavam bastante felizes.

7. Só, sós
a) Só (adjetivo) corresponde a sozinho, único, solitário e apresenta flexão de número,
concordando com a palavra a que se refere.
Ex. Eles estão sós.
"...sabia cozinhar, arrumar a casa e servir com eficiência a senhor só." (Fernando Sabino)

b) Só (advérbio) corresponde a somente, unicamente, apenas e não se flexiona: é invariável.


Ex. Ele só falou bobagens.

8. Pseudo, alerta, salvo e exceto são palavras invariáveis.


Ex. Ela é uma pseudo-escritora, por isso prefiro ler algo mais interessante.

9. Quite e Livre concordam com aquilo que se referem.


Ex. Estamos quites com o serviço militar.

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10. Obrigado, mesmo e próprio concordam com o gênero e número da pessoa a que se referem.
Ex. - Muito obrigada, mas eu sei me virar sozinha!

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

(EN 2011) Regina tem 82 anos de idade, e mora sozinha no seu minúsculo apartamento. Ninguém
a chama de Dona Regina, nem crianças, nem adultos, nem velhos: é Regina mesmo. Vai diariamente à
beira da praia, e num banco se senta para tomar sol e ar livre. Apesar de ser um passarinho, tem dias que
acorda de mau humor. Um dia desses estava sentada no banco e Alfredo, um menino amigo dela, convidou-
a: “Regina, vamos brincar?” Não respondeu. O menino repetiu o convite. Então ela, com a voz débil de
quem ainda não falou com ninguém naquele dia, resmungou qualquer coisa bem baixinho. Alfredo virou-se
para a mãe, que estava perto, e disse, desolado: “Mamãe, Regina hoje está com as pilhas fracas!”
De vez em quando Regina escreve numa folha de papel alguma coisa, sem intuito de divulgação
ou laivos de publicação. Mantém um diário.
Certa manhã uma vizinha do mesmo edifício passeava pela calçada da praia, empurrando o seu
carrinho de bebê. O olhar da moça se cruzou um instante com o de Regina, e a moça lhe sorriu. Regina lhe
deu de volta um levíssimo sorriso.
Quando a moça voltou para casa, encontrou, passada pela soleira da porta do seu apartamento,
uma olha de papel.
Era um bilhete. Que assim dizia: “Obrigada pelo sorriso. Regina.”
(Linspector, Clarice. Um ser chamado Regina. In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 321)

24 - “Mamãe, Regina hoje está com as pilhas fracas!”


A observação do menino deveu-se ao fato de, naquele dia,

 A doce senhora demonstrar fraqueza e debilidade, sem ter nenhuma condição de brincar.
 O comportamento da senhora ser consequência de um amuo eventual.
 Regina mostrar-se desolada, sem ânimo e não querer brincar.
 A velha amiga revelar o seu lado misógino e irritadiço.
 O temperamento de Regina oscilar: ora afetivo, ora sorumbático.

25 – Que afirmativa encontra respaldo no texto?

 Clarice Lispector utiliza o recurso da persuasão para sensibilizar o interlocutor.


 A interlocução chama a atenção para os personagens exóticos do dia a dia.
 A narrativa ressalta a importância da afetividade nas relações com o próximo.
 O conto salienta a necessidade de se cuidar das pessoas mais velhas.
 O texto apresenta uma linguagem polissêmica que facilita a identificação do tema.

(EN 2011) O Rei mandava cortar a cabeça dos mensageiros que lhe dava más notícias. Dessa
forma, um processo de seleção natural se estabeleceu: os inábeis foram sendo progressivamente
eliminados, até que restou apenas um mensageiro no país. Tratava-se, como é fácil imaginar, de um homem
que dominava espantosamente bem a arte de dar más notícias. Seu filho morreu, dizia a uma mãe, e a
mulher punha-se a entoar cânticos de júbilo: Aleluia, Senhor! Sua casa incendiou, dizia a um viúvo, e este
prorrompia em aplausos frenéticos. Ao Rei, o mensageiro anunciou sucessivas derrotas militares, epidemias
de peste, catástrofes naturais, destruição de colheitas, miséria e fome; surpreso consigo mesmo, o Rei
ouvia sorrindo seu porta-voz oficial. Nessa importante posição, o mensageiro não tardou a granjear a
simpatia e o afeto do público. Paralelamente, crescia o ódio contra o monarca; uma rebelião popular acabou
por destituí-lo, e o antigo mensageiro foi coroado Rei. A primeira coisa que fez, ao assumir o governo, foi
mandar executar todos os candidatos a mensageiro. A começar por aqueles que dominavam a arte de dar
más notícias.
(Scliar, Moacyr. Mensagem. In: Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 101)
26 - Qual dos provérbios a seguir pode ser aplicado ao texto?
 Em Roma, proceda como romanos.
 Falar é fácil, difícil é fazer.
 Aos amigos tudo, aos inimigos, a lei.
 Para bom entendedor, meia palavra basta.
 É melhor prevenir do que remediar.

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AULA 18

SEMÂNTICA

COMEÇANDO PELO BÁSICO: SEMÂNTICA é um ramo da linguística que estuda o significado


das palavras, frases e textos de uma língua. Ela está dividida em: descritiva ou sincrônica (que estuda o
sentido atual das palavras) e em histórica ou diacrônica (que estuda as mudanças que as palavras sofreram
no tempo e no espaço).
A SEMÂNTICA DESCRITIVA estuda o significado das palavras e também as figuras de
linguagem.
O estudo do significado das palavras pode ser dividido em sinonímia, antonímia, homonímia,
paronímia e polissemia.
A semântica também estuda a denotação e a conotação das palavras.

DESCOMPLICANDO O COMPLICADO: Agora que vimos como a semântica se desmembra,


vamos analisar a fundo cada uma de suas classes específicas, para que o conhecimento fique mais fácil.

SINONÍMIA: é o estudo da relação de duas ou mais palavras que possuem significados iguais ou
semelhantes, ou seja, os sinônimos:
Ex: guerra/conflito
soldado/combatente
sozinho/forever alone

ANTONÍMIA: é o estudo da relação de duas ou mais palavra que possuem significados diferentes,
ou seja, os antônimos:
Ex: amor/ódio
guerra/paz
bonito/hórrido

HOMONÍMIA: é o estudo da relação de duas ou mais palavras que possuem significados


diferentes, porém, possuem a mesma forma e som, ou seja, os homônimos. Essa classe se subdivide em
outras três, a saber:

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HOMÓFONAS: possuem o mesmo som, mas com escrita e significado diferentes:


acento (aquilo que deveria ser usado nas palavras, mas muitos alunos esquecem)
assento (local onde sentamos)

HOMÓGRAFAS: são escritas do mesmo jeito, mas possuem pronúncia e significado diferentes:
olho (substantivo, aquilo que temos no rosto) Ex. O /ôlho/ daquela menina é verde
olho (verbo, ação de usar o olho) Ex. Eu /ólho/ o pôr do sol.
PERFEITAS: possuem a mesma pronúncia e escrita, porém com significados diferentes:
verão (verbo, ação de ver alguma coisa) Ex. Vocês verão o show do Bob Dylan?
verão (substantivo, estação do ano) Ex. Nesse verão eu irei torrar no sol!

PARONÍMIA: é o estudo da particularidade de duas palavras que apresentam semelhança na


grafia e na pronúncia, mas têm significados diferentes:
Ex: comprimento (Aquele tanque tem oito metros de comprimento) – extensão
cumprimento (Nosso grupo tem um cumprimento secreto) – saudação

POLISSEMIA: é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado
nos múltiplos contextos em que aparece.
Ex. cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca)
banco (instituição comercial financeira, assento, verbo “bancar”)
gato (animal, adjetivo de beleza, TV a cabo de graça)

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO: A significação das palavras não é fixa, nem estática. As palavras
podem ter seu significado ampliado através da imaginação criadora do homem, deixando de representar
apenas a ideia original (básica e objetiva), pois elas não apresentam apenas um significado objetivo e literal,
mas sim uma variedade de significados, mediante o contexto em que ocorrem e as vivências e
conhecimentos das pessoas que as utilizam. Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por
meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase, visto que a língua
portuguesa é rica, interessante, criativa e versátil, encontrando-se em constante evolução.
Estas variações nos significados das palavras ocasionam o sentido denotativo (denotação) e o
sentido conotativo (conotação) das palavras. A DENOTAÇÃO também é conhecida como sentido próprio ou
literal e a CONOTAÇÃO é conhecida como sentido figurado.

DENOTAÇÃO é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a seu próprio conceito, de
trazer apenas o significado original.
Ex: A menina está com uma espinha na cara.
É preciso tomar cuidado com o sol durante o verão.
É bom fazer fogo durante o acampamento.

CONOTAÇÃO é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no seu campo semântico,
dentro de um contexto, podendo causar várias interpretações.
Ex: A menina está de olho naquele cara.
Você é o sol que ilumina meu jardim.
Sinto o fogo da paixão quando te vejo.

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

(EAM 2014) O texto escrito


A luta que os alunos enfrentam com relação à produção de textos escritos é muito especial. Em
geral, eles não apresentam dificuldades em se expressar através da fala coloquial. Os problemas começam
a surgir quando este aluno tem necessidade de se expressar formalmente e se agravam no momento de
produzir um texto escrito. Nesta última situação, ele deve ter claro que há diferenças marcantes entre falar e
escrever.
Na linguagem oral, o falante tem claro com quem fala e em que contexto. O conhecimento da
situação facilita a produção oral. Nela, o interlocutor, presente fisicamente, é ativo, tendo possibilidade de
intervir, de pedir esclarecimentos, ou até de mudar o curso da conversação. O falante pode ainda recorrer a
recursos que não são propriamente linguísticos, como gestos ou expressões faciais. Na linguagem escrita, a
falta destes elementos extratextuais precisa ser suprimida pelo texto, que se deve organizar de forma a
garantir a sua inteligibilidade.
Escrever não é apenas traduzir a fala em sinais gráficos. O fato de um texto escrito não ser
satisfatório não significa que seu produtor tenha dificuldades quanto ao manejo da linguagem cotidiana, e
sim que ele não domina os recursos específicos da modalidade escrita.
A escrita tem normas próprias, tais como regras de ortografia – que, evidentemente, não é
marcada na fala – de pontuação, de concordância, de uso de tempos verbais. Entretanto, a simples
utilização de tais regras e de outros recursos da norma culta não garante o sucesso de um texto escrito.
Não basta, também, saber que escrever é diferente de falar. É necessário preocupar-se com a constituição
de um discurso, entendido aqui como um ato de linguagem que representa uma interação entre o produtor
do texto e seu receptor; além disso, é preciso ter em mente a figura do interlocutor e a finalidade para a qual
o texto foi produzido.
Para que esse discurso seja bem sucedido, deve constituir um todo significativo e não fragmentos
isolados justapostos. No interior de um texto, devem existir elementos que estabeleçam uma ligação entre
as partes, isto é, elos significativos que confiram coesão ao discurso. Considera-se coeso o texto em que as

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partes referem-se mutuamente, só fazendo sentido quando consideradas em relação umas com as outras.
(DURIGAN, Regina H. de Almeida et al. A dissertação no vestibular. In: A magia da mudança – Vestibular UNICAMP: língua e
literatura. Campinas: Editora da UNICAMP, 2012, p. 13-14 – adaptado.)

27 - A expressão oral torna-se mais fácil para o falante porque ele tem claramente o conhecimento

 Do receptor e do contexto.
 Da situação e da produção de textos.
 Do contexto e das expressões escritas que usará falando.
 Do receptor e dos esclarecimentos que ele pode pedir, na conversa.
 Do contexto e da possibilidade de discordância por parte do receptor.

28 - Segundo o texto, os alunos, de um modo geral, não sentem dificuldades, quando precisam
expressar-se na fala

 Culta.
 Formal.
 Escrita.
 Coloquial.
 Literária.

29 - De acordo com o texto, um ótimo discurso deve ser

 Um todo sem preocupação com significado.


 Um conjunto de regras gramaticais.
 Diferente da forma como se fala.
 Um texto escrito com sucesso.
 Um todo com significado.

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AULA 19

FIGURAS DE LINGUAGEM

Antes de qualquer coisa é importante diferenciar as FIGURAS DE LINGUAGENS dos VÍCIOS DE


LINGUAGENS, em ambos há um desvio da norma padrão, porém no primeiro caso isso é feito com o intuito
de alcançar uma maior expressividade. No segundo caso, porém, esse desvio ocorre pelo não
conhecimento da norma culta.
COMEÇANDO PELO BÁSICO: As FIGURAS DE LINGUAGEM ou DE ESTILO são empregadas
para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso linguístico para expressar
experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao
discurso.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades
estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, conotativo, passa a pertencer a outro campo
de significação, mais amplo e criativo.
Compreender e saber usar figuras de estilo nos capacita a usar de forma mais eficaz a linguagem
como fenômeno social e nos ajuda a vislumbrar o simbolismo de algumas conversas e obras escritas.
FIGURAS DE LINGUAGEM se subdividem em quatro grupos menores, a saber:

FIGURAS DE SOM: onde os efeitos se voltam à repetição de sons. Subdivide-se em aliteração,


assonância, paronomásia e onomatopeia.

FIGURAS DE CONSTRUÇÃO ou de SINTAXE: dizem respeito a desvios em relação à


concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões. Subdivide-se em
elipse, zeugma, polissíndeto, inversão, silepse, anacoluto, pleonasmo e anáfora.

FIGURAS DE PENSAMENTO: referem-se ao aspecto semântico das palavras, ao seu significado.


Estão subdivididas em: antítese, paradoxo, eufemismo, gradação, hipérbole, ironia, prosopopeia, perífrase.

FIGURAS DE PALAVRAS: consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele


convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação. Esta
classe está subdividida em: comparação, catacrese, metáfora, sinestesia e metonímia.

Já os VÍCIOS DE LINGUAGENS se dividem em seis categorias: BARBARISMO, SOLECISMO,


AMBIGUIDADE, CACÓFATO, PLEONASMO e ECO.

DESCOMPLICANDO O COMPLICADO:

Primeiramente iremos analisar separadamente cada uma das FIGURAS DE LINGUAGEM, para
depois vermos os VÍCIOS DE LINGUAGEM.
Como dito anteriormente, as figuras de linguagem se dividem em quatro categorias, a primeira

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delas engloba as figuras de som, as quais olharemos detalhadamente a partir de agora.

FIGURAS DE SOM subdividem-se em quatro, a saber:


ALITERAÇÃO: repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em
posição inicial da palavra.
Ex. Toda homenagem a José geralmente é gerada por Joana, sua cônjuge.

ASSONÂNCIA: repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.


Ex. O professor olhou o aluno com olhos opacos e obtusos.

PARONOMÁSIA: reprodução de sons semelhantes em palavras de significados


diferentes.
Ex. A guerra pede guerreiros que urrem, mas que não errem, não corram e não
morram.

ONOMATOPÉIA: Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído


ou som.
Ex. Soldados sempre saem às guerras sem sorrisos.

FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU DE SINTAXE estão subdivididas em oito grupos menores:


ELIPSE: Omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
Ex. A guerra era violenta, ninguém estava seguro, todos preocupados.
(perceba que entre “todos” e “preocupados” é possível recuperar o verbo “estavam”, isto é
uma elipse).

ZEUGMA: Ocorre quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subentendida


sua repetição.
Ex. Eu prefiro granada, meu amigo, molotov!
(não haveria necessidade de repetir “meu amigo prefere molotov”, pois há como recuperar
esse verbo sem precisar repeti-lo).

POLISSÍNDETO: Repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do


período.
Ex. “Mas de tudo, terrível, fica um pouco,
e sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob os túneis
e sob as labaredas e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito [...]” (Carlos Drummond de Andrade)

INVERSÃO: Mudança da ordem natural dos termos na frase.


Ex. Para passar no concurso militar, muito eu estudarei.

SILEPSE: Ocorre quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a ideia a
elas associada. Pode ser de três formas diferentes:
de Gênero: quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou
masculino).
Ex. “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.” (Guimarães Rosa)

de Número: quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou


plural).
Ex. “Corria gente de todos lados, e gritavam.” (Mário Barreto)

de Pessoa: quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o

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sujeito que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado.


Ex. “Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas.” (Machado de Assis)

ANACOLUTO: consiste na quebra da estrutura sintática da oração. É quando um


determinado vocábulo parece que vai ser o sujeito da oração, mas de repente a construção frasal se
modifica e ele acaba sem função sintática.
Ex. “E a menina, para não passar a noite só, era melhor que fosse dormir na casa de uns
vizinhos”. (Rachel de Queiroz)

PLEONASMO: repetição da mesma ideia, isto é, redundância de significado.


Ex. “E rir meu riso e derramar meu pranto.” (Vinícius de Moraes)

ANÁFORA: repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso.


Ex. “Depois o areal extenso…
Depois o oceano de pó…
Depois no horizonte imenso
Desertos… desertos só…” (Castro Alves)

FIGURAS DE PENSAMENTO também estão subdivididas em oito grupos menores, são eles:
ANTÍTESE: aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Ex. A guerra procura o bem, mas só faz o mal.

PARADOXO: quando não ocorre apenas a aproximação de palavras de sentido oposto, mas
também na de ideias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com
aparência de mentira.
Ex. “Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;” (Camões)

EUFEMISMO: quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade
tida como penosa, desagradável ou chocante.
Ex. Durante a guerra ele partiu dessa para melhor (em substituição a “ele morreu”).

GRADAÇÃO: a apresentação de ideias em progressão ascendente ou descendente.


Ex. “Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.” (Vicente de Carvalho)

HIPÉRBOLE: exagero de uma ideia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de


impacto.
Ex. Rios de sangue foram formados durante a batalha que prolongou-se por uma
eternidade.

IRONIA: uma intenção depreciativa ou sarcástica é apresentada utilizando-se do contexto,


da entonação ou da contradição de termos. Na ironia sugere-se o contrário do que as palavras ou orações
parecem exprimir.
Ex. “Moça linda, bem tratada,
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor.” (Mário de Andrade)

PROSOPOPEIA: consiste em atribuir, a seres inanimados, predicativos que são próprios de


seres animados.
Ex. Um frio inteligente (…) percorria o jardim…” (Clarice Lispector)

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PERÍFRASE: substitui um nome por uma expressão que o identifique com facilidade.
Ex. A pátria de Voltaire está em guerra. (França)

AULA 20
As FIGURAS DE PALAVRAS estão divididas em cinco grupos menores, a saber:
COMPARAÇÃO: aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por
conectivos comparativos explícitos – feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem – e
alguns verbos – parecer, assemelhar-se, entre outros.
Ex. “Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música.” (Chico Buarque)

CATACRESE: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito,
torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo
empregado em sentido figurado.
Ex. A bala passou raspando por sua maçã do rosto.

METÁFORA: um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante


da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação
abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.
Ex. Em uma guerra, os soldados sempre estão no bico do corvo.

SINESTESIA: consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão.


Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas
(subjetivas).
Ex. “Esta chuvinha de água viva esperneando luz e ainda com gosto de mato longe,
meio baunilha, meio manacá, meio alfazema”. (Mário de Andrade)

METONÍMIA: trata-se de uma transposição de significado, ou seja, uma palavra que


usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de
significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia
explora sempre alguma relação lógica entre os termos.
Ex. Sempre que posso eu leio Machado de Assis (entende-se que é feita a leitura de
uma obra do Machado de Assis, dão dele próprio).

Agora que esclarecemos todas as FIGURAS DE LINGUAGEM, trabalharemos


especificamente com os VÍCIOS DE LINGUAGEM, que são divididos em seis grupos e detalhados da
seguinte maneira:
BARBARISMO: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.
Ex. O profeçor de lingüa portuguêza é muinto legau.

SOLECISMO: inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa do


idioma. É um tipo de erro que atenta contra as normas de concordância, de regência ou de colocação.
Ex. Os tanques de guerra é muito potente.

AMBIGUIDADE: construção frasal que ela apresente mais de um sentido.


Ex. O soldado fuzilou o inimigo em seu território (no território de quem? Do soldado ou do
inimigo?).
CACÓFATO: resultado de um mau som produzido pela junção de palavras.
Ex. No exército a gente tinha poucos privilégios.
O aluno pedia ao professor: “Me instrua nessa atividade, por favor”.

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PLEONASMO: repetição desnecessária de uma ideia.


Ex. Durante a guerra o general pediu para que as tropas saíssem para fora do capo de
batalha.

ECO: repetição de palavras terminadas pelo mesmo som


Ex. De repente a gente mente alegremente.

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QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!

(CPMP 2015) Lamento pela cidade perdida

Minha querida cidade, que te aconteceu, que já não te reconheço? Procuro-te em todas as tuas
extensões e não te encontro? Para ver-te, preciso alcançar os espelhos da memória. Da saudade. E então
sinto que deixaste de ser, que estás perdida.
Ah! cidade querida, edificada entre águas e montanha, com tuas matas ainda repletas de
pássaros; com teus bairros cercados de jardins e pianos; com tuas casas sobrevoadas por pombos, era o
exemplo da beleza, simples e gentil. De janela a janela, cumprimentavam-se os vizinhos; os vendedores,
pelas ruas, passavam a cantar; as crianças eram felizes em seus quintais, entre as grandes árvores; tudo
eram cortesias, pelas calçadas, pelos bondes, ao entrar uma porta, ao sentar a uma mesa.
Bons tempos, minha querida cidade, em que éramos pobres e amáveis! Sabíamos ser alegres,
mas não tanto que ofendêssemos os tristes; e em nossa tristeza havia suavidade, porque éramos pacientes
e compreensivos. Acreditávamos nos valores do espírito: e neles fundávamos a nossa grandeza e o nosso
respeito. Mesmo quando não tínhamos muito, sabíamos partilhar o que tivéssemos com amor e delicadeza.
Passávamos pelo povo mais hospitaleiro do mundo, mas esquecíamos a fama, para não nos
envaidecermos com ela.
Ah! cidade querida, tinhas festas realmente festivas, com sinos e foguetes, procissões e préstitos,
comidas e doces tradicionais. Continuávamos o passado, embora caminhando para o futuro. Tínhamos
carinho pela nossa bagagem de lembranças, pela experiência dos nossos mortos, que desejávamos honrar.
Prezávamos tanto os nossos avós como desejávamos que viessem a ser prezados os nossos filhos.
Éramos elos de uma corrente que não queríamos, de modo algum, obscurecer. Éramos modestos e
cordiais, sensíveis e discretos.
E eis que tudo isso, que era a tua virtude e o teu encanto, desapareceu de súbito, porque uma
ambição de grandeza e riqueza toldou a tua beleza tranquila. Como resistiram os pássaros e as flores aos
teus agressivos muros de cimento armado? E os jovens, bruscamente desorientados? Ah! não se pensou
nisso...
E assim, minha querida cidade, a juventude tem perdido a generosidade, a maturidade tem
esquecido sua prudência, e a velhice sua sabedoria: todos aqui têm ficado menores, e meio pobres, à
medida que aumentam a tua riqueza e a tua grandeza. E então eu me pergunto que grandeza, que riqueza
são essas que fazem diminuir e empobrecer os teus habitantes. Que fundamento funesto existe nessa
riqueza e nessa grandeza que, à sua sombra, os homens se tornam mesquinhos, perversos, ardilosos de
pensamento e ferozes de coração.
Ah! cidade querida, bem sei que tudo isto foi feito por aqueles que não te amaram: os que não te
entenderam nem protegeram. Mas, prisioneira agora de tantas emboscadas – poderemos ainda salvar-te?
arrancar-te às falsidades em que te enredaram? restituir-te o antigo rosto, simples e natural, onde beleza e
bondade se confundiam? Poderemos tornar a ver-te, cordial e afetuosa como foste, sem pecados e crimes
em cada esquina – sem este peso de egoísmo e vaidade, de cobiça e de ódio que hoje toldam e enegrecem
a tua verdadeira imagem?
(Meireles, Cecília, 1901 – 1964. O que se diz e que se entende: crônicas / Cecília Meireles.pp.25 e 26 – Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1980.)

30 - Quanto à interpretação do texto, é INCORRETO afirmar que:

a) Cecília Meireles mostra-se saudosista, ao mencionar uma cidade que não tem mais o mesmo
brilho de antigamente.
b) Segundo a autora, quando ela era criança, respeitava-se a tradição, fosse religiosa, fosse
familiar, diferente das crianças de hoje em dia.
c) Para a autora, as pessoas que realmente amaram a cidade à qual ela se refere, foram as
responsáveis pela positiva transformação ocorrida em nome do progresso.
d) As mudanças provenientes do desejo de modernizar e enriquecer a cidade tornaram o local frio
e sem o aspecto mágico que ela tivera outrora, embora fosse um lugar de simplicidade.

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AULA 21
VERSIFICAÇÃO

COMEÇANDO PELO BÁSICO: a versificação consiste em uma melhor compreensão de como


um poema é construído, dividindo-se suas partes e estudando cada uma delas detalhadamente.
Há muitas regras colocadas pela versificação, as principais são: versos, estrofes, rimas e
encadeamentos.

DESCOMPLICANDO O COMPLICADO: agora veremos de maneira detalhada cada uma dessas


partes, a fim de compreender melhor como um poema é analisado.

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VERSOS: é cada linha de um poema, pode ser composto de uma ou mais palavras que possuam
unidades rítimicas. Os versos podem ser classificados da seguinte maneira:
MONOSSÍLABOS – versos com uma única sílaba
DISSÍLABOS - versos com duas sílabas
TRISSÍLABOS - versos com três sílabas
TETRASSÍLABOS - versos com quatro sílabas
PENTASSÍLABOS - versos com cinco sílabas
HEXASSÍLABOS - versos com seis sílabas
HEPTASSÍLABOS - versos com sete sílabas
OCTOSSÍLABOS - versos com oito sílabas
ENEASSÍLABOS - versos com nove sílabas
DECASSÍLABOS - versos com dez sílabas
HENDECASSÍLABOS - versos com onze sílabas
DODECASSÍLABOS - versos com doze sílabas

Ora, se deu que chegou -> VERSO


(isso já faz muito tempo) -> VERSO
No bangüê dum avô -> VERSO
Uma negra bonitinha -> VERSO
Chamada negra Fuiô. -> VERSO
Essa negra Fulô -> VERSO
Essa negra Fulô -> VERSO (ESTRIBILHO)
(Essa negra Fulô, Jorge de Lima)

ESTROFES: é o nome dado ao agrupamento de versos, classifica-se de acordo com a quantidade


de linhas (versos):
MONÓSTICOS – estrofes com um verso. 
DÍSTICOS – estrofes com dois versos.
TERCETOS – estrofes com três versos.
QUADRAS ou QUARTETOS – estrofes com quatro versos.
QUINTILHAS – estrofes com cinco versos.
SEXTILHAS – estrofes com seis versos.
SEPTILHAS – estrofes com sete versos.
OITAVAS – estrofes com oito versos.
NONAS – estrofes com nove versos.
DÉCIMAS – estrofes com dez versos.

RIMAS: é um recurso utilizado para dar melodia aos versos,através de semelhança ou identidade
de sons no fim deles. É comum que as rimas apareçam no fim dos versos, mas também pode acontecer no
meio deles, sendo chamadas de RIMAS INTERNAS.
É relevante saber que o que importa na rima é a coinscidência total ou parcial de sons, não de
letras, uma vez que a rima acentua o ritmo melódico do texo poético.

ENCADEAMENTOS: também chamado de cavalgamento ou Enjabement, ocorre quando o verso


não está finalizado sintaticamente na mesma linha, desse jeito há uma continuação do sentido no verso
seguinte.

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Ex. Desfez-se a nuvem negra, e cum sonoro


Bramido muito longe o mar soou.
Eu, levantando as mãos ao santo coro
Dos anjos, que tão longe nos guiou,
A Deus pedi que removesse os duros
Casos que Adamastor contou futuros.
(Os Lusíadas, Luís Vaz de camões)

FORMAS FIXAS

Alguns poemas obedecem um número exato de versos, de estrofes e de rimas. Por conta disso
são chamados de formas fixas. As principais formas fixas são as seguintes:

SONETO: é uma composição poética formada por catorze versos, geralmente com dois quartetos
e dois tercetos, ou seja, duas estrofes compostas por quatro versos e duas estrofes compostas por três
versos:

Amor é fogo que arde sem se ver,


é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;


é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;


é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor


nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Amor é fogo que arde sem se ver. Luiz Vaz de Camões)

TROVA: poema formado por uma única estrofe de quatro versos, cada verso deve possuir sete
sílabas métricas ou poéticas (redondilha maior). A trova deve ter sentido completo.

Nesta casa tão singela


Onde mora um Trovador
É a mulher que manda nela
Porém nos dois manda o amor.
(Clério José Borges)

ACRÓSTICO: ocorre quando as primeiras letras de um verso (também podem ser as letras do
meio ou as do final, mas são mais raras) formam, verticalmente, nomes ou conceitos:

Fazia bem em me dizer


E grata lhe ficaria
Razão porque em verso me dizia
Não ser o bom-bom para si...
A não ser que na pastelaria

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Não lho queiram fornecer


D’outro motivo não vi
Ir tal leva-lo a crer.
Não sei mesmo o que pensar
Há fastio para o comer?
Ou não tem massa pr’o comprar?!

Peço porém me desculpe


Este incorrecto poema
Seja bom e não me culpe
Sou estúpida, e tenho pena
O Sr. é muito amável
Aturando esta... pequena...
(Ofélia Queiróz)

HAICAI: poema de origem japonesa com apenas uma estrofe de três versos. Os temas são
simples e normalmente remetem à natureza.

viver é super difícil


o mais fundo
está sempre na superfície
(Paulo Leminski)

O ar. A folha. A fuga.


No lago, um círculo vago.
No rosto, uma ruga.
(Guilherme de Almeida)

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AULA 22

TIPOS DE DISCURSOS

COMEÇANDO PELO BÁSICO: antes de saber quais os tipos de discursos é importante ter
conhecimento sobre o conceito de tal definição, DISCURSO nada mais é do que a voz dos personagens,
suas ideias, opiniões e sentimentos expressos através de um narrador dentro dos textos narrativos.
Dependendo da maneira como o tipo de discurso será utilizado, a narrativa poderá assumir um
caráter muito ou pouco interessante, natural, objetivo e dinâmico. Isso será decisivo para que o texto
narrativo seja atrativo ou não. Os tipos de discursos de subdividem em três, discurso direto, discurso
indireto e discurso indireto livre.
DESCOMPLICANDO O COMPLICADO: embora para alguns alunos possa parecer complicado,
veremos que os tipos de discursos são bastante simples e fáceis de serem identificados.

DISCURSO DIRETO: aqui os personagens ganham voz, normalmente através de diálogos. Esse
tipo de discurso permite que determinados traços da fala e da personalidade deles sejam destacados e
expostos no texto, uma vez que o discurso direto reproduz as falas dos personagens de maneira fiel.
Durante a reprudução da fala é comum que alguns recursos sejam utilizados, como os travessões, as aspas
e os dois pontos. Além disso, alguns verbos também servem para introduzir falar e fazer com que os
personagens ganhem vida, tais como os verbos dizer, falar, perguntar, etc.
Ex. “Maurício saudou, com silenciosa admiração, esta minha vida avisada malícia. E
imediatamente, para meu príncipe:
- Há três anos que não te vejo Jacinto... Como tem sido possível, neste Paris que é um
aldeola, e que tu atravancas?”
Eça de Queirós. A cidade e as serras

DISCURSO INDIRETO: já nesse estilo as falas dos personagens são apresentadas pelo narrador,
ou seja, é o narrador que fala, utilizando suas próprias palavras para transcrever a essência das falas,
assim como a personalidade de cada personagem e suas reações. Ou seja, no discurso indireto sempre
haverá a utilização da 3ª pessoa, jamais da 1ª.
Ex. "Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse que havia
sonhado que iria faltar feijão. Não era a primeira vez que esta cena ocorria. Dona Abigail consciente de seus
afazeres de dona-de-casa vivia constantemente atormentada por pesadelos desse gênero. E de outros
gêneros, quase todos alimentícios."
Carlos Eduardo Novaes. O sonho do feijão

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DISCURSO INDIRETO LIVRE: é considerado o mais difícil de todos, uma vez que é elaborado
pensando-se na estética do texto. O discurso indireto livre é uma fusão entre os dois discursos aprendidos
anteriormente, dessa forma as falas dos personagens estão inseridas diretamente dentro do discurso do
narrador sem a utilização de recursos, como travessões ou dois pontos. Dentro desse estilo o texto também
é narrado em 3ª pessoa, mas os personagens possuem voz própria.
Ex. "O tronco fora bom. Mas dera aqueles azedos e infelizes frutos, sem capacidade sequer
para uma boa alegria. Como pudera ela dar à luz aqueles seres risonhos, fracos, sem austeridade? O
rancor roncava no seu peito vazio. Uns comunistas, era o que eram; uns comunistas. Olhou-os com sua
cólera de velha. Pareciam ratos se acotovelando, a sua família."
(Feliz Aniversário), Clarice Lispector.

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AULA 23

HISTÓRIA DA LITERATURA BRASILEIRA

COMEÇANDO PELO BÁSICO: A literatura brasileira conta com mais de quinhentos anos de
história. O primeiro documento produzido no Brasil, a Carta de Pero Vaz de Caminha, também é
considerado o primeiro texto literário do País, mesmo tendo sido escrito por um português. Por motivos
didáticos e para facilitar o estudo, a literatura brasileira é dividida em escolas literárias, a saber:
quinhentismo, barroco, arcadismo ou neoclassicismo, romantismo, realismo, naturalismo, parnasianismo,
simbolismo, pré-modernismo, modernismo e literatura contemporânea.
São muitos os autores significativos durante todos esses períodos, mas alguns são de
fundamental importância para a história literária brasileira, entre eles estão José de Anchieta, Gregório de
Matos, Gonçalves Dias, José de Alencar, Machado de Assis, Olavo Bilac, Lima Barreto, Mário de Andrade,
Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo
Neto, Lygia Fagundes Telles, Manoel de Barros e Mario Quintana.

DESCOMPLICANDO O COMPLICADO: veremos detalhadamente cada um dessas escolas


literárias, a fim de esclarecer dúvidas pertinentes sobre esse assunto tão rico e detalhado:

QUINHENTISMO: Representa a fase inicial da literatura brasileira (século XVI), pois ocorreu no
começo da colonização e é representada pela Literatura Jesuíta ou de Catequese, Padre José de Anchieta
destaca-se com seus poemas, autos, sermões, cartas e hinos. O objetivo principal deste padre era
catequizar os índios brasileiros através da sua produção literária. Ainda destaca-se nesta época Pero Vaz
de Caminha, escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, que elaborou uma literatura de Informação (de
viagem) sobre o Brasil através de suas cartas e seu diário. O objetivo de Caminha era informar o rei de
Portugal, passando informações sobre a geografia, a vegetação e a sociedade da terra descoberta.
Durante este período, os textos mais famosos produzidos foram os seguintes:

 Carta de Pero Vaz de Caminha (1500)


 Diário de navegação, de Pero Lopes de Sousa (1530)
 Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente
chamamos Brasil, de Pero de Magalhães Gandavo (1576)
 Tratado Descritivo do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618)
 História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador (1627)
 Duas Viagens ao Brasil, de Hans Staden (1557)
 Viagem à terra do Brasil, de Jean de Léry (1578)
 Cartas dos Jesuítas à Metrópole, dando contas de suas atividades nos primeiros séculos de
catequese.

Exemplos do Quinhentismo:

“Ali não pôde deles haver fala, nem entendimento de proveito, por o mar quebrar na costa. Deu-
lhes somente um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça e um sombreiro preto.
Um deles deu-lhe um sombreiro de penas de ave, compridas com uma copazinha pequena de penas
vermelhas e pardas como de papagaio; e outro deu-lhe um ramal grande de continhas brancas, miúdas, que
querem parecer de aljaveira, as quais peças creio que o capitão manda a Vossa Alteza.”
“Além do rio, andavam muitos deles dançando e folgando, uns diante dos outros, sem se tomarem
pelas mãos. E faziam-no bem. Passou-se então além do rio Diogo Dias, almoxarife que foi de Sacavém, que
é homem gracioso e de prazer; e levou consigo um gaiteiro nosso com sua gaita. E meteu-se com eles a
dançar, tomando-os pelas mãos; e eles folgavam e riam, e andavam com ele muito bem ao som da gaita.
[...]”
(Trecho da carta de Pero Vaz de Caminha)

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“[...] Ao chegarmos perto de suas moradas, ivmos que era uma aldeia com sete casas e se
chamava Ubatuba. Entramos numa praia que vai beirando o mar e ali perto estavam as mulheres numa
plantação de raízes, a que chamam mandioca. Na mesma plantação havia muitas mulheres,que
arrancavam destas raízes, e fui obrigado então a gritar-lhes na sua língua: “Ayu ichebe enê remiurama”, isto
é: “Eu, vossa comida, cheguei”.
Uma vez em terra, correram todos das casas ( que estavam situadas num morro), moços e velhos,
para me verem. Os homens iam com flechas e arcos para as suas casas e me recomendavam às mulheres
que me levassem consigo, indo algumas adiante, outras atrás de mim. Cantavam e dançavam uníssonos os
cantos que costumam, como canta sua gente quando está para devorar alguém.
Assim me levaram até a caiçara, diante de suas casas, isto é, à sua forificação, feita de grossas e
compridas achas de madeira, como uma cerca ao redor de um jardim. Isto serve contra os inimigos. Quando
entrei, correram as mulheres ao meu encontro e me deram bofetadas, arrancando a minha barba e falando
em sua língua: “Che anama pipike aé”, o que quer dizer: “Vingo em ti o golpe que matou o meu amigo, o
qual foi morto por aqueles entre os quais tu estiveste”.
Conduziram, depois, para dentro de casa, onde fui obrigado a me deitar em uma rede. Voltaram as
mulheres e continuaram a me bater e maltratar, ameaçando de me devorar. [...]”
(Viagem ao Brasil, Hans Staden)

BARROCO: Época (século XVII) marcada por oposições e conflitos espirituais. Esse contexto
histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras são
marcadas pela angústia e pela oposição entre os mundos espirituais e materiais. As figuras de linguagem
mais usadas neste período foram as metáforas, as antíteses e as hipérboles. Como principais
representantes desta época estão: Bento Teixeira, autor de Prosopopéia; Gregório de Matos Guerra (Boca
do Inferno), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo
Antônio ou dos Peixes.

Exemplos do Barroco:

Ó tu do meu amor fiel traslado


Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado.

Tu de amante o teu fim hás encontrado,


Essa flama girando apetecida;
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo que exalou, morro abrasado.

Ambos de firmes anelando chamas,


Tu a vida deixas, eu a morte imploro
Nas constancias iguais, iguais nas chamas.

Mas ai! que a diferença entre nós choro,


Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.
(Amor fiel, Gregório de Matos)

ARCADISMO ou NEOCLASSICISMO: A ascensão da burguesia e de seus valores é um dos


principais marcos do século XVIII, influenciando diretamente a produção das obras desta época e fazendo
com que as preocupações e os conflitos do barroco fossem deixados de lado, entrando em cena o
objetivismo e a razão. Uma linguagem mais fácil e compreensível substitui a linguagem complexa. Os ideais
de vida no campo são retomados (fugere urbem = fuga das cidades) e a vida bucólica passa a ser

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valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher amada.


As principais obras desta época são: Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa, O Uraguai de
Basílio da Gama, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antonio Gonzaga, Caramuru de Frei José
de Santa Rita Durão.
Exemplos do Arcadismo:

“Alguém há de cuidar que é frase inchada,


Daquela que lá se usa entre essa gente,
Que julga que diz muito e não diz nada.
O nosso humilde gênio não consente,
Que outra coisa se diga, mais que aquilo
Que só convém ao espírito inocente.
A frase pastoril, o fraco estilo.
Da flauta, e da sanfona, antes que tudo,
Será digno que Albano chegue a ouvi-lo.”
(Cláudio Manoel da Costa)

“Nesta triste masmorra,


de um semivivo corpo sepultura,
inda, Marília, adoro
a tua formosura.
amor na minha idéia te retrata;
busca, extremoso, que eu assim resista,
à dor imensa, que me cerca e mata.”
(Tomás Antônio Gonzaga)

ROMANTISMO: movimento artístico e filosófico que foi muito além da literatura. Ele surgiu no final
do século XVIII na Europa e foi até o final do século XIX. A maior, e principal, característica do Romantismo
era a visão de mundo oposta ao racionalismo do período anterior (neoclassicismo), uma vez que cultivava
uma visão de mundo centrada no indivíduo, fazendo com que os autores voltassem a si mesmos e
retratassem dramas pessoais, como tragédias de amor – amores platônicos ou utópicos, assim como alguns
ideais. Dessa maneira o século XIX foi marcado pela arte voltada ao lirismo, a subjetividade, a emoção e a
valorização do “eu”.
O Romantismo Brasileiro apresentou algumas características próprias, a saber:
 o indianismo e o nacionalismo: valorização do índio e da nossa fauna;
 o regionalismo (ou sertanismo), que aborda o nosso homem o nosso homem do interior,
caracterizando a região em que vive com seu folclore, seu costume e tipo característico;
 o chamado mal do século ou byronismo, marcado pela melancolia, tristeza, sentimento de
morte, pessimismo, cansaço da vida;
 realidade política e social (o abolicionismo, as lutas humanitárias, sentimentos liberais, o
poder agrário);
 os problemas urbanos surgidos com o relacionamento indústria-operário, a corrupção e o
materialismo.
As principais obras românticas desse período foram: O Guarani de José de Alencar, Suspiros
Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães, Espumas Flutuantes de Castro Alves, Primeiros Cantos
de Gonçalves Dias. Outros importantes escritores e poetas do período: Casimiro de Abreu, Álvares de
Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e Souza.

Exemplos do Romantismo:

Minha terra tem palmeiras,


Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,

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Nossas várzeas têm mais flores,


Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,


Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,


Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,


Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(Canção do Exílio, Gonçalves Dias)

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.


A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.


Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
(Arte de Amar, Manuel Antonio de Almeida)

AULA 24
REALISMO: o início do Realismo ocorre em duas direções no Brasil, primeiramente relacionada
aos problemas sociais, ambiente urbano e elementos do cotidiano. A segunda direção aconteceu no flerte
do realismo com o Naturalismo (próxima escola literária), fazendo com que o realismo assumisse uma
posição ideológica regionalista, elevando a cor local, assim como a difícil vida no ambiente rural brasileiro e
o determinismo, o que fez com que a existência do livre-arbítrio fosse negada.
Existem duas linhas principais que caracterizam o Realismo Brasileiro:
 Marcada por Machado de Assis, de análise das classes mais abastadas da sociedade
carioca, com foco em temas políticos do século XIX.
 Com ênfase na análise comportamental dos seres humanos das camadas menos
privilegiadas. Onde se estabelece o condicionamento do homem.

Exemplos do Realismo:

“Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade; advirta
que a franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses,
a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não

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estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, a força de
embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma
sensação penosa e a hipocrisia, que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! que desabafo! que
liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lentejoulas, despregar-se, despintar-
se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser! Porque, em suma, já não há vizinhos,
nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; não há platéia. O olhar da opinião, esse olhar
agudo e judicial, perde a virtude, logo que pisamos o território da morte; não digo que ele se não estenda
para cá, e nos não examine e julgue; mas a nós é que não se nos dá do exame nem do julgamento.
Senhores vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados.”
(Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis)

“Ali ao menos, na fortaleza, ele tinha sua maca, seu travesseiro, sua roupa limpa, e comia bem, a
fartar, como qualquer pessoa, hoje boa carne cozida, amanhã suculenta feijoada, e, às sextas-feiras, um
bacalhauzinho com pimenta e “sangue de Cristo”...Para que vida melhor? Depois, a liberdade, minha gente,
só a liberdade valia por tudo! Ali não se olhava a cor ou a raça do marinheiro: todos eram iguais, tinham as
mesmas regalias – o mesmo serviço, a mesma folga. – E quando a gente se faz estimar pelos superiores,
quando não se tem inimigos, então é um viver abençoado esse: ninguém pensa no dia de amanhã!”
(Bom Crioulo, Adolfo Caminha)

NATURALISMO: algumas teorias científicas – socialismo, positivismo e darwinismo – que


dominavam europeu na segunda metade do século XIX influenciaram fortemente o naturalismo. Ao narrar
os fatos de modo impessoal, o narrador desse tipo de romance se comportava como um cientista, pois
observava os fenômenos sociais como se estivesse analisando uma experiência científica. O
comportamento humano estava condicionado a fatores hereditários e ao ambiente físico e social, fazendo
com que não houvesse subjetividade ou vontade individual, como na época do romantismo. A literatura
naturalista foi questionada muitas vezes, pois o fato de ser radicalmente objetiva causava dúvida em relação
ao seu elemento verdadeiramente artístico.
Os principais autores brasileiros dessa época são Aluísio de Azevedo, Adolfo Caminha, Inglês de
Souza, Raul Pompéia e Adherbal de Carvalho.
Entre as principais características desse período, podemos destacar:
 Acentuado interesse pela natureza. Fidelidade aos ambientes retratados;
 Observação da vida por meio do método científico;
 Preferência por personagens e ambientes populares: operários, comerciantes, cortiços;
 O homem é um animal; é a presa de forças fatais e superiores. É impulsionado pela
fisiologia.

Exemplos do Naturalismo:
“Passaram-se semanas. Jerônimo tomava agora, todas as manhãs, uma xícara de café bem
grosso, à moda da Ritinha, e tragava dois dedos de parati, ‘pra cortar a friagem’.
Uma transformação lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o
corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crisálida. A sua energia afrouxava
lentamente: fazia-se contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe
agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se de seus primitivos sonhos de
ambição, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco,
mais amigo de gastar de que guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres e volvia-se preguiçoso,
resignando-se, vencido, às imposições do sol e do calor…”
(O Cortiço, Aluísio de Azevedo)

"Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta. Bastante
experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada
exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico, diferente do que se encontra fora,
tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única
de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade
na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes
tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e

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não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam.”


(O Ateneu, Raul Pompéia)

PARNASIANISMO: escola literária que buscou os temas clássicos, valorizando o rigor formal e a
poesia descritiva. Os autores parnasianos usavam uma linguagem mais rebuscada, um vocabulário culto,
temas mitológicos e descrições extremamente detalhadas, dando ênfase ao bordão “fazer arte pela arte”.
Essa postura fez com que os autores dessa época fossem chamados de criadores de uma literatura
alienada, uma vez que os problemas sociais da época não eram abordados.
Os principais autores parnasianos foram Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e
Vicente de Carvalho, já as principais características foram:
Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor parnasiano tratava os temas
baseando-se na realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção;
 Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na abordagem dos fatos;
 Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em se e,
portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;
 O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias,
buscando tornar as rimas esteticamente ricas;
 Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;
 Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias
parnasianas;
 Preferência pelos sonetos;
 Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso;
 Uso e valorização da descrição das cenas e objetos.

Exemplos do Parnasianismo:
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego


Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.

Não se mostre na fábrica o suplício


Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício.

Porque a beleza, gêmea da Verdade,


Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(A um poeta, Olavo Bilac)
Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de os deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia


Então e, ora repleta ora esvaziada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,

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Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas


Finas há de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se de antiga lira


Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.
(Vaso Grego, Alberto de Oliveira)

SIMBOLISMO: o início das manifestações simbolistas já era sentido desde o final da década de
80 do século XIX aqui no Brasil. Embora esta escola literária tenha ficado à margem do Parnasianismo (ao
contrário do que aconteceu na Europa), sua contribuição histórica foi de grande importância para a literatura
brasileira. Cruz e Sousa – considerado o maior autor simbolista brasileiro – foi o responsável pelo marco
introdutório deste movimento, registrado em 1893 com a publicação de duas obras suas: Missal (prosa) e
Broquéis (poesia). Além dele, outros autores também se destacaram nessa época: Alphonsus de
Guimaraens e Pedro Kilkerry.
O Simbolismo teve como principais características:

 Valorização dos sentimentos individuais


 Isolamento da sociedade
 Conteúdo relacionado com o espiritual, o místico e o subconsciente
 Concepção mística da vida
 Ênfase na imaginação e fantasia
 Comparação da poesia com a música
 Enfoque espiritualista da mulher envolvendo-a em um clima de sonho

Exemplos do Simbolismo:
Musselinosas como brumas diurnas
descem do ocaso as sombras harmoniosas,
sombras veladas e musselinosas
para as profundas solidões noturnas.
Sacrários virgens, sacrossantas urnas,
os céus resplendem de sidéreas rosas,
da Lua e das Estrelas majestosas
iluminando a escuridão das furnas.
Ah! por estes sinfônicos ocasos
a terra exala aromas de áureos vasos,
incensos de turíbulos divinos.
Os plenilúnios mórbidos vaporam ...
E como que no Azul plangem e choram
cítaras, harpas, bandolins, violinos ...
(Sinfonias do Ocaso, Cruz e Souza)

A suave castelã das horas mortas


Assoma à torre do castelo. As portas,

Que o rubro ocaso em onda ensangüentara,


Brilham do luar à luz celeste e clara.

Como em órbitas de fatias caveiras


Olhos que fossem de defuntas freiras,

Os astros morrem pelo céu pressago...


São como círios a tombar num lago.

E o céu, diante de mim, todo escurece...

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E eu que nem sei de cor uma só prece!

Pobre alma, que me queres, que me queres?


São assim todas, todas as mulheres.
(Árias e Canções, Alphonsus de Guimarães)

AULA 25
PRÉ-MODERNISMO: o movimento histórico de consolidação da República foi fundamental na
produção literária das duas primeiras décadas do século XX. O Pré-Modernismo brasileiro surgiu na mesma
época em que conflitos sociais eram constantes em nosso País, como a Guerra da Vacina, a Guerra do
Contestado, o Cangaço e a Revolta da Chibata. Além desses conflitos, outras situações também
influenciaram a literatura dessa época, como as desigualdades sociais (que não desapareceram como o
novo regime), o poder que se manteve com a oligarquia e a participação política restrita às elites.
Os autores mais influentes dessa escola literária foram Lima Barreto, Monteiro Lobato, Graça
Aranha, Euclides da Cunha, João Simões Lopes Neto e Augusto dos Anjos.
Já entre as características, pode-se destacar:
 Conservadorismo – que cultivavam os valores naturalistas;
 Renovação – falavam sobre a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do
período e os dilemas vividos pela sociedade na época;
 Ruptura com o passado;
 Regionalismo;
 Literatura-denúncia;
 Contemporaneidade.

Exemplos do Pré-Mordernismo:

“Os dous se despediram. Debruçado na varanda, Quaresma ficou a vê-lo montar no seu pequeno
castanho, luzidio de suor, gordo e vivo. O escrivão afastou-se, desapareceu na estrada e o major ficou a
pensar no interesse estranho que essa gente punha nas lutas políticas, nessas tricas eleitorais, como se
nelas houvesse qualquer cousa de vital e importante. Não atinava porque uma rezinga entre dous figurões
importantes vinha pôr desarmonia entre tanta gente, cuja vida estava tão fora da esfera daqueles. Não
estava ali a terra boa para cultivar e criar? Não exigia ela uma árdua luta diária? Por que não se empregava
o esforço que se punha naqueles barulhos de votos, de atas, no trabalho e no fecundá-la, de tirar dela
seres, vidas – trabalho igual ao de Deus e dos artistas? Era tolo estar a pensar em governadores e
guaribas, quando a nossa vida pede tudo à terra e ela quer carinho, luta, trabalho e amor…”
(Os Sertões, Euclides da Cunha)

"Iria morrer quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara
toda ela atrás de miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de contribuir para sua
felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na
velhice, como ela o recompensava como ela o premiava como ela o condecorava? Matando-o. (...)"
(Triste fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto)

MODERNISMO: Tradicionalmente, a literatura modernista é dividida em três fases. São elas:


Primeira fase (ou primeira geração modernista): também é conhecida como “a fase heroica” e tem
uma tríade como principais representantes, os escritores Manuel Bandeira, Mário e Oswald de Andrade. O
trio deu continuidade aos postulados de 1922, combatendo as escolas tradicionais da literatura ao testar os
limites da forma e do conteúdo;
Segunda fase (geração de 1930): durante a literatura modernista nos anos 30, os escritores deram
continuidade às conquistas da primeira fase, contudo, por conta do momento histórico conturbado foi
preciso voltar as atenções para a realidade, de modo a utilizar a literatura (prosa e poesia) como

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instrumento de denúncia e análise social. Entre os principais representantes dessa fase estão os escritores
Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinícius de Moraes,
entre outros;
Terceira fase (geração de 1945): essa geração tem como principal característica a pesquisa
estética e a renovação das formas da literatura. Conforme faziam experimentos, os atures dessa fase viram
outras possibilidades temáticas, deixando os problemas políticos, ideológicos e culturais para segundo
plano, diferentemente do que fez a geração de 30. Seus principais representantes foram Clarice Lispector,
Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, Mario Quintana, entre outros.
Falando do modernismo de maneira geral, os artistas dessa época adotaram o pensamento de
que todos os objetos podiam se tornar ícones literários. Houve uma drástica mudança na linguagem, que
deixou de ser nobre e deu lugar à coloquialidade e espontaneidade, dessa forma até mesmo alguns erros
gramaticais eram permitidos.
Em relação à escrita, na literatura moderna os versos não aparecem mais com as formas de
sonetos, mas sim livres. Também houve uma maior valorização das frases curtas e a fragmentação do texto
e recortes ganharam bastante espaço. Outro ponto interessante foi o desaparecimento dos sinais de
pontuação, todas essas mudanças tinham o objetivo de passar ao leitor uma impressão de um texto com
aspectos caóticos, o que os deixariam modernos.
Durante esse período a maneira de narrar um texto também sofreu alterações, uma vez que
muitos autores utilizavam várias vozes narrativas nos seus textos.

Exemplos do Mordernismo:

O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:


-Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com sua cara.
A moça olhou de lado e esperou.
-Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta listrada?
A moça se lembrava:
-A gente fica olhando...
A meninice brincou de novo nos olhos dela.
O rapaz prosseguiu com muita doçura:
-Antônia, você parece uma lagarta listrada.
A moça arregalou os olhos, fez exclamações.
O rapaz concluiu:
-Antônia, você é engraçada! Você parece louca.
(Namorados, Manuel Bandeira)

Minha terra tem palmares


Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
(Canto de regresso à Pátria, Oswald de Andrade)

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“Compadre meu Quelémem sempre diz que eu posso aquietar meu temer de consciência, que
sendo bem-assistido, terríveis bons espíritos me protegem. Ipe! Com gosto... Como é de são efeito, ajudo
com meu querer acreditar. Mas nem sempre posso. O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim,
forro, sou nascido diferente. Eu sou eu mesmo. Divêrjo de todo mundo... Eu quase que nada não sei. Mas
desconfio de muita coisa. O senhor concedendo, eu digo: para pensar longe, sou cão mestre - o senhor
solte em minha frente uma idéia ligeira, e eu rastreio essa por fundo de todos os matos, amém!”
(Trecho da obra Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa)

LITERATURA CONTEMPORÂNEA: A literatura brasileira contemporânea vem sendo marcada por


uma grande heterogeneidade, fazendo com que a pluralidade das vozes se multiplique. Esta rica e vibrante
produção literária deve-se ao fato de estar submetida a definições bastante concretas, que não deixam
margem a várias interpretações, ou seja, são diretas. Dessa forma, a literatura contemporânea questiona as
transformações sociais e políticas que ocorrem no Brasil a partir de sua redemocratização, não
incorporando apenas recursos e estratégias de outros meios artísticos, ela inclui novas geografias sociais,
dialoga com os meios de comunicação de massa e com o mercado editorial, tudo isso de maneira crítica.
Entre diversos escritores dessa escola literária, podemos destacar: Adélia Prado, Luís Fernando
Veríssimo, Ariano Suassuna, Nelson Rodrigues, Milton Hatoum, Caio Fernando Abreu, Dalton Trevisan,
Ferreira Gullar, Millôr Fernandes, Paulo Leminski e Rubem Braga.
As principais características desse movimento são:
 Mistura de tendências estéticas (ecletismo);
 União da arte erudita e da arte popular;
 Prosa histórica, social e urbana;
 Poesia intimista, visual e marginal;
 Temas cotidianos e regionalistas;
 Engajamento social e literatura marginal;
 Experimentalismo formal;
 Técnicas inovadoras (recursos gráficos, montagens, colagens, etc.);
 Formas reduzidas (minicontos, minicrônicas, etc.);
 Intertextualidade e metalinguagem.

Exemplos da Literatura Contemporânea:

Leite, leitura
letras, literatura,
tudo o que passa,
tudo o que dura
tudo o que duramente passa
tudo o que passageiramente dura
tudo,tudo,tudo
não passa de caricatura
de você, minha amargura
de ver que viver não tem cura
(Paulo Leminski)

“Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do
nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só
rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre.”
(Trecho da obra O Auto da Compadecida, Ariano Suassuna)
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial.
Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há
pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O
pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de
elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.

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Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e
estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de
glórias e me faz magnífico.
(O Pavão, Rubem Braga)

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AULA 26

DICAS ÚTEIS
Nesta seção nós analisaremos alguns erros que sempre aparecem nas redações dos alunos, são
regras que ajudarão, e muito, na sua preparação para o concurso que está estudando. Embora algumas das
coisas que serão vistas possam parecer fáceis, os alunos continuam repetindo esses erros.
O trabalho que segue foi feito através da análise minuciosa de diversas redações para chegar à
conclusão de quais os equívocos mais recorrentes da grande maioria das redações.
São eles:

MAS x MAIS: a grande maioria dos alunos erra insistentemente essa regrinha, para você
aprender bem, pense no seguinte:

O MAIS lembra adição e também é um advérbio de intensidade. Dessa forma ele deve ser
utilizado quando for acrescentar ideias ou transmitir uma noção de maior quantidade. O oposto de mais é
menos.
Ex. O capitão Montanha é mais rígido que o capitão Pedreira.
O capitão Montanha é menos rígido que o capitão Pedreira.

O MAS lembra oposição, sendo uma conjunção adversativa. Ele pode ser substituído por
porém, todavia, contudo, entretanto...
Ex. O capitão Montanha é mais rígido, mas também é mais legal.
O capitão Montanha é mais rígido, entretanto também é mais legal.

MAU x MAL: outra dúvida que costuma causar muitos erros, a dica aqui é muito simples:

O MAU é um adjetivo, palavra que qualifica um substantivo. O oposto de mau é bom.


Ex. Aquele soldado é um mau atirador.
Aquele soldado é um bom atirador.

Já a palavra MAL funciona de duas formas diferentes, como substantivo, dando nome àquilo que
é nocivo ou prejudicial, e também como advérbio, alterando um verbo qualquer. O oposto de mal é bem.
Ex. A farda do soldado está mal lavada.
A farda do soldado está bem lavada.

PORQUE x PORQUÊ x POR QUE x POR QUÊ: alguns alunos se surpreendem ao verem isso,
pois nem sabem que existem quatro formas diferentes dos “porquês”. Sendo assim, veremos a
característica de cada um mais detalhadamente:

PORQUE junto e sem acento é uma conjunção. Pode ser trocado por como, pois, já que... Ele é
utilizado para respostas, para explicar alguma coisa ou no sentido de causa:
Ex. Vou para a guerra porque quero defender meu país. (explicação ou causa)

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Por que vai à guerra? Porque quero defender meu país. (resposta)

POR QUE separado e sem acento é formado por uma preposição (por) e um pronome
interrogativo (que). Tem o mesmo valor que por qual motivo, por qual razão... Normalmente é utilizado
para perguntas.
Ex. Por que você meteu o pé na bunda dele?
Por que não estudou o suficiente?

PORQUÊ junto e com acento representa um substantivo. Tem o significado de motivo, razão,
causa, circunstância. Normalmente ele é precedido por um artigo.
Ex. Não entendo o porquê de ter tomado esse pé na bunda.
Diga-me o porquê de não ter estudado o quanto deveria.

POR QUÊ separado e com acento é utilizado apenas em finais de frases, pode ser interrogativo
ou exclamativo.
Ex. Não tenho mais paciência para suas explicações, sabe por quê?
Ele não estudou em momento algum e não disse por quê.

MIM x EU: este erro não é muito comum na linguagem escrita, por isso mesmo chama tanto a
atenção quando é visto em alguma redação. Na linguagem oral ele é mais costumeiro, porém deve ser
evitado o máximo possível.
O MIM jamais deve ser usado para conjugar um verbo, JAMAIS. Quem conjuga os verbos são os
pronomes pessoais do caso reto, ou seja, os pronomes eu, tu, ele, nós, vós e eles. O pronome MIM é
tônico, portanto é utilizado após uma preposição, como para, por, de, etc.
Ex. Ele foi para a guerra lutar por mim.
Tire essa criança de perto de mim.

Como dito anteriormente, o EU é utilizado para conjugar verbos, simples assim:


Ex. Quando eu for à guerra, lutarei com bravura.
Dê essa barra de chocolate para eu comer.

PLEONASMO: como visto anteriormente nos vícios de linguagens, o pleonasmo fica bastante
estranho durante uma redação. Acontece que ele pode aparecer de formas diferentes, não só nos usuais
“sair pra fora”, “subir pra cima”, “entrar pra dentro”.
Nas redações o pior tipo de pleonasmo é a repetição de ideias gerais. Muitas vezes os alunos não
têm muito conhecimento sobre o que estão falando, então repetem várias vezes a mesma coisa para tentar
preencher o número mínimo de linhas. Veja a seguinte transcrição, retirada de um texto:

“A escolha é de todos, de negros e brancos. Se quiser ser gay, hétero ou homofóbico ou um


homem quer ser mulher ou mulher quer ser homem a escolha é tua. Se for negro ou
branco a opinião dos outros não interessa, você faz o que quiser com sua vida. Não
interessa para os outros. (1º parágrafo)
[...] saia com teus amigos ou amiga, mulher quer virar homem, vire. Não se importe com a
opinião dos outros, a vida é tua. Quem manda nela é você. (2º parágrafo)
[...] essa é a tua liberdade de se expressar para teus amigos, colegas ou familiares.” (3º
parágrafo)

Note que esse texto está repleto de problemas, mas a repetição de ideias é uma constante mais
grave. O aluno em questão não tinha muito conhecimento sobre o assunto e isso ficou muito claro em sua
escrita. Quanto menos você souber sobre o que escrever, mais irá repetir. Enchendo seu texto de
pleonasmos.

CLICHÊS E GENERALIZAÇÕES: esse tipo de erro é um dos que mais incomodam os revisores
de redações, isso porque deixa os textos muito parecidos. Quando for escrever um texto, procure algo
diferente, inovador, autêntico. Esqueça o senso comum, pense no seguinte:

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Para prender a atenção do revisor é importante se destacar,


para se destacar é importante inovar,
para inovar, fuja do senso comum!
Evite modismos, lugares-comuns, chavões, clichês, frases prontas... Nada disso será útil em sua
redação, pelo contrário, apenas irá torná-la comum e cansará aquele que corrigi-la.

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GABARITO

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

1 – B / 2 – A / 3 – E / 4 – A / 5 – B / 6 – C / 7 – B / 8 – A / 9 – E / 10 – A / 11 – C / 12 – A / 13 – A / 14
– A / 15 – D / 16 – E /

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS:

1 – C / 2 – C / 3 – B / 4 – C / 5 – C / 6 – E / 7 – B / 8 – B / 9 – A / 10 – C / 11 – C / 12 – B / 13 – A /
14 – E / 15 – A / 16 – E / 17 – D / 18 – B / 19 – B / 20 – A / 21 – B / 22 – D / 23 – A / 24 – C /
25 – D / 26 – D / 27 – A / 28 – C / 29 – D / 30 – D / 31 – B / 32 – C / 33 – C / 34 – A / 35 – D /
36 – E / 37 – C / 38 – C / 39 – C / 40 – D / 41 – B / 42 – A / 43 – B / 44 – C / 45 – A / 46 – D /
47 – B / 48 – D / 49 – C / 50 – D / 51 – E / 52 – C / 53 – C / 54 – B / 55 – D / 56 – E / 57 – B /
58 – B / 59 – A / 60 – A / 61 – C / 62 – B / 63 – E / 64 – C / 65 – C / 66 – B / 67 – A / 68 – B /
69 – A / 70 – C / 71 – D / 72 – D /

QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO:

1 – D / 2 – D / 3 – E / 4 – D / 5 – C / 6 – C / 7 – E / 8 – C / 9 – B / 10 – D / 11 – D / 12 – D / 13 – E /
14 – D / 15 – D / 16 – E / 17 – B / 18 – C / 19 – B / 20 – C / 21 – A / 22 – B / 23 – D / 24 – B /
25 – C / 26 – E / 27 – A / 28 – D / 29 – E / 30 – C /

PARA TREINAR EM CASA:

1 – B / 2 – B / 3 – D / 4 – E / 5 – D / 6 – C / 7 – V, F, V, V / 8 – D, EC, D, D / 9 – C / 10 – B / 11 – D /
12 – A / 13 – A / 14 – B / 15 – D / 16 – C / 17 – E / 18 – C / 19 – C / 20 – B / 21 – A / 22 – E /
23 – D / 24 – E / 25 – C / 26 – C / 27 – B / 28 – D / 29 – E / 30 – A / 31 – C / 32 – C / 33 – D /
34 – E / 35 – D / 36 – C / 37 – B / 38 – OD e OI, OI, OI, OI, OD / 39 – B / 40 – E / 41 – C / 42 – D /
43 – A / 44 – C / 45 – C / 46 – D / 47 – B / 48 – E / 49 – D / 50 – C / 51 – D / 52 – C / 53 – C /
54 – D / 55 – E / 56 – C / 57 – D / 58 – A / 59 – Mantenham, busque, gosta / 60 – A / 61 – D /
62 – C / 63 – A / 64 – D / 65 – B / 66 – C / 67 – C / 68 – B /

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REDAÇÃO

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PRODUÇÃO TEXTUAL

Redação é, sem dúvida, uma grande preocupação dos estudantes que, na maioria das vezes, a
veem como um “bicho de sete cabeças”.
Existem diversos gêneros textuais dentro da língua portuguesa, trabalharemos aqui os sete que
mais caem nos vestibulares, a saber:

- Dissertação;
- Artigo de opinião;
- Crônica;
- Conto;
- Carta argumentativa;
- Notícia; e
- Resumo.

Tentaremos mostrar quais os princípios que norteiam cada um desses gêneros, suas
peculiaridades e a maneira como devem ser escritos dentro de um concurso.
Para isso apresentaremos exemplos reais, de vestibulares conhecidos e com notória capacidade
formadora.
Antes de iniciar essas aulas, vamos adiantar o mais importante de tudo, LEITURA. Se você quer se
dar bem em um vestibular ou concurso, mas não tem esse hábito, CUIDADO, seu futuro está bastante
comprometido.
A leitura é extremamente importante e, sem sombra de dúvidas, é um diferencial fundamental
para sua formação. Muitos concorrentes acreditam que com o mínimo de leitura é possível ir longe, mas
NÃO CAIA NESSA. Quanto mais você ler, mais capacidade terá para interpretar as coisas que o norteiam, seu
senso crítico estará mais amplo e você possuirá um vasto arsenal de ideias.
Caso você ainda não tenha esse hábito, comece com coisas simples, veja artigos e notícias que
sejam de seu agrado, não adiantar querer começar lendo um livro de 600 páginas se você não tem
paciência para ler uma crônica com três. Pense nisso, comece lendo algo que prenda sua atenção, que te
atraia para esse novo mundo. Depois disso a ideia é evoluir e se deparar com coisas mais complexas e
interessantes que, com o passar do tempo, te deixarão mais motivados com a leitura.

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AULA 1
DISSERTAÇÃO

 A leitura é fundamental para conseguir se escrever bem. Se você não gosta de livros, pois
acha que é muito cansativo, então leia artigos, crônicas, contos, editoriais, etc. Estes textos são curtos e
ótimos para quem não tem paciência com textos longos. O importante é ler, pois assim você consegue criar
um grande vocabulário e terá mais argumentos para conseguir falar sobre diversos assuntos;
 Pense que uma redação pode abordar qualquer tema (principalmente atualidades), então é
importante que você sempre esteja por dentro dos acontecimentos, para mostrar que sabe muito bem
sobre o que vai falar;
 Escreva e reescreva seu texto, sempre que possível. Um texto dissertativo precisa ser bem
argumentado e ter ideias claras, então não entregue o seu primeiro esboço, tente melhorá-lo a todo
momento;
 Como dito anteriormente, o texto precisa ser bem argumentado e ter ideias claras, ou seja,
não adianta escrever algo do tipo “eu acho que é assim”, pois não há embasamento nessa afirmação.
Escreva algo que seja efetivamente bem embasado;
 Não seja verborrágico, vá direto ao ponto. Se você escreve muito, mas sem um objetivo
certo, transmite a ideia de que não sabe do que está falando. O importante é falar o suficiente sobre
determinado assunto, sem muitas delongas;
 Ultimamente, muitos concursos e vestibulares estão focando bastante nos direitos
humanos, então tente estudar esse assunto e, se possível, procure embasar seus argumentos na Declaração
Universal dos Direitos Humanos;
 Propor uma solução para o problema é sempre uma das competências avaliadas. Então
embase bem suas ideias, coloque seu ponto de vista e, inevitavelmente, proponha uma solução que seja
possível a curto e/ou longo prazo;
 Uma dica simples, mas bastante eficiente, é ler a proposta como se ela fosse um
questionamento. Dessa forma você escreverá uma resposta sobre essa pergunta, fazendo esclarecimentos
sobre ele e propondo sugestões, sempre muito bem embasadas;
 Como dito na letra “e”, não seja verborrágico, não escreva mais do que deve. Por outro lado,
também não seja econômico, não escreva pouco. Você precisa encontrar um ponto de equilíbrio,
principalmente se for pensar na quantidade de linhas que alguns institutos propõem. Se você escrever mais
ou menos do que for solicitado, certamente perderá muitos pontos;
 Não se esqueça, não adianta escrever um texto bem embasado, com ótimas ideias e uma
proposta bastante interessante se você não escrever corretamente. Ou seja, fique atento as regras
gramaticais, procure acentuar e pontuar seu texto corretamente.

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AULA 2
ARTIGO DE OPINIÃO

 Para escrever um bom artigo, em primeiro lugar é extremamente importante que você
esteja por dentro dos acontecimentos atuais, além de ter uma visão crítica e sensata acerca desses
acontecimentos;
 Quando for escrever, pense em seu público alvo, escreva de maneira correta e tente fazer
com que o leitor entenda seu ponto de vista;
 Pense em tudo que leu sobre o assunto em questão e formule um artigo coerente. A ideia
aqui é mostrar que você sabe sobre o que está falando, indo direto ao ponto e mostrando sua visão sobre o
assunto;
 Utilize citações de outros escritores que fundamentem a sua ideia sobre o assunto. Quando
concluir, tenha em mente a ideia de manter sua opinião firme, não dando brechas para ambiguidades;
 O título é sempre muito importante, pois é a primeira coisa que o leitor terá contato. Ou
seja, tenta usar um título criativo e que prenda a atenção do interlocutor;
 Depois que terminar, releia seu texto e veja se não há controvérsias em sua escrita, se seus
argumentos estão embasados e desenvolvidos de maneira eficaz.

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AULA 3

CRÔNICA

 Antes de começar a escrever é fundamental que um tema seja escolhido, um fato cotidiano
e preferencialmente atual. Esse fato pode ter acontecido com você ou não, pode ser algo inventado ou
puramente invenção sua. O importante é que seja do cotidiano e que, a partir disso, seja formada uma
opinião;
 Os personagens são movidos para segundo plano, pois em uma crônica o que importa são
os fatos. As ideias de tempo e espaço – tão importantes em outros gêneros – também são deixadas de lado
na crônica;
 Não imagine histórias fantasiosas, como dito anteriormente, a crônica foca no cotidiano, em
fatos possíveis e atualidades, não em ilusões;
 Cuidado com o excesso de críticas ao escrever uma crônica. Embora ela seja focada na
atualidade e em fatos reais, se você focar em assuntos muito polêmicos ou criticar em demasia, seu texto
não será mais uma crônica, mas sim uma crítica;
 Como em todos os gêneros, a revisão de seu texto é fundamental. Escreva, leia, releia e
releia. Não canse de procurar equívocos em seu texto, pois ele sempre os terá.

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AULA 4
CONTO

 Trata-se de uma narrativa linear e curta, ou seja, a história se passará em um curto espaço
de tempo e você não argumentará muito para isso. Escreva uma argumentação concisa e objetiva, não fique
“enrolando” a história, todas as ações devem ser pensada juntamente com o desfecho;

 Por ser um texto curto e direto, a linguagem utilizada também deve ser assim, não utilize
uma linguagem muito rebuscada, seja simples e direto;
 Os personagens são limitados, pois como a história é simples e direta, não precisa perder
tempo com várias figuras, além disso, os poucos personagens se envolvem em poucas ações;
 Há apenas um conflito durante todo o texto, por conta disso as ações estão desenvolvidas
em apenas um espaço, constituindo um único eixo temático;
 É importante ter bastante conhecimento sobre a história que se propõe a escrever, uma vez
que alusões e sugestões sempre devem estar presentes em textos como esse.

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AULA 5
CARTA ARGUMENTATIVA

 As cartas precisam ter local e data, além disso, não esqueçam do vocativo, pois você está
escrevendo diretamente a alguém;
 Ao escrever, não utilize a linguagem coloquial, você deve ter uma linguagem apropriada, de
acordo com seu público alvo;

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 Utilize bons argumentos, fazendo com que seus pedidos estejam embasados e muito bem
elaborados. Lembre-se, quando você escreve uma carta você está colocando sua opinião sobre alguma
coisa, ou reivindicando algo, então seja persuasivo;
 Diferentemente do que acontece em uma dissertação, na carta você deve se dirigir
diretamente ao interlocutor, fazendo-o perceber que você está falando com ele, por isso é bastante comum
utilizar verbos no imperativo.

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AULA 6

NOTÍCIA

 Antes de começar seu texto, pense em algo que seja impactante, uma notícia precisa ser
algo interessante, algo que “dê manchete”. Por exemplo, não é relevante escrever algo do tipo “Homem
atravessa a rua com um livro na cabeça”, é uma notícia bastante descartável, não vai chamar a atenção de
ninguém. Porém, se você for escrever sobre algo como “Cachorro atravessa rua com livro na cabeça”, as
pessoas ficarão curiosas para saberem como ele fez isso. Ou seja, tente chamar a atenção do leitor;
 Não se esqueça, como você precisa chamar a atenção do leitor, é fundamental que o mais
importante venha na frente. Dessa forma você deve colocar primeiramente as informações mais relevantes,
deixando as menos relevantes para o final. Essa técnica também é chamada de “pirâmide invertida”;
 Outra ideia basilar sobre notícia é o fato de se responder, logo no primeiro parágrafo, as seis
perguntas básicas, são elas: O QUÊ? ONDE? COMO? QUANDO? POR QUÊ? QUEM?;
 Para não comprometer o entendimento de quem irá ler sua notícia, procure escrever de
forma simples e direta, sem utilizar palavras muito complexas ou expressões que sejam muito técnicas;
 Tenha em mente que a notícia deve ser a mais atual possível e de preferência algo que não
esteja sendo muito divulgado, tente escrever algo novo;
 Fique preso à realidade, não fuja dela, afinal de contas é uma notícia, não um conto. Assim
como em outros textos, não esqueça de colocar um título bastante chamativo, para atrair seu leitor;

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AULA 7
RESUMO
 Comece fazendo uma leitura com bastante atenção ao texto, com o intuito de saber, sem
dúvidas, sobre o tema abordado;
 Em seguida, releia o texto, mas dessa vez faça uma leitura em partes, pegue cada parágrafo
e observe-o atentamente. Nessa leitura você marcará as informações ou palavras básicas de cada parágrafo,
isso vai te ajudar na hora de fazer o resumo geral;
 Após ler os parágrafos e destacar as palavras “chaves”, faça um resumo de cada um deles,
sempre dando ênfase às informações mais importantes, porém, utilize suas palavras para fazer isso, lembre-
se de que o resumo não é uma cópia do que está escrito, por isso é importante ser original na hora de
escrevê-lo;
 Conforme for escrevendo, não se esqueça de reler o que já produziu, comparando-o com o
texto original, de modo a observar se as ideias continuam semelhantes. Além disso, nessa leitura você irá
observar se seu texto está claro e sequencial, escrito de maneira coesa e coerente;
 Por fim, o mais importante, leia seu texto como um todo e veja se você não colocou
nenhum comentário pessoal, pois, ao contrário de uma resenha, no resumo não pode haver marcas de
opinião daquele que se propôs a fazê-lo.

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PUBLICAÇÃO CPAM
Todos os direitos reservados: Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer
meio ou processo, especial mente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos,
reprográficos, fonogrâficos, videográficos. Vedada à memorização e/ou recuperação
total ou parcial em qualquer sistema de processo de dados e a inclusão de qualquer
parte da obra em qualquer programa juscibernético. Essas proibições aplicam-se
também as características gráficas da obra e à sua editoração.
A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do
Código Penal, cf. Lei n° 6.395, de 17112/1980) com pena de prisão e multa,
conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122, 123, 124,
126, da Lei n° 5.988, de 14/1210973, Lei dos Direitos Autorais),

Os autores acreditam que todas as informações aqui representadas estão


corretas e podem ser utilizadas para qualquer fim legal.
Entretanto, não existe qualquer garantia explícita ou implícita, de que o uso de
tais informações conduzirá sempre ao resultado desejado.
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de
estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de
comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus
respectivos autores descritos na bibliografia consultada.

VENDA DE MATERIAL DIDÁTICO


Rodrigo César Dalaqua –ME –
COMÉRCIO VAREJISTA DE LIVROS
CNPJ 11.549.432/0001-72
ISBN 97885-79170379

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GEOGRAFIA................................................................................................................................... 6
AULA 1......................................................................................................................................... 7
GEOGRAFIA URBANA............................................................................................................. 7
AULA 2....................................................................................................................................... 14
ESTRUTURA E DINÂMICA DA TERRA.................................................................................14
AULA 03..................................................................................................................................... 21
INDUSTRIALIZAÇÃO.............................................................................................................21
AULA 04..................................................................................................................................... 28
ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO...........................................................................................28
AULA 05..................................................................................................................................... 37
GEOGRAFIA ECONÔMICA E GEOPOLÍTICA.......................................................................37
HISTÓRIA...................................................................................................................................... 47
AULA 1....................................................................................................................................... 48
HISTÓRIA ANTIGA.................................................................................................................48
AULA 02..................................................................................................................................... 52
IDADE MÉDIA......................................................................................................................... 52
AULA 03..................................................................................................................................... 57
RENASCIMENTO CULTURAL...............................................................................................57
AULA 04..................................................................................................................................... 61
COLONIZAÇÃO EUROPEIA NA AMÉRICA............................................................................61
AULA 05..................................................................................................................................... 71
PROCLAMAÇÃO DA REPUBLICA.........................................................................................71
AULA 06..................................................................................................................................... 76
REVOLUÇÃO INGLESA......................................................................................................... 76
AULA 07..................................................................................................................................... 81
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)......................................................................81
MATEMÁTICA............................................................................................................................... 91
AULA 01..................................................................................................................................... 92
OPERAÇÕES COM NUMEROS RELATIVOS E FRAÇÕES...................................................92
AULA 02..................................................................................................................................... 98
POTENCIAÇÃO E RADICAIAÇÃO.........................................................................................98
AULA 03................................................................................................................................... 105
EQUAÇÕES E SISTEMAS DO 1º GRAU..............................................................................105
AULA 04................................................................................................................................... 108
RAZÃO – PROPORÇÃO – REGRA DE TRÊS – PORCENTAGEM – JUROS......................108
AULA 05................................................................................................................................... 113
EQUAÇÕES E SISTEMAS DO SEGUNDO GRAU...............................................................113

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AULA 06................................................................................................................................... 124


INTRODUÇÃO À GEOMETRIA PLANA................................................................................124
AULA 07................................................................................................................................... 138
TEOREMAS: TALES E PITÁGORAS....................................................................................138
AULA 08................................................................................................................................... 144
O ESTUDO DA CIRCUNFERENCIA.....................................................................................144
AULA 09................................................................................................................................... 152
CONJUNTOS........................................................................................................................ 152
AULA 10................................................................................................................................... 162
FUNÇÕES: CONCEITOS INICIAIS.......................................................................................162
AULA 11................................................................................................................................... 169
FUNÇÕES E EQUAÇÕES EXPONENCIAIS........................................................................169
AULA 12................................................................................................................................... 175
LOGARITMOS E FUNÇÃO LOGARITMICA.........................................................................175
AULA 13................................................................................................................................... 181
FUNÇÃO AFIM E FUNÇÃO QUADRATICA..........................................................................181
AULA 14................................................................................................................................... 191
PROGRESSOES ARITMÉTICAS.........................................................................................191
AULA 15................................................................................................................................... 196
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS.......................................................................................196
AULA 16................................................................................................................................... 201
GEOMETRIA PLANA............................................................................................................ 201
AULA 17................................................................................................................................... 206
ANALISE COMBINATÓRIA..................................................................................................206
AULA 18................................................................................................................................... 210
MATRIZES............................................................................................................................ 210
AULA 19................................................................................................................................... 220
RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS...........................................................................................220
AULA 20................................................................................................................................... 225
TRIGONOMETRIA NO CICLO TRIGONOMÉTRICO............................................................225
AULA 21................................................................................................................................... 233
O CONJUNTO DOS NUMEROS COMPLEXOS...................................................................233
AULA 22................................................................................................................................... 238
PROBABILIDADE................................................................................................................. 238
AULA 23................................................................................................................................... 243
GEOMETRIA ESPACIAL I....................................................................................................243
AULA 24................................................................................................................................... 253

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GEOMETRIA ESPACIAL II: CILINDROS, CONES, TRONCOS E ESFERAS.......................253


AULA 25................................................................................................................................... 260
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE TRIGONOMETRIA........................................................260
AULA 26................................................................................................................................... 264
REVISÃO: RESOLUÇÃO DE PROVAS ANTERIORES........................................................264
FÍSICA......................................................................................................................................... 267
AULA1...................................................................................................................................... 268
FUNDAMENTOS DA FÍSICA................................................................................................268
AULA 2..................................................................................................................................... 273
TRAJETÓRIA 274
AULA 3..................................................................................................................................... 279
ACELERAÇÃO...................................................................................................................... 279
AULA 4..................................................................................................................................... 286
LEIS DE NEWTON............................................................................................................... 286
AULA 5..................................................................................................................................... 296
SISTEMA DE FORÇAS.........................................................................................................296
AULA 6..................................................................................................................................... 303
ENERGIA.............................................................................................................................. 303
AULA 7..................................................................................................................................... 308
TRABALHO........................................................................................................................... 308
AULA 8..................................................................................................................................... 312
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL.................................................................................................312
AULA 09................................................................................................................................... 317
HIDROSTÁTICA................................................................................................................... 317
AULA 10................................................................................................................................... 324
ACÚSTICA............................................................................................................................ 324
AULA 11................................................................................................................................... 334
TERMOLOGIA...................................................................................................................... 334
AULA 12................................................................................................................................... 340
OPTICA................................................................................................................................. 340
AULA 13................................................................................................................................... 346
ELETRICIDADE.................................................................................................................... 346
AULA 14................................................................................................................................... 352
MAGNETISMO...................................................................................................................... 352
GABARITO.............................................................................................................................. 355

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Geografia

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AULA 1
Geografia Urbana

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

1 - (CPMP 2014) A urbanização – o aumento da parcela urbana na população total – é


inevitável e pode ser positiva. A atual concentração da pobreza, o crescimento das favelas e a ruptura
social nas cidades compõem, de fato, um quadro ameaçador. Contudo, nenhum país na era industrial
conseguiu atingir um crescimento econômico significativo sem a urbanização. As cidades concentram a
pobreza, mas também representam a melhor oportunidade de se escapar dela. Situação da População Mundial
2007: desencadeando o potencial de crescimento urbano. Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 2007, p. 1.

Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação coerente com os argumentos do


texto.

a) No mundo contemporâneo, os governos devem substituir políticas públicas voltadas ao meio rural por
políticas destinadas ao meio urbano.
b) Os benefícios da urbanização não são automáticos, pois há necessidade da contribuição das políticas
públicas para que eles se realizem.
c) A urbanização só terá efeitos positivos nas economias mais pobres se for controlada pelos governos,
por meio de políticas de restrição ao êxodo rural.
d) A concentração populacional em grandes cidades é uma das principais causas da disseminação da
pobreza nas sociedades contemporâneas.

Urbanização

Ao abordarmos o tema urbanização devemos compreender diversos conceitos que fazem parte da
composição desta temática, tais como: crescimento populacional, industrialização, globalização, sistema
econômico, dinâmica da informação e a ação dos governos em diferentes escalas (Internacional,
representado pela união ou parceria estabelecida entre países, governo federal representado pela nação,
estadual e municipal).
A formação das cidades é fruto da evolução econômica nacional, deste modo, com o aumento de
capital (dinheiro) adquirido por um governo, resulta na construção e expansão das cidades. Urbanizar
significa que o perímetro urbano de um determinado município cresce mais do que suas áreas rurais, tanto
em sentido dimensional quanto nas questões econômicas, ou quando as áreas rurais se tornam áreas
urbanas. Podemos destacar quatro fases que fazem parte da construção urbana: 1ª Industrialização da
sociedade, 2ª aumento da divisão entre campo e cidade, 3ª êxodo rural e formação das grandes cidades,
metrópoles e megalópoles e 4ª composição da hierarquização urbana.
Em tempos passados as cidades dependiam do campo para sobreviver, hoje em dia é o campo
que necessita das cidades para se manter, pois, toda tecnologia utilizada nas plantações e o público
consumidor de sua produção é em grande escala oriundo das áreas urbanas.
No atual período existem dois fatores importantes na composição do espaço urbano, o fator de
atração e o de repulsão.
No fator de atração as questões favoráveis para a urbanização são: a oferta de infraestrutura
urbana para ocorrer a industrialização das cidades, bem como, o aumento da oferta de trabalho e condições
propícias de moradias e expansão de sua população, são características em países desenvolvidos como os
EUA, Japão, Alemanha, Austrália e etc. Teve início a partir dos anos de 1900, principalmente logo após a
segunda revolução industrial.
O fator de repulsão acontece por consequência de alguns fatores negativos, tais como, à
“expulsão” dos moradores das áreas rurais por causa da modernização do campo, deixando diversos
trabalhadores sem trabalho, por causa da substituição da mão de obra humana, pelo trabalho da máquina,
os grandes latifúndios também são responsáveis pela repulsão, pois concentram grande parcelas de terras

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nas mãos de poucos, enquanto diversos trabalhadores não possuem terras para o plantio e sua
sobrevivência.
Os fenômenos responsáveis pela repulsão são característicos de países em desenvolvimento,
onde os moradores das áreas rurais vão para os grandes centros urbanos em busca de melhores condições
de vida, na maioria das vezes não são qualificados para o trabalho urbano, acabam ficando sem trabalho e
morando em lugares em condições precárias de infraestrutura, ocupando áreas irregulares e ocasionando a
formação de favelas. Por se tratar de um número grande de pessoas que fazem migrações do rural para o
urbano não encontram lugares propícios para moradias.
Uma das medidas que os governantes tomam para conter ou minimizar os problemas no meio
urbano é a criação de políticas públicas onde estabelecem ações para melhorar a vida dos habitantes das
áreas que mais necessitam de infraestrutura: as favelas, áreas ocupadas irregularmente e áreas
distanciadas de estruturação urbana.

NOTA: Periferia não é sinônimo de lugar de baixa renda, favela, pobreza ou moradores desprivilegiados,
sígnica algo que está nas bordas, ou ao entorno das áreas centrais, portando, os lugares periféricos
podem ter favelas ou condomínios de alto luxo.
Metrópole: principal cidade de uma determinada região (país, estado, província), exerce influência de
caráter social, cultural ou econômico sobre as demais cidades da região metropolitana, ou seja é a
principal cidade entre um conjunto de outras cidades, as quais, encontram-se interligadas. O processo
onde ocorre a ligação entre a metrópole e as cidades pertencentes a região metropolitana se chama
conurbação.
Cidade média: acima de 100 mil habitantes segundo o IBGE (instituto brasileiro de geografia e
estatística).
Cidade de Grande porte: acima de 500 mil habitantes segundo o IBGE

No Brasil, existem diversas metrópoles, a quantidade aumentou a partir da década de 1960,


no momento em que o país deixa de ser rural para se tornar um país urbano. Nos dias atuais,
aproximadamente 80% da população brasileira vive nos centros urbanos, metrópoles e capitais. Podemos
classificar as metrópoles de acordo com seu grau de influência: globais, nacionais e regionais.

Globais: São Paulo e Rio de Janeiro.


Nacionais: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), e
Salvador (BA).
Regionais: Belém (PR), Goiânia (GO) e Manaus (AM).

Dinâmica populacional brasileira

A dinâmica populacional do Brasil apresenta dados referentes a variação do número de pessoas


em uma determinada localidade. A população pode ser classificada ainda segundo a nacionalidade, local
de moradia (rural e urbana) e economia. A análise de dados referentes a população trazem os chamados
indicadores sociais, são dados numéricos (estatísticos), onde demonstram os principais aspectos da
população e sua realidade.

Demografia: estudo de dados quantitativos referentes a população humana de um determinado


local (país, estado e município).

Populoso: população absoluta; (Ex: cinco países mais populosos do mundo: China, Índia, EUA,
Indonésia e Brasil).

Povoado: população relativa: Número de pessoas por KM², (quantidade de pessoas dividida pelo
tamanho da área do povoado).

Dados encontrados em estudos demográficos:

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Taxas: Conteúdos

Natalidade Nº de nascimentos

Mortalidade Nº de óbitos

Mortalidade Infantil Nº de óbitos de crianças antes de completar um ano


de idade.

Fertilidade Nº de mulheres na idade reprodutiva

Fecundidade Nº de filhos por mulher

Crescimento Vegetativo Nº de nascimentos – Nº de óbitos

Crescimento Populacional Crescimento vegetativo + fluxo migratório

No Brasil, é notório que ocorreu uma evolução geral na qualidade de vida da população, assim
contribuindo para seu aumento, resultado ligado principalmente as melhorias nas questões sanitárias e
investimentos em saúde, logo após a segunda guerra mundial, relacionados também aos movimentos de
migração ocorridos nas décadas de 1960 e 1970 da população rural em direção às cidades, que em geral
são melhores equipadas para atender a população se compararmos as longas distâncias das áreas rurais.
É valido ressaltar que ocorreu uma diminuição na taxa de fecundidade no Brasil, podemos relacionar
este fato a participação da mulher no mercado de trabalho. Desta forma é possível notar também a
mudança na pirâmide etária brasileira, onde aumenta-se a população de idosos e diminui-se o número de
crianças e jovens. Isto pode ocasionar problemas futuros como a sobre carga no sistema previdenciário
brasileiro e a falta de mão de obra trabalhadora.

Migração: entrada (imigração) ou saída (emigração) de pessoas ou grupo pessoas, em busca de


melhores condições de vida, movimentação pode ser entre países diferentes ou dentro de um mesmo país.

Taxa (%) de urbanização das regiões brasileiras (IBGE).


Região 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2007 2010

Brasil 31,24 36,13 44,67 55,92 67,59 75,59 81,23 83,48 84,36

Norte 27,75 31,49 37,38 45,13 51,65 59,05 69,83 76,43 73,53

Nordeste 23,42 26,40 33,89 41,81 50,46 60,65 69,04 71,76 73,13

Sudeste 39,42 47,55 57 72,68 82,81 88,02 90,52 92,03 92,95

Sul 27,73 29,5 37,1 44,27 62,41 74,12 80,94 82,9 84,93

Centro- 21,52 24,38 34,22 48,04 67,79 81,28 86,73 86,81 88,80
Oeste

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Fonte: Censo IBGE 2010.


No Brasil, até os anos de 1960 se relacionarmos com a taxa de urbanização conforme apresentado
pela tabela acima, podemos destacar que o país era predominantemente agrícola, com aproximadamente
55,3% da população morando na zona rural.
A partir de 1970 notamos que a população passa a ser urbana, isso é decorrente do processo de
modernização da economia nacional, nesta década notamos que 55,92% da população já morava nas
cidades. É possível destacar que a região sudeste é a mais urbanizada do país, seguido das regiões
centro-oeste e sul. As regiões nordeste e norte possuem uma taxa de urbanização menor se comparadas
com as demais regiões.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS:

1 - (CPMP 2013) Analise o gráfico abaixo a respeito da evolução da urbanização brasileira. A partir dos
dados observados no gráfico e mais seus conhecimentos sobre a evolução dos índices de urbanização no
Brasil, você pode constatar corretamente que:

Fonte: IBGE.Censo 2010 (Folha de São

I) O Brasil é um país rural, pois possui uma população superior a 80% vivendo nas cidades.
II) O ritmo de crescimento da taxa de urbanização tende a diminuir no Brasil atual, pois a população rural já
é pouco expressiva, não havendo grandes contingentes para migrar para as cidades.
III) O Censo 2010 apresenta uma população mais urbanizada que há uma década.
IV) As regiões brasileiras com as maiores taxas de urbanização são, pela ordem, Sudeste (92,9%), Centro-
Oeste (88,8%) e Sul (84,9%).
V) Segundo o Censo 2010 a população residente no campo apresenta uma taxa inferior a 20%,
demonstrando que o êxodo rural vem perdendo força no país. Paulo,30/04/2011)

Estão corretas as alternativas


( A ) I e II, apenas.
( B ) III e IV, apenas.
( C ) I, III e V, apenas.
( D ) II, III, IV e V, apenas.

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2 - CPMP (2011) Sobre o tema “migrações da população”, pode-se destacar como INCORRETO:

(A) Os movimentos migratórios não são aleatórios, mas decorrentes de condições econômicas, políticas e
até naturais.

(B) As migrações podem ser classificadas quanto ao tempo de duração e quanto ao espaço de
deslocamento.

(C) As migrações sazonais são aquelas que se verificam diariamente entre as duas cidades que compõem
uma determinada Região Metropolitana.

(D) As migrações contribuem consideravelmente ao processo de miscigenação étnica da população.

3 - CPMP (2011) Os resultados dos últimos censos realizados no Brasil mostram que as mulheres vêm
tendo menos filhos, assim como mostram, também, que a expectativa de vida da população em geral tem
aumentado. Esses fatores contribuem para a mudança no perfil da população brasileira. Com base em seus
conhecimentos e nas informações anteriores sobre a dinâmica populacional brasileira, analise as seguintes
afirmativas.

I. A difusão dos métodos contraceptivos e as transformações econômicas e sociais decorrentes da


industrialização e da urbanização, que levam a mulher ao mercado de trabalho, contribuíram para o
aumento da longevidade da população no Brasil.
II. A melhoria no acesso aos serviços de saúde, as campanhas de vacinação, o aumento da escolaridade e
a ampliação do saneamento básico são motivos que favoreceram o aumento da expectativa de vida dos
brasileiros nos últimos anos.
III. A taxa de mortalidade infantil no Brasil - que está associada à falta de água potável, de saneamento
básico e de medicina preventiva -, diminuiu nas últimas décadas, indicando uma melhoria nos sistemas de
saúde e nutrição do país.
IV. O aumento do número de idosos, juntamente com o maior número de nascimentos, altera o perfil
demográfico do país, cuja tendência passa a ser a de predomínio da população de jovens.
V. A principal tendência demográfica observada no Brasil é a desaceleração do crescimento populacional,
em virtude da queda da taxa de fertilidade, do aumento na proporção de idosos e do crescimento da
urbanização.

Estão corretas apenas as afirmativas:


(A) II, III e V.
(B) II, IV e V.
(C) III, IV e V.
(D) I e IV.

4 - (UFPE) O Brasil Escapou da Superpopulação: O país já teve taxa de fecundidade de nação africana –
5,8 filhos por mulher, em 1970. Se essa taxa se mantivesse, a população hoje seria de 300 milhões de
habitantes. Como essa taxa caiu para 1,8 filho por mulher, a população atual é de 193 milhões. [...]
(REVISTA VEJA. São Paulo: Ed. Abril, a. 43, n. 27, p. 97, 7 jul. 2010.)

A taxa de fecundidade é um dos fatores da dinâmica populacional e reflete várias tendências da sociedade
brasileira e mesmo mundial. Escolha a alternativa correta sobre a demografia e sua dinâmica:

a) O crescimento da população mundial sempre causou polêmicas. No século XVIII, Thomas Malthus já
alertava sobre a falta de alimentos para uma população mundial que cresceria descontroladamente e
divulgou a sua teoria demográfica. Essa teoria não foi mais utilizada, uma vez que a produção de alimentos
atende a toda a população mundial.

b) O custo de formação do indivíduo é maior nos países desenvolvidos em razão da necessidade de dar
educação mais completa, de maior quantidade de roupas, material escolar, aparelhos eletrônicos e
proibição de trabalho para menores. Tudo isso pode levar a um aumento da taxa de natalidade.

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c) O superpovoamento é sempre relativo e se altera com as mudanças econômicas, sociais e tecnológicas.


Os países mais desenvolvidos foram os primeiros a terem suas taxas de natalidade em declínio, e um
aumento da expectativa de vida, seguidos de imediato pelos países mais pobres.

d) Quando a taxa de fecundidade de um país é muito baixa (inferior a 2,1%), compromete a reposição da
população que morre, ocorrendo, muitas vezes, falta de mão de obra e levando a um incentivo às
migrações.

e) A dinâmica demográfica dos homens pode ser explicada somente pelos mecanismos naturais,
desconsiderando os mecanismos culturais e econômicos de regulação.

5- (VUNESP) Embora o Brasil esteja colocado entre os países mais populosos do mundo, quando se
relaciona sua população total com a área do país, obtém-se um número relativamente baixo. A essa relação
de população x área, damos o nome de:

a) Taxa de crescimento.

b) Índice de desenvolvimento.

c) Densidade demográfica.

d) Taxa de natalidade.

e) Taxa de fertilidade.

6- (PUC-SP) É comum encontrar, nas referências sobre a urbanização no século XX, menções ao fato de
ela ter sido fortemente marcada pela metropolização. De fato, as metrópoles são fundamentais para se
entender a vida urbana contemporânea. A respeito das metrópoles modernas brasileiras, pode-se afirmar
que:
a) não são aglomerações tão grandes quanto as de outros países, porque elas são fragmentadas em vários
municípios, como no caso de São Paulo.
b) são configurações cujas dinâmicas, em alguns casos, levaram seus limites para além do núcleo municipal
de origem, formando aglomerações multimunicipais.
c) elas são aglomerações modestas em razão da inviabilidade de se administrar em países pobres áreas
urbanas de grande porte.

d) apenas uma delas pode ser considerada de fato metrópole, logo, não se pode afirmar que no Brasil
houve uma urbanização metropolitana.

e) elas estão com o seu crescimento paralisado, sofrendo, em alguns casos, encolhimento, em função de
novas políticas de planejamento.

Para treinar em casa:

1-(CBM-MG) A geógrafa Bertha Becker, no Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, publicado pelo IBGE,
assinala que no país se destacaram, do ponto de vista geográfico, dois processos fundamentais no
encerramento da primeira década deste milênio: a melhoria de condições de parte considerável da
população brasileira e a valorização da potencialidade do território nacional.
Considerando este último processo, nele NÃO se inclui:

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a) a capacidade do país em atender à preocupação global quanto à produção e demanda de alimentos,


tendo em vista sua posição mundial na exportação de grãos, graças à revolução tecnológica que tornou o
Cerrado produtivo.

b) a consolidação de avanços aplicados ao setor industrial, responsável pela agregação de valor até então
sem precedentes aos produtos agropecuários e minerais nacionais, excluindo-os da categoria de
commodities.

c) a grande extensão das terras no Brasil, que abriga diversificado acervo de recursos minerais e
biodiversidade, e, mais recentemente, os serviços ambientais oferecidos pela densa cobertura vegetal
tropical.

d) a possibilidade que o território nacional oferece de enfrentar preocupações mundiais quanto à escassez
de energia e ao aquecimento global, a exemplo das conquistas da agroenergia para a produção de
biocombustíveis.

2- (CBM-MG) Analise os seguintes gráficos, que representam o crescimento populacional de duas regiões
metropolitanas brasileiras.

Considerando os gráficos anteriores e com base em seus conhecimentos, essas regiões metropolitanas, no
período considerado:

a) apresentaram comportamento demográfico que, em linhas gerais, se assemelha àqueles de outras


regiões metropolitanas brasileiras, a exemplo de Goiânia.

b) mantiveram suas redes materiais e imateriais desconectadas da primeira megalópole em processo de


formação no território nacional.

c) registraram queda no seu número de habitantes concomitantemente ao aumento de suas taxas de


crescimento populacional.

d) revelaram ritmos de crescimento populacional discrepantes, apesar de quantitativamente equivalentes.

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AULA 2
OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

2- (UFPE) O estudo das ondas sísmicas e dos campos magnéticos permitiu o descobrimento e a
caracterização de três importantes camadas internas da Terra: a Litosfera, o Manto e o Núcleo. Com
relação a esse tema, estão corretas as afirmações abaixo:
I. ( ) O Manto envolve o núcleo terrestre, ocupa a maior parte do volume do planeta e se comporta como
um fluido que se move lentamente.
II. ( ) A Crosta Oceânica, uma porção da Litosfera, é composta fundamentalmente por rochas graníticas e
não apresenta, em suas camadas inferiores, rochas basálticas.
III. ( ) Sob a Litosfera existe uma camada de rocha menos rígida, conhecida como Astenosfera; trata-se
de uma zona de baixa velocidade sobre a qual "flutuam" as placas litosféricas.
IV. ( ) O Núcleo é formado basicamente por níquel e alumínio; essa camada, que produz o campo
magnético do planeta, apresenta elevadas temperaturas.
V. ( ) A Litosfera acha-se dividida em blocos mais ou menos rígidos designados como "placas"; essas
placas são deslocadas por correntes de convecção que se formam no Manto.

Estrutura e dinâmica da terra

Atualmente sabemos que a terra é formada por diversas camadas, sendo, umas mais rasas (finas)
e outras mais profundas, a terra é dividida da seguinte maneira: litosfera, astenosfera e mesosfera. Também
é dividida de acordo com sua composição química e/ou densidade, definidas como: crosta, manto e núcleo.
Sua composição pode ser sólida ou pastosa.

Correntes (movimentos) de convecção: movimentação dos fluídos internos da terra presentes


abaixo da crosta terrestre, acredita-se que estes movimentos são os principais responsáveis pelos diversos
processos de transformação do relevo quando a origem é endógena, tais como, vulcanismo, tectônica de
placas, terremotos e etc.

Litosfera: camada superficial, delimitada pela sua isotermia de aproximadamente 1200ºC, sua
espessura varia entre 100 e 200 km. Composta por rochas e solo, formada pela crosta terrestre e parte do
manto superior.

Astenosfera: localizada abaixo da litosfera, seu aspecto é em formato pastoso onde o magma
terrestre fica em constante movimento, sua profundidade fica entre 100 e 700 km.

Mesosfera: localizada abaixo da astenosfera, profundidade de 350 a 2880 km, constituída por
materiais sólidos e regidos.

Composição química e densidade da terra

Crosta terrestre: camada superficial, é limitada por uma região onde acontece um aumento da
intensidade de ondas sísmicas, sua espessura oscila de 5 a 70 km, (espessuras mais finas nas áreas
oceânicas e mais densas nas regiões continentais). As espessuras são maiores nas áreas montanhosas ou
cordilheiras. É a camada mais “fria” da terra podendo chegar até 100ºC em alguns pontos determinados.

Manto: localizado abaixo da crosta terrestre, é a camada de maior extensão, sua profundidade
máxima pode alcançar 2900 km, ocupa aproximadamente 80% do volume interno do planeta terra,
preenchido por material pastoso (magma), composto por magnésio e silicatos de ferro. É dividido em:
manto superior, sendo o mais pastoso, que está em constante movimentação, ocasionando o movimento
das placas tectônicas, sua profundidade pode chegar até 400 km.

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A Área de transição: está localizada entre 400 e 1000 km de profundidade, caracterizada por
apresentar valores de densidade de acordo com as profundidades, corresponde entre à faixa de transição
entre o manto superior e inferior. Manto inferior, localizado entre 1000 e 2900 km de profundidade,
apresenta aumento suave na densidade quanto mais próximo ao núcleo terrestre.

Núcleo: localizado abaixo do manto inferior, camada de maior temperatura terrestre, o manto
externo encontra-se em estado líquido e o interno em estado sólido decorrente da pressão aplicada sobre
ele, as temperaturas variam de 3000Cºº e 5000Cº.

Fonte: Google 2016.

Teoria da Deriva continental

Criada pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, que afirmou que há aproximadamente 200
milhões de anos os continentes não eram separados no formato atual, descreveu que todos os continentes
eram agrupados em conjunto (grudados), denominando essa junção de Pangeia, existia um único oceano
denominado de Pantalassa. Após milhões de anos mais tarde ocorreu uma separação deste grande
continente em duas partes uma chamada de Laurásia e outra de Godwana, e após esta separação milhões
de anos mais tarde os continentes foram se movendo até chegar ao formato que conhecemos hoje.

Uma das afirmativas para as considerações de Wegener é a constatação de que o planeta terra não
é estático, percebendo que os continentes se encaixam um nos outros se forem aproximados. É valido
destacar que a configuração atual dos continentes não é sua forma final, visto que este movimento é
constante e que provavelmente daqui alguns milhões de anos a forma dos continentes será diferenciada.

Tectônicas de placa: movimentação, modificações e mutações na crosta terrestre, ocasionado


decorrente das forças internas do planeta terra, a crosta terrestre é formada por 13 placas tectônicas
(Pacífico, Nazca, Sul-americana, Cocos, Filipinas, Norte-Americana, Africana, Antártica, Indo-Australiana,
Euroasiática Ocidental, Euroásiatica Oriental e Filipinas) que flutuam sobre sua superfície, sua
movimentação é decorrente das correntes de convecções que ocorrem na astenosfera, o Brasil encontra-se
no meio da placa sul-americana.

Tectonismo: pode ser chamado de diastrofismo ou distorção, acontece por causa da ocorrência de
atividade interna no planeta terra, pode acontecer de duas maneiras: orogênese decorrente de forças em
sentido horizontal, acontecendo em áreas instáveis na crosta terrestre, responsável pela formação das
montanhas, ou quando as forças são decorrentes do interior da terra em sentido vertical, acontece em áreas
estáveis denominada de epirogênese.

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Vulcanismo: fenômeno que ocorre no interior da terra, quando há o extravasamento do magma,


gases e fumaça decorrente da variação de pressão e temperatura ocorrida no interior terrestre, fazendo o
magma vazar, ocorre geralmente em áreas de falhas das placas tectônicas.

Relevo

O relevo é a forma que a superfície da terra se apresenta, ou o conjunto de formas presentes na


crosta terrestre, ou ainda as formas do fundo dos oceanos. O conhecimento do relevo é muito importante
principalmente em relação à forma de produção dos alimentos e à implantação dos meios de transportes em
todo o território. A formação do relevo resulta da estrutura geológica (fatores internos ou agentes
endógenos ex: vulcanismo) e dos processos geomórficos (fatores externos ou agentes exógenos) esses
fatores são responsáveis por escupir e dar forma ao relevo, o intemperismo é um fator exógeno podendo
químico, físico ou biológico.

Tipos de relevos:

Planície: é a região onde a superfície terrestre se apresenta de maneira mais “plana”, onde não
ocorre expressivamente a variação de altitude, quando aumenta ou diminui gradualmente, ocorre mais
erosão do solo do que sedimentação.

Planalto: terras mais altas que o nível do mar, onde não ocorre variação brusca de altitude.

Depressão: são regiões localizadas abaixo do nível do mar ou de outros tipos de relevo.

Montanha: áreas mais elevadas da superfície terrestre, acima de 300 metros, são classificadas por
meio de sua origem ou idade, um conjunto de montanhas é denominado de cordilheira.

NOTA: Erosão: É um processo onde pigmentos ou parte do solo se desprende (transporte de solo de
um lugar para o outro) devido ação de acontecimentos naturais ou ação do homem. Este processo altera
a forma natural do solo, podendo ocasionar prejuízos, por exemplo, em áreas de produção agrícola. Os
fatores que contribuem para acontecer o processo erosivo são: ação humana no solo, desmatamento,
urbanização, plantações, impermeabilização do solo. Este processo pode gerar diversos problemas como
o assoreamento dos rios, desaparecimento de flora e fauna, perda de áreas para realizar o plantio,
. enchentes e diversos problemas de caráter socioambiental.
Intemperismo: ocorre quando há uma alteração química ou física no solo ou nas rochas. Ex: alteração
física, quando ocorrem fissuras nas rochas, sendo o principal agente a água ou quando ocorre a variação
de temperatura (evaporação e congelamento). Na alteração química podemos citar a mudança na
composição da rocha ou solo, quando seus elementos iniciais de composição são transformados, por
exemplo, quando ficam mais secos ou úmidos.

Mapa relevos do Brasil (IBGE)

Hidrografia

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O termo hidrografia refere-se ao estudo das águas (rios, mares, oceanos, lagos, geleiras e águas no
subsolo), a maior parte da composição hídrica do planeta terra se encontra nos mares e oceanos. O Brasil
possui uma das maiores e mais importantes bacias fluviais do mundo, onde temos a maior parte da reserva
de água doce do mundo e uma diversidade hídrica de grande escala.

Os rios brasileiros são do tipo pluvial, onde ocorre o período chuvoso e o de secas. A quantidade de
lagos é pequena. Os rios em grande parte nascem no interior do país e deságuam no mar, esta ocorrência é
denominada de exorreica. Diversos rios são usados para a produção de energia elétrica, onde são
construídas usinas hidrelétricas. Uma das principais preocupações no Brasil é o excesso de poluição dos
rios, onde não ocorre a proteção e preservação adequada do sistema hídrico nacional. As principais bacias
hidrográficas brasileiras são: Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco, Paraná, Parnaíba e Paraguai.

Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo com aproximadamente 7 milhões de Km²,
no Brasil está presente nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Amapá.
No país sua entrada se dá pelo rio Solimões, a partir do momento que recebe as águas do rio negro passa a
se chamar rio Amazonas.

Nota: Aquíferos: formação subterrânea onde existe um “reservatório” de água é mantido por meio
das chuvas que se infiltram no subsolo. Forne água para os poços e nascentes. Uma importante fonte de
abastecimento.

Principais bacias hidrográficas do Brasil. (Fonte Google 2016)

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS:

7 - (UTFPR) Verifique a figura a seguir e identifique as camadas da Terra que ela representa e, na
sequência, identifique qual das alternativas traz a associação correta dessas camadas.

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(A) I - Núcleo interno, II - Núcleo externo, III – Manto e IV - Crosta.


(B) I - Núcleo externo, II - Núcleo interno, III – Manto e IV - Crosta.
(C) I - Crosta, II - Núcleo externo, III - Manto e IV - Núcleo interno.
(D) I - Núcleo interno, II - Manto, III - Núcleo externo e IV - Crosta.
(E) I - Crosta, II - Manto, III - Núcleo externo e IV – Núcleo Interno.

8 - (FMTM) Considere os itens a seguir para responder à questão.


I. Consiste no derramamento do magma na superfície do planeta, o que pode ocorrer através de fendas ou
orifícios na crosta. Na superfície, o magma esfria-se e torna-se sólido, formando uma nova camada rochosa;
II. Ocorre em função do contato das rochas com as águas e a umidade, ocasionando reações de destruição
da rocha original. Sua ação é mais intensa nas regiões tropicais úmidas e equatoriais;
III. Trata-se da retirada de material rochoso das áreas mais altas do relevo terrestre pela água, que é
transportado como materiais em suspensão para as áreas mais baixas e nelas se depositam, formando
camadas de sedimentos;
Sobre os agentes modificadores do relevo terrestre, descritos em I, II e III, pode-se afirmar que
a) todos são agentes externos, ou seja, atuam modificando somente a parte superficial do relevo terrestre.

b) I é um agente interno, formador do relevo, enquanto II e III são agentes externos esculpidores do relevo.
c) I e II são agentes internos, por se tratarem de processos de transformações químicas das rochas,
enquanto III é um agente erosivo externo.
d) apenas o agente III é atual, enquanto I e II atuaram no passado, criando as grandes formas do relevo.
e) são todos agentes erosivos, ou seja, suas ações sobre a superfície destroem o relevo original.

9 - (UFPR) Com relação aos agentes externos que atuam sobre o relevo da superfície terrestre, julgue com
V ou F as afirmativas a seguir:
I. ( ) O intemperismo físico corresponde ao processo pelo qual as rochas sofrem alterações de tamanho e
forma, sem alterarem sua estrutura química.
II. ( ) O intemperismo físico é mais intenso nas regiões de clima quente e úmido que nas regiões de clima
quente e seco.
III. ( ) O intemperismo químico é bem menor nas regiões de clima quente e úmido que nas de clima quente
e seco.
IV. ( ) A tendência geral dos rios é escavar o seu leito até que todo o seu curso atinja uma altitude muito
próxima à de sua foz ou de seu nível de base.

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10- (UCPEL) Os agentes internos do relevo são responsáveis pela criação ou modificação da fisionomia da
paisagem. Um desses agentes é provocado por forças no interior da Terra que atuam de forma lenta e
prolongada na crosta terrestre. Entre outras consequências, é capaz de produzir deformações, formação de
falhas e de dobramentos na superfície, dando origem a diversos tipos de relevo.

Assinale a opção que corresponde ao agente interno do relevo descrito anteriormente.


a) Movimento tectônico.
b) Epirogênese.
c) Vulcanismo.
d) Desmoronamento.
e) Erosão.

11 - (UEL-PR) Processos físicos, químicos e biológicos associados às ações antrópicas alteram


significativamente o relevo. Observe as figuras a seguir.

Com base nas figuras e nos conhecimentos sobre gênese e transformação do relevo, é correto afirmar:

a) A figura II mostra que transformação do relevo e diferenças estruturais das rochas são fenômenos sem
correlação entre si.

b) Conforme indicam as figuras I a IV, ações antrópicas, tipos de rochas, clima, declividades topográficas e
duração dos processos são fatores atuantes na diversificação das formas de relevo.

c) A figura IV mostra que a gênese das formas de relevo está condicionada à dinâmica de apropriação e uso
do solo urbano.

d) As figuras I a IV mostram que intemperismo, erosão e cobertura vegetal são irrelevantes na


transformação do relevo, cuja dinâmica revela a existência de processos autônomos.

e) Como mostra a figura I, os processos de gênese e transformação do relevo são intensos nas médias e
altas vertentes e nulos nas áreas de deposição.

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Para treinar em casa

3 - (IFCE) Sobre as características da hidrografia brasileira, são feitas as seguintes afirmações:


I. Considerando-se os rios de maior porte, só é encontrado regime temporário no sertão nordestino, onde o
clima é semiárido, no restante do país, os grandes rios são perenes.
II. Predominam os rios de planalto em áreas de elevado índice pluviométrico. A existência de muitos
desníveis no relevo e o grande volume de água possibilitam a produção de hidroeletricidade.
III. Na região Amazônica, os rios são muito utilizados como vias de transporte, e o potencial hidrelétrico é
amplamente aproveitado.

Está correto o que se afirma em:

A) I apenas.
B) I e II apenas.
C) I e III apenas.
D) II e III apenas.
E) I, II e III.

4 - (IFCE) O dia mundial da água, data criada pela ONU em 22 de março em 1993, tem por objetivo chamar
a atenção para a escassez desse recurso, bem como para conscientizar as pessoas sobre a necessidade
de preservação e reaproveitamento da água de que dispomos.

É correto afirmar-se que:


a) embora, na área intertropical do planeta, haja uma dominância de climas chuvosos, os estoques de água
doce não são expressivos nessa área, pois essa também é uma área de grande evaporação.

b) o Brasil tem grande disponibilidade de água doce e, por essa razão, não enfrenta problemas de
abastecimento em nenhuma de suas metrópoles nacionais.

c) o maior estoque de água doce é subterrâneo, superando o volume de águas em estado sólido (calotas
polares, geleiras e neves permanentes), em razão do derretimento provocado pelo efeito estufa.

d) a impossibilidade da dessalinização de águas salgadas do planeta dificulta a solução de um problema


que, com custos pouco elevados, atenderia toda a demanda mundial.

e) uma das consequências relacionadas à falta de água potável é o aumento da incidência de doenças,
como a diarreia e outros males provocados pela água contaminada, os quais causam a morte de milhões de
crianças em todo o mundo.

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AULA 03

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

3- (CPMP 2013) A Segunda Revolução Industrial ocorrida, fundamentalmente, a partir da terceira década
do século XIX, provocou profundas transformações no Sistema Capitalista de Produção. Sobre este fato
histórico é INCORRETO afirmar:

( A ) A Segunda Revolução Industrial foi baseada no profundo avanço da Ciência Moderna e da


Tecnologia.

( B ) A Segunda Revolução Industrial provocou a concentração e a centralização do Capital.

( C ) A Segunda Revolução Industrial levou ao Imperialismo.

( D ) Os principais setores da Segunda Revolução Industrial foram o têxtil e o metalúrgico.

Industrialização

É o processo histórico no qual as indústrias e fábricas se tornam o setor dominante da economia,


onde a mão de obra humana é substituída pela máquina e ocorre o desenvolvimento industrial em uma
determinada localidade, o objetivo é a transformação da matéria prima em mercadoria, que será posta a
venda como produto final, sempre buscando um maior ganho de lucro (sistema capitalista). Até o fim da
idade moderna a base econômica era agrícola, posteriormente passa a ter uma base urbana e industrial, o
período industrial é caracterizado pelas revoluções industriais.

1ª revolução industrial: início na Inglaterra, no século XVII (1750 até 1850), tem como principal
destaque a invenção da máquina a vapor,, a fonte de energia era o carvão mineral, neste período toda
técnica era produzida pela burguesia e a ciência pela igreja, os camponeses foram expulsos do campo e
foram para as cidades fazendo com que exista mão de obra barata por conta do excesso de pessoas e
acontece a falta de trabalho para todos, desta forma surge o exército industrial de reserva, destaca-se as
indústrias têxteis.

2ª revolução industrial: neste período (1860-1960) destaca-se a produção de aço (siderúrgica), o


trabalhador que representa este período é o metalúrgico, ocorre a fusão entre a produção científica e a
tecnológica. A economia dos EUA se torna a mais importante do mundo, e o modelo de produção fordista é
o destaque na produção e técnica inserida neste período.

A produção fordista se destaca pela produção em série e em massa criada por Henry Ford em 1920, a
produção tecnológica deste período que se destaca é a metalúrgica, siderúrgica, o motor a explosão e a
petroquímica. Eletricidade e o petróleo são as principais fontes de energia. No fordismo o trabalhador
executa sempre as mesmas atividades pré-estabelecidas, sem precisar pensar, apenas executar oque foi
estabelecido, uma das ferramentas que representam este momento é a esteira. Os produtos em destaque
são o telegrafo, automóvel e elevador.

Alemanha também se destaca neste período industrial com ênfase no vale do Renorur. O Japão
assume o papel de principal produtor industrial da Ásia, se tornando a maior economia do leste asiático,
este momento japonês conhecido como revolução Meije.

3ª Revolução Industrial: Começou em meados do século XX, perdura até os dias atuais, destaque
para o período pós-fordista, destaque para mão de obra qualificada, diferente da especializada da época
fordista, este período é denominado de Toyotismo seu começo ocorreu no Japão. Destaque para a
diversificação dos produtos e potencialização do sistema capitalista.

Auxiliar de necropsia Página 335


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Momento de total integração entre ciência, tecnologia e produção. Esta revolução é responsável
pela instrumentalização da economia financeira denominada de “economia de mercado”, integração do
sistema bancário mundial, vinculados ao processo de globalização, proporcionando o desenvolvimento do
transporte e meios de comunicação, ocorrendo assim uma integração de todos os países do globo terrestre.

Setores produtivos

Setor primário: primeira forma de produção, extração da matéria-prima e produção agrícola tais
como: pecuária, extrativismo vegetal, mineral e animal.

Nota: Commodities: Produção em grande escala, por exemplo, soja, trigo, cevada e etc.

Latifúndio propriedade rural de grande extensão, constituída em sua maioria de terras não cultivadas e/ou
exploradas com técnicas de baixa produtividade.

Setor secundário: começou com o surgimento da industrialização no século XX, derivado da


segunda revolução industrial, destaca-se a indústria e o setor da construção civil.

Setor terciário: setor de prestação de serviços (lojas, educação, hospitais e etc), existe a maior
oferta de trabalho e ocorre a maior arrecadação de impostos.

Industrialização brasileira

Dividida entre quatro etapas, a primeira vai de 1500 a 1808, neste período era proibida a instalação
de indústrias em solo brasileiro, o país vivia o momento colonial e a metrópole Portugal proibia a
industrialização em solo brasileiro, dava destaque para produtos oriundos da Inglaterra. A segunda etapa vai
de 1808 até 1930, marcada pela chegada da família real portuguesa no Brasil, nesse período a implantação
de indústrias no país a partir do cumprimento de alguns requisitos como a criação, em 1828, de um tributo
com taxas de 15% para mercadorias importadas e, em 1844, a taxa tributária foi para 60%, denominada de
tarifa Alves Branco, outra questão enfatizada neste momento foi a ocorrência da crise do café. As primeiras
fábricas produziam tecidos, alimentos, sabão e velas. Em geral as fábricas eram simples e não eram
dotadas de grande desenvolvimento tecnológico.

A terceira etapa ocorreu em 1930 até 1955, marcada por investimentos em grande escala oriundos
dos antigos produtores de café e investimentos em vias de transporte, melhorando a circulação de
mercadorias em todo território nacional, bem como a circulação de matéria-prima e pessoas ligadas ao
desenvolvimento dos meios de transporte. Neste período também foi instalada no Brasil a Companhia
Siderúrgica Nacional, construída entre os anos de 1942 e 1947, e no ano de 1953 ocorreu a criação da
PETROBRAS, o presidente em destaque na terceira etapa foi Getúlio Vargas, período denominado era
Varguista, neste período as leis trabalhistas foram criadas.

A quarta etapa tem inicio a partir de 1955 e ainda está ocorrendo, destaca-se neste momento o
presidente Juscelino Kubitschek (JK), o qual promoveu a abertura econômica do país, promovendo a
entrada de recursos em forma de empréstimos internacionais e chegada de empresas multinacionais. A
política de JK ficou conhecida como nacional desenvolvimentista, ocorreu também grande investimento na
área de energia e transportes. Em 1964 inicia o governo militar fortalecendo ainda mais a entrada de
empresas estrangeiras, deixando o país dependente de tecnologias destes países. No final do século XX
ocorre crescimento econômico no país melhorando a qualidade de vida da população brasileira.

A região sudeste brasileira é a mais industrializada do país, destaca-se o estado de São Paulo, com
ênfase para a capital e as cidades de sua região metropolitana, existe grande diversificação na
produtividade. Industrial. A região sul é a segunda do Brasil em importância industrial, as áreas do setor
distribuem-se nos três estados tendo como destaque Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e a região de

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Curitiba, no Paraná. O Nordeste apresenta-se como a terceira região mais industrializada do país, sendo no
atual momento é a região onde mais recebe novas indústrias, por conta da mão de obra barata em relação
as outras regiões do país, os estados da Bahia e Pernambuco recebem o maior número de indústrias desta
região. A região norte ocupa a quarta colocação na produção industrial, porém sua produtividade é pouco
representativa, responsável por 2% da produção industrial nacional, destaca-se a zona franca de Manaus. O
centro-oeste é onde menos ocorre a produção industrial, mas com localidades promissoras como as
cidades de Goiânia, Campo Grande e Cuiabá.

Tipos de indústrias

Extrativistas: são as que retiram da natureza a matéria-prima da natureza (animal, mineral e


vegetal). Ex: extração de minério, petróleo, madeira, pesca, carvão mineral e etc.

Bens intermediários: produzem máquinas e equipamentos voltados para suprir a necessidade


industrial, utilizados em todos os segmentos de produção industrial. Ex: tratores, máquinas industriais,
motores, rodas, pneus e etc.

Equipamentos: transformam a matéria-prima retirada da natureza para ser utilizada pelas indústrias.
Ex: siderúrgica, petroquímica e etc.

Bens de consumo: produção voltada para o consumidor final, população de maneira geral. Todo tipo
de produto comprado no comércio de maneira geral são bens de consumo. Ex: eletrodomésticos, roupas,
carros, casas, alimentos e etc. Bens duráveis são aqueles produtos não perecíveis (automóveis, moveis,
imoveis e etc) e não duráveis são produtos perecíveis (produtos alimentícios, remédios, têxteis, vestuários e
etc).

Fontes de energia

No planeta terra encontramos diversificadas fontes de energia, sendo estas esgotáveis ou


renováveis. As fontes de energias esgotáveis são aquelas que não se renovam, podem acabar ou se
esgotar, são destas fontes o petróleo, urânio, carvão mineral entre outras, é necessário que haja um uso
racional destas fontes para que não se esgotem. Nas fontes renováveis os recursos não são limitados,
fazem parte desta categoria os biocombustíveis, hidrelétricas, energia solar, eólica e outras. Estes tipos de
produção energética podem causar danos e impactos ao meio natural.

Principais fontes de energéticas

Hidráulica, produzida por meio da utilização da água (tipo mais utilizado no Brasil), pode ocasionar
alguns impactos ambientais, este ripo de energia não é poluidora, mas a construção de uma usina pode
causar diversas transformações no local de sua implantação, como alagamento de áreas florestais e férteis,
transferências de populações ribeirinhas e, muitas vezes, abandono de cidades inteiras ou parte delas e
desequilíbrio da fauna e da flora.

Fóssil: materiais orgânicos (produtos derivados do petróleo), energia solar (sol), energia de
biomassa (decomposição de material orgânico em um curto espaço de tempo), eólica, energia gerada por
meio dos ventos, sendo esta uma das fontes mais limpas, muito usadas nos países baixos.

Estruturas Agrícolas
A forma de produção agrícola se distingue por meio do tipo de produção de uma determinada
propriedade e também pelo seu tamanho, a agricultura pode ser extensiva ou intensiva. Na agricultura
extensiva o modelo de produção é caracterizado por não utilizar ou usar de maneira moderada os
implementos agrícolas, aparelhos de alta performance e tecnologia. Na cultura intensiva é o oposto, ocorre
uma grande utilização de tecnologia, aparelhos sofisticados, intensificando a produtividade.

Os sistemas de produção agrícola são divididos em: Agricultura de subsistência, baseada em


produção de alimentos para consumo próprio e cultivo em pequena escala, geralmente é derivada de

Auxiliar de necropsia Página 337


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famílias que trabalham no campo e tiram seu sustento do mesmo (camponeses). Plantation, produção em
grandes extensões de terras (latifúndio), monocultura (soja, milho, café e etc), forte exploração dos
trabalhadores e do solo, podendo causar fortes erosões e destruição de biomas e florestas. Agronegócio,
produção em grande escala, grande concentração tecnológica, produção voltada para commodities e
utilização em grande escala de agrotóxicos, a evolução do agronegócio pode ser chamada de revolução
verde.

Agricultura Brasileira
O Brasil é uma país em grande parte agrícola, praticamente metade do território nacional é ocupado
por áreas rurais, porém, mesmo assim, a produção de alimentos é baixa, se comparadas ao potencial
produtivo nacional, isto é decorrente da prática agropecuária com bases tradicionais.

As relações agrícolas são divididas da seguinte maneira: latifúndio, minifúndio, expropriação,


estruturação fundiária, expropriação e êxodo rural.

Latifúndio: grandes propriedades rurais (600 hectares), de baixa produtividade. Típicas do século
XIX no Brasil, onde a mão de obra utilizada era por meio de escravos.

Minifúndio: pequenas propriedades rurais de aproximadamente 3 hectares, produção agrícola


familiar.

Expropriação: quando um proprietário rural vende suas terras, para poder se livrar de divididas ou
ir morar nas cidades.

Êxodo rural: quando moradores do campo mudam-se para as cidades, decorrente da falta de
trabalho no campo, ou por causa da mecanização dos trabalhos rurais.

Existem diversas formas de trabalho no campo, tais como: mão de obra familiar, posseiros, parceria,
arrendatários, trabalhadores assalariados constantes ou temporários, trabalhadores escravos, que são
obrigados a trabalhar por troca de alimento sem ter nenhum direito trabalhista, ocorre em diversas
localidades rurais do Brasil como no Pará, Mato Grosso e Goiás.

Reforma Agrária: a finalidade da reforma agrária é criar medidas para uma melhor distribuição de
terras no país, tornando assim um país mais justo para todos os moradores do campo, tema muito polêmico
que sempre está em ênfase na mídia. O MST (movimento sem-terra) é um movimento social que luta por
uma melhor distribuição de terra em todo território nacional.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS:

12 – (IFMT) “A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) remarcou cinco audiências públicas, no
nortão, para debater o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) feito
pela Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) para a construção da Usina Hidrelétrica de Energia (UHE)
de Sinop, no rio Teles Pires, a ser construída em Sinop, Sorriso, Ipiranga do Norte, Itaúba e Cláudia. [...]”
(ALVES, Alexandre. Remarcadas audiências sobre Teles Pires em cinco cidades. Disponível em:
<http://www.olhar.direto.com.br/notícias>. Acesso em: 15 set. /2010.)

Como o estado de Mato Grosso e os projetos de hidrelétricas noticiados no texto, muitos outros estão em
discussão no Brasil. Sobre essas fontes de energia, o aproveitamento econômico e os impactos ambientais
gerados, a alternativa correta é:

a) Do total de energia elétrica produzida no Brasil, mais de 90% são de termelétricas, sendo que as crises
do petróleo e a demanda do mercado de consumo industrial levaram a um grande investimento no setor a
partir das décadas de 1990.

b) Entre as usinas hidrelétricas brasileiras de grande porte estão as de Itaipu, Tucuruí, Ilha Solteira e São
Simão, todas localizadas na região Sudeste do Brasil, na bacia do rio Paraná.

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c) A hidreletrecidade não é poluidora, mas a construção de uma usina causa muitas transformações no
espaço onde é instalada, como alagamento de áreas florestais e férteis, transferências de populações
ribeirinhas e, muitas vezes, abandono de cidades inteiras ou parte delas.

d) Ao falarmos de impactos ambientais, as comunidades tradicionais devem ser incluídas, o que leva,
muitas vezes, a manifestações de grupos indígenas e de ribeirinhos, como o caso da usina de Belo Monte,
no rio Xingu, no Amapá, juntos no Movimento Xingu Vivo para sempre.

e) O Brasil possui abundantes recursos hídricos, mas que não estão bem distribuídos e utilizados para a
produção de energia elétrica. As bacias hidrográficas de maior aproveitamento são as bacias do rio Paraná
e do rio Xingu.

13- (EsSA 2009) Assinale a alternativa que contém a segunda região mais industrializada do país e que,
historicamente, teve importante participação do capital local na implantação de novas indústrias,
inicialmente, voltadas para o mercado regional.
a)Norte b)Nordeste c)Centro-Oeste d)Sudeste e)Sul.

14 - (IFG) Para a produção de energia elétrica, faz-se necessário represar um rio, construindo uma
barragem, que irá formar um reservatório (lago). A água represada moverá as turbinas, que produzirão a
energia. Entre os impactos ambientais causados por
esta construção, podem-se destacar:
a) aumento da temperatura local e chuva ácida;
b) alagamentos e desequilíbrio da fauna e da flora;
c) alagamento de grandes áreas e aumento do nível dos oceanos;
d) alteração do curso natural do rio e poluição atmosférica;
e) alagamentos e poluição atmosférica.

15 – (UEPB) O Carvão mineral e o petróleo continuam a ser as duas principais matrizes elétrica e
energética mundiais, porém a crise ambiental (com destaque para o aquecimento global) e a problemática
do abastecimento de petróleo fazem com que os combustíveis renováveis e, sobretudo “limpos”, ganhem
evidência. Sobre a questão é correto afirmar que:
I. os combustíveis fósseis, embora não-poluentes, necessitam ter seu consumo reduzido pelo simples fato
de não serem renováveis e, portanto, sujeitos ao esgotamento em um futuro próximo.
II. a água, embora seja uma fonte de energia limpa e renovável, gera polêmicas pelos impactos sociais e
ecológicos causados com as construções de grandes hidrelétricas, que destroem ecossistemas e expulsam
populações ribeirinhas.
III. a energia solar, apesar de abundante e não-poluente, ainda é pouco utilizada, o que certamente se
explica muito mais pelas políticas energéticas e interesses de grupos, do que pelo elevado custo dos
painéis de captação de energia.
IV. o Biodiesel, destaque brasileiro em tecnologia alternativa de combustível por ser menos poluente que os
hidrocarbonetos e por criar empregos no campo, nem por isso está imune de gerar problemas ambientais,
sobretudo, se vier a ser um investimento muito lucrativo, pois fatalmente avançará e destruirá áreas ainda
preservadas e de fronteiras, como já ocorre com a soja. Estão corretas apenas as alternativas:

a) II, III e IV
b) I, II e III
c) I e IV
d) II e III
e) I, II e IV

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Para Treinar em casa

5- (UEL) A força das águas tem viabilizado a construção de usinas hidrelétricas de grande porte no Brasil,
sendo Itaipu um exemplo. Com base nos conhecimentos sobre desenvolvimento e a questão
socioambiental, considere as afirmativas a seguir.

I. A retirada das populações das áreas atingidas por construção de hidrelétricas tem produzido impactos
sociais, como o desenraizamento cultural.
II. Itaipu é um exemplo da prioridade dada à preservação dos habitat naturais no projeto nacional-
desenvolvimentista defendido pelos militares pós- 64.
III. As incertezas sobre os impactos ambientais com a construção de usinas hidrelétricas trouxeram, por
desdobramento, a formação de movimentos dos atingidos pelas barragens.
IV. A construção de hidrelétricas liga-se, também, à preocupação com a crise energética mundial prevista
para as próximas décadas.
Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.


b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

6 - (CESPE/UnB) A produção de combustíveis oriundos da biomassa faz parte das políticas de governo de
vários países, entre os quais se inclui o Brasil. A respeito desse tema, julgue os itens subsequentes.
Preencha com F (falso) e V (verdadeiro)

A. ( ) O aumento da produção de etanol no Brasil tem reduzido a concentração da posse de terras e


incentivado a diversificação agrícola.
B. ( ) No setor de transportes, o uso de biocombustíveis tem sido considerado uma solução para a redução
de gases de efeito estufa, o que atende aos propósitos do Protocolo de Quioto.
C. ( ) Atualmente, a agroindústria açucareira, tal como ocorreu no período colonial, fornece matéria-prima
energética e promove a interiorização da população brasileira.

7- I(FG) A partir da segunda metade do século XX, vários países do mundo, inclusive o Brasil, implantaram
um pacote de medidas que recebeu o nome de revolução
verde.

Assinale a alternativa que indica duas características desse momento.

a) Uso intensivo de agrotóxico; aplicação de adubos e fertilizantes.


b) Introdução de espécies vegetais nas florestas; uso de adubação orgânica.
c) Revitalização de biomas degradados; retorno da população urbana para o campo.
d) Surgimento de movimentos sociais no campo; aumento da produtividade e o fim da fome.
e) Uso de sementes selecionadas; uso de sementes transgênicas.

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8- (UEPB) O crescimento da economia brasileira desenvolveu-se sob o signo dos grandes ______ e da
concentração de renda. A _______ da agricultura e a concentração ______ produziram o ________
acelerado, que se manifesta na formação das _______ urbanas. No campo, os novos padrões de ______
impostos pelos complexos ______ continuam a provocar a ruína dos pequenos produtores, configurando
um quadro de verdadeira tragédia social.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto.

a) agroindustriais – produtividade – das periferias – consumo – favelas – monopólios – rurais.


b) monopólios – crise – de terras – crescimento – franjas – consumo – urbanos.
c) agronegócios – produtividade – de renda – consumo – massas – investimentos – industriais.
d) monopólios – modernização – fundiária – êxodo rural – periferias– produtividade – agroindustriais.
e) capitalistas – proletarização – fundiária – enriquecimento –favelas – modernização – agroindustriais.

9- (CECIE-RJ) À época da colonização europeia na América, um sistema agrícola amplamente utilizado era
baseado na grande propriedade monocultora, com produção de gêneros tropicais, voltada para a
exportação. Esse sistema, na atualidade, persiste em países como Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, Índia
e Malásia, dentre outros. O sistema agrícola descrito acima refere-se à:
(a) Agricultura de subsistência.
(b)Agricultura de jardinagem.
(c) Plantation.
(d) Agroecologia.

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AULA 04
OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

4- CPMP (2011) Para responder a esta questão, considere os mapas a seguir:

(A) mapa 1 = longitude; mapa 2 = latitude; mapa 3 = zonas climáticas.

(B) mapa 1 = meridianos; mapa 2 = paralelos; mapa 3 = zonas climáticas.

(C) mapa 1 = latitude; mapa 2 = paralelos; mapa 3 = fusos horários.

(D) mapa 1 = paralelos; mapa 2 = meridianos; mapa 3 = zonas climáticas.

Orientação e Localização

Coordenadas geográficas

Sistema de linhas imaginárias que são traçadas ao longo do globo terrestre ou de um mapa. Através
destes pontos que podemos localizar qualquer ponto da superfície terrestre, que são estabelecidas por meio
da latitude (paralelos) e longitude (meridianos), medidas em graus, minutos e segundos. Os paralelos e os
meridianos são indicados por meio de graus de circunferências.

Longitude: definida no ano de 1714 na Inglaterra em uma convenção para decidir como seriam
definidas as horas, nasce em um polo e termina no outro (norte e sul). Começa no meridiano de Greenwich
e vai até o meridiano das datas., sendo 180º graus para oeste e leste, o fuso horário é determinado pela
longitude, esta é determinada em sentido vertical na representação em um globo ou mapa.

Latitude: distancia em graus de qualquer ponto da superfície terrestre relacionada com a linha do
Equador (latitude 0), para norte vai até 90º graus e para sul até – 90º graus, por meio da linha do equador
também são definidas as zonas intertropicais onde são definidos os climas dominantes na terra.

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Fonte Google 2016.

Fuso horário

O planeta terra tem formato esférico, desta maneira possui 360º, o dia é composto por 24 horas,
logo, se dividirmos 360/24, obtemos o resultado de 15º, este valor corresponde a 60 minutos ou 1 hora. A
terra possuí 24 fusos, cada um destes corresponde a uma linha imaginária que é traçada de um polo ao
outro. Desta maneira, cada fuso se encontra entre dois meridianos. Toda parte terrestre que se encontra
entre estes dois meridianos possui o mesmo fuso horário.

Fonte google 2016

Zonas Climáticas

São as áreas da terra onde são determinados os tipos climáticos dominantes. Por exemplo, nos
polos a temperatura é muito baixa e fria. Em contrapartida, quanto mais próximo à linha do Equador mais
alta é a temperatura. O calor está relacionado à quantidade de infiltração de raios solares na superfície
terrestre, nas áreas equatoriais a radiação solar é mais densa e direta.

As zonas climáticas são divididas em cinco áreas, zona intertropical esta localizada entre o trópico
de câncer e de capricórnio, região de mais altas temperaturas da terra.

Zona temperada norte: localizada entre o trópico de câncer e o circulo polar ártico, recebem os
raios solares de maneira menos densa do que as áreas intertropicais devido sua inclinação, desta forma as
temperaturas tendem a ser menos densas, é fácil perceber a passagem das quatro estações do ano.

Auxiliar de necropsia Página 343


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Zona temperada do sul: mesmas características da zona temperada norte, localiza-se entre o
trópico de capricórnio e o circulo polar antártico.

Zona polar do norte: áreas localizadas dentro do circulo polar ártico.

Zona polar sul: áreas localizadas dentro do circulo polar antártico. As áreas polares são as mais
frias do planeta terra.

Zonas climáticas:

Fonte google 2016.

Climas do Brasil

O Brasil possui uma grande diversidade climática devido a sua grande extensão, possui áreas onde
as temperaturas são altas em grande parte do ano, e algumas localidades de temperatura mais amenas. A
maior parte do território nacional localiza-se entre os trópicos de câncer e capricórnio. A região norte cruza a
linha do Equador. Alguns dos fatores responsáveis pela formação dos tipos climáticos são as diversidades
de formação do relevo, a altitude e dinâmica das correntes e as massas de ar.

Clima subtropical: grande variação de temperatura, não possui ocorrência de estação seca,
chuvas distribuídas durante o ano todo, este tipo climático ocorre ao sul do trópico de capricórnio e ao norte
do trópico de câncer com temperaturas acima de 20ºc.

Clima semi-úmido: ocorre na porção setentrional do país, neste clima ocorre estações chuvosas e
secas, sendo estas estações bem definidas.

Clima semi-árido: sua ocorrência acontece nas regiões nordeste e sudeste do Brasil, maior
predominância de seca com chuvas esporádicas que acontecem em poucos meses do ano. As
temperaturas são mais elevadas, com média de 26ºc, a vegetação ocorrente neste tipo climático é a
caatinga.

Clima equatorial úmido: apresenta altas temperaturas durante o ano todo, com grande quantidade
de chuvas ao longo do ano, apresenta estação seca em um breve período, a umidade é predominante em
todo ano este tipo climático ocorre na região amazônica.

Clima tropical de altitude: médias de temperatura mais amenas, ficando em torno de 15ºC a 22ºC,
acontece nas regiões altas do sudeste como na região serrana do Rio de Janeiro, as chuvas ocorrem no
verão decorrentes da proximidade com os oceanos.

Página 344 Auxiliar de necropsia


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Clima tropical: de maior predominância em território brasileiro, com temperaturas elevadas,


ocorrendo seca no inverno e chuvas no verão, quanto mais próximo às áreas litorâneas maior a
pluviosidade.

A região norte apresenta uma maior concentração de clima equatorial, com temperaturas elevadas e
chuvas durante a maior parte do ano. A região nordeste do país é onde a distribuição climática é mais
complexa, nesta região as temperaturas são elevadas com medias anuais superiores aos 20º C, localidade
onde a ocorrência de chuva é menor do que as outras regiões do país, principalmente no sertão nordestino,
onde áreas de seca, escassez de água são constantes.

Na região centro-oeste o clima predominante é o tropical semi-umido, com chuvas frequentes no


verão, com temperaturas elevadas em todo ano, as chuvas acontecem no verão e o inverno geralmente é
seco com pouca ocorrência de chuva. No sudeste a predominância é do clima tropical, nas áreas litorâneas
o clima tropical atlântico e nos planaltos tropicais de altitude, as áreas com maior altitude apresentam
temperaturas mais baixas e nas áreas mais baixas temperaturas mais elevadas, nesta região possui
ocorrência de chuva durante o ano todo. A região sul o clima predominante é o subtropical, onde são
registradas as temperaturas mais baixas do Brasil, podendo chegar a 0º graus no inverno, a exceção fica ao
norte do Paraná onde o clima predominante é o tropical.

NOTA: Pressão atmosférica: ocorre por meio da pressão que o ar exerce sobre a superfície terrestre,
varia de acordo com a altitude, nas áreas de maior altitude menor a pressão e quanto menor altitude
ocorre uma maior pressão atmosférica, que é exercida pelo ar, o ar dos lugares de alta pressão sempre
vai em busca dos lugares de baixa pressão. Uma outra questão importante é a ocorrência do calor, os
raios solares infiltram na superfície terrestre e vão esquentando nas áreas mais baixas em direção as
localizações mais altas, por esse motivo, geralmente, regiões com baixas altitudes possuem uma maior
temperatura.
Tempo: condição instantânea, o que está acontecendo neste exato momento.
Clima: comportamento geral de uma determinada região, de mais ou menos 30 anos.
Clima Azonal: não respeita a zona onde está, por causa da altitude.
Áreas tropicais: clima quente.
Áreas temperadas: Verão quente e inverno frio
Áreas polares: clima frio.

Divisão climática brasileira

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Movimentos da terra

Rotação: movimento que a terra faz em volta de si mesma, durante 24 horas, este movimento
ocorre de oeste para leste, responsável pela ocorrência dos dias e noites. O dia ocorre quando a parte leste
esta voltada para o sol.

Translação: movimento que a terra faz envolta do sol, a ocorrência deste movimento completo leva
o tempo de 365 dias e seis horas, responsáveis pela definição dos anos, por causa das seis horas a mais
de cada movimento completo de translação a cada quadro anos ocorre um ano bissexto, anos com 366
dias, sendo acrescido o dia 29 de fevereiro no calendário. Quando estamos no verão o hemisfério sul do
globo terrestre se encontra mais próximo ao sol e quando estamos no inverno estamos mais distanciados
do sol. Ou seja, quando no hemisfério norte é verão no sul é inverno.

NOTA: Solstício: dia com maior desigualdade da distribuição da luminosidade, dias e noites desiguais,
associados a verões e invernos; sol da meia noite nos polos no verão.
Equinócio: igualdade na distribuição da luminosidade, dias e noites iguais no globo inteiro, associados
ao outono e primavera, radiação solar mais forte no equador, no Brasil isto ocorre entre os dias 21/22 de
setembro quando estamos ao sul do sol. O verão no Brasil esta a leste do sol.
Estações no Brasil: outono 20/03, inverno 20/06, primavera 22/07 e verão 21/12.
Camadas da atmosfera:
Troposfera: 0 a 17km, Estratosfera: encontra-se o ozônio, até 50 km de altura
Mesosfera: até 80km de altura, camada fria
Termosfera: até 500 km, ar escasso absorve fácil o calor,
Exosfera: 800 km de altura composta por gás hélio e hidrogênio, encontram-se os satélites.

Vegetação (domínios morfoclimáticos)

No planeta terra ocorre diferentes formas de predominância vegetal, a formação da vegetação está
associada a alguns fatores, como pressão atmosférica, altitude, iluminação, latitude e como as massas de
ar atuam no planeta terra. O Brasil por ser um país de grande dimensão territorial possui uma vegetação
diversificada, com oito tipos de coberturas vegetais.

Floreta amazônica: clima equatorial, formação florestal latifoliada, a formação florestal apresentado
grandes altitudes, abriga uma flora e fauna muito diversifica, sendo esta cobertura florestal considerada o
pulmão do mundo e de extrema importância para o equilíbrio climático mundial.

Cerrado: sua ocorrência se dá nas áreas centrais do país principalmente no planalto central, possui
o clima tropical semi-úmido sendo a segunda maior cobertura vegetal nacional, vegetação com maior
biodiversidade do planeta, este tipo de cobertura florestal sofre grande degradação decorrente do avanço do
agronegócio nas regiões de sua localização.

Mata Atlântica: caracterizada pelo clima tropical úmido, cobertura vegetal que sofreu maior
degradação e desmatamento, nos dias atuais apenas 7% desta mata existe. Este tipo vegetal ocorre em
todo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, sua degradação ocorreu por causa do
plantio da cana-de-açúcar, no período do colonial brasileiro e também à extração da madeira,
principalmente do pau-brasil.

Caatinga: vegetação localizada na região nordeste do Brasil, de clima semiárido, onde estão
localizadas as áreas de menor desenvolvimento econômico nacional.

Pantanal: sua ocorrência se dá nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, neste tipo de
cobertura florestal ocorre a existência de diferentes tipos de ecossistemas, ocorrem alagamentos em
algumas áreas por um período do ano.

Mata de Araucária: este tipo de vegetação ocorre no estado do Paraná, sua predominância é de
árvores denominadas de pinheiros, o clima típico na ocorrência desta vegetação é o subtropical, esta

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vegetação foi muito degradada devido à extração da madeira, ocasionando a quase inexistência de
pinheiros neste Estado.

Mata dos cocais: região de transição entra o cerrado e a caatinga, localizada no nordeste
brasileiro, sua ocorrência se dá principalmente nos estados do Maranhão e Piauí, a vegetação é de
pequeno porte, possuem importância econômica nesta região ligadas a extração do coco de babaçu.

Campos Sulinos: são característicos de clima subtropical, apresentam vegetação de baixa estatura
com predominância de capins e gramíneas, também é conhecida como pampas ou campanha gaúcha.

Mangues: vegetação que é formada em áreas litorâneas, ocorre em áreas baixas, sofre a atuação
das marés, é considera um berçário onde os animais aquáticos se reproduzem.

Nota: Características vegetais:


Plantas Higrófilas: formações vegetais típicas de regiões úmidas, possuem folhas largas para facilitar a
respiração vegetal.
Xerófilas: plantas das regiões secas, a vegetação se adapta a falta de água, onde as folhas são
substituídas por espinhos, exemplo são os cactos, possuem grande ocorrência na vegetação caatinga.
Tropófilas: esta vegetação vive em ambientes onde há alternância de chuvas, ocorrendo um período
chuvoso e outro seco, na estação seca a vegetação perde suas folhas e recebe o nome de caducifólio.

Distribuição vegetal do Brasileira

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS:

16 – (CPMP 2012) O território brasileiro possui diversos biomas, entre os quais se destacam a Floresta
Amazônica, o Cerrado e a Mata Atlântica. Sobre esses biomas, é correto afirmar:

a) O cerrado, que se localiza na região central do Brasil, tem como característica formar-se em solos pobres
e arenosos e, em consequência, estar pouco ameaçado pela expansão agrícola.

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b) Uma característica comum entre esses três biomas é que todos apresentam elevada biodiversidade e
presença de espécies endêmicas, evidenciando que todos precisam ser igualmente preservados.

c) A Floresta Amazônica, formação localizada ao norte do Brasil, tende a desaparecer nas próximas
décadas, haja vista que o desmatamento e as queimadas têm seus índices elevados ano a ano,
evidenciando a ausência de políticas públicas voltadas à conservação daquela floresta.

d) A Mata Atlântica, formação que se estendia do litoral nordestino ao Rio Grande Sul, onde se localiza boa
parte dos maiores centros brasileiros, foi o bioma mais desmatado do país, motivo pelo qual seus
remanescentes foram transformados em unidades de conservação, o que lhe garante a maior extensão em
áreas preservadas do Brasil.

17- (EsSA 2009) Assinale a alternativa que apresenta uma região do Brasil que é recoberta por vegetação
herbácea ou campestre, em área de clima subtropical, e que tem sofrido grande impacto ambiental, tendo
como conseqüência a formação de extensos areais. Dentre as causas desse impacto, podemos citar a
pecuária extensiva e a agricultura monocultora.

a) Sertão Nordestino
b) Pantanal
c) Campanha Gaúcha.
d) Cerrado. Amazônia.

18 – (CPMP 2012) O território brasileiro possui diversos biomas, entre os quais se destacam a Floresta
Amazônica, o Cerrado e a Mata Atlântica. Sobre esses biomas, é correto afirmar:

(a) O cerrado, que se localiza na região central do Brasil, tem como característica formar-se em solos
pobres e arenosos e, em consequência, estar pouco ameaçado pela expansão agrícola.

(b) Uma característica comum entre esses três biomas é que todos apresentam elevada biodiversidade e
presença de espécies endêmicas, evidenciando que todos precisam ser igualmente preservados.

(c) A Floresta Amazônica, formação localizada ao norte do Brasil, tende a desaparecer nas próximas
décadas, haja vista que o desmatamento e as queimadas têm seus índices elevados ano a ano,
evidenciando a ausência de políticas públicas voltadas à conservação daquela floresta.

(d) A Mata Atlântica, formação que se estendia do litoral nordestino ao Rio Grande Sul, onde se localiza boa
parte dos maiores centros brasileiros, foi o bioma mais desmatado do país, motivo pelo qual seus
remanescentes foram transformados em unidades de conservação, o que lhe garante a maior extensão em
áreas preservadas do Brasil.

19 – (CPMP 2011) Quanto à orientação no globo terrestre, é correto afirmar que:

(a) As áreas localizadas ao sul do Trópico de Capricórnio e ao norte do Trópico de Câncer são intertropicais.

(b) O meridiano inicial, o de Greenwich, divide o globo terrestre em dois hemisférios. O hemisfério voltado
para o nascente é denominado ocidente, e o hemisfério voltado para o poente é denominado oriental.

(c) O Brasil é um país tropical porque a maior parte de seu território está situada entre as linhas do Equador
e do Trópico de Capricórnio.

(d) Nas coordenadas geográficas, o eixo das ordenadas corresponde aos paralelos e o eixo das abscissas
corresponde aos meridianos.

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20 – (EsSA 2009) As cidades de Brasília – DF e Manaus – AM têm, respectivamente, os seguintes climas:

a) Tropical e Litorâneo Úmido.


b) Subtropical e Equatorial de Altitude.
c)Tropical e Equatorial.
d)Tropical Semi-árido e Tropical Continental.
e) Equatorial e Subtropical.

21 - (CPMP 2011) Com base em projeções realizadas por especialistas, prevê-se, para o fim do século XXI,
aumento de temperatura média, no planeta, entre 1,4ºC e 5,8ºC. Como consequência desse aquecimento,
possivelmente o clima será mais quente e mais úmido bem como ocorrerão mais enchentes em algumas
áreas e secas crônicas em outras. O aquecimento também provocará o desaparecimento de algumas
geleiras, o que acarretará o aumento do nível dos oceanos e a inundação de certas áreas litorâneas. As
mudanças climáticas previstas para o fim do século XXI.

(a) Causarão o aumento do volume de todos os cursos de água, o que minimizará os efeitos da poluição
aquática.
(b) Induzirão o aumento dos mananciais, o que solucionará os problemas de falta de água no planeta.
(c) Promoverão o aumento da disponibilidade de alimento das espécies marinhas.
(d) Poderão interferir nos processos do ciclo da água que envolvem mudanças de estado físico.

Para Treinar em casa

10 - (CPMP 2013) Analise as afirmativas a seguir, que contêm aplicações práticas dos principais fatores
climáticos.

I. Regiões situadas em latitudes recebem maior quantidade e intensidade de radiações solares, devido à
inclinação da Terra – e por isso são as mais quentes do globo.

II. A altitude não compensa a latitude, o ar rarefeito das altas montanhas é muito frio em qualquer latitude.

III. Correntes marítimas frias, ao passarem nas proximidades de litorais, contribuem para o surgimento de
desertos, já que a massa de ar sobre elas é mais seca e dificulta a chegada de massas úmidas ao
continente – como ocorre, por exemplo, na relação entre a Corrente de Humboldt e o deserto do Atacama.

IV. A continentalidade faz com que a amplitude térmica seja maior, devido ao fato de que o continente tende
a aquecer-se e resfriar-se mais rapidamente e do que o mar. Por isso, o hemisfério norte, que tem mais
terras do que água, possui temperaturas mais extremas do que o hemisfério sul.

V. O relevo influencia no clima ao criar barreiras naturais ou corredores para o trânsito das massas de ar. A
disposição das montanhas na América, por exemplo, facilita a chegada das massas frias do pólo norte até a
região equatorial – ao contrário da Europa onde as barreiras naturais do relevo dificultam tal trânsito.

Está correta ou estão corretas:

( a ) Apenas II e III.
( b ) I, III, IV e V.
( c ) Apenas III e IV.

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( d ) I, II, III e V.

11- (OSEC) O deslocamento das massas de ar, que dão origem aos ventos, se faz sempre:

a) das áreas mais elevadas para as mais baixas;


b) das áreas de temperaturas mais altas para as de temperatura mais baixa;
c) das áreas de alta pressão para as de baixa pressão;
d) das áreas mais úmidas para as mais secas;
e) de oeste para leste.

12 - (UTFPR - adaptada) A relação Sol-Terra faz com que em qualquer lugar do planeta existam diferenças
no tempo atmosférico. Essas diferenças têm origem em dois fatores principais, que são os movimentos de
rotação e de translação. Analise as alternativas a seguir e identifique a INCORRETA no que se refere à
influência desses movimentos no tempo atmosférico e climas da Terra.

a) É o movimento de rotação que determina os ciclos da produção agrícola e, portanto, indica quando
plantar, quando colher, quando guardar e quando descansar.

b) Se a Terra não tivesse o movimento de rotação, a face iluminada seria tórrida e a face escura, gelada,
sendo impossível a vida no planeta.

c) O movimento de translação é que determina a duração do fotoperíodo diário, sendo que, para o
hemisfério Sul, a maior duração do dia iluminado ocorre em 22 de dezembro, quando inicia o verão.

d) O movimento de rotação é o responsável pela exposição do planeta à luz solar, fazendo com que haja
certo equilíbrio em relação à temperatura, pois gera os dias e noites.

13 - (UFPA) O processo de industrialização e urbanização, nas grandes aglomerações urbanas, tem


contribuído para o aumento de problemas e impactos ambientais. A respeito desses impactos, é correto
afirmar que:

a) a grande extensão de asfaltos e cimentos em áreas urbanas, além de reter o calor, regulariza as
temperaturas e minimiza a formação de ilhas de calor.

b) a poluição de resíduos industriais e esgotos, nos mananciais hídricos, pouco influencia na qualidade e na
quantidade de água para o consumo humano.

c) a presença da poluição atmosférica gerada pelas indústrias e veículos motorizados é responsável por
inúmeros problemas de saúde como alergias, doenças respiratórias, entre outros.

d) o aumento da liberação de gás carbônico por indústrias, veículos e agropecuária é responsável pelo
desaparecimento do fenômeno natural conhecido como efeito estufa.

e) a preservação das geleiras e consequentes reduções do nível do mar tem contribuído para o aumento de
furacões, inundações e secas em cidades litorâneas industrializadas.

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AULA 05

Geografia Econômica e Geopolítica

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

5- (CPMP 2013) Após a Segunda Guerra Mundial, além de se formarem os grandes blocos, diversos
países se reuniram em organizações geopolíticas e econômicas, constituindo blocos econômicos
regionais de diversos tipos. Fonte: TERRA, L. e COELHO, M. de A. Geografia Geral e Geografia do
Brasil: O espaço natural e socioeconômico. São Paulo: Moderna, 2005.

Considerando a integração econômica que ocorre


no interior dos blocos regionais, relacione as
colunas.

1 - Mercado comum
( ) Circulação de bens com taxas alfandegárias
reduzidas ou eliminadas.

2 - Zona de livre comércio ( ) Padronização de tarifas para diversos itens


relacionadas ao comércio com países que não
pertencem ao bloco.

3 - União aduaneira ( ) Livre circulação comercial e financeira de


pessoas, bens e serviços.

Guerra Fria

Ocorreu logo depois do termino da segunda guerra mundial, a partir de 1945, neste momento as
atenções políticas mundiais passam para os EUA (Estados Unidos da América) capitalista, e a URSS (União
Soviética) socialista, estes dois países disputaram a hegemonia mundial nas questões militares,
econômicas e políticas.

A denominação guerra fria refere-se ao fato de não ocorrer embates militares, e sim uma disputa de
interesses entre os países envolvidos e o poder global, esta disputa teve caráter geopolítico, onde ambos
países buscavam ampliar suas áreas de influência, sem ocorrência de conflitos armados. Esta disputa
começa a partir da divisão da Alemanha, após o final da segunda guerra, sendo que, a parte ocidental
(oeste) ficou sob domínio dos países com regime político capitalista e a parte oriental controlada pela
URSS.

Na União Soviética (URSS) seu sistema político era o socialismo, baseado em uma economia
planificada, neste país ocorreu a existência de um único partido político, o Partido Comunista Russo, sua
ideologia era pautada na igualdade social e na falta de democracia, todos os russos eram iguais e possuíam
os mesmos direitos e o Estado era o poder maior.

Nos Estados Unidos o sistema político era o capitalista, que defendia a expansão do mesmo. Esse
sistema era baseado na expansão e cultivação dos mercados econômicos, dando ênfase à propriedade
privada e à expansão econômica e industrial.

Auxiliar de necropsia Página 351


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Entre as décadas de 1940 até 1989 esses dois países que eram potências mundiais da época
tentavam implantar suas ideologias políticas e aumentar seu campo de influência, não existia um embate
declarado entre os dois países era apenas um jogo de disputa de obtenção de poder.

Uma das características deste período é a formação dos blocos militares, com objetivo de defender
as alianças políticas formas pelos EUA e URSS, foi a formação de blocos militares por ambos países e seus
aliados. A OTAN organização do tratado do atlântico norte surgiu em abril de 1949, era liderada pelos EUA,
tinha como aliado os países de origem capitalistas., seus principais membros eram da Europa ocidental. O
Pacto de Varsóvia era a união militar entre os países socialista, comandada pela URSS, onde esses países
se protegeriam de possíveis ataques de países de regime capitalista.

A corrida espacial foi outra característica oriunda deste período. Os principais países envolvidos na
guerra fria tentavam “dominar” o universo e chegar mais rápido à lua. No ano de 1957, a URSS lança o
foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o
mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem à lua, com a missão espacial norte-
americana denominada de projeto Apollo.

Outro aspecto importante foi o momento chamado de caça às bruxas, no qual, em países de origem
capitalista as ideias comunistas não poderiam ser cultivadas, sob pena de forte punição e retalhamento por
parte do governo. Nos países de origem comunistas a propagação dos princípios capitalistas eram
expressamente proibidas, sujeito a retaliação por parte governamental.

Neste momento os países principais criaram políticas de fortalecimento e ajuda mutua econômica
para os países aliados entre si, o plano de ajuda entre os países capitalistas liderados pelos EUA era
denominado de Plano Marshal, que foi criado no final da década de 1940, um de seus principais objetivos
era auxiliar na reconstrução de países capitalistas afetados na segunda guerra. O plano COMECON era o
auxilio econômico entre os países socialistas criado em 1949.

Conflitos ocorridos no período da guerra fria; Guerra das Coreias ocorreu entre 1951 e 1953, a
Coreia passou a sofrer forte pressão por parte dos países socialistas, para adotar esse sistema em todo seu
território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defendeu seus
interesses. A guerra durou dois anos e terminou em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia
do Norte ficou sob influência soviética e com o sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o
sistema capitalista.

Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos
EUA e URSS. Os soldados norte- americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em
enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país, a origem
deste conflito está no interesse econômico na produção petrolífera do Vietnã. Milhares de pessoas, entre
civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território
vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista.

O fim do período da guerra fria ocorreu na segunda metade dos anos de 1980, com a URSS
entrando numa crise econômica decorrente de um mercado muito fechado, pois as grandes empresas eram
de origem de países capitalistas, principalmente dos EUA. Por esses motivos, em 1985, chega ao poder na
União Soviética o presidente Mikail Gorbatchev, que promoveu duas mudanças básicas no país com a
criação de duas leis a perestroika e a glasnost.

A perestroika era um conjunto de reformas que visavam modernizar a economia soviética,


permitindo inclusive a entrada de transnacionais dos países capitalistas, para proporcionar a expansão
econômica em território soviético.

A glasnost era um conjunto de medidas que visavam garantir a abertura democrática,


proporcionando inclusive maior liberdade de expressão por parte de imprensa.

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise na União Soviética acabaram por acelerar a
crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são

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reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética, Gorbachev, começou a
acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e
mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos,
ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas e
sendo o principal sistema econômico vigente no planeta terra.

Características dos continentes


Fonte google 2016

América do Sul

Com uma extensão de cerca de 17,8 milhões de km², a América do Sul comporta 6% da população
mundial dividida em 12 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru,
Suriname, Uruguai e Venezuela. Atravessada pela Linha do Equador e pelo Trópico de Capricórnio.

América do Sul está localizada em grande parte no hemisfério sul, na zona intertropical ocidental, é
banhada a leste pelo oceano Atlântico, a oeste pelo oceano Pacífico e ao norte pelo mar das Antilhas,
conhecido como do Caribe. Em relação ao relevo toda a costa leste da América do Sul possui
características relativamente planas. No interior da América do Sul identifica-se uma predominância de
planaltos com pouca elevação e planícies.

No extremo oeste o relevo é constituído por grandes altitudes, onde está localizada a Cordilheiras
dos Andes, que corresponde a um dobramento do encontro entre a placa de nazca e a placa sul-americana,
razão pela qual a região desenvolve grande incidência de abalos sísmicos (terremotos). A Cordilheira dos
Andes estende-se desde a Venezuela até o Chile, possui aspectos específicos que mudam de acordo com
cada localização. Os recursos hídricos da América do sul possui uma das maiores bacias hidrográficas do
mundo, como a bacia do rio Amazonas, que é a maior do mundo. Bacia Amazônica: está localizada na
floresta Amazônica e abrange Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Guiana. Bacia da
Prata: corresponde à união de três sub-bacias (Paraná, Paraguai e Uruguai). Bacia do Rio São Francisco:
encontra-se totalmente em território brasileiro e tem como rio principal o São Francisco.

Auxiliar de necropsia Página 353


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O clima no continente sul-americano é bastante diversificado devido ao tamanho extenso do


continente. Na região mais próxima À linha do equador predomina o clima tropical úmido. Ao sul do Trópico
de Capricórnio têm-se áreas de clima temperado. As regiões mais frias do continente são o extremo sul e a
região dos Andes, devido à altitude. A América do Sul também abriga o deserto mais seco do planeta terra,
o Deserto do Atacama localizado no Chile.

Nas áreas de clima favorável ao crescimento vegetal encontram-se florestas com alta densidade
como a floresta Amazônica (uma floresta equatorial) e a Mata Atlântica que, embora bastante degradada
durante o processo de colonização e no processo de expansão e crescimento da sociedade deste
continente, ainda guarda uma das maiores diversidades biológicas do planeta. No sul do Brasil e na
Argentina encontram-se as pradarias ou campos, sendo os Pampas, as maiores pastagens da América do
Sul. Outra vegetação encontrada na América do Sul é a caatinga na região nordestina brasileira.

Os principais recursos explorados e encontrados na América do Sul são o ouro, cobre, manganês,
chumbo, prata, mercúrio, diamante, zinco e estanho a bauxita e o ferro possuindo maior importância
econômica para esta localidade do globo, encontram-se também petróleo e gás natural que são de grande
importância econômica continental.

Mercosul

Bloco econômico formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram, em 26 de março
de 1991, o Tratado de Assunção, com objetivo de criar o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). A principal
função do Mercosul é a integração dos Estados que compõe este bloco, por meio da livre circulação de
bens, serviços e fatores produtivos, do estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC).

Adoção de uma política comercial comum, da coordenação de políticas macroeconômicas (grande


escala) e setoriais, e da harmonização de legislações nas áreas de composição do bloco, visando a
competitividade econômica no mercado global. Chile, Equador, Peru, Colômbia e Venezuela são
considerados países associados ao Mercosul.

América Central

Apresenta extensão de 523,00 km², faz divisão ao sul com a Colômbia e a norte com o México,
composta por 7 países, Guatemala, El Salvador, Belize, Nicarágua, Honduras, Costa Rica, Nicarágua e
Panamá. Existem também os países insulares (Caribe): Antigua e Barbuda, Barbados, Cuba, República
Dominicana, Granada, Jamaica, Haiti, Porto Rico, Dominica, Santa Lucia, São Cristóvão, Bahamas e São
Vicente. Em relação a composição do relevo em grande parte é montanhoso, apresenta uma grande
quantidade de vulcões que estão em constante atividade, neste continente também encontra-se o canal do
Panamá, local onde é ligado o oceano pacífico ao atlântico. E também denominados de paraísos fiscais.

Apresenta três tipos climáticos distintos o denominado regiões mais quentes, localizadas nas
regiões do nível do mar até a altitude de aproximadamente 910 m; áreas temperadas que englobam regiões
de 915 m a 1.830 m de altitude e a as regiões mais frias, que compreende regiões de até 3.050 m
aproximadamente. Em relação aos aspectos econômicos na América central são predominantes as
atividades agrícolas com destaque para a produção de Milho e Banana.

América do Norte

A América do Norte faz divisa a leste com o oceano Atlântico, a oeste com o oceano Pacífico, e ao
norte com o com o oceano Ártico e ao sul com a América Central. Formada por três países Canadá, EUA e
México e a Groenlândia maior ilha do mundo pertencente a Dinamarca país da Europa. Com área de
24.709.662 km², população estimada em 524,2 milhões de habitantes. Sua composição étnica é forma por
indígenas, negros e dessedentes de europeus estes principais colonizadores do continente americano, as
línguas predominantes são o Espanhol e o Inglês.

O relevo, norte-americano apresenta extensas cadeias montanhosas, três regiões de planícies


sendo a primeira na costa do Atlântico, a segunda a planície Central e a terceira, o chamado “escudo

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canadense”. O Grand Canyon é um grande desfiladeiro originado pelo rio Colorado, chega em alguns
pontos a mais de 1600m de profundidade.

Economicamente esta parte da América contem regiões distintas, as mais desenvolvidas se


encontra na região dos grandes lagos: Nova Iorque, Detroit, Filadélfia e Baltimore (Estados Unidos), Toronto
e Montreal (Canadá), região onde localiza-se o maior número de indústrias e grande parte da extração de
carvão mineral e ferro. Os EUA atualmente é o país de maior poder no planeta terra, tanto em sentido
econômico quanto político e poder bélico. A produção agrícola é baseada na produção em grande escala
principalmente na produção de milho, criação de gado e suínos.

Na vegetação destacam-se a tundra no Canadá, a taiga e a floresta de coníferas mais ao sul, e os


estepes e pradarias no centro do continente. Na região norte do México vegetação é típica de deserto. Nas
regiões mais ao norte do Canadá e no Alasca o clima é de frio rigoroso e com o solo coberto de neve.

Já no sul do continente, no México e nos EUA, existem desertos como o de Sonora no sudoeste da
América do Norte e o do Vale da Morte nos EUA.

Europa

Continente localizado no hemisfério norte, ao norte deste continente encontra-se o Oceano Glacial
Ártico, ao sul os mares Mediterrâneo, Negro e Cáspio, a leste os Montes Urais e a oeste o Oceano Atlântico.
Em sentido econômico é o continente mais próspero do mundo. Com área de 10.498.000 km², população
de 744,7 milhões de habitantes. A moeda mais importante da Europa é o Euro (moeda oficial da União
Europeia), que circula em 16 países, sua densidade demográfica é de 101 habitantes por quilômetro
quadrado, altitude média de 340m, o clima europeu apresenta características de climas frios e temperados,
constituídos em três tipos principais: o oceânico, que abrange a faixa da Noruega até Portugal, o clima
continental, em parte da Alemanha, e nos países bálticos até a Polônia, e o clima mediterrâneo, nos países
da costa, chegando até a França. O relevo é formado por bacias sedimentares, planícies e maciços
montanhosos, que se estendem até a região meridional, onde se encontram os pontos mais altos do
continente.

União Europeia

Bloco econômico constituído por 27 países do continente europeu. Em 1986 foi assinado o Ato
Único Europeu criando o mercado único, consolidando o livre comércio entre os países pertencentes a este
bloco. A partir do momento em que ocorre o fim do comunismo no continente e a queda do muro de Berlim,
na Alemanha, as relações entre os países da Europa se fortaleceram, culminando na criação das “quatro
liberdades” em 1993: a livre circulação de serviços, mercadorias, capitais e pessoas, que permitem que
possam viajar livremente, sem a requisição de passaporte por qualquer um dos países pertencentes à
União Europeia. Em 200 é criado o Euro, moeda única que circula entre os países deste bloco, a exceção
fica por conta da Inglaterra, onde a moeda é a Libra Esterlina.

Ásia

O continente asiático é o mais populoso do planeta terra, com aproximadamente 3,7 bilhões de
habitantes e 44,3 milhões de quilômetros quadrados de extensão, local onde se originaram as primeiras
civilizações que se tem conhecimento, a leste localiza-se o oceano pacífico e a Europa, a oeste encontra-se
o mar Mediterrâneo. Devido à grande dimensão do continente existe variação nos tipos climáticos, desde
áreas desérticas (Tibet e Gobi), e áreas de baixas temperaturas, por exemplo, as Cordilheiras do Himalaia,
onde encontram-se as áreas de altitude mais elevadas. O tipo climático de maior predominância neste
continente é o de monções, ocorrem ventos periódicos que atingem o continente decorrentes das variações
de pressão atmosférica entre o continente e o mar, mas também ocorre a presença dos climas
mediterrâneo, desértico e siberiano.

A constituição do relevo é variada, neste continente encontra-se a maior depressão do mundo, o


Mar morto, que está a 392 metros abaixo do nível do mar e o ponto mais alto do planeta o monte Everest,
com 8.848 metros de altitude, existem diversas penínsulas e planaltos neste continente como a península

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arábica e o planalto do Pamir. As vegetações de maior predominância são: taiga, tundra, savanas e florestas
equatoriais.

Em relação a economia destaca-se o Japão como país de maior importância, sendo um dos mais
desenvolvidos e industrializado do mundo, possuindo imensa taxa de habitantes por km², grande exportador
ferro do Brasil. A Índia e a China apresentam grande crescimento econômico e populacional. O bloco
econômico de maior importância na Ásia é a APEC, cooperação econômica da Ásia e do Pacífico.
Composto por 20 países, o principal país deste bloco e de maior influência é a China.

África

Continente com aproximadamente 30,27 quilômetros de extensão, localizado entre o hemisfério


norte e sul do planeta terra, com população estimada em 820 milhões de habitantes, um continente
subdesenvolvido, com um índice elevado de miséria, pobreza e necessidades básicas. Sua produção
econômica é predominantemente agrícola, voltada para a produção familiar e pastoril e a extração mineral,
como a produção de ouro e diamante.

No norte e sul do continente predomina o clima mediterrâneo e na região central o clima equatorial.
O relevo é montanhoso na região norte do continente, também encontra-se o deserto do Saara, planaltos na
região central, a região leste apresenta uma maior diversidade, com vales, altas montanhas e depressões.
O principal bloco econômico da região é o SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral).

Oceania

Possui uma área de 8,4 milhões km² sendo o menor continente em extensão da terra, está presente
nos dois hemisférios sul e norte, o mais populoso e desenvolvido país deste continente é a Austrália, com
população estimada de 32 milhões de habitantes, a maioria dos moradores, aproximadamente 75% da
população, residem em áreas urbanas.

A economia é diversificada em sentido econômico, os países mais desenvolvidos (Austrália e Nova


Zelândia) destacam-se pela produção industrializada e o desenvolvimento tecnológico, os demais países
possuem economia predominantemente agrícola. Os climas de maior abrangência neste continente são
desértico e tropical.

Nota:

BRICS: composto por Brasil, Rússia, Índia, China e Africa do Sul, acordo comerciail entre os principais
países emergentes do mundo, com finalidade de ajuda mutua entre ambos e fortalecimento comercial.

Alca: Área de livre comércio das Américas, criada em 1994 assinada por 34 países da América, tem por
objetivo eliminar as barreiras alfandegárias entre os países.

FMI: fundo monetário internacional, criada por alguns países membros da ONU, no período pós-segunda
guerra mundial, com objetivo de reconstruir o sistema monetário internacional.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS:

21 – (CPMP 2012) As afirmativas a seguir se referem aos aspectos do processo de integração nas
diferentes fases de formação de um bloco econômico. Analise-as.

I - A Zona de Livre Comércio corresponde à fase em que as tarifas alfandegárias são reduzidas ou mesmo
eliminadas e as mercadorias produzidas no âmbito dos países, que compõem essa Zona, circulam
livremente de um país para outro e para o exterior.

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II - Na fase da União Aduaneira as mercadorias, produzidas no âmbito do bloco, circulam livremente de um


país para outro, incluindo para com o comércio com os países que não formam o bloco. Essa fase é
caracterizada, também, pela livre circulação de pessoas.

III - No Mercado Comum, além do livre comércio de mercadorias entre os países membros do bloco e da
existência de uma TEC para o comércio com países de fora, ocorre a existência, no bloco, da livre
circulação de pessoas, de serviços e de capitais.

IV - Na fase da União Monetária o bloco tem características da fase de Mercado Comum, somando-se a
essas uma unificação institucional do controle do fluxo monetário, sendo estabelecida uma moeda única.

(a) I e II são corretas


(b) II e III são corretas
(c) I e IV são corretas
(d) III e IV são corretas

22 - (Fgv) Em junho de 1947, o governo dos EUA passou a implementar um projeto de reconstrução da
Europa denominado Plano Marshall. Qual dos tópicos a seguir NÃO é uma causa desse plano:

a) o temor trazido pela criação do Mercado Comum Europeu (MCE);

b) o deslocamento do controle do capitalismo da Europa para os EUA e sua crescente influência sobre os
países europeus;

c) a necessidade que a Europa tinha de reunir recursos para pagar o seu principal credor, os EUA, que lhe
forneceram desde alimentos até materiais bélicos durante a II Guerra Mundial;

d) a necessidade de se reconstruírem as cidades e de recuperarem a indústria e a agropecuária européia,


devastadas durante a II Grande Guerra;

e) o interesse que os Estados Unidos tinham em fortalecer a ordem capitalista na Europa Ocidental e,
assim, impedir a expansão do socialismo no continente.

23 - (Fatec) "É lógico que os EUA devem fazer o que lhes for possível para ajudar a promover o retorno ao
poder econômico normal do mundo, sem o que não pode haver estabilidade política nem garantia de Paz."
(Plano Marshall - 5.VI.1947)

O Plano Marshall se constituiu


a) na principal meta da política externa norte-americana, que era pacificar o Extremo Oriente.
b) num projeto de ajuda industrial aos países da América Latina.
c) num importante instrumento de expansão do comunismo na Europa.
d) na definição da política externa isolacionista dos EUA, paralela à montagem do complexo industrial
militar.
e) num dos meios de penetração dos capitais norte-americanos nas economias européias.

24 - (FMU-SP) O Pacto de Varsóvia, criado em 1955 e extinto em 1991, teve como principal objetivo:

a) Reunir os países socialistas como a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental contra a OTAN.
b) Consolidar a influência soviética sobre os países da Europa Oriental.
c) Conter a influência soviética sobre os países da Europa Oriental.
d) Consolidar a influência socialista na Europa Ocidental.

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e) Consolidar a influência capitalista na Europa Oriental

25 - (Enem) Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética não
foram um período homogêneo único na história do mundo. [...] Dividem-se em duas metades, tendo como
divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período foi reunida sob um padrão
único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da União Soviética.
HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
O período citado no texto e conhecido por Guerra Fria pode ser definido como aquele momento histórico em
que houve:

a) corrida armamentista entre as potências imperialistas europeias ocasionando a Primeira Guerra Mundial.

b) domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte.

c) choque ideológico entre a Alemanha Nazista/União Soviética Stalinista, durante os anos 1930.

d) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais, como a China e
o Japão.

e) constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial.

26 - Quais os dois blocos militares que se formaram durante a Guerra Fria e quais países os lideraram?

A - OTAN -Organização do Tratado do Atlântico Norte (liderada pelos Estados Unidos) e Pacto de Varsóvia
(liderada pela União Soviética).

B - OTAN -Organização do Tratado do Atlântico Norte (liderada pelos Estados Unidos) e Benelux (liderada
pela Bélgica).

C - Pacto de Varsóvia (liderada pela União Soviética) e Tríplice Aliança (liderada pela Alemanha)

D - Tríplice Entente (liderada pelo Reino Unido) e OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte
(liderada pelos Estados Unidos).

27 - [UNIR] Em relação às características geográficas do continente americano, assinale a assertiva correta.


a) A América do Norte compreende países situados inteiramente na zona tropical norte, tais como o Alaska e
a Groenlândia que apresentam altas densidades demográficas.

b) O México, país localizado na América do Norte, apresenta poucos contrastes regionais e de renda. Após
sua entrada no Mercosul, ocorreu a redução migratória e a geração de empregos na indústria e no
comércio.

c) A América Central compreende o istmo e a região caribenha dividida em Grandes Antilhas, Pequenas
Antilhas e Bahamas. A agricultura tem grande importância para sua economia, principalmente o café, a
banana e o algodão.

d) A Bolívia, país localizado na América do Sul, possui na porção centro-oriental a Província da Patagônia,
fria e seca, onde se produz vinhos tintos de qualidade que, devido ao amplo mercado externo, mantêm sua
economia equilibrada.

28 - [FUVEST] Os chamados "Paraísos Fiscais"


(a) constituem-se em enclaves financeiros da economia mundial, nos quais se realizam operações
privilegiadas de movimentação do capital financeiro, como é o caso das ilhas Cayman e Bahamas, no
Caribe.

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(b) são lugares, cujas políticas de desenvolvimento nacional atraem fluxos financeiros originários do tráfico
ilegal de drogas e de armas, e que se localizam nas ilhas de Cali e Medellín, na Colômbia.
(c) contribuem para injetar, na economia mundial, dinheiro proveniente do tráfico ilegal de drogas e situam-
se em Cali e Medellín, na Colômbia.

(d) são lugares que não adotam estratégias de atração de dinheiro "sujo" como política de Estado e que se
localizam nas ilhas Cayman e Bahamas, no Caribe.

(e) são centros mundiais de "lavagem" de dinheiro de origem ilegal e podem ser encontrados no istmo do
Panamá, na bacia do Caribe e no Havaí.

Para Treinar em casa

14 - (UDESC) A União Europeia é formada por 27 países que foram aderindo aos poucos aos países
fundadores: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Holanda. Essa organização tem por objetivo
propiciar a cooperação econômica e política dos seus membros. Analise as afirmativas que apresentam os
objetivos da União Europeia.

I – Integrar as políticas relativas ao sistema judiciário e aos impostos sobre importação e exportação;

II – Aperfeiçoar as condições de livre comércio entre os países-membros;

III – Reduzir as desigualdades sociais e econômicas entre as regiões;

IV – Fomentar o desenvolvimento econômico dos países em fase de crescimento.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
d) Somente a afirmativa III é verdadeira.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

15 - PUC-RIO.
"O continente condenado”
“África em chamas"

As manchetes que atualmente são publicadas sobre a África, como as apresentadas acima, expressam o
trágico quadro socioeconômico desse continente. Assinale a opção que NÃO inclui um aspecto desse
quadro.

a) A baixa expectativa de vida de grande parte da população.


b) O número significativo de africanos contaminados com a AIDS.
c) Os conflitos e guerras tribais envolvendo nações africanas.
d) As guerras civis estimuladas pelas potências imperialistas europeias.
e) O contingente de africanos fora de seus países de origem, em busca de trabalho.

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16 - (UNESP) O termo “africanização” designa países que, mesmo não pertencendo ao continente africano,
apresentam as seguintes características: fome crônica, elevada dependência de ajuda humana externa e
mortalidade causada por doenças já erradicadas na maioria dos países.

Assinale a alternativa que contém todos os países que se enquadram nessa classificação.

a) Somália, Ruanda, Turquia, Bangladesh, Haiti.


b) Etiópia, Somália, Bangladesh, Haiti, Ruanda.
c) Etiópia, Somália, Ruanda, Moçambique, México.
d) Bangladesh, Haiti, Colômbia, Etiópia, Somália.
e) Moçambique, Ruanda, Panamá, Somália, Haiti.

17 - (MACK) O Japão tem necessidade de importar a maior parte das matérias-primas, determinando o
intenso movimento comercial com diversos países. O Brasil exporta para esse país grandes quantidades de:

a) urânio
b) bauxita
c) ferro
d) cobre
e) carvão

18 - (DF-CE) Entre os países mencionados abaixo, qual apresenta o maior número de habitantes por
quilômetros quadrados?

a) Rússia
b) Romênia
c) Brasil
d) Japão
e) Estados Unido

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História

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AULA 1
História Antiga

OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

1 - (UFPI 2008) As afirmativas a seguir estão relacionadas com os povos gregos na Antiguidade.

1 - Os atenienses criaram a democracia como forma de governo. Dessa prática política, estavam excluídos
de participação as mulheres, os estrangeiros e os escravos.

2 - Os atenienses construíram no século V a.C. um vasto império que controlava a Grécia, o Egito, a
Palestina e a Babilônia.

3 - A cidade de Esparta tinha uma estrutura social rígida e dividia-se em: espartanos, classe privilegiada; os
periecos, que se dedicavam ao comércio e os hilotas, pessoas que assumiam a função de servos.

4 - Os atenienses, durante as Guerras Médicas, venceram os espartanos e, em seguida, fizeram a


unificação de todas as cidades-estado gregas.

Estão corretas as afirmativas da alternativa:


a) 1 e 3
b) 1, 3 e 4
c) 3 e 4
d) 2 e 3
e) 1 e 2

Idade da pedra
Período em que o ser humano depende do uso da pedra para sua sobrevivência, é onde ocorre a
construção dos primeiros objetos utilizados pelo homem, datados aproximadamente de 2 milhões de anos
atrás. Acredita-se que o homem vivia no continente africano.
Um dos principais acontecimentos deste período foi a descoberta do fogo, o qual era utilizado para
cozinhar os alimentos e espantar alguns predadores. O ser humano começa a transição do modelo de vida
nômade para o sedentário. A idade da pedra é dividida em quatro partes Eolítico, Paleolítico (idade da pedra
lascada), Mesolítico e Neolítico (idade da pedra polida).

Nota: Nômades: Primeira organização social conhecida, viviam em grupos mas não habitavam um
território único, migravam entre várias regiões a procura de água e comida, o meio ambiente
condicionava a forma de vida dos nômades (atualmente ainda existem alguns povos que vivem desta
forma, podemos citar: ciganos e os beduínos árabes.)
Primeiras Cidades: As primeiras formas de organização de povos em formas do que podemos denominar
de cidades, nos remete há aproximadamente 10 mil anos, com a revolução do neolítico onde houve a
invenção da agricultura. Os primeiros povos eram situados nas margens dos rios Tigres e Eufrates, há
O surgimento da escrita e o avanço das formas de comunicação humana culminariam no fim do
cerca de 5 mil anos, região denominada Mesopotâmia.
Mesopotâmia: O Significado de Mesopotâmia quer dizer terra entre dois rios, primeira cidade que temos
conhecimento, fica entre os rios Tigres e Eufrates, uma área de planície que favorecia a agricultura, clima
agradável, uma área extensa e abundante em água. Hoje os rios da Mesopotâmia percorrem os países
da Síria, Turquia e Iraque.

Período Neolítico e, consequentemente, o fim da Idade da Pedra, possibilitando registros mais


específicos da evolução do homem. Tem início a Era Antiga, de onde floresceram as primeiras civilizações
do Egito e da Grécia.

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Teve inicio as primeiras formas de viver nos moldes sedentários, ou seja, não precisavam ir em
busca do alimento e água, os mesmos eram obtidos na área que abrigavam, através do desenvolvimento da
agricultura, pecuária e pesca.
Desta forma foi possível exercer novas atividades, como construção de templos, plantar diversos
tipos de alimentos, estocar comida, criação de ferramentas para facilitar o trabalho e novas práticas como:
governo, costureiros, sapateiros, pedreiros e o exercito, e é nesse mesmo período que surge o comércio.
Com o “sucesso” do surgimento deste “novo” tipo de organização social, houve uma atratividade
para que diversos povos ocupassem estas áreas, com destaque para os Sumérios, que foram responsáveis
pela construção de diversas cidades como Nipur, Ur e Uruk. São conhecidos pela invenção da escrita, pela
primeira forma de contar, e com o excedente da produtividade de alimentos surgiu o comércio, realizavam
trocas com outros povos.

Babilônia
Maior império já conhecido da idade antiga. Ocorre o surgimento das primeiras leis, código de
Hamurábi. O rei Nabucodonosor, que viveu em aproximadamente 600 a.c, conquistou a independência da
Babilônia, também construiu uma das sete maravilhas do mundo antigo, conhecidas pelos jardins suspenso
da babilônia. Os babilônios são considerados os inventores da astrologia, responsáveis por denominar os 7
dias de uma semana que são conhecidos até hoje.

Grécia
A Grécia destaca-se como o centro da democracia na antiguidade. Tudo era debatido para que essa
democracia fosse respeitada, as cidades não deveriam ultrapassar o número de 25 mil habitantes, para que
todos os habitantes pudessem participar dos debates. Eram vistas como pequenos Estados ou Polis.
O estudo da história começou com a sociedade grega, os primeiros estudos de carácter medicinais
e a própria medicina surgiu na Grécia, com ênfase para Hipócrates. Houve a criação dos jogos olímpicos
em homenagem a Zeus. Grécia foi uma das principais sociedades de toda a história responsável por
grandes invenções, que contribuíram para a evolução da sociedade de maneira geral.
São duas as principais cidades que correspondem à
formação do estado Grego, Atenas e Esparta. Atenas era a
capital grega, destacou-se por seu desenvolvimento artístico e
cultural de seus habitantes, com grande ênfase à evolução
intelectual de seu povo, destacaram-se também na arquitetura,
com vários templos erguidos em homenagem aos deuses,
principalmente para a deusa Atena, protetora da cidade. Sua
democracia favorecia apenas os cidadãos homens, nascidos em
Atenas e que fossem maiores de idade, estes possuíam direito
de participar ativamente da magistratura.
Esparta destacava-se pelo seu grande poder militar,
toda estruturação da sociedade espartana era em prol ao militarismo, os espartanos sempre buscavam a
ampliação do seu território e a conquista de novas áreas por meio da força e guerra. Houve uma guerra
entre Esparta e Atenas, onde os espartanos foram vencedores e assim dominaram o território grego, este
conflito foi denominado de guerra do Peloponeso. A Grécia foi dominada pelos macedônios assim seus
tempos de glória findaram.

Roma
Roma organizava de forma desigual sua sociedade, havia muita tensão entre as classes sociais
romanas gerando vários conflitos e revoltas, a divisão social era a seguinte: Plebeus: formavam a maioria
da sociedade romana. A Plebe era composta por pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores
livres, possuíam poucos direitos políticos e de participação na vida religiosa romana. Os irmãos Tibério e
Caio Graco foram dois tribunos da plebe que lutaram pela redistribuição das terras do Estado (ager
publicus) entre todos os cidadãos romanos. Patrícios: descendentes das primeiras famílias que povoaram
Roma eram proprietários de terras e ocupavam importantes cargos públicos. Considerados cidadãos
romanos, possuíam muita riqueza e escravos. No topo da pirâmide social romana, compunham a minoria da
população. Clientes, embora fossem livres, os clientes viviam subordinados aos patrícios, existia uma forte
relação de dependência. Esta classe era formada por estrangeiros e refugiados de baixas condições
econômicas. Tinham ajuda econômica e jurídica dos patrícios, porém lhes deviam ajuda em trabalhos e
questões militares.
Os escravos não continham nenhum direito social, eram em grande parte presos oriundos de
guerras e combates que roma frequentemente participava, estes escravos eram vendidos como
mercadorias para patrícios e plebeus e não recebiam nenhum pagamento pelo seu trabalho, ganhavam
comida e roupa em troca de seu trabalho, que eram as tarefas pesadas e serviços domésticos. Na época do
Império Romano, o número de escravos aumentou de forma extraordinária. Libertos: ex-escravos que

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obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por abandono ou até mesmo pela compra
própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex dono.
A expansão de Roma ocorreu por meio de guerras, conquistando localidades da Europa e África.
Essa época foi marcada pela utilização do mar mediterrâneo, surgimento dos latifúndios, êxodo rural,
comercialização através de expedições marítimas, lutas entre gladiadores e perseguição aos cristãos,
guerras civis, entre plebe e patrícios. Pode ser dividida em
dois momentos históricos; Alto império: momento glorioso
de roma: gladiadores, perseguição dos cristãos, política de
pão e circo. Baixo império: crise, abolição da escravatura,
e não expansão territorial, exército exclusivo para defesa,
aumento de impostos, ocasionando o êxodo urbano.
Os romanos produziam
regiões, exerciam seu poder de guerra e conquistaram
várias regiões próximas, como a Grécia, e estendeu seu
império por grande parte da Europa.
A primeira forma
patrícios que debatiam sobre leis e regulamentação das
mesmas no território romano. Existia o imperador, mas
este também dependia dos senadores romanos.
Existiam inúmeros espetáculos como atração cultural em Roma, destacava-se os grandes
espetáculos com lutas de gladiadores.
Os donos das terras forneciam uma parte de sua terra para os plebeus em troca de seu trabalho.
Nesse período a religião cristã avança em todo território romano, com a oficialização do cristianismo nos
anos de 395 d.c., esta passa a ser a religião oficial do estado, originando a igreja católica. O imperador
Teodósio realiza a reforma administrativa, divide o império em duas partes: Oriental leste, capital
Constantinopla e Ocidental oeste, capital Roma. Em 476 d.c ocorreu a queda oficial do império romano,
evolução dos governos bárbaros e início da idade média.

Egito
Desenvolveu-se na região nordeste do continente africano, entre 3.200 a.C e 32 d.C. No Egito o
faraó era a autoridade máxima, considerado um semideus. A
economia era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por
camponeses, artesões e pequenos comerciantes. A sociedade era
formada por sacerdotes, militares, escribas (responsáveis pela
escrita). Os escravos também faziam parte da sociedade egípcia,
trabalhavam muito e não ganhavam nada em troca do seu trabalho
além de água e comida. A crença no pós- morte era forte, e eles
criaram várias técnicas de mumificação para conservar os mortos para
a além-vida. As pirâmides eram os túmulos dos faraós. Somente na
sexta dinastia os sacerdotes se diferenciaram na casta estatal,
elevando seu status social e recebendo uma hierarquia. Por volta de 2150 começa a decadência do império
egípcio.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS:

1) (Fatec) "A cidade-estado era um objeto mais digno de devoção do que os deuses do Olimpo, feitos à
imagem de bárbaros humanos. A personalidade humana, quando emancipada, sofre se não encontra um
objeto mais ou menos digno de sua devoção, fora de si mesma. ("Toynbee, Arnold J. HELENISMO,
HISTÓRIA DE UMA CIVILIZAÇÃO)
Na antiguidade clássica, as cidades-estados representavam
a) uma forma de garantir territorialmente a participação ampla da população na vida política grega.
b) um recurso de expansão das colônias gregas.
c) uma forma de assegurar a independência política das cidades gregas entre si.
d) uma característica da civilização helenística no sistema político grego.
e) uma instituição política helenística no sistema político grego.

2) (Fgv) A Guerra do Peloponeso (431 a.C.- 404 a.C.), que teve importância fundamental na evolução
histórica da Grécia antiga, resultou, entre outros fatores, de
a) um confronto econômico entre as cidades que formavam a Confederação de Delos.
b) um esforço da Pérsia para acabar com a influência grega na Ásia Menor.
c) um conflito entre duas ideologias: Esparta, oligárquica, e Atenas, democrática.
d) uma manobra de Esparta para aumentar a sua hegemonia marítima no mar Egeu.

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e) uma tentativa de Atenas para fracionar a Grécia em diversas cidades-estado.

3) (Fei) Atenas foi considerada o berço do regime democrático no mundo antigo. Sobre o regime
democrático ateniense, é CORRETO afirmar que:
a) Era baseado na eleição de representantes para as Assembleias Legislativas, que se reuniam uma vez
por ano na Ágora e deliberavam sobre os mais variados assuntos.
b) Apenas os homens livres eram considerados cidadãos e participavam diretamente das decisões tomadas
na Cidade Estado.
c) Os estrangeiros e mulheres maiores de 21 anos podiam participar livremente das decisões tomadas nas
assembleias da Cidade Estado.
d) Era erroneamente chamado de democrático pois negava a existência de representantes eleitos pelo
povo.
e) A inexistência de escravos em Atenas levava a uma participação quase total da população da Cidade
Estado na política.

4) (UNAERP) - Na história de Roma, o século III da era cristã é considerado o século das crises. Foi nesse
período que:
a) As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas contendas políticas, criaram um clima de
constantes agitações, promovendo desordens nas cidades.
b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exército de cidadãos proprietários de terras.
c) O império romano começou a sofrer a terrível crise do trabalho escravo, base principal de sua riqueza.
d) Os soldados perderam a confiança no Estado e tornaram-se fiéis a seus generais partilhando com eles os
espólios de guerra.
e) Os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra Civil.

5) (UEMT) O enfraquecimento das cidades gregas, após a Guerra do Peloponeso (431 – 404 a. C.),
possibilitou a conquista da Grécia pelos:
a) bizantinos
b) hititas
c) assírios
d) persas
e) macedônios

Para Treinar em Casa:

1) (OSEC) - Quanto à história de Roma, pode-se considerar que:


a) Roma conheceu apenas dois regimes políticos: a República e o Império;
b) na passagem da República para o Império, Roma deixou de ser uma democracia e transformou-se numa
oligarquia;
c) os irmãos Tibério e Caio Graco foram dois tribunos da plebe que lutaram pela redistribuição das terras do
Estado (ager publicus) entre todos os cidadãos romanos;
d) no Império Romano, todos os homens livres – os cidadãos – eram proprietários de terras;
e) no Império Romano, a base da economia era o comércio e a indústria.

2) (UDESC) - Assinale a alternativa CORRETA. As lutas que envolveram patrícios e plebeus na Roma
antiga foram motivadas principalmente:
a) pela exclusividade de participação política dos plebeus no Senado Romano;
b) pelo interesse dos patrícios em implantar na cidade o voto livre e universal;
c) pela incapacidade dos plebeus em realizar uma boa administração pública;
d) pela insistência dos patrícios em promover a paz nas fronteiras do Império;
e) pelo desejo dos plebeus em assegurar maior igualdade de direitos com os patrícios.

3) (Ufrn) O mundo grego antigo possuía certa unidade religiosa, embora fosse fragmentado politicamente.
Essa religiosidade foi, marcadamente,
a) de natureza cívica, na medida em que os cidadãos cultuavam os deuses da cidade, com celebrações
festivas e sacrifícios, nos altares a eles dedicados.
b) acessível a todas as classes sociais por ter característica familiar e monoteísta, com um deus que se
manifestava ao povo através de revelação direta e pessoal.
c) portadora de uma ética que considerava sagrado o trabalho manual dedicado às divindades, o que
permitia enfrentar a rigidez e a monotonia da vida cotidiana.
d) de caráter julgador, colocando os indivíduos a serviço das divindades e punindo os pecados daqueles
que desobedeciam aos deuses ou professavam outras religiões e outros cultos.

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e) influenciada pelas conquistas de Alexandre, o Grande pelo Oriente, que propiciou a expansão da cultura
grega em detrimento da romana.

AULA 02
OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS:

2. (UFPA) Nas relações de suserania e vassalagem dominantes durante o feudalismo europeu, é


possível observar que:
a) a servidão representou, sobretudo na França e na península Ibérica, um verdadeiro renascimento da
escravidão conforme existia na Roma imperial.
b) os suseranos leigos, formados pela grande nobreza fundiária, distinguiam juridicamente os servos que
trabalhavam nos campos dos que produziam nas cidades.
c) mesmo dispondo de grandes propriedades territoriais, os suseranos eclesiásticos não mantinham a
servidão nos seus domínios, mas sim o trabalho livre.
d) o sistema de impostos incidia de forma pesada sobre os servos. O imposto da mão morta, por
exemplo, era pago pelos herdeiros de um servo que morria para que continuassem nas terras
pertencentes ao suserano.
e) as principais instituições sociais que sustentavam as relações entre senhores e servos eram de
origem muçulmana, oriundos da longa presença árabe na Europa Ocidental.

Idade Média

A idade média iniciou em meados do século V (476 d. C.) na Europa com as invasões germânicas,
sobre o Império Romano do Ocidente. Essa Idade se caracterizou pela supremacia da igreja católica,
economia ruralizada, enfraquecimento comercial , sociedade hierarquizada e o sistema de produção feudal.
Esta época se estendeu até o século XV (1453 d.C.) com a
retomada comercial. A queda do Império Romano do Ocidente
foi ocasionada pelas levas de invasões bárbaras em seu
território, que passaram a fazer sua própria organização social
e política.
Nesse tempo os europeus viveram em sua maioria no
campo, restritos a propriedades onde buscavam sua auto-
suficiência. A sociedade era totalmente hierarquizada e
movida pela crença em Deus e pelo controle da igreja católica.
O poder político era descentralizado, estando nas mãos de
inúmeros senhores da terra.
Pesquisadores chamam essa época de Idade das
Trevas, devido suas características, afirmam que o período medieval soterrou o conhecimento produzido
por gregos e romanos, como os estudos de fenômenos naturais e sociais por meio de observação, que
foram substituídos pelo misticismo religioso.

O Inicio do feudalismo

Durante séculos o Império Romano dominou grande parte da Europa. Devido à dificuldade em
proteger suas fronteiras, o Império Romano começou a ser invadido por diversos povos, em sua maioria de
origem germânica.
No século IV, os hunos, que viviam na Ásia Central, invadiram a Europa e começaram a percorrer o
território ocupado pelos germânicos, obrigando-os a buscar refúgio dentro das fronteiras romanas. Com o
aumento do número de saques e invasões a cidades, muitas famílias buscaram refúgio no campo, onde
consideravam mais seguro, iniciando o processo de ruralização em toda Europa ocidental.

O Feudo

Era a unidade de produção do mundo medieval e onde ocorria a maior parte das relações sociais.
Além da terra, o senhor do feudo possuía riqueza em espécie e o direito de cobrar impostos de seu
território. O feudo era cedido por um poderoso senhor a um nobre em troca de serviços e obrigações,
prevalecendo então, as relações de vassalagem e suserania.

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O suserano era quem cedia um lote de terra ao vassalo, sendo que este deveria prestar fidelidade e
trabalho, em troca de proteção e lugar no sistema de produção. Todos os poderes (jurídico, econômico e
político) concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos das terras.

Sociedade Medieval

A sociedade medieval era dividida entre: Nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes,
duques, viscondes), detentora de terras e arrecadava impostos de camponeses; Clero (membros da igreja
católica), detentor de grande poder, isentos de impostos, arrecadavam dízimo e eram responsáveis pela
proteção espiritual da sociedade; E por fim os servos (camponeses) e pequenos artesãos. Estes eram
obrigados a pagar várias taxas aos senhores feudais, como: corveia (trabalho de 4 dias nas terras do
senhor feudal), talha (metade da produção), banalidades (taxas por utilização de moinhos e fornos).

Economia feudal

A economia baseava-se na agricultura. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na


economia feudal, sendo as moedas pouco utilizadas. O feudo era a base econômica da Idade Média, quem
tinha a terra, consequentemente tinha mais poder.

Educação, cultura e arte

Grande parte da população na época era analfabeta, a educação era um privilégio dos filhos da
nobreza, eles aprendiam táticas de guerra, latim e doutrinas religiosas. A arte e a cultura medieval sofreram
forte influência da igreja católica. As pinturas retratavam passagens da bíblia e ensinamentos religiosos. Na
cultura, a arquitetura destacou-se pelas construções de castelos, igrejas e catedrais. Na filosofia teve
destaque a escolástica (linha filosófica de base cristã), representada pelo padre dominicano São Tomás de
Aquino.

Guerras Medievais

Dentre as guerras e revoltas mais conhecidas estão As Cruzadas, onde por volta do século XI, os
muçulmanos conquistaram a cidade de Jerusalém. Com isso, o padre Urbano II convocou a Primeira
Cruzada, para expulsar os ‘’infiéis’’ (árabes) da Terra Santa. Essa batalha durou aproximadamente dois
séculos.
Ao mesmo tempo que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam caráter
econômico. As Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII, após
as Cruzadas o mar Mediterrâneo foi aberto para o comércio.

Renascimento comercial e urbano

Quando os cavaleiros retornavam das cruzadas, saqueavam cidades no oriente. Os objetos


advindos desses saques eram comercializados no caminho, devido a isto, surgiram rotas comerciais e feiras
medievais. A partir daí, surgiu uma nova camada social: a burguesia, que enriqueceram e trouxeram uma
nova dinâmica para economia no final da Idade Média, dedicados ao comércio. Os burgueses necessitavam
de segurança, com isso, construíram habitações protegidas por muros, nascendo assim os burgos, que
mais tarde deram origem a várias cidades.
As cidades significavam melhores oportunidades de trabalho. Ocorria então o êxodo rural, onde
muitos habitantes da zona rural deixaram o campo para buscar novas oportunidades nas cidades europeias.
Com a diminuição dos trabalhadores rurais, os senhores feudais tiveram que alterar as obrigações dos
servos, diminuindo as taxas e impostos. Em alguns casos chegaram a oferecer pequenas remunerações.
Esta impactante mudança transformou as relações de trabalho no campo, desintegrando o sistema feudal
de produção.
Com o aquecimento do comércio, surgiram novas atividades, como os cambistas (trocavam
moedas) e os banqueiros (guardavam o dinheiro e faziam empréstimos). Essa nova camada social,
começou a se preocupar com a aquisição de conhecimento, criando várias universidades na Europa, nos
séculos XII e XIII, dedicando aos conhecimentos medicinais, matemáticos, teológicos e jurídicos.

Absolutismo

É possível definir o absolutismo como um sistema político e administrativo que prevaleceu nos
países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XV ao XVIII). No final da Idade Média (séculos XIV

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e XV), ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia comercial favoreceu muito
este processo, pois interessava a ela um governo forte e eficiente para organizar a sociedade. Portanto, a
burguesia concedeu apoio político e financeiro à nobreza, que em troca, criou um sistema administrativo
eficiente, unificando moedas, impostos e melhorando a segurança em seus reinos.
O rei concentrava todos os poderes, criava as leis de acordo com o que achava adequado, sem
consulta prévia a sociedade ou algum tipo de parlamento. Criava impostos de acordo com sua necessidade,
interesses políticos e econômicos, chegava até mesmo a controlar a ação do clero. Todos os luxos e gastos
da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente, pela população mais carente e
desfavorecida. Os reis usavam da força e da violência de seus exércitos para reprimir, prender ou até
mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas pela nobreza.

Nota: Reis deste período:

 Henrique VIII - Dinastia Tudor : governou a Inglaterra no século XVII

 Elizabeth I - Dinastia Stuart - rainha da Inglaterra no século XVII

 Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e
1715, foi o mais tirano e um dos principais responsáveis pelo acontecimento da revolução
francesa.

 Fernando e Isabel - governaram a Espanha no século XVI.

Intelectuais da época:

 Jacques Bossuet: para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto,
todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes.

 Nicolau Maquiavel: defendia o poder dos reis. De acordo com as ideias deste autor, o governante
poderia fazer qualquer coisa em seu reino para manter a ordem. De acordo com o pensador, o
rei poderia usar até mesmo de sua força e poder para atingir seus objetivos. É deste teórico a
famosa frase : " Os fins justificam os meios."

 Thomas Hobbes: Este pensador inglês, autor do livro " O Leviatã ", defendia a ideia de que o rei
salvou a civilização da barbárie e, portanto, por meio de um contrato social, a população deveria
ceder ao Estado todos os poderes.

Mercantilismo

O mercantilismo era a política econômica ocorrente na Europa durante o Antigo Regime (governo
absolutista), o objetivo principal deste tipo de governo era alcançar o maior desenvolvimento econômico
possível, por meio do acúmulo de riquezas, bens e colônias. Quanto mais riquezas um reino possuísse,
maior seria sua glória, fama, prestígio e respeito internacional. As principais características deste período
econômico foram: metalismo (acúmulo de minerais que possuíssem valor econômico), começo da
industrialização, protecionismo alfandegário, pacto colonial (as colônias europeias deveriam fazer comércio
apenas com suas metrópoles) e a balança comercial favorável.

Expansão Marítima Europeia:

Teve inicio no século XV, com a liderança dos portugueses e espanhóis, os europeus começam um
processo de intensa globalização, a chamada Expansão Marítima. Este fato também é conhecido como as
Grandes Navegações e tendo como principais objetivos: a obtenção de riquezas (atividades comerciais)
tanto pela exploração da terra (minerais e vegetais) quanto pela submissão de outros seres humanos ao
trabalho escravo (indígenas e africanos), tinham como pretensão a expansão territorial e a difusão do
cristianismo (catolicismo) para outras civilizações.
Portugal foi o primeiro país que se destacou nas navegações dos séculos XV e XVI. Esse
pioneirismo só foi possível por: investimento de capital oriundo da burguesia e da nobreza (interessados na
arrecadação de capital por parte deste negócio), boa qualidade de suas caravelas (superiores à de outras
nações) e a preocupação com o desenvolvimento dos estudos náuticos. Foi durante essa época que

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Portugal chegou ao Brasil, em 1500, quando Pedro Álvares Cabral, antes de seguir até a Índia, descobriu o
Brasil. Portugal também acabou em disputa com a Espanha, pelas terras da América.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS:


.
6) (UNIP) Sobre o feudalismo, assinale a alternativa correta:
a) A economia era dinâmica, monetária e voltada para o mercado.
b) A sociedade era móvel, permitindo a ascensão social.
c) O poder político estava centralizado nas mãos de um monarca absolutista;
d) A mão-de-obra básica era formada por trabalhadores escravos.
e) As principais obrigações devidas pelos trabalhadores eram a corveia e a talha.

7) (UFRN) Os acontecimentos abaixo constituem as características principais do feudalismo, exceto:


a) Ausência de poder centralizado.
b) As cidades perdem sua função econômica.
c) Instauração da relação vassalagem / suserania.
d) Comércio internacional intenso.
e) Organização do trabalho com base na servidão.

8) (PUC) A característica marcante do feudalismo, sob o ponto de vista político, foi o enfraquecimento do
Estado enquanto instituição, porque:
a) a inexistência de um governo central forte contribuiu para a decadência e o empobrecimento da nobreza;
b) a prática do enfeudamento acabou por ampliar os feudos, enfraquecendo o poder político dos senhores;
c) a soberania estava vinculada a laços de ordem pessoal, tais como a fidelidade e a lealdade ao suserano;
d) a proteção pessoal dada pelo senhor feudal a seus súditos onerava-lhe as rendas;
e) a competência política para centralizar o poder, reservada ao rei, advinha da origem divina da monarquia.

9) (Fgv) As principais características do feudalismo eram:


a) Sociedade de ordens, economia levemente industrial, unificação política e mentalidade impregnada pela
religiosidade.
b) Sociedade estamental, economia tipicamente artesanal, organização política descentralizada e
mentalidade marcada pela ausência do cristianismo.
c) Sociedade de ordens, economia terciária e competitiva, centralização política e mentalidade hedonista.
d) Sociedade de ordens, economia agrária e auto-suficiente, fragmentação política e mentalidade
fortemente influenciada pela religiosidade.
e) Sociedade estamental, economia voltada para o mercado externo, fragmentação política e ausência de
mentalidade religiosa.

10) (USS) "Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica do país, próximo às
ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia da época, era importante contar com correntes
marítimas favoráveis, e elas começavam exatamente nos portos portugueses... Mas há outros fatores da
história portuguesa tão ou mais importantes."
Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação portuguesa na expansão marítima e
comercial europeia, além da posição geográfica:
a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de Portugal, já visava tanto à expansão
econômica quanto à religiosa, que a expansão marítima iria concretizar.
b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise
do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católica,
maior cristianização dos "povos bárbaros".
c) O pioneirismo português  deve-se mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásticas, do
que a fatores próprios do processo histórico, econômico, político e social de Portugal.
d) Desde o seu início, a expansão marítima, embora contasse com o apoio entusiasmado do grupo
mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram
perdulários.
e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia manteve a independência de Portugal,
centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na expansão.

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Para Treinar em Casa

5) (Mackenzie) "As grandes mudanças que se verificam na arte náutica durante a segunda metade do
século XV levam a crer na possibilidade de chegar-se, contornando o continente africano, às terras do
Oriente. Não se pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses países de fábula
presidissem as navegações do período henriquino, animada por objetivos estritamente mercantis. (...) Com
a expedição de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) Da mesma viagem
procede o primeiro ouro em pó, ainda que escasso, resgatado naquelas partes. O marfim, cujo comércio se
achava até então em mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo os barcos lusitanos, por volta
de 1447." (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos descobrimentos portugueses.)
Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho acima:
a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois, por portugueses, revela o grande anseio
dos navegadores ibéricos por chegar às riquezas do Oriente através de uma rota pelo Ocidente.
b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta para o Oriente através do Atlântico, visto
que lhes bastavam as riquezas alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e escravos.
c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse para os portugueses, algo cada vez mais
realizável em razão dos avanços técnicos, foi a exploração comercial da costa africana o que, de fato,
impulsionou as viagens do período.
d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram motivadas, acima de tudo, pelo exotismo
fabuloso do Oriente; secundariamente, contudo, dedicavam-se os portugueses ao comércio de escravos,
ouro e marfim, sobretudo na costa africana.
e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos técnicos na arte náutica permitiram aos
portugueses chegar ao Oriente contornando o continente africano.

6- (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos
afirmar que:
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a
manutenção do empreendimento.
b) a conquista da Baía de Arguim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle sobre
importantíssima rota comercial intra-africana.
c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de
abastecimento de escravos para o mercado europeu.
d) o domínio português de Piro e Sidon e o consequente monopólio de especiarias do Oriente Próximo
tornaram desinteressante a conquista da Índia.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos
escravos, tanto nos portos africanos quanto nas praças brasileiras.

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AULA 03
OBSERVANDO SEUS CONHECIMENTOS

3- (UEL) O Renascimento, amplo movimento artístico, literário e científico, expandiu-se da Península


Itálica por quase toda a Europa, provocando transformações na sociedade. Sobre o tema, é correto
afirmar que:
a) o racionalismo renascentista reforçou o princípio da autoridade da ciência teológica e da tradição
medieval.
b) houve o resgate, pelos intelectuais renascentistas, dos ideais medievais ligados aos dogmas do
catolicismo, sobretudo da concepção teocêntrica de mundo.
c) nesse período, reafirmou-se a ideia de homem cidadão, que terminou por enfraquecer os sentimentos
de identidade nacional e cultural, os quais contribuíram para o fim das monarquias absolutas.
d) o humanismo pregou a determinação das ações humanas pelo divino e negou que o homem tivesse a
capacidade de agir sobre o mundo, transformando-o de acordo com sua vontade e interesse.
e) os estudiosos do período buscaram apoio no método experimental e na reflexão racional, valorizando
a natureza e o ser humano.

Renascimento Cultural

O Renascimento Cultural foi um movimento que teve seu início na Itália no século XIV e se
expandiu por toda a Europa até o século XVI. Os artistas, escritores e pensadores renascentistas
expressavam em suas obras os valores, ideais e nova visão do mundo, de uma sociedade que emergia da
crise do período medieval. Na Idade Média, grande parte da produção intelectual e artística estava ligada à
igreja católica. Neste período começa a surgir o humanismo cristão; importância igual para o teocentrismo e
o racionalismo, o pensamento torna-se mais racional, baseado no uso da razão e menos na crença
religiosa.
O Renascimento teve sua origem na península Itálica, que era o centro do comércio mediterrâneo.
Com a economia dinâmica e rica, os excedentes eram investidos em produção cultural. A burguesia oriunda
das camadas marginais da sociedade medieval tornaram-se mecenas, investindo em palácios, catedrais,
esculturas e pinturas, buscando aproximar seu estilo de vida ao da nobreza.
A Itália era favorecida pelo extenso número de obras da Antiguidade, que inspirou os artistas do
movimento renascentista. A literatura e o pensamento da Antiguidade greco- romana serviram de referência
para os escritores e artistas renascentistas e contribuíram para a formação de seus ideais e construção de
seu pensamento ideológico.
Esta importante etapa histórica predominou no Ocidente entre os séculos XV e XVI, principalmente
na Itália, centro irradiador desta revolução nas artes, na literatura, na política, na religião, nos aspectos
socioculturais.
Deste polo cultural o Renascimento se propagou pela Europa, especialmente pela Inglaterra,
Alemanha, Países Baixos e com menos ênfase em Portugal e Espanha, é considerado o período de
transição entre idade média e moderna.

Reforma Religiosa

Movimento que rompeu a unidade do Cristianismo centrado pela Igreja de Roma. Esse movimento é
um dos responsáveis por grandes transformações econômicas, sociais, culturais e políticas ocorridas na
Europa nos séculos XV e XVI, que teve como consequência o enfraquecimento da Igreja, permitindo o
aparecimento de novas doutrinas do segmento religioso. A Igreja estava em crise, a burguesia crescia de
forma densificada, o nacionalismo desenvolvia-se nos Estados modernos e o Renascimento Cultural
despertava a liberdade de crítica, expressão e a participação mais efetiva da população. O aumento
populacional somado às transformações que vêm junto com esse aumento acarretou em um baque entre a
Igreja e essas transformações. Os intelectuais das cidades passaram a criar hipóteses, a ter ideias, os

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problemas que antes não existiam começam a surgir e diversos questionamentos sobre a fé do catolicismo
também. O termo “Igreja Católica” é posterior ao Concílio de Trento, uma forma de diferenciação perante os
protestantes. Antes só existia a Cristandade.
A esse movimento de divisão no cristianismo e surgimento das novas doutrinas dá-se o nome de
reforma e à reação da Igreja, realizando modificações internas e externas, de contra-reforma. Contudo, esse
movimento foi precedido por várias manifestações nos séculos anteriores, mas nenhuma delas conseguiu o
rompimento definitivo com a Igreja tradicional Romana.
Os primeiros questionamentos são referentes à questão das Indulgências (documentos assinados
pelo papa, que absolviam o comprador de alguns pecados cometidos, diminuindo o tempo de sua pena no
purgatório, era um comércio em vista da salvação).
Martinho Lutero foi um monge agostiniano, de origem pequeno-burguesa, da região da Saxônia, um
homem pessoalmente angustiado e com tendências ao misticismo. Seu rompimento com a igreja católica foi
decorrente da venda de indulgências. Para concluir a construção da Basílica de São Pedro, o papa Leão X
(1513-1521) determinou a venda de indulgências para toda a cristandade e encarregou o dominicano Tetzel
de comercializá-las na Alemanha, o que levou à revolta por parte de Lutero e posteriormente à reforma
protestante.
Os nobres da Alemanha observaram nas propostas de Lutero uma ótima oportunidade para se
apoderarem dos ricos domínios que estavam em poder da igreja católica neste país, assim, o grão-mestre
da Ordem Teutônica, uma ordem religiosa, converteu-se ao luteranismo e confiscou os bens da ordem,
outros nobres também se converteram às crenças de Martinho Lutero, como os senhores do Saxe, de
Brandemburgo e de Hesse.
Na França as reformas religiosas eram denominadas de reforma do calvino, como Lutero, partia da
salvação por meio da fé, mas suas conclusões eram bem mais radicais; o homem seria uma criatura
miserável, corrompida e cheia de pecados; somente a fé poderia salvá-lo, embora essa salvação
dependesse da vontade divina, sendo esta denominada de Predestinação.

Iluminismo
O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que
defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica, política
e dos cidadãos de maneira geral, seus ideais eram baseados na liberdade, igualdade e fraternidade,
movimento este influenciador direto da revolução francesa.
Os iluministas acreditavam que o pensamento racional
deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e
o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do
homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar
respostas para os questionamentos que, até então, eram
justificadas somente pela fé e pela crença religiosa.
O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os
pensadores e os burgueses possuíam interesses comuns. As
críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários
aspectos como: ao mercantilismo e absolutismo, ao poder
extremo da igreja, além de defenderem o antropocentrismo, o
avanço da razão e da ciência, a liberdade econômica.
As ideias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente por toda população europeia. Alguns
reis absolutistas, com medo de perder o governo, ou até mesmo suas vidas passaram a aceitar algumas
das filosofias iluministas. Os reis que possuíam afeição e tomavam algumas medidas consideradas de
caráter iluminista eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de governar
absolutista com algumas ideias de progresso dos iluministas. Alguns representantes do despotismo
esclarecido foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal.

Nota: Autores iluministas:


Jhon Locke (1632 –1704) – Criador do empirismo: demonstra que o conhecimento só pode ser
produzido por meio das experiências. Teoria da tabula rasa, defende que todos nascemos sem saber
absolutamente nada; Todo conhecer e saber, não existe se não for pela experiência; Para Locke a
natureza humana é generosa e pacífica, sendo capaz de vida comunitária; Para manter a paz, o homem
não deveria abusar de sua liberdade para prejudicar os outros;
Isaac Newton (1642-1727); Defensor das leis naturais; um dos cientistas mais importante da história,
criador das leis da física, entre elas, a lei da gravidade.
Voltaire (1694-1778): Liberdade de Expressão, criticava o clero e a Intolerância religiosa, era a favor da
Igualdade Jurídica e da Monarquia ilustrada.
Montesquieu (1689 – 1755) francês, pregava a Divisão de poderes: executivo, legislativo e judiciário;
Harmonia e autonomia entre os poderes a submissão de todos perante a lei e o equilíbrio nas relações
de poder, criticava o poder supremo dos reis.
Diberot
Página 372(1713 – 1784) dizia que o povo só será livre quando o último rei for enforcado
Auxiliarcom as tripas do
de necropsia
último padre, em critica ao sistema religioso e absolutista.
Adam Smith (1723-1790): Liberalismo econômico dizia que a economia era regida por leis naturais, não
haveria necessidade da ação do estado no trabalho.
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Despotismo Esclarecido

O despotismo esclarecido foi uma forma de governo adotada no século XVIII, como uma alternativa
para a Monarquia Absolutista que estava em crise, devido as teorias Iluministas. Desde o século XVII as
correntes iluministas ganhavam força e adeptos por toda a Europa. O Iluminismo foi um movimento
filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão sobre a visão teocêntrica que
vigorou por toda a Idade Média. Alguns monarcas sofreram influências iluministas, e realizaram algumas
reformas em seus reinos, reformas estas que contribuíram para o desenvolvimento de suas nações.
Esses monarcas ficaram conhecidos como Déspotas Esclarecidos, ou seja, como Reis Absolutos
Iluminados, seria uma mescla do absolutismo com a filosofia iluminista, esta “mistura” tinha como objetivo
impedir que iluministas tentassem intervir nos governos absolutistas, e sim integrar as ideias iluministas ao
tipo de governo absolutista.

Os principais déspotas esclarecidos foram

• José II, da Áustria – Apesar de não ter se aproximado dos filósofos iluministas, provavelmente por ser
católico, realizou grandes reformas a partir de filosofias iluministas. Acabou com a tortura e a servidão,
passou a cobrar impostos do clero e da nobreza, que antes eram poupados, construiu escolas, hospitais,
reformou a legislação e permitiu todas as crenças religiosas no território austríaco.
• Catarina II da Rússia – a partir das ideias de autores iluministas, sobretudo de Voltaire e D’Alembert, a
imperatriz limitou a interferência da igreja, pois passou a aceitar todas as crenças religiosas em seu país;
construiu escolas e modernizou a administração, assim como elaborou reformas em algumas cidades.
• Marquês de Pombal – Não era um monarca, e sim um ministro do Rei D. José, de Portugal. Pombal
expulsou os jesuítas das terras portuguesas (Portugal e suas colônias) e reformou a estrutura administrativa
(educacional, econômica, social e do exército), desenvolvendo, dessa forma, o comércio colonial.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS

11) (Ufv) O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I (1750-1777), foi o responsável por uma série de
reformas na economia, educação e administração do Estado e do império português, inspiradas na filosofia
iluminista e na política econômica do mercantilismo, cabendo a ele a expulsão dos padres jesuítas da
Companhia de Jesus dos domínios de Portugal.
O Marquês de Pombal foi um dos representantes do chamado:
a) Despotismo Esclarecido.
b) Socialismo Utópico.
c) Socialismo Científico.
d) Liberalismo.
e) Parlamentarismo Monárquico.

12) (Fatec) As grandes revoluções burguesas do século XVIII refletem, em parte, algumas ideias dos
filósofos iluministas, dentre as quais podemos destacar a que:
a) apontou a necessidade de limitar a liberdade individual para impedir que o excesso degenerasse em
anarquismo.
b) acentuou que o Estado não possui poder ilimitado, o qual nada mais é do que a somatória do poder dos
membros da sociedade.
c) visou defender a tese de que apenas a federalização política é compatível com a democracia orgânica.
c) visou defender a tese de que apenas a federalização política é compatível com a democracia orgânica.
e) procurou salientar que a sociedade industrial somente se desenvolverá a partir de minucioso
planejamento econômico.

13) (Cesgranrio) Entre os séculos XVI e XVIII ocorreram diversas transformações culturais na Europa
ocidental. Assinale a seguir a opção que identifica corretamente uma dessas transformações:
a) o desenvolvimento do pensamento científico, nos séculos XVII e XVIII, baseava-se na crítica, no
empirismo e no naturalismo.
b) o movimento reformista, no século XVI, caracterizou-se por uma unidade de pensamento e práticas nos
diversos países nos quais se difundiu.

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c) a Contrarreforma, expressa no Concílio de Trento, entre 1545 e 1563, alterou os dogmas católicos a partir
de um enfoque humanista, que extinguiu os Tribunais da Santa Inquisição.
d) o Iluminismo, no século XVIII, baseando-se no racionalismo, criticou os fundamentos do poder da Igreja,
apoiando os princípios do poder monárquico absoluto.
e) o Liberalismo econômico, na segunda metade do século XVIII, criticava o sistema colonial, defendendo a
manutenção dos monopólios como geradores de riqueza da sociedade.
14) (Mackenzie) O Despotismo Esclarecido, regime de governo adotado em alguns países da Europa no
século XVIII, caracterizava-se por:
a) equilibrar o poder da burguesia financeira com a nobreza feudal.
b) impor o poder parlamentar sobre o poder monárquico.
c) tentar conciliar os princípios do absolutismo com as ideias iluministas.
d) difundir monarquias constitucionais em todos os reinos europeus, segundo os princípios liberais.
e) atribuir ao povo a participação no poder político.

15) (FUVEST) Sobre o chamado despotismo esclarecido, é correto afirmar que:


a) foi um fenômeno comum a todas as monarquias europeias, tendo por característica a utilização dos
princípios do Iluminismo.
b) foram os déspotas esclarecidos os responsáveis pela sustentação e difusão das ideias iluministas
elaboradas pelos filósofos da época.
c) foi uma tentativa bem intencionada, embora fracassada, das monarquias europeias de reformarem
estruturalmente seus Estados.
d) foram os burgueses europeus que convenceram os reis a adotarem o programa de modernização
proposto pelos filósofos iluministas.
e) foi uma tentativa, mais ou menos bem-sucedida, de algumas monarquias reformarem, sem alterá-las, as
estruturas vigentes.

Para treinar em casa

7) (Fatec) O iluminismo surgiu na França, no século XVIII, e se caracterizava por procurar uma explicação
racional para todas as coisas.
É correto afirmar que
a) a filosofia iluminista preocupou-se com o estudo da natureza, por isso, acreditava-se em Deus e no poder
da Igreja para chegar a Ele.
b) seus pensadores eram divididos em dois grupos: os filósofos e os economistas, sendo estes últimos
defensores de uma economia totalmente supervisionada pelo Estado.
c) os déspotas esclarecidos, monarcas e ministros europeus adeptos de ideias iluministas, modernizaram
seus Estados abandonando o poder absoluto.
d) para corrigir a desigualdade social era preciso modificar a sociedade, dando a todos liberdade de
expressão e de culto, além de proteção contra a escravidão, a injustiça, a opressão e as guerras.
e) um de seus maiores pensadores foi Montesquieu, que escreveu o Contrato Social, no qual criticava a
Igreja e defendia a liberdade dos homens.

8) (Fuvest) Sobre o chamado despotismo esclarecido é correto afirmar que:


a) foi um fenômeno comum a todas as monarquias europeias, tendo por característica a utilização dos
princípios do Iluminismo.
b) foram os déspotas esclarecidos os responsáveis pela sustentação e difusão das ideias iluministas
elaboradas pelos filósofos da época.
c) foi uma tentativa bem intencionada, embora fracassada, das monarquias europeias reformarem
estruturalmente seus Estados.
d) foram os burgueses europeus que convenceram os reis a adotarem o programa de modernização
proposto pelos filósofos iluministas.
e) foi uma tentativa, mais ou menos bem sucedida, de algumas monarquias reformarem, sem alterá-las, as
estruturas vigentes.

9- (Mackenzie) O Despotismo Esclarecido, regime de governo adotado em alguns países da Europa no


século XVIII, caracterizava-se por:
a) equilibrar o poder da burguesia financeira com a nobreza feudal.
b) impor o poder parlamentar sobre o poder monárquico.
c) tentar conciliar os princípios do absolutismo com as ideias iluministas.

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d) difundir monarquias constitucionais em todos os reinos europeus, segundo os princípios liberais.


e) atribuir ao povo a participação no poder político.

AULA 04

Observando seus conhecimentos:


4) (Puccamp) Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos muito
do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos
nossos antepassados e todo o patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas.
Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com sinceridade, com a verdade, e o pessoal achou que a gente
era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo que era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser
objeto de ambição. Do ponto de vista do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar nossa cultura,
anulando a gente como civilização.
(Revista "Caros Amigos". ano 4. no. 37. Abril/2000. p. 36).

A respeito do início da colonização, período abordado pelo texto, pode-se afirmar que a primeira forma de
exploração econômica exercida pelos colonizadores, e a dominação cultural e religiosa difundida pelo
território brasileiro são, respectivamente,
a) a plantation no Nordeste e as bandeiras realizadas pelos paulistas.
b) a extração das "drogas do sertão" e a implantação das missões.
c) o escambo de pau-brasil e a catequização empreendida pela Companhia de Jesus.
d) a mineração no Sudeste e a imposição da "língua geral" em toda a Colônia.
e) o cultivo da cana-de-açúcar e a "domesticação" dos índios por meio da agricultura.

Colonização Europeia na América

O crescimento do comércio europeu, a partir do século XV, por meio do sistema mercantilista,
obrigou diversos países da Europa a empreenderem várias políticas que tivessem como objetivo ampliar o
fluxo comercial, como forma de fortificar o poder de domínio das monarquias nacionais.
Espanha alcança uma grande evolução frente aos demais países europeus ao anunciar a existência
de um novo continente à Oeste. O Novo Mundo desperta a curiosidade e a ambição que concretizaria a
colonização dessas novas terras que mais tarde se chamaria América.
Ao chegarem na América os espanhóis encontraram grandes civilizações capazes de elaborar
complexas instituições políticas e sociais (indígenas). Muitos dos centros urbanos criados pelos chamados
povos pré-colombianos eram mais desenvolvidos do que as cidades da Europa.
Em um primeiro momento iremos relatar alguns fatos “sórdidos” ocorridos na colonização europeia
do continente americano. Primeiramente, destacamos a maior força bélica dos europeus, que contavam
com armas de fogo e amedrontavam os nativos que se deparavam com a inédita imagem de homens
montados em cavalos. Ao mesmo tempo, o próprio contato com os europeus abriu caminho para a
instalação de epidemias que matavam as populações nativas em poucos dias, pois seus corpos não
possuíam anticorpos preparados para combater as doenças da Europa.
Enquanto o confronto e a doença funcionavam como importantes meios de dominação do lado
espanhol, estes também instigavam o acirramento das rivalidades entre tribos locais, fazendo os nativos se
desgastarem em combates, desta forma, a dominação hispânica agia para dominar as tribos.
Os colonizadores tomaram as providências necessárias para assegurar o domínio dos novos
territórios e, em um menor espaço de tempo, viabilizar a exploração econômica de suas terras.
A extração de metais preciosos e o desenvolvimento de atividades agroexportadoras nortearam a
nova feição da América colonizada. Para o cumprimento de tamanha tarefa, além de contar com uma
complexa rede administrativa, os espanhóis aproveitaram da mão de obra dos indígenas para reforçar a
exploração do território das colônias, bem como aplicar a eles a prática religiosa e alguns moldes da vida
europeia.

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A sociedade colonial espanhola era formada por mestiços, índios e escravos. Os primeiros
realizavam atividades auxiliares na exploração colonial e, dependendo de sua condição social, exerciam as
mesmas tarefas que índios e escravos. Os escravos africanos eram a menor parcela da população, se
concentrando nas regiões centro-americanas.
A colonização francesa nas Américas foi retardatária, se comparada às expedições espanholas e
portuguesas. Apesar do atraso, os franceses realizaram diversas tentativas de colonização nas três partes
das Américas (sul, central e norte).
Os franceses não participaram da divisão do Tratado de Tordesilhas, o rei francês Francisco I
estava descontente com o tratado de Tordesilhas, ao dizer que queria ver o testamento de Adão para saber
se ele havia destinado as terras do mundo apenas a Portugal e Espanha. Porém, o tratado não impediu os
franceses de tentar colonizar áreas do território americano e nem de tentar lucrar com o comércio marítimo
nesta região.
A pirataria foi estimulada pelos reis franceses, inúmeros navios passaram a navegar em águas do
continente americano, tendo como objetivo o saqueamento de navios e localidades do comércio litorâneo.
Com estas medidas os franceses adquiriram ganhos econômicos consideráveis para esta época.
A participação da Inglaterra na expansão marítima para novas terras ocorreu depois das
expedições realizadas por Portugal e Espanha. Apesar da diferença no período de exploração, a
colonização inglesa foi muito importante para o desenvolvimento econômico deste país e da parte norte do
continente americano, as colônias eram conhecidas como as Treze Colônias.
A primeira tentativa de ocupação da América do Norte pelos ingleses ocorreu com Walter Raleigh, o
qual organizou três expedições à região no fim do século XVI. O explorador não obteve o êxito esperado
com suas expedições, em virtude dos constantes ataques dos povos indígenas que habitavam a face norte
do continente americano. Em meados de 1607, Raleigh conseguiu constituir uma colônia na América do
Norte: a Virgínia, nome dado em homenagem à rainha Elisabeth I.
A intensificação do processo colonizador aconteceria apenas a partir da metade final do século XVII,
decorrente das várias situações políticas e econômicas que aconteciam nas ilhas britânicas. Após obter
êxito militar frente a Invencível Armada, esquadra do rei espanhol Felipe II, comerciantes ingleses em
conjunto com a coroa inglesa passaram a formar companhias de comércio marítimo, destacando-se a
Companhia das Índias Orientais, o que aumentou em grande escala os contatos com as terras da região
norte do continente americano, outro estímulo da corte inglesa foi dado para fortalecer as ações de pirataria
nas águas do oceano Atlântico.
Somente na passagem dos séculos XVIII e XIX, momento em que a Revolução Industrial e o
Iluminismo ganhavam destaque, observou-se o fim da grande exploração das colônias. Os processos de
independência desenvolvidos por todo o continente abriram caminho para a formação de um grande
mosaico de nações e Estados que deram fim à colonização. Contudo, os vindouros problemas mostraram
que existia um longo caminho a se trilhar em busca da tão sonhada soberania e liberdade dos territórios que
até então não eram livres.

A colonização Portuguesa:

A chegada dos portugueses ao Brasil ocorreu em 22 de abril de 1500, data que começa a fase pré-
colonial. Neste período não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses ainda não tinham se fixado
em terras brasileiras. Após os primeiros contatos com os povos indígenas naturais do continente americano,
muito bem relatados na carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da Mata
Atlântica e algumas especiarias que estavam presentes em grande abundância no território brasileiro.
O pau-brasil tinha alto valor econômico no
mercado da Europa, pois sua seiva, de cor
avermelhada, era muito utilizada como tintura de
tecidos. Para executar esta exploração, os
portugueses exerciam a atividade denominada de
escambo, ou seja, trocavam espelhos, apitos,
chocalhos e outras bugigangas aos nativos em
troca do trabalho e do pau-brasil.
Neste período o Brasil foi atacado pelos
holandeses, ingleses e franceses, que tinham
ficado de fora do Tratado de Tordesilhas (acordo
entre Portugal e Espanha que dividiu as terras
recém-descobertas em 1494). Os piratas também
saqueavam e contrabandeavam o pau-brasil,
presente na costa brasileira, provocando medo na corte portuguesa. O medo da coroa portuguesa era
perder o território brasileiro para outros países. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e

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enviou para o solo brasileiro as Expedições Guarda-Costas, porém não obtiveram grandes resultados no
trabalho de defesa da colônia.
No ano de 1530 o rei de Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de colonização.
Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território brasileiro,
expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no território brasileiro.
O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e detinha um grande valor econômico. Após
as experiências positivas de cultivo na região Nordeste do Brasil, começou o cultivo da cana-de-açúcar em
larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o
povoamento de grande parte do Brasil. A mão-obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase,
onde trabalhavam nos engenhos sem nenhum direito trabalhista e com condições desumanas de
sobrevivência.
Os movimentos emancipacionistas, foram ações consideradas conspiratórias, com influência do
pensamento iluminista, tiveram como objetivo a independência do Brasil. Ocorreram revoltas com objetivo
de separação política do Brasil frente a Portugal, diferente dos movimentos nativistas que tinham uma
dinâmica local e um baixo grau de intenções contra a metrópole, dando origem aos movimentos
emancipacionistas que futuramente iam ser um dos grandes apoiadores e propulsores da independência do
Brasil.

Independência do Brasil:

Um dos acontecimentos mais importantes da história do Brasil marca o fim do período colonial e o
inicio do período nação, onde o Brasil alcançou sua autonomia político administrativa. Diversas tentativas
para libertação do país ocorreram, muitas pessoas foram mortas
lutando por esse ideal, o mais conhecido foi Tiradentes que foi
executado pela coroa portuguesa por lutar e defender a
liberdade do Brasil durante a ocorrência do processo de
Inconfidência Mineira.
A chegada da família real portuguesa no Brasil em 22
de janeiro de 1808 marcou o destino do Brasil e da Europa. Pela
primeira vez na história, um rei europeu transferia a capital de
seu governo para o continente americano. Escoltados por
embarcações britânicas, cerca de 10 mil pessoas fizeram a
viagem que atravessou o oceano Atlântico. Sofrendo diversos
inconvenientes durante a viagem, os súditos da Coroa
Portuguesa enfrentaram uma forte tempestade que separou o
comboio de embarcações. Partes dos viajantes desembarcaram
na Bahia e outra no Rio de Janeiro.
Os produtos ingleses tomaram conta do país, impedindo o desenvolvimento de manufaturas no
Brasil, as cidades portuárias tiveram notório desenvolvimento. Dois anos mais tarde, o decreto de 1808
transformou-se em um tratado permanente, implantar indústrias no país tornava-se muito cara ficando
praticamente impossível competir com os produtos oriundos da Inglaterra e de Portugal.
Além de trazer transformações na dinâmica econômica, o governo de Dom João VI empreendeu
outras mudanças. A cidade do Rio de Janeiro, capital do império, sofreu diversas modificações. Missões
estrangeiras vieram ao país avaliar as riquezas da região, a Biblioteca Real foi construída, o primeiro jornal
do país foi criado.
Além disso, novos prédios públicos foram erguidos e inaugurados. A Casa da Moeda, Banco do
Brasil, a Academia Real Militar e o Jardim Botânico foram algumas das obras públicas do período joanino.
Em 1815, a administração joanina elevou o Brasil à condição de Reino Unido. Essa nova nomeação
extinguiu politicamente a condição colonial do país. Inconformados, os portugueses se mostravam
insatisfeitos com o fato do Brasil tornar-se a sede administrativa do governo português.
Foi quando, em 1820, um movimento revolucionário lutou pelo fim da condição política secundária
de Portugal. A chamada Revolução do Porto criou um governo provisório e exigiu o retorno de Dom João VI
a Portugal.
Temendo a perda do seu poder, Dom João VI foi pra Portugal e deixou o seu filho, Dom Pedro I,
como príncipe regente do Brasil. Os revolucionários, mesmo inspirados por princípios liberais, exigiram a
volta do pacto colonial. No Brasil, as repercussões desses acontecimentos impulsionaram a formação de
um movimento que possibilitou a independência do Brasil.
Em nove de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu
uma carta das cortes de Portugal, onde exigiam sua
volta para a metrópole. Os portugueses insistiam
muito nesta ideia, pois queriam recolonizar o Brasil e
a presença de D. Pedro impedia esta ação da corte

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portuguesa. D. Pedro I negou os chamados de Portugal e proclamou a celebre frase: “Se é para o bem de
todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”.
D. Pedro I convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, ordenou que as
tropas de Portugal voltassem para Europa, ainda determinou que nenhuma lei da antiga metrópole fosse
colocada em vigor sem sua aprovação. O futuro imperador do Brasil convocava o povo a lutar pela
independência do país. O imperador fez uma rápida viagem aos estados de Minas Gerais e São Paulo para
tentar acalmar alguns setores da sociedade que estavam intrigados com os últimos acontecimentos, pois
acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização no país. Durante a viagem, D. Pedro I
recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele

para a metrópole. Estas notícias chegaram às mãos de D. Pedro I quando este estava em viagem de
Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga levantou a espada e gritou: "Independência ou
Morte!". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil.

Proclamação da Republica:

A Proclamação da República do Brasil foi decretada em 15 de novembro de 1889, sendo este o


momento em que o regime republicano foi instalado no país, derrubando a monarquia constitucional
parlamentarista do Império e acabando com a soberania de Dom Pedro II, imperador do Brasil naquele
tempo.
A Proclamação da República aconteceu no Rio de Janeiro, a antiga capital do país, por um grupo de
militares liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que deu um golpe de estado no Império e tornou-se o
primeiro presidente do país. Marechal Deodoro da Fonseca instituiu uma república provisória, a partir desse
momento, a população poderia eleger os seus governantes, através de voto direto e o Brasil se tornava
republica.
Durante a Guerra do Paraguai, os militares brasileiros acabaram tendo contato com combatentes de
outros países, o que os levou a aprofundar o conhecimento em outros regimes políticos. Começou-se a
despertar um interesse muito
grande pelo ideal republicano e a
Guerra só evidenciou o quanto
suas carreiras eram
desvalorizadas, pois não tinham
autonomia nenhuma, uma vez
que eram comandados pelo
Imperador e viviam à custa de
suas ordens e desordens.
A igreja também fazia
oposição ao Império, pois este
impôs medidas diretas no
sistema organizacional do
sistema religioso no Brasil,
provocando um grande descontentamento em todo o clero.
Porém, o que salientou e potencializou o movimento republicano foi à abolição da escravatura, por
meio da Lei Áurea de 1888. Os grandes proprietários rurais escravocratas também passaram a ser contra o
império, pois não receberam nenhum tipo de imunização pela perda de posse dos seus escravos. Desta
forma, quase todos os principais grupos sociais existentes naquela época começaram a partilhar a vontade
de recusar as interferências impostas pelo império e garantir a liberdade política da nação.

Abolição da Escravatura:

A abolição da escravidão no Brasil ocorreu com a criação da Lei Áurea, decretada pela Princesa

Isabel em 1888, a questão da escravidão no Brasil Império. No início da colonização do Brasil (século XVI)
não havia no Brasil trabalhadores para a realização de trabalhos manuais pesados. Sendo assim, os
portugueses colonizadores tentaram usar o trabalho indígena
nas lavouras. A escravidão indígena não pôde ser levada
adiante, pois os religiosos católicos se posicionaram em
defesa dos índios condenando sua escravidão. Logo, os
colonizadores buscaram alternativa: negros na África para

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submetê-los à força ao trabalho escravo em sua colônia. Foi neste contexto que começou a entrada dos
escravos africanos no Brasil.
Os africanos eram transportados nos porões dos navios negreiros e, em função das péssimas
condições deste meio de transporte desumano, muitos morreram durante a viagem. Após desembarcaram
no Brasil eram comprados como mercadorias por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de
forma cruel e, muitas vezes, violenta sem nenhuma condição digna de vida.
Embora muitos considerassem normais e aceitáveis a escravidão naquela época, havia aqueles que
eram contra este tipo de prática, porém eram minoria e não tinham influência política para mudar esta
situação. Assim, a escravidão permaneceu por quase 300 anos no Brasil. O principal fator que manteve o
sistema escravocrata por tantos anos foi o econômico. A economia do Brasil contava quase que
exclusivamente com o trabalho escravo para realizar os trabalhos nas fazendas e nas minas. As
providências para a libertação dos escravos, de acordo com alguns políticos desta época, deveriam ser
tomadas de forma moderada e com o passar do tempo.
Na segunda metade do século XIX surgiu o movimento abolicionista, que defendia a abolição da
escravidão no Brasil. Joaquim Nabuco foi um dos principais abolicionistas deste período e lutava para o fim
desta crueldade que acontecia no território brasileiro.
A região Sul do Brasil passou a empregar trabalhadores assalariados brasileiros e imigrantes
estrangeiros, a partir de 1870. Na região Norte, as usinas produtoras de açúcar substituíram os primitivos
engenhos, fato que possibilitou o uso de um número menor de escravos. Já nos principais centros urbanos,
era grande a necessidade do surgimento de indústrias.
A primeira etapa do processo de abolição ocorreu em 1850, com a extinção do tráfico de escravos
no Brasil. Vinte e um anos mais tarde, em de 28 de setembro de 1871, foi promulgada a Lei do Ventre-Livre.
Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir do decreto da lei, sendo assim nasciam
livres e não poderiam mais serem tratados como escravos.
No ano de 1885, foi promulgada a lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida como Lei dos
Sexagenários) que beneficiava os negros com mais de 65 anos de idade, tornando-os livres em toda nação.
Apenas em 13 de maio de 1888, por meio da Lei Áurea, que a liberdade total e definitiva finalmente
foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia
de vez a escravidão em nosso país e nunca mais nenhum homem poderia ser tratado como escravo em
solo brasileiro.

Nota: Parte da Lei de Abolição criada pela Princesa Isabel:

Art. 1º É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.


Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.
Manda, portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida Lei
pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém. O Secretário
de Estado dos Negócios d`Agricultura, Comércio e Obras Públicas e Interino dos Negócios Estrangeiros,
Bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho de Sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e
correr. 67º da Independência e do Império.
a) Princesa Imperial Regente Rodrigo A. da Silva Carta de Lei, pela qual Vossa Alteza Imperial Manda
executar o Decreto da Assembleia Geral que Houve por bem sancionar declarando extinta a escravidão no
Brasil, como nela se declara.
Para Vossa Alteza Imperial ver.

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Testando seus conhecimentos:

16) (Pucsp) América Hispânica e América Portuguesa, futuro Brasil, viveram processos históricos
parecidos, mas não idênticos, do final do século XV até a primeira metade do XIX.
As questões a seguir discutem essas semelhanças e diferenças.
Quanto à conquista da América por espanhóis e portugueses, na passagem do século XV ao XVI, pode-se
dizer que:
a) no caso português o objetivo principal era buscar minérios e produtos agrícolas para abastecer o
mercado europeu e no caso espanhol pretendia-se apenas povoar os novos territórios e ampliar os limites
do mundo conhecido.
b) nos dois casos ocorreram encontros com vastas comunidades indígenas nativas, porém na América
Portuguesa a relação foi racional, harmoniosa e humana, resultando num povo pacífico, e na América
Hispânica foi violenta e conflituosa.
c) no caso português foi casual, pois os navegadores buscavam novas rotas de navegação para as Índias e
desconheciam a América e no caso espanhol foi intencional, porque o conhecimento de instrumentos de
navegação lhes permitiu prever a descoberta.
d) nos dois casos foi violenta, porém na América Portuguesa o extrativismo dos dois primeiros
séculos de colonização restringiu os contatos com os nativos e na América Hispânica a implantação
precoce da agricultura provocou maior aproximação.
e) no caso português foi precedida por conquistas no norte e no litoral da África, que resultaram em colônias
portuguesas nesse continente, e no caso espanhol iniciou a constituição de seu império ultramarino.

17) (Faap) A colonização portuguesa no Brasil é caracterizada por uma ampla empresa mercantil. É o
próprio Estado metropolitano que, em conjugação com as novas forças sociais produtoras, ou seja, a
burguesia comercial assume o caráter da colonização das terras brasileiras. A partir daí os dois elementos -
Estado e burguesia - passam a serem os agenciadores coloniais e, assim, a política definida com relação à
colonização é efetivada através de alguns elementos básicos que se seguem: dentre eles apenas um não
corresponde ao exposto no texto; assinale-o.
a) a preocupação básica será a de resguardar a área do Império Colonial face às demais potências
europeias.
b) o caráter político da administração se fará a partir da Metrópole e a preocupação fiscal dominará todo o
mecanismo administrativo.
c) o vértice definidor reside no monopólio comercial.
d) a função histórica das Colônias será proeminente no sentido de acelerar a acumulação do capital
comercial pela burguesia mercantil europeia.
e) a produção gerada dentro das Colônias estimula o seu desenvolvimento e atende às necessidades de
seu mercado interno.

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18) (Fuvest) No século XVI, a conquista e ocupação da América pelos espanhóis:


a) desestimulou a economia da metrópole e conduziu ao fim do monopólio de comércio.
b) contribuiu para o crescimento demográfico da população indígena, concentrada nas áreas de mineração.
c) eliminou a participação do Estado nos lucros obtidos e beneficiou exclusivamente a iniciativa privada.
d) dizimou a população indígena e destruiu as estruturas agrárias anteriores à conquista.
e) impôs o domínio político e econômico dos criolos.

19) (FEI-SP) As duas principais atividades econômicas que Portugal e Espanha incentivaram na América,
no início da colonização, foram respectivamente:
a) cacau na América portuguesa e a mineração da prata e do ouro na América espanhola.
b) a mineração na América Portuguesa e a monocultura do tabaco na América espanhola.
c) a monocultura da cana de açúcar na América portuguesa e a pecuária na América espanhola.
d) a monocultura da cana de açúcar na América portuguesa e a mineração de ouro e de prata na América
espanhola.
e) a monocultura do algodão na América portuguesa e a pecuária na América espanhola.

20) CPMP (2012) Leis Abolicionistas:


Lei Eusébio de Queirós, 1850 – proibia o tráfico de escravos da África para o Brasil.
Lei do Ventre Livre, 1871 – garantia a liberdade a todos os filhos de escravos nascidos a partir daquela
data.
Lei dos Sexagenários, 1885 – tornava livres todos os escravos com mais de 65 anos.
Lei Áurea, 13 de maio de 1888 – abolia definitivamente a vergonha do trabalho escravo em nosso país.
O Brasil foi o último país independente a abolir a escravidão. (CARNIER, Plínio. Imigrantes: viagem,
trabalho, integração. São Paulo: FTD, 2000, p.15)

Considerando o texto acima e as questões abolicionistas do Segundo Império (1840-1889), assinale a


alternativa correta:

(a) a primeira iniciativa do governo imperial, para acabar com a escravidão, foi a proibição do trabalho
de escravos considerados idosos (acima de 65 anos) no período;
(b) o fim do tráfico de escravos da África para o Brasil, objetivo da Lei Eusébio de Queirós, tornou o braço
escravo raro e praticamente inviável para muitos fazendeiros, devido ao alto custo;
(c) as leis de 1871 e de 1885 acalmaram os abolicionistas brasileiros e o Parlamento inglês, que por
décadas deixaram de pressionar o Império pelo fim da escravidão;
(d) após o 13 de maio de 1888, o governo imperial lançou uma campanha nacional para incorporar negros
libertos no mercado de trabalho como trabalhadores assalariados;

21) (Enem) No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que
faziam alusão à revolta escrava do Haiti:

Marinheiros e caiados

Todos devem se acabar,

Porque só pardos e pretos

O país hão de habitar.

AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos Pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907.

O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende:

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a) dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam com a população escrava e entre os
mestiços pobres, alimentando seu desejo de mudança.
da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à metrópole, como ocorreu na Noite das
Garrafadas.
b) do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção
contra as injustiças do sistema escravista.
c) do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes
representavam a elite branca opressora.
d) da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma república
negra, a exemplo do Haiti.

22) (FGV-SP) Com relação à África portuguesa, a emancipação política do Brasil em 1822:
a) provocou fortes reações nas elites angolanas, a ponto de alguns setores manifestarem interesse em fazer
parte do Império Brasileiro.
b) acarretou a suspensão definitiva do tráfico negreiro como uma forma de retaliação do governo português
contra sua ex-colônia.
c) levou ao aparecimento de movimentos pela independência em Angola e Moçambique, que só se
tornariam vitoriosos ao final do século XIX.
d) levou a Coroa portuguesa a implementar regimes de segregação racial em suas possessões africanas,
inspirados na experiência inglesa na África do Sul.
e) provocou o desinteresse português na manutenção dos seus domínios no ultramar e o abandono dessas
possessões a outras potências europeias.

23) (Enem 2014) A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da
Metrópole. Trouxe também, e, sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades
diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e
dos seus parentes após o ano de 1808.

NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras,
1997.

Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa por terem:


a) incentivado o clamor popular por liberdade
b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana
c) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial
d) obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
e) provocado os movimentos separatistas das províncias.

Para treinar em Casa:

11) (FUVEST 2009) Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão que consiste na
privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a trabalhar para pagar uma dívida que o
empregador alega ter sido contraída no momento da contratação. Essa forma de escravidão já existia no
Brasil, quando era preponderante a escravidão de negros africanos que os transformava legalmente em
propriedade dos seus senhores. As leis abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na
atualidade, pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o conceito de redução de pessoas à condição de
escravos foi ampliado de modo a incluir também os casos de situação degradante e de jornadas de trabalho
excessivas. (Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho escravo, 2007.)

Com base no texto, considere as afirmações abaixo:

I. O escravo africano era propriedade de seus senhores no período anterior à Abolição.

II. O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas, com a Lei Áurea.

III. A escravidão de negros africanos não é a única modalidade de trabalho escravo na história do Brasil.

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IV. A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação de dívida contraída no momento do contrato de
trabalho, não é uma modalidade de escravidão.

V. As jornadas excessivas e a situação degradante de trabalho são consideradas formas de escravidão pela
legislação brasileira atual.

São corretas apenas as afirmações:


A) I, II e IV
B) I, III e V
C) I, IV e V
D) II, III e IV
E) III, IV e V

12) (UDESC 2009) Em 17 de março de 1872 pelo menos duas dezenas de escravos liderados pelo escravo
chamado Bonifácio avançaram sobre José Moreira Veludo, proprietário da Casa de Comissões (lojas de
venda e compra de escravos) em que se encontravam, e lhe meteram a lenha . Em depoimento à polícia, o
escravo Gonçalo assim justificou o ataque: Tendo ido anteontem para a casa de Veludo para ser vendido foi
convidado por Filomeno e outros para se associar com eles para matarem Veludo para não irem para a
fazenda de café para onde tinham sido vendidos. (Apud: CHALHOUB, Sidney, 1990, p. 30 31)

Com base no caso citado acima e considerando o fato e a historiografia recente sobre os escravos e a
escravidão no Brasil, é possível entender os escravos e a forma como se relacionavam com a escravidão da
seguinte forma:

I – O escravo era uma coisa, ou seja, estava sujeito ao poder e ao domínio de seu proprietário. Privado de
todo e qualquer direito, incapaz de agir com autonomia, o escravo era politicamente inexpressivo,
expressando passivamente os significados sociais impostos pelo seu senhor.

II – Nem passivos e nem rebeldes valorosos e indomáveis, estudos recentes informam que os escravos
eram capazes de se organizar e se contrapor por meio de brigas ou desordens àquilo que não
consideravam justo , mesmo dentro do sistema escravista.

III – Incidentes, como no texto acima, denotam rebeldia e violência por parte dos escravos. O ataque ao
Senhor Veludo, além de relevar o banditismo e a delinqüência dos escravos, só permite uma única
interpretação: barbárie social.

IV – O tráfico interno no Brasil deslocava milhares de escravos de um lugar para outro. Na iminência de
serem subitamente arrancados de seus locais de origem, da companhia de seus familiares e do trabalho
com o qual estavam acostumados, muitos reagiram agredindo seus novos senhores, atacando os donos de
Casas de Comissões, etc.

V – Pesquisas recentes sobre os escravos no Brasil trazem uma série de exemplos, como o texto citado
acima, que se contrapõem e desconstroem mitos célebres da historiografia tradicional: que os escravos
eram apenas peças econômicas, sem vontades que orientassem suas próprias ações.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

13) (FUVEST 2009) O Brasil ainda não conseguiu extinguir o trabalho em condições de escravidão, pois
ainda existem muitos trabalhadores nessa situação. Com relação a tal modalidade de exploração do ser
humano, analise as afirmações abaixo.

I. As relações entre os trabalhadores e seus empregadores marcam-se pela informalidade e pelas


crescentes dívidas feitas pelos trabalhadores nos armazéns dos empregadores, aumentando a dependência
financeira para com eles.

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II. Geralmente, os trabalhadores são atraídos de regiões distantes do local de trabalho, com a promessa de
bons salários, mas as situações de trabalho envolvem condições insalubres e extenuantes.

III. A persistência do trabalho escravo ou semi-escravo no Brasil, não obstante a legislação que o proíbe,
explicase pela intensa competitividade do mercado globalizado.

Está correto o que se afirma em:


A) I, somente.
B) II, somente.
C) I e II, somente.
D) II e III, somente.
E) I, II e III.

14) (UFPB 2008) O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a escravidão.

“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma má quina de moer carne
humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas,
a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.”

(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).

Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar:


a) As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 1850. Porém, no
Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico intercontinental e, praticamente, desapareceu
o tráfico interno entre as regiões.
b) A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em atividades
econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos exclusivamente às plantações de cana-de-
açúcar, às minas e à produção do café.
c) A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a escravidão, só foi permitida
para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido
aos altos custos para se ter escravos.
d) Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem a carta de alforria. Isso
explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba, conseguiram tornar-se grandes proprietários de
terras.
e) Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África para o Brasil, nos
porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes
de chegarem ao destino.

15) (UFPE) As razões que fizeram com que no Brasil colonial e mesmo durante o império a escravidão
africana predominasse em lugar da escravidão dos povos indígenas podem ser atribuídas a (à):
a) setores da Igreja e da Coroa que se opunham à escravização indígena; fugas, epidemias e legislação
antiescravista indígena que a tornaram menos atraente e lucrativa.
b) religião dos povos indígenas, que proibia o trabalho escravo. Preferiam morrer a ter que se se
submeterem às agruras da escravidão que lhes era imposta nos engenhos de açúcar ou mesmo em outros
trabalhos.
c) reação dos povos indígenas, que, por serem bastante organizados e unidos, toda vez que se tentou
capturá-los, eles encontravam alguma forma de escapar ao cerco dos portugueses.
d) ausência de comunicação entre os portugueses e os povos indígenas e à dificuldade de acesso ao
interior do continente, face ao pouco conhecimento que se tinha do território e das línguas indígenas.
e) um enorme preconceito que existia do europeu em relação ao indígena, e não em relação ao africano, o
que dificultava enormemente o aproveitamento do indígena em qualquer atividade.

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AULA 05
Observando seus conhecimentos
05) (UEM) Dentre os fatores que concorreram diretamente para a queda da Monarquia Brasileira, citamos:
a) a falta de trabalho para os negros libertos;
b) a abdicação de D. Pedro I;
c) a abolição da escravatura;
d) a posição anômala (defeituosa) do exército;
e) A Guerra dos Farrapos

Proclamação da Republica

No final da década de 1880, a monarquia brasileira se encontrava em uma situação de crise e


desconforto, pois detinha de um tipo de governo que não correspondia mais às mudanças sociais
decorrentes da época. Desta forma, fazia-se necessário a implantação de um novo gênero de governo, que
fosse capaz de fazer o país progredir, avançar e se desenvolver nas questões políticas, econômicas e
sociais.
A monarquia brasileira se encontrava em crise pelas seguintes questões: interferência de D. Pedro II
nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica; críticas feitas por integrantes
do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na realeza e no império. Os militares
também estavam descontentes com a proibição imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército
não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra. A classe média
(funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo
nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade de expressão e maior participação nos assuntos
políticos do Brasil. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do
império e o começo de um regime democrático e republicano.
O império não possuía o apoio dos latifundiários, principalmente dos cafeicultores do Oeste
Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico. Diante das
pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais,
o imperador e seu governo, encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D. Pedro II estava cada vez
mais afastado das decisões políticas do país, enquanto isso, o movimento republicano ganhava força em
todo território nacional.
Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos,
demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite desta data, o marechal assinou o manifesto

Auxiliar de necropsia Página 385


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proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório, tornando-se assim o primeiro


presidente brasileiro.
A monarquia chegava ao fim, em 18 de novembro, D. Pedro II e a família imperial voltaram para
Europa. A partir de então, o país seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das
eleições. Foi um grande avanço rumo à consolidação da democracia no Brasil.
Nesse conjunto de transformações, alguns militares engrossaram a fileira dos que não concordavam
com o governo de Dom Pedro II. Após a Guerra do Paraguai, os militares brasileiros ganharam muito
prestígio mediante a vitória do país neste combate. Valorizados pelo conflito, passaram a exigir uma maior
valorização com melhores salários, e condições para formação de uma carreira mais interessante e justa
para a classe. Na medida em que o império não cumpria todas essas exigências, importantes figuras do
Exército passaram a se contrapor à ordem do império brasileiro.
Neste momento, começa um novo tipo de governo político na composição histórica brasileira. Na
república, temos a organização de um governo que deveria dar mais autonomia aos estados e maior
participação política aos cidadãos do país, ainda ocorreram muitas lutas e transformações que viriam a
garantir realmente essas duas mudanças em nossa realidade política e social.

República Velha

República Velha compreende o período entre os anos de 1889 e 1930, quando a elite cafeeira
paulistana e mineira revezava o cargo da presidência da República movida por seus interesses políticos e
econômicos, mais conhecido como política do café com leite.
O Governo Provisório foi responsável por acabar com a mediação da Igreja nos interesses políticos.
Deodoro da Fonseca, em seu governo, separou Igreja e Estado, determinou o fim do padroado e fez com
que o casamento se tornasse um registro civil obrigatório no Brasil.
Por mais que demonstrasse confiança no cargo de presidente, Deodoro da Fonseca renunciou à
presidência após o fracasso da política econômica do “encilhamento”, empreendida pelo Ministro da
Fazenda Rui Barbosa. O “encilhamento” permitia que grandes emissões de dinheiro fossem realizadas, o
que acabou suscitando em um grave período inflacionário.

No ano de 1891, foi elaborada a Primeira Constituição da era republicana, baseada no texto
constitucional dos Estados Unidos. Dentre as principais mudanças estavam o rompimento com o sistema
monárquico, a divisão dos três poderes independentes entre si (Legislativo, Executivo e Judiciário) e a
alternância da presidência com eleições diretas realizadas no período de quatro anos. Todos os homens
com mais de 21 anos, letrados, eram obrigados a votar e as províncias passaram a ser denominadas de
estados, obtendo mais autonomia federativa e leis próprias.

Nota: Os presidentes da República Velha foram: 1889-1891: Marechal Manuel Deodoro da


Fonseca; 1891-1894: Floriano Vieira Peixoto; 1894-1898: Prudente José de Morais e Barros; 1898-1902:
Manuel Ferraz de Campos Sales; 1902-1906: Francisco de Paula Rodrigues Alves; 1906-1909: Afonso
Augusto Moreira Pena (morreu durante o mandato) 1909-1910: Nilo Procópio Peçanha (vice de Afonso
Pena, que assumiu em seu lugar); 1910-1914: Marechal Hermes da Fonseca; 1914-1918: Venceslau Brás
Pereira Gomes; 1918-1919: Francisco de Paula Rodrigues Alves (eleito, morreu de gripe espanhola, sem ter
assumido o cargo); 1919: Delfim Moreira da Costa Ribeiro (vice de Rodrigues Alves assumiu em seu lugar);
1919-1922: Epitácio da Silva Pessoa; 1922-1926: Artur da Silva Bernardes; 1926-1930: Washington Luís
Pereira de Sousa (deposto pela revolução de 1930); 1930: Júlio Prestes de Albuquerque (eleito presidente
em 1930, não tomou posse, impedido pela Revolução de 1930); 1930: Junta Militar Provisória: General
Augusto Tasso Fragoso, General João de Deus Mena Barreto, Almirante Isaías de Noronha.

Em 1930, o gaúcho Getúlio Vargas articulou um golpe de Estado com a intenção de boicotar o posto
de presidência de Júlio Prestes, candidato de Washington Luís. Ele se juntou a alguns militantes de
esquerda que queriam acabar com a política do café-com-leite. O ato ficou conhecido como Revolução de
1930 e consolidou a figura de Vargas como um dos presidentes mais emblemáticos e amados que já
governou o Brasil.

Alguns Presidentes marcantes no Brasil.


Hermes da Fonseca

Assumiu o poder entre 1910 a 1914, foi o primeiro presidente nordestino a


assumir a presidência no Brasil. Seu mandato ficou conhecido pela chamada Revolta
da Chibata, trouxe saneamento para o estado do Rio de Janeiro, porém desta vez na

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Baixada Fluminense, fez o traçado maior para estrada de Ferro Central do Brasil e também investiu na
educação, fazendo a reforma do ensino secundário e superior em todo território nacional.

Francisco de Paula Rodrigues Alves

Quinto presidente do país, governando entre 1902 a 1906. Elaborou medidas


importantes para o país; o Tratado de Petrópolis, que incorporou o território do Acre
como solo brasileiro; a luta contra a Febre Amarela, trazendo saneamento para a
cidade do Rio de Janeiro e criando a campanha da vacina obrigatória, que levou a
Revolta da Vacina, fato que marcou seu mandato; além de construir prédios hoje
históricos no Rio de Janeiro, como a Biblioteca Nacional e o Teatro Municipal e investiu
na melhoria de estrada de ferro.

Getúlio Vargas

O presidente que ficou mais tempo no poder governou entre 1930 a 1954, em
uma ditadura e em uma democracia. Ele foi responsável pela implementação de
novos ministérios (ministério do trabalho, Indústria e Comércio, Educação e o
ministério da Saúde), estabeleceu a CLT e Revolução Constitucional de 1932,
conhecido por realizar grandes benefícios em prol do povo e fortalecer as políticas
públicas da nação, foi responsável por instalar no país a Companhia Siderúrgica
Nacional, construída entre os anos de 1942 e 1947, empresa de extrema importância
no sistema produtivo industrial, uma vez que abastecia as indústrias com matéria-
prima, principalmente metais, e no ano de 1953, foi instituída uma das mais
promissoras empresas estatais: a PETROBRAS.

Juscelino Kubitschek de Oliveira

JK tornou-se presidente em 1956 permanecendo até 1961, seu mandato


ficou marcado na história por causa de seu slogan, “50 anos em 5”. Sua política
foi voltada para a economia e o desenvolvimento industrial. Ele expandiu a
infraestrutura de rodovias, ferrovias, portos e energia elétrica; criou a
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste e fez a mudança da capital
para Brasília, momento conhecido como milagre econômico brasileiro, permitiu a
entrada de recursos oriundos de fora do país e a instalação de multinacionais;
Desenvolvimento do país acesso a bens de consumo e dependência de
tecnologia estrangeira, assim como Getúlio Vargas seu governo tem o elemento
econômico denominado industrialismo como destaque.

Fernando Henrique Cardoso

Governou de 1995 a 2003, seu mandato ficou marcado por ter tirado o país
da maior crise econômica da história brasileira. Além disso, ele também aprovou a
portaria regulamentar da internet, quebrou o monopólio estatal do petróleo, a
aprovação de novas leis de diretrizes e bases, a medida provisória de 938, iniciou
uma nova política neoliberal e aprovou alguns projetos sociais como a Bolsa Gás e a
Bolsa Escola.

Luiz Inácio Lula da Silva

Assumiu a presidência em 2003 permanecendo até 2011, auxiliou


brasileiros que possuíam uma situação financeira ruim, criou programas como a
Fome Zero, PAC, Minha Casa Minha Vida, incentivos para o ensino superior, com
a criação de diversos programas de incentivo a esta modalidade de ensino e tirou
o Brasil do mapa mundial da fome. Iniciou a exploração do petróleo na plataforma
submarina conhecida como Pré-Sal e fez com que o Brasil fosse sede da Copa de
2014 e das Olimpíadas de 2016.

Auxiliar de necropsia Página 387


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Tropeirismo
Os tropeiros faziam o comércio de animais (mulas e cavalos) entre as regiões sul e sudeste.
Comercializavam também alimentos, principalmente o charque (carne seca) do sul para o sudeste, a região
de minas estava no século XVIII, voltada para a extração de ouro e outros minerais, a produção destes
alimentos era muito baixa, para suprir estas necessidades, os tropeiros vendiam estes alimentos em toda
região.

Estes também foram muito importantes na abertura de estradas e na fundação de vilas e cidades,
muitos entrepostos e feiras comerciais criados por tropeiros deram origem a pequenas vilas que
futuramente formariam diversas cidades, em vários estados como São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

Testando seus conhecimentos


24) (CESCEA – SP) A proclamação da República, representa basicamente:
a) uma profunda transformação na estrutura política e social do Brasil;
b) a introdução do sistema democrático no Brasil;
c) o fim do período colonial brasileiro;
d) uma modificação do regime político sem grande influência na estrutura econômica e social do País
e) um movimento popular de derrubado do chamado “Antigo Regime”

25) (Mackenzie) O movimento resultou da conjugação de três forças: uma parcela do exército, fazendeiros
do oeste paulista e representantes das classes médias urbanas. (Emilia Viotti)
Momentaneamente unidas, segundo a autora, conservaram profundas divergências na organização do novo
regime. Identifique o fato histórico mencionado pelo texto.
a) Abdicação do imperador Pedro I.
b) Proclamação da República.
c) Ato Adicional de 1834.
d) Organização do Gabinete de Conciliação.
e) Introdução do Parlamentarismo como sistema político.

26) (Puccamp) Pode-se considerar o Exército como força política influente no movimento Republicano
porque
a) seus integrantes, tendo origens, predominantemente na classe média, o indispunham à vigência de um
Estado monárquico identificado com as camadas populares da sociedade.
b) seus oficiais, quase todos pertencentes à Maçonaria, solidarizaram-se com os bispos envolvidos na
chamada Questão Religiosa, agudizando a crise política deflagrada contra o Imperador.
c) o declínio do prestígio dos militares após a Guerra do Paraguai, tornava seus oficiais críticos
inexpressivos dos privilégios concedidos à Guarda Nacional.
d) seus oficiais mostraram-se descontentes com a recusa do Imperador em incorporá-los ao processo de
repressão organizada contra a rebeldia negra.
e) a influência do Positivismo entre os jovens oficiais imprimiu o ideal de uma República militar como base
do progresso nacional, em oposição ao governo corrupto dos "casacas".

27) (Mackenzie) Sobre o contexto histórico responsável pela proclamação da República NÃO se inclui:
a) a insatisfação dos setores escravocratas com o governo monárquico após a Lei Áurea.
b) a ascensão do exército após a Guerra do Paraguai, passando a exigir um papel na vida política do país.
c) a perda de prestígio do governo imperial junto ao clero, após a questão religiosa.
d) a oposição de grupos médios urbanos e fazendeiros do oeste paulista, defensores de maior autonomia
administrativa.
e) o alto grau de consciência e participação das massas urbanas em todo o processo da proclamação da
República.

28) (Enem 2010) Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial.
A palavra tropeiro vem de "tropa" que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado
e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O

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tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais
e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais
para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A
alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e
coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase
sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão
tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos
cozinheiros das tropas que conduziam o gado.
a) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas.
b) atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas.
c) atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria.
d) atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos.
e) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro.

Para treinar em casa


16) (Fgv) Durante a maior parte do Estado Novo (1937-1945), a política externa brasileira pode ser
caracterizada por uma
a) orientação pragmática frente aos Estados Unidos e à Alemanha nazista.
b) subordinação total aos interesses dos Blocos Soviéticos e Pan-Americano.
c) orientação de dependência relativa com relação à Itália e ao Japão.
d) subordinação integral aos Estados Unidos e à Europa aliada.
e) orientação de alinhamento automático aos países da América Latina.
17) (Cftce 2005) Em relação à Nova República, é COERENTE afirmar que:
a) o Plano Cruzado, no governo Sarney, marcou o processo de estabilização da economia brasileira, pondo
fim à especulação financeira e à centralização da renda
b) no processo eleitoral de 1989, confirmou-se a implantação da democracia no Brasil, com a participação
de candidatos de várias tendências políticas, em que o vencedor, no final do segundo turno, foi o candidato
do PT, Lula, que assumiu a presidência pela primeira vez
c) o Plano Real, lançado no primeiro ano de governo de Fernando Henrique Cardoso, deixou o povo
brasileiro num período de expectativa de consumo; após as eleições de 1998, foi substituído por outro plano
que causou grande frustração na população, com a perda do poder aquisitivo
d) o Plano Collor, que ficou marcado pelo confisco das poupanças, tanto garantiu a segurança dos direitos
sociais dos trabalhadores como rejeitou as imposições neoliberais do FMI
e) no governo Lula, um dos principais aspectos da política social é o programa Fome Zero, que caracteriza
muito claramente a preocupação do governo com as camadas mais humildes do país.

18) (UERJ) “Bossa-nova mesmo é ser presidente/ desta terra descoberta por Cabral./ Para tanto basta ser
tão simplesmente simpático... risonho... original” – Juca Chaves

“Bota o retrato do velho outra vez/ Bota no mesmo lugar/ O sorriso do velinho/ Faz a gente se animar, oi (...)
O sorriso do velhinho/ Faz a gente trabalhar” – Marino Pinto e Haroldo Lobo

Os estilos de governar de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek são abordados nas letras de música
apresentadas. Um elemento comum das políticas econômicas destes dois governos está indicado na
seguinte alternativa:
a) trabalhismo
b) monetarismo
c) industrialismo
d) corporativismo

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AULA 06
Testando seus conhecimentos
06) (Cesgranrio) A Revolução Francesa insere-se em um conjunto de profundas transformações históricas
ocorridas na sociedade europeia da segunda metade do século XVIII. As etapas do processo revolucionário,
entre 1789 e 1799, expressaram os conflitos sociais e os diferentes projetos políticos dos diversos grupos
envolvidos na Revolução. Assinale a opção que relaciona corretamente a atuação de um desses grupos
com uma etapa do processo revolucionário.

a) A reação armada do clero monarquista (refratário) contra os revolucionários determinou a instituição da


Constituição Civil do Clero, em 1790, que garantiu o pagamento de indenizações e a devolução de suas
propriedades confiscadas no início da Revolução.
b) A manutenção prolongada do Período do Terror, instituído pelos monarquistas, determinou a derrota dos
segmentos revolucionários liderados pelos "sans-culottes" frente ao Golpe do 18 Brumário, em 1799, que
elevou Napoleão Bonaparte à direção do Comitê de Salvação Pública.
c) A burguesia liberal definiu seu modelo de Estado com a promulgação da Primeira Constituição da França,
em 1791, durante a Assembleia Nacional, que instituiu uma monarquia constitucional baseada no sufrágio
censitário e na divisão dos poderes do Estado em executivo, legislativo e judiciário.
d) Os jacobinos extremistas, formados pela nobreza parisiense e provincial, retornaram ao poder com a
Convenção Termidoriana, entre 1794 e 1795, anulando diversas conquistas revolucionárias, tais como a Lei
do Preço Máximo e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
e) Os camponeses, representados pelo Partido Girondino, formavam uma poderosa facção, cujo apoio
popular permitiu que controlassem politicamente a Revolução durante a fase da Convenção Montanhesa,
entre 1793 e 1794, na qual aboliram os privilégios feudais e a escravidão nos territórios coloniais franceses.

Revolução Inglesa
Começou com o protesto da classe burguesa que era contra o domínio do poder político da
monarquia dos Stuarts, que eram soberanos ingleses com origem escocesa, a revolução Inglesa ocorreu no
século XVII, teve início no ano de 1640. De acordo com alguns historiadores, é considerada a primeira
revolução de origem burguesa realizada no ocidente.
O início da Revolução Inglesa pode ser explicado por uma combinação de diversos fatores. Na
época da Dinastia Tudor, o país apresentava desenvolvimento econômico, que proporcionou várias

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conquistas. Enquanto Henrique VIII e Elisabeth I estavam no poder, ocorreu a adoção do anglicanismo, que
trouxe grandes mudanças e era um instrumento importante do Estado inglês. Neste período, a Inglaterra
encontrava-se unificada e começou a disputar o descobrimento de novas colônias, fazendo frente aos
espanhóis e portugueses que dominavam este setor.
Ocorria incentivo à liberdade comercial, além de medidas de proteção à propriedade privada. Neste
momento de desenvolvimento econômico em território inglês, surgem os monopólios comerciais,
mercadores aventureiros, grupo que desejava superar os estrangeiros no comércio e a Companhia Britânica
das Índias Orientais, união de comerciantes de Londres que tinha o monopólio comercial com as “Índias
Orientais”, desta forma a dinâmica comercial inglesa era diversificada e de grande amplitude e
possibilidades.
Estes fatores tiveram como resultado a divisão burguesa britânica. De um lado estavam os
comerciantes com uma maior quantidade de riquezas e bens, favorecidos pelos monopólios e, de outro, a
pequena burguesia que clamava pela livre concorrência frente à dinâmica comercial inglesa. Junto a isso, a
situação no campo gerava diversos problemas, pois as terras começaram a ser valorizadas após a alta dos
produtos da zona rural. Assim, os representantes da burguesia poderosa, que tinham grandes propriedades,
começam a expandir suas terras desapropriando terrenos de caráter coletivo para torná-los particulares.
Isso fez com que diversos camponeses fossem expulsos da zona rural, dando espaço para a formação de
latifúndios que produziam uma grande quantidade de lã, um dos produtos que, seria a base da Revolução
Industrial neste país. Para atenuar um possível conflito entre a nobreza rural e os camponeses, o governo
tomou medidas para impedir os cercamentos, mas sofreu oposição da burguesia mercantil e dos grandes
proprietários de terras inglesas.
No ano de 1603 teve início a Dinastia dos Stuarts, simbolizada por Jaime I, substituto de Elizabeth I,
considerada a última rainha da Dinastia dos Tudors. O novo soberano inglês, além de ser protestante,
iniciou um processo de aproximação com a Espanha, país católico, mostrando que era indiferente às
instituições inglesas estabelecidas no reinado dos Tudors. Este fato ocasionou extremo descontentamento
da alta burguesia, pois, até então, o equilíbrio entre os parlamentares e os monarcas era o que estabilizava
a economia inglesa. Foi durante este período que os ingleses discordantes iniciaram um processo de
emigração rumo à América do Norte.
Em 1628, dois anos após Carlos I tomar o poder, foi votada uma Petição de Direitos pelo
Parlamento da Inglaterra, que garantiu a burguesia comerciante contra detenções ilegais e tributos. Em
contrapartida, este parlamento foi desmanchado pelo rei, que foi em busca de apoio na Câmara Estrelada
(tribunal formado por nobres da confiança da realeza). Além disso, Carlos I fez uma tentativa de imposição
do anglicanismo aos presbiterianos (calvinistas da Escócia), mas não obteve apoio da burguesia e ainda viu
grupos de escoceses invadirem a face norte do território inglês. Por não conseguir sucesso, o rei abriu o
parlamento novamente no ano de 1640 e em 1653, mas os parlamentares demonstravam mais interesse em
combater a tirania de Carlos I.
Entre os anos de 1641 e 1649, ocorreu a guerra civil que foi um episódio de extrema importância
para a composição da Revolução Inglesa. O conflito colocou frente a frente o exército da realeza, que era
apoiado pelos senhores feudais, contra os apoiadores do parlamento, chamados de cabeças-redondas, em
grande parte eram puritanos burgueses liderados por Oliver Cromwell. No primeiro ano do conflito, o rei foi
apoiado pelos aristocratas das regiões norte e sul da Inglaterra. No ano de 1645, após diversos confrontos,
os cabeças-redondas, com seu exército, que era chamado de New Model Army, venceram a cavalaria real
na Batalha de Naseby e fizeram Carlos I buscar asilo na Escócia, onde este tinha muitos inimigos e
desafetos. O rei acabou sendo capturado e vendido ao parlamento inglês, onde foi condenado a morte e
executado.
Foi elaborada uma nova constituição, Cromwell ganha o título de Lorde Protetor da Escócia, Irlanda
e Inglaterra. Apoiado pela classe militar e burguesa, ele iniciou uma ditadura puritana. Seu governo ficou
conhecido pelas medidas de intolerância e rigidez contra sua oposição. Após a morte de Cromwell, no ano
de 1658, seu filho assume o poder, mas é deposto um ano depois por não conseguir manter um governo
que convencesse a população britânica.
A partir daí é iniciada a Revolução Gloriosa, os Stuarts novamente assumem o poder, são
representados por Carlos II e, posteriormente, por Jaime II. No governo de Carlos II, devido a diversas
atitudes impensadas do soberano, ocorreu uma rixa entre dois grupos do parlamento: os whigs e os tories.
Os whigs eram contra as medidas reais e a favor de mudanças no cenário político. Já os tories eram ligados
a classe feudal e defensores de sua continuidade na Inglaterra. No governo de Jaime II, foram tomadas
medidas absolutistas de punição contra seus opositores, destituição do habeas corpus, além de prisões
despóticas. Em 1689, o parlamento promulga a Declaração dos Direitos (Bill of Rights), estabelecendo o
parlamento como poder supremo e substituindo Jaime II por sua filha Maria Stuart e Guilherme de Orange,
seu genro.

A França no século XVIII

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A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O
Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial.
Os impostos eram pagos somente por este
segmento social com o objetivo de manter os luxos
da nobreza.
A França era um país absolutista nesta
época. O rei governava com poderes absolutos,
controlando a economia, a justiça, a política e até
mesmo a religião de todo povo francês. Não ocorria
a democracia, pois os trabalhadores não possuíam
direito de votar, nem de dar opiniões na forma de
governo. Os oposicionistas a nobreza eram presos
na Bastilha (prisão política da monarquia) ou
condenados à morte.
A sociedade francesa do século XVIII era
dividida e hierarquizada. No topo da pirâmide social,
estava o clero que também tinha o privilégio de não
pagar impostos, logo em seguida, estava a nobreza,
formada pelo rei, sua família, condes, duques,
marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte francesa. A base da sociedade
era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos,
sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior ainda, era a
condição de vida dos desempregados que aumentavam em grande quantidade em todo país. A vida dos
trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e
de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava mais liberdade econômica em
seu trabalho e poder participar efetivamente nas decisões políticas do país.
Na Revolução Francesa (14/07/1789) a situação social era alarmante e o nível de insatisfação
popular era tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a
monarquia comandada pelo rei Luis XVI, que era um péssimo governante e administrador político. O
primeiro acontecimento marcante do período revolucionário foi a Queda da Bastilha, em 14/07/1789, marca
do início do processo de revolução, pois esta prisão política era o símbolo da força da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", pois ele resumia muito bem os
desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza
deixou a França, porém a família real foi capturada
enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da
monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria
Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também
não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados
durante a revolução e utilizados pelo futuro governo da
França.
Em agosto de 1789, a Assembléia Constituinte
cancelou todos os direitos dos senhores feudais e
promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão. Este importante documento trazia significativos
avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para todo o
povo.
Após a ocorrência da revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a
surgir com opiniões diversificadas sobre os tipos de governo. Os girondinos, por exemplo, eram
representantes da alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e
rurais na política do país. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma
maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais
e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres e trabalhadores
assalariados.
Maximilien de Robespierre, no ano de 1792, defendiam mudanças radicais. Os radicais liderados
por Robespierre, Danton e Marat assumiram o poder e organização das guardas nacionais, estas recebiam
ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e
outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política
foram marcantes nesta época.

Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França.


Uma nova Constituição foi criada e aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos
políticos e econômicos. O general francês Napoleão Bonaparte foi posto no poder, após o Golpe de 18 de

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Brumário (9 de novembro de 1799), com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um


governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro cônsul da França, instaurando uma ditadura.
A Revolução Francesa teve como principal significado o fim do sistema absolutista e dos privilégios
da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser mais respeitados e
adquiridos. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a
burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade
burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução.

Independência dos EUA


Os EUA eram formados por treze colônias, que eram controladas pela metrópole, a Inglaterra.
Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos
minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, em
relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos
norte-americanos, assim como ocorria em outros países
da América, como o Brasil.
As Colônias do Norte foram colonizadas pelos
protestantes europeus, principalmente ingleses, que
fugiam das perseguições religiosas ocorridas no Reino
Unido. Chegaram à América do Norte com o objetivo de
transformar a região num próspero lugar para formar e
dar sustentação para suas famílias, a região obteve uma
colonização de povoamento com as seguintes
características: mão de obra livre, economia baseada no
comércio, pequenas propriedades e produção para o
consumo apenas de seu mercado interno.
As Colônias do Sul (Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia) sofreram uma colonização de
exploração. Foram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no
latifúndio, mão de obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura, parecidas
com a colonização da parte sul do continente americano.
A Guerra dos sete anos ocorreu entre a Inglaterra e a França, durante os anos de 1756 e 1763. Foi
uma guerra pela posse de territórios na América do Norte e a Inglaterra saiu vencedora, sendo este um dos
principais fatores que deram inicio à revolução Francesa. A metrópole decidiu cobrar os prejuízos das
batalhas dos colonos, que habitavam principalmente as colônias da região norte. Com o aumento das taxas
e impostos metropolitanos, os colonos fizeram protestos e manifestações contra a metrópole.
A Inglaterra aumentou vários impostos e taxas, e ainda criou leis
que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Lei do Chá, onde dava o
monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa,
Lei do Selo, na qual todo produto que circulasse na colônia deveria ter
um selo vendido pelos ingleses, Lei do Açúcar, que obrigava os colonos
a comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas.
Os colonos da região norte do continente americano criaram no ano
de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de todos os fatos
que estava acontecendo em seu país. Este congresso não tinha caráter
separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam
o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior
participação na vida política de toda colônia.
Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do
congresso, muito pelo contrário, adotou mais medidas controladoras e
restritivas como: as Leis Intoleráveis, que geraram enorme revolta em
toda colônia, influenciando diretamente no processo de independência
dos EUA.
No ano de 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso
com o objetivo maior de conquistar a independência dos EUA. Durante o congresso, Thomas Jefferson
escreveu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou
a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e
1783, foi vencida pelos Estados Unidos que teve como apoiadoras França e Espanha.
Em 1787, foi criada a primeira Constituição dos Estados Unidos com fundamentos e características
iluministas, dava o direito à propriedade privada aos cidadãos, manteve a escravidão, optou pelo sistema de
república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do povo norte-americano.

Testando seus conhecimentos

29) (FUVEST) Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução Francesa, que:

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a) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e apropriada por uma só classe social, a burguesia,
única beneficiária da nova ordem.
b) fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não conseguiu impedir o retorno das forças sócio-
políticas do Antigo Regime.
c) nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma revolução burguesa, uma camponesa e uma
popular urbana, a dos chamados "sans-culottes".
d) foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao garantir as pequenas propriedades aos
camponeses, atrasou, em mais de um século, o progresso econômico da França.
e) abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de
vista político, impediu que a burguesia a concluísse.

30) (Fuvest-gv) Na Revolução Francesa, foi uma das principais reivindicações do Terceiro Estado:
a) a manutenção da divisão da sociedade em classes rigidamente definidas.
b) a concessão de poderes políticos para a nobreza, preservando a riqueza dessa classe social.
c) a abolição dos privilégios da nobreza e instauração da igualdade civil.
d) a união de poderes entre Igreja e Estado, com fortalecimento do clero.
e) o impedimento do acesso dos burgueses às funções políticas do Estado.

31) (Puccamp) No contexto da Revolução Francesa, a organização do Governo Revolucionário significou


uma forte centralização do poder: o Comitê de Salvação Pública, eleito pela Convenção, passou a ser o
efetivo órgão do Governo... . Havia ainda o Comitê de Segurança Geral, que dirigia a polícia e a justiça,
sendo que estava subordinado ao Tribunal Revolucionário que tinha competência para punir, até a morte
todos os suspeitos de oposição ao regime. O conjunto de medidas de exceção adotadas pelo Governo
revolucionário deu margem a que essa fase da Revolução viesse a ser conhecida como:
a) os Massacres de Setembro. d) O Período do Termidor.
b) o Período do Terror. e) o Golpe do 18 de Brumário.
c) o Grande Medo.

32) (Fatec) A Lei do Açúcar (1764), a Lei do Selo (1765) e a Lei Townshend (1767) representaram, quando
implementadas, para:
a) os EUA, um estopim à declaração de guerra à França, aliada, incondicionalmente, aos interesses
ingleses.
b) a França e a Inglaterra, formas de arrecadação e controle sobre o Quebec e sobre as Treze Colônias.
c) os EUA, uma excepcional oportunidade, pela cobrança destes impostos, à ampliação de seus mercados
interno e externo.
d) as Treze Colônias, uma medida tributária que possibilitou a expansão dos negócios da burguesia de
Boston na Europa, marcando, assim, o início da importância dos EUA no cenário mundial.
e) a Inglaterra, uma alternativa para um maior controle sobre as Treze Colônias, e, também, uma medida
tributária que permitisse saldar as dívidas contraídas na guerra com a França.

33) (FGV) Uma forma de arrecadação de imposto e de censura foi imposta pela metrópole inglesa aos
colonos das Treze Colônias, em 1765, através da(s):
a) leis denominadas, pelos colonos, intoleráveis;
b) Lei do Selo;
c) Lei Townshend;
d) criação de um tribunal metropolitano de averiguação de preços e documentos na colônia.
e) permissão de circulação exclusiva de jornais ingleses metropolitanos.

Para treinar em casa

19) (FUVEST) Pode-se dizer que o ponto de partida do conflito, entre as colônias inglesas da América do
Norte e a Inglaterra, que levou à criação dos Estados Unidos em 1776, girou em torno da reivindicação de
um princípio e de uma prática que tinham uma longa tradição no Parlamento britânico. Trata-se do princípio
e da prática conhecidos como:
a) um homem, um voto (one man, one vote);
b) nenhuma tributação sem representação (no taxation without representation);
c) Declaração dos Direitos (Bill of Rights);
d) equilíbrio entre os poderes (checks and balances);
e) liberdade de religião e de culto (freedom of religion and worship).

20) (Puccamp) Primeira colônia americana a se tornar independente, em 4 de julho de 1776, os Estados
Unidos assumiram no século XIX

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a) uma posição estimulante aos movimentos revolucionários, contestando as estruturas tradicionais do


poder vigente em grande parte da Europa.
b) uma intransigente defesa da intervenção do Estado nas atividades econômicas, visando a controlar os
abusos da burguesia.
c) a identificação do Estado com a religião puritana, que seria obrigatória a todos os cidadãos.
d) dentro do continente americano, uma política imperialista, impondo seus interesses econômicos às
demais nações.
e) uma política de expansão colonial em direção à África e à Oceania.

21) (Mackenzie) Assim como nos governos absolutos o rei é a lei, nos países livres, a lei deve ser o rei; e
não existirá outro (Thomas Paine).

Considero o povo que constitui a sociedade ou nação como a fonte de toda autoridade (...) sendo livre para
conduzir seus interesses comuns através de quaisquer órgãos que julgue adequados (...) (Thomas
Jefferson).

A Independência das Treze Colônias Inglesas da América significou:


a) o primeiro grande indicador histórico da ruína do Antigo Regime.
b) o fim da Era das Revoluções.
c) a superação do capitalismo monopolista.
d) a consolidação econômica da política mercantilista.
e) o desdobramento natural da Doutrina Monroe e do Destino Manifesto.

AULA 07
Observando seus conhecimentos
07- (Fuvest) Os Tratados de Paz assinados ao fim da Primeira Guerra Mundial "aglutinaram vários povos
num só Estado, outorgaram a alguns o status de 'povos estatais' e lhes confiaram o governo, supuseram
silenciosamente que os outros povos nacionalmente compactos (como os eslovacos na Tchecoslováquia ou
os croatas e eslovenos na Iugoslávia) chegassem a ser parceiros no governo, o que naturalmente não
aconteceu e, com igual arbitrariedade, criaram com os povos que sobraram um terceiro grupo de
nacionalidades chamadas minorias, acrescentando assim aos muitos encargos dos novos Estados o
problema de observar regulamentos especiais, impostos de fora, para uma parte de sua população. (... ) Os
Estados recém-criados, por sua vez, que haviam recebido a independência com a promessa de plena
soberania nacional, acatada em igualdade de condições com as nações ocidentais, olhavam os Tratados
das Minorias como óbvia quebra de promessa e como prova de discriminação."
(Hannah Arendt, AS ORIGENS DO TOTALITARISMO)

A alternativa mais condizente com o texto é:


a) após a Primeira Guerra, os Tratados de Paz estabelecidos solaparam a soberania e estabeleceram
condicionamentos aos novos Estados do Leste europeu através dos Tratados das Minorias, o que criou
condições de conflitos entre diferentes povos reunidos em um mesmo Estado.
b) o surgimento de novos Estados-nações se fez respeitando as tradições e instituições dos povos antes
reunidos nos impérios que desapareceram com a Primeira Guerra Mundial.
c) os Tratados de Paz e os Tratados das Minorias restabeleceram, no mundo contemporâneo, o sistema de
dominação característico da Idade Média.
d) apesar dos Tratados de Paz estabelecidos depois da Primeira Guerra terem tido algumas características
arbitrárias em relação aos novos Estados-nações do Leste europeu, o desenvolvimento histórico destas
regiões demonstra que foi possível uma convivência harmoniosa e gradativamente ocorreu a integração
entre as minorias e as maiorias nacionais.
e) os Tratados de Paz depois da Primeira Guerra conseguiram satisfazer os vários povos do Leste europeu.
O que perturbou a convivência harmoniosa foi o movimento de refugiados das revoluções comunistas.

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)


Diversos problemas atingiam as principais
nações da Europa no início do século XX. O século

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anterior havia deixado várias feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes
com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam
ficado de fora no processo neocolonial e de colonização dos continentes. Enquanto isso, França e Inglaterra
podiam explorar muitas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A
insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da ocorrência
da Grande Guerra.
No começo do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus,
principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência ocasionou diversos conflitos de
interesses entre os países. Ao mesmo tempo, as nações estavam empenhadas na corrida armamentista, já
como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo seus concorrentes e opositores. Esta
corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países.
Existia entre duas nações poderosas da época uma rivalidade muito acirrada. A França havia
perdido a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana, no final do século
XIX. O revanchismo francês estava no ar, esperando uma oportunidade para retomar a rica região que fora
perdida. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os
países de origem germânica (pangermanismo). O mesmo acontecia com os países eslavos (pan-
eslavismo).
O estopim do acontecimento da primeira guerra foi o assassinato do príncipe do império austro-
húngaro, Francisco Ferdinando, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações
levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão negra, contrário a influência
da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela
Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra a Servia.
Os países europeus começaram a criar alianças políticas e militares desde o final do século XIX. De
um lado havia a Tríplice Aliança que era formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha (a
Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a
participação de França, Rússia, Reino Unido e os EUA. O Brasil também participou, enviando para os
campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente. As batalhas
desenvolveram-se principalmente em trincheiras, nestes combates também houve a utilização de novas
tecnologias de guerra, como o uso de tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas
trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas na produção de armas,
marcando a inserção da mulher no mercado de trabalho e na indústria.
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância, a entrada dos Estados Unidos no
conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender,
principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da
Aliança a assinarem sua rendição. Os derrotados tiveram que assinar o Tratado de Versalhes que impunha
a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica
controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena,
além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve
repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial posteriormente.
Esta grande guerra trouxe resultados catastróficos como aproximadamente 10 milhões de mortos, o
triplo de feridos, destruiu campos agrícolas, indústrias, gerando grandes prejuízos econômicos. Podemos
dizer que uma das principais causas da Segunda Grande Guerra foi o Tratado de Versalhes. Esse Tratado,
assinado em 1919 e que encerrou oficialmente a Primeira Grande Guerra, determinava que a Alemanha
assumisse a responsabilidade por ter causado a Primeira Guerra e obrigava o país a pagar uma dívida aos
países prejudicados, além de outras exigências como o impedimento de formar um exército reforçado e o
reconhecimento da independência da Áustria. Este fato trouxe revolta aos alemães, que consideraram estas
obrigações uma verdadeira humilhação ao seu povo e país.

Segunda Guerra

Um conflito que gerou danos irreparáveis para toda a humanidade. Uma grande guerra entre
Aliados e as Potências do Eixo. Os aliados eram compostos pela China, França, Grã-Bretanha, União
Soviética e EUA, enquanto que Alemanha, Japão e Itália formavam as Potências do Eixo. Estes últimos
tinham governos fascistas e tinham por objetivo dominar os povos, que na opinião deles eram inferiores, e
construir grandes impérios e serem os “donos do mundo”. Na Europa surgiram partidos políticos que
pregavam a instalação de um regime autoritário. Esses partidos formavam um movimento denominado
Fascismo ou Nazismo. Os fascistas acreditavam que a democracia era um regime fraco e incapaz de
resolver a crise econômica e os problemas de organização política nos países. O país precisava de um líder
com autoridade suficiente para acabar com a “desordem” instalada, promovida por diferentes classes
sociais.

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Nota: Ditadores Fascistas: Benito Mussolini na Itália, Hitler na Alemanha (nazistas) e Franco na Espanha.
Princípios fascistas. Ações e características do fascismo: Anticomunismo, antiliberalismo, os fascistas
defendiam a ditadura, o totalitarismo, o indivíduo devia obedecer totalmente ao Estado, sem nenhuma
contestação ou reivindicação, o militarismo e culto à violência, consideravam a guerra como a atividade
mais honrosa que o homem poderia participar, nacionalismo xenófobo (ódio a tudo que é estrangeiro e
diferente de sua origem), e o racismo, que também era uma pratica fascista.

Na Alemanha, Hitler queria formar a raça ariana, uma raça que fosse superior a todas as outras. O
início da guerra se deu quando Hitler invadiu a Polônia em setembro de 1939. O motivo desta invasão foi o
fato da Polônia ter conseguido, por meio do Tratado de Versalhes, a posse do porto de Dantzig. Hitler não
queria isso, ele queria que Dantzig fosse incorporada ao território da Alemanha.
Nos primeiros anos da guerra, o Eixo levou vantagem nos combates. A Alemanha tomou a Polônia,
Noruega, Bélgica, Dinamarca e Holanda. Em 1940 a França se rendeu por estar enfraquecida, decorrente
da derrota em vários combates, ocasionando grandes perdas, e em seguida foi a vez da Romênia, Grécia e
Iugoslávia. A Inglaterra foi bombardeada, porém resistiu. Hungria, Bulgária e Romênia se uniram às Forças
do Eixo na segunda guerra.
Em 1941, o Japão atacou Pearl Harbor e partiu para a conquista da Ásia. Dias depois Hitler
declarava guerra aos EUA. A entrada dos americanos na guerra reforçou o lado dos Aliados, pois os EUA
possuíam uma variedade de recursos bélicos. O líder nazista achava que a URSS ainda era um país
atrasado e cheio de analfabetos, ele não sabia que o país havia crescido e se tornado uma grande potência,
principalmente no sentido de força bélica. Ao ordenar o ataque à URSS, os nazistas se depararam com uma
grande muralha ofensiva e pela 1ª vez se sentiram acuados e perderam diversos combates.
O final da guerra começou quando Hitler deslocou suas tropas em direção ao Cáucaso, fonte de
petróleo da URSS, pois foi nessa região onde ocorreu a Batalha de Stalingrado, entre setembro de 1942 e
fevereiro de 1943, a qual deixou mais de um milhão de nazistas mortos. A Batalha de Stalingrado é
considerada a maior derrota alemã em toda segunda guerra.
O Exército Vermelho Soviético foi o vencedor do
confrontou e forçou a volta dos nazistas à Alemanha,
como vingança os nazistas queimavam e matavam
tudo que viam pela frente na hora de sua volta. A
tentativa de ocupar Stalingrado foi frustrada e o
restante do exército que lutava nessa frente rendeu-se
aos russos em 1943. Essa vitória trouxe novos rumos à
guerra. O Eixo perdeu 2 países que eram seus aliados
(Marrocos e Argélia) e em junho de 43 os Aliados
conquistaram a Sicília. Estas vitórias trouxeram
discordâncias internas entre os fascistas e estas
divergências acabaram por afastar Mussolini do poder.
O seu posto foi assumido pelo Rei Vítor Emanuel, que
em 1943 assinou um armistício (trégua) com os Aliados e declarou guerra à Alemanha.
Em 6 de junho de 1944 ocorreu o chamado Dia D, os aliados tomaram a Normandia e o cerco
alemão sobre a França foi vencido. Em agosto os Aliados libertaram Paris. A alta cúpula alemã já previa a
derrota, mas Hitler não acreditava nestes acontecimentos. No mesmo ano, querendo dar fim a grande
guerra, oficiais nazistas tentaram matar Hitler num atentado a bomba, mas falharam. A guerra prosseguia
com vários ataques dos aliados e os alemães já sentiam que o fim estava próximo, junto com uma nova
derrota em uma grande guerra.
Em abril de 45, tropas aliadas, invadiram a Alemanha, Mussolini foi capturado ao tentar fugir para a
Suíça. Ele foi condenado ao fuzilamento. Sua morte se deu no dia 28 de abril de 1945, 2 dias depois Hitler
se suicidou e no dia 8 de maio a Alemanha se rende. A guerra tinha terminado na Europa, ela continuava no
pacífico e na Ásia. O Japão sofreu inúmeras derrotas dos EUA, já que não podia competir com a força
norte-americana. Os japoneses estavam quase se rendendo quando no dia 6 de agosto de 45, os EUA
jogaram uma bomba atômica em Hiroshima e 3 dias depois, foi a vez de Nagasaki. O lançamento das
bombas causou a rendição dos japoneses.
Os nazistas eram antissemitas, odiavam judeus e queriam eliminá-los para garantir a superioridade
da raça ariana. Um dos motivos deste ódio era o fato dos alemães acreditarem terem sidos explorados
pelos judeus após a primeira guerra. Os judeus foram enviados aos campos de concentração para serem
mortos, que no total somavam mais de 6 milhões. O mais famoso campo de concentração foi o de
Auschwitz, localizado na Polônia. Não foram somente os judeus a serem perseguidos, mas também
homossexuais, negros e ciganos.

Participação Brasileira na Primeira Guerra

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Milhares de soldados brasileiros lutaram na guerra, sua participação não foi tão evidente, já que não
possuíamos um armamento igual ao dos americanos e outros países da Europa. Mas a participação da
Força Expedicionária Brasileira “os pracinhas” foi tão importante que, ao voltarem para o Brasil, foram
considerados heróis nacionais.
A guerra terminou em 1945 e teve como resultados mais de 40 milhões de mortos e cidades
destruídas, fora os feridos, mutilados, sem moradia e sem família. Os Aliados instauraram o Tribunal de
Nuremberg para julgar os fascistas por crimes de guerra. Os nazistas responsáveis pela morte de judeus ou
civis foram condenados à morte ou à prisão perpétua.
Após a guerra foi fundada a ONU (Organização das Nações Unidas), localizada em Nova York.
Sempre que surge um conflito internacional, o Conselho de Segurança da ONU procura resolver o problema
com diálogo e cooperação.
Após a guerra o mundo iniciava uma nova fase histórica, a reconstrução. Os EUA e a União
Soviética saíram do conflito como as duas grandes potências mundiais. Os EUA saíram da guerra como a
maior potência mundial. A URSS ficou em segundo lugar. O país teve 25 milhões de mortos e parte de suas
construções sumiu do mapa. Uma das maiores conseqüências da Segunda Guerra foi a rivalidade entre
esses 2 países, rivalidade esta, que resultou na decorrência da Guerra Fria, uma disputa sem conflitos
armados entre esses dois países que durou quatro décadas.

O Brasil e seus conflitos históricos

Guerra dos Canudos

A Guerra de Canudos, revolução de Canudos ou insurreição de Canudos, foi o confronto entre um


movimento popular de fundo sócio religioso e o Exército brasileiro, que durou de 1896 a 1897, na então
comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia. O episódio foi resultado de uma série de fatores,
como a ocorrência da grave crise econômica e social que se encontrava a região nordestina nesta época.
Historicamente caracterizada pela presença de latifúndios improdutivos, que nada acarretavam
economicamente a população nordestina, pela situação agravada por ocorrência de secas cíclicas, pelo
desemprego crônico, pela crença numa salvação milagrosa, que pouparia os humildes habitantes do sertão
dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.
Canudos era uma pequena aldeia que surgiu
durante o século XVIII, às margens do rio Vaza-Barris.
Antônio Conselheiro chegou em 1893, passou a ajudar no
crescimento vertiginoso, em poucos anos chegou a contar
por volta de 25.000 habitantes. Antônio Conselheiro batizou
o local de Belo Monte. A situação na região era
extremamente precária, devido às secas, à fome, à pobreza
e à violência social que era vigente. Esse quadro, somado à
elevada religiosidade dos sertanejos, deflagrou uma série
de distúrbios sociais, os quais, diante da incapacidade dos
poderes constituídos em compreendê-los, conduziram a um conflito de maiores proporções, ocasionando
inúmeras mortes e injustiças.
Antônio Vicente Mendes Maciel, apelidado de "Antônio Conselheiro", nascido em Quixeramobim
(CE), em 13 de março de 1830, foi comerciante, professor e advogado prático nos sertões de Ipu e Sobral.
Após sua esposa ter o trocado, por um sargento da força pública, passou a peregrinar pelos sertões por
cerca de vinte e cinco anos. Sua chegada a Canudos foi em 1893, tornou-se líder do arraial e atraiu
milhares de pessoas. Acreditava que era um enviado de Deus para acabar com as diferenças sociais e com
a cobrança de impostos que era abusiva por parte do governo.
O governo da República precisava de dinheiro para materializar seus propósitos, e só se fazia
presente pela cobrança de impostos, frente a toda população nacional. Para Conselheiro e para a maioria
das pessoas que viviam nesta área, o mundo estava próximo do fim. Conselheiro reunia em torno de si um
grande número de seguidores que acreditavam que ele realmente poderia libertá-los da situação de extrema
pobreza ou garantir-lhes a salvação eterna na outra vida, a visão que tinham de Conselheiro era mística, as
pessoas o viam como uma espécie de santo.
Inicialmente, em Canudos, os sertanejos não contestavam o regime republicano, houve apenas
protestos esporádicos contra a municipalização da cobrança de impostos. A imprensa, a igreja e os
latifundiários da região incomodaram-se com uma nova cidade independente e com a constante migração
de pessoas e valores para aquele novo local, passaram a acusá-los disso, ganhando, desse modo, o apoio
da opinião pública do país para justificar a guerra movida contra o arraial de Canudos e todos os seus
moradores.

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Construiu-se em torno de Antônio Conselheiro e seus adeptos uma imagem equivocada de que
todos eram perigosos monarquistas e que pregavam a volta da coroa, e que estavam a serviço de potências
estrangeiras, querendo restaurar no país o regime imperial. A derrota das tropas do Exército nas primeiras
expedições contra o povoado amedrontou o país, e deu “legitimidade” para ao massacre que ocasionou a
morte de mais de seis mil sertanejos. Todas as casas foram queimadas e destruídas pelo exercito brasileiro.

Revolução Farroupilha

Revolução Farroupilha, também chamada de Guerra dos Farrapos ou Decênio Heróico, ocorreu
entre os anos de 1835 e 1845, eclodiu no Rio Grande do Sul e configurou-se, na mais longa revolta
brasileira. Esta durou 10 anos, foi liderada pela classe dominante gaúcha, formada por fazendeiros de gado,
que usou as camadas pobres da população como massa de apoio no processo de luta e como exército
combatente.
A partir do ano de 1821 o governo central passou a impor a cobrança de taxas pesadas sobre os
produtos rio-grandenses, como charque, erva-mate, couros, sebo, graxa, etc. No início da década de 30, o
governo aliou a cobrança de uma taxa extorsiva sobre o charque gaúcho a incentivos para a importação do
importado do Prata.
E ainda aumentou a taxa de importação do sal que era o insumo básico para a fabricação do
produto. Além do mais, se as tropas que lutavam nas guerras eram gaúchas, seus comandantes vinham do
centro do país. Tudo isso causava grande revolta na elite rio-grandense.
Em 20 de setembro de 1835, os rebeldes tomam Porto Alegre, obrigando o presidente da província,
Fernandes Braga, a fugir para Rio Grande. Bento Gonçalves, que planejou o ataque, empossou no cargo o
vice, Marciano Ribeiro. O governo imperial nomeou José de Araújo Ribeiro para o lugar de Fernandes
Braga, mas este nome não agradou os farroupilhas. O principal objetivo da revolta era nomear um
presidente que defendesse os interesses rio-grandenses, e estes decidiram prorrogar o mandato de
Marciano Ribeiro até 9 de dezembro. Araújo Ribeiro, então, decidiu partir para Rio Grande e tomou posse
no Conselho Municipal da cidade portuária. Bento Manoel, um dos líderes do 20 de setembro, decidiu apoiá-
lo e rompeu com os farroupilhas.

Bento Gonçalves então decidiu conciliar, enviou um convite para Araújo Ribeiro tomar posse em
Porto Alegre, mas este não aceitou o chamado. Com a ajuda de Bento Manoel, Araújo conseguiu a adesão
de vários líderes militares, como Osório. Em 3 de março de 36, o governo ordena a transferência das
repartições para o Rio Grande do Sul, é o sinal da ruptura política. Em represália, os farroupilhas prendem
em Pelotas o renomado major Manuel Marques de Souza, que foi levado para Porto Alegre e preso no
navio-prisão, Presiganga, ancorado no rio Guaíba.
Os imperiais passaram a planejar a retomada de Porto Alegre, o que ocorreu em 15 de julho. O
tenente Henrique Mosye, preso no 8º BC, em Porto Alegre, subornou a guarda e libertou aproximadamente
30 soldados. Este grupo tomou importantes pontos da cidade e conseguiu libertar Marques de Souza e
outros oficiais presos no Presiganga. Marciano Ribeiro foi preso e em seu lugar foi posto o marechal João
de Deus Menna Barreto. Bento Gonçalves tentou reconquistar a cidade duas semanas depois, mas foi
superado e não obteve êxito. Entre 1836 e 1840 Porto Alegre sofreu 1.283 dias de sítio, mas nunca mais os
farrapos conseguiriam tomá-la ou dominá-la.
No dia 9 de setembro de 1836 os farrapos, que eram comandados pelo General Netto,
proporcionaram uma violenta derrota ao coronel João da Silva Tavares no Arroio Seival, próximo a cidade
de Bagé. Entusiasmados por esta grande vitória, os chefes farrapos decidiram, em virtude do impasse
político, que o conflito havia chegado ao fim, e agora a luta seria pela proclamação da República Rio-
Grandense, separando este estado do território brasileiro.

Inconfidência Mineira

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A Inconfidência Mineira foi uma tentativa de revolta abortada pelo governo em 1789, em pleno ciclo
do ouro, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama
e o domínio português em território mineiro. Foi um dos maiores acontecimentos e um dos mais importantes
movimentos sociais da História do Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a
opressão do governo português no período
colonial.
No final do século XVIII, o Brasil ainda era
colônia de Portugal e sofria com os abusos políticos
e com a cobrança de altas taxas e impostos, e
abusos por parte da coroa portuguesa. Além disso,
a metrópole havia decretado uma série de leis que
prejudicavam o desenvolvimento industrial e
comercial do Brasil, dando incentivo a mercadorias
importadas de outros países da Europa,
principalmente da Inglaterra. No ano de 1785,
Portugal decretou uma lei que proibia o
funcionamento de indústrias fabris em território
brasileiro.
Neste período, era grande a extração de
ouro e minério no Brasil, principalmente na região de Minas Gerais. Os brasileiros que encontravam ouro
deviam pagar o quinto, ou seja, vinte por cento de todo ouro encontrado acabava nos cofres dos
portugueses. Aqueles que eram pegos com ouro “ilegal” sofriam duras penas, podendo até ser degredado,
enviado a força para o território africano.
Com a grande exploração, o ouro começou a diminuir nas minas. Mesmo assim as autoridades
portuguesas não diminuíam as cobranças de taxas e impostos. Nesta época, Portugal criou a chamada
Derrama, esta medida funcionava da seguinte maneira: cada região de exploração de ouro deveria pagar
100 arrobas de ouro, 1500 quilos por ano para a metrópole portuguesa. Quando a região não conseguia
cumprir estas exigências, soldados da coroa entravam nas casas das famílias para retirarem os pertences
até completar o valor que era devido à coroa.
Estas atitudes e medidas desastrosas do governo português provocaram uma insatisfação enorme
no povo e, principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas, que queriam pagar menos impostos e
ter mais participação na vida política e econômica do país. Alguns membros da elite brasileira (intelectuais,
fazendeiros, militares e donos de minas), influenciados pelas ideias de liberdade que vinham do iluminismo
europeu, começaram a se reunir para buscar uma solução definitiva para o problema, a conquista da
independência do Brasil.
O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes (líder da
inconfidência mineira), era formado pelos poetas Tomas Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o
dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do
grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país,
sobre a questão da escravidão, o grupo não possuía uma posição definitiva. Estes inconfidentes chegaram
a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triângulo vermelho num
fundo branco, escrita a seguinte frase (Liberdade ainda que Tardia, que mais tarde se tornaria a bandeira do
estado de minas gerais.
A Inconfidência Mineira transformou-se em símbolo máximo de resistência para os mineiros frente
ao domínio português, tendo como exemplo a Guerra dos Farrapos para os gaúchos, e a Revolução
Constitucionalista de 1932 para os paulistas.

Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai teve sua ocorrência no ano de 1864, a partir da ambição do ditador Francisco
Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída para o Oceano
Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata. Ele iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos
impostos às embarcações brasileiras, que se dirigiam ao Mato Grosso através da capital paraguaia. Antes
da ocorrência da guerra o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul e ainda era um país
independente das nações europeias, não tendo que prestar contas a nenhum país europeu como
metrópole.
Desejando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa brasileira
naquela região para invadi-la e conquistá-la logo em seguida. Fez isso sem grandes dificuldades e, após
esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através do território brasileiro.
Seu alvo seguinte foi o Rio Grande do Sul, mas, para conseguir atingi-lo, era necessário passar pelo

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território da Argentina. Então, invadiu e tomou Corrientes, província Argentina que, naquela época, era
governada por Mitre.
Decididos a não mais serem
ameaçados e dominados pelo
ditador Solano Lopes, Argentina,
Brasil e Uruguai uniram suas forças,
em 1° de maio de 1865 por meio do
acordo conhecido como a Tríplice
Aliança. A partir daí, os três países
lutaram juntos para deterem o
Paraguai, que foi vencido na batalha
naval de Riachuelo e também na
luta de Uruguaiana. Batalhas na
liderança de Duque de Caxias, um
dos líderes brasileiros nestes
combates.
Esta guerra durou seis anos,
contudo, já no terceiro ano, o Brasil via-se em grandes dificuldades com a organização de suas tropas, pois
além do inimigo, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e
ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes, por conta deste quadro, Caxias foi
chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias
vitórias até chegar a Assunção, no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada
pelo Conde D`Eu. No ano de 1870, a guerra chega ao seu final, com a morte de Francisco Solano Lopes,
em Cerro Cora.
Como consequência da guerra a indústria paraguaia ficou arrasada. O Paraguai nunca mais voltou
a ser um país com um bom índice de desenvolvimento industrial e econômico, pelo contrário, passa até hoje
por dificuldades políticas, econômicas e sociais. Aproximadamente 70% da população paraguaia morreram
durante o conflito, sendo a maioria dos mortos homens, pois participaram dos combates.
Embora tenha saído vitorioso, o Brasil também teve grandes prejuízos econômicos com o conflito.
Os elevados gastos da guerra foram custeados com empréstimos estrangeiros, aumentando a dívida
externa brasileira e a dependência de países ricos, como a Inglaterra, que já dominava o mercado de
produtos industrializados comerciados no Brasil.
Com a guerra, o exército brasileiro obteve maior poder no aspecto bélico, pois ganhou experiência e
passou por um processo de modernização. Houve também um importante fortalecimento institucional. Do
ponto de vista político, o exército também saiu fortalecido e passou a ser uma importante força no cenário
político nacional.

Guerra do Contestado

A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro
de 1912 e agosto de 1916, principalmente nos estados de Santa Catarina e Paraná. O conflito envolveu
aproximadamente 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual.
Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorreram numa área de disputa territorial entre
os estados do Paraná e Santa Catarina.
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa
norte-americana denominada Lamber, com apoio dos coronéis, grandes proprietários rurais que possuíam
força política na região e no governo. Para a construção desta estrada de ferro, milhares de famílias de
camponeses perderam suas terras, gerando desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem
terras para trabalhar e sustentar suas famílias. Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da
região por um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro, compra esta favorecida
pelo governo. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira,
voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras, ficando a mercê da
sorte, em caso de proporcionarem resistências eram cruelmente assassinadas.
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta, muitos dos trabalhadores que
atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com
o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou
do governo, gerando grande crise social, econômica e pobreza na região.
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram
terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de
caráter messiânico, como o acontecido na guerra de canudos.
Na área do Contestado não foi diferente, diante da crise e
insatisfação do povo sertanejo de Santa Catarina, ganhou força

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a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde
todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar, produzir e sustentar suas famílias.
José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras e
abandonados pelo governo.
Os coronéis da região e os governos federal e estadual ficaram preocupados com a liderança de
José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses, fortalecendo assim a resistência do povo expulso de
suas terras. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República e da ordem, que tinha
como objetivo desestruturar o governo e a ordem de toda a região do acontecimento do contestado. Com
isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o
movimento e enfraquecê-lo.
Os soldados e policiais perseguiram o beato e todos os seus seguidores, ocasionando um
verdadeiro massacre por parte do governo brasileiro. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas,
os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas, tiveram como grande
feito a morte do general João Gualberto. Nestes conflitos aproximadamente 12 mil pessoas, na maioria
camponeses, morreram. A guerra terminou em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender
Adeodato, que era um dos comandantes do último reduto de rebeldes. Ele foi condenado a trinta anos de
prisão, por crime contra a republica brasileira.
A Guerra do Contestado mostrou a forma com que os governos nacionais tratavam as questões
sociais no início da República. Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam
como prioridades, em relação às necessidades da população mais pobre e carente da nação. Não havia
espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação, diálogos ou propostas para amenizar os
resultados drásticos feitos pelo governo. Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as
forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar,
ocasionando milhares de mortes, sofrimento, sem nenhum tipo de respeito ao povo brasileiro mais carente.

Testando seus conhecimentos

34) (Mackenzie) A respeito do envolvimento dos E.U.A. na Primeira Grande Guerra é INCORRETO afirmar
que:
a) foi influenciado pela intenção germânica de atrair o México, prometendo-lhe ajuda na reconquista de
territórios perdidos para os E.U.A.
b) os E.U.A. financiaram diretamente a indústria bélica franco-inglesa e enviaram um grande contingente de
soldados ao fronte.
c) uma possível derrota da França e Inglaterra colocaria em risco os investimentos norte-americanos na
Europa.
d) contrariando o Congresso, o presidente dos E.U.A. rompeu a neutralidade, declarando guerra às forças
do Eixo.
e) a adesão dos E.U.A. desequilibrou as forças em luta, dando um novo alento à Entente.

35) (Mackenzie) Ao término da Primeira Grande Guerra, as potências vencedoras responsabilizaram a


Alemanha pela guerra e foi-lhe imposto um tratado punitivo, o Tratado de Versailles, que teve como
conseqüências:
a) degradação dos ideais liberais e democráticos, agitações políticas de esquerda - como o movimento
espartaquista - crise econômica e desemprego.
b) enfraquecimento dos sentimentos nacionais, militarização do Estado Alemão, recuperação econômica e
incorporação de Gdansk.
c) anexação das colônias de Togo e Camarões, a afirmação dos ideais liberais e democráticos e a
valorização do marco alemão.
d) prosperidade econômica, rearmamento alemão, desmembramento da Alemanha e fortalecimento dos
partidos liberais.
e) surgimento da República Democrática Alemã e da República Federal Alemã, fortalecimento do nazismo,
militarismo e diminuição do desemprego.

36) (Puccamp) A Primeira Guerra Mundial, que enfraqueceu a Europa em população e importância
econômica,

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a) acarretou a criação da Liga Pangermânica encarregada de efetivar o "Anschluss".


b) contribuiu para a concretização do Pacto Germânico-Soviético de não agressão, firmado entre Guilherme
II e Nicolau II.
c) contribuiu para a formação, dentro da Sérvia de sociedades secretas, tais como a Mão Negra fundada em
1921.
d) contribuiu para a criação de um clima favorável para a aceitação dos princípios do socialismo utópico.
e) acarretou a difusão das ideias que apontavam as contradições do liberalismo.

37) (Fac. Med. Ribeirão Preto-SP) A Segunda Grande Guerra (1939-1945), a partir de 7 de dezembro de
1941, adquire um caráter mundial quando os:
a) russos tomam a iniciativa de anexar o território dos Estados bálticos.
b) alemães invadem a região mediterrânica da Ásia.
c) japoneses atacam a base americana de Pearl Habor.
d) franceses, por determinação de Petain, ocupam o sudeste da Ásia.
e) chineses cedem a maior parte do seu território às tropas do Eixo.

38) (UNITAU) O fato concreto que desencadeou a Segunda Guerra Mundial foi:
a) a saída dos invasores alemães do território dos Sudetos, na Checoslováquia;
b) a tomada do “Corredor Polonês” que desembocava na cidade-livre de Dantzig (atual Gdanki), pelos
italianos;
c) a invasão da Polônia por tropas nazistas e a ação da Inglaterra e da França em socorro de sua aliada,
declarando guerra ao Terceiro Reich;
d) a efetivação do “Anschluss”, que desmembrou a Áustria da Alemanha;
e) a invasão da Polônia por tropas alemãs, quebrando o Pacto Germano-Soviético.

39) (UFPE) Em torno de fatos relacionados com a Segunda Guerra Mundial, estabeleça a correspondência:
1. Blitzkrieg ( ) Guerra relâmpago.
2. Kamikaze ( ) Cidade arrasada pela bomba atômica.
3. A Grande Aliança ( ) Piloto suicida utilizado pela aviação japonesa.
4. As nações do Eixo ( ) Inglaterra, União Soviética e Estados Unidos.
5. Nagasaki ( ) Japão, Itália e Alemanha.

a) 2, 3, 5, 4 e 1
b) 1, 2, 5, 4 e 3
c) 1, 5, 2, 4 e 3
d) 1, 5, 2, 3 e 4
e) 4, 5, 2, 3 e 1

40) (UFPE) Em 24 de outubro de 1985, chefes de Estado, reunidos em Nova Yorque, comemoraram o 50°
aniversário da Organização das Nações Unidas – ONU. O que representa essa organização?
a) Uma associação dos países do Ocidente para o enfrentamento com os países do Oriente.
b) A vitória da Liga das Nações, vigente durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.
c) O fim da Guerra Fria entre o mundo capitalista e o mundo comunista.
d) A descolonização da América e da África e o respectivo engajamentos políticos dos dois continentes.
e) Uma força internacional acima das nações, na defesa da paz mundial, dos direitos do homem e da
igualdade dos povos.

Para Treinar em Casa

22) (UFC) Na manhã do dia seis

Canudos foi destruída

Com bombardeios e incêndios

Não ficou nada com vida

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Dizem que o Conselheiro

Tinha morrido primeiro

Na Belo Monte Querida

FRANÇA, A.Q. de; RINARÈ, R. do. Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos. Fortaleza; Tupynanquim,
2002, p. 32.
Em relação aos movimentos como o de Canudos, é correto afirmar que:
a) foram movimentos que se limitaram às regiões Norte e Nordeste do Brasil, marcadas pela presença dos
latifúndios.
b) foram movimentos sem grande repercussão, visto que se situavam no campo e a maior parte dos
trabalhadores do país encontrava-se nas cidades.
c) no campo o domínio dos coronéis era absoluto, e esses movimentos sociais tiveram que se disfarçar
como um movimento de conteúdo religioso, para evitar a repressão.
d) foram movimentos nos quais se combinavam conteúdos religioso e social, pois questionavam o poder
das autoridades civis e religiosas.
e) foram movimentos de conteúdo exclusivamente religioso, marcados pelo fanatismo, reprimidos por Pedro
II e pelos republicanos que se esforçavam para construir um país civilizado.

23) (Fuvest)
Não é por acaso que as autoridades brasileiras recebem os aplausos unânimes das autoridades
internacionais das grandes potências, pela energia implacável e eficaz de sua política saneadora [...]. O
mesmo se dá com a repressão dos movimentos populares de Canudos e do Contestado, que, no contexto
rural, [...] significam praticamente o mesmo que a Revolta da Vacina no contexto urbano.

Nicolau Sevcenko. A Revolta da Vacina.

De acordo com o texto, a Revolta da Vacina, o movimento de Canudos e o do Contestado foram vistos
internacionalmente como:
a) provocados pelo êxodo maciço de populações saídas do campo rumo às cidades logo após a abolição.
b) retrógados, pois dificultavam a modernização do país.
c) decorrentes da política sanitarista de Oswaldo Cruz.
d) indícios de que a escravidão e o Império chegavam ao fim para dar lugar ao trabalho livre e à República.
e) conservadores, porque ameaçavam o capital norte-americano no Brasil.

24) (UFU-MG) A Guerra do Paraguai, encerrada em 1870, foi um acontecimento com profundas implicações
para os Estados que nela se envolveram militarmente. Considerando seus efeitos sobre o Império Brasileiro,
podemos afirmar que:

I. o fortalecimento do exército, a participação de escravos na luta, o endividamento do Brasil e o abalo da


opinião pública levaram a uma crise do Império, tendo como efeitos mais imediatos a criação do “Partido
Republicano” e a aprovação da “Lei do Ventre Livre”.

II. a vitória brasileira possibilitou a reanexação da Cisplatina ao território do Império, repercutindo


favoravelmente na opinião pública nacional e internacional.

III. o Brasil, com a vitória, conseguiu anexar parte do território do norte do Paraguai, obtendo acesso livre à
navegação dos rios Paraná e Paraguai, fundamental à comunicação com o Mato Grosso.

IV. a vitória brasileira não satisfez a Inglaterra, que temia a afirmação do Brasil como uma grande potência
econômica e militar na América do Sul. Assim, os ingleses buscaram atingir o Brasil com uma nova
campanha contra a escravidão, levando à aprovação da “Lei do Ventre Livre”.

Assinale a alternativa correta:


a) II e III são corretas.
b) I e II são corretas.
c) I e III são corretas.
d) II e IV são corretas.

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25) A Revolução Farroupilha tinha como objetivo proclamar a república:


a) De São Paulo;
b) Mineira;
c) Rio-Grandense;
d) Paranaense.

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também as características gráficas da obra e à sua editoração.
A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do
Código Penal, cf. Lei n° 6.395, de 17112/1980) com pena de prisão e multa,
conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122, 123, 124,
126, da Lei n° 5.988, de 14/1210973, Lei dos Direitos Autorais),

Os autores acreditam que todas as informações aqui representadas estão


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respectivos autores descritos na bibliografia consultada.

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MATERIAL DIDÁTICO
CPAM TREINAMENTOS
COMÉRCIO VAREJISTA DE LIVROS
CNPJ 11.549.432/0001-72
ISBN 97885-79170379

TANATOLOGIA

I. TANATOLOGIA E TÉCNICAS DE DISSECAÇÃO

Desde a concepção humana até o momento da morte, todos os indivíduos estão


sujeitos passar por diversos procedimentos complexos durante seu desenvolvimento. É
na infância e na adolescência que ocorre às principais mudanças no crescimento. É nesta

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fase que ocorre descobertas, conhecimento de novas pessoas, socialização e descoberta


de brincadeiras. Por isso, a criança e o adolescente são constantemente assistidos de
mais perto pelos seus familiares e cuidadores.

Figura 1 – Esquema de tanatologia

Disponível em: https://d1i0fc51bv4e6i.cloudfront.net/noticias/wp-content/uploads/


2016/05/21215442/fenomenos-cadavericos..jpg

A morte é um fato inevitável para qualquer ser vivo e a mesma mostra que não há
meios de vencê-la. Ao constatar que as mortes vêm acontecendo no âmbito hospitalar,
vale ressaltar que os profissionais de saúde lidam constantemente com essa situação.
Principalmente, quando observada em pacientes mais comprometidos e com doenças
terminais. E isto requer do profissional uma habilidade de conviver com este fato sem
desencadear transtornos em seu lado emocional e psicológico.
Por mais que a convivência com a morte seja constante, em alguns momentos os
profissionais podem se sentir esgotados. Mas mesmo que estes estejam extremamente
sensíveis ainda são obrigados a cuidar do corpo pós-morte. Com isso os profissionais
deverão lidar com o luto (MASSAD, 2018).
A morte traz consigo sentimentos irracionais que causam dor e sofrimento, por
mais que seja um fenômeno biológico natural da vida. E quando uma profissional lida
diretamente com a morte, o mesmo passa a criar especulações sobre o significado de
existir. E com isso os profissionais se veem constantemente em situações nas quais

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tendem a se confrontar a todo instante sobre qual o seu papel naquele lugar e o porquê
de ele estar inserido naquele ambiente.
A tanatologia é considerada como um ramo da ciência que partindo do exame do
local, busca compreender quais as circunstancias da morte, respeitando os dados do
exame necrópsico estabelece a identificação do cadáver, o mecanismo da morte, a causa
da morte e o diagnostico diferencial médico legal que relata se a morte foi desencadeada
por um acidente, suicídio, homicídio ou morte de causa natural.
Entretanto é importante ressaltar que estes objetivos nem sempre são fáceis de
se atingir, pois algumas dificuldades podem surgir para o médico responsável pela
autopsia. Como por exemplo nos casos da identificação a mesma nem sempre é possível
estabelecer. Pois, em alguns casos em que os cadáveres são encontrados em avançado
estado de decomposição, que não são procurados, nem por familiares, nem por forças
policiais e em que não há qualquer informação sobre o caso, pode não se chegar à sua
identificação.
É importante ressaltar que o diagnóstico sobre a causa da morte também pode
ser dificultado, tendo em vista que em alguns casos, algumas mortes podem permanecer
com causa indeterminada mesmo após a autópsia médico-legal.
É importante ressaltar que em qualquer serviço de Tanatologia Forense, apesar
da experiência dos médicos que fazem a autópsia, da possibilidade de recurso a todos os
meios auxiliares de diagnóstico adequados ao caso em estudo, haverá sempre mortes em
que não é possível esclarecer a sua causa, tendo que se concluir, por morte de causa
indeterminada (CARRETA, 2016).
A dissecção cadavérica é considerada como uma metodologia de ensino que
abrange características especificas dotada do realismo e da humanidade a mesma é
fundamental no ramo da medicina legal para a identificação das características
relacionadas a morte.
Apesar de ser uma metodologia de ensino que exige tempo e grande
consumidora de recursos econômicos, a dissecação cadavérica permite que o aluno e ou
profissional da área de saúde desenvolva a sua capacidade de observação, de destreza
manual, e confronta- -o com dilemas de natureza ético-social que o obrigam a adotar uma
postura responsável face ao outro. Embora não haja consenso, o uso de cadáveres para
o ensino de anatomia e habilidades cirúrgicas na graduação e pós-graduação tem sua
importância quando de sua utilização no treinamento de estudantes de graduação, bem
como de médicos residentes das áreas cirúrgicas e também de anatomia patológica e
medicina forense.

A dissecação também desenvolve habilidades manuais com instrumentação


cirúrgica. Tais aspectos são objetivados e alcançados nos cursos, devido à satisfação dos
participantes. O problema da falta de acesso às peças cadavéricas bem dissecadas é
uma das causas de evasão e exclusão na disciplina de Anatomia Humana em cursos da
área da saúde, logo o curso de dissecação também contribui com aumento do interesse
pela disciplina (FURTADO, 2011).

Figura 2- Dissecação de uma perna com calo ósseo

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Disponível em: file:///C:/Users/user/Downloads/48528-Texto%20do%20artigo-202690-1-


10-20170803.pdf

Figura 3 – Braço dissecado

Disponível em: https://i.ytimg.com/vi/UGW9zQ4nYOM/hqdefault.jpg

Figura 4 - Cranio dissecado

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Disponível em:
https://i0.wp.com/diariodebiologia.com/wp-content/uploads/sites/4/2014/11/
corp_slidshow.jpg?fit=875%2C474&ssl=1

Figura 5 – Tórax dissecado

Disponível em: https://i.ytimg.com/vi/3dol2EWH-SQ/maxresdefault.jpg

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No Brasil um corpo só poderá ser dissecado a partir do momento que for doado
para fins científicos de acordo com as especificações na Lei nº 8.501/92, que dispõe
sobre a utilização de cadáver para fins de ensino ou pesquisa. Entretanto antes mesmo
do surgimento desta Lei o uso de cadáveres já era utilizado para fins de pesquisa.
As primeiras pesquisas em relação ao cadáver humano foram realizadas com a
finalidade de descobrir como funcionavam o cérebro humano. Com isso eram realizadas
craniotomia exploratórias ou trepanações para abrir o crânio e poder “visualizar” a causa
de algumas doenças ou até mesmo comportamentos. Entretanto, estes procedimento não
tiveram sucessos (SILVA, 2014).
A técnica aceita e utilizada na atualidade para a dissecação do corpo humano tem
sido a técnica de plastinação, pois esta é a única que permite que o órgão seja utilizado
por mais tempo em universidades ou laboratórios de pesquisa. A plastinação é nada mais
que a substituição do liquido corporal por um polímero, que irá se tornar um material
resistente e semelhante ao plástico, para assegurar a conservação e todas as
características da peça anatômica.
É importante ressaltar que a dissecação ocorre com o uso de materiais cirúrgicos,
facilitando assim o manuseio das peças e conservação de suas características. Dentre os
materiais utilizados para a dissecação encontram-se os materiais de diérese que
representa os materiais de corte, como bisturi, tesouras, facas cirúrgicas e trépanos
(FORNAZIERO, 2009).

Figura 6- Material de diérese

Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/6087402/

II. Conservação de Peças Anatômicas

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As conservações das peças anatômicas foram criadas inicialmente há mais de


5000 mil anos, exclusivamente com finalidade religiosa. André Versalius foi o primeiro
anatomista a utilizar a dissecção anatômica para método de ensino. Com isso o mesmo
recebeu o título de pai da anatomia. A partir de então foi iniciada a conservação de
cadáveres para finalidades de estudo e pesquisas acadêmicas.
É importante ressaltar que os materiais mais utilizados para a conservação das
peças anatômicas consistem principalmente no uso do formaldeído, glicerina, álcool
etílico e fenol. Além destes produtos químicos pode ser utilizada também a resina e o
poliéster que é mais indicada na técnica de plastinação.
O produto mais utilizado na conservação das peças anatômicas na atualidade tem
sido o formaldeído, pois é um produto de baixo custo. A solução derivada do formaldeído
mais utilizada é o formol que é uma substância aquosa, podendo apresentar de 30 a 60%
de formaldeído. 15% de metanol e outras resinas fenólicas, além de apresentar ainda
alguns metais pesados como o chumbo e o cádmio (MEDEIROS; DANTAS-FILHO, 2018).
Quando se utiliza o formal as peças anatômicas podem ser conservadas de duas
maneiras distintas sendo elas a submersão da peça no formol ou a aplicação de formol
diretamente na peça. Para fins da medicina legal a forma mais utilizada é a aplicação de
formol em todo o cadáver. Já quando as peças são separadas do corpo a submersão da
peça no formol é mais aceita, pois garante tempo de conservação maior da peça e não
altera suas estruturas ou características (DA COSTAI; LINSI, 2012).

Figura 7- Peças anatômicas conservadas no formol

Disponível em:
https://br.rbth.com/arte/2014/12/12/pioneiro_entre_os_museus_russos_comemora_300_a
niversario_28619

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Figura 8 – Coração conservado no formol

Disponível em:
https://www.ufmg.br/rededemuseus/mcm/wp-content/uploads/2016/06/Mostra_8-
1024x687.jpg

A técnica de glicerinação é uma técnica bastante antiga que foi utilizada pela
primeira vez em 1762 pelo anatomista Carlo Giacomini. A glicerinação é utilizada como a
primeira escolha na substituição do formol, entretanto é importante ressaltar que a mesma
é utilizada associada com álcool absoluto.
A glicerina apresenta 100% de eficiência na conservação das peças anatômicas
e tem sido cada vez mais utilizada no lugar do formal tendo em vista que a mesma é
inodora e possui ação fungicida e bactericida. Como desvantagem essa técnica mostra
um custo consideravelmente elevado, podendo chegar a 10 vezes o valor dispendido com
formol (CHAGAS, 2009).

Figura 9- Rim suíno conservado em glicerinação

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Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-


736X2013000100021

Figura 10 - Coração suíno conservado em glicerinação

Disponível em: http://www.scielo.br/img/revistas/pvb/v33n1/a21fig03.jpg

O álcool etílico é considerado um bom fixador de baixo custo e aquisição facilitada,


o mesmo possui grande facilidade de fixação nas peças anatômicas e penetração nos
tecidos. Entretanto, o mesmo só pode ser utilizado em peças de pequeno porte.
Entretanto, o mesmo deve ser utilizado associado ao ácido fênico e bórico nas cavidades
e vasos do cadáver (MOURTHÉ FILHO, 2016).

Figura 11- Rim conservado no álcool etílico

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Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pvb/v33n5/22.pdf

A formolização é um método rudimentar, onde através da artéria femoral, junto ao


triângulo de Scarpa, faz-se incisão de aproximadamente 10 cm, introduzindo através de
gravidade cerca de 500 ml de formaldeído diluído em 50% de água por quilo corpóreo do
cadáver neste processo o corpo fica com rigidez acentuada, coloração que varia da palha
ao cinza nos locais mais próximos a área de injeção, é comum que haja dilatação
abdominal uma vez que se introduz quantidade de líquidos no corpo.
 Tempo médio: 2 horas;
 Embalsamamento: Processo utilizado para conservação mais prolongada, exigido
em caso de translado Internacional, se utilizado formaldeído a aparência é muito
próxima da formolização, contudo a técnica é abertura da caixa craniana para
retirada da massa encefálica, abertura da cavidade toraco-abdominal, com retirada
desde a língua até o escroto, devendo ser dado destino aos órgãos e vísceras,
injeção por partes membros superiores braquial, inferiores femoral, face carótidas,
ou injeção através do arco aórtico e aorta abdominal;
 Nota: Por exigência a maioria dos países não aceita concentração de formol
superior a 5%, devendo conter amostra do liquido utilizado em frasco com 50 ml
para analise, que deve ficar junto à urna. Tempo médio: 6 horas
A tanatopraxia é um método moderno e eficaz de conservação utiliza-se líquidos
conservantes com concentrarão máxima do formol em 8%, injetado através de maquinas
apropriadas, com regulagem de pressão e vazão, através de artérias junto ao triangulo de
escarpa ou carótida, podendo ser feito multiponto conforme a necessidade de cada caso,
em média se utiliza 8000 ml de liquido por corpo, ocorrendo a drenagem do sangue
durante o processo de injeção. O cadáver fica com aparência saudável, coloração
epidérmica rosada, sem marcas de “livores mortis”, ou seja, roxos nas extremidades e
posterior abdominal, tecido epidérmico ganha espécie de celulite, há ganho de massa
muscular, ficando pernas e braços mais grossos e flexíveis, boca e olhos fechados,
posição do corpo normalmente reto. Abdome normal para negativo, devido à aspiração
toraco-abdominal que retira sangue e gases, após este processo que utiliza a abertura de
orifício ao lado do processo xifoide (umbigo) ainda há a introdução de cerca de 500 ml de

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liquido conservante neste local. Tempo médio: 2 horas (DOS SANTOS CASTRO;
LANDEIRA-FERNANDEZ, 2010).
Tanatopraxia em corpos submetidos à necropsia: Em corpos submetidos à
necropsia é necessária a abertura craniana e toraco-abdominal, efetuar-se a evisceração,
lavagem e embalagem das vísceras e massa encefálica, a injeção dar-se-á
principalmente pelo arco aórtico e aorta abdominal, podendo dependendo de o caso ser
multipontos. Não há aspiração toraco-abdominal nestes casos, não é possível fazer a
injeção através do triangulo de escarpa devido a rompimentos que é o sistema
circulatório, vísceras e órgãos sofrem no exame necroscópico. Tanto o processo de
tanatopraxia quanto o de formolização devem apresentar estas características na injeção,
diferindo apenas aspectos de apresentação final na aparência do corpo. Deve ser notado
sutura com espaçamento máximo de 0,5 cm entre pontos, a sutura deve ser toda refeita,
boca e olhos fechados, urna limpa e seca assim como o corpo. Tempo médio: 3 horas
(PRZYBYSZ; SCOLIN, 2009).

Figura 12 – Tanatopraxia

Disponível em: https://kheperws.amarassist.com.br/images/catalog/1248-


1b6a524a7115307.jpg

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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n. 3, p. 757-777, 2016. Disponivel: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
59702016000300757&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso 28 de Julho de 2019.

CHAGAS, Juarez et al. Cadaver desconhecido: importan historica e academica para o


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37720499.pdf>. Acesso 31 de Julho de 2019.

DA COSTAI, Gilliene Batista Ferreira; LINSI, Carla Cabral dos Santos Accioly. O cadáver
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DOS SANTOS CASTRO, Fabiano; LANDEIRA-FERNANDEZ, J. Alma, mente e cérebro


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FORNAZIERO, Célia C.; GIL, Célia RR. Novas tecnologias aplicadas ao ensino da
anatomia humana. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 27, n. 2, p. 141-146,
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FURTADO, Ivo Álvares; GONÇALVES-FERREIRA, A. J. O INSTITUTO DE


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<https://www.researchgate.net/profile/Ivo_Furtado/publication/224809571_The_Institute_o
f_Anatomy_in_the_centenary_of_the_Medical_Faculty_of_Lisbon_University/links/
57a1f9c708aeef8f311dafe4.pdf>. Acesso 31 de Julho de 2019.

MASSAD, Mara Rita Rodrigues. Necropsia virtual em animais domésticos e silvestres:


técnica alternativa e/ou complementar à necropsia convencional. 2018. Disponivel:
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MEDEIROS, Aldo Cunha; DANTAS-FILHO, Antônio Medeiros. Intervenções fundamentais


em cirurgia: diérese, hemostasia e síntese. JOURNAL OF SURGICAL AND CLINICAL
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MOURTHÉ FILHO, Antônio et al. Refletindo o ensino da Anatomia Humana. Enfermagem


revista, v. 19, n. 2, p. 169-175, 2016. Disponivel: <http://periodicos.pucminas.br/in-

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dex.php/enfermagemrevista/article/download/13146/10290>. Acesso 03 de Agosto de


2019.
PRZYBYSZ, Carlos Henrique; SCOLIN, Edson. Técnica anatômica: confecção de
modelos em resina a partir de vértebras humana. F@ PCiencia, v. 2, n. 10, 2009.
Disponivel: <http://fap.com.br/fapciencia/002/edicao_2008/010.pdf>. Acesso 31 de Julho
de 2019.

SILVA, Pedro Ducatti de Oliveira. DISSECAÇÃO ANATÔMICA DE UMA FRATURA


TIBIAL: ESTUDO ANATÔMICO E MULTIDISCIPLINAR1 2014. Disponivel: <http://www.s-
bpcnet.org.br/livro/63ra/conpeex/extensao-cultura/trabalhos-extensao-cultura/extensao-
cultura-pedro-ducatti.pdf>. Acesso 31 de Julho de 2019.

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BIOLOGIA
MÓDULO 01
CURSO DE AUXILIAR DE NECROPSIA

AULA 1

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EVOLUÇÃO

ORIGEM DA VIDA

O mistério da vida é motivo que intriga a humanidade desde antes da história. O que faz de um
amontoado de moléculas uma entidade viva. Os limites dessa definição ainda estão sendo estabelecidos
pela ciência.
Existe hoje grande discussão sobre a inclusão ou não dos vírus como seres vivos. Com isso
vemos como esse estudo é difícil, pois estudamos a origem de algo que não sabemos ainda definir o que é.
Para desvendar os mistérios a ciência usa o que chamamos método científico. Hipóteses devem
ser testadas e comprovadas para que sejam aceitas como verdades cientificas.

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HIPÓTESE DO
CRIACIONISMO DIVINO

Também chamada de criação especial ou divina, esta hipótese defende a criação baseada na
gênese bíblica, a qual afirma que “as espécies foram criadas por Deus e são imutáveis através do tempo”. É
aceita por fiéis de diversas religiões, porém sem nenhuma comprovação científica.

HIPÓTESE COSMOGÊNICA

Segundo ela, os seres vivos não tiveram origem na Terra e aqui chegaram na forma de esporos ou
outras formas de resistência, trazidos por meteoritos que caíram na superfície do nosso planeta.
Alguns pesquisadores ainda defendem que aminoácidos essenciais não produzidos
espontaneamente na terra teriam sido trazidos por esses meteoritos. Ainda não existe comprovação
científica para essa hipótese também.

HIPOTESE DA ABIOGÊNESE

Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas pelo homem para tentar explicar a
origem da vida na Terra. Até meados do século XIX, muitos achavam que os seres vivos surgiram
espontaneamente a partir da matéria bruta. Essa explicação era conhecida como hipótese da geração
espontânea ou abiogênese. Acreditava-se que os vermes surgiam espontaneamente nos corpos de
cadáveres em decomposição e que anfíbios e répteis surgiam pela transformação espontânea do lodo dos
rios e lagos. A abiogênese foi aceita por muito tempo, até que pesquisadores como o italiano Francesco
Redi, em meados do século XVII e, depois, o francês Louis Pasteur, em meados do século XIX,
demonstraram a inconsistência dessa hipótese, criando a teoria da biogênese, aceita até hoje e segundo a
qual todos os seres vivos têm origem em outros seres vivos preexistentes. Observe a seguir o esquema dos
experimentos realizados por Redi e Pasteur que levaram ao descrédito a teoria da geração espontânea.

Experimento de Redi

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Experimento de Pasteur

Sendo aceita a teoria da biogênese, surge um novo questionamento. Como surgiu o primeiro ser
vivo? Diversas hipóteses foram formuladas ao longo do tempo, na tentativa de responder esta questão,

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sendo que entre elas, destacam-se as seguintes:

HIPÓTESE HETEROTROFICA

Essa hipótese é baseada principalmente nos trabalhos do bioquímico russo Aleksander I. Oparin
(1894-1980), e do geneticista escocês John B. S. Haldane, é a mais aceita atualmente e propõe que os
primeiros seres vivos eram incapazes de produzir seu próprio alimento, isto é, eram heterótrofos,
extremamente simples e que surgiram através da evolução lenta da matéria bruta, nas condições em que se
encontrava a Terra primitiva. Segundo a hipótese heterotrófica, os organismos primitivos retiravam energia
das moléculas orgânicas presentes no meio, através de mecanismos semelhantes à fermentação realizada
por algumas bactérias e fungos atuais e, por meio da evolução, deu-se a origem aos organismos
autotróficos.
Segundo Oparin, há aproximadamente 4 bilhões de anos a atmosfera primitiva da Terra era
formada basicamente por metano (CH4), amônia (NH3), hidrogênio (H2) e vapor d’água, que sofrendo a
influência de descargas elétricas, durante as constantes tempestades e radiação ultravioleta, deram origem
às primeiras moléculas orgânicas que, após milhões de anos, teriam formado os primeiros seres vivos.
Nessa época não havia oxigênio (O2) e a Terra passava por um processo de resfriamento, que
tornou possível o acúmulo de água na sua superfície, formando os primeiros mares primitivos. As moléculas
orgânicas formadas na atmosfera teriam sido arrastadas da atmosfera pela água das chuvas, acumulando-
se nos mares primitivos, formando verdadeiras “sopas orgânicas”. Com o passar do tempo, essas moléculas
teriam se agregado, formando estruturas orgânicas mais complexas, os coacervados, macro-moléculas
protéicas, isoladas parcialmente do meio por moléculas de água.
Alguns coacervados, que não eram ainda seres vivos, poderiam ter-se tornado mais complexos,
passando a apresentar ao seu redor uma membrana constituída por proteínas e lipídios e, em seu interior,
uma molécula de ácido nucléico, adquirindo assim a capacidade de reprodução. Dessa forma, teriam
surgido os primeiros seres vivos que, apesar de primitivos, apresentavam capacidade de se reproduzir,
originando outros seres semelhantes a eles.
Essa hipótese foi parcialmente comprovada em laboratório por Stanley L. Miller e por Harold C.
Urey em 1953, que sintetizaram aminoácidos em laboratório, criando as condições da atmosfera primitiva.

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EVOLUÇÃO

Evolução
é o processo pelo qual os seres vivos, para se adaptar ao ambiente em que vivem, sofrem transformações
ao longo do tempo, originando novas espécies.
É importante ressaltar que a evolução não é uma hipótese cientifica, é uma teoria tendo sido
comprovada por diversos experimentos.
Evidencias de evolução
As principais evidências de que a evolução de fato ocorreu, são dadas pelos fósseis, pela
anatomia comparada e pela biologia molecular.
Fósseis
Os fósseis são restos ou vestígios de seres vivos que habitaram o planeta há milhares ou milhões
de anos.

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Anatomia Comparada

A anatomia comparada mostra semelhanças entre órgãos de seres de espécies diferentes, que
são explicadas pela existência de um ancestral comum, dos quais herdaram um plano básico de estrutura
corporal.

Órgãos homólogos

São os órgãos que têm a mesma origem embrionária, podendo ou não ter a mesma função.
Braços humanos e patas dianteiras do cavalo, asas dos morcegos e as nadadeiras das baleias.
As diferenças que podem ocorrer entre órgãos homólogos devem-se à adaptação que duas
espécies originadas de um ancestral comum devem sofrer para se adaptar a ambientes diversos. Quando
os órgãos homólogos não desempenham a mesma função fala-se em divergência adaptativa.

As diferenças que podem ocorrer entre órgãos homólogos devem-se à adaptação que duas
espécies originadas de um ancestral comum devem sofrer para se adaptar a ambientes diversos. Quando
os órgãos homólogos não desempenham a mesma função fala-se em divergência adaptativa.

Órgãos análogos
São órgãos que apresentam a mesma função, embora sua origem embrionária seja diferente.
Exemplo: Asas de aves e de insetos.

Nas analogias pode se observar o fenômeno da evolução convergente ou convergência


adaptativa, onde dois grupos não aparentados resolveram da mesma forma os problemas de adaptação ao
mesmo tipo de ambiente.

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Órgãos vestigiais

São estruturas que se encontram atrofiadas e, geralmente, sem função em determinados grupos,
mas que aparecem desenvolvidas e funcionais em outros, revelando a existência de uma ancestralidade
comum entre eles ou a presença de uma “linha de montagem comum na natureza”. Na espécie humana,
são exemplos de órgãos vestigiais o apêndice vermiforme, que é bastante reduzido, mas aparece muito
desenvolvido nos herbívoros, onde abriga microorganismos mutualísticos, que promovem a digestão da
celulose. Outro exemplo de órgão vestigial na espécie humana é o cóccix, vestígio de uma cauda ancestral.

Embriologia comparada
O estudo comparado de embriões de diversos grupos de vertebrados mostra a grande
semelhança de padrão de desenvolvimento inicial, o que indica a existência de um parentesco evolutivo
entre os grupos considerados. Embriões de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos apresentam fendas
branquiais e cauda, pelo menos em determinadas fases do desenvolvimento.

BIOLOGIA MOLECULAR

A comparação entre moléculas de DNA e de proteínas de diferentes espécies mostra o grau de


semelhança em sua composição química, o que demonstra o parentesco evolutivo.

TEORIAS DE EVOLUÇÃO

Teoria de Lamarck

Uma das primeiras tentativas de explicar a evolução, através de uma teoria científica, foi feita pelo
naturalista francês Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829). Segundo Lamarck, as transformações das
espécies dependem de dois fatores básicos, enunciados por ele como leis do mecanismo da evolução.
A primeira delas é a lei do uso e desuso dos órgãos e a segunda é a lei da herança dos
caracteres adquiridos.

Lei do Uso e Desuso

Supõe que o uso frequente de determinadas partes do organismo conduz à hipertrofia, e o desuso

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prolongado faz com que atrofiem. A intensidade do uso dos órgãos seria ditada pela necessidade de
adaptações às condições impostas pelo meio ambiente.

Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos

Supõe que as alterações estruturais dos órgãos adquiridos durante a vida por influência do meio
seriam transmissíveis por hereditariedade.
Apesar dos erros apresentados em sua teoria, Lamarck deu uma grande contribuição ao estudo
da evolução, mostrando a importância da adaptação ao meio para a sobrevivência dos organismos.

Teoria de Darwin

Proposta pelo naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), em meados do século XIX, defende
que o principal mecanismo evolutivo é a seleção natural. Darwin propôs sua teoria no livro A origem das
espécies por meio da seleção natural e defendia que os seres vivos são produtos da evolução.
Segundo Darwin, os organismos melhor adaptados ao meio em que vivem, apresentam melhores
chances de sobrevivência que outros menos adaptados, podendo deixar um maior número de
descendentes. Dessa forma, portanto, os organismos melhor adaptados são selecionados para aquele
ambiente.
Os princípios básicos da teoria de Darwin podem ser resumidos da seguinte forma:
􀀆 Os indivíduos de uma mesma espécie não são idênticos entre si. Há diferenças individuais que
tornam alguns mais adaptados às condições ambientais do que outros.
􀀆 A maioria dos organismos de uma população apresenta grande capacidade de reprodução,
deixando muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta e se
reproduzem.
􀀆 Boa parte das diferenças individuais entre organismos de uma mesma espécie são transmitidas
aos descendentes.
􀀆 O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das
gerações e, desta forma, há uma luta pela sobrevivência entre os descendentes.
􀀆 Na luta pela sobrevivência, organismos com variações favoráveis às condições do ambiente têm
maior chance de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.
􀀆 Os indivíduos com essas variações vantajosas têm maior chance de deixar descendentes.
Como há transmissão de características de pais para filhos, estes apresentam variações favoráveis.
􀀆 Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou
melhora o grau de adaptação.

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Neodarwinismo ou Teoria sintética da Evolução

Embora Darwin seja contemporâneo de Mendel e um dos cientistas mais bem informados de seu
tempo, nunca teve contato com a pesquisa do monge austríaco.
Por causa disso Darwin não conhecia o conceito de gene e acreditava a herança dos caracteres
adquiridos como modo de transmissão das características selecionadas pela natureza.
Esse talvez seja (não por sua culpa) o maior erro de conceito dos trabalhos de Darwin.
Mais tarde Cientistas defensores das ideias de Darwin tomaram conhecimento dos achados de
Mendel. Dentre eles o russo Theodosius Dobzhansky foi provavelmente o mais influente defensor das
ideias que mais tarde ficariam conhecidas como neodarwinismo.
Essa teoria toma a Seleção Natural como formadora da diversidade entre as espécies e aceita a
Genérica como a forma como as características são transmitidas. O neodarwinismo incorpora alguns
conceitos importantes.
- Mutação Gênica
Mutações gênicas são alterações de bases nitrogenadas de um determinado gen, durante a
duplicação da molécula do DNA e a maioria tem efeito deletério sobre o organismo.
As mutações podem ocorrer expontaneamente ou serem provocadas por fatores ambientais
(produtos químicos, radiações atômicas). Ocorre ao acaso e não para adaptar o indivíduo ao meio
ambiente. Se forem vantajosas, podem ser mantidas pela seleção natural, caso contrário, serão eliminadas.
- Recombinação Gênica
É o mecanismo de reorganização dos genes de indivíduos diferentes, que ocorre na reprodução
sexuada. Nos organismos eucariontes, esse processo ocorre através da segregação independente dos
cromossomos e da permutação (crossing-over) que ocorre durante a gametogênese.
- Seleção Natural
A seleção natural é o principal fator evolutivo que atua sobre a variabilidade genética de uma
população. A atuação da seleção natural consiste em selecionar genótipos mais bem adaptados a uma
determinada condição ecológica, eliminando aquelas desvantajosas para essa condição.
- Especiação
É o processo de formação de novas espécies a partir de uma população ancestral. Na maioria das
vezes, o processo tem início com a separação de uma espécie em duas ou mais populações, por algum tipo
de barreira física de difícil transposição, como uma massa de água formada, onde antes não existia, uma
cordilheira, um vale, etc.
Essa situação é denominada isolamento geográfico. Quando populações são isoladas
geograficamente, passam a submeter-se a mutações e a seleções naturais diferenciadas, podendo ocorrer,
então, alterações em seus genes de forma diferenciada, originando, assim, raças geográficas.
Caso indivíduos de duas populações se encontrem antes que as diferenças genéticas entre eles
sejam acentuadas demais, poderão cruzar-se e gerar descendentes férteis e raças diferentes. Se for
mantido o isolamento geográfico, as diferenças entre as raças tendem a aumentar, pela interrupção do
Fluxo Gêncio ou seja as alterações genéticas selecionadas pela natureza não mais podem ser transmitidas
a toda a população por causa da barreira geográfica.
Isso poderá levar a um isolamento reprodutivo, ou seja, não serão mais capazes de trocar
genes entre si, formando-se assim uma nova espécie, ou seja, populações naturais de indivíduos capazes
de se cruzar e que estão reprodutivamente isolados de outros grupos semelhantes.
- Irradiação Adaptativa
É um fenômeno em que a partir de um tipo ancestral, desenvolvem-se vários grupos que exibem
linhas evolutivas divergentes.

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Evolução Humana

Os primeiros hominídeos que se conhece viveram na África entre 3,8 e 3,5 milhões de anos atrás
e pertenciam ao gênero Australopithecus, sendo que vários fósseis desse gênero já foram encontrados.
Acredita-se que a espécie mais antiga desse gênero foi o A. aferensis, que media cerca de 1 metro de
comprimento e possuía crânio com volume entre 4,5 a 500 cm³. Apresentava testa baixa, maxilares
proeminentes e postura bípede, ereta ou semi-ereta.
Há cerca de 1,8 milhões de anos, provavelmente a partir do Australopithecus surgiu o Homo
habilis também na África. Estes hominídeos apresentavam uma capacidade craniana maior, em torno de
650 cm³ e tinham a habilidade de transformar pedras em objetos de uso.
A partir do H. habilis, há cerca de 1,5 milhões de anos, surgiu na África o H. erectus, que
apresentava uma capacidade craniana entre 850 a 1000 cm³. Eram mais altos que o H. habilis e tinham
capacidade de fabricar objetos relativamente avançados e instrumentos de caça. Fabricavam também
roupas com a pele dos animais que caçavam e começaram a usar o fogo e abrigar-se em cavernas ou
locais protegidos.
Acredita-se que a partir de um grupo de H. erectus, em algum ponto da África, há pouco mais de
100 mil anos, surgiram os primeiros H. sapiens. Duas espécies são conhecidas: o H. sapiens
neanderthalensis (homem de Neandertal) e o H. sapiens sapiens,

O H. sapiens sapiens, ou seja, a espécie humana moderna, surgiu na África há cerca de 90 mil
anos e dali se espalhou para todos os continentes. Os primeiros seres humanos modernos foram chamados
de Cro-Magnon, pelo fato de seus primeiros fósseis terem sido encontrados na localidade de Cro-Magnon,
na França.

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AULA 2
ECOLOGIA

Ecologia (do grego oikos = casa e logos = estudo) é o ramo da biologia que estuda as relações
dos seres vivos entre si e com o meio ambiente e foi utilizado com esse sentido pela primeira vez em
1870, pelo biólogo alemão Ernest Haeckel.

Níveis de Organização dos Seres Vivos

A ecologia estuda os níveis de organização, desde os seres vivos superiores até os organismos,
que são: população, comunidade, ecossistema e biosfera. O termo população refere-se a um conjunto de
indivíduos da mesma espécie que habitam uma determinada área geográfica.
Em uma mesma área, podem ser encontradas diversas populações interagindo entre si. O
conjunto de todas essas populações recebe o nome de comunidade, biocenose ou biota. Sobre a
comunidade, atuam vários fatores físicos e químicos do ambiente, como a luz, a umidade, a temperatura e
os sais minerais. Esses fatores são chamados de biótopo ou fatores abióticos.
O conjunto formado pela comunidade e pelo biótopo é chamado de ecossistema. O ecossistema

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é considerado a unidade ecológica básica e compreende o conjunto das influências mútuas existentes entre
a comunidade ou biocenose e o mundo físico ou biótopo.
Ao conjunto formado por todos os ecossistemas da Terra, damos o nome de Biosfera, que
constitui a porção do planeta habitada por seres vivos.

Componentes dos Ecossistemas

Os ecossistemas são formados por dois tipos de componentes:


abióticos e bióticos.

Componentes Abióticos

Representados pelos fatores físico e químico (biótopo), tais como luminosidade, temperatura,
disponibilidade de água, tipos de solo, etc. Esses fatores exercem grande influência sobre os seres vivos de
um ecossistema. Organismos que apresentam grande capacidade de alterações dos fatores físicos são
denominados euribiontes (euri = largo; bionte = que vive).
Os organismos que não toleram grandes variações são chamados de estenobiontes (esteno =
estreito).
Os termos euri e esteno podem também ser usados para designar o grau de tolerância a outros
fatores, tais como:
- Salinidade – eurialino e estenoalino.
- Pressão – euribárico e estenobárico.
- Temperatura – euritérmicos e estenotérmicos

Componentes Bióticos

Representados pelos seres vivos que compõem a comunidade biótica ou biocenose.


Os componentes bióticos de um ecossistema podem ser de dois tipos: autrótofos ou produtores
e heterótrofos.

- Organismos Autótrofos ou Produtores


São organismos capazes de fabricar seu próprio alimento a partir de substâncias inorgânicas
simples obtidas do meio ambiente. De acordo com a fonte de energia utilizada na síntese de matéria
orgânica, os produtores podem ser classificados em fotossintetizantes (obtêm energia de luz) e
quimiossintetizantes (obtêm energia de substâncias químicas oxidadas).
Os principais organismos produtores são as algas unicelulares que fazem parte do fitoplâncton e
as plantas clorofiladas de um modo geral.

- Organismos Heterótrofos

Compreende organismos incapazes de sintetizar o seu próprio alimento e precisam retirar estes
alimentos do meio em que vivem. Podem ser classificados em dois grupos: consumidores e
decompositores. De acordo com o tipo de alimentação, os consumidores podem ainda ser divididos em
consumidores primários, quando se alimentam de um produtor, como os herbívoros; consumidores
secundários, que se alimentam de um consumidor primário; consumidores terciários, que se alimentam
de um consumidor secundário, e assim por diante.

Os decompositores são organismos heterótrofos que se nutrem de matéria orgânica morta


(plantas ou animais), que é desagregada e transformada em compostos inorgânicos simples que são
devolvidos ao meio ambiente e podem ser reutilizados pelos produtores. São exemplos de decompositores
as bactérias e os fungos.

Cadeias e Teias Alimentares

Cadeia Alimentar

É a sequência de seres vivos em que um serve de alimento para o outro. Uma cadeia alimentar
pode ser formada por diversos níveis tróficos, ou seja, conjunto de organismos de um ecossistema que
apresentam o mesmo tipo de nutrição. De um modo geral, o primeiro nível trófico de uma cadeia alimentar é
representado por um organismo produtor, vindo a seguir os consumidores primários e assim por diante,
sendo que os decompositores podem atuar sobre todos os níveis tróficos. Observe o esquema a seguir:

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Nos ecossistemas não são encontradas apenas uma única cadeia alimentar, e um animal pode
pertencer a mais de uma cadeia. O conjunto de várias cadeias alimentares que se relacionam recebe o
nome de teia ou rede alimentar.

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Hábitat

É o espaço físico ou o lugar que um organismo ocupa dentro do ecossistema.

Nicho Ecológico

O conceito de nicho ecológico é mais estrito do que o de hábitat. Entende-se por nicho a posição
biológica ou funcional ou, ainda, o “modo de vida” que uma determinada espécie ocupa em um determinado
ambiente. Este lugar funcional é relacionado a tudo o que a espécie faz durante o seu período vital.

Fluxo de Energia

Os produtores de um ecossistema são os únicos organismos capazes de produzir alimento,


portanto, são a “porta de entrada” de energia no mundo vivo. Por isso o fluxo energético desenvolve um
trajeto no sentido produtores → consumidores → decompositores. Essa energia, no entanto, diminui à
medida que passa pelos consumidores, pois parte dela é gasta para a realização dos processos vitais do
organismo e outra perde-se sob a forma de calor; sempre restando, portanto, apenas uma parcela menor de
energia disponível para o nível seguinte.
A energia, portanto, apresenta um fluxo decrescente ao longo da cadeia alimentar. Estima-se que,
em média, apenas cerca de 10% da energia recebida por um nível trófico passa para o nível trófico
seguinte. Por esse motivo, as cadeias alimentares nos ecossistemas dificilmente apresentam mais do que
cinco níveis tróficos.
Além de decrescente, a energia tem sempre um fluxo unidirecional e consequentemente
acíclico na cadeia alimentar.

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Pirâmides Ecológicas

As cadeias alimentares podem ser representadas quantitativamente por meio de retângulos


superpostos que, no conjunto, formam uma pirâmide ecológica em que na base fica o produtor, e, a seguir,
os consumidores. Há três tipos de pirâmides ecológicas: pirâmide de números, de biomassa e de
energia.

Pirâmides de Números

Expressa a quantidade de indivíduos em cada nível trófi co da cadeia alimentar.

Pirâmide de Biomassa

A pirâmide de biomassa expressa a quantidade de matéria orgânica viva a cada nível trófico da
cadeia alimentar.

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Pirâmide de Energia

A pirâmide de energia expressa a quantidade de energia disponível a cada nível trófico da cadeia
alimentar. É geralmente expressa em quilocalorias (kcal).
Como ocorre uma redução na quantidade de energia disponível a cada nível trófico, a pirâmide de
energia não pode ser invertida.

Ciclos da Matéria

A quantidade de matéria existente na Terra é praticamente inalterada. Enquanto a energia é


reposta continuamente pelo Sol, o teor de matéria tem de ser constantemente reutilizado para a
manutenção da vida. Para que isto ocorra, a matéria temque ser reciclada.
Cada elemento químico que entra na composição da matéria orgânica apresenta um ciclo
característico, que são chamados de ciclos da matéria ou ciclos biogeoquímicos, sendo que os mais
importantes para os seres vivos são: ciclo da água; ciclo do oxigênio; ciclo do carbono e ciclo do
nitrogênio.

Ciclo da Água

A água é o componente mais abundante da matéria viva. Na natureza, é encontrada em três


estados físicos: líquido, sólido e gasoso. A superfície do nosso planeta é recoberta por cerca de 2/3 de
água. A maior parte desta água, aproximadamente 98%, está sob a forma líquida, formando os mares, os

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rios e as lagoas.
A água pode percorrer dois ciclos na natureza; um chamado de ciclo curto ou pequeno, que
ocorre pela evaporação da água no estado líquido e seu retorno à superfície da Terra na forma de chuva ou
neve, e outro denominado ciclo longo ou grande e após sua utilização em diversos processos metabólicos,
é eliminado por transpiração nas plantas e por transpiração na urina e fezes nos animais.

Ciclo do Oxigênio

O oxigênio molecular (O2) é indispensável à respiração aeróbica dos seres vivos, é o segundo
componente mais abundante da atmosfera, onde existe na proporção de 21%.
O oxigênio participa da composição de todas as moléculas que fazem parte da estrutura dos seres
vivos. Essas moléculas são sintetizadas pelos produtores, passando aos consumidores através da
alimentação.
O O2 passa do meio abiótico (ar e água) para os seres vivos durante os processos respiratórios.
Sua volta ao meio abiótico se dá através da fotossíntese. A maior parte do oxigênio atmosférico provém da
fotossíntese realizada pelo fitoplâncton.
O O2 produzido pode participar também da formação da camada de ozônio (O3) da atmosfera em
que exerce a função de filtrar o excesso da radiação ultravioleta vinda do Sol.

Ciclo do Carbono

O carbono é um elemento importante que participa da formação de todos os compostos orgânicos


que compõem os seres vivos. Sua passagem do meio abiótico para o meio biótico se dá através dos
produtores que absorvem o CO2 para realizar a fotossíntese.
Através da fotossíntese, o CO2 é fixado e transformado em matéria orgânica pelos produtores. Já

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os consumidores somente adquirem carbono através da nutrição. Tanto produtores quanto consumidores
perdem carbono da mesma forma: através da respiração (na forma de CO2) ou da cadeia alimentar ou,
ainda, ao fornecerem material que fará parte da constituição do húmus, pela morte do organismo ou de
parte dele e pela eliminação de excreções ou resíduos digestivos.
Os decompositores atuam sobre os detritos orgânicos, liberando CO2, que retorna à atmosfera,
reintegrando-se ao seu reservatório natural. Os combustíveis (lenha, carvão, petróleo e derivados) também
liberam CO2 quando são queimados

Ciclo do Nitrogênio

O nitrogênio é encontrado na atmosfera, onde ele ocorre em grande quantidade, em torno de 78%,
na forma de gás (N2). Porém, mesmo nesta quantidade, são poucos os organismos capazes de absorvê-lo.
Os que conseguem, são denominados fixadores de nitrogênio, como alguns tipos de bactérias (Rhizobium e
Azobacter), cianobactérias e fungos. Estes organismos captam o N2 atmosférico e usam na síntese de
moléculas orgânicas.
Quando os fixadores de nitrogênio morrem, liberam para o solo ou para a água o átomo de
nitrogênio agora combinado, na forma de amônia (NH3).
Bactérias do gênero Nitrosomonas transformam a amônia em nitritos (HNO2), com esta reação,
estes microrganismos obtêm a energia necessária para o seu metabolismo.
Os nitritos raramente são absorvidos pelas plantas, devido ao seu caráter tóxico. No entanto, um
exame de solo mostrará sempre este composto em pequenas quantidades. O motivo deste fato está na
qualidade de outras bactérias, geralmente do gênero Nitrobacter, transformarem os nitritos tóxicos em
nitratos atóxicos para os vegetais. Também, neste processo, os organismos bacterianos aproveitarão a
energia resultante.
As plantas absorvem os nitratos e metabolizam o nitrogênio em compostos orgânicos, sobretudo
proteínas e ácidos nucléicos.
Os consumidores primários obtêm o nitrogênio, ingerindo plantas. Os demais consumidores
seguem as sequências das cadeias alimentares comuns. Bactérias decompositoras do tipo desnitrificantes
devolvem o nitrogênio à atmosfera, alterando nitratos em gás nitrogênio (N3). As bactérias desnitrificantes
também usarão a energia resultante do processo.

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Poluição Ambiental

É toda e qualquer alteração nociva do meio ambiente provocada pelo homem e que, de forma
direta ou indireta, causa danos a todos os seres vivos. A poluição ambiental pode ser do ar, da água ou do
solo.

Poluição do Ar

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Outras formas importantes de poluição são a inversão térmica e as chuvas ácidas.

Inversão Térmica

Inversão térmica é um fenômeno atmosférico comum no inverno, em regiões com produção de


poluentes industriais, em que se forma uma camada de ar quente a determinada altitude, denominada
camada de inversão. Essa camada de ar quente impede a dispersão do ar frio das camadas inferiores,
onde os poluentes são produzidos, agravando, dessa forma, os efeitos da poluição atmosférica.

Chuva Ácida

A queima de combustíveis fósseis, de carvão e madeira, produzem além de CO2, poluentes como
dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio, que podem combinar-se com a água na atmosfera e formar
ácido sulfúrico e ácido nítrico, respectivamente. Durante uma chuva, esses ácidos precipitam-se e
misturados à água, constituem a chuva ácida. Essa chuva destrói monumentos, grades metálicas e
carroceria de automóveis, além de provocar acidentes ecológicos, como a queima de vegetação e a
contaminação do solo e da água.

Poluição da Água

Uma das principais formas de poluição das águas é a eutrofização, que consiste no
enriquecimento de ecossistemas aquáticos por dejetos humanos que determinam a proliferação excessiva
de microrganismos (principalmente bactérias aeróbicas) com a consequente redução dos níveis de oxigênio
molecular dissolvidos na água. Como consequência, a maioria das formas de vida morre, inclusive os
próprios microrganismos causadores do fenômeno.

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A poluição das águas pode ainda ser provocada por resíduos industriais (detergentes, ácido
sulfúrico e amônia) e por resíduos agrícolas (agrotóxicos).

Poluição do Solo

A poluição do solo é causada principalmente por produtos químicos (inseticidas, fungicidas e


herbicidas) utilizados na agricultura no combate às pragas da lavoura.
Muitas destas substâncias, como os organoclorados (DDT e BHC), não são biodegradáveis e
tendem a se acumular nos organismos ao longo da cadeia alimentar, causando sérios problemas aos seres
vivos

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AULA 3

SERES VIVOS

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

Na Grécia antiga, Aristóteles classificava todos os seres vivos em um só reino que os separava
dos minerais. Naquela época se acreditava que minerais poderia ser “animados” para se transformar em
seres vivos.

Lineu dividiu os seres vivos em dois grupos, animais e vegetais. Essas classificações duraram
vários séculos, mas em 1969, com as novas descobertas cientificas sobre a fisiologia celular R H Whittaker
propôs a divisão em 5 reinos.

Do reino Monera fariam parte os organismos procariontes unicelulares. Do reino protista fariam
parte os organismos eucariontes e unicelulares. No reino fungi, teríamos organismos eucariontes uni ou
pluricelulares saprobiontes. No reino animal, teríamos organismo eucariontes pluricelulares e heterótrofos.
Finalmente no reino vegetal organismos eucariontes pluricelulares e autótrofos.

Hoje com os estudos de comparação dos genes temos uma técnica mais precisa para determinar
similaridades entre os seres vivos. Esses estudos levaram Carl Woese a propor em 1996 a adição de um
reino e o agrupamento em uma nova classe chamada domínio.

Os domínios incluem um ou vários reinos.

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Essas modificações foram

propostas pela comparação do genoma das eubactérias, arquibacterias e organismos eucariontes.


Os estudos mostraram diferenças suficientes para que esses três grupos fossem divididos no que foi
chamado de domínio. Temos portanto o domínio Bactéria que agrupa as eubactérias, o domínio Arquea
que agrupa as aqueobactérias e o domínio Eucaria que agrupa procariontes, fungos, vegetais e animais.
Sendo assim segundo a proposta de Woese teríamos seis reinos; Eubactéria, arqueobacteria, protista,
fungi, plantae e animália.

Domínio Arquea

Grupo de bactérias que convergiu muito inicialmente de eubactérias e estão mais relacionadas
evolutivamente aos eucariontes. Como no princípio da vida na terra os organismos parecem ter feito várias
trocas de material genético é difícil construir arvores filogenéticas. Isso pode vir a ainda o surgimento de
várias teorias que modifiquem as propostas atuais.
As principais características que agrupam as aqueobactérias são:
* Suas paredes celulares não possuem peptideioglicanos
* Os lipídios da membrana celular são ramificados
* A sequência de RNA ribossômico é distinta.
* Seus genes possuem íntrons.

Podemos dividir arquea em três grupos:


METANOGENICOS – Organismos autótrofos, obtém sua energia usando gás hidrogênio (H 2) para
reduzir o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4). Anaeróbicos estritos, envenenados por traços de oxigênio.

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