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Resumo
Podemos considerar que, nos tempos atuais, há diferentes formas de
energia sendo utilizados com o objetivo de trazer mais conforto e rapidez a
nossa sociedade. Entretanto, não são todas as energias que são de
conhecimento da população, principalmente quando nos referimos às energias
eletromagnéticas. É certa a constante presença, ainda que pequena, da
radiação eletromagnética no cotidiano das pessoas, através das tecnologias
cada dia mais avançadas no nosso dia a dia e isto traz conseqüências para o
meio ambiente e para o ser humano. Então, por este motivo é necessária uma
avaliação dos efeitos da radiação eletromagnética no meio ambiente e na
sociedade. Este trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas no
intuito de informar sobre as radiações eletromagnéticas e seus efeitos no corpo
humano.
Palavras-chave: Energia. Radiação eletromagnética. Corpo humano.
Introdução.
O espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação
eletromagnética que vai da região das ondas de rádio até os raios gama.
Atualmente são conhecidas radiações com comprimento de onda que variam
desde 10-6m até cerca de 1011m.
As radiações com comprimento de onda superior a 0,74m são ditas
infravermelhas. Por outro lado, àquelas cujo comprimento de onda é inferior a
0,36m chamam-se ultravioletas. Logo, o espectro eletromagnético é subdividido
em três faixas: ultravioleta, visível e infravermelha.
Dependendo das suas freqüências, as radiações do espectro são
portadoras de quantidades de energia diferentes. Quanto mais curto o
comprimento de onda, mais alta é a energia de um fóton.
EFEITOS TÉRMICOS
O efeito térmico ocorre com o aquecimento do tecido. A radiação é
introduzida ao nível da pele, mas também composta em níveis mais profundos
do corpo, causando um aumento de temperatura não captado pelos sensores
térmicos naturais, já que são localizados de forma leve. Muitas vezes, esse
calor gerado internamente, dependendo do tempo de exposição da intensidade
do campo e da espessura do tecido, pode não ser compensado e ocasiona
graves danos.
Há estudos conclusivos que apontam a possibilidade do surgimento de
patologias associadas ao aumento da temperatura corporal gerada pela fricção
entre as moléculas. A Organização Mundial de Saúde noticiou o aparecimento
de cataratas, glaucomas, problemas cardiovascular, ou seja, problemas nas
áreas mais irrigadas do corpo humano. Porém, estes efeitos dificilmente
decorrem da proximidade com estações de rádio-base, pois estes casos são
constatados quando os focos de radiação estão muito próximos das pessoas, o
que não ocorre com as antenas que são sempre colocadas sobre estruturas.
A Radiação Não-Ionizante pode provocar aumento da temperatura no
corpo (alteração física), alterar os níveis de sódio e potássio (alteração
química) e produzir alteração no sistema nervoso central (alteração biológica).
É fato que se passarmos algum tempo falando ao telefone celular
sentimos um significante aumento da temperatura na região da cabeça.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os pais
desencorajem o uso excessivo de celular entre as crianças e adolescentes,
pois suas caixas cranianas, seus cérebros e seu sistema nervoso, ainda estão
em desenvolvimento, particularmente no caso das crianças.
EFEITOS ATÉRMICOS
Os efeitos biológicos atérmicos são aqueles que não dizem respeito ao
aumento da temperatura ocasionado pela radiação.
Há estudos que retratam casos, decorrentes de efeitos não-térmicos, de
distúrbios emocionais, do sono e de atividade epilética em algumas crianças
expostas à radiação das Estações Rádio-Base. Segundo Ana Maria M.
Marchesan:
... “Há também relatos de severa diminuição de produção de
leite, emaciação, abortos espontâneos e natimortos em experimentos
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feitos com gado mantido próximo de uma ERB.”
Para agravar o quadro, ainda há outros depoimentos que afirmam que
os efeitos atérmicos da radiação não-ionizante podem ocorrer a partir de
campos eletromagnéticos com densidades de potência com níveis bem
inferiores aos padrões atualmente estabelecidos no Brasil.
Hoje são adotadas as normas da ICNIRP (Internacional Comission on
Non-Ionizing Radiation Protection), e a Organização Mundial de Saúde criou,
em 1996, o Projeto Internacional CEM (campos eletromagnéticos), com o
intuito de avaliar os possíveis efeitos sobre a saúde de campos
eletromagnéticos compreendidos na freqüência de 0 (zero) a 300 (trezentos)
GHz.
No âmbito nacional, o tema vem sendo alvo de preocupações de
diferentes órgãos do governo, como a FUNASA (Fundação Nacional de Saúde)
que criou um grupo de trabalho com o objetivo de subsidiar o posicionamento
do Ministério da Saúde relativo à exposição humana a campos
eletromagnéticos provenientes de linhas de contínua e alta tensão. Este grupo
divulgou suas conclusões em um relatório em março de 2004, destacando a
necessidade de implementação de uma lei brasileira que fixe os limites de
segurança para a exposição ocupacional a equipamentos que gerem um
campo eletromagnético, na qual a metodologia de cálculo e medição visem
unificar as referências técnicas utilizadas pelas empresas para caracterização
dos campos produzidos pelas instalações e equipamentos terminais. As
conclusões desse relatório ressaltaram o princípio da precaução como forma
de enfrentarmos a incerteza científica.
Augner et al. estudaram a exposição à radiofrequência de estações
radiobase e concluiu que exposição às radiofrequências de estações
radiobase de telefonia celular de intensidade menor que a estabelecida pela
diretriz da International Comission on Non- Ionizing Radiation Protection
(ICNIRP) pode causar estresse fisiológico. Esta diretriz estabelece limites que
consideram apenas os efeitos agudos, altos níveis de radiações
eletromagnéticas não ionizantes e de curta duração (efeitos térmicos),
desconsiderando, portanto, os efeitos crônicos de baixos níveis e de longa
duração (efeitos não térmicos).
Lakimenko et al. reproduziram os efeitos atérmicos das radiações
emitidas por estações radiobase em células, utilizando radiofrequências de
baixa intensidade, por um longo período de exposição, demonstrando aumento
da desnaturação protéica de diversas proteínas citoplasmáticas, aumento da
formação de espécies reativas de oxigênio, aumento de Ca 2+ intracelular, dano
ao DNA e inibição da reparação do DNA, alterações que podem gerar
distúrbios metabólicos. O estudo concluiu que é equivocado relacionar os
danos causados por essa radiação apenas ao fator térmico. Outros efeitos
decorrentes da exposição às radiações eletromagnéticas não ionizantes de
telefonia celular, tais como neoplasias (ovário, mama, pulmão), distúrbio do
sono, cefaléia, infertilidade, dentre outros são relatados na literatura.
No entanto, há alguns estudos que não relatam efeitos à saúde em
populações expostas a radiações eletromagnéticas não ionizantes. Blettner et
al não encontraram associação entre morar próximo de uma estação radiobase
e aumento da incidência de câncer, concluindo que as emissões de radiações
eletromagnéticas não ionizantes não estavam relacionadas com efeitos
adversos para a saúde. Saravi afirma que os dados não sugerem que as
radiações eletromagnéticas não ionizantes de estações radiobase de telefonia
celular apresentem riscos para saúde, embora considere que mesmo que os
resultados existentes sejam conflitantes, parece clara a necessidade de
realização de novos estudos desta e de outras fontes eletromagnéticas como
as de rádio e de televisão.
Constata-se, no entanto, que a ligação entre exposição às radiações
eletromagnéticas não ionizantes e o crescimento da ocorrência de danos à
saúde humana é um tema questionável, precisando de melhor busca
epidemiológica. Nessa perspectiva, em resposta à preocupação pública e
governamental, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu um
projeto em 1996 para avaliar a evidência científica de possíveis efeitos
adversos para a saúde, relacionados com as radiações eletromagnéticas não
ionizantes. Em 2011, a OMS se posicionou quando a International Agency for
Research on Cancer (IARC) classificou a exposição às radiofrequências como
pertencente ao grupo 2B, ou seja, categoria que classifica os agentes em
possível carcinogênico. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi
investigar a associação entre exposição à radiação eletromagnética não
ionizante de estações radiobase de telefonia celular e sintomas psiquiátricos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebendo cada vez mais essa tendência no mundo como um todo o
crescimento da tecnologia e se tornando parte fundamental do nosso cotidiano,
novos equipamentos sendo obtido a cada segundo, é indiscutível que a
emissão de ondas eletromagnéticas só tende a crescer nos próximos anos.
Sendo assim, é inquestionável, visando o trabalho feito, que as ondas
eletromagnéticas emitidas pelos aparelhos elétricos, às torres de alta tensão,
as torres de telefonia móvel poluem o ambiente. Porem, embora existam ainda
falhas no conhecimento cientifico, a conclusão geral é que ainda não se
comprovaram efeitos relevantes e coerentes.
Entretanto, por meio de estudos foi possível comprovar que nem mesmo
dentro das residências se está livre da poluição eletromagnética proveniente de
aparelhos utilizados a todo o momento. Da mesma forma, continuamente, de
forma voluntária, o organismo humano absolve pulsos eletromagnéticos, em
forma de microondas, advindos do uso constante dos aparelhos celulares.
Há pessoas, cujo organismo se demonstra mais sensível à exposição às
ondas eletromagnéticas e, portanto, convivem com a poluição advinda das
torres de alta tensão e radio-bases, e, portanto, acabam por desenvolver
determinados tipos de doenças.
No entanto, muito ainda devem-se avançar quando o assunto são os
estudos e pesquisas sobre os malefícios provocados pelas ondas
eletromagnéticas. Diversos estudos foram desenvolvidos ao longo dos anos,
mas poucas respostas concretas foram encontradas.