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QUAIS SÃO OS MEDICAMENTOS ANTITABAGISMO,

PORQUE TOMAR, QUAL O MECANISMO DE AÇÃO


DESSES MEDICAMENTOS, MÉTODOS ALTERNATIVOS
E QUAL O TRABALHO DO FARMACÊUTICO NO
ANTITABAGISMO
Sumário
OS MEDICAMENTOS ANTITABAGISMO........................................................................................2
FÁRMACOS...............................................................................................................................2
PRINCIPAIS CONTRAINDICAÇÕES DA TERAPIA MEDICAMENTOSA.......................................2
Terapia de Reposição de Nicotina (TRN)..............................................................................3
Contraindicações específicas................................................................................................3
Principais eventos adversos da terapia medicamentosa..........................................................3
Adesivo de nicotina (transdérmico):....................................................................................3
Goma e pastilha de nicotina:................................................................................................4
Cloridrato de bupropiona.....................................................................................................4
QUAL O MECANISMO DE AÇÃO DESSES MEDICAMENTOS...........................................................4
Adesivo de nicotina (transdérmico):........................................................................................4
Goma e pastilha de nicotina.....................................................................................................4
Cloridrato de bupropiona.........................................................................................................4
Mecanismo de ação:................................................................................................................4
MÉTODOS ALTERNATIVOS...........................................................................................................4
VARENICLINA:...........................................................................................................................4
Zyban........................................................................................................................................5
Kits ant tabagismo:...................................................................................................................5
Calladium.............................................................................................................................5
Tabacum...............................................................................................................................5
Nux vomica...........................................................................................................................5
Lobelia:.................................................................................................................................5
Plantago...............................................................................................................................5
GYMNEMA:..........................................................................................................................6
5-HTP....................................................................................................................................6
A raiz de kudzu.....................................................................................................................6
O TRABALHO DO FARMACÊUTICO NO ANTITABAGISMO.............................................................6
Fontes, referencias, tabelas, imagens :........................................................................................6
OS MEDICAMENTOS ANTITABAGISMO.

O tratamento do tabagismo é realizado por meio de abordagem cognitivo


comportamental obrigatória e apoio medicamentoso, quando indicado.
O uso de medicamentos tem um papel bem definido no processo de controle do tabagismo, eles
minimizam os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina, facilitando tratamento intensivo
do tabagismo.
Nos casos em que a intervenção medicamentosa é necessária, os medicamentos utilizados são
nicotina, na forma de adesivo transdérmico e goma de mascar, e comprimidos de cloridrato de
bupropiona.
Medicamentos não devem ser utilizados isoladamente, e sim em associação com uma boa
abordagem cognitivo comportamental (A Terapia Cognitivo Comportamental, também
conhecida por TCC, é uma abordagem considerada diretiva, breve, se comparada a outros tipos
de abordagem e focada no problema atual do paciente.).
É fundamental que o tabagista se sinta mais confiante para exercitar e por em prática as
orientações recebidas durante as sessões da abordagem intensiva.

O tratamento do tabagismo encontrado nas redes do SUS são os seguintes: terapia de reposição


de nicotina (adesivo transdérmico e goma de mascar) e o cloridrato de bupropiona.

FÁRMACOS
•Cloridrato de bupropiona: comprimido de 150 mg (liberação prolongada);
• Nicotina (de liberação lenta): adesivo de 7, 14 e 21 mg (uso transdérmico); e
• Nicotina (de liberação rápida): goma de mascar de 2 mg e pastilha de 2mg.

PRINCIPAIS CONTRAINDICAÇÕES DA TERAPIA MEDICAMENTOSA.

Independentemente da carga tabágica (número de cigarros/dia ou anos de tabagismo) e


do grau de dependência à nicotina, a farmacoterapia não deve ser utilizada em pacientes que
apresentem contraindicações clínicas ou por aqueles que optarem pelo não uso de
medicamentos.
Em casos de pacientes com contraindicação ao uso de Reposição de Nicotina (TRN) , ou
paciente com transtornos psiquiátricos como depressão e esquizofrenia, a indicação de
bupropiona deve ser considerada, sendo para isso, e necessária a avaliação por um profissional
médico, preferencialmente um especialista em saúde mental.
As possibilidades de tratamento medicamentoso devem sempre ser precedidas pela avaliação
individual e cuidadosa do paciente, pois somente mediante o conhecimento das características
de seu quadro clínico e da dependência à nicotina será possível ao profissional da saúde a
escolha do fármaco que potencializará as chances de cessação do tabagismo pelo paciente ou da
contraindicação ao uso do fármaco selecionado.
Terapia de Reposição de Nicotina (TRN)
A TRN é bem tolerada nos pacientes cardiopatas crônicos estáveis, não aumentando a
gravidade da cardiopatia. Nos eventos agudos, como no infarto agudo do miocárdio (IAM),
deve- se evitar a TRN nas primeiras duas semanas do evento, pelo risco aumentado de arritmias
causado pelo estímulo adrenérgico da nicotina .
Entretanto, na prática assistencial, há pacientes com eventos cardiovasculares agudos, que
podem se beneficiar do uso antecipado da TRN na forma de adesivo de nicotina.
Deve-se ajustar a dose da TRN, ou mesmo suspender o tratamento, caso ocorra algum efeito
colateral relevante .
Contraindicações específicas
- Adesivo de nicotina (transdérmico): História recente de IAM (nos últimos 15 dias), arritmias
cardíacas graves (fibrilação atrial), angina pectoris instável, doença vascular isquêmica
periférica, úlcera péptica, doenças cutâneas, gravidez e lactação
- Goma de nicotina: Incapacidade de mascar, lesões na mucosa bucal, úlcera péptica, sub-
luxação na articulação temporomandibular (ATM) e uso de próteses dentárias móveis.
- Pastilha de nicotina: Lesões na mucosa bucal, úlcera péptica, uso de próteses dentárias móveis
e edema de corda vocal (edema de Reinke).
- Cloridrato de bupropiona: epilepsia, convulsão febril na infância, tumor do sistema nervoso
central, histórico de traumatismo crânio-encefálico, anormalidades no eletroencefalograma e
uso concomitante de inibidor da enzima monoamino-oxidase (IMAO) como o são os
medicamentos selegilina, fenelzina, tranicilpromina e isocarboxazida. Caso o paciente faça ou
tenha feito uso de IMAO, deve ser observado um período de 15 dias a partir da suspensão para
poder iniciar a bupropiona, em razão do aumento do risco de crise convulsiva.
Além disso, o cloridrato de bupropiona pode apresentar interações medicamentosas com os
seguintes medicamentos: carbamazepina, barbitúricos, fenitoína, antipsicóticos, corticoides e
hipoglicemiantes.

Principais eventos adversos da terapia medicamentosa.

Adesivo de nicotina (transdérmico):


- Prurido, exantema, eritema, cefaleia, tontura, náusea, vômitos, dispepsia,
distúrbios do sono (sonhos incomuns e insônia), tremores e palpitações, sendo os dois
últimos mais observados quando em dose excessiva de nicotina (61).
- Pode ocorrer irritação na pele durante o uso do adesivo (decorrente da cola).
Esta reação pode ser minimizada com o uso de creme de corticoide, na noite anterior e no
dia seguinte ao da aplicação, no local onde o adesivo será aplicado.
- No caso de reação cutânea, o paciente deve ser orientado a fazer limpeza
(com água e sabão) e secar bem o local antes da aplicação, para retirar algum resíduo do
creme.
Goma e pastilha de nicotina:
- Tosse, soluços, irritação na garganta, estomatite, boca seca, diminuição ou
perda do paladar, parestesia, indigestão, flatulência desconforto digestivo, dor abdominal.
- Os soluços são mais observados com o uso das pastilha.
Cloridrato de bupropiona
- Boca seca, insônia, dor de cabeça, náusea, tontura, depressão, ansiedade,
pânico, dor torácica, reações alérgicas, desorientação e perda de apetite (35).
- Risco de convulsão: 1:1.000 pessoas que tomam a dose máxima diária
recomendada (300 mg).

QUAL O MECANISMO DE AÇÃO DESSES MEDICAMENTOS.

Adesivo de nicotina (transdérmico):


As quantidades de nicotina são controladas ao longo do dia, através do próprio
mecanismo do adesivo, equilibrando assim, as doses a serem absorvidas pelo organismo.
Goma e pastilha de nicotina
A goma de mascar com pH alcalino, possibilita a absorção da nicotina pela mucosa oral.
A concentração plasmática alcança em torno da metade da dose existente na apresentação. A
pastilha de nicotina é mais rapidamente absorvida pela mucosa oral do que a goma de mascar, e
sua forma de utilização é mais simples
Cloridrato de bupropiona.

Mecanismo de ação:
A bupropiona é um inibidor seletivo da recaptação neuronal de catecolaminas
(noradrenalina e dopamina), com efeito mínimo na receptação de indolaminas
(serotonina) e que não inibe a monoaminoxidase (MAO). O mecanismo exato de ação
da bupropiona, assim como o de muitos antidepressivos, é desconhecido.
Presume-se que o mecanismo de ação da bupropiona seja mediado por mecanismos
noradrenérgicos e/ou dopaminérgicos.

MÉTODOS ALTERNATIVOS
Além dos medicamentos e pastilhas oferecidas pelo SUS o usuário pode procurar outros
medicamentos e tratamentos:
VARENICLINA:

A vareniclina, liga-se com alta afinidade e seletividade aos receptores acetilcolínicos


nicotínicos neuronais α4β2, onde age como um agonista parcial – um composto que tem
atividades tanto agonistas com eficiência intrínseca menor que a nicotina e antagonistas na
presença de nicotina. Estudos in vitro de eletrofisiologia e estudos neuroquímicos in vivo
demonstraram que a vareniclina se liga aos receptores acetilcolínicos nicotínicos neuronais
α4β2 e estimula a atividade mediada pelo receptor, porém em nível significativamente menor do
que a nicotina. A nicotina compete pelo mesmo sítio de ligação humano α4β2 nAChR pelo qual
a vareniclina tem maior afinidade. Por isso, a vareniclina pode bloquear de forma eficaz a
capacidade da nicotina de ativar totalmente o receptor α4β2 e o sistema mesolímbico da
dopamina, que se acredita ser o mecanismo neuronal subjacente de reforço e recompensa
experimentado após fumar.

A vareniclina é altamente seletiva e se liga mais potentemente ao subtipo de receptor α4β2


(Ki=0,15 nM) do que a outros receptores nicotínicos comuns (α3β4 Ki=84 nM, α7 Ki=620 nM,
α1βγδKi=3.400 nM), ou a receptores e transportadores não nicotínicos (Ki>1 µM, exceto para
receptor 5-HT3: Ki=350 nM. A vareniclina também se liga com afinidade moderada (Ki=350
nM) ao receptor 5-HT3.

Acredita-se que a eficácia da vareniclina na interrupção do tabagismo é resultado da atividade


agonista parcial da vareniclina no receptor nicotínico α4β2 onde sua ligação produz um efeito
suficiente para aliviar os sintomas de desejo intenso e síndrome de abstinência (atividade
agonista), ao mesmo tempo em que resulta em redução dos efeitos de recompensa e reforço do
tabagismo ao evitar a ligação da nicotina aos receptores α4β2 (atividade antagonista).
Zyban
Zyban® é um medicamento que contém a substância ativa bupropiona. Esta substância
é capaz de reduzir a vontade de fumar de pessoas com dependência à nicotina. Seu mecanismo
de ação não é igual ao dos tratamentos de reposição de nicotina. Presume-se que Zyban®
interage com duas substâncias químicas no cérebro, chamadas de noradrenalina e dopamina,
que estão relacionadas com dependência e abstinência. O uso de Zyban® deve ser acompanhado
por um Programa de Suporte.
Kits ant tabagismo:
Também é possível encontrar kits ant tabagismo em diversas farmácias e estabelecimentos, tais
kits utilizam de substancias para diminuir os sintomas da abstinência como por exemplo:
Calladium: Indicado para pessoas muito irritadas e nervosas. Deprimidas física e mentalmente.
Ajuda o paciente a desenvolver repugnância pelo cigarro, parar de sentir vontade de fumar.
Auxilia nas perturbações do coração devido ao fumo. Diminui a tosse provocada pelo cigarro.
Tabacum: Tem o potencial do fortalecimento geral da pessoa, física e psicologicamente, além
de ajudar o organismo a eliminar o tabaco, reduzindo o desejo por ele. Parar de sentir vontade
de fumar.
Nux vomica: Esse medicamento é indicado para pessoas impacientes, ansiosas, irritadas e que
se irritam facilmente. Dores de cabeça com perturbações gástricas, enxaqueca, insônia. Para
todos os sintomas de uso abusivo de entorpecentes. Para tosse da manhã.

Lobelia: Indicada para falta de ar, problemas respiratórios e boca seca. É expectorante. Indicada
como auxiliar no combate ao vicio de fumar, pois imita o efeito da nicotina.
Plantago: Para pessoas irritadas, temperamentais, impacientes, inquietas, depressivas. Elimina
o muco abundante e aderente na garganta que causa rouquidão. Para tosse com secreção;
insônia. Causa repulsa ou aversão ao tabaco.
GYMNEMA: A gymnema silvestre é uma planta originária da Índia, utilizada no tratamento da
obesidade e diabetes, o spray também auxilia regimes de emagrecimento, reduzir o apetite por
doces, controle da glicemia e regulação do metabolismo.
Possui efeito hipoglicemiante, reduzindo os níveis de glicose no sangue e aumentando o
metabolismo lipídico, controlando a quantidade de gordura no corpo. Seu uso aumenta a
secreção de insulina resultando em um controle maior da hiperglicemia.
5-HTP:É um neurotransmissor que ajuda a normalizar a atividade da serotonina no corpo. A
deficiência dele está implicada na depressão, no apetite descontrolado, desordens obsessivo-
compulsivas, fobia social e síndrome pré-menstrual, também está envolvido no autismo, na
ansiedade, bulimia, pânico, enxaqueca e na esquizofrenia.
A suplementação diária com 5-htp possui extensa e profunda aplicação no equilíbrio das
desordens do SNC (Sistema Nervoso Central), podendo citar o sono, a memória, o aprendizado
e a regulação da temperatura e do humor. Também auxilia no comportamento sexual, nas
funções cardiovasculares, contrações musculares e na depressão.
A raiz de kudzu,: bloqueia os receptores de nicotina , enganando assim nosso corpo e fazendo
com que o desejo de fumar desapareça gradativamente... combate eficazmente os sintomas de
abstinência de nicotina , como irritação, agitação, pulso elevado, ajudando você a '' sobreviver 'a
esse período difícil.

O TRABALHO DO FARMACÊUTICO NO ANTITABAGISMO.

Em atenção primária à saúde, o farmacêutico é um dos profissionais mais acessível ao


paciente; por isso, ele pode ser o canal no aconselhamento sobre hábitos saudáveis e cuidados
com a saúde, incluindo orientação sobre a cessação do tabagismo.
Além de identificar pacientes fumantes que desejar parar de fumar, o farmacêutico
também pode aconselhar o paciente, alertando sobre os perigos do cigarro (o hábito de fumar é
responsável por quase a totalidade dos casos de câncer de pulmão) e está ligado à origem de
tumores malignos em sete outros órgãos (boca, laringe, pâncreas, rins e bexiga, colo do útero e
esôfago).
Caso o paciente esteja tomando algum medicamento para parar de fumar, o farmacêutico pode
fazer o acompanhamento farmacoterapêutico e assim, contribuir para a adesão e sucesso do
tratamento.

Fontes, referencias, tabelas, imagens :

Abrafarma. Parar de fumar. Disponível em:


<https://www.assistenciafarmaceutica.far.br/servicos/parar-de-fumar/>. Acesso em: 09 de
agosto de 2019. 

Conselho Federal de Farmácia. Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos –


CEBRIM/CFF. O papel do farmacêutico comunitário na cessação do tabagismo.
Disponível em:
<http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/8/095a098farmacoterapeutica.pdf>.
Acesso em: 09 de agosto de 2019. 
Goma e pastilha de nicotina 2mg para cessação do tabagismo
http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2018/Relatorio_GomaePastilha_Nicotin
a_Tabagismo_CP24_2018.pdf

cloridrato de bupropiona: Bula para profissional da saúde Comprimido revestido de


liberação lenta 150 mg https://cdn.eurofarma.com.br//wp-
content/uploads/2016/09/Bupropiona-profissional.pdf

CHAMPIX® (TARTARATO DE VARENICLINA) Bula para Profissionais de Saúde


www.pfizer.com.br/sites/default/files/inline-files/Champix_Profissional_de_Saude_22.pdf
Fonte: https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/8/095a098farmacoterapeutica.pdf
Fonte: https://hilab.com.br/blog/farmaceutico-combate-ao-tabagismo/

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