DIREITO DO CONSUMIDOR PROF. ALEXANDRE LIPP ETAPA 1 – G1
1. Conceito de consumidor determinado: Discorra sobre as teorias
Finalista, Maximalista e o Finalismo Aprofundado.
Consumidor determinado é um conceito em sentido estrito, no qual parte-se de uma
premissa de que a relação de consumo se estabelece entre um profissional (que pode ser um vendedor) e um não profissional, que será o consumidor. Nesse conceito temos que consumidor é toda pessoa física ou jurídica que é destinatário final de um produto ou serviço. Dentro desse conceito existem três distintas teorias que buscam justificar o conceito de pessoa jurídica como consumidor, quais sejam: teoria finalista, teoria maximalista e teoria finalista ou teoria do finalismo aprofundado. A teoria finalista, ou teoria subjetiva, possui um caráter seletivo ou restritivo, nela o que importa é a finalidade fática e econômica dos produtos e serviços. Essa teoria sustenta que se admitem pessoas jurídicas como consumidores, quando estas adquirem um produto ou serviço como destinatário final, não podendo essa relação visar o lucro. O objetivo dessa teoria é a proteção do sistema, de modo a impedir que haja um alargamento do conceito de consumidor para que grandes empresas passem a utilizar o CDC. Na teoria maximalista, ou teoria objetiva, possui um caráter abrangente, eis que o fator de maior relevância é a destinação final fática, diferentemente da teoria anterior, nessa não é relevante se a pessoa jurídica tem atividade lucrativa. Com a aplicação dessa teoria, o CDC se tornaria o novo regulamento geral para as relações de mercado, o que seria prejudicial à proteção do consumidor, pouquíssimos autores defendem essa posição. Por fim, a teoria do finalismo aprofundado ou finalista mitigada, foi desenvolvida a partir da teoria finalista, sendo uma teoria mais aprofundada, como o próprio nome diz. Essa é a teoria atualmente adotada pelo TJRS e pelo Superior Tribunal de Justiça, nela se admite que pode integrar a relação de consumo a pessoa jurídica que visa ou não lucro, desde que essa seja vulnerável no caso concreto. Essa vulnerabilidade pode ser técnica, econômica, jurídica e/ou informacional, como por exemplo nas relações entre uma pequena empresa e um banco.