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TÉCNICO DE EXERCÍCIO FÍSICO E ANIMAÇÃO DESPORTIVA

Técnicas de Exercício Físico e Animação Desportiva

Orientação
Ricardo Pereira
Abordagem a alguns conteúdos sobre o desporto da
Orientação nas suas vertentes, formativa, recreativa
ou desportiva.

Módulo: COAT

Formador: Miguel Bica

03 de Abril de 2011
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 3
História da Orientação .................................................................................................................. 4
A Orientação em Portugal ............................................................................................................. 5
O que é a Orientação .................................................................................................................... 5
Tipologia das provas de orientação .............................................................................................. 7
O mapa ........................................................................................................................................ 10
A bússola ..................................................................................................................................... 11
A baliza ........................................................................................................................................ 11
O picotador.................................................................................................................................. 12
Cartão de controlo ...................................................................................................................... 12
Alguns aspectos importantes para traçar um percurso (retirado de Almeida, Kátia, Orientação
"O Desporto da Floresta", FPO) ............................................................................................. 12
O azimute .................................................................................................................................... 14
Técnicas Elementares (retirado de www.cotrim.org.br) ............................................................ 14
Bússola .................................................................................................................................... 15
Simbologia ................................................................................................................................... 16
Vegetação................................................................................................................................ 16
Cor ........................................................................................................................................... 16
Velocidade de Progressão ....................................................................................................... 17
Conclusão .................................................................................................................................... 37
Bibliografia .................................................................................................................................. 38
Webgrafia .................................................................................................................................... 38

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Introdução

No âmbito do módulo de Orientação do curso de Técnico de Exercício Físico e Animação


Desportiva, foi-nos proposto um trabalho escrito sobre o desporto de Orientação.

A primeira problemática que se levantou foi a de que material utilizar, quais as fontes a
utilizar?

A Orientação enquanto actividade desportiva era sem dúvida uma novidade para mim, se bem
que alguns conceitos gerais já estavam presentes pelos anos passados na prática do Escotismo.

Assim noções de Norte, pontos de referência, azimutes, entre outras, já não eram novidade
para mim, se bem que se encontravam um pouco perdidas no esquecimento.

Deste modo, propus-me neste trabalho a falar um pouco sobre a história da Orientação no seu
todo, com uma pequena referência a sua história em Portugal. Outro dos aspectos abordados
é a caracterização do material que se pode e deve utilizar, bem como algumas técnicas básicas
de orientação, tas como o tirar azimutes.

Para além destes aspectos, falarei também das várias vertentes da Orientação enquanto
desporto, bem como das suas vertentes ao nível formativo e recreativo.

Com este trabalho, espero conseguir criar uma base escrita, para que quem não saiba nada
sobre este desporto possa criar o “bichinho” de querer saber mais e mais.

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História da Orientação

A orientação tem como ponto de partida o exercito escandinavo, que em 1850 a utilizavam
como meio de diversão activa dos militares, tendo esta se expandido, após algumas décadas a
alguns clubes desportivos que começaram a organizar algumas competições.

Foi pela mão do Major Killander de nacionalidade sueca e líder escoteiro, que em 1918 nasceu
a Orientação. Tendo como base o desdobramento da distância da Maratona por três provas,
adicionou-lhe a componente de leitura de carta e a percepção da Orientação. A extraordinária
adesão dos jovens motivou o primeiro Campeonato Nacional na Suécia em 1922 (Mendonça,
1987).

A 25 de Março de 1919 ocorre a prova de Estocolmo, considerada a primeira competição


oficial, a 15 km a Sudoeste de Estocolmo em Saltsjöbaden, contando com 217 participantes,
divididos por 3 categorias e organizada pela Federação de Desportos de Estocolmo, tendo
como director de prova o First Major Ernst Killander.

Surge em 1928 o primeiro clube de orientação na Suécia, o SK Gothia, tendo em 1931, pela
mão de Dalarnas Idr. Förbund sido organizado o primeiro campeonato nacional sueco.

Desta altura em diante, a orientação prolifera pela Europa central, espalhando-se por países
como a Hungria, Ex-URSS, Suíça, França, Finlândia, Noruega, tendo, após a 2ª Guerra Mundial
se desenvolvido por países como os EUA, Canadá, Grã-Bretanha, Bélgica, Brasil, Austrália e
Espanha.

Em 1949 a Orientação em Ski é reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional, ocorrendo


em 1961, na Dinamarca ocorrido a fundação da International Orienteering Federation – IOF
por 10 países (Bulgária, Ex - Checoslováquia, Dinamarca, Finlândia, Hungria, Noruega, Ex - RDA,
Ex - RFA, Suécia e Suíça), que organizam em 1962 (de 20 a 23 de Setembro) o primeiro
campeonato europeu em Loten, Noruega. Tendo posteriormente publicado em 1963 o
primeiro regulamento.

Em 1966, 1 e 2 de Outubro ocorre o Primeiro Campeonato do Mundo na Finlândia. Disputado


nos anos pares até 1978. Desde 1979 passou a realizar-se nos anos ímpares.

Com a proliferação do desporto de Orientação pelo mundo, em 1977 a Orientação é


reconhecida pelo COI

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Tendo em 1986 sido Criada a primeira Taça do Mundo de Orientação. Em 1999 - A IOF agrupa
já 53 países de todo o mundo.

A Orientação em Portugal

Os primeiros contactos em Portugal com a modalidade ocorrem a nível militar e 1973 com o
primeiro campeonato das Forças Armadas em Mafra, tendo a nível civil este contacto ocorrido
ao nível dos escoteiros, escolas e clubes, mas só em 1987, com a formação da Associação
Portuguesa de Orientação (APORT), se começam a promover alguns encontros e se começam a
produzir os primeiros mapas adequados à sua prática obedecendo às normas da Federação
Internacional (I.O.F. - International Orienteering Federation) (Oliveira, 1993).

A Federação Portuguesa de Orientação é criada em 1990, tendo nesta data ocorrido a adesão
de Portugal à IFO, participando em 1991, na Checoslováquia e em 1995 na Alemanha, nos
Campeonatos do Mundo, acto que contínuo desde então.

O que é a Orientação

Segundo Oliveira, 1993, “A Orientação podendo ser um desporto altamente competitivo, um


jogo muito divertido ou uma actividade de recreação,…”, ou seja, com um mapa e uma
bússola, um individuo percorre um caminho com o objectivo de encontrar determinados
pontos assinalados de forma precisa no mapa (balizas) e marcados no terreno por um prisma
triangular de cores laranja e branca, com um picotador com um código especifico para marcar
um cartão de controlo, transportado pelo praticante para comprovar a sua presença no local.
O percurso de uma prova varia de 1 a 20 quilómetros, contendo entre 6 a trinta pontos de
controlo, sendo a distancia e a dificuldade técnica variáveis dependentes da idade, sexo,
experiência e condição física do praticante.

Em cada classe e escalão, o vencedor é quem encontrar todos os pontos de controlo pela
ordem correcta, no mais curto espaço de tempo.

O trajecto a percorrer é assinalado no mapa através de símbolos, sendo que a partida é


marcada no mapa através de um triângulo, os pontos marcados através de círculos numerados
por ordem crescente até ao final, representado por duas circunferências concêntricas. Em
competição as partidas são dadas no mínimo de cada 3 em 3 minutos.

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A Orientação enquanto modalidade desportiva pode dividir-se nas seguintes categorias:

 Orientação Pedestre (diurna e nocturna)


 Prova Clássica, com duração entre 75 a 90 minutos para homens, e entre 60 a
70 minutos para mulheres
 Prova Curta, com duração de 25 minutos, mais técnica.
 Prova Longa, com duração acima de 50 minutos, mais física.
 Prova de Estafeta, para 2 ou mais participantes em equipa. Duração entre 45 a
65 minutos nos homens e entre 30 a 50 minutos nas mulheres.
 Orientação em Ski - A primeira modalidade de orientação existente. Bastante
difundido nos países do Norte da Europa, sendo inclusive modalidade das Olimpíadas
de Inverno. No terreno são abertos trilhos para facilitar a locomoção, sendo estes
assinalados no mapa com a cor verde e classificados quanto à sua transitabilidade.

 Orientação em BTT - Muito difundida em França e Espanha e com grande crescimento


em Portugal, pode ser praticada com os mapas tradicionais mas geralmente têm uma
escala diferente (geralmente 1\20.000), e os caminhos classificados quanto à
transitabilidade e largura.

 Orientação de Precisão (Trail-O) - Forma de prática da Orientação direcionada


para deficientes motores, com percursos específicos em que a competição não se
realiza cronometrando a duração do percurso, mas pela quantidade de pontos de
controlo marcados corretamente. Para cada ponto de controle existem várias
balizas no elemento característico ou próximo dele, devendo o concorrente
indicar qual delas está corretamente colocada.

 Orientação em Canoa - A forma mais comum é em canoa, normalmente em rios e


lagos com margens muito recortadas por enseadas e braços de rio.
 Orientação a Cavalo - Com características similares à Orientação em BTT,
praticadas a cavalo.
 Etc…

Para além de todas estas categorias de vertente desportiva, temos de considerar a


vertente recreativa da orientação, cada vez mais presente nos dias de hoje como forma de
ocupação de tempos livres e como modo de contacto com a natureza, ou seja,”pode-se
entender a Orientação como a execução de um percurso topográfico individual ou em grupo,

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sem a preocupação de competir mas e somente a de distrair, permitindo a exploração de
locais desconhecidos, desfrutando de ambientes agradáveis, saudáveis e de rara beleza
natural. Aqui o factor tempo pouco ou nada importa, podendo mesmo serem utilizadas várias
estratégias para tornar a actividade ainda mais recreativa, como por exemplo ter que efectuar
uma determinada tarefa ou responder a uma eventual pergunta em cada posto de controlo
encontrado.” (Fernandes e Ferreira, 1999) bem como a vertente formativa, ao nível do
desporto escolar que proporciona para além da prática da modalidade em si, a conjugação
multidisciplinar (Português, Matemática, Geografia, etc. …) com a prática desportiva e
recreativa da Orientação, através da resolução de jogos e charadas, relacionadas com as
disciplinas do plano curricular como afirmam Madeira e Vidal (1993) “podemos definir a
Orientação como a realização de um percurso balizado através da utilização de um mapa e
eventualmente com o auxílio de uma bússola, aplicando diversos saberes adquiridos em várias
disciplinas “.

Tipologia das provas de orientação

Para além da duração e distância das provas, estas também podem ser organizadas de forma
diferente, ou seja, a organização dos pontos de controlo e a forma como são distribuídos e
divulgados podem por sim só resultar em provas mais complexas e com maior ou menor
duração. Assim, segundo Fernandes e Ferreira (1999), poderemos considerar os seguintes
percursos:

a) Percurso Radial (adaptado de McNeill, 1998, denominado de Star Exercice)

A B

J C
I  D

H E

G F

Figura 1 – Percurso Radial

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Neste tipo de percurso existe um ponto central onde o professor se encontra e que
corresponde simultaneamente ao ponto de partida e ao de chegada. Pelas suas vantagens
pedagógicas, este modelo deve ser utilizado na iniciação do aluno em percursos do tipo “ponto
para ponto”. Estas vantagens advêm do modelo permitir ao professor uma intervenção
imediata sobre a prestação do aluno, através do feedback. Observando o exemplo da figura 1,
o professor presente no ponto central fornece um mapa ou croqui a cada um dos 10 alunos
que executarão em simultâneo (um para cada PC). Quando todos eles regressarem, procedem
à troca entre si dos mapas para executarem outro dos percursos. Este procedimento é
efectuado tantas vezes, quantos postos de controlo existirem. È importante salientar que o
mapa fornecido ao aluno apenas tem referenciado o ponto de partida/chegada e um dos
postos de controlo.

b) Percurso em Estrela (adaptado de McNeill, 1998)


Como evolução do grau de dificuldade inerente ao anterior, surge o “percurso em estrela”
onde os alunos terão que encontrar dois pontos em vez de um ( Fig.2 ). No caso de classes
heterogéneas em relação ao nível de desempenho, o professor através deste modelo pode
efectuar percursos com três postos de controlo para aqueles alunos que evidenciam um maior
conhecimento e apenas um, do tipo Radial, para outros que sintam alguma dificuldade. No
exemplo da figura 2, partem em simultâneo cinco elementos ou grupos, funcionando de igual
forma ao percurso referido anteriormente.

A B

J 5 1 C

I 4  2 D

H 3 E

G F

Figura 2 – Percurso em Estrela

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Objectivando a rentabilização do tempo, este modelo permite aumentar o tempo na tarefa
para o dobro com todos os seus benefícios ao nível da aprendizagem. Para que isso seja
possível, em vez de sair um, saem dois elementos ou grupos para executar um dos percursos,
apenas com a diferença na sequência dos postos de controlo. Em relação ao percurso 1, por
exemplo, um elemento executava a sequência B-C e outro C-B.

c) Score Orienteering (adaptado de Renfrew, 1994)


Ao aluno é lhe dado o mapa com todos os postos de controlo (A a K, Fig. 3 ), incluindo a
pontuação referente a cada um deles. Os postos de controlo mais cotados deverão ser os mais
difíceis, evidenciados quer pela qualidade do elemento característico seleccionado, quer pela
distância a que se encontra do ponto de partida. A regra que o professor deverá impor é o
limite de tempo, a partir do qual, por cada minuto excedido o aluno é penalizado em 10
pontos. Aquele que perfizer o maior número de pontos será o vencedor.
Existe uma variação desta forma de percurso conhecida de “Score 100”. O que os diferencia é
que neste último não existe limite de tempo e o aluno deverá perfazer 100 pontos certos.
Assim, vencerá aquele que obter a cotação de 100 pontos no menor tempo.

A25 25 I

F5

B15 20 H
C10  15 J

D15 20 G

E5 15 K

Figura 3 – Score Orienteering

d) Percurso do tipo “ponto para ponto” (adaptado de McNeill, 1998)


Este é o tipo de percurso utilizado em provas de competição e que, através de uma adaptação
eficaz, pode ser utilizada também na escola. O percurso pode tomar a forma de circular ou
“cross over”podendo a partida coincidir ou não com a chegada. O inconveniente deste tipo de
percursos é minimizar o tempo do processo de ensino. No entanto, um percurso deste tipo

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tem vantagens porque é o único que garante a comparação dos níveis de desempenho, uma
vez que todos executam a mesma prova, ou seja, são asseguradas iguais circunstâncias.
Normalmente, as partidas são intervaladas por 2 minutos.

e) Percurso do tipo Estafeta (adaptado de McNeill, 1998)


Utilizados nos campeonatos de estafetas, este tipo de percurso pode ser bastante útil no
contexto escolar por dois factores: (I) maximiza o tempo na tarefa ou tempo de
empenhamento motor específico e consequentemente o tempo potencial de aprendizagem,
directamente relacionado com a velocidade e qualidade da aprendizagem e, (II) a sua
característica ao nível da organização baixa significativamente o índice competitivo, não
permitindo a comparação de resultados devido à diferença entre os percursos. Como
educadores, não nos podemos esquecer que nas idades escolares a competição desmedida
pode ser prejudicial, tanto para o progresso da aprendizagem como também para a própria
formação do indivíduo.
Assim, existem três percursos distintos (A, B e C), cada um deles com seis postos de controlo,
cujo 3º e 5º são comuns. Assim, este modelo permite a partida de 3 alunos ou grupos em
simultâneo, triplicando o número de elementos na tarefa em relação ao anterior. As partidas
podem igualmente ser intervaladas por dois minutos. Importa também referir que no mapa
dos executantes apenas se encontram traçados um dos percursos.

O mapa

O Mapa de Orientação possui uma escala identificada, uma simbologia que identifica o
terreno, de acordo com uma legenda internacional. É nele que são identificados os pontos de
controlo, assim como a partida e a chegada da prova. Para além disso, os mapas de orientação
têm as linhas de norte (norte magnético), direccionadas de sul para norte e indicadas por uma
seta.

O motivo pelo qual é utilizado o Norte Magnético e não o geográfico é que o ângulo entre o
Norte Magnético e o Norte geográfico varia consoante a região do mundo onde nos
encontramos. Assim, como o Norte Magnético é igual em qualquer parte do mundo, as linhas
de norte representam o norte magnético que obtemos com o auxilio da bússola.

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A bússola

A bússola caracteriza-se como uma ferramenta de orientação que nos permite determinar
direcções.

Ela consiste num ponteiro magnetizado livre para se alinhar de maneira precisa com o Norte
Magnético.

Os principais componentes das bússolas são os seguintes:

 Base: é transparente e de plástico, normalmente marcada com uma régua de escala e


com uma (ou mais) réguas laterais.

 Cápsula: contém uma agulha magnética, é preenchida por um líquido que em geral é
um óleo pouco viscoso, que tem como finalidade dar estabilidade à agulha. A agulha
geralmente tem algum destaque para o pólo norte (podendo a ponta ser vermelha, de
alguma cor brilhante, etc...).

 Disco de leitura: Tem uma escala em graus que fica em volta da cápsula, que serve
para ser girada manualmente de modo a obter o rumo em graus.

 Portão: Faixa preta e vermelha pintada numa lâmina ou na cápsula. Serve para alinhar
a agulha, move-se junto com a cápsula e as linhas de Norte e tem o lado Norte pintado
de vermelho. Em algumas bússolas o portão pode ser movido independentemente.

 Linhas de Norte: São sem série, e servem para alinhar a bússola com os meridianos
inseridos no mapa. Movem-se juntamente com o disco de leitura, e são finas, pretas e
paralelas ficando geralmente no fundo da cápsula ou numa lâmina transparente.

A baliza

 Caracteriza-se por ter duas cores, geralmente laranja e branco, servindo para no
terreno identificar o ponto de controlo descrito no mapa.

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O picotador

 È um género de agrafador com uma série de picos com irregularidades nalguns deles
de forma a cada um marcar um código diferente no cartão de prova, estando
geralmente colocado junto de uma baliza.

Cartão de controlo

 Corresponde a um cartão onde o praticante picotará ou colocará os códigos referentes


a cada baliza, com o objectivo de comprovar a sua presença no local.

Alguns aspectos importantes para traçar um percurso (retirado


de Almeida, Kátia, Orientação "O Desporto da Floresta", FPO)

As questões que o orientador coloca a si próprio em situações de decisão, prendem-se com a


escolha do melhor percurso para atingir o ponto de controlo seguinte. Quanto mais técnicos
são os trajectos, mais difíceis são as situações de escolha com que o praticante se depara.
Frequentemente, o orientador selecciona a que considera ser a mais rápida de várias opções
de percurso. Fazer corta-mato e correr em linha recta através da floresta, só são boas opções
quando o orientador está apto a usar eficientemente a bússola, a calcular a distância e a
interpretar o relevo (McNeill, 1989).

A melhor opção para um orientador, poderá não ser a mesma para outro, dado que esta
depende não só da condição física do atleta, como do seu nível técnico.

Focaremos de seguida, algumas técnicas utilizadas pelos orientadores facilitadoras das


estratégias de tomada de decisão:

 Pontos (ou linhas) de referência - são acidentes do terreno artificiais ou naturais, que
num percurso parcial (entre dois pontos de controlo), são paralelos ou acompanham a
direcção geral da opção.

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Os caminhos ou carneiros são os pontos de referência mais fáceis de localizar. Contudo,
quando estes não existem, os rios, limites de vegetação, muros, linhas de alta tensão ou as
curvas de nível, entre outros, podem desempenhar essa função.

Opções que, em percursos parciais utilizem pontos de referência, podem ser rápidas e
relaxantes em termos psicológicos para o orientador, porque lhe transmitem segurança na
direcção que escolheu e permitem-lhe o aumento da velocidade, sem grandes preocupações
com a leitura do mapa ou utilização da bússola, a fim de verificar o seu posicionamento no
terreno.

 Pontos (ou linhas) de segurança - muitas vezes, a opção não depende só de uma
direcção considerada correcta, mas também de até onde se deve seguir essa direcção. Os
pontos de segurança, são elementos lineares do terreno que cruzam paralela ou
perpendicularmente o sentido da progressão, podendo conduzir o orientador ao posto de
controlo ou às imediações deste, ou mesmo ao ponto escolhido como ponto de ataque.

A utilização destes pontos, permite deslocamentos rápidos, com pouco trabalho de carta e de
bússola. Frequentemente, esta estratégia é utilizada quando o orientador é confrontado com
um campo aberto de progressão fácil.

 Linha de paragem - é um elemento linear do terreno, perpendicular ao sentido de


progressão e situado depois do ponto de controlo. É idêntica à linha de segurança, diferindo
apenas na sua localização.

Esta estratégia, pode ser utilizada quando na zona da baliza existem poucos ou nenhuns
pontos de referência, permitindo assim ao orientador saber se ultrapassou ou não a baliza
desejada, recolocando-se no terreno.

 Ponto de ataque - é um acidente do terreno característico e perfeitamente definido,


próximo da baliza desejada e de onde se pode, com segurança, iniciar uma Orientação precisa
até ao ponto de controlo. O deslocamento para este ponto de ataque, normalmente é feito o
mais rápido possível e ao atingi-lo, geralmente o orientador desloca-se com alguma precaução
para a baliza.

 Ponto característico - é um acidente de terreno bem definido no mapa e susceptível de


ser referendado com relativa facilidade no terreno, sem margem para erro. Por exemplo:
cruzamento de caminhos, bifurcação de linhas de água, casas, ruínas, limites de vegetação,
etc.

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 Desvio propositado - Consiste na introdução de um azimute de segurança que se toma
entre dois pontos não coincidindo com a menor distância entre eles, prevendo um desvio para
a esquerda ou direita do ponto de controlo seguinte, que deve ser tomado logo à partida do
ponto de controlo anterior e permite ao atleta saber de que lado se encontra no acidente de
terreno em relação à baliza desejada.

O azimute

 Azimute - esta é a técnica que permite determinar direcções. Consiste na Orientação


do mapa pela bússola: através da direcção do norte magnético, o orientador calcula a direcção
que pretende seguir. Deste cálculo, obtém a indicação do ângulo onde se encontra a baliza
(Beaumatin & Crapez, S.D.).

O cálculo do azimute, é feito através do "método 1-2-3":

1- Coloca-se o bordo da bússola sobre o mapa de forma a fazer a ligação em linha recta
do ponto de partida (por ex. ponto 1) ao ponto de chegada (ponto 2).

Durante as próximas etapas, a bússola deve ser mantida nesta posição.

2- Roda-se o limbo da bússola de forma a que o norte magnético fique paralelo aos
meridianos indicadores do norte magnético no mapa.

3- Roda-se o mapa e a bússola ao mesmo tempo de modo a que a agulha magnética se


enquadre correctamente na direcção norte-sul.

A direcção do ponto de chegada, é a indicada pela seta que se encontra na base da bússola.

Técnicas Elementares (retirado de www.cotrim.org.br)

Noção de Planificação – Deve entender a forma como é construído um mapa (projeção


vertical dos objetos).

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Leitura do relevo - Permite uma "navegação" com grande precisão e uma correta dosagem do
esforço a realizar através da opção pelos trajetos mais eficazes. Os conhecimentos da 3ª
dimensão é fundamental para o sucesso na realização de percursos de Orientação mais
técnicos em que os pontos de controle estão colocados nos acidentes do terreno
(reentrâncias, esporões, colinas, depressões, etc.). Isso envolve leitura de curvas de nível

Legenda - A aprendizagem da simbologia inserida no mapa e a sua relação com o terreno é


fundamental para o sucesso na realização de percursos de Orientação, uma vez que permite
uma fácil localização e orientação do mapa, bem como facilita a opção pelo trajeto mais
correto. Para iniciantes a simbologia básica do mapa, é colocada na lateral do mesmo para
facilitar a consulta até que memorize.

Localização e Orientação do Mapa Através dos Pontos de Referência - Quando se tem acesso
a um mapa a primeira coisa é saber onde se encontra nele. Após localizar com precisão o local
em que se encontra o participante deverá orientar o mapa de acordo com a disposição no
espaço dos pontos de referência. Deverá procurar a sensação de estar dentro do mapa no local
indicado sabendo a direção e sentido que devera caminhar

Dobrar o Mapa - A possibilidade de manuseamento do mapa ao longo de todo o percurso


facilita a sua leitura. O percurso indicado no mapa possui áreas de informação marginais que
não são determinantes para a correta leitura do mapa, então para uma leitura mais ágil, deve-
se dobrar o mapa de forma a reduzir o seu tamanho de área útil com um tamanho aproximado
de 15 cm.

Regra do Polegar - Quando se tem o mapa na mão o dedo polegar deve ser colocado no local
em que está localizado e sempre que deslocar o dedo vai acompanhando no mapa os
movimentos efetuados. Esta regra quando bem executada permite indicar sempre com
precisão e rapidez o local em que se encontra, uma vez que restringe a zona do mapa a
consultar às imediações do local onde está colocado o dedo.

Manter o Mapa Permanentemente Orientado - E a regra fundamental para se realizar um


percurso de forma correta. Deve se saber em que sentido está progredindo no terreno junto
com o mapa.

Noção das Distâncias e Escalas - A noção do espaço percorrido ou a percorrer ‚ também é


importante para o seu sucesso. O participante deverá saber relacionar o espaço representado
no mapa e a sua correspondência no terreno. A noção dos espaços percorridos desenvolve-se
com a prática e é possível de ser melhorada através da contagem de passos duplos que
estando aferidos dão uma informação sobre o espaço

Bússola

Como Auxiliar para Orientar o Mapa – A grande utilidade da Bússola centra-se na


possibilidade de aumentarmos a velocidade de execução para orientar o mapa. Basta fazer
coincidir a direção das meridianas (linhas de norte) do mapa com a agulha da bússola.

Processos Expeditos para Orientar o Mapa – Existem formas de Orientação para localização
das direções Norte e Sul sem utilizar a bússola, como As indicações recolhidas no terreno
(disposição do musgo na parte voltada a norte das árvores e rochas) ou através dos astros

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(movimento do sol ao longo do dia e posição da estrela polar durante a noite) contribuem para
esta aquisição.

Azimute – É uma técnica de navegação mais avançada, porém simples de executar possibilita
mais segurança e melhor precisão na realização de percursos.

Técnica 1-2-3

1. Lateral da bússola coincidindo com a trajetória linear de um ponto para outro


2. Mover o disco da bússola de forma que as linha do norte coincidam com as linhas
meridianas de norte indicadas no mapa (atenção para não colocar o norte no sul
e vice-versa).
3. Gire o corpo segurando a bússola de forma que o norte ( a parte vermelha) do
limbo (agulha) fique sobre o norte do disco da bussola. Este ato chama-se calar a
bússola. Feito isso a sua bússola esta orientada e só seguir a seta principal da
bússola, paralela as laterais da bússola ( e não a do norte eim!!), daí e só ir atrás
do ponto e manter o item 2 .

Simbologia

Vegetação

A representação da vegetação é importante para o praticante de orientação, porque indica a


velocidade de progressão e a visibilidade.

Cor

O princípio básico é o seguinte:

 branco representa floresta aberta, onde se pode correr á velocidade máxima,


 amarelo representa área aberta, (dividida em várias categorias)
 verde representa a densidade da floresta, bem como da vegetação rasteira de
acordo com a velocidade de progressão inerente a cada uma das categorias em
que estão divididas.

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Velocidade de Progressão

A velocidade de progressão depende da natureza da floresta (densidade de árvores, arbustos e


vegetação rasteira - fetos, silvas, urtigas, etc.), mas não entra em linha de conta com zonas
pantanosas, solo pedregoso, etc, sendo estes representados por símbolos próprios.

A velocidade de progressão em floresta está dividida em 4 categorias de acordo com a


velocidade de corrida. Se a velocidade através de floresta aberta for de, por exemplo
5min/Km, aplicam-se as seguintes relações:

Floresta Aberta 80 - 100% 5 - 6:15 min/Km

Corrida lenta 60 - 80% 6:15 - 8:20 min/Km

Difícil correr 20 - 60% 8:20 - 25:00 min/Km

Muito difícil correr 0-20% > 25:00 min/Km

Área Aberta

Terreno cultivado, de pastagem, prados, relvados, etc, sem


árvores,onde a corrida seja fácil.

Área Aberta

Prados com árvores ou arbustos dispersos, com relva ou terreno


semelhante que permita uma corrida fácil.

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Área Semi-aberta

Charneca, áreas de abate de árvores, plantações recentes (árvores


menores de 1 metro) ou outros terrenos maioritáriamente abertos com vegetação rasteira
irregular, urze ou erva alta.

Área Semi-aberta com Árvores Dispersas

Floresta: Corrida fácil

Floresta aberta de corrida fácil

Floresta: Corrida Lenta

Uma área de árvores densas (baixa visibilidade) que reduz a velocidade


de corrida para cerca de 60-80% da velocidade normal.

Vegetação Rasteira: Corrida Lenta

Uma área de vegetação rasteira com boa visibilidade (silvas,


urze,arbustos baixos, ramos cortados) que reduza a velocidade de progressão para cerca de
60-80% da velocidade normal.

Floresta: Difícil de Correr

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Uma área de árvores ou um matagal (baixa visibilidade) que reduz a
velocidade de corrida para cerca de 20-60% da velocidade normal.

Vegetação rasteira: difícil de correr

Uma área de vegetação rasteira com boa visibilidade (silvas, urze,


arbustos médios, ramos) que reduza a velocidade de progressão para cerca de 20-60% da
velocidade normal.

Vegetação: Muito Difícil de Correr; Intransponível

Uma área de vegetação densa (árvores ou vegetação rasteira) quase


impossível de passar. Progressão reduzida para cerca de 0-20% da velocidade normal.

Floresta com Progressão num Sentido

Uma área de floresta que permite corrida fácil numa direcção, mas
difícil nas outras. As faixas brancas indicam o sentido da corrida fácil.

Pomar

Área plantada com árvores ou arbustos de fruto.

Vinha

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A direcção dos traços verdes indica a direcção da plantação.

Limite Distinto de Área de Cultivo

A direcção dos traços verdes indica a direcção da plantação.

Área de cultivo

Terreno de cultivo que é considerado fora da áera de prova por estar


sazonalmente cultivado.

Limite Distinto de Vegetação

Um limite distinto de floresta ou um limite bem distinto de vegetação


na floresta.

Limite Indistinto de Vegetação

Limites indistintos entre áreas de verde, amarelo ou branco são


representados sem linha.

Elementos Especiais de Vegetação

A descrição do simbolo deve estar sempre presente na legenda.

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Formas do Terreno

A forma do terreno é representada a castanho por curvas de nível detalhadas e por alguns
símbolos para representar cotas, depressões, etc. O relevo é complementado a preto com os
símbolos para rochas e falésias. O terreno de orientação é normalmente melhor representado
com 5m de equidistância entre curvas de nível. No entanto, se for necessário um grande
numero de curvas de nível intermédias para a representação de uma área, é usada uma
equidistância menor (2,5m).

Curva de Nível

Uma linha que une pontos de igual altitude. Ao intervalo entre curvas
de nvel d-se o nome de Equidistncia e a diferena em desnvel entre as mesmas. Estes valores
podem ser 5 ou 2,5 metros.

Escarpa de Terra

Declive muito íngreme de terreno, provocado por erosão. Representam


mudanas abruptas no terreno. So desenhadas de acordo com a forma e tamanho da respectiva
escarpa. Os "dentes" indicam o lado de menor altitude.

Muro de Terra

Muro de terra ntido. Altura mnima de 1 metro.

Muro de Terra Pequeno

Muro de terra baixo ou em ruínas. Altura mnima de 0.5 metros.

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Muro de Terra Pequeno

O fosso/ravina ou vala que seja muito pequeno para ser representado


com o símbolo de escarpa, é representado por uma linha com o fim pontiagudo. Profundidade
mínima de 1 metro.

Vala Pequena

Pequeno fosso/ravina ou vala. Profundidade mínima de 0,5 metros.

Colina

Montículo

Colina pequena mas nítida ou montículo, que não pode ser


representada à escala com curvas de nível. Diâmetro menor que 5 metros e altura mínima de 1
metro.

Depressão

Depressões são representadas por curvas de nível com linhas de


declive. Depressões menores são representadas por curvas de nível intermédias.

Pequena Depressão

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Depressões ou pequenos buracos de pouca profundidade, que não
possam ser representados à escala por curvas de nível, sãorepresentados por um semi-círculo.
Diâmetro mínimo de 2 metros e profundidade mínima de 1 metro. Este símbolo está orientado
a Norte

Buraco

Buracos artificiais com paredes bem visíveis que não possam ser
representados por uma escarpa. Diâmetro mínimo de 2 metros e profundidade mínima de 1
metro. Este símbolo está orientado a Norte.

Terreno Irregular

Zona de buracos e/ou cotas com demasiados detalhes para ser


representado em pormenor.

Elemento Especial de Terreno

Este símbolo é utilizado para uma carecterística especial de relevo. A


descrição do símbolo deve ser dada na legenda. Normalmente no Brasil representa um tronco
caído ou uma raiz de árvore é superficie.

Água e Pantanos

Este grupo inclui zonas aquáticas e tipos especiais de terreno criados pela presença de água
(pântanos): A classificação é importante visto que indica o grau de dificuldade que se
apresenta perante o praticante de orientação e fornece elementos para a leitura do mapa e
para pontosd e controlo. Uma linha marginal preta a circunscrever um elemento com água
indica que é intranponível em condições normais.

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Lago

Lago

Pequeno Lago

Buraco com água

Um buraco com água ou uma zona aquática demasiado pequena para


ser representada à escala.

Rio Instransponível

Um rio ou ribeiro intransponível é desenhado com uma linha marginal


preta. Uma interrupção nas linhas representa a existência de uma passagem.

Linha de água transponível

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Uma linha de água transponível, mínimo de 2 metros de largura. Com
menos de 2 metros de largura é considerada uma pequena linha de água transponível e é
representada por uma linha mais fina.

Pequeno Canal

Um pequeno canal natural ou contruido podendo conter água apenas


intermitentemente.

Pequeno Canal Pantanoso

Pântano Instransponível

Pântano

Um pântano transponível, normalmente com um limite visível.

Área alagadiça

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Um pântano indistinto ou sazonal ou uma área de transição gradual de
pântano para solo firme. O limite é normalmente indistinto.

Poço

Poço ou nascente de captação de água, facilmente identificável no


terreno.

Nascente

A origem de de uma linha de água com um curso visível. O símbolo está


orientado para o sentido da corrente.

Elemento especial de água

Um pequeno elemento especial de água. A descrição do símbolo deve


estar sempre presente na legenda.

Terreno rochoso e pedras

O terreno rochoso é uma categoria especial do relevo. A inclusão das rochas é útil para avaliar
perigos e velocidades de progressão. Fornece também alementos para uma melhor leitura do
mapa e para pontos de controlo. As rochas são representadas a preto para se distinguirem de
outros elementos de relevo.

Falésia

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Uma falésia, pedreira ou escarpa de terra intransponível é
representado por uma linha a preto com traços descendentes a representar a total extensão
do seu declive. Para paredes verticais, estes traços podem ser omitidos se o espaço for pouco,
p.ex. passagens estreitas entre falésias. Os traços podem estender-se sobre símbolos que
representem áreas na base da parede. Quando uma parede rochosa entre directamente na
água, tornando impossível a passagem na sua base, a linha delimitadora da água é omitida ou
os traços da falésia extendem-se visivelmente sobre essa linha.

Rochedo/ Penhasco

Para elementos pouco comuns como rochedos, penhascos ou pedras


gigantes, as rochas são representadas com a sua forma e sem traços de declive.

Falésia Transponível

Uma pequena parede rochosa vertical pode ser representada sem


traços. Se a direção do declive da rocha não for óbvio a partir das curvas de nível ou para
melhorar a legibilidade, são usados pequenos traços na direção desse declive.

Buracos Rochosos

Buracos rochosos que possam representar perigo para o atleta.Este


símbolo está sempre orientado a Norte exceto quando representa uma caverna como se vê a
seguir.

Caverna

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Uma caverna é representada pelo mesmo simbolo de buraco rochoso.
A abertura do "V" indica a entrada da caverna.

Pedra

Uma pedra bem visível. Todas as pedras desenhadas no mapadeverão


ser facilmente identificáveis no terreno. Altura mínima de 1 metro.

Pedra Grande

Uma pedra particularmente grande e visível.

Zona de Pedras

Uma zona com demasiadas pedras para serem indicadas


individualmente.

Terreno Rochoso

Terreno pedregoso ou rochoso que altera a velocidade de progressão.

Zona Arenosa

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Uma área arenosa ou com cascalho miúdo sem vegetação e onde a
corrida é lenta. Uma área aberta com solo arenoso, mas onde a corrida é facil, deve ser
representada como área aberta (ver vegetação).

Afloramento Rochoso

Uma área rochosa sem terra nem vegetação onde é possivel correr.
Uma área rochosa coberta por relva, musgo, ou outra vegetação rasteira deve ser
representada como área aberta (ver vegetação).

Construções feitas pelo homem

Rodovia

Se a rodovia estiver em construção é representada por linhas


quebradas.

Estrada Principal

Estrada com largura superior a 5 metros. Se a estrada secundária


estiver em construção é representada por linhas quebradas.

Estrada Secundária

Estrada com largura entre 3 a 5 metros. Se a estrada secundária estiver


em construção é representada por linhas quebradas.

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Estrada

Uma estrada com boas condições para veiculos motorizados sob


quaisquer condições climatéricas. Largura menor de 3 metros.

Caminho de Veículos

Um caminho ou estrada em más condições apenas adequado a veículos


em marcha lenta. Largura menor de 3 metros.

Trilho Largo

Um trilho largo ou uma antiga estrada de veículos bem visível.

Trilho

Um pequeno trilho que pode ser percorrida em velocidade de


competição.

Junção de Trilhas

Quando uma junção trilhas é bem vivível

Junção de Trilhas

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Quando uma junção trilhas é bem vivível

Junção de Trilhas Indistinta

Quando uma junção ou intersecção de carreiros ou trilhas não é bem


vivível, os traços dos símbolos não se unem na junção.

Ponte para Pedestres

Uma ponte para pedestres sem carreiro de acesso.

Travessia de Água com Ponte

Um trilho ou estrada que atravessa um rio ou fosso por uma ponte.

Travessia de Água sem Ponte

Um trilho ou estrada que atravessa um rio ou fosso sem ponte.

Linha de Combóio

Linha de Média Tensão

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Linha de média tensão, telefones ou teleférico. Os traços
perpediculares indicam a posição exata dos postes.

Linha de alta Tensão

Linhas de alta tensão. O espaço entre linhas pode indicar a sua


dimensão.

Túnel

Uma passagem sob estradas, linhas de trem, etc, que podem ser
utilizadas pelo praticante de orientação. Este símbolo é usado quer exista ou não um caminho
de acesso.

Muro de Pedra

Uma passagem sob estradas, linhas de trem, etc, que podem ser
utilizadas pelo praticante de orientação. Este símbolo é usado quer exista ou não um caminho
de acesso.

Cerca

Cerca de madeira ou arame com altura inferior a 1,5 metros.

Cerca Alta

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Uma cerca com altura superior a 1,5 metros, intransponível para um
praticante de estatura média.

Ponto de Passagem

Passagem através ou sobre vedações ou muros altos. O símbolo pode


também ser usado para portões ou degraus sobre um muro de pedra, vedação ou conduta.

Edifício

Um edifício é representado segundo a sua projeção horizontal, se a


escala o permitir.

Área Fora de Prova

Áreas proibidas para o praticante de orientação.

Área Pavimentada

Uma área de piso pavimentado utilizado para estacionamento ou


outras finalidades.

Campo de Tiro

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O campo de tiro é representada por um símbolo especial, devido á
necessidade de haver precaução nestas zonas. A seta deve indicar o sentido dos disparos.

Torre Alta

Uma torre alta ou um pórtico, acima do nível da floresta adjacente.

Torre Alta

Uma pequena torre ou plataforma de tiro. O símbolo é orientado a


Norte.

Cocho

Uma manjedoura com uma base própria ou contruída numa árvores.


Este símbolo está orientado a Norte.

Elemento Especial Construído

A descrição do simbolo deve estar sempre presente na legenda.

Pontos de Controle

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Partida
A partida ou o ponto de troca de mapa (se este não for na partida) é representado por um
triângulo equilátero que aponta para o primeiro ponto de controle. O centro do triângulo
indica a posição exata do ponto de partida, normalmente materializado no terreno por um
"prisma" sem picotador.

Pontos de Controle
Os pontos de controle são representados por círculos. O centro do círculo indica a posição
exata do elemento. Podem ser omitidas seções do círculo de modo a não esconder elementos
importantes á navegação do atleta na aproximação ao ponto.

Número do ponto de controle


O número do ponto de controle é colocado junto ao círculo respectivo de modo a não
esconder elementos importantes da navegação.

Linha
Quando o percurso tem de ser relizado segundo uma determinada ordem a partida, os pontos

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de controlo e a chegada estão unidos por linhas retas. Podem ser omitidas seções da linha de
modo a não esconder elementos importantes á navegação.

Percurso Balizado
Um percurso balizado é representado no mapa por uma linha tracejada.

Chegada A chegada é representada por 2 círculos concêntricos.

Área Fora da Prova

Área que não pode ser transposta pelos atletas.

Área Perigosa

Uma área que represente perigo para o praticante de orientação.

Percurso Proibido

Percurso proibido ao praticante de orientação.

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Conclusão

Através da realização deste trabalho, tive a oportunidade de explorar uma área do desporto
que não conhecia de forma aprofundada, tendo sido uma agradável surpresa para mim. Por
este motivo, é com naturalidade que dou comigo a pensar em organizar provas para os mais
diversos tipos de público-alvo, com os mais diversos tipos de objectivos, sempre numa
vertente de lazer, cultural ou mesmo formativa.

A Orientação é de facto um desporto para todos e efectivamente um desporto que privilegia o


contacto com a Natureza, ainda que existam algumas provas em ambiente urbano.

Com os conhecimentos que adquiri no módulo em conjunto com os que adquiri ao realizar
este trabalho escrito, posso afirmar que me sinto preparado para a realização de um evento de
Orientação.

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Bibliografia

Aires, António; Quinta-Nova, Luís; Santos, Luís; Pires, Natália; Costa, Raquel e Ferreira, Rui
(2011); “Orientação - Desporto com Pés e Cabeça” , 2ª Edição; FPO

Aires, António; Sérgio, Luís e Aires, Tiago (2005); “Manual do Traçador de Percursos”, FPO.

Almeida, Kátia (s/d); “Orientação - O Desporto da Floresta”.

Madeira, Mário e Vidal, José Carlos (1993);“A Orientação na escola”; Dossier da Revista
Horizonte, vol X, nº 55.

McNeill, Carol; Martland, Jim; Palmer, Peter (1998); “Orienteering in the National
Curriculum”; 2ª Edição; Ed. Harveys.

Renfrew, Tom e Michie, Drew Dip PE (1994); “Orienteering in the Scottish 5-14 Curriculum”;
Ed. Harveys.

Webgrafia

http://www.cotrim.org.br

http://pt.wikipedia.org

http://www.gd4caminhos.com

http://www.notapositiva.com

http://www.fpo.pt

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