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Colégio Manoel Marcondes Galvão

MARINA MARTINS DE LIMA

TRABALHO DE HISTÓRIA

O ABSOLUTISMO NA INGLATERRA

SÃO PAULO

2020
Introdução

O objetivo desse trabalho é fazer com que os leitores entendam um pouco mais
sobre o assunto do Absolutismo na Inglaterra, esclarecendo algumas dúvidas
comuns e expondo detalhes sobre o acontecimento. Como ‘’O que foi o Absolutismo
na Inglaterra?’’, ‘’Quais as características do Absolutismo nesse país?’’, ‘’Como a
rainha Elizabeth I fortaleceu o absolutismo na Inglaterra?’’. Dúvidas recentes sobre
este tema.
O absolutismo Inglês

O absolutismo inglês se inicia com o rei Henrique VII, da dinastia Tudor, em 1485 e
termina com o rei Charles II, da família Stuart, em 1685.

Com o apoio da burguesia, Henrique Tudor, coroado como Henrique VII, fundou a
dinastia que permaneceu no poder entre 1485 e 1603.

Foi o período de fortalecimento do Estado Monárquico da Inglaterra, ocorrido após a


Guerra dos Cem Anos (1337-1453) e a Guerra das Duas Rosas (1455-1485). Com
este fortalecimento, a sociedade inglesa criou as condições que a elevaram à
categoria de potência imperialista, com a colonização da América do Norte, o
domínio no comércio mercantilista e a criação das bases para a futura revolução
industrial.

A Inglaterra perdeu a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) para a França, o que lhe
custou o enfraquecimento da monarquia, de seu exército e uma grave crise
econômica, decorrente dos gastos de um conflito militar tão longo. À Guerra dos
Cem Anos seguiu-se uma disputa em torno do trono inglês, chamada de Guerra das
Duas Rosas (1455-1485). Em meados do século 16, a Inglaterra era governada por
Henrique 6°, da dinastia Lancaster.

Em 1461, o rei foi deposto por Eduardo 4°, da casa de York. Este governou a
Inglaterra por cerca de 9 anos, quando Henrique 6° tornou a assumir o trono inglês,
embora brevemente. Já em 1471, com sua morte, Eduardo 4° voltou ao poder,
governando até 1483. Foi substituído por Eduardo 5°, que reinou por alguns meses
apenas, e por Ricardo 3°, até seu falecimento em 1485. Com o apoio da dinastia de
Lancaster, que havia sido tirada do poder pelos York, Henrique 7°, da casa de
Tudor, foi coroado rei. Este se casou com Elizabeth de York, filha mais velha de
Eduardo 4°, unificando os grupos rivais e, assim, encerrando a Guerra das Duas
Rosas.
Nesses duzentos anos de história inglesa, a disputa pelo poder esteve relacionada
com as influências religiosas sobre os monarcas e as consequências na organização
do Estado inglês. Além disso, as condições estruturais da sociedade foram
consolidadas para que o desenvolvimento capitalista industrial se verificasse a partir
do século XVII.

Durante a dinastia Tudor podemos destacar os governos dos reis Henrique VIII e de
Elisabeth I como os mais importantes. Henrique VIII conseguiu sujeitar o parlamento
da nobreza ao poder do rei dando as características do absolutismo à monarquia
inglesa, além de fundar a Reforma Protestante no país com o Ato de Supremacia,
que em 1534 fundou a Igreja Anglicana e tomou as terras da Igreja Católica. Já no
reinado de Elisabeth I, filha de Henrique VIII, o mercantilismo inglês foi fortalecido,
consolidando o poderio da marinha inglesa nos mares, principalmente depois da
vitória sobre a Invencível Armada, do rei espanhol Felipe II, inaugurando a
decadência econômica do reino espanhol. Na área da navegação, Elisabeth I
estimulou ainda ações de pirataria, chegando a dar um título de nobreza ao pirata
Francis Drake. Além disso, essa dinastia deixou um poder real consolidando e em
acordo com o parlamento, garantindo também uma participação política de grupos
sociais emergentes e ligados a atividades econômicas comerciais e produtivas
distintas da aristocracia rural feudal.

Como Elisabeth I não deixou herdeiros, em 1603 subiu ao trono Jaime I (1603-
1625), rei da Escócia e parente de Elisabeth I, dando início à dinastia Stuart. Os
governos dos Stuarts foram marcados pelos desentendimentos com o Parlamento e
pela perseguição religiosa a católicos e puritanos calvinistas. O segundo e último rei
Stuart foi Carlos I (16825-1648), que, após fechar o Parlamento em 1629, em
decorrência de disputas sobre a cobrança de impostos, reabriu-o em 1640 para
conseguir fundos para guerrear na Escócia. Frente à tentativa dos parlamentares em
conter o poder real, Carlos I tentou fechá-lo novamente, o que desencadeou uma
guerra civil que lhe custou literalmente a cabeça.
A Guerra Civil ocorrida entre 1640 e 1649, opôs os defensores do rei (Os
Cavaleiros) contra os defensores do Parlamento (os Cabeças Redondas), liderados
por Oliver Cromwell. Os Cabeças Redondas venceram a guerra quando prenderam
Carlos I e o submeterem a julgamento pelo Parlamento, que decidiu por sua
decapitação. Essa decisão parlamentar sepultava a ideia de direito divino dos reis. A
Guerra Civil instaurou ainda a República, que teria mais tarde Cromwell como
ditador, que daria durante seu governo os contornos de potência mundial à
Inglaterra, principalmente com a proteção aos comerciantes ingleses dada com os
Atos de Navegação em 1650.

Cromwell morreu em 1658, iniciando um período de instabilidade e lutas internas no


parlamento que acabaria apenas em 1660 com a volta dos Stuart ao poder. O
governo de Carlos II (1660-1685) representava o fim da curta República inglesa e a
tentativa de imposição do catolicismo aos súditos. Carlos II tentou reestabelecer o
absolutismo na Inglaterra ao buscar se sobrepor ao poder do parlamento. Seu filho,
Jaime II, tomou o mesmo caminho de fortalecimento do absolutismo, mas foi
impedido em 1688. O parlamento, insatisfeito com o nascimento de um herdeiro
católico de Jaime II, fomentou uma revolta contra ele ao propor a Guilherme de
Orange a subida ao trono, evento histórico que ficou conhecido como Revolução
Gloriosa. Com essa revolução o absolutismo inglês chegou ao fim e o período da
Monarquia parlamentar na Inglaterra foi inaugurado.

As principais características do absolutismo na Inglaterra foram

- Centralização do poder nas mãos do monarca, que controlava a política, a justiça e


a economia da Inglaterra.

- Controle do monarca sobre a religião. Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica e
criou a Igreja Anglicana.

- Luta entre as dinastias (famílias reais) pelo controle do poder.


Diferença entre o absolutismo inglês e francês

No absolutismo inglês desde o ano de 1215 o rei não poderia estar acima da lei, pois
neste ano houve a "Revolta dos Barões" e o como resultado da mesma o rei foi
obrigado a assinar uma lei limitando os poderes do rei.

Na França ao contrário nunca houve nenhuma lei que limitasse o poder do rei, o rei
francês poderia fazer o que quisesse antes de 1789.

Esta foi uma das razões que causaram a Revolução Francesa, e por esta mesma
razão a Inglaterra não atravessou por um período revolucionário como a França e
existe a família Real até hoje.

O absolutismo inglês durou até a assinatura da Magna Carta por João Sem Terra,
irmão do rei Ricardo Coração de Leão, no século XII, e o absolutismo francês durou
até a revolução francesa, no século XVIII.

Conclusão

O absolutismo destaca-se pelo deslocamento do poder do âmbito local, nas mãos


dos senhores feudais, para as dos reis absolutistas, acompanhado de um
enfraquecendo das concepções medievais de vassalagem. Centralizou o poder,
tentou implantar um único sistema jurídico, acabou com as barreiras internas do
comércio, instalou tarifas protecionistas contra os estrangeiros, tomou posse de
terras eclesiásticas, patrocinou campanhas coloniais e companhias de comércio. Em
sumo, garantiu as bases para que se houvesse o triunfo do capitalismo através da
acumulação primitiva de capitais.
Henrique VII – Inglaterra Elizabeth I – Inglaterra

Henrique VIII – Inglaterra Cromwell – Inglaterra


BIBLIOGAFIA

https://rachacuca.com.br/educacao/historia/absolutismo/

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/absolutismo-na-inglaterra-modelo-
mesclou-centralizacao-politica-e-controle-do-parlamento.htm

https://brasilescola.uol.com.br/historiag/o-absolutismo-ingles.htm

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/absolutismo-ingles

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