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Circuito emissor comum

Conforme já dito, os circuitos da Figura 01 do tópico anterior são apenas


ilustrativos. Na operação prática, é preciso aplicar tensões para polarizar
inversamente a junção do coletor e diretamente a de emissor. A Figura 01
deste tópico dá um exemplo para um transistor NPN.

Fig 01
Desde que a resistência direta da junção base-emissor é pequena e
aproximadamente constante, pode-se dizer que a corrente de base deste
circuito também é aproximadamente constante.

Esse comportamento, entretanto, implica um inconveniente decorrente do


aumento da corrente de coletor com o aumento de temperatura.

Assim, com a polarização de base fixa, o circuito pode ser levado a um ponto
de operação indesejável, o que limita bastante sua aplicação prática. 

Para contornar o problema anterior, pode ser usado o circuito da Figura 02 A:


a tensão na base é mantida pelo divisor de tensão formado por R b1 e Rb2. A
queda de tensão em Re se contrapõe a essa polarização. Portanto, um aumento
da corrente de coletor provoca um aumento da queda de tensão, reduzindo a
corrente de base e estabilizando o circuito.

A análise do circuito é facilitada pelo equivalente conforme Figura 02 B.


Nada muda na parte de coletor e emissor, apenas se considera V cc a bateria
indicada. Na parte de polarização de base, a simplificação é feita com auxílio
do Teorema de Thevenin, cujo enunciado é:

"Qualquer combinação de baterias e resistências, com dois terminais de saída,


é equivalente a uma única fonte de tensão em série com um resistor. A tensão
da fonte é igual à tensão do circuito sem carga (terminais abertos) e o valor do
resistor é igual a essa tensão dividida pela corrente com os terminais em curto-
circuito".

Consideram-se então, como combinação, V cc, Rb1 e Rb2 e, como terminais, a


base do transistor e a massa. Assim,

Vb = Rb2 Vcc / (Rb1 + Rb2) #A.1#, ou seja, tensão com a base desconectada.

A corrente com base e massa em curto-circuito é Icc = Vcc / Rb1. E a


resistência equivalente Rb é dada por:

Rb = Vb / Icc = Rb1 Rb2 / (Rb1 + Rb2) #B.1#.

Fig 02
Aplicando agora a Lei de Kirchhoff (∑ V = 0) para a malha formada por V cc,
Rc, coletor-emissor e Re,

Vcc = Rc Ic + Vce + Re Ie #C.1#.

Desde que a corrente de base Ib é pequena, pode-se supor Ie ≈ Ic. E a igualdade
anterior pode ser reescrita:

Ic = (1/R') Vcc − (1/R') Vce onde R' = Rc + Re #D.1#. 

Considerando Vcc e R' constantes, conclui-se que, segundo equação anterior,


Ic varia linearmente em função de V ce. E a reta pode ser traçada num gráfico,
conforme linha contínua da Figura 03, bastando definir dois pontos quaisquer
(por exemplo: para Vce = 0, Ic = (1/R') Vcc e para Ic = 0, Vce= Vcc).

Usando a Lei de Kirchhoff para o laço de polarização (novamente lembrando


que Ie ≈ Ic),

Vb = Rb Ib + Vbe + Re Ic ou Rb Ib = Vb − Vbe − Re Ic #E.1#.


Fig 03
A relação entre a corrente de coletor e a de base é chamada ganho de
corrente ccdo transistor (simbolizada por hFE) e, em geral, é dada pelo
fabricante.

Assim, Ic = hFE Ib #F.1#.

Substituindo esse valor de Ic na igualdade #E.1# e rearranjando, resulta em

Ib = (Vb − Vbe) / (Rb + hFE Re) #G.1#. 

Isso significa que a corrente de base do transistor fica definida em função do


hFE do mesmo e tensão de alimentação e resistências do circuito.

Lembrar que a tensão base-emissor (Vbe) pode ser considerada


aproximadamente constante devido à polarização direta. Para os transistores
de germânio (raros atualmente) é cerca de 0,2 V e para os de silício, na faixa
de 0,6 a 0,7 V.

É evidente que essas são condições de repouso do circuito. Ainda não estão
considerados os sinais a amplificar.

No gráfico da Figura 03, as linhas azuis representam correntes de base


constantes para um transistor de baixa potência típico. Assim, em princípio, o
ponto de operação deve ser a interseção da reta de carga definida pela
igualdade #D.1# (reta vermelha) com a linha da respectiva corrente de base
calculada por #G.1#.
Fig 04
Exemplo hipotético: circuito da Figura 04

Conforme #A.1#: Vb = (6 . 2) / (4 + 2) = 2 V.

Conforme #B.1#: Rb = (4 . 2) / (4 + 2) = 1,33 KΩ.

Conforme #G.1#: Ib = (2 − 0,7) / (1330 + 100 . 1000) = 12,8 10−6 A = 12,8 µA.

Conforme #F.1#: Ic = 100 . 12,8 10−6 = 1,28 mA. 

A tensão coletor-emissor é dada pela igualdade #C.1#:

Vcc = Rc Ic + Vce + Re Ie. Assim, Vce = 6 − 2000 1,28 10−3 − 1000 1,28 10−3 =
2,16 V.
Transístor - Colector Comum

O circuito com um transístor com colector comum possui um ganho de tensão muito próximo da unidade, significando que os sinais em CA que são i
entrada serão replicados quase igualmente na saída, assumindo que a carga de saída não apresente dificuldades para ser controlada pelo transistor. O
possui um ganho de corrente típico que depende em grande parte do hFE do transistor. Uma pequena mudança na corrente de entrada resulta em uma
muito maior na corrente de saída enviada à carga. Deste modo, um terminal de entrada com uma fraca alimentação pode ser utilizado para alimen
resistência menor no terminal de saída. Esta configuração é comumente utilizada nos estágios de saída dos amplificadores Classe B e Classe AB, o cir
modificado para operar o transístor no modo classe B ou AB. No modo classe A, muitas vezes uma fonte de corrente activa é utilizada em vez do R
melhorar a linearidade ou eficiência.  

CARACTERÍSTICAS DE UM AMPLIFICADOR COM TRANSÍSTOR EM COLECTOR COMUM:

IMPEDÂNCIA DE ENTRADA: de 100K a 1M .


IMPEDÂNCIA DE SAÍDA: de 50 a 5000.
AMPLIFICAÇÃO DE CORRENTE: de 10 a 100 vezes.
AMPLIFICAÇÃO DE TENSÃO: é menor do que 1. Neste tipo de amplificador não há amplificação de tensão.
AMPLIFICAÇÃO DE POTÊNCIA: de 10 a 100 vezes.
RELAÇÃO DE FASE: não há desfasamento entre a tensão do sinal de saída e a tensão do sinal de entrada.

Transístor - Base Comum

A ligação de um transístor em  base comum é uma configuração de um transístor na qual sua base é ligada ao ponto comum do circuito.
Esta montagem é utilizada de forma menos frequente do que as outras configurações em circuitos de baixa de baixa frequência, é utilizada para am
que necessitam de uma impedância de entrada baixa. Como exemplo temos o pré-amplificador de microfones.
É utilizado para amplificadores VHF e UHF onde a baixa capacitância da saída à entrada é de importância crítica.

 
CARACTERÍSTICAS DE UM AMPLIFICADOR COM TRANSÍSTOR EM BASE COMUM:

IMPEDÂNCIA DE ENTRADA: entre 10e 100 .


IMPEDÂNCIA DE SAÍDA: entre 100 K e 1M .
AMPLIFICAÇÃO DE CORRENTE: é um pouco inferior à unidade (entre O,95 e O,99).Portanto, neste tipo de circuito não há amplificação de
AMPLIFICAÇÃO DE TENSÃO: entre 500 e 5.000 vezes.
AMPLIFICAÇÃO DE POTÊNCIA: entre 100 e 1.000 vezes.
RELAÇÃO DE FASE: não há desfasamento entre a tensão do sinal de saída e a tensão do sinal de entrada.

 Os transístores têm várias caixas segundo os vários fabricantes. 

Amplificador de RF linear usando o transistor BLY90 para


transmissores de fm ou aplicações de alta potência em vhf
Amplificador Linear para VHF com fonte de Alimentação e placa de circuito
impresso, usando o transistor Bly90

É para ser usado como amplificador de potência de RF na faixa alta de VHF.


Podendo fornecer até 60w na saída. Na figura abaixo temos o desenho da fonte de
alimentação que deve ser capaz de fornecer uma tensão de 13 volts com uma
corrente de 10 ampers. exige certo cuidado na montagem da fonte. Transformador
blindado aterrado, e três choques de RF para filtrar os componentes de alta
freqüência.
XRF1 e XRF2 são 30 espiras de fio 25 AWG em um núcleo de ferrite de 1 cm de
diâmetro e 5 cm comprimento. Pode usar um de uma fonte at/atx pifada, é mais
fácil. XRF3 são 100 espiras de fio 25 AWG em um núcleo de ferrite e 1cm de
diâmetro por 5cm de comprimento. Ou use um encontrado normalmente nas saídas
de fontes ATX's. algo em torno de 100µH. Os capacitores C1, C2, C3, C4 devem ser
cerâmicos de 600 V ou mais e os capacitores de 10nF são para 100v. RX não pode
ser de fio.

Sobre o transistor bly90


O Transistor BLY90 foi desenvolvido para trabalhar nas classes A, B e C, com 12.5V
corrente de 8A. Para aplicações acima de 175MHZ . Abaixo temos o esquema do
amplificador usando um único transistor BLY90. Todos capacitores devem ser
cerâmicos. O resistor de 10Ω por 1 w não deve ser de fio, a impedância de entrada
e saída é de 50Ω, logo deve ser ligado com cabo de 50Ω. Deve ser observado as
restrições legais quanto a operação desse tipo de equipamento.

Esquema do amplificador linear de rf de potência

 
Placa de circuito impresso

Abaixo temos o desenho da placa de circuito impresso do transmissor, observe que


os componentes são montados do lado do cobre e com os terminais o mais curto
possível, use dissipador de calor no BLY90, depois de montado o circuito deve ser
alojado numa caixa metálica.

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