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Material de Apoio do Aluno

Curso: Rotinas e Recursos Humanos – NovoTec


Eixo: Rotinas de Departamento Pessoal
Professor: Jardel Barsaglini

PROCESSOS ADMISSIONAIS

O que são Processos Admissionais?


O processo de admissão de funcionários é um conjunto de etapas e
atividades que integram o time de Recursos Humanos e Departamento Pessoal.
Afinal, ele dá início a uma série de outras atividades que impactam no trabalho
dessas equipes.

É o caso da concessão de benefícios, do fornecimento de equipamentos


de proteção individual e também do planejamento das férias, entre outras.

Ter atenção neste processo é garantia que todo o restante não falhará.
Portanto, é preciso ficar de olho no que é necessário fazer na admissão de um
empregado.

AS PRINCIPAIS ETAPAS DO PROCESSO DE ADMISSÃO


O departamento de RH, responsável pelo processo de admissão, precisa
estar atento a todas as suas etapas. Afinal, é ideal que a empresa encontre um
colaborador que traga bons resultados e possa agregar valor.
Este processo engloba vários momentos, que devem ser executados de
forma cuidadosa. Veja como funciona o processo de admissão de um funcionário
passo a passo:

1. Recrutamento e processo de seleção

O processo de admissão do empregado começa ainda na fase de


recrutamento e seleção, conduzida pela área de Recursos Humanos.

A equipe de RH é a responsável por todas as etapas dessa fase, que vai


da divulgação e descrição das vagas até avaliações e testes de candidatos.

Com base nas competências exigidas pelo cargo, os recrutadores


selecionam alguns perfis mais adequados à vaga e fazem entrevistas com os
candidatos, a fim de escolher aquele que reúna o maior número de qualificações
e características desejadas para a função.

Cada empresa adota procedimentos distintos de recrutamento e seleção.


É preciso ter atenção para que a fase de recrutamento tenha foco em encontrar
um funcionário que se identifique com as atividades a serem desenvolvidas.

Para isso, as empresas podem utilizar algumas das seguintes etapas:

• Entrevista com o RH;


• Testes de conhecimento específico;
• Testes psicológicos;
• Entrevistas com gestores e coordenadores;
• Alinhamento de expectativas.

As ferramentas de avaliação dependem muito do que o cargo exige. Além


disso, elas devem ser empregadas de forma a avaliar o fit do funcionário com a
empresa e sua cultura organizacional.

Apesar de ainda ser a prática mais utilizada para a admissão de novos


colaboradores, a contratação através das regras da CLT não é a única forma
utilizada pelas empresas atualmente.

Uma das alternativas mais populares é a contratação por meio de contratos


com Pessoas Jurídicas. Assim, os trabalhadores podem se cadastrar como
Pessoas Jurídicas, no formato que se adequa às necessidades dos prestadores.
A partir disso, eles podem realizar suas atividades e emitir as notas referentes
ao salário e benefícios mensais.
2. Aprovação do candidato

Assim que terminado o processo seletivo, a empresa deve instruir o


candidato aprovado sobre todas as próximas etapas. É de responsabilidade da
equipe de RH solicitar documentos e informações necessárias para a criação do
vínculo empregatício.

Neste momento, a empresa deve ter certeza de suas escolhas, avaliando


todas as informações coletadas durante o processo.

É fundamental que a equipe responsável pelo processo seletivo também


dê o feedback para os candidatos que não foram aprovados durante o processo.
Isso mostra que a empresa respeita todas as pessoas que se candidataram, e é
importante para manter a boa reputação da sua marca.

3. Regulamentação por parte funcionário


O funcionário deve fornecer todas as informações solicitadas pela
empresa. Esses documentos devem ser enviados de acordo com a instrução da
equipe de RH em até 48 horas úteis, para que o processo de admissão possa
seguir sem problemas.

Documentação necessária para o processo de admissão


Os principais documentos exigidos para a contratação do funcionário pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) são:

➢ Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);


➢ Cópia da carteira de identidade (RG);
➢ Cadastro de Pessoa Física (CPF);
➢ Carteira de inscrição no PIS/Pasep;
➢ Título de Eleitor;
➢ Certidão de Nascimento e casamento, caso haja;
➢ CNH (Carteira Nacional de Habilitação);
➢ Certificado de Reservista ou de dispensa do serviço militar (para
homens);
➢ Certidão de nascimento dos filhos menores de 21 anos de idade
(se houver);
➢ Carteiras profissionais relativas aos órgãos de classe (OAB, CRA
etc).
➢ Foto 3x4
➢ Atestado médico Admissional.

A empresa pode pedir outros documentos e informações pertinentes ao


processo de admissão. Além disso, algumas empresas solicitam a realização de
um exame admissional.
Esse procedimento é administrado de acordo com a função a ser exercida
pelo colaborador, como por exemplo audiometria, válida para atendentes de
telemarketing.

Já com relação ao que deve ser entregue pela empresa e assinado pelo
colaborador, podemos citar:

• contrato de trabalho;
• termo de confidencialidade/responsabilidade;
• código de conduta;
• manual de políticas e normas internas (com todas as regras estabelecidas
dentro da empresa).

4. Regulamentação por parte da empresa

Essa etapa do processo de admissão também engloba responsabilidades


por parte da empresa.

Após a entrega dos documentos, o empregador registra todas as


informações relativas à admissão do empregado na CTPS (Carteira de Trabalho
e Previdência Social), inclusive as de jornada de trabalho, e envia as informações
ao Ministério do Trabalho e à Caixa Econômica Federal, que administra o Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Assim, o colaborador já pode assinar seu contrato de trabalho e iniciar


suas atividades. A empresa também pode comunicar o vínculo empregatício pelo
sistema do eSocial, mesmo antes do início das atividades. Basta ter todos os
dados do novo colaborador.

Essa é a parte burocrática, que deve garantir que a contratação do


funcionário esteja de acordo com a CLT e outras leis trabalhistas.

Além de regulamentar essa situação e seguir com o processo de


admissão, a empresa deve garantir outros direitos e benefícios cruciais ao
desenvolvimento das atividades.

Assegurando benefícios

O principal benefício a ser oferecido ao funcionário para o início de suas


atividades é o vale-transporte. Assim, o empregador garante que o colaborador
possa se deslocar até o local de trabalho.

Entre outros benefícios oferecidos pelas empresas podem estar:

❖ Vale-refeição/alimentação;
❖ Convênio médico;
❖ Convênio odontológico;
❖ Ajuda de custo para gasolina (no lugar do vale-transporte);
❖ Vale-cultura;
❖ Bônus e comissões.

Estes outros benefícios devem ser explicados de forma clara durante o


processo de admissão. Assim, o funcionário fica por dentro de tudo que tem
direito e a empresa pode garantir uma relação e confiança desde o início das
atividades.

5.Preparativos da empresa
O trabalho das equipes de RH e Departamento Pessoal não termina na
parte burocrática do processo de admissão. Essa é a hora de alinhar todos
detalhes e garantir que o funcionário possui as ferramentas e conhecimentos
corretos para começar.

Dessa forma, os resultados esperados podem ser atingidos.

Para que as atividades possam ser realizadas, existem alguns processos


a serem realizados pela empresa.

É preciso que a equipe crie todas as contas e acessos que serão utilizadas
pelo trabalhador, como por exemplo o e-mail corporativo.

Além disso, é preciso criar as identificações do usuário dentro do sistema


de ponto da empresa. Afinal, o controle de ponto é crucial para acompanhar as
horas trabalhadas.

Mas não é só de burocracia que vive o RH durante a admissão de


funcionários. Depois de preparar e assinar todos os documentos, é preciso
cuidar da infraestrutura necessária para o novo colaborador exercer as suas
funções, como:

✓ espaço de trabalho;
✓ mesa e cadeira;
✓ computador;
✓ objetos de escritório;
✓ materiais de papelaria.

Com o apoio do setor de TI, é necessário criar um e-mail corporativo e


instalar todos os softwares e ferramentas que serão usados pelo profissional.
Também devem ser atualizados os acessos nos sistemas da empresa, como
uma intranet e o sistema de ponto da empresa.

6.Integração do novo funcionário


É muito importante que a empresa tenha um procedimento de integração
e treinamento para auxiliar no ingresso do empregado.

Os gerentes podem — e devem — apoiar seus novos colaboradores


nesse início, apresentando-os às equipes, mostrando as dependências do
escritório, as ferramentas de trabalho, elaborando um plano de ação para os
primeiros dias, comunicando sobre as principais regras e políticas da
organização, entre outros.

Entre as principais responsabilidades do empregador após o processo de


admissão estão:

Apresentação à empresa
Falando em comunicação, a chegada de um novo membro na equipe é
algo importante que deve ser comunicada a todos independentemente do cargo
que a pessoa ocupe.

Para isso, podem ser utilizadas as ferramentas de comunicação interna já


existentes, como e-mail, intranet, jornal mural, grupos de WhatsApp, entre
outras.

Além disso, é preciso apresentar e integrar o funcionário à cultura


organizacional da empresa. O empregador deve alinhar os novos colaboradores
quanto às expectativas sociais e os processos diários.

Dessa forma, é possível manter a harmonia entre toda a equipe e


conseguir resultados ainda mais agradáveis.

Treinamento

Ainda que o funcionário contratado possua experiência com a forma de


trabalho, é preciso apresentar as ferramentas e os processos internos da
empresa.

O novo colaborador deve aprender todos os métodos e resultados


esperados para que as expectativas sejam alinhadas. Assim, a empresa sabe o
que esperar do funcionário, enquanto ele saberá como realizar todas as
atividades.

Comunicação constante

Mesmo após este primeiro momento, é preciso que o empregador


mantenha uma comunicação clara com todo seu quadro de funcionários. Dessa
forma a equipe pode se integrar e ficar por dentro de todas as mudanças e
novidades do seu ambiente de trabalho.

É válido, inclusive, enviar uma notificação por meio do app de controle de


ponto para os colaboradores externos. Além de manter todos informados sobre
as mudanças no quadro de funcionários, isso ajuda o novo colaborador a sentir-
se mais motivado e integrado ao time.

PROCESSOS DE ADMISSÃO NA PANDEMIA


Como fazer?
A contratação e a integração estão agora em um lugar muito diferente de
alguns meses atrás. Com a pandemia, a maior parte da integração ocorre
remotamente.

Os colaboradores não podem acessar o espaço físico da empresa, e


sabemos que grande parte do processo de integração inclui a oportunidade de
ver o espaço e se aclimatar ao local físico. Então um dos principais desafios das
empresas tem sido garantir uma boa experiência e gerar alto engajamento dos
colaboradores neste primeiro momento.

Embora os princípios básicos de integração permaneçam os mesmos,


existem muitas diferenças. No modelo home office, a integração deve ser ainda
mais detalhada, porque você pode perder facilmente novas contratações
remotas se a integração não for feita corretamente.

Algumas dicas de como você pode adaptar o processo para


contratações remotas:

1 - Prepare o funcionário antes do seu primeiro dia de trabalho. Ao examinar a


tecnologia especificamente, certifique-se de que os acessos e logins de
funcionários estejam configurados e que tenham todo o equipamento de que
precisam antes do primeiro dia.

2 - Dê-lhes as boas-vindas com muito entusiasmo. Isso pode parecer básico,


mas é um fator que faz muita diferença aos olhos dos novos colaboradores.
Preparar um vídeo de introdução com a equipe do novo contratado pode ser uma
boa ideia para que ele se sinta bem-vindo.

Lembre-se de que eles estão entrando em sua organização em um ponto


muito diferente de onde outras pessoas começaram no passado, então faça-os
se sentirem acolhidos, mesmo que você não possa estar no mesmo local físico
que eles.
3 - Esteja disponível. Sem dúvida, seu novo contratado terá perguntas e, em vez
de ir até seu escritório ou perguntar aos colegas de equipe, ele deve se sentir
confortável para entrar em contato com seus canais de comunicação remotos.
Se mostrar disponível e aberto a perguntas é crucial em um mundo de integração
remota.

Lembre-se que todos os materiais de onboarding estarão online, por isso


é importante ter um guia online simples e completo, dado que o novo funcionário
não terá apostilas ou treinamentos presenciais neste momento.

Com mais empresas contratando funcionários remotos, é fundamental ter


um plano de integração que funcione para os funcionários que não irão ao
escritório.

Envio de documentos

Com a pandemia, ficou inviável manter a forma com que o envio de


documentos era feito. Muitas empresas estão adotando o uso de ferramentas
que permitem que a admissão seja feita de forma online. Além da praticidade e
organização que esse tipo de ferramenta traz, a experiência do colaborador é
otimizada.

Existem algumas empresas que ainda não tiveram a oportunidade de


modernizar tanto o seu processo admissional. Estas acabam recolhendo os
documentos dos colaboradores através de fotos enviadas via e-mail e
preenchimento manual de planilhas.

Vale ressaltar que, antes mesmo da pandemia, o Governo Federal, havia


começado uma iniciativa de digitalização de alguns processos relacionados às
relações trabalhistas. Uma dessas iniciativas foi a criação da Carteira de
Trabalho Digital, que veio para substituir a Carteira de Trabalho física. Com isso,
as carteiras físicas não precisam ser assinadas e os colaboradores continuam
sendo registrados da forma correta.

A CTPS Digital (Carteira de Trabalho e Previdência Social), segundo o


Governo, é o documento que registra a vida profissional do trabalhador e garante
o acesso aos direitos trabalhistas previstos em lei. A carteira de trabalho será
emitida de forma prioritária no formato digital e excepcionalmente no formato
físico.

Assinatura online
Outro tipo de ferramenta que vem sendo muito implementada durante a
pandemia, são aquelas que permitem a assinatura de documentos de forma
online.
Isso facilita muito a rotina do RH durante a contratação, dado que não há
necessidade de enviar uma cópia para o colaborador assinar e aguardar o
retorno do mesmo.

Com a assinatura online, o departamento otimiza o seu trabalho, podendo


dedicar maior energia em processos mais estratégicos.

Se atente aos prazos para cadastramento no


Esocial
O prazo para o cadastro do novo colaborador no e-social é até o dia 15
do mês seguinte para a folha mensal, e até o dia 20 de dezembro para a folha
de 13º salário.

Cuidado com o armazenamento de dados


sensíveis (LGPD)
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma regulamentação para o
tratamento de dados pessoais. O RH deve ficar atento à forma com que
armazenará os dados dos colaboradores e garantir total transparência para o
colaborador de como esses dados serão utilizados internamente.

Sobre a LGPD no RH, três pontos são importantes: Finalidade,


Adequação e Necessidade que a empresa tem sobre os dados pessoais dos
funcionários.

O que é ca em segurança do trabalho?

O Certificado de Aprovação (CA) do EPI é uma garantia concedida ao


equipamento de proteção que passou por todos os testes de qualidade e foi
aprovado conforme a Norma Regulamentadora (NR) 6, mais especificamente do
seu item 6.2.

SESMT
Significa Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho. O seu objetivo é garantir um ambiente de trabalho mais
seguro aos colaboradores, além de prevenir doenças ocupacionais.

ONBOARDING
Para entender o que é onboarding, podemos começar pelo termo.
Traduzido significa “a bordo” ou “embarcar”. Trata-se, portanto, de um processo
de integração de novos membros em uma empresa. Deste modo, o novo
colaborador fica familiarizado com a missão e os valores da empresa de forma
mais eficiente.

PRA QUE SERVE ONBOARDING?

Onboarding é o processo de integração de novos colaboradores. Seu objetivo é


acelerar a aprendizagem e a absorção de informações necessárias sobre a
empresa. Ou seja, fazer com que a pessoa se sinta familiarizada e acolhida o
mais rápido possível para que ela possa cumprir plenamente a sua função ali
dentro.

O que é onboarding no marketing digital?


Você sabe o que é o onboarding numa agência de Marketing Digital?
Basicamente, esse termo se refere a um cronograma com treinamentos voltados
para os profissionais recém-contratados, o que facilita o entendimento das
atividades a serem executadas e a integração junto à equipe de trabalho.

CONTROLE DE ENTREGA DE EPIS

Quando pensamos em Segurança do Trabalho, a primeira coisa que vem


na cabeça são os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

O anexo I da NR-06 traz a lista de EPIs de forma detalhadamente dividida.


EPIs para proteção da cabeça, para proteção de olhos e face, e assim por diante.

Qualquer empresa que necessite fornecer aos seus colaboradores algum


tipo de equipamento de proteção individual vai precisar manter um controle
mínimo sobre este fornecimento. Qual equipamento foi entregue? Tem CA
(Certificado de Aprovação de EPI)? Que dia foi feita esta retirada e por qual
funcionário? São informações como estas que precisam ser muito bem
controladas pelo SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho) (ou por quem precisa fazer este controle, em muitos
casos são profissionais de RH ou encarregados de outros setores).

Este controle normalmente é feito por meio de um documento que


chamamos de “ficha de EPI”. Quem atua na área de SST (Segurança e Saúde
no Trabalho) já está familiarizado, mas quem não atua diretamente e precisa de
mais informações a respeito.
A NR 6 destaca que é de responsabilidade da empresa, a entrega de EPI
de forma gratuita. Também são apresentadas as obrigatoriedades que devem
ser cumpridas por parte do fabricante dos EPI's, do empregador e do
trabalhador.

Algumas formas de controle dos EPIs


A boa e velha ficha de EPI “raiz” é aquela manual, contendo informações
mínimas relevantes que o colaborador assina quando retira ou devolve um
equipamento. Mas a tecnologia também bate à porta nas ferramentas
relacionadas à SST e, muitas vezes, estão disponíveis para otimizar os
trabalhos. Logo, hoje em dia temos outras formas de fazer o controle dos EPIs e
vamos falar sobre alguns deles agora.

Softwares para controle de entrega dos EPIs


É basicamente a digitalização da ficha manual. Utilizando acesso por
biometria, pode-se fazer cadastros de empregados, setores de trabalho e
obviamente dos Equipamentos de Proteção Individual. Além disso, possui ainda
informações sobre fornecedores e empresas terceirizadas, caso haja. A maioria
dos softwares também faz controle de estoque, validade dos fabricantes e
certificado de aprovação.

Estação EPIS

Sabe aquelas máquinas de refrigerante que você coloca o dinheiro,


escolhe o que quer e a máquina libera o produto? Pois é, existem algumas assim
para liberação de EPIs. As informações de uso são registradas e armazenadas
online. O colaborador acessa o sistema utilizando senha ou biometria e escolhe
o EPI que vai solicitar (o próprio sistema libera EPIs de acordo com a função do
colaborador, dando-lhe acesso apenas ao que for condizente com os riscos aos
quais está exposto).

Além do controle dos equipamentos, o sistema também emite relatórios


de controle de vencimento dos CAs, consumo por funcionário, consumo por
cargo, relação do consumo de EPI por setores e a relação entre previsto e
realizado. É a tecnologia em favor da gestão de EPIs nas empresas, otimizando
seu respectivo controle.

Ficha manual

Por último e não menos importante, a boa e velha ficha manual de controle
de EPIs.

Serão preenchidos manualmente campos como: qual EPI está sendo


retirado e em que quantidade; seu CA; data desta retirada e assinatura do
funcionário. Assim como, ao efetuar a devolução, a data em que ela foi feita.
O que deve constar na Ficha de entrega de EPIs?
✓ Nome do funcionário.
✓ Nome da empresa.
✓ Função.
✓ Setor.
✓ Data.
✓ Descrição do EPI.
✓ Fabricante.
✓ Atenuação.

Como é feito o registro de entrega dos EPIs?

A ficha de entrega de EPI também funciona como um recibo do


equipamento fornecido ao trabalhador. Além disso, é recomendável relacionar
em um texto impresso, com itens numerados, as principais responsabilidades do
funcionário referentes à guarda, aos cuidados e à utilização do EPI retirado.

O controle de EPI eficiente segue essas 5 etapas:


1. Utilize um sistema de gestão.

2. Invista em treinamentos.

3. Promova manutenções periódicas.

4. Automatize o controle de EPI.

5. Teste os equipamentos antes do fornecimento.

1. Utilize um sistema de gestão.


Nos dias de hoje, existe uma série de ferramentas disponíveis no mercado
para auxiliar os empresários a evitar acidentes de trabalho nos mais variados
segmentos.

O ideal é que a empresa escolha uma solução que alie o software de


gestão ao de controle e a manutenção dos EPIs, sobretudo, as indústrias e os
nichos de construção e de serviços.

2. Invista em treinamentos
Promover reuniões regularmente com os profissionais é uma ótima
iniciativa para demonstrar a importância do uso dos EPIs. Também é uma grande
oportunidade de apresentar as formas corretas de utilizar os equipamentos e
conservá-los para aumentar a vida útil.

Outra estratégia que deve ser abordada nesse sentido é divulgar


informações por meio de canais de comunicação, tais como jornais internos,
murais e intranet. Promover esse compartilhamento de informações criar uma
cultura organizacional de segurança e prevenção de acidentes.

3. Promova manutenções periódicas


Investir na manutenção periódica dos equipamentos de proteção
individual significa garantir a segurança do trabalhador, além de viabilizar que
ele possa ser utilizado durante muito mais tempo.

Se tratando dos EPIs não descartáveis, é preciso que todos sejam


orientados de como lavá-los e que cuidados especiais devem ser tidos para
conservá-los.

4. Automatize o controle de EPI


Dentre os principais instrumentos para se exercer o controle sobre o
fornecimento e a utilização dos equipamentos de segurança, as fichas de
controle de EPI são as mais recomendadas.

Assim, cada vez que um EPI for entregue ao trabalhador, ele assina o
documento e a empresa tem como consultar este registro em casos de acidentes
de trabalho, a fim de identificar se houve alguma falha no processo de entrega
ou se o próprio profissional cometeu algum equívoco.

Para facilitar ainda mais este processo, você pode automatizar o controle
de EPI, integrando as informações coletadas em campo, com o apoio de
dispositivos móveis, por exemplo, com os dados do seu sistema de gestão
integrada - ganhando, assim, agilidade e praticidade na operação, e maior
capacidade de gestão, visto que tudo está digitalizado e nada mais em pilhas de
papel.
Ao buscar opções no mercado, leve em conta fornecedores que, como a
Mega Sistemas, possuem expertise no segmento. E analise, principalmente, se
as fichas de controle de EPI ofertadas pela solução escolhida oferecem
informações fundamentais, como:

• nome da organização e do profissional;

• data de contratação e demissão;


• data de fornecimento e devolução do EPI;

• número do certificado de aprovação;

• espécie de equipamento de proteção individual fornecido;

• razão para entrega e recebimento;

• assinaturas do responsável pela empresa e do colaborador.

5. Teste os equipamentos antes do fornecimento


Para ter certeza de que o EPI é, de fato, eficiente e apropriado ao tipo de
serviço para o qual será fornecido, é importante realizar testes com os
equipamentos de proteção antes de disponibilizá-los aos demais colaboradores.

Por meio desses testes com profissionais pré-selecionados, esses


poderão identificar possíveis incômodos causados pelos equipamentos, ou
eventuais ineficiências. Essa ação evita que problemas muito maiores venham
acometer a empresa, se todo o corpo de colaboradores utilizasse o EPI desde o
início.

Solicitação de exames médicos obrigatórios

O que diz a legislação?

Segundo a legislação do trabalho vigente, de 8 de Junho de 1978, todo


empreendimento que possua funcionários contratados em regime CLT deve
manter um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Entre as obrigações determinadas por este programa, estão os exames


médicos obrigatórios para trabalhadores com carteira assinada. Devem ser feitos
exames antes da contratação, durante o período contratado e, também, após a
demissão.

O objetivo é obter informações sobre como as atividades de trabalho


afetam a saúde do colaborador. Com isso, é possível criar medidas preventivas
e corretivas contra doenças ocupacionais.

O Ministério do Trabalho deve ser informado sobre o estado de saúde do


trabalhador antes, durante e depois do contrato. Para isso, existe o PCMSO.

Quais exames a empresa pode solicitar?


Os exames médicos obrigatórios para trabalhadores com carteira assinada são:

✓ Exame admissional;
✓ Exame periódico e complementar;
✓ Exame de mudança de função;
✓ Exame de retorno ao trabalho;
✓ Exame demissional.

Os 5 exames que todos funcionários devem fazer


Qualquer empresa que possui funcionários em regime de CLT, tem por
obrigação ter o PCMSO, sigla de Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional com e seus respectivos exames e obrigações referentes à saúde
de seus colaboradores.

Exames médicos do PCMSO

Admissional: Esse exame é realizado antes que o trabalhador inicie as


suas atividades na empresa.

Periódico: Os exames periódicos servem para rastrear e acompanhar


doenças ocupacionais.

➢ De retorno ao trabalho.
➢ Demissional.
➢ Audiometria.
➢ De mudança de função.
➢ Radiografias.
➢ Espirometria.

Exame admissional

Outra etapa super importante no processo de admissão de novos


colaboradores é o exame médico admissional, exigido pelo Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Este exame é importante para que as condições do novo colaborador


sejam avaliadas. É através dele que o médico e a empresa julgam se o
funcionário está apto a exercer a função a qual foi contratado.

Exames complementares
São exames médicos obrigatórios para trabalhadores com carteira
assinada em determinadas funções. O médico pode pedir exames
complementares se entender que precisa saber condições específicas sobre a
saúde do candidato antes da contratação.

Entre os exames complementares, alguns exemplos são:

❖ Aparelho respiratório;
❖ Sistema nervoso;
❖ Aparelho cardiovascular;
❖ Cabeça e pescoço;
❖ Aparelho auditivo;
❖ Membros superiores e inferiores.

Normalmente, os exames periódicos são realizados com intervalo de 2


anos para trabalhadores entre 18 e 45 anos. Entretanto, existem algumas
exceções, onde o exame periódico deve ser realizado com intervalo de 1 ano:

• Menores de 18 e maiores de 45 anos;


• Após inspeção do ambiente de trabalho, mediante negociação com a
empresa devido notificação médica;
• Funcionários expostos a condições hiperbáricas (NR-15);
• Outros motivos médicos que requerem a realização do exame com menor
intervalo.

Exame de mudança de função


Outro entre os exames médicos obrigatórios para trabalhadores com
carteira assinada é o exame de mudança de função. Ele tem por objetivo atestar
a qualificação médica do funcionário para exercer uma nova função dentro da
mesma empresa.

Este exame deve sempre ser realizado antes da mudança da função.


Devem ser avaliadas as condições de saúde mental e física do colaborador antes
de prosseguir com a mudança. Caso a nova função ofereça insalubridade ou
periculosidade, isso também deve ser levado em consideração.

Os colaboradores só podem assumir funções às quais estejam


plenamente aptos, e isso se intensifica com a insalubridade e periculosidade.

Exame de retorno ao trabalho


Um dos exames médicos obrigatórios para trabalhadores com carteira
assinada é o exame de retorno ao trabalho. Ele deve ser realizado para todos os
colaboradores que ficam afastados por 30 dias ou mais, antes de retornarem às
suas atividades.
Férias não entram neste quesito, mas a maternidade, por exemplo, sim.
Afastamentos por doença ou maternidade onde decorrem mais de 30 dias
caracterizam a obrigatoriedade da realização deste exame.

O objetivo é verificar se as condições de saúde que fizeram com que o


funcionário se afastasse já foram sanadas, ou se ele ainda precisa de tratamento
com repouso. Assim, evita-se um novo afastamento em curto período de tempo.

Exame demissional
O último dos exames médicos obrigatórios para trabalhadores com
carteira assinada é o exame demissional. Este exame tem como objetivo
comprovar que, durante o período no qual o colaborador esteve a serviço da
empresa, não foi verificada nenhuma doença ocupacional ou modificação das
condições de saúde.

Ele é obrigatório em todos os desligamentos, voluntários ou não. Contudo,


o exame é opcional caso o colaborador tenha sido desligado por justa causa.

A empresa só pode efetivar a demissão caso o exame demonstre que não


houve qualquer alteração das condições de saúde, nem doença ocupacional no
decorrer do período. Caso contrário, a empresa deve entrar em contato com o
médico para obter instruções.

REFERÊNCIAS
https://blog.tangerino.com.br/processo-de-admissao-do-empregado/
Acesso em 23/09/2021

https://www.pontotel.com.br/processo-de-admissao/, Acesso em
23/09/2021.

https://blog.cestanobre.com.br/admissao-de-funcionarios/, Acesso em
23/09/2021.

https://www.ignicaodigital.com.br/como-funciona-o-processo-de-
admissao-de-funcionarios/, Acesso em 23/09/2021

http://www.sstonline.com.br/controle-de-epis-formas-de-fazer/, Acesso em
23/09/2021.

http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/nr/nr6.htm, Acesso
em 23/09/2021.

https://www.mega.com.br/blog/faca-um-controle-de-epi-eficiente-em-5-
passos-5380/, Acesso em 23/09/2021.
https://clinimedjoinville.com.br/quais-os-exames-medicos-obrigatorios-
para-trabalhadores-com-carteira-assinada/, Acesso em 23/09/2021.

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