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Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul

Parte 05 Direito Eleitoral

DIREITO ELEITORAL Fornecimento Gratuito de


Prof. Thais Nunes | thais@concursoecarreira.com.br
Transporte
Índice das Apostilas Lei n.º 6.091 de 15 de agosto de 1974
PROGRAMA - Privilégios e garantias eleitorais (as-
pectos gerais, liberdade no exercício do sufrágio,
Material 01 - TRE_RS_Direito_Eleitoral_Parte_01 fornecimento gratuito de transporte em dias de elei-
Conceito e fontes. Constituição da República Federativa do ção a eleitores residentes nas zonas rurais (Lei n.º
Brasil: dos direitos políticos e dos partidos políticos. Código 6.091/74 e alterações posteriores).
Eleitoral (Lei n.º 4.737/65), alterações posteriores e regula-
mentações. Introdução. Organização da Justiça Eleitoral: Art. 1º Os veículos e embarcações, devidamente
composição e competências. Ministério Público Eleitoral: abastecidos e tripulados, pertencentes à União,
atribuições. Estados, Territórios e Municípios e suas respectivas
Material 02 - TRE_RS_Direito_Eleitoral_Parte_02 autarquias e sociedades de economia mista, exclu-
Elegibilidade: conceito e condições. Inelegibilidade (Lei com- ídos os de uso militar, ficarão à disposição da
plementar n.º 64/90 e alterações posteriores): conceito, fatos Justiça Eleitoral para o transporte gratuito de eleito-
geradores de inelegibilidade. Abuso de poder e corrupção no
processo eleitoral: investigação judicial eleitoral (Lei comple-
res em zonas rurais, em dias de eleição.
mentar n.º 64/90 e alterações posteriores). § 1º Excetuam-se do disposto neste artigo os veí-
Material 03 - TRE_RS_Direito_Eleitoral_Parte_03 culos e embarcações em número justificadamente
Partidos políticos (Lei n.º 9.096/95 e alterações posteriores): indispensável ao funcionamento de serviço público
conceituação, natureza jurídica, criação e registro, fusão, insusceptível de interrupção.
incorporação e extinção, finanças e contabilidade, prestação
de contas anuais, filiação, fidelidade e disciplina partidárias. § 2º Até quinze dias antes das eleições, a Justiça
Material 04 - TRE_RS_Direito_Eleitoral_Parte_04 Eleitoral requisitará dos órgãos da administração
Alistamento Eleitoral: Atos e efeitos da inscrição, transferên- direta ou indireta da União, dos Estados, Territórios,
cia, segunda via e encerramento. Título Eleitoral. Cancela- Distrito Federal e Municípios os funcionários e as
mento e exclusão do eleitor. Resolução TSE n.º 21.538/03. instalações de que necessitar para possibilitar a
Resolução TSE n.º 21.920/04. Domicílio Eleitoral. Revisão
Eleitoral. execução dos serviços de transporte e alimentação
de eleitores previstos nesta Lei.
Material 05 - TRE_RS_Direito_Eleitoral_Parte_05
Art. 2º Se a utilização de veículos pertencentes às
Página 01 à 04 - Privilégios e garantias eleitorais (aspectos entidades previstas no Art. 1º não for suficiente
gerais, liberdade no exercício do sufrágio, fornecimento gratui- para atender ao disposto nesta Lei, a Justiça Eleito-
to de transporte em dias de eleição a eleitores residentes nas
zonas rurais (Lei n.º 6.091/74 e alterações posteriores). ral requisitará veículos e embarcações a particula-
res, de preferência os de aluguel.
Página 04 à 18 - Apuração nas Juntas Eleitorais, nos Tribu-
nais Regionais e no Tribunal Superior Eleitoral. Prestação de Parágrafo único. Os serviços requisitados serão
contas das campanhas eleitorais. Diplomação dos eleitos: pagos, até trinta dias depois do pleito, a preços
natureza jurídica, competência para diplomar e fiscalização. que correspondam aos critérios da localidade. A
despesa correrá por conta do Fundo Partidário.
Página 18 à 24 - Recursos eleitorais: cabimento, pressupos-
tos de admissibilidade, processamento, efeitos e prazos. Art. 3º Até cinqüenta dias antes da data do pleito,
Recurso contra diplomação; ação de impugnação de mandato
eletivo.
os responsáveis por todas as repartições, órgãos e
unidades do serviço público federal, estadual e
Página 25 à 48 - Eleições (Lei n.º 9.504/97 e alterações pos- municipal oficiarão à Justiça Eleitoral, informando o
teriores). Sistema eleitoral: princípio majoritário e proporcional, número, a espécie e lotação dos veículos e em-
representação proporcional. Coligações. Convenções para
escolha de candidatos. Registro de candidatura: pedido,
barcações de sua propriedade, e justificando, se for
substituição, cancelamento, impugnação. Propaganda político- o caso, a ocorrência da exceção prevista no § 1º do
partidária (acesso gratuito ao rádio e à televisão). Propaganda Art. 1º desta Lei.
eleitoral: Lei n.º 11.300/06. Aspectos Gerais. Propaganda
mediante outdoors, na imprensa, no rádio e na televisão. § 1º Os veículos e embarcações à disposição da
Direito de Resposta. Pesquisas Eleitorais. Propaganda eleito- Justiça Eleitoral deverão, mediante comunicação
ral extemporânea e propaganda irregular (multa). Das condu- expressa de seus proprietários, estar em condi-
tas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais.
Representação por conduta vedada (Lei n.º 9.504/97). O
ções de ser utilizados, pelo menos, vinte e qua-
dever eleitoral (voto): sanções ao inadimplemento, isenção, tro horas antes das eleições e circularão exibindo
justificação pelo não comparecimento à eleição. Sistema de modo bem visível, dístico em letras garrafais,
eletrônico de votação. Lei da minirreforma eleitoral (Lei n.º com a frase: "A serviço da Justiça Eleitoral".
11.300/06). Lei sobre voto eletrônico (Lei n.º 10.408/02).
Representação por captação de sufrágio (artigo 41 A da Lei § 2º A Justiça Eleitoral, à vista das informações
n.º 9.504/97). recebidas, planejará a execução do serviço de
Página 48 à 54 - Crimes eleitorais: normas gerais. Boca de
transporte de eleitores e requisitará aos responsá-
urna. Processo penal eleitoral: ação penal, competência em veis pelas repartições, órgãos ou unidades, até
matéria criminal eleitoral, rito processual penal eleitoral com trinta dias antes do pleito, os veículos e embarca-
aplicação subsidiária do Código de Processo Penal. ções necessários.

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Art. 4º Quinze dias antes do pleito, a Justiça Elei- CF/88 - Art. 7º IV - Vedação da vinculação do salá-
toral divulgará, pelo órgão competente, o quadro rio mínimo para qualquer fim.
geral de percursos e horários programados para o
Resolução do TSE n.º 21.538/2003 (Art. 85) -
transporte de eleitores, dele fornecendo cópias aos Fixação do valor de 33,02 Ufirs para base de cálcu-
partidos políticos.
lo das multas previstas pelo Código Eleitoral e leis
§ 1º O transporte de eleitores somente será feito conexas. O § 4º do art. 80 estabelece o percentual
dentro dos limites territoriais do respectivo municí- mínimo de 3% e o máximo de 10% desse valor
pio e quando das zonas rurais para as mesas re- para arbitramento da multa pelo não-exercício do
ceptoras distar pelo menos dois quilômetros. voto. A Ufir, instituída pela Lei n.º 8.383/91, foi ex-
§ 2º Os partidos políticos, os candidatos, ou tinta pela MP n.º 1.973-67/2000, tendo sido sua
eleitores em número de vinte, pelo menos, pode- última reedição (MP n.º 2.176-79/2001) convertida
na Lei n.º 10.522/2002, e seu último valor é R$
rão oferecer reclamações em três dias contados
da divulgação do quadro. 1,0641.

§ 3º As reclamações serão apreciadas nos três Art. 8º Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando
dias subseqüentes, delas cabendo recurso sem imprescindível, em face da absoluta carência de
efeito suspensivo. recursos de eleitores da zona rural, fornecer-lhes
refeições, correndo, nesta hipótese, as despesas
§ 4º Decididas as reclamações, a Justiça Eleitoral por conta do Fundo Partidário.
divulgará, pelos meios disponíveis, o quadro defi-
nitivo. Lei n.º 9.096/1995 - Art. 44 - Define as hipóteses
de aplicação dos recursos do Fundo Partidário, sem
Art. 5º Nenhum veículo ou embarcação poderá alusão ao custeio de refeição a eleitores da zona
fazer transporte de eleitores desde o dia anterior rural.
até o posterior à eleição, salvo:
Art. 9º É facultado aos Partidos exercer fiscaliza-
I - a serviço da Justiça Eleitoral;
ção nos locais onde houver transporte e forneci-
II - coletivos de linhas regulares e não fretados; mento de refeições a eleitores.
III - de uso individual do proprietário, para o exer- Art. 10. É vedado aos candidatos ou órgãos par-
cício do próprio voto e dos membros da sua famí- tidários, ou a qualquer pessoa, o fornecimento de
lia; transporte ou refeições aos eleitores da zona
IV - o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de urbana.
veículos de aluguel não atingidos pela requisição Art. 11. Constitui crime eleitoral:
de que trata o Art. 2.
I - descumprir, o responsável por órgão, repartição
Art. 6º A indisponibilidade ou as deficiências do ou unidade do serviço público, o dever imposto no
transporte de que trata esta Lei não eximem o Art. 3, ou prestar informação inexata que vise a
eleitor do dever de votar. elidir, total ou parcialmente, a contribuição de que
Parágrafo único. Verificada a inexistência ou defici- ele trata:
ência de embarcações e veículos, poderão os ór- Pena - detenção de quinze dias a seis meses e
gãos partidários ou os candidatos indicar à Justiça pagamento de 60 a 100 dias-multa;
Eleitoral onde há disponibilidade para que seja feita
II - desatender à requisição de que trata o Art. 2:
a competente requisição.
Pena - pagamento de 200 a 300 dias-multa, além
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justifi-
da apreensão do veículo para o fim previsto;
car perante o Juiz Eleitoral até sessenta dias após
a realização da eleição incorrerá na multa de três a III - descumprir a proibição dos artigos 5, 8 e 10:
dez por cento sobre o salário mínimo da região, Pena - reclusão de quatro a seis anos e pagamen-
imposta pelo Juiz Eleitoral e cobrada na forma pre- to de 200 a 300 dias multa (Art. 302 do Código E-
vista no Art. 367, da Lei n.º 4.737, de 15 de julho de leitoral);
1965.
Acórdão do TSE n.ºs 48/2002 e 21.641/2005:
Comentário - O artigo 367 do Código Eleitoral trata Para a configuração do crime previsto no art. 11, III,
das regras de imposição e a cobrança de qualquer da Lei n.º 6.091/74, há a necessidade de o trans-
multa, salvo no caso das condenações criminais. porte ser praticado com o fim explícito de aliciar
Resolução do TSE n.º 21.920/2004 - Art. 1º § eleitores.
Único - Não estará sujeita a sanção a pessoa por- Acórdão do n.º 402/2002: O tipo deste inciso é
tadora de deficiência que torne impossível ou de- misto alternativo, bastando a violação de qualquer
masiadamente oneroso o cumprimento das obriga- uma das proibições legais a que remete.
ções eleitorais, relativas ao alistamento e ao exer-
cício do voto. IV - obstar, por qualquer forma, a prestação dos
serviços previstos nos artigos 4 e 8 desta Lei, atri-
buídos à Justiça Eleitoral:
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Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos; tar, designar, readaptar ou proceder a quaisquer
outras formas de provimento de funcionário ou ser-
V - utilizar em campanha eleitoral, no decurso dos
90 (noventa) dias que antecedem o pleito, veícu- vidor na administração direta e nas autarquias,
los e embarcações pertencentes à União, Esta- empresas públicas e sociedades de economia mis-
ta dos Estados e Municípios, salvo os cargos em
dos, Territórios, Municípios e respectivas autar-
quias e sociedades de economia mista: comissão, e da magistratura, do Ministério Público
e, com aprovação do respectivo Órgão Legislativo,
Pena - cancelamento do registro do candidato ou dos Tribunais de Contas e os aprovados em con-
de seu diploma, se já houver sido proclamado e- cursos públicos homologados até a data da publi-
leito. cação desta Lei.
Parágrafo único. O responsável, pela guarda do Resolução do TSE n.º 20.005/1997 - Movimenta-
veículo ou da embarcação, será punido com a pe- ção de servidores nos períodos pré e pós-eleitoral.
na de detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) me- Matéria que se encontra disciplinada na Lei n.º
ses, e pagamento de 60 (sessenta) a 100 (cem) 9.504/97, art. 73, inciso V, alíneas “a” e “e”.
dias-multa.
§ 1º Excetuam-se do disposto no artigo:
Art. 12. A propaganda eleitoral, no rádio e na
televisão, circunscrever-se-á, única e exclusiva- I - nomeação ou contratação necessárias à insta-
mente, ao horário gratuito disciplinado pela Justiça lação inadiável de serviços públicos essenciais,
Eleitoral, com a expressa proibição de qualquer com prévia e expressa autorização do Governador
propaganda paga. ou Prefeito;

Lei n.º 9.504/1997 II - nomeação ou contratação de técnico indispen-


sável ao funcionamento do serviço público essen-
Art. 36. § 2º No segundo semestre do ano da elei- cial.
ção, não será veiculada a propaganda partidária
gratuita prevista em lei nem permitido qualquer tipo § 2º O ato com a devida fundamentação será pu-
de propaganda política paga no rádio e na televi- blicado no respectivo órgão oficial.
são. Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta dias
Art. 44. A propaganda eleitoral no rádio e na televi- antes do pleito, na sede de cada Município, Co-
são restringe-se ao horário gratuito definido nesta missão Especial de Transporte e Alimentação,
Lei, vedada a veiculação de propaganda paga. composta de pessoas indicadas pelos Diretórios
Regionais dos Partidos Políticos Nacionais, com a
Parágrafo único. Será permitida apenas a divulga- finalidade de colaborar na execução desta Lei.
ção paga, pela imprensa escrita, do curriculum
vitae do candidato e do número do seu registro na § 1º Para compor a Comissão, cada Partido indica-
rá três pessoas, que não disputem cargo eletivo.
Justiça Eleitoral, bem como do partido a que per-
tence. § 2º É facultado a candidato, em Município de sua
notória influência política, indicar ao Diretório do
Lei n.º 9.504/1997 seu Partido, pessoa de sua confiança para inte-
Art. 43. É permitida, até a antevéspera das elei- grar a Comissão.
ções, a divulgação paga, na imprensa escrita, de Art. 15. Os Diretórios Regionais, até quarenta dias
propaganda eleitoral, no espaço máximo, por edi- antes do pleito, farão as indicações de que trata o
ção, para cada candidato, partido ou coligação, de Art. 14 desta Lei.
um oitavo de página de jornal padrão e um quarto
de página de revista ou tablóide. (Redação dada Art. 16. O eleitor que deixar de votar por se encon-
pela Lei n.º 11.300, de 2006) trar ausente de seu domicílio eleitoral deverá justifi-
car a falta, no prazo de 60 (sessenta) dias, por
Parágrafo único. A inobservância do disposto nes- meio de requerimento dirigido ao Juiz Eleitoral de
te artigo sujeita os responsáveis pelos veículos de sua zona de inscrição, que mandará anotar o fato,
divulgação e os partidos, coligações ou candidatos na respectiva folha individual de votação.
beneficiados a multa no valor de R$ 1.000,00 (mil
reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou equivalente Lei n.º 6.996/1982 - Art. 12 - Substituição da folha
ao da divulgação da propaganda paga, se este for individual de votação por listas de eleitores emitidas
maior. (Redação dada pela Lei n.º 11.300, de 2006) por computador no processamento eletrônico de
dados.
Art. 13. São vedados e considerados nulos de
pleno direito, não gerando obrigação de espécie § 1º O requerimento, em duas vias, será levado, em
alguma para a pessoa jurídica interessada, nem sobrecarta aberta, a agência postal, que, depois de
qualquer direito para o beneficiário, os atos que, no dar andamento à 1ª via, aplicará carimbo de recep-
período compreendido entre os noventa dias an- ção na 2ª, devolvendo-a ao interessado, valendo
teriores à data das eleições parlamentares e o esta como prova para todos os efeitos legais.
término, respectivamente, do mandato do Go-
vernador do Estado importem em nomear, contra-

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§ 2º Estando no exterior, no dia em que se realiza- Capítulo II - Da Apuração nas Juntas
rem eleições, o eleitor terá o prazo de 30 (trinta)
Seção I - Disposições Preliminares
dias, a contar de sua volta ao País, para a justifica-
ção. Art. 159. A apuração começará no dia seguinte ao
das eleições e, salvo motivo justificado, deverá
Art. 17 a 25. (Revogados pela Lei n.º 7.493 de terminar dentro de 10 (dez) dias.
17/06/1986).
§ 1º Iniciada a apuração, os trabalhos não serão
Art. 26. O Poder Executivo é autorizado a abrir o
interrompidos aos sábados, domingos e dias feria-
crédito especial de Cr$ 20.000.000,00 (vinte mi- dos, devendo a Junta funcionar das 8 (oito) às 18
lhões de cruzeiros) destinado ao Fundo Partidário, (dezoito) horas, pelo menos.
para atender às despesas decorrentes da aplicação
desta Lei na eleição de 15 de novembro de 1974. § 2º Em caso de impossibilidade de observância do
prazo previsto neste artigo, o fato deverá ser imedi-
Parágrafo único. A abertura do crédito autorizado atamente justificado perante o Tribunal Regional,
neste artigo será compensada mediante a anulação mencionando-se as horas ou dias necessários para
de dotações constantes no Orçamento para o cor-
o adiamento que não poderá exceder a cinco dias.
rente exercício, de que trata a Lei n.º 5.964, de 10 (Redação dada pela Lei n.º 4.961 de 04/05/1966)
de dezembro de 1973.
§ 3º Esgotado o prazo e a prorrogação estipulada
Art. 27. Sem prejuízo do disposto no inciso XVII do
neste artigo ou não tendo havido em tempo hábil o
Art. 30 do Código Eleitoral (Lei n.º 4.737, de 15 de pedido de prorrogação, a respectiva Junta Eleitoral
julho de 1965), o Tribunal Superior Eleitoral, expedi- perde a competência para prosseguir na apuração
rá, dentro de 15 dias da data da publicação desta
devendo o seu presidente remeter, imediatamente
Lei, as instruções necessárias à sua execução. ao Tribunal Regional, todo o material relativo à vo-
Resolução do TSE n.º 9.641/1974 - Instruções tação. (Incluído pela Lei n.º 4.961 de 04/05/1966)
sobre o fornecimento gratuito de transporte e ali- § 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo
mentação, em dias de eleição, a eleitores residen- anterior, competirá ao Tribunal Regional fazer a
tes nas zonas rurais. apuração. (Incluído pela Lei n.º 4.961 de
Art. 28. Esta Lei entra em vigor na data de sua 04/05/1966)
publicação, revogadas as disposições em contrário. § 5º Os membros da Junta Eleitoral responsáveis
Brasília, 15 de agosto de 1974; 153º da Indepen- pela inobservância injustificada dos prazos fixados
dência e 86º da República. neste artigo estarão sujeitos à multa de dois a dez
salários-mínimos, aplicada pelo Tribunal Regional.
Apuração e Diplomação dos (Incluído pela Lei n.º 4.961 de 04/05/1966)
Art. 160. Havendo conveniência, em razão do nú-
Eleitos mero de urnas a apurar, a Junta poderá subdivi-
Lei n.º 4.737 de 15 de julho de 1965 dir-se em turmas, até o limite de 5 (cinco), todas
PROGRAMA - Apuração nas Juntas Eleitorais, nos presididas por algum dos seus componentes.
Tribunais Regionais e no Tribunal Superior Eleitoral. Parágrafo único. As dúvidas que forem levantadas
Prestação de contas das campanhas eleitorais. Di-
em cada turma serão decididas por maioria de vo-
plomação dos eleitos: natureza jurídica, competên-
cia para diplomar e fiscalização. tos dos membros da Junta.

Título V - Da Apuração Art. 161. Cada partido poderá credenciar perante


as Juntas até 3 (três) fiscais, que se revezem na
Capítulo I - Dos Órgãos Apuradores fiscalização dos trabalhos.
Art. 158. A apuração compete: § 1º Em caso de divisão da Junta em turmas, cada
I - às Juntas Eleitorais quanto às eleições reali- partido poderá credenciar até 3 (três) fiscais para
zadas na zona sob sua jurisdição; cada turma.
II - aos Tribunais Regionais a referente às elei- § 2º Não será permitida, na Junta ou turma, a atua-
ções para governador, vice-governador, senador, ção de mais de 1 (um) fiscal de cada partido.
deputado federal e estadual, de acordo com os Art. 162. Cada partido poderá credenciar mais de 1
resultados parciais enviados pelas Junta Eleito- (um) delegado perante a Junta, mas no decorrer
rais; da apuração só funcionará 1 (um) de cada vez.
III - ao Tribunal Superior Eleitoral nas eleições Art. 163. Iniciada a apuração da urna, não será a
para presidente e vice-presidente da República, mesma interrompida, devendo ser concluída.
pelos resultados parciais remetidos pelos Tribu-
nais Regionais. Parágrafo único. Em caso de interrupção por motivo
de força maior, as cédulas e as folhas de apuração
serão recolhidas à urna e esta fechada e lacrada, o
que constará da ata.

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Art. 164. É vedado às Juntas Eleitorais a divulga- Art. 154. Terminada a votação e declarado o seu
ção, por qualquer meio, de expressões, frases ou encerramento elo presidente, tomará estes as se-
desenhos estranhos ao pleito, apostos ou con- guintes providências: (...)
tidos nas cédulas.
VI - entregará a urna e os documentos do ato elei-
§ 1º Aos membros, escrutinadores e auxiliares das toral ao presidente da Junta ou à agência do Cor-
Juntas que infringirem o disposto neste artigo será reio mais próxima, ou a outra vizinha que ofereça
aplicada a multa de 1 (um) a 2 (dois) salários- melhores condições de segurança e expedição, sob
mínimos vigentes na Zona Eleitoral, cobrados atra- recibo em triplicata com a indicação de hora, de-
vés de executivo fiscal ou da inutilização de selos vendo aqueles documentos ser encerrados em
federais no processo em que for arbitrada a multa. sobrecartas rubricadas por ele e pelos fiscais que o
§ 2º Será considerada dívida líquida e certa, para quiserem;
efeito de cobrança, a que for arbitrada pelo Tribunal XI - se consta nas folhas individuais de votação
Regional e inscrita em livro próprio na Secretaria dos eleitores faltosos o devido registro de sua fal-
desse órgão. ta. (Incluído pela Lei n.º 4.961 de 04/05/1966)
Seção II - Da Abertura da Urna § 1º Se houver indício de violação da urna, proce-
Art. 165. Antes de abrir cada urna a Junta verifica- der-se-á da seguinte forma:
rá: I - antes da apuração, o presidente da Junta indi-
I - se há indício de violação da urna; cará pessoa idônea para servir como perito e e-
xaminar a urna com assistência do representante
II - se a mesa receptora se constituiu legalmente; do Ministério Público;
III - se as folhas individuais de votação e as folhas II - se o perito concluir pela existência de violação
modelo 2 (dois) são autênticas; e o seu parecer for aceito pela Junta, o presidente
IV - se a eleição se realizou no dia, hora e local desta comunicará a ocorrência ao Tribunal Regio-
designados e se a votação não foi encerrada an- nal, para as providências de lei;
tes das 17 (dezessete) horas; III - se o perito e o representante do Ministério Pú-
V - se foram infringidas as condições que res- blico concluírem pela inexistência de violação, far-
guardam o sigilo do voto; se-á a apuração;
VI - se a seção eleitoral foi localizada com infração IV - se apenas o representante do Ministério Pú-
ao disposto nos §§ 4º e 5º do Art. 135; blico entender que a urna foi violada, a Junta de-
cidirá, podendo aquele, se a decisão não for unâ-
Art. 135. Funcionarão as mesas receptoras nos nime, recorrer imediatamente para o Tribunal Re-
lugares designados pelos juizes eleitorais 60 (ses- gional;
senta) dias antes da eleição, publicando-se a de-
signação. (...) V - não poderão servir de peritos os referidos no
Art. 36, § 3º, n.ºs I a IV.
§ 4º É expressamente vedado uso de propriedade
pertencente a candidato, membro do diretório de Art. 36. (...) § 3º Não podem ser nomeados mem-
partido, delegado de partido ou autoridade policial, bros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares:
bem como dos respectivos cônjuges e parentes, I - os candidatos e seus parentes, ainda que por
consangüíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive. afinidade, até o segundo grau, inclusive, e bem
§ 5º Não poderão ser localizadas seções eleitorais assim o cônjuge;
em fazenda sítio ou qualquer propriedade rural II - os membros de diretorias de partidos políticos
privada, mesmo existindo no local prédio público, devidamente registrados e cujos nomes tenham
incorrendo o juiz nas penas do Art. 312, em caso de sido oficialmente publicados;
infringência. (Redação dada pela Lei n.º 4.961 de
04/05/1966) III - as autoridades e agentes policiais, bem como
os funcionários no desempenho de cargos de con-
VII - se foi recusada, sem fundamento legal, a fis- fiança do Executivo;
calização de partidos aos atos eleitorais;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
VIII - se votou eleitor excluído do alistamento, sem
ser o seu voto tomado em separado; § 2º As impugnações fundadas em violação da urna
somente poderão ser apresentadas até a abertura
IX - se votou eleitor de outra seção, a não ser nos desta.
casos expressamente admitidos;
§ 3º Verificado qualquer dos casos dos n.ºs II, III, IV
X - se houve demora na entrega da urna e dos e V do artigo, a Junta anulará a votação, fará a
documentos conforme determina o n.º VI, do Art. apuração dos votos em separado e recorrerá de
154. ofício para o Tribunal Regional.

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§ 4º Nos casos dos números VI, VII, VIII, IX e X, a Ac. TSE n.ºs 15.308/1998, 19.401/2001 e
Junta decidirá se a votação é válida, procedendo à 21.393/2004 - Aplicação do prazo previsto no art.
apuração definitiva em caso afirmativo, ou na forma 258 do Código Eleitoral (três dias) para recurso
do parágrafo anterior, se resolver pela nulidade da contra decisão da junta eleitoral nas hipóteses de,
votação. respectivamente, pedido de recontagem de votos,
§ 5º A junta deixará de apurar os votos de urna que pedido de anulação da votação e retificação da ata
não estiver acompanhada dos documentos legais e geral de apuração.
lavrará termo relativo ao fato, remetendo-a, com § 4º Os recursos serão instruídos de ofício, com
cópia da sua decisão, ao Tribunal Regional. certidão da decisão recorrida; se interpostos ver-
Art. 166. Aberta a urna, a Junta verificará se o nú- balmente, constará também da certidão o trecho
mero de cédulas oficiais corresponde ao de votan- correspondente do boletim. (Redação dada pelo art.
tes. (Redação dada pela Lei n.º 4.961 de 36 da Lei n.º 4.961/66)
04/05/1966) Lei n.º 9.504/1997 - Art. 71. Cumpre aos partidos e
§ 1º A incoincidência entre o número de votantes e coligações, por seus fiscais e delegados devida-
o de cédulas oficiais encontradas na urna não cons- mente credenciados, e aos candidatos, proceder à
tituirá motivo de nulidade da votação, desde que instrução dos recursos interpostos contra a apura-
não resulte de fraude comprovada. (Redação dada ção, juntando, para tanto, cópia do boletim relativo
pela Lei n.º 4.961 de 04/05/1966) à urna impugnada.
§ 2º Se a Junta entender que a incoincidência re- Art. 170. As impugnações quanto à identidade do
sulta de fraude, anulará a votação, fará a apuração eleitor, apresentadas no ato da votação, serão re-
em separado e recorrerá de ofício para o Tribunal solvidas pelo confronto da assinatura tomada no
Regional. verso da folha individual de votação com a existen-
Art. 167. Resolvida a apuração da urna, deverá a te no anverso; se o eleitor votou em separado, no
Junta inicialmente: caso de omissão da folha individual na respectiva
pasta, confrontando-se a assinatura da folha mode-
I - examinar as sobrecartas brancas contidas na lo 2 (dois) com a do título eleitoral.
urna, anulando os votos referentes aos eleitores
que não podiam votar; (Redação dada pela Lei n.º Lei n.º 6.996/1982 - Art. 12: Substituição da folha
4.961 de 04/05/1966) individual de votação por listas de eleitores emitidas
por computador no processamento eletrônico de
II - misturar as cédulas oficiais dos que podiam dados.
votar com as demais existentes na urna.
(Redação dada pela Lei n.º 4.961 de 04/05/1966) Resoluções do TSE n.º 20.255/1998 +
20.686/2000 + AC TSE n.º 15.143/1998: Impossibi-
Art. 168. As questões relativas à existência de rasu- lidade do voto em separado de eleitor excluído in-
ras, emendas e entrelinhas nas folhas de votação e devidamente do cadastro geral ou cujo nome não
na ata da eleição, somente poderão ser suscitadas consta da folha de votação.
na fase correspondente à abertura das urnas.
Art. 171. Não será admitido recurso contra a apura-
Seção III - Das Impugnações e dos Recursos
ção, se não tiver havido impugnação perante a
Art. 169. À medida que os votos forem sendo apu- Junta, no ato da apuração, contra as nulidades
rados, poderão os Fiscais e Delegados de partido, argüidas.
assim como os candidatos, apresentar impugna-
ções que serão decididas de plano pela Junta. Art. 223. A nulidade de qualquer ato, não decretada
de ofício pela Junta, só poderá ser argüida quando
Lei n.º 9.504/1997 - Art. 69. A impugnação não de sua prática, não mais podendo ser alegada,
recebida pela Junta Eleitoral pode ser apresentada salvo se a argüição se basear em motivo superve-
diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral, em qua- niente ou de ordem constitucional.
renta e oito horas, acompanhada de declaração de
§ 1º Se a nulidade ocorrer em fase na qual não
duas testemunhas.
possa ser alegada no ato, poderá ser argüida na
§ 1º As Juntas decidirão por maioria de votos as primeira oportunidade que para tanto se apresente.
impugnações. § 2º Se se basear em motivo superveniente deverá
§ 2º De suas decisões cabe recurso imediato, inter- ser alegada imediatamente, assim que se tornar
posto verbalmente ou por escrito, que deverá ser conhecida, podendo as razões do recurso ser adi-
fundamentado no prazo de 48 (quarenta e oito) tadas no prazo de 2 (dois) dias.
horas para que tenha seguimento. § 3º A nulidade de qualquer ato, baseada em moti-
§ 3º O recurso, quando ocorrerem eleições simultâ- vo de ordem constitucional, não poderá ser conhe-
neas, indicará expressamente a eleição a que se cida em recurso interposto fora do prazo. Perdido o
refere. prazo numa fase própria, só em outra que se apre-
sentar poderá ser argüida. (Redação dada pelo art.
48 da Lei n.º 4.961/66)
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Parte 05 Direito Eleitoral


Art. 172. Sempre que houver recurso fundado em § 4º As questões relativas às cédulas somente po-
contagem errônea de votos, vícios de cédulas ou derão ser suscitadas nessa oportunidade.
de sobrecartas para votos em separado, deverão
Comentário - O art. 38 da Lei n.º 4.961/66 trans-
as cédulas ser conservadas em invólucro lacrado,
que acompanhará o recurso e deverá ser rubricado formou o parágrafo único em § 3º e acrescentou os
pelo Juiz Eleitoral, pelo recorrente e pelos Delega- §§ 1º e 2º. O art. 15 da Lei n.º 6.055/74 deu nova
redação ao § 1º, incluiu o § 2º e renumerou os §§
dos de partido que o desejarem. (Redação dada
pelo art. 37 da Lei n.º 4.961/66). 2º e 3º para 3º e 4º.

Ac. TSE n.º 15.143/1998 - Incompatibilidade, com o Art. 175. Serão nulas as cédulas:
cadastro eletrônico, do voto em separado, na hipó- Comentário - Os artigos 175 a 177 foram alterados
tese de omissão do nome do eleitor na folha de pelos artigos 5º a 7º da Lei n.º 6.989/82, entretanto,
votação. o art. 20 da Lei n.º 7.332/85 restabeleceu a redação
Resolução TSE n.º 20.686/2000 - Impossibilidade anterior.
de voto em separado, nos locais em que adotada I - que não corresponderem ao modelo oficial;
urna eletrônica, com base no art. 62 da Lei n.º
9.504/1997. Nos locais onde for realizada a votação II - que não estiverem devidamente autenticadas;
por cédulas, somente poderá votar o eleitor cujo III - que contiverem expressões, frases ou sinais
nome conste da folha de votação. que possam identificar o voto.
Resolução TSE n.º 20.638/2000 - Impossibilidade § 1º Serão nulos os votos, em cada eleição majo-
de voto em separado na hipótese de dúvida ou ritária:
impugnação quanto à identidade de eleitor, impe-
dindo-o de votar na urna eletrônica até decisão do I - quando forem assinalados os nomes de dois ou
mais candidatos para o mesmo cargo;
juiz eleitoral.
II - quando a assinalação estiver colocada fora do
Seção IV - Da Contagem dos Votos quadrilátero próprio, desde que torne duvidosa a
Art. 173. Resolvidas as impugnações a Junta pas- manifestação da vontade do eleitor.
sará a apurar os votos. § 2º Serão nulos os votos, em cada eleição pelo
Parágrafo único. Na apuração, poderá ser utilizado sistema proporcional:
sistema eletrônico, a critério do Tribunal Superior
I - quando o candidato não for indicado, através
Eleitoral e na forma por ele estabelecida. (Parágra- do nome ou do número, com clareza suficiente
fo acrescido pelo art. 11 da Lei n.º 6.978/82) para distingui-lo de outro candidato ao mesmo
Lei n. º 6.996/1982 - Art. 14 § único c.c. o art. 1º: cargo, mas de outro partido, e o eleitor não indicar
processamento eletrônico de cédulas programadas a legenda;
para a apuração. II - se o eleitor escrever o nome de mais de um
Lei n.º 9.504/1997 - Arts. 59 a 62: votação e totali- candidato ao mesmo cargo, pertencentes a parti-
zação de votos por sistema eletrônico. dos diversos ou, indicando apenas os números, o
fizer também de candidatos de partidos diferentes;
Art. 174. As cédulas oficiais, à medida em que fo-
rem sendo abertas, serão examinadas e lidas em III - se o eleitor, não manifestando preferência por
voz alta por um dos componentes da Junta. candidato, ou o fazendo de modo que não se pos-
sa identificar o de sua preferência, escrever duas
§ 1º Após fazer a declaração dos votos em branco ou mais legendas diferentes no espaço relativo à
e antes de ser anunciado o seguinte, será aposto mesma eleição.
na cédula, no lugar correspondente à indicação do
voto, um carimbo com a expressão "em branco", § 3º Serão nulos, para todos os efeitos, os votos
além da rubrica do Presidente da Turma. dados a candidatos inelegíveis ou não registra-
dos.
§ 2º O mesmo processo será adaptado para o voto
nulo. Art. 72. Parágrafo único. Tratando-se de inscri-
ções contra as quais hajam sido interpostos recur-
§ 3º Não poderá ser iniciada a apuração dos votos
sos das decisões que as deferiram, desde que tais
da urna subseqüente, sob as penas do art. 345,
recursos venham a ser providos pelo Tribunal Re-
sem que os votos em branco da anterior estejam
gional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos se
todos registrados pela forma referida no § 1º.
o seu número for suficiente para alterar qualquer
Crime Eleitoral - Art. 345. Não cumprir a autorida- representação partidária ou classificação de candi-
de judiciária, ou qualquer funcionário dos órgãos da dato eleito pelo princípio majoritário.
Justiça Eleitoral, nos prazos legais, os deveres Acórdão TSE de 10/04/2007 no RCED n.º 674 - "A
impostos por este Código, se a infração não estiver interpretação dos §§ 3º e 4º do art. 175 do Código
sujeita a outra penalidade: Eleitoral demonstra que deve prevalecer a situação
Pena - pagamento de 30 a 90 dias-multa. jurídica do candidato no momento da eleição".

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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 4º O disposto no parágrafo anterior não se aplica Art. 178. O voto dado ao candidato a Presidente da
quando a decisão de inelegibilidade ou de can- República entender-se-á dado também ao candida-
celamento de registro for proferida após a reali- to a Vice-Presidente, assim como o dado aos can-
zação da eleição a que concorreu o candidato didatos a Governador, Senador, Deputado Federal
alcançado pela sentença, caso em que os votos nos Territórios, Prefeito e Juiz de Paz entender-se-
serão contados para o partido pelo qual tiver sido á dado ao respectivo vice ou suplente.
feito o seu registro. (Parágrafo acrescido pelo art.
1º da Lei n.º 7.179/83) CF/88 - Art. 46. O Senado Federal compõe-se de
representantes dos Estados e do Distrito Federal,
Ac. TSE n.º 13.185/1992 e Resolução TSE n.º eleitos segundo o princípio majoritário. (...) § 3º
20.865/2001 - Parágrafo aplicável exclusivamente Cada Senador será eleito com dois suplentes.
às eleições proporcionais. CF/88 - Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos
Art. 176. Contar-se-á o voto apenas para a legen- Territórios, e os Estados criarão: (...) II - Justiça de
da, nas eleições pelo sistema proporcional: (Re- Paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos
dação dada pelo art. 1º da Lei n.º 8.037/90) pelo voto direto, universal e secreto, com mandato
de quatro anos e competência para, na forma da
Lei n.º 9.504/1997 - Arts. 59 § 2º e 60 - Cômputo lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em
de votos para a legenda no sistema eletrônico de face de impugnação apresentada, o processo de
votação e voto de legenda no sistema de votação habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem
convencional. caráter jurisdicional, além de outras previstas na
I - se o eleitor escrever apenas a sigla partidária, legislação.
não indicando o candidato de sua preferência; Art. 179. Concluída a contagem dos votos, a Junta
II - se o eleitor escrever o nome de mais de um ou Turma deverá:
candidato do mesmo partido; I - transcrever nos mapas referentes à urna a vo-
III - se o eleitor, escrevendo apenas os números, tação apurada;
indicar mais de um candidato do mesmo partido; II - expedir boletim contendo o resultado da res-
IV - se o eleitor não indicar o candidato através do pectiva Seção, no qual serão consignados o nú-
nome ou do número com clareza suficiente para mero de votantes, a votação individual de cada
distingui-lo de outro candidato do mesmo partido. candidato, os votos de cada legenda partidária, os
votos nulos e os em branco, bem como recursos,
Art. 177. Na contagem dos votos para as eleições se houver.
realizadas pelo sistema proporcional observar-se-
ão, ainda, as seguintes normas: (Redação dada § 1º Os mapas, em todas as suas folhas, e os bole-
pelo art. 1º da Lei n.º 8.037/90) tins de apuração, serão assinados pelo Presidente
e membros da Junta e pelos Fiscais de partido que
I - a inversão, omissão ou erro de grafia do nome o desejarem.
ou prenome não invalidará o voto, desde que seja
possível a identificação do candidato; § 2º O boletim a que se refere este artigo obedece-
rá a modelo aprovado pelo Tribunal Superior Eleito-
II - se o eleitor escrever o nome de um candidato
ral, podendo porém, na sua falta, ser substituído
e o número correspondente a outro da mesma le- por qualquer outro expedido por Tribunal Regional
genda ou não, contar-se-á o voto para o candidato ou pela própria Junta Eleitoral.
cujo nome foi escrito, bem como para a legenda a
que pertence; § 3º Um dos exemplares do boletim de apuração
será imediatamente afixado na sede da Junta, em
III - se o eleitor escrever o nome ou o número de local que possa ser copiado por qualquer pessoa.
um candidato e a legenda de outro partido, contar-
se-á o voto para o candidato cujo nome ou núme- § 4º Cópia autenticada do boletim de apuração será
ro foi escrito; entregue a cada partido, por intermédio do Delega-
do ou Fiscal presente, mediante recibo.
IV - se o eleitor escrever o nome ou o número de
um candidato a Deputado Federal na parte da cé- Lei n.º 9.504/1997 - Arts. 68 § 1º e 2º + 87 § 2º e
dula referente a Deputado Estadual ou vice-versa, 4º - Cópia do boletim de urna aos partidos e coliga-
o voto será contado para o candidato cujo nome ções. Caracterização de crime no caso de descum-
ou número foi escrito; primento.
V - se o eleitor escrever o nome ou o número de § 5º O boletim de apuração ou sua cópia autentica-
candidatos em espaço da cédula que não seja o da, com a assinatura do Juiz e pelo menos de
correspondente ao cargo para o qual o candidato um dos membros da Junta, fará prova do resulta-
foi registrado, será o voto computado para o can- do apurado, podendo ser apresentado ao Tribunal
didato e respectiva legenda, conforme o registro. Regional, nas eleições federais e estaduais, sem-
Lei n.º 9.504/1997 - Art. 85: Votos dados a homô- pre que o número de votos constantes dos mapas
recebidos pela Comissão Apuradora não coincidir
nimos.
com os nele consignados.
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Parte 05 Direito Eleitoral

Lei n.º 9.504/1997 - Art. 87. § 5º O rascunho ou Art. 180. O disposto no artigo anterior e em todos
qualquer outro tipo de anotação fora dos boletins de os seus parágrafos aplica-se às eleições munici-
urna, usados no momento da apuração dos votos, pais, observadas somente as seguintes altera-
não poderão servir de prova posterior perante a ções:
Junta apuradora ou totalizadora. I - o boletim de apuração poderá ser apresentado
§ 6º O partido ou candidato poderá apresentar o à Junta até 3 (três) dias depois de totalizados os
boletim na oportunidade concedida pelo art. 200, resultados, devendo os partidos ser cientificados,
quando terá vista do relatório da Comissão Apura- através de seus Delegados, da data em que co-
dora, ou antes, se durante os trabalhos da Comis- meçará a correr esse prazo;
são tiver conhecimento da incoincidência de qual- II - apresentado o boletim, será observado o dis-
quer resultado. posto nos §§ 7º e 8º do artigo anterior, devendo a
Art. 200. O relatório a que se refere o artigo anteri- recontagem ser procedida pela própria Junta.
or ficará na Secretaria do Tribunal, pelo prazo de 3 Art. 181. Salvo nos casos mencionados nos artigos
(três) dias, para exame dos partidos e candidatos anteriores, a recontagem de votos só poderá ser
interessados, que poderão examinar também os deferida pelos Tribunais Regionais, em recurso
documentos em que ele se baseou. interposto imediatamente após a apuração de cada
urna.
§ 7º Apresentado o boletim, será aberta vista aos
demais partidos, pelo prazo de 2 (dois) dias, os Parágrafo único. Em nenhuma outra hipótese pode-
quais somente poderão contestar o erro indicado rá a Junta determinar a reabertura de urnas já apu-
com a apresentação de boletim da mesma urna, radas para recontagem de votos.
revestido das mesmas formalidades. Art. 182. Os títulos dos eleitores estranhos à Seção
§ 8º Se o boletim apresentado na contestação con- serão separados, para remessa, depois de termi-
signar outro resultado, coincidente ou não com o nados os trabalhos da Junta, ao Juiz Eleitoral da
que figurar no mapa enviado pela Junta, a urna Zona neles mencionada, a fim de que seja anotado
será requisitada e recontada pelo próprio Tribu- na folha individual de votação o voto dado em outra
nal Regional, em sessão. Seção.
Lei n.º 9.504/1997 - Art. 88. O Juiz Presidente da Lei n.º 6.996/1982 - Art. 12: Substituição da folha
Junta Eleitoral é obrigado a recontar a urna, quan- individual de votação por listas de eleitores emitidas
do: por computador no processamento eletrônico de
dados.
I - o boletim apresentar resultado não-coincidente
com o número de votantes ou discrepante dos da- Parágrafo único. Se, ao ser feita a anotação, no
dos obtidos no momento da apuração; confronto do título com a folha individual, se verifi-
II - ficar evidenciada a atribuição de votos a candi- car incoincidência ou outro indício de fraude, serão
datos inexistentes, o não-fechamento da contabili- autuados tais documentos e o Juiz determinará as
dade da urna ou a apresentação de totais de votos providências necessárias para apuração do fato e
nulos, brancos ou válidos destoantes da média conseqüentes medidas legais.
geral das demais Seções do mesmo Município, Crime Eleitoral - Art. 293. Perturbar ou impedir de
Zona Eleitoral. qualquer forma o alistamento:
§ 9º A não-expedição do boletim imediatamente Pena - Detenção de 15 dias a seis meses ou pa-
após a apuração de cada urna e antes de se passar gamento de 30 a 60 dias-multa.
à subseqüente, sob qualquer pretexto, constitui o
crime previsto no art. 313. Art. 183. Concluída a apuração, e antes de se pas-
sar à subseqüente, as cédulas serão recolhidas à
Crime Eleitoral - Art. 313. Deixar o Juiz e os urna, sendo esta fechada e lacrada, não podendo
membros da Junta de expedir o boletim de apura- ser reaberta senão depois de transitada em julgado
ção imediatamente após a apuração de cada urna e a diplomação, salvo nos casos de recontagem de
antes de passar à subseqüente, sob qualquer pre- votos.
texto e ainda que dispensada a expedição pelos
Fiscais, Delegados ou candidatos presentes: Lei n.º 9.504/1997 - Arts. 68 § 1º e 2º + 87 § 2º e
4º - Cópia do boletim de urna aos partidos e coliga-
Pena - pagamento de 90 a 120 dias-multa. ções. Caracterização de crime no caso de descum-
Parágrafo único. Nas Seções Eleitorais em que a primento.
contagem for procedida pela Mesa Receptora incor- Parágrafo único. O descumprimento do disposto no
rerão na mesma pena o Presidente e os Mesários presente artigo, sob qualquer pretexto, constitui o
que não expedirem imediatamente o respectivo crime eleitoral previsto no art. 314.
boletim.

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Parte 05 Direito Eleitoral

Crime Eleitoral - Art. 314. Deixar o Juiz e os Art. 186. Com relação às eleições municipais e
membros da Junta de recolher as cédulas apuradas distritais, uma vez terminada a apuração de todas
na respectiva urna, fechá-la e lacrá-la, assim que as urnas, a Junta resolverá as dúvidas não deci-
terminar a apuração de cada Seção e antes de didas, verificará o total dos votos apurados,
passar à subseqüente, sob qualquer pretexto e inclusive os votos em branco, determinará o quo-
ainda que dispensada a providência pelos Fiscais, ciente eleitoral e os quocientes partidários e
Delegados ou candidatos presentes: proclamará os candidatos eleitos.
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de Lei n.º 9.504/1997 - Art. 3º Será considerado eleito
90 a 120 dias-multa. Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos vo-
Parágrafo único. Nas Seções Eleitorais em que a tos, não computados os em branco e os nulos.
contagem dos votos for procedida pela Mesa Re- § 1º A eleição do Prefeito importará a do candidato
ceptora incorrerão na mesma pena o Presidente e a Vice-Prefeito com ele registrado.
os Mesários que não fecharem e lacrarem a urna
§ 2º Nos Municípios com mais de duzentos mil elei-
após a contagem. tores, aplicar-se-ão as regras estabelecidas nos §§
Art. 184. Terminada a apuração, a Junta remeterá 1º a 3º do artigo anterior.
ao Tribunal Regional, no prazo de vinte e quatro CF/88 - Art. 29 II e III - Exigência de alcance da
horas, todos os papéis eleitorais referentes às elei- maioria absoluta de votos na eleição de prefeito nos
ções estaduais ou federais, acompanhados dos municípios com mais de 200.000 eleitores e posse
documentos referentes à apuração, juntamente no dia 1º de janeiro.
com a ata geral dos seus trabalhos, na qual serão
consignadas as votações apuradas para cada le- § 1º O Presidente da Junta fará lavrar, por um dos
genda e candidato e os votos não apurados, com a Secretários, a ata geral concernente às eleições
declaração dos motivos por que não o foram. (Ca- referidas neste artigo, da qual constará o seguin-
put e § 1º primitivamente § único, com redação te:
dada pelo art. 42 da Lei n.º 4.961/66, que também I - as Seções apuradas e o número de votos apu-
acrescentou os §§ 2º e 3º) rados em cada urna;
§ 1º Essa remessa será feita em invólucro fecha- II - as Seções anuladas, os motivos por que o fo-
do, lacrado e rubricado pelos membros da Junta, ram e o número de votos não apurados;
Delegados e Fiscais de partido, por via postal, ou
sob protocolo, conforme for mais rápida e segura III - as Seções onde não houve eleição e os moti-
a chegada ao destino. vos;
§ 2º Se a remessa dos papéis eleitorais de que IV - as impugnações feitas, a solução que lhes foi
trata este artigo não se verificar no prazo nele esta- dada e os recursos interpostos;
belecido, os membros da Junta estarão sujeitos à V - a votação de cada legenda na eleição para Ve-
multa correspondente à metade do salário mínimo reador;
regional por dia de retardamento.
VI - o quociente eleitoral e os quocientes partidá-
§ 3º Decorridos quinze dias sem que o Tribunal rios;
Regional tenha recebido os papéis referidos nes-
te artigo ou comunicação de sua expedição, deter- VII - a votação dos candidatos a Vereador, incluí-
minará ao Corregedor Regional ou Juiz Eleitoral dos em cada lista registrada, na ordem da votação
mais próximo que os faça apreender e enviar ime- recebida;
diatamente, transferindo-se para o Tribunal Regio- VIII - a votação dos candidatos a Prefeito, Vice-
nal a competência para decidir sobre os mesmos. Prefeito e a Juiz de Paz, na ordem da votação re-
Art. 185. Sessenta dias após o trânsito em julga- cebida.
do da diplomação de todos os candidatos eleitos § 2º Cópia da ata geral da eleição municipal, devi-
nos pleitos eleitorais realizados simultaneamente e damente autenticada pelo Juiz, será enviada ao
prévia publicação de edital de convocação, as cé- Tribunal Regional e ao Tribunal Superior Eleito-
dulas serão retiradas das urnas e imediatamen- ral.
te incineradas, na presença do Juiz Eleitoral e em
Art. 187. Verificando a Junta Apuradora que os
ato público, vedado a qualquer pessoa, inclusive
votos das Seções anuladas e daquelas cujos eleito-
ao Juiz, o seu exame na ocasião da incineração.
res foram impedidos de votar, poderão alterar a
(Redação dada pelo art. 16 da Lei n.º 6.055/74)
representação de qualquer partido ou classificação
Parágrafo único. Poderá ainda a Justiça Eleitoral, de candidato eleito pelo princípio majoritário, nas
tomadas as medidas necessárias à garantia do eleições municipais, fará imediata comunicação do
sigilo, autorizar a reciclagem industrial das cédu- fato ao Tribunal Regional, que marcará, se for o
las, em proveito do ensino público de primeiro grau caso, dia para a renovação da votação naquelas
ou de instituições beneficentes. (Acrescido pelo art. Seções.
1º da Lei n.º 7.977/89)

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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 1º Nas eleições suplementares municipais obser- b) as substituições e nomeações feitas;
var-se-á, no que couber, o disposto no art. 201.
c) os nomes dos Fiscais que hajam comparecido e
§ 2º Essas eleições serão realizadas perante novas dos que se retiraram durante a votação;
Mesas Receptoras, nomeadas pelo Juiz Eleitoral, e
d) a causa, se houver, do retardamento para o co-
apuradas pela própria Junta que, considerando os
meço da votação;
anteriores e os novos resultados, confirmará ou
invalidará os diplomas que houver expedido. e) o número, por extenso, dos eleitores da Seção
que compareceram e votaram e o número dos que
§ 3º Havendo renovação de eleições para os car-
deixaram de comparecer;
gos de Prefeito e Vice-Prefeito, os diplomas somen-
te serão expedidos depois de apuradas as eleições f) o número, por extenso, de eleitores de outras
suplementares. Seções que hajam votado e cujos votos hajam sido
recolhidos ao invólucro especial;
§ 4º Nas eleições suplementares, quando se referi-
rem a mandatos de representação proporcional, a g) o motivo de não haverem votado alguns dos
votação e a apuração far-se-ão exclusivamente eleitores que compareceram;
para as legendas registradas. h) os protestos e as impugnações apresentados
Seção V - Da Contagem dos Votos pela Mesa pelos Fiscais, assim como as decisões sobre eles
Receptora proferidas, tudo em seu inteiro teor;
Art. 188. O Tribunal Superior Eleitoral poderá auto- i) a razão de interrupção da votação, se tiver havi-
rizar a contagem de votos pelas Mesas Receptoras, do, e o tempo de interrupção;
nos Estados em que o Tribunal Regional indicar as j) a ressalva das rasuras, emendas e entrelinhas
Zonas ou Seções em que esse sistema deva ser porventura existentes nas folhas de votação e na
adotado. ata, ou a declaração de não existirem;
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribu- IV - mandará, em caso de insuficiência de espaço
nal Superior (...) XIII - autorizar a contagem dos no modelo destinado ao preenchimento, prosseguir
votos pelas mesas receptoras nos Estados em que a ata em outra folha devidamente rubricada por ele,
essa providência for solicitada pelo Tribunal Regio- Mesários e Fiscais que o desejarem, mencionando
nal respectivo; esse fato na própria ata;
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribu- V - assinará a ata com os demais membros da Me-
nais Regionais: (...) VI - indicar ao tribunal Superior sa, Secretários e Fiscais que quiserem;
as zonas eleitorais ou seções em que a contagem
dos votos deva ser feita pela mesa receptora; Art. 192. Lavrada e assinada a ata, o Presidente da
Mesa, na presença dos demais membros, Fiscais e
Art. 189. Os Mesários das Seções em que for efe- Delegados de partido, abrirá a urna e o invólucro
tuada a contagem dos votos serão nomeados es- e verificará se o número de cédulas oficiais co-
crutinadores da Junta. incide com o de votantes.
Art. 190. Não será efetuada a contagem dos votos § 1º Se não houver coincidência entre o número de
pela Mesa se esta não se julgar suficientemente votantes e o de cédulas oficiais encontradas na
garantida, ou se qualquer eleitor houver votado urna e no invólucro, a Mesa Receptora não fará a
sob impugnação, devendo a Mesa, em um ou contagem dos votos.
outro caso, proceder na forma determinada para as
demais, das Zonas em que a contagem não foi § 2º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo
autorizada. anterior, o Presidente da Mesa determinará que as
cédulas e as sobrecartas sejam novamente recolhi-
Art. 191. Terminada a votação, o Presidente da das à urna e ao invólucro, os quais serão fechados
Mesa tomará as providências mencionadas nas e lacrados, procedendo, em seguida, na forma re-
alíneas II, III, IV e V do art. 154. comendada pelas alíneas VI, VII e VIII do art. 154.
Art. 154. Terminada a votação e declarado o seu Art. 154. Terminada a votação e declarado o seu
encerramento pelo Presidente, tomará este as se- encerramento pelo Presidente, tomará este as se-
guintes providências: (...) guintes providências: (...)
II - encerrará, com a sua assinatura, a folha de vo- VI - entregará a urna e os documentos do ato elei-
tação modelo 2 (dois), que poderá ser também toral ao Presidente da Junta ou à agência do cor-
assinada pelos Fiscais; reio mais próxima, ou a outra vizinha que ofereça
III - mandará lavrar, por um dos Secretários, a ata melhores condições de segurança e expedição, sob
da eleição, preenchendo o modelo fornecido pela recibo em triplicata com a indicação de hora, de-
Justiça Eleitoral, para que constem: vendo aqueles documentos ser encerrados em
sobrecartas rubricadas por ele e pelos Fiscais que
a) os nomes dos membros da Mesa que hajam o quiserem;
comparecido, inclusive o suplente;

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Parte 05 Direito Eleitoral

VII - comunicará em ofício, ou impresso próprio, ao Art. 196. De acordo com as instruções recebidas a
Juiz Eleitoral da Zona a realização da eleição, o Junta Apuradora poderá reunir os membros das
número de eleitores que votaram e a remessa da Mesas Receptoras e demais componentes da Junta
urna e dos documentos à Junta Eleitoral; em local amplo e adequado no dia seguinte ao
da eleição, em horário previamente fixado, e a
VIII - enviará em sobrecarta fechada uma das vias proceder à apuração na forma estabelecida nos
do recibo do correio à Junta Eleitoral e a outra ao arts. 159 e seguintes, de uma só vez ou em duas
Tribunal Regional. ou mais etapas.
Art. 193. Havendo coincidência entre o número de Parágrafo único. Nesse caso cada partido poderá
cédulas e o de votantes, deverá a Mesa, inicialmen- credenciar um Fiscal para acompanhar a apura-
te, misturar as cédulas contidas nas sobrecartas ção de cada urna, realizando-se esta sob a super-
brancas, da urna e do invólucro, com as demais. visão do Juiz e dos demais membros da Junta, aos
§ 1º Em seguida, proceder-se-á a abertura das quais caberá decidir, em cada caso, as impugna-
cédulas e contagem dos votos, observando-se o ções e demais incidentes verificados durante os
disposto nos arts. 169 e seguintes, no que couber. trabalhos.
§ 2º Terminada a contagem dos votos, será lavrada Capítulo III - Da Apuração nos Tribunais Regio-
ata resumida, de acordo com modelo aprovado pelo nais
Tribunal Superior e da qual constarão apenas as Art. 197. Na apuração, compete ao Tribunal Regi-
impugnações acaso apresentadas, figurando os onal:
resultados no boletim que se incorporará à ata, e do
qual se dará cópia aos Fiscais dos partidos. I - resolver as dúvidas não decididas e os recursos
interpostos sobre as eleições federais e estaduais
Art. 194. Após a lavratura da ata, que deverá ser e apurar as votações que haja validado, em grau
assinada pelos membros da Mesa e Fiscais e De- de recurso;
legados de partido, as cédulas e as sobrecartas
serão recolhidas à urna, sendo esta fechada, lacra- II - verificar o total dos votos apurados entre os
da e entregue ao Juiz Eleitoral pelo Presidente da quais se incluem os em branco;
Mesa ou por um dos Mesários, mediante recibo. III - determinar os quocientes, eleitoral e partidá-
§ 1º O Juiz Eleitoral poderá, havendo possibilidade, rio, bem como a distribuição das sobras;
designar funcionários para recolher as urnas e de- IV - proclamar os eleitos e expedir os respectivos
mais documentos nos próprios locais da votação ou diplomas;
instalar postos e locais diversos para seu recebi-
mento. V - fazer a apuração parcial das eleições para
Presidente e Vice-Presidente da República.
§ 2º Os Fiscais e Delegados de partido podem vigi-
ar e acompanhar a urna desde o momento da elei- Art. 198. A apuração pelo Tribunal Regional come-
ção, durante a permanência nos postos arrecada- çará no dia seguinte ao em que receber os pri-
dores e até a entrega à Junta. meiros resultados parciais das Juntas e prosse-
guirá sem interrupção, inclusive nos sábados, do-
Art. 195. Recebida a urna e documentos, a Junta mingos e feriados, de acordo com o horário previa-
deverá: mente publicado, devendo terminar 30 (trinta) dias
I - examinar a sua regularidade, inclusive quanto depois da eleição.
ao funcionamento normal da Seção; § 1º Ocorrendo motivos relevantes, expostos com a
II - rever o boletim de contagem de votos da Mesa necessária antecedência, o Tribunal Superior pode-
Receptora, a fim de verificar se está aritmetica- rá conceder prorrogação desse prazo, uma só vez
mente certo, fazendo dele constar que, conferido, e por quinze dias.
nenhum erro foi encontrado; § 2º Se o Tribunal Regional não terminar a apura-
III - abrir a urna e conferir os votos sempre que a ção no prazo legal, seus membros estarão sujeitos
contagem da Mesa Receptora não permitir o fe- à multa correspondente à metade do salário mínimo
chamento dos resultados; regional por dia de retardamento. (O art. 43 da Lei
n.º 4.961/66 substituiu o primitivo § único pelos
IV - proceder à apuração se da ata da eleição atuais §§ 1º e 2º)
constar impugnação de Fiscal, Delegado, candida-
to ou membro da própria Mesa em relação ao re- Art. 199. Antes de iniciar a apuração, o Tribunal
sultado de contagem dos votos; Regional constituirá, com 3 (três) de seus mem-
bros, presidida por um destes, uma Comissão
V - resolver todas as impugnações constantes da Apuradora.
ata da eleição;
§ 1º O Presidente da Comissão designará um fun-
VI - praticar todos os atos previstos na competên- cionário do Tribunal para servir de Secretário e para
cia das Juntas Eleitorais. auxiliarem os seus trabalhos, tantos outros quantos
julgar necessários.

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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 2º De cada sessão da Comissão Apuradora será dos de votar, poderão alterar a representação de
lavrada ata resumida. qualquer partido ou classificação de candidato elei-
§ 3º A Comissão Apuradora fará publicar no órgão to pelo princípio majoritário, ordenará a realização
oficial, diariamente, um boletim com a indicação de novas eleições.
dos trabalhos realizados e do número de votos Parágrafo único. As novas eleições obedecerão
atribuídos a cada candidato. às seguintes normas:
§ 4º Os trabalhos da Comissão Apuradora poderão I - o Presidente do Tribunal fixará, imediatamente,
ser acompanhados por Delegados dos partidos a data, para que se realizem dentro de 15 (quinze)
interessados, sem que, entretanto, neles interve- dias, no mínimo, e de 30 (trinta) dias, no máximo,
nham com protestos, impugnações ou recursos. a contar do despacho que a fixar, desde que não
§ 5º Ao final dos trabalhos a Comissão Apuradora tenha havido recurso contra a anulação das Se-
apresentará ao Tribunal Regional os mapas gerais ções;
da apuração e um relatório, que mencione: II - somente serão admitidos a votar os eleitores
da Seção, que hajam comparecido à eleição anu-
I - o número de votos válidos e anulados em cada
Junta Eleitoral, relativos a cada eleição; lada, e os de outras Seções que ali houverem vo-
tado;
II - as Seções apuradas e os votos nulos e anula-
III - nos casos de coação que haja impedido o
dos de cada uma;
comparecimento dos eleitores às urnas, no de en-
III - as Seções anuladas, os motivos por que o fo- cerramento da votação antes da hora legal, e
ram e o número de votos anulados ou não apura- quando a votação tiver sido realizada em dia, hora
dos; e lugar diferentes dos designados, poderão votar
IV - as Seções onde não houve eleição e os moti- todos os eleitores da Seção e somente estes;
vos; IV - nas Zonas onde apenas uma Seção for anu-
V - as impugnações apresentadas às Juntas e lada, o Juiz Eleitoral respectivo presidirá a Mesa
como foram resolvidas por elas, assim como os Receptora; se houver mais de uma Seção anula-
recursos que tenham sido interpostos; da, o Presidente do Tribunal Regional designará
os Juízes-Presidentes das respectivas Mesas Re-
VI - a votação de cada partido; ceptoras;
VII - a votação de cada candidato; V - as eleições realizar-se-ão nos mesmos locais
VIII - o quociente eleitoral; anteriormente designados, servindo os Mesários e
Secretários que pelo Juiz forem nomeados, com a
IX - os quocientes partidários; antecedência de, pelo menos, 5 (cinco) dias, salvo
X - a distribuição das sobras. se a anulação for decretada por infração dos §§ 4º
e 5º do art. 135;
Art. 200. O relatório a que se refere o artigo anterior
ficará na Secretaria do Tribunal, pelo prazo de 3 Art. 135. § 4º É expressamente vedado o uso de
(três) dias, para exame dos partidos e candida- propriedade pertencente a candidato, membro de
tos interessados, que poderão examinar também Diretório de partido, Delegado de partido ou autori-
os documentos em que ele se baseou. dade policial, bem como dos respectivos cônjuges e
§ 1º Terminado o prazo supra, os partidos poderão parentes, consangüíneos ou afins, até o 2º grau,
apresentar as suas reclamações, dentro de 2 (dois) inclusive.
dias, sendo estas submetidas a parecer da Comis- § 5º Não poderão ser localizadas Seções Eleitorais
são Apuradora que, no prazo de 3 (três) dias, apre- em fazenda, sítio ou qualquer propriedade rural
sentará aditamento ao relatório com a proposta das privada, mesmo existindo no local prédio público,
modificações que julgar procedentes, ou com a incorrendo o Juiz nas penas do art. 312, em caso
justificação da improcedência das argüições. de infringência. (Redação dada pelo art. 25 da Lei
§ 2º O Tribunal Regional, antes de aprovar o relató- n.º 4.961/66)
rio da Comissão Apuradora e, em três dias impror- VI - as eleições assim realizadas serão apuradas
rogáveis, julgará as impugnações e as reclamações pelo Tribunal Regional.
não providas pela Comissão Apuradora, e, se as
deferir, voltará o relatório à Comissão para que Art. 202. Da reunião do Tribunal Regional será la-
sejam feitas as alterações resultantes da decisão. vrada ata geral, assinada pelos seus membros e
(Acrescido pelo art. 44 da Lei n.º 4.961/66, com da qual constarão:
conseqüente renumeração do primitivo § único) I - as Seções apuradas e o número de votos apu-
Art. 201. De posse do relatório referido no artigo rados em cada uma;
anterior, reunir-se-á o Tribunal, no dia seguinte, II - as Seções anuladas, as razões por que o fo-
para o conhecimento do total dos votos apurados, ram e o número de votos não apurados;
e, em seguida, se verificar que os votos das Seções
anuladas e daquelas cujos eleitores foram impedi-
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Parte 05 Direito Eleitoral


III - as Seções onde não tenha havido eleição e os § 2º Concluídos os trabalhos da apuração, o Tribu-
motivos; nal Regional remeterá ao Tribunal Superior os re-
IV - as impugnações apresentadas às Juntas Elei- sultados parciais das eleições para Presidente e
torais e como foram resolvidas; Vice-Presidente da República, acompanhados de
todos os papéis que lhe digam respeito.
V - as Seções em que se vai realizar ou renovar a
Art. 204. O Tribunal Regional julgando conveniente,
eleição;
poderá determinar que a totalização dos resulta-
VI - a votação obtida pelos partidos; dos de cada urna seja realizada pela própria
VII - o quociente eleitoral e o partidário; Comissão Apuradora.
VIII - os nomes dos votados na ordem decrescen- Parágrafo único. Ocorrendo essa hipótese serão
te dos votos; observadas as seguintes regras:
IX - os nomes dos eleitos; I - a decisão do Tribunal será comunicada, até 30
(trinta) dias antes da eleição aos Juízes Eleitorais,
X - os nomes dos suplentes, na ordem em que aos Diretórios dos partidos e ao Tribunal Superior;
devem substituir ou suceder.
II - iniciada a apuração os Juízes Eleitorais reme-
§ 1º Na mesma sessão, o Tribunal Regional pro- terão ao Tribunal Regional, diariamente, sob regis-
clamará os eleitos e os respectivos suplentes e tro postal ou por portador, os mapas de todas as
marcará a data para a expedição solene dos diplo- urnas apuradas no dia;
mas em sessão pública, salvo quanto a Governador
e Vice-Governador, se ocorrer a hipótese prevista III - os mapas serão acompanhados de ofício su-
na Emenda Constitucional n.º 13. cinto, que esclareça apenas a que Seções corres-
pondem e quantas ainda faltam para completar a
Comentário - A Emenda Constitucional n.º 13 refe- apuração da Zona;
re-se à CF/46. Na CF/88, o artigo 28 in fine e o
artigo 77 § 3º - Hipóteses de eleição em segundo IV - havendo sido interposto recurso em relação à
urna correspondente aos mapas enviados, o Juiz
turno.
fará constar do ofício, em seguida à indicação da
§ 2º O Vice-Governador e o suplente de Senador, Seção, entre parênteses, apenas esse esclareci-
considerar-se-ão eleitos em virtude da eleição do mento: "houve recurso";
Governador e do Senador com os quais se candi-
V - a ata final da Junta não mencionará, no seu
datarem. texto, a votação obtida pelos partidos e candida-
CF/88 - Art. 46. O Senado Federal compõe-se de tos, a qual ficará constando dos boletins de apu-
representantes dos Estados e do Distrito Federal, ração do Juízo, que dela ficarão fazendo parte in-
eleitos segundo o princípio majoritário. (...) § 3º tegrante;
Cada Senador será eleito com dois suplentes. VI - cópia autenticada da ata, assinada por todos
§ 3º Os candidatos a Governador e Vice- os que assinaram o original, será enviada ao Tri-
Governador somente serão diplomados depois de bunal Regional na forma prevista no art. 184;
realizadas as eleições suplementares referentes a VII - a Comissão Apuradora, à medida em que for
esses cargos. recebendo os mapas, passará a totalizar os votos,
§ 4º Um traslado da ata da sessão, autenticado aguardando, porém, a chegada da cópia autêntica
com a assinatura de todos os membros do Tribunal da ata para encerrar a totalização referente a cada
que assinaram a ata original, será remetida ao Pre- Zona;
sidente do Tribunal Superior. VIII - no caso de extravio de mapa o Juiz Eleitoral
§ 5º O Tribunal Regional comunicará o resultado da providenciará a remessa de 2 a via, preenchida à
eleição ao Senado Federal, Câmara dos Deputados vista dos Delegados de partido especialmente
e Assembléia Legislativa. convocados para esse fim e pelos resultados
constantes do boletim de apuração que deverá
Art. 203. Sempre que forem realizadas eleições de ficar arquivado no Juízo.
âmbito estadual juntamente com eleições para Pre-
sidente e Vice-Presidente da República, o Tribunal Capítulo IV - Da Apuração no Tribunal Superior
Regional desdobrará os seus trabalhos de apura- Art. 205. O Tribunal Superior fará a apuração geral
ção, fazendo tanto para aquelas como para esta, das eleições para Presidente e Vice-Presidente
uma ata geral. da República pelos resultados verificados pelos
§ 1º A Comissão Apuradora deverá, também, apre- Tribunais Regionais em cada Estado.
sentar relatórios distintos, um dos quais referente Art. 206. Antes da realização da eleição o Presiden-
apenas às eleições presidenciais. te do Tribunal sorteará, dentre os Juízes, o Relator
de cada grupo de Estados, ao qual serão distribuí-
dos todos os recursos e documentos da eleição
referentes ao respectivo grupo.

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Parte 05 Direito Eleitoral


Art. 207. Recebidos os resultados de cada Esta- tará, a seguir, o relatório final com os nomes dos
do, e julgados os recursos interpostos das decisões candidatos que deverão ser proclamados eleitos e
dos Tribunais Regionais, o Relator terá o prazo de os dos demais candidatos, na ordem decrescente
5 (cinco) dias para apresentar seu relatório, com das votações.
as conclusões seguintes:
Art. 211. Aprovada em sessão especial a apuração
I - os totais dos votos válidos e nulos do Estado; geral, o Presidente anunciará a votação dos candi-
II - os votos apurados pelo Tribunal Regional que datos, proclamando a seguir eleito Presidente da
devem ser anulados; República o candidato, mais votado que tiver obti-
do maioria absoluta de votos, excluídos, para a
III - os votos anulados pelo Tribunal Regional que apuração desta, os em branco e os nulos.
devem ser computados como válidos;
CF/88 - Art. 77 § 2º e Lei n.º 9.504/1997 - Art. 2º -
IV - a votação de cada candidato; Eleição do candidato que obtiver a maioria absoluta
V - o resumo das decisões do Tribunal Regional dos votos, não computados os em branco e os nu-
sobre as dúvidas e impugnações, bem como dos los.
recursos que hajam sido interpostos para o Tribu- § 1º O Vice-Presidente considerar-se-á eleito em
nal Superior, com as respectivas decisões e indi- virtude da eleição do Presidente com o qual se
cação das implicações sobre os resultados. candidatar.
Art. 208. O relatório referente a cada Estado ficará
CF/88 - Art. 77 § 1º e Lei n.º 9.504/1997 - Art. 2º §
na Secretaria do Tribunal, pelo prazo de dois
4º - A eleição do presidente importará a do vice-
dias, para exame dos partidos e candidatos inte-
presidente com ele registrado.
ressados, que poderão examinar também os docu-
mentos em que ele se baseou e apresentar alega- § 2º Na mesma sessão o Presidente do Tribunal
ções ou documentos sobre o relatório, no prazo de Superior designará a data para a expedição solene
2 (dois) dias. dos diplomas em sessão pública.
Parágrafo único. Findo esse prazo, serão os autos Art. 212. Verificando que os votos das Seções anu-
conclusos ao Relator, que, dentro em 2 (dois) dias, ladas e daquelas cujos eleitores foram impedidos
os apresentará a julgamento, que será previamente de votar, em todo o País, poderão alterar a classifi-
anunciado. cação de candidato, ordenará o Tribunal Superior a
Art. 209. Na sessão designada será o feito chama- realização de novas eleições.
do a julgamento de preferência a qualquer outro § 1º Essas eleições serão marcadas desde logo
processo. pelo Presidente do Tribunal Superior e terão lugar
§ 1º Se o relatório tiver sido impugnado, os partidos no primeiro domingo ou feriado que ocorrer após o
interessados poderão, no prazo de 15 (quinze) 15º (décimo quinto) dia a contar da data do des-
minutos, sustentar oralmente as suas conclusões. pacho, devendo ser observado o disposto nos n.ºs
II a VI do parágrafo único do art. 201.
§ 2º Se do julgamento resultarem alterações na
apuração efetuada pelo Tribunal Regional, o acór- § 2º Os candidatos a Presidente e Vice-Presidente
dão determinará que a Secretaria, dentro em 5 da República somente serão diplomados depois de
(cinco) dias, levante as folhas de apuração parcial realizadas as eleições suplementares referentes a
das Seções cujos resultados tiverem sido alterados, esses cargos.
bem como o mapa geral da respectiva circunscri- Art. 213. Não se verificando a maioria absoluta, o
ção, de acordo com as alterações decorrentes do Congresso Nacional, dentro de quinze dias após
julgado, devendo o mapa, após o visto do Relator, haver recebido a respectiva comunicação do Presi-
ser publicado na Secretaria. dente do Tribunal Superior Eleitoral, reunir-se-á em
§ 3º A esse mapa admitir-se-á, dentro em 48 (qua- sessão pública para se manifestar sobre o candida-
renta e oito) horas de sua publicação, impugnação to mais votado, que será considerado eleito se, em
fundada em erro de conta ou de cálculo, decorrente escrutínio secreto, obtiver metade mais um dos
da própria sentença. votos dos seus membros.

Art. 210. Os mapas gerais de todas as circunscri- CF/88 - Art. 77 caput + § 3º e Lei n.º 9.504/1997 -
ções com as impugnações, se houver, e a folha de Art. 2º § 1º - Eleição direta em segundo turno, no
apuração final levantada pela Secretaria, serão último domingo de outubro.
autuados e distribuídos a um Relator-Geral, desig- § 1º Se não ocorrer a maioria absoluta referida no
nado pelo Presidente. caput deste artigo, renovar-se-á, até 30 (trinta)
Parágrafo único. Recebidos os autos, após a audi- dias depois, a eleição em todo o País, à qual
ência do Procurador-Geral, o Relator, dentro de 48 concorrerão os dois candidatos mais votados, cujos
(quarenta e oito) horas, resolverá as impugnações registros estarão automaticamente revalidados.
relativas aos erros de conta ou de cálculo, man-
dando fazer as correções, se for o caso, e apresen-

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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 2º No caso de renúncia ou morte, concorrerá à Art. 218. O Presidente de Junta ou de Tribunal que
eleição prevista no parágrafo anterior o substituto diplomar militar candidato a cargo eletivo comunica-
registrado pelo mesmo partido político ou coligação rá imediatamente a diplomação à autoridade a que
partidária. o mesmo estiver subordinado, para os fins do art.
98.
CF/88 - Art. 77 § 4º e Lei n.º 9.504/1997 - Art. 2º §
2º - Habilitação ao segundo turno do candidato Art. 98. Os militares alistáveis são elegíveis, aten-
remanescente mais votado. didas as seguintes condições: (...)
Art. 214. O Presidente e o Vice-Presidente da Re- Capítulo VI - Das Nulidades da Votação
pública tomarão posse a 15 (quinze) de março, em Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral o Juiz atende-
sessão do Congresso Nacional.
rá sempre aos fins e resultados a que ela se dirige,
CF/88 - Arts. 82 e 78 - Posse em 1º de janeiro e abstendo-se de pronunciar nulidades sem demons-
em sessão do Congresso Nacional. tração de prejuízo.
Parágrafo único. No caso do § 1º do artigo anterior, Parágrafo único. A declaração de nulidade não
a posse realizar-se-á dentro de 15 (quinze) dias a poderá ser requerida pela parte que lhe deu
contar da proclamação do resultado da segunda causa nem a ela aproveitar.
eleição, expirando, porém, o mandato a 15 (quinze) Art. 220. É nula a votação:
de março do quarto ano.
I - quando feita perante Mesa não nomeada pelo
Capítulo V - Dos Diplomas Juiz Eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da
Art. 215. Os candidatos eleitos, assim como os lei;
suplentes, receberão diploma assinado pelo Presi- II - quando efetuada em folhas de votação falsas;
dente do Tribunal Superior, do Tribunal Regional ou
da Junta Eleitoral, conforme o caso. III - quando realizada em dia, hora, ou local dife-
rentes do designado ou encerrada antes das 17
Resolução TSE n.º 19.766/1996 - Possibilidade de horas;
recebimento do diploma por procurador; excepcio-
IV - quando preterida formalidade essencial do si-
nalmente, o juiz pode mudar o dia marcado obser-
gilo dos sufrágios;
vadas a conveniência e oportunidade.
V - quando a Seção Eleitoral tiver sido localizada
Parágrafo único. Do diploma deverá constar o com infração do disposto nos §§ 4º e 5º do art.
nome do candidato, a indicação da legenda sob a 135. (Acrescido pelo art. 45 da Lei n.º 4.961/66)
qual concorreu, o cargo para o qual foi eleito ou a
sua classificação como suplente, e, facultativamen- Art. 135. § 4º É expressamente vedado o uso de
te, outros dados a critério do Juiz ou do Tribunal. propriedade pertencente a candidato, membro de
Diretório de partido, Delegado de partido ou autori-
Art. 216. Enquanto o Tribunal Superior não decidir o
dade policial, bem como dos respectivos cônjuges e
recurso interposto contra a expedição do diploma,
parentes, consangüíneos ou afins, até o 2º grau,
poderá o diplomado exercer o mandato em toda a
inclusive.
sua plenitude.
§ 5º Não poderão ser localizadas Seções Eleitorais
Ac. TSE n.ºs 1.049/2002, 1.277/2003, 21.403/2003, em fazenda, sítio ou qualquer propriedade rural
1.320/2004 e 1.833/2006 - Inaplicabilidade deste privada, mesmo existindo no local prédio público,
dispositivo à ação de impugnação de mandato. incorrendo o Juiz nas penas do art. 312, em caso
Art. 217. Apuradas as eleições suplementares, o de infringência. (Redação dada pelo art. 25 da Lei
Juiz ou o Tribunal reverá a apuração anterior, con- n.º 4.961/66)
firmando ou invalidando os diplomas que houver Parágrafo único. A nulidade será pronunciada
expedido. quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos
Parágrafo único. No caso de provimento, após a seus efeitos e a encontrar provada, não lhe sendo
diplomação, de recurso contra o registro de candi- lícito supri-la, ainda que haja consenso das partes.
dato ou de recurso parcial, será também revista a Art. 221. É anulável a votação:
apuração anterior, para confirmação ou invalidação
de diplomas, observado o disposto no § 3º do art. I - quando houver extravio de documento reputado
261. essencial;
Art. 261. § 3º Se os recursos de um mesmo Município ou II - quando for negado ou sofrer restrição o direito
Estado deram entrada em datas diversas, sendo julgados de fiscalizar, e o fato constar da ata ou de protesto
separadamente, o Juiz Eleitoral ou o Presidente do Tri- interposto, por escrito, no momento;
bunal Regional, aguardará a comunicação de todas as
III - quando votar, sem as cautelas do art. 147, §
decisões para cumpri-las, salvo se o julgamento dos
demais importar em alteração do resultado do pleito que 2º:
não tenha relação com o recurso já julgado.

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Art. 147. O Presidente da Mesa dispensará especi- § 1º Se a nulidade ocorrer em fase na qual não
al atenção à identidade de cada eleitor admitido a possa ser alegada no ato, poderá ser argüida na
votar. Existindo dúvida a respeito, deverá exigir-lhe primeira oportunidade que para tanto se apresente.
a exibição da respectiva carteira, e, na falta desta, § 2º Se se basear em motivo superveniente deverá
interrogá-lo sobre os dados constantes do título, ou ser alegada imediatamente, assim que se tornar
da folha individual de votação, confrontando a assi- conhecida, podendo as razões do recurso ser adi-
natura do mesmo com a feita na sua presença pelo tadas no prazo de 2 (dois) dias.
eleitor, e mencionando na ata a dúvida suscitada.
§ 3º A nulidade de qualquer ato, baseada em moti-
(...) § 2º Se persistir a dúvida ou for mantida a im- vo de ordem constitucional, não poderá ser conhe-
pugnação, tomará o Presidente da Mesa as seguin- cida em recurso interposto fora do prazo. Perdido o
tes providências: prazo numa fase própria, só em outra que se apre-
I - escreverá numa sobrecarta branca o seguinte: sentar poderá ser argüida. (Redação dada pelo art.
"Impugnado por F"; 48 da Lei n.º 4.961/66)
II - entregará ao eleitor a sobrecarta branca, para Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade
que ele, na presença da Mesa e dos Fiscais, nela dos votos do País nas eleições presidenciais, do
coloque a cédula oficial que assinalou, assim como Estado nas eleições federais e estaduais ou do
o seu título, a folha de impugnação e qualquer outro Município nas eleições municipais, julgar-se-ão
documento oferecido pelo impugnante; prejudicadas as demais votações e o Tribunal mar-
cará dia para nova eleição dentro do prazo de 20
III - determinará ao eleitor que feche a sobrecarta (vinte) a 40 (quarenta) dias.
branca e a deposite na urna;
CF/88 - Artigo 77 §§ 2º e 3º + Artigos 28 e 29, II -
IV - anotará a impugnação na ata.
Votos nulos e em branco não computados para o
a) eleitor excluído por sentença não cumprida por cálculo da maioria nas eleições de presidente da
ocasião da remessa das folhas individuais de vota- República e vice-presidente da República, gover-
ção à Mesa, desde que haja oportuna reclamação nador e vice-governador, e prefeito e vice-prefeito
de partido; de municípios com mais de duzentos mil eleitores.
b) eleitor de outra Seção, salvo a hipótese do art. Ac. TSE de 29/06/2006 no MS n.º 3.438 e de
145; 05/12/2006 no REspe n.º 25.585: "Para fins de
aplicação do art. 224 do Código Eleitoral, não se
Lei n.º 9.504/1997 - Art. 62 caput e Resolução somam aos votos anulados em decorrência da prá-
TSE n.º 20.686/2000 - Somente pode votar o eleitor
tica de captação ilícita de sufrágio, os votos nulos
cujo nome conste na folha de votação da respectiva
por manifestação apolítica de eleitores".
seção eleitoral.
Ac. TSE de 29/06/2006 no MS n.º 3.438: Impossi-
c) alguém com falsa identidade em lugar do eleitor bilidade de conhecimento, de ofício, da matéria
chamado. tratada neste dispositivo, ainda que de ordem públi-
Art. 222. É também anulável a votação, quando ca.
viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios Ac. TSE de 30/05/2006 no REspe n.º 25.436: "Na
de que trata o art. 237, ou emprego de processo de renovação das eleições, reabre-se todo o processo
propaganda ou captação de sufrágios vedado por eleitoral".
lei.
Ac. TSE de 10/10/2006 no REspe n.º 26.018 de
Art. 237. A interferência do poder econômico e o 12/06/2007 no REspe n.º 26.140 e de 02/08/2007
desvio ou abuso do poder de autoridade, em desfa- no REspe n.º 28.116: Impossibilidade de participa-
vor da liberdade do voto, serão coibidos e punidos. ção, na renovação do pleito, do candidato que deu
Comentário - A Lei Complementar n.º 64/90, no causa à nulidade da eleição anterior.
artigo 22 e seguintes, trata da representação por § 1º Se o Tribunal Regional na área de sua compe-
uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico tência, deixar de cumprir o disposto neste artigo, o
ou do poder de autoridade. A Lei n.º 9.504/97 (arti- Procurador Regional levará o fato ao conhecimento
gos 73, 75 e 77) trata das condutas vedadas aos do Procurador-Geral, que providenciará junto ao
agentes públicos em campanha eleitoral e também Tribunal Superior para que seja marcada imediata-
sobre abuso de autoridade (art. 74). Na CF/88 (art. mente nova eleição.
14 § 10) e no art. 262 IV do Código Eleitoral temos
sobre a ação de impugnação de mandato eletivo e § 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste
recurso de diplomação, respectivamente. Capítulo o Ministério Público promoverá, imediata-
mente, a punição dos culpados.
Art. 223. A nulidade de qualquer ato, não decreta-
da de ofício pela Junta, só poderá ser argüida Capítulo VII - Do Voto no Exterior
quando de sua prática, não mais podendo ser ale- Art. 225. Nas eleições para Presidente e Vice-
gada, salvo se a argüição se basear em motivo Presidente da República poderá votar o eleitor
superveniente ou de ordem constitucional. que se encontrar no Exterior.
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Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul

Parte 05 Direito Eleitoral


§ 1º Para esse fim, serão organizadas Seções Elei- Art. 231. Todo aquele que, estando obrigado a vo-
torais, nas sedes das Embaixadas e Consulados- tar, não o fizer, fica sujeito, além das penalidades
Gerais. previstas para o eleitor que não vota no território
§ 2º Sendo necessário instalar duas ou mais Se- nacional, à proibição de requerer qualquer docu-
mento perante a repartição diplomática a que esti-
ções poderá ser utilizado local em que funcione
serviço do governo brasileiro. ver subordinado, enquanto não se justificar.

Art. 226. Para que se organize uma Seção Eleitoral Lei n.º 6.091/1974 (art. 16 § 2º) e Resolução TSE
no Exterior é necessário que na circunscrição sob a n.º 21.538/2003 (art. 80 § 1º): Prazo de 30 dias
jurisdição da Missão Diplomática ou do Consulado- para justificação, contado da entrada do eleitor no
Geral haja um mínimo de 30 (trinta) eleitores país.
inscritos. Art. 232. Todo o processo eleitoral realizado no
Parágrafo único. Quando o número de eleitores não estrangeiro fica diretamente subordinado ao Tri-
atingir o mínimo previsto no parágrafo anterior, os bunal Regional do Distrito Federal.
eleitores poderão votar na Mesa Receptora mais Art. 233. O Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério
próxima, desde que localizada no mesmo País, de das Relações Exteriores baixarão as instruções
acordo com a comunicação que lhes for feita. necessárias e adotarão as medidas adequadas
Art. 227. As Mesas Receptoras serão organizadas para o voto no Exterior.
pelo Tribunal Regional do Distrito Federal mediante Resolução TSE n.º 20.573/2000 - Procedimentos a
proposta dos Chefes de Missão e Cônsules-Gerais, serem adotados pelas missões diplomáticas e re-
que ficarão investidos, no que for aplicável, das partições consulares em situações de interesse da
funções administrativas de Juiz Eleitoral. Justiça Eleitoral.
Parágrafo único. Será aplicável às Mesas Recepto-
ras o processo de composição e fiscalização parti- Recursos Eleitorais
dária vigente para as que funcionam no Território Lei n.º 4.737 de 15 de julho de 1965
nacional.
PROGRAMA - Recursos eleitorais: cabimento,
Art. 228. Até 30 (trinta) dias antes da realização da pressupostos de admissibilidade, processamento,
eleição todos os brasileiros eleitores, residentes no efeitos e prazos. Recurso contra diplomação; ação
estrangeiro, comunicarão à sede da Missão Diplo- de impugnação de mandato eletivo.
mática ou ao Consulado-Geral, em carta, telegrama Título III - Dos Recursos
ou qualquer outra via, a sua condição de eleitor e
sua residência. Capítulo I - Disposições Preliminares
§ 1º Com a relação dessas comunicações e com os Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito
dados do registro consular, serão organizadas as suspensivo.
folhas de votação, e notificados os eleitores da hora Parágrafo único. A execução de qualquer acórdão
e local da votação. será feita imediatamente, através de comunicação
§ 2º No dia da eleição só serão admitidos a votar por ofício, telegrama, ou, em casos especiais, a
os que constem da folha de votação e os pas- critério do Presidente do Tribunal, através de cópia
sageiros e tripulantes de navios e aviões de do acórdão.
guerra e mercantes que, no dia, estejam na sede Art. 216. Enquanto o Tribunal Superior não decidir
das Seções Eleitorais. o recurso interposto contra a expedição do diploma,
Art. 229. Encerrada a votação, as urnas serão envi- poderá o diplomado exercer o mandato em toda a
adas pelos Cônsules-Gerais às sedes das Missões sua plenitude.
Diplomáticas. Estas as remeterão, pela mala diplo- Comentário - Os Acórdãos do TSE n.ºs
mática, ao Ministério das Relações Exteriores, que 1.049/2002, 1.277/2003, 21.403/2003, 1.320/2004 e
delas fará entrega ao Tribunal Regional Eleitoral do 1.833/2006 tratam da inaplicabilidade deste dis-
Distrito Federal, a quem competirá a apuração dos positivo à ação de impugnação de mandato ele-
votos e julgamento das dúvidas e recursos que tivo.
hajam sido interpostos.
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial,
Parágrafo único. Todo o serviço de transporte do
o recurso deverá ser interposto em três dias da
material eleitoral será feito por via aérea.
publicação do ato, resolução ou despacho.
Art. 230. Todos os eleitores que votarem no Exteri-
or terão os seus títulos apreendidos pela Mesa Lei Complementar n.º 64/1990 (artigos 8º, 11 § 2º
Receptora. e 14) e Lei n.º 9.504/1997 (artigo 96 § 8º) - Publi-
cação em cartório ou sessão nos processos de
Parágrafo único. A todo eleitor que votar no Exterior registro de candidatos e nas representações ou
será concedido comprovante para a comunicação reclamações por descumprimento da última lei cita-
legal ao Juiz Eleitoral de sua Zona. da, respectivamente.

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Parte 05 Direito Eleitoral

Ac. TSE n.ºs 93/1998, 124/2000, 118/2000, § 2º As decisões com os esclarecimentos necessá-
2.721/2001, 2.722/2001 e 16.155/2000 - Tratando- rios ao cumprimento serão comunicadas de uma só
se de ato praticado a propósito da atividade-meio vez ao Juiz Eleitoral ou ao Presidente do Tribunal
da Justiça Eleitoral - matéria de direito comum -, o Regional.
processo rege-se pela legislação processual co- § 3º Se os recursos de um mesmo Município ou
mum. Estado deram entrada em datas diversas, sendo
Ac. TSE de 06/03/2007 no REspe n.º 27.839 - julgados separadamente, o Juiz Eleitoral ou o Pre-
Prazo de 24 horas para a interposição de recurso sidente do Tribunal Regional, aguardará a comu-
especial contra decisão de juiz auxiliar em pedido nicação de todas as decisões para cumpri-las,
de direito de resposta. salvo se o julgamento dos demais importar em alte-
ração do resultado do pleito que não tenha relação
Ac. TSE de 28/11/2006 no Agravo n.º 7.011/2006, com o recurso já julgado.
na RP n.º 884/2006 e no REspe n.º 25.622 - Prazo
de 24 horas para a interposição de recurso em se- § 4º Em todos os recursos, no despacho que de-
de de representação fundada no art. 96 da Lei n.º terminar a remessa dos autos à instância superior,
9.504/1997. o Juízo a quo esclarecerá quais os ainda em fase
de processamento e, no último, quais os anterior-
Ac. TSE de 06/03/2007 no REspe n.º 27.839 - Na mente remetidos.
representação sobre direito de resposta em propa-
ganda eleitoral, o prazo de 24 horas deve ser ob- § 5º Ao se realizar a diplomação, se ainda houver
servado para recurso contra decisão de juiz auxiliar, recurso pendente de decisão em outra instância,
recurso especial, bem como embargos de declara- será consignado que os resultados poderão sofrer
ção contra acórdão de tribunal regional eleitoral, alterações decorrentes desse julgamento.
não incidindo, portanto, o art. 258 do Código Eleito- § 6º Realizada a diplomação, e decorrido o prazo
ral. para recurso, o Juiz ou Presidente do Tribunal Re-
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposi- gional comunicará à instância superior se foi ou não
ção de recurso, salvo quando neste se discutir interposto recurso.
matéria constitucional. Art. 262. O recurso contra expedição de diploma
Parágrafo único. O recurso em que se discutir ma- caberá somente nos seguintes casos:
téria constitucional não poderá ser interposto fora Ac. TSE n.º 656/2003 - Competência do TSE para
do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em julgar recurso das decisões dos tribunais regionais
outra que se apresentar poderá ser interposto. que versem sobre expedição de diploma nas elei-
Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que ções federais e estaduais. Nesse sentido:
chegar ao Tribunal Regional ou Tribunal Superior 1. Ac. TSE n.ºs 217/2003, 612/2004 e 608/2004
prevenirá a competência do Relator para todos (governador e vice-governador).
os demais casos do mesmo Município ou Estado.
2. Ac. TSE n.º 61/1997 (senador).
Ac. TSE n.ºs 7.571/1983, 13.854/1993 e
21.380/2004 - A prevenção diz respeito, exclusiva- 3. Ac. TSE n.º 656/2003 (deputado federal).
mente, aos recursos parciais interpostos contra a Sobre competência do TRE para julgar recurso de
votação e apuração. diplomação: Ac. TSE n.º 11.605/93 (prefeito) e Ac.
Ac. TSE de 03/08/2006 na MC n.º 1.850: "... a apli- TSE n.º 15.516/1999 e Ac. TSE de 16/02/2006 no
cação do art. 260 do CE, para efeito de prevenção, REspe n.º 25.284 (vereador).
é dada exatamente pelo primeiro processo em que Ac. TSE n.º 12.255/1992 - Ilegitimidade ativa de
se discute a eleição, daí por que o Estado fica pre- eleitor.
vento ao relator daquele processo, e não ao tipo de
Ac. TSE n.ºs 643/2004, 647/2004 e 652/2004 - A
processo".
coligação partidária tem legitimidade concorrente
Art. 261. Os recursos parciais, entre os quais não com os partidos políticos e candidatos para a inter-
se incluem os que versarem matéria referente ao posição de recurso de diplomação.
registro de candidatos, interpostos para os Tribu- Ac. TSE n.ºs 643/2004 e 647/2004 e Ac. TSE de
nais Regionais no caso de eleições municipais, e 16/02/2006 no REspe n.º 25.284 - Não há litiscon-
para o Tribunal Superior no caso de eleições es- sórcio passivo necessário do partido político ou
taduais ou federais, serão julgados à medida que coligação no recurso contra expedição de diploma
derem entrada nas respectivas Secretarias. de candidatos da eleição proporcional.
§ 1º Havendo dois ou mais recursos parciais de um Ac. TSE de 21/03/2006 no REspe n.º 25.460 -
mesmo Município ou Estado, ou se todos, inclusive Descabimento de recurso de diplomação por con-
os de diplomação, já estiverem no Tribunal Regio- duta vedada pelo art. 77 da Lei n.º 9.504/1997, pois
nal ou no Tribunal Superior, serão eles julgados as hipóteses de cabimento são numerus clausus.
seguidamente, em uma ou mais sessões.

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Ac. TSE n.º 21.521/2005 - Descabimento, ainda, Ac. TSE n.ºs 646/2004, 653/2004 e 655/2004: A
em se tratando das condutas vedadas pelo art. 73 fraude a ser alegada em recurso de diplomação
da Lei n.º 9.504/1997. fundado neste inciso é aquela que se refere à vota-
ção, tendente a comprometer a lisura e a legitimi-
I - inelegibilidade ou incompatibilidade de candida- dade do processo eleitoral.
to;
Questão de Ordem no Ac. TSE de 25/09/2007 no
Ac.-TSE n.ºs 3.328/2002, 646/2004, 647/2004, RCED n.º 671 - O recurso contra expedição de
652/2004, 655/2004, 610/2004, 653/2004, diploma deve admitir todos os meios de prova, des-
21.438/2004 e 21.439/2004 e Ac. TSE de de que particularizadamente especificados na peti-
23/02/2006 no REspe n.º 25.472, dentre outros: ção inicial.
descabimento em hipótese de condição de elegibi-
lidade. Ac. TSE n.ºs 613/2003, 612/2004, 630/2005 e Ac.
TSE, de 23/02/2006 no REspe n.º 25.301 - Admis-
Ac. TSE de 20/06/2006 no Ag n.º 6.735: "A inele- sibilidade de produção de prova no recurso de di-
gibilidade infraconstitucional e preexistente ao re- plomação, desde que a parte tenha requerido e a
gistro não pode ser argüida no recurso contra ex- indique na petição inicial, nos termos do art. 270
pedição de diploma". deste Código, assegurando-se ao recorrido a con-
II - errônea interpretação da lei quanto à aplicação traprova pertinente.
do sistema de representação proporcional; Ac. TSE n.ºs 19.518/2001, 3.095/2001, 646/2004,
Ac. TSE n.ºs 574/1999, 586/2001, 607/2003 e 655/2004, 25.238/2005 e Ac. TSE de 29/06/2006
638/2004: Cabimento de recurso de diplomação no Agravo n.º 7.038, dentre outros: A prova pré-
fundado neste inciso quando houver erro no resul- constituída, para os fins deste inciso, não exige
tado final da aplicação dos cálculos matemáticos e tenha havido pronunciamento judicial sobre ela ou
das fórmulas prescritos em lei e na interpretação trânsito em julgado da decisão.
dos dispositivos legais que os disciplinam. Ac. TSE de 27/11/2007 no RCED n.º 671: Limita-
ção de produção de prova testemunhal ao número
III - erro de direito ou de fato na apuração final,
máximo de 6 para cada parte, independentemente
quanto à determinação do quociente eleitoral ou
da quantidade de fatos e do número de recorrentes
partidário, contagem de votos e classificação de
e recorridos, em consonância com os princípios da
candidato, ou a sua contemplação sob determina-
celeridade processual e do devido processo legal.
da legenda;
Art. 263. No julgamento de um mesmo pleito eleito-
Ac. TSE n.ºs 586/2001, 599/2002, 607/2003 e
ral, as decisões anteriores sobre questões de direi-
638/2004: Este inciso refere-se a erro na própria
to constituem prejulgados para os demais casos,
apuração.
salvo se contra a tese votarem dois terços dos
IV - concessão ou denegação do diploma em ma- membros do Tribunal.
nifesta contradição com a prova dos autos, nas
Ac. TSE n.º 12.501/1992 - Inconstitucionalidade
hipóteses do art. 222 desta lei, e do art. 41-A da
deste artigo desde a CF/1946.
Lei n.º 9.504, de 30 de setembro de 1997. (Reda-
ção dada pelo art. 3º da Lei n.º 9.840/99). Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tri-
bunal Superior caberá, dentro de 3 (três) dias,
Art. 222. É também anulável a votação, quando
recurso dos atos, resoluções ou despachos dos
viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios
respectivos Presidentes.
de que trata o art. 237, ou emprego de processo de
propaganda ou captação de sufrágios vedado por Capítulo II - Dos Recursos perante as Juntas e
lei Juízos Eleitorais
Lei n.º 9.504/1997 Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos
Juízes ou Juntas Eleitorais caberá recurso para o
Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus
Tribunal Regional.
incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por
esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou Ac. TSE de 17/04/2007 no REspe n.º 25.756 -
entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, Descabimento do recurso inominado contra decisão
bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, interlocutória.
inclusive emprego ou função pública, desde o regis-
tro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, Parágrafo único. Os recursos das decisões das
sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e Juntas serão processados na forma estabelecida
cassação do registro ou do diploma, observado o pelos arts. 169 e seguintes.
procedimento previsto no art. 22 da Lei Comple- Art. 266. O recurso independerá de termo e será
mentar no 64, de 18 de maio de 1990. interposto por petição devidamente fundamentada,
dirigida ao Juiz Eleitoral e acompanhada, se o en-
tender o recorrente, de novos documentos.

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Parte 05 Direito Eleitoral


Parágrafo único. Se o recorrente se reportar a coa- Art. 269. Os recursos serão distribuídos a um Rela-
ção, fraude, uso de meios de que trata o art. 237 ou tor em 24 (vinte e quatro) horas e na ordem rigo-
emprego de processo de propaganda ou captação rosa da antigüidade dos respectivos membros, esta
de sufrágios vedada por lei, dependentes de prova última exigência sob pena de nulidade de qualquer
a ser determinada pelo Tribunal, bastar-lhe-á indi- ato ou decisão do Relator ou do Tribunal.
car os meios a elas conducentes. (Acrescido pelo § 1º Feita a distribuição, a Secretaria do Tribunal
art. 52 da Lei n.º 4.961/66) abrirá vista dos autos à Procuradoria Regional,
Art. 267. Recebida a petição, mandará o Juiz inti- que deverá emitir parecer no prazo de 5 (cinco)
mar o recorrido para ciência do recurso, abrindo- dias.
se-lhe vista dos autos a fim de, em prazo igual ao § 2º Se a Procuradoria não emitir parecer no prazo
estabelecido para a sua interposição, oferecer fixado, poderá a parte interessada requerer a inclu-
razões, acompanhadas ou não de novos documen-
são do processo na pauta, devendo o Procurador,
tos. nesse caso, proferir parecer oral na assentada do
§ 1º A intimação se fará pela publicação da notícia julgamento.
da vista no jornal que publicar o expediente da Art. 270. Se o recurso versar sobre coação, fraude,
Justiça Eleitoral, onde houver, e nos demais luga-
uso de meios de que trata o art. 237, ou emprego
res, pessoalmente pelo Escrivão, independente de de processo de propaganda ou captação de sufrá-
iniciativa do recorrente.
gios vedado por lei dependente de prova indicada
§ 2º Onde houver jornal oficial, se a publicação não pelas partes ao interpô-lo ou ao impugná-lo, o
ocorrer no prazo de 3 (três) dias, a intimação se Relator no Tribunal Regional deferi-la-á em vinte e
fará pessoalmente ou na forma prevista no pará- quatro horas da conclusão, realizando-se ela no
grafo seguinte. prazo improrrogável de cinco dias. (Redação dada
§ 3º Nas Zonas em que se fizer intimação pessoal, pelo art. 55 da Lei n.º 4.961/66)
se não for encontrado o recorrido dentro de 48 Ac. TSE de 06/03/2007 no REspe n.º 26.041 - "No
(quarenta e oito) horas, a intimação se fará por recurso contra a diplomação, basta ao recorrente
edital afixado no foro, no local de costume. apresentar prova suficiente ou indicar, no momento
§ 4º Todas as citações e intimações serão feitas da interposição do recurso, as que pretende ver
na forma estabelecida neste artigo. produzidas, nos termos do art. 270 do Código Elei-
toral. Não se exige a produção da prova e a apura-
§ 5º Se o recorrido juntar novos documentos, terá ção dos fatos em autos apartados".
o recorrente vista dos autos por 48 (quarenta e
oito) horas para falar sobre os mesmos, contado o § 1º Admitir-se-ão como meios de prova para apre-
prazo na forma deste artigo. ciação pelo Tribunal as justificações e as perícias
processadas perante o Juiz Eleitoral da Zona, com
§ 6º Findos os prazos a que se referem os parágra- citação dos partidos que concorreram ao pleito e do
fos anteriores, o Juiz Eleitoral fará, dentro de qua- representante do Ministério Público.
renta e oito horas, subir os autos ao Tribunal Regi-
onal com a sua resposta e os documentos em que Ac. TSE de 10/05/2007 no Agravo n.º 8.062 - Pos-
se fundar, sujeito à multa de dez por cento do sibilidade de produção de prova nos próprios autos
salário mínimo regional por dia de retardamen- do recurso contra a diplomação.
to, salvo se entender de reformar a sua decisão.
§ 2º Indeferindo o Relator a prova serão os autos, a
(Redação dada pelo art. 53 da Lei n.º 4.961/66)
requerimento do interessado, nas vinte e quatro
§ 7º Se o Juiz reformar a decisão recorrida, poderá horas seguintes, presentes à primeira sessão do
o recorrido, dentro de 3 (três) dias, requerer suba o Tribunal, que deliberará a respeito.
recurso como se por ele interposto.
§ 3º Protocoladas as diligências probatórias, ou
Capítulo III - Dos Recursos nos Tribunais Regi- com a juntada das justificações ou diligências, a
onais Secretaria do Tribunal abrirá, sem demora, vista
Art. 268. No Tribunal Regional nenhuma alegação dos autos, por vinte e quatro horas, seguidamente,
escrita ou nenhum documento poderá ser oferecido ao recorrente e ao recorrido para dizerem a respei-
por qualquer das partes, salvo o disposto no art. to.
270. (Redação dada pelo art. 54 da Lei n.º § 4º Findo o prazo acima, serão os autos conclusos
4.961/66) ao Relator. (Parágrafos 1º a 4º acrescidos pelo art.
55 da Lei n.º 4.961/66)
Súmula TSE n.º 03/1992 - Possibilidade de juntada
de documento com o recurso ordinário em processo Art. 271. O Relator devolverá os autos à Secretaria
de registro de candidatos quando o juiz não abre no prazo, improrrogável de 8 (oito) dias para, nas
prazo para suprimento de defeito de instrução do 24 (vinte e quatro) horas seguintes, ser o caso
pedido. incluído na pauta de julgamento do Tribunal.

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Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul

Parte 05 Direito Eleitoral


§ 1º Tratando-se de recurso contra a expedição de Resolução TSE n.º 22.254/2006 - Não cabem em-
diploma, os autos, uma vez devolvidos pelo Rela- bargos de declaração em sede de consulta.
tor, serão conclusos ao Juiz imediato em antigüida-
§ 1º Os embargos serão opostos dentro em 3 (três)
de como revisor, o qual deverá devolvê-los em 4
(quatro) dias. dias da data da publicação do acórdão, em petição
dirigida ao Relator, na qual será indicado o ponto
§ 2º As pautas serão organizadas com um número obscuro, duvidoso, contraditório ou omisso.
de processos que possam ser realmente julgados,
obedecendo-se rigorosamente à ordem da devolu- Ac. TSE de 27/11/2007 no REspe n.º 26.904 de
ção dos mesmos à Secretaria pelo Relator, ou revi- 20/11/2007 no REspe n.º 26.281 e de 19/06/2007
sor, nos recursos contra a expedição de diploma, no REspe n.º 28.209 - Prazo de 24 horas para
ressalvadas as preferências determinadas pelo oposição de embargos de declaração contra acór-
Regimento do Tribunal. dão de Tribunal Regional em sede de representa-
ção fundada no art. 96 da Lei n.º 9.504/1997.
Art. 272. Na sessão do julgamento, uma vez feito o
relatório pelo Relator, cada uma das partes poderá, § 2º O Relator porá os embargos em Mesa para
no prazo improrrogável de dez minutos, sustentar julgamento, na primeira sessão seguinte proferin-
oralmente as suas conclusões. do o seu voto.
Parágrafo único. Quando se tratar de julgamento de § 3º Vencido o Relator, outro será designado para
recursos contra a expedição de diploma, cada parte lavrar o acórdão.
terá vinte minutos para sustentação oral. § 4º Os embargos de declaração suspendem o
Art. 273. Realizado o julgamento, o Relator, se vito- prazo para a interposição de outros recursos, salvo
rioso, ou o Relator designado para redigir o acór- se manifestamente protelatórios e assim declarados
dão, apresentará a redação deste, o mais tardar, na decisão que os rejeitar.
dentro em 5 (cinco) dias. Ac. TSE n.º 2.105/2000 e Ac. TSE de 06/03/2007
§ 1º O acórdão conterá uma síntese das questões no Agravo n.º 5.902 - Os embargos de declaração
debatidas e decididas. protelatórios não interrompem o prazo para a inter-
posição de outros recursos e sujeitam o embargan-
§ 2º Sem prejuízo do disposto no parágrafo anteri-
te à multa prevista no art. 538 do CPC.
or, se o Tribunal dispuser de serviço taquigráfico,
serão juntas ao processo as notas respectivas. Ac. TSE n.ºs 12.071/1994 e 714/1999 - A hipótese
é de interrupção.
Art. 274. O acórdão, devidamente assinado, será
publicado, valendo como tal a inserção da sua con- Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são
clusão no órgão oficial. terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe
§ 1º Se o órgão oficial não publicar o acórdão no recurso para o Tribunal Superior:
prazo de 3 (três) dias, as partes serão intimadas CF/88 - Art. 121
pessoalmente e, se não forem encontradas no pra-
zo de 48 (quarenta e oito) horas, a intimação se § 4º Das decisões dos tribunais regionais eleitorais
fará por edital afixado no Tribunal, no local de cos- somente caberá recurso quando:
tume. I - forem proferidas contra disposição expressa
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplicar-se- desta Constituição ou de lei;
á a todos os casos de citação ou intimação. II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre
Art. 275. São admissíveis embargos de declara- dois ou mais tribunais eleitorais;
ção: III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de
I - quando há no acórdão obscuridade, dúvida ou diplomas nas eleições federais ou estaduais;
contradição; IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de
II - quando for omitido ponto sobre que devia pro- mandatos eletivos federais ou estaduais;
nunciar-se o Tribunal. V - denegarem hábeas corpus, mandado de segu-
rança, hábeas data ou mandado de injunção.
Ac. TSE de 10/04/2007 no REspe n.º 25.030 -
"Deixar o acórdão, em embargos declaratórios, de Ac. STF de 18/12/1995 no Agravo n.º 164.491,
se pronunciar sobre alegação de contradição, Ac. TSE n.ºs 4.661/2004 e 5.664/2005 e Ac. TSE
quando aguarda manifestação do dominus litis a- de 23/06/2005 no Agravo n.º 5.117 - Descabimen-
cerca da instauração, ou não, da ação penal, não to de recurso extraordinário contra acórdão de TRE.
caracteriza insuficiência de fundamentação". Cabe recurso para o TSE, mesmo que se discuta
matéria constitucional.
Ac. TSE de 14/09/2006 no RO n.º 912 e de
27.2.2007 no Agravo n.º 6.462 - Cabimento de Ac. TSE n.º 5.117/2005 - Não se aplica a regra de
embargos de declaração tão-somente nas hipóte- interposição simultânea de recurso especial e ex-
ses de obscuridade, contradição ou omissão, pois a traordinário.
dúvida apresenta caráter eminentemente subjetivo.
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Parte 05 Direito Eleitoral

Incompetência do Tribunal Superior Eleitoral Ac.-TSE n.ºs 93/1998, 124/2000, 118/2000,


(para apreciar recurso contra decisão de natureza 2.721/2001, 2.722/2001 e 16.155/2000 - Tratando-
estritamente administrativa proferida pelos tribunais se de ato praticado a propósito da atividade-meio
regionais): Ac. TSE de 22/02/2007 nos REspe n.ºs da Justiça Eleitoral - matéria de direito comum -, o
25.416 e 25.434 (concessão de auxílio-alimentação processo rege-se pela legislação processual co-
e auxílio-creche); Ac. TSE de 22/02/2007 no REspe mum.
n.º 25.836 (alteração de função de confiança); Ac. § 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a
TSE de 16/10/2007 no Agravo n.º 8.800 de
realização de novas eleições, o prazo para a inter-
13/11/2007 no Agravo n.º 8.909 de 20/11/2007 no posição dos recursos, no caso do n.º II, a, contar-
REspe n.º 28.177 e de 04/12/2007 no Agravo n.º se-á da sessão em que, feita a apuração das Se-
7.147, dentre outros (prestação de contas de can-
ções renovadas, for proclamado o resultado das
didatos, no âmbito de sua competência originária). eleições suplementares.
Ac. TSE n.ºs 10/1996 e 12.644/1997 - "Competên- Art. 277. Interposto recurso ordinário contra deci-
cia do TSE para apreciar recurso contra decisão são do Tribunal Regional, o Presidente poderá, na
judicial de Tribunal Regional sobre matéria adminis- própria petição, mandar abrir vista ao recorrido para
trativa não eleitoral". que, no mesmo prazo, ofereça as suas razões.
I - especial: Parágrafo único. Juntadas as razões do recorrido,
a) quando forem proferidas contra expressa dis- serão os autos remetidos ao Tribunal Superior.
posição de lei; Art. 278. Interposto recurso especial contra decisão
b) quando ocorrer divergência na interpretação de do Tribunal Regional, a petição será juntada nas 48
lei entre dois ou mais Tribunais Eleitorais; (quarenta e oito) horas seguintes e os autos con-
clusos ao Presidente dentro de 24 (vinte e qua-
Ac.-TSE n.ºs 15.208/1999, 15.724/1999, tro) horas.
5.888/2005 e 6.208/2005 - Julgados do mesmo
tribunal não são aptos a comprovar dissídio. § 1º O Presidente, dentro em 48 (quarenta e oito)
horas do recebimento dos autos conclusos, proferi-
Ac. TSE n.º 11.663/1994 - Acórdão do mesmo tri- rá despacho fundamentado, admitindo ou não o
bunal pode comprovar dissídio quando verificada a recurso.
diversidade de componentes.
Ac. TSE n.ºs 12.074/1991, 12.265/1994,
Ac. TSE n.º 2.577/2001 - Julgado de Tribunal de 15.964/1999 e 2.447/2000 - Não estão sujeitos a
Justiça não é apto a comprovar dissídio.
juízo de admissibilidade, pelo presidente do TRE,
Ac. TSE n.º 17.713/2000 - Julgado do STF não é os recursos especiais relativos a registro de candi-
apto a comprovar dissídio. daturas.
Ac. TSE n.º 13.507/1993 - Julgado do STF em § 2º Admitido o recurso, será aberta vista dos autos
matéria eleitoral é apto a comprovar dissídio. ao recorrido para que, no mesmo prazo, apresente
Ac. TSE n.ºs 4.573/2004 e 25.094/2005 - Julgado as suas razões.
do STJ não é apto a comprovar dissídio. Ac. TSE n.º 5.259/2005 e Ac. TSE de 23/02/2006
Ac. TSE n.º 6.061/2006 - Decisão monocrática não no Agravo n.º 5.887 - Abertura de prazo para con-
se presta para a configuração de dissenso jurispru- tra-razões ao recurso especial no âmbito do TSE
dencial. quando provido o agravo de instrumento.
Ac. TSE de 09/11/2006 no REspe n.º 26.171 - § 3º Em seguida serão os autos conclusos ao Pre-
Resolução oriunda de consulta administrativa não é sidente, que mandará remetê-los ao Tribunal Supe-
apta à comprovação de dissídio. rior.
II - ordinário: Art. 279. Denegado o recurso especial, o recorrente
poderá interpor, dentro em 3 (três) dias, agravo de
a) quando versarem sobre expedição de diplomas instrumento.
nas eleições federais e estaduais;
Resolução TSE n.º 21.477/2003 - Dispõe sobre a
b) quando denegarem hábeas corpus ou manda-
formação do agravo de instrumento contra decisão
do de segurança.
que não admitir o processamento do recurso espe-
§ 1º É de 3 (três) dias o prazo para a interposição cial.
do recurso, contado da publicação da decisão nos
Portaria TSE n.º 129/1996 - Art. 1º Não admitido o
casos dos n.ºs I, letras “a” e “b” e II, letra “b” e da
recurso especial, caberão agravo de instrumento,
sessão da diplomação no caso do n.º II, letra “a”.
consoante o art. 279 do Código Eleitoral, obede-
Ac. TSE de 06/03/2007 no REspe n.º 27.839 - cendo-se, quanto ao procedimento, o disposto nos
Prazo de 24 horas para a interposição de recurso seus parágrafos.
especial contra decisão de juiz auxiliar em pedido
de direito de resposta.
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Parte 05 Direito Eleitoral

Ac. TSE de 04/09/2007 no Agravo n.º 8.668 - A CF/88 - Art. 102 II “a” e III - Cabimento de recurso
assistência é cabível em qualquer fase do proces- ordinário e extraordinário.
so, inclusive na bifurcação revelada em instrumento CF/88 - Art. 121 § 3º - Irrecorribilidade das deci-
decorrente da interposição de agravo. sões do TSE.
§ 1º O agravo de instrumento será interposto por Lei n.º 6.055/1974 - Art. 12 - Prazo de três dias
petição que conterá: para interposição de recurso extraordinário.
I - a exposição do fato e do direito; Súmula n.º 728 do STF - É de três dias o prazo
II - as razões do pedido de reforma da decisão; para a interposição de recurso extraordinário contra
decisão do Tribunal Superior Eleitoral, contado,
III - a indicação das peças do processo que de-
quando for o caso, a partir da publicação do acór-
vem ser trasladadas.
dão, na própria sessão de julgamento, nos termos
§ 2º Serão obrigatoriamente trasladadas a deci- do art. 12 da Lei n.º 6.055/1974, que não foi revo-
são recorrida e a certidão da intimação. gado pela Lei n.º 8.950/1994.
Ac. TSE de 21/08/2007 no Agravo n.º 7.197 e de Ac. STF de 23/11/2004 no Agravo n.º 504.598 -
07/11/2006 no Agravo n.º 7.329 - A juntada de Recurso ordinário cabível apenas de decisão dene-
procuração outorgando poderes ao advogado subs- gatória de hábeas corpus ou mandado de seguran-
tabelecente é indispensável. ça.
§ 3º Deferida a formação do agravo, será intimado § 1º Juntada a petição nas 48 (quarenta e oito)
o recorrido para, no prazo de 3 (três) dias, apre- horas seguintes, os autos serão conclusos ao Pre-
sentar as suas razões e indicar as peças dos autos sidente do Tribunal, que, no mesmo prazo, proferirá
que serão também trasladadas. despacho fundamentado, admitindo ou não o recur-
so.
§ 4º Concluída a formação do instrumento o Presi-
dente do Tribunal determinará a remessa dos autos § 2º Admitido o recurso, será aberta vista dos autos
ao Tribunal Superior, podendo, ainda, ordenar a ao recorrido para que, dentro de 3 (três) dias, apre-
extração e a juntada de peças não indicadas pelas sente as suas razões.
partes. Portaria TSE n.º 331/2003 - Art. 1º caput - Deter-
§ 5º O Presidente do Tribunal não poderá negar minação "à Secretaria Judiciária que proceda, de
seguimento ao agravo, ainda que interposto fora do ofício, às intimações para a apresentação de con-
prazo legal. tra-razões em recurso extraordinário, recurso ordi-
§ 6º Se o agravo de instrumento não for conhecido, nário e agravo de instrumento interpostos de deci-
porque interposto fora do prazo legal, o Tribunal sões do Tribunal Superior Eleitoral".
Superior imporá ao recorrente multa correspon- § 3º Findo esse prazo, os autos serão remetidos ao
dente ao valor do maior salário mínimo vigente Supremo Tribunal Federal.
no País, multa essa que será inscrita e cobrada na
Art. 282. Denegado o recurso, o recorrente poderá
forma prevista no art. 367.
interpor, dentro de 3 (três) dias, agravo de ins-
§ 7º Se o Tribunal Regional dispuser de aparelha- trumento, observado o disposto no art. 279 e seus
mento próprio, o instrumento deverá ser formado parágrafos, aplicada a multa a que se refere o § 6º
com fotocópias ou processos semelhantes, pagas pelo Supremo Tribunal Federal.
as despesas, pelo preço do custo, pelas partes, em
relação às peças que indicarem. Portaria TSE n.º 129/1996 - Art. 2º Denegado o
recurso extraordinário, caberá agravo de instrumen-
Capítulo IV - Dos Recursos no Tribunal Superior to, observado o disposto no art. 282 do Código
Art. 280. Aplicam-se ao Tribunal Superior as dis- Eleitoral.
posições dos arts. 268, 269, 270, 271 (caput), 272, Portaria TSE n.º 331/2003 - Art. 2º No caso de
273, 274 e 275. interposição de agravo de instrumento, após o de-
Comentário - Os artigos citados tratam das regras curso de prazo, havendo ou não contra-razões, a
dos recursos nos Tribunais Regionais Eleitorais. Secretaria Judiciária providenciará, de imediato, a
remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal.
Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribu-
nal Superior, salvo as que declararem a invalidade Ac. STF de 14/03/2006 no Agravo n.º 577.101 de
de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as 31/08/2004 no Agravo n.º 475.714 e de
denegatórias de hábeas corpus ou mandado de 12/03/2002 no Agravo n.º 371.051 dentre outros:
Aplicação também do art. 544, § 1º, do CPC, ao
segurança, das quais caberá recurso ordinário para
o Supremo Tribunal Federal, interposto no prazo de agravo de instrumento para o STF em matéria elei-
3 (três) dias. toral.

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Parte 05 Direito Eleitoral


Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato
Lei das Eleições que obtiver a maioria dos votos, não computados
Lei n.º 9.504 de 30 de setembro de 1997 os em branco e os nulos.
PROGRAMA - Eleições (Lei n.º 9.504/97 e altera- § 1º A eleição do Prefeito importará a do candidato
ções posteriores). Sistema eleitoral: princípio majori- a Vice-Prefeito com ele registrado.
tário e proporcional, representação proporcional.
Coligações. Convenções para escolha de candida-
§ 2º Nos Municípios com mais de duzentos mil
tos. Registro de candidatura: pedido, substituição, eleitores, aplicar-se-ão as regras estabelecidas
cancelamento, impugnação. Propaganda político- nos §§ 1º a 3º do artigo anterior.
partidária (acesso gratuito ao rádio e à televisão). Art 4º Poderá participar das eleições o partido que,
Propaganda Eleitoral: Lei n.º 11.300/06. Aspectos
até um ano antes do pleito, tenha registrado seu
Gerais. Propaganda mediante outdoors, na impren-
sa, no rádio e na televisão. Direito de Resposta.
estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o
Pesquisas Eleitorais. Propaganda eleitoral extempo- disposto em lei, e tenha, até a data da convenção,
rânea e propaganda irregular (multa). Das condutas órgão de direção constituído na circunscrição, de
vedadas aos agentes públicos em campanhas elei- acordo com o respectivo estatuto.
torais. Representação por conduta vedada (Lei n.º
9.504/97). O dever eleitoral (voto): sanções ao ina- Ac. TSE n.ºs 13.060/1996, 17.081/2000 e
dimplemento, isenção, justificação pelo não compa- 21.798/2004 - A existência do órgão partidário não
recimento à eleição. Sistema eletrônico de votação. está condicionada à anotação no TRE.
Lei da minirreforma eleitoral (Lei n.º 11.300/06). Lei
sobre voto eletrônico (Lei n.º 10.408/02). Represen- Art. 5º Nas eleições proporcionais, contam-se como
tação por captação de sufrágio (artigo 41 A da Lei válidos apenas os votos dados a candidatos regu-
n.º 9.504/97). larmente inscritos e às legendas partidárias.
Disposições Gerais SISTEMA MAJORITÁRIO - Computa-se o maior
número de votos válidos.
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-
Presidente da República, Governador e Vice- Presidente e Vice - Maioria absoluta dos votos
Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefei- válidos (50% + 1) no 1º turno ou, em 2º turno, a
to e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, maioria dos votos, disputados pelos dois candidatos
Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador mais votados.
dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo Governador e Vice - Maioria absoluta dos votos
de outubro do ano respectivo. válidos (50% + 1) no 1º turno ou, em 2º turno, a
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamen- maioria dos votos, disputados pelos dois candidatos
te as eleições: mais votados.
I - para Presidente e Vice-Presidente da Repúbli- Prefeito e Vice - Em regra, será eleito o candidato
ca, Governador e Vice-Governador de Estado e com o maior número de votos válidos. Nas cidades
do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, com mais de 200 mil eleitores, o candidato com a
Deputado Estadual e Deputado Distrital; maioria absoluta dos votos válidos (50% + 1) no 1º
turno ou, em 2º turno, com os dois candidatos mais
II - para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.
votados.
Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presi-
Senador - Candidato(s) com o maior número de
dente ou a Governador que obtiver a maioria abso-
votos válidos. São representantes dos Estados e do
luta de votos, não computados os em branco e os
DF (Total de 81 Senadores - 3 por Estado e DF),
nulos.
com mandato de 8 (oito) anos.
§ 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absolu-
SISTEMA PROPORCIONAL - Eleitos computando-
ta na primeira votação, far-se-á nova eleição no
se os votos válidos, mas as "cadeiras" da casa
último domingo de outubro, concorrendo os dois
legislativa são divididas entre os partidos através de
candidatos mais votados, e considerando-se eleito
um cálculo chamado quociente partidário. Objetiva
o que obtiver a maioria dos votos válidos.
o exercício da democracia através do pluripartida-
§ 2º Se, antes de realizado o segundo turno, ocor- rismo.
rer morte, desistência ou impedimento legal de
Deputados Federais - Vagas da Câmara dos De-
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescen-
putados distribuídas entre os Estados e o DF, le-
tes, o de maior votação.
vando-se em conta a respectiva população (mínimo
§ 3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, de 8 e máximo de 70), sendo as mesmas divididas
remanescer em segundo lugar mais de um candida- entre os partidos através do quociente partidário.
to com a mesma votação, qualificar-se-á o mais Ao contrário dos Senadores, os Deputados Fede-
idoso. rais são representantes do povo.
§ 4º A eleição do Presidente importará a do candi- Deputados Estaduais, Deputados Distritais (DF)
dato a Vice-Presidente com ele registrado, o mes- e Vereadores - Vagas da casa legislativa divididas
mo se aplicando à eleição de Governador. entre os partidos através do quociente partidário.
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Parte 05 Direito Eleitoral

Quociente Eleitoral Fórmula: Quociente Partidário (QP) = (número de


votos válidos do partido ou coligação) / (quociente
eleitoral)
O quociente eleitoral define os partidos e/ou coliga- EXEMPLO
ções que têm direito a ocupar as vagas em disputa Partido A - QPA = 1.900 / 672 = 2,8273809 - 2
nas eleições proporcionais, quais sejam: eleições
para deputado federal, deputado estadual e verea- Partido B - QPB = 1.350 / 672 = 2,0089285 - 2
dor. Coligação D - QPD = 2.250 / 672 = 3,3482142 - 3
Código Eleitoral - Art. 106 - Determina-se o quo- Total de vagas preenchidas por quociente partidário
ciente eleitoral dividindo-se o número de votos váli- (QP) - 7
dos apurados pelo de lugares a preencher em cada
circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual
ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. Das Coligações
Lei n.º 9.504/1997 - Art. 5º - Nas eleições propor- Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da
cionais, contam-se como válidos apenas os votos mesma circunscrição, celebrar coligações para
dados a candidatos regularmente inscritos e às eleição majoritária, proporcional, ou para ambas,
legendas partidárias. podendo, neste último caso, formar-se mais de uma
Obs.: Anteriormente à Lei n.º 9.504/1997, além dos coligação para a eleição proporcional dentre os
votos nominais e dos votos de legenda, os votos partidos que integram a coligação para o pleito
em branco também eram computados no cálculo majoritário.
dos votos válidos. CF/88 - Art. 17 § 1º com redação dada pela EC
Fórmula: Quociente eleitoral (QE) = número de n.º 52/2006 - Assegura aos partidos políticos auto-
votos válidos número de vagas. nomia para adotar os critérios de escolha e o regi-
me de suas coligações eleitorais, sem obrigatorie-
EXEMPLO dade de vinculação entre as candidaturas em âmbi-
Partido A - 1.900** to nacional, estadual, distrital ou municipal.
Partido B - 1.350** Resolução TSE n.º 22.580/2007 - “A formação de
coligação constitui faculdade atribuída aos partidos
Partido C - 550**
políticos para a disputa do pleito, conforme prevê o
Coligação D - 2.250** art. 6º , caput, da Lei n.º 9.504/97, tendo a sua exis-
Votos em Branco - 300 tência caráter temporário e restrita ao processo
eleitoral”.
Votos Nulos - 250
§ 1º A coligação terá denominação própria, que
Vagas a Preencher - 9 poderá ser a junção de todas as siglas dos partidos
Total de Votos Válidos - 6.050 que a integram, sendo a ela atribuídas as prerroga-
tivas e obrigações de partido político no que se
** Votos Nominais + Votos de Legenda
refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar
QE = 6.050 / 9 = 672,222222 (...) => QE = 672 como um só partido no relacionamento com a Justi-
Logo, apenas os partidos A e B, e a coligação D, ça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidá-
conseguiram atingir o quociente eleitoral e terão rios.
direito a preencher as vagas disponíveis. Ac. TSE n.ºs 345/1998, 15.529/1998, 22.107/2004,
5.052/2005 e 25.015/2005 - A coligação existe a

Quociente Partidário partir do acordo de vontades dos partidos políticos


e não da homologação pela Justiça Eleitoral.
§ 2º Na propaganda para eleição majoritária, a
O quociente partidário define o número inicial de
coligação usará, obrigatoriamente, sob sua deno-
vagas que caberá a cada partido ou coligação que
minação, as legendas de todos os partidos que a
tenham alcançado o quociente eleitoral.
integram; na propaganda para eleição proporcio-
Código Eleitoral - Art. 107. Determina-se para nal, cada partido usará apenas sua legenda sob o
cada partido ou coligação o quociente partidário, nome da coligação.
dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de
votos válidos dados sob a mesma legenda ou coli- Ac. TSE de 22/08/2006 na RP n.º 1.004 - Dispensa
gação de legendas, desprezada a fração. da identificação da coligação e dos partidos que a
integram na propaganda eleitoral em inserções de
Art. 108. Estarão eleitos tantos candidatos registra- 15 segundos no rádio.
dos por um partido ou coligação quantos o respec-
tivo quociente partidário indicar, na ordem da vota-
ção nominal que cada um tenha recebido.

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§ 3º Na formação de coligações, devem ser obser- § 2º Para a realização das convenções de escolha
vadas, ainda, as seguintes normas: de candidatos, os partidos políticos poderão usar
I - na chapa da coligação, podem inscrever-se can- gratuitamente prédios públicos, responsabilizan-
didatos filiados a qualquer partido político dela inte- do-se por danos causados com a realização do
evento.
grante;
Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato de-
II - o pedido de registro dos candidatos deve ser
subscrito pelos presidentes dos partidos coligados, verá possuir domicílio eleitoral na respectiva cir-
por seus delegados, pela maioria dos membros dos cunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano
antes do pleito e estar com a filiação deferida pelo
respectivos órgãos executivos de direção ou por
representante da coligação, na forma do inciso III; partido no mesmo prazo.

III - os partidos integrantes da coligação devem Lei n.º 9.096/95 - Artigos 18 e 20 - Prazo mínimo
designar um representante, que terá atribuições de um ano de filiação, facultado ao partido fixar
equivalentes às de presidente de partido político, no prazo superior em seu estatuto.
trato dos interesses e na representação da coliga- Resolução TSE n.ºs 19.978/1997, 19.988/1997,
ção, no que se refere ao processo eleitoral; 20.539/1999, 22.012/2005, 22.015/2005,
IV - a coligação será representada perante a Justi- 22.095/2005 e Ac. TSE de 21/09/2006 no RO n.º
ça Eleitoral pela pessoa designada na forma do 993 - Prazo de filiação partidária igual ao de desin-
inciso III ou por delegados indicados pelos partidos compatibilização para magistrados, membros dos
que a compõem, podendo nomear até: tribunais de contas e do Ministério Público.
a) três delegados perante o Juízo Eleitoral; Resolução TSE n.º 22.088/2005 - Servidor da Jus-
tiça Eleitoral deve se exonerar para cumprir o prazo
b) quatro delegados perante o Tribunal Regional legal de filiação partidária, ainda que afastado do
Eleitoral; órgão de origem e pretenda concorrer em Estado
c) cinco delegados perante o Tribunal Superior diverso de seu domicílio profissional.
Eleitoral. Acórdão TSE n.º 11.314/1990 e Resolução TSE
Das Convenções para a Escolha de Candidatos n.º 21.787/2004 - Inexigência de prévia filiação
partidária do militar da ativa, bastando o pedido de
Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos registro de candidatura após escolha em conven-
candidatos e para a formação de coligações serão ção partidária.
estabelecidas no estatuto do partido, observadas
as disposições desta Lei. Resolução TSE n.ºs 20.614/2000 e 20.615/2000 -
Militar da reserva deve se filiar em 48 horas, ao
§ 1º Em caso de omissão do estatuto, caberá ao passar para a inatividade, quando esta ocorrer após
órgão de direção nacional do partido estabelecer o prazo limite de filiação partidária, mas antes da
as normas a que se refere este artigo, publicando- escolha em convenção.
as no Diário Oficial da União até cento e oitenta
dias antes das eleições. Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação
de partidos após o prazo estipulado no caput, será
§ 2º Se a convenção partidária de nível inferior se
considerada, para efeito de filiação partidária, a
opuser, na deliberação sobre coligações, às diretri-
data de filiação do candidato ao partido de origem.
zes legitimamente estabelecidas pela convenção
nacional, os órgãos superiores do partido poderão, Do Registro de Candidatos
nos termos do respectivo estatuto, anular a delibe- Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos
ração e os atos dela decorrentes. para a Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa,
§ 3º Se, da anulação de que trata o parágrafo ante- Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais,
rior, surgir necessidade de registro de novos candi- até cento e cinqüenta por cento do número de
datos, observar-se-ão, para os respectivos reque- lugares a preencher.
rimentos, os prazos constantes dos §§ 1º e 3º do
LC n.º 78/1993 - Disciplina a fixação do número de
art. 13.
deputados, nos termos do art. 45, § 1º, da Constitu-
Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a ição Federal.
deliberação sobre coligações deverão ser feitas no
CF/88 - Art. 29 IV “a”, “b” e “c” - Critérios para
período de 10 a 30 de junho do ano em que se
fixação do número de vereadores.
realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata
em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral. Ac. STF de 24/03/2004 no RE n.º 197.917 - Apli-
cação de critério aritmético rígido no cálculo do
§ 1º Aos detentores de mandato de Deputado Fe-
número de vereadores.
deral, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos
que tenham exercido esses cargos em qualquer § 1º No caso de coligação para as eleições propor-
período da legislatura que estiver em curso, é as- cionais, independentemente do número de partidos
segurado o registro de candidatura para o mes- que a integrem, poderão ser registrados candidatos
mo cargo pelo partido a que estejam filiados. até o dobro do número de lugares a preencher.
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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 2º Nas unidades da Federação em que o número V - cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida
de lugares a preencher para a Câmara dos Depu- pelo cartório eleitoral, de que o candidato é eleitor
tados não exceder de vinte, cada partido poderá na circunscrição ou requereu sua inscrição ou
registrar candidatos a Deputado Federal e a Depu- transferência de domicílio no prazo previsto no art.
tado Estadual ou Distrital até o dobro das respec- 9º;
tivas vagas; havendo coligação, estes números VI - certidão de quitação eleitoral;
poderão ser acrescidos de até mais cinqüenta por
cento. VII - certidões criminais fornecidas pelos órgãos
de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e Es-
§ 3º Do número de vagas resultante das regras
tadual;
previstas neste artigo, cada partido ou coligação
deverá reservar o mínimo de trinta por cento e o VIII - fotografia do candidato, nas dimensões es-
máximo de setenta por cento para candidaturas de tabelecidas em instrução da Justiça Eleitoral, para
cada sexo. efeito do disposto no § 1º do art. 59.
§ 4º Em todos os cálculos, será sempre desprezada Art. 59. (...) § 1º A votação eletrônica será feita no
a fração, se inferior a meio, e igualada a um, se número do candidato ou da legenda partidária, de-
igual ou superior. vendo o nome e fotografia do candidato e o nome
§ 5º No caso de as convenções para a escolha de do partido ou a legenda partidária aparecer no pai-
candidatos não indicarem o número máximo de nel da urna eletrônica, com a expressão designado-
candidatos previsto no caput e nos §§ 1º e 2º deste ra do cargo disputado no masculino ou feminino,
artigo, os órgãos de direção dos partidos respecti- conforme o caso.
vos poderão preencher as vagas remanescentes § 2º A idade mínima constitucionalmente estabele-
até sessenta dias antes do pleito. cida como condição de elegibilidade é verificada
Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justi- tendo por referência a data da posse.
ça Eleitoral o registro de seus candidatos até as § 3º Caso entenda necessário, o Juiz abrirá prazo
dezenove horas do dia 5 de julho do ano em que de setenta e duas horas para diligências.
se realizarem as eleições.
Súmula TSE 3 - No processo de registro de candi-
§ 1º O pedido de registro deve ser instruído com datos, não tendo o juiz aberto prazo para o supri-
os seguintes documentos: mento de defeito da instrução do pedido, pode o
Resolução TSE n.ºs 20.993/2002 (art. 24, IX), documento, cuja falta houver motivado o indeferi-
21.608/2004 (art. 28 VII e VIII), 22.156/2006 (art. mento, ser juntado com o recurso ordinário.
25 IV e V) e 22.717/2008 (art. 29, IV e V) - Instru- § 4º Na hipótese de o partido ou coligação não
ções para escolha e registro de candidatos: requerer o registro de seus candidatos, estes po-
Exigência, além dos documentos elencados neste derão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral nas qua-
dispositivo, dos seguintes: prova de desincompatibi- renta e oito horas seguintes ao encerramento do
lização, quando for o caso, e comprovante de esco- prazo previsto no caput deste artigo.
laridade, cuja falta pode ser suprida por declaração
de próprio punho. § 5º Até a data a que se refere este artigo, os Tri-
bunais e Conselhos de Contas deverão tornar dis-
Quanto ao comprovante de escolaridade: Ac. poníveis à Justiça Eleitoral relação dos que tive-
TSE n.ºs 318/2004, 21.707/2004 e 21.920/2004, ram suas contas relativas ao exercício de car-
dentre outros - Nas hipóteses de dúvida fundada, gos ou funções públicas rejeitadas por irregulari-
a aferição da alfabetização se fará individualmente, dade insanável e por decisão irrecorrível do órgão
sem constrangimentos; o exame ou teste não pode competente, ressalvados os casos em que a ques-
ser realizado em audiência pública por afrontar a tão estiver sendo submetida à apreciação do Poder
dignidade humana. Judiciário, ou que haja sentença judicial favorável
Ac. TSE n.º 24.343/2004 - Ilegitimidade do teste de ao interessado.
alfabetização quando, apesar de não ser coletivo, Art. 12. O candidato às eleições proporcionais indi-
traz constrangimento ao candidato. cará, no pedido de registro, além de seu nome
I - cópia da ata a que se refere o art. 8º; completo, as variações nominais com que deseja
ser registrado, até o máximo de três opções, que
II - autorização do candidato, por escrito; poderão ser o prenome, sobrenome, cognome,
III - prova de filiação partidária; nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais
conhecido, desde que não se estabeleça dúvida
IV - declaração de bens, assinada pelo candidato; quanto à sua identidade, não atente contra o pudor
Ac. TSE n.º 19.974/2002 - Inexigibilidade de de- e não seja ridículo ou irreverente, mencionando em
claração de imposto de renda. que ordem de preferência deseja registrar-se.
Resolução TSE n.º 21.295/2002 - Publicidade
dos dados da declaração de bens.

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Parte 05 Direito Eleitoral

Súmula TSE 4 - Não havendo preferência entre Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substi-
candidatos que pretendam o registro da mesma tuir candidato que for considerado inelegível,
variação nominal, defere-se o do que primeiro o renunciar ou falecer após o termo final do prazo
tenha requerido. do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou
cancelado.
§ 1º Verificada a ocorrência de homonímia, a Jus-
tiça Eleitoral procederá atendendo ao seguinte: § 1º A escolha do substituto far-se-á na forma esta-
belecida no estatuto do partido a que pertencer o
I - havendo dúvida, poderá exigir do candidato substituído, e o registro deverá ser requerido até
prova de que é conhecido por dada opção de no- dez dias contados do fato ou da decisão judicial
me, indicada no pedido de registro; que deu origem à substituição.
II - ao candidato que, na data máxima prevista pa- § 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de
ra o registro, esteja exercendo mandato eletivo ou coligação, a substituição deverá fazer-se por deci-
o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que são da maioria absoluta dos órgãos executivos de
nesse mesmo prazo se tenha candidatado com direção dos partidos coligados, podendo o substitu-
um dos nomes que indicou, será deferido o seu to ser filiado a qualquer partido dela integrante,
uso no registro, ficando outros candidatos impedi- desde que o partido ao qual pertencia o substituído
dos de fazer propaganda com esse mesmo nome; renuncie ao direito de preferência.
III - ao candidato que, pela sua vida política, social § 3º Nas eleições proporcionais, a substituição só
ou profissional, seja identificado por um dado no- se efetivará se o novo pedido for apresentado até
me que tenha indicado, será deferido o registro sessenta dias antes do pleito.
com esse nome, observado o disposto na parte
final do inciso anterior; Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do regis-
tro os candidatos que, até a data da eleição, fo-
IV - tratando-se de candidatos cuja homonímia rem expulsos do partido, em processo no qual seja
não se resolva pelas regras dos dois incisos ante- assegurada ampla defesa e sejam observadas as
riores, a Justiça Eleitoral deverá notificá-los para normas estatutárias.
que, em dois dias, cheguem a acordo sobre os
respectivos nomes a serem usados; Parágrafo único. O cancelamento do registro do
candidato será decretado pela Justiça Eleitoral,
V - não havendo acordo no caso do inciso anteri- após solicitação do partido.
or, a Justiça Eleitoral registrará cada candidato
com o nome e sobrenome constantes do pedido Art. 15. A identificação numérica dos candidatos se
de registro, observada a ordem de preferência ali dará mediante a observação dos seguintes crité-
definida. rios:
§ 2º A Justiça Eleitoral poderá exigir do candidato I - os candidatos aos cargos majoritários concorre-
prova de que é conhecido por determinada opção rão com o número identificador do partido ao qual
de nome por ele indicado, quando seu uso puder estiverem filiados;
confundir o eleitor. II - os candidatos à Câmara dos Deputados con-
§ 3º A Justiça Eleitoral indeferirá todo pedido de correrão com o número do partido ao qual estive-
variação de nome coincidente com nome de can- rem filiados, acrescido de dois algarismos à direi-
didato a eleição majoritária, salvo para candidato ta;
que esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha III - os candidatos às Assembléias Legislativas e à
exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse Câmara Distrital concorrerão com o número do
mesmo prazo, tenha concorrido em eleição com o partido ao qual estiverem filiados acrescido de três
nome coincidente. algarismos à direita;
§ 4º Ao decidir sobre os pedidos de registro, a Jus- IV - o Tribunal Superior Eleitoral baixará resolução
tiça Eleitoral publicará as variações de nome defe- sobre a numeração dos candidatos concorrentes
ridas aos candidatos. às eleições municipais.
§ 5º A Justiça Eleitoral organizará e publicará, até § 1º Aos partidos fica assegurado o direito de man-
trinta dias antes da eleição, as seguintes rela- ter os números atribuídos à sua legenda na eleição
ções, para uso na votação e apuração: anterior, e aos candidatos, nesta hipótese, o direito
I - a primeira, ordenada por partidos, com a lista de manter os números que lhes foram atribuídos na
dos respectivos candidatos em ordem numérica, eleição anterior para o mesmo cargo.
com as três variações de nome correspondentes a § 2º Aos candidatos a que se refere o § 1º do art.
cada um, na ordem escolhida pelo candidato; 8º, é permitido requerer novo número ao órgão
II - a segunda, com o índice onomástico e organi- de direção de seu partido, independentemente do
zada em ordem alfabética, nela constando o nome sorteio a que se refere o § 2º do art. 100 da Lei n.º
completo de cada candidato e cada variação de 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
nome, também em ordem alfabética, seguidos da
respectiva legenda e número.
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Parte 05 Direito Eleitoral

Código Eleitoral - Art. 100 § 2º - As Convenções § 2º Na eleição presidencial é obrigatória a criação


partidárias para escolha dos candidatos sortearão, de comitê nacional e facultativa a de comitês nos
por sua vez, em cada Estado e Município, os núme- Estados e no Distrito Federal.
ros que devam corresponder a cada candidato. § 3º Os comitês financeiros serão registrados, até
§ 3º Os candidatos de coligações, nas eleições cinco dias após sua constituição, nos órgãos da
majoritárias, serão registrados com o número de Justiça Eleitoral aos quais compete fazer o registro
legenda do respectivo partido e, nas eleições pro- dos candidatos.
porcionais, com o número de legenda do respectivo Art. 20. O candidato a cargo eletivo fará, diretamen-
partido acrescido do número que lhes couber, ob- te ou por intermédio de pessoa por ele designada, a
servado o disposto no parágrafo anterior. administração financeira de sua campanha, usando
Art. 16. Até quarenta e cinco dias antes da data recursos repassados pelo comitê, inclusive os rela-
das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais tivos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios
enviarão ao Tribunal Superior Eleitoral, para fins de ou doações de pessoas físicas ou jurídicas, na for-
centralização e divulgação de dados, a relação dos ma estabelecida nesta Lei.
candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, Art. 21. O candidato é solidariamente responsável
da qual constará obrigatoriamente a referência ao com a pessoa indicada na forma do art. 20 desta
sexo e ao cargo a que concorrem. Lei pela veracidade das informações financeiras e
Da Arrecadação e da Aplicação de Recursos contábeis de sua campanha, devendo ambos assi-
nas Campanhas Eleitorais nar a respectiva prestação de contas. (Redação
dada pela Lei n.º 11.300 de 2006)
Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão
realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou Art. 22. É obrigatório para o partido e para os can-
de seus candidatos, e financiadas na forma desta didatos abrir conta bancária específica para regis-
Lei. trar todo o movimento financeiro da campanha.
Art. 17-A. A cada eleição caberá à lei, observadas § 1º Os bancos são obrigados a acatar o pedido de
as peculiaridades locais, fixar até o dia 10 de ju- abertura de conta de qualquer partido ou candidato
nho de cada ano eleitoral o limite dos gastos de escolhido em convenção, destinada à movimenta-
campanha para os cargos em disputa; não sendo ção financeira da campanha, sendo-lhes vedado
editada lei até a data estabelecida, caberá a cada condicioná-la a depósito mínimo.
partido político fixar o limite de gastos, comunican- § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos ca-
do à Justiça Eleitoral, que dará a essas informa- sos de candidatura para Prefeito e Vereador em
ções ampla publicidade. (Redação dada pela Lei n.º Municípios onde não haja agência bancária, bem
11.300 de 2006) como aos casos de candidatura para Vereador em
Art. 18. No pedido de registro de seus candidatos, Municípios com menos de vinte mil eleitores.
os partidos e coligações comunicarão aos respecti- § 3º O uso de recursos financeiros para pagamen-
vos Tribunais Eleitorais os valores máximos de tos de gastos eleitorais que não provenham da
gastos que farão por cargo eletivo em cada eleição conta específica de que trata o caput deste artigo
a que concorrerem, observados os limites estabele- implicará a desaprovação da prestação de contas
cidos, nos termos do art. 17-A desta Lei. (Redação do partido ou candidato; comprovado abuso de
dada pela Lei n.º 11.300 de 2006) poder econômico, será cancelado o registro da
§ 1º Tratando-se de coligação, cada partido que a candidatura ou cassado o diploma, se já houver
integra fixará o valor máximo de gastos de que trata sido outorgado. (Incluído pela Lei n.º 11.300 de
este artigo. 2006)
§ 2º Gastar recursos além dos valores declarados § 4º Rejeitadas as contas, a Justiça Eleitoral reme-
nos termos deste artigo sujeita o responsável ao terá cópia de todo o processo ao Ministério Público
pagamento de multa no valor de cinco a dez ve- Eleitoral para os fins previstos no art. 22 da Lei
zes a quantia em excesso. Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.
(Incluído pela Lei n.º 11.300 de 2006)
Art. 19. Até dez dias úteis após a escolha de
seus candidatos em convenção, o partido consti- Lei de Inelegibilidade - LC n.º 64 de 16/05/1990
tuirá comitês financeiros, com a finalidade de arre- Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candi-
cadar recursos e aplicá-los nas campanhas eleito- dato ou Ministério Público Eleitoral poderá repre-
rais. sentar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Correge-
§ 1º Os comitês devem ser constituídos para cada dor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando
uma das eleições para as quais o partido apresente provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura
candidato próprio, podendo haver reunião, num de investigação judicial para apurar uso indevi-
único comitê, das atribuições relativas às eleições do, desvio ou abuso do poder econômico ou do
de uma dada circunscrição. poder de autoridade, ou utilização indevida de
veículos ou meios de comunicação social, (...)

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Parte 05 Direito Eleitoral


Art. 23. A partir do registro dos comitês financeiros, IX - entidades esportivas que recebam recursos
pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro públicos; (Incluído pela Lei n.º 11.300 de 2006)
ou estimáveis em dinheiro para campanhas eleito- X - organizações não-governamentais que rece-
rais, obedecido o disposto nesta Lei. bam recursos públicos; (Incluído pela Lei n.º
§ 1º As doações e contribuições de que trata este 11.300 de 2006)
artigo ficam limitadas:
XI - organizações da sociedade civil de interesse
I - no caso de pessoa física, a dez por cento dos público. (Incluído pela Lei n.º 11.300 de 2006)
rendimentos brutos auferidos no ano anterior à Art 25. O partido que descumprir as normas refe-
eleição; rentes à arrecadação e aplicação de recursos fixa-
II - no caso em que o candidato utilize recursos das nesta Lei perderá o direito ao recebimento
próprios, ao valor máximo de gastos estabelecido da quota do Fundo Partidário do ano seguinte,
pelo seu partido, na forma desta Lei. sem prejuízo de responderem os candidatos bene-
§ 2º Toda doação a candidato específico ou a parti- ficiados por abuso do poder econômico.
do deverá fazer-se mediante recibo, em formulário Art. 26. São considerados gastos eleitorais,
impresso, segundo modelo constante do Anexo. sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados (Redação dada pela Lei n.º 11.300 de 2006)
neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de mul- I - confecção de material impresso de qualquer
ta no valor de cinco a dez vezes a quantia em natureza e tamanho;
excesso. II - propaganda e publicidade direta ou indireta,
§ 4º As doações de recursos financeiros somente por qualquer meio de divulgação, destinada a
poderão ser efetuadas na conta mencionada no art. conquistar votos;
22 desta Lei por meio de: (Redação dada pela Lei
III - aluguel de locais para a promoção de atos de
n.º 11.300 de 2006) campanha eleitoral;
I - cheques cruzados e nominais ou transferência IV - despesas com transporte ou deslocamento de
eletrônica de depósitos; (Incluído pela Lei n.º candidato e de pessoal a serviço das candidatu-
11.300 de 2006)
ras; (Redação dada pela Lei n.º 11.300 de 2006)
II - depósitos em espécie devidamente identifica-
V - correspondência e despesas postais;
dos até o limite fixado no inciso I do § 1º deste ar-
tigo. (Incluído pela Lei n.º 11.300 de 2006) VI - despesas de instalação, organização e fun-
cionamento de Comitês e serviços necessários às
§ 5º Ficam vedadas quaisquer doações em dinhei- eleições;
ro, bem como de troféus, prêmios, ajudas de qual-
quer espécie feitas por candidato, entre o registro e VII - remuneração ou gratificação de qualquer es-
a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas. (Incluído pécie a pessoal que preste serviços às candidatu-
pela Lei n.º 11.300 de 2006) ras ou aos comitês eleitorais;
Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber VIII - montagem e operação de carros de som, de
direta ou indiretamente doação em dinheiro ou propaganda e assemelhados;
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publi- IX - a realização de comícios ou eventos destina-
cidade de qualquer espécie, procedente de: dos à promoção de candidatura; (Redação dada
I - entidade ou governo estrangeiro; pela Lei n.º 11.300 de 2006)
II - órgão da administração pública direta e indireta X - produção de programas de rádio, televisão ou
ou fundação mantida com recursos provenientes vídeo, inclusive os destinados à propaganda gra-
do Poder Público; tuita;
III - concessionário ou permissionário de serviço XI - (Revogado pela Lei n.º 11.300 de 2006)
público; XII - realização de pesquisas ou testes pré-
IV - entidade de direito privado que receba, na eleitorais;
condição de beneficiária, contribuição compulsória XIII - (Revogado pela Lei n.º 11.300 de 2006)
em virtude de disposição legal;
XIV - aluguel de bens particulares para veicula-
V - entidade de utilidade pública; ção, por qualquer meio, de propaganda eleitoral;
VI - entidade de classe ou sindical; XV - custos com a criação e inclusão de sítios na
VII - pessoa jurídica sem fins lucrativos que rece- Internet;
ba recursos do exterior. XVI - multas aplicadas aos partidos ou candidatos
VIII - entidades beneficentes e religiosas; (Incluído por infração do disposto na legislação eleitoral.
pela Lei n.º 11.300 de 2006)

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Parte 05 Direito Eleitoral


XVII - produção de jingles, vinhetas e slogans pa- II - resumir as informações contidas nas presta-
ra propaganda eleitoral. (Incluído pela Lei n.º ções de contas, de forma a apresentar demonstra-
11.300 de 2006) tivo consolidado das campanhas dos candidatos;
Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em III - encaminhar à Justiça Eleitoral, até o trigésimo
apoio a candidato de sua preferência, até a quantia dia posterior à realização das eleições, o conjunto
equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabili- das prestações de contas dos candidatos e do
zação, desde que não reembolsados. próprio comitê, na forma do artigo anterior, ressal-
vada a hipótese do inciso seguinte;
Comentário - A Unidade Fiscal de Referência (U-
FIR), instituída pela Lei n.º 8.383/91, foi extinta pela IV - havendo segundo turno, encaminhar a presta-
MP n.º 1.973-67/2000, tendo sido sua última reedi- ção de contas dos candidatos que o disputem, re-
ção (MP n.º 2.176-79/2001) convertida na Lei n.º ferente aos dois turnos, até o trigésimo dia poste-
10.522/2002, e seu último valor é R$ 1,0641. rior a sua realização.
Da Prestação de Contas § 1º Os candidatos às eleições proporcionais que
optarem pela prestação de contas diretamente à
Art. 28. A prestação de contas será feita: Justiça Eleitoral observarão o mesmo prazo do
I - no caso dos candidatos às eleições majoritá- inciso III do caput.
rias, na forma disciplinada pela Justiça Eleitoral; § 2º A inobservância do prazo para encaminhamen-
II - no caso dos candidatos às eleições proporcio- to das prestações de contas impede a diplomação
nais, de acordo com os modelos constantes do dos eleitos, enquanto perdurar.
Anexo desta Lei. Art 30. Examinando a prestação de contas e co-
§ 1º As prestações de contas dos candidatos às nhecendo-a, a Justiça Eleitoral decidirá sobre a
eleições majoritárias serão feitas por intermédio do sua regularidade.
comitê financeiro, devendo ser acompanhadas dos § 1º A decisão que julgar as contas dos candidatos
extratos das contas bancárias referentes à movi- eleitos será publicada em sessão até 8 (oito) dias
mentação dos recursos financeiros usados na cam- antes da diplomação. (Redação dada pela Lei n.º
panha e da relação dos cheques recebidos, com a 11.300 de 2006)
indicação dos respectivos números, valores e emi-
tentes. § 2º Erros formais e materiais corrigidos não autori-
zam a rejeição das contas e a cominação de san-
§ 2º As prestações de contas dos candidatos às ção a candidato ou partido.
eleições proporcionais serão feitas pelo comitê
financeiro ou pelo próprio candidato. § 3º Para efetuar os exames de que trata este arti-
go, a Justiça Eleitoral poderá requisitar técnicos do
§ 3º As contribuições, doações e as receitas de que Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Dis-
trata esta Lei serão convertidas em UFIR, pelo valor trito Federal ou dos Municípios, pelo tempo que for
desta no mês em que ocorrerem. necessário.
§ 4º Os partidos políticos, as coligações e os candi- § 4º Havendo indício de irregularidade na prestação
datos são obrigados, durante a campanha eleitoral, de contas, a Justiça Eleitoral poderá requisitar dire-
a divulgar, pela rede mundial de computadores tamente do candidato ou do comitê financeiro as
(internet), nos dias 6 de agosto e 6 de setembro, informações adicionais necessárias, bem como
relatório discriminando os recursos em dinheiro ou determinar diligências para a complementação dos
estimáveis em dinheiro que tenham recebido para dados ou o saneamento das falhas.
financiamento da campanha eleitoral, e os gastos
que realizarem, em sítio criado pela Justiça Eleitoral Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação
para esse fim, exigindo-se a indicação dos nomes poderá representar à Justiça Eleitoral relatando
dos doadores e os respectivos valores doados so- fatos e indicando provas e pedir a abertura de
mente na prestação de contas final de que tratam investigação judicial para apurar condutas em
os incisos III e IV do art. 29 desta Lei. (Incluído pela desacordo com as normas desta Lei, relativas à
Lei n.º 11.300 de 2006) arrecadação e gastos de recursos. (Incluído pela
Lei n.º 11.300 de 2006)
Art. 29. Ao receber as prestações de contas e de-
mais informações dos candidatos às eleições majo- § 1º Na apuração de que trata este artigo, aplicar-
ritárias e dos candidatos às eleições proporcionais se-á o procedimento previsto no art. 22 da Lei
que optarem por prestar contas por seu intermédio, Complementar n.º 64, de 18 de maio de 1990, no
os comitês deverão: que couber. (Incluído pela Lei n.º 11.300 de 2006)
I - verificar se os valores declarados pelo candida- § 2º Comprovados captação ou gastos ilícitos de
to à eleição majoritária como tendo sido recebidos recursos, para fins eleitorais, será negado diploma
por intermédio do comitê conferem com seus pró- ao candidato, ou cassado, se já houver sido
prios registros financeiros e contábeis; outorgado. (Incluído pela Lei n.º 11.300 de 2006)

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Parte 05 Direito Eleitoral


Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de § 4º A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui
recursos financeiros, esta deve ser declarada na crime, punível com detenção de seis meses a um
prestação de contas e, após julgados todos os re- ano e multa no valor de cinqüenta mil a cem mil
cursos, transferida ao partido ou coligação, neste UFIR.
caso para divisão entre os partidos que a com-
Art. 34. (Vetado)
põem.
§ 1º Mediante requerimento à Justiça Eleitoral, os
Parágrafo único. As sobras de recursos financei- partidos poderão ter acesso ao sistema interno de
ros de campanha serão utilizadas pelos partidos controle, verificação e fiscalização da coleta de
políticos, de forma integral e exclusiva, na criação e
dados das entidades que divulgaram pesquisas de
manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e opinião relativas às eleições, incluídos os referentes
de doutrinação e educação política. à identificação dos entrevistadores e, por meio de
Art. 32. Até cento e oitenta dias após a diploma- escolha livre e aleatória de planilhas individuais,
ção, os candidatos ou partidos conservarão a do- mapas ou equivalentes, confrontar e conferir os
cumentação concernente a suas contas. dados publicados, preservada a identidade dos
Parágrafo único. Estando pendente de julgamento respondentes.
qualquer processo judicial relativo às contas, a do- § 2º O não-cumprimento do disposto neste artigo
cumentação a elas concernente deverá ser conser- ou qualquer ato que vise a retardar, impedir ou
vada até a decisão final. dificultar a ação fiscalizadora dos partidos constitui
crime, punível com detenção, de seis meses a um
Das Pesquisas e Testes Pré-Eleitorais
ano, com a alternativa de prestação de serviços à
Art. 33. As entidades e empresas que realizarem comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor de
pesquisas de opinião pública relativas às eleições dez mil a vinte mil UFIR.
ou aos candidatos, para conhecimento público, são
§ 3º A comprovação de irregularidade nos dados
obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, junto à
Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulga- publicados sujeita os responsáveis às penas men-
ção, as seguintes informações: cionadas no parágrafo anterior, sem prejuízo da
obrigatoriedade da veiculação dos dados corretos
I - quem contratou a pesquisa; no mesmo espaço, local, horário, página, caracte-
II - valor e origem dos recursos despendidos no res e outros elementos de destaque, de acordo com
trabalho; o veículo usado.
III - metodologia e período de realização da pes- Art. 35. Pelos crimes definidos nos arts. 33, § 4º e
quisa; 34, §§ 2º e 3º, podem ser responsabilizados penal-
mente os representantes legais da empresa ou
IV - plano amostral e ponderação quanto a sexo, entidade de pesquisa e do órgão veiculador.
idade, grau de instrução, nível econômico e área
física de realização do trabalho, intervalo de confi- Da Propaganda Eleitoral em Geral
ança e margem de erro; Art. 36. A propaganda eleitoral somente é permitida
V - sistema interno de controle e verificação, con- após o dia 5 de julho do ano da eleição.
ferência e fiscalização da coleta de dados e do § 1º Ao postulante a candidatura a cargo eletivo é
trabalho de campo; permitida a realização, na quinzena anterior à
VI - questionário completo aplicado ou a ser apli- escolha pelo partido, de propaganda intraparti-
cado; dária com vista à indicação de seu nome, vedado
o uso de rádio, televisão e outdoor.
VII - o nome de quem pagou pela realização do
trabalho. § 2º No segundo semestre do ano da eleição,
não será veiculada a propaganda partidária gratuita
§ 1º As informações relativas às pesquisas serão prevista em lei nem permitido qualquer tipo de pro-
registradas nos órgãos da Justiça Eleitoral aos paganda política paga no rádio e na televisão.
quais compete fazer o registro dos candidatos.
§ 3º A violação do disposto neste artigo sujeitará o
§ 2º A Justiça Eleitoral afixará imediatamente, no responsável pela divulgação da propaganda e,
local de costume, aviso comunicando o registro das quando comprovado seu prévio conhecimento, o
informações a que se refere este artigo, colocando- beneficiário, à multa no valor de vinte mil a cin-
as à disposição dos partidos ou coligações com qüenta mil UFIR ou equivalente ao custo da pro-
candidatos ao pleito, os quais a elas terão livre paganda, se este for maior.
acesso pelo prazo de trinta dias.
§ 3º A divulgação de pesquisa sem o prévio registro
das informações de que trata este artigo sujeita os
responsáveis a multa no valor de cinqüenta mil a
cem mil UFIR.

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Parte 05 Direito Eleitoral


Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou III - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e
permissão do Poder Público, ou que a ele per- teatros, quando em funcionamento.
tençam, e nos de uso comum, inclusive postes de § 4º A realização de comícios e a utilização de apa-
iluminação pública e sinalização de tráfego, viadu- relhagem de sonorização fixa são permitidas no
tos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros
horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24
equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de (vinte e quatro) horas. (Redação dada pela Lei n.º
propaganda de qualquer natureza, inclusive pi- 11.300 de 2006)
chação, inscrição a tinta, fixação de placas, estan-
dartes, faixas e assemelhados. (Redação dada pela § 5º Constituem crimes, no dia da eleição, puní-
Lei n.º 11.300 de 2006) veis com detenção, de seis meses a um ano, com
a alternativa de prestação de serviços à comunida-
§ 1º A veiculação de propaganda em desacordo de pelo mesmo período, e multa no valor de cinco
com o disposto no caput deste artigo sujeita o res-
mil a quinze mil UFIR:
ponsável, após a notificação e comprovação, à
restauração do bem e, caso não cumprida no pra- I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som
zo, a multa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil ou a promoção de comício ou carreata;
reais) a R$ 8.000,00 (oito mil reais). (Redação II - a arregimentação de eleitor ou a propaganda
dada pela Lei n.º 11.300 de 2006) de boca de urna; (Redação dada pela Lei n.º
§ 2º Em bens particulares, independe da obtenção 11.300 de 2006)
de licença municipal e de autorização da Justiça III - a divulgação de qualquer espécie de propa-
Eleitoral, a veiculação de propaganda eleitoral por ganda de partidos políticos ou de seus candidatos,
meio da fixação de faixas, placas, cartazes, pintu- mediante publicações, cartazes, camisas, bonés,
ras ou inscrições. broches ou dísticos em vestuário. (Incluído pela
§ 3º Nas dependências do Poder Legislativo, a Lei n.º 11.300 de 2006)
veiculação de propaganda eleitoral fica a critério da § 6º É vedada na campanha eleitoral a confec-
Mesa Diretora. ção, utilização, distribuição por comitê, candidato,
Art. 38. Independe da obtenção de licença muni- ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros,
cipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veicula- bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quais-
ção de propaganda eleitoral pela distribuição de quer outros bens ou materiais que possam propor-
folhetos, volantes e outros impressos, os quais cionar vantagem ao eleitor. (Incluído pela Lei n.º
devem ser editados sob a responsabilidade do par- 11.300 de 2006)
tido, coligação ou candidato. § 7º É proibida a realização de showmício e de
Art. 39. A realização de qualquer ato de propagan- evento assemelhado para promoção de candidatos,
da partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fe- bem como a apresentação, remunerada ou não, de
chado, não depende de licença da polícia. artistas com a finalidade de animar comício e reuni-
ão eleitoral. (Incluído pela Lei n.º 11.300 de 2006)
§ 1º O candidato, partido ou coligação promotora
do ato fará a devida comunicação à autoridade § 8º É vedada a propaganda eleitoral mediante
policial em, no mínimo, vinte e quatro horas outdoors, sujeitando-se a empresa responsável, os
antes de sua realização, a fim de que esta lhe ga- partidos, coligações e candidatos à imediata retira-
ranta, segundo a prioridade do aviso, o direito con- da da propaganda irregular e ao pagamento de
tra quem tencione usar o local no mesmo dia e multa no valor de 5.000 (cinco mil) a 15.000
horário. (quinze mil) UFIRs. (Incluído pela Lei n.º 11.300 de
2006)
§ 2º A autoridade policial tomará as providências
necessárias à garantia da realização do ato e ao Art. 40. O uso, na propaganda eleitoral, de símbo-
funcionamento do tráfego e dos serviços públicos los, frases ou imagens, associadas ou semelhan-
que o evento possa afetar. tes às empregadas por órgão de governo, em-
presa pública ou sociedade de economia mista
§ 3º O funcionamento de alto-falantes ou amplifica- constitui crime, punível com detenção, de seis
dores de som, ressalvada a hipótese contemplada
meses a um ano, com a alternativa de prestação
no parágrafo seguinte, somente é permitido entre de serviços à comunidade pelo mesmo período, e
as oito e as vinte e duas horas, sendo vedados a multa no valor de dez mil a vinte mil UFIR.
instalação e o uso daqueles equipamentos em dis-
tância inferior a duzentos metros: Art. 40-A. (Redação dada pela Lei n.º 11.300 de
2006)
I - das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Art 41. A propaganda exercida nos termos da legis-
Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e lação eleitoral não poderá ser objeto de multa nem
dos quartéis e outros estabelecimentos militares; cerceada sob alegação do exercício do poder de
polícia.
II - dos hospitais e casas de saúde;

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Parte 05 Direito Eleitoral


Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus IV - dar tratamento privilegiado a candidato, parti-
incisos, constitui captação de sufrágio, vedada do ou coligação;
por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, V - veicular ou divulgar filmes, novelas, minissé-
ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o ries ou qualquer outro programa com alusão ou
voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natu-
crítica a candidato ou partido político, mesmo que
reza, inclusive emprego ou função pública, desde o dissimuladamente, exceto programas jornalísticos
registro da candidatura até o dia da eleição, inclusi- ou debates políticos;
ve, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir,
e cassação do registro ou do diploma, observa- VI - divulgar nome de programa que se refira a
do o procedimento previsto no art. 22 da Lei Com- candidato escolhido em convenção, ainda quando
plementar no 64, de 18 de maio de 1990. (Incluído preexistente, inclusive se coincidente com o nome
pela Lei n.º 9.840 de 28/09/1999) do candidato ou com a variação nominal por ele
adotada. Sendo o nome do programa o mesmo
Da Propaganda Eleitoral mediante Outdoors que o do candidato, fica proibida a sua divulgação,
Art. 42. (Revogado pela Lei n.º 11.300 de sob pena de cancelamento do respectivo registro.
2006) § 1º A partir do resultado da convenção, é veda-
Da Propaganda Eleitoral na Imprensa do, ainda, às emissoras transmitir programa apre-
Art. 43. É permitida, até a antevéspera das elei- sentado ou comentado por candidato escolhido em
ções, a divulgação paga, na imprensa escrita, de convenção. (Redação dada pela Lei n.º 11.300 de
2006)
propaganda eleitoral, no espaço máximo, por edi-
ção, para cada candidato, partido ou coligação, de § 2º Sem prejuízo do disposto no parágrafo único
um oitavo de página de jornal padrão e um quar- do art. 55, a inobservância do disposto neste artigo
to de página de revista ou tablóide. (Redação sujeita a emissora ao pagamento de multa no va-
dada pela Lei n.º 11.300 de 2006) lor de vinte mil a cem mil UFIR, duplicada em
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste caso de reincidência.
artigo sujeita os responsáveis pelos veículos de Art. 55. (...) Parágrafo Único. A inobservância do
divulgação e os partidos, coligações ou candidatos disposto neste artigo sujeita o partido ou coligação
beneficiados a multa no valor de R$ 1.000,00 (mil à perda de tempo equivalente ao dobro do usado
reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou equiva- na prática do ilícito, no período do horário gratuito
lente ao da divulgação da propaganda paga, se subseqüente, dobrada a cada reincidência, deven-
este for maior. (Redação dada pela Lei n.º 11.300 do, no mesmo período, exibir-se a informação de
de 2006) que a não-veiculação do programa resulta de infra-
Da Propaganda Eleitoral no Rádio e na Televi- ção da lei eleitoral.
são § 3º As disposições deste artigo aplicam-se aos
Súmula TSE 18 - Conquanto investido de poder de sítios mantidos pelas empresas de comunica-
polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, de ção social na Internet e demais redes destinadas à
ofício, instaurar procedimento com a finalidade de prestação de serviços de telecomunicações de
impor multa pela veiculação de propaganda eleito- valor adicionado.
ral em desacordo com a Lei n.º 9.504/1997. Art 46. Independentemente da veiculação de pro-
Art. 44. A propaganda eleitoral no rádio e na televi- paganda eleitoral gratuita no horário definido nesta
Lei, é facultada a transmissão, por emissora de
são restringe-se ao horário gratuito definido nesta
Lei, vedada a veiculação de propaganda paga. rádio ou televisão, de debates sobre as eleições
majoritária ou proporcional, sendo assegurada a
Art. 45. A partir de 1º de julho do ano da eleição, participação de candidatos dos partidos com repre-
é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sentação na Câmara dos Deputados, e facultada a
sua programação normal e noticiário: dos demais, observado o seguinte:
I - transmitir, ainda que sob a forma de entrevista I - nas eleições majoritárias, a apresentação dos
jornalística, imagens de realização de pesquisa ou debates poderá ser feita:
qualquer outro tipo de consulta popular de nature-
a) em conjunto, estando presentes todos os can-
za eleitoral em que seja possível identificar o en-
trevistado ou em que haja manipulação de dados; didatos a um mesmo cargo eletivo;

II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de b) em grupos, estando presentes, no mínimo, três
áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem candidatos;
ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, II - nas eleições proporcionais, os debates deve-
ou produzir ou veicular programa com esse efeito; rão ser organizados de modo que assegurem a
III - veicular propaganda política ou difundir opini- presença de número equivalente de candidatos de
ão favorável ou contrária a candidato, partido, co- todos os partidos e coligações a um mesmo cargo
eletivo, podendo desdobrar-se em mais de um dia;
ligação, a seus órgãos ou representantes;

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Parte 05 Direito Eleitoral


III - os debates deverão ser parte de programação a) das sete horas às sete horas e vinte minutos e
previamente estabelecida e divulgada pela emis- das doze horas às doze horas e vinte minutos, no
sora, fazendo-se mediante sorteio a escolha do rádio;
dia e da ordem de fala de cada candidato, salvo b) das treze horas às treze horas e vinte minutos e
se celebrado acordo em outro sentido entre os
das vinte horas e trinta minutos às vinte horas e
partidos e coligações interessados. cinqüenta minutos, na televisão;
§ 1º Será admitida a realização de debate sem a IV - nas eleições para Deputado Estadual e De-
presença de candidato de algum partido, desde putado Distrital, às segundas, quartas e sextas-
que o veículo de comunicação responsável feiras:
comprove havê-lo convidado com a antecedên-
cia mínima de setenta e duas horas da realização a) das sete horas e vinte minutos às sete horas e
do debate. quarenta minutos e das doze horas e vinte minutos
às doze horas e quarenta minutos, no rádio;
§ 2º É vedada a presença de um mesmo candidato
a eleição proporcional em mais de um debate da b) das treze horas e vinte minutos às treze horas e
mesma emissora. quarenta minutos e das vinte horas e cinqüenta
minutos às vinte e uma horas e dez minutos, na
§ 3º O descumprimento do disposto neste artigo televisão;
sujeita a empresa infratora às penalidades previstas
no art. 56. V - na eleição para Senador, às segundas, quar-
tas e sextas-feiras:
Art. 47. As emissoras de rádio e de televisão e os
canais de televisão por assinatura mencionados no a) das sete horas e quarenta minutos às sete horas
art. 57 reservarão, nos quarenta e cinco dias ante- e cinqüenta minutos e das doze horas e quarenta
riores à antevéspera das eleições, horário desti- minutos às doze horas e cinqüenta minutos, no
nado à divulgação, em rede, da propaganda rádio;
eleitoral gratuita, na forma estabelecida neste b) das treze horas e quarenta minutos às treze ho-
artigo. ras e cinqüenta minutos e das vinte e uma horas e
Art. 57. As disposições desta Lei aplicam-se às dez minutos às vinte e uma horas e vinte minutos,
emissoras de televisão que operam em VHF e UHF na televisão;
e os canais de televisão por assinatura sob a res- VI - nas eleições para Prefeito e Vice-Prefeito, às
ponsabilidade do Senado Federal, da Câmara dos segundas, quartas e sextas-feiras:
Deputados, das Assembléias Legislativas, da Câ-
mara Legislativa do Distrito Federal ou das Câma- a) das sete horas às sete horas e trinta minutos e
ras Municipais. das doze horas às doze horas e trinta minutos, no
rádio;
§ 1º A propaganda será feita:
b) das treze horas às treze horas e trinta minutos e
I - na eleição para Presidente da República, às das vinte horas e trinta minutos às vinte e uma ho-
terças e quintas-feiras e aos sábados: ras, na televisão;
a) das sete horas às sete horas e vinte e cinco mi- VII - nas eleições para Vereador, às terças e quin-
nutos e das doze horas às doze horas e vinte e tas-feiras e aos sábados, nos mesmos horários
cinco minutos, no rádio; previstos no inciso anterior.
b) das treze horas às treze horas e vinte e cinco § 2º Os horários reservados à propaganda de cada
minutos e das vinte horas e trinta minutos às vinte eleição, nos termos do parágrafo anterior, serão
horas e cinqüenta e cinco minutos, na televisão; distribuídos entre todos os partidos e coliga-
II - nas eleições para Deputado Federal, às ter- ções que tenham candidato e representação na
ças e quintas-feiras e aos sábados: Câmara dos Deputados, observados os seguintes
critérios:
a) das sete horas e vinte e cinco minutos às sete
horas e cinqüenta minutos e das doze horas e vinte I - um terço, igualitariamente;
e cinco minutos às doze horas e cinqüenta minutos, II - dois terços, proporcionalmente ao número de
no rádio; representantes na Câmara dos Deputados, consi-
b) das treze horas e vinte e cinco minutos às treze derado, no caso de coligação, o resultado da so-
horas e cinqüenta minutos e das vinte horas e cin- ma do número de representantes de todos os par-
qüenta e cinco minutos às vinte e uma horas e vinte tidos que a integram.
minutos, na televisão; § 3º Para efeito do disposto neste artigo, a repre-
III - nas eleições para Governador de Estado e sentação de cada partido na Câmara dos Deputa-
do Distrito Federal, às segundas, quartas e sex- dos é a resultante da eleição. (Redação dada pela
tas-feiras: Lei n.º 11.300 de 2006)

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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 4º O número de representantes de partido que ra, será a primeira, apresentando-se as demais na
tenha resultado de fusão ou a que se tenha incor- ordem do sorteio.
porado outro corresponderá à soma dos represen- Art. 51. Durante os períodos previstos nos arts. 47
tantes que os partidos de origem possuíam na data e 49, as emissoras de rádio e televisão e os canais
mencionada no parágrafo anterior.
por assinatura mencionados no art. 57 reservarão,
§ 5º Se o candidato a Presidente ou a Governador ainda, trinta minutos diários para a propaganda
deixar de concorrer, em qualquer etapa do pleito, e eleitoral gratuita, a serem usados em inserções de
não havendo a substituição prevista no art. 13 des- até sessenta segundos, a critério do respectivo
ta Lei, far-se-á nova distribuição do tempo entre os partido ou coligação, assinadas obrigatoriamente
candidatos remanescentes. pelo partido ou coligação, e distribuídas, ao longo
da programação veiculada entre as oito e as vinte
Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substi- e quatro horas, nos termos do § 2º do art. 47, o-
tuir candidato que for considerado inelegível, re- bedecido o seguinte:
nunciar ou falecer após o termo final do prazo do
registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou Período Previsto no Artigo 47 - Quarenta e cinco
cancelado. dias anteriores à antevéspera das eleições.
§ 6º Aos partidos e coligações que, após a aplica- Período Previsto no Artigo 49 - A partir de qua-
ção dos critérios de distribuição referidos no caput, renta e oito horas da proclamação dos resultados
obtiverem direito a parcela do horário eleitoral infe- do primeiro turno e até a antevéspera da eleição
rior a trinta segundos, será assegurado o direito de em segundo turno.
acumulá-lo para uso em tempo equivalente. I - o tempo será dividido em partes iguais para a
Art. 48. Nas eleições para Prefeitos e Vereadores, utilização nas campanhas dos candidatos às elei-
nos Municípios em que não haja emissora de ções majoritárias e proporcionais, bem como de
televisão, os órgãos regionais de direção da maio- suas legendas partidárias ou das que componham
ria dos partidos participantes do pleito poderão a coligação, quando for o caso;
requerer à Justiça Eleitoral que reserve dez por II - destinação exclusiva do tempo para a campa-
cento do tempo destinado à propaganda eleitoral
nha dos candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito, no
gratuita para divulgação em rede da propaganda caso de eleições municipais;
dos candidatos desses Municípios, pelas emissoras
geradoras que os atingem. III - a distribuição levará em conta os blocos de
audiência entre as oito e as doze horas, as doze e
§ 1º A Justiça Eleitoral regulamentará o disposto
as dezoito horas, as dezoito e as vinte e uma ho-
neste artigo, dividindo o tempo entre os candidatos ras, as vinte e uma e as vinte e quatro horas;
dos Municípios vizinhos, de forma que o número
máximo de Municípios a serem atendidos seja igual IV - na veiculação das inserções é vedada a utili-
ao de emissoras geradoras disponíveis. zação de gravações externas, montagens ou tru-
cagens, computação gráfica, desenhos animados
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às emissoras e efeitos especiais, e a veiculação de mensagens
de rádio, nas mesmas condições. que possam degradar ou ridicularizar candidato,
Art. 49. Se houver segundo turno, as emissoras partido ou coligação.
de rádio e televisão reservarão, a partir de quaren- Art. 52. A partir do dia 8 de julho do ano da elei-
ta e oito horas da proclamação dos resultados ção, a Justiça Eleitoral convocará os partidos e a
do primeiro turno e até a antevéspera da elei- representação das emissoras de televisão para
ção, horário destinado à divulgação da propaganda elaborarem plano de mídia, nos termos do artigo
eleitoral gratuita, dividido em dois períodos diários anterior, para o uso da parcela do horário eleitoral
de vinte minutos para cada eleição, iniciando-se às
gratuito a que tenham direito, garantida a todos
sete e às doze horas, no rádio, e às treze e às vinte participação nos horários de maior e menor audiên-
horas e trinta minutos, na televisão. cia.
§ 1º Em circunscrição onde houver segundo turno Art. 53. Não serão admitidos cortes instantâneos
para Presidente e Governador, o horário reservado
ou qualquer tipo de censura prévia nos programas
à propaganda deste iniciar-se-á imediatamente eleitorais gratuitos.
após o término do horário reservado ao primeiro.
§ 1º É vedada a veiculação de propaganda que
§ 2º O tempo de cada período diário será dividido possa degradar ou ridicularizar candidatos, sujei-
igualitariamente entre os candidatos.
tando-se o partido ou coligação infratores à perda
Art. 50. A Justiça Eleitoral efetuará sorteio para a do direito à veiculação de propaganda no horá-
escolha da ordem de veiculação da propaganda rio eleitoral gratuito do dia seguinte.
de cada partido ou coligação no primeiro dia do
horário eleitoral gratuito; a cada dia que se se-
guir, a propaganda veiculada por último, na véspe-

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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 2º Sem prejuízo do disposto no parágrafo anteri- Do Direito de Resposta
or, a requerimento de partido, coligação ou candi-
Art. 58. A partir da escolha de candidatos em con-
dato, a Justiça Eleitoral impedirá a reapresentação venção, é assegurado o direito de resposta a can-
de propaganda ofensiva à honra de candidato, à didato, partido ou coligação atingidos, ainda que
moral e aos bons costumes.
de forma indireta, por conceito, imagem ou afir-
Art. 54. Dos programas de rádio e televisão desti- mação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabida-
nados à propaganda eleitoral gratuita de cada par- mente inverídica, difundidos por qualquer veículo
tido ou coligação poderá participar, em apoio aos de comunicação social.
candidatos desta ou daquele, qualquer cidadão
§ 1º O ofendido, ou seu representante legal, poderá
não filiado a outra agremiação partidária ou a parti- pedir o exercício do direito de resposta à Justiça
do integrante de outra coligação, sendo vedada a Eleitoral nos seguintes prazos, contados a partir da
participação de qualquer pessoa mediante remune-
veiculação da ofensa:
ração.
I - vinte e quatro horas, quando se tratar do ho-
Parágrafo único. No segundo turno das eleições rário eleitoral gratuito;
não será permitida, nos programas de que trata
este artigo, a participação de filiados a partidos que II - quarenta e oito horas, quando se tratar da
tenham formalizado o apoio a outros candidatos. programação normal das emissoras de rádio e te-
levisão;
Art. 55. Na propaganda eleitoral no horário gratuito,
são aplicáveis ao partido, coligação ou candidato as III - setenta e duas horas, quando se tratar de
vedações indicadas nos incisos I e II do art. 45. órgão da imprensa escrita.
Art. 45. (...) I - transmitir, ainda que sob a forma de § 2º Recebido o pedido, a Justiça Eleitoral notificará
entrevista jornalística, imagens de realização de imediatamente o ofensor para que se defenda em
pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular vinte e quatro horas, devendo a decisão ser prola-
de natureza eleitoral em que seja possível identifi- tada no prazo máximo de setenta e duas horas da
car o entrevistado ou em que haja manipulação de data da formulação do pedido.
dados; § 3º Observar-se-ão, ainda, as seguintes regras
II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de no caso de pedido de resposta relativo a ofensa
áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem veiculada:
ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou I - em órgão da imprensa escrita:
produzir ou veicular programa com esse efeito;
a) o pedido deverá ser instruído com um exemplar
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste da publicação e o texto para resposta;
artigo sujeita o partido ou coligação à perda de
b) deferido o pedido, a divulgação da resposta dar-
tempo equivalente ao dobro do usado na prática
se-á no mesmo veículo, espaço, local, página, ta-
do ilícito, no período do horário gratuito subse-
manho, caracteres e outros elementos de realce
qüente, dobrada a cada reincidência, devendo, no
usados na ofensa, em até quarenta e oito horas
mesmo período, exibir-se a informação de que a
após a decisão ou, tratando-se de veículo com pe-
não-veiculação do programa resulta de infração da
riodicidade de circulação maior que quarenta e oito
lei eleitoral.
horas, na primeira vez em que circular;
Art. 56. A requerimento de partido, coligação ou
c) por solicitação do ofendido, a divulgação da res-
candidato, a Justiça Eleitoral poderá determinar a
posta será feita no mesmo dia da semana em que a
suspensão, por vinte e quatro horas, da pro-
ofensa foi divulgada, ainda que fora do prazo de
gramação normal de emissora que deixar de
quarenta e oito horas;
cumprir as disposições desta Lei sobre propa-
ganda. d) se a ofensa for produzida em dia e hora que
inviabilizem sua reparação dentro dos prazos esta-
§ 1º No período de suspensão a que se refere este
belecidos nas alíneas anteriores, a Justiça Eleitoral
artigo, a emissora transmitirá a cada quinze minu-
determinará a imediata divulgação da resposta;
tos a informação de que se encontra fora do ar por
ter desobedecido à lei eleitoral. e) o ofensor deverá comprovar nos autos o cum-
primento da decisão, mediante dados sobre a regu-
§ 2º Em cada reiteração de conduta, o período de
lar distribuição dos exemplares, a quantidade im-
suspensão será duplicado.
pressa e o raio de abrangência na distribuição;
Art. 57. As disposições desta Lei aplicam-se às
II - em programação normal das emissoras de
emissoras de televisão que operam em VHF e
rádio e de televisão:
UHF e os canais de televisão por assinatura sob
a responsabilidade do Senado Federal, da Câ- a) a Justiça Eleitoral, à vista do pedido, deverá noti-
mara dos Deputados, das Assembléias Legisla- ficar imediatamente o responsável pela emissora
tivas, da Câmara Legislativa do Distrito Federal que realizou o programa para que entregue em
ou das Câmaras Municipais. vinte e quatro horas, sob as penas do art. 347 da

38 Atualizada 29/11/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
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Parte 05 Direito Eleitoral


Lei n.º 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Elei- § 6º A Justiça Eleitoral deve proferir suas decisões
toral, cópia da fita da transmissão, que será devol- no prazo máximo de vinte e quatro horas, obser-
vida após a decisão; vando-se o disposto nas alíneas d e e do inciso III
b) o responsável pela emissora, ao ser notificado do § 3º para a restituição do tempo em caso de
provimento de recurso.
pela Justiça Eleitoral ou informado pelo reclamante
ou representante, por cópia protocolada do pedido § 7º A inobservância do prazo previsto no parágrafo
de resposta, preservará a gravação até a decisão anterior sujeita a autoridade judiciária às penas
final do processo; previstas no art. 345 da Lei n.º 4.737, de 15 de
julho de 1965 - Código Eleitoral.
c) deferido o pedido, a resposta será dada em até
quarenta e oito horas após a decisão, em tempo § 8º O não-cumprimento integral ou em parte da
igual ao da ofensa, porém nunca inferior a um mi- decisão que conceder a resposta sujeitará o infrator
nuto; ao pagamento de multa no valor de cinco mil a
quinze mil UFIR, duplicada em caso de reiteração
III - no horário eleitoral gratuito:
de conduta, sem prejuízo do disposto no art. 347
a) o ofendido usará, para a resposta, tempo igual da Lei n.º 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
ao da ofensa, nunca inferior, porém, a um minuto; Eleitoral.
b) a resposta será veiculada no horário destinado Do Sistema Eletrônico de Votação e da Totaliza-
ao partido ou coligação responsável pela ofensa, ção dos Votos
devendo necessariamente dirigir-se aos fatos nela
veiculados; Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão
feitas por sistema eletrônico, podendo o Tribunal
c) se o tempo reservado ao partido ou coligação Superior Eleitoral autorizar, em caráter excepcional,
responsável pela ofensa for inferior a um minuto, a a aplicação das regras fixadas nos arts. 83 a 89.
resposta será levada ao ar tantas vezes quantas
sejam necessárias para a sua complementação; § 1º A votação eletrônica será feita no número do
candidato ou da legenda partidária, devendo o
d) deferido o pedido para resposta, a emissora ge- nome e fotografia do candidato e o nome do partido
radora e o partido ou coligação atingidos deverão ou a legenda partidária aparecer no painel da urna
ser notificados imediatamente da decisão, na qual eletrônica, com a expressão designadora do cargo
deverão estar indicados quais os períodos, diurno disputado no masculino ou feminino, conforme o
ou noturno, para a veiculação da resposta, que caso.
deverá ter lugar no início do programa do partido ou
coligação; § 2º Na votação para as eleições proporcionais,
serão computados para a legenda partidária os
e) o meio magnético com a resposta deverá ser votos em que não seja possível a identificação do
entregue à emissora geradora, até trinta e seis ho- candidato, desde que o número identificador do
ras após a ciência da decisão, para veiculação no partido seja digitado de forma correta.
programa subseqüente do partido ou coligação em
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primei-
cujo horário se praticou a ofensa;
ramente, os painéis referentes às eleições pro-
f) se o ofendido for candidato, partido ou coligação porcionais e, em seguida, os referentes às elei-
que tenha usado o tempo concedido sem responder ções majoritárias.
aos fatos veiculados na ofensa, terá subtraído tem-
po idêntico do respectivo programa eleitoral; tratan- § 4º A urna eletrônica disporá de recursos que,
do-se de terceiros, ficarão sujeitos à suspensão de mediante assinatura digital, permitam o registro
digital de cada voto e a identificação da urna em
igual tempo em eventuais novos pedidos de respos-
ta e à multa no valor de duas mil a cinco mil UFIR. que foi registrado, resguardado o anonimato do
eleitor. (Redação dada pela Lei n.º 10.740 de
§ 4º Se a ofensa ocorrer em dia e hora que inviabi- 01/10/2003)
lizem sua reparação dentro dos prazos estabeleci-
§ 5º Caberá à Justiça Eleitoral definir a chave de
dos nos parágrafos anteriores, a resposta será di-
vulgada nos horários que a Justiça Eleitoral deter- segurança e a identificação da urna eletrônica de
minar, ainda que nas quarenta e oito horas anterio- que trata o § 4º. (Redação dada pela Lei n.º 10.740
de 01/10/2003)
res ao pleito, em termos e forma previamente apro-
vados, de modo a não ensejar tréplica. § 6º Ao final da eleição, a urna eletrônica procede-
§ 5º Da decisão sobre o exercício do direito de res- rá à assinatura digital do arquivo de votos, com
posta cabe recurso às instâncias superiores, em aplicação do registro de horário e do arquivo do
boletim de urna, de maneira a impedir a substitui-
vinte e quatro horas da data de sua publicação em
cartório ou sessão, assegurado ao recorrido ofere- ção de votos e a alteração dos registros dos termos
cer contra-razões em igual prazo, a contar da sua de início e término da votação. (Redação dada pela
Lei n.º 10.740 de 01/10/2003)
notificação.

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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 7º O Tribunal Superior Eleitoral colocará à dispo- IV - os Governadores, Vice-Governadores, Senado-
sição dos eleitores urnas eletrônicas destinadas a res, Deputados Federais e Estaduais, em qualquer
treinamento. (Redação dada pela Lei n.º 10.740 de Seção do Estado, nas eleições de âmbito nacional
01/10/2003) e estadual; em qualquer Seção do Município de que
§ 8º O Tribunal Superior Eleitoral colocará à dispo- sejam eleitores, nas eleições municipais;
sição dos eleitores urnas eletrônicas destinadas a V - os candidatos a Governador, Vice-Governador,
treinamento. (Parágrafo incluído pela Lei n.º Senador, Deputado Federal e Estadual, em qual-
10.408 de 10/01/2002) quer Seção do Estado de que sejam eleitores, nas
Art. 60. No sistema eletrônico de votação conside- eleições de âmbito nacional e estadual;
rar-se-á voto de legenda quando o eleitor assinalar VI - os Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores, em
o número do partido no momento de votar para qualquer Seção de Município que representarem,
determinado cargo e somente para este será com- desde que eleitores do Estado, sendo que, no caso
putado. de eleições municipais, nelas somente poderão
Art 61. A urna eletrônica contabilizará cada voto, votar se inscritos no Município;
assegurando-lhe o sigilo e inviolabilidade, ga- VII - os candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito e Vere-
rantida aos partidos políticos, coligações e candida- ador, em qualquer Seção de Município, desde que
tos ampla fiscalização. dele sejam eleitores;
Art. 61-A. (Revogada pela Lei n.º 10.740 de VIII - os militares, removidos ou transferidos dentro
01/10/2003) do período de 6 (seis) meses antes do pleito, pode-
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna rão votar nas eleições para Presidente e Vice-
eletrônica, somente poderão votar eleitores cu- Presidente da República na localidade em que esti-
jos nomes estiverem nas respectivas folhas de verem servindo;
votação, não se aplicando a ressalva a que se IX - os policiais militares em serviço. (Inciso acres-
refere o art. 148, § 1º, da Lei n.º 4.737, de 15 de cido pelo art. 102 da Lei n.º 9.504/97)
julho de 1965 - Código Eleitoral.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral dis-
Art. 148. O eleitor somente poderá votar na Seção ciplinará a hipótese de falha na urna eletrônica
Eleitoral em que estiver incluído o seu nome. que prejudique o regular processo de votação.
§ 1º Essa exigência somente poderá ser dispensa- Das Mesas Receptoras
da nos casos previstos no art. 145 e seus parágra- Art. 63. Qualquer partido pode reclamar ao Juiz
fos. (...) Eleitoral, no prazo de cinco dias, da nomeação da
Art. 145. O Presidente, Mesários, Secretários, su- Mesa Receptora, devendo a decisão ser proferida
plentes e os Delegados e Fiscais de partido votarão em 48 horas.
perante as Mesas em que servirem, sendo que os § 1º Da decisão do Juiz Eleitoral caberá recurso
Delegados e Fiscais desde que a credencial esteja para o Tribunal Regional, interposto dentro de
visada na forma do artigo 131, § 3º; quando eleito- três dias, devendo ser resolvido em igual prazo.
res de outras Seções, seus votos serão tomados
em separado. § 2º Não podem ser nomeados presidentes e me-
sários os menores de dezoito anos.
Parágrafo único. Com as cautelas constantes do
art. 147, § 2º, poderão ainda votar fora da res- Art. 64. É vedada a participação de parentes em
pectiva Seção: qualquer grau ou de servidores da mesma re-
partição pública ou empresa privada na mesma
I - o Juiz Eleitoral, em qualquer Seção da Zona sob Mesa, Turma ou Junta Eleitoral.
sua jurisdição, salvo em eleições municipais, nas
quais poderá votar em qualquer Seção do Municí- Da Fiscalização das Eleições
pio em que for eleitor; Art. 65. A escolha de fiscais e delegados, pelos
II - o Presidente da República, o qual poderá votar partidos ou coligações, não poderá recair em me-
em qualquer Seção Eleitoral do País, nas eleições nor de dezoito anos ou em quem, por nomeação do
presidenciais; em qualquer Seção do Estado em Juiz Eleitoral, já faça parte de Mesa Receptora.
que for eleitor nas eleições para Governador, Vice- § 1º O fiscal poderá ser nomeado para fiscalizar
Governador, Senador, Deputado Federal e Estadu- mais de uma Seção Eleitoral, no mesmo local de
al; em qualquer Seção do Município em que estiver votação.
inscrito, nas eleições para Prefeito, Vice-Prefeito e
Vereador; § 2º As credenciais de fiscais e delegados serão
expedidas, exclusivamente, pelos partidos ou coli-
III - os candidatos à Presidência da República, em gações.
qualquer Seção Eleitoral do País, nas eleições pre-
sidenciais, e, em qualquer Seção do Estado em que
forem eleitores, nas eleições de âmbito estadual;

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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 3º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, o Eleitoral. (Parágrafo incluído pela Lei n.º 10.408 de
presidente do partido ou o representante da coliga- 10/01/2002)
ção deverá registrar na Justiça Eleitoral o nome das § 7º Os partidos concorrentes ao pleito poderão
pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos constituir sistema próprio de fiscalização, apuração
fiscais e delegados.
e totalização dos resultados contratando, inclusive,
Art. 66. Os partidos e coligações poderão fiscali- empresas de auditoria de sistemas, que, credenci-
zar todas as fases do processo de votação e adas junto à Justiça Eleitoral, receberão, previa-
apuração das eleições e o processamento eletrôni- mente, os programas de computador e os mesmos
co da totalização dos resultados. (Redação dada dados alimentadores do sistema oficial de apuração
pela Lei n.º 10.408 de 10/01/2002) e totalização. (Parágrafo incluído pela Lei n.º
§ 1º Todos os programas de computador de propri- 10.408 de 10/01/2002)
edade do Tribunal Superior Eleitoral, desenvolvidos Art. 67. Os órgãos encarregados do processamento
por ele ou sob sua encomenda, utilizados nas urnas eletrônico de dados são obrigados a fornecer aos
eletrônicas para os processos de votação, apura- partidos ou coligações, no momento da entrega
ção e totalização, poderão ter suas fases de especi- ao Juiz Encarregado, cópias dos dados do pro-
ficação e de desenvolvimento acompanhadas por cessamento parcial de cada dia, contidos em
técnicos indicados pelos partidos políticos, Ordem meio magnético.
dos Advogados do Brasil e Ministério Público, até
Art. 68. O boletim de urna, segundo modelo apro-
seis meses antes das eleições. (Redação dada pela vado pelo Tribunal Superior Eleitoral, conterá os
Lei n.º 10.740 de 01/10/2003)
nomes e os números dos candidatos nela vota-
§ 2º Uma vez concluídos os programas a que se dos.
refere o § 1º, serão eles apresentados, para análi-
§ 1º O Presidente da Mesa Receptora é obrigado a
se, aos representantes credenciados dos partidos entregar cópia do boletim de urna aos partidos e
políticos e coligações, até vinte dias antes das elei- coligações concorrentes ao pleito cujos represen-
ções, nas dependências do Tribunal Superior Elei-
tantes o requeiram até uma hora após a expedição.
toral, na forma de programas-fonte e de programas
executáveis, inclusive os sistemas aplicativo e de § 2º O descumprimento do disposto no parágrafo
segurança e as bibliotecas especiais, sendo que as anterior constitui crime, punível com detenção, de
chaves eletrônicas privadas e senhas eletrônicas um a três meses, com a alternativa de prestação
de acesso manter-se-ão no sigilo da Justiça Eleito- de serviço à comunidade pelo mesmo período, e
ral. Após a apresentação e conferência, serão la- multa no valor de um mil a cinco mil UFIR.
cradas cópias dos programas-fonte e dos progra- Art. 69. A impugnação não recebida pela Junta
mas compilados. (Redação dada pela Lei n.º Eleitoral pode ser apresentada diretamente ao Tri-
10.740 de 01/10/2003) bunal Regional Eleitoral, em quarenta e oito horas,
§ 3º No prazo de cinco dias a contar da data da acompanhada de declaração de duas testemunhas.
apresentação referida no § 2º, o partido político e a Parágrafo único. O Tribunal decidirá sobre o rece-
coligação poderão apresentar impugnação funda- bimento em quarenta e oito horas, publicando o
mentada à Justiça Eleitoral. (Redação dada pela acórdão na própria sessão de julgamento e transmi-
Lei n.º 10.740 de 01/10/2003) tindo imediatamente à Junta, via telex, fax ou qual-
§ 4º Havendo a necessidade de qualquer alteração quer outro meio eletrônico, o inteiro teor da decisão
nos programas, após a apresentação de que trata o e da impugnação.
§ 3º, dar-se-á conhecimento do fato aos represen- Art. 70. O Presidente de Junta Eleitoral que deixar
tantes dos partidos políticos e das coligações, para de receber ou de mencionar em ata os protestos
que sejam novamente analisados e lacrados. recebidos, ou ainda, impedir o exercício de fiscali-
(Redação dada pela Lei n.º 10.740 de 01/10/2003) zação, pelos partidos ou coligações, deverá ser
§ 5º A carga ou preparação das urnas eletrônicas imediatamente afastado, além de responder pelos
será feita em sessão pública, com prévia convoca- crimes previstos na Lei n.º 4.737, de 15 de julho de
ção dos fiscais dos partidos e coligações para a 1965 - Código Eleitoral.
assistirem e procederem aos atos de fiscalização, Art. 71. Cumpre aos partidos e coligações, por seus
inclusive para verificarem se os programas carre- fiscais e delegados devidamente credenciados, e
gados nas urnas são idênticos aos que foram la- aos candidatos, proceder à instrução dos recur-
crados na sessão referida no § 2º deste artigo, a- sos interpostos contra a apuração, juntando,
pós o que as urnas serão lacradas. (Parágrafo in- para tanto, cópia do boletim relativo à urna impug-
cluído pela Lei n.º 10.408 de 10/01/2002) nada.
§ 6º No dia da eleição, será realizada, por amostra-
gem, auditoria de verificação do funcionamento das
urnas eletrônicas, através de votação paralela, na
presença dos fiscais dos partidos e coligações, nos
moldes fixados em resolução do Tribunal Superior
Atualizada 29/11/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 41
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Parte 05 Direito Eleitoral


Parágrafo único. Na hipótese de surgirem obstácu- Ac. TSE n.º 5.283/2004 - A Lei Eleitoral não proíbe
los à obtenção do boletim, caberá ao recorrente a prestação de serviço social custeado ou subven-
requerer, mediante a indicação dos dados necessá- cionado pelo poder público nos três meses que
rios, que o órgão da Justiça Eleitoral perante o qual antecedem à eleição, mas sim o seu uso para fins
foi interposto o recurso o instrua, anexando o res- promocionais de candidato, partido ou coligação.
pectivo boletim de urna.
Ac. TSE n.º 24.795/2004 - Bem de natureza cultu-
Art. 72. Constituem crimes, puníveis com reclu- ral, posto à disposição de toda a coletividade, não
são, de cinco a dez anos: se enquadra neste dispositivo.
I - obter acesso a sistema de tratamento automáti- V - nomear, contratar ou de qualquer forma admi-
co de dados usado pelo serviço eleitoral, a fim de tir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar
alterar a apuração ou a contagem de votos; vantagens ou por outros meios dificultar ou impe-
II - desenvolver ou introduzir comando, instrução, dir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remo-
ou programa de computador capaz de destruir, ver, transferir ou exonerar servidor público, na cir-
apagar, eliminar, alterar, gravar ou transmitir dado, cunscrição do pleito, nos três meses que o ante-
instrução ou programa ou provocar qualquer outro cedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nu-
resultado diverso do esperado em sistema de tra- lidade de pleno direito, ressalvados:
tamento automático de dados usados pelo serviço Resolução TSE n.º 21.806/2004 - Não proíbe a
eleitoral; realização de concurso público.
III - causar, propositadamente, dano físico ao e- Ac. TSE n.º 405/2002 - A redistribuição não está
quipamento usado na votação ou na totalização proibida por este dispositivo.
de votos ou a suas partes.
a) a nomeação ou exoneração de cargos em co-
Das Condutas Vedadas aos Agentes Públicos
missão e designação ou dispensa de funções de
em Campanhas Eleitorais
confiança;
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos,
servidores ou não, as seguintes condutas tendentes Lei n.º 6.091/1974 - Art. 13 caput - Movimentação
a afetar a igualdade de oportunidades entre candi- de pessoal proibida no período entre os noventa
datos nos pleitos eleitorais: dias anteriores à data das eleições parlamentares e
o término, respectivamente, do mandato de gover-
Ac. TSE de 06/03/2007 no REspe n.º 25.770 - O nador do estado.
ressarcimento das despesas não descaracteriza as
condutas vedadas pelo art. 73 da Lei n.º b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do
9.504/1997. Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de
Contas e dos órgãos da Presidência da República;
I - ceder ou usar, em benefício de candidato, par-
c) a nomeação dos aprovados em concursos públi-
tido político ou coligação, bens móveis ou imóveis
cos homologados até o início daquele prazo;
pertencentes à administração direta ou indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Terri- d) a nomeação ou contratação necessária à insta-
tórios e dos Municípios, ressalvada a realização lação ou ao funcionamento inadiável de serviços
de convenção partidária; públicos essenciais, com prévia e expressa autori-
zação do Chefe do Poder Executivo;
Ac. TSE n.ºs 24.865/2004, 4.246/2005 e Ac. TSE
de 01/08/2006 no REspe n.º 25.377 - A vedação Ac. TSE de 12/12/2006 no REspe n.º 27.563 - A
não abrange bem público de uso comum. ressalva da alínea "d" do inciso V do art. 73 da Lei
n.º 9.504/97 só pode ser coerentemente entendida
II - usar materiais ou serviços, custeados pelos a partir de uma visão estrita da essencialidade do
Governos ou Casas Legislativas, que excedam as serviço público. Do contrário, restaria inócua a fina-
prerrogativas consignadas nos regimentos e nor- lidade da lei eleitoral ao vedar certas condutas aos
mas dos órgãos que integram; agentes públicos, tendentes a afetar a igualdade de
III - ceder servidor público ou empregado da ad- competição no pleito. Daqui resulta não ser a edu-
ministração direta ou indireta federal, estadual ou cação um serviço público essencial. Sua eventual
municipal do Poder Executivo, ou usar de seus descontinuidade, em dado momento, embora acar-
serviços, para comitês de campanha eleitoral de rete evidentes prejuízos à sociedade, é de ser opor-
candidato, partido político ou coligação, durante o tunamente recomposta. Isso por inexistência de
horário de expediente normal, salvo se o servidor dano irreparável à “sobrevivência, saúde ou segu-
ou empregado estiver licenciado; rança da população”. Considera-se serviço público
essencial, para fins deste dispositivo, aquele vincu-
IV - fazer ou permitir uso promocional em favor de
lado à “sobrevivência, saúde ou segurança da po-
candidato, partido político ou coligação, de distri-
pulação”.
buição gratuita de bens e serviços de caráter so-
cial custeados ou subvencionados pelo Poder Pú- e) a transferência ou remoção ex officio de milita-
blico; res, policiais civis e de agentes penitenciários;
42 Atualizada 29/11/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
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Parte 05 Direito Eleitoral


VI - nos três meses que antecedem o pleito: Ac. TSE de 01/08/2006 no REspe n.º 25.786 -
a) realizar transferência voluntária de recursos da Constitucionalidade deste dispositivo.
União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e tele-
Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, visão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quan-
ressalvados os recursos destinados a cumprir do, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de maté-
obrigação formal preexistente para execução de ria urgente, relevante e característica das funções
obra ou serviço em andamento e com cronograma de governo;
prefixado, e os destinados a atender situações de
emergência e de calamidade pública; VII - realizar, em ano de eleição, antes do prazo
fixado no inciso anterior, despesas com publicida-
Resolução TSE n.º 21.878/2004 e Ac. TSE n.º de dos órgãos públicos federais, estaduais ou
25.324/2006 - Obra ou serviço já iniciados fisica- municipais, ou das respectivas entidades da ad-
mente. ministração indireta, que excedam a média dos
gastos nos três últimos anos que antecedem o
Ac. TSE n.ºs 16.040/1999 e 266/2004 - Descabi-
mento de interpretação extensiva deste dispositivo pleito ou do último ano imediatamente anterior à
e inaplicabilidade à transferência de recursos a eleição.
associações de direito privado. Decisão s/nº de 29/06/2006 na Petição n.º 1.880 -
LC n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) Informações sobre gastos com publicidade institu-
- Art. 25. Para efeito desta lei complementar, en- cional da administração pública federal: competên-
tende-se por transferência voluntária a entrega de cia da Justiça Eleitoral para requisitá-las, legitimi-
recursos correntes ou de capital a outro ente da dade dos partidos políticos para pleitear sua requi-
Federação, a título de cooperação, auxílio ou assis- sição e responsabilidade do presidente da Repúbli-
tência financeira, que não decorra de determinação ca para prestá-las.
constitucional, legal ou os destinados ao Sistema VIII - fazer, na circunscrição do pleito, revisão ge-
Único de Saúde. ral da remuneração dos servidores públicos que
b) com exceção da propaganda de produtos e exceda a recomposição da perda de seu poder
serviços que tenham concorrência no mercado, aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir do
autorizar publicidade institucional dos atos, progra- início do prazo estabelecido no art. 7º desta Lei
mas, obras, serviços e campanhas dos órgãos pú- e até a posse dos eleitos.
blicos federais, estaduais ou municipais, ou das Resolução TSE n.º 22.252/2006 - O termo inicial
respectivas entidades da administração indireta, do prazo é o que consta no art. 7º, § 1º, desta lei,
salvo em caso de grave e urgente necessidade qual seja, 180 dias antes da eleição; o termo final é
pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral; a posse dos eleitos.
Ac. TSE n.ºs 21.106/2003, 4.365/2003, 5.304/2004 Ac. TSE de 08/08/2006 no REspe n.º 26.054 - A
e 25.096/2005 - Vedada a veiculação, independen- concessão de benefícios a servidores públicos es-
temente da data da autorização. taduais nas proximidades das eleições municipais
Ac. TSE n.ºs 57/1998, 19.323/2001, 19.326/2001 e pode caracterizar abuso do poder político, desde
24.722/2004 - Admite-se a permanência de placas que evidenciada a possibilidade de haver reflexos
de obras públicas desde que não contenham ex- na circunscrição do pleito municipal, diante da coin-
pressões que possam identificar autoridades, servi- cidência de eleitores.
dores ou administrações cujos dirigentes estejam § 1º Reputa-se agente público, para os efeitos
em campanha eleitoral. deste artigo, quem exerce, ainda que transitoria-
Ac. TSE de 07/11/2006 no REspe n.º 25.748 - A mente ou sem remuneração, por eleição, nomea-
publicação de atos oficiais, tais como leis e decre- ção, designação, contratação ou qualquer outra
tos, não caracteriza publicidade institucional. forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função nos órgãos ou entidades da
Ac. TSE de 16/11/2006 nos REspe n.ºs 26.875, administração pública direta, indireta, ou fundacio-
26.905 e 26.910 - Não caracteriza a conduta veda- nal.
da descrita no art. 73, VI, “b”, da Lei n.º 9.504/97, a
divulgação de feitos de deputado estadual em sítio § 2º A vedação do inciso I do caput não se apli-
da internet de Assembléia Legislativa. A lei expres- ca ao uso, em campanha, de transporte oficial pelo
samente permite a divulgação da atuação parla- Presidente da República, obedecido o disposto no
mentar à conta das câmaras legislativas, nos limites art. 76, nem ao uso, em campanha, pelos candida-
regimentais (art. 73, II, da Lei n.º 9.504/97). O que tos a reeleição de Presidente e Vice-Presidente da
se veda – na esteira da Resolução TSE n.º 20.217 República, Governador e Vice-Governador de Es-
– é que a publicação “tenha conotação de propa- tado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito,
ganda eleitoral”, a qual, portanto, há de aferir-se de suas residências oficiais para realização de con-
segundo critérios objetivos e não conforme a inten- tatos, encontros e reuniões pertinentes à própria
ção oculta de quem a promova (REspe n.º campanha, desde que não tenham caráter de ato
19.752/MG - Rel. Min. Sepúlveda Pertence). público.
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Parte 05 Direito Eleitoral

Ac. TSE de 27/09/2007 na RP n.º 1.252 - A audi- ções daquele diploma legal, em especial às comi-
ência concedida pelo titular do mandato, candidato nações do art. 12, inciso III.
à reeleição, em sua residência oficial não configura
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa
ato público para os efeitos do art. 73 da Lei n.º
que atenta contra os princípios da administração
9.504/97, não relevando que seja amplamente noti-
pública qualquer ação ou omissão que viole os
ciada, o que acontece em virtude da própria nature-
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade,
za do cargo que exerce. e lealdade às instituições, e notadamente:
§ 3º As vedações do inciso VI do caput, alíneas b e I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regu-
c, aplicam-se apenas aos agentes públicos das lamento ou diverso daquele previsto, na regra de
esferas administrativas cujos cargos estejam em competência; (...)
disputa na eleição.
Art. 12. Independentemente das sanções penais,
§ 4º O descumprimento do disposto neste artigo civis e administrativas, previstas na legislação es-
acarretará a suspensão imediata da conduta veda- pecífica, está o responsável pelo ato de improbida-
da, quando for o caso, e sujeitará os responsáveis de sujeito às seguintes cominações: (...)
a multa no valor de cinco a cem mil UFIR.
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral
Resolução TSE n.º 21.975/2004 - Art. 2º - Prazo do dano, se houver, perda da função pública, sus-
para o juízo ou Tribunal Eleitoral comunicar à Se- pensão dos direitos políticos de três a cinco anos,
cretaria de Administração do TSE o valor e a data pagamento de multa civil de até cem vezes o valor
da multa recolhida e o nome do partido beneficiado da remuneração percebida pelo agente e proibição
pela conduta vedada. de contratar com o Poder Público ou receber bene-
Ac. TSE n.º 25.220/2005 - Para a caracterização fícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
da conduta vedada prevista no inciso III do art. 73 indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
da Lei das Eleições, não se pode presumir a res- jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
ponsabilidade do agente público. três anos.
Ac. TSE de 06/06/2006 no REspe n.º 25.358 - O § 8º Aplicam-se as sanções do § 4º aos agentes
art. 73 refere-se a condutas tendentes a afetar a públicos responsáveis pelas condutas vedadas e
igualdade de oportunidade entre candidatos, por aos partidos, coligações e candidatos que delas
isso submete-se ao princípio da proporcionalidade. se beneficiarem.
§ 5º Nos casos de descumprimento do disposto nos § 9º Na distribuição dos recursos do Fundo Partidá-
incisos I, II, III, IV e VI do caput, sem prejuízo do rio (Lei n.º 9.096, de 19 de setembro de 1995) ori-
disposto no parágrafo anterior, o candidato benefi- undos da aplicação do disposto no § 4º, deverão
ciado, agente público ou não, ficará sujeito à cas- ser excluídos os partidos beneficiados pelos atos
sação do registro ou do diploma. (Redação dada que originaram as multas.
pela Lei n.º 9.840 de 28/09/1999) Resolução TSE n.º 21.975/2004 - Art. 2º § único -
Ac. TSE n.ºs 24.739/2004, 25.117/2005 e Ac. TSE Prazo para cumprimento do disposto neste parágra-
de 31/05/2007 no REspe n.º 25.745 - Constitucio- fo pela Secretaria de Administração do TSE. Porta-
nalidade deste dispositivo por não implicar inelegibi- ria TSE n.º 288/2005, art. 10, § 2º, II.
lidade. Resolução TSE n.º 22.090/2005 - A importância
Ac. TSE de 16/11/2006 no REspe n.º 26.905, de será decotada do diretório nacional, e sucessiva-
14/08/2007 no REspe n.º 25.994 e de 11/12/2007 mente dos órgãos inferiores, de modo a atingir o
no REspe n.º 26.060 dentre outros - A prática das órgão partidário efetivamente responsável.
condutas vedadas no art. 73 não implica, necessa- § 10. No ano em que se realizar eleição, fica proi-
riamente, a cassação do registro ou diploma, de- bida a distribuição gratuita de bens, valores ou
vendo a pena ser proporcional à gravidade do ilícito benefícios por parte da Administração Pública, ex-
eleitoral. ceto nos casos de calamidade pública, de estado
Ac. TSE de 04/04/2006 no REspe n.º 21.548 - Não de emergência ou de programas sociais autoriza-
incide a multa em relação ao beneficiário da condu- dos em lei e já em execução orçamentária no exer-
ta vedada prevista no art. 73, V, uma vez que a cício anterior, casos em que o Ministério Público
hipótese não é prevista por este parágrafo. poderá promover o acompanhamento de sua exe-
cução financeira e administrativa. (Incluído pela Lei
§ 6º As multas de que trata este artigo serão dupli- n.º 11.300 de 2006)
cadas a cada reincidência.
Art. 74. Configura abuso de autoridade, para os
§ 7º As condutas enumeradas no caput caracteri- fins do disposto no art. 22 da Lei Complementar no
zam, ainda, atos de improbidade administrativa, 64, de 18 de maio de 1990, a infringência do dis-
a que se refere o art. 11, inciso I, da Lei n.º 8.429 posto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal,
de 2 de junho de 1992, e sujeitam-se às disposi- ficando o responsável, se candidato, sujeito ao
cancelamento do registro de sua candidatura.
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Parte 05 Direito Eleitoral

Ac. TSE de 10/08/2006 na RP n.º 752 - O TSE é Art. 78. A aplicação das sanções cominadas no art.
competente para julgar questão relativa à ofensa ao 73, §§ 4º e 5º, dar-se-á sem prejuízo de outras de
art. 37, § 1º, da Constituição Federal, fora do perío- caráter constitucional, administrativo ou disciplinar
do eleitoral. fixadas pelas demais leis vigentes.
CF/88 - Art. 37. § 1º A publicidade dos atos, pro- Disposições Transitórias
gramas, obras, serviços e campanhas dos órgãos Art. 79. O financiamento das campanhas eleitorais
públicos deverá ter caráter educativo, informativo com recursos públicos será disciplinada em lei es-
ou de orientação social, dela não podendo constar pecífica.
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores Art. 80. Nas eleições a serem realizadas no ano de
públicos. 1998, cada partido ou coligação deverá reservar,
para candidatos de cada sexo, no mínimo, vinte e
Art. 75. Nos três meses que antecederem as elei- cinco por cento e, no máximo, setenta e cinco por
ções, na realização de inaugurações é vedada a cento do número de candidaturas que puder regis-
contratação de shows artísticos pagos com recur- trar.
sos públicos.
Art. 81. As doações e contribuições de pessoas
Art. 76. O ressarcimento das despesas com o jurídicas para campanhas eleitorais poderão ser
uso de transporte oficial pelo Presidente da Re- feitas a partir do registro dos comitês financei-
pública e sua comitiva em campanha eleitoral será ros dos partidos ou coligações.
de responsabilidade do partido político ou coligação
a que esteja vinculado. Portaria Conjunta TSE/SRF n.º 74/2006 - Art. 4º §
único - A SRF informará ao TSE qualquer infração
§ 1º O ressarcimento de que trata este artigo terá ao disposto neste artigo.
por base o tipo de transporte usado e a respectiva
tarifa de mercado cobrada no trecho corresponden- § 1º As doações e contribuições de que trata este
te, ressalvado o uso do avião presidencial, cujo artigo ficam limitadas a dois por cento do fatura-
ressarcimento corresponderá ao aluguel de uma mento bruto do ano anterior à eleição.
aeronave de propulsão a jato do tipo táxi aéreo. § 2º A doação de quantia acima do limite fixado
§ 2º No prazo de dez dias úteis da realização do neste artigo sujeita a pessoa jurídica ao pagamento
pleito, em primeiro turno, ou segundo, se houver, o de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia
órgão competente de controle interno procederá ex em excesso.
officio à cobrança dos valores devidos nos termos § 3º Sem prejuízo do disposto no parágrafo anteri-
dos parágrafos anteriores. or, a pessoa jurídica que ultrapassar o limite fixado
§ 3º A falta do ressarcimento, no prazo estipula- no § 1º estará sujeita à proibição de participar de
do, implicará a comunicação do fato ao Ministério licitações públicas e de celebrar contratos com
Público Eleitoral, pelo órgão de controle interno. o Poder Público pelo período de cinco anos, por
determinação da Justiça Eleitoral, em processo no
§ 4º Recebida a denúncia do Ministério Público, a
qual seja assegurada ampla defesa.
Justiça Eleitoral apreciará o feito no prazo de trinta
dias, aplicando aos infratores pena de multa cor- Art. 82. Nas Seções Eleitorais em que não for u-
respondente ao dobro das despesas, duplicada sado o sistema eletrônico de votação e totaliza-
a cada reiteração de conduta. ção de votos, serão aplicadas as regras definidas
nos arts. 83 a 89 desta Lei e as pertinentes da Lei
Art. 77. É proibido aos candidatos a cargos do Po- 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
der Executivo participar, nos três meses que pre-
cedem o pleito, de inaugurações de obras públicas. Art. 83. As cédulas oficiais serão confeccionadas
pela Justiça Eleitoral, que as imprimirá com exclusi-
Ac. STF de 13/09/2006 na ADIn n.º 3.305 - Julga vidade para distribuição às Mesas Receptoras,
improcedente ação direta de inconstitucionalidade sendo sua impressão feita em papel opaco, com
contra este artigo e seu parágrafo único. Além des- tinta preta e em tipos uniformes de letras e núme-
se, Ac. TSE n.ºs 23.549/2004 e 5.766/2005 - Cons- ros, identificando o gênero na denominação dos
titucionalidade deste dispositivo por não implicar cargos em disputa.
inelegibilidade.
§ 1º Haverá duas cédulas distintas, uma para as
Ac. TSE n.º 4.514/2004 - Inexistência de proibição eleições majoritárias e outra para as proporcio-
legal para candidatos a cargo do Poder Legislativo. nais, a serem confeccionadas segundo modelos
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste determinados pela Justiça Eleitoral.
artigo sujeita o infrator à cassação do registro. § 2º Os candidatos à eleição majoritária serão iden-
Ac. TSE n.ºs 22.059/2004 e 5.134/2004 - Não inci- tificados pelo nome indicado no pedido de registro e
dência deste dispositivo se ainda não existia pedido pela sigla adotada pelo partido a que pertencem e
de registro de candidatura na época do compareci- deverão figurar na ordem determinada por sorteio.
mento à inauguração da obra pública.
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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 3º Para as eleições realizadas pelo sistema pro- § 3º Para os fins do disposto no parágrafo anterior,
porcional, a cédula terá espaços para que o eleitor cada partido ou coligação poderá credenciar até
escreva o nome ou o número do candidato escolhi- três fiscais perante a Junta Eleitoral, funcionando
do, ou a sigla ou o número do partido de sua prefe- um de cada vez.
rência.
§ 4º O descumprimento de qualquer das disposi-
§ 4º No prazo de quinze dias após a realização do ções deste artigo constitui crime, punível com de-
sorteio a que se refere o § 2º, os Tribunais Regio- tenção de um a três meses, com a alternativa de
nais Eleitorais divulgarão o modelo da cédula com- prestação de serviços à comunidade pelo mesmo
pleta com os nomes dos candidatos majoritários na período e multa, no valor de um mil a cinco mil
ordem já definida. UFIR.
§ 5° Às eleições em segundo turno aplica-se o dis- § 5º O rascunho ou qualquer outro tipo de anotação
posto no § 2º, devendo o sorteio verificar-se até fora dos boletins de urna, usados no momento da
quarenta e oito horas após a proclamação do resul- apuração dos votos, não poderão servir de prova
tado do primeiro turno e a divulgação do modelo da posterior perante a Junta apuradora ou totalizadora.
cédula nas vinte e quatro horas seguintes. § 6º O boletim mencionado no § 2º deverá conter o
Art. 84. No momento da votação, o eleitor dirigir- nome e o número dos candidatos nas primeiras
se-á à cabina duas vezes, sendo a primeira para colunas, que precederão aquelas onde serão de-
o preenchimento da cédula destinada às eleições signados os votos e o partido ou coligação.
proporcionais, de cor branca, e a segunda para o
Art. 88. O Juiz Presidente da Junta Eleitoral é obri-
preenchimento da cédula destinada às eleições gado a recontar a urna, quando:
majoritárias, de cor amarela.
I - o boletim apresentar resultado não-coincidente
Parágrafo único. A Justiça Eleitoral fixará o tempo com o número de votantes ou discrepante dos da-
de votação e o número de eleitores por seção,
dos obtidos no momento da apuração;
para garantir o pleno exercício do direito de voto.
II - ficar evidenciada a atribuição de votos a candi-
Lei n.º 6.996/1982 - Art. 11 caput - Fixação, pelo datos inexistentes, o não-fechamento da contabili-
TSE, do número de eleitores por seção eleitoral de dade da urna ou a apresentação de totais de vo-
acordo com o número de cabinas; p. único do art. tos nulos, brancos ou válidos destoantes da média
11: “Cada seção eleitoral terá, no mínimo, duas geral das demais Seções do mesmo Município,
cabinas”. Zona Eleitoral.
Resolução TSE n.º 14.250/1988 - (...) Fixação do Ac. TSE de 06/03/2007 no REspe n.º 25.142 -
número de 250 eleitores por cabina, nas seções Inaplicabilidade desta regra no caso de registro
das capitais, e de 200 nas seções do interior, de digital do voto implantado pela Lei n.º 10.740/2003.
acordo com o art. 11 da Lei n.º 6.996/1982.
Art. 89. Será permitido o uso de instrumentos que
Art. 85. Em caso de dúvida na apuração de votos auxiliem o eleitor analfabeto a votar, não sendo a
dados a homônimos, prevalecerá o número so-
Justiça Eleitoral obrigada a fornecê-los.
bre o nome do candidato.
Disposições Finais
Art. 86. No sistema de votação convencional consi-
derar-se-á voto de legenda quando o eleitor assina- Art. 90. Aos crimes definidos nesta Lei, aplica-se o
lar o número do partido no local exato reservado disposto nos artigos 287 e 355 a 364 da Lei n.º
para o cargo respectivo e somente para este será 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
computado.
Comentário - Vide páginas seguintes.
Art. 87. Na apuração, será garantido aos fiscais e
delegados dos partidos e coligações o direito de § 1º Para os efeitos desta Lei, respondem penal-
mente pelos partidos e coligações os seus repre-
observar diretamente, a distância não superior a
um metro da mesa, a abertura da urna, a abertura sentantes legais.
e a contagem das cédulas e o preenchimento do § 2º Nos casos de reincidência, as penas pecuniá-
boletim. rias previstas nesta Lei aplicam-se em dobro.
§ 1º O não-atendimento ao disposto no caput ense- Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral
ja a impugnação do resultado da urna, desde que ou de transferência será recebido dentro dos cento
apresentada antes da divulgação do boletim. e cinqüenta dias anteriores à data da eleição.
§ 2º Ao final da transcrição dos resultados apura- Parágrafo único. A retenção de título eleitoral ou do
dos no boletim, o Presidente da Junta Eleitoral é comprovante de alistamento eleitoral constitui cri-
obrigado a entregar cópia deste aos partidos e coli- me, punível com detenção, de um a três meses,
gações concorrentes ao pleito cujos representantes com a alternativa de prestação de serviços à co-
o requeiram até uma hora após sua expedição. munidade por igual período, e multa no valor de
cinco mil a dez mil UFIR.

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Parte 05 Direito Eleitoral


Art. 92. O Tribunal Superior Eleitoral, ao conduzir o pelos Tribunais Eleitorais: (Incluído pela Lei n.º
processamento dos títulos eleitorais, determinará 11.300 de 2006)
de ofício a revisão ou correição das Zonas Eleito- I - fornecer informações na área de sua compe-
rais sempre que: tência; (Incluído pela Lei n.º 11.300 de 2006)
Resolução TSE n.º 21.538/2003 - Artigos 58 a 76 II - ceder funcionários no período de 3 (três) me-
- Normas sobre revisão do eleitorado. ses antes a 3 (três) meses depois de cada elei-
Resolução TSE n.º 21.372/2003 - Correições ordi- ção. (Incluído pela Lei n.º 11.300 de 2006)
nárias pelo menos uma vez a cada ano. Art. 94-B. (Vetado) (Incluído pela Lei n.º 11.300 de
Resoluções TSE n.ºs 20.472/1999, 21.490/2003, 2006)
22.021/2005 e 22.586/2007 dentre outras - Neces- Art. 95. Ao Juiz Eleitoral que seja parte em ações
sidade de preenchimento cumulativo dos três requi- judiciais que envolvam determinado candidato é
sitos. defeso exercer suas funções em processo eleitoral
I - o total de transferências de eleitores ocorridas no qual o mesmo candidato seja interessado.
no ano em curso seja dez por cento superior ao Art. 96. Salvo disposições específicas em contrário
do ano anterior; desta Lei, as reclamações ou representações
II - o eleitorado for superior ao dobro da população relativas ao seu descumprimento podem ser feitas
entre dez e quinze anos, somada à de idade supe- por qualquer partido político, coligação ou candida-
rior a setenta anos do território daquele Município; to, e devem dirigir-se:
III - o eleitorado for superior a sessenta e cinco I - aos Juízes Eleitorais, nas eleições municipais;
por cento da população projetada para aquele ano II - aos Tribunais Regionais Eleitorais, nas elei-
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - ções federais, estaduais e distritais;
IBGE.
III - ao Tribunal Superior Eleitoral, na eleição
Art. 93. O Tribunal Superior Eleitoral poderá requisi- presidencial.
tar, das emissoras de rádio e televisão, no período
compreendido entre 31 de julho e o dia do pleito, § 1º As reclamações e representações devem rela-
até dez minutos diários, contínuos ou não, que tar fatos, indicando provas, indícios e circunstân-
poderão ser somados e usados em dias espaça- cias.
dos, para a divulgação de seus comunicados, § 2º Nas eleições municipais, quando a circunscri-
boletins e instruções ao eleitorado. ção abranger mais de uma Zona Eleitoral, o Tribu-
Art. 94. Os feitos eleitorais, no período entre o nal Regional designará um Juiz para apreciar as
registro das candidaturas até cinco dias após a reclamações ou representações.
realização do segundo turno das eleições, terão § 3º Os Tribunais Eleitorais designarão três juízes
prioridade para a participação do Ministério Públi- auxiliares para a apreciação das reclamações ou
co e dos Juízes de todas as Justiças e instâncias, representações que lhes forem dirigidas.
ressalvados os processos de habeas corpus e
§ 4º Os recursos contra as decisões dos juízes
mandado de segurança.
auxiliares serão julgados pelo Plenário do Tribunal.
§ 1º É defeso às autoridades mencionadas neste
§ 5º Recebida a reclamação ou representação, a
artigo deixar de cumprir qualquer prazo desta
Justiça Eleitoral notificará imediatamente o recla-
Lei, em razão do exercício das funções regulares.
mado ou representado para, querendo, apresentar
§ 2º O descumprimento do disposto neste artigo defesa em quarenta e oito horas.
constitui crime de responsabilidade e será objeto
§ 6º (Revogado pela Lei n.º 9.840 de 28/09/1999)
de anotação funcional para efeito de promoção na
carreira. § 7º Transcorrido o prazo previsto no § 5º, apresen-
tada ou não a defesa, o órgão competente da Justi-
§ 3º Além das polícias judiciárias, os órgãos da
ça Eleitoral decidirá e fará publicar a decisão em
receita federal, estadual e municipal, os tribunais e
vinte e quatro horas.
órgãos de contas auxiliarão a Justiça Eleitoral na
apuração dos delitos eleitorais, com prioridade § 8º Quando cabível recurso contra a decisão, este
sobre suas atribuições regulares. deverá ser apresentado no prazo de vinte e quatro
horas da publicação da decisão em cartório ou ses-
§ 4º Os advogados dos candidatos ou dos partidos
são, assegurado ao recorrido o oferecimento de
e coligações serão notificados para os feitos de que
contra-razões, em igual prazo, a contar da sua noti-
trata esta Lei com antecedência mínima de vinte
ficação.
e quatro horas, ainda que por fax, telex ou tele-
grama. § 9º Os Tribunais julgarão o recurso no prazo de
quarenta e oito horas.
Art. 94-A. Os órgãos e entidades da Administração
Pública direta e indireta poderão, quando solicita-
dos, em casos específicos e de forma motivada,
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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 10. Não sendo o feito julgado nos prazos fixados, "Art. 44........................................................
o pedido pode ser dirigido ao órgão superior, de-
§ 3º Os recursos de que trata este artigo não
vendo a decisão ocorrer de acordo com o rito defi-
estão sujeitos ao regime da Lei n.º 8.666, de
nido neste artigo.
21 de junho de 1993."
Art. 97. Poderá o candidato, partido ou coligação Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o
representar ao Tribunal Regional Eleitoral contra o
Tribunal Superior Eleitoral expedirá todas as instru-
Juiz Eleitoral que descumprir as disposições desta ções necessárias à execução desta Lei, ouvidos
Lei ou der causa ao seu descumprimento, inclusive previamente, em audiência pública, os delegados
quanto aos prazos processuais; neste caso, ouvido
dos partidos participantes do pleito.
o representado em vinte e quatro horas, o Tribunal
ordenará a observância do procedimento que expli- § 1º O Tribunal Superior Eleitoral publicará o código
citar, sob pena de incorrer o Juiz em desobediên- orçamentário para o recolhimento das multas eleito-
cia. rais ao Fundo Partidário, mediante documento de
arrecadação correspondente.
Parágrafo único. No caso do descumprimento das
disposições desta Lei por Tribunal Regional Eleito- § 2º Havendo substituição da UFIR por outro
ral, a representação poderá ser feita ao Tribunal índice oficial, o Tribunal Superior Eleitoral procede-
Superior Eleitoral, observado o disposto neste arti- rá à alteração dos valores estabelecidos nesta Lei
go. pelo novo índice.
Art. 98. Os eleitores nomeados para compor as Art. 106. Esta Lei entra em vigor na data de sua
Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os publicação.
requisitados para auxiliar seus trabalhos serão Art. 107. Revogam-se os arts. 92, 246, 247, 250,
dispensados do serviço, mediante declaração ex- 322, 328, 329, 333 e o parágrafo único do art. 106
pedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salá- da Lei n.º 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
rio, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo Eleitoral; o § 4º do art. 39 da Lei n.º 9.096, de 19 de
dobro dos dias de convocação. setembro de 1995; o § 2º do art. 50 e o § 1º do art.
Art. 99. As emissoras de rádio e televisão terão 64 da Lei n.º 9.100, de 29 de setembro de 1995; e o
direito a compensação fiscal pela cedência do § 2º do art. 7º do Decreto-Lei n.º 201, de 27 de
horário gratuito previsto nesta Lei. fevereiro de 1967.
Art. 100. A contratação de pessoal para prestação
de serviços nas campanhas eleitorais não gera
Código Eleitoral - Crimes
vínculo empregatício com o candidato ou parti- Lei n.º 4.737 de 15 de julho de 1965
do contratantes.
PROGRAMA - Crimes eleitorais: normas gerais.
Art. 101. (Vetado) Boca de urna. Processo penal eleitoral: ação penal,
competência em matéria criminal eleitoral, rito pro-
Art. 102. O parágrafo único do art. 145 da Lei n.º cessual penal eleitoral com aplicação subsidiária do
4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral Código de Processo Penal.
passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IX:
Título IV - Disposições Penais
"Art. 145......................................................
Capítulo I - Disposições Preliminares
Parágrafo único..........................................
Art. 283. Para os efeitos penais são considerados
IX - os policiais militares em serviço." membros e funcionários da Justiça Eleitoral:
Art. 103. O art. 19, caput, da Lei n.º 9.096, de 19 de I - os Magistrados que, mesmo não exercendo
setembro de 1995 - Lei dos Partidos, passa a vigo- funções eleitorais, estejam presidindo Juntas Apu-
rar com a seguinte redação: radoras ou se encontrem no exercício de outra
"Art. 19. Na segunda semana dos meses de a- função por designação de Tribunal Eleitoral;
bril e outubro de cada ano, o partido, por seus II - os cidadãos que temporariamente integram ór-
órgãos de direção municipais, regionais ou na- gãos da Justiça Eleitoral;
cional, deverá remeter, aos juízes eleitorais, pa-
ra arquivamento, publicação e cumprimento dos III - os cidadãos que hajam sido nomeados para
prazos de filiação partidária para efeito de can- as Mesas Receptoras ou Juntas Apuradoras;
didatura a cargos eletivos, a relação dos nomes IV - os funcionários requisitados pela Justiça Elei-
de todos os seus filiados, da qual constará a toral.
data de filiação, o número dos títulos eleitorais
§ 1º Considera-se funcionário público, para os
e das seções em que estão inscri-
efeitos penais, além dos indicados no presente
tos.............................................................."
artigo, quem, embora transitoriamente ou sem re-
Art. 104. O art. 44 da Lei n.º 9.096, de 19 de se- muneração, exerce cargo, emprego ou função pú-
tembro de 1995, passa a vigorar acrescido do se- blica.
guinte § 3º:

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Parte 05 Direito Eleitoral


§ 2º Equipara-se a funcionário público quem ao juiz eleitoral da zona onde a mesma se verifi-
exerce cargo, emprego ou função em entidade pa- cou.
raestatal ou em sociedade de economia mista. § 1º Quando a comunicação for verbal, mandará a
Art. 284. Sempre que este Código não indicar o autoridade judicial reduzi-la a termo, assinado pelo
grau mínimo, entende-se que será ele de quinze apresentante e por duas testemunhas, e a reme-
dias para a pena de detenção e de um ano para terá ao órgão do Ministério Público local, que pro-
a de reclusão. cederá na forma deste Código.
Art. 285. Quando a lei determina a agravação ou § 2º Se o Ministério Público julgar necessários mai-
atenuação da pena sem mencionar o quantum, ores esclarecimentos e documentos complementa-
deve o Juiz fixá-lo entre um quinto e um terço, res ou outros elementos de convicção, deverá re-
guardados os limites da pena cominada ao crime. quisitá-los diretamente de quaisquer autoridades ou
Art. 286. A pena de multa consiste no pagamento funcionários que possam fornecê-los.
ao Tesouro Nacional, de uma soma de dinheiro, Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério
que é fixada em dias-multa. Seu montante é, no Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de
mínimo, 1 (um) dia-multa e, no máximo, 300 (tre- 10 (dez) dias.
zentos) dias-multa. § 1º Se o órgão do Ministério Público, ao invés de
Resolução TSE 21.538/2003 - Art. 85. A base de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento da
cálculo para aplicação das multas previstas pelo comunicação, o juiz, no caso de considerar impro-
Código Eleitoral e leis conexas, bem como das de cedentes as razões invocadas, fará remessa da
que trata esta resolução, será o último valor fixa- comunicação ao Procurador Regional, e este ofere-
do para a Ufir, multiplicado pelo fator 33,02, até cerá a denúncia, designará outro Promotor para
que seja aprovado novo índice, em conformidade oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento,
com as regras de atualização dos débitos para com ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
a União. § 2º A denúncia conterá a exposição do fato crimi-
Comentário - O art. 80. § 4º da Resolução citada noso com todas as suas circunstâncias, a qualifica-
estabelece o percentual mínimo de 3% e o máximo ção do acusado ou esclarecimentos pelos quais se
de 10% desse valor para arbitramento da multa possa identificá-lo, a classificação do crime e,
pelo não-exercício do voto. A Unidade Fiscal de quando necessário, o rol das testemunhas.
Referência (Ufir), instituída pela Lei n.º 8.383/91, foi § 3º Se o órgão do Ministério Público não oferecer
extinta pela MP n.º 1.973-67/2000, tendo sido sua a denúncia no prazo legal representará contra ele
última reedição (MP n.º 2.176-79/2001) convertida a autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração
na Lei n.º 10.522/2002, e seu último valor é R$ da responsabilidade penal.
1,0641.
§ 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo
§ 1º O montante do dia-multa é fixado segundo o anterior o juiz solicitará ao Procurador Regional a
prudente arbítrio do Juiz, devendo este ter em con- designação de outro promotor, que, no mesmo
ta as condições pessoais e econômicas do conde- prazo, oferecerá a denúncia.
nado, mas não pode ser inferior ao salário mínimo
diário da região, nem superior ao valor de um salá- § 5º Qualquer eleitor poderá provocar a representa-
rio mínimo mensal. ção contra o órgão do Ministério Público se o juiz,
no prazo de 10 (dez) dias, não agir de ofício.
§ 2º A multa pode ser aumentada até o triplo,
embora não possa exceder o máximo genérico Art. 358. A denúncia será rejeitada quando:
(caput), se o Juiz considerar que, em virtude da I - o fato narrado evidentemente não constituir cri-
situação econômica do condenado, é ineficaz a me;
cominada, ainda que no máximo, ao crime de que
II - já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição
se trate.
ou outra causa;
Art. 287. Aplicam-se aos fatos incriminados nesta
III - for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar
Lei as regras gerais do Código Penal.
condição exigida pela lei para o exercício da ação
Art. 288. Nos crimes eleitorais cometidos por meio penal.
da imprensa, do rádio ou da televisão, aplicam-se
Parágrafo único. Nos casos do número III, a rejei-
exclusivamente as normas deste Código e as
ção da denúncia não obstará ao exercício da ação
remissões a outra lei nele contempladas.
penal, desde que promovida por parte legítima ou
Capítulo III - Do Processo das Infrações satisfeita a condição.
Art. 355. As infrações penais definidas neste Códi- Art. 359. Recebida a denúncia, o juiz designará dia
go são de ação pública. e hora para o depoimento pessoal do acusado,
Art. 356. Todo cidadão que tiver conhecimento de ordenando a citação deste e a notificação do Minis-
infração penal deste Código deverá comunicá-la tério Público. (Redação dada pela Lei n.º 10.732 de
05/09/2003)
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Parte 05 Direito Eleitoral


Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o pra- Art. 336. Na sentença que julgar ação penal pela
zo de 10 (dez) dias para oferecer alegações es- infração de qualquer dos arts. 322, 323, 324, 325,
critas e arrolar testemunhas. (Incluído pela Lei n.º 326, 328, 329, 331, 332, 333, 334 e 335, deve o
10.732 de 05/09/2003) Juiz verificar, de acordo com o seu livre convenci-
mento, se o Diretório local do partido, por qualquer
Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação e
da defesa e praticadas as diligências requeridas dos seus membros, concorreu para a prática de
pelo Ministério Público e deferidas ou ordenadas delito, ou dela se beneficiou conscientemente.
pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a Parágrafo único. Nesse caso, imporá o Juiz ao Di-
cada uma das partes - acusação e defesa - para retório responsável pena de suspensão de sua
alegações finais. atividade eleitoral por prazo de 6 a 12 meses,
Art. 361. Decorrido esse prazo, e conclusos os au- agravada até o dobro nas reincidências.
tos ao juiz dentro de quarenta e oito horas, terá o Art. 351. Equipara-se a documento (348, 349 e
mesmo 10 (dez) dias para proferir a sentença. 350), para os efeitos penais, a fotografia, o filme
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou cinematográfico, o disco fonográfico ou fita de dita-
absolvição cabe recurso para o Tribunal Regio- fone a que se incorpore declaração ou imagem
destinada à prova de fato juridicamente relevante.
nal, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 363. Se a decisão do Tribunal Regional for
condenatória, baixarão imediatamente os autos à
instância inferior para a execução da sentença,
que será feita no prazo de 5 (cinco) dias, contados
da data da vista ao Ministério Público.
Parágrafo único. Se o órgão do Ministério Público
deixar de promover a execução da sentença serão
aplicadas as normas constantes dos parágrafos 3º,
4º e 5º do Art. 357. Artigo Crime Pena
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes Reclusão até 5
eleitorais e dos comuns que lhes forem conexos, Inscrever-se fraudulenta- anos e paga-
assim como nos recursos e na execução, que lhes 289
mente eleitor. mento de 5 a
digam respeito, aplicar-se-á, como lei subsidiária 15 dias-multa.
ou supletiva, o Código de Processo Penal.
Induzir alguém a se ins- Reclusão até 2
Capítulo II - Dos Crimes Eleitorais crever eleitor com infração anos e paga-
290
CRIMES ELEITORAIS NA TABELA ABAIXO de qualquer dispositivo do mento de 15 a
Código Eleitoral. 30 dias-multa.
Art. 294. (Revogado pela Lei n.º 8.868/94).
Reclusão até 5
Art. 322. (Revogado pelo art. 107 da Lei n.º Efetuar o Juiz, fraudulen-
anos e paga-
9.504/97). 291 tamente, a inscrição de
mento de 5 a
alistando.
Art. 327. As penas cominadas nos arts. 324, 325 e 15 dias-multa.
326, aumentam-se de um terço, se qualquer dos
crimes é cometido: Negar ou retardar a autori-
Pagamento de
dade judiciária, sem fun-
292 30 a 60 dias-
I - contra o Presidente da República ou chefe de damento legal, a inscrição
multa.
governo estrangeiro; requerida.
II - contra funcionário público, em razão de suas Detenção de 15
funções; Perturbar ou impedir de dias a 6 meses
III - na presença de várias pessoas, ou por meio 293 qualquer forma o alista- ou pagamento
mento. de 30 a 60
que facilite a divulgação da ofensa. dias-multa.
Arts. 328. (Revogado pelo art. 107 da Lei n.º
9.504/97). Detenção até
dois meses ou
Arts. 329. (Revogado pelo art. 107 da Lei n.º Reter título eleitoral contra
295 pagamento de
9.504/97). a vontade do eleitor.
30 a 60 dias-
multa.
Art. 330. Nos casos dos arts. 328 e 329 se o agente
repara o dano antes da sentença final, o Juiz pode Detenção até
reduzir a pena. Promover desordem que dois meses e
Art. 333. (Revogado pelo art. 107 da Lei n.º 296 prejudique os trabalhos pagamento de
9.504/97). eleitorais. 60 a 90 dias-
multa.

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Parte 05 Direito Eleitoral


e alimentação de eleitores,
Detenção até
impressão, publicidade e
seis meses e
Impedir ou embaraçar o divulgação de matéria
297 pagamento de
exercício do sufrágio. eleitoral.
60 a 100 dias-
multa.
Ocultar, sonegar, açam-
barcar ou recusar no dia
Prender ou deter eleitor,
da eleição o fornecimento,
membro de Mesa Recepto-
normalmente a todos, de Pagamento de
ra, Fiscal, Delegado de Reclusão até
298 304 utilidades, alimentação e 250 a 300 dias-
partido ou candidato, com quatro anos.
meios de transporte, ou multa.
violação do disposto no
1 conceder exclusividade
art. 236 .
dos mesmos a determina-
do partido ou candidato.
Dar, oferecer, prometer,
solicitar ou receber, para si
Intervir autoridade estra- Detenção até
ou para outrem, dinheiro, Reclusão até
nha à Mesa Receptora, seis meses e
dádiva, ou qualquer outra quatro anos e
305 salvo o Juiz Eleitoral, no pagamento de
299 vantagem, para obter ou pagamento de
seu funcionamento sob 60 a 90 dias-
dar voto e para conseguir 5 a 15 dias-
qualquer pretexto. multa.
ou prometer abstenção, multa.
ainda que a oferta não seja
Não observar a ordem em Pagamento de
aceita.
306 que os eleitores devem ser 15 a 30 dias-
chamados a votar. multa.
Valer-se o servidor público
da sua autoridade para
Reclusão até
coagir alguém a votar ou
Detenção até 6 Fornecer ao eleitor cédula cinco anos e
não votar em determinado
meses e pa- 307 oficial já assinalada ou por pagamento de
candidato ou partido. Se o
300 gamento de 60 qualquer forma marcada. 5 a 15 dias-
agente é membro ou fun-
a 100 dias- multa.
cionário da Justiça Eleito-
multa.
ral e comete o crime pre-
Rubricar e fornecer a cé- Reclusão até
valecendo-se do cargo a
dula oficial em outra opor- cinco anos e
pena é agravada.
308 tunidade que não a de pagamento de
entrega da mesma ao 60 a 90 dias-
Usar de violência ou grave
eleitor. multa.
ameaça para coagir al- Reclusão até
guém a votar, ou não vo- quatro anos e
Votar ou tentar votar mais
301 tar, em determinado can- pagamento de Reclusão até
309 de uma vez, ou em lugar
didato ou partido, ainda 5 a 15 dias- três anos.
de outrem.
que os fins visados não multa.
sejam conseguidos.
Praticar, ou permitir o
membro da Mesa Recepto- Detenção até
Promover, no dia da elei-
ra que seja praticada, seis meses ou
ção, com o fim de impedir,
Reclusão de 310 qualquer irregularidade pagamento de
embaraçar ou fraudar o
quatro (4) a que determine a anulação 90 a 120 dias-
exercício do voto a con-
seis (6) anos e de votação, salvo no caso multa.
302 centração de eleitores, sob
pagamento de do art. 311 (vide abaixo).
qualquer forma, inclusive o
200 a 300 dias-
fornecimento gratuito de
multa. Detenção até
alimento e transporte cole-
Votar em Seção Eleitoral um mês ou
tivo.
em que não está inscrito, pagamento de
salvo nos casos expres- 5 a 15 dias-
Majorar os preços de utili- Pagamento de 311 samente previstos, e per- multa para o
303 dades e serviços necessá- 250 a 300 dias- mitir, o Presidente da Me- eleitor e de 20
rios à realização de elei- multa. sa Receptora, que o voto a 30 dias-multa
ções, tais como transporte
seja admitido. para o Presi-
1
dente da Mesa.
Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias
antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento
da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante
Violar ou tentar violar o Detenção até
312
delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime sigilo do voto. dois anos.
inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
§ 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de partido, Deixar o Juiz e os mem-
durante o exercício de suas funções, não poderão ser detidos ou bros da Junta de expedir o
presos, salvo o caso de flagrante delito; da mesma garantia boletim de apuração ime- Pagamento de
gozarão os candidatos desde 15 (quinze) dias antes da eleição. 313 diatamente após a apura- 90 a 120 dias-
§ 2º Ocorrendo qualquer prisão o preso será imediatamente ção de cada urna e antes multa.
conduzido à presença do juiz competente que, se verificar a
ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá a responsabili-
de passar à subseqüente,
dade do coator. sob qualquer pretexto e
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Parte 05 Direito Eleitoral


ainda que dispensada a multa.
expedição pelos Fiscais,
Delegados ou candidatos Inscrever-se o eleitor, Pagamento de
presentes. Nas Seções 320 simultaneamente, em dois 10 a 20 dias-
Eleitorais em que a conta- ou mais partidos. multa.
gem for procedida pela
Mesa Receptora incorrerão Detenção até
na mesma pena o Presi- Colher assinatura do elei- dois meses ou
dente e os Mesários que 321 tor em mais de uma ficha pagamento de
não expedirem imediata- de registro de partido. 20 a 40 dias-
mente o respectivo bole- multa.
tim.
Divulgar, na propaganda,
Deixar o Juiz e os mem- fatos que sabe inverídicos,
Detenção de
bros da Junta de recolher em relação a partidos ou
dois meses a
as cédulas apuradas na candidatos e capazes de
um ano ou
respectiva urna, fechá-la e 323 exercerem influência pe-
pagamento de
lacrá-la, assim que termi- rante o eleitorado. A pena
120 a 150 dias-
nar a apuração de cada é agravada se o crime é
multa
Seção e antes de passar à cometido pela imprensa,
subseqüente, sob qualquer rádio ou televisão.
Detenção até
pretexto e ainda que dis-
dois meses ou
pensada a providência Caluniar alguém, na pro-
314 pagamento de
pelos Fiscais, Delegados paganda eleitoral, ou vi-
90 a 120 dias-
ou candidatos presentes. sando fins de propaganda,
multa.
Nas Seções Eleitorais em imputando-lhe falsamente
que a contagem dos votos fato definido como crime.
for procedida pela Mesa Nas mesmas penas incor-
Receptora incorrerão na re quem, sabendo falsa a
mesma pena o Presidente imputação, a propala ou
e os Mesários que não divulga. A prova da verda-
fecharem e lacrarem a de do fato imputado exclui
urna após a contagem. o crime, mas não é admiti- Detenção de
da: seis meses a
Alterar nos mapas ou nos dois anos e
324 I - se, constituindo o fato
boletins de apuração a Reclusão até pagamento de
imputado crime de ação
votação obtida por qual- cinco anos e 10 a 40 dias-
privada, o ofendido, não foi
315 quer candidato ou lançar pagamento de multa.
condenado por sentença
nesses documentos vota- 5 a 15 dias-
irrecorrível;
ção que não corresponda multa.
às cédulas apuradas. II - se o fato é imputado ao
Presidente da República
Não receber ou não men- ou chefe de governo es-
Reclusão até
cionar nas atas da eleição trangeiro;
cinco anos e
ou da apuração os protes-
316 pagamento de III - se do crime imputado,
tos devidamente formula-
5 a 15 dias- embora de ação pública, o
dos ou deixar de remetê-
multa. ofendido foi absolvido por
los à instância superior.
sentença irrecorrível.
Violar ou tentar violar o Reclusão de
Difamar alguém, na propa-
317 sigilo da urna ou dos invó- três a cinco
ganda eleitoral, ou visando
lucros. anos.
a fins de propaganda,
imputando-lhe fato ofensi- Detenção de
Efetuar a Mesa Receptora Detenção até
2 vo à sua reputação. A três meses a
a contagem dos votos da um mês ou
325 exceção da verdade so- um ano e pa-
318 urna quando qualquer pagamento de
mente se admite se o gamento de 5 a
eleitor houver votado sob 30 a 60 dias-
ofendido é funcionário 30 dias-multa.
impugnação. multa.
público e a ofensa é relati-
va ao exercício de suas
Subscrever o eleitor mais Detenção até
funções.
319 de uma ficha de registro de um mês ou
um ou mais partidos. pagamento de
Injuriar alguém, na propa-
10 a 30 dias- Detenção até
ganda eleitoral, ou visando
a fins de propaganda, seis meses, ou
2 326 ofendendo-lhe a dignidade pagamento de
Art. 190. Não será efetuada a contagem dos votos pela mesa
ou o decoro. O Juiz pode 30 a 60 dias-
se esta não se julgar suficientemente garantida, ou se qualquer
eleitor houver votado sob impugnação, devendo a mesa, em um deixar de aplicar a pena se multa.
ou outro caso, proceder na forma determinada para as demais, o ofendido, de forma re-
das zonas em que a contagem não foi autorizada.
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Parte 05 Direito Eleitoral


provável, provocou direta-
Destruir, suprimir ou ocul-
mente a injúria ou no caso
tar urna contendo votos,
de retorsão imediata, que
ou documentos relativos à Reclusão de
consista em outra injúria.
eleição. Se o agente é dois a seis
339 membro ou funcionário da anos e paga-
Detenção de
Justiça Eleitoral e comete mento de 5 a
três meses a
o crime prevalecendo-se 15 dias-multa.
um ano e pa-
Se a injúria consiste em do cargo, a pena é agra-
gamento de 5 a
violência ou vias de fato, vada.
20 dias-multa,
326 § 2º que, por sua natureza ou
além das penas
meio empregado, se con- Fabricar, mandar fabricar,
corresponden-
siderem aviltantes. adquirir, fornecer, ainda
tes à violência
que gratuitamente, subtrair
prevista no Reclusão até
ou guardar urnas, objetos,
Código Penal. três anos e
mapas, cédulas ou papéis
de uso exclusivo da Justi- pagamento de
Detenção até 340 3 a 15 dias-
ça Eleitoral. Se o agente é
Inutilizar, alterar ou pertur- seis meses ou multa.
membro ou funcionário da
331 bar meio de propaganda pagamento de
Justiça Eleitoral e comete
devidamente empregado. 90 a 120 dias-
o crime prevalecendo-se
multa.
do cargo, a pena é agra-
vada.
Detenção até
seis meses e
Impedir o exercício de Retardar a publicação ou
332 pagamento de
propaganda. não publicar, o diretor ou
30 a 60 dias- Detenção até
qualquer outro funcionário
multa. um mês ou
de órgão oficial federal,
341 pagamento de
estadual, ou municipal, as
Detenção de 30 a 60 dias-
Utilizar organização co- decisões, citações ou
seis meses a multa.
mercial de vendas, distri- intimações da Justiça
um ano e cas-
buição de mercadorias, Eleitoral.
334 sação do regis-
prêmios e sorteios para
tro se o res-
propaganda ou aliciamento Não apresentar o órgão do
ponsável for Detenção até
de eleitores. Ministério Público, no
candidato. dois meses ou
prazo legal, denúncia ou
342 pagamento de
deixar de promover a exe-
Fazer propaganda, qual- 60 a 90 dias-
cução de sentença conde-
quer que seja a sua forma, Detenção de multa.
natória.
em língua estrangeira. três a seis
Além da pena cominada, meses e pa-
335 Detenção até
esta infração importa a gamento de 30
dois meses ou
apreensão e perda do a 60 dias- Não cumprir o Juiz o dis-
343 4 pagamento de
material utilizado na pro- multa. posto no § 3º do art. 357 .
60 a 90 dias-
paganda.
multa.
Participar, o estrangeiro ou
Detenção até
brasileiro que não estiver
Recusar ou abandonar o dois meses ou
no gozo dos seus direitos
344 serviço eleitoral sem justa pagamento de
políticos, de atividades
causa. 90 a 120 dias-
partidárias, inclusive comí-
multa.
cios e atos de propaganda Detenção até
em recintos fechados ou seis meses e
Não cumprir qualquer
337 abertos. Na mesma pena pagamento de
funcionário dos órgãos da
incorrerá o responsável 90 a 120 dias- Pagamento de
Justiça Eleitoral, nos pra-
pelas emissoras de rádio multa. 345 30 a 60 dias-
zos legais, os deveres
ou televisão que autorizar multa.
impostos pelo Código
transmissões de que parti-
Eleitoral.
cipem, bem como o diretor
de jornal que lhes divulgar
346 Violar o disposto no art. Detenção até
os pronunciamentos. 5
377 . Incorrerão na pena, seis meses e
Não assegurar o funcioná- Pagamento de
338 rio postal a prioridade 30 a 60 dias- 4
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público ofe-
3
prevista no art. 239 . multa. recerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias. (...)
§ 3º Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no
prazo legal representará contra ele a autoridade judiciária, sem
3
Art. 239. Aos partidos políticos é assegurada a prioridade prejuízo da apuração da responsabilidade penal.
5
postal durante os 60 (sessenta) dias anteriores à realização das Art. 377. O serviço de qualquer repartição, federal, estadual,
eleições, para remessa de material de propaganda de seus municipal, autarquia, fundação do Estado, sociedade de econo-
candidatos registrados. mia mista, entidade mantida ou subvencionada pelo poder públi-
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Parte 05 Direito Eleitoral


além da autoridade res- pagamento de mento de 3 a
ponsável, os servidores 30 a 60 dias- 10 dias-multa
que prestarem serviços e multa se o documen-
os candidatos, membros to é particular.
ou diretores de partido que
derem causa à infração. Fazer uso de qualquer dos
A cominada à
documentos falsificados ou
353 falsificação ou
Recusar alguém cumpri- Detenção de alterados, a que se refe-
à alteração.
mento ou obediência a três meses a rem os arts. 348 a 352.
diligências, ordens ou um ano e pa-
347
instruções da Justiça Elei- gamento de 10 Obter, para uso próprio ou
toral ou opor embaraços à a 20 dias- de outrem, documento A cominada à
sua execução. multa. 354 público ou particular, mate- falsificação ou
rial ou ideologicamente à alteração.
Falsificar, no todo ou em falso para fins eleitorais.
parte, documento público,
ou alterar documento pú-
blico verdadeiro, para fins
eleitorais. Se o agente é “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em
Reclusão de vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia
funcionário público e co-
dois a seis de Jesus Cristo”. (Filipenses 1:6)
mete o crime prevalecen-
348 anos e paga-
do-se do cargo, a pena é

Anotações
mento de 15 a
agravada. Para os efeitos
30 dias-multa.
penais, equipara-se a
documento público o ema-
nado de entidade paraes-
tatal, inclusive fundação do
Estado.
______________________________________

Falsificar, no todo ou em Reclusão até


______________________________________

349
parte, documento particu-
lar ou alterar documento
cinco anos e
pagamento de
______________________________________
particular verdadeiro, para
fins eleitorais
3 a 10 dias-
multa.
______________________________________

Omitir, em documento
______________________________________
público ou particular, de-
claração que dele devia
Reclusão até ______________________________________
cinco anos e
constar, ou nele inserir ou
fazer inserir declaração
pagamento de ______________________________________
5 a 15 dias-
falsa ou diversa da que
devia ser escrita, para fins
multa, se o ______________________________________
documento é
______________________________________
eleitorais. Se o agente da
350 público, e re-
falsidade documental é
clusão até três
______________________________________
funcionário público e co-
anos e paga-
mete o crime prevalecen-
mento de 3 a
do-se do cargo ou se a
falsificação ou alteração é
10 dias-multa, ______________________________________
se o documen-
de assentamentos de
registro civil, a pena é
to é particular. ______________________________________
agravada.
______________________________________
Reclusão até
cinco anos e ______________________________________
Reconhecer, como verda- pagamento de
deira, no exercício da 5 a 15 dias- ______________________________________
352 função pública, firma ou multa se o
letra que o não seja, para documento é ______________________________________
fins eleitorais. público, e re-
clusão até três ______________________________________
anos e paga-
______________________________________
______________________________________
co, ou que realiza contrato com este, inclusive o respectivo
prédio e suas dependências não poderá ser utilizado para bene-
ficiar partido ou organização de caráter político.
Parágrafo único. O disposto neste artigo será tornado efetivo, a ______________________________________
qualquer tempo, pelo órgão competente da Justiça Eleitoral,
conforme o âmbito nacional, regional ou municipal do órgão ______________________________________
infrator mediante representação fundamentada partidário, ou de
qualquer eleitor.
54 Atualizada 29/11/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

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