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Sequências

por
Abı́lio Lemos

Universidade Federal de Viçosa


Departamento de Matemática-CCE
Aulas de MAT 147 - 2020

12 e 17 de março de 2020

Abı́lio Lemos Departamento de Matemática – UFV


Definição 1
Uma sequência ou uma sucessão é uma função onde o domı́nio é
N, ou seja, f : N → C , onde C pode ser R ou C.

Neste curso estudaremos apenas as sequências cujo o


contra-domı́nio é R.
Exemplos:
1 1 1
0; 1; 2; 3; . . . n; . . . ou ln 2 ; ln 3 , . . . ; ln n ; . . .

Notação:
a1 ; a2 ; a3 ; . . . an ; . . . que pode ser representado por {an }∞
n=1 ou
simplesmente por {an } ou (an );
Uma sequência também pode ser definida por uma fórmula de
recorrência. Por exemplo a sequência de Fibonacci: a1 = 1,
a2 = 1 e an = an−1 + an−2 , n ≥ 3. Os primeiros termos são:
1; 1; 2; 3; 5; 8; 13; 21; . . . .

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Definição 2
(i) Dada uma sequência (an ), dizemos que o número L ∈ R é o
limite de (an ) e escrevemos limn→∞ an = L ou (an ) → L se,
para todo  > 0, existe N tal que se n > N, então |an − L| < ;
(ii) Dada uma sequência (an ), limn→∞ an = ∞ ou (an ) → ∞ se
para cada número positivo M existe um inteiro N tal que se
n > N, então an > M.

OBS: Se a sequência (an ) tem limite L, dizemos que ela é


convergente e que converge para L. Caso contrário, dizemos que
ela diverge.
Prove usando a definição que:
 
1
(a) → 0;
n
 
n
(b) → 1.
n+1

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Propriedades das Sequências: Sejam (an ), (bn ) duas sequências
convergentes, isto é, limn→∞ an = L1 e limn→∞ bn = L2 ,
L1 , L2 ∈ R. Então:
(i) limn→∞ (an ± bn ) = limn→∞ an ± limn→∞ bn = L1 ± L2 ;
(ii) limn→∞ (an · bn ) = limn→∞ an · limn→∞ bn = L1 · L2 ;
(iii) limn→∞ (an /bn ) = limn→∞ an / limn→∞ bn = L1 /L2 , L2 6= 0;
(iv) limn→∞ k · an = k limn→∞ an = k · L1 , k ∈ R;
(v) limn→∞ (an )p = (limn→∞ an )p = Lp1 , se p > 0 e L1 > 0;
n2
 
π
Exemplo: Prove que sen é convergente e determine
2n + 1 n
seu limite.

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Teorema da Substituição: Seja f uma função tal que f (n) = an ,
quando n ∈ N. Então
(i) Se limx→∞ f (x) = L, então limn→∞ an = L, com
L ∈ R, L = ∞ ou L = −∞;
(ii) Se f é crescente, então (an ) é crescente (lembre-se que a
sequência é uma função);
(iii) Se f é decrescente, então (an ) é decrescente.

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Exemplos
1 1
(a) lim r
= 0, r > 0, pois lim r = 0, r > 0;
n→∞ n x→∞ x
ln n ln x
(b) lim = 0, pois lim = 0;
n→∞ n x→∞ x
n
1 x
  
1
(c) lim 1 + = e, pois lim 1 + = e;
n→∞ n x→∞ x
1 1
(d) lim n n = 1, pois lim x x = 1;
n→∞ x→∞
Teorema do Confronto: Se an ≤ bn ≤ cn , para n > n0 e
limn→∞ an = limn→∞ cn= L, então
 limn→∞ bn = L.
(−1)n
Exemplo: A sequência é convergente?
n

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Teorema: Se limn→∞ |an | = 0, então limn→∞ an = 0.
Exemplo:  Podemos usar esse teorema para provar que a sequência
(−1)n

é convergente.
n
Teorema: Se limn→∞ an = L e se a função f for contı́nua em L,
então limn→∞ f (an ) = f (L).
Exemplos
π π
(a) lim cos( ) = cos( lim ) = cos 0 = 1;
n→∞ n s
n→∞ n


r  
1 1
(b) lim +1= lim + 1 = 1 = 1.
n→∞ n n→∞ n

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