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Iter Criminis

- COGITAÇÃO (COGITATIO)
- ATOS PREPARATÓRIOS (CONATUS REMOTUS)
- ATOS EXECUTÓRIOS (CONATUS PROXIMUS)
- CONSUMAÇÃO (CONSUMATIO)
-EXAURIMENTO

E COMO A FGV PODE COBRAR ISSO NO XXII EXAME?

Analise as alternativas abaixo indicando a única correta:

A) O começo da execução do delito corresponde obrigatoriamente ao início da sua consumação, em decorrên-


cia da prática do(s) verbo(s) nuclear(es) do tipo.
B) A fase de mera cogitação não suscita possibilidade de tutela penal punitiva, em decorrência do denominado
doutrinariamente de “Direito à Perversão”.
C) Os atos que, conforme o plano do autor, são imediatamente anteriores ao começo da execução da ação típica
não podem ser objeto de tutela punitiva penal, seja dentro do contexto do iter criminis seja analisados isoladamen-
te mediante aplicação da “Teoria do Recorte”.
D) A fase de exaurimento influência para a imputação da pena por parte do magistrado no momento da condena-
ção.

CRIME TENTADO E CRIME CONSUMADO

Art. 14. Diz-se o crime:

I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;

CRIME TENTADO

Art. 14. Diz-se o crime:

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

E COMO A FGV PODE COBRAR ISSO NO XXII EXAME?

No que se refere ao crime consumado e ao crime tentado, assinale a opção correta.

A) Os atos preparatórios de um crime de homicídio, a ser executado com o emprego de arma de fogo que possui
a numeração raspada, não caracterizam a tentativa e não podem constituir crime autônomo.
B) Policiais surpreenderam João portando uma chave-mestra enquanto circulava próximo a uma loja no interior de
um shopping center em atitude suspeita. Nesse caso, João responderá por tentativa de furto, pois, devido ao porte
da chave-mestra, os policiais puderam inferir que ele pretendia furtar um veículo no estacionamento.
C) José deflagrou seis tiros em seu desafeto, quantidade total de munições trazia consigo, que foi socorrido e
sobreviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José. Nesse caso, está configurada a tentativa imperfeita.
D) Maria entrou em uma loja de cosméticos e furtou um frasco de creme hidratante, em um momento de descuido
da vendedora. Nesse caso, a consumação do crime ocorreu com a mera detenção do bem subtraído, ainda que
Maria não consiga ter a posse mansa e pacífica do bem.

DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ

Artigo 15, Código Penal. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o
resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.

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E COMO A FGV PODE COBRAR ISSO NO XXII EXAME?

No dia 03.02.2015, Daniel ingressou na residência da família Silva com a intenção de praticar um crime de
roubo com emprego de arma branca. Já no interior da residência, com uma faca na mão, mas antes de
subtrair qualquer bem, encontra uma foto de todos os membros da família abraçados.

Comovido com aquela imagem, decide deixar a residência antes mesmo de ser visto por qualquer pessoa,
não levando qualquer bem. Considerando a situação hipotética narrada, é correto afirmar que Daniel res-
ponderá pelo(s):

A) crime de roubo majorado pelo emprego de arma, cabendo redução da pena em 1/3 a 1/2 em razão da tentati-
va;
B) atos já praticados, mas não pelo crime de roubo, já que houve desistência voluntária;
C) crime de roubo majorado pelo emprego de arma, cabendo redução da pena em 1/3 a 2/3 em razão da tentati-
va;
D) atos já praticados, mas não pelo crime de roubo, já que houve arrependimento eficaz.

ARREPENDIMENTO POSTERIOR

Artigo 16, do Código Penal.

Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o re-
cebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

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E COMO A FGV PODE COBRAR ISSO NO XXII EXAME?

Assinale a opção correta a respeito dos institutos da desistência voluntária, do arrependimento eficaz e do
arrependimento posterior.

A) A voluntariedade e a espontaneidade da interrupção da execução do crime são requisitos caracterizadores


fundamentais das hipóteses de desistência voluntária.
B) Conforme previsto no CP, a consequência penal do arrependimento eficaz é a mesma do arrependimento pos-
terior.
C) Caso a restituição da coisa ou a reparação do dano se dê até o recebimento da denúncia, configurar-se-á o
arrependimento posterior. Caso se dê após o recebimento da denúncia e até a sentença, a restituição ou repara-
ção será considerada circunstância atenuante.
D) No arrependimento posterior, o agente pratica todos os atos executórios, e, arrependido, assume nova condu-
ta, visando impedir que o resultado inicialmente almejado se concretize.

CRIME IMPOSSÍVEL

Artigo 17, do Código Penal.

Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é im-
possível consumar-se o crime.

ATENÇÃO!!!!

Súmula 567-STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no
interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.

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