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LIÇÃO 08

A ENTRADA DO PECADO E SUAS CONSEQUENCIAS NO MUNDO

PONTO DE PARTIDA

Era de muito privilégio a posição do homem no Jardim do Éden. Observamos através de


toda a criação realizada no Gênesis, que com muito amor e carinho, Deus preparou um
paraíso e o entregou nas mãos de Adão e Eva para governar se asenhorar de tudo, incluindo
toda a alma vivente do planeta, Gn 1. 28-30; 2.8. Deus entregou tudo isso nas mãos do
primeiro casal, apenas com uma advertência: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal,
dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”, Gn 2.17. Nesta lição iremos
discorrer acerca da tentação, do pecado, e seus efeitos maléficos na humanidade.

INTRODUÇÃO

Duas árvores importantes marcam a história da vida humana no Éden. A árvore da vida e a
arvora da ciência do bem e do mal. Até os tempos do fim, essas árvores estarão diante de
toda a humanidade, não no Jardim, não como árvores, mas como opções de escolha entre a
obediência e desobediência. A árvore da vida era acessível, mas a do bem e do mal era
proibida, Gn 2. 16.17. O fato mais intrigante entre essas árvores é que foi o próprio Senhor
quem as fez brotar. Uma condicionava o homem a viver e ser saudável, a outra não somente
era mortal, como também lhe colocaria em inimizade com o seu criador. Porém, a árvore
proibida era boa, possuía um fruto bom para se comer, era agradável aos olhos e desejável,
Gn 2.6. Em que consistia esta “boa aparência” não sabemos, mas o registro Divino parece
indicar que esta árvore era objeto de beleza e prazer. E foi exatamente ai que Satanás usou
de astúcia para ativar na mulher um desejo por coisas proibidas. Para isto ele influenciou a
mulher despertando nela a ambição, o desejo ardente de obter conhecimento igual ou maior
ao conhecimento de Deus.

Gn 3.1-8;
Rm 3.23-26

“Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.” Sl 119.11

Deus abomina o pecado.

Objetivo
Mostrar as origens da tentação, os efeitos maléficos da queda e a misericórdia divina.
Participação Total
Elabore cartazes (com cartolina ou outro papel disponível) e destaque em cada um, os
versículos-chaves, os pontos importantes, a seqüência dos fatos, etc. Você deve usar sua
criatividade para confeccioná-los. Procure utilizar figuras, pois esse recurso ajuda na
fixação da lição. Desenvolva toda a aula baseada neste recurso didático. Distribua para
pequenos grupos uma folha em branco para que os alunos escrevam suas conclusões
sobre a lição, os pontos que mais os marcaram, ou até mesmo as possíveis dúvidas. Essas
observações deverão ser apresentadas por eles à classe. Antes de iniciar o primeiro
tópico, relembre, através de perguntas, a ordem da criação, dia por dia, e comente sobre o
jardim do Éden.

1 A origem da tentação

A inocência do primeiro casal é fator de destaque no ato da tentação. Eva conversava


livremente com a mais astuta alimária do campo, sem perceber que por trás de suas
palavras estava a voz do astuto Satanás. Através dos lábios da serpente, Satanás lançou
duvida sobre o que Deus havia falado: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda
árvore do jardim?” Gn 3.1. Satanás fazia Eva pensar que Deus agia por inveja ou ciúme.
Não queria que o homem fosse igual a Ele. Então disse a mulher: “Deus sabe que no dia em
que dele comerdes, abrir-se-vos-ão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e
do mal” Gn 3.5. Quando a mulher percebeu a suposta camuflagem de Deus, ardeu de
impaciência por comer do fruto proibido. Essas palavras enigmáticas aguçaram sua
curiosidade: “Abrir-se-vos-ão os olhos e conhecereis o bem e o mal”.
Não há com explicar porque Eva desejou ter entendimento. Certamente, Deus se
revelaria. Todos os dias Ele descia na viração do dia para conversar com o homem e tudo
corria muito bem no jardim. Adão era correto, cumpridor de seus deveres. Será lhes faltava
algo? É assim que age a tentação. Ela produz um desejo pelo proibido, pelo que não nos
pertence e principalmente, pelo que nunca nos fez falta alguma. Realmente, eles
conheceram o bem e mal. Mas, o que isso lhes trouxe de bem, senão o mal. O homem
conhece o mal como um paciente conhece a doença que lhe molesta, mas Deus o conhece
como um médico conhece um paciente contaminado por um vírus letal. Essa é a diferença.
O único conhecimento que veio ao homem após comer do fruto foi que estava despido. Em
vez de se tornar igual a Deus, descobriu que já não possuía mais Sua essência.
discernimento ao servo que lhe pede! Portanto, busque em Deus

Comentário
Alerte seus alunos quanto a necessidade de estarmos vigilantes e em oração, pois a oração e
o jejum são armas poderosas para lutarmos contra as astutas ciladas de Satanás. Ensine-lhes
que ele é sagaz e utiliza diversos agentes para nos fazer tropeçar. Mostre-lhes que no caso
de Eva, seu instrumento foi alguém que Eva jamais desconfiaria. É preciso ter cuidado e
orar a Deus constantemente para que Ele nos dê discernimento para ver os ardis do inimigo.

2 A sutileza da tentação

É muito comum Satanás trabalhar por meio de agentes. Em sua astúcia ele utilizou a
serpente, uma criatura da qual Eva não desconfiava. A sutileza é mencionada como uma
característica distinta da serpente, Mt 10.16. Com grande astúcia ela oferece sugestões, as
quais, ao serem abraçadas, abrem caminho a desejos e atos pecaminosos. Ela começa
falando com uma mulher, o vaso mais frágil, que além dessa circunstância, não tinha
ouvido diretamente a proibição divina, Gn 2.16.17. E ela espera até que Eva esteja só, e
quando se aproxima, torce as palavras de advertência proferidas pelo Senhor, Gn. 3.1;
2.16.17, e então finge surpresa por estarem assim torcidas; dessa maneira ela astutamente
semeia dúvida e suspeitas no coração da ingênua mulher, e ao mesmo tempo insinua que
está bem qualificada para ser juiz quanto à justiça de tal proibição.

Comentário
Ensine aos seus alunos que a mesma sutileza usada por Satanás no jardim do Éden ainda
impera em nossos dias. Diga-lhes que a arma principal das seitas heréticas que
discordam, alteram e contradizem as verdades bíblicas é a duvida quanto ao que Deus
disse e a desobediência aos princípios morais e eternos da Santa Escritura. Alerte-os para
o fato de que muitos jovens se esfriaram por buscar um evangelho fútil e satisfatório, sem
o compromisso da santidade. Os tais foram envolvidos em falsas afirmações do inimigo,
as quais despertaram duvidas em suas mentes, e desviando-os da verdade, lhes
conduziram para longe da real presença de Deus.

Adão e Eva sabiam a respeito da existência do mal. O senhor os alertou que a árvore era do bem e do
mal. A unica coisa que não sabiam e o que sentiriam ao provar de seu fruto proibido. A serpente
conseguiu convencer a Eva de que nada lhe aconteceria se comesse do fruto, que conheceria o bem e o
mal e que isso seria bom. Satanás trabalha ainda da mesma maneira. Seduzindo as pessoas a buscarem
algo que não podem ter. Alguns buscam a fama, outros o renome, outros satisfação. Mas, não
compreendem a vida É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece, Tg 4.14. As
tentações e sugestões agradáveis produzidas pelo mestre da ilusão que é Satanás, só trazem dores,
remorsos e desventuras. Ao abrirem-se os olhos de Adão e Eva, o conhecimento que tiveram foi um
sentimento de culpa que os levou a não mais se aproximar de Deus e temê-lo. Conheceram logo seu
estado de nudez e esconderam-se entre as árvores do jardim, Gn 3.7.8. A nudez física passou a ser
paresentada como um quadro de uma consciência nua ou culpada. Os distúrbios emocionais refletem-se
muitas vezes em nossas feições. Alguns comentadores sustentam que antes da queda, Adão e Eva
estavam vestidos com auréola ou traje de luz, que era um sinal da comunhão com Deus e do domínio do
espírito sobre o corpo. Quando pecaram, essa comunhão foi interrompida; o corpo venceu o espírito e ali
começou esse conflito entre a carne e o espírito, que tem sido a causa de tanta miséria, Rm 7.14-24.

Comentário
Ambas as árvores foram plantadas num jardim. A primeira no jardim do Éden, a
segunda, num jardim sem denominação. “No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um
jardim” Jo 19.41. Isto não nos é dito, por alguma razão, para que relacionássemos as duas
árvores? Não seria um aspecto analógico impressionante que ambos, o primeiro Adão e o
último Adão, morressem também em um “jardim”?

3 Os malefícios do pecado e a graça de um Deus amoroso.


Tudo o que o homem deveria faze era obedecer e mais nada. Através da manutenção dos
mandamentos deveria ter sido espiritual até mesmo em sua carne. Todavia, através de sua
tola atitude se tornou carnal até mesmo em seu espírito. E assim como em seu orgulho, ele
buscou ser sua própria satisfação, Deus, no exercício de Sua justiça, o abandonou em si
mesmo, não para viver na independência absoluta que ansiava, mas, no lugar da liberdade
que desejava. Assim, o homem passou a viver insatisfeito consigo mesmo em uma sujeição
dura e miserável a quem, através do pecado, havia se submetido. Ele foi condenado, a
despeito de si mesmo, a morrer em corpo assim como havia se tornado, por vontade
própria, morto em espírito, condenado até mesmo à morte eterna (caso a graça de Deus não
tivesse se manifestado e não houvesse uma promessa de redenção) porque havia renunciado
à vida eterna através de sua desobediência. Quando Deus o procurou, já sabia o que havia
acontecido, mas esperava que o homem dissesse: “comi do fruto que o Senhor me disse
para não comer”. Mas, infelizmente, ele culpou o próprio criador por sua errada atitude,
dizendo que se Deus não lhe tivesse dado Eva com esposa ele não teria comido do fruto,
Gn 3.11.12. Deus em sua rica misericórdia fez túnicas de peles e vestiu a ambos, como um
sinal de que o homem havia perdido a primeira roupagem, mas o Senhor iria prover uma
segunda, que era o Cristo. Por fim, o Senhor mandou o homem embora do jardim do Éden,
para que fosse cuidar da terra da qual tinha sido formado. Em seguida, colocou poderosos
anjos a leste do jardim. Colocou também uma brilhante espada que não parava de se mover
para vigiar o caminho que levava à Árvore da vida, Gn 3.23.24. Deus tira Adão e Eva do
jardim do Éden como uma prova imensa de cuidado e amor; porque, se o homem comesse
da árvore da vida que estava no meio do jardim após ter pecado e morrido espiritualmente,
então, ele viveria separado de Deus eternamente.

Comentário

Na criação, o homem tinha a capacidade para morrer ou para não morrer. Deus advertiu
Adão de que se ele comesse do fruto proibido, morreria. Esta advertência foi negada pela
serpente, que alegou que Adão e Eva não morreriam, mas se tornariam como deuses.
Notamos rapidamente que Deus havia ameaçado a morte imediata, Gn 2.17. Porém Adão e
Eva não experimentaram a morte física no mesmo dia da sua transgressão. Fica claro que a
penalidade “real” para o pecado foi a morte espiritual, a qual aconteceu imediatamente.

4 A segunda árvore do jardim é Cristo

A árvore da ciência do bem e do mal era atrativa, desejável para dar entendimento e boa
para se comer. Porém, não nos esqueçamos que a segunda árvore (uma representação de
Cristo) certamente também é “boa para se comer”, Gn 2.9; 3.6. A Cruz de Cristo e tudo o
que ela representa é o próprio alimento e essência da vida do crente. É “bom” como
“alimento” para a alma! E quão “agradável” é aos “olhos da fé”! Nela vemos todos os
nossos pecados cancelados. Nela, vemos nosso velho homem crucificado. Nela vemos a
base sobre a qual um Santo Deus pode encontrar-se com um pecador culpado. Ali vemos a
Obra Consumada de nosso adorável Redentor. Verdadeiramente, é “agradável aos olhos”.
Não é esta segunda Árvore “desejável para dar entendimento” também? Sim, a pregação da
Cruz não é somente o poder de Deus, mas também “sabedoria de Deus”. O conhecimento
desta segunda Árvore torna o pecador “sábio” para salvação.

Comentário
Ressalte o amor e a misericórdia de Deus ao providenciar uma solução para livrar o
homem das garras de Satanás. Leia com os alunos Gn 3.15. Este versículo é a primeira
referência bíblica sobre aquele que viria libertar os transgressores: JESUS.

CAROS COLEGAS
Seus alunos estão na adolescência - fase mais atacada por Satanás. Por isso, ele tem
tentado os jovens de maneira agressiva e desenfreada, através de todos os veículos de
comunicação. É de fundamental importância ensina-los a construir uma vida de oração,
leitura e compromisso com as Sagradas Escrituras. Motive-os, eles são o futuro da nação.

REFLEXÃO

Ele te perdoou naquela cruz? Por isso, reflita nas palavras do Mestre: “Porque, se
perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém,
não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas
ofensas”, Mt 6.14-15.
ALUNO

PARA MEDITAR
Lá no jardim do Éden, Satanás interrompeu a revelação de Deus ao homem. Através do
primeiro casal, Deus manifestaria seu caráter e atributos nos filhos que eles foram
orientados a gerar. Em Jesus o plano interrompido volta a ser realidade e através de cada
um de nós, o Senhor deseja manifestar-se a todos os povos e nações.

QUEM DIRIA

Após o exílio do homem, vieram as maldições: sobre a mulher (ela deveria experimentar
dor ao dar à luz), sobre a serpente (esta iria rastejar no pó sobre o seu ventre), e sobre o
homem (ele iria, com suor e fadiga, trabalhar o solo que resistiria aos seus esforços). O
novo ambiente foi marcado pela presença de ervas daninhas, espinhos e urzes. Não havia
ervas daninhas no Jardim do Éden.

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