MEU LIVRO DE POEMAS

Definir o sentir, em palavras por vir

Gabriel Gonçalves Cardoso

MEU LIVRO DE POEMAS
(Definir o sentir, em palavras por vir).

2020

Por Gabriel Gonçalves Cardoso©

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2
PREFÁCIO
Pra começar, eu não sei nem por onde começar, haja visto que esse é o
primeiro prefácio que escrevo. Mas vou tentar acertar de primeira, pois o
gigante gentil assim o merece.
Nesse compilado de poemas, poesias e microcontos, vamos desbravar
cada faceta desse grande ser desde os poemas da juventude do autor, os
desabafos em redes “nada” sociais, até o amadurecimento desse jovem que já
nasceu com o peso de quase uma centena de anos nas costas, com uma
memória privilegiada e a facilidade em fazer amizades que faria inveja até no
Roberto Carlos, que diz ter um milhão de amigos.
Gabriel é filho único e, um caso único também. Um filho único que fez
muitos irmãos durante a vida e aqui podemos sentir o quanto os vínculos que
ele constrói são profundos e permanentes.
Temos um círculo de amizades em que é unanimidade que o único que
vai dar certo na vida, dentre todos nós, é o Gabriel. Vai ser o despertar de uma
grande mudança, prefeito ou presidente do mundo. O que será ou quando,
ainda não sabemos, mas vai ser. Tem uma visão ampla de mundo, sabe que
tão grande quanto esse mundão, é o seu coração, enorme e de uma
universalidade tão infinita quanto o universo.
Estamos numa era tão sinistra que qualquer lufada de otimismo já é um
refresco nesse inferno na Terra. E a leitura desses poemas são de uma
refrescância digna de uma piscina em dia de verão, daquela cervejinha bem
gelada tomada com o cotovelo apoiado no balcão do bar, daquela prosa que
não tem hora pra começar, muito menos, hora pra acabar.
É com imenso prazer e orgulho que convido a todos para essa leitura.
Desfrutem dessa visão singular de mundo, onde o futuro não é uma distopia
pós-apocalíptica, mas sim um mundo onde a proximidade nas relações
pessoais é calorosa e prodigiosa. Eu acredito e quero fazer parte desse
mundo.
Por Eduardo Harli de Holanda Wisch (Duda)
3
 O LIVRO

“Visceral, Real e Revelador, em pequenos lampejos de sanidade e criatividade, escrevi

essa reunião de palavras na qual o leitor, de acordo com seu estado de espírito,
entenderá a mensagem passada. Escrito com afinco e muita realidade, dedico esta
obra a todos aqueles que fazem parte da mesma, pois isso, é somente uma reunião
daquilo tudo de que vocês fizeram parte; minha vida.”

O Autor
4
(Gabriel Gonçalves Cardoso)

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ANDANÇAS

Nas andanças que percorri

Nos mundos que descobri

A cada dia uma coisa assim

Descoberta não só por mim

***

Onde tudo é só magia

A noite uma eterna alegria

Madrugadas, euforia

Manhãs sempre frias

***

Sorri, cantei, bebi, gritei!

Sem ter medo de ser julgado

Pois cada dia era sagrado

E cada momento guardado

***

Quer maior prova concreta?

Quer maior prova?

Aí fica o dilema.

Se eu não tivesse provas, não teria escrito o poema.

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A NOITE

Fria, escura, breu

Momentos em que atinjo o “eu”

Posso sentir, respirar

Olhar a frente, mente a pensar
__________

Calmaria, noite fria, solidão.

Aquele momento obscuro

Que te faz perder a razão

__________

Lembranças que me chegam

Sem pedir licença

Machucam minha mente

Logo quando entram

__________

Depois de tudo isso

Um sopro de calmaria

Um momento de paz:

A paz que a noite me traz.

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CONHE-SER

Apenas ser,

Ser aquilo que mais queira

Ser a lenha da fogueira

Ou a chama que serpenteia

***

Ser a ave que semeia

Ser a terra que acolhe

Ser a vida a qual escolhe

***

Ser aquilo que por menor que seja

Ainda é

(No qual quê) Onde todos sendo da mesma maneira

Conseguiremos ser de forma inteira.

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DATILOGRAFANDO A VIDA

“E, das letras que vivemos, montamos o livro da vida”

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ALMA NEGRA
(20/11/2017)

Todos olham para a pele

Procurando alguma cor

Nem idade, nem caráter

Sem sentir nenhuma dor.

......

Tua pele lhe define

Se és bom ou se és ruim

Tua pele te define

Se és mais tupiniquim

......

Pele branca ou escura

Isso não quer dizer mais nada

Todos têm que perceber

Que a diferença é taxada.

......

Humanos vermelhos irrigados de sangue

mesmos órgãos, mesma genética

Mesmo assim alguns ainda se acham

Raça pura como caça.

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MATURA, IDADE
Tomo um vinho ou como um queijo?
Não! A dúvida não é a respeito gastronômico.

Mas sim a respeito cronológico.

Vinhos e queijos quanto mais velhos melhores, dizem eles!

Será?
Sei que um vinho mal acomodado, mal guardado, fica azedo, fica amargo.

O mais caro dos vinhos vira um caldo intragável.

Pessoas são assim, se vivem mal acomodadas com a vida

com sentimentos mal guardados, azedam sua doçura.

Viram, do bom e do melhor ser,

para o ser mais duro e desprezível.

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PEQUENO CONTO DE UMA DESVENTURA.

Tem dias que nos deparamos com perguntas, que vêm de lugares
inimagináveis, nos deparamos com sentimentos que nunca tínhamos
conhecido.
Conforme crescemos, creio eu, que passamos por um processo de
evolução, onde adquirimos alguns sentidos além dos que conhecemos.
Podemos citar como exemplo o tão famoso “pressentimento de Mãe” ou
a simbiótica sintonia dos pensamentos de irmãos Gêmeos.
Digo isso pois certa vez, em uma ida a mais um evento social de arte,
recebi uma mensagem de um irmão, que não havia visto a algum tempo, mas
de algumas semanas para cá vínhamos nos comunicando de forma derradeira.
Mas neste dia, algumas horas antes de irmos ao evento, minha esposa
perguntava deste mesmo irmão, que não via a alguns meses.
A mensagem mudou nossos planos, voltamos de onde estávamos e
fomos de encontro ao meu irmão, o convidando pra ir com a gente!
Ele aceitou e assim nos reencontramos, depois de alguns longos meses.
Passamos a noite conversando e apreciando o belo evento, e ali senti
que nosso encontro era extremamente necessário, pois algo o incomodava,
percebi logo ao início, em seu olhar, postura, mas principalmente o “fundo dos
olhos” abertos ao nada.
Nos vimos novamente, no dia em que escrevo este conto, recebi a tão
pesada informação, da boca do meu irmão, ele não estava legal, doente, coisa
“séria”, mas ainda não havia falado qual era o motivo da preocupação.
Desenrolamos e ele se desarmou, disse em linfoma, leucemia ou algo
assim, mas disse que poderia piorar, mas pra isso precisava de bons meses
caso não se tratar.
Tratamento existe, e uma Magnífica possibilidade de cura, ou
estabilidade.
Enfim, foi isso, me afetou, mas ao mesmo tempo me blindou.
Parece coisa da carochinha, mas eu e meu irmão, mesmo não sendo se
sangue, rompemos barreiras.
O seu possível pedido de ajuda foi ouvido!

Te amo irmão!
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(Saco de Lixo)

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CONTO EXPLOSIVO

Sabe aqueles dias que de tão calmos até assustam?

Sabe aqueles dias em que você acorda já sabendo que a calmaria vai virar
tempestade a qualquer momento?

Sabe aqueles dias em que quem te traz paz, é forçado a receber violência por
você não saber somente ser normal?

Sabe aquele dia em que você não só sente, mas como(também) bate com sua
cabeça com toda a força na parede, para que talvez ela pare de pensar?

Sabe aquele dia em que você gostaria de terminar alguma coisa, e acaba por
acabar com algo totalmente sem sentido?

Sabe o que é totalmente sem sentido? A VIDA!

Assim explodimos, para que talvez disso se encontre aquela calmaria tão
desejada.

14
(Gabriel Cardoso)

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DIVIDUALIDADE

Se eu vivo, tu vives
Se eu ando, tu andas
Mesmo não podendo
Ajudo na esperança

Sabendo que um dia

O sol nasceu tão lindo
Não nasceu pra José
Não nasceu só pra Jacinto

O sol nasce para todos

Num banquete diário
Pena que todos comem
Além do necessário

Penso só no meu
Quando somos nós
De que adianta gritar juntos
Sendo que quer que ouças só a sua voz!
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PESCADOR DE ALMAS

Viver no instável é como pescar

Você investe nas tralhas
Nas iscas
Sem saber se vai ter algum retorno com aquilo tudo.

Se retornar tudo fica bem

Vidas cedidas para sua felicidade
Agora, se não retornar,
Amaldiçoa as vidas com seu mais intenso sentimento.

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SECO

Seco é um Bom vinho

Seco é meu coração
Seco é o Deserto
Seco é o Sertão

A Humanidade anda seca

Seca de Paixão
Seca de consolo
Seca de Emoção

Com toda essa escassez

Se torna mais difícil
Sermos mais estáveis
Em meio a aridez

A chuva que nos traga

Umidade e certeza
De que um dia essa secura
Foi somente um lapso de incerteza.
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PRA RAFA

“Amar a cada segundo

Nem que por um instante
Mas que é o bastante
Para AMAR”

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AMAR

Meu amor não é sufocante

Não sei demonstrar
Mas ainda posso falar
Que, você, sempre irei amar

Um ato, um beijo, um lampejo

Daquilo que esperas, não faço sequer metade
Não sei como retribuir, demonstrar
Mas no meu EU, sei bem o que é AMAR.

Demonstrar é o desafio
Carinho tenho a te dar
Mas dou meu carinho
Do jeito que sei dar
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-Nota do Autor: Um pedido de desculpas, talvez, por eu ser sempre EU!

A VERDADE ENTORPECE

“O óbvio é o ópio da sociedade. A verdade entorpece.”

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BOLEIA

“Fadado ao Descaso
O Futuro da Nação
Soberania Abalada

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NAVIO

“Na Terra em que mudas

Nenhuma Muda prospera
Terra Nefasta, escassa.
Que ainda prega a diferença de raça”

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O ATO DE AGIR MAL

“O Mal prospera, onde o bem exagera

O Mal avança, quando deixas a dança
O Mal engole, quem dele consome
O Mal recua, quando resta esperança”

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MANUAL DO ADVOGADO

Dever
Intensificar
Refletir
Entender
Instruir
Transmitir
Orientar

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NORDESTE

“Se o Sudeste é o coração do país, o Nordeste é seu sangue!

O que seria do coração sem o sangue?”

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VIDA BESTA (PRO DRUMMOND)

Quando era jovem o mundo era lento

Só não era lento como o mundo
A velocidade em que o tempo
Nos transmite ensinamentos

Tudo ia bem, por pior que estivesse

A única coisa com que eu me preocupava
Era como eu me virava
Com trabalhos e testes.

Como era bom não ter preocupação

Só pensava se a menina toda brava
Queria ser a namorada
Do moleque valentão

Tudo era lento

Tudo era pleno
Tudo era puro
Porém, Chato.
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POEMA MATUTINO

Imensos e quentes dias

Os mais infinitos que eu possa ter
Dias em que as horas travam
Num intenso prazer

Aproveitas o ruído das aves

O som das palmeiras
O cacarejar das galinhas
O coaxar da brejeira.

Sutilezas indicadas
Que me fazem aproveitar
Sua vida na minha vida
é a essência do amar

Agradeço a cada dia

Agradeço quando acordo
Agradeço ao sono pegar
Agradeço eternamente, por sempre poder te amar.

Nota: Mais um Poema que se tivesse nome próprio, se chamaria Rafaela.

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DE SEU “APÓSTROFE”
Ao meu mestre*

Todos temos exemplos em nossas vidas, pessoas que nos marcaram, que nos
ensinaram, que foram nossas referências, temos as referências familiares que
são a base e o exemplo eterno, mas além, temos aquelas que a vida e a
vivência nos trouxeram.
Professores, educadores, treinadores, pessoas que por algum momento
fizeram algo por nós, cedendo e seu tempo e sabedoria, nos transmitindo o
quanto mais podiam.
Pessoas assim agregam heroísmo à nossas vidas.
Todos temos uma fonte de lazer, seja ela esporte, música, teatro ou TV,
depende de quem és.
A minha sempre foi a música.
Depois dessa breve introdução, queria relatar aqui um fato: um dia conheci
uma pessoa que me trouxe do mais distante mundo de preconceitos, e me
ensinou a ser direito, e ser um cara que absorve. “Sempre procure aprender e
conhecer”, esse era seu lema. Entendia de música, era um mestre, não
somente um professor. Me ensinou a ouvir Braguinha, Lamartine e Noel, mas
também mostrou Caetano, Chico e Ravel.

Momentos que não só foram de ensino musical, mas também de muita

evolução, momentos em que trocamos alguns lamentos da vida .Frustrações,
não sei como lidamos, mas, naquele dia, prosperamos, falamos de tudo,
família, empregos, histórias, derrotas e notas que ficaram pra trás!

O momento foi esse

depois costumávamos nos ver, com certa distância,
deixei de ir até a estância em que meu mestre habitava.
Falta de convite não era, sempre me cobrava, mas eu estava em um momento
turbulento sem saber o que fazer, e fui adiando, adiando e deixando para
depois.
Um dia volto a vê-lo! Insistia comigo mesmo.
Até que, recebo a notícia, que me deixou calado:
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o mestre havia nos deixado.

Seu Roberto Morreu!

Foi assim que pensei, e, em alguns segundos, um filme com lindas fotos, assim
como as que gostava, passou em minha cabeça:
quantos momentos intensos, podem ter sido curtos, mas foram o suficiente
para que eu o tenha em meu interior com o maior respeito do mundo.

Obrigado Mestre.

*Dedico aos Mestre Roberto Lappicirella (In Memoriam), obrigado por acreditar
em mim.

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O INVERSO DOS VERSOS

Tento escrever, mas, quando chego no momento de ler, me assusto com tanta
baboseira, coisas infantis e outras mais que senis, que chamo de Poesia.
Pensei que era mais fácil, talvez poder expressar, talvez tentar uma frase, e
com sucesso alguns versos.
Mas chego à conclusão, que não se precisa de delongas, é uma conclusão
dura e direta.
Ah, meu deus do céu!

Como é difícil ser Poeta!

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RECITAL

Penso
Vislumbro
Admiro
Profundo

Onde chegareis?
Até onde apanharei a última laranja do pé?
Até onde sentirei o aroma de uma tez matutina?

Até quando ouvirei o último acorde?

Até quando sentirei o gosto?
Até quando poderei te olhar?

Até onde?
Até quando?

Que tal pensar no agora?

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PRÁTICAS DO HISTORIADOR

Hábito

Investigar

Situação

Teoria

Origem

Retratar

Impressionar

Atualizar 33
POEMA NOTURNO

Amo a noite
em suas mais derivadas formas
Amo como Nix*, Jaci**, Nótt***
Ou só mesmo como noite

O teu silêncio entorpece

Acalanta e intensamente inspira
Sua calma me toma
Toma minha alma assim como uma prece

Noite, aquela que nos descansa

Recupera, faz com que continuemos
Mas também nos aprisiona
Sendo mais um sonho minha última esperança

Amo-te ó breu!
Veludo escuro, vasta imensidão
Noite que me acalma
Noites que me trazem solidão.

*Nix – Deusa Primordial da Noite – Mitologia Grega

**Jaci – Deusa da Noite e da Lua –Mitologia Indígena Brasileira
***Nótt – Deusa da Noite – Mitologia Nórdica
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LEMBRETE

Lembre-se, o contraditório é discutido, o que é imposto é regressivo...

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INFANTE

DOR, PAVOR
LUTA, ARDOR
SUOR, RANCOR
PUDOR, TERROR

TERRA, PROVÍNCIA
ESPAÇO, CAÇO
MATO, TRAÇO
CALO, GUERRA.

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INFORTÚNIO

Há Algum tempo não escrevo

Algo tentava me impedir
Me dizia que não ia longe
Me impedindo de agir

Um pensamento impositivo
Que aprisiona, prende
Amarrando com a mais dura das correntes
Tornando-nos prisioneiros da mente

Tive de voltar, anunciando com um grito

O sentimento, o som do infinito
Aquele que guardo em minhas entranhas
Agora os exponho em barganha

Modo que pensas

Viver não é só apenas
Viver as penas
A ponto de não pensar.
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MOMENTO

Vejo que vivo um momento novo

A cada instante, a cada momento
Minha íris me mostra, na mais completa forma
a beleza da novidade, ofuscando meu arrojo.

Novidade, é coisa nova

Pode ser boa ou ser ruim
Mas a vida é regida
Por coisas mais ou menos assim

Seu dia planejado

Nunca vai ser sempre assim
Ao badalar do sino, ou no correr do menino
O momento mudou enfim.

A cada novidade
Teremos desafios
Alguns que nós cumprimos
Alguns que cumpriremos.
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VERACIDADE

Ver a Cidade
Cidade a ver
A Cidade ver
Ver cidade a

Cidade ver a
Verdade da cidade
Cidade da verdade
A cidade verdade

Verdade a cidade
Ver a cidade
VERACIDADE.

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APÓSTROFE

Cidade que me acalma

Traz me sempre a paz
Cidade que me chama
Volte logo meu rapaz

Assim foi prometido

Mas nunca foi cumprido
Um abraço no amigo
Um momento interrompido

Perdi um professor
Um homem audaz
Rico de inteligência
Que não verei nunca mais.

Momentos eternizados
Notas exaladas
Conforme o metrônomo do tempo
Se calou por um momento

Foi uma passagem rápida

Muito ligeira
Mas que deixou marcado fundo
Sua risada faceira.

Salve Roberto Lappicirella.

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BALANÇA

A Balança já não mede

Nem precisa ela é
Pra que nela faça peso
Tem de aceitar de boa fé

Sem sentido e precisão

Temos usado a balança
Como fonte de culhão
Onde ela se assimila a espada e ao canhão

Com ela se faz a guerra

Aflita e fugaz
O que abala a balança
são arbítrios e tenaz

um homem a comanda
ali já tens o erro
de deixar um ser humano
no comando do desprezo.
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PONTE

“Certa vez ao cruzar uma ponte

Me deparei com a pergunta
Seria a Água que corre embaixo?
Ou a vida que passa em cima? “

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POETA

Vivo as vezes sem saber por que

Não sei como continuar
Não sei como enfrentar
As duras penas que a vida dá

Algo me sufoca, me segura

Tenta não me mostrar
O quão bom eu possa ser
O quão longe eu posso chegar

Talvez essa aventura, de palavras rimar

Me faça encontrar
Aquilo que venho caçando desde a tenra idade
Me faça encontrar a tão sonhada Felicidade!

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FLÂMULA

Diziam eles que o amarelo é riqueza

Que o verde era beleza
Que o Azul o Oceano
E o Branco justa paz

Riqueza que amarela

Verde que desbota
Azul que descolore
Branco que se mancha

Bandeira Nacional
Pendão da Esperança
Símbolo da Paz
Ou. . . Tanto faz!

44
PRA QUE?

Desnecessário, palavra grande

Toma folhas do Dicionário
À procura de significado
À procura de algo latente

Seria cabível,
desnecessariamente
Não a encontrar, pois é
desnecessário saber.

45
A RUA

À noite, calado, ando apressado

por suas vias sinuosas, apagadas
frias e cautelosas
Sem fim, sem lugar

Adentro na próxima
na esperança de encontrar
aquilo que nunca procurei
talvez por isso não achei

Procuro andar pensando

sem olhar pra ela
Mas Ó rua, que me guias
pra lugar nenhum.

46
PEQUENA LINHA DA VIDA

"Poesia, tarde fria

Desencanto, acalanto
Amores e desafetos
Escrever nunca foi reto
Pois as linhas da vida são tortas
Retas apenas são os momentos
e os sentimentos que ela insiste em nos dar."

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PRO PAI

Às vezes não é fácil, ser bom e prosperar

A vida exige da gente coisas difíceis de alcançar
Mas que impõe limites, com força não sabe lutar
Nem que for preciso com as mãos o aço forjar

Deixado de lado, por ser mais calado

Deixar sem palavras, pois com agrados não sabes lidar
Às vezes é rude, mas sem sequer notar
Por conta da vida, que sempre resolveu o provar

Mas nenhum infortúnio, ou dificuldade

Foi grande o bastante pra me fazer desistir
Quanto maior a batalha, mais quente a fornalha
Estou disposto a seguir, vencendo, lutando, Vencendo
A vida me ensinou a nunca me cegar
Me cegar para aquilo que ninguém quer olhar
O valor que guardo, desde criança
O valor é o amor, a luta e acima de tudo a Esperança

-Nota do Autor: Dedicado a meu pai José Benedito Mendes Cardoso (TUTO)
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PRA MÃE

Sentimentos camuflados, sem que percebamos sua real intenção

Sempre muito intenso, grandioso, emanando emoção
Quem desconhece se assusta, não consegue entender
Como lidar com isso, como saber entender

Mas no final das contas sabemos qual a razão

A razão de ser tão intenso
A razão da “comoção”
Tudo isso é uma forma se se demonstrar proteção

Com o tempo eu entendi

Que não é perseguição
Não é apontamento e nem indispor
É somente o seu jeito de demonstrar amor

Amor às vezes duro, cheio de intensidade

Mas que depois de um pulo, um surto de emoção
Paira e sobrevoa o mundo da realidade
Onde dá mais intensa explosão,
no momento se transforma, em um gesto de paixão

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-Nota do Autor: Dedicado à minha mãe Márcia Regina Gonçalves

CANÇÃO DE NINAR.

A música é boa quando nos faz lembrar

Nos traz na memória coisas a recordar
Trazendo as boas lembranças
E às vezes as que não queria pensar.

Quando criança eu só dormia depois de ouvir

Uma canção de minha mãe a sorrir
Hoje eu digo que isso me faz lembrar
De como era bom ouvi-la cantar

O tempo passa sem ver

Mas nunca vou me esquecer
Daquela canção que um dia ouvi
Sempre sentirei você por aqui

A música é aquilo que quero lembrar

Uma das poucas coisas que me faz relaxar
A cada nota que o instrumento tocar
é como viver novamente e tornar ouvir minha mãe a cantar

Por isso que digo que sempre devemos amar

Amar no instante em que você desejar
Amar de verdade com toda a intensidade
Amar a canção que te fazia sorrir

O tempo passa sem ver

Mas nunca vou me esquecer
Daquela canção que um dia ouvi
Sempre sentirei você por aqui

A Música me faz lembrar, daquele momento de paz

Em que eu podia, sem pensar no depois para o momento marcar
Momento que sempre retorna
Quando eu ouço as notas daquela canção de ninar
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VELHO DESCONHECIDO

Como será?
Como será o dia em que outro não haverá?
Como será?
Como será saber que daqui um tempo não mais existirá?
Como será?

Como será que viverei sem poder no futuro pensar?

Como Será?
Como será saber, que no futuro, nem irei chegar?

Ah! Como é difícil pensar, como será? Como será?

Vai demorar, vai ser de repente ou nem vou notar?
Às vezes me pego pensando, sempre, no como será,
mas sempre acabo esquecendo de no presente ficar!
O Passado nos consome nos traz saudade, mas o Futuro, AH!!! o Futuro nos
traz medo, desconfiança, INSEGURANÇA.
Por isso é que sempre nos perguntamos, Como será?
Mas mal sabemos que isso é um “mantra” para que nos esqueçamos do
principal,
Do AGORA!
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GRADES GASTRONÔMICAS

As mesmas facas, que batiam nas panelas,

hoje batem como bala no peito do “preto” na favela

O mesmo aço, que entoava sons de ódio.

É um a menos trabalhando no escritório.

O mesmo escudo, que enfeitava sua “Bandeira”

Era um dos clãs da bandalheira

A cada “herói” que conquistava a nação

Era mais sangue que escorria pelo chão.

A cada louça quebrada no “jaburu”

é mais um pobre que vira janta de Urubu.

Mas o que falta pra tudo isso se arrumar?

Basta o povo todo unido se juntar

Dando FORA aos vampiros viciados

Abrindo as portas para um novo resultado!

Abra os olhos para o MUNDO e não para o Globo

Abra os olhos para si e para seu POVO.

Ouço Panelas batendo no horizonte?

Não são panelas e sim esteiras de tanque!
O Povo agora corre muito risco
Risco?
Só se for de ficar sem o futebol de Quarta-Feira!
52
QUANDO OS MITOS NÃO TÊM VEZ

Me questiono, a cada minuto.

Será que saber tanto, me trará alegria ao invés de pranto?

Será que saber tanto, me fará ver aquilo que veem os boçais?
Ver a luz onde só há penumbra!
Ver esperança em gente “IMUNDA”.

... Continua
53
O ATO DE PENSAR DEMAIS

"Nas cidades habitam os esquecidos pensadores

Que por pensarem demais, nunca se atrevem a sair de casa."*

54

*Numa noite fria de domingo me bateu a inspiração - 15/04/2018

PERSISTIR

Há caminhos que já passei

As pontes que atravessei

Estradas por onde andei

Trajetos que planejei

Nem sempre os caminhos são lisos

As pontes nunca são rígidas

As estradas sempre com seus percalços

Os trajetos sempre traçados

Poderia ter pegado um atalho

Atravessado o Riacho

Escolhido outro caminho

Mas o trajeto. . . inabalado

Quando falo em persistir

É cair da ponte e nadar, deixar a água me levar.

Caminhos são diversos, mas sempre o levam aonde quer ir.

E o trajeto, esse sim continua o mesmo.

55
DERROTA

O Homem está fadado à derrota

Derrota que vem faceira

Como um tiro de espingarda

Ou uma flecha sorrateira

******

A derrota lhe consome

A derrota lhe destrói

Porém com o entulho da Derrota

Sua via reconstrói

56
TEMPOS DIFÍCEIS.

Em dois anos de Golpe, voltamos a "TEMER" a fome.

Em dois anos de GOLPE, Voltamos a "TEMER" o desemprego.

Em dois anos de GOLPE, voltamos a "TEMER" a inflação

Em dois anos de GOLPE, voltamos a "TEMER" o terceiro mundo.

57
PRO BARATA!

Anarco que é Anarco, protesta sem parar.

De tanto que protesta, chega ao TIO SAM incomodar!

Um "cordelzinho" infantil, porém com um enorme sentido!

_
*Nota do Autor: 26/05/2018, enfrentávamos o sexto dia das grande greves dos caminhoneiros, e um amigo de longa
data foi banido da “rede pop social” por postar uma foto do então atual “Presidente da República” Michel Temer sendo
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penetrado por uma mangueira de combustível em seu ânus, Montagem que também circulou anteriormente ao golpe
de 2016, onde ao invés do rosto de Temer, era a da legítima presidente Dilma Rousseff, porém neste período nada foi
feito, ou seja em pleno ano de 2018, temos uma censura instaurada em redes sociais.
SEMENTE

Tão pequena, frágil e sutil.

Com um pouco de cuidado, ternura e atenção
A fragilidade de esvai, e com ela se vai a sutileza
Dentro de meses, dá a mais divina beleza, dá-se ao florescer
Com delicadeza, nos mostra suas folhas.
Que suavemente cobre o curvilíneo caule que a sustenta
Daquela pequena, frágil e sutil semente
Eis que, de repente, sua beleza nos mostrou
E digo o que melhora, a planta prosperou
E diversas mudas nela brotaram
Beleza é infinita, sutileza é a essência, fragilidade consciência
Mas acima de tudo sua “pequenez” não surta na grandeza daquilo que a
destaca,
a mais linda e admirável destreza, de não ser só bela, e sim uma fortaleza.
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Poema dedicado às mulheres de minha vida. M, N e R.

CONJUNTURA

A “dura” vai voltando,

comendo pelas beiradas,
tempos difíceis camaradas.

60

- Nota: Publicado no dia 01/12/2017 em minha “Rede nada Social” vulgo nome
para Prisão.
PRO PORVA*

Não acredito em destino

Nem em reencarnação
Mas acredito que de alguma forma
Sem que nada nos avise
A vida, como um livro
Nos traz de seus confins
Aquele que chegou
Chegou, para ser irmão.

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-*Nota: Dedico ao amigo/irmão Douglas de Almeida Porvere. Amo-te.

ALVEJANDO O MAR

“E eis que ela surge, vermelha envergonhada, mas quando está no topo,
pronta a se mostrar, joga seu véu, sua luz, iluminando todo mar! “

62

Nota do Autor: Poema feito à beira-mar ao lado de minha amada, em nossas férias
em Ubatuba-SP, no dia 11/06/2017.
COMIDAS POLÍTICAS

“Ahhh "Direita pão com ovo", sempre gritando palavras de ordem, sem se
lembrar que isso não condiz com as raízes de seu POVO"

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SÃO THOMÉ

A São Thomé!!! Que saudades de você, das suas límpidas e calmas águas
Das suas ruas esburacadas, das pedras que tornam árduas nossas
caminhadas.
Da paz que enaltece o coração, que aflora sentimentos, e que filtra nossos
pensamentos.
Saudades dos sinos da igreja, que nos acordam pela manhã ou nos lembram
que o dia se findou!
Saudades das ruas que emanam música, a cada passo uma nova nota, a cada
palavra uma melodia e assim perdura, sempre nos deixando exalando alegria.
Natureza que sempre nos convida a voltar e sempre nos recebe de volta como
um filho que retorna ao lar!

Ah São Thomé!!!

Que saudades de você!

(16/03/2014)
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DEVANEIOS AO ENTARDECER

"Poesia, tarde fria

Desencanto, acalanto
Amores e desafetos
Escrever nunca foi reto
Pois as linhas da vida são tortas
Retos apenas são os momentos
e os sentimentos que ela insiste em nos dar."

-
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Nota: Texto Escrito e Publicado em minha rede social no dia da morte de Ravi
Shankar,12/12/12.
ATÉ QUANDO?

Até quando vamos matar porque seu deus é melhor que o do outro?

Por que sua filosofia é diferente do outro?

Por ganância?

Por poder?

Por nada!!!

VERGONHA DE SER HUMANO!

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Nota do Autor: Um devaneio revoltado, publicado dia 26/08/2016, talvez por uma indignação
por algum fato ocorrido.
31 DE DEZEMBRO

Ano de chegadas e partidas, ano em que recebi pessoas, mas também, tive de
me despedir de pessoas!
Ano pesado em boa parte de seu decorrer, ano em que descobri que os
"Super-Heróis" não são imortais!
Ano de lições, aprendizados, realizações e a certeza que daqui pra frente tudo
será diferente!
Que 2016 entre leve e sutil, que seja o lance mais curto, e que seja o melhor
ano!!!
Felicidades a todos os AMIGOS de verdade que estiveram junto a mim, e que
nessa passagem possamos estar felizes e prontos para continuarmos juntos!

Quem sabe 2016 não seja o melhor de nossas vidas?!

Para que seja, faça-o ser!!!

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- Nota do Autor: 2015, ano de despedidas, findou-se e em seus últimos minutos escrevi essa
carta a mim mesmo, a publicando em minha rede social no dia 31/12/2015.
DA JANELA

Da Janela vejo o Mundo

Passar à frente de meus olhos
Da janela vejo o presente
Da janela imagino o Futuro

Como iremos continuar

Como iremos nos manter
Será que tu, janela,
Há de me responder?

A vista que me dás é sempre a mesma

As mesas casas, o mesmo lema
Oh Janela, que olhas sempre fixa
Pena que és apenas uma janela

Janela que nos permite,

Nos dá visão além de nossas paredes
Esperamos que um dia
Mesmo sem janelas, ainda possamos olhar.
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FORÇA CONJUNTA

“Sabemos que o mundo não se movimenta sozinho, cada um tem sua parte na
grande roda dentada do progresso.
Ninguém é menor, ninguém é menos importante. É como um carro, pode ter
motor, mas sem pneus não é eficaz.
Saberemos e conviveremos quando cada um souber realmente o quanto o
outro é importante para que sua vida ande.
Não menospreze, não subjugue, cada um é importante, dentro só deu
quadrante.
quando dizem que somos iguais é uma grande verdade, além de iguais somos
essenciais para cada um”

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(John)

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A LOUCA VIDA DO LOUCO

“A vida nos deixa escolher - se deseja aprender, só basta querer.

O saber não é para muitos, tem-se que saber administrar.

Se ele toma conta de você, você não o consegue parar.”

......Penso

..... Existo

...... Desisto

...... Existo

.... LUTO!!!

.... RESISTO!!!!
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NUNCA DUVIDE DA ANDANÇA E DA
MUDANÇA, O TEMPO

Pequena criança, ao som das cordas, dança

Sendo criança, mesmo que só no momento

No momento daquela dança

Giro, rodo feito pião, nesse momento, Emoção

Mas como um flash, um estalo de “rasteio”,

Me vejo adulto, sem amparo, sem um “meio”

Sem dança, sem cordas, sem violão

Agora só me vejo, rodeado de “Alucinação”

Paranoia? Depressão? nada disso meu irmão!

Foi o tempo que deixaste pra depois

Que agora, como o agora diz, nunca voltarão.

E a vida, como mordomo, me questiona: aproveitas a ocasião?

Que a ciranda, o gira-gira a bola de gude e o pião

A pipa empinada no terreno do “campão”

Use as lembranças para reaproveitar,

Pois o tempo passa rápido, e logo não irá mais se lembrar.

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DE “CARA” NO “LIVRO”

“A Rede se diz social,

mas não permite protestos de cidadania!”

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O PRISIONEIRO

Vivemos em dias que mal sabemos

Se até seu fim aguentaremos
Se nosso samba cantaremos
Ou se nossa vida viveremos

Tempos que pensamos só no “bem-estar”

No momento sozinho, para o lazer e relaxar
Chegar em casa, sentar-se, e por ali se aconchegar
No mais alto do momento, um lapso me faz lembrar

Tenho de ver as novidades, as notícias, a nova foto do “Gilmar”

Ver quem perdeu os documentos
Ou ver com quem seu amigo está
Como todos são felizes, e me pego a pensar.

“...Queria ser como eles

Ter um lugar legal pra deitar-se
Curtir o meu momento
e poder descansar....”
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JUVENTUDE

Dias, sábios dias

Onde cada minuto é um aprender
Transgressores do acaso
Rebeldia sem por quê.

Mas acima de tudo, a cada segundo, aproveitei

Amei, chorei, andei, beijei
Errei, fugi, corri e me assumi
Ser aquele que não queria

A vida se jogava, o tempo se esvaía

Passava tão meloso, que nem notava
Parecia que a vida nos serviu com maestria
Para aquilo que não veio, ou para aquilo que viria.

Aproveite enquanto jovem

Aproveite cada segundo
Pra que um dia não deseje seu retorno
Em seu momento moribundo.
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ETNREF ARP SÁRT ED
(DE TRÁS PRA FRENTE – Pro Duda)

A vida gira no inverso, a não ser que seja diferente da minha!

Vejo tudo pelos pés, pela estrutura, e se não sei quem é, Descubro!

Um dia nas antigas, tentaram me desafiar, foi um professor da escola, que

sempre me tinha como um cara que só estava lá para “fazer volume” ou sei lá!

Veio rapidinho e pediu meu caderno, o qual nem na mesa estava, sem nem
demonstrar algum tipo de medo da situação, abri a bolsa, tirei o caderno e com
aquele risinho “faceiro” o entreguei ao professor.

Extasiado o mestre olha com os olhos do tamanho do Ceará para o centro do

caderno e vê, um imenso monte de nada!

Como assim, nada! Como estuda para a Prova? Indagou o mestre, com a
respiração ofegante.

Ué, eu venho e presto atenção na aula! Só. Respondi.

O Silêncio tomou conta da sala, aquele silêncio escolar, que só acontece como
resultado de algo terrível.

E eu? Continuei ali, tendo aula.

Desde então percebi um lance esquisito, o desafio ainda persistia e eu tinha que
pensar em mais alguma coisa para mostrar aquilo que sei, que talvez o lance do
“papel em branco, mas cuca cheia” venha à tona.
Passaram-se alguns dias, ou talvez semanas, enfim, chegaram as temidas
provas finais.

Adentro a sala e vejo o professor caçando com olhares, e descobri que eu era a
sua presa.

Veio logo em minha mesa e deixou a cópia da avaliação.

Bem grande estava escrito, AVALIAÇÃO FINAL, tinha até um peso.

Li a primeira, a segunda e a terceira, ué? Isso é a temida prova?

Está tão fácil que vou fazer de “traz pra frente” e ainda deixo minha marca para
aqueles que desconfiaram de minha capacidade.
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Assim a fiz, resolvi, espelhei, entreguei.

Passam uns dias, e sigo a rotina, entro na sala me sento no mesmo lugar e
converso com as meninas das quais sou muito amigo, uma é a Isa e a outra a
Priscila (talvez entrem em outras histórias).

Entra na sala o professor, com um riso estranho, parecia ter ganho algo, ou
estava satisfeito, e em alto e bom som diz a todos: Tenho os Resultados das
Finais!

Ohhhh!!! Vinha desde a frente ao fundo da sala.

A galera num frenesi nem sabia que ali ia ser o dia da lição, da minha lição.

O professor me deixou por último, me entregou e disse, TIROU ZERO meninão!

Olhei para o olho dele, com aquele sorriso faceiro que nem o do dia do caderno,
e falei: Aguenta aí que já volto!
Ele tentou me impedir, e eu insisti que já voltava, ia até a mochila e voltava.

Peguei um espelhinho que emprestei de minha mãe, ou foi das meninas (não
me lembro bem), enfim, peguei um espelho e devagar o coloquei ao lado das
respostas e mostrei ao professor.

Está certo sim, isso é pra te mostrar que entendi tão bem que fiz de trás pra
frente, ter um caderno vazio não significa ter uma mente vazia!

“Foi um conto inventado, mas baseado em fatos, me serviu de

inspiração colocar nessas linhas, talvez uma boa explicação
sobre o que é: não julgar um livro pela capa. Quem sabe,
sabe!”

Pro Duda (Eduardo Harli de Holanda Wisch)

29/05/2018.
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PRO FEFE

A vida nos dá presentes

Nos dá presentes para serem vividos
Vividos a fio, com afinco.
Vividos intensamente.

E o amanhã?
O amanhã não importa!
E como é o nome mesmo?
Daquilo que a vida nos dá?

Presente!
Portanto, viva-o
Antes que vire um amargo passado!

*Para o amigo Felipe Alexandre Miguel, amo-te meu irmão!

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PRO JOEY

A Razão é a Viga do Viver

Mas basta um pequeno gesto,
uma porcentagem de emoção
Para que, como o fundir de um motor,

Ele se expanda e aqueça,

no mais sincero AMOR!

*Para o amigo, sempre íntegro e sincero, Fabio Alves Pereira, amo-te.

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PRO LUCAS

“Um dia vais ser exemplo.

Exemplo de vida vencida
Exemplo de um tempo sem tempo.
Exemplo de gestor, ou seria AMOR?

às vezes, o difícil
Nos leva à beira do precipício,
Nos pedindo para pular.
Mas ainda como exemplo, continua a lutar.

Age muito à revelia

Mas não isso, sem essa compulsão,
Vem na mente a questão
Talvez completo eu não seria!

Podes ter um duro caminho

Mas com garra e coragem
O amargor da malandragem
Terá um gosto doce, como o mel da bela flor.

Conflitos todos temos,

Pode até não ter bagagem
Mas tens acima de tudo,
Muita, mas muita Coragem!
80

*Para meu amigo de longos anos, Lucas Borin de Souza, amo-te astronauta!”
(Gabriel)

81
A-M-O-R

Sabe quando andas, sem que o tempo lhe intervenha?

Sabe quando sentes que não tem mais nada a sentir?
Sabe quando seu peso se iguala a seu peso na Lua, onde sem pensar você
anda e Flutua?
Já parou para pensar como seria bom juntarmos bons sentimentos?
Tudo de bom, em uma única palavra, intensa e fácil de falar,
Para, talvez possivelmente, mensurar.

Mas tudo isso já fizeram.

Resumiram em poucas letras, um sentido intenso de calor, união de
sentimentos
A palavra é AMOR.

82
SITUAÇÃO

Consigo ver Luz na escuridão

Por um momento de lucidez
O povo derrubando o burguês
Mas de repente Escuro de novo

Quem apagou a Luz?

O Que apagou a Luz?
Quem matou a esperança?
O que a fez partir?

A resposta é dura e árdua

Mas sabendo o que se passa
A click da luz estava na mão daquele que tem poder
Quem apagou a Luz? O Próprio POVO! 83
ANEDOTA PERANTE A CRISE

O Que fazer neste momento, seguir em frente?

Ficar indiferente?
Se juntar aos “oprimidos” que clamam por opressores?
Fazer como os Professores?

Dúvidas que me assolam

Dúvidas que consomem
Tornando os pensamentos tributáveis
Que, ao final, nos cobram um alto preço.

84
EPÍGRAFE DO BRASIL

“Brasil na lona, à LOCAUTE outra vez!

85
DEVANEIO

Alguns dizem que eu falo bem

Que domino em me expressar

Convenço com meu discurso

e trago bem-estar!

Politizado, articulado, sempre inteirado

Sabe quando foi ou será

Sempre muito bem informado

Em primeiro sempre quer chegar.

Isso é o que pensam de mim

Acho gratificante

Mesmo sabendo que no fim

Nada é assim tão exuberante.

É difícil ser inteligente

Ainda mais em nossos tempos

Em que questionar é ofender

E pensar é entorpecer.
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GISMONTIANO

Comparo nossas vidas

A uma peça de Gismonti
No momento inicial
Com o clamor do metal
Iniciamos a jornada
Que nos cobra a cada dia
Desde a ida pra escola
Ou a lida na olaria

Desde sempre são treinados

Para o mundo que aí vem
Nunca ache inocente
O choro de um neném

A vida nos ensina e nos mostra cada ponto

Desde o medo de escuro até a cara de espanto
Sabemos ler ideias, formas e expressões
Somos raça inteligente, mas por sermos prepotentes
Não exploramos nossos dons, o dom da inteligência
É o dom dos mais comuns
E por ser tão comum
É deixado de lado, menos importante
Por ser somente mais um.
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VIAGEM

Nunca andei de avião

Nunca fui para outro País
Nunca saí da região,
Nunca tentei rasgar mais chão.

Falam em Liberdade
Respirar novos ares
Ver novas Pessoas
Trocar novos olhares

Ver o mundo é descobrir

Que somos iguais
Mesmo não sendo tão quais
Vivendo apenas para existir

Já fui para todo canto

Do Alasca ao Japão
Eu conheço todo o mundo
Sem sair de meu porão

Eu sempre viajo
Nem de carro
Nem Avião
Viajo pelo mundo com as asas da imaginação 88
PRÁ VÓ

Chego e te vejo sempre ali sentada

Pele calejada, mas sempre empolgada
com algum plano ou matutando o que fazer.
Sempre agitada e nunca, nunca parada.

Teu sofrimento é latente

Expressado em suas rugas
Que nos mostram
Que um dia nos fez gente

Teu empenho sempre magistral

Educando de sua forma
Mas acima de tudo
Com sentimento maternal

Você faz parte de mim

Nunca irei lhe esquecer
Pois foi você
Que gente me ensinou a ser.

89

*Poema escrito num fim de expediente, dedicado à Minha Avó/Mãe Neide Rodrigues da Silva Gonçalves
CONCRETO

Estátuas são eternas

Prédios são eternos
Pedras são eternas
Sentimentos são eternos

No concreto de alguns itens

Podemos mensurar
A eternidade nos permite
Para sempre relembrar

Mas existem sentimentos

Que com o tempo transmitimos
Mantendo seu legado
Para sempre os erigimos.

90
DEVANEIOS

DEVANEIOS
91

Por Gabriel Cardoso

“O que mais teme o opressor
É a vingança do oprimido
Aquele que não vê em Lampião
A face de bandido”

_______________________________________________

“Bandido este que pode existir

Mas só existe pois tem a quem oprimir
Não tem medo de lei ou de bata
Pois sabe que é de lá que veio o estalo da chibata”

_________________________________________________

“Podres, são aqueles que portam o poder

Poder, que rege vidas, ora as trucida
Poder que pode mudar, o mundo transformar
Poder, que por ser tão poderoso, destrói.”

__________________________________________________

“Educar, ensinar, formar, pensar

Palavras, líricas palavras
que assim como o mar, são imensas
palavras que com suas formas
podem transformar
pena serem só palavras
que poucos irão prezar.”
92
“A barreiras impedem as próprias
barreiras de as cruzarem!”

____________________________________________________________´

Aquilo que já se é escasso,

se torna mais escasso
pelas pessoas que o possui!
Não se sabe o que provocou a escassez
daquilo que é tão abundante
Se é fértil e cai em terras secas
abundante não serás,
Mas se a terra fértil for restrita
Como um vaso particular
A abundância do que é fértil,
nunca irá proliferar.”

93

Não é o FIM . . .