Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apostila de Fabricação I
Apostila de Fabricação I
FABRICAÇÃO MECÂNICA I
Educação Profissional
1 – MÁQUINAS SIMPLES 04
1.1 ALAVANCA 04
1.2 – PLANO INCLINADO 06
1.3 – RODA 09
1.4 – ROLDANA 10
2 – FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS 12
2 – A HISTÓRIA DA FERRAMENTA 12
2.1 – CUIDADOS COM AS FERRAMENTAS 14
2.2 – CUIDADOS NO MANEJO 16
3 – LIMA 16
3.1 - PRESCRIÇÃO 16
3.2 - UTILIZAÇÃO 16
3.3 - CLASSIFICAÇÃO 16
4 - ARCO DE SERRA 18
4.1 - CARACTERÍSTICAS 18
4.2 - RASQUETES 19
5 - TRAÇAGEM 20
5.1 - RISCADOR 20
5.2 – ESQUADROS 22
5.3 – RÉGUA DE TRAÇAGEM 22
5.4 – CINTEL 23
5.5 – GRAMINHO 24
5.6 – CANTONEIRAS E CUBOS DE TRAÇAGEM 26
5.7 – MESAS DE TRAÇAGEM 27
5.8 – CALIBRE DE ALTURA 27
5.9 – CALÇOS OU BLOCOS 28
6 – FERRAMENTAS ABRASIVAS 29
6.1 – GENERALIDADES 29
6.2 – CONCEITUAÇÃO 29
6.3 – TIPOS 29
6.4 – APLICAÇÕES DAS FERRAMENTAS ABRASIVAS 30
6.5 – LAPIDAÇÃO 31
6.6 – SUPER-ACABAMENTO CILÍNDRICO EXTERNO 31
6.7 – MONTAGEM DOS REBOLOS 31
6.8 – RETIFICAÇÃO DOS REBOLOS 34
6.9 – REBOLOS 35
6.10 – ABRASIVOS: TIPOS E APLICAÇÕES 37
6.11 – GRANULOMETRIA 39
6.12 – DUREZA 41
6.13 – LIGA 41
6.14 – RESINÓIDE 42
6.15 – PONTAS MONTADAS 43
6.16 – PRECAUÇÕES PARA O TRABALHO COM REBOLOS 44
6.17 – ARMAZENAGEM 44
6.18 – USO DE LIXAS 46
6.19 – USO DO PÓ ABRASIVO PARA POLIMENTO 48
Educação Profissional 1
8 – FURAÇÃO 53
8.1 – CONDIÇÕES GERAIS DE TRABALHO 56
8.2 – POSIÇÃO RELATIVA EIXO-FERRAMENTA 56
8.3 – BROCAS 57
8.4 – BROCA DE CENTRAR 60
8.5 – NORMA DIN 1412 (NBR6176) – TERMINOLOGIA 61
8.6 – ÂNGULOS NAS ARESTAS DE CORTE 64
10– ALARGADORES 86
10.1 – DESCRIÇÃO 74
10.2 – COMENTÁRIOS 75
11 - MÁQUINAS – FERRAMENTAS 76
11.1 – FURADEIRAS 76
11.2 – LIXADEIRAS 79
11.3 – ESMERILHADEIRAS 79
12 – RÉGUA DE CONTROLE 82
12.1 – RÉGUAS DE FIO RETIFICADO 82
12.2 – RÉGUAS DE FACES RETIFICADAS 83
12.3 – DIMENSÕES 83
12.4 – CONDIÇÕES DE USO 83
12.5 – CONSERVAÇÃO 83
12.6 – RESUMO 84
12.7 – CUIDADOS 84
14 – GABARITOS 86
15 – REBITES 87
15.1 – INTRODUÇÃO 87
15.2 – TIPOS DE REBITE E SUAS PROPORÇÕES 88
15.3 – ESPECIFICAÇÕES DE REBITES 91
15.4 – PROCESSO DE REBITAGEM 92
15.5 – REBITAGEM A QUENTE E A FRIO 94
15.6 – FERRAMENTAS PARA REBITAGEM 94
15.7 – TIPOS DE REBITAGEM 97
15.8 – CÁLCULOS PARA REBITAGEM 99
15.9 – DEFEITOS DE REBITAGEM 101
18 – DESEMPENAMENTO 111
18.1 – ASPECTOS GERAIS 111
18.2 – TIPOS DE DESEMPENAMENTO 112
18.3 – COMO DESEMPENAR 113
18.4 – DESEMPENAMENTO POR CHAMA 114
18.5 – PROCEDIMENTOS PARA O DESEMPENAMENTO POR CHAMA 115
19 - REPUXO 118
19.1 – ESTAMPOS DE REPUXO 118
19.2 – PROCEDIMENTO DE REPUXAR 122
19.3 – LUBRIFICAÇÃO 124
20 – CALDERARIA 125
20.1 – LEVANTAR UMA PERPENDICULAR NO MEIO DE UMA RETA 125
125
20.2 – LEVANTAR UMA PERPENDICULAR POR UM PONTO QUALQUER DE UMA RETA
20.3 – DIVIDIR O ÂNGULO EM TRÊS PARTES IGUAIS 126
20.4 – DIVIDIR UMA CIRCUNFERÊNCIA EM TRÊS PARTES IGUAIS E INSCREVER O
126
TRIÂNGULO
20.5 - DIVIDIR UMA CIRCUNFERÊNCIA EM QUATRO PARTES IGUAIS E INSCREVER O
126
QUADRADO
20.6 - DIVIDIR UMA CIRCUNFERÊNCIA EM CINCO PARTES IGUAIS E INSCREVER O
127
PENTÁGONO
20.7 – DESENVOLVIMENTO LATERAL DE UM CILÍNDRO 127
20.8 – PLANIFICAÇÃO DE CILINDRO COM UMA BASE (BOCA) NÃO PARALELA 128
20.9 – PLANIFICAÇÃO DE COTOVELO DE 45° 128
20.10 – INTERSEÇÃO DE DOIS CILINDROS DE DIÂMETROS IGUAIS 129
20.11 - INTERSEÇÃO DE UM CILINDRO POR OUTRO DE DIÂMETRO IGUAL 130
20.12 – DESENVOLVIMENTO DE CONE – PROCESSO 1 131
20.13 – DESENVOLVIMENTO DE CONE INCLINADO 131
20.14 – CONE CORTADO POR UM PLANO OBLÍQUO ENTRE A BASE E O VÉRTICE 132
20.15 – DESENVOLVIMENTO DE TUBO “CALÇA” COM BASES (BOCAS) PARALELAS E
133
DIÂMETROS IGUAIS
20.16 - CURVA DE GOMO COM UM GOMO INTERNO E DOIS SEMIGOMOS 134
20.17 – DESENVOLVIMENTO DE CÚPULA 135
20.18 – QUADRADO PARA REDONDO CONCÊNTRICO 136
21 - ANEXOS 137
BIBLIOGRAFIA 142
Educação Profissional 3
Figura 1.3
1.1 - ALAVANCA
Alavanca é um sólido alongado e rígido que pode girar ao redor de um ponto de apoio, também
conhecido fulcro ou eixo de rotação.
Figura 1.4
Educação Profissional 4
Figura 1.8
Figura 1.9
Educação Profissional 5
Figura 1.11
Figura 1.12
Figura 1.13
Educação Profissional 6
Figura 1.15
Figura 1.16
Figura 1.17
Analisando as duas situações abaixo, parece evidente que o uso do plano inclinado torna o
trabalho mais fácil.
Educação Profissional 7
Figura 1.19
O plano inclinado da direita indica que se usa menos força para empurrar a carga. Pode-se deduzir
que quanto mais comprido for o plano inclinado, menos força será gasta na movimentação de uma
carga para uma mesma altura. No entanto, ocorre perda em termos de distância.
A cunha e o parafuso são exemplos de aplicação do plano inclinado.
A cunha funciona como dois planos inclinados.
Figura 1.20
As cunhas ajudam a vencer grandes resistências, como rachar lenha, apertar cabos de enxadas,
cabos de martelos, etc.
Prego, machado, faca, formão, talhadeira e navalha são exemplos de cunhas.
Figura 1.21
Educação Profissional 8
Figura 1.22
1.3 - RODA
A roda constitui uma das descobertas mais importantes. Ninguém sabe, porém, como ela foi
inventada.
Provavelmente, a roda surgiu, ainda sob a forma de rolete, quando o homem primitivo teve de
descolar grandes cargas por longas distâncias e não podia contar apenas com sua força.
É difícil imaginar o mundo sem rodas. Muitas coisas que se conhece deixariam simplesmente de
existir e não teríamos atingido o atual progresso tecnológico.
Quando se fala em roda, imediatamente pensa-se em eixo, que é uma segunda roda presa ao
centro da primeira.
Na pré-história, os homens usavam troncos arredondados de árvores e discos de pedra para
funcionar como rodas.
Figura 1.23
Com o passar do tempo e com a descoberta dos metais e de outros materiais, as rodas foram
evoluindo. Hoje se tem rodas de plástico tão resistentes quanto às de aço!
O sarilho e a roda d’água são algumas das aplicações da roda.
Figura 1.24
Educação Profissional 9
Figura 1.25
Máquinas complexas, como torno, furadeira, automóvel, liquidificador, etc, possuem diversos tipos
de rodas que permitem os mais variados movimentos.
1.4 - ROLDANA
A roldana é uma roda que gira ao redor de um eixo que passa por seu centro. Na borda da roldana
existe um sulco em que se encaixa uma corda ou um cabo flexível, ou corrente. O sulco é
conhecido como garganta, gole, ou gorne.
Figura 1.26
Figura 1.27
Na roldana fixa, o eixo, é preso a um suporte qualquer. Quando em uso, ela não acompanha a
carga.
O funcionamento da roldana fixa baseia-se no funcionamento de uma alavanca interfixa de braços
iguais.
Educação Profissional 10
Figura 1.29
A roldana móvel pode deslocar-se juntamente com a carga e baseia-se no funcionamento de uma
alavanca inter-resistente.
Figura 1.30
Na roldana móvel emprega-se menos força que na roldana fixa para a realização do mesmo
trabalho.
Educação Profissional 11
Educação Profissional 12
Educação Profissional 13
morsa
furadeira com
broca
Figura 2.4 - Ferramentas
Educação Profissional 14
2.2.4 - Responsabilidades
Cada usuário deve assumir total responsabilidade pelas ferramentas que tem em seu poder, pelo
uso correto, pela sua conservação, como por qualquer dano proposital.
2.2.5 - Reparos
Qualquer reparo deve ser executado sob a orientação de uma pessoa competente que, no caso,
poderá ser o mesmo responsável pela distribuição. Assim se evitará reparos deficientes.
2.2.6 - Inspeções
O setor responsável pelas ferramentas e o responsável pelas atividades de um programa de
segurança, deverão estabelecer um programa de inspeções, afim de que sejam recolhidas para
reparos as ferramentas que, por qualquer desleixo, estejam em uso em más condições. Inspeções
gerais e eventuais em conjunto com a coordenação, inspeções pelos próprios professores,
inspeções rotineiras pelos próprios alunos, possibilitam as descobertas de defeitos. Portanto,
inspecionar periodicamente as ferramentas é um hábito que todos os usuários devem adquirir.
Educação Profissional 15
3 - LIMAS
3.1 - DESCRIÇÃO
3.2 - UTILIZAÇÃO
3.3 - CLASSIFICAÇÃO
Educação Profissional 16
Os tamanhos mais usuais de limas são: 100, 150, 200, 250 e 300mm de comprimento (corpo).
As limas, para serem usadas com segurança e bom rendimento, devem estar bem encabadas,
limpas e com o picado em bom estado de corte.
Para a limpeza das limas usa-se uma escova de fios de aço e, em certos casos, uma vareta de
metal macio (cobre, latão) de ponta achatada.
Educação Profissional 17
É uma ferramenta manual de um arco de aço carbono, onde deve ser montada uma lâmina de aço
ou aço carbono, dentada e temperada.
4.1 - CARACTERÍSTICAS
O arco de serra caracteriza-se por ser regulável ou ajustável de acordo com o comprimento da
lâmina.
A lâmina de serra é caracterizada pelo comprimento e pelo número de dentes por polegada
Comprimento: 8” - 10” - 12”.
Número de dentes por polegada: 18 - 24 e 32.
1. A serra manual é usada para cortar materiais, para abrir fendas e rasgos.
2. Os dentes das serras possuem travas, que são deslocamentos laterais dos dentes em forma
alternada, a fim de facilitar o deslizamento da lâmina durante o corte.
Educação Profissional 18
4.2 - RASQUETES
São ferramentas de corte feitas de aço especial temperado, com as quais se executa a operação
de raspar.
As formas dos raspadores são várias e se utilizam de acordo com a raspagem a executar.
Os raspadores são utilizados na raspagem de mesas de máquinas-ferramentas, barramentos de
tornos, furadeiras de coordenadas, mesas de traçagem, esquadros e buchas.
Raspador de empurrar
É construído de aço-carbono ou aço especial; a ponta possui uma ligeira convexidade e um ângulo
de 3º, aproximadamente; o ângulo positivo é utilizado para o desbaste e o negativo para o
acabamento.
As faces biseladas e os gumes devem ficar isentos de riscos e o acabamento dessas faces pode
ser obtido com pedra de afiar.
Raspador de puxar
É usinado em aço especial com um extremo achatado em forma de cunha, dobrado a 120º e
esmerilhado com a forma desejada.
A aresta cortante deve ser abaulada e bem viva.
A têmpera deve ser dada somente na ponta. O comprimento dos raspadores varia de acordo com
o seu emprego.
A figura a seguir mostra as formas e perfis mais comuns.
Educação Profissional 19
Raspador triangular
É construído de aço-carbono em dimensões variadas, de acordo com a utilização a que se destina.
É empregado em raspagem de mancais, para ajustes de eixos e em superfícies côncavas em geral.
5. TRAÇAGEM
5.1 - RISCADOR
Figura 5.1
Pode ser reto ou com uma extremidade dobrada em ângulo reto, podendo seu comprimento variar
de 100 a 400mm com diâmetros de 2 a 6mm, se compondo de:
Figura 5.2
1. Haste (cilíndrica ou prismática )
2. Cabo (recartilhado)
3. Ponta.
Sendo uma ferramenta fundamental na operação de traçagem, pois permite assinalar sobre o
material os contornos e as necessárias referências para as sucessivas operações, é fabricado de
aço carbono temperado, com ponta em uma das extremidades para que, deslocado perfeitamente
adaptado a uma régua de traçagem e com pressão suficiente possa marcar um traço bem visível
no material.
Educação Profissional 20
Figura 5.4
Os riscadores são utilizados semelhante ao uso de um lápis, apoiando em uma superfície de
referencia (borda) da régua, inclinando ligeiramente o riscador na direção do traço e para frente,
de modo que sua ponta apóie na aresta inferior da borda da régua durante todo o traçado.
Os riscadores tais como os compassos, apresentam riscos para quem os manuseia, pois são
providos de pontas bastante aguçadas, algo em torno de 15º, sendo aconselhável quando não está
sendo usado, manter suas pontas fincadas em cortiça e estando em uso, cuidar para não se ferir,
pois a presença de partículas de metal e geralmente de dióxido de ferro, podem se infiltrar no
ferimento trazendo riscos de infecção.
Para que o traçado possa ser claramente visível, a superfície da peça bruta ou semi-acabada deve
ser previamente pintada com uma fina camada de tinta de traçagem.
Algumas vezes, para executar o traçado sobre metais leves (alumínio, magnésio) emprega-se, em
vez de riscador de aço, um lápis, de grafite duro com ponta bem aguçada.
Figura 5.5
Com o uso, a ponta dos riscadores, compassos e punções vão sofrendo um desgaste, natural em
função de seu uso, e para processar sua reafiação deve-se observar alguns aspectos: sendo a
afiação executada em um rebolo se faz necessário o uso de óculos de segurança, verificação do
estado do rebolo.
Educação Profissional 21
5.2 – ESQUADROS
Os esquadros são utilizados na verificação de ângulos entre superfícies no auxílio a traçagem,
sendo que para verificação são utilizados esquadros de precisão, os quais não admitem contato
com riscadores; são de diversos tamanhos e podem ser de diversos tipos.
Figura 5.7
Provavelmente, nenhum instrumento de ajustador mecânico parece mais simples, mais rude ou
menos preciso que o esquadro. Para demonstrar que estas conclusões são falsas, e que o esquadro
de ajustador é um instrumento de precisão, basta verificar algumas de suas características:
Tanto a barra como as lâminas são temperadas, revenidas e polidas;
Ficando fácil concluir que qualquer descuido no uso desse simples instrumento comprometerá sua
precisão inicial.
Considerada como um instrumento auxiliar na traçagem, pois serve de apoio ou guia para o
riscador na traçagem de linhas retas, são geralmente de aço, de secção retangular com
comprimento em torno de 300mm.
Figura 5.8
Educação Profissional 22
A régua de traçagem também pode ser encontrada sob a forma de uma cantoneira, o que a
transforma em uma régua para riscar rasgos de chaveta na superfície de eixos de rotação,
denominados de réguas cantoneiras ou angulares.
5.4 - CINTEL
O cintel é usado para traçar circunferências de diâmetros superiores aos que podem traçar com
compassos de pontas, sendo formado de duas pontas deslizantes que correm por uma régua
metálica graduada com suas pontas exercendo função semelhante a dos riscadores.
Figura 5.11
Aplicação das diferentes partes do cintel.
5.5 - GRAMINHO
É o mais importante instrumento de traçagem.
Figura 5.16
É usado para riscar linhas paralelas a distância exata de superfície de preferência.
Figura 5.19
Educação Profissional 24
Figura 5.20
Usado como suporte para relógio comparador.
Educação Profissional 25
Figura 27
OBS.: Para achar a linha de centro de um paralelepípedo, o riscador é fixado mais ou menos na
altura correspondente. Traça-se primeiro numa extremidade um pequeno risco e, virando a peça
180º risca-se perto do primeiro, o segundo, que geralmente não coincide. Acerta-se novamente a
posição do riscador, pela divisão da diferença acusada.
Educação Profissional 26
Figura 5.30
Figura 5.31
As mesas se constituem de uma peça geralmente de ferro fundido (fofo) com a parte inferior
fortemente nervurada a fim de aumentar a sua rigidez impedindo assim qualquer empeno,
empregadas para traçagem de precisão.
Podendo também ser encontradas em:
Granito, geralmente um bloco maciço retangular lapidado; utilizando nos setores de medição
garantindo um resultado de alta precisão.
Especificação: Desempeno de ferro fundido de 3000x2000x400 (mm).
Figura 5.32
Nomenclatura das diferentes partes do calibre e traçador de altura.
Educação Profissional 27
Figura 5.37
Podem ser encontradas do tipo ajustável, que consiste geralmente em um parafuso que permite
por sua rotação ajustar a altura desejada. Esses calços parecem muito com os macacos e são
também utilizados na montagem de peças sobre a mesa de máquinas ferramentas.
Figura 5.38
Para o posicionamento da peça, utiliza-se, conforme o caso, calços comuns, macacos, cantoneiras e
outros acessórios, que devem ter suas faces completamente planas e paralelas e devem ser
mantidas em lugares livres de choques e de contato com outras ferramentas que possam lhes
causar deformações.
Educação Profissional 28
6. FERRAMENTAS ABRASIVAS
6.1 - GENERALIDADES
As ferramentas abrasivas são largamente utilizadas na indústria, seu emprego pode ser
observado em oficinas mecânicas, curtumes, relojoarias, óticas, galvanoplastia, lapidações, na
construção civil e em outros estabelecimentos industriais.
A usinagem com ferramentas abrasivas vai desde um simples desbaste até o acabamento
especular (espelhado) em metais e outros materiais. São as únicas ferramentas que permitem o
trabalho em aços temperados ou ligas duras, possibilitando a obtenção de medidas com
aproximação de 0,001mm (micrômetro).
6.2 - CONCEITUAÇÃO
“As ferramentas abrasivas são constituídas de grãos abrasivos ligados por um aglutinante, com
formas e dimensões definidas para cortar, desbastar, dar acabamento preciso ou polir qualquer
tipo de material a ser usinado.”
A figura 6.1 mostra os grãos abrasivos de um rebolo, ampliados.
Figura 6.1
6.3 - TIPOS
São os seguintes os tipos de ferramentas abrasivas mais empregadas:
Rebolos;
Rodas ou discos revestidos de abrasivo;
Pedras, limas, lixas e cintas abrasivas;
Segmentos abrasivos (para serem montados em suportes);
Pasta abrasiva;
Pó abrasivo.
Educação Profissional 29
Figura 6.2
Figura 6.3
Figura 6.4
Figura 6.5
Educação Profissional 30
Muito usada atualmente é a roda lixadeira (fig. 6.7), que consiste numa composição de lixas, de
igual forma e tamanho, dispostas em um núcleo. Estas rodas
lixadeiras podem ser construídas de acordo com a superfície a
ser polida e também para uso em lixadeiras portáteis,
possibilitando o polimento em partes de difícil acesso.
Figura 6.7
6.5 - LAPIDAÇÃO
Educação Profissional 31
Figura 6.10
b) Para equilibrar o rebolo, fixa-se o flange com peso móvel (a) em um eixo (b), com tolerância
ISO H7f7, sobre um balancim que tenha dois eixos paralelos e horizontais (c) (fig. 6.11) e
verifica-se, com rotações leves se o rebolo pára em diversas posições diferentes. Em seguida,
faz-se com giz, um traço passando pelo flange e pelo rebolo (o) cujas partes deverão coincidir
quando estes forem montados no eixo da máquina.
c) Montagem do rebolo no eixo da máquina
A fig. 6.12 mostra a montagem correta do rebolo nas moto-esmerilhadoras.
Figura 6.12
A fig. 6.13 apresenta a montagem nas retificadoras cilíndricas e, na fig. 6.14, aparece a
montagem de um rebolo copo cônico com furo liso e com capa protetora giratória.
Educação Profissional 32
Figura 6.15
Figura 15 A
OBSERVAÇÃO
Na montagem das capas, elas devem ficar alinhadas com os rebolos e sua fixação deve ser muito
resistente a todas as condições, mesmo no caso de quebra do rebolo.
Educação Profissional 33
Figura 6.16
Figura 6.18
A fig. 6.19 mostra o retificador de rebolo com
ponta de diamante para dar acabamento na
face de trabalho do rebolo. É o mais indicado
para as máquinas retificadoras, devido à
renovação perfeita dos grãos de abrasivos. A
durabilidade do retificador de diamante
depende de:
Figura 6.19
Educação Profissional 34
Figura 6.20
b) Profundidade do corte da ponta, que não deve ultrapassar de 0,1 milímetro, com movimento
uniforme e bastante refrigeração para evitar o super-aquecimento, que provoca quebra do
diamante.
c) Variação freqüente do ângulo de 3° até 10° de inclinação, para prolongar a eficiência de corte
do diamante no rebolo (fig. 6.19).
d) Escolha do tamanho da ponta do diamante que, por sua vez, depende do diâmetro do rebolo e
do tamanho do grão abrasivo.
Tabela 6.1
6.9 - REBOLOS
Rebolos são ferramentas constituídas de grãos abrasivos ligados por um aglutinante (liga). São
utilizados em operações de desbaste, corte, retificação, afiação, polimento, entre outras.
Diferente das demais ferramentas de corte, os rebolos são auto-afiáveis e, de acordo com o
formato ou a aplicação, são chamados de rebolos, pontas montadas, pedras de afiar, etc.
Figura 6.21
Educação Profissional 35
Figura 6.23
Tabela 6.2
6.9.3 - Faces
A face indica a geometria do perfil do trabalho de um rebolo. A seguir, será demonstrada
algumas das faces mais utilizadas e, padronizadas conforme as normas da ABNT.
6.9.4 - Formatos
Existe uma grande diversidade de formatos. Os mais utilizados, conforme padrão das normas da
ABNT, são demonstrados a seguir:
Educação Profissional 36
A Grão abrasivo robusto e pouco friável. Indicado para operações de corte, desbaste e
retificações em geral de materiais de baixa dureza.
38A Grão abrasivo extremamente friável. Indicado para operações de precisão, particularmente em
aços de alta dureza e sensíveis ao calor.
19A Mistura de grãos A e 38A. Indicada para operações em que é necessária a robustez do grão A
com a friabilidade do 38A.
32A Grão abrasivo monocristalino de alta resistência. Proporciona ação de corte rápido e friável com
55A excelente manutenção de perfil. Indicado para operações de precisão.
25A Grão abrasivo com friabilidade e resistência intermediárias aos abrasivos 38A e 32A. indicado
DR para operações de afiação de ferramentas, cilíndricas, planas e pontas montadas.
95A Versátil combinação de grãos abrasivos que proporciona boa ação de corte com friabilidade.
Indicada para operações de precisão com pequenas remoções de material.
32A5 Combinação dos abrasivos 38A e 32A. Alia friabilidade com resistência. Indicada para operações
de precisão.
16A Mistura de grãos A e 32A. indicada para operações em que é necessária a robustez do grão A
23A com as propriedades do 32A e para operações centerles, cilíndrica, plana, flute grinding e
outras.
Educação Profissional 37
SG Grão abrasivo de formato arredondado. Indicado para todas as operações em que se requer,
principalmente, a integridade metalúrgica da peça-obra.
TG Grão abrasivo de formato alongado. Isto confere ao produto maior agressividade e porosidade,
proporcionando maiores taxas de remoção e menor geração de calor.
SGB Versátil combinação de grãos abrasives com o SG ou TG, conferindo ao produto ótima relação
TGB custo / benefício. Indicada em operações com liga vitrificada com pequenas remoções de
material.
SGK Combinação dos abrasives SG ou TG com 32A. Indicada para operações em que seja necessária
TGK ótima ação de corte com friabilidade.
NZ Norzon®, exclusivo grãos da Norton, apresenta rendimento 2 a 3 vezes superior aos grãos
convencionais. Indicado para operações de desbaste e corte de metais ferrosos.
Figura 6.26
37C Grão abrasivo de forma pontiaguda. Indicado para operações de corte, desbaste e retificações
em geral.
Educação Profissional 38
74C Combinação dos abrasivos 37C e 39C. Ideal para operações em que são necessárias alta remoção
e friabilidade.
AC Combinação dos grãos A e 37C. Indicada para operações com aços e ferros fundidos.
32AC Combinação dos grãos 32A e 37C. Indicada para operações de desbaste e acabamento de ferro
fundido, aço inoxidável e materiais sensíveis ao calor.
32AG Combinação dos grãos 32A e 39C. Alia a friabilidade do 39C com a resistência do 32A. Ótima
alternativa aos grãos 74C e 39C.
TGK SGK TG SG TGB SGB A 16A 23A 32A 95A 25A 38A
SEVERA BRANDA
Figura 6.27
A 16A 23A 19A 32A 25A 38A 95A SGB TGB SGK TGK SG TG
MENOR MAIOR
Figura 6.28
6.11 - GRANULOMETRIA
10 – 14 Desbaste superpesado
100 – 150 Operações de acabamento, pequenas remoções, pequenas áreas de contato e rebolos
com perfis especiais.
Educação Profissional 39
” m ” m ” m Mesh
Educação Profissional 40
6.12 - DUREZA
Indica a força com que a liga retém os grãos abrasivos. Quanto maior a dureza, maior será a
capacidade de retenção dos grãos. A dureza é representada pelas letras do alfabeto, seguindo
também uma ordem crescente.
E F G H I J K L M N O P Q R S T U V X
REGRA GERAL
Rebolo Macio: Grandes áreas de contato – Materiais de alta dureza ou sensíveis ao calor.
Rebolo duro: Pequenas áreas de contato – Materiais de baixa ou média durezas.
6.13 - LIGA
VITRIFICADA
Letra símbolo “V”
A utilização da liga vitrificada reúne
características perfeitas para atender à
maioria das exigências das operações de
precisão.
É específica para pequenas retiradas de
material, em que são requeridos alto
grau de acabamento e perfeita
manutenção do perfil.
Figura 6.30
S Liga para rebolos em óxido de alumínio. Velocidade periférica de até 45 m/s. deixa o
grão abrasivo mais exposto, com maior rendimento do rebolo e menor queima na peça-
obra.
SB Modificação da liga “S”, para velocidade periférica maior que 45 até 60 m/s.
H Liga pra rebolos em óxido de alumínio. Permite maior manutenção do perfil, retendo o
abrasivo por mais tempo na face de trabalho.
Educação Profissional 41
SP Liga para rebolos em óxido de alumínio (SP) e carbureto de silício (KP) com porosidade
induzida. Proporciona redução na área de contato peça-obra e conseqüente ação de
KP
corte mais frio.
SPCF Indicadas para operações creep feet com rebolos em óxido de alumínio.
HPCF
6.14 - RESINÓIDE
Letra símbolo “B”
Trata-se de uma liga de composição orgânica resistente
a impactos, tendo como principais aplicações operações
de desbaste, corte e também precisão.
A liga resinóide, uma vez polimerizada, se converte em
aglomerante de elevada resistência e certa
elasticidade, permitindo trabalhar com velocidades
periféricas da ordem de 48 m/s (rebolos normais) e de
60, 80 e 100 m/s (rebolos reforçados de construção
especial)
Figura 6.31
Tabela 6.10 - Modificações de ligas resinóides
31 Sistema de ligas para operações flute grinding, thread grinding e outras que envolvam
necessidade de manutenção de perfil do rebolo. Operam à velocidade máxima de 80
31A
m/s.
Educação Profissional 42
28S Também para desbaste pesado, porém para equipamento que trabalhem à 60 m/s. O
rebolo tem em sua construção anéis de reforça, centro fino e telas de fibra de vidro.
25 Indicada para discos de corte sem telas de reforço, podendo operar até 60 m/s.
NA Indicada para discos de corte, porém com telas de fibra de vidro como reforço. Alia
durabilidade e friabilidade. Abrange todas as operações de corte.
NA25
18 Esta nova liga caracteriza-se por possuir uma ação de corte rápida e extremamente
macia em operações de desbaste e acabamento. Graças a isto, é indicada para
materiais de difícil retificação, altamente sensíveis ao calor, ou peças que, devido à sua
geometria, são muito frágeis. Pode operar a seco ou refrigerada.
Figura 6.32
Educação Profissional 43
Figura 6.33
GRUPO “C”
Tabela 6.11
Dimensões
Tipo * (diâmetro x Altura)
mm
C188 A 13 X 38
C204 A 19 X 19
C205 D 19 X 25
Figura 6.34 GRUPO
“C” C219 D 25 X 19
C220 D 25 X 25
C222 D 25 X 51
C235 D 38 X 6
* A = Acabamento
6.17 - ARMAZENAGEM
Para acomodar os vários tipos de rebolos, devem ser utilizadas estantes, caixas, gavetas ou
prateleiras adequadas (fig. 6.35)
Educação Profissional 44
Educação Profissional 45
OBSERVAÇÃO:
Para evitar que os rebolos sofram choques durante o transporte, pois estes podem causar trincas
que tornarão o rebolo inseguro.
b) Costados: suportes onde são fixados os grãos abrasivos, podendo ser de:
Folhas de papel ou de tecido, usado para lixamento manual (fig. 6.38).
Figura 6.38
Figura 6.39
Figura 6.40
Educação Profissional 47
Figura 6.41
Para retenção dos grãos abrasivos nos costados utilizam-se colas, resinas e colas especiais, do
seguinte modo:
Cola de origem animal (cola para madeira) – completamente solúvel em água, usada em
lixamentos manuais em que o calor desenvolvido é ligeiramente sensível ao contato.
Resina – de origem vegetal, usadas em lixamentos, à mão ou a máquina, com algum
desenvolvimento de calor.
Colas especiais à prova d’água – insolúveis em água ou solventes comuns, prestam-se para os
lixamentos de pintura de veículos, geladeiras e móveis metálicos. O lixamento é feito com a
lixa molhada em água.
Tabela 6.12 - Freqüência em r p m recomendada para operações com discos de fibra
Educação Profissional 48
Tabela: 3.13 - Tamanho dos grãos abrasivos para polir (segundo Carborundum)
1ª 2ª 3ª 4ª
80 150*
Alumínio fundido 60
(Interno) 36 180
54
120* 180*
Bronze 24 46 120
36 60 150
80* 120
80 150
150
Educação Profissional 49
Latão
* Indica uma roda com aglutinante (graxa ou óleo). O abrasivo é usado em grãos soltos.
NOTA:
Para aços em geral, o abrasivo usado é o óxido de alumínio.
Para ferro fundido e metal não ferroso, usar carboneto de silício.
A velocidade de corte, geralmente, é de 37 m/s.
As chapas servem unicamente para fixação de peças nas mesas ou acessórios das máquinas.
Esses tipos de grampos são fabricados de aço fundido. Os grampos de “C”, além de servirem para
prender peças sobre a mesa das máquinas, servem também para unir, várias peças em que se
deseja fazer a mesma operação.
Educação Profissional 51
Existem grampos acionados por dois parafusos; estes são denominados grampos paralelos (Fig
7.8). O acionamento conveniente dos dois parafusos mantém o paralelismo das faces das duas
mandíbulas produzindo um melhor aperto.
7.3.4 - Conservação
O aperto deve ser dado manualmente e não deve ser excessivo. Após seu uso, devem ser limpos e
guardados em lugar limpos e protegidos contra os golpes.
Educação Profissional 52
7.4.1 - Características
As morsas de máquinas – ferramentas caracterizam-se pelas suas formas e aplicações.
As de base fixa e giratória são encontradas no comércio pela sua capacidade de abertura, largura
de mordentes e altura.
As inclináveis, largura dos mordentes, capacidade máxima, inclinação em graus bases graduadas
em graus e altura da morsa.
7.4.3 - Conservação
A morsa deve ser limpa, lubrificada e guardada em local apropriado.
As morsas podem ser constituídas de aço ou ferro fundido, de diversos tipos de tamanhos.
Existem morsas de base fixa (fig 7.14) e de base giratória (fig. 7.15).
Educação Profissional 53
Figura 7.15
Os tamanhos encontrados no comércio são dados por um número e sua equivalência em milímetros
correspondente ao comprimento do mordente.
Tabela 7.1
7.5.2 - Conversação
Deve-se mantê-la bem lubrificada para melhor movimento da mandíbula e do parafuso e sempre
limpa ao final do trabalho.
Figura 7.15
Educação Profissional 54
Figura 8.1
Destinados a:
Passagem de parafusos, rebites;
Abertura de rosca;
Passagem de alargador;
Permitir o recorte de peças;
Rebaixamento destinado a alojar cabeça de parafuso.
Figura 8.2
De acordo com as funções diversas que executarão, os furos podem ser dos mais variados tipos:
Furo passante;
Furo cego;
Furo escareado;
Furo com rebaixo;
Furo cônico;
Furo escalonado;
Figura 8.3
Educação Profissional 55
Figura 8.5
Figura 8.4
Educação Profissional 56
8.3.1 - Nomenclatura
Figura 8.6
Figura 8.7
As brocas de haste cilíndrica mais usuais têm, em geral, diâmetros no máximo até 1/2”, são
fixadas por meio de mandris.
As brocas de haste cônica são, quase sempre, com diâmetro acima de 1/2”.
Prendem-se por meio de adaptação em furo cônico do próprio eixo, ou por meio de buchas de
redução de furo cônico.
PONTA DA BROCA
É constituída por duas superfícies cônicas que, no seu encontro, formam a aresta da ponta – O
ângulo destas duas superfícies cônicas é denominado ângulo da ponta.
A ação da aresta é a de calcar o material, mediante a grande pressão causada pelo movimento de
avanço. A resta da ponta não corta o material, o esmaga, posicionando a frente das arestas
cortantes.
As duas superfícies cônicas da ponta da broca se encontram com as superfícies dos canais,
formando as Arestas Cortantes (fios ou fumes da broca). Na furação, o corte é produzido por
estas arestas, como se vê na figura: c é o ângulo do gume, f o ângulo de folga ou de incidência e s
o ângulo de saída do cavaco também conhecido por ângulo de ataque, caracterizam uma
ferramenta para o arranque de aparas, como sejam os ângulos de corte, o ataque e o de incidência
que aqui denominará como ângulo de rebaixo. Na broca estes ângulos são mais difíceis de
distinguir e de medir do que em outras ferramentas.
Educação Profissional 57
Figura 8.9
c) Ângulo de ataque ou saída do cavaco – s – para se poder fazer juízo sobre as relações de
grandezas dos ângulos nos gumes principais nas brocas helicoidais é necessário ter
primeiramente em atenção, o que se denomina grau de inclinação da hélice, isto é, o ângulo
entre o eixo da broca e a guia. Este ângulo corresponde aproximadamente ao ângulo de
ataque, isto é, aquele ângulo em relação a vertical (eixo da broca) sob a qual o cavaco desliga.
Figura 8.10
d) Ângulo da ponta – formado pela inclinação entre si das arestas cortantes.
Figura 8.11
Educação Profissional 58
8.3.5 - Tipos
a) Brocas com orifícios para fluido de corte – são usadas para produção contínua e em alta
velocidade, que exige abundante lubrificação, principalmente em furos profundos.
Figura 8.12
Figura 8.13
O fluido de corte é injetado sob alta pressão, no caso de ferro fundido e dos metais não
ferrosos, aproveitam-se os canais para injetar ar comprimido que expele os cavacos e a sujeita.
b) Brocas de canal reto – a broca apresenta dois canais retos e é usada especialmente para
furar bronze e latão. Pois possui ângulo de ataque igual a zero.
Figura 8.14
c) Broca canhão – A broca apresenta um corpo semi-cilíndrico com uma só aresta de corte. É
própria para furos profundos e de pequeno diâmetro, pois, além de serem mais robustas do
que as brocas helicoidais utilizam o próprio furo como guia.
Figura 8.15
Educação Profissional 59
Figura 8.16
8.4.1 - Descrição
A broca de centrar é uma broca especial fabricada de aço rápido.
8.4.2 - Uso
Este tipo de broca serve para fazer furos de centro e, devido a sua forma, executam numa só
operação, o furo cilíndrico, o cone e o escareado.
8.4.3 - Classificação
Os tipos mais comuns de broca de centrar são:
1. Broca de centrar simples
8.4.4 - Comentário
A broca de centrar simples é utilizada para executar o tipo mais comum de centro, que é o
simples, enquanto que a broca de centrar chanfro de proteção executa o centro protegido.
Figura 19 Figura 20
As medidas dos centros devem ser adotadas em proporção com os diâmetros das peças baseadas
na tabela abaixo.
Educação Profissional 60
Diâmetros das peças a centrar d1 Medidas das brocas (mm) Diâmetro máximo do escareado (E)
(mm) (mm)
d D c C
5 a 15 1,5 5 2 40 4
16 a 20 2 6 3 45 5
31 a 40 3 10 4 55 7,5
41 a 60 4 12 5 66 10
8.5.1 - Objetivo
Esta norma tem por objetivo designar e classificar a terminologia dos formatos, ângulos,
dimensões das brocas helicoidais.
Esta norma é aplicada a todas as brocas helicoidais usadas em usinagem.
Figura 8.21
Figura 8.22
Educação Profissional 61
Figura 8.23
Figura 8.24
7 - superfície principal de folga 14 - diâmetro da superfície lateral de folga 21 - superfície lateral de folga
Tabela 8.2
Afiações Normais
- Conforme ângulos da Tabela
Afiações Especiais
- Dois ângulos para ferro fundido
Educação Profissional 62
Educação Profissional 63
Figura 8.25
8.6.1 - Afiações Especiais
Figura 8.28
Figura 8.29
Figura 8.30
Educação Profissional 64
Figura 8.31
Figura 8.32
Tabela 8.4
N° de Conicidade a b d1 d2 d6 d7 I3 I4 I5 r1 r2
Identificação
2 h13 max -1 máx máx
1 1:20,047=0,04988 1º25’43” 3,5 5,2 12,065 12,2 9 8,7 62 65,5 13,5 5 1,2
4 1:19,254=0,05194 1º29’15” 6,5 11,9 31,267 31,6 25,2 24,5 117,5 124 24 8 2,5
Cone Métrico
5 1:19,002=0,05263 1º30’26” 6,5 15,9 44,399 44,7 36,5 35,7 49,5 156 29 10 3
Tabela 8.5
Grupos de Avanços
Aços liga com mais de 100 kg de resistência por 8 a 15 1
mm²
Latão 80 a 100 5
Cobre 50 a 80 4
Educação Profissional 66
Figura 9.1
Figura 9.2
Figura 9.3
Observação: Diâmetro efetivo - Nas roscas cilíndricas, o diâmetro do cilindro é imaginário, sua
superfície intercepta os perfis dos filetes em uma posição tal que a largura do vão nesse ponto é
igual à metade do passo. Nas roscas, cujos filetes têm perfis perfeitos, a interseção se dá em um
ponto onde a espessura do filete é igual à largura do vão.
Figura 9.4
Os machos, para roscar a máquina, são apresentados em 1 peça, sendo o seu formato normalizado
para utilização, isto é, apresenta seu comprimento total maior que o macho manual (DIN).
Educação Profissional 67
Sentido da rosca
Refere-se ao sentido da rosca, isto é, se é direita (right) ou esquerda (left).
Figura 9.7
Figura 9.8
Figura 9.9
Entrada helicoidal, para furos passantes. Empurra as aparas para frente, durante o roscamento.
Figura 9.10
Educação Profissional 68
Figura 9.11
Estes machos para roscar são também conhecidos como machos de conformação, pois não
removem aparas e são utilizados em materiais que se deformam plasticamente.
Figura 9.12
Figura 9.13
9.2.2- Conservação
Para se conservar os machos de roscar em bom estado, é preciso limpá-los após o uso, evitar
quedas ou choques, e guardá-los separados em seu estojo.
Educação Profissional 69
Figura 9.14
9.3 – DESANDADORES
Descrição
São ferramentas manuais, geralmente de aço carbono, formadas por um corpo central, com um
alojamento de forma quadrada ou circular, onde são fixados machos, alargadores e cossinetes.
Utilização
O desandador funciona como uma chave, que possibilita imprimir o movimento de rotação
necessário à ação da ferramenta.
Classificação
Os desandadores podem ser:
1. Fixo em T;
2. Em T, com castanhas reguláveis;
3. Para machos e alargadores;
4. Para cossinetes.
Figura 9.15
Educação Profissional 70
Figura 9.16
Figura 9.17
Comentários:
Comprimentos dos desandadores para machos e alargadores:
Os comprimentos variam de acordo com os diâmetros dos machos ou alargadores, ou seja: para
metais duros 23 vezes o diâmetro do macho ou alargador e para metais macios, 18 vezes esses
diâmetros.
Figura 9.18
Tabela 9.1
1 20 195
2 25 235
3 38 330
Educação Profissional 71
São ferramentas de corte, construídas de aço especial temperado, com furo central filetado.
Os cossinetes são semelhantes a uma porca, com canais periféricos dispostos tecnicamente em
torno do furo central filetado, e o diâmetro externo varia de acordo com o diâmetro da rosca. Os
canais periféricos formam as arestas cortantes e permitem a saída das aparas. Os mesmos
possuem geralmente uma fenda, no sentido da espessura, que permite a regulagemda
profundidade do corte, através do parafuso cônico, instalado na fenda, ou dos parafusos de
regulagem do porta-cossinete.
Figura 9.19
Figura 9.20
Figura 9.21
Educação Profissional 72
Arestas cortantes: c e d
f = ângulo de folga
E = ângulo de gume
S = ângulo de saída das aparas
Os cossinetes bipartidos são montados em um porta-cossinetes especial e sua regulagem é feita
através de um parafuso de ajuste, aproximando-os nas sucessivas passadas, até a formação do
perfil da rosca desejada.
Figura 9.23
Figura 9.24
Educação Profissional 73
10. ALARGADORES
10.1 DESCRIÇÃO
Alargadores são ferramentas de corte de uso manual ou em máquinas-ferramentas, em forma
cilíndrica de eixos e pinos.
Tipos
1. Cilíndricos com dentes retos;
2. Cilíndricos com dentes helicoidais;
3. Cônico com dentes retos;
4. Cônico com dentes helicoidais;
5. Expansíveis.
Utilização
Cilindros com dentes retos e haste cilíndrica. Para ser utilizado manualmente ou à máquina, na
calibração de furos cilíndricos.
Figura 10.1
Cilíndricos com dentes helicoidais de haste cônica. Para ser utilizado à máquina na calibração de
furos cilíndricos.
Figura 10.2
Educação Profissional 74
Figura 10.3
Cônico com dentes helicoidais e haste cilíndrica. Usado manualmente ou à máquina na calibração
de furos cônicos.
Figura 10.4
Alargador de pequena expansividade. Usado no acabamento de furos cilíndricos onde não há
necessidade de grande variação no diâmetro do alargador.
Figura 10.5
Figura 10.6
10.2- COMENTÁRIOS
1. Este tipo de alargador é de uso manual e exige muito cuidado, pelo tipo de expansão, que se
baseia na elasticidade do aço.
2. Os dentes podem ser retos ou helicoidais, e sua construção é geralmente de aço carbono.
Alargador de grande expansividade de lâminas removíveis. É usado manualmente na calibração de
furos cilíndricos.
Figura 10.7
Figura 10.8
1. O alargador de grande expansividade pode ser rapidamente ajustado com grande precisão, pois
as lâminas deslizam no fundo das canaletas, que são inclinadas.
2. Este tipo de alargador tem a vantagem de ter as lâminas removíveis, o que facilita sua
substituição em caso de quebra ou desgaste.
Educação Profissional 75
11.1 – FURADEIRAS
São máquinas-ferramentas destinadas à execução de operações de furar, escarear, alargar,
rebaixar e roscar com machos.
Funcionamento
O movimento da ferramenta é recebido do motor através de polias escalonadas e correias ou um
jogo de engrenagens possibilitando uma gama de rpm.
O avanço da ferramenta pode ser manual ou automático.
Figura 11.1
São montadas sobre bancadas de madeira ou aço.
11.1.2 - Furadeira de coluna
Figura 11.2
Educação Profissional 76
Figura 11.3
A furadeira radial é destinada à furação em peças grandes em vários pontos, dada a possibilidade
de deslocamento do cabeçote.
Possui avanços automáticos e refrigeração da ferramenta por meio de bomba.
Figura 11.4
Figura 11.5
Educação Profissional 77
Acessórios:
Mandril porta-brocas;
Jogo de buchas de redução;
Morsa
Cunha para retirar mandril, brocas e buchas de redução.
Condições de uso:
A máquina deve estar limpa;
O mandril em bom estado;
Broca bem presa e centrada.
Conservação
Figura 11.6
Operação
Instruções gerais
Verificar o óleo do depósito, tirando “Bujão de óleo”;
Lubrificação
Turbina, Regulador e Redutor
Colocar óleo no depósito, pelo “Bujão de Óleo” cada 8 (oito) horas de serviços contínuo;
O uso de Lubrificador de Linha”, dispensa esta operação;
Lubrificar o “Regulador”, “Rolamentos da Turbina” e o “Redutor” cada semana de serviço
contínuo, colocando graxa pelo “Bujão Engraxadeira”;
Fazer revisão completa, cada quatro meses de serviços contínuo, desmontando e
montando a máquina;
Não deixar a máquina parada mais de uma semana, sem tê-la revisado e lubrificado
previamente.
11.2 – LIXADEIRAS
Equipamento utilizado para desbaste e acabamento em peças metálicas ou não, utilizando
movimento giratório ou alternativo com lixas das várias granulações. Serve também para polir
peças com auxílio de massa de polir, e acessório especial para polimento.
11.3 – ESMERILHADEIRAS
São máquinas destinadas ao esmerilhamento de materiais, principalmente a afiação de
ferramentas.
Educação Profissional 79
Figura 11.11
Os mais comuns o motor tem a potência de 1 CV, girando com 1.450 a 1750 rpm.
Constituição
São constituídas geralmente de um motor elétrico, em cujo eixo se fixam, os rebolos: um
constituído de grãos médios destinado ao desbaste de materiais e outro de grãos finos para
acabamento dos gumes das ferramentas de corte.
Existem esmerilhadeiras de pedestal com motores de maior potência e com rebolos de maiores
diâmetros destinados a desbastes grosseiros e rebarbamento de peças de fundição.
Figura 11.12
É fixada na bancada. O motor tem em geral a potência de ¼ a ½ CV com uma rotação de 1.450 a
2.800 rpm.
É utilizado na afiação de pequenas ferramentas de corte.
Educação Profissional 80
Figura 11.13
Este tipo de esmerilhadeira possui rebolos especiais e apoio lateral para esse tipo de ferramenta.
Cuidados:
1. Utilizar rebolos próprios, observando as rotações indicadas nos mesmos;
2. O furo do rebolo deve estar justo no eixo e em esquadro com a face;
3. O rebolo deve estar bem balanceado a fim de evitar vibrações e imperfeições na superfície
esmerilhada.
Figura 11.14
Operação
Instruções Gerais
Verificar o óleo no depósito da “Carcaça da Chave”, tirando o “Bujão de Óleo”;
Verificar a rotação recomendada para o rebolo que se deseja usar. Esta rotação não
deverá ser inferior a da Esmerilhadeira;
Verificar se a ferramenta (rebolo, ponta montada, fresa etc.) está bem apertada;
Drenar (Purgar) a mangueira para eliminar a água da instalação ou eventuais impurezas.
Verificar a pressão de ar que deverá ser mantida entre 80 a 100 libras (6 a 7 Kg/cm²)
medidas na entrada da Esmerilhadeira quando a mesma estiver em funcionamento;
Usar mangueira 5/16” para distâncias até 30 metros. Para distâncias maiores usar
mangueira de maior diâmetro;
Verificar que o diâmetro da Haste da Ponta Montada coincide com o furo da “Bucha” ou
do “Corpo do Mandril” da máquina, ou seja: não misturar ferramentas com haste em
milímetro com porta-ferramentas em polegadas e vice versa;
Educação Profissional 81
Lubrificação
Colocar óleo no depósito da “Carcaça da Chave” pelo “Bujão”, cada 8 horas de serviço
contínuo;
Lubrificar os “Rolamentos da Turbina” cada semana de serviço contínuo;
Fazer revisão completa cada 500 horas de serviço contínuo, desmontando e montando a
Esmerilhadeira;
Limpar as peças com querosene e jato de ar, trocar as peças excessivamente gastas,
lubrificar e montar corretamente;
Não deixar a máquina parada mais de uma semana sem tê-la revisado previamente.
12 - RÉGUA DE CONTROLE
É um instrumento de controle fabricado de aço ou de ferro fundido, de diversas formas e
tamanhos, para a verificação de superfícies.
Classifica-se em dois grupos:
Réguas de fios retificados;
Réguas de faces retificadas ou rasqueteadas.
12.1.1 - Biselada
Fabricada de aço carbono em forma de faca (fig. 12.1), temperada e retificada, com o fio
ligeiramente arredondado. É utilizada na verificação de superfícies planas.
Figura 12.1
12.1.2 - Triangular
Fabricada de aço carbono, em forma de triângulo (fig. 12.2), com canais côncavos e no centro e
em todo o comprimento de cada face temperada, retificada e com a aresta arredondada. Utiliza-
se na verificação de superfícies planas onde não se pode entrar com a biselada.
Educação Profissional 82
Figura 12.5
Figura 12.6
12.3 - DIMENSÕES
1. A régua deve ser sempre um comprimento maior que a superfície a ser verificada;
2. Os catálogos dos fabricantes indicam as dimensões das réguas que se podem encontrar no
comércio;
12.5 - CONSERVAÇÃO
1. Evite o contato da régua com outras ferramentas, para não danificá-la;
Educação Profissional 83
12.6 - RESUMO
Biselada
Fio retificado
Verificação pelo fio
(aço temperado)
RÉGUAS Triangular
DE
CONTROLE
Faces planas
Faces retificadas ou rasqueteadas
Verificação pela face
(ferro fundido)
Triangular plana
12.7 - CUIDADOS
Face ou fio em perfeitas condições;
Evitar contato com outras ferramentas;
Limpar, lubrificar e guardar em caixa apropriada;
13.1.1 - Verniz
É uma goma – laca e álcool, na qual adiciona-se anilina para lhe dar cor, emprega-se traçado de
precisão em superfícies lisas ou polidas.
Educação Profissional 84
Educação Profissional 85
CONDIÇÕES DE USO:
As faces de contacto deverão estar sempre perfeitas.
Figura 14.3
CONSERVAÇÃO:
Os gabaritos devem estar sempre limpos e guardados após o uso, para evitar golpes contra os
mesmos.
Figura 14.4
Educação Profissional 86
15.1 - INTRODUÇÃO
Um mecânico tem duas tarefas: consertar uma panela cujo cabo caiu e unir duas barras chatas
para fechar uma grade.
A questão é a seguinte: qual o elemento de fixação é o mais adequado para Solda ou rebite? Nos
dois casos é necessário fazer uniões permanentes. Que o cabo fique bem fixado à panela e que as
duas barras fiquem bem fixadas entre si.
A solda é um bom meio de fixação, mas, por causa do calor, ela causa alterações na superfície da
panela e das barras.
O elemento mais indicado, portanto, é o rebite. Como vimos anteriormente a fixação por rebites é
um meio de união permanente.
Figura 15.1
O mecânico usou rebites para consertar a panela e unir as grades. Veja o resultado:
Figura 15.2
Um rebite compõe-se de um corpo em forma de eixo cilíndrico e de uma cabeça. A cabeça pode
ter vários formatos.
Os rebites são peças fabricadas em aço, alumínio, cobre ou latão. Unem rigidamente peças ou
chapas, principalmente, em estruturas metálicas, de reservatórios, caldeiras, máquinas, navios,
aviões, veículos de transporte e treliças.
A fixação das pontas da lona de fricção do disco de embreagem de automóvel é feita por rebites.
Figura 15.3
Educação Profissional 87
Figura 15.4
O quadro a seguir mostra a classificação dos rebites em função do formato da cabeça e de seu
emprego em geral.
Tabela 15.1
A fabricação de rebites é padronizada, ou seja, segue normas técnicas que indicam medidas da
cabeça, do corpo e do comprimento útil dos rebites.
No quadro a seguir apresentamos as proporções padronizadas para os rebites. Os valores que
aparecem nas ilustrações são constantes, ou seja, nunca mudam.
Educação Profissional 88
Cabeça cilíndrica
Figura 15.5
Educação Profissional 89
Existem também rebites com nomes especiais: de tubo, de alojamento explosivo etc.
O rebite explosivo contém uma pequena cavidade cheia de carga explosiva. Ao se aplicar um
dispositivo elétrico na cavidade, ocorre a explosões.
Para que você conheça um pouco esses rebites com denominações especiais, apresentamos
ilustrações de alguns deles.
Figura 15.12
Figura 15.11
Figura 15.14
Figura 15.13
Educação Profissional 90
Figura 15.15
Os rebites de repuxo podem ser fabricados com os seguintes materiais metálicos: aço-carbono;
aço inoxidável; alumínio; cobre; monel (liga de níquel e cobre).
Para adquirir os rebites adequados ao seu trabalho, é necessário que você conheça suas
especificações, ou seja:
De que material é feito;
O tipo de sua cabeça;
O diâmetro do seu corpo;
O seu comprimento útil.
O comprimento útil do rebite corresponde à parte do corpo que vai formar a união. A parte que
vai ficar fora da união é chamada sobra necessária e vai ser usada para formar a outra cabeça
do rebite. No caso de rebite com cabeça escareada, a altura da cabeça do rebite também faz
parte do seu comprimento útil. O símbolo usado para indicar comprimento útil é (L) e o símbolo
para indicar a sobra necessária é (z).
Na especificação do rebite é importante você saber qual será o seu comprimento útil (L) e a
sobra necessária (z). Nesse caso, é preciso levar em conta:
o diâmetro do rebite;
o tipo de cabeça a ser formado;
o modo como vai ser fixado o rebite: a frio ou a quente.
As figuras mostram o excesso de material (z) necessário para se formar a segunda cabeça do
rebite em função dos formatos da cabeça, do comprimento útil (L) e do diâmetro do rebite (d).
Educação Profissional 91
Para solicitar ou comprar rebites você deverá indicar todas as especificações. Por exemplo:
Material do rebite: rebite de aço 1.006 - 1.010;
Tipo de cabeça: redondo;
Diâmetro do corpo: 1"/4 x 3"/4 de comprimento útil.
Normalmente, o pedido de rebites È feito conforme o exemplo:
Rebite de alumínio, cabeça chata, de 3"/32 x 1"/2"
Figura 15.23
Em seguida, o formato da segunda cabeça é feito por meio de outra ferramenta chamada
estampo, em cuja ponta existe uma cavidade que será usada como matriz para a cabeça redonda.
Figura 15.24
Figura 15.25
Educação Profissional 93
A rebitadeira pneumática ou hidráulica funciona por meio de pressão contínua. Essa máquina tem
a forma de um C e é constituída de duas garras, uma fixa e outra móvel com estampos nas
extremidades.
Figura 15.25
Se compararmos o sistema manual com o mecânico, veremos que o sistema manual é utilizado para
rebitar em locais de difícil acesso ou peças pequenas.
A rebitagem por processo mecânico apresenta vantagens, principalmente quando é usada a
rebitadeira pneumática ou hidráulica. Essa máquina é silenciosa, trabalha com rapidez e permite
rebitamento mais resistente, pois o rebite preenche totalmente o furo, sem deixar espaço.
Entretanto, as rebitadeiras são máquinas grandes e fixas e não trabalham em qualquer posição.
Nos casos em que é necessário o deslocamento da pessoa e da máquina, é preferível o uso do
martelo pneumático.
Educação Profissional 94
15.6.2 - Contra-estampo
O contra-estampo é na verdade um estampo colocado em posição oposta à do estampo. Também é
de aço temperado e apresenta um rebaixo semi-esférico no qual é introduzida a cabeça do rebite.
O rebaixo semi-esférico pode apresentar vários diâmetros a fim de alojar cabeças de rebites de
Figura 15.29
Figura 15.30
15.6.3 - Repuxador
O repuxador comprime as chapas a serem rebitadas. É feito de aço temperado e apresenta três
partes: cabeça, corpo e face. Na face existe um furo que aloja a extremidade livre do rebite.
Educação Profissional 95
Processo de execução:
1. Prepare o material Elimine as rebarbas dos furos a fim de assegurar uma boa
aderência entre as chapas.
2. Alinhe as chapas Se necessário, prenda as chapas com grampos, alicates de
pressão ou morsa manual.
Se houver furos que n„o coincidam, passe o alargador.
3. Prepare os rebites Calcule o comprimento do rebite de acordo com o formato da
cabeça.
Se necessário, corte o rebite e rebarbe-o.
4. Rebite Inicie a rebitagem pelos extremos da linha de rebitagem.
Figura 15.32
Apóie as chapas sobre uma base sólida e repuxe os rebites. A base sólida deve estar sempre
limpa, ou seja, livre de partículas sólidas.
Figura 15.33
· As pancadas iniciais sobre os rebites devem ser aplicadas com a face de impacto do martelo e
devem ser perpendiculares em relação aos rebites.
Educação Profissional 96
Figura 15.35
Termine a rebitagem dando pancadas com a face do martelo. Evite dar pancadas desnecessárias
sobre os rebites, pois isto os torna duros e frágeis.
Figura 15.36
15.7.3 - Rebitagem de recobrimento duplo
Usada unicamente para uma perfeita vedação. É empregada na construção de chaminés e
recipientes de gás para iluminação. As chapas são justapostas e envolvidas por duas outras
chapas que as recobrem dos dois lados.
Educação Profissional 97
Figura 15.37
Quanto ao número de rebites que devem ser colocados, pode-se ver que, dependendo da largura
das chapas ou do número de chapas que recobrem a junta, é necessário colocar uma, duas ou mais
fileiras de rebites.
Figura 15.38
Figura 15.39
Quanto à distribuição dos rebites, existem vários fatores a considerar: o comprimento da chapa,
a distância entre a borda e o rebite mais próximo, o diâmetro do rebite e o passo.
O passo é a distância entre os eixos dos rebites de uma mesma fileira. O passo deve ser bem
calculado para não ocasionar empenamento das chapas.
Educação Profissional 98
Exemplo - para rebitar duas chapas de aço, uma com espessura de 5 mm e outra com espessura
de 4 mm, qual o diâmetro do rebite?
Solução:
d = 1,5 · < S
d = 1,5 · 4 mm
d = 6,0 mm
Geralmente, os rebites comerciais são fornecidos com as dimensões em polegadas; portanto é
necessário escolher um rebite com um valor que mais se aproxime da dimensão obtida em
milímetros pelo cálculo. Assim, no exemplo acima, o rebite comercial que mais se aproxima da
dimensão 6,0mm é o rebite de diâmetro 1/4".
Educação Profissional 99
Solução:
dF = dR · 1,06
dF = 6,35 · 1,06
dF = 6,73 mm
Portanto, o diâmetro do furo será de 6,73 mm.
Exemplos
1. Calcular o comprimento útil de um rebite de cabeça redonda com diâmetro de 3,175 mm para
rebitar duas chapas, uma com 2 mm de espessura e a outra com 3 mm.
Solução:
L=y·d+S
L = 1,5 · 3,175 + 5
L = 4,762 + 5
L = 9,76 mm
O comprimento do útil rebite deve ser de 9,76 mm.
2. Calcular o comprimento útil de um rebite de cabeça escareada com diâmetro de 4,76 mm para
rebitar duas chapas, uma com 3 mm de espessura e a outra com 7 mm de espessura.
Solução:
L=y·d+S
L = 1 · 4,76 + 10
L = 4,76 + 10
L = 14,76 mm
O comprimento do útil rebite deve ser de 14 mm.
Figura 15.40
Chapas mal encostadas - Nesse caso, o corpo do rebite preenche o vão existente entre as
chapas, encunhando-se entre elas. Isso produz um engrossamento da secção do corpo do
rebite, reduzindo sua resistência.
Figura 15.41
Figura 15.42
Os defeitos causados pela má execução das diversas operações e fases de rebitagem são:
Aquecimento excessivo do rebite - Quando isso ocorre, o material do rebite terá suas
características físicas alteradas, pois após esfriar, o rebite contrai-se e então a folga
aumenta. Se a folga aumentar, ocorrerá o deslizamento das chapas.
Figura 15.43
Dentre as operações de corte manual, a que economiza mais tempo e material é a de corte com
tesoura, quando comparado com o corte com serra e com cinzel. Ela é empregada para cortar
chapas finas de até 1 mm de espessura.
A tesoura funciona como um conjunto de duas alavancas articuladas. Como conseqüência, o corte
se faz mais próximo da articulação, o que exige menos força para o corte. O resultado da
operação de corte são bordas sem rebarbas, mas com cantos vivos.
Figura 16.1
Para essa operação, existem vários tipos de tesouras que se diferenciam uma das outras
principalmente pela forma de lâminas, pelas dimensões e pela aplicação. Elas são:
Figura 16.2
Figura 16.3
Figura 16.4
Os ângulos do gume de corte das lâminas variam de 76° a 84° (figs. 16.5 e 16.6).
Figura 16.6
Figura 16.5
As tesouras manuais são encontradas no tamanho de 6”, 8”, 10” e 12” (comprimento total dos
braços mais as lâminas). As tesouras de bancada e guilhotinas são identificadas de acordo com o
comprimento das lâminas (16.7 e 16.8).
CONDIÇÕES DE USO
a) As lâminas devem estar corretamente afiadas;
b) A articulação deve estar bem ajustada com o mínimo de folga.
CONSERVAÇÃO
a) Evitar choques e quedas;
b) Manter o gume de corte das lâminas sempre protegido;
c) Evitar cortar chapas de aço duro ou arames de aço temperado;
d) Após o uso, limpá-las e untar com uma fina película de óleo ou graxa para evitar a oxidação.
Figura 16.9
Figura 16.10
Figura 17.1
Curvamento é a operação feita pela aplicação de curva ao material produzido. Curva é a parte
de um material plano que apresenta uma curvatura ou arqueamento. Na figura vemos uma
operação de curvamento de uma chapa com o auxílio de um dispositivo cilíndrico preso à morsa. O
curvamento da chapa é obtido por meio das pancadas de martelo.
17.1 – DOBRAMENTO
O dobramento pode ser feito manualmente ou à máquina. Quando a operação é feita manualmente,
usam-se ferramentas e gabaritos. Na operação feita à máquina, usam-se chamadas prensas
dobradeiras ou dobradeiras. A escolha de utilização de um outro tipo de operação depende das
necessidades de produção.
A operação do dobramento é feita, na maior parte das vezes, a frio. Pode ainda ser feita aquente,
em casos especiais.
Figura 17.3
Figura 17.4
Para operar essas máquinas, o trabalhador precisa ter conhecimentos de cálculos de dobra, de
preparação do material e de ajuste da dobradeira. Dependendo do trabalho a ser executado, as
dobras são feitas com o auxílio de dispositivos especiais, existentes ou adaptados à viradeira.
Essa operação é amplamente empregada na confecção de perfilados, abas, corpos de
transformadores, etc.
Figura 17.5
O trabalho é feito por meio da seleção de punções e matrizes, de acordo com as medidas e o
formato que se deseja dar à chapa. A dobradeira é empregada na produção de perfilados, abas,
corpos de transformadores, etc.
Figura 17.7
17.1.5 - Dobramento a quente
O dobramento a quente é sempre feito manualmente, quando a espessura do material a ser
dobrado é grande, acima de 5 mm. Quando se dobra à máquina, o processo é sempre a frio,
independentemente da espessura do material.
Quando se dobra o material com aplicação do calor, acontece o mesmo fenômeno que ocorre
quando se dobra a frio. As estruturas das fibras do lado externo da dobra são esticadas e as
Educação Profissional 107
17.2 - CURVAMENTO
A operação de curvamento é feita manualmente, por meio de dispositivos e ferramenta, ou à
máquina, com auxílio de calandra, que é uma máquina de curvar chapas, perfis e tubos.
Figura 17.8
17.2.2 - Curvamento a quente
O trabalho de curvar barras torna-se mais fácil quando o material recebe aquecimento. Peças
como anéis, flanges, elos, etc. são executados com êxito a quente quando observados
cuidadosamente os componentes do processo como: calor aplicado no local correto por meio de
maçarico ou forja adequados à espessura da peça, pressão exercida durante o curvamento e
dispositivos adequados a cada tipo de trabalho.
Figura 17.12
Nas calandras podem ser curvadas chapas de acordo com o raio desejado. Quando se quer
produzir um cone, cujos raios de curvatura são diferentes, recorre-se a um tipo especial de
calandra. Ela possui rolos inferiores que se deslocam inclinados entre si, no sentido vertical.
Figura 17.13
Quanto ao acionamento, as calandras podem ser: manuais, com um volante ou manivela para fazer
girar os rolos, ou mecânicas, com motor elétrico e redutor para movimentar os rolos. As
calandras mecânicas podem apresentar, além do motor elétrico, um sistema hidráulico que
imprime maior ou menor pressão aos rolos. Este último tipo é usado para trabalhos de grande
porte.
Todos os tipos apresentam, em uma das extremidades, um dispositivo que permite soltar o
cilindro superior para retirar a peça calandra.
Figura 17.19
17.4.2 - Calandra para tubos e perfis
Apresentam conjuntos de rolos ou cilindros sobrepostos, feitos de aço temperado, com
aproximadamente 200 mm de diâmetro. Podem curvar qualquer tipo de perfil: barras, quadrados,
cantoneiras, em T, etc.
18 - DESEMPENAMENTO
No desempenamento por torção, o material sofre um giro causado pela aplicação de forças de
torção. Ao aplicar forças de torção, o operador deverá torcer o material para endireitá-lo.
Atingindo o ponto de endireitamento, este deverá ser ligeiramente ultrapassado. Por quê? Porque
o material também possui elasticidade e, sofrendo torção, tende a recuperar-se elasticamente. A
própria recuperação elástica traz o material à posição desejada.
Por torções, desempenam-se chapas, barras, perfis.
O desempeno por estiramento ocorre pela ação de forças de tração que alongam o material.
Alongando-se, a secção transversal do material diminui.
Por estiramento, é possível desempenar arames, chapas e perfis.
No desempenamento por chama utiliza-se, normalmente, a chama de um maçarico oxiacetilênico
com fonte de calor. O problema que essa técnica de desempenamento apresenta é saber
Figura 18.5
Após os golpes julgados necessários, você deve verificar a planeza da chapa. Se for necessário,
repita a martelagem.
De acordo com o tipo de empenamento e grau de planeza desejado, você vai usar martelagem
radial, paralela ou concêntrica.
Figura 18.9
18.3.3 - Martelagem concêntrica
É efetuada batendo-se o martelo do centro para a periferia da saliência abaulada. As pancadas
descrevem trajetórias circulares crescentes.
Figura 18.10
Este método é recomendado para o desempenamento de chapas com uma única saliência abaulada.
19. REPUXO
Figura 19.1
Observe que o embutimento com esta ferramenta simples produz rugas na peça.
Os estampos de repuxo simples têm custo mais baixo que outros estampos de repuxo. Eles são
poucos usados devido à formação de rugas nas bordas durante a operação. Os estampos de
repuxo são mais elaborados possuem um sujeitador, também conhecido como prensa-chapas.
Este dispositivo evita que as bordas, após repuxadas, apresentem rugas. Embora o custo seja
mais elevado, são os tipos mais usados na operação de repuxar. Veja, a seguir, um exemplo de
estampo com prensa-chapas.
Na figura abaixo vemos um estampo de repuxo com um extrator que possibilita a saída da peça
pela parte inferior do estampo.
Figura 19.3
Vemos, na figura abaixo, um estampo de repuxo, com um extrator que possibilita a saída da peça
pela parte superior do estampo.
Figura 19.4
Educação Profissional 119
e 0,07 10 xe Aço
e 0,02 10 xe alumínio
Por exemplo, para calcular a folga entre a matriz e o punção de um estampo que vai repuxar uma
chapa de alumínio com 2 mm de espessura, basta substituir o valor da espessura na fórmula
e 0,02 10 xe
Figura 19.5
Desse modo, evita-se o excesso de atrito, que provoca rachaduras e marcas na peça repuxada.
A folga deve ser calculada de modo correto. Se houver erro de cálculo e a folga for menor que o
necessário, o material repuxado tende a estirar-se, podendo até romper-se, como mostra a
figura.
Figura 6
Figura 19.9
Figura 19.10
O número de operações necessárias para se obter um repuxo depende da severidade do repuxo
β0 (lê-se beta zero).
Tabela 19.2
d Aços inoxidáveis
2,15 – 0,001 X
e Ligas de cobre
Alumínio
Ligas de latão
Se a severidade do repuxo for menor ou igual à severidade máxima que o material suporta, é
possível fazer a peça em uma única operação. Mas, se a severidade do repuxo for maior que a
severidade máxima, será necessário dividir o processo em estágios.
Em resumo:
Se β0 ≤ β0 max uma operação de repuxo
Se β0 > β0 max mais de uma operação de repuxo.
Figura 19.11
As dimensões do blank podem ser calculadas por gráfico ou por fórmula matemática. Para calcular
matematicamente o diâmetro do blank de uma peça simples, sem abas, utilizamos a fórmula
abaixo:
Figura 19.12
O passo seguinte é determinar a quantidade de estágios necessários para realizar a operação.
Para isso, deve-se calcular a severidade do repuxo e a severidade máxima usando as fórmulas:
D d
0 e 0 max 2,15 0,001x
d e
Que tal fazer esses cálculos e depois conferir os resultados?
β0 max =
Se você fez os cálculos corretamente, deve ter chegado à conclusão que β0 é igual a 4,1 mm e β0
max é igual a 2,13 mm.
Ora, uma vez que β0 é maior que β0 max, ou seja, 4,1 mm > 2,13 mm, a operação de repuxo deverá
ser feita em mais de um estágio.
Para determinar o número de estágios, deve-se levar em conta que no primeiro estágio deve haver
redução de 40% (ou 0,6) do diâmetro do blank. Nos demais estágios, a redução deve ser de 20%
(ou 0,8) até que se obtenha o diâmetro interno desejado (dn).
Agora já se pode calcular quantos estágios são necessários para conformar a peça mostrada
anteriormente. Acompanhe a demonstração dos cálculos, passo a passo, a seguir:
Ferramenta de corte
blank
Figura 19.13
1º d1 = D x 0,6
d1 = 82 x 0,6 = 49,2
d1 = 49
2º d2 = d1 x 0,8
d2 = 49 x 0,8 = 39,2
d2 = 31
3º d3 = d2 x 0,8
d3 = 39 x 0,8 = 31,2
d3 = 31
4º d4 = d3 x 0,8
d4 = 31 x 0,8 = 24,8
d4 = 25
5º d5 = d4 x 0,8
d5 = 25 x 0,8 = 20
d5 = 20
Neste caso será necessária uma ferramenta para cortar o diâmetro do blank e mais 5
ferramentas, uma para cada estágio, até chegar ao produto final.
19.3 - LUBRIFICAÇÃO
Na operação de repuxar, utilizam-se diferentes lubrificantes, cada um correspondendo a um
material de trabalho. A função da lubrificação é diminuir a resistência ao deslizamento, reduzir
esforços desnecessários, evitar peças defeituosas e desgaste prematuro do estampo.
Para o emprego dos lubrificantes deve-se usar apenas produtos de qualidade comprovada. Além
disso, é recomendável seguir as instruções do fabricante.
MATERIAL LUBRIFICANTE
Alumínio e suas ligas Querosene, óleo de coco, vaselina, sebo, óleo grafitado
Cobre, bronze e latão Óleo mineral grosso, pasta de sabão com água, petróleo
grafitado
20 - CALDERARIA
Figura 20.1
AB, reta dada. Com ponta seca em A traçar dois arcos acima e abaixo da reta. Em seguida, com
ponta seca em B traçar outros dois arcos que cortem os primeiros nos pontos C e D. Por estes
pontos, passa a perpendicular pedida.
Figura 20.2
Educação Profissional 125
Figura 20.3
ABC, ângulo dado. X, vértice do angulo. Centrar em X e com uma abertura qualquer do compasso
traçar o arco DE. Em seguida, com a mesma abertura, centrar em E e traçar um arco marcando o
ponto G. Centrar em D com mesma abertura e marcar o ponto H. Ligando X com G e X com 11 o
angulo reto fica dividido em três partes iguais.
Figura 20.4
Traçada a circunferência, traçar também a linha AB. Depois, centrar o compasso em B e com
abertura igual a B1, traçar o arco CD. Ligar A com C e A com D. Finalmente, ligar D com C,
formando assim o triângulo.
Figura 20.5
Traçada a circunferência, traçar também as linhas AB e CD. Ligar A com C e A com D. Ligar B
com C e B com D, formando o quadrado dentro da circunferência.
Figura 20.6
Figura 20.7
A figura 20.7 mostra o desenvolvimento lateral de um cilindro, que é um retângulo, cujo
comprimento é igual ao diâmetro médio encontrado, multiplicado por 3,142. Em planificação de
chapas, tanto em funilaria industrial como em caldeiraria, deve-se sempre usar o diâmetro médio,
indicado aqui pelas letras DM. Método para se encontrar o DM. Se o diâmetro indicado no
desenho for interno, acrescenta-se uma vez a espessura do material e multiplica-se por 3,142.
1º exemplo: Diâmetro indicado no desenho 120mm interno; espessura do material, 3mm. 120 + 3 =
123. O número 123 é o DM encontrado e é ele que deve ser multiplicado por 3,142.
2º exemplo: O diâmetro indicado no desenho é 120mm externo: subtrai-se uma vez a espessura
do material. Assim, 120 - 3 = 117. O número 117 é o DM encontrado e é ele que deve ser
multiplicado por 3,142.
Obs.: Em chaparia é costume usar-se apenas o número 3,14 ao invés de 3,142. Entretanto, se
acrescentarmos 0,0004 (quatro décimos milésimos) ao 3,1416 obteremos o número 3,142 que dá
uma melhor precisão ao diâmetro da peça que será confeccionada. Para confirmar seguem-se dois
exemplos:
1º 120 X 3,14 = 376.
2º 120 X 3,142 = 377.
Verifica-se assim que obtivemos uma melhor aproximação.
Figura20. 9
Figura 20.8
Acha-se o diâmetro médio e desenha-se inicialmente a vista de elevação (fig. 20.8). A seguir,
traça-se o semicírculo 1-7, o qual será dividido em um número qualquer de partes iguais, 1-2-3-4-
5-6-7. A partir destes pontos serão levantadas perpendiculares que tocarão a parte inclinada do
cilindro marcando-se os pontos 1'-2'-3'4'-5'-6'-7'. A seguir, multiplica-se o DM por 3,142 e
sobre uma reta que deverá ser traçada ao lado da fig. 8, marca-se o comprimento encontrado.
Divide-se esta reta em partes iguais (exatamente o dobro das divisões feitas na fig. 8). Por estas
divisões serão levantadas perpendiculares. Depois, partindo dos pontos 1'-2'-3'-4’-5'-6'-7'
(localizados na parte inclinada do cilindro), traçam-se retas horizontais que cruzarão com as
verticais levantadas anteriormente, marcando os pontos 1"-2"-3"-4"-5"-6"-7". Finalmente, unem-
se estes pontos com o auxilio de uma régua flexível.
Figura 20.10
Figura 20.12
Figura 20.14
Figura 20.13
A interseção de dois cilindros saindo a 90º um do outro, também chamada "boca de lobo", é uma
das peças mais usadas em funilaria industrial e é de fácil confecção. Basta que se trace
inicialmente a vista de elevação, e se divida o arco AB (Fig. 20.13) em partes iguais e marquem-se
os pontos 1-2-3-4-5-6-7. A partir destes pontos levantam-se perpendiculares, até tocar o tubo
superior, marcando os pontos 1'-2'-3'-4'-5'-6'-7'. A seguir, acha-se o diâmetro médio,
multiplicas-se por 3,142 e a medida encontrada marca-se em uma reta CD na mesma direção de
AB, e divide-se em partes iguais marcando-se os pontos M-N-O-P-Q-R-S-R-Q-P-O-N-M. A partir
destes, levantam-se perpendiculares. Depois, partindo dos pontos 1'-2'-3'-4' etc., traçam-se
linhas horizontais que cruzarão com as verticais e levantadas anteriormente, marcando os pontos
1"-2"-3"-4"-5"-6"-7" etc. Terminando, unem-se estes pontos com uma régua flexível.
Educação Profissional 130
Figura 20.16
Figura 20.15
Desenha-se a vista de elevação do cone (Fig. 20.15). Depois, fazendo centro em A, com abertura
de compasso igual a AB traça-se o arco CD. Multiplica-se o diâmetro da base por 3,14 e o produto
encontrado divide-se em um número qualquer de partes iguais (quanto mais divisões, melhor) e
com o auxílio do compasso marcam-se estas divisões no arco CD. Finalmente, traça-se uma reta
ligando D a A e C a A completando o desenvolvimento da Fig. 20.16.
Figura 20.18
Fig. 20.17
Figura 20.20
Figura 20.19
Desenha-se a vista de elevação do cone (Fig. 20.19) e o semicírculo 1-7. O qual divide-se em
partes iguais 1-2-3-4-5-6-7. Por estes pontos levantam-se verticais até tocar a base do cone e
daí elas serão elevadas até o vértice, marcando no plano oblíquo os pontos A-B-C-D-E-F-G. Estes
pontos serão transportados para o lado G7 do cone. Depois, com abertura de compasso igual a S7,
Figura 20.21
Figura 20.22
Desenhada a Fig. 20.21, faz-se em uma de suas bocas superiores o arco 1-7, o qual divide-se em
partes iguais 1-2-3-4-5-6-7. Partindo destes pontos, traçam-se perpendiculares até a linha de
base da boca. Estas linhas serão prolongadas obedecendo a inclinação do tubo até tocar a divisão
com o outro tubo e a metade da boca inferior, marcando os pontos B-C-D-E-F-G. Traçar também
a linha 8-9, na qual marcam-se os pontos l-II-III-IV-V-VI-VII. Para fazer o desenvolvimento,
traça-se a linha XY (Fig. 20.22) a qual divide-se em partes iguais I'-II'-III'-IV'-V'-VI'-VII'
etc, por estes pontos levantam-se perpendiculares.
A seguir, abre-se o compasso com medida igual a 1-I da Fig. 21 e marcam-se os pontos I'-1' na
primeira perpendicular da Fig. 20.22, partindo da linha XY. Volta-se à Fig. 21, abre-se o compasso
com medida II-2, passa-se para a Fig. 20.22, centra-se na segunda vertical da linha X-Y
Figura 20.23
Processo para se achar com o compasso o semigomo: Centra-se em A e traça-se um arco. Centra-
se em B e- traça-se outro arco de modo que corte o primeiro no ponto 45°, dividindo-se a curva
em duas partes iguais. Depois, divide-se cada uma destas partes em outras duas partes iguais,
marcando os pontos C e D que são os ângulos de 22,5° correspondentes aos semigomos.
Figura 20.25
Figura 20.24
Figura 20.26
Figura 20.28
Figura 20.29
Figura 20.27
Figura 20.30
Desenha-se a vista de planta (Fig. 20.27) e divide-se a boca redonda em partes iguais, as quais
serão ligadas aos cantos da parte quadrada. Para se achar a verdadeira grandeza da peça,
desenha-se a altura normal da peça (Fig. 20.29) e depois abre-se o compasso com medida A1 (Fig.
20.27), centra-se em E (Fig. 20.29) e marca-se um ponto que será ligado ao ponto F. Volta-se à
Fig. 20.27, pega-se a medida A', a qual também é transportada para a Fig. 20.29.
Sendo a peça concêntrica, as linhas 2 e 3 (Fig. 20.27) têm a mesma dimensão, como também as
linhas 1 e 4 são iguais. Deve-se transportar também o deslocamento da peça indicado na planta
com a letra D e na Fig. 20.29 com a letra D'. Para se fazer o desenvolvimento (Fig. 20.30) traça-
se a linha de centro G1. Abre-se então o compasso com medida AH (Fig. 20.27), centra-se no
ponto G (Fig. 20.30) e marcam-se os pontos I e J. Vai-se à Fig. 20.29, pega-se a medida 1F,
21 - ANEXOS
Ferro Fundido
Ferro Fundido
Ferro Fundido
(meio macio)
(meio duro)
Alumínio
(macio)
(duro)
Cobre
Latão
Material
da Avanço
broca (mm/V) Rotações por minuto (rpm)
(m)
OBSERVAÇÃO:
As velocidades de corte e avanço foram extraídas dos livros “Manual del Taller Mecânico” de
Colvin-Stanley Ed. Labor. E Alrededor de Las Máquinas-herramientas de Gerling Ed. Reverté S/A.
p/ Tubos
BOREL, Claude. Matemática prática para mecânicos. São Paulo: Hemus. S/n.
CEFETES. Ferramentaria. CEFETES: Vitória. 2000.
CIARDULO, Antonio. Manual Prático de Caldeiraria, Funilaria e Riscagem de Chapas. 2ª ed. São
Paulo: Hemus. 2002.
CUNHA, Lauro Salles. Manual prático do Mecânico. 8ª ed. São Paulo: Hemus. 1980.
CUNHA, Lauro Salles. Manual prático do Mecânico. Edição Revisada e Atualizada.. São Paulo:
Hemus. 2003.
DINIZ, Anselmo Diniz; MARCONDES, Francisco Carlos; COPPINI, Nivaldo Lemos. Tecnologia da
Usinagem dos Materiais. 3ª ed. São Paulo: Artliber Editora. 2001.
FERRASI, Dino. Usinagem dos metais. São Paulo: Edgard Blucher. 1977.
GHIZZE, Antonio. Traçados de caldeiraria, funilaria, encanador industrial e geometria descritiva.
São Paulo: Ibrasa. 1987.
MARRETO, Vandir. Elementos Básicos de Caldeiraria. 8ª ed. São Paulo: Hemus. 1996.
MINISTERIO DA MARINHA. Ferramentas. Rio de Janeiro. 1978.
OLIVEIRA, Sebastião de. Tecnologia de Fresagem. MEC: CEFETES: Vitória. 2003.
PFEIL, Walter; PFEIL, Michel. Estruturas de aço: dimensionamento prático. 7ª ed. Rio de
Janeiro. 2000.
RIBEIRO, Levi. Tecnologia da Soldagem. MEC: CEFETES: Vitória. 2003.
SENAI. Mecânica: Processos de soldagem e corte. Senai/ES. 2000.
SENAI. Mecânica: Utilização de equipamentos mecânicos. Senai/ES. 2000.
STULZER, Marco Antonio Pereira; ULIANA, Renilton Carlos. Tecnologia de Fabricação Mecânica.
MEC: CEFETES: Vitória. 2003.
TELECURSO 2000. Mecânica: Processo de Fabricação. Vol. 1. São Paulo: Editora Globo. 2000.
TELECURSO 2000. Mecânica: Processo de Fabricação. Vol. 2. São Paulo: Editora Globo. 2000.
TELECURSO 2000. Mecânica: Processo de Fabricação. Vol. 3. São Paulo: Editora Globo. 2000.
TELECURSO 2000. Mecânica: Processo de Fabricação. Vol. 4. São Paulo: Editora Globo. 2000.
TELECURSO 2000. Mecânica: Universo da Mecânica, organização do trabalho e normalização. São
Paulo: Editora Globo. 2000.
WAINER, Emílio (coord). Soldagem: Processos e metalurgia. São Paulo: Edgard Blucher. 2002.