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Instituto de Educação de Minas Gerais

Atividade complementar de história 01 / Ensino Médio

Segundo ano / Terceiros anos

Edva Regis

Wladmir Coelho

No dia 28 de agosto de 2020, como atividade letiva, foi apresentada o debate sobre economia,
sociedade e pandemia através do canal do You Tube (Ensino Médio IEMG - 1°ano) para todos
os alunos do ensino médio do Instituto de Educação de Minas Gerais. Este evento está
vinculado ao projeto Diálogos com a Economia, organizado pelas áreas de História e Geografia
do IEMG. Os professores Wladmir Coelho, Ronaldo Campos, André Benício, Daniel Souza e Edva
Regis, ao lado da supervisora, Telma de Abreu participaram do evento fazendo perguntas para o
economista Paulo Bretas. O link para assistir ao debate é https://www.youtube.com/watch?v=M-
K2V1Z8JGQ&t=1137s
Desta apresentação, foi retirada o trecho abaixo no qual Paulo Bretas busca explicar as
consequências da pandemia do Covid 19 para a economia brasileira. Leia-o com muita atenção e, em
seguida, responda as questões.

“Estamos vivendo as consequências da crise do Covid 19. Este momento é muito semelhante
as grandes crises do capitalismo, tais como a Crise de 1929 e as crise provocadas pelas grandes
guerras, ou seja, em todas, o fluxo de mercadorias foi interrompido, pessoas param de circular
e consequentemente param de comprar. Ao mesmo tempo, as fábricas também pararam de
produzir. Como consequência faltou matéria-prima e outros componentes necessários para a
produção. É bom lembrar, que a crise econômica provocada pela pandemia do Covid 19
ocorreu porque o isolamento é necessário para controlar a circulação do vírus, diminuir o
número de internações nos hospitais e evitar as consequências mais graves da doença.

É bom lembrar que o Brasil, antes da pandemia do Covid 19 (no início de 2020), estava no
início de um processo de recuperação econômica, mas ainda sofria as consequências da
recessão e das crises econômicas vivenciadas entre os anos de 2015 e 2017. O que significa
dizer que o Brasil estava em recuperação, mas ainda não tinha superado todos os problemas
provocados pelas crises anteriores. Em linguagem figurada, podemos explicar, que o Brasil
sofreu dois golpes simultâneos primeiro foi o baque da recessão iniciada em 2015 e, em
seguida, ainda muito “cambaleante”, sofreu o segundo ataque com a pandemia do Covid 19.

As consequências para a economia brasileira foram desastrosas. Os economistas nos mostram


que hoje temos quase 15 milhões de desempregados e um número imenso de famílias que
perderam a sua fonte de renda. Temos que fazer aqui um parêntese. O Brasil é um país que
possui um setor informal muito grande. O que significa que existem milhares de pessoas que
trabalham, que trazem renda para casa, mas não têm carteira assinada, não têm as garantias
trabalhistas asseguradas pelo governo. Se elas não trabalham, elas não recebem. Numa crise,
como a do Covid 19, estas pessoas ficaram totalmente desamparadas, em um estado de
grande vulnerabilidade. Daí, podemos afirmar que a crise atual foi extremamente grave
porque as pessoas (do setor formal e do setor informal) deixaram de consumir (ou diminuíram
muito o seu consumo). Como consequência, elas inviabilizaram praticamente toda a estrutura
produtiva: das fábricas ao consumo final.

Numa situação como esta, qual é o papel dos governos? As consequências da crise provocada
pela Covid são terríveis. O que exige um governo que tenha planejamento e um mínimo de
solidariedade com a população para poder sair da crise. Esta crise afeta a todos e não é
possibel sair dela sozinhos. O setor econômico – as empresas, bancos, etc – não sairão
sozinhos da crise. É preciso ter planejamento, investimento do Estado, responsabilidade para
não gastar dinheiro desnecessariamente. Não dá para esperar que tudo vai se resolver sem
uma interferência politica positiva do Estado. O governo tem que assumir a sua
responsabilidade.

No Brasil, o governo (com uma boa ajuda do congresso nacional que ampliou o valor proposto
pelo executivo) adotou o auxílio emergencial para minimizar os efeitos da crise. A intervenção
do Estado na economia é inevitável numa situação como esta. Era fundamental que o governo
criasse medidas que evitassem a falência dos bancos e empresas. E ajudassem também as
pessoas em situação de vulnerabilidade provocadas pela crise econômica. O dinheiro do
auxílio emergencial conseguiu amortecer um pouco os efeitos da crise econômica.

Hoje, podemos observar que a vacina está ligada a economia. Apesar de existirem pessoas que
negam o avanço da ciência e que não acreditam que exista a doença e que se devam vacinar,
nós sabemos que a vacina é importante não só para a saúde das pessoas como também para a
economia de um país. A vacina evita que as pessoas adoeçam, evitam que ocorra o colapso
dos hospitais e que a taxa de mortalidade aumente rapidamente. E, ao mesmo tempo, a vacina
possibilita ajudar na recuperação da economia. Por exemplo, em países como Estados Unidos
e o Estado de Israel, nos já estamos vendo esta recuperação da economia. Os estadunidenses
jogaram trilhões de dólares na economia e ao mesmo tempo avançaram na vacinação
completa (duas doses ou dose única) da sua população. O que permitiu a retomada de uma
vida normal.

Atividades

1) Por que Paulo Bretas afirma que a crise provocada pela pandemia do Covid 19 é
semelhante as crises de 1929 e as crises provocadas pelas guerras mundiais?
2) Qual foi o impacto da adoção do auxilio emergencial na economia brasileira?
3) Por que Paulo Bretas afirma que “hoje, podemos observar que a vacina esta ligada a
economia”?

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