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-O jus libertatis é um mecanismo composto de princípios e regras que vai autorizar o Estado a solucionar a lide
penal.
a) Espaço
A lei processual penal brasileira aplica-se aos crimes cometidos em território nacional, salvo o disposto em
tratados e convenções internacionais.
Art. 5º, § 4º - CF/88 - O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha ma-
nifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Jurisdição do TPI sempre é suplementar/subsidiária – Se o país não agiu ou não agiu a contento.
b) Tempo
A lei processual penal que entra em vigor rege os atos que venham a ser praticados dali em diante, preservan-
do inalterados os atos que foram praticados sob a vigência da lei anterior.
Lei processual mista ou híbrida – é uma lei processual que tem conteúdo material (penal). Ex: prisão cautelar.
Em caso de norma híbrida com conteúdo processual e material, a aplicação no tempo seguirá as regras d alei
penal, ou seja, se benéfica ao acusado retroagirá, e se mais gravosa não.
Inquérito Policial
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É uma das formas de investigação preliminar.
A partir do momento que o Estado começa a investigar o crime, tem início a persecução penal que se divide
em 3 fases:
|----------------------------------|---------------------------|--------------------------|
Investigação preliminar fase processual execução
É um procedimento administrativo de caráter investigatório, que tem por finalidade colher elementos para
subsidiar a propositura da ação penal.
Considerações Iniciais:
1) O inquérito vai buscar trazer os primeiros elementos para buscar a justa causa (mínimo de amparo probató-
rio para a ação se desenvolver).
4) Se houver algum vício no interior do inquérito policial não invalidará a ação penal que venha a se desenvol-
ver com base nele.
Características
a) Inquisitivo
Ser inquisitivo significa ser conduzido por uma única autoridade em um único órgão.
O fato de ser inquisitivo significa que os princípios processuais não incidam no inquérito.
O fato do inquérito policial não ser informado pelo princípio da ampla defesa, não significa a impossibilidade
de o indiciado (ou investigado) praticar atos de defesa nos seus direitos fundamentais.
b) Discricionário
O inquérito não possui rito, pois o delegado molda o crime de acordo com a realidade que ele investiga.
Obs.: Os requerimentos apresentados pela vítima ou pelo suspeito podem ser indeferidos, salvo o exame de
corpo de delito.
c) Sigiloso
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“Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse
da sociedade.
(...)”
Ele vai ser sigiloso naquilo que for necessário para a investigação ou pela exigência do interesse público.
O art. 7º, XIV da lei 8.906/94 (estatuto da OAB), diz que é direito do advogado examinar inquérito policial em
qualquer repartição policial, sem a necessidade de haver procuração, vejamos a redação do artigo:
(...)
XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, fin-
dos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos;”
A Súmula Vinculante 14 dá acesso amplo aos elementos de provas já documentados em inquérito policial,
vejamos a redação:
“Súmula Vinculante n.º 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elemen-
tos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.”
Obs.: Pode o juiz decretar o segredo de justiça de forma que informações do inquérito não mais serão pactua-
das com a imprensa, preservando-se a figura da vítima.
d) Escrito
“Art. 9º. Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e,
neste caso, rubricadas pela autoridade.”
Obs.: Havendo estrutura tecnológica os atos do inquérito podem ser documentados, inclusive com captação de
som e imagem.
e) Indisponível
O inquérito policial é indisponível, ou seja, o delegado de polícia não pode mandar arquivar autos inquérito
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“Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.”
Em nenhuma circunstância poderá o delegado arquivar o IP, já que toda a investigação iniciada deve ser con-
cluída e remetida à autoridade competente.
f) Dispensável
O inquérito policial é considerado dispensável na medida em que o titular da ação penal já tenha elementos
para amparar a peça inicial (finalidade).
-Art. 12 do CPP:
“Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.”
Obs.: Para o STF e o STJ o Ministério Público pode presidir investigação criminal que conviverá harmonicamen-
te com o IP, sendo uma decorrência implícita da Constituição.
Além disso, o promotor que investiga não é suspeito ou impedido para atuar na fase processual (Súmula 234
do STJ)
“Súmula n° 234 do STJ - A participação de membro do ministério público na fase investigatória criminal não
acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.”
2. Procedimento
Após caberá ao juiz abrir vistas ao membro do MP e diante do IP ele terá 3 (três) alternativas, a saber:
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I – Concordar – caberá ao juiz homologar o pedido.
Conclusão: Percebe-se que cabe ao juiz arquivar o IP, desde que haja requeri-
mento do MP, portanto, o arquivamento é feito por ato complexo.
1 – Oferecer denúncia.
2 – Designar outro promotor.
3 – Insistir no arquivamento.
Em regra, o arquivamento do IP não faz coisa julgada material, tanto é verdade que se surgirem novas provas
enquanto o crime não estiver prescrito, o MP terá aptidão para denunciar.
Por sua vez, mesmo durante o arquivamento pode realizar diligências na esperança de conseguir prova nova.
O STF já decidiu que o arquivamento embasado na certeza da atipicidade do fato, faz coisa julgada material.
1) De ofício
“Art. 5º. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;”
Notitia Criminis – é o conhecimento pelo delegado da prática de um fato tido como criminoso.
2) Por requisição
“Art. 5º. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
Uma vez requisita a da instauração pelo juiz ou Mo, está obrigado o delegado a instaurar o inquérito.
3) Requerimento do ofendido
“Art. 5º. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
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II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de
quem tiver qualidade para representá-lo.”
Nos crimes de ação pública condicionada, o IP não poderá ser iniciado sem as respectivas condições.
Automaticamente vai inaugurar o IP. O delegado não precisará instaurar o IP, uma vez que a própria lavratura
dá início ao IP.
“Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada
dos peritos criminais; (preservação do local do crime)
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro,
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua
folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição eco-
nômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.”
Indiciamento
Imputação a alguém da prática de uma infração penal por haver indícios de sua autoria.
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Interrogatório
O CPP prevê a identificação datiloscópica (criminal) e o art. 5º, LVIII prevê a identificação civil.
Encerramento do IP
O prazo vai variar dependendo do status libertatis do indivíduo, se preso ou solto. Se o indivíduo estiver preso
(prazo de 10 dias), se estiver solto (prazo de 30 dias).
“Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou esti-
ver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
§1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.”
Crime der justiça federal – se o indiciado estiver preso (prazo de 15 dias prorrogável por mais 15 dias), se esti-
ver solto (prazo de 30 dias) – lei 5.010/66.
De acordo com a lei de drogas (11.343/2006) – indiciado preso (prazo: 30 dias prorrogável por mais 30 dias);
indiciado solto (prazo: 90 dias prorrogável por mais 90 dias).
Nada impede que os autos sejam remetidos diretamente ao MP, afinal o Promotor é o destinatário imediato
da investigação.
Após caberá ao juiz abrir vistas ao membro do MP, e este poderá tomar uma das três possibilidades abaixo:
b) Não existem indícios da autoria e materialidade. Todavia, existe esperança de que eles sejam imediatamen-
te colhidos.
Caberá ao MP requisitar novas diligências que sejam imprescindíveis para o início do processo.
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Obs.: Percebe-se claramente que o juiz arquiva o inquérito, desde que exista requerimento do MP, o que ca-
racteriza por conseqüência a realização de um ato complexo.
Discordar do pedido:
Se o juiz discordar do pedido de arquivamento, cabe a ele invocar o art. 28 do CPP. Vejamos a redação a se-
guir:
“Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do in-
quérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denún-
cia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao
qual só então estará o juiz obrigado a atender.”
O juiz ao invocar o art. 28 do CPP remete os autos ao Procurador-Geral (Chefe do MP), que terá 3 (três) alter-
nativas:
I – Oferecer denúncia:
De acordo com a posição majoritária este terá o dever de atuar, pois funciona por delegação do Procurador-
Geral.
“Súmula 524 do STF - Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de jus-
tiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.”
Segundo o STF em regra, o arquivamento do inquérito não faz coisa julgada material que se surgirem novas
provas enquanto o crime não estiver prescrito, o MP terá aptidão para oferecer denúncia
CPP
“Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.”
O CPP por sua vez autoriza que a polícia realize diligências mesmo durante o arquivamento do inquérito, na
esperança de colher prova nova que viabilize a oferta da denúncia.
Conclusões:
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Esta cláusula caracteriza a não definitividade do ato que é movimentado pelo estado das coisas, ou seja, “é a
cláusula como as coisas estão”.
Exceção:
Segundo o STF, excepcionalmente, o arquivamento faz coisa julgada material, quando pautado na certeza de
que o fato é atípico.
É a investigação simplificada inerente às infrações de menor potencial ofensivo (art. 69 da lei 9.099/95)
“Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o enca-
minhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exa-
mes periciais necessários.
(...)”
Legitimidade:
a) Delegado
b) Polícia Militar
c) Juiz – somente pode presidir a lavratura nas hipóteses do art. 28 da lei 11.343/2006:
“Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguin-
tes penas:
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§ 7o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento
de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.”
Ação Penal
Conceito:
Ação é o direito público subjetivo constitucionalmente assegurado de exigir do Estado-Juiz a aplicação da lei ao
caso concreto, para solução da demanda penal.
Conceito:
É aquela titularizada privativamente pelo MP, com base no art. 129, I da CF e no art. 257, I do CPP.
CF/88
“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
CPP
“Art. 257. Ao Ministério Público cabe: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste Código; (...)”
Obs.: O art. 26 do CPP autorizando que delegados e juízes exerçam a ação penal, não foi recepcionado pela CF
(revogação tácita)
“Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de por-
taria expedida pela autoridade judiciária ou policial.”
Princípios
b) Princípio da Indisponibilidade
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O MP não poderá desistir da ação deflagrada.
Obs.1: Nada impede que o MP requeira a absolvição, recorra em favor do réu ou até mesmo que impetre há-
beas corpus, o que não significa desistência.
Obs.2: Os recursos são essencialmente voluntários. Todavia, se o promotor recorrer não poderá desistir.]
“Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.”
Segundo o STF e STJ a ação é divisível, pois tolera desmembramento e posterior complementação incidental
por força do aditamento.
Para a jurisprudência majoritária, se a ação começou contra parte dos infratores nada impede que ela seja
complementada e que mais réus sejam inseridos.
Espécies:
É aquela onde a atividade persecutória acontece de ofício, pois o interesse público prevalece. Esta regra está
prevista no art. 100 do Código Penal, conforme vemos abaixo:
“Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.”
É aquela titularizada pelo MP, mas que pressupõe manifestação de vontade do legítimo interessado
Institutos Condicionantes:
Representação:
Conceito/ Natureza: É o pedido e ao mesmo tempo a autorização, sem a qual não pode haver persecução pe-
nal.
Obs.:
Conclusão - Sem ela não há ação, inquérito e nem mesmo lavratura de flagrante.
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Legitimidade:
Ativa – Será representada pela vítima ou pelo representante legal dela (quando a vítima for menor de 18
anos).
Obs.: 1) Emancipação cível não tem reflexo penal, devendo-se nomear um curador especial ao menor; 2) Em
razão da morte ou ausência da vítima, haverá sucessão do direito de representar para o CADI (cônjuge, ascen-
dentes, descendentes e irmãos) – esse rol é preferencial e taxativo. A companheira (o) em que pese não haver
consenso está excluída.
Prazo:
Obs.: Forma de contagem – O prazo é contado de acordo com o art. 10 do Código Penal, ou seja, o primeiro
dia é incluído e o último será excluído. Vejamos a redação do art. 10 do CP:
“Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendá-
rio comum.”
Retratação:
Nada impede que a vítima se retrate da representação, desde que o faça até o oferecimento da denúncia.
Obs.:
1- Múltiplas retratações – Se a vítima se retratou, nada impede que se arrependa e reapresente a representa-
ção desde que dentro do prazo.
2 – Violência doméstica – Nada impede que a vítima se retrate em audiência específica com o juiz e com o MP,
e, desde que, a denúncia não tenha sido recebida.
Rigor Formal:
A representação tem forma livre, podendo ser apresentada oralmente ou por escrito a qualquer dos destinatá-
rios.
Conceito/ Natureza – É o pedido e ao mesmo tempo a autorização de natureza política, que condiciona o início
da persecução penal.
Legitimidade:
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Destinatário – Procurador Geral do Ministério Público.
Prazo:
Não há prazo decadencial regendo a matéria a qualquer tempo e enquanto o crime não estiver prescrito.
Retratação:
Não há no CPP previsão a respeito do tema, e segundo Tourinho Filho, o ato é irretratável.
É aquela titularizada pela vítima ou por quem a represente na condição de substituição processual, já que ela
atua em nome próprio pleiteando interesse alheio (punição que é inerente ao interesse estatal).
Se a vítima é a titular da ação penal privada, esta ganha o título de querelante, ao passo que o réu (imputado)
é denominado de querelado.
Princípios
a) Princípio da Oportunidade
a) Decadência – é a perda da faculdade de exercer a ação privada, em razão do decurso do prazo, qual seja, em
regra, 6 (seis) meses contados do conhecimento da autoria do crime.
Conseqüência:
b) Renúncia – se caracteriza pela declaração expressa da vítima de que não pretende exercer a ação ou pela
prática de um ato incompatível com essa vontade.
Conseqüência:
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1 - Ocasiona a extinção da punibilidade.
b) Princípio da Disponibilidade
Por ele a vítima poderá desistir da ação que está em curso.
a) Perdão – ocorre quando a vítima declara expressamente que não pretende continuar com a ação ou quando
ela pratica um ato incompatível com essa vontade.
Obs.:
Bilateralidade – para que o perdão surta o efeito pretendido, qual seja a extinção da punibilidade, é necessário
que ele seja aceito. O que pode ocorrer de forma expressa ou tácita.
Procedimento - se a vítima declara nos autos o perdão, o réu será notificado dispondo de 3 (três) dias para
dizer se aceita. A omissão faz presumir que ele aceitou (aceitação tácita).
b) Perempção – é a sanção judicialmente imposta pelo descaso da vítima na condução da ação privada.
Hipóteses:
“Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir
no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva
estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.”
c) Princípio da Indivisibilidade
Caso a vítima opte por exercer a ação, deverá fazê-lo contra todos aqueles que contribuíram para o crime.
Obs.2: Conseqüências:
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Caso a vítima voluntariamente processe apenas parte dos infratores, ela estará renunciando ao direito em
favor dos não processados extinguindo a punibilidade em prol de todos.
Por sua vez, o perdão apresentado a parte dos criminosos se estende a todos que queiram aceitar.
Classificação
b) Personalíssima
Aplicação – o único crime de ação personalíssima é o induzimento a erro ao casamento (art. 236 do CP).
c) Subsidiária da Pública
É aquela titularizada pela vítima e que tem cabimento quando o promotor não cumpre o seu papel, ou seja,
quando ele não oferece denúncia, não requisita diligências ou não pede o arquivamento nos prazos que a lei
lhe confere.
Prazo – é de 6 (seis) meses contados do esgotamento do prazo que o promotor dispunha para agir, qual seja,
em regra, 5 (cinco) dias se a pessoa estava presa ou 15 (quinze) dias se estava em liberdade.
Poderes do MP – deve o promotor como interveniente obrigatório atuar em todos os termos da ação, sob
pena de nulidade absoluta. Para tanto, tem amplos poderes e se a vítima fraquejar será afastada e o promotor
retoma a ação como parte principal, já que não há perdão ou perempção na ação privada subsidiária (art. 29
do CPP).
“Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, ca-
bendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os
termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do
querelante, retomar a ação como parte principal.”
Jurisdição e Competência
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Jurisdição (júris dictio) ação de dizer o direito.
É o poder dever constitucionalmente assegurado e conferido ao judiciário, para que se aplique a lei
ao caso concreto com a solução da demanda penal.
Competência – é a medida da jurisdição, ou seja, é a quantidade de poder delimitado por lei e entregue a de-
terminado órgão jurisdicional.
-Justiça Comum:
1 – Estadual (residual) – isso significa que lhe cabe julgar o que não foi expressamente conferido às demais
justiças.
É residual, pois lhe cabe explicar o que não foi conferido expressamente às demais.
2 – Federal – a sua competência está integralmente no texto constitucional (art. 108 - competência dos TRF’s;
art. 109 – competência dos juizes federais de 1º grau).
Sua competência está no texto constitucional, nos arts. 108 (competência dos Tribunais Regionais Federais) e
109 (competência dos juízes federais de 1º grau).
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II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da
competência federal da área de sua jurisdição.”
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição
de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à
Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou resi-
dente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União
ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competên-
cia da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resulta-
do tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitu-
cional nº 45, de 2004)
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e
a ordem econômico-financeira;
VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de
autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de
competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exe-
quatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a
respectiva opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
§1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra par-
te.
§2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o
autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa,
ou, ainda, no Distrito Federal.
3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as
causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede
de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também
processadas e julgadas pela justiça estadual.
§4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na
área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
§5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade
de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito
ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 45, de 2004)”
-Justiça Especial:
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Trata-se da Justiça Eleitoral e Militar.
1 – Eleitoral
A justiça eleitoral tem como competência julgar infrações eleitorais previstas no código eleitoral.
Obs.: A justiça eleitoral também vai julgar as infrações comuns eventualmente conexas.
2 – Militar
Só julga as infrações militares (é uma justiça “fechada”), não tendo competência para apreciar nenhum ouro
tipo de delito.
Justiça militar federal – vai julgar os membros das forças armadas e pessoas comuns que pratiquem crime
militar.
O nosso legislador pode estabelecer o órgão competente para apreciar um determinado tipo de delito. É o que
ocorre:
A) Com os crimes dolosos contra a vida que por sua natureza são julgados no tribunal do júri (art. 5º, XXXVIII
da CF).
B) É também o que ocorre com as infrações de menor potencial ofensivo que por sua natureza vão aos juiza-
dos especiais (art. 98, I da CF).
Vai julgar apenas crimes militares, que estão previstos no código penal militar.
Obs.:
Vale ressaltar, que a tortura, o tráfico de drogas, o abuso de autoridade, a facilitação da fuga de preso e os
crimes dolosos contra a vida de civil são infrações comuns, não sendo julgadas na esfera militar
Se os militares abaterem avião no combate ao tráfico, havendo excesso serão julgados na justiça militar (lei
7565/86 alterada em julho de 2011).
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1ª Regra – Teorias Territoriais:
1 – Teoria do Resultado
2 – Teoria da Ação
3 – Teoria da Ubiqüidade
Obs.: A ubiqüidade é aplicada aos crimes à distância, que são aqueles em que a ação ocorre no Brasil e o resul-
tado se dá no estrangeiro ou vice-versa.
Nesse caso, a competência é brasileira e será fixada pelo local no Brasil em que ocorrer a ação ou resultado.
3ª Regra – Prevenção
Juiz prevento é o juiz que se antecipa, ou seja, aquele que primeiro pratica um ato do processo (o primeiro ato
do processo é o recebimento da petição inicial) ou quando o juiz pratica medidas cautelares referentes ao
futuro processo.
1 – Se o crime se consuma na divisa entre duas ou mais comarcas, a competência é fixada pela prevenção.
3 – No crime permanente ou no crime continuado que se estenda por mais de uma comarca, a competência é
firmada pela prevenção.
4 – Nas ações privadas, mesmo sabendo o local da consumação, a vítima pode optar por exercê-la no domicílio
ou residência do réu. Tal prerrogativa, não se aplica a ação privada subsidiária da pública.
a) Fronteiras
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b) Espaço Aéreo
c) Mar territorial
d) Equiparação
-Navios + Aeronaves
-Pública – navio com bandeira do Brasil em qualquer lugar do mundo.
-Privada – sob a bandeira brasileira, será Brasil quando estiver dentro do nosso país ou em alto-mar.
Viagens nacionais – a competência é fixada pelo primeiro lugar em que o avião pousar ou o navio atracar após
o crime.
Viagens internacionais – neste caso se o navio ou avião estão se distanciando do Brasil, a competência é fir-
mada pelo local de saída. Se estiverem se aproximando, a competência será fixada pelo local.
Foro Privilegiado: Algumas autoridades em razão do cargo ou da função desempenhada têm a prerrogativa de
julgamento originário perante tribunal.
Segundo o STF, na Súmula 721 quem tem foro privilegiado na Constituição não vai a júri, sendo julgado no seu
tribunal de origem.
As autoridades que usufruem do foro privilegiado encampado na CF, não vão a júri, pois serão julgadas no seu
tribunal de origem (Súmula 721 do STF):
“Súmula 721 do STF - A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa
de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.”
As autoridades com foro no TJ ou no TRF ao praticarem crime fora do estado ou da região, serão julgadas no
seu tribunal de origem.
Obs. 3: As autoridades com foro privilegiado no TJ ou no TRF ao praticarem crime eleitoral, serão julgadas no
TRE .
Com a declaração de inconstitucionalidade nos parágrafos 1º e 2º do art. 84 do CPP, passamos a ter as seguin-
tes regras:
1ª – Para os crimes uma vez encerrados o cargo ou o mandato, encerra-se o foro privilegiado.
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O Presidente do Banco Central, o Advogado Geral da União, o Chefe da Casa Civil e o Controlar Geral da União
possuem status de ministro e foro privilegiado no STF.
As autoridades com foro privilegiado no TJ ou no TRF ao praticarem crime eleitoral, serão julgadas no TRE.
Prisões:
Modalidades:
Prisão Pena – é aquela que decorre de uma sentença condenatória transitada em julgado.
1 – Flagrante.
2 – Preventiva.
3 – Temporária.
Prisão em Flagrante
Modalidades
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a) Flagrante próprio/real ou propriamente dito
Obs.: Essa pessoa já concluiu os atos executórios, mas não se desvencilhou do local do crime.
O indivíduo é perseguido logo após o crime e se a perseguição for exitosa efetivará na captura.
O art. 250 do CPP preestabelece o conceito de perseguição não havendo limite de tempo ou necessidade de
contato visual. O requisito objetivo de validade é que ela seja contínua.
“Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de jurisdição alheia, ainda que de outro
Estado, quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendo apresentar-se à
competente autoridade local, antes da diligência ou após, conforme a urgência desta.
§1º Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes vão em seguimento da pessoa ou coisa, quando:
a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou transporte, a seguirem sem interrupção, embora depois a
percam de vista;
b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por informações fidedignas ou circunstâncias indiciárias,
que está sendo removida ou transportada em determinada direção, forem ao seu encalço.
§2º Se as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade das pessoas que, nas referi-
das diligências, entrarem pelos seus distritos, ou da legalidade dos mandados que apresentarem, poderão exi-
gir as provas dessa legitimidade, mas de modo que não se frustre a diligência.”
c) Flagrante presumida/ficto/assimilado
O agente é encontrando logo depois de praticar o delito com objetos, armas e papéis que o vinculem à infra-
ção.
d) Flagrante obrigatório/compulsório
e) Flagrante facultativo
Qualquer um do povo
“Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que
seja encontrado em flagrante delito.”
f) Flagrante esperado
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É uma criação da doutrina.
Caracteriza-se quando a polícia fica de campana (tocaia) aguardando o primeiro ato executório ser realizado
para efetivar a captura.
g) Flagrante forjado
Segundo o STF a Súmula 145, o Estado não pode estimular a prática de delito para conseguir prender em fla-
grante, já que os fins não justificam os meios.
Nessa hipótese não só prisão ilegal como fato praticado é atípico por caracterizar crime impossível.
Surgiu no combate ao crime organizado permitindo que a polícia postergue o flagrante na expectativa de con-
cretizá-lo no momento mais adequado.
Captura
Processamento:
Em 24 (vinte e quatro) horas contadas da prisão, cabe ao delegado cumprir as seguintes obrigações, quais se-
jam:
-Se o juiz entender que a prisão seja ilegal, esta será relaxada.
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-Caso o juiz entenda que a prisão seja legal, esta será homologada e o juiz terá as seguintes opções:
2ª – Se o magistrado entende que a manutenção cárcere não é necessária, concederá ao agente liberdade
provisória.
De acordo com o art. 310 do CPP, o capturado em flagrante terá direito à liberdade provisória porque atuou
amparado por uma excludente de ilicitude ou porque não preenche os requisitos da preventiva, podendo o
juiz ao libertá-lo impor qualquer das medidas cautelares do art. 319 do CPP.
II) Se o preso não tem advogado, cópia dos autos será encaminhada à Defensoria Pública.
III) Cabe a ele entregar ao preso a nota de culpa como breve declaração, informando os motivos e os respon-
sáveis pela prisão
Situações Especiais
a) Crimes Permanentes
A prisão em flagrante ocorre a qualquer tempo enquanto perdurar a permanência, admitindo-se inclusive in-
vasão domiciliar.
Nesse caso, o auto é substituído pelo T.C.O se o infrator for encaminhado imediatamente ao Juizado ou assu-
mir esse compromisso.
Prisão Preventiva
1. Conceito
É a prisão cautelar cabível durante toda a persecução penal (durante o IP e o processo) decretada pelo Juiz ex
officio (só durante o processo) ou por provocação.
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Desde o dia 4 de julho de 2011 o juiz pode decretar “ex officio” só no processo.
Pode ser decretada por provocação (MP, querelante, autoridade policial, assistente de acusação).
-MP.
-Querelante.
-Delegado.
-Assistente de Acusação (vítima que se habilita na ação pública para auxiliar o MP).
Não possui prazo, desde que presentes os requisitos do art. 312 do CPP.
“Art. 312.A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da exis-
tência do crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único.A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer
das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).”
Requisitos
Requisitos:
Hipóteses de decretação:
Para o STJ a ordem pública está em risco quando o indivíduo em liberdade provavelmente continuará delin-
qüindo.
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Se o réu imotivadamente não comparece a ato processual descabe a preventiva sendo adequada a condução
coercitiva (art. 260 do CPP).
As medidas cautelares não prisionais estão elencadas no art. 319 do CPP, e o seu descumprimento traz ao juiz
3 (três) alternativas:
“Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a inves-
tigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha
residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça,
quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de
reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obs-
trução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403,
de 2011).
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§3º (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
§4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada
com outras medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).”
Neste caso admite-se a decretação da preventiva como última ratio em prol do hipossuficiente.
a) Crimes dolosos
Havendo indícios de uma excludente de ilicitude (art, 23 do Código Penal), não caberá a decretação da preven-
tiva.
Para o STJ a mera repetição do texto de lei não caracteriza motivação denotando ilegalidade prisional.
Não há na lei prazo de duração da preventiva que se estende no tempo enquanto houver necessidade (pre-
sença dos requisitos legais).
A prisão preventiva será revogada ou substituída por uma medida cautelar não prisional (art. 319 do CPP).
Se os fundamentos reaparecerem (art. 319 do CPP), nada impede a sua re-decretação (cláusula rebus sic stan-
tibus – como as coisas estão).
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Obs. 5: Prisão Domiciliar
Ordem judicial que também é necessária para que o indivíduo excepcionalmente saia da casa.
Hipóteses:
“Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela
Lei nº 12.403, de 2011).
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluí-
do pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. (In-
cluído pela Lei nº 12.403, de 2011).”
Prisão Temporária
a) Comum – 5 (cinco) dias prorrogáveis uma vez só por mais 5 (cinco) dias.
b) Crimes Hediondos e assemelhados (tortura, terrorismo e tráfico) – 30 (trinta) dias prorrogáveis por 30 (trin-
ta) dias.
O juiz é quem vai deliberar a prorrogação do prazo ouvindo previamente o MP, desde que presentes os
requisitos do art. 1º da lei 7.960/89.
Requisitos:
-Periculum Libertatis
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Art. 1º da Lei 7.960/89:
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de de-
zembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por
um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de
6.9.1994)
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela
Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
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VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais
(art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso
incluído pela Lei nº 9.695, de 20.8.1998)
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no
2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)”
Conseqüência:
O preso cautelar, qualquer que seja ele, ficará separado do preso definitivo (art. 300 do CPP)
“Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente conde-
nadas, nos termos da lei de execução penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, será recolhido
a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das autoridades competentes. (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).”
Liberdade Provisória
É a contra cautela destinada a impugnação do cárcere cautelar, promovendo um estágio transitório entre o
cárcere e a liberdade definitiva.
Modalidades:
É o direito de permanecer livre mesmo com a captura em flagrante e se submetendo de regra a obrigações
legalmente impostas.
Obs.: O beneficiado será compromissado a comparecer a todos os atos da persecução penal, sem prejuízo.
Obs.: Obrigações
Pode o juiz aplicar qualquer das medidas cautelares do art. 319 do CPP, ou, pelas circunstancias do fato, pela
gravidade do crime e pelas condições pessoais do agente libera-lo incondicionalmente.
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Liberdade Provisória Mediante Fiança
Hipóteses:
a) Crimes Hediondos
b) Racismo
c) Ação de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democrático de Direito.
Legitimidade
a) Delegado
b) Juiz
O magistrado pode arbitrar nas hipóteses do delegado, e se o delito tem pena superior a 4 (quatro) anos, só o
juiz poderá fazê-lo no prazo de 48 (quarenta e oito) horas (sem prorrogação).
Institutos Correlatos
A) Quebra da Fiança
“Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a autoridade, todas as vezes
que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento. Quando o réu não compa-
recer, a fiança será havida como quebrada.”
“Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia
permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comuni-
car àquela autoridade o lugar onde será encontrado.”
“Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
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I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo; (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo; (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
V - praticar nova infração penal dolosa. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).”
a) Indenizar a vítima.
b) Pagar custas.
c) Pagar multa.
d) Obrigação Pecuniária.
Quem quebrou a fiança na mesma persecução penal não pode prestar fiança.
B) Perda
Ocorre pela fuga do réu após o trânsito em julgado da condenação, frustrando o início da execução da pena.
Conseqüência:
C) Reforço da Fiança
É o implemento da fiança, seja porque o bem dado em garantia sofreu depreciação ou por ter havido uma
implementação na tipificação do crime, com reflexos no cálculo da fiança.
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O valor dado em garantia será integralmente devolvido.
D) Cassação
Ocorre quando a fiança desde o início é arbitrada por equívoco ou se houver inovação na tipificação do crime
o transformando em inafiançável.
Obs. Conseqüências:
1ª Prisão Preventiva.
2ª Devolução Integral.
E) Dispensa
Potencializando o direito material, pode o juiz dispensar a implementação financeira concedendo o benefício
da liberdade aos pobres na forma da lei.
Procedimentos
Considerações Iniciais
Enquadramento
Seleção
a) Comum
1º - Rito Ordinário.
2º - Rito Sumário.
3º - Rito Sumaríssimo.
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(quatro) anos.
Sumário Crimes apenados com detenção Crime com pena menor a 4 (quatro)
anos.
Sumaríssimo Crimes com pena de até 2 (dois) anos + Crimes com pena de até 2 (dois) anos
todas as contravenções comuns + todas as contravenções comuns
Eventualmente o rito sumário funciona como soldado de reserva, seja porque não exista citação por edital nos
juizados ou quando a complexidade do fato inviabiliza a denúncia oral.
b) Especiais
Estrutura
Obs. Requisitos:
Art. 41 do CPP:
“Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qua-
lificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando
necessário, o rol das testemunhas.”
Rejeição da Petição Inicial - É a decisão que nega início ao processo por não estarem preenchidos os requisitos
legais.
1. Inépcia
Segundo o STF a inépcia acontece por um defeito formal grave que normalmente contamina a narrativa fática.
3. Justa Causa
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Sistema Recursal
Como regra caberá recurso em sentido estrito (art. 581, I do CPP), já nos juizados especiais o recurso cabível é
a apelação (art. 82 da lei 9.099/95).
Citação
Integra a relação processual.
Modalidades de Citação
1ª – Pessoal
É cumprida por oficial de justiça, que vai ler o mandado e entregar ao réu a contrafé.
É pautada na má-fé do réu que está se escondendo para não ser citado.
É a peça que vai impugnar os termos da petição inicial podendo ser completa ou superficial, e devendo contar
sob pena de preclusão com o rol de testemunhas.
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Será declarado revel e será nomeado advogado dativo para apresentar a petição devolvendo-se o prazo.
O réu revel não mais será intimado para os atos subseqüentes do processo, salvo a sentença.
“Súmula nº 415 do STJ - O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena comi-
nada.”
Absolvição sumária é a sentença judicial que antecipa o mérito em favor do réu, sem a necessidade de instru-
ção do processo.
Hipóteses:
a) Excludente de Tipicidade
b) Excludente de Ilicitude
c) Excludente de Culpabilidade
Obs.: A inimputabilidade não autoriza absolvição sumária no procedimento comum, pois anteciparia a medida
de segurança o que é desfavorável ao réu.
d) Extinção da Punibilidade
Sistema Recursal
Conteúdo
a) Oitiva da vítima
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A ausência injustificada da vítima ocasiona a perempção.
c) Interpelações
Peritos
Assistentes Técnicos
d) Acareações
f) Interrogatório do Réu
g) Debates Orais
Primeiro quem vai falar é a acusação por 20 minutos prorrogáveis por mais 10 minutos.
Princípios
a) Princípio da Concentração
b) Princípio da Imediatidade
Por ele, o juiz que preside a instrução tem o dever de proferir a sentença.
a) Pluralidade de réus.
b) Complexidade da causa.
Partes Intimadas
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Defesa – apresentar memoriais em 5 dias.
O juiz vai proferir a sentença no prazo de 10 dias prorrogáveis por mais 10 dias.
d) Princípio da Correlação
Como o juiz não pode julgar além, aquém ou fora do pedido, temos que reconhecer que a sentença condena-
tória é um reflexo dos termos da petição inicial.
a) Emendatio Libelli
É um instituto que permite ao juiz no momento da sentença a corrigir sem nenhuma formalidade prévia e ex
officio os equívocos de enquadramento no artigo de lei existentes na petição inicial.
b) Mutatio Libelli
É um instituto que permite uma adequação da imputação, pois os fatos realmente ocorridos são distintos dos
que foram narrados na petição inicial.
Não cabe mutatio na fase recursal para que não ocorra supressão de instância.
Vistas - O promotor (MP) adita a denuncia, tem até 5 dias para faze-lo com um rol de 3 testemunhas.
Juiz:
-Oitiva de testemunhas.
-Interrogar o réu.
-Debates orais.
Se o magistrado percebe com a mutatio que é incompetente deverá remeter os autos ao juízo competente,
por sua vez...
Júri
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Lei 11.689/2008.
Considerações
O júri tem status de cláusula pétrea, estando positivado no art. 5º, XXXVIII da CF.
Princípios
Podemos nos valer de argumentos meta-jurídicos inclinados pela formação leiga dos jurados.
Os jurados votam os quesitos na sala secreta e o conteúdo individual da votação não é compartilhado para
coibir a devassa, está vedada a unanimidade e com 4 (quatro) votos em determinado sentido os demais não
serão abertos.
Obs. Mitigação
O princípio é abrandado quando o Tribuna cassa a decisão porque os jurados julgaram contrariando a prova
dos autos ou por meio da ação de revisão criminal, já que o Tribunal pode absolver quem foi injustamente
condenado por sentença transitada em julgado.
d) Princípio da Competência Mínima para Julgamento dos Crimes Dolosos Contra a Vida
Cabe ao júri apreciar os crimes dolosos contra a vida e todas as infrações comuns conexas. Além disso, nada
impede que o legislador ordinário amplie a competência do júri.
Características do Júri
a) Obs. Composição
1 Juiz-Presidente.
25 jurados.
b) Horizontal
c) Órgão temporário
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O júri vai funcionar por alguns períodos do ano.
Sessão do júri – é o dia em que o processo será analisado pelo órgão colegiado.
Estrutura do Júri
O juiz pode rejeitar a petição inicial de acordo com o art. 395 do CPP ou receber a petição inicial.
“Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719,
de 2008).
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Citação
O réu será citado para apresentar resposta escrita à acusação num prazo de 10 (dez) dias.
Vistas
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Conclusos ao Juiz
-Superar nulidades.
Essa audiência é feita no prazo de 90 (noventa) dias contados do recebimento da petição inicial.
Conteúdo da audiência:
-Oitiva das testemunhas de acusação e defesa (ambas com número máximo de 8 testemunhas).
-Acareações.
-Interrogatório.
Debates orais
Decisão
A decisão que pode encerrar a 1ª Fase é a decisão de pronúncia (é a decisão interlocutória mista não termina-
tiva que encerra a primeira fase do júri remetendo o réu ao corpo de jurados).
Obs. 1 Conteúdo:
Além da autoria e da materialidade o juiz analisará eventuais qualificadoras e causas de aumento de pena.
Exclusão:
Não serão analisadas eventuais atenuantes e agravantes além das causas de diminuição de pena.
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Obs. 2 Sistema Recursal
O recurso cabível para impugnar a denúncia é o recurso em sentido estrito (art. 581, IV do CPP).
(...)
Nesse caso a decisão é a de impronúncia (é a sentença que extingue o processo sem julgamento de mérito por
ausência de lastro que justifique a remessa do réu ao corpo de jurados).
Hipóteses: certeza
-Negativa de autoria.
-Inexistência do fato.
-Excludente de tipicidade.
-Excludente de culpabilidade.
Obs. A inimputabilidade pode justificar a absolvição sumária na 1ª fase do júri se esta for a única
tese.
Cabe apelação.
Decisão de desclassificação – é a decisão interlocutória mista não terminativa que encerra a 1ª fase do júri
com a remessa dos autos.
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O recurso cabível é o RESE.
Pronúncia
A intimação do MP é pessoal.
Réu – ele será intimado pessoalmente, todavia, se não for encontrado, será intimado por edital e o processo
prossegue à sua revelia.
A segunda fase é deflagrada com a preclusão da decisão de pronúncia, que pode ser modificado pela ocorrên-
cia de um fato novo superveniente.
A acusação apresentará por escrito um requerimento de diligências no prazo de 5 (cinco) dias, e neste reque-
rimento serão indicadas as testemunhas.
A defesa também apresentará o seu requerimento de diligências no prazo de 5 dias, podendo alcançar 5 tes-
temunhas.
O juiz nesse despacho vai superar nulidades e autorizar diligências para que se realize a audiência de instru-
ção/debates e julgamento.
Abertura da Sessão
Será declarada aberta quando estiverem presentes ao menos 15 dos 25 jurados convocados. Se isso não ocor-
rer, a sessão será remarcada, sendo convocados jurados suplentes.
Dos jurados presentes, serão sorteados os 7 (sete) jurados que vão integrar o julgamento.
Obs. Recusas
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Motivadas – é a possibilidade de argüirmos a suspeição ou o impedimento do jurado sorteado, não havendo
limitação numérica.
Imotivadas (Peremptórias) – tanto a defesa quanto a acusação podem recusar sem motivar até 3 (três) jurados
cada uma.
Obs. 2
O número de jurados para integrar o conselho a sessão será adiada com a convocação de suplentes.
Os jurados não podem conversar entre si, nem com terceiros sobre o fato objeto do processo, sob pena de
nulidade.
-Acareações.
Obs.2 – Apartes
Caberá ao juiz perguntar aos advogados se resta algum duvida, lendo os quesitos e indagando se as partes têm
algo a acrescentar. Na seqüência faremos o direcionamento para a sala secreta.
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quesitos para cada um.
Desfecho do Procedimento
Caberá ao juiz que será lida em plenário, e as partes já serão intimadas para apresentação de eventuais
recursos.
Com a revogação expressa do protesto por novo júri, o recurso adequado é a apelação.
Obs. 2 – Desaforamento
É a retirada da sessão plenária de uma determinada comarca e deslocamento preferencial para a comarca
mais próxima por decisão do tribunal, em face das hipóteses reconhecidas pelo art. 428 do CPP.
“Art. 428. O desaforamento também poderá ser determinado, em razão do comprovado excesso de serviço,
ouvidos o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 (seis) me-
ses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§1º Para a contagem do prazo referido neste artigo, não se computará o tempo de adiamentos, diligências ou
incidentes de interesse da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§2º Não havendo excesso de serviço ou existência de processos aguardando julgamento em quantidade que
ultrapasse a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas reuniões periódicas previstas para o exercí-
cio, o acusado poderá requerer ao Tribunal que determine a imediata realização do julgamento. (Incluído pela
Lei nº 11.689, de 2008)”
Momento:
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Recursos
Conceito
É a ferramenta para impugnação de decisão judicial construída na mesma relação processual, e com aptidão
para reforma, invalidação, esclarecimento ou integração do julgado.
Obs. Fundamentos
Inconformismo humano.
Princípios
a) Princípio da Taxatividade
b) Princípio da Voluntariedade
Os recursos estão moldados dentro da estratégia da parte, não havendo imposição legal de recorrer.
Conclusão
Segundo o STF na Súmula 423, o instituto nada mais é do que o requisito que precisa ser cumprido para que a
decisão possa transitar em julgado.
Recursos
Conceito
É a ferramenta para impugnação de decisão judicial construída na mesma relação processual, e com aptidão
para reforma, invalidação, esclarecimento ou integração do julgado.
Obs. Fundamentos
Inconformismo humano.
Princípios
a) Princípio da Taxatividade
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Os recursos criminais estão exaustivamente previstos em lei.
b) Princípio da Voluntariedade
Os recursos estão moldados dentro da estratégia da parte, não havendo imposição legal de recorrer.
Conclusão
Segundo o STF na Súmula 423, o instituto nada mais é do que o requisito que precisa ser cumprido para que a
decisão possa transitar em julgado.
c) Principio da Unirrecorribilidade
Quando a decisão judicial ofende simultaneamente a CF e a legislação federal infraconstitucional, caberá in-
terposição simultânea de recurso extraordinário ao STF e de recurso especial ao STJ.
d) Princípio da Conversão
Se o recurso foi apresentado ao tribunal equivocado, este deverá ex officio endereça-lo ao tribunal correto.
Se só a defesa recorrer, o tribunal ao julgar o recurso não poderá piorar a situação do réu (proibição direta),
por sua vez, se o tribunal anula a decisão a situação do réu também não poderá ser piorada (proibição indire-
ta).
Obs. Exceção:
Os jurados por sua soberania poderão exasperar a situação do réu em eventual novo julgamento.
Se no novo júri os jurados reconhecerem as mesmas circunstâncias do primeiro, o Juiz-Presidente não poderá
piorar a situação do réu.
Características
Efeitos:
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a) Devolutivo
Obs. Classificação
Recurso de Devolutividade Plena – é aquele recurso que vai impugnar todo o julgado.
b) Suspensivo
Por ele a decisão não se implementa no mundo jurídico enquanto o recurso estiver pendente.
Obs. Exige-se previsão legal para que o recurso tenha efeito suspensivo.
Obs. 2. Os recursos para impugnar sentença absolutória não possuem efeito suspensivo, e o réu será imedia-
tamente colocado em liberdade.
c) Extensivo
O réu que não recorreu pode ser beneficiado pelo recurso do seu comparsa, desde que o fundamento não seja
de ordem pessoal.
O efeito extensivo e também aplicado ao HC, MS e à revisão criminal.
Procedimento
É interposto perante o juízo “a quo” que proferiu a decisão, para que se realize o juízo de admissibilidade.
Esse juízo de admissibilidade pode ser negativo (recurso rejeitado) ou positivo (recurso será recebido).
Se o recurso é recebido, o órgão “a quo” vai dar seguimento a ele (remeter o recurso ao órgão “ad quem”)
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Recursos em Espécie
É a ferramenta de impugnação das decisões interlocutórias, e eventualmente das sentenças nas hipóteses
taxativamente delimitadas pelo art. 581 do CPP.
b) Decisão interlocutória
Dividem-se em:
Simples – é aquela que tem conteúdo decisório, mas não encerra etapas procedimentais.
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Como regra, as interlocutórias simples são irrecorríveis, já como exceção, cabe RESE (recurso em sentido estri-
to), cujas hipóteses estão no art. 581 do CPP.
Mistas - é aquela que tem conteúdo decisório e encerra uma etapa do procedimento ou o próprio processo.
Como regra cabe RESE e como exceção pode comportar uma apelação.
-Não terminativa – é aquela que encerra apenas uma etapa do procedimento. Ex: Pronúncia.
-Terminativas – são aquelas que encerram o próprio procedimento. Ex: Rejeição da denúncia u da queixa.
c) Sentenças
Condenatórias
Absolutórias
Pode ser própria ou imprópria, e neste último caso aplicará medida de segurança aos absolutamente inimpu-
táveis.
Ainda pode ser sumária, ou seja, aquela proferida no processo julgando antecipadamente a causa.
Regra – apelação.
Exceção - A sentença que julga o réu por crime político comporta recurso ordinário constitucional.
Terminativa de Mérito – são aquelas que julgam o mérito da causa sem condenar ou absolver o réu, como
ocorre com a extinção da punibilidade e com o HC.
Cabimento
Todas as decisões do juiz das execuções comportarão agravo em execução, de forma que estão tacitamente
revogados os incisos XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII, XXIV.
Obs. O tema fiança, extinção da punibilidade e HC, todos analisados pelo juiz de 1º grau comportarão RESE
(incisos V, VII, VIII, IX e X).
Júri – das decisões que encerram a primeira fase do júri comporta RESE, a pronúncia e a desclassificação por-
que são interlocutórias. Comporta apelação, a absolvição sumária e a impronúncia.
Procedimento
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Petição
Prazo – 5 dias.
O juiz poderá ratificar a decisão e remeter recurso para que o tribunal julgue.
O juiz poderá se retratar da decisão (efeito iterativo) e quem se sentir prejudicado por mera petição, poderá
recorrer desde que a decisão de retratação também comporte RESE.
Efeitos
a) Devolutivo
Haverá suspensão de efeitos nas hipóteses de quebra e de perda da fiança, além da hipótese prevista no inciso
XV que trata da rejeição da apelação.
“Art. 584. Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança, de concessão de livramento condi-
cional e dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581.
§1º Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou no caso do no VIII do art. 581, aplicar-se-á o disposto
nos arts. 596 e 598.
§3º O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança suspenderá unicamente o efeito de perda da metade
do seu valor.”
“Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos
réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.”
d) Iterativo
Apelação
É a ferramenta impugnatória destinada ao combate das sentenças, das decisões definitivas e com força de
definitivas legalmente enquadradas.
Obs. Acórdãos
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É a decisão colegiada de tribunal normalmente impugnável por RESP ou RE, já o aresto é o acórdão que transi-
tou em julgado.
Cabimento
2º Júri
Sentença final
Conseqüência:
Cabe ao tribunal declarar a nulidade devolvendo o processo para que ele seja refeito.
Obs. Conseqüência:
Cabe ao tribunal cassar a decisão remetendo o réu a um novo júri com outros jurados, sendo que este funda-
mento só poderá ser invocado uma vez.
Procedimento
Prazo – 5 dias.
Depois que apelar, haverá a notificação para apresentar as razões num prazo de 8 (oito) dias.
Na apelação não existe juízo de retratação, ou seja, não tem efeito iterativo.
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Nos juizados o prazo é de 10 (dez) dias, mas o recurso já será apresentado com as razões.
Efeitos
a) Devolutivo
c) Extensivo
Habeas Corpus
É a ação autônoma de impugnação constitucionalmente petrificada que protege o direito líquido e certo de
locomoção contra ilegalidade ou abuso de poder atual ou iminente.
Natureza Jurídica
É uma ação penal popular em que pese o CPP trata-lo como recurso.
Legitimidade
O particular também.
Habeas Corpus
I – Justa causa
A prisão temporária tem prazo pré-estabelecido em lei, e se for superado ela se transforma em prisão ilegal
merecendo relaxamento.
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Quando a autoridade responsável pela ordem é incompetente.
Obs. Prisão preventiva legal, mas incidentalmente desnecessária deve ser revogada, e para tanto admite-se
habeas corpus.
V – Negativa a fiança
Como a liberdade provisória é um direito, seja ela com ou sem fiança, a denegação dá margem ao manejo de
habeas corpus.
As hipóteses de extinção da punibilidade estão no art. 107 do Código Penal, e podem ser decretadas via habeas
corpus.
Competência
Direcionamento:
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a) Se o particular for o coator.
d) Juiz de 1º Grau
Estadual – TJ.
Federal – TRF.
Obs.: Com o cancelamento da Súmula 690 do STF, resta concluir que se a turma recursal do juizado é a coato-
ra, o HC será impetrado no TJ se a turma estadual ou no TRF se a turma é federal.
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Provas
1. Conceito
É tudo aquilo que levamos aos autos na expectativa de convencer o juiz sobre a verdade de um fato ou de um
ato processual.
2. Objeto
Fatos relevantes.
3. Meios de prova
3.1. Conceito
a) Provas nominadas
b) Provas inominadas
Por ele, o processo criminal vai reconstruir o que de fato ocorreu, e o juiz não vai se conformar com meras
especulações de verdade.
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b) Liberdade na Produção de Provas
Por esse principio poderemos utilizar tanto as provas nominadas quanto as inominadas, buscando reconstruir o
que de fato ocorreu.
Mitigação:
Para demonstração do estado civil, deveremos atender as limitações existentes na lei civil.
b) Provas ilícitas
Conceito:
Ilícitas:
É aquela que viola o direito material, ou seja, o código penal, a legislação penal especial e os princípios consti-
tucionais penais.
Ilegítimas:
Aquela que viola o direito processual, ou seja, o CPP, a legislação processual especial e os princípios constituci-
onais processuais.
Por ela, no aparente conflito entre bens jurídicos constitucionalmente tutelados deve o juiz preservar o bem
mais importante sacrificando outro.
Portanto, entre a formalidade na produção da prova e o status libertatis do réu, esse último deve prevalecer
sendo a prova ilícita utilizada para absolvição (STF).
b) Teorias dos Frutos da Árvore Envenenada/Fruits of the Poisons Tree/Prova Ilícita por Derivação
Por ela, as provas que decorrem de um ilícito também estarão contaminadas por derivação.
Obs.: Essa teoria não está prevista na CF, tendo acento no art. 157 do CPP.
Obs. 2: Teorias decorrentes:
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1 – PAI
A mera existência de prova ilícita no processo não necessariamente o anula, pois havendo outras provas lícitas
absolutamente independentes da prova contaminada, o processo será aproveitado.
CONSEQÜÊNCIA:
A prova declarada ilícita será retirada dos autos e destruída com a presença facultativa das partes.
As provas que decorrem de uma ilícita também estarão contaminadas, salvo se fatalmente seriam descobertas
por uma outra fonte autônoma.
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Ônus da Prova
Conceito:
Distribuição:
A defesa tem o ônus de provar eventuais excludentes de ilicitude, excludentes de culpabilidade e eventuais
causas de extinção da punibilidade.
Conceito – Em que pese o juiz não ter ônus, ele possui iniciativa probatória determinando ex officio a iniciativa
de prova em determinadas hipóteses:
b) Durante o IP havendo urgência pode o juiz de ofício determinar a produção probatória se for adequado,
proporcional e razoável.
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Sistemas de Valoração da Prova
a) Íntima Convicção
O resquício da intima convicção é pautado no Tribunal do Júri já que os jurados não precisam motivar o veredi-
to.
b) Verdade Legislativa
Por esse sistema, o juiz é livre para decidir desde que faça de forma motivada.
Interrogatório
É o momento procedimental onde o réu apresentará se quiser a sua versão dos fatos, pois caso contrário pode-
rá valer-se do direito ao serviço.
Natureza
Atualmente, o interrogatório possui natureza híbrida, pois é um meio de prova e também um meio de defesa.
Procedimento
O réu tem a prerrogativa de se entrevistar reservadamente com a pessoa que vai orientá-lo e a denegação
arbitrária dessa prerrogativa importa nulidade processual.
b) Presença do advogado é obrigatória, sob pena de nulidade absoluta (Súmula 523 do STF)
“Súmula nº 523 do STF - No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência
só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu”.
1ª Regra ...
-Sala própria.
-Publicidade do ato.
-Segurança do juiz, auxiliares do juiz e MP.
-Presença do advogado e defensor.
2ª Regra – Se os requisitos para aplicação da primeira regra não estiverem presentes, o juiz determinará a con-
dução do preso ao fórum.
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3ª Regra – Interrogatório por videoconferência/Interrogatório “online”.
É aquele realizado por captação de som e imagem com transmissão ao vivo, com sistema satelitário ou tecno-
logia similar.
Obs.:
Integram esse risco os indivíduos que compõe organização criminosa ou que são o risco de fuga.
Essa hipótese só será invocada se não for possível ouvir a própria vítima ou as testemunhas pela videoconfe-
rência.
Formalidades:
a) Decretação
b) Notificação
As partes serão notificadas da realização da videoconferência com antecedência mínima de 10 dias para que
possam se preparar.
c) Prerrogativa
Além do direito de entrevista preliminar reservada, será provida linha telefônica ou sistema análogo para que
os advogados possam conversar e para que o réu contate o advogado que está ao lado do juiz.
d) Fiscalização
A sala de transmissão do interrogatório será fiscalizada pelo juiz, MP, corregedoria do judiciário.
Procedimento
Estrutura do Procedimento:
-Qualificação.
-Informar ao réu sobre o direito ao silêncio.
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Obs. É nesse momento que o magistrado vai colher informações sobre o histórico de vida do réu que serão
úteis na valoração das circunstâncias judiciais (art. 59 do Código do Penal).
Obs.: Reperguntas
Depois da resposta a acusação e a defesa poderão fazer reperguntas ao réu admitindo-se o indeferimento pelo
juiz se forem impertinentes ou irrelevantes.
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