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EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Tema I

 Direito das coisas. Conceito. Posição topográfica no Código Civil. Características. Diferenças para os
direitos pessoais. A taxatividade e as respectivas mitigações. Obrigações propter rem. Obrigação com
eficácia real. !b"rogação real. #n!s real.

Notas de Aula1

1. Direitos reais

A primeira discussão que se apresenta no estudo dos direitos reais, que é de pouca
relevncia pr!tica, di" respeito # nomenclatura que é tam$ém empre%ada nesta seara do
dire
direit o& direito das coisas'
ito& coisas' Coisa, para o Direito Civil, é sin(nimo de $em corp)reo,
tan%*vel, e por isso é realmente pouco técnico se +alar em direito das coisas, quando se est!
tratando da !rvore dos direitos reais, ante a amplitude de seus institutos escapar muito #
limitaão dos $ens corp)reos'
De qualquer +orma, os direitos reais, ou direito das coisas, é um dos dois ramos do
Direito Civil, especi+icamente do campo dos direitos patrimoniais, que se su$divide em
direitos o$ri%acionais e direitos reais'
- principal aspecto a ser a$ordado, aqui, é de +ato a di+erena entre estes dois ramos
do cam
campopo pat patrim
rimoni
onial
al do Direit
Direitoo Civil
Civil,, as par
partic
ticula
ularid
ridades
ades e di+eren
di+erenas
as dos direit
direitos
os
o$ri%acionais e dos direitos rreais'
eais' Ve.amos'
Ve.amos'
-s direitos o$ri%acionais t/m su.eito passivo espec*+ico, ou se.a, t/m um devedor 
vinculado # relaão' 0unca é um su.eito passivo indeterminado, o devedor o$ri%acional' 0o
dire
direit
itoo real
real,, por
por seu la lado,
do, o su.ei
su.eito
to pa
passi
ssivo
vo é ininde
dete
termi
rminad
nadoo po
porr es
ess/n
s/nci
cia1
a1 é uma
uma
coletividade inde+in*vel, erga omnes'
omnes' Isto porque o titular do direito real é su.eito ativo de
uma situaão .ur*dica em que se v/ detentor de um direito su$.etivo, contraposto ao dever 
 .ur*dico %eral de a$stenão perante aquele $em .ur*dico& devem, todos, a$dicar de d e pertur$ar 
aquele direito real'
2odos t/m os dever .ur*dico de não violar o direito real do seu titular, e quando o
violam, nasce para o detentor do direito su$.etivo a pretensão de reparar3se' A pretensão,
 por sua ve", esta sim é individuali"ada, e não erga omnes, omnes, porque sur%e apenas contra
aquele que violou o dever .ur*dico de a$stenão' Ve.a que no direito o$ri%acional, em
 princ*pio, somente o devedor daquela relaão inter partes poder!
partes poder! ter a aptidão para violar o
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dever .ur*dico, porque este dever é imposto somente a ele, e não erga omnes'
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omnes' A pretensão,
nowell
functionality, as direito o$ri%acional, sempre ser! endereada a um s) su.eito, desde sempre de+inido – o
as marketing,
personalization,devedor –, enquanto
and analytics. You esta de+inião s) ocorre, no direito real, quando 4! a violaão, pois
may change your antes disso attodos
settings são devedores da o$ri%aão de não pertur$ar tal direito'
any time
A primeira caracter*stica not!vel dos direitos reais, então, é o +ato de serem
or accept the default settings.
a$solutos, opon*veis contra a coletividade'
5e%unda di+erena entre direitos o$ri%acionais e reais reside na sua ori%em' -s
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direitos o$ri%acionais sur%em da vontade das partes ou da lei, enquanto os direitos reais t/m
Marketingnascedouro e6clusivo na lei' Da* e6sur%e outra caracter*stica dos direitos reais& a sua
taxatividade'' 5) e6istem os direitos reais que a pr)pria lei arrolou, não podendo nin%uém
taxatividade
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criar, # inventividade, novos direitos desta nature"a' - rol n!mer!s cla!s!s, cla!s!s, ta6ativo vem
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no arti%o 7'889 do CC&
7
 Aula ministrada pelo pro+essor :ernando Au%usto Andrade :erreira Dias, em 7;<77<8;;='
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 1


 

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'889' 5ão direitos reais&


I 3 a propriedade1
II 3 a super+*cie1
III 3 as servid?es1
IV 3 o usu+ruto1
V 3 o uso1
VI 3 a 4a$itaão1
VII 3 o direito do promitente comprador do im)vel1
VIII 3 o pen4or1
I@ 3 a 4ipoteca1
@ 3 a anticrese'
@I 3 a concessão de uso especial para +ins de moradia1 Inclu*do pela Bei n 77'7,
de 8;;FG
@II 3 a concessão de direito real de uso' Inclu*do pela Bei n 77'7, de 8;;FGH

 0ote3se que o le%islador não trou6e, ali, o direito real de %arantia da  propriedade
 fid!ciária,, que é apontado pela doutrina como um direito real' A propriedade +iduci!ria,
 fid!ciária
4o.e, ao lado do pen4or, da 4ipoteca e da anticrese, é tida por um direito real, mas como
compati$ili"ar esta nature"a de direito real com a mencionada ta6atividade deste rol
A +im de sanar este im$r)%lio, os doutrinadores prop?em uma di+erenciaão entre os
conceit
conc eitos
os de ta6ta6ati
ativid ade e  tipicidade'
vidade tipicidade' A titipi
pici
cidad
dadee im
imp?e
p?e que o in
inst
stit
itut
utoo o$
o$ser
serve
ve
e6atame
e6at amente
nte os lim
limit
ites
es le%
le%ais
ais traa
traados1
dos1 a ta6ati
ta6ativid
vidade, car!ter n!mer!s
ade, por sua ve", o car!ter
cla!s!s,, di" respeito ao elenco le%al, # previsão normativa dos direitos, mas dentro desta
cla!s!s
 previsão, é poss*vel o alar%amento dos conceitos' m e6emplo em que isto se passa, 4o.e, é
o da propriedade em time s$aring , que não est! no rol, mas nem por isso o viola – é uma
modalidade de propriedade'
A especi+icidade de um instituto, então, não viola a ta6atividade, violando apenas a
tipicidade, mas como o rol não é t*pico, e sim ta6ativo, não 4! qualquer colisão entre a
 previsão de institutos que são variantes dos conceitos ali traados, como a propriedade
+iduci!ria e o e6emplo da time s$ared propertie'
propertie'
A se%unda di+erena dos direitos o$ri%acionais, portanto, é a ta6atividade dos
direitos reais – que não se con+unde com tipicidade, porém'
2erceira di+erena di" respeito ao e6erc*cio destes direitos' -s direitos o$ri%acionais
imp?em uma conduta do su.eito passivo, do devedor1 o direito real se satis+a" com o
simples
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such asentre seu titular e a coisa, sem que se.a necess!ria conduta positiva al%uma
dos essential
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passivo' 0a relaão de direito real, o dever .ur*dico imposto ao su.eito passivo
não
functionality, as est!
well vinculado # satis+aão do titular, pois esta satis+aão independe do cumprimento do
as marketing,
personalization,deve
deand
verr analytics.
por
por outr
outrem
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inc*
c*pi
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rioo ti
titu
tula
larr, e6
e6er
erce
cend
ndoo a
may change your settings at any time
disponi$ilidade so$re a coisa'
or accept the default settings.
Kuarta di+erena, o o$.eto& nos direitos o$ri%acionais, consiste em uma prestaão do
su.eito passivo, que pode ser de dar, +a"er ou não +a"er' 0o direito real, o o$.eto é sempre
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um $em, corp)reo ou incorp)reo' Caracter*stica dos direitos reais que decorre da nature"a
de se%!ela,, que consiste na possi$ilidade de o titular reaver 
de seu o$.eto é o pr)prio direito de se%!ela
o $em de onde quer que ele se encontre, pois todos são su.eitos da relaão .ur*dica a$soluta
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indu"ida pela titularidade do direito real – o que não ocorre nos direitos o$ri%acionais, por 
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)$vio, ante a nature"a de seu o$.eto, que é prestacional e devido apenas pelo o$ri%ado
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relativamente, sendo satis+eita pela via das perdas e danos, quando imposs*vel ou não
quisto o cumprimento espec*+ico'
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- poder de sequela encontra miti%a?es, porém' Ve.a um e6emplo, traado no


enunciado L; do 52J&
>5mula L;, 52J& A 4ipoteca +irmada entre a construtora e o a%ente +inanceiro,
anterior ou posterior # cele$raão da promessa de compra e venda, não tem
e+ic!cia perante os adquirentes do im)vel'H

4ipoteca 0oque
caso de que
%ravava seutrata
$em,a i%norando
smula, o aadquirente do im)vel
nature"a real pode aver$ar
desta %arantia, a $ai6a daa
e6cepcionando
sequela de seu titular ori%inal, o a%ente +inance
+inanceiro
iro perante a incorporadora3a
incorporadora3aliena
lienante'
nte' Este
enunciado, de +ato, é contra legem, legem, pois a $ai6a da 4ipoteca s) pode se dar, nos termos
le%ais, com o pa%amento ou com a anu/ncia do credor 4ipotec!rio – e esta $ai6a independe
de tais causas, se%uindo3se a smula'
-utra di+erena entre direitos o$ri%acionais e reais di" respeito ao pra"o& o direito
o$ri%acional é tempor!rio, nascendo para ser e6tinto com o cumprimento do dever ali
imposto, que é seu +im ideal, quando quer que ten4am pactuado os relacionandos' 0o
direito real, 4! uma maior esta$ilidade& se nada acontecer que estremea a relaão, o direito
real perdurar! inde+inidamente, passando por mais de uma %eraão de titulares, inclusive,
 pela sucessão mortis ca!sa'
ca!sa'
Diante destas di+erenas apontadas, a classi+icaão de um direito em uma ou outra
nature"a – real ou pessoal – é tare+a um pouco mais +!cil' Contudo, 4! direitos que se
situam em uma "ona cin"enta, intermedi!ria, cu.a identi+icaão em uma ou outra nature"a é
de +ato
+ato imp
imposs*
oss*vel
vel'' Assi
Assim m o são as o$ri
o$ri%a? es  propter rem
%a?es rem&& o IPVA, o IP2, as cotas
condominiais, os direitos de vi"in4ana, todas estas situa?es são classi+icadas em uma
"ona de mescla entre as o$ri%a?es e os direitos reais 4avendo mesmo quem as c4ame de
 s!i generisG'
generisG'
o$ri%a?es propter rem
Ve.a que as o$ri%a?es propter rem,, a princ*pio, parecem se inserir no campo dos
direitos o$ri%acionais' 2omemos por e6emplo as cotas condominiais& a princ*pio, consistem
em uma o$ri%aão de pa%amento pelo devedor, sendo presentes as caracter*sticas de um
direito eminentemente o$ri%acional& su.eito passivo determinado, o cond(mino1 o$ri%aão
decorrente da vontade das partes, a convenão condominial1 e é tempor!rio, padecendo
inclusive de prescrião' -corre, porém, que esta o$ri%aão s) sur%e em ra"ão da e6ist/ncia
de uma coisa, de um $em, vinculando3se a este de +orma indelével, 4ermética – e a
titularidade do direito real so$re este $em é de+inidora da titularidade passiva da o$ri%aão
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queessential
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site Por isso, o adquirente de um apartamento >adquireH tam$ém a posião de
deved
dev
functionality, as edor
well or marketing,
as o$ri
o$ri%a
%aci
cion
onal
al,, tã
tão3s
o3som
omen
ente
te em ra"
ra"ão
ão da sua posi
posião
ão de tititu
tula
larr da
daque
quele
le $e
$em
m
8
personalization,inclusive em relaão
and analytics. You #s cotas em atraso, di%a3se G'
may change your settings Ematrelaão
any time # cota condominial, vale di"er, 4! uma peculiaridade a ser apontada& é
or accept the default settings.
o$ri%ado a seu pa%amento o propriet!rio do im)vel, em re%ra, mas ve.a que o arti%o 7'889,
VII do CC, supra, disp?e que o direito do promitente comprador é um direito real, o que
 pode %erar a se%uinte situaão& o condom*nio que tem cotas a si devidas pelo promitente
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vendedor e6ecuta3o, mas o promitente comprador, que .! quitou todo o preo mas não
Marketinglevou a promessa a re%istro, e sequer +oi parte na aão de co$ranco$rana,a, contesta a a+etaão do
 $em # d*vida, porque é ele a%ora o titular do im)vel' N! duas posi?es que t/m
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+undamentos, aqui& a do comprador, que se +a" titular de um direito real e tem o $em so$re
Analytics
8
o$ri%a?es propter rem
 Este caso das o$ri%a?es propter rem,, inclusive, é uma peculiar circunstncia em que o dé$ito é trans+erido a
Save terceiro sem a anu/ncia
Accept All do credor'

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o qual recai sendo alve.ado # sua revelia1 e a do condom*nio, que di" que o comprador não
se l4e revelava como titular, porque não 4avia o re%istro'
Para o 52J, assim se resolve& o promitente comprador que .! quitou o preo passa a
ser respons!vel pelo pa%amento da cota condominial, ainda que o promitente comprador 
não ten4a re%istrado sua promessa de compra e venda – ou se.a, o promitente vendedor não
tem mais le%itimidade passiva para o +eito' A .urisprud/ncia s)lida, 4o.e, do 52J, é a de que
ore%istro,
le%itimado paranão
quando responder
4! provapela cota condominial
da quitaão ou im)vel
do preo do é o propriet!rio que conste
pelo comprador1 ou édo
o
 promitente comprador, se encontrar prova da quitaão e da imissão deste na posse não
4avendo (nus sucum$enciais ao autor quando a.ui"ada a aão em +ace do propriet!rio,
tendo 4avido a quitaão comprovada posteriormenteG' Ve.a os se%uintes .ul%ados desta
Corte&
>ERE
>EREsp
sp 8O8O7O
7O=L
=L < 5P'
5P' EMAR
EMARQ- Q-55 DE DIVE
DIVERQE
RQE0C0CIA
IA 0- RECRRECR5-
5-
E5PECIAB' DJ 7;<;L<8;;L p' 8'
CIVIB' K-2A5 DE C-0D-M0I-' A +alta de re%istro do contrato no -+*cio
Imo$ili!rio não descaracteri"a a responsa$ilidade do promitente comprador pelo
 pa%amento das quotas
quotas de condom*nio' Em$ar%os de diver%/ncia re.eitados'H
re.eitados'H

>A%R
>A%R%% no REsp
REsp =
=9=
9=L9
L9 < 5P'
5P' AQRA
AQRAV-
V- REQIM
REQIME0
E02
2AB 0- RE
REC
CR5-
R5-
E5PECIAB' DJe ;L<77<8;;'
CIVIB' C-RA0SA' ;L<77<8;; '
K-2A5 DE C-0D-M0I-' A responsa$ilidade pelo
 pa%amento das quotas condominiais pode recair tanto so$re o promitente
comprador como so$re o promitente vendedor, a depender das circunstncias do
caso concreto' 0a 4ip)tese em que o condom*nio não toma con4ecimento da
cessão de direitos, o cedente, titular do dom*nio do im)vel, é parte le%*tima na aão
de co$rana,
co$rana, +icando
+icando a+astada
a+astada a responsa$
responsa$ilid
ilidade
ade do cession!ri
cession!rio<adq
o<adquire
uirente'
nte'
A%ravo re%imental não provido'H

-utros direitos que se situam na "ona cin"enta são os direitos obrigacionais com
eficácia real ' 5ão, de +ato, o$ri%acionais, mas vinculam a coletividade, e por isso se
dos propter rem
apro6imam dos direitos reais – mesmo que, di+erentemente dos propter rem,, não este.am
vinculados a um direito real qualquer' 5ão o$ri%acionais, mas %an4am e+ic!cia real, erga
omnes,, por +ora de lei, quando re%istrados dependendo da pu$licidade, portantoG' om
omnes

e6emplo é o direito de pre+er/ncia na aquisião de um im)vel por parte do locat!rio& trata3


se dedata
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direito
as o$ri%acional, mas que se re%istrado o contrato de locaão, passa a ter 
e+ic!cia
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marketing,
personalization,convencionais impostos so$re determinados $ens, limitando seu n*vel de disponi$ilidade'
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As sim
m o são
settings são,, po
at any por r e6
time e6em
empl
plo,
o, as cl
cl!us
!usul
ulas
as de in
inal
alie
iena$
na$il
ilid
idad
ade,
e, in
inco
comu
muni
nica
ca$i
$ili
lidad
dadee e
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impen4ora$ilidade impostas so$re $ens dei6ados ca!sa mortis'
mortis'

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Kuestão 7
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 &oão celebro! contrato de compromisso de compra e venda de bem imóvel em


'()(*)'((* com &os+, tendo por ob-eto !m apartamento, não tendo sido a referida
escrit!ra registrada no cartório imobiliário. Diante da inadimplncia desde agosto de
'((/, o Condomínio a-!í0a a ação de cobrança de cotas condominiais em face do
 promitente vendedor %!e alega ilegitimidade passiva, pois entende %!e pela promessa -á
teria transferido
comprador.
comprador a responsabilidade
. Decida a %!estão. pelo pagamento da cota condominial ao promitente

Resposta # Kuestão 7

No.e, o posicionamento do 52J é de que tanto um quanto outro, comprador ou


vendedor em promessa, podem +i%urar no p)lo passivo, depende
dependendo
ndo da imissão
imissão na posse e
 prova da quitaão do preo pelo promitente comprador, mas 4! quem de+enda ser 
le%itimado apenas aquele que conste do re%istro' A matéria é controvertida, ainda' Ve.a o
se%uinte .ul%ado do 2J<RJ&
>Pro
>Procecess
ssoo 8;
8;;L
;L';
';;7
;7'7
'79
99;
9;'' 7T Emen
Ementata – APEB
APEBACAACA-' -' DE5'
DE5' MIB
MIB2-0
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:ER0A0
:ER 0A0DE5DE5 DE 5-UA5-UA 3 Jul Jul%am
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o& 88<;F<
88<;F<8;;
8;;LL 3 KI02
KI02AA CAMARA
CAMARA
CIVEB'
C-05
C- 05IQ
IQ0A
0ACACA- - EM PAQAM AQAME0 E02
2-' C-0D
C-0D-M -MI0I0I-
I- DE EDI: EDI:IC
ICI-
I-''
C-RA0CA I0DEVIDA' VI-BACA- D- DIREI2- DE AMPBA DE:E5A
A0B
A0 BAC
ACA-A- DA 5E02 5E02E0E0CACA'' C-05
C-05IQ IQ0A
0ASS- - EM PAQAM AQAME0E02-
2-''
C-0D-M0I-'
C-0D-M 0I-' PR-MI2E02E
PR-MI2E02E C-MPRAD-R'
C-MPRAD-R' BEQI2IMID
BEQI2IMIDADE ADE A2IVA'
2IVA'
PR-VA
PR-V A 2E52EM0NAB' PR-DS-' 2IBIDADE' DIREI2-'
7 3 A promessa de compra e venda, ainda que não re%istrada, trans+ere ao
 promitente comprador tanto a o$ri%aão de arcar com as despesas condominiais,
 $em como o direito
direito de contestar
contestar eventual co$rana
co$rana indevida'
8 3 0este aspecto, o promitente comprador é parte le%*tima para propor aão de
consi%naão em pa%amento de cota condominial'
L 3 - Ju*"o, ao .ul%ar procedente o pedido +ormulado pelo autor sem dar ao réu a
oportunidade de produ"ir a prova do +ato impeditivo, modi+icativo ou e6tintivo
desse direito, a+ronta o princ*pio constitucional da ampla de+esa dos interesses de
liti%ante em processo .udicial e pro+ere sentena irrita art' 9 BV, da C:G'

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 A vi1va 2aria das Dores cai! em ddesgraça
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()(/)'((3 %%!ando
!ando o se! fil$o,
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may change your moravam
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at any time 5ão tendo mais condições psicológicas para contin!ar residindo
no indigitado
or accept the default settings. imóvel, tenta vend"lo e descobre %!e o bem está gravado com a clá!s!la de
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inalienabilidade por conta de ter sido beneficia
beneficiada
da na s!cessã
s!cessãoo de se! genitor faleci
falecido
do em
*()(')'((/, sendo certo %!e o de c!-!s fe0 o testamento seis meses antes de falecer.
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m!l$er,, apontando as circ!nst7ncias -!rídicas %!e
envolvem o caso concreto.
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Personalization Resposta # Kuestão 8


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EMERJ – CP IV Direito Civil IV

5e%undo o CC de 8;;8, o %ravame s) prevalece quando 4ouver motivo plaus*vel


que o .usti+ique' 0o CC anterior, não se e6i%ia tal .usti+icativa' Para os testamentos
anteriormente pactuados, a .usti+icativa se impun4a em interre%no de um ano desde a
 promul%aão do CC, so$ pena de se s e des+a"er o %ravame'
 0o caso concreto, a cl!usula +oi invocada enquanto ainda não se e6i%ia .usti+icativa,
 pois a morte ssee ddeu
eu antes do ddecurso
ecurso do interre%no le%al de um ano,
ano , como disp?e
d isp?e o arti%o
ar ti%o
8';8 do CC&
>Art' 8';8' Aplica3se o disposto no caput do art' 7', quando a$erta a sucessão
no pra"o de um ano ap)s a entrada em vi%or deste C)di%o, ainda que o testamento
ten4a sido +eito na vi%/ncia do anterior, 7=7O11 se,
anterior, Bei no L';F7, de 7o de .aneiro de 7=7O
no pra"o, o testador não aditar o testamento para declarar a .usta causa de cl!usula
aposta # le%*tima, não su$sistir! a restrião'H

Ainda estando neste >pra"o de car/nciaH, por assim di"er, a cl!usula não aditada era
 plenamente e+ica", portanto' Assim, o %ravame não pode ser a+astado, mas pode ser 
su$stitu*do em outro $em, nada importando ao estado das coisas se é este ou aquele $em
im)vel que ter3se3! alienado' asta, para tanto, solicitar .udicialmente esta su$stituião, em
aão de su$ro%aão de %ravame'

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Analytics Tema II

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EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 Posse 8. 9eorias
9eorias conceit!ais. A teoria ob-etiva adotada pelo Direito Civil brasileiro. A f!nção social da posse.
 5at!re0a -!rídica. Diferença
Dif erença entre detenção, posse e propriedade. Possibilidade da modificação da sit!ação
 fática de detentor para a -!rídica de poss!idor.
poss!idor. Desdobramento da posse em posse direta e indireta. Posse
excl!siva e composse.

Notas de Aula3

1. Posse
A posse é um dos insti
institutos
tutos mais controvert
controvertidos
idos do direito'
direito' Este instituto
instituto sur%iu no
Direito Romano com a necessidade de se prote%er situa?es cotidianas, relacionadas #
situaão de contato das pessoas com os $ens'
De qualquer +orma, o o$.eto da posse é sempre um $em corp)reo& posse s) pode
recair so$re $ens tan%*veis, e nunca so$re $ens incorp)reos'

7'7' 2eoria
2eoria su$.etiva de 5avi%nW e o$.etiva de I4erin%

 0o in*cio do 5éculo @I@, :riedric4 Carl von 5avi%nW, estudante do Direito
Romano, trou6e a primeira teoria so$re a posse como medida de de+esa de situa?es +!ticas,
do contato entre pessoas e $ens' Di"ia ele que as situa?es +!ticas envolvendo $ens
 precisavam de se% se%urana
urana .ur*dica su+iciente para se evitar a $ar$!rie,
$ar$!r ie, atri$uindo proteão a
tais rela?es' A+inal, sem a posse prote%ida, qualquer um poderia simplesmente tomar os
 $ens de outra pessoa, ao seu s eu alvedrio'
Assim, 5avi%nW prop(s como soluão para este aparente lim$o .ur*dico que uma
 proteão .ur*dica +osse dada # situaão em que 4ouvesse este simples contado de uma
 pessoa com um $em, a +im de evitar que a $ar$!rie$ar $!rie de instalasse com escoras na omissão do
direito'
Em 7;L, 5avi%nW escreveu seu tratado so$re a posse, destacando3a como um
instituto .ur*dico aut(nomo, decorrente de uma situaão +!tica – tendo nature"a 4*$rida
entre +ato e direito, portanto' Para ele, a posse decorria da .unão de tr/s aspectos& o
elemento corp!s
corp!s,, que é o contato da coisa com a pessoa, que não precisa ser um contato
e+etivo, +*sico, e sim uma disponi$ilidade de contato entre pessoa e coisa1 o elemento
affectio tenendi,
tenendi, que é a intenão em ter a disponi$ilidade coisa, a ci/ncia de que se tem a
coisa,data
This website stores de que as tem o corp!s
such se corp!s – – e6empli+icando a aus/ncia desta affectio
affectio quando
 quando o su.eito
temessential
cookies to enable al%o e sequer tem ci/ncia deste contato1 e, terceiro elemento, o anim!s domini,
consi%o site domini,
que
functionality, as é as
well a intenão
marketing,de ter a coisa como se propriet!rio +osse'
A +)rmula
personalization, and analytics. You da posse, para 5avi%nW, era a se%uinte& >P X C Y A Y aH, sendo >PH a
may change your posse, corp!s,
corp!s
>CH ato any
settings time, >AH a affectio tenendi,
tenendi, e >aH o anim!s domini'
domini' Al%uns autores limitam
or accept the default settings.
a teoria de 5avi%nW a dois elementos – o corp!s e o anim!s domini – domini – mas a interpretaão
mais correta não pode e6cluir a affectio tenendi como elemento aut(nomo'
Pelaa relevn
Pel relevncia
cia +und
+undame
amenta
ntall que est
estaa teo
teoria
ria de 5avi%n
5avi%nWW emp
emprest
restaa ao aspecto
aspecto
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su$.etivo da posse – tanto o anim!s como a affectioaffectio –,
 –, tal tese se consolidou como a teoria
 s!b-etiva da posse'
Marketing posse'
Em$ora a teoria de 5avi%nW ten4a dado autonomia ao instituto da posse, ela é uma
Personalization
teoria restritiva, pois consa%ra a +i%ura do possuidor apenas quando 4! a situaão an*mica
Analytics
que pre
preenc
enc4a
4a os el
elem
ement
entos
os su$
su$.e
.eti
tivos
vos,, de
desna
snatu
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ndo3se
3se a posse
posse na au
aus/n
s/nci
ciaa de ta
tais
is
L
Save  Aula ministrada
Accept pelo
All pro+essor :ernando Au%usto Andrade :erreira Dias, em 7;<77<8;;='
Mic4ell 0unes Midle. Maron 7

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

elementos' Navendo o contato com a coisa, e até mesmo o affectio tenendi,


tenendi, mas sem o
anim!s domini,
domini, para 5avi%nW, não 4! posse& 4! mera detenção
detenção''
Meio século depois, sur%e outro autor, Rudol+ von I4erin%, propondo uma releitura
da posse, de +orma a ampliar a teoria su$.etiva, +a"endo inserir3se no conceito de posse
situa?es que, so$ a )tica de 5avi%nW, ali não se enquadrariam' I4erin% entendeu que a
veri+icaão da condião an*mica daquele que tem o corp!s é uma e6i%/ncia e6a%erada para
a conceituaão
Para estedaautor,
posse'a posse seria um instituto prévio # propriedade, al%o preliminar e
indutor da propriedade – sendo a propriedade uma evoluão natural da posse, para ele' A
 posse de I4erin% seria, portanto, o e6erc*cio de um dos atri$utos do dom*nio, e não um
instituto aut(nomo'
A relaão .ur*dica entre a pessoa e a coisa e # época se +alava em relaão .ur*dica
entre pessoa e coisa, e não unicamente intersu$.etiva, como 4o.e é cedioG, se%undo
I4erin%, não dependia de elementos su$.etivos para se con+i%urar, $astando, então, o
corp!s'' Por isso, e6ercendo atri$utos
corp!s atri$utos do dom*n
dom*nio,
io, o indiv*duo
indiv*duo é .! possuidor
possuidor da coisa, sem
se co%itar do seu estado an*mico o qual estaria impl*cito na pr)pria presena do corp!s
corp!sG'
G'
Destarte, se c4ama esta tese de teoria o$.etiva da posse'
Repare que a +)rmula da teoria de I4erin% contempla tam$ém o affectio tenendi,
tenendi,
dei6ando de lado apenas a intenão em ser propriet!rio' Z e6i%*vel de quem ten4a o corpus
que ten4a
anim!s tam$ém
domini
domini, a ci/ncia
, o nimo de t/3lo1
de dono' o que não
Destarte, se e6i%edeéI4erin%
a +)rmula que, além
nãodisso, ten4a tam$ém
é simplesmente >P Xo
CH, como di" parte da doutrina, e sim >P X C YAH'
A teori
teoriaa de I4eri
I4erin%
n%,, porém
porém,, rece$
rece$ee cr*ti
cr*tica
cass qu
quant
antoo # vi
vincu
ncula
laã
ãoo da po
posse
sse #
 propriedade, retirando a autonomia do instituto, apesar de alar%ar muito seu alcance'
A +i%ura da detenão, para I4erin%, a %rosso modo, ine6istiria& se toda pessoa que
tem corp!s
corp!s,, estando ali impl*cita a preliminar de propriedade, por assim di"er, todos que
e6i$irem contato com a[ coisa seriam possuidores' A detenão, para este autor, nada mais é
do que a posse que +oi desquali+icada pelo le%islador' A +)rmula da detenão de I4erin%
seria, então, >D X C Y A – 2H, em que >DH é detenão, >AH é o affectio tenendi, tenendi, e >2H é a
desquali+icaão de posse +eita pelo le%islador' Para 5avi%nW, a detenão é a posse sem
anim!s domini,
domini, ou se.a, >D X P – aH'
- arti%o 7'7=O do CC demonstra a adesão de nosso ordenamento # teoria o$.etiva da
 posse,data
This website stores se I4erin%&
such as
cookies to enable essential site
>Art' 7'7=O' Considera3se possuidor todo aquele que tem de +ato o e6erc*cio, pleno
functionality, as well as marketing,
ou não, de al%um dos poderes inerentes # propriedade'H
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may change your settings at any time
ma ressalva, aqui, é que na verdade o possuidor e6erce os direitos inerentes ao
or accept the default settings.
dom*nio, e não # propriedade'   N! que se a$orda
a$ordar,r, aqui
aqui,, a di+erena entre  propriedade e
di+erena
domínio'' Em que pese 4aver quem entenda tais e6press?es como sinon*micas do mesmo
domínio
Privacy Policyinstituto, a propriedade seria uma relaão .ur*dica de direito real, entre pessoas, enquanto o
dom*nioo seria um atri$
dom*ni atri$uto
uto da vinculaão
vinculaão ente o proprie
propriet!rio
t!rio e a coisa – o propriet!rio
propriet!rio teria
Marketing
dom*nioo so$re a coisa' - possuidor tem tam$é
dom*ni tam$ém m o dom*n
dom*nio io so$re a coisa, mas não tendo a
 propriedade, não tem todos os atri$utos desta, que são o uso, %o"o, disposião e sequela' -
Personalization
 possuidor não3propriet!rio tem os demais atri$utos
a tri$utos da propriedade
pr opriedade consi%o, como o uso,
us o, o
Analytics
%o"o ou +ruião, e a disposião, mas carece3l4e a sequela, a reivindicatio
reivindicatio,, que é atri$uto
inerente apenas da propriedade' - possuidor não3propriet!rio e6erce todos os atri$utos do
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 8

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

dom*nio – uso, %o"o e disposião –, mas não e6erce todos os atri$utos da propriedade, eis
que a sequela s) incum$e a esta' Z claro que o possuidor tem pretensão possess)ria,
 podendo valer3se dos interditos possess)rios, mas não tem pretensão petit)ria que o
ampare, pois esta s) assiste a quem detém a propriedade'
As 4ip)teses de detenão previstas em nosso CC são tra"idas no seu arti%o 7'7=&
>Art'
>Ar t' 7'7
7'7='
=' Consid
Considera
era3se
3se det
detent
entor
or aquele
aquele que,
que, ac4
ac4and
ando3s
o3see em relrelaã
aãoo de
depend/ncia para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento
de ordens ou instru?es suas'
Par!%ra+o nico' Aquele que comeou a comportar3se do modo como prescreve
este arti%o, em relaão ao $em e # outra pessoa, presume3se detentor
detentor,, até que prove
o contr!rio'H

 0ão é possuidor, e sim mero detentor, aquele indiv*duo que é um servo da posse,
um +mulo da posse, ou se.a, aquele que apenas tem consi%o o $em que é possu*do por 
outrem, a +im de cumprir suas ordens' N!, para o detentor, o contato com o $em, sendo que
seus atos são restritos ao que l4e comande quem realmente possua o $em'
- detentor não tem proteão possess)ria pr)pria, porque não tem posse' Contudo,
 pode, e deve, prote%er
p rote%er a posse daquele que l4e con+
con+iou
iou o $em em detenão, na qualidade de
%estor de ne%)cios ou de representant
representante'
e' Por e6emplo,
e6emplo, o detent
detentor
or deve repelir
repelir es$ul4os,
es$ul4os, por 
meio do-des+oro imediato
arti%o 7'8; e necess!rio,
do CC em nome
tra" mais duas do possuidor'
4ip)teses de detenão&
>Art' 7'8;' 0ão indu"em posse os atos de mera permissão ou tolerncia assim
como não autori"am a sua aquisião os atos violentos, ou clandestinos, senão
depois de cessar a viol/ncia ou a clandestinidade'H

Estas situa?es ali apontadas são transit)rias, sem de+initividade, atos de permissão
ou tolerncia destinados a duraão tempor!ria' om e6emplo é o de alunos que, durante as
aulas, det/m as cadeiras em que se sentam, não se tornando, por este contato, possuidores
do $em – a posse é da instituião de ensino'
N! umumaa didi+er
+eren
ena
a si
simp
mpleless en
entr
tree permi
permissã
ssãoo e to
tole
lern
rnci
cia&
a& o seu mome
momentnto'
o' A
 permissão ocorre antes do contato, e a tolerncia ocorre ap)s' A provisoriedade é ess essencial
encial
 para con+i%urar a tolerncia ou a permissão, mantendo a situaão no campo da detenão,
 pois se
This website stores a situaão
data such as se cons
consolidar,
olidar, pode comutar3se em posse' Como e6emplo, se um vi"in4o
tolera
cookies to enable que outro
essential site assuma a sua va%a de %ara%em uma, duas ve"es, não 4! posse, 4avendo
mera
functionality, as well tolerncia1
as marketing,se o vi"in4o, porém, tolera que o outro pare em sua va%a por muito mais
personalization,tempo – o que éYou
and analytics. casu*stico –, pode estar presente a posse, e não a mera detenão'
may change your settings at any
 0a se%unda timeparte do arti%o supra, o le%islador di" que 4! mera detenão quando o
or accept the default
contatosettings.
com a coisa vem de ato violento ou clandestino, passando a 4aver posse quando
cessar a viol/ncia ou clandestinidade' Z preciso $astante cuidado na leitura deste arti%o
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supra, especialmente diante de sua com$inaão com o arti%o 7'8;; do CC&

Marketing >Art' 7'8;;' Z .usta a posse que não +or violenta, clandestina ou prec!ria'H
PersonalizationAl%uns autores, erroneamente, entendem que a situaão .! con+i%ura posse no curso
da viol/ncia ou clandestinidade, e não detenão, com a s) di+erena que esta posse é
Analytics
in.usta' Esta interpretaão não é correta, porque se%uindo3se a leitura do arti%o 7'8; do
Save CCCC,, +ica
+ica cl
clar
arooAllqu
Accept quee não
não 4! sequ
sequer
er po
poss
ssee en
enqu
quan
anto
to pr
prat
atic
icad
ados
os at
atos
os de viviol
ol/n
/nci
ciaa e
Mic4ell 0unes Midle. Maron 9

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

clandestinidade – 4! mera detenão' A interpretaão correta é de que, enquanto não


cessarem os atos de viol/ncia ou clandestinidade, s) 4! detenão1 cessados os atos, 4! posse
in-!sta''
in-!sta
7'8;, fine,, trata da c4amada detenção a!t:noma,
- arti%o 7'8;, fine a!t:noma, independente, a qual não
depende de nen4uma atuaão de qualquer pessoa que não o pr)prio detentor3es$ul4ador' 0a
 parte inicial, o detentor não
n ão é aut(nomo – é tolerada ou permitida sua detenão'
d etenão' A di+erena
éemque o detentor
a?es aut(nomo
possess)rias pode se valer de interditos possess)rios, e inclusive pode ser réu
ou petit)rias'
ma ltima 4ip)tese de detenão é a que pode se in+erir do arti%o 7;; do CC&
>Art' 7;;' -s $ens p$licos de uso comum do povo e os de uso especial são
ina
inalie
lien!v
n!veis
eis,, enquan
enquanto
to conser
conservar
varem
em a sua quali+
quali+ica
icaão
ão,, na +orma
+orma que a lei
determinar'H

- 52J entende que não caracteri"a posse o e6erc*cio atri$utos de dom*nio so$re
 $ens p$licos de uso comum e de uso espeespecial,
cial, sendo apenas detenão, porque entende que
não é ca$*vel o mane.o de interditos possess)rios em +ace do Poder P$lico'
Es
Esta
ta pos
posi
ião
ão merec
merecee cr
cr*t
*tic
icas,
as, po
porém
rém,, porqu
porquee al
além
ém de não se serr e6
e6pre
pressa
ssa esta
esta
con+i%uraão de detenão, o pr)prio 52J entende que nada impede que 4a.a a entre%a
contratual de posse e+etiva destes $ens para a prestaão de servio p$lico por particulares'

7'8' 2eoria social da posse

No.e, a e6plicaão da posse passa pela +uncionali"aão do direito, tal como quase
todos os dem emaais institut
utoos de Dire reiito Civil, ou se.a, é tomada em cont ntaa a
constitucionali"aão da posse, assim como dos demais ramos do Direito Privado'
A +unão social da posse, portanto, é de+endida por quase todos os doutrinadores
mode
mo derno
rnos'
s' Co
Cont
ntudo
udo,, sua apl
aplic
icaã
aãoo em
emp*p*ri
rica
ca ai
aind
ndaa é t*
t*mi
mida
da,, de di
di+*
+*ci
cill const
constat
ataã
aão,
o,
especialmente no plano normativo e .udicial' 0ormativamente, 4! al%uns en6ertos que
 podem ser apontados' - primeiro é a previsão
pr evisão do arti%o 7'88 do CC&
>Art' 7'88' - propriet!rio tem a +aculdade de usar, %o"ar e dispor da coisa, e o
direito de reav/3la do poder de quem quer que in.ustamente a possua ou deten4a'
This website stores data such as \ 7] - direito de propriedade deve ser e6ercido em consonncia com as suas
+i
+ina
nali
lida
dade
dess ec
econ
on(m
(mic
icas
as e soci
sociai
aiss e de modo
modo qu quee se.a
se.am
m pres
preser
erva
vado
dos,
s, de
cookies to enable essential site con+ormidade com o esta$elecido em lei especial, a +lora, a +auna, as $ele"as
functionality, as well as marketing, naturais, o equil*$rio ecol)%ico e o patrim(nio 4ist)rico e art*stico, $em como
personalization, and analytics. You evitada a poluião do ar e das !%uas'
may change your settings at any time \ 8 5ão de+esos os atos que não tra"em ao propriet!rio qualquer comodidade, ou
or accept the default settings. utilidade, e se.am animados pela intenão de pre.udicar outrem'
\ L - propriet!rio pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriaão, por 
necessidade ou utilidade p$lica ou interesse social, $em como no de requisião,
Privacy Policy em caso de peri%o p$lico iminente'
\  - propriet!rio tam$ém pode ser privado da coisa se o im)vel reivindicado
Marketing consistir em e6tensa !rea, na posse ininterrupta e de $oa3+é, por mais de cinco
anos, de consider!vel nmero de pessoas, e estas nela 4ouverem reali"ado, em
Personalization con.unto ou separadamente, o$ras e servios considerados pelo .ui" de interesse
Analytics
social e econ(mico relevante'

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Mic4ell 0unes Midle. Maron 1

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

\ 9 0o caso do par!%ra+o antecedente, o .ui" +i6ar! a .usta indeni"aão devida ao


 propriet!rio1 pa%o o preo, valer! a sentena como t*tulo para o re%istro do im)vel
em nome dos possuidores'H

 0o \ ], 44!! a con+i%uraão de uma situaão em que a posse ser!


s er! prote%ida contra a
 propriedade, em atenão # +unão social da posse que ali pode ser perce$ida' Este
dispositivo é tido pela doutrina como uma desapropriação -!dicial , ante a indeni"aão
indeni"aão que
o \ 9] esta$elece' 5o$re esta indeni"aão, di%a3se, a responsa$ilidade por seu pa%amento é
altamente controvertida, 4avendo quem de+enda que se.a o Poder P$lico, e quem entenda
que são os adquirentes aqueles que deverão com ela arcar – posião que é a do CJ:, como
se v/ no enunciado  da Primeira Jornada deste Consel4o&
>Enunciado , CJ: – Art' 7'88& A de+esa +undada no direito de aquisião com
 $ase no interesse social art' 7'88, \\  e 9, do novo C)di%o CivilG deve ser 
ar
ar%^i
%^ida
da pel
pelos
os réréus
us da aão
aão re reivi
ivindi
ndicat
cat)ri
)ria,
a, eles
eles pr)pri
pr)prios
os res
respon
pons!v
s!veis
eis pel
peloo
 pa%amento da indeni"aão'H
indeni"aão'H

A doutrina
doutrina maior não concorda com o enunci
enunciado
ado acima, entendendo que é o Poder 
P$lico quem arcar! com esta indeni"aão, especialmente quando os possuidores +orem de
classe carente, ante a alta +unão social desta dinmica' De +ato, a mel4or leitura é mista& se
os possuidores podem pa%ar, que pa%uem1 se são de classe necessitada, o Poder P$lico
assume a obligatio
obligatio''
A +unão social da posse pode ser perce$ida tam$ém nas redu?es que o CC operou
nos pra"os de usucapião, tanto ordin!ria quanto e6traordin!ria, .ustamente em prol da
+unão social' Ve.a os par!%ra+os nicos dos arti%os 7'8L e 7'88 do CC&
>Art' 7'8L' Aquele que, por quin"e anos, sem interrupão, nem oposião, possuir 
como seu um im)vel, adquire3l4e a propriedade, independentemente de t*tulo e
 $oa3+é1 podendo requerer ao .ui" que assim o declare por sentena, a qual servir!
de t*tulo para o re%istro no Cart)rio de Re%istro de Im)veis'
Par!%ra+o nico' - pra"o esta$elecido neste arti%o redu"ir3se3! a de" anos se o
 possuidor 4ouver esta$elecido no im)vel a sua moradia 4a$itual, ou nele reali"ado
o$ras ou servios de car!ter produtivo'H

>Art' 7'88' Adquire tam$ém a propriedade do im)vel aquele que, cont*nua e


This website stores data such as incontestadamente,
incontestadamen te, com .usto t*tulo e $oa3+é, o possuir por de" anos'
Par!%ra+o nico' 5er! de cinco anos o pra"o previsto neste arti%o se o im)vel
cookies to enable essential site 4ouver sido adquirido, onerosamente, com $ase no re%istro constante do respectivo
functionality, as well as marketing, car
cart)r
t)rio,
io, ca
cance
ncelad
ladaa poster
posterior
iormen
mente,
te, desde
desde que os pos possui
suidor
dores
es nel
nelee ti
tiver
verem
em
personalization, and analytics. You esta$elec
esta$elecido
ido a sua moradia,
moradia, ou reali"ad
reali"adoo investime
investimentos
ntos de interesse
interesse social e
may change your settings at any time econ(mico'H
or accept the default settings.
- arti%o 7'87;, \ 8], do CC tam$é
tam$émm e6i$e a atenã
atenãoo que o le%islador
le%islador teve # +unão
social da posse, ao a+astar a e6ceão de dom*nio na discussão possess)ria&
Privacy Policy

Marketing >Art' 7'87;' - possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de tur$aão,
restitu*do no de es$ul4o, e se%urado de viol/ncia iminente, se tiver .usto receio de
Personalization ser molestado'
\ 7] - possuidor tur$ado, ou es$ul4ado, poder! manter3se ou restituir3se por sua
Analytics
 pr)pria
 podem ir+ora,
além contanto que o +aa
do indispens!vel lo%o1 os atos
# manutenão, de de+esa, da
ou restituião ouposse'
de des+oro, não
Save Accept All
Mic4ell 0unes Midle. Maron 11

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

\ 8] 0ão o$sta # manutenão ou reinte%raão na posse a ale%aão de propriedade,


ou de outro direito so$re a coisa'H

Al
Além
ém destdestas
as,, a .u.uri
risp
spru
rud/
d/nc
nciia vem
vem reco
recon4
n4ec
ecen do a  s!pressio
endo  s!pressio   co
como
mo uma
consolidaão de de+esa da posse e sua +unão social' Consiste, a  s!pressio
 s!pressio,, na proteão de
umaa e6pe
um e6pect
ctat
ativ
ivaa de didire
reit
itoo su
sur%
r%id
idaa do nã
nãoo e6
e6er
erc*
c*ci
cio,
o, po
porr ou
outr
trem
em,, de um di dire
reit
itoo
ori%inalmente le%*timo' 0este sentido, o Judici!rio tem acatado o direito do possuidor 
manter3se no $em, quando recon4ecer a perda do direito de reivindicar do propriet!rio
 porque não o e6erceu em tempo ra"o!vel'
r a"o!vel'
Poder3se3ia até +alar mesmo em uma quinta rever$eraão da +unão social da posse,
se%unda constru*da pelo Judici!rio& a necessidade de comprovaão de que o es$ul4ado,
tur$ado ou ameaado d! ao $em a destinaão social esperada, para a concessão de liminares
ou mesmo para a tutela +inal de mérito' 5em que o autor da aão comprove cumprir a
+unão social, não se concede, em tese, a liminar, ou a tutela +inal ser! improcedente'
V/3se, então, que para além das teorias o$.etiva e su$.etiva da posse, a teoria social
tam$ém se imp?e, sem a+astar os racioc*nios constru*dos pelas antecedentes'

7'L' 0ature"a .ur*dica da posse

ns entendem que a posse é um +ato& 5Wlvio Capanema, por e6emplo, de+ende que a
 posse é somente uma situaão +!tica, porque pode ser adquirida até mesmo por um ato
il*cito, como o es$ul4o, e não pode ser adquirida por t*tulo, somente por e+etivo contato
com a coisa ou disponi$ili"aão desta'
-utra teoria
teoria entende que a posse é uma situaã
situaãoo +!tica, pois se consolida
consolida dentro do
mundo
mu ndo dos
dos +ato
+atos,
s, ma
mass que %a
%an4a
n4a e+ic!
e+ic!ci
ciaa .u
.ur*
r*di
dica,
ca, al
ala ndo  stat!s
ando  stat!s   de direito, e+ic!cia
 .ur*dica' Z a teoria se%uida por 5avi%nW'
I4erin%, em uma terceira teoria, entende que a posse é um direito, pois se demonstra
como uma situaão .ur*dica de vanta%em' Esta tese se desdo$ra em tr/s outras& 4! quem
entenda que se trata de um direito real1 4! em quem a trate como direi direito
to o$ri%acional1
o$ri%acional1 e 4!
ainda
ain da quem de+end
de+endaa ser um dir eitoo  s!i generis
direit generis'' I4erin% cr/ ser um direito real, por sua
oponi$ilidade erga omnes'
omnes' DarcW essone entende se tratar de direito o$ri%acional, por não
estar elencada no arti%o 7'889 do CP, rol ta6ativo' 0elson Rosenvald e Cristiano C4aves
entendem
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em reais  s!i
as generis
eser s!i
ser generis,, porque
o$ri%acionais, não inclusive,
variando, se amolda aquanto
nen4.uma
a suadasori%em&
classi+ica?es de direitos
se sur%ida de um
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contrato em que s) ela é entre%ue – como na locaão –, é o$ri%acional1 se decorrente da
functionality, as well as marketing,
 propriedade em si, é real1 e se +or aut(noma, é s!i generis'
a ut(noma, como a do es$ul4ador, é s!i generis'
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7'' Desdo$ramentos
or accept the default settings. da posse

Dentro da teoria o$.etiva de I4erin%, o e6erc*cio da posse de d! com o e6erc*cio de


Privacy Policy+ato de um dos atri$utos do dom*nio, como visto' 5avi%nW di" que é o e6erc*cio do corp!s
corp!s,,
somado ao nimo de ser dono' De acordo com a teoria su$.etiva, não 4! como se considerar 
Marketing
o locat!rio, por e6emplo, como possuidor – não 4! anim!s domini,
domini, sendo mero detentor'
Para a teoria o$.etiva, de I4erin%, o locat!rio é naturalmente enquadrado como possuidor,
Personalization
ve" que e6erce atos pr)prios de propriet!rio, atri$utos do dom*nio, como o uso'
Analytics
-corre que, no e6emplo, o locador tam$ém est! e6ercendo atos de posse& est!
Save
+ruindo o $em, o que se v/ na percepão dos alu%uéis' Ve.a que na teoria o$.etiva, 4! duas
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 12

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 pessoas desempen4ando condutas caracter*sticas de posse, simultaneamente, e é por isso


que
que se di" que
que 4! um de desd
sdo$
o$ra
rame
ment
ntoo da po
poss e& 4! o  poss!idor direto
sse& direto   locat!rio, no
o poss!idor indireto locadorG'
e6emploG e o poss!idor indireto locadorG' - arti%o 7'7=F do CC esclarece&
>A
>Art
rt'' 7'
7'7=
7=F'
F' A po
poss
ssee di
dire
reta
ta,, de pe
pess
ssoa
oa qu
quee te
tem
m a co cois
isaa em se
seuu po
pode
derr,
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de
quem aquela +oi 4avida, podendo o possuidor direto de+ender a sua posse contra o
indireto'H
A doutrina .! se paci+icou quanto ao ca$imento da rec*proca, na parte +inal deste
dispositivo& tanto pode o possuidor direto tutelar sua posse contra o indireto, como ali
e6presso, como pode o contr!rio, o indireto tutelar3se contra o direto' Ve.a o enunciado FO
do CJ:&
>Enunciado FO, CJ: – Art' 7'7=F& - possuidor direto tem direito de de+ender a sua
 posse contra o indireto, e este, contra aquele art' 7'7=F, in fine,
fine, do novo C)di%o
CivilG'H

Am$os, por )$vio, t/m proteão possess)ria contra terceiros'


A poss
possee in
indi
dire
reta
ta ai
aind
ndaa po
pode
de se desd
desdo$
o$ra
rarr mais
mais uma
uma veve",
", oc
ocor
orre
rend
ndoo um
umaa
verticali"aão desta& é o caso da su$locaão, em que os tr/s t/m posse, sendo o su$locat!rio
o possuidor direto, e os demais possuidores indiretos'

7'9' Composse

A composse não se con+unde com o desdo$ramento da posse& consiste na união de


duas ou mais pessoas na posse de um $em, de +orma não desdo$rada' Por e6emplo, um
casal que assuma a locaão de um im)vel assume a composse direta deste – nos mesmos
moldes de um condom*nio'
Em re%ra, a composse se d! em $ens indivis*vei
indivis*veis,  pro indiviso'
s, pro indiviso' Assim se d! em um
loteamento irre%ular, por e6emplo, ou em um condom*nio edil*cio, quanto #s !reas comuns'
-s com
composs
possuid
uidores
ores podem
podem e6e
e6ercer
rcer prot
proteã
eãoo possess
possess)ri
)riaa uns contra
contra os outros,
outros,
sempre que o e6erc*
e6erc*cio
cio da posse por um deles a+astar a re%ularida
re%ularidade de do e6erc*cio
e6erc*cio da posse
 pelo outro'
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 0ada as que 4a.a a se%uinte situaão& compossuidores de um terreno indiviso
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instalem suas acess?es, levantem seus im)veis, e ten4am uso espec*+ico e individual de sua
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acessão naquela parcela do terreno compossuido' Para tanto, é preciso um acordo, não
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settings at anya time
demarcaão, ao livre %osto do compossuidor, da !rea que quer +racionar 
or accept the  para
defaultconstruir
settings. o seu im)vel – so$ pena de padecer de proteão possess)ria pelos demais
compossuidores'
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7'O' Inversão
Personalization do car!ter da posse
Analytics
- arti%o 7'8;L do CC di"&
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 13

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'8;L' 5alvo prova em contr!rio, entende3se manter a posse o mesmo car!ter 
com que +oi adquirida'H

- detentor aut(nomo, aquele que o$tém o $em por es$ul4o, violento ou clandestino,
se torn
tornaa poss
possui
uido
dorr, co
com
m po
possssee de m!3+
m!3+é,
é, qu
quan
ando
do ce
cess
ssam
am os at atos
os de viviol
ol/n
/nci
ciaa ou
clandestinidade, como se viu' 5e .! in%ressou com o intuito de apoderar3se do $em, sua
 posse ser! ad !s!capionem'
!s!capionem'
- pro$lema se d! é quando se est! diante da posse em car!ter prec!rio' 0a situaão
 prec!ria, o detentor sempre assume o contato com o $em sem a intenão de ser dono'
Kuando o detentor prec!rio es$ul4a o propriet!rio, tornando3se possuidor, a ri%or a sua
se .a, meramente ad interdita,
 posse tem que ser i%ualmente prec!ria, ou se.a, interdita, porque não se pode
entende
entenderr que ten4a qual querr anim!s domini 
qualque domini  no in*cio, e o ato il*cito de su$verter sua
condião de +mulo em possuidor não pode converter o anim!s
anim!s ori%inal'
 ori%inal'
Este sempre +oi o pensamento ma.orit!rio, mas o 52J tem camin4ado, corretamente,
no sentido contr!rio& se o detentor es$ul4ou o $em valendo3se da sua condião prec!ria, do
a$uso de con+iana, não so+rendo a perda por meio dos interditos possess)rios ou petit)rios
de que o es$ul4ado dispun4a, ele passa a ter uma e6pectativa tal que +a" alterado seu nimo
em relaão ao $em, e que deve ser .uridicamente valorada' Mesmo vindo da precariedade, a
 posse ser! ad !s!capionem,
!s!capionem, não porque simplesmente inverteu a detenão em posse, tendo
com isso convertido seu anim!s
anim!s,, mas sim porque a omissão do titular em prote%er sua posse
%erou3l4e esta e6pectativa, esta sim capa" de inverter a nature"a do anim!s
anim!s'' Z, de +ato, mais
uma repercussão da supressio'
Em suma, o detentor
detentor aut(nomo pode inverter seu nimo, tornando3se possuidor ad 
nimo, tornando3se
!s!capionem pelo
!s!capionem  pelo es$ul4o' - detentor dependente, idem, desde que 4a.a a e6pectativa
criada pela omissão do es$ul4ado na precariedade'

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Personalization Casos Concretos


Analytics
Kuestão 7
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 14

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

;m co"$erdeiro ad%!ire a!tomaticamente a composse de !m bem $ereditário para


efeito da s!cessão <mortis ca!sa< mesmo %!ando este bem este-a de fato no go0o excl!sivo
de o!tro dos co"$erdeir
co" $erdeiros=
os=

Resposta # Kuestão 7

N! duas
 propriedade dua
e ascomposse
co
corre
rrent
compos ntes
sees'do
' A$em,
primei
primeira
masraa de
de+e
+ende
nde
posse a  saisine
quecons
s) se olida comentre%a
consolida aos 4erdeiros
o e6erc*cio a
de +ato' Por 
isso, apenas aquele co34erdeiro que est! no %o"o de +ato ter! posse' 2odos rece$em a
composse, mas o uso e6clusivo por um deles a+asta a posse indireta dos demais – podendo
eles valerem3se dos interditos possess)rios'
Capanema de+ende, por seu turno, que não 4! composse& 4! apenas condom*nio,
 pois a posse é situaão de +ato' Ve.a
Ve.a o que di" o arti%o 7'F do CC&
>Art' 7'F' A$erta a sucessão, a 4erana transmite3se, desde lo%o, aos 4erdeiros
le%*timos e testament!rios'H
testament!rios'H

- que
que o CC tran
transm
smit
itee é a propri
propried
edade pela  saisine
ade,, pela  saisine,, e não a posse, que é uma
situaão +!tica' Repare que 4ouve, na promul%aão do novo CC, a supressão do termo
 posse da redaão do arti%o correspondente, no CC de 7=7O, o arti%o 7'9F8, o que parece
corro$orar esta tese do pro+essor Capanema&
>Art' 7'9F8'
7'9F8' A$erta
A$erta a sucessão,
sucessão, o dom*nio
dom*nio e a posse da 4erana
4erana transmitem3s
transmitem3se,
e,
desde lo%o, aos 4erdeiros le%*timos e testament!rios'H

A posse se transmite de +ato, e não por t*tulo, pelo que apenas o 4erdeiro que e6erce
atos de dom*nio tem a posse, e não os demais co34erdeiros, os quais poderão se valer 
apenas de a?es petit)rias'

Kuestão 8

O caseiro &oa%!im 5ab!co, desde o falecimento de se! patrão, 2anoel Pereira, em


*( de fevereiro de *>?*, não recebe salário, e passo! a residir no imóvel de se! ex"patrão
a partir
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*>?@,as ocasião em %!e cede! a casa de caseiro para a s!a fil$a %!e se casara, e
ai
aind
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essential mode
sitedest
staa aces
acessã
sãoo no te
terr
rren
enoo para
para o!tr
o!troo fil$
fil$o.
o. A desp
despei
eito
to de aleg
alegar
ar o
descon$ecimento
functionality, as well as marketing,da sit!ação fática do imóvel, o fato + %!e elix Pereira, fil$o de 2anoel 
 Pereira,
personalization, m!nido
and analytics. Youde Carta de Ad-!dicação registrada no cartório imobiliário, a-!í0a ação
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reivindicatória com o fito de imitir"se na propriedade do imóvel %!e -!lga l$e pertencer.
or accept the  Perg!nta"seB
default settings. O %!e pode ser ded!0ido em defesa de &oa%!im= oc, como &!i0, como
decidiria=
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Marketing

Personalization Resposta # Kuestão 8


Analytics
correnteJoa
Joaqui
quim,
m, quando
cl!ssica, detent
detentor
ores$ul4ou
depe
dependen
ndente,
o te,
$empassou a e6e
que tin4a rcer posse ad
e6ercer
precariamente' interdita
interdita,
Contudo, o ,52J
se%undo
entendea
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 15

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

que a omissão do propriet!rio permite que o possuidor por es$ul4o altere seu anim!s
anim!s,, por 
 s!pressio do
 s!pressio do direito de reaver a coisa, o que torna a posse ad !s!capionem'
!s!capionem'
5endo o .ui" da causa, recon4eceria a usucapião do réu da reivindicat)ria, .ul%ando
aa aão improcedente'

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Marketing

Personalization Tema III

Analytics
 Posse 88. Posse -!sta e in-!staB identificação da posse violenta, clandestina e precária. Convalescimento dos
vícios ob-etivos da posse. Princípio da man!tenção do caráter da posse e a interversão do tít!lo da posse.
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 16

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 Posse de boa"f+B conceito, -!sto tít!lo e análise da sit!ação -!rídica do poss!idor de boa"f+ e má"f+. Aspectos
relevantes do direito de retenção.

Notas de Aula4

1. Classi!ica"#o da $osse

N! v!rios critérios para classi+icar a posse, classi+icaão que se +a" importante pela
diversidade de aspectos pelos quais a posse se apresenta' Para comear esta classi+icaão, é
o -!s possessionis e o -!s
importante remontar, inicialmente, # di+erena entre o -!s o -!s possidendi'
possidendi'
 &!s possessionis são os direitos decorrentes da posse' 5e a posse é, em si mesma,
um +ato e um direito – para al%uns, como se sa$e, porque a discussão é in+inda –, 4!
direitos do possuidor que merecem tutela le%al, como, por e6emplo, o direito de prote%er 
sua
sua posse
posse con
contr
traa in
in%e
%er/
r/nci
nciaa in
inde
devi
vida
da de teterce
rceir
iros1
os1 o didirei
reito
to a se
serr in
inde
deni
ni"a
"ado
do pe
pela
lass
 $en+eitorias necess!rias1 o direito de retenão até a col4eita da indeni"aão por tais
 $en+eitorias1 o direito # percepão dos +rutos produ"idos pela coisa, todos são direitos do
 -!s possessionis'
 possuidor, -!s
 possuidor, possessionis'
-  -!s possidendi
possidendi,, por seu turno, é o direito  posse'
posse' Z o direito daquele que, ainda
sem posse, tem direito a o$t/3la' Z, por e6emplo, o direito de quem compra al%um $em,

devendoArece$er a sua posse


importncia pr!ticapois a pose
desta é a otimi"aão
primeira distinão éecon(mica
alta, pois da propriedadeG'
para que al%uém possa
mane.ar os interditos possess)rios, por e6emplo, é preciso que ten4a  -!s possessionis
possessionis,, não
o  -!s possidendi&
 $astando o -!s possidendi & a de+esa da posse é direito do poss!idor , e não direito  posse'
posse' A
nuance é t/nue, nas palavras,
palavras, como se v/, mas não o é na visuali"aão
visuali"aão emp*rica&
emp*rica& se .amais
.amais
4ouve posse, e se pretende 4av/3la, 4! -!s4!  -!s possidendi
possidendi,, o que +undamenta a?es petit)rias,
como a imis
imissão
são na posse, para o$tenão da posse1 se 4! posse, e pretende3se
pretende3se prote%/3la
prote%/3la ou
do -!s possessionis,
reav/3la, isto decorre do -!s possessionis , e 4! proteão possess)ria, por meio dos interditos
 possess)rios, para proteão da posse'
-utra classi+icaão
classi+icaão,, proposta
proposta por I4erin% em sua teoria
teoria o$.etiva,
o$.etiva, divide a posse em
direta e indireta
indireta'' Este desdo$ramento da posse s) e6iste na teoria de I4erin%, e não na de
5avi%nW' Posse direta é a que se trans+ere a um terceiro, em ra"ão de um contrato, ou em
ra"ão da instituião de um direito real, e é sempre provis)ria, tendo impl*cita a o$ri%aão de
restituir
This website stores
e6emp
e6e dataosuch
mplo s, $em
los, se asaotre%
en
entr possuidor
e%aa a po indireto'
poss
sse
e di retaaAodolocat!rio,
diret $e
$emm lo aodo,
loca comodat!rio,
cado, por vi ao trat
viaa contr
con deposit!rio,
atua
ual1 como
l1 ao credo
credor 

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 pi%norat*cio, ao usu+rutu!rio, como e6emplos, passa3se a posse direta em ra"ão
functionality, as well as marketing,
r a"ão da entre%a
personalization,deand
umanalytics.
direito real'
You A posse indireta, por seu turno, é a que remanesce com aquele que
may change your trans+eriu
settingsaatposse ao que a%ora é possuidor direto – locador, comodante, nu3propriet!rio,
any time
etc' settings.
or accept the default
A importncia pr!tica deste desdo$ramento é que ele +ortalece a de+esa da posse,
 pois tanto um como o outro, tanto o direto como o indireto, são le%itimados isolados a
Privacy Policyde+ender a posse contra terceiros'
terceiros' 5e%uindo3se a teoria de 5avi%n
5avi%nWW, todos que se entendem
entendem
 por possuidores diretos seriam meros detentores, porque carentes do anim!s domini 
Marketing domini  que
nesta teoria su$.etiva é necess!rio # con+i%uraão da posse'
PersonalizationA poss
possee  própria
 própria,, ou em nome pr)prio, é aquela que incum$e ao propriet!rio,
quando cumula o dom*nio e a posse – o que é o mais comum, di%a3se' Pode3se con+undir 
Analytics
esta posse com a posse direta, porque na pr!tica quem tem a posse pr)pria tem tam$ém a
Save  Accept pelo
 Aula ministrada All pro+essor 5Wlvio Capanema de 5ou"a, em 8<F<8;;='
Mic4ell 0unes Midle. Maron 17

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 posse direta, mas o inverso não é verdade& o possuidor


p ossuidor direto, ccriteriosamente,
riteriosamente, no ri%or
r i%or do
conceito, não tem posse pr)pria, como se v/ no e6emplo claro do locat!rio'
A posse se classi+ica tam$ém em nat!ral , de fato,
fato, ou civil ,  -!rídica
 -!rídica'' Posse natural é
a que independe de t*tulo, sendo adquirida por al%uém que encontra a coisa e com ela trava
contato, como quando 4! desco$erta de uma res n!lli!s,
n!lli!s, ou de uma res derelicta'
derelicta' A posse
natural decorre
decorre de uma situa
situaão
ão meramente +!tica
+!tica'' A posse civil, por seu turno, decorre de
um t*tulo, de uma relaão .ur*dica qualquer, como a entre%a contratual do locador ao
locat!rio'
classi+icaãoo separa a posse originária da posse derivada
-utra classi+icaã derivada'' A posse ori%in!ria
é aquela conse%uida pelo possuidor por meios pr)prios, sem qualquer ato de transmissão
 pelo possuidor prévio' E6emplo simples é o de quem apreende coisa a$andonada, res
derelicta'' Posse derivada, ao contr!rio, é a que é passada por um possuidor ao sucessor,
derelicta sucessor, ou
se.a, envolve transmissão da posse, e não aquisião ori%inal desta' Z a posse adquirida pelo
comprador das mãos do vendedor'
A relevncia desta divisão é que a posse ori%in!ria não carre%a consi%o quaisquer 
v*cios, iniciando uma relaão possess)ria com marco "ero em sua constituião' A derivada,
 por sua ve", carre%a consi%o
con si%o as ma"elas que a posse anterior contivesse'

7'7' Posse .usta ou in.usta

Esta classi+icaão merece vir tratada em apartado, taman4a sua relevncia' Posse
 .usta é aquela que não tem qualquer v*cio a contamin!3la' Z a posse do locat!rio, durante o
curso do contrato, do usu+rutu!rio, enquanto re%ular o usu+ruto, etc' posse in.usta é a que
tem qualquer contaminaão por um dos v*cios que podem a+li%ir a posse, que, na tradião
romanista, são vim, clam, precari!m,
precari!m, ou se.a, viol/ncia, clandestinidade e precariedade'
A viol/ncia ocorre em seu sentido dicion!rio& é a +ora +*sica ou moral que compele
o possuidor ori%inal a dei6ar a coisa, passando sua posse ao possuidor in.usto' Z o es$ul4o
 praticado por coaão +*sica ou moral'
A clandestinidade é a posse col4ida de +orma dis+arada, com astcia, # revelia do
 possuidor le%*timo' Z aquela posse adquirida sorrateiramente, por e6emplo, quando o
 possuidor invadiu terreno al4eio durante a noite, no ite, sem que nin%uém visse, e ali se instalou'
A prec
precararie
ieda
dade
de,, ao co
cont
ntr!
r!ri
rioo do ququee se po pode
de pe
pens
nsar
ar,, nã
nãoo é sisin(
n(ni
nimo
mo de
temporariedade'
This website stores data such asZ posse prec!ria aquela o$tida por a$uso de con+iana, por quem .! tin4a a
 posse
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essential site como no caso do possuidor direto& todo possuidor direto é precarista, e
sua
functionality, as posse
well que é .usta se torna in.usta quando, devida a restituião, a esta se recusa' Ve.a que
as marketing,
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é sempre You
tempor!ria, a posse .usta do precarista, mas ainda não é prec!ria, somente se
may change your settings at any time
tornando in.usta quando, devida a restituião, o possuidor direto a$usa da con+iana em si
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depositada e se recusa a devolver a coisa'
 0o direito penal, se encontra $em uma correspond/ncia a estas causas de posse
Privacy Policyin.u
in.ust
sta&
a& a posse
posse vi viol
olent
entaa se co
con+u
n+unde
nde cocomm o cr crim
imee de ro
rou$o
u$o11 a poposse
sse cl
clan
ande
dest
stin
inaa
corresponde ao +urto1 e a posse prec!ria se equipara # apropriaão indé$ita'
Marketing -s v*cios da posse não são somente estes' N! casos intermedi!rios' Ve.a um
e6emplo
e6em
Personalization plo&& al%
al%uém
uém invinvade
ade ter
terren
renoo que sa$
sa$ee ser al4eio
al4eio que ent
entend
endeu
eu a$andon
a$andonadoado,, sem
viol/ncia, sem clandestinidade, e sem t*tulo al%um que l4e con+i%ure como prec!rio' Em
Analytics
uma interpret
interpretaã
aãoo li
liter
teral,
al, dir3se3i
dir3se3iaa que tal pos
posse
se é .usta, pois nec vim,
.usta, vim, nec clam,
clam, nec
Save Accept All
Mic4ell 0unes Midle. Maron 18

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 precário' Contudo, em uma interpretaão mais esclarecida, a perda da posse aqui se d!


 precário'
contra a vontade do titular, e por isso 4! in.ustia, 4! es$ul4o'
Kuestão intrincada di" respeito # convalesc/ncia ou não da posse in.usta, se o v*cio
compor
com porta
ta san
sana
aão
ão ou não,
não, ququan
ando
do da rem
remoã
oãoo do v*v*ci
cio'
o' Como
Como e6
e6em
empl
plo,
o, ce
cessa
ssada
da a
viol/ncia, se o es$ul4ado não tentar recuperar a posse, mane.ando interdito ou quei6ando3se
do es$ul4o # autoridade, di"3se que o v*cio convalesceu1 o mesmo se d! quando o possuidor 
ori%inal 0ote
desco$re
que aa invasão clandestina,
viol/ncia e nada +a"'.! maculam a posse do atual possuidor 
e a clandestinidade
desde o seu in*cio, desde o es$ul4o, e assim permanece enquanto os v*cios estiverem em
curso – enquanto 4ouver a viol/ncia e a clandestinidade em curso, em verdade, não 4!
sequer posse, e sim mera detenã
detenão'o' 5ão v*cio
v*cioss que a+etam a aquisião
aquisião da posse na ori%em,
mass que
ma que pode
podem
m coconva
nvale
lesce
scerr' 5e o eses$ul
$ul4a
4ado,
do, ce
cessa
ssada
da a ca
causa
usa,, nã
nãoo to
toma
ma ququal
alque
quer 

 provid/ncia, a posse
po sse convalesce' Ve.a
Ve.a que não passa a ser .usta& apenas cessa
cess a o v*cio, mas a
 posse ainda é in.usta'
A precariedade, por seu lado, não se%ue a mesma dinmica, porque na sua ori%em a
 posse era .usta' - locat!rio, e6emplo mais comum, rece$eu a coisa em posse .usta, quando
+irmou o contrato' Recusando3se in.usti+icadamente a restituir o $em, somente então sur%e
o v*cio, que é claramente superveniente' Por isso, a doutrina sustenta que a precariedade
não convalesce, permanecendo prec!ria sempre'
Reitere3se& convalescendo ou não o v*cio, a posse ser! sempre in.usta, quando +oi
a+etada por eles em al%um momento'
A posse in.usta ainda comporta que o possuidor a prote.a contra terceiros, sendo
 posse ad interdicta classi+icaão
interdicta classi+icaão que ser! vista adianteG'

7'8' Posse de $oa ou m!3+é

De in*cio, ressalte3se que não se pode traar uma correlaão a$soluta entre a posse
de $oa ou de m!3+é com a posse .usta ou in.usta' As classi+ica?es, e os motivos, são
diversos, podendo e6istir, em um e6emplo e6tremo, posse triplamente in.usta, com os tr/s
v*cios, mas que ainda é de $oa3+é' V Ve.amos'
e.amos'
- con
conceceit
itoo de .u.ust
sti
iaa ou in
in.u
.ust
sti
iaa da po
poss
ssee é emin
eminent
entem
emen
ente
te o$
o$.e
.eti
tivo&
vo& $a
$ast
staa
constatar se 4! o v*cio ou não' - conceito de posse de $oa ou m!3+é, por seu turno, é
essencialmente
This website stores data such assu$.etivo, pautando3se pela mente do possuidor' Z, inclusive, um $om
e6emplo
cookies to enable desite
essential atenão # $oa3+é su$.etiva no Direito Civil' A posse de $oa3+é é aquela,
functionality, as well as marketing,
realmente, em que não 4! v*cios na posse, ou, se os 4!, o possuidor simplesmente os i%nora'
personalization,- possuidor deYou
and analytics. $oa3+é tem +irme convicão que é le%*tima a sua posse, descon4ecendo
may change your settings at any time
eventuais v*cios que a atin.am'
or accept the default settings.
A posse de m!3+é é aquela em que o possuidor tem con4ecimento dos seus v*cios,
ou pelo menos poderia e deveria ter tal ci/ncia, e ainda assim não se demite da posse' Ve.a
Privacy Policyque $asta o potencial con4ecimento do v*cio para eivar de m!3+é o possuidor, mesmo que
não ten4a tal con4ecimento& se # lu" do 4omem médio é situaão em que se espera ci/ncia
Marketingdo v*ci
v*cio,
o, 4! m! m!3+ 3+éé me
mesm
smoo se nãnãoo o co con4
n4ec
ecer
er e+e+et
etiv
ivam
amen
ente
te'' Ao cocont
ntr!
r!ri
rio,
o, se o
descon4ecimento do v*cio +or escus!vel ao 4omem comum, a posse é de $oa3+é'
Personalization
A importncia pr!tica de identi+icar a +é do possuidor é enorme' Dentre os e6emplos
Analytics
de relevncia,
necess!rias o possuidor
e teis de reali"ado
que ten4a $oa3+é temnodireito
curso adeperce$er indeni"aão
sua posse, pelas
podendo até $en+eitorias
mesmo reter a
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 19

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

coisa at
coisa atéé tal
tal in
inden
deni"
i"aã
aãoo ser3l
ser3l4e
4e papa%a
%a,, en
enqua
quant
ntoo o popossu
ssuid
idor
or de m!3+é
m!3+é po
pode
de co
col4
l4er 
er 
9
indeni"aão
indeni"aão apenas pelas $en+ei
$en+eitorias
torias necess!rias , e não em qualquer direito de retenão'
- possu
possuid idor
or de $oa
$oa3+é
3+é conse
conserva
rva,, ai
ainda
nda,, os +ru
+ruto
toss perce
perce$i
$ido
dos,
s, entre%
entre%an
ando
do ap
apen
enas
as os
 pendentes1 o de m!3+é, deve entre%ar os +rutos pendentes, e indeni"ar os perce$idos' Por 
+im, mais um e6emplo de di+erena é que o possuidor de $oa3+é não responde pelo
 perecimento da coisa, quando decorrente de +ortuito1 o de m!3+é, responde inte%ralmente,
mesmo Ve.a
quandoqueperece por +ora
a lei imp?e estasmaior'
san?es ao possuidor de m!3+é como um incentivo a que
ele se demita da posse, o que não se repete quanto ao possuidor de $oa3+é'
Kuando o possuidor vin4a com $oa3+é, mas no curso do tempo passa a ter ci/ncia
dos v*cios que i%norava, e ainda assim permanece na posse, 4! a inversão da nature"a de
sua +é – a interversão da posse'
posse' Até o momento da interversão, ser! tratado como a sua +é
impun4a, ou se.a, ter! o tratamento de possuidor de $oa3+é até aquele momento1 dali em
diante, é possuidor de m!3+é, sendo tratado como tal'
A +i6a
+i6aão
ão de
dest
stee mo
momementntoo de in
inte
terve
rversã
rsão,
o, na pr!ti
pr!tica
ca,, é muit
muitoo di
di+*
+*ci
cil,
l, porém
porém,,
especialmente quando não se trata da e+etiva ci/ncia dos v*cios, mas sim do momento em
que se torna inescus!vel seu descon4ecimento'
Ve.a um e6emplo& locat!rio adquire posse, a todo ver .usta' -corre que, no curso do
contrato, é cienti+icado de que o locador não podia ceder3l4e o $em em locaão, porque
adquirira3o por meio de es$ul4o' Mantendo3se o locat!rio na posse, ap)s esta cienti+icaão,
est! clara a interversão da sua posse, passando a ser de m!3+é' Antes da ci/ncia, ve.a, a
 posse do locat!rio .! era in.usta, mas era de $oa3+é'
$ oa3+é'
e posse com
N! uma certa con+usão corriqueira, ainda, dos conceitos de posse .usta e posse
 -!sto tít!lo'
tít!lo' A posse com .usto t*tulo é aquela adquirida por meio de t*tulo que se considera
4!$il para a trans+er/ncia da posse, e revela, presumidamente, .ustia da posse daquele que
é assim titulado' Mas, como se viu no e6emplo acima, em que o locador é um es$ul4ador, a
 posse pode vir para o locat!rio com um .usto t*tulo – o contrato de locaão –, mas ser 
in.usta mesmo assim, porque o locador é um es$ul4ador' - t*tulo apenas empresta a
 presunão de posse .usta, mas estae sta pode ser a+astada por prova
pr ova contr!ria'

*.'.*. Direito de retenção

This website stores data such oasdireito de retenão, este atende ao possuidor de $oa3+é, como dito, que
5o$re
 poder!
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essential site com a posse da coisa enquanto não l4e +orem indeni"ados os valores
functionality, as well as marketing,
despendidos com $en+eitorias necess!rias e teis' Como dito, o possuidor de m!3+é tem
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direito You
a indeni"ar3se das $en+eitorias necess!rias, mas nunca ter! direito de retenão como
may change your settings at any time
meio de coerão a este pa%amento' A retenão, de +ato, é um elemento de autotutela do
or accept the default settings.
direito, porque é um meio de coerão para o pa%amento da indeni"aão que é levado a ca$o
 pelo pr)prio titular do direito, que se mantém na posse da coisa, e não pelo Judici!rio'
Privacy Policy-u
-utr
troo e6e
e6emp
mplo
lo de au
auto
totu
tutela é o desforço físico imediato,
tela imediato, dedicado a repelir com as
 pr)prias mãos, mas sem e6cessos,
e6cesso s, o es$ul4ador'
Marketing Qrande discussão so$re o direito de retenão é o tempo que ele pode perdurar' A lei
não di", e por isso duas correntes se +ormaram' A primeira de+ende a inde+inião deste
Personalization

Analytics
 Esta indeni"aão pelas $en+eitorias necess!rias, mesmo ao possuidor de m!3+é, se .usti+ica porque tais
9

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consertos seriam +eitos de qualquer +orma, eis que deles depende a manutenão da coisa, e o não pa%amento
Accept All
do possuidor representaria enriquecimento sem causa do propriet!rio'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 2

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 per*odo, sendo ca$*vel a retenão até que o propriet!rio o indeni"e, qualquer que se.a o
tempo1 a se%unda, de+ende que 4a.a a cessaão da retenão quando a ocupaão %ratuita da
coisa por aquele possuidor,
possuidor, contra a vontad
vontadee do propriet!rio
propriet!rio,, atin.a
atin.a o valor econ(mico
econ(mico das
 $en+eitorias pendentes de indeni"aão – porque além disso 4averia enriquecimento
indevido do possuidor'

7'L' Posse vel4a e nova


A posse é considerada nova quando tem menos de ano e dia de duraão, e vel4a
quando .! dura mais tempo' 0ão se pode con+undir estes conceitos com os de aão
de  força vel$a
 possess)ria de força vel$a com de força nova
 com aão possess)ria de força nova,, que, apesar de 4aver uma
certa similitude de conceitos' A aão possess)ria de +ora nova é aquela em que a violaão
da posse ocorreu a menos de um ano e um dia, e por isso permite que 4a.a tutela liminar1 a
 possess)ria de +or
+ora
a vel4a, por sua ve", é aquela em que o avilte # posse .! ocorreu a mais
tempo do que este ano e dia, e por isso não permite liminar'
Ve.a que a +ora nova ou vel4a se pauta pelo tempo em que 4! a violaão, e não em
 por quanto
quan to tempo o titular da posse violada a detin4a, como o é na posse
poss e nova ou vel4a' A
aão de +orca vel4a impede a liminar porque se presume que aquele que teve sua posse
viol
violad
adaa 4! mamaisis de um an anoo e di
diaa não
não te
tem
m mamais
is ur
ur%/
%/nc
ncia
ia em o$ o$te
terr o pr
prov
ovim
imen
ento
to
do  peric!l!m in mora'
 .urisdicional, presumindo3se a aus/ncia do peric!l!m mora' Ve.a
Ve.a o arti%o =8 do CPC&
>Art' =8' Re%em o procedimento de manutenão e de reinte%raão de posse as
normas da seão se%uinte, quando intentado dentro de ano e dia da tur$aão ou do
es$ul4o1 passado esse pra"o, ser! ordin!rio, não perdendo, contudo, o car!ter 
 possess)rio'H

N! duas correntes so$re esta presunão le%al de aus/ncia de ur%/ncia' ma disp?e
que é ina+ast!vel& não ca$e .amais liminar em aão de +ora vel4a, com nature"a cautelar ou
antecipat)ria1 outra, entende que presentes os pressupostos da antecipaão de tutela, esta
 presunão pode ser su$vertida, sendo relativa, portanto' 0a verdade, o que estaria vedado
 pelo arti%o =8 do CPC e sua l)%ica é apenas a concessão da liminar $aseada apenas no
 f!m!s boi -!ris,
-!ris, dispensada a an!lise do peric!l!m
do peric!l!m in mora'
mora'
This website stores data such
7'' Posse as
ad interdicta e ad !s!capionem
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posse ad interdicta é
A posse
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interdicta é aquela que autori"a o possuidor a mane.ar os interditos
may change your possess)rios, a prote%er
settings at any time sua posse' Conseq^entemente, toda posse de $oa ou m!3+é,
m!3+ é, .usta ou
in.u
in.ust
sta,
or accept the default é ad interdicta,
a,settings. interdicta, porque todo e qualquer possuidor pode mane.ar os interditos
 possess)rios'
Ve.a que mesmo o es$ul4ador pode de+ender sua posse contra um terceiro que
Privacy Policyqueira es$ul4!3la posteriormente' Cessada a viol/ncia, adquirida a posse in.usta, ainda que
de m!3+é e in.ust
in.usta,
a, o es$ul4ador
es$ul4ador poder! de+ender sua posse so$ todas as +ormas, contra um
Marketing
terceiro que pretenda tomar3l4e o $em' Z claro que, contra o es$ul4ado ori%inal, este direito
não se sustenta'
Personalization

Analytics Dest
De staa +or
+orma
ma,, v/
v/3se
3se que to
toda
da e qualq
qualquer
uer posse
posse é ad ininte
terdi
rdict
cta' Este é um  -!s
a' Este
 possessionis essencial
 possessionis  essencial a qualquer posse'
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 21

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

2oda posse é ad interdicta,


oda posse interdicta, mas
mas ne
nem
m to
toda
da pos se ad interd
posse interdict
ictaa ser
ser!, porém, ad 
!, porém,
!s!capionem'' Esta é a posse que autori"a o possuidor a reclamar a propriedade do $em, por 
!s!capionem
via da usu
usucapi
capião'
ão' A pos se s) ser! ad !s!capionem se
posse !s!capionem se preenc4er determinados quesitos&
deve ser cont*nua, ininterrupta, e deve ser mansa e pac*+ica, ou se.a, inconteste, sem
resist/ncia oposta por outrem'
-utro
-ut ro requis
requisito
ito essencia se.a ad !s!capionem,
essenciall da posse, para que se.a !s!capionem, é o anim!s
domini
domini' ' Esta usucapir
que se possa intenão ode$em'
ter aVe.a
coisaque
como dono, anim!s
a e6i%/ncia rem sibi su$.etivo
deste requisito $abendi, éparece
$abendi, essencial para
con+litar 
com a adoão, no rasil, da teoria o$.etiva de I4erin%, mas não con+lita' - anim!s domini
que é e6i%/ncia de 5avi%nW para con+i%urar a situaão de possuidor não é realmente e6i%ido
em nosso ordenamento1 o que se e6i%e é que este anim!s anim!s este.a
 este.a presente naquele possuidor 
ve.a, .! se +ala em possuidor, ou se.a, tendo o nimo de dono ou não assim se o consideraG
 para que possa, com sua posse, adquirir propriedade' 0ão é um requisito para se tornar 
 possuidor1 é um requisito para se tornar propriet!rio
p ropriet!rio pela via da usucapião'
A posse de m!3+é e in.usta pode ser ad !s!capionem,
!s!capionem, se estes requisitos estiverem
 preenc4idos' 5endo ad !s!capionem,
!s!capionem, $astar! o preenc4imento de mais um requisito, o
decurso do tempo, para que a posse desperte
desperte a propriedade,
propriedade, e é neste ltimo
ltimo quesito que se
di+erenciam a posse de m!3+é da posse de $oa3+é& a ltimas precisar! preenc4er menos
tempo para consolidar propriedade do que a primeira' 5e a posse é de $oa3+é, di" o CC que
 $astam de" anos1 se é de m!3+é, sãos ão necess!rios quin"e anos'
2. Inter%ers#o da $osse

Interversão da posse é o +en(meno de transmutaão da nature"a da posse' Por 


e6emplo, a posse que era de $oa3+é se converte em posse de m!3+é, ou vice versa1 uma
 posse direta se converte em posse pr)pria, como quando o locat!rio que adquire o $em em
que reside, ou o contr!rio, propriet!rio que sai de seu $em e alu%a3o a terceiro, tendo posse
a%ora indireta, etc'
Esta dinmica se repete tam$ém quanto ao nimo da posse& o locat!rio, que tin4a
 posse ad interdicta,
interdicta, ima%ina que o locador a$andonou o $em, pelo que passa a t/3lo como
seu& tem a%ora posse ad !s!capionem,
!s!capionem, com anim!s domini'
domini'
om pro$lema concreto sur%e é na identi+icaão do e6ato momento em que se d! a
This website stores data
interversãosuch
da as
posse' Este momento é casu*stico, e precisar! ser demonstrado por meios
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Personalization Casos Concretos
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Kuestão 7
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 22

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 6osalina da 6oc$a arlesse propõe demanda possessória Ereintegração de posseF


em fa
face
ce de 6e6egi
gina
na Ce
Celi
lia,
a, com
com o ob-e
ob-eti
tivo
vo de rec
ec!p
!per
erar
ar a poss
possee de im
imóv
óvel
el de s!
s!aa
 propriedade, alegando %!e por contrato de comodato, estabelece! %!e a demandada
residisse no imóvel. 8nforma %!e notifico! a r+ para %!e deixasse o bem, em '((', no
entanto, essa se rec!so!. Gm contestação, a r+ alega %!e exerce a posse no imóvel por 
mais de /( anos, de forma mansa e pacífica. 8nforma %!e não foi celebrado !m contrato de
comodato,
a!tora
a!t mas,
ora,, -!nt
-!ntame nae verdade,
ament
nte com s!a!mfamí
com contrato
famíli
lia,
a, m! de
m!do locação,
do!"se, nãoeminfo
!"se, *>H*.
informa
rmand5arra
ndoo o %!e
novoemende
novo en*>?I,
derreço,a
eço,
deixando, incl!sive, de cobrar os al!g!eres, d!rante todo esse período. Assim, arg!i a
existncia de !s!capião, tendo em vista %!e estava no imóvel a tít!lo de poss!idora, com
anim!s domini. Alega %!e sempre agi! com 0elo e boa"f+, arcando com o pagamento de
encargos e trib!tos, tais como ág!a, l!0, 8P9;, taxas e contrib!ições. 8nforma, ainda, %!e
reali0o! !ma s+rie de benfeitorias ao longo dos anos. Arg!menta %!e, na $ipótese, opero!"
 se a interversão da posse. Assim, deve ser recon$ecida a !s!capião extraordinária.
 2anifesta"se, ainda, em ra0ão do princípio da event!alidade, pelo direito de indeni0ação
 pelas benfeitorias 1teis e necessárias
neces sárias reali0adas, sob o arg!mento de manter"se no imóvel 
como poss!idora de boa"f+, al+m do direito de retenção do bem at+ a efetiva indeni0ação.
 A pretensão a!toral merece prosperar= G o pedido form!lado pelap ela demandada= 6esponda,
 f!ndamentadamente.

Resposta # Kuestão 7

Ve.a a Apelaão C*vel 87L';F3<=3;;


87L';F3<=3;;,, do 2J<5P&
>EME02A' 5CAPI- E@2RA-RDI0_RIA' I02ERVER5-'
>EME02A' I02ERVER5-'
Inversão do t*tulo da posse, iniciado como locaão' Possi$ilidade, uma ve" não
e6istindo
e6istindo mais su$ordina
su$ordinaão,
ão, cessados
cessados os pa%amento
pa%amentoss de alu%uéis'
alu%uéis' Posse ad
usucap*onem caracteri"ada no caso presente pelos elementos dos autos mostrando
a prescri$ente posião de dona, se.a por re+orma do im)vel e pa%amento de
tri$utos incidentes so$re o im)vel, se.a pela posse incontestada e ininterrupta por 
mais de 8; anos, que transcorreu l*mpida e impertur$ada nesse lapso' Recurso
 provido em parte'H
parte'H
 
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 &oão
functionality, as well as Pereira celebro! contrato escrito de depósito com &os+ da ilva, tendo por 
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ob-eto You %!e foram g!ardados na casa deste. Dias após a celebração do
bens móveis
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contrato, a s!a vi0in$a 2arli o!0a, ex"noiva do depositante, s!btrai os referidos móveis
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na calada da noite, sob a alegação de %!e os bens eram se!s. Admitindo"se como provado
%!e o depositante se encontrava em viagem para o exterior, ao depositário assiste o direito
Privacy Policyde intentar alg!ma ação=

Marketing
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Resposta # Kuestão 8
Analytics  
- deposit!rio é possuidor direto, e por isso tem le%itimidade para intentar aão
Save Accept
 possess)ria, All
independentemente de qualquer atuaão do depositante' Deposit!rio não é
Mic4ell 0unes Midle. Maron 23

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

mero detentor, e, mesmo que não e6era posse plena, por assim di"er, por não poder usar,
+ruir ou dispor da coisa, é possuidor direto, podendo e devendo reav/3la' Ve.a o arti%o O8=
do CC&
>Art' O8=' - deposit!rio é o$ri%ado a ter na %uarda e conservaão da coisa
depositada o cuidado e dili%/ncia que costuma com o que l4e pertence, $em como
a restitu*3la, com todos os +rutos e acrescidos, quando o e6i.a o depositante'H

Kuestão L

9endo sido efet!ado !m contrato de comodato pelo pra0o de *( anos, veio a falecer 
o comodatário, trs anos após o se! início. e! fil$o, %!e com ele residia no imóvel e no
%!all pe
%!a perma
rmane
nece!
ce!,, real
eali0
i0o!
o! em seg
seg!i
!ida
da benf
benfei
eito
tori
rias
as visan
visando
do se! confo
confort
rtoo e me
mel$
l$or 
or 
aproveitamento econ:mico do bem. 9em ele direito a permanecer no imóvel pelo restante
do pra0o= 8ndependentemente da sol!ção apresentada, terá direito  retenção=

Resposta # Kuestão L

 0ão, pois o comodato é contrato personal*ssimo, e6tin%uindo3se com a morte do


comodat!rio' Por isso, desde a morte, e6tinto o contrato, a posse do +il4o não mais se
 .usti+icava, sendo prec!ria desde então, não merecendo indeni"aão porque as $en+eitorias
são teis ou voluptu!rias, no caso' :ossem necess!rias, 4averia indeni"aão' De qualquer 
+orma, não ca$e a retenão, porque a posse é prec!ria e de m!3+é'

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Marketing
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Tema I&
Analytics  
 Posse 888. ormas de a%!isição
!nião eoriginária
s!cessão.eConstit!to
derivada. possessórioB
A%!isição pelo incapa0. Apreensão e abandono da
Save  posse. Acessão
Acceptde All
possesB conceito, nat!re0a -!rídica e aplicação
 prática e a sit!ação -!rídica do transferente e do ad%!irente.
ad%!irente.
Mic4ell 0unes Midle. Maron 24

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Notas de Aula6

1. 'ormas de a(uisi"#o da $osse

Como .! se p(de antever no estudo das classi+ica?es, a posse pode ser ori%in!ria ou
derivada,
que 4a.a aquanto
trans+e#r/ncia
sua +orma
trans+er/ncia de umdepossuid
aquisião'
possuidor Possereali
or a outro, ori%in!ria é aquela
reali"ando3se
"ando3se por atoque se adquire
ori%inal sem
do pr)prio
adquirente – como a apreensão de uma coisa a$andonada, res derelicta,derelicta, ou de coisa que
nunca teve dono, res n!lli!s'
n!lli!s' A posse derivada, ao contr!rio, é aquela que vem das mãos de
outrem, por trans+er/ncia, como no caso da posse direta, adquirida por trans+er/ncia cedida
 pelo possuidor que +ica apenas com a indireta, a%ora'
5o$re a aquisião da posse, 4avia uma discussão na vi%/ncia do CC de 7=7O, que
 previa, no arti%o =L, os modos desta aquisião'
aq uisião' Ve.a&
Ve.a&
>Art' =L' Adquire3se a posse&
I 3 pela apreensão da coisa, ou pelo e6erc*cio do direito1
II 3 pelo +ato de se dispor da coisa, ou do direito1
III 3 por qualquer dos modos de aquisião em %eral'
Par!%ra+o nico' Z aplic!vel # aquisião da posse o disposto neste C)di%o, art
arts'
s' 7
a 9'H
Este arti%o era um tanto critic!vel, porque arrolava al%o que não precisava ser 
arrolado, especialmente diante da pr)pria redaão do seu inciso III, completamente a$erta'
A maior cr*tica, porém, era que este arti%o era a$solutamente incoerente diante da teoria
o$.etiva de I4erin%, adotada .! no CC de 7=7O& se o anim!s domini era
domini era dispens!vel para a
con+i%uraão da posse so$ os moldes de I4erin%, elencar os modos de aquisião da posse
naturalmente coloca como e6i%/ncia a presena do nimo descrito no dispositivo' Por 
e6emplo, o nimo de apreender a coisa, no inciso I'
Este arti%o, realmente incompat*vel com a teoria o$.etiva adotada, +oi +ruto de
emendas parlamentares, e +oi criticado até mesmo pelo patrono do CC de 7=7O, Cl)vis
evil!qua' - novo CC corri%iu este equ*voco, como se v/ no arti%o 7'8;&

This website stores data such as >Art' 7'8;' Adquire3se a posse desde o momento em que se torna poss*vel o
cookies to enable essential site e6erc*cio, em nome pr)prio, de qualquer dos poderes inerentes # propriedade'H
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Esta conceituaão
personalization, and analytics. You da aquisião veio inspirada pelo c)di%o civil alemão, e é muito
may change your mais coerente
settings at anycom
timea teoria o$.etiva que adotamos desde 4! muito' A posse se de+ine
quand
quandoosettings.
or accept the default se pod
podee vi
visl
slum
um$ra
$rarr no com
compor
porta
tame
mentntoo daq
daque
uele
le que te tem
m a coisa
coisa o mesm
mesmoo
comportamento que o proprie
comportamento propriet!rio
t!rio revelar
revelaria'
ia' Z possuidor todo aquele que tem de fato 
possuidor fato  o
e6erc*cio, pleno ou não, de atri$utos da propriedade – $asta o e6erc*cio de um deles para
Privacy Policycon+i%urar a posse e6ceto quando a lei a+astar esta condião, c4amando a relaão de
detenãoG' Por isso, i4erin% sempre c4amou a posse de exteriori0ação do domínio'
Marketing domínio'
5a$endo3se disso, é mais relevante sa$er que 4! a posse, do que sa$er3se como ela
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+oi adquirida' Por isso o arti%o acima não se preocupa em de+inir como se deu esta
aquisião, mantendo3a no plano puramente o$.etivo' 0ão se co%ita de anim!s
Analytics anim!s na
 na aquisião,
como outrora1 somente se constata o$.etivamente esta aquisião'
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O
 Aula ministrada pelo pro+essor 5Wlvio Capanema de 5ou"a, em 8<F<8;;='
Mic4ell 0unes Midle. Maron 25

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- arti%o 7'8;9 do CC di" quem pode adquirir a posse, e não os meios pelo qual se
d! esta aquisião pois se o +i"esse, seria um retrocesso, como vistoG&
>Art' 7'8;9' A posse pode ser adquirida&
I 3 pela pr)pria pessoa que a pretende ou por seu representante1
II 3 por terceiro sem mandato, dependendo de rati+icaão'H

A aquisião mais +requente é a de quem pretende a posse, que a adquire por mão
 pr)pria' A aquisião da posse pode se dar tam$ém por represen
representante,
tante, le%al ou convencional
representante le%al ou procuradorG1 ou por terceiro mesmo sem mandato, como o %estor de
ne%)cios, aquisião esta que demandar! rati+icaão pelo e+etivo possuidor'
5ur%e aqui uma questão intrincada& a aquisião direta da posse pelo incapa" é
 poss*vel Por representante é certo que sim, como visto, mas a aquisião pelas pr)prias
mãos do incapa" é discutida' N! corrente que de+ende que não é poss*vel, porque o incapa"
não pode praticar atos .ur*dicos diretamente, e a aquisião da posse é um ato desta
qualidade' 5endo assim, seria necess!ria, sempre, a representaão ou assist/ncia' -corre
que esta
esta corre
corrent
ntee não pr
preva
evale
lece
ce,, prepo
preponde
ndera
rando
ndo a cocorre
rrent
ntee co
contntr!r
r!ria
ia,, que re
reput
putaa
 per+eitamente poss*vel esta aquisião pessoal pelo incapa", porque não se demanda a
vontade %!alificada para
%!alificada para tanto& não se e6i%e a vontade de quem ten4a plena capacidade
civil, $astando que o indiv*duo ten4a a consci/ncia do si%ni+icado do ato de posse que
reali"a'
Destarte, se o incapa" encontra um $em sem dono, e dele se apropria, é claro que
e6erce posse se compreende esta apropriaão' 5endo a posse derivada de um ne%)cio
 .ur*dico que demande vontade quali+icada, porém, como um contrato de locaão, é claro
que oi incapa" não poder! tomar posse sem a devida representaão ou assist/ncia'
`ltima consi%naão so$re a aquisião da posse é que a posse ori%in!ria vem
descarre%ada de quaisquer v*cios que a contaminaram no passado' 5e é derivada, conserva
consi%o os v*cios que a eivavam quando estava com o possuidor anterior' Z claro que a
aus/ncia de v*cios da posse ori%in!ria se e6i$e perante terceiros, porque perante o eventual
 propriet!rio ou possuidor anterior, que se supun4a ine6istir, ainda permanece a posse como
o era' Entenda& se se apreend
apreendeu a$andonada, res derelicta,
eu uma coisa que se .ul%ava a$andonada, derelicta, e esta
na verdade pertencia a al%uém, contra todos os demais, a posse do adquirente é ori%in!ria e
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l*mpida, suchperante
as o real propriet!rio ou possuidor, é derivada e viciada, contra ele sendo
inde+ens!vel'
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Acess#o de $osse
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A acess
acessãoão de po
poss
ssee po
pode
de se dar pela re!ni
dar pel e!nião
ão de poss
posses
es ou pela  s!cessão
 possessória'
 possessória'
A sucessão de posses consiste na trans+er/ncia da posse aos 4erdeiros e le%at!rios,
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com os mesmos caracteres' Mas 4! uma discussão, aqui, no que se re+ere # sucessão por 
4erana' Como se sa$e, a 4erana é transmitida universalmente, e por isso tem que se
Marketing
trans+erir aos 4erdeiros e6atamente como é, com quaisquer v*cios que carre%ue' - 4erdeiro,
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a ri%or, não deve poder iniciar posse nova, mas sim apenas continuar a posse que rece$e,
com quaisquer caracter*sticas que esta carre%ue' J! o adquirente da posse a t*tulo sin%ular, o
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le%at!rio, tem uma opão entre dar seq^/ncia # posse da +orma como rece$ida, ou dar in*cio
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 26

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

a posse nova, sem qualquer v*nculo aos caracteres da posse anterior' E é aqui que reside
uma discussão, $aseada no arti%o 7'8;O do CC&
>Art' 7'8;O' A posse transmite3se aos 4erdeiros ou le%at!rios do possuidor com os
mesmos caracteres'H

A discussão é se poderia mesmo o le%at!rio iniciar uma posse nova, ante a previsão
a$ran%ente
a$ran%en te do arti%
arti%oo supra' A maior
maior corrente
corrente de+ende que o termo le%at
le%at!rio,
!rio, ali impresso,
quer se re+erir ao 4erdeiro testament!rio, mas que é rece$edor de uma universalidade ou de
um quin4ão da 4erana, e não de um s) $em a t*tulo sin%ular, como o le%ado t*pico' 2rata3
se do 4erdeiro eleito em testamento – porque não le%*timo ou necess!rio –, e não do
le%at!rio propriamente dito, somente o qual teria esta opão por suceder ou inovar a posse'
-utra corrente, porém, de+ende que o dispositivo quis di"er e6atamente o que disse&
trata3se do adquirente a t*tulo sin%ular, o le%at!rio propriamente dito, e não apenas aquele
4erdeiro eleito, mas a t*tulo universal ou aquin4oado, pelo que o le%at!rio sin%ular tam$ém
não poderia optar' Ve.a
Ve.a o arti%o 7'8;F do CC, que trata da opão pela comun4ão de posses&
>Art' 7'8;F' - sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor1 e
ao sucessor sin%ular é +acultado unir sua posse # do antecessor, para os e+eitos
le%ais'H

nir a posse # do antecessor consiste em somar os pra"os de posse do $em' 5e o


adquirente o$tém a posse a%ora, tendo o antecessor possu*do, di%amos, por de" anos, .!
ter!, o possuidor atual, de" anos de posse, somados ao tempo de posse que vier a consumar 
daqui por diante' Z claro que, somados os pra"os, é como se o possuidor atual sempre
4ouvesse possu*do a coisa, e por isso todos os eventuais v*cios da posse continuam com
esta'
5uceder a posse, sem reuni3las, ao contr!rio, é terminar o per*odo de posse do
antecessor, dando in*cio a um novo, sendo que, quando assim ocorre, a posse vem isenta de
v*cios, eis que estes perecem com a posse descartada'
Z claro que, isenta a posse ori%inal de v*cios, a reunião do tempo é vanta.osa, para
e+eitoss de usucapi
e+eito usucapião'
ão' De outro lado, se a posse ori%inal é viciada, a inovaão é muito mais
vanta.osa, eis que se unir os tempos carre%ar! consi%o estes v*cios'
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ma $re $reve
ve s*n
s*ntes
tesee é +und
+undame
amenta
ntal&
l& 4erd
4erdeir
eiros
os le%*ti
le%*timos
mos ou testam
testament
ent!ri
!rios
os não
não33
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le%at!rios, site sucedem a t*tulo universal, continuam sempre a posse do autor da 4erana,
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rece$endo a posse com os mesmos caracteres' - adquirente a t*tulo sin%ular, inclusive o
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le%at!rio t*pico, pode unir a sua posse # que l4e +oi transmitida, somando os pra"os, ou
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optar por
or accept the default iniciar posse nova, a +im de e6pur%ar os v*cios anteriores'
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3. Atos de deten"#o
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- arti%o 7'8; do CC é a sede&

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Mic4ell 0unes Midle. Maron 27

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'8;' 0ão indu"em posse os atos de mera permissão ou tolerncia assim
como não autori"am a sua aquisião os atos violentos, ou clandestinos, senão
depois de cessar a viol/ncia ou a clandestinidade'H

Atos de permissão ou tolerncia nunca consolidam a posse de quem é permitido ou


tolerado na coisa' Este é um mero detentor da coisa, enquanto tolerado ou permitido pelo
real possuidor, não tendo qualquer proteão possess)ria, ou e6pectativa de continuidade na
 permissão ou tolerncia'
Permissão
Permi ssão di+ere de tole
tolerncia,
rncia, não quanto aos resultados – revelam mera detenão
 –, mas sim essencialmente' Permissão pressup?e uma conduta positiva daquele que
 permite, ou se.a, é um ato de $enevol/ncia
$ene vol/ncia mani+esto e6pressamente' A mera
mera tolerncia, por 
seu turno, é uma concessão t!cita, sem mani+estaão e6pressa permissiva do possuidor, mas
tam$ém sem qualquer oposião' Z simples& permissão é conduta comissiva1 tolerncia,
mera omissão em re+utar'
re+ utar'
Este arti%o veio ao mundo, ori%inalmente, para tornar mais simples as rela?es de
vi"in4ana,
vi"in4 ana, porque torna menos arriscado ao possui
possuidor
dor não de+ende
de+enderr sua posse contra atos
corriqueiros, o que certamente seria %rande +onte de des%astes e con+litos de pequena
monta' Por e6emplo, um vi"in4o que passa pelo terreno de outro com +req^/ncia para
c4e%ar # rua, se possuidor +osse, poderia, ao lon%o tempo, reclamar manutenão daquela
servidão de passa%em em aão possess)ria, o que +aria com que o possuidor ori%inal,
temeroso disso, impedisse uma passa%em que em nada l4e pertur$aria, apenas com o receio
da perda .udicial, e até mesmo eventual usucapião daquela servidão +osse posseG'
Mas o arti%o tam$ém ne%a qualidade de posse # condião o$tida por meio de atos
violentos e clandestinos, enquanto perdurar a viol/ncia ou clandestinidade' Estes atos de
es$ul4o se consideram cessados quando cessa a resist
resist/ncia
/ncia do possuidor
possuidor contra aquele que
os pratica' Desde então, nos termos do arti%
arti%o,
o, passa a e6istir
e6istir posse, com a devida nature"a
ad interdicta contra
interdicta contra terceiros, mas nunca contra o es$ul4ado'

4. Trans!er)ncia da $osse

A posse de $ens m)veis se transmite pela tradião, tal como a propriedade' 0o $em
im)vel, a propriedade depende do re%istro para se transmitir, mas não a posse& esta se passa
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com a mera tradião,pode
A tradião tal como nos $ens
ser real, m)veis' quando se entre%a a coisa nas mãos do
ou material,
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adquirente,
functionality, as e+etivamente1 e pode ser +icta, quando não 4! a entre%a material do $em, mas 4!
well as marketing,
personalization,a pr!tica de um
and analytics. Youato que demonstra inequ*voca intenão de entre%!3lo' E6emplo mais
may change your settings at any
comum desta tradiãotime +icta é a entre%a das c4aves ao adquirente de um im)vel' A colocaão
or accept the default settings.
da coisa # disposião do adquirente, por qualquer meio, revela a tradião +icta'
N! ai
ainda
nda uma
uma out
outra
ra si
situ
tua
aão
ão,, c4a
c4ama
madada tr
trad
adi
ião
ão con
contr
trat
atua
ual,
l, qu
quee para
para uns é
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modalidade +icta, e para outros é um terti!m gen!s'
gen!s' 2rata3se do constit!to possessório'
possessório' -
CC de 7=7O mencionava e6pressamente esta situaão como um dos modos de aquisião da
 posse, e o CC de 8;;8 não repetiu
Marketing r epetiu tal previsão, o que levou al%uns autores a entender que
não mais su$siste este meio de aquisião no ordenamento' Contudo, não é a mel4or leitura&
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o instituto permanece e6istente, mesmo sendo silente o CC, por simples permissão da
Analytics
autonomia
autonom ia da vontad
vontade'
e' Z claro que, consequentement
consequentemente, cl!usula constit!ti
e, a cl!usula constit!ti tem
 tem que ser 
Save
e6pressa,Accept
não sendo
All
presum*vel do contrato'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 28

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Parece mais acertada a corrente que de+ende que o constituto possess)rio não se
trata de uma transmissão +icta' Isto porque o constituto possess)rio consiste, de +ato, na
maneiraa contratual de trans+eri
maneir trans+erirr a posse quando a sua entre%a real ou +icta não se reali"a, a
+im de conceder proteão possess)ria desde .! ao adquirente' Ve.a um e6emplo concreto&
 pessoa que reside em im)vel pr)prio vende este im)vel a outra1 com esta venda, a entre%a
se torna uma o$ri%aão imediata' Contudo, pode acontecer de o vendedor precisar se
manter
 0ão no im)vel,
tendo ali residindo,
sido trans+erida por real,
a posse al%umnem
tempo, o queas
entre%ue pode ser contratualmente
c4aves para tanto o quea.ustado'
revela
tradião +ictaG, se o e63propriet!rio vendedor não sair do im)vel, o comprador não ter! aão
 possess)ria al%uma que l4e prote.a, porque  -amais teve a posse posse,, real ou +icta' 2er!, no
m!6imo, uma aão reivindicat)ria' Z para sanar esta pro$lem!tica, e6tirpar este risco do
comprador que admite a sa*da tardia do vendedor, que e6iste a cl!usula   constit!ti& constit!ti& ao
contratar a compra e venda, o vendedor ap?e a cl!usula do constituto possess)rio, a qual
desempen4a .ustamente o papel de transmitir a posse te6tualmente, a +im de emprestar 
 proteão possess)ria ao comprador,
compr ador, o qual não teria qualquer posse, não +osse a cl!usula'
Destarte, o comprador que adquire com a cl!usula constit!ticonstit!ti,, quando o vendedor 
 permanecer! no $em, poder! a.ui"ar aão de reinte%raão de posse, quando +indo o pra"o
da perman/ncia a.ustada contratualmente sem que o vendedor saia do $em, não restando
limitado ao rito mais di+icultoso da reivindicat)ria, petit)ria'
- vendedor que passa o $em contratualmente, com o constituto e6presso, est!
 promovendo uma interversão de sua posse& ele, que tin4a posse pr)pria, passa a ter posse
direta, enquanto o adquirente tem posse indireta desde então' - vendedor pode continuar no
 $em a qualquer t*tulo, decidido contratualmente& pode permanecer como comodat!rio,
como locat!rio, etc' Pode, até mesmo, dei6ar de ser possuidor e passar a detentor, se assim
se decidir no pacto – +icar! #s ordens do comprador, %uardando o $em até dei6!3lo'
Z claro que se 4! a entre%
entre%aa das c4a
c4aves,
ves, a cl!us ula cons
cl!usula constit
tit!ti
!ti não se .usti+ica no
contrato& 4! .! a transmissão +icta da posse pelas c4aves, emprestando3se a proteão
 possess)ria dali consequente'
Val
alee res
ressal
salta
tarr qu
quee a cl
cl!usulaa constit!ti
!usul constit!ti   s) pode ser invocada contra o pr)prio
alienante, e nunca contra terceiros& não pode o comprador pretender proteão possess)ria
contra quem não participou do contrato'
Por +im, di%a3se que a posse de $ens m)veis é pass*vel de constituto possess)rio,
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como assevera o enunciado FF da Primeira Jornada de Direito Civil do CJ:&
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>Enunciad
>Enun ciadoo FF, CJ: – Art' 7'8;9& A posse das coisas
coisas m)veis e im)veis
im)veis tam$ém
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 pode ser transmitida
transmitida pelo constituto
constituto possess)rio'H
possess)rio'H
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Casos Concretos

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Kuestão 7
Mic4ell 0unes Midle. Maron 29

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Caio vende!  9ício !m terreno de s!a propriedade, mas %!e $á cinco anos +
oc!pado por 2+vio, %!e ali instalo! s!a residncia, -!lgando"o abandonado. 5o corpo da
escrit!ra p1blica de compra e venda o alienante transferi! ao ad%!irente o domínio, posse,
direito e ação, em virt!de da clá!s!la constit!ti, ali expressamente referida. De %!e ação
dispõe 9ício, e em face de %!em, para obter o! rec!perar a posse do imóvel= &!stificar a
resposta,
em vista aincl!sive
redaçãoexaminando
redação se persiste
dos artigos *.'(I em do
e *.''/ nosso direito
Código o constit!to
Civil, possessório,
em comparação com tendo
a dos
artigos 3>3 e I'( do Código anterior.

Resposta # Kuestão 7

A aaão
ão ca
ca$*
$*ve
vell é a reiv
reivin
indi
dica
cat)
t)ri
riaa em +a+ace
ce de Mévi
Mévio,
o, po
porq
rque
ue o cocons
nsti
titu
tuto
to
 possess)rio não opera e+eitos contra o terceiro, al4eio ao contrato em que ela +oi aposta'
Vale di"er que se Mévio preenc4er os requisitos da usucapião, poder! ale%!3la em de+esa'

Kuestão 8

 Ant:nio move! ação de reintegração de posse em face de 4enedito, alegando o


 seg!inteB ad%!iri! o imóvel, ob-eto da ação, em *> de março de '((/ Eescrit!ra de compra
e venda reg
registrad
istradaa no 6J8FK a posse foi"l$e transmi
transmitida
tida pelo vendedor Carlos mediante a
clá!s!la constit!ti constante da escrit!raK foi s!rpreendido com a presença do r+! no
imóvel %!ando proc!ro! oc!pá"loK o r+! aposso!"se do imóvel clandestinamente, sem
a!tori0ação do antigo proprietário, Carlos. 4enedito alega %!e oc!pa o imóvel $á mais de
I anos, onde constr!i! !ma pe%!ena casa, na %!al reside com s!a família. Alega ainda %!e
o imóvel estava em estado de abandono %!ando da oc!pação
oc!pação,, sem cer
cerca
ca e comple
completament
tamentee
tomado pelo mato. &!nta aos a!tos notas fiscais de material de constr!ção e arrola
testem!n$as Evi0in$osF %!e comprovam o alegado. Decida a %!estão e examine se a
clá!s!la constit!ti está config!rada na esp+cie, bem como se a ação a-!i0ada + ade%!ada.

Resposta # Kuestão 8
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A aão é ina
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inadequ
dequada
ada,, mesmo
mesmo que a cl! usulaa constit!ti
cl!usul constit!ti   este.a, de +ato, presente,
 porque
functionality, as well asomarketing,
vendedor não poderia mais transmitir a posse que não tin4a, naquele momento'
personalization,Contra o terceiro,
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may change your instrumentali"ar
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Allt!tela.
t !tela. A!tot!tela e t!tela -!dicial. Os interditos tipicamente possessórios e os embargos
de terceiros poss!idores. A exceptio proprietatis. Posição process!al mais favorável do poss!idor. it!ação
Mic4ell 0unes Midle. Maron 3

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 -!rídica do terceiro
terceiro ad%!irente da posse. it!ação -!rídica do esb!l$ador em relação a terceiros.
terceiros. Aspectos
 process!ais.

Notas de Aula7

1. Tutela
Tutela $ossess*ria
$ossess *ria

A posse conta com tutela espec*+ica,


espec*+ica, completamente
completamente independente da proprie
propriedade'
dade'
Dentre os inmeros e+eitos da posse – 4! autores que enumeram até cinquenta e dois
e+eitos,
e+eitos, contando com previs?es do direi
direito
to comparado –, a proteão que a posse merece é,
sem dvida, o seu e+eito mais relevante' -s meios de proteão t*picos da posse, como os
interditos possess)rios, e até mesmo a autotutela, con+erem ao seu titular uma de+esa
desatrelada da propriedade, e $astante e+ica"'
Z certo que um dos %randes e+eitos da posse é sua poss*vel induão # propriedade,
com a usucapião e, mais recentemente, com o instituto da le%itimaão da posse' Contudo, a
 proteão possess)ria é mesmo um dos mais si%ni+icativos aspectos deste instituto, ante a
e6clusividade de tal e+eito, e porque é a$ran%ente de qualquer posse& enquanto 4! espécies
de posse que não são ad !s!capionem,
!s!capionem, todas são ad interdicta'
interdicta' Ve.amos,
Ve.amos, então, cada espécie
de tutela possess)ria, partindo da an!lise do arti%o 7'87; do CC&
>Art' 7'87;' - possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de tur$aão,
restitu*do no de es$ul4o, e se%urado de viol/ncia iminente, se tiver .usto receio de
ser molestado'
\ 7] - possuidor tur$ado, ou es$ul4ado, poder! manter3se ou restituir3se por sua
 pr)pria +ora, contanto que o +aa lo%o1 os atos de de+esa, ou de des+oro, não
 podem ir além do indispens!vel # manutenão, ou restituião da posse'
\ 8] 0ão o$sta # manutenão ou reinte%raão na posse a ale%aão de propriedade,
ou de outro direito so$re a coisa'H

 0o cap!t , o le%islador apresenta as tr/s a?es possess)rias t*picas, os tr/s interditos
 possess)rios que .! v/m previstos desde a Roma anti%a& a man man!te
!tençã
nçãoo de pos
posse
se,, a
reintegração de posse e
posse e o interdit
interditoo proibitório
proibitório,, e no \ 7], consta a a!tot!tela
a!tot!tela'' Ve.amos cada
um destes métodos de tutela possess)ria, de +orma apartada'
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7'7' Autotutela possess)ria
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A autotutela
personalization, and analytics. You é um modo e6cepcional de soluão de con+litos, pois, como se sa$e, as
may change your lides devem
settings ser time
at any levadas ao Judici!rio, ou a al%um sucedneo 4o.e instaladocomo a
ar$itra%emG,
or accept the default para a sua composião pac*+ica, sem que a pa" social se.a a%redida'
settings.
- \ 7] do arti%o 7'87; do CC é um dos raros e6emplos em que a proteão do direito
 pode ser envidada pelo pr)prio titular, por meio de suas pr)prias mãos' Mas 4! al%uns
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requisitos para tanto' - primeiro, mais que um requisito, é um pressuposto l)%ico& s) pode
envid
env
Marketing idar
ar auto
autotu
tute
tela
la que
quem se.a tit!la
m se.a tit!larr da pos
posse
se,, mesmo que em nome de outrem' -
 propriet!rio, sem posse, não pode e6ercer autotutela, com $ase apenas no dom*nio – 
Personalization
 propriedade não +undamenta autotutela' - detentor, destarte, não pode se servir da
autotutela em nome pr)prio .amais, a+inal, não titulari"a posse1 contudo, pode de+end/3la
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F
 Aula ministrada pelo pro+essor Marco Aurélio e"erra de Melo, em 8=<F<8;;='
Mic4ell 0unes Midle. Maron 31

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

em nome do possuidor que o comande, ou se.a, estar! e6ercendo autotutela possess)ria em


nome de quem é titular da posse – é um preposto do possuidor '
requisito é a imediatidade
5e%undo requisito imediatidade&& como o pr)prio dispositivo anuncia, somente é
le%*timo o des+oro quando +or imediato, ou se.a, deve o possuidor pertur$ado a%ir lo%o'
2erc
erceir
eiroo requ
requisi
isito
to da aut
autotu
otutel
telaa le%*tima é a  proporci
le%*tima  proporcionalidade
onalidade&& o possuidor não
 pode, na de+esa de sua posse, e6acer$ar os meios que satis+aam tal de+esa, tal des+oro
 pessoal,`ltimo
avanando em e6cesso'
requisitoe6cess o'
le%itimador da autotutela é a e6ist/ncia de uma agressão in-!sta #
 posse' Z tam$ém um pressuposto l)%ico, pois não se pode conce$er, por e6emplo, que
al%uém precise repelir al%o que não e6iste, se não 4ouver a%ressão1 tanto quanto é
inconce$*vel que se .usti+ique a de+esa contra uma a%ressão .usta, tal como a de um o+icial
de .ustia cumprindo mandado de $usca e apreensão'
Em s*ntese& 4avendo posse a ser de+endida, 4avendo repulsa imediata e proporcional
a uma a%ressão in.usta, 4! o des+oro imediato, sendo le%*tima a autotutela, a le%*tima
de+esa da posse'
 0ote3se que não é tecnicamente correto
corr eto se +alar em des+oro pessoal como sin(nimo
de le%*tima de+esa da posse' A tur$aão e a ameaa # posse ense.am le%*tima de+esa, eis que
o possuidor ainda tem a coisa consi%o quando do ataque1 .! o es$ul4o ense.a des+oro
 pessoal, pois a posse
poss e .! +oi e6tirpada do possu
possuidor
idor ori%inal, precisando este o$t/3la de volta,
o que é di+erente de de+end/3la – não a tem mais consi%o para poder de+end/3la'
-utra questão importante aqui se levanta' - es$ul4o, como se sa$e, pode se dar por 
meio da viol/ncia, da clandestinidade ou da precariedade, quando 4! o a$uso da con+iana'
A questão é como se opera a autotutela em cada modalidade de es$ul4o' 0a viol/ncia, a
constataão da de+esa possess)ria por mão pr)pria é mais simples, $astando veri+icar que a
viol/ncia est! em curso e o possuidor a est! repelindo, de +orma imediata e proporcional'
 0a clandestinidade, é mais pro$lem!tica a delineaão da autotutela, precisando 4aver uma
an!lise mais pro+unda de seus requisitos'
Como é sa$ido, o arti%o 7'88 do CC determina que a perda da posse por tomada
clandestina s) se d! quando o possuidor é cienti+icado do es$ul4o, e nada +a", ou é o$stado
de +a"er' Ve.a&
 
>Art' 7'88' 5) se considera perdida a posse para quem não presenciou o es$ul4o,
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quando, tendo not*cia dele, se a$stém de retornar a coisa, ou, tentando recuper!3la,
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A de+esaYouda posse tomada de +orma clandestina, contudo, s) pode ser +eita por 
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autotutela se o es$ul4ado o +i"er logo
logo,, como di" o arti%o 7'87; do CC – a imediatidade
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ainda se imp?e' E a de+inião do que se.a lo%o é casu*stica, não 4avendo um critério
est!ti
est!tico,
co, deve
devendo
ndo se paut
pautar
ar pela
pela ra"oa$i
ra"oa$ilid
lidade
ade,, mas o des+or
des+oroo pessoal
pessoal deve ser ato
Privacy Policycont*nuo, realmente imediato ao es$ul4o, como re%ra' Ve.a que é poss*vel esta medida
 pessoal, mas a retomada deve sser
er realmente imediata, na casu*stica& é claro que o poss
possuidor 
uidor 
Marketing
que dei6a seu im)vel e retorna ap)s tr/s meses do es$ul4o ocorrido não poder! operar 
des+oro, so$ pena de se tolerar a $ar$!rie na sociedade, +osse poss*vel esta autotutela'
Personalization

Analytics

 5e o detentor e6ceder3se na de+esa, causando dano indevido a quem tur$ava a posse de seu mandante, a
Save responsa$ilidade
Acceptrecair!
All so$re o possuidor, e é responsa$ili"aão sem culpa' Z claro que ter! re%resso contra o
detentor,, mas perante o a%redido responder! o$.etivamente o possuidor, pelos atos de seu preposto'
detentor
Mic4ell 0unes Midle. Maron 32

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

E6ceão que é, a autotutela deve ser interpretada restritivamente, e assim se imp?e a an!lise
do termo >lo%oH, constante do arti%o 7'87;, \ 7], do CC, supra'
A demora na intentada de recuperaão da posse, quando 4! o es$ul4o clandestino,
não si%ni+ica
si%ni+ica que a posse +oi perdida pelo es$ul4a
es$ul4ado&
do& ele ainda tem posse, e merece toda a
 proteão que a esta se imp?e, s) não tendo mais a autotutela a seu dispor – precisar! de
uma aão .udicial possess)ria'

o$tém aAposse
possedeprec!ria, por seu turno,
+orma prec!ria, não por
o$tendo3a permite autotutela
a$uso de modo
de con+iana, não al%um'
pode serAquele que
removido
 pelas pr)prias
pr)pr ias mãos do possuidor' - locat!rio que, terminado o contrato, se ne%a a restituir 
o $em, não pode ser escorraado por ato do locador, precisando este de uma aão de
despe.o, por e6emplo' - mesmo se d! com o comodat!rio, s) que a aão .udicial para
mov/3lo do $em é a reinte%raão de posse'

7'8' Interditos possess)rios

As a?es .udiciais de tutela da posse rece$em o nome %enérico de interditos


 possess)rios, e todas t/m por causa de pedir remota a posse, variando apenas quanto #
causa pr)6ima, que ser! a ameaa de tur$aão ou es$ul4o, quando então c4amar3se3!
interdito proi$it)rio1 a e+etiva tur$aão, quando se c4amar! manutenão de posse1 ou o
e+etivo es$ul4o, quando rece$er! o nome de reinte%raão de posse'
Veremos cada uma das a?es possess)rias de +orma apartada, antecipando, desde .!,
al%uma
al%umass not
notas
as proc
procedi
edimen
mentai
taiss comuns
comuns a tod
todas
as elas,
elas, comea
comeando pelaa  f!ngibilidade das
ndo pel
 possessórias,, caracter*stica +undamental& o a.ui"amento de uma possess)ria não impede seu
 possessórias
con4ecimento quando o .ui" perce$er que, na verdade, outro deveria ter sido o interdito – 
são +un%*veis entre si' V
Ve.a
e.a o arti%o =8; do CPC&
>Art' =8;' A propositura de uma aão possess)ria em ve" de outra não o$star! a
que o .ui" con4ea do pedido e outor%ue a proteão le%al correspondente #quela,
cu.os requisitos este.am provados'H

- princ*pio da +un%i$ilidade tem um +undamento mais pra%m!tico do que ser 


simplesmente uma opão le%islativa& a posse é dinmica, podendo estar nas mãos do
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tur$ado
tornar
tor
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nar3se es$ul4o
es$u
essential do, a.ui"amento
sitel4o, +a"endo comda que
+a"endo manutenão
a pre
pretende
sãoposse,
tensão e noutenão
de man
manutecurso
nãodose.a
se.processo
intil,,a tornand
a intil tur$aão
tornandoo
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necess!ria a reinte%raão de posse'
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 0ão pode Youo princ*pio da +un%i$ilidade se prestar a a$usos processuais, situa?es
may change your settings at any time
tumultu!rias ou erros %rosseiros& se a parte narra uma tur$aão e +a" pedido de reinte%raão
or accept the default settings.
da posse, é claro que não se trata da +un%i$ilidade que intentava o le%islador' 2rata3se, sim,
de inépcia da inicial, a merecer emenda ou mesmo, qui!, inde+erimento'
Privacy Policy - arti%o =87 do CPC tra" previsão %eral so$re cumulaão de pedidos, nestas a?es&
Marketing >Art' =87' Z l*cito ao autor cumular ao pedido possess)rio o de&
I 3 condenaão em perdas e danos1
Personalization II 3 cominaão de pena para caso de nova tur$aão ou es$ul4o1
Analytics III 3 des+a"imento de construão ou plantaão +eita em detrimento de sua posse'H
Ve.a que $oa sorte de pedidos é ca$*vel, inclusive de cun4o indeni"at)rios' Este rol
Save de pedidos nãoAllé ta6ativo, podendo 4aver pedidos diversos dos ali previstos, desde que
Accept
compat*veis com o rito – a+inal, esta é a re%ra processual %eral quanto # cumulaão de
Mic4ell 0unes Midle. Maron 33

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 pedidos' Pode, por e6emplo, tecnicamente, 4aver pedido de rescisão


res cisão de contrato
co ntrato de locaão
e reinte%raão da posse direta ao locador, sem representar qualquer impropriedade'
- arti%o =88 do CPC revela o car!ter dplice das possess)rias&
>Art' =88' Z l*cito ao réu, na contestaão, ale%ando que +oi o o+endido em sua
 posse, demandar a proteão possess)ria e a indeni"aão pelos pre.u*"os
pre.u*"os resultantes
da tur$aão ou do es$ul4o cometido pelo autor'H
autor'H

2oda possess)ria é uma actio d!plex,


d!plex, que permite ao réu o$ter a tutela oposta #
 pretensão do autor, sem precisar, para tanto, reconvir, $astando dedu"ir, na contestaão, o
seu direito perante o autor'
- arti%o se%uinte, =8L do CPC, é a$solutamente relevante&
>Art' =8L' 0a pend/ncia do processo possess)rio, é de+eso, assim ao autor como ao
réu, intentar
intentar a aão de recon4eci
recon4eciment
mentoo do dom*nio'
dom*nio' Redaão dada pela Bei n
O'8;, de 7O'='7=;GH
7O'='7=;GH

- \ 8] do arti%o 7'87; do CPC, 4! pouco transcrito, re+ora a idéia acima


e6plicitada, que é o $animento a$soluto, pelo ordenamento re%ido pelo novo CC de 8;;8,
da c4amada exceção de domínio nas
domínio nas possess)rias' Em aão possess)ria, não se discute mais
aaltamente
propriedade, como era permitido no arti%o 9;9 do anti%o CC de 7=7O, dispositivo
contradit)rio&
>Art' 9;9' 0ão o$sta # manutenão, ou reinte%raão na posse, a ale%aão de
dom*nio, ou de outro direito so$re a coisa' 0ão se deve, entretanto, .ul%ar a posse
em +avor daquele a quem evidentemente não pertencer o dom*nio'H

A smu
smula
la 
FF do 52:
52:, ededit
itad
adaa # ép
époc
oca,
a, ac
acom
ompa
pan4a
n4ava
va es
esta
ta co
cont
ntra
radi
diã
ãoo do
dispositivo, como não poderia dei6ar de ser&
>5mula F, 52:& 5er! de+erida a posse a quem, evidentemente, tiver o dom*nio,
se com $ase neste +or ela disputada'H

- CC de 8;
8;;8
;8 p(
p(ss +i
+im
m a es
esta
ta co
cont
ntra
radi
diã
ão,
o, ap
apar
arta
tand
ndoo de +o
+orm
rmaa a$
a$so
solu
luta
ta as
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discuss?es
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F eessential site
F= da Primeira Jornada de Direito Civil do CJ:&
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personalization, and analytics. You >Enunciado F, CJ: – Art' 7'87;& 2endo em vista a não3recepão pelo novo
may change your settings at any time C)dC)di%o Civil da exceptio proprietatis art'
i%o Civil proprietatis art' 7'87;, \ 8G em caso de aus/ncia de
or accept the default settings.  prova su+iciente para em$asar decisão liminar ou sentena +inal ancorada
e6clusivamente no ius possessionis, dever! o pedido ser inde+erido e .ul%ado
improcedente, não o$stante eventual ale%aão e demonstraão de direito real so$re
Privacy Policy o $em liti%ioso'H

Marketing >Enunciado F=, CJ: – Art' 7'87;& A exceptio proprietatis,


proprietatis, como de+esa opon*vel #s
a?es possess)rias t*picas, +oi a$olida pelo C)di%o Civil de 8;;8, que esta$eleceu
Personalization a a$soluta separaão entre os .u*"os possess)rio e petit)rio'H
*.'.*. 8nterdito proibitório
Analytics

Save Como
Acceptantecipado,
All trata3se da aão dedicada a repelir .udicialmente a ameaa de
tur$aão ou es$ul4o' Esta aão é um e6emplo cristalino da c4amada t!tela inibitória,
inibitória, t*tulo
Mic4ell 0unes Midle. Maron 34

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 $em e6plorado por Marinoni, que visa a o$ter uma provid/ncia .urisdicional destinada a
compelir al%uém a não fa0er alg!ma coisa'
coisa'
Marino
Mar inoni
ni de+in
de+inee a tut
tutela
ela ini$it)ria como a t!tela da prevenção de riscos'
ini$it)ria riscos' Este
conceito é $astante $em sucedido, porque disp?e e6atamente o que .usti+ica tais a?es
 .udiciais& impedir que o dano c4e%ue a se concreti"ar' Z um meio $astante e+ica", a tutela
ini$it)ria, de proteão e+etiva a direitos da personalidade por e6emplo, al%o que não é tão
e+ica" commas
des+eitos, a tutela
tute
sim,la no
ressarcit
ressarcit)ria,
m!6imo,)ria,compensados'
pois se sa$e que os avilt
aviltes
es estes direitos
direitos não podem ser 
- interdito proi$it)rio, portanto, é uma aão de escopo ini$it)rio, que comporta
meios cominat)rios para impedir que o pretenso tur$ador ou es$ul4ador leve a ca$o seu
intento' Cominadas as astreintes
astreintes,, se o réu da aão +i"er o que l4e +oi determinado
determinado não +a"er 
 – tur$ar ou es$ul4ar –, padecer!
padecer ! da pena imposta'
ma questão peculiar,
peculiar, aqui, é a an!lise das condi
condi?es
?es da aão' A lei
lei +ala em >.usto
receioH, como se v/ no cap!t  do  do arti%o 7'87; do CC, e este requisito precisa ser avaliado .!
na propositura da aão& é inte%rante do interesse de a%ir, mais precisamente do interesse3
necessidade'

*.'.'. 2an!tenção de posse

A manutenão de posse ca$e para repelir a tur$aão que .! se encontre em curso'


2ur$aão é qualquer moléstia # posse al4eia, conceito realmente $em a$ran%ente' - pedido,
nesta aão, é o retorno ao estado anterior das coisas, como se encontravam antes da
tur$aão ter lu%ar'

*.'./. 6eintegração de posse

A reinte%raão de posse tem lu%ar quando o es$ul4o .! se operou, e o possuidor 


intenta retomar .udicialmente a sua posse' Es$ul4o é a apreensão de um $em por meios
in.ustos – viol/ncia, clandestinidade ou precariedade' - es$ul4o pressup?e perda total da
disponi$ilidade do $em, pois se ainda 4! como dispor do $em, o possuidor dever! a.ui"ar a
manutenão de posse'
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Ve.a o arti%o
personalization, and analytics. You 7';O do CPC&
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or accept the default settings. >Art' 7';O' Kuem, não sendo parte no processo, so+rer tur$aão ou es$ul4o na
 posse de seus $ens por ato de apreensão .udicial, em casos como o de pen4ora,
dep)si
dep )sito,
to, ar
arres
resto,
to, seq^es
seq^estro
tro,, ali
aliena
enaão
ão .udici
.udicial,
al, arr
arreca
ecada
daão,
ão, arrol
arrolame
amento
nto,,
Privacy Policy invent!rio, partil4a, poder! requerer l4e se.am manutenidos ou restitu*dos por meio
de em$ar%os'
Marketing \ 7] -s em$ar%os podem ser de terceiro sen4or e possuidor, ou apenas possuidor'
\ 8] Equipara3se a terceiro a parte que, posto +i%ure no processo, de+ende $ens que,
Personalization  pelo t*tulo de sua aquisião ou pela qualidade em que os possuir,
possuir, não podem ser 
Analytics atin%idos pela apreensão .udicial'
\ L] Considera3se tam$ém terceiro o c(n.u%e quando de+ende a posse de $ens
Save Accept All dotais, pr)prios, reservados ou de sua meaão'H
Mic4ell 0unes Midle. Maron 35

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

A redaão do \ 7 do arti%o supra dei6a claro que o possuidor não propriet!rio


 poder! opor tais em$ar%os, o que trans+orma este instrumento em uma aão possess)ria
at*pica'
Este instrumento se presta a dar oportunidade de vo" processual a quem se sentir 
 pertur$ado em sua posse por uma apreensão .udicial comandada em processo de que não
+e" parte' Assim, se res%uarda a necess!ria adstrião da e+ic!cia su$.etiva do .ul%ado, eis
que decisão
 por se não l4e +oi oportuni"ada
.udicial ali pro+erida'participaão processual, não pode o possuidor ser atacado
Ve.a, a%ora, o arti%o 8, \ L], do CPC&
>Art' 8' A alienaão
alienaão da coisa ou do direito
direito liti%ioso,
liti%ioso, a t*tulo
t*tulo particular
particular,, por ato
entre vivos, não altera a le%itimidade das partes'
'''G
\ L] A sentena,
sentena, pro+erida
pro+erida entre as partes
partes ori%in!ri
ori%in!rias,
as, estende os seus e+eitos ao
adquirente ou ao cession!rio'H

Es
Este
te di
disp
sposi
ositi
tivo
vo te
tem
m po
porr e+
e+ei
eito
to evita
evitarr di
dili
li%/n
%/nci
cias
as ma
mali
lici
cios
osas
as que podem
podem ser 
empreendidas por réus em a?es possess)rias que, vendo3se em vias de sucum$ir na aão,
 podem crer que, passando o $em a terceiros, evitarão a +ora da sentena que l4e se.a
des+avor!vel'
des+avor! vel' - terceiro, rece$edor da posse, ao ver3se diante
diante da sentena
sentena que determina
determina a
 perda do $em, poderia se valer dos em$ar%os de terceiro possuidor, mas não 4! esta
 proteão& a sentena pro+erida contra o ori%inal l4e alcana, por e6pressa previsão deste
dispositivo supra'

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Casos Concretos
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Analytics Kuestão 7
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 36

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 Pa!la prop:s Ação de 6eintegração de Posse em face de 2aria L1cia e o!tro.


 Ad!0i! a a!tora, em síntese, ter exercido a posse sobre de
determinado
terminado bem imóvel, tendo o
mesmo sido invadido pelos r+!s, imp!tando"l$es, desse modo, a prática de esb!l$o. A *M 
r+ oferece! contestação s!stentando %!e não $o!ve esb!l$o possessório. Alega %!e a posse
 foi ad%!irida reg!larmente de terceir
terceiro,
o, %!e se encontrava na posse anterior do bem.
 6essalta %!e
% !e o imóvel se encontrava de fato abandonado, %!ando ssee de! a oc!
oc!pação
pação pelo
terceiro. Decida a %!estão, f!ndamentadamente.
Resposta # Kuestão 7

- arti%o 7'878 do CC tra" a se%uinte determinaão&


>Art' 7'878' - possuidor pode intentar a aão de es$ul4o, ou a de indeni"aão,
contra o terceiro, que rece$eu a coisa es$ul4ada sa$endo que o era'H

- terceiro que rece$eu o $em das mãos de um es$ul4ador, sa$endo da ori%em do


 $em, ver3se3! como réu' Contudo, se o terceiro possuidor descon4ece a ori%em do $em,
adquirente de $oa +é, não se op?e a ele a previsão do dispositivo'
 0o caso, a ori%em do $em não era sequer viciada, pelo que sequer se co%ita de
qualquerAirre%ularidade
respeito, ve.a odase%uinte
posse do.ul%ado
terceirodoadquirente'
2J<RJ&
>Processo&
>Processo& ;;;9O=3OF
;;;9O=3OF'8;;
'8;;''7
''7=';;L
=';;L 8;;F';;7'
8;;F';;7';8LL9
;8LL9G'
G' APEBAC
APEBACA-'
A-' JD5'
DE5' MAR-
DE5' MAR- MAR2I0
MAR2I05 5 3 Jul
Jul%am
%ament
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o& 89<;<
89<;<8;;
8;;FF 3 DEC
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REI02EQRAS- - DE P-55E' A2-RA
A2-RA KE AA0D-0A EM
IMVEB, KE VEM A 5ER BEQI2IMAME02E -CPAD- P-R 2ERCEIR-'
I0E@I5
I0E @I52b0
2b0CIA
CIA DE VCI-
VCI- 0A AKI5IS-
AKI5IS- -RIQI0
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_RIAA DA P-55E'
P-55E'
-CPAS- KE 5E C-AD0A C-M - PRI0CPI- C-052I2CI-0AB
IMPB
IMPBCCI2
I2-
- DA :0S
:0S-- 5-CI5-CIAB
AB DA P-55 P-55E'E' 2RA0
2RA05:
5:ER
ERb0
b0CI
CIA
A
P-52
P- 52ER
ERI-
I-R
R PARA
ARA A 7A RZ, RZ, K
KE E ADK
ADKIRIRE E A P-55
P-55EE DE M-D-
M-D-
-0ER-5-
-0E R-5-'' P-55E
P-55E DA 7A RZ KE 5E CARAC2E CARAC2ERIU RIUAA C-M
C-M-- J52
J52A'
I0E@I52b0CIA DE BE5- P-55E55RIA' 5E02E0SA DE
IM
IMPR
PR-C
-CED
EDb0
b0CI
CIA
A KE
KE 5E M-52R -52RA A E5E5C-C-RR
RREI
EI2
2A' REC
RECR5
R5--
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 2arcos, ao via-ar para a G!ropa, deixo! sob
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a g!arda de Carlos !m a!tomóvel.
 Acontece %!e Ant:nio, irmão de 2arcos, sob o arg!mento de ser o verdadeiro proprietário
do veíc!lo, tomo!"o de Carlos mediante violncia. Carlos, inconformado com a atit!de de
Privacy Policy Ant:nio, prop:s ação de reintegração de posse. Ant:nio alego!, todavia, %!e, por ser 
Carlos mero detentor, carecia de legitimidade ad ca!sam, devendo o processo ser extinto
Marketing
 sem -!lgamento do m+rito. Perg!nta"seB
PersonalizationaF 9em
9em f!ndamento a arg!mentação de Ant:nio= Gxpli%!e.
bF Poderia Carlos, logo após a agressão, mediante a-!da de amigos, !tili0ar de
Analytics
 força para reaver o bem= Gxpli%!e.
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 37

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

cF eria legítima a atit!de de 2arcos no sentido de !sar de violncia para reaver o


 se! a!tomóvel, dois meses após o esb!l$o, ao retornar de s!a viagem= G se o
a!tomóvel realmente pertencesse a se! irmão=
dF e em ação de reintegração de posse 2arcos provar %!e era o poss!idor do
veíc!lo, %!e $o!ve o esb!l$o e %!e conse%Nentemente perde! a posse, poderá o -!i0
acatar alegação de domínio, devidamente provada por Ant:nio= Gxpli%!e.

Resposta # Kuestão 8

aG 0ão' - de depo
possit!ri
rioo, +i
+i%%ura del
deliinead
adaa no ca
caso
so,, é le%
le%*timo pos
possuidor da
coisa, e por isso é le%itimado para o +eito' Esta é a corrente de Caio M!rio,
 $aseada no arti%o 7'7=O do CC&
>Art' 7'7=O' Considera3se possuidor todo aquele que tem de +ato o e6erc*cio, pleno
ou não, de al%um dos poderes inerentes # propriedade'H

Mesmo que não ten4a a plenitude do e6erc*cio, ainda é possuidor' Vale


mencionar que 4! uma corrente minorit!ria que de+ende que o deposit!rio é
mero detentor, quando então não teria esta le%itimidade – mas não 4! muita

 $G e6pressão nesta vertente'


5e%uindo3se a corrente ma.orit!ria, de que é poss
possuidor,
uidor, é ca$*vel qualquer 
de+esa da posse que incum$e a qualquer possuidor' 5e se adotar a corrente que
entende que 4! detenão, 4! uma su$divisão, parte de+endendo inca$*vel a
autotutela, parte reputando necess!ria, para que ele possa cumprir o dever de
restituir que o incum$e'
cG - ddes
es+o
+or
roo s)
s) pod
podee ser
ser ut
utiili
li"a
"ado
do de +o
+orm
rmaa iime
medi
diat
ata,
a, lo%
o%oo ap)
ap)ss o es
es$u
$ul4
l4o'
o'
a de+inião de >lo%o ap)sH é casu*stica, mas ma.oritariamente se de+ende que o
in*cio do pra"o ocorre no dia do es$ul4o, sendo que, minoritariamente, 4!
quem de+enda que o pra"o para de+inião da imediatidade tem in*cio apenas
quando o possuidor teve a ci/ncia do es$ul4o' Adotando3se a corrente maior,
no caso, não é ca$*vel a autotutela'
Mesmo o $em pertencendo ao irmão de Marcos, sua tomada con+i%ura
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es$ul4o, pois deveria ter se valido das medidas .udiciais ca$*veis'
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dG De +orma al%uma' A aão possess)ria não comporta a$solutamente
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nen4uma discussão de cun4o dominial, 4o.e, a teor do arti%o 7'87;, \ 8], do
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Tema &I
Mic4ell 0unes Midle. Maron 38

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 
 8dentificação dos direitos reais. PropriedadeB modos de a%!isição, conceitos, características, f!nção social 
da propriedade, teoria do ab!so do direito, alcance e limites constit!cionais, legais e convencionais.
 2!ltiplicidade dominial. Propriedade !rbana e s!as características. Propriedade r!ral. Gxpropriação
Gxpropriação social.
 Propriedade resol1vel
resol1vel e revogável.
revogável. Propriedade limitada. Da descoberta.

Notas de Aula9

1. Pro$riedade

N! tr/s +ormas de conceituar propriedade' N! o conceito le%al, insculpido no cap!t 


do arti%o 7'88 do CC, que é um conceito descritivo, e que consiste no direito real que
assiste a quem possa usar, %o"ar, dispor e reaver a coisa' Ve.a&
>Art' 7'88' - propriet!rio tem a +aculdade de usar, %o"ar e dispor da coisa, e o
direito de reav/3la do poder de quem quer que in.ustamente a possua ou deten4a'
'''GH

Pode3se tam$ém conceituar a propriedade de modo anal*tico, perscrutando todas as


caracter*sticas da propriedade' Enquanto o conceito le%al é descritivo, traando os poderes
do
umpropriet!rio
propri et!rio,
direito
direito , oéconcei
real1 conceito
a$so to o,
a$solut anal*tico
luto, pois é +ornece
opo
opon*v as erga
n*vel
el caracte
caracter*sti
r*sticas
omnes
omnes1 cas
1 e do instituto&
instituto
é um & a limitado,
direito propriedade
propriedade é
por 
contorno
contornoss con
consti
stituci
tucionai
onais,
s, in+rac
in+raconst
onstit
ituci
ucionai
onaiss e conv
convenc
encion
ionais,
ais, como
como se in+ere,
in+ere, por 
e6emplo, do arti%o 7'8L7 do CC&
>Art' 7'8L7' A propriedade presume3se plena e e6clusiva, até prova em contr!rio'H

 0o CC de 7=7O, o arti%o correspondente, 98F, +alava erroneamente em ilimitaão,


 pelo que +oi $em corri%ido pelo le%islador de 8;;8' Ve.a&
Ve.a&
>Art' 98F' - dom*nio presume3se e6clusivo e ilimitado,
ilimitado, até prova em contr!rio'H
- que se presume por propriedade plena, 4o.e, na +orma do arti%o 7'8L7 do CC, é
que não 4a.a %ravames, até que se prove al%uma destas condi?es, e não que se.a um direito
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possi$ilidade
essential não o é' Dentre
de usucapião, os limitesadministrativa,
de requisião constitucionaise #a propriedade, pode3se
pr)pria e6i%/ncia apontar 
de atenão
functionality, as# well
+unão social, marcantemente a que permite a perda da propriedade de terras em que se
as marketing,
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cultivem plantasYoupsicotr)picas7;, na +orma do arti%o 8L da CR:&
may change your settings at any time
or accept the default settings. >Art' 8L' As %le$as de qualquer re%ião do Pa*s onde +orem locali"adas culturas
il
ile%
e%ai
aiss de pl plan
anta
tass psic
psicot
otr)
r)pi
pica
cass se
serã
rãoo im
imed
edia
iata
tame
ment
ntee e6
e6pr
prop
opri
riad
adas
as e
especi+icamente
especi+icame nte destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos
Privacy Policy aliment*cios e medicamentosos, sem qualquer indeni"aão ao propriet!rio e sem
 pre.u*"o de outras
outras san?es previstas
previstas em lei'
Marketing Par!%r
Par !%ra+o
a+o nico'
nico' 2odo
2odo e qualqu
qualquer
er $em de val
valor
or econ(m
econ(mico
ico apreen
apreendid
didoo em
Personalization
decorr/ncia do tr!+ico il*cito de entorpecentes e dro%as a+ins ser! con+iscado e
reverter! em $ene+*cio de institui?es e pessoal especiali"ados no tratamento e
Analytics

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=
 Aula ministrada
7; Accept pelo
All pro+essor Marco Aurélio e"erra de Melo, em 8=<F<8;;='
 N! uma proposta de emenda constitucional que pretende dar a mesma soluão e6propriat)ria #s situa?es
em que se constatar e6ploraão de tra$al4o escravo'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 39

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

recuperaão de viciados e no aparel4amento e custeio de atividades de +iscali"aão,


controle, prevenão e repressão do crime de tr!+ico dessas su$stncias'H

Como limites in+raconstitucionais, podem3se apontar como e6emplos os direitos de


vi"in4
vi"in4an
ana,
a, que limi
limitam
tam a e6p
e6plor
loraão
aão da prop
proprie dade,, ou as clá!s!las restritivas,
riedade restritivas, que
limitam a sua disposião – a inaliena$ilidade, a incomunica$ilidade e a impen4ora$ilidade'
Ve.a o arti%o 7' do CC&
>Art' 7'' 5alvo se 4ouver .usta causa, declarada no testamento, não pode o
testad
testador
or esta$e
esta$elec
lecer
er cl!
cl!usu
usula
la de ina
inalie
liena$
na$ili
ilidad
dade,
e, im
impen
pen4or
4ora$i
a$ilid
lidade
ade,, e de
incomunica$ilidade,
incomunica$ili dade, so$re os $ens da le%*tima'
\ 7] 0ão é permitido ao testador esta$elecer a conversão dos $ens da le%*tima em
outros de espécie diversa'
\ 8] Mediante autori"aão .udicial e 4avendo .usta causa, podem ser alienados os
 $ens %ravados, convertendo3se o produto em outros $ens, que +icarão su$3ro%ados
nos (nus dos primeiros'H

- instituto das cl!usulas restritivas é protetivo, não consistindo em uma limitaão


%ratuita, sem +undamento, so$re a disponi$ilidade da propriedade' Por isso, é preciso que
4a.aa .ust
4a. .usti+
i+ic
icat
ativ
ivaa su+
su+ic
icie
ient
ntee par
paraa em
em$as
$asar
ar a im
impos
posiião
ão de ta
tais
is %ravam
%ravames,
es, ta
tall co
como
mo a
altamente
altam ente prov!vel dilapidaão
dilapidaão do patrim(nio
patrim(nio pelo 4erdeiro, que é dependente
dependente qu*mico de
entorpecentes e provavelmente venderia o $em para sustentar seu v*cio'
Nave
Na vendo
ndo ququal
alqu
quer
er da
dass re
rest
stri
ri?
?es
es co
comp
mprov
rovad
adas,
as, a propri
propried
edade
ade dei
dei6a
6a de seser 

considerada
conside rada plena' - dispositiv
dispositivoo em an!lise,
an!lise, 7'8L7 do CC, ainda +ala que a proprie
propriedade
dade se
 presume e6clusiva' Per%unta3se& o condom*nio é uma e6ceão # e6clusividade da
 propriedade
 0a verdade, não se trata de uma e6ceão # e6clusividade, podendo3se +alar, no
m!6imo, em uma miti%aão, pois cada cond(mino, perante terceiros, é titular do todo' -
rasil, para e+eitos de condom*nio, adotou a teoria da  propriedade integral , di+erentemente
do conceito romanista' - quin4ão de cada um s) é relevante na relaão interna, entre os
 pr)prios cond(minos, para +ins de rateio de despesas, vanta%ens e responsa$ilidades1
 perante terceiros, cada um repres
representa
enta e6clusiva prop
propriedade
riedade so$re o $em' Z uma miti%aão,
e não uma e6ceão, .ustamente por ter, o aquin4oamento, al%uma relevncia – interna –,
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masessential
permanecendo
terceiros'
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functionality, as well as-utra
marketing,
caracter*stica apontada na conceituaão anal*tica da propriedade é a sua
personalization, and analytics. You& ela não se e6tin%ue pelo mero decurso do tempo, não tendo +im sequer 
 perp+t!a&
nature"a perp+t!a
nature"a
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 pelo não uso' N! dois direitos reais, porém, que são su.eitos # e6tinão pelo não uso, no
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direito positi
direito positivo&  servidão predial e o !s!fr!to
vo& aa servidão !s!fr!to'' 0a primeira,
primeira, o le%islador
le%islador imprimiu pra"o,
como se v/ no arti%o 7'L=, III, do CC&
Privacy Policy
>Art' 7'L=' 2am$ém
2am$ém se e6tin%ue a servidão, +icando ao dono do prédio serviente a
Marketing +aculdade de +a"/3la cancelar, mediante a prova da e6tinão&
'''G
Personalization III 3 pelo não uso, durante de" anos cont*nuos'H
Analytics
Z claro que as servid?es cont*nuas, que não e6i%em atuaão 4umana para se
Save implementarem em seu e+eito, como a servidão predial de vista, cont*nua e não aparente,
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 4

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

que impede a construão acima de determinado %a$arito, não podem ser desconstitu*das
 pelo não uso, simplesmente porque não se tem possi$ilidade
pos si$ilidade natural*stica de não us!3la'
 0o usu+ruto, a e6tinão pelo não uso vem no arti%o
ar ti%o 7'7;, VIII, do CC&
>Art' 7'7;' - usu+ruto e6tin%ue3se, cancelando3se o re%istro no Cart)rio de
Re%istro de Im)veis&
'''G
VIII 3 Pelo não uso, ou não +ruião, da coisa em que o usu+ruto recai arts' 7'L=; e
7'L==G'H

Esta previsão de e6tinão é uma mani+estaão da +unão social do instituto, porque


a não utili"aão dos poderes pelo usu+rutu!rio p?em por terra o sentido da constituião
deste direito real'
Kuanto ao usu+ruto, ainda 4! uma controvérsia quanto ao pra"o' Pode3se entender 
que 4a.a uma lacuna quanto ao pra"o de não uso, e suprir3se com a analo%ia ao arti%o
7'L=, III, do CC, supra1 ou pode3se empreender uma interpretaão con+orme a CR:, que
v/ este sil/ncio como eloq^ente, esta$elecendo que o pra"o ser! casu*stico – posião de
Marco Aurélio e"erra de Melo'
- direito real de super+*cie é apontado por al%uns como e6emplo de direito desta
nature"a que se e6tin%ue tam$ém pelo não uso, mesmo que no direito positivo não se
encontre esta previsão'
Ainda no conceito anal*tico, além de ser a$soluto, limitado, pleno, e6clusivo e
 perpétuo, 4! que se mencionar que a propriedade tem todas as demais caracter*sticas de
todo direito real sequela, am$ulatoriedade, ader/ncia, pre+er/ncia, etc'G, ve" que ela é, de
+ato, e6emplo de direit
direitoo real por e6cel/ncia'
e6cel/ncia' A propriedad
propriedadee é a maior sen4oria
sen4oria que al%uém
 pode e6ercer
e 6ercer so$re al%uma coisa' Em verdade, esta ltima +rase pode ser apontada como o
conceito mais sintético poss*vel de propriedade& é o maior dom*nio poss*vel so$re uma
 $em'

7'7' Modos de aquisião da propriedade

Cada modalidade de aquisião da propriedade ser! a$ordada de +orma detal4ada,


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rop rieeaqui
ropri dadeumapo
a$orda%em
pod serr mais
de se adquiampla
rida ede%enérica
+orrmaso$re
+o ori%oin!
tema'
n!r
ria ou deri rivvada
da''
functionality, as well as marketing, a aquisião é ori%in!ria quando ela não decorre de uma trans+er/ncia
Ma.oritariamente,
personalization, and propriet!rio
entre analytics. Youanterior e atual, ou se.a, não 4! propriet!rio anterior a ser considerado na
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cadeia' A aquisião derivada, por )$vio, é o contr!rio& 4! uma transmissão de propriedade a
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ser levada em conta'
 0a aquisião ori%in!ria, os v*cios que eventualmente eivassem a coisa não são
Privacy Policycarreados ao novel propriet!rio' 0a derivada, podem ser levados os v*cios anteriores #
 propriedade do adquirente'
Marketing Como meios de aquisião ori%in!ria temos a usucapião1 a ocupaão de res derelicta
ou res n!lli!s1
Personalizationn!lli!s1 a acessão imo$ili!ria, etc' Por aquisião derivada, temos como e6emplos a
compra e venda, a doaão, a sucessão mortis ca!sa,
ca!sa, etc'
Analytics
Para
Para papart
rtee da do
dout
utri
rina
na,, a aqu
aquis
isi
ião
ão ori%i
ori%in!
n!ri
riaa ro
romp
mpee to
toda
dass as re
rela
la?
?es
es qu
quee
Save
um $emAccept
 porventura All aquele $em por o$.eto' Por e6emplo, uma 4ipoteca que reca*sse so$re
tivessem
seria desconstitu*da quando este $em +osse usucapido' 5e%unda corrente, porém,
Mic4ell 0unes Midle. Maron 41

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

de+ende que não s) o +ato de ser ori%in!ria apa%a toda e qualquer marca que o $em ten4a
consi%o&& 4! que se anali
consi%o analisar
sar qual é o direito real que est! sendo usucapid
usucapido,
o, porque é aquele
e6atamente o que ser! constitu*do para o adquirente' Entenda& se o $em usucapido é $em
4ipotecado, o adquirente est! adquirindo a propriedade do devedor 4ipotec!rio, e nada
mais' 5e não e6istia propriedade plena, não pode a usucapião simplesmente cri!3la – 4aver!
a usucapião da propriedade limitada, que é a nica que e6iste, no e6emplo da 4ipoteca'
A desco$erta, o encontro de coisa perdida, %era para o desco$ridor o$ri%aão de
mediantee recompensa, a qual rece$e nome curioso& trata3se do ac$ádego
restituir ao dono, mediant
restituir ac$ádego''
Esta recompensa tem parmetro le%al no arti%o 7'8L do CC&
>Art' 7'8L' Aquele que restituir a coisa ac4ada, nos termos do arti%o antecedente,
ter! direito a uma recompensa não in+erior a cinco por cento do seu valor, e #
indeni"aão pelas despesas que 4ouver +eito com a conservaão e transporte da
coisa, se o dono não pre+erir a$andon!3la'
Par!%ra+o nico' 0a determinaão do montante da recompensa, considerar3se3! o
es+oro
es+oro desenvolv
desenvolvido
ido pelo desco$rid
desco$ridor
or para encontrar
encontrar o dono, ou o le%*timo
le%*timo
 possuidor,, as possi$ilidades que teria este de encontrar a coisa e a situaão
 possuidor
econ(mica de am$os'H

7'8' :unão social da propriedade

 A propriedade obriga
obriga'' A proprieda
propriedade
de e6i%e que seu titul
titular
ar se comporte de acordo
com o que se espera daquele $em, na sociedade' Desde a Constituião de eimar, em 7=7F,
e a Constituião Me6icana de 7=7= .! se vislum$ra este conceito' A +unão social é mais do
que um mero limite ao e6erc*cio da propriedade1 é uma o$ri%aão imposta ao propriet!rio,
que, se descumprida, leva # perda da tutela .ur*dica' Ve.a os arti%os 9], @@II e @III, e 7F;,
II e III, da CR:&
>'''G
@@II 3 é %arantido o direito de propriedade1
@@III 3 a propriedade atender! a sua +unão social1
'''GH

>Art' 7F;' A ordem econ(mica, +undada na valori"aão do tra$al4o 4umano e na


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ditames da .ustia social, o$servados os se%uintes princ*pios&
functionality, as well as marketing, '''G
personalization, and analytics. You II 3 propriedade privada1
may change your settings at any time III 3 +unão social da propriedade1
or accept the default settings. '''GH

Assim como a propriedade é um a %arantia, a o$servncia de sua +unão social é um


Privacy Policy(nus a ser suportado por quem a titulari"a'
Marketing Perce
Perce$e
$e3se
3se umumaa cecert
rtaa nu
nuanc
ancee socia
sociali
list
staa ne
nest
staa pr
previ
evisão
são,, mas
mas nã nãoo se +a
+ala
la em
soci
social
alis
ismo
mo,, mu
muit
itoo menos
menos em com comuni
unism
smo,
o, pe
pelala ad
adoã
oãoo de
dest
staa di
diret
retri
ri"'
"' o co
comu
muninismo
smo
Personalization
simplesmente ne%a o conceito de propriedade1 o socialismo, por sua ve", empresta muito
mais vi%or # atividade prestacional estatal, não sendo delineado pelo mero +uncionalismo
Analytics
dos institutos'
institutos' Pode3se +alar
+alar,, isto sim, como .! di"ia Cl)vis evil!
evil!qua,
qua, que o ordenamento
Save se%ue3seAccept
%uiadoAllpela diretri" da socialidade, que é a orientaão +uncional social de todos os
institutos'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 42

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- arti%o 78 da CR: trata da +unão social da propriedade ur$ana&


>Art' 78' A pol*tica de desenvolvimento ur$ano, e6ecutada pelo Poder P$lico
municipal, con+orme diretri"es %erais +i6adas em lei, tem por o$.etivo ordenar o
 pleno desenvolvimento das +un?es sociais da cidade e %arantir o $em3 estar de
seus 4a$itantes'
\ 7 3 - plano diretor, aprovado pela Cmara Municipal, o$ri%at)rio para cidades
co
comm mais
mais de vivint
ntee mil
mil 4a
4a$i
$ita
tant
ntes
es,, é o ininst
stru
rume
ment
ntoo $!si
$!sico
co da po
pol*
l*ti
tica
ca de
desenvolvimento e de e6pansão ur$ana'
\ 8 3 A propriedade ur$ana cumpre sua +unão social quando atende #s e6i%/ncias
+undamentais de ordenaão da cidade e6pressas no plano diretor'
diretor'
\ L 3 As desapropria?es de im)veis ur$anos serão +eitas com prévia e .usta
indeni"aão em din4eiro'
\  3 Z +acultado ao Poder P$lico municipal, mediante lei espec*+ica para !rea
inclu*da no plano diretor, e6i%ir, nos termos da lei +ederal, do propriet!rio do solo
ur$ano não edi+icado, su$utili"ado ou não utili"ado, que promova seu adequado
aproveitamento, so$ pena, sucessivamente,
sucessivamente, de&
I 3 parcelamento ou edi+icaão compuls)rios1
II 3 imposto so$re a propriedade predial e territorial ur$ana pro%ressivo no tempo1
III 3 desapropriaão com pa%amento mediante t*tulos da d*vida p$lica de emissão
 previamente aprovada pelo 5enado :ederal, com pra"o de res%ate de até de" anos,
em parcelas anuais, i%uais e sucessivas, asse%urados o valor real da indeni"aão e
os .uros le%ais'H
- arti%o ] do Estatuto da Cidade e6prime os instrumentos .ur*dicos e pol*ticos
capa"es de implementar a +unão social da ppropriedade'
ropriedade' Ve.a&
Ve.a&
>Art' ] Para os +ins desta Bei, serão utili"ados, entre outros instrumentos&
I – pla
planos
nos nacion
nacionais
ais,, re%ion
re%ionais
ais e estadu
estaduais
ais de ordena
ordenaão
ão do terri
territ)r
t)rio
io e de
desenvolvimento econ(mico e social1
II – pl plan
ane.
e.am
amenento
to da dass re
re%i
%i?e
?ess metr
metrop
opol
olit
itan
anas
as,, a%
a%lo
lome
mera
ra?
?es
es ur$a
ur$ana
nass e
microrre%i?es1
III – plane.amento municipal, em especial&
aG plano diretor1
 $G disciplina do
do parcelamento,
parcelamento, do uso e da ocupaão
ocupaão do solo1
cG "oneamento am$iental1
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participativa1
personalization, and analytics. You %G planos, pro%ramas e pro.etos setoriais1
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4G planos de desenvolvimento econ(mico e social1
IV – institutos tri$ut!rios
tri$ut!rios e +inanceiros&
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aG imposto so$re a propriedade predial e territorial ur$ana 3 IP21
 $G contri$uião
contri$uião de mel4oria1
cG incentivos e $ene+*cios +iscais e +inanceiros1
Privacy Policy V – institutos .ur*dicos e pol*ticos&
aG desapropriaão1
desapropriaão1
Marketing  $G servidão administrativa1
administrativa1
Personalization cG limita?es administrativas1
dG tom$amento de im)veis ou de mo$ili!rio ur$ano1
Analytics eG instituião de unidades de conservaão1
+G instituião de "onas especiais de interesse social1
Save Accept All %G concessão de direito real de uso1
4G concessão de uso especial para +ins de moradia1
iG parcelamento, edi+icaão ou utili"aão compuls)rios1
Mic4ell 0unes Midle. Maron 43

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 .G usucapião especial


especial de im)vel ur$ano1
lG direito de super+*cie1
mG direito de preempão1
nG outor%a onerosa do direito de construir e de alteraão de uso1
oG trans+er/ncia do direito de construir1
 pG opera?es ur$anas
ur$anas consorciadas1
qG re%ulari"aão +undi!ria1
rG assist/ncia
menos técnica e .ur*dica %ratuita para as comunidades e %rupos sociais
+avorecidos1
sG re+erendo popular e ple$iscito1
VI – estudo prévio de impacto am$iental EIAG e estudo prévio de impacto de
vi"in4ana EIVG'
\ 7] -s instrumentos mencionados neste arti%o re%em3se pela le%islaã
le%islaãoo que l4es é
 pr)pria, o$servado
o$servado o disposto nesta
nesta Bei'
\ 8] 0os casos
casos de pro%ra
pro%ramas
mas e pro.et
pro.etos
os 4a$ita
4a$itacio
cionai
naiss de in
inter
teress
essee soc
social
ial,,
desenvolvidos por )r%ãos ou entidades da Administraão P$lica com atuaão
espec*+ica nessa !rea, a concessão de direito real de uso de im)veis p$licos
 poder! ser contratada
contratada coletivamente'
coletivamente'
\ L] -s instrumentos previstos neste arti%o que demandam disp/ndio de recursos
 por parte do Poder P$lico municipal devem ser o$.eto de controle social,
%arantida a participaão de comunidades, movimentos e entidades da sociedade
civil'H

As  propriedades especiais
especiais,, propriedades do intelecto – direito autoral, marcas e
 patentes, etc' – são i%ualmente suscet*veis # +unão social' Delas se espera, tal como
quaisquer outras propriedades, o implemento da +uncionalidade social' Mel4or e6emplo
desta situaão é a patente de medicamentos, propriedade intelectual altamente relevante #
sociedade, cu.a que$ra de e6clusividade na +)rmula permite a disponi$ili"aão do $em a
muito mais pessoas que dele necessitem'

7'L' An!lise do arti%o 7'88 do CC

- arti%o 7'88 do CC, cu.o cap!t  .!


 .! +oi transcrito, precisa de uma an!lise amide,
eis que é a verdadeira sede maior do direito de propriedade' Ve.a3o na *nte%ra&
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direito7'88' - propriet!rio
de reav/3la temquem
do poder de a +aculdade
quer quede usar, %o"araepossua
in.ustamente disporou
dadeten4a'
coisa, e o
functionality, as well as marketing, \ 7] - direito de propriedade deve ser e6ercido em consonncia com as suas
personalization, and analytics. You +i
+ina
nali
lida
dade
dess ec
econ
on(m
(micicas
as e soci
sociai
aiss e de modo
modo ququee se.a
se.amm pres
preser
erva
vado
dos,
s, de
may change your settings at any time con+ormidade com o esta$elecido em lei especial, a +lora, a +auna, as $ele"as
or accept the default settings. naturais, o equil*$rio ecol)%ico e o patrim(nio 4ist)rico e art*stico, $em como
evitada a poluião do ar e das !%uas'
\ 8] 5ão de+esos os atos que não tra"em ao propriet!rio qualquer comodidade, ou
Privacy Policy utilidade, e se.am animados pela intenão de pre.udicar outrem'
\ L] - propriet!rio pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriaão, por 
Marketing necessidade ou utilidade p$lica ou interesse social, $em como no de requisião,
em caso de peri%o p$lico iminente'
Personalization \ ] - propriet!rio tam$ém pode ser privado da coisa se o im)vel reivindicado
consistir em e6tensa !rea, na posse ininterrupta e de $oa3+é, por mais de cinco
Analytics anos, de consider!vel nmero de pessoas, e estas nela 4ouverem reali"ado, em
con.unto ou separadamente, o$ras e servios considerados pelo .ui" de interesse
Save Accept All social e econ(mico relevante'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 44

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

\ 9] 0o caso do par!%ra+o antecedente, o .ui" +i6ar! a .usta indeni"aão devida ao


 propriet!rio1 pa%o o preo, valer! a sentena como t*tulo para o re%istro do im)vel
em nome dos possuidores'H

- cap!t  trata
  trata dos poderes essenciais do dom*nio, que .! +oram a$ordados' - \ 7]
e6prime, mais uma ve", a adesão p!tria # diretri" da +unão social da propriedade, o que
tam$ém .! +oi alvo de an!lise em t)pico anterior'
- \ 8] do arti%o em questão consa%ra a teoria do ab!so do direito de propriedade'
propriedade '
 0a sua primeira parte, tra" o viés o$.etivo, que veda a pr!tica de atos, pelo propriet!rio, que
não ten4am nen4uma serventia a este, o que se veri+ica concretamente1 e no +inal, adiciona
o viés su$.etivo, que é o nimo de pre.udicar quem quer que se.a com aquele ato' Ve.a que
4! uma soma de requisitos, na leitura %ramatical do dispositivo, mas a mel4or doutrina
aconsel4a que se leia, ali, uma alternatividade& ser! a$uso do direito a pr!tica de atos
inteis, ou a pr!tica de atos que, mesmo teis, se.am animados unicamente pelo esp*rito e
emulaão77'
- a$uso do direito, por )$vio, pressup?e que o direito e6ista, para poder ser 
a$usado' Promovendo a$uso do direito que l4e assista, o propriet!rio est! cometendo ato
il*cito, o c4amado ilícito f!ncional , in cas!,
cas!, porque violador .ustamente da +unão social
que se espera daquele direito'

se.a, o N!
atoquem critiquePara
emulativo' a previsão de qualquer
quem assim pensa, su$.etividade
qualquer usoneste a$uso de direito,
da propriedade que nãoou
 proporcione comodidade ou utilidade a seu titular é a$usivo, desde que pertur$e outrem' A
 perspectiva deve ser o$.etiva e +unc
+uncional,
ional, tão somente' Z por isso que se pode entender, por 
e6emplo, que passa%em +orada se.a impostas a um im)vel mediante a indeni"aão
corretaG, mesmo que o que precisa de tal passa%em não este.a encravado, se não causar 
 pre.u*"o relevante ao serviente' Ve.a,
Ve.a, a respeito, o enunciado  do CJ:&
>Enunciado , CJ: – Art' 7'89& - direito de passa%em +orada, previsto no art'
7'89 do CC, tam$ém é %arantido nos casos em que o acesso # via p$lica +or 
insu+iciente ou inadequado, consideradas, inclusive, as necessidades de e6ploraão
econ(mica'H

Pelo ense.o, ve.a o arti%o 7'89 do CC, cu.a interpretaão con+orme a Constituião,
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personalization, and analytics. You >Art' 7'89' - dono do prédio que não tiver acesso a via p$lica, nascente ou
may change your settings at any time  porto, pode, mediante
mediante pa%amento de indeni"aão
indeni"aão ca$al, constran%er
constran%er o vi"in4o a l4e
or accept the default settings. dar passa%em, cu.o rumo ser! .udicialmente +i6ado, se necess!rio'
\ 7] 5o+rer! o constran%imento o vi"in4o cu.o im)vel mais natural e +acilmente se
 prestar # passa%em'
passa%em'
\ 8] 5e ocorrer alienaão parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o
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acesso a via p$lica, nascente ou porto, o propriet!rio da outra deve tolerar a
Marketing  passa%em'
\ L] Aplica3s
Aplica3see o dis
dispos
posto
to no par!%r
par!%ra+o
a+o ant
antece
eceden
dente
te ain
ainda
da quando
quando,, ant
antes
es da
Personalization alienaão, e6istia passa%em através de im)vel vi"in4o, não estando o propriet!rio
deste constran%ido, depois, a dar uma outra'H
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77
 - termo vem do latim em!latio
em!latio,, si%ni+icando a rivali"aão, a intenão de causar a$orrecimento, pre.u*"o ou
inc(modo'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 45

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

  - vi
vi"i
"in4
n4oo que
que se ne ne%a
%a a ccon
onced
ceder
er pa
passa
ssa%e
%em,
m, po
porr serv
servid
idão
ão co
cont
ntra
ratu
tual
al,, est
est!!
cometendo um il*cito +uncional, se não tem motivos para a tanto se ne%ar' Por isso, a
 passa%em +orada ter! lu%ar, mesmo sem encravamento do dominante'
do minante'

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Mic4ell 0unes Midle. Maron 46

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Casos Concretos

Kuestão 7

 &os+, proprietário de terreno ad%!irido de L!ci!s por meio de escrit!ra ddee compra
e venda registrada em '((', propõe ação reivindicatória em face de Jomes, alegando %!e
este o oc!pa in-!stamente. Jomes, em contestação, alega %!e em *>>@ pago! o preço do
im
imóv
óvel
el a 8a
8an,
n, proc!
proc!rad
rador
or em ca!
ca!sa
sa pró
própri
priaa con
const
stit
it!í
!ído
do por L!ci
L!ci!s
!s,, dest
destee obte
obtend
ndoo
 s!bstabelecimento. Perg!nta"seB merece ser acol$ida a pretensão de &os+=

Resposta # Kuestão 7

- mandato em causa pr)pria tem nature"a .ur*dica, verdadeirament


verdadeiramente,
e, de um ato de
alienaão' 0ão é uma mera procuraão' Ve.a o arti%o O9 do CC&
>Art' O9'
>Art' O9' Con+er
Con+erido
ido o mandat
mandatoo com a cl!
cl!usu
usula
la em causa pr)pria
pr)pria,, a sua
revo%aão não ter! e+ic!cia, nem se e6tin%uir! pela morte de qualquer das partes,
+icando o mandat!rio dispensado de prestar contas, e podendo trans+erir para si os
 $ens m)veis ou im)veis
im)veis o$.eto do mandato, o$edecidas
o$edecidas as +ormalidades
+ormalidades le%ais'H

A previsão desta dinmica veio emprestar di%nidade ao >%aveteiroH, aquele que


tin4a seu direito asse%urado apenas por um >contrato de %avetaH, método de trans+er/ncia
de $ens im)veis com lar%o uso, na pra6e'
5endo assim, o que se passou no caso concreto +oi a alienaão prévia por quem
 poderia ter alienado – Ian era mandat!rio em causa pr)pria –, levando # interpretaão de
que Bucius é quem a%iu de +orma errada' - $om direito é de Qomes1 José tem pretensão
improcedente, devendo a%ir em +ace de Bucius por indeni"aão que l4e cai$a'
Ve.a o REsp' 8L'F9;&
>REsp 8LF9; < PE DJ ;<;L<8;;; p' 78F'
REIVI0DICA2RIA' Posse .usta' Z .usta a posse e6ercida por quem rece$eu
su$sta$elecimento de procuraão em causa pr)pria outor%ada pela propriet!ria do
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improcedente' Recurso con4ecido
con4ecido e provido'H
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may change your settings at any time
+rgio, solteiro,
or accept the default settings. falece sem $erdeiros e sem testamento Eab intestatoF, ficando todos
os se!s bens para o m!nicípio, incl!sive !m imóvel onde residia. 9rs meses após a
incorporação dos bens ao patrim:nio p1blico, Andr+, vi0in$o do de c!-!s, oc!pa o referido
Privacy Policy pr+dio e ali se mant+m d!rante !m ano e !m dia, at+ %!e o Poder P1blico, com o ob-etivo
de arrendar o imóvel, decide exp!lsar o invasor atrav+s da força. Acontece %!e Andr+,
Marketing
 para fins de garantir s!a estadia no pr+dio, propõe Ação de 2an!tenção de Posse. O
Personalization
m!nicípio,
m!nicí pio, por s!a ve0, por interm+di
interm+dioo de s!a proc
proc!radori
!radoria,
a, contesta a ação e rec
reconv+m.
onv+m.
 5a contestação alega %!eB aF Andr+ + mero detentor e não poss!idor por%!e os bens
Analytics
 p1blicos são ins!sceptíveis de posse, -á %!
%!ee a Constit!ição proíbe, em se!s artigos *@
*@/,
/,  
Save / e *>*, Accept All 1nico, a !s!capi
parágrafo !s!capião
ão dos mesmos
mesmosKK bF2esmo %!e Andr+ fosse poss!id
poss!idor
or,,
 seria de má"f+, não merecendo, assim, a t!tela legal, pois esta somente existe para o
Mic4ell 0unes Midle. Maron 47

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 poss!idor de boa"f+K cFO m!nicípio + proprietário en%!anto Andr+ + no máximo poss!idor


poss!idor,,
o %!e significa di0er %!e a sit!ação de Andr+ não pode prevalecer em relação  do
m!nicípioK dF5ão + cabível ação possessória em face de ente p1blico. Decida a %!estão
analisando cada arg!mento ded!0ido na contestação.

Resposta # Kuestão 8

-s ar%umentos do munic*pio são improcedentes& o de que a posse de m!3+é não tem


tutela le%al1 a deduão da e6ceão de dom*nio1 a impossi$ilidade de possess)ria contra ente
 p$lico1 e a impossi$ilidade de posse de $ens p$licos' 0ão se est! discutindo, aqui, direito
# propriedade, # usucapião, e sim mera posse' Por isso, André deve ter seu pleito provido'
- im)vel é dominical, e a maioria da doutrina entende que não pode ser usucapido,
mas pode ser possu*do por terceiros, e esta posse merece a tutela le%al, mesmo diante do
Poder P$lico, como se depreende do arti%o =8, par!%ra+o nico, do CPC
>Art' =8' Estando a petião inicial devidamente instru*da, o .ui" de+erir!, sem
ouvir o réu, a e6pedião do mandado liminar de manutenão ou de reinte%raão1 no
caso contr!rio, determinar! que o autor .usti+ique previamente o ale%ado, citando3
se o réu para comparecer # audi/ncia que +or desi%nada'
Par!%ra+o nico' Contra as pessoas .ur*dicas de direito p$lico não ser! de+erida a
manutenã
manut enãoo ou a reinte%r
reinte%raão
aão liminar sem prévia
prévia audi/ncia
audi/ncia dos respectiv
respectivos
os
representantess .udiciais'H
representante

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Mic4ell 0unes Midle. Maron 48

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Tema &II

;s!capião de bens imóveisB f!ndamento, conceito, modo de a%!isição, e nat!re0a da sentença. 6e%!isitos da
 posse ad !s!capionemB posse ininterr!pta, sem oposição e com anim!s domini. A imprescritibilidade dos
bens p1blicos e a controv+rsia sobre a nat!re0a das terras devol!tas. O direito de exigir a o!torga da
concessão especial de !so para fins de moradia.

Notas de Aula12

1. +suca$i#o de ,ens im*%eis

A usucapião é modo ori%in!rio de aquisião da propriedade e de outros direitos


reais, a sa$er, da servidão predial, do usu+ruto, do uso e do direito real de 4a$itaão – 
4ip)teses le%ais –, e do direito real de super+*cie, se%undo a doutrina' - tema, porém,
delimita o estudo apenas # usucapião de $ens im)veis'
De+inindo esta usucapião, é a aquisião ori%in!ria da propriedade im)vel, através do
e6erc
e6e rc*c
*cio
io de umumaa po
posse
sse qu
qual
ali+
i+ic
icad
adaa pe
pelo
lo pra"o
pra"o le
le%a
%al'
l' 5e
5endo
ndo um modo
modo ori%i
ori%in!r
n!rio
io de
aquisião da propriedade, o momento de+inidor da sua ocorr/ncia é +undamental para
identi+icar o sur%imento do dom*nio'

na aãoNavia uma controvérsia


de usucapião& na usucapião
questionava3se se eradedeclarat)ria
$ens im)veis,ou so$re a nature"a
constitutiva' da sentenao
Predominou
entendimento de que é uma sentena declarat)ria, o que .! d! a dica do momento de
aquisião e+etiva da propriedade im)vel pela usucapião& esta aquisião se d! quando os
requisitos para tanto são preenc4idos, servindo a sentena como ato de recon4ecimento
daquela consolidaão'
consolidaão' A tese de que seria consti
constituti
tutiva
va se calca somente
somente na necessidade de
que o re%istro se.a institu*do a +im de que a propriedade possa ter3se plenamente utili"ada – 
 podendo, por e6emplo, dar tal $em em %arantia pi%norat*cia –, mas isto não si%ni+ica
constitutividade, e sim mero esta$elecimento erga omnes da propriedade .! e6istente' Z +ato
que o usocapiente s) poder! desempen4ar al%uns atos .ur*dicos imanentes # propriedade
quando esta +or re%istrada, mas isto não si%ni+ica que .! não tivesse tal propriedade quando
reuniu os requisitos da usucapião'
- re%istro da sentena, então, se presta apenas a atri$uir re%ularidade ao $em, mas o
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direito .! se site
encontrava per+eitamente adquirido antes disso' - 52: revela coadunar3se a
functionality, as well as marketing, quando di", na sua smula 8LF, que a usucapião pode ser ar%^ida em
este entendimento,
personalization,de+esa – o que You
and analytics. seria impens!vel se não e6istisse, .! constitu*do, o direito de propriedade a
may change your +undamentar
settings at tal
anyde+esa&
time
or accept the default settings.
>5mula 8LF, 52:& - usucapião pode ser ar%^ido em de+esa'H

Privacy Policy Assim,


Assi m, se em uma
uma aaão
ão reivi
reivind
ndic
icat
at)ri
)ria,
a, o réu co
comp
mprov
rovar
ar te
terr pre
preen
enc4i
c4ido
do os
requisitos da usucapião o (nus é seuG, provado estar! que tem a propriedade desde então,
Marketing
devendo esta ser3l4e recon4ecida' Esta sentena, portanto, ser! de improced/ncia, eis que o
Personalization
autor não tem a propriedade ale%ada, o que %era a se%uinte per%unta& poder! ser levada pelo
réu a re%istro
Analytics
A resposta é ne%ativa' - .ui", ali, não declarou a usucapião como provid/ncia
Save imediataAccept All apenas .ul%ou improcedente o pedido reivindicat)rio' Z preciso uma
do pleito1
78
 Aula ministrada pelo pro+essor 5andro Qaspar
Q aspar Amaral, em 7L<77<8;;='
Mic4ell 0unes Midle. Maron 49

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

declaraão
declaraão da usuc
usucapi
apião,
ão, dir
direta
etamen
mente
te cons
constan
tante
te do disposi
dispositiv
tivo,
o, e não como mera ratio
como mera
decidendi da
decidendi  da sentena'
 0ão pode o réu reconvir, pleiteando a usucapião, na aão reivindicat)ria, contudo,
tampouco pode atravessar uma aão declarat)ria incidental' Ve.a o que di"em os arti%o =7
a =9 do CPC&

>Art' =7' Compete a aão de usucapião ao possuidor para que se l4e declare, nos
termos da lei, o dom*nio do im)vel ou a servidão predial'H

>Art' =8' - autor, e6pondo na petião inicial o +undamento do pedido e .untando


 planta do im)vel, requerer! a citaão daquele em cu.o nome estiver re%istrado o
im)vel
im)v el usucapiendo,
usucapiendo, $em como dos con+inant
con+inantes
es e, por edital,
edital, dos réus em lu%ar 
incerto e dos eventuais interessados, o$servado quanto ao pra"o o disposto no
inciso IV do art' 8L8'  7L'78'7==GHH
8L8'  Redaão dada pela Bei n '=97, de 7L'78'7==G

>Art' =L' 5erão intimados por via postal, para que mani+estem interesse na causa,
os representantes da :a"enda P$lica da nião, dos Estados, do Distrito :ederal,
do
doss 2er
erri
rit)
t)ri
rios
os e do
doss Muni
Munic*
c*pi
pios
os'' Red
Redaaão
ão da
dada
da pe
pela
la Be
Beii n '
'=9
=97,
7, de
7L'78'7==GHH
7L'78'7==G

>Art' =' Intervir! o$ri%atoriamente em todos os atos do processo o Ministério


P$lico'H
>Art' =9' A sentena, que .ul%ar procedente a aão, ser! transcrita, mediante
mandado, no re%istro de im)veis, satis+eitas as o$ri%a?es +iscais'H

A aão de usucapião envolve toda uma %ama de pessoas al4eias # reivindicat)ria,


como se v/' N!, inclusive, p)lo passivo +ormado por litiscons)rcio necess!rio entre réu e
 propriet!rios con+inantes' Por isso, o rito não se compati$ili"a com uma reconvenão ou
umaa de
um decl
clar
arat
at)ri
)riaa in
inci
ciden
denta
tall pa
para
ra +a"
+a"er
er co
const
nstar
ar do di
disp
sposi
ositi
tivo
vo de im
impro
proce
ced/
d/nci
nciaa da
reivindicat)ria a declaraão de usucapião' A sentena que assim o +i"esse seria nula, por 
desrespeito #s especialidades do rito de usucapião' A usucapião de+ensiva s) se presta a
servir como +undamentaão da improced/ncia da pretensão reivindicat)ria, e mais nada'
Vale salientar duas e6ce?es que a CR: tra", quando prev/ dois tipos especiais de
usucapião,
This website stores a especial
data such as ur$ana e a especial rural, respectivamente nos arti%os 7L e 7=7 da
cookies to enable essential
CR:& site
functionality, as well as marketing,
personalization, and analytics. You >Art' 7L' Aquele que possuir como sua !rea ur$ana de até du"entos e cinq^enta
may change your settings at any time metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposião, utili"ando3a
or accept the default settings.  para sua moradia ou de sua +am*lia, adquirir3l4e3! o dom*nio, desde que não se.a
 propriet!rio de outro im)vel ur$ano
ur$ano ou rural'
\ 7 3 - t*tulo
t*tulo de dom*nio e a concessã
concessãoo de uso serão con+eridos
con+eridos ao 4omem ou #
Privacy Policy mul4er,, ou a am$os, independentemente do estado civil'
mul4er
\ 8 3 Esse direito não ser! recon4ecido ao mesmo possuidor mais de uma ve"'
Marketing \ L 3 -s im)veis p$licos não serão adquiridos por usucapião'H
Personalization >Art' 7=7' Aquele que, não sendo propriet!rio de im)vel rural ou ur$ano, possua
Analytics como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposião, !rea de terra, em "ona rural,
não superior a cinq^enta 4ectares, tornando3a produtiva por seu tra$al4o ou de sua
Save Accept All +am*lia,
Par!%ra+otendo nela
nico' -ssua moradia,
im)veis adquirir3l4e3!
adquirir3l
p$licos não 4e3!
serãoa adquiridos
propriedade'
por usucapião'H
Mic4ell 0unes Midle. Maron 5

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- +undamento di+erenciado destes institutos, em ra"ão de sua +unão social, leva a


um tratamento i%ualmente di+erenciado e e6cepcional quando se en+renta tais usucapi?es
como matérias de de+esa' - arti%o F] da Bei O'=O=<7, e o arti%o 7L do Estatuto da Cidade,
di"em que a sentena de improced/ncia da reivindicaria $aseada na usucapião poder!, sim,
servir3se como t*tulo aquisitivo, a ser levado ao re%istro&

>Art' F 3 A usucapião especial poder! ser invocada como matéria de de+esa,


valendo a sentena que a recon4ecer como t*tulo para transcrião no Re%istro de
Im)veis'H

>Art' 7L' A usucapião especial de im)vel ur$ano poder! ser invocada como matéria
de de+esa, valendo a sentena que a recon4ecer como t*tulo para re%istro no
cart)rio de re%istro de im)veis'H

De+inido que a sentena é declarat)ria do momento em que a propriedade se


consolidou, 4! que se delinear que momento é este' -s requisitos para de+inião da
usucapi
usucapião
ão pod
podem
em ser dividido
divididoss em duas
duas cate%o
cate%oria s& os esse
rias& essenci
nciais
ais e os específicos
específicos'' -s
requisitos espec*+icos se prestam a di+erenciar as espécies de usucapião, e na an!lise de
cada modalidade serão a$ordados' J! os requisitos essenciai,s aqueles que estão presentes
em todo e qualquer tipo de usucapião, são, para a maior doutrina& a posse ad !s!capionem,
!s!capionem,
com anim!s domini1
domini1 a posse mansa e pacífica1
pacífica1 o ob-e
ob-eto
to $ábi
$ábill a ser usucapido1 e o
do pra0o respectivo'
cumprimento do pra0o  respectivo' Ve.amos
Ve.amos cada uum
m em apartado'

7'7' Requisitos comuns

*.*.*. Posse ad !s!capionem

 0ão é qualquer posse que permite a usucapião' Apenas aquela que estiver im$u*da
de anim!s domini pode
domini pode .usti+icar usucapião' Z necess!rio que 4a.a, pelo per*odo necess!rio
necess !rio
 para con+i%urar a propriedade,
propr iedade, o sentimento de ser dono da coisa'
Vale mencionar que o promiss!rio comprador, em re%ra, não tem anim!s domini, domini,
assim como o devedor +iduciante& eles pretendem o$ter anim!s domini,domini, para tanto +irmando
o contrato
This website stores que as
data such os permita perse%uir esta condião de dono, mas ainda não pode3se di"er que
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o se.am – 4! o dever de restituir o $em se se tornarem, estes possuidores, inadimplentes' Z
functionality, as well as
claro marketing,
que, 4avendo eventual interversão da posse, a partir dali passar! a contar posse ad 
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!s!capionem,, podendo 4aver usucapião, porque 4! o anim!s domini desde
!s!capionem domini desde então'
may change your settings at any time
or accept the default settings.
*.*.'. Posse mansa e pacífica

Privacy Policy A posse ad !s!capionem s)


!s!capionem s) ense.a aquisião da propriedade quando não +or atacada
 por nin%uém' 5e o real propriet!rio questionar, opor resist/ncia
res ist/ncia # posse daquele que tem3se
Marketing
como dono da coisa, não 4! a necess!ria tranq^ilidade na posse para +ins de usucapião'
PersonalizationZ cl
clar
aroo qu
quee a n
nic
icaa re
resi
sist
st/n
/nci
ciaa qu
quee im
impe
pede
de ququee a po
poss
ssee se tr
tran
ans+
s+or
orme
me em
 propriedade é aquela oposta pelo
p elo pr)prio propriet!rio da coisa' 0ão se considera intranq^ila
Analytics
a posse %uerreada por vi"in4os, por e6emplo'
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Mic4ell 0unes Midle. Maron 51

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

* *./. Ob-eto $ábil 

- o$.eto da usucapião s) pode ser aquele capa" de ser apropriado pelo usocapiente,
ou se.a, aquele que possa passar a inte%rar o patrim(nio do usocapiente' ens p$licos, por 
e6emplo, não podem ser usucapidos, como disp?e o arti%o 7;8 do CC, não sendo $ens
4!$eis, portanto&
>Art' 7;8' -s $ens p$licos não estão su.eitos a usucapião'H

Animais silvestres tam$ém são $ens le%almente inaptos # usucapião'


As terras devol!tas di+erem das terras sem registro'
registro' Para o 52:, terras puramente
sem re%istro são aqueles im)veis sem propriet!rio, e que por isso são usucap*veis' As terras
devolutas são aquelas que pertencem ao Estado, mesmo que sem uso – são $ens p$licos
quando atendem ao interesse da sociedade, não podendo ser usucapidos'
usucapidos' 5e não atendem a
nen4uma +inalidade p$lica, são meramente sem re%istro, e por isso são o$.etos 4!$eis #
usucapião'
Va%as de %ara%em delimitadas, partes inte%rantes de um $em im)vel, são $ens
usucap*veis, porque nada mais são do que $ens im)veis como quaisquer outros' Ao
contr!rio, as va%as que não são destacadas e delimitadas não podem ser usucapidas, porque
são inte%rantes da !rea comum de um condom*nio' Mas ve.a que, mesmo sendo !rea
comum, a apropriaão contra a resist/ncia de todos os demais pode levar # usucapião'
Z tam$ém pass*vel de usucapião o quin4ão de um condom*nio& nada impede que um
cond(mino, +a"endo uso e6clusivo, manso, pac*+ico, e com anim!s domini do
domini do $em de que é
co3propr
co3p ropriet
iet!ri
!rioo ven4
ven4aa a usuc
usucapi
apirr os quin4?e
quin4?ess dos demais
demais cond(m
cond(mino
inos'
s' - cond(mi
cond(mino
no
 possuidor e6clusivo est! em presumida relaão de comodato dos demais quin4?es, sendo
 possuidor sem anim!s domini,
domini, em re%ra, mas se comprovar que não 4! esta situaão, ou
se.a, que operou interversão da posse de comodat!rio para a de pretenso dono, 4! posse ad 
!s!capionem e
!s!capionem  e com animo de dono, podendo 4aver usucapião dos quin4?es'

*.*.3. Pra0o

This website stores data - such


cumprimento
as do pra"o le%al na posse da coisa é requisito para a usucapião, e este
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 pra"o varia, na lei, ddee acordo com o o$.eto m)vel ou im)velG e com o tipo de usucapião'
functionality, as wellpra"o
Este as marketing,
.! +oi alvo de in+ind!veis discuss?es so$re sua nature"a, mas 4o.e são +indas&
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de prescrição a%!isitiva'
trata3se de prescrição a%!isitiva'
may change your settings at any time
- arti%o 7'8 do CC tra" previsão de aplica$ilidade, na usucapião, de todas as
or accept the default settings.
ocorr/ncias t*picas da prescrião' Ve.
Ve.a&
a&

Privacy Policy >Art' 7'8' Estende3se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das
causas que o$stam, suspendem ou interrompem a prescrião, as quais tam$ém se
Marketing aplicam # usucapião'H
PersonalizationA conta$ili"aão do tempo aquisitivo s) se d! quanto aos per*odos em que não 4!
interrupão, suspensão ou mesmo +ulminaão do pra"o prescricional – o que ocorreria, por 
Analytics
e6emplo, na retirada da posse do usocapiente'
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Ve.a um e6emplo& o diplomata propriet!rio de um im)vel é enviado para tra$al4ar a
servio do rasil em outro pa*s, e quando retorna, ap)s cinco anos, v/ que seu $em +oi
Mic4ell 0unes Midle. Maron 52

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

es$ul4ado por pessoas com animo de apropriarem3se do im)vel' Mesmo passados cinco
anos, o arti%o 7=, II, do CC, esta$elece que não corre a prescrião neste caso&
>Art' 7=' 2am$ém não corre a prescrião&
'''G
II 3 contra os ausentes do Pa*s em servio p$lico da nião, dos Estados ou dos
Munic*pios1
'''GH

A suspensão permite que o pra"o anterior se.a computado1 a interrupão não'


Navendo qualquer marco interruptivo, a prescrião aquisitiva volta a correr do "ero' -
arti%o 8;8 do CC tra" as causas interruptivas, e o inciso I tra" o >cite3seH como uma das
4ip)teses&
>Art' 8;8' A interrupão da prescrião, que somente poder! ocorrer uma ve", dar3
se3!&
I 3 por despac4o do .ui", mesmo incompetente, que ordenar a citaão, se o
interessado a promover no pra"o e na +orma da lei processual1
'''GH

Z claro que, tal como na prescrião e6tintiva de direitos, o arti%o 87=, \ 7], do CPC
deve ser o$servado&
>Art' 87=' A citaão v!lida torna prevento o .u*"o, indu" litispend/ncia e +a"
liti%iosa a coisa1 e, ainda quando ordenada por .ui" incompetente, constitui em
mora o devedor e interrompe a prescrião' Redaão dada pela Bei n 9'=89, de
7'7;'7=FLG
\ 7] A interrupão da prescrião retroa%ir! # data da propositura da aão'Redaão
aão' Redaão
dada pela Bei n '=98, de 7L'78'7==G
'''GH

Assim, o tempo corrido entre a distri$uião e o despac4o não se computa na


 prescrião aquisitiva'
 0o curso
curs o do lit*%io, o pra"o de us
usucapião
ucapião não corre, porque carece, a posse,
p osse, de um
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dos
dos eldata
elem such
ement
entos as
os esse
essenci
nciai
ais&
s& a mansi
mansidã
dão'
o' 5) vovolt
ltar
ar!! a te
terr es
esta
ta nature
nature"a
"a,, recom
recomea
eand
ndoo
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eventualmente o pra"o aquisitivo, quando +indar3se a lide' A doutrina s) enuncia uma
functionality, as well as marketing,
e6ceão a esta assertiva& se o .ui", ao +im do processo, declarar que o autor não tem direito
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ao im)vel pleiteado, ele estar! declarando que aquela pertur$aão da posse .amais ocorreu,
may change your settings at any time
ou se.a,
or accept the default a posse sempre +oi mansa e pac*+ica, tendo que se computar todo o per*odo do
settings.
 processo na conta da usucapião'
usuca pião'
Aqui é relevante +alar da acessão de posses, do arti%o 7'8L do CC, que permite,
Privacy Policyse%undo o .! a$ordado arti%o 7'8;F do CC, que uma posse se.a prolon%ada pelo sucessor,
quando a t*tulo sin%ular' 5endo universal, a acessão é o$ri%at)ria, se%undo mais amplo
Marketing
entendimento' 5e al%uém adquire posse de quem a detin4a de m!3+é, e se d! a sucessão das
 posses, esta posse nova ser! eivada da mesma m!3+é que a acompan4ava – e por isso o
Personalization
 pra"o ser! o coincidente com a posse des
Analytics desta
ta nature"a' 0ão reunida as posses
pos ses do antecessor
anteces sor e
do sucessor, porque a sucessão é a t*tulo sin%ular e é permitida a separaão das posses, o
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 pra"o
arti%o a7'8L
ser o$servado
do CC& é o que se.a correspondente # nature"a da posse
pos se do sucessor' Ve.a
Ve.a o
Mic4ell 0unes Midle. Maron 53

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'8L' - possuidor pode, para o +im de contar o tempo e6i%ido pelos arti%os
antecedentes, acrescentar
acrescentar # sua posse a dos seus antecessores art' 7'8;FG, contanto
que todas se.am cont*nuas, pac*+icas e, nos casos do art' 7'88, com .usto t*tulo e
de $oa3+é'H

*.*.I. Posse ininterr!pta

`ltimo requisito é que a posse não ten4a sido interrompida, no curso de seu
c(mputo' - pra"o do per*odo aquisitivo não pode contar com soluão de continuidade' Ve.a
que trata3se, aqui, de verdadeira ruptura da posse, ou se.a, se o possuidor, por al%um
momento, dei6ou de s/3lo, o per*odo estar! +ulminado, tendo que ser reiniciado – tal como
na interrupão do pra"o aquisitivo'

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Personalization

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Mic4ell 0unes Midle. Maron 54

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Casos Concretos

Kuestão 7

alentim ingresso! em -!í0o com ação reivindicatória em face de 6osa. A r+, em


defesa, alego! ser a proprietária, pois preenc$e! os re%!isitos do !s!capião !rbano.
 Perg!nta"seB pode ser admitida tal defesa=
Resposta # Kuestão 7
 
Z per+eitamente admiss*vel a deduão desta matéria de+ensiva, como determina a
smula 8LF do 52:, e, mais recente, o arti%o 7L do Estatuto da Cidade, para a espécie&
>Art' 7L' A usucapião especial de im)vel ur$ano poder! ser invocada como matéria
de de+esa, valendo a sentena que a recon4ecer como t*tulo para re%istro no
cart)rio de re%istro de im)veis'H

 0este sentido, ve.a a Apelaão C*vel 8;;8';;7'899, do 2J<RJ&

>Processo&
DE5
DE5' ' PAB-
AB;;;7O3F'7==F''7=';8;L
- Q52
Q52AV- N-R2 N-R2A 8;;8';;7'899G'
3 Jul
Jul%am
%ament
ento& APEBACA-'
o& 7F<78<
7F< 78<8;;
8;;88 3 5E2
5E2IMA
IMA
CAMARA CIVEB' ACA- REIVI0DICA REIVI0DICA2-RIA2-RIA'' 5CAPIA-
5CAPIA- E5PECIAB'
E5PECIAB'
 0A- C-0:IQRACA-' C-M-DA2-' C-M-DA2-' C-0:IQRACA-'
AS- REI0VIDICA2RIA 3 5CAPI- E5PECIAB RA0- ARQIDA
EM DE:E5A' A usucapião pode ser ar%^ida em de+esa 5mula n 8LF do 52:G,
mas a declaraão da aquisião da propriedade pela prescrião aquisitiva est! a
depender sempre da o$servncia do procedimento pr)prio, previsto nos arti%os
=7e se%uintes do CPC'
- Estatuto da Cidade, que, modi+icando inteiramente a ordem processual vi%ente,
 permite se.a a usucapião especial de im)vel ur$ano de pequena !rea invocado
como de+esa, valendo a sentena como t*tulo no RQI, s) teve vi%/ncia ap)s a
esta$ili"aão do processo, com a citaão v!lida c+' art' 8O do CPCG, não se
aplicando, portanto, na espécie'
 0o re%ime anterior,
anterior, no caso de ser a usucapião ar%^ida em de+esa o resultado
This website stores data such as  pr!tico da aão
aão reivindicat)ria
reivindicat)ria seria a improced/ncia
improced/ncia do pedido'
cookies to enable essential site Comprovado que a ré vem ocupando o apartamento por mera concessão de um dos
functionality, as well as marketing, autores, que com ela coa$itou por oito anos, a nature"a da ocupaão é de mero
personalization, and analytics. You comodat!rio e, promovida a noti+icaão e6tra.udicial para desocupaão volunt!ria
may change your settings at any time e nãnãoo te
tend
ndoo si
sido
do o im)v
im)vel
el de
devo
volv
lvid
ido,
o, é caca$*
$*ve
vell a co
conc
nces
essã
sãoo do pe
pedi
dido
do
or accept the default settings. reivindicat)rioo em +avor dos propriet!rios'
reivindicat)ri
Pedi
Pedido
do de an anul
ula
aão
ão da sesent
nten
ena
a poporr nã
nãoo in
inte
terv
rven
enã
ãoo do pa parq
rque
uet'
t' 0ã
0ãoo
o$ri%atoriedade'
Privacy Policy Recurso desprovido'H

Marketing Kuestão 8
Personalization
 2aíra propõe ação de reintegração de posse em face de AQrton. !stenta ter 
Analytics
celebrado contrato de comodato com o r+!, lavrado por escrit!ra p1blica, sem pra0o
determinado. Ad!0 %!e envio! primeira notificação ao r+! em *H)*()>?, para desoc!pação
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do imóvel, não obtendo res!ltado positivo. 6eenvio! notificação em *H)(I)(H, restando
novamente ignorada. Alega o r+!, em contestação, ilegitimidade ativa, ve0 %!e a a!tora
Mic4ell 0unes Midle. Maron 55

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 seria cessionária de direitos $eredi


$ereditários.
tários. 5o m+rito, alega ter a posse mans
mansaa e pacífica do
imóvel $á mais de @ anos. 6essalta %!e, após a den1ncia do contrato em *>>?, o comodato
 foi revogado, passando a seserr poss!idor de boa"f+, o %!e ense-aria o direito de !s!capião.
 P!gno! pela improcedncia do pedido a!toral. Decida a %!estão, f!ndamentadamente.

Resposta # Kuestão 8

A posse é prec!ria, comportando reinte%raão pelo es$ul4o praticado' Ademais, est!


clara a m!3+é do possuidor, o que não o$sta a usucapião, s) que pelo arti%o 7'8L do CC'
Vale di"er que, de$alde ser comodat!rio, poderia ter 4avido a interversão da posse, quando
 passaria a ser possuidor ad !s!capionem,
!s!capionem, +enecendo sua intenão em usucapir apenas por 
+alta de pra"o – a reinte%raão seria procedente, não porque não 4! usucapião poss*vel, mas
 porque o pra"o não se completou'
co mpletou'
A respeito, ve.a a Apelaão C*vel 8;;O';;7'7L97, do 2J<RJ&
>Processo& ;;;L;;O3F
>Processo& ;;;L;;O3F'8;;9
'8;;9''7=
''7=';;98
';;98 8;;O';;7
8;;O';;7'7L9
'7L97G'
7G' APEBACA
APEBACA-'-' DE5'
MARC- A02-0I- IRANIM 3 Jul%amento& 8=<;O<8;;O 3 -I2AVA CAMARA
CIVEB
Civil' Posse' Aão possess)ria' Reinte%raão de posse' Comodato' sucapião'
Nip)tese p$lica
escritura em que cede
o propriet!rio de #im)vel
seus direitos dado em
parte autora' comodatopremonit)ria
0oti+icaão # parte ré, por 
da
comoda
com odat!r
t!ria
ia que,
que, desate
desatendi
ndida,
da, implic
implicaa em recon
recon4ec
4ecime
imento
nto de es$ul4
es$ul4o' o' A
co
cont
ntin
inui
uida
dade
de da ococup
upa
aão
ão do im)v
im)velel ap
ap)s
)s o rece
rece$i
$ime
ment
ntoo de no
noti
ti+i
+ica
caã
ãoo
 premonit)ria, e6tintiva de comodato,
comodato, não le%itima
le%itima a ale%aão
ale%aão de posse de $oa3+é
$oa3+é do
es$ul4ador e muito menos autori"a a aquisião pela via do usucapião' A mera
e6ist/ncia do contrato de comodato e noti+icaão para e6tin%ui3lo, revelam a
ine6ist/ncia de animus domini por parte do possuidor' Recurso desprovido'H

Kuestão L

R!al a nat
R!al nat!r
!re0a
e0a da sen
sente
tenç
nçaa %!e -!lg
-!lgaa proc
proced
eden
ente
te pedi
pedido
do de !m
!maa ação
ação de
!s!capião de imóvel e a partir de %!ando o !socapiente + considerado o proprietário do
bem= R!al a finalidade do registro da sentença no cartório competente= !ndamente.
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functionality, as well as marketing, Resposta # Kuestão L
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may change your settings   A at
sentena
any timeé declarat)ria, se%undo a mais ampla corrente, 4avendo minorit!rio
entendimento
or accept the default settings. de que se.a constitutiva' A propriedade do usocapiente se consolida desde
quando preenc4idos os requisitos da usucapião, se%undo a corrente ma.orit!ria, o que, na
verdade, su$divide3se em dois entendimentos& 4! uma corrente que, mesmo entendendo
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declarat)ria a sentena, a propriedade sur%e na data do preenc4imento dos requisitos, dali
em diante1 e outra, que 4o.e predomina, que a propriedade retroa%e ao in*cio da posse ad 
Marketing
!s!capionem,, e não apenas do preenc4imento dos requisitos em diante' Para quem entende
!s!capionem
Personalization
que a sentena se.a constitutiva, a propriedade se consolidaria apenas quando esta +osse
re%istrada'
Analytics
A +inalidade do re%istro no cart)rio, para a corrente maior, é dar pu$licidade da
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aquisião
e6ercidos, da
taispropriedade, e com isso
como a transmissão, permitirdoque
a entre%a $emtodos os consect!rios
em %arantia, possam ser 
etc' 5e%uindo3se a
corrente menor, o re%istro é a pr)pria condião para aquisião da propriedade'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 56

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Tema &III

;s!capião de bens imóveis.


;s!capião imóveis. 2odalidade
2odalidades.s. ;s!capião
;s!capião extraord
extraordinário
inário.. ;s!capião
;s!capião or
ordinário
dinário.. ;s!capião
;s!capião
especial individ!al !rbano. ;s!capião especial coletivo !rbano. ;s!capião r!ral. Prescrição a%!isitiva
intercorrente.
intercorrente. Contagem dos pra0os. Análise dos artigos '.('@ e '.('> do Código Civil.

13

Notas de Aula
1. -s$cies de usuca$i#o

-s requisitos espec*+icos di+erenciam os diversos tipos de usucapião' 2ais são as


modalidades poss*veis& usucapião e6traordin!ria1 ordin!ria1 Ve.amos cada modalidade com
seus requisitos pr)prios'

7'7' sucapião e6traordin!ria

- arti%o 7'8O7 do CC trata da usucapião e6traordin!ria de $em m)vel&


>Art' 7'8O7' 5e a posse da coisa m)vel se prolon%ar por cinco anos, produ"ir!
usucapião, independentemente de t*tulo ou $oa3+é'H
- arti%o 7'8L tra" a usucapião e6traordin!ria de $em im)vel'
>Art' 7'8L' Aquele que, por quin"e anos, sem interrupão, nem oposião, possuir 
como seu um im)vel, adquire3l4e a propriedade, independentemente de t*tulo e
 $oa3+é1 podendo requerer ao .ui" que assim o declare por sentena, a qual servir!
de t*tulo para o re%istro no Cart)rio de Re%istro de Im)veis'
Par!%ra+o nico' - pra"o esta$elecido neste arti%o redu"ir3se3! a de" anos se o
 possuidor 4ouver esta$elecido no im)vel a sua moradia 4a$itual, ou nele reali"ado
o$ras ou servios de car!ter produtivo'H

- pra"o da usucapião e6traordin!ria de $em im)vel, em re%ra, é de quin"e anos, ou


e6cepcionalmente, de de" anos, como se v/ no par!%ra+o do arti%o supra' A e6ceão do
This website stores data such
 par!%ra+o as
precisa do cumprimento da +unão social da moradia pr)pria 4a$itual
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resid/nciaG, ou de tornar tal $em produtivo'
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Repare You
personalization, and analytics. na se%uinte peculiaridade& o pra"o de de" anos comea a ser contado quando
may change your se instala
settingsuma das
at any condi?es ali previstas' Assim, se o possuidor toma o $em em 8;;L, e
time
comea
or accept the default a residir em 8;;, seu pra"o de de" anos corre até 8;7' Contudo, se tem a posse
settings.
desde 8;;L, e passa a residir no $em apenas em 8;;=, a l)%ica é outra& correr! seu pra"o até
8;7, quando se preenc4e o pra"o do cap!t , e não até 8;7=, como determinaria o par!%ra+o
Privacy Policynico' Ve.a que pode o pra"o do cap!t  se  se preenc4er antes do pra"o do par!%ra+o nico, e se
Marketing
acontecer, ele prevalece, em prol do possuidor usocapiente'
Personalization
7'8' sucapião ordin!ria
Analytics
- arti%o 7'8O; do CC tra" a usucapião ordin!ria de $em m)vel&
Save Accept All

7L
 Aula ministrada pelo pro+essor 5andro Qaspar
Q aspar Amaral, em 7L<77<8;;='
Mic4ell 0unes Midle. Maron 57

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>A
>Art
rt'' 7'
7'8O
8O;'
;' Aq
Aque
uele
le qu
quee po
poss
ssui
uirr co
cois
isaa m)ve
m)vell co
como
mo su sua,
a, co
cont
nt*n
*nua
ua e
incontestadamente durante tr/s anos, com .usto t*tulo e $oa3+é, adquirir3l4e3! a
 propriedade'H

- arti%o 7'88 do CC tra" a usucapião ordin!ria de $em im)vel&

>Art' 7'88' Adquire tam$ém a propriedade do im)vel aquele que, cont*nua e


incontestadamente,
incontestadamen te, com .usto t*tulo e $oa3+é, o possuir por de" anos'
Par!%ra+o nico' 5er! de cinco anos o pra"o previsto neste arti%o se o im)vel
4ouver sido adquirido, onerosamente, com $ase no re%istro constante do respectivo
car
cart)r
t)rio,
io, ca
cance
ncelad
ladaa poster
posterior
iormen
mente,
te, desde
desde que os pos possui
suidor
dores
es nel
nelee ti
tiver
verem
em
esta$elec
esta$elecido
ido a sua moradia,
moradia, ou reali"ad
reali"adoo investime
investimentos
ntos de interesse
interesse social e
econ(mico'H

A ordin!ria de im)vel, em re%ra, ocorre em de" anos, como di" o cap!t do arti%o
supra, se preenc4idos os requisitos essenciais e $avendo boa"f+ e -!sto tít!lo'
tít!lo'
5er! poss*vel a e6ceão do par!%ra+o, caindo o pra"o para cinco anos, se 4ouver 
todos os requisitos essenciais, mais a $oa3+é e o .usto t*tulo, tal como enuncia o cap!t , e
tam$ém
tam $ém os cara
caracte
cteres
res especi
especiais
ais ali prev
previst
istos
os – a aquisi
aquisião onerosa cancelável   e não
ão onerosa
somente ap)s e+etivamente canceladaG, com moradia ou investimentos de interesse social
ou econ(mico'
Ve.amos um e6emplo& uma pessoa, com $oa3+é e .usto t*tulo, este.a na posse de um
im)vel, e seu t*tulo é uma aquisião onerosa' Esta aquisião +oi levada a re%istro' 5e este
re%istro poderia ter seu cancelamento desde lo%o requerido, qualquer que se.a o motivo,
enquadra3se no par!%ra+o nico'
A%ora, ima%ine3se que uma pessoa +a" doaão com cl!usula de reversão a outra'
Este possuidor morre quando então a reversão se operaG, mas os seus 4erdeiros continuam
na posse, pois nunca sou$eram da cl!usula de reversão, ou se.a, com $oa3+é – tam$ém estão
nesta modalidade de usucapião, mas no cap!t ' 5e o possuidor donat!rio, antes de morrer,
tivesse vendido o $em a um terceiro, este terceiro teria posse ad !s!caspionem,
!s!caspionem, com .usto
t*tulo, $oa3+é, e adquiriu onerosamente' A propriedade vendida era resolvel, ante a cl!usula
de reversão, e continua revers*vel, tornando3se o re%istro cancel!vel apenas quando do
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implemento
 pra"o
functionality, as de"da
demarketing,
well as condião
anos, resolutiva
a princ*pio pois morte
o t*tulo do
nãodonat!rioG, a partir
era cancel!vel do que contar3se3ia
na aquisião, somente noo
personalization,implemento da You
and analytics. condiãoG'
may change your settings 2erat.usto
any t*tulo
time não si%ni+ica ter $oa3+é, mas sim uma presunão de que 4a.a $oa3+é'
or accept the default settings.
7'L' sucapião especial ur$ana ou rural
Privacy Policy
- arti%o 7L da CR:, o =] do Estatuto da Cidade, e o 7'8; do CC tratam da
usucapião especial ur$ana&
Marketing
Personalization >Art' 7L' Aquele que possuir como sua !rea ur$ana de até du"entos e cinq^enta
Analytics metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposião, utili"ando3a
 para sua moradia ou de sua +am*lia, adquirir3l4e3! o dom*nio, desde que não se.a
 propriet!rio de outro im)vel ur$ano
ur$ano ou rural'
Save Accept All
\ 7 3 - t*tulo
t*tulo de dom*nio e a concessã
concessãoo de uso serão con+eridos
con+eridos ao 4omem ou #
mul4er,, ou a am$os, independentemente do estado civil'
mul4er
\ 8 3 Esse direito não ser! recon4ecido ao mesmo possuidor mais de uma ve"'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 58

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

\ L 3 -s im)veis p$licos não serão adquiridos por usucapião'H

>Art' =] Aquele que possuir como sua !rea ou edi+icaão ur$ana de até du"entos e
cinq^enta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposião,
utili"ando3a para sua moradia ou de sua +am*lia, adquirir3l4e3! o dom*nio, desde
que não se.a propriet!rio de outro im)vel ur$ano ou rural'
\ 7] - t*tulo de dom*nio ser! con+erido ao 4omem ou # mul4er, ou a am$os,
independentement
independentemente
\ 8] - direito de eque
do trata
estado civil'
este arti%o não ser! recon4ecido ao mesmo possuidor 
mais de uma ve"'
\ L] Para os e+eitos deste arti%o, o 4erdeiro le%*timo continua, de pleno direito, a
 posse de seu antecessor, desde que .! resida no im)vel por ocasião da a$ertura da
sucessão'H

>Art' 7'8;' Aquele que possuir, como sua, !rea ur$ana de até du"entos e cinq^enta
metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposião, utili"ando3a
 para sua moradia ou de sua +am*lia, adquirir3l4e3! o dom*nio, desde que não se.a
 propriet!rio de outro im)vel ur$ano
ur$ano ou rural'
\ 7] - t*tulo de dom*nio e a concessão de uso serão con+eridos ao 4omem ou #
mul4er,, ou a am$os, independentemente do estado civil'
mul4er
\ 8] - direito previsto no par!%ra+o antecedente não ser! recon4ecido ao mesmo
 possuidor mais de
de uma ve"'H

A rural vem no arti%o 7=7 da CR: e no arti%o 7'8L= do CC, além de ter lei
espec*+ica, a Bei O'=O=<7, que disp?e so$re a aquisião, por usucapião especial, de im)veis
rurais&
>Art' 7=7' Aquele que, não sendo propriet!rio de im)vel rural ou ur$ano, possua
como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposião, !rea de terra, em "ona rural,
não superior a cinq^enta 4ectares, tornando3a produtiva por seu tra$al4o ou de sua
+am*lia, tendo nela sua moradia, adquirir3l4e3!
adquirir3l4e3! a propriedade'
Par!%ra+o nico' -s im)veis p$licos não serão adquiridos por usucapião'H

>Art' 7'8L=' Aquele que, não sendo propriet!rio de im)vel rural ou ur$ano, possua
como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposião, !rea de terra em "ona rural
não superior a cinq^enta 4ectares, tornando3a produtiva por seu tra$al4o ou de sua
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+am*lia, tendo nela sua moradia, adquirir3l4e3!
adquirir3l4e3! a propriedade'H
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A +unão social da propriedade rural, que .usti+ica esta modalidade de usucapião,
personalization, and analytics. You
sempre e6istiu, apenas tendo sido aumentado o o$.eto que tolera tal meio de aquisião
may change your settings at any time
especial,
or accept the default de vinte e cinco para cinquenta 4ectares' J! a +unão social do im)vel ur$ano, que
settings.
se de+ine pela moradia, é uma inovaão do ordenamento p)s CR: de 7='
Aqui, 4! uma nota essencial de +unão social da posse, tam$ém' A lei dei6a isto
Privacy Policyclaro, ao dispensar menão, em qualquer dos casos, # $oa3+é ou .usto t*tulo dos possuidores&
mais relevncia
relevncia tem a +unão social e a destin
destinaão
aão do $em do que a condião su$.etiva
su$.etiva do
Marketing
 possuidor'
Personalization2am$ém o pra"o é redu"ido a apenas cinco anos, em qualquer caso' 5ão e6i%idos,
 porém, al%uns requisitos espec*+icos& a !rea m!6ima a ser usucapida é de até du"entos e
Analytics
cinquenta metros quadrados, em solo ur$ano, e até cinquenta 4ectares, em solo rural1 o
Save
 possuidor uso capiente não pode ser propriet!rio de qualquer outro im)vel, rural ou ur$ano1
usocapiente
Accept All
e 4! uma +inalidade social espec*+ica a ser cumprida& sendo rural, o im)vel deve servir de
Mic4ell 0unes Midle. Maron 59

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

moradia ao possuidor, e se tornar produtivo %raas ao la$or deste possuidor ou sua +am*lia1
e se +or ur$ano, prestar3se # moradia do possuidor'
Destarte, estando o $em locado a terceiros, em qualquer dos casos, a usucapião
especial é imposs*vel1 sendo im)vel comercial, tam$ém' Pode até 4aver usucapião de outra
modalidade, mas não esta especial, ur$ana ou rural'
A insp
inspir
ira
aão
ão de
dest
stas
as no
norm
rmas
as é a pr prot
ote
eão
ão ao
aoss de
des+
s+av
avor
orec
ecid
idos
os,, ou se
se.a
.a,, su
suaa
interpretaão deve ser teleol)%ica, e não apenas literal' Por isso, 4! que se perscrutar se
quem preenc4e os requisi
requisitos
tos +ormais da usucapi
usucapião
ão especi
especial
al precisa mesmo desta proteão,
 pois do contr!rio, esta não se .usti+ica' Como e6emplo, al%uém muito rico que ocupe um
im)vel nas condi?es do arti%o 7'8;, supra, ou mesmo uma situaão de +raude # lei&
al%uém que era propriet!rio de um $em, e vende3o para usucapir outro, nestas condi?es'
Mas 4! quem entenda que quem preenc4e todos os requisitos +ormais pode, sim, +a"er .us a
esta usucapião especial'

7'' sucapião coletiva

Ima%ine3se que 4a.a a invasão de um terreno por um %rupo, o qual ali instala
moradia, cada um dos possuidores do terreno construindo sua casa, mas todos possuindo o
terre
terreno
no,, a me
mesm
smaa !r
!rea
ea ur$an
ur$ana,
a, co
como
mo um to todo
do'' Ao prete
pretende
nderr a us
usuc
ucap
apiã
ião,
o, to
todo
doss os
 possuidores tornar3se3ão propriet!rios do im)vel, do terreno, que é um s) – apesar de 4aver 
diversas acess?es, 4! um s) im)vel %eral, o terreno não loteado' Esta é a usucapião
coletiva'
Ve.a que se 4ouvesse o loteamento, a de+inião das +ra?es, esta usucapião seria
imposs*vel' 5eria preciso o +racionamento, a de+inião le%al de cada parcela do solo, e
somente então aa consolidaão da propriedade – o que, na pr!tica, tornaria o processo
in+ind!vel'
- arti%o 7; do Estatuto da Cidade, Bei 7;'89F<;7, tra" o instituto&
>Art' 7;' As !reas ur$anas com mais de du"entos e cinq^enta metros quadrados,
ocupad
ocu padas
as por popula
populaão
ão de $ai
$ai6a
6a renda
renda para
para sua moradi
moradia,
a, por cinco anos,
anos,
ininterruptamente e sem oposião, onde não +or poss*vel identi+icar os terrenos
This website stores data such as ocupados por cada possuidor, são suscept*veis de serem usucapidas coletivamente,
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desde que os possuidores não se.am propriet!rios de outro im)vel ur$ano ou rural'
functionality, as well as marketing, \ 7] - possuidor pode, para o +im de contar o pra"o e6i%ido por este arti%o,
personalization, and analytics. You acrescentar sua posse # de seu antecessor,
antecessor, contanto que am$as se.am cont*nuas'
may change your settings at any time \ 8] A usucapião especial coletiva de im)vel ur$ano ser! declarada pelo .ui",
or accept the default settings. mediante sentena, a qual servir! de t*tulo para re%istro no cart)rio de re%istro de
im)veis'
\ L] 0a sentena, o .ui" atri$uir! i%ual +raão ideal de terreno a cada possuidor,
Privacy Policy independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo 4ip)tese de
acordo escrito entre os cond(minos, esta$elecendo +ra?es ideais di+erenciadas'
Marketing \ ] - condom*nio especial constitu*do é indivis*vel, não sendo pass*vel de
e6tinão, salvo deli$eraão +avor!vel tomada por, no m*nimo, dois teros dos
Personalization cond(minos, no caso de e6ecuão de ur$ani"aão posterior # constituião do
condom*nio'
Analytics \ 9] As deli$era
deli$era?es
?es relativas
relativas # administr
administraão
aão do condom*ni
condom*nioo especial
especial serão
tomadas por maioria de votos dos cond(minos presentes, o$ri%ando tam$ém os
Save Accept All
demais, discordantes ou ausentes'H
Mic4ell 0unes Midle. Maron 6

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Ve.a que o taman4o do im)vel é o inverso da usucapião especial ur$ana individual&


deve ser superio
superiorr a du"ent
du"entos
os e cinquenta
cinquenta metros quadrados' -s possuidores não podem ser 
 propriet!rios de outro im)vel, e devem consistir em populaão de $ai6a renda, além de
+i6arem ali a sua moradia'
A situaão de po$re"a, a permitir que o possuidor se enquadre neste critério de
 $ai6a renda,
r enda, é de cun4o $as
$astante
tante su$.etivo' - .ui" dever! constatar qual
qua l se.a esta condião
c ondião
na casu*stica, pois 4! "onas lim*tro+es entre classe média $ai6a e po$re"a que são de di+*cil
de+inião'
- .ui", ao +i6ar o +racionamento ideal do $em, não poder! atri$uir +ra?es ideais
desi%uais entre os possuidores, como disp?e o \ L] do arti%o supra' Contudo, é permitido
aos pr)prios possuidores traar este +racionamento desi%ual, se o quiserem, o que passar! a
constar da sentena'
- arti%o 7'88 do CC, .! analisado, tra" no \ ] uma previsão que é considerada por 
al%uns como uma modalidade de usucapião coletiva, o que não corresponde # realidade
 .ur*dica de tal dispositivo, eis que é claramente uma situaão de e6propriaão .udicial em
 prol da +unão social do $em' Reve.a&
>Art' 7'88' - propriet!rio tem a +aculdade de usar, %o"ar e dispor da coisa, e o
direito de reav/3la do poder de quem quer que in.ustamente a possua ou deten4a'
'''G
\  - propriet!rio tam$ém pode ser privado da coisa se o im)vel reivindicado
consistir em e6tensa !rea, na posse ininterrupta e de $oa3+é, por mais de cinco
anos, de consider!vel nmero de pessoas, e estas nela 4ouverem reali"ado, em
con.unto ou separadamente, o$ras e servios considerados pelo .ui" de interesse
social e econ(mico relevante'
'''GH

Ve.amos um e6emplo que envolve direito intertemporal' Pessoas iniciaram posse de


!rea ur$ana de dois mil metros quadrados, em 7=, por meio de invasão, sem desenvolver 
ali qualquer +unão social, resid/ncia ou la$or' Kual o tempo de usucapião para tal
situaão Ve.a
Ve.a o arti%o 8';8 do CC&
This website stores data such as >Art' 8';8' 5erão os da lei anterior os pra"os, quando redu"idos por este C)di%o, e
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se, na esta$elecido
tempo data de sua entrada em vi%or, .! 4ouver transcorrido mais da metade do
na lei revo%ada'H
personalization, and analytics. You
may change your settings Estamos time da usucapião e6traordin!ria, do cap!t do arti%o 7'8L do CC, que no
at anydiante
arti%o settings.
or accept the default 99; do CC de 7=7O era vinten!ria, como se v/&
>Art' 99;' Aquele
Aquele que, por 8; vinteG
vinteG anos, sem interrup
interrupão,
ão, nem oposião,
oposião,
Privacy Policy  possuir como seu um im)vel, adquirir3l4e3!
adquirir3l4e3! o dom*nio, independentemente
independentemente de
t*tulo de $oa +é que, em tal caso, se presume, podendo requerer ao .ui" que assim o
Marketing declare por sentena, a qual l4e servir! de t*tulo para transcrião no Re%istro de
Personalization
Im)veis' Redaão dada pela Bei n 8'LF, de F'L'7=99GH

Analytics Até 77 de .aneiro de 8;;L, quando o CC de 8;;8 entrou em vi%or, .! se passaram


quin"e anos, e o arti%o 8';8, supra, prev/ que quando isto acontecer permanece o pra"o
Save Accept All
anterior' 5endo assim, estes possuidores usucapiram este $em em 8;;'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 61

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

-corre que o propriet!rio do $em invadido morreu em 7==8, dei6ando a 4erana


 para seu +il4o, que co
contava
ntava com de
de"" anos' Com esta idade, não correr! prescrião
pr escrião contra si,
+icando suspensa até completar de"esseis anos, na +orma do arti%o 7=, I, do CC&
>Art' 7=' 2am$ém não corre a prescrião&
I 3 contra os incapa"es de que trata o art' L1
'''GH
V/3se, então, que correu pra"o de quatro anos antes da suspensão, de 7=, +icando
suspenso até 7==, quando o 4erdeiro completou de"esseis anos1 de 7== até o CC de 8;;8,
computam3se mais cinco anos, até a vi%/ncia material, em 8;;L' Por isso, os nove anos são,
neste e6emplo, menos da metade do pra"o do arti%o anterior, que era de vinte anos, e
 portanto o pra"o a ser considerado é o do nov
novoo CC, qual se.a, de quin"e
qu in"e anos, ocorrendo a
usucapião em 8;;= – pois restavam seis anos por cumprir, desde 8;;L, tendo computados
nove anos antes do novo CC'
N! quem di%a, minoritariamente, que o pra"o do novo arti%o deveria comear em
8;;L, ou se.a, no e6emplo, os nove anos de posse prévia deveriam ser descartados, vindo a
usucapião a ocorrer em 8;7' Z corrente minorit!ria por ser o$viamente contr!ria aos
 prop)sitos da lei'
Aproveitand
Aprove
 possuidores itandoo oalimesmo
e6eram e6emplo
a moradia da invasão
4a$itual, desdedeste terreno,
sempre' supon4a
supon4a3se
- tempo 3se a%ora
a ser que os
considerado,
aqui, ser! o do par!%ra+o nico do arti%o 7'8L do CC, ou se.a, de" anos' A aplicaão do
arti%o 8';8 do CC é imposs*vel, porque não se trata de reduão ou aumento do pra"o& a
4ip)tese do par!%ra+o nico simplesmente não e6istia no CC de 7=7O' Por isso, aplica3se o
arti%o 8';8= do CC, que é espec*+ico para a usucapião&
>Art' 8';8=' Até dois anos ap)s a entrada em vi%or deste C)di%o, os pra"os
esta$elecidos no par!%ra+o nico do art' 7'8L e no par!%ra+o nico do art' 7'88
serão acrescidos de dois anos, qualquer que se.a o tempo transcorrido na vi%/ncia
do anterior,  7=7O'HH
anterior, Bei no L';F7, de 7] de .aneiro de 7=7O'

Até 77 de .aneiro de 8;;9, os pra"os esta$elecidos no dispositivo em questão,


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 par!%ra+o nico do arti%o 7'8L do CC, e do par!%ra+o nico do arti%o 7'88 usucapião
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ordin!riaG,
functionality, as so+rem acréscimo de dois anos, qualquer que se.a o tempo .! transcorrido& o
well as marketing,
personalization, and analytics.de
 pra"o que era de" anos
You ano s torna3se do"e, e o de cinco, sete'
se te'
may change your settings Destarte, se a posse com moradia 4a$itual, no e6emplo, se iniciou e 7=, tendo
at any time
4avidosettings.
or accept the default a interrupão pela menoridade, até .aneiro de 8;;L 4averia nove anos1 dali, ao invés
de correr apenas mais um ano, usucapindo em 8;;, dever! o$servar mais tr/s, pela adião
le%al,, corrend
le%al correndoo até 8;;O' Estes dois anos acrescidos servem para promover
promover uma adaptaão
Privacy Policy# nova ordem .ur*dica, evitando surpresas'

Marketing
Personalization

Analytics

Save Accept All


Mic4ell 0unes Midle. Maron 62

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Casos Concretos

Kuestão 7

O Gstado do 6io de &aneiro imp!gna o recon$ecimento da propriedade pela


!s!capião, sob o arg!mento de %!e por não ter registro o imóvel, este seria p1blico e,
 portanto, imprescritível. Diante dessa alegação, decida a %!estão, dando a mel$or sol!ção
 para o caso.

Resposta # Kuestão 7

A condião de terra devoluta não se presume pela simples aus/ncia de re%istro' -


Esta
Estado
do prec
precis
isaa co
comp
mpro
rova
varr es
esta
ta si
situ
tua
aão
ão,, a +i
+im
m de qu
que,
e, co
com
m is
isso
so,, o $e
$em
m se to
torn
rnee
recon4ecidamente p$lico' Por isso, a terra sem re%istro, sem prova de que se.a devoluta, é
res n!lli!s,
n!lli!s, $em sem dono, podendo ser usucapida'
A respeito, ve.a o REsp' 77L'899&
>REsp 77L899 < M2' DJ ;<;9<8;;; p' ='
CIVIB' 5CAPI-' ABEQAS-, PEB- E52AD-, DE KE - IMVEB
C-052
C-0 52I2
I2I
I 2E
2ERR
RRAA DEV-
DEV-B B22A' A au aus/
s/nc
ncia
ia de tran
transc
scri
riã
ãoo no -+*c
-+*cio
io
Imo$ili!rio não indu" a presunão de que o im)vel se inclui no rol das terras
devolutas1 o Estado deve provar essa ale%aão' Precedentes do 5upremo 2ri$unal
:ederal e do 5uperior 2ri$unal de Justia' Recurso especial não con4ecido'H

Kuestão 8

 2aria das Dores preenc$e todos os re%!isitos da !s!capião especial !rbana,


exercendo posse sobre imóvel de propriedade da Compan$ia Gstad!al de Sabitação,
 sociedade de economia mista, %!e abandono! !m empreendimento para a constr!ção de
*(( casas pop!lares. A r+ contesta o pedido de recon$ecimento de !s!capião, sob o
arg!mento da imprescritibilidade do bem p1blico. Decida a %!estão.
%!es tão.
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personalization, and analytics.
- $em You
é privado, e o o$.eto é 4!$il, portanto, sendo per+eitamente poss*vel a
may change your settings at any time
usucapião'
or accept the default settings.
A respeito, ve.a a Apelaão C*vel 7==9';;7';7O8, do 2J<RJ&

Privacy Policy >Processo& ;;O=9397'


>Processo& ;;O=9397'7==9'
7==9''7='
'7=';;;;
;;;; 7==9';;7'
7==9';;7';7O8
;7O8G'
G' APEBACA-'
APEBACA-' DE5'
5fBVI-
5fB VI- CAPA0E
CAPA0EMA MA 3 JulJul%am
%ament
ento&
o& 7;<78<
7;<78<7==
7== 3 2ER
2ERCEI
CEIRA
RA CAMARA
CAMARA
Marketing CIVEB'
5C
5 CA APIA-
PIA-'' IM-VE
M-VEB B DE 5-CI 5-CIED
EDAD ADEE DE EC-0EC-0-M -MIIA MI52
MI52A
A
Personalization PR-CEDE0CIA DA ACA-'
Acao de usucapiao' -s imoveis que pertencem gas sociedades de economia mista,
Analytics que tem person
personali
alidad
dadee .ur
.uridi
idica
ca de dir
direit
eitoo privad
privado,
o, esp
especi
ecialm
alment
entee as que se
destinam ga promover o acesso do povo ga moradia, e que nao se destinam a uso
Save Accept All
especial, podemdoser
durante o curso usucapidos'
processo, Completado
deve ser acol4ida a opretensao,
pra"o daaplicando3se
prescricao aquisitiva
a re%ra do
art' O8 do CPC' Desprovimento do recurso'H
Mic4ell 0unes Midle. Maron 63

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Tema I/
 
 6egistro de imóveis. Conceito. Princípios. Atrib!tos. Gficácia. Atos praticados pelo cartório do registro
registro de
imóveis. 8mport7ncia -!rídica da prenotação. Procedimento administrativo de d1vida.

Notas de Aula14

1. 0eistro de im*%eis

- sistema re%istral $rasileiro


$rasileiro é relativamen
relativamente
te recente,
recente, tendo sur%ido
sur%ido em meados de
7O;' - sistema s) sur%iu por aqui quando se viu necessidade de re%ulamentaão do
sistema 4ipotec!rio, que, sem o re%istro p$lico, era $astante tumultuado e inse%uro'
Ve.a o arti%o 7] da Bei O';79<FL&
>Art' 7 -s servios
servios concernentes
concernentes aos Re%is
Re%istros
tros P$licos,
P$licos, esta$elec
esta$elecidos
idos pela
le%islaão civil para autenticidade, se%urana e e+ic!cia dos atos .ur*dicos, +icam
su.eitos
su.eitos ao re%ime
re%ime esta$ele
esta$elecido
cido nesta Bei' Redaão dada pela Bei n O'87O, de
7=FG
\ 7 -s Re%istros re+eridos neste arti%o são os se%uintes& Redaão dada pela Bei
n O'87O, de 7=FG
III33oore%istro
re%istrocivil
civilde
depessoas
pessoasnaturais1 
naturais1 Redaão
 Redaãodada
.ur*dicas1 
.ur*dicas1 dadapela
pelaBei
BeinnO'87O,
O'87O,dede7=FG
7=FG
III 3 o re%istro de t*tulos e documentos1 Redaão dada pela Bei n O'87O, de 7=FG
IV 3 o re%istro de im)veis' Redaão dada pela Bei n O'87O, de 7=FG
\ 8 -s demais re%istros re%er3se3ão por leis pr)prias' Redaão dada pela Bei n
O'87O, de 7=FGH
7=FGH

Do capcaput
ut se depr
depreend
eendee as +un+un?es
?es do sis
sistem
temaa re%istr
re%istral&
al& atr
atri$u
i$uir
ir autent
autentici
icidade
dade,,
e+ic!cia e se%urana aos atos .ur*dicos dependentes de re%istro' Em especial, o re%istro de
im)veis é +undamental, ante a necess!ria pu$licidade de que precisam os direitos reais – 
sendo
sen do cert
certoo que
que totodos
dos os di direi
reito
toss re
reai
ais,
s, so$re
so$re m)m)vei
veiss ou imim)v
)vei
eis,
s, preci
precisam
sam dedest
staa
 pu$licidade' Em relaão aos $ens m)veis, porém, a pu$licidade da situaão se d! pela mera
constataão +!tica, pelo mero contato com o $em m)vel, enquanto nos $ens im)veis a
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constataão daassituaão .ur*dica depende mormente do re%istro, eis que o contato direto não
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é well
functionality, as tão revelador
as marketing,como o é nos m)veis'
Dois sistemas
personalization, and analytics. You re%istrais do direito comparado são os de maior in+lu/ncia na matéria,
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n*vel mundial&
at any timeo +ranc/s e o alemão' 0o sistema re%istral +ranc/s, a pactuaão do
contrato
or accept the default .! trans+ere a propriedade, até mesmo de $em im)vel' - C)di%o Civil :ranc/s, de
settings.
7; – o C)di%o 0apole(nico –, res%atou, neste momento p)s revolucion!ri revolucion!rio,o, res%atou
res%atou os
institutos de direito privado mais importantes – contrato, propriedade, poder +amiliar – 
Privacy Policyatri$uindo a estes institutos uma +ora a$soluta, .ustamente por receio das interven?es

Marketing
estatais a$usivas do passado' E é por isso que este sistema de poder a$soluto do contrato
que se estruturou o sistema re%istral +ranc/s sem que o re%istro tivesse a +ora de emprestar 
Personalization
e+ic!cia # transmissão da propriedade, $astando o pr)prio contrato para tanto' - re%istro,
Analyticsnesta ordem, s) se prestava # pu$licidade do ato' Impera até 4o.e esta sistem!tica, na ordem
re%istral +rancesa& quem cele$ra o contrato de compra e venda .! é propriet!rio desde então'
Save  0o sistema
Accept All %ermnico, ao contr!rio, a propr
propriedade
iedade se trans+ere de +orma muito mais
 $urocr!tica, sendo necess!rios tr/s atos para tanto& a pr)pria cele$raão do contrato, que
7
 Aula ministrada pelo pro+essor :ernando Au%usto Andrade :erreira Dias, em 7O<77<8;;='
Mic4ell 0unes Midle. Maron 64

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

cria o direito o$ri%acional, mas não a trans+er/ncia do direito real, desde .!1 em se%uida,
deve ser cele$rado um contrato perante o o+icial re%istrador, este sim considerado contrato
real, e que passa a su$stituir o primeiro, de +ato, porque nele consta tudo que constava no
ori%inal, mais a +é p$lica esta$elecida pelo ato cartor!rio1 e, por +im, produ"em3se os atos
cartor!rios pertinentes # pu$licidade do contrato, como as matr*culas e aver$a?es'
Por esta alta $urocracia do sistema alemão, a presunão %erada pelo re%istro é
a$soluta' 0ão se pode anular re%istro com $ase em al%um v*cio que, por e6emplo, eivasse o
 primeiro contrato, porque o se%undo, +irmado
+ irmado perante o o+icial, imp?e3se per+eito'
 0o rasil, o pr
primeiro
imeiro ato é id/ntico ao do sistema alemão& o contrato cria o direito
o$ri%acional, mas ainda não o real' A o$ri%aão criada pelo contrato é .ustamente a de
trans+erir a propriedade' Em se%uida, o contrato precisa ser levado ao re%istro de im)veis,
 pois enquanto não 4ouver tal re%istro, não 4! trans+er/ncia e+etiva da propriedade, não
4avendo a pactuaão de novo contrato real no re%istro, mas sim a plana inscrião
inscrião do pacto
o$ri%acional
o$ri%ac ional no re%istro, com os atos cartor!ri
cartor!rios
os dali decorrentes'
decorrentes' Por isso, a presunão
presunão de
validade do re%istro é relativa, e não a$soluta, como na Aleman4a'
Ve.a uma situaão peculiar& indiv*duo cele$ra contrato de compra e venda, sendo
que lo%o ap)s, antes de ser levado o contrato a re%istro, o vendedor morre' Como não
pela  saisine,,
4ouve re%istro, o im)vel ainda pertence ao propriet!rio o$ituado, e por isso, pela saisine
 passa aos 4erdeiros' - comprador s) é credor do direito o$ri%acional, mas ainda poder!
levar o $em a re%istro, consolidando sua propriedade, mesmo ap)s a morte do ori%inal
 propriet!rio'
Assim, em s*ntese, duas caracter*sticas peculiares do sistema $rasileiro de re%istro
de im)veis são a trans+er/ncia da titularidade por meio do re%istro, a vinculaão do t*tulo ao
modo de trans+er/ncia, t*tulo que é o ne%)cio .ur*dico que autori"a esta trans+er/ncia1 e a
 presunão relativa de titularidade, de re%ularidade do re%istro, eis qqueue não 4! escrut*nio
e scrut*nio dos
v*cios porventura incidentes so$re o contrato, e %eraão de um novo, pelo o+icial cartor!rio,
como na Aleman4a'
N! quem di%a que, por esta dinmi
dinmica,
ca, o contrato
contrato de compra e venda de im)vel se.a
um ne%)cio .ur*dico comple6o, pois que s) se aper+eioaria com uma pluralidade de atos'
Contudo,
Contud o, não é a mel4or orient
orientaão'
aão' - contra
contrato,
to, em si, é simples, %erando seus e+eitos por 
si s) data
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such as das o$ri%a?es1 a trans+er/ncia da propriedade, esta sim, é ato comple6o,
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asE6plicadas
marketing, a pactuaão
as $ases do contrato
do re%istro e a +eitura
de im)veis do re%istro'
$rasileiro, passemos # analise pontual
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deste sistema, re%ido pela Bei O';79<FL'
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7'7' Estrutura do re%istro de im)veis

Privacy Policy - arti%o 7FL da Bei de Re%istros P$licos apresenta os livros componentes do RQI&
Marketing >Art' 7FL 3 Naver!, no Re%istro de Im)veis, os se%uintes livros& Renumerado do
art' 7F7 com nova redaão pela Bei n O'87O, de 7=F9G'
Personalization
I 3 Bivro n 7 3 Protocolo1
P rotocolo1
Analytics II 3 Bivro n 8 3 Re%istro Qeral1
III 3 Bivro n L 3 Re%istro Au6iliar1
IV 3 Bivro n  3 Indicador Real1
Save Accept All
V 3 Bivro n 9 3 Indicador Pessoal'
Par!%ra+o nico' -$servado o disposto no \ 8 do art' L, desta Bei, os livros ns 8,
L,  e 9 poderão ser su$stitu*dos por +ic4as'H
Mic4ell 0unes Midle. Maron 65

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- livro 7, de protocolo, é a porta de entrada do re%istro de im)veis, em que se +a" o


 primeiro re%istro dos t*tulos' 0o livro 8, 4! o re%istro %eral de todos os dados re+erentes
re+ erentes ao
im)vel,, todas as trans+e
im)vel trans+er/ncias
r/ncias de titularidade,
titularidade, altera?es de direi
direitos
tos reais, etc' 0o livro L,
de re%istro au6iliar, constam todos os atos que não se.am diretamente re+erentes a direitos
reais e6ercidos so$re $ens im)veis, mas que podem so$re o repercutir so$re o $em, tal
como o re%istro de uma cédula de crédito, ou de um pacto antenupcial
antenupcial,, etc' - livro  é um
livro *ndice, que se destina a identi+icar, por e6emplo, se um determinado im)vel est!
re%istrado naquele o+*cio, $uscando3se pelo nmero da matr*cula' E o livro 9, i%ualmente, é
um *ndice que se presta a locali"a
locali"arr $ens, mas no qual a $usca se reali"a pela pessoa, e não
 pela matr*cula do im)vel'

7'8' Atos re%istrais do RQI

asicamente, quatro são os atos que o o+icial cartor!rio do RQI pode reali"ar& a
matríc!la,, o registro
matríc!la registro,, a averbação
averbação e a prenotação''
 e a prenotação
A matr*cula consiste na anotaão inicial do im)vel' 2odos os im)veis alodiais
particularesG são matriculados em al%um o+*cio re%istral, ou devem s/3lo, mas 4!, na
situaão concreta, im)veis não re%istrados' -utrora, se considerava estes im)veis como
 $ens devolutos, e por isso o Estado seria seu titular – sendo impass*veis de usucapião' No.e,
 porém, os $ens sem re%istro sãosã o res n!lli!s,
n!lli!s, podendo 4aver a usucapião'
A matr*cula +oi criada .unto com o sistema re%istral da Bei O';79<FL, mas a
 propriedade pree6istia a tal marco le%al' Por isso, o sistema anterior deve ter e6pressão na
matr*cula, a qual descrever! toda a %ama de rela?es percorrida pelo $em até aquele
momento'
- se%undo ato do o+icial é o re%istro' 5ão pass*veis de re%istro todos os atos
descritos no arti%o 7OF, I, da Bei de Re%istros P$licos, que ser! transcrito lo%o adiante' De
maneira %eral, pode3se di"er que todos os atos de trans+er/ncia de titularidade são pass*veis
de re%istro, assim como todos os atos de anotaão de (nus reais'
- terceiro ato é a aver$aão, e estão previstos os atos aver$!veis no inciso II do
arti%odata
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da lei
as em comento' Em %eral, todos os atos que não impliquem em trans+er/ncia
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dewell
titularidade
direitos
functionality, as as reais sãoouaver$!veis,
marketing,avcriaão
er$!veis,dee (nus reais são aver$!veis
não re%istr!veis, como as cr ressaltando
cria?esG'
ia?esG' V e.a&que as e6tin?es de
Ve.a&
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may change your settings at any time >Art' 7OF 3 0o Re%istro de Im)veis, além da matr*cula, serão +eitos' Renumerado
or accept the default settings. do art' 7O com nova redaão pela Bei n O'87O, de 7=F9G'
I 3 o re%istro& Redaão dada pela Bei n O'87O, de 7=F9G'
7G da instituião de $em de +am*lia1
Privacy Policy 8G das 4ipotecas le%ais, .udiciais e convencionais1
LG dos contratos de locaão de prédios, nos quais ten4a sido consi%nada cl!usula de
Marketing vi%/ncia no caso de alienaão da coisa locada1
G do pen4or de m!quinas e de aparel4os utili"ados na indstria, instalados e em
Personalization +uncionamento, com os respectivos pertences ou sem eles1
Analytics 9G das pen4oras, arrestos e seq^estros de im)veis1
OG das servid?es em %eral1
FG do usu+ruto e do uso so$re im)veis e da 4a$itaão, quando não resultarem do
Save Accept All
direito de +am*lia1
G das rendas constitu*das so$re im)veis ou a eles vinculadas por disposião de
ltima vontade1
Mic4ell 0unes Midle. Maron 66

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

=G dos contratos de compromisso de compra e venda de cessão deste e de promessa


de cessão, com ou sem cl!usula de arrependimento,
arrependimento, que ten4am por o$.eto im)veis
não loteados e cu.o preo ten4a sido pa%o no ato de sua cele$raão, ou deva s/3lo a
 pra"o, de uma s)
s) ve" ou em presta?es1
presta?es1
7;G da en+iteuse1
77G da anticrese1
78G das conven?es antenupciais1
7LG das cédulas de crédito rural1
7G das cédulas de crédito, industrial1
79G dos contratos de pen4or rural1
7OG dos empréstim
empréstimos
os por o$ri%a?es
o$ri%a?es ao portador ou de$/nture
de$/ntures,
s, inclu
inclusive
sive as
convers*veis em a?es1
7FG das incorpora?es, institui?es e conven?es de condom*nio1
7G dos contratos de promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de unidades
aut(nomas condominiais a que alude a Bei n '9=7, de 7O de de"em$ro de 7=O,
quando a incorporaão ou a instituião de condom*nio se +ormali"ar na vi%/ncia
desta Bei1
7=G dos loteamentos ur$anos e rurais1
8;G dos contratos de promessa de compra e venda de terrenos loteados em
con+ormidade com o Decreto3lei n 9, de 7; de de"em$ro de 7=LF, e respectiva
cessão e promessa de cessão, quando o loteamento se +ormali"ar na vi%/ncia desta
Bei1
87G
88G das cita?es pela
Revo%ado de a?es
Bei nreais ou pessoais
O'9;, de 7=;Greipersecut)rias, relativa
relativass a im)veis1
8LG dos .ul
.ul%ad
%ados
os e atos
atos .ur
.ur*di
*dicos
cos entre vivivos
vos que dividire
dividirem
m im)vei
im)veiss ou os
demarcarem inclusive nos casos de incorporaão que resultarem em constituião
de condom*nio e atri$u*rem uma ou mais unidades aos incorporadores1
8G das sentenas que nos invent!rios, arrolamentos e partil4as, ad.udicarem $ens
de rai" em pa%amento das d*vidas da 4erana1
89G dos atos de entre%a de le%ados de im)veis, dos +ormais de partil4a e das
senten
sentenas
as de ad.
ad.udi
udica
caão
ão em inventinvent!ri
!rioo ou arr
arrola
olamen
mento
to quando
quando não 4ouver 
4ouver 
 partil4a1
8OG da arremataão e da ad.udicaão em 4asta p$lica1
8FG do dote1
8G das senten
sentenas
as declar
declarat)
at)ria
riass de ususuca
ucapião1  Reda
pião1 Redaão
ão dad
dadaa pelpelaa Med
Medida
ida
Provis)ria n 8'88;, de 8;;7G
This website stores data such as 8=G da compra e venda pura e da condicional1
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functionality, as well as marketing, L;G
L7G da permuta1
daão em pa%amento1
personalization, and analytics. You L8G da trans+er/ncia, de im)vel a sociedade, quando inte%rar quota social1
may change your settings at any time LLG da doaão entre vivos1
or accept the default settings. L
LGG da de desa
sapr
prop
opri
ria
aão
ão amami%
i%!v
!vel
el e dadass se
sent
nten
ena
ass qu
que,
e, em proc
proces
esso
so de
desapropriaão, +i6arem o valor da indeni"aão1
L9G da alienaão
alienaão +iduci!ri
+iduci!riaa em %arantia
%arantia de coisa im)vel' Inclu*do pela Bei n
Privacy Policy ='97, de 7==FG
LOG da imissão provis)ria na posse, e respectiva cessão e promessa de cessão,
Marketing quando
qua ndo conced
concedido
ido # nião,
nião, Estado
Estados,
s, Distri
Distrito
to :edera
:ederal,
l, Munic*
Munic*pio
pioss ou suas
suas
entidades dele%adas, para a e6ecuão de parcelamento popular, com +inalidade
Personalization renda'  Inclu*do pela Bei n ='F9, de 7===G
ur$ana, destinado #s classes de menor renda' 
LFG dos termos administrativos ou das sentenas declarat)rias da concessão de uso
Analytics especial para +ins de moradia1 Redaão dada pela Medida Provis)ria n 8'88;, de
8;;7G
Save Accept All LG VE2AD-G 
VE2AD-G Inclu*do pela Bei n 7;'89F, de 8;;7G
L=G da constituião do direito de super+*cie de im)vel ur$ano1 Inclu*do pela Bei n
7;'89F, de 8;;7G
Mic4ell 0unes Midle. Maron 67

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

;G do contrato de concessão de direito real de uso de im)vel p$lico' Redaão


dada pela Medida Provis)ria n 8'88;, de 8;;7G
II 3 a aver$aão& Redaão dada pela Bei n O'87O, de 7=F9G'
7G das conven?
conven?eses ant
antenu
enupci
pciais
ais e do re%ime
re%ime de $ens
$ens div
divers
ersos
os do le%
le%al,
al, nos
re%istros re+erentes a im)veis ou a direitos reais pertencentes a qualquer dos
c(n.u%es, inclusive os adquiridos posteriormente ao casamento1
8G por cancelamento, da e6tinão dos (nus e direitos reais1
LG dos contratos de promessa de compra e venda, das cess?es e das promessas de
cessão a que alude o Decreto3lei n 9, de 7; de de"em$ro de 7=LF, quando o
loteamento se tiver +ormali"ado anteriormente # vi%/ncia desta Bei1
G da mudana de denominaão e de numeraão dos prédios, da edi+icaão, da
reconstruão, da demolião, do desmem$ramento e do loteamento de im)veis1
9G da alteraão do nome por casamento ou por desquite, ou, ainda, de outras
circun
circunst
stnci
ncias
as que,
que, de qualqu
qualquer
er modo,
modo, ten
ten4am
4am in+in+lu/
lu/nci
nciaa no re%is
re%istro
tro ou nas
 pessoas nele interessadas1
interessadas1
OG dos atos pertinentes a unidades aut(nomas condominiais a que alude a Bei n
'9=7, de 7O de de"em$ro de 7=O, quando a incorporaão tiver sido +ormali"ada
anteriormente # vi%/ncia desta Bei1
FG das cédulas 4ipotec!rias1
4ipotec!rias1
G da cauão e da cessão +iduci!ria de direitos relativos a im)veis1
=G das sentenas de separaão de dote1
7;G do resta$elecimento
resta$elecimento da sociedade con.u%al1
77G das cl!usulas
impostas cl!usulas de
a im)veis, $eminaliena$
inaliena$ilid
como ilidade,
da ade, impen4ora
impen4ora$ili
constituião $ilidade
dade e incomunic
de +ideicomisso1 incomunica$il
a$ilidade
idade
78G das decis?es, recursos e seus e+eitos, que ten4am por o$.eto atos ou t*tulos
re%istrados ou aver$ados1
7LG  e6 o++*cio , dos nomes dos lo%radouros, decretados pelo poder p$lico'
7G das sentenas de separaão .udicial, de div)rcio e de nulidade ou anulaão de
casamento, quando nas respectivas partil4as e6istirem im)veis ou direitos reais
re%istro'Inclu*do pela Bei n O'9;, de 7=;G
su.eitos a re%istro'Inclu*do
79 3 da re3rati+icaão do contrato de mtuo com pacto ad.eto de 4ipoteca em +avor 
de entidade inte%rante do 5istema :inanceiro da Na$itaão, ainda que importando
elevaão da d*vida, desde que mantidas as mesmas partes e que ine6ista outra
4ipoteca re%istrada em +avor de terceiros' Inclu*do pela Bei n O'=7, de 7=7G
7OG do contrato de locaão, para os +ins de e6erc*cio de direito de pre+er/ncia'
Inclu*do pela Bei n '89, de 7==7G
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functionality, as well as marketing, re%ime
7G da +iduci!rio'Inclu*do
+iduci!rio'
noti+icaãoInclu*do pela Bei n ='97,
para parcelamento, de 7==FG
edi+icaão ou utili"aão compuls)rios de
personalization, and analytics. You ur$ano1Inclu*do pela Bei n 7;'89F, de 8;;7G
im)vel ur$ano1Inclu*do
may change your settings at any time 7=G da e6tinão da concessão de uso especial para +ins de moradia1 Inclu*do pela
or accept the default settings. Bei n 7;'89F, de 8;;7G
8;G da e6tinão do direito de super+*cie do im)vel ur$ano' Inclu*do pela Bei n
7;'89F, de 8;;7G
Privacy Policy 87G da cessão de crédito imo$ili!rio' Inclu*do pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
88' da reserva le%al1 Inclu*do pela Bei n 77'8, de 8;;OG
Marketing 8L' da servidão am$iental' Inclu*do pela Bei n 77'8, de 8;;OGH
8;;OG H

PersonalizationA prenotaão, quarto ato re%istral, nada mais é do que o ato do o+icial quando
rece$e o t*tulo no protocolo' Este ato é inscrito no livro 7 do RQI'
Analytics

Save Accept All

7'8' Principiolo%ia
Mic4ell 0unes Midle. Maron 68

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

*.'.*. Constit!tividade

- primeiro princ*pio
princ*pio $asilar do sistema
sistema re%istral imo$il i!rio é a constit!tividade
imo$ili!rio constit!tividade'' A
tit
titula
ularid
ridade
ade dos $ens im im)vei
)veiss é tra
trans+e
ns+erid
ridaa pel
pelaa movim
movimententaão
aão cartor
cartor!ri
!ria,
a, em re%ra,
re%ra,
as
assum
sumin
indo
do o re%i
re%ist
stro
ro um car! terr ex n!nc'
car!te n!nc' Mas 4! outras +ormas de treans+er/ncia da
 propriedade, a e6emplo da usucapião& o re%istro não constitui a propriedade para o
usuca
us ucape
pent
nte,
e, apena
apenass dadando
ndo3l3l4e
4e pu
pu$l
$lic
icid
idad
ade,
e, pois
pois a propri
propriededade
ade .! se consol
consolididou
ou no
 preenc4imento dos requisitos da usucapião, retroa%indo até o in*cio da posse ad 
!s!capionem'' Da mesma +orma, a propriedade se trans+ere sem re%istro pela  saisine
!s!capionem  saisine,, ou
casos , o re%istro tem e+ic!cia ex t!nc'
 pela acessão natural, etc' 0estes casos, t!nc'
- car
car!te
!terr constit
constituti
utivo
vo da prop
proprie
riedad
dadee pel
peloo re%i
re%istr
stroo se d! pel
pelaa con+lu
con+lu/nc
/ncia
ia do
ne%)cio .ur*dico e do seu re%istro' Apresentado o contrato +ormalmente consistente, ele ser!
re%istrado, e a propriedade se esta$elece' Para que se desconstitua esta propriedade, é
 preciso demonstrar uma invalidade do contrato ou do re%istro, ou ainda uma ine+ic!cia
re%istral, mas até que isto ocorra, o adquirente é o propriet!rio presumido'
5e um terceiro comprovar que o contrato era nulo, por e6emplo como uma
trans+er/ncia a non dominoG,
dominoG, o +ar! por meio de uma aão de anulaão de re%istro, que o

 permitir! reivindicar seu $em' - arti%o 7'8F do CC d! a nota&


n ota&
>Art' 7'8F' 5e o teor do re%istro não e6primir a verdade, poder! o interessado
reclamar que se reti+ique ou anule'
Par!%ra+o nico' Cancelado o re%istro, poder! o propriet!rio reivindicar o im)vel,
independentementee da $oa3+é ou do t*tulo do terceiro adquirente'H
independentement

Ve.a que o proprie


propriet!rio
t!rio poder! reivindic
reivindicar
ar o im)ve
im)vel,l, em ra"ão do cancelamento
cancelamento do
re%istro, até mesmo de terceiros que ten4am $oa3+é, se%undo o par!%ra+o nico do arti%o
supra' N! cinco e6ce?es le%ais a esta re%ra, porém, a comear pelo arti%o 7O7 do CC&
>Art' 7O7' A aão, nos casos dos arts' 79 e 79=, poder! ser intentada contra o
devedor insolvente, a pessoa que com ele cele$rou a estipulaão considerada
This website stores data such as +raudulenta, ou terceiros adquirentes que 4a.am procedido de m!3+é'H
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marketing,
personalization,nulidade +a" cancelado
and analytics. You o re%istro, mas os terceiros de $oa3+é aqueles que descon4ecem o
may change your settings at any time
v*cioG serão res%uardados em sua propriedade' A primeira trans+er/ncia, por )$vio, não
or accept the default
%arantesettings.
o adquirente, sa$edor que é do v*cio'
5e%unda e6ceão,
e6ceão, em que o car!ter
car!ter constitut
constitutivo
ivo é de+initivo,
de+initivo, vem no \ 8] do arti%o
Privacy Policy
7OF do CC&

Marketing >Art' 7OF' Z nulo o ne%)cio .ur*dico simulado, mas su$sistir! o que se dissimulou,
se v!lido +or na su$stncia e na +orma'
Personalization '''G
\ 8] Ressalvam3se
Ressalvam3se os direitos
direitos de terceiro
terceiross de $oa3+é em +ace dos contraen
contraentes
tes do
Analytics
ne%)cio .ur*dico simulado'H

Save Accept All


Mesmo
 pre.udicado por 4avendo simulaão,
isso, se tiver $oa3+ é' nuli+icando o ne%)cio ori%inal, o terceiro não ser!
$oa3+é'
2erceira 4ip)tese é a do arti%o F=, par!%ra+o nico, do CC&
Mic4ell 0unes Midle. Maron 69

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' F=' 5e aquele


aquele que indevidamente
indevidamente rece$eu
rece$eu um im)vel o tiver alienado
alienado em
 $oa3+é, por t*tulo oneroso,
oneroso, responde somente
somente pela quantia rece$ida1
rece$ida1 mas, se a%iu de
m!3+é, além do valor do im)vel, responde por perdas e danos'
Par!%ra+o nico' 5e o im)vel +oi alienado por t*tulo %ratuito, ou se, alienado por 
t*tulo oneroso, o terceiro adquirente a%iu de m!3+é, ca$e ao que pa%ou por erro o
direito de reivindicaão'H

Caracteri"ado o pa%amento indevido através da trans+er/ncia de um $em im)vel,


aquele que adquiriu
adquiriu este im)ve ao  solvens que
im)vell de $oa3+é não estar! o$ri%ado a devolv/3lo ao solvens  que
 pa%ou indevidamente, a não ser que ten4a rece$ido3o a t*tulo %ratuito' 5e mesmo a t*tulo
oneroso, 4ouve m!3+é, deve restituir o $em ao propriet!rio ori%inal'
Kuarta 4ip)tese é prevista no arti%o 7'7F do CC&
>Art' 7'7F' 5ão v!lidas as aliena?es onerosas de $ens 4eredit!rios a terceiros de
 $oa3+é, e os atos de administraão le%almente praticados pelo 4erdeiro, antes da
sentena de e6clusão1 mas aos 4erdeiros su$siste, quando pre.udicados, o direito de
demandar3l4e perdas e danos'
Par!%r
Par!%ra+o
a+o nico'
nico' - e6clu*
e6clu*do
do da sucess
sucessão
ão é o$ri%a
o$ri%ado
do a resti
restitui
tuirr os +rutos
+rutos e
rendimentos que dos $ens da 4erana 4ouver perce$ido, mas tem direito a ser 
indeni"ado das despesas com a conservaão deles'H

Kuinta 4ip)tese vem no arti%o 7'8O do CC, mas é re+utada pela doutrina mais
moderna' Ve.amos
Ve.amos por
porque&
que&
>Art' 7'8
>Art' 7'8O'
O' :eita por quem
quem não se.a
se.a propri
propriet!
et!rio
rio,, a tra
tradi
dião
ão não ali
aliena
ena a
 propriedade, e6ceto se a coisa, o+erecida ao p$lico, em leilão ou esta$elecimento
comercial, +or trans+erida em circunstncias tais que, ao adquirente de $oa3+é,
como a qualquer pessoa, o alienante se a+i%urar dono'
\ 7] 5e o adquirente estiver de $oa3+é e o alienante adquirir depois a propriedade,
considera3se reali"ada a trans+er/ncia desde o momento em que ocorreu a tradião'
\ 8] 0ão trans+ere a propriedade a tradião, quando tiver por t*tulo um ne%)cio
 .ur*dico nulo'H
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Esta as isão
ta prev
previs ão é at
atin
inent
entee ao $e
$emm móvel , do qual se %arante, pelo princ*pio da
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con+iana,
functionality, as a tradião
well as marketing,
aos $ens im)ve
im)veis,is, irrevers*vel
porém, é dol,$em
poss*ve
poss*vel, e ao adquirente
pode3se pensar de $oa3+é'
nesta A aplicaão
situaão deste
e6atamente
e6atamente em arti%o
casos
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settings at any time anunciadas pu$licamente'
or accept the default settings.
*.'.'. Preferncia
Privacy Policy 5e%undo atri$uto é a pre+er/ncia& tem prioridade aquele que primeiro alcanar o
 protocolo, quem primeiro +i"er a prenotaão' 5e%ue3se o $rocardo  prior tempore, potior 
Marketing
 -!re,, ou se.a, >primeiro no tempo, mel4or no direitoH'
 -!re
PersonalizationVe.a que os t*tulos que +orem prenotados posteriormente ao primeiro da +ila não
serão descartados,
Analytics descartados, senão quando terminad
terminadaa a an!lise da re%ularidade
re%ularidade do primeiro,
primeiro, caso em
que, considerado escorreito, somente então os demais serão re+utados' Re.eitado o primeiro,
Save  passar3se3! ao se%undo,
Accept All e assim
ass im por diante'
Esta pre+er/ncia comporta e6ce?es, pois quando os t*tulos +orem compat*veis em
concomitncia, um não o$sta o outro' Por e6emplo, pode 4aver dupla 4ipoteca, coe6istindo
Mic4ell 0unes Midle. Maron 7

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

no $em, mas a prioridade na e6ecuão incum$e #quela que primeiro +oi prenotada mesmo
que a se%unda ten4a sido re%istrada primeiro, por maior a%ilidade cartor!riaG'
5e o t*tul
t*tuloo +or prenota
prenotado,
do, e a prenotaão +or cancelada por +alta de cumprimento
cumprimento de
e6i%/ncias e pend/ncias, o t*tulo perde a prioridade que l4e era %arantida'
-utro caso peculiar é o da prenotaão, no mesmo dia, de dois t*tulos incompat*veis&
a prioridade ser! determinada pela 4ora da lavratura da escritura p$lica, e não pela
 prenotaão primeiramente reali"ada' Ve.aVe.a os arti%os 7=7 e 7=8 da Bei O';79<FL&
 
>Art
>Art'' 7=
7=77 3 Pr
Prev
eval
alec
ecer
erão
ão,, pa
para
ra e+ei
e+eito
to de prio
priori
rida
dade
de de re%i
re%ist
stro
ro,, qu
quan
ando
do
apresentados no mesmo dia, os t*tulos prenotados no Protocolo so$ nmero de
ordem mais $ai6o, protelando3se o re%istro dos apresentados posteriormente, pelo
 pra"o correspondente a, pelo menos, um dia til' Renumerado do art' 7=8 com
nova redaão pela Bei n O'87O, de 7=F9G'H
7=F9G'H

>Art' 7=8 3 - disposto nos arts' 7=; e 7=7 não se aplica #s escrituras p$licas, da
mesma data e apresentadas no mesmo dia, que determinem, ta6ativamente, a 4ora
da sua lavratura, prevalecendo, para e+eito de prioridade, a que +oi lavrada em
 primeiro lu%ar' Renumerado do arti%o 7=8 par!%ra+o nico pela Bei n O'87O, de
7=F9G'HH
7=F9G'

Assim,
data, mas mais se umaainda
tarde, escritura p$licadeé se
ter! prioridade
priorida prenotada
a 4ora denosua
mesmo diaa +or
lavratura
lavratur queanterior
outraordah mesma
anteri da que
+oi prenotada anteriormente, no mesmo dia'
-utra e6ceão é a 4ip)tese do arti%o 7= da Bei em comento&
>Art' 7= 3 Apresentado t*tulo de se%unda 4ipoteca, com re+er/ncia e6pressa #
e6ist/ncia de outra anterior, o o+icial, depois de prenot!3lo, a%uardar! durante L;
trintaG dias que os interessados na primeira promovam a inscrião' Es%otado esse
 pra"o, que correr! da data da prenotaão, sem que se.a apresentado o t*tulo
anterior, o se%undo ser! inscrito e o$ter! pre+er/ncia so$re aquele' Renumerado
do art' 7=; com nova redaão pela Bei n O'87O, de 7=F9G'H
7=F9G' H

*.'./. orça probante relativa


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sist
sistem
desconstitu*da ema
pora prova
re%i
re%ist
stra
rall contr!rio'
em %e
%era
ra prpres
esun
unã
Por ãoo re
contarel
lat
atiiva
desta ,  -!ris tant!m
va,presunão,tant!m,, qpro$at)ria
4! +ora ue pode ser 
nos
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re%istros'
may change your settings at any time
- arti%o 7'89, \ 8], do CC, que trata do tema, merece uma cr*tica&
or accept the default settings.

>Art' 7'89' 2rans+ere3se entre vivos a propriedade mediante o re%istro do t*tulo


Privacy Policy translativo no Re%istro de Im)veis'
\ 7] Enquanto não se re%istrar o t*tulo translativo, o alienante continua a ser 4avido
Marketing como dono do im)vel'
\ 8] Enquanto não se promover, por meio de aão pr)pria, a decretaão de
Personalization invalidad
invalidadee do re%istro,
re%istro, e o respecti
respectivo
vo cancelam
cancelamento,
ento, o adquirent
adquirentee continua
continua a ser 
4avido como dono do im)vel'H
Analytics
- dispositivo +ala em invalidade do re%istro, mas pode 4aver que$ra da presunão
 porque este re%istro é ine+ica", mesmo sendo v!lido – como quando se demonstra a
Save Accept All
usucapião,
ine+ica"' por e6emplo, de pessoa diversa da titular do re%istro, o qual é v!lido, mas
Mic4ell 0unes Midle. Maron 71

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

A +ora
+ora pro
pro$an
$ante
te,, então,, é  -!ris tant!m
então tant!m,, em re%ra, mas 4! casos de presunão
 -!re et de -!re
a$soluta, -!re
a$soluta, -!re'' m caso é o do re%istro 9orrens
9orrens,, dedicado
dedicado ao re%istro altamente
altamente
 $urocr!tico de im)veis rurais, que atri$ui praticamente a impossi$ilidade de erros ou +al4as
no re%istro, e por isso este se torna a$soluto' -utro caso de presunão a$soluta do re%istro é
o da sentena de usucapião& este não pode ser questionado, porque para se alcanar a
sentenaa 4! um enorme procedim
senten procedimento
ento $urocr!tico em es+era .udicial
.udicial,, permitindo
permitindo a certe"
certe"aa
su+iciente a tornar o t*tulo inquestion!vel'
*.'.3. Contin!idade

A cadeia de propriedade não pode so+rer interrup?es, as c4amadas solu?es de


continuidade& 4! que ser presente todo o 4ist)rico da titularidade do $em, desde o primeiro
apropriante até o atual propriet!rio' 0ão é poss*vel se admitir per*odos lacunosos, tampouco
é poss*vel a ocorr/ncia de re%istros incompat*veis – al%um deles ser! nulo'
 0a usucapião, o re%istro se inicia novamente, sendo uma certa miti%aão #
continuidade& inicia3se a propriedade do "ero, com a usucapião'
Kuando o $em +or p$lico, sem re%istro, tam$ém 4! uma que$ra da continuidade,
 pois apenas os $ens alodiais imprescindem de d e re%istro'

-utra
contratos comsituaão
pessoa aemdeclarar 
que se' pode
0estavislum$rar
modalidade,que$ra da continuidade
o contratante se d!e nos
sai do p)lo um
terceiro, apontado pelo contratante, assume o contrato como se sempre 4ouvesse ali
+i%urado' - pro$lema é se o contrato +or levado a re%istro antes da e6tromissão do
 pactuante ori%in!rio, o que implicar! em sua sa*da quando o apontado assumir o pacto&
durante o curso do pacto antes da e6tromissão, a propriedade +icar! em nome de quem
 .amais teve escopo
esc opo de adquiri3
adquiri3la,
la, o que parece uma incon%ru/ncia' A questão ainda est! em
construão, ante a parca utili"aão deste contrato, na pra6e'
Ve.a uma situaão peculiar& indiv*duo cele$ra promessa de compra e venda com
outro, e a re%istra1 no meio tempo, enquanto correm os pa%amentos pelo promitente
comprador, o mesmo alienante vende e+etivamente o mesmo $em a um terceiro, que
encamin4a tal t*tulo a re%istro' - o+icial do cart)rio ter! que re%istrar esta venda de+initiva,
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não podendo as que 4! que$ra de continuidade& a promessa ainda não trans+eriu a
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 propriedade ao
 propriedade do promitente
personalization, and analytics. You
promitentecomprador,
vendedor éo resolvel,
qual é titular apenas
e pode serdevendida
direito real
nestadequalidade'
aquisião' A
-
may change your adquirente de+initivo
settings at any time ter! o re%istro, mas quando o promitente terminar de pa%ar, ter! o $em
a si trans+er
or accept the defaulttrans+erido
ido – a propriedade do adquirente de+ini
settings. de+initivo
tivo se resolve, então, e ele sequer ter!
direitos de evicto, por sa$er da situaão do $em'
-utra situaão peculiar é a venda de um $em que .! +ora vendido, mas cu.o t*tulo
Privacy Policynão +ora re%istrado& o se%undo adquirente, primeiro a re%istrar, é propriet!rio do $em, e o
 primeiro, que não re%istrou, ter! que $uscar indeni"aão do vendedor' Contudo, se o
Marketing
se%undo adquirente,
adquirente, primeiro a re%ist
re%istrar
rar,, sou$esse da venda anterior não re%ist
re%istrada,
rada, estar!
Personalization
a$usando do direito ao +a"er o re%istro, pelo que a doutrina entende que dever! ser 
desconst
desc
Analytics onstit
itu*d
u*doo o seu re%
re%ist
istro,
ro, perdend
perdendoo o $em,
$em, mas podendo
podendo $uscar indeni
indeni"aã
"aãoo do
vendedor estelionat!rio' Esta posião é doutrin!ria, ainda sem e6pressão na .urisprud/ncia'
Save `ltima
Accept questão
All di" respeito # alienação fid!ciária de bens imóveis,
imóveis, pr!tica que vem
se incrementando no ordenamento' 0este contrato, que é re%istrado no RQI, 4avendo a
mora, o credor noti+ica o RQI, e o o+icial é quem noti+ica o devedor, quando, não pur%ada a
Mic4ell 0unes Midle. Maron 72

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

mora, 4aver! a consolidaão da propriedade nas mãos do credor, que poder! leiloar o $em e
se ressarcir do
d o pre.u*"o' V
Ve.a
e.a o arti%o 8O da Bei ='97<=F&
>Art' 8O' Vencida
Vencida e não pa%a, no todo ou em parte, a d*vida e constitu*do em mora
o +iduciante, consolidar3se3!, nos termos deste arti%o, a propriedade do im)vel em
nome do +iduci!rio'
\ 7 procur
ou Para
pro os
curado +ins
adorr redo%ular
disposto
re%ularmen teneste
mente arti%o,
consti
constitu*do,o +iduciante,
tu*do, ser!
ser! int
intimaoudo,seua representante
imado, req
requer
uerime ntole%al
imento do
+iduci!rio, pelo o+icial do competente Re%istro de Im)veis, a satis+a"er, no pra"o
de quin"e dias, a prestaão vencida e as que se vencerem até a data do pa%amento,
os .ur
.uros
os conven
convenciocionai
nais,
s, as penali
penalidad
dades
es e os demdemais
ais encar
encar%os
%os contr
contratu
atuais
ais,, os
encar%os le%ais, inclusive tri$utos, as contri$ui?es condominiais imput!veis ao
im)vel, além das despesas de co$rana e de intimaão'
\ 8 - contrato de+inir! o pra"o de car/ncia ap)s o qual ser! e6pedida a intimaão'
\ L A intimaão +ar3se3! pessoalmente ao +iduciante, ou ao seu representante le%al
ou ao procurador re%ularmente constitu*do, podendo ser promovida, por solicitaão
do o+icial do Re%istro de Im)veis, por o+icial de Re%istro de 2*tulos e Documentos
da comarca da situaão do im)vel ou do domic*lio de quem deva rece$/3la, ou pelo
correio, com aviso de rece$imento'
\  Kuando o +iduciante, ou seu representante le%al ou procurador re%ularmente
constitu*do se encontrar em outro local, incerto e não sa$ido, o o+icial certi+icar! o
+ato, ca$endo, então, ao o+icial do competente Re%istro de Im)veis promover a
intimaã
intimaãoo por edital, pu$licado
pu$licado por tr/s dias, pelo menos, em um dos .ornais .ornais de
maior circulaão local ou noutro de comarca de +!cil acesso, se no local não
4ouver imprensa di!ria'
\ 9 Pur%ada a mora no Re%istro de Im)veis, convalescer! o contrato de alienaão
+iduci!ria'
\ O - o+icial do Re%istro de Im)veis, nos tr/s dias se%uintes # pur%aão da mora,
ent
entre%
re%arar!! ao +id+iduci
uci!ri
!rioo as import
importnc
ncias
ias rec
rece$i
e$idas
das,, ded
dedu"i
u"idas
das as despes
despesas
as de
co$rana e de intimaão'
\ F] Decorrido o pra"o de que trata o \ 7o sem a pur%aão da mora, o o+icial do
competente Re%istro de Im)veis, certi+icando esse +ato, promover! a aver$aão, na
matr*cula do im)vel, da consolidaão da propriedade em nome do +iduci!rio, #
vista da prova do pa%amento por este, do imposto de transmissão inter vivos e, se
+or o caso, do laud/mio' 
laud/mio' Redaão dada pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
This website stores data such as \ ] - +iduciante pode, com a anu/ncia do +iduci!rio, dar seu direito eventual ao
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functionality, as well as marketing, 8F' Inclu*do pela Bei n 7;'=L7, de 8;;GH
8;;GH
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- re%istro demanda descrião e6auriente
e6auriente e detal4ada
detal4ada do $em e dos titulares,
titulares, pois é
um meio de especi+icaão do $em e de suas qualidades' Por isso, por e6emplo, é que se
Privacy Policy
e6i%e a aver$aão de um casamento, a +im de que a titularidade não se.a som$reada por 
qualquer dvida'
Marketing
Personalization
*.'.H.
Analytics P!blicidade

Save 2odos
AcceptosAllatos notariais são p$licos, porque este é .ustamente o escopo maior do
sistema re%istral' Z por isso que qualquer pessoa do povo, sem sequer precisar demonstrar o
Mic4ell 0unes Midle. Maron 73

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

motivo, pode o$ter vista ou certidão de qualquer ato notarial que l4e conven4a, sem ser 
questionado pelo o+icial so$re a +inalidade de tal in+ormaão'

*.'.?. Legalidade

presunão  -!ris tant!m


Como se disse, 4! uma presunão -!ris tant!m de
 de re%ularidade do re%istro' Para
%an4ar esta presunão, o t*tulo passou por uma an!lise de sua le%alidade, assim que +oi
apresentado ao o+icial cartor!rio, que deve ser +eita em trinta dias'
Vislum$rada al%uma nulidade a$soluta no t*tulo, o re%istro +ica a+astado, não sendo
re%istrado, ou, se .! o +oi, cancelando3se'
5e a nulidade +or relativa, 4! controvérsia so$re a reali"aão ou não do re%istro'
Como a nulidade relativa s) pode ser ar%^ida por quem se.a interessado, o o+icial dever!
 proceder ao re%istro, mesmo se perce$er tal nulidade,
nu lidade, e o cancelamento dever! ser +eito por 
 provocaão de quem se.a interessado'
A que$ra na continuidade do t*tulo tam$ém o$sta o re%istro'
N! quem di%a que, se tratando da constituião de %ravame, se o valor da %arantia
superar o valor do $em, não se pode re%istrar a %arantia' Esta posião não é a mais acertada,
 por dois motivos& o o+icial não é avaliador, para sa$er do e6ato valor do $em1 e se, mesmo
sendo menor,
Kuandonãoo impede que a %arantia
o+icial aponta se.a til' a serem sanadas, o dono do t*tulo poder!
irre%ularidades
simple
sim plesmen
smente
te cum
cumpri
pri3la
3las,
s, ou discord
discordar
ar das e6i
e6i%/n
%/ncia
cias'
s' 5e assim
assim o +i"
+i"er
er,, suscit
suscitar!
ar! o
 procedimento administrativo da d1vida
d1vida,, que ser! instaurado e resolvido na vara de re%istros
 p$licos, com atuaão do MP' MP' - autor, aqui, é o o+icial de re%istro, mas pode 4aver a
c4amada d1vida inversa,
inversa, que é aquela que é a.ui"ada pelo pr)prio requerente do re%istro, e
não pelo o+icial, quando requerido pelo interessado que o o+icial a.u*"e a dvida e este não
o +i"er'
A decisão do procedimento de dvida tem cun4o administrativo, para a maior parte
da doutrina e .urisprud/ncia, não se revestindo da coisa .ul%ada' Por isso, a questão pode
ser levada # via .udicial ordin!ria' Kuando a decisão +or de proced/ncia da dvida – ou se.a,
o o+icial estava errado –, a doutrina di" que não 4! interesse no a.ui"amento de aão
This website stores data such as
ordin!ria pelo o+icial1 contudo, pode o MP, se entender necess!rio ao interesse p$lico,
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a.ui"ar marketing,
aão anulat)ria do re%istro'
- re%istro
personalization, and analytics. You que se demonstrar incon%ruente com a realidade pode ser reti+icado'
may change your Erros materiais,
settings at anycomo
time aqueles de %ra+ia, inclusive, podem ser reti+icados de o+*cio' Kuando
o erro,settings.
or accept the default qualquer que se.a, in+luir so$re direitos de terceiros, estes precisam ser noti+icados
 pelo o+icial cartor!rio, para opor qualquer resist/ncia' 5e a matéria se tornar liti%iosa, a
aão de reti+icaão precisa ser a.ui"ada' Ve.a
Ve.a o arti%o 87L da Bei O';79<FL&
Privacy Policy
>Art' 87L' - o+icial reti+icar! o re%istro ou a aver$aão& Redaão dada pela Bei n
Marketing
7;'=L7, de 8;;G
Personalization I 3 de o+*cio ou a requerimento do interessado nos casos de& Inclu*do pela Bei n
7;'=L7, de 8;;G
Analytics aG omissão ou erro cometido na transposião de qualquer elemento do t*tulo1
Inclu*da pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
Save Accept All  $G indicaão ou atuali"aão de con+rontaão1
con+rontaão1 Inclu*da pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
cG alteraão
o+icial1 de denominaão
Inclu*da de lo%radouro
pela Bei n 7;'=L7, de 8;;Gp$lico, comprovada por documento
Mic4ell 0unes Midle. Maron 74

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

dG reti+icaão que vise a indicaão de rumos, n%ulos de de+le6ão ou inserão de


coordenadas %eore+erenciadas, em que não 4a.a alteraão das medidas perimetrais1
Inclu*da pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
eG alteraão ou inserão que resulte de mero c!lculo matem!tico +eito a partir das
medidas perimetrais constantes do re%istro1 Inclu*da pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
+G reproduão de descrião de lin4a divis)ria de im)vel con+rontante que .! ten4a
reti+icaão1 Inclu*da pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
sido o$.eto de reti+icaão1
%G ins
inser
erão
ão ou modi+i
modi+ica
caão
ão dos dados
dados de quali+
quali+ica
icaão
ão pessoa
pessoall das partes
partes,,
comprovada
compr ovada por documentos
documentos o+iciais,
o+iciais, ou mediante
mediante despac4o
despac4o .udicial
.udicial quando
quando
4ouver necessidade de produão de outras provas1 Inclu*da pela Bei n 7;'=L7, de
8;;G
II 3 a requerimento do interessado, no caso de inserão ou alteraão de medida
 perimetral de que resulte, ou não, alteraão de !rea, instru*do com planta e
memorial descritivo assinado por pro+issional le%almente 4a$ilitado, com prova de
anota
ano taão
ão de res
respon
ponsa$
sa$ili
ilidad
dadee téc
técnic
nicaa no compet
competent
entee Consel
Consel4o
4o Re%ion
Re%ional
al de
En%en4aria e Arquitetura 3 CREA, $em assim pelos con+rontantes' Inclu*do pela
Bei n 7;'=L7, de 8;;G
\ 7] ma ve" atendidos os requisitos de que trata o caput do art' 889, o o+icial
aver$ar! a reti+icaão' Redaão dada pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
\ 8] 5e a planta não contiver a assinatura de al%um con+rontante, este ser!
noti+icado pelo -+icial de Re%istro de Im)veis competente, a requerimento do
interess
interessado,
ado, para se mani+esta
mani+estarr em quin"e
quin"e dias,
dias, prom
promovend
ovendo3se
o3se a noti+ica
noti+icaão
ão
 pessoalmente
do -+
-+ic iall deouRe
icia pelo
Re%i
%istcor
correio,
ro reio,
stro de comIm)v aviso
Im)veieis, delorece$imento,
s, pe
pelo rece
-+$imento,
-+ic iall de ou,
icia Re ainda,
Re%i
%istro por
stro de solic
solicitaão
2*tuitaão
2*tulo
loss e
Documentos da comarca da situaão do im)vel ou do domic*lio de quem deva
rece$/3la' Redaão dada pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
\ L] A noti+icaão ser! diri%ida ao endereo do con+rontante constante do Re%istro
de Im)veis, podendo ser diri%ida ao pr)prio im)vel cont*%uo ou #quele +ornecido
 pelo requerente1 não sendo encontrado o con+rontante ou estando em lu%ar incerto
e não sa$ido, tal +ato ser! certi+icado
certi+icado pelo o+icial
o+icial encarre%ado
encarre%ado da dili%/nci
dili%/ncia,a,
 promovendo3se a noti+icaão
noti+icaão do con+rontante mediante edital, com o mesmo pra pra"o
"o
+i6ado no \ 8o, pu$licado por duas ve"es em .ornal local de %rande circulaão'
Redaão dada pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
\ ] Pr Pres
esum
umir
ir3s
3se3
e3!! a an anu/
u/nc
ncia
ia do co con+
n+ro
ront
ntan
ante
te ququee de
dei6
i6ar
ar de apapre
rese
sent
ntar 
ar 
impu%naão no pra"o da noti+icaão' Redaão dada pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
\ 9] :indo o pra"o sem impu%naão, o o+icial aver$ar! a reti+icaão requerida1 se
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4ouverr impu%naã
4ouve impu%naãoo +undament
+undamentada ada por parte
parte de al%um con+rontant
con+rontante,
e, o o+icial
o+icial
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+im o requerente
de que, e ocinco
no pra"o de pro+issional
dias, seque 4ouver assinado
mani+estem so$re a aimpu%naão'
planta e o memorial
Redaãoa
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or accept the default settings. ami%!vel para solucion!3la, o o+icial remeter! o processo ao .ui" competente, que
decidir! de plano ou ap)s instruão sum!ria, salvo se a controvérsia versar so$re o
dir
direit
eitoo de propri
proprieda
edade
de de al%uma
al%uma das partes
partes,, 4ip)te
4ip)tese
se em que remete
remeter!
r! o
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\ F] Pelo mesmo procedimento previsto neste arti%o poderão ser apurados os
Marketing remanescentes de !reas parcialmente alienadas, caso em que serão considerados
como con+rontantes tão3somente os con+inantes das !reas remanescentes
remanescentes'' Inclu*do
Personalization  pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
Analytics \ ] As !reas p$licas poderão ser demarcadas ou ter seus re%istros reti+icados pelo
mesmo procedimento previsto neste arti%o, desde que constem do re%istro ou
se.am lo%radouros devidamente aver$ados' 
aver$ados' Inclu*do pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
Save Accept All \ =] Independentemente de reti+icaão, dois ou mais con+rontantes poderão, por 
meio de escritura p$lica, alterar ou esta$elecer as divisas entre si e, se 4ouver 
trans+er/ncia de !rea, com o recol4imento do devido imposto de transmissão e
Mic4ell 0unes Midle. Maron 75

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

desde que preservadas, se rural o im)vel, a +raão m*nima de parcelamento e,


quando ur$ano, a le%islaão ur$an*stica' Inclu*do pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
\ 7;' Entend
Entendem
em3se
3se como
como con+ro
con+ronta
ntante
ntess não s) os propropri
priet!
et!rio
rioss dos im)vei
im)veiss
cont*%uos, mas, tam$ém, seus eventuais ocupantes1 o condom*nio %eral, de que
tratam os arts' 7'L7 e se%uintes do C)di%o Civil, ser! representado por qualquer 
dos cond(minos e o condom*nio edil*cio, de que tratam os arts' 7'LL7 e se%uintes
do C)di%o
C)di%o Civil,
Civil, ser!
ser! repres
represent
entado
ado,, con+or
con+orme
me o caso,
caso, pel
peloo s*ndic
s*ndicoo ou pel
pelaa
Representantes' Inclu*do pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
Comissão de Representantes' 
\ 77' Independe de reti+icaão& Inclu*do pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
I 3 a re%ulari"aão +undi!ria de interesse social reali"ada em Uonas Especiais de
Interesse 5ocial, nos termos da Bei no 7;'89F, de 7; de .ul4o de 8;;7, promovida
 por Munic*pio ou pelo Distrito :ederal, quando os lotes .! estiverem cadastrados
individua
indi vidualmen
lmente
te ou com lanamen
lanamentoto +iscal
+iscal 4! mais de vinte
vinte anos1 Inclu*do pela
Bei n 7;'=L7, de 8;;G
II 3 a adequaão da descrião de im)vel rural #s e6i%/ncias dos arts' 7FO, \\ Lo e
o, e 889, \ Lo, desta Bei' Inclu*do pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
\ 78' Poder! o o+icial reali"ar dili%/ncias no im)vel para a constataão de sua
situaão em +ace dos con+rontantes e locali"aão na quadra' Inclu*do pela Bei n
7;'=L7, de 8;;G
\ 7L' 0ão 4avendo dvida quanto # identi+icaão do im)vel, o t*tulo anterior #
reti+ica
reti+icaão
ão poder!
poder! ser levado a re%istro
re%istro desde que requerid
requeridoo pelo adquirente,
adquirente,
 promovendo3se o re%istro em con+ormidade com a nova descrião'Inclu*do
descrião'Inclu*do pela
Bei
\ 7'n Veri+icado
7;'=L7, de 8;;G
a qualquer tempo não serem verdadeiros os +atos constantes do
memorial descritivo, responderão os requerentes e o pro+issional que o ela$orou
 pelos pre.u*"os causados, independentemente
independentemente das san?es disciplinares e penais'
Inclu*do pela Bei n 7;'=L7, de 8;;GH
8;;GH

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Kuestão 7
Mic4ell 0unes Midle. Maron 76

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 Ailton compro! imóvel de Cons!elo. A reg!lar escrit!ra p1blica + lavrada e


registrada. 9empos depois, verifica"se %!e a área en!nciada na escrit!ra p1blica de
compra e venda + maior do %!e a %!e constava no registro. Perg!nta"seB %!al + a medida a
 ser adotada por Ailton=

Resposta # Kuestão 7

- re%istro precisa re+letir a realidade +!tica, e se não o +i"er, precisa ser reti+icado'
A respeito, ve.a a Apelaão C*vel 7==F';;7';;=8, do 2J<RJ&
>Processo& ;;;;FL3=
>Processo& ;;;;FL3='7==F
'7==F''7=
''7=';;;;
';;;; 7==F';;7
7==F';;7';;=8
';;=8G'
G' APEBACA
APEBACA-' -' DE5'
BIU UVEI2ER 3 Jul%amento& 8F<;9<7==F 3 5E@2A5E@2A CAMARA CIVEB'
REQI52R
REQI 52R-- DE IM-VEI
IM-VEI5' 5' RE2I:IC
RE2I:ICACA
ACA- - DE ME2RAQ
ME2RAQE05 E05'' AR2
AR2' 87L'
87L'
PARAQRA:-5' BEI DE REQI52R-5 PBIC-5
Bei de Re%ist
Re%istro
ro Pu$lic
Pu$lico'
o' Pedido
Pedido de retreti+i
i+icac
cacao
ao de metra
metra%en
%enss no Re%ist
Re%istro
ro
Imo$iliario' E6e%ese do art' 87L e seus para%ra+os da Bei n' O';79<FL' -$servadas
as citacoes dos con+rontantes, $em como alienantes,, nao 4avendo impu%nacao
+undamentada por parte destes e $em de+inidos o limite de cada area na planta e
memorial descritivo tra"ido ga colacao pela apelante, nao 4a necessidade de se
remeter as vias ordinarias, podendo ser corri%ido o re%istro neste procedimento'
Recurso provido'H
Kuestão 8

 As instit!ições financeiras T e U disc!tem nos a!tos de !m processo de exec!ção


acerca de %!em teria a prioridade no recebimento de !ma dívida. O primeiro banco alega
%!e tem a prioridade, pois registro! primeiro, en%!anto %!e o seg!ndo s!stenta %!e o se!
tít!lo foi prenotado antes. A %!em assiste ra0ão=

Resposta # Kuestão 8

- t*tulo que primeiro +oi prenotado tem prioridade na e6ecuão, mesmo que o outro
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e+ic!cia marketing,até a data da prenotaão, e por isso o $anco f tem ra"ão – sua prenotaão
 prévia l4e %arante
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 As acessões imobiliárias.
imobili árias. Acessões nat!rais e artificiais. Diferença entre benfeitorias e acessões artificiais.
artificiai s.
 2itigação ao princípio s!perfícies solo cedit. Gfeitos da boa"f+ e da má"f+ na constr!ção em solo al$eio.
Mic4ell 0unes Midle. Maron 77

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 A%!isição e perda da propriedade móvel. A tradição na a%!isição a non domino. O abandono como modo de
 perda da propriedade
propriedade imóvel.

Notas de Aula15

1. Acesses

A propri
propried
edade
ade im)v
im)vel
el se ad
adqui
quire
re de +or ma orig
+orma origin
inári
áriaa ou derivada
derivada'' De +orma
ori%in!ria, adquire3se por usucapião ou .ustamente por acessão
acessão,, que é o que ser! +oco de
estudo, aqui'
Acessão é .ustaposião de um $em so$re outro, e pode ser nat!ral , quando a +ora
da nature"a, so"in4a, leva # adesão da matéria1 ou artificial , quando a .ustaposião é o$ra
do 4ome
4omem'm' 5u$di
5u$divi
vidi
dindo
ndo3se
3se,, a ac
acess
essão
ão ar
arti
ti+i
+ici
cial
al po
pode uma const
de ser uma constr!ç
r!ção
ão ou umumaa
 plantação''
 plantação
A propriedade im)vel a$ran%e o solo, o su$solo e o espao aéreo respectivo, na
+orma dos arti%os 788= e 7'8L; do CC&
>Art
>Art'' 7'
7'88
88='
=' A pr
prop
opri
ried
edad
adee do so
solo
lo a$
a$ra
ran%
n%ee a do espa
espao
o aéaére
reoo e su
su$s
$sol
oloo
correspondentes, em altura e pro+undidade teis ao seu e6erc*cio, não podendo o
 propriet!rio opor3se
ou pro+undidade tais,aque
atividades queelese.am
não ten4a reali"adas,
interesse por
le%*timo emterceiros, a uma altura
impedi3las'H

>Art' 7'8L;' A propriedade


propriedade do solo não a$ran%e as .a"idas, minas e demais recursos
minerais, os potenciais de ener%ia 4idr!ulica, os monumentos arqueol)%icos e
outros $ens re+eridos por leis especiais'
Par!%ra+o nico' - propriet!rio do solo tem o direito de e6plorar os recursos
minerais de empre%o imediato na construão civil, desde que não su$metidos a
trans+ormaãoo industrial, o$edecido o disposto em lei especial'H
trans+ormaã

2udo o que +or incorporado ao solo, natural ou arti+icialmente, passa a acompan4ar 


do  s!perficies solo cedit & aquilo que se adere # super+*cie do
sua nature"a, pelo princ*pio do s!perficies
solo, passa a acompan4!3lo em sua nature"a imo$ili!ria' 0ada mais é do que uma
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especi+icaão as princ*pio da %ravitaão .ur*dica, pelo qual o acess)rio se%ue o principal,
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disp?e o arti%o 8LL do CC&
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>Art' 8LL' A o$ri%aão de dar coisa certa a$ran%e os acess)rios dela em$ora não
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mencionados, salvo se o contr!rio resultar do t*tulo ou das circunstncias do caso'H
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 0o re%ime do CC de 7=7O, su$sistia a +i%ura da acessão intelect!al , que eram
Privacy Policyaquelas coisas que, ainda que não aderidas +isicamente ao solo, eram intelectualmente
desti
destina
nadadass ao me
mel4l4or
or ap
aprov
rovei
eita
tame
ment
ntoo des
deste
te'' Era
Era uma
uma acessã
acessãoo +eita
+eita po
porr vovont
ntad
adee do
 propriet!rio, passando a ser intelectualmente im)vel porque assim o quis o propriet!rio'
Marketing
das  pertenças''
No.e, esta +i%ura aca$ou a$sorvida por um instituto mais amplo, qual se.a, o das pertenças
Personalization
do  s!perficies solo
Por isso, 4! duas cate%orias a serem o$servadas nesta questão do s!perficies
Analytics
cedit & as acess?es +*sicas, naturais ou arti+iciais1 e as pertenas, destinadas ne%ocialmente a
acompan4ar a nature"a im)vel do $em, eis que +isicamente não são a este incorporadas são
Save destacada Accept All
do im)velG'
79
 Aula ministrada pelo pro+essor André Ro$erto de 5ou"a Mac4ado, em 8<77<8;;='

Mic4ell 0unes Midle. Maron 78

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

As $en+eitorias tam$ém t/m o car!ter de acessoriedade, mas não se con+undem com


as acess?es ou com as pertenas enquanto modo de aquisião da propriedade imo$ili!ria'
Ve.a que este comparativo, entre $en+eitorias e acess?es, s) é mesmo poss*vel quando se
analisam acess?es arti+iciais, constru?es e planta?es, pois as naturais são por demais
distintas – não 4! como se con+undir uma avulsão, por e6emplo, com uma $en+eitoria'
A di+erena entre $en+eitoria e acessão arti+icial é $astante di+*cil, de +ato' - critério
é até simples1 di+*cil é a sua veri+icaão na casu*stica, pois 4! "onas $astante cin"entas' -
critério distintivo é o de serem, as acess?es, elementos novos de propriedade, enquanto as
 $en+eitorias não o são' Entenda& a acessão é coisa nova, enquanto a $en+eitoria é a
valori
valori"a
"aã
ão,
o, o inincre
creme
ment
ntoo de co
cois
isaa .! e6
e6is
iste
tent
nte'
e' e
en+e
n+eit
itor
oria
iass são o$ras
o$ras ou serservi
vio
oss
reali"ados naquilo que .! e6iste, sem constituir coisa nova, serv*veis # conservaão, ao
incremento da utilidade, ou ao simples deleite e a+ormoseamento da coisa .! e6istente,
enquanto acess?es são coisas novas, di+erentes da propriedade anterior'
ma pintura de paredes é claramente uma $en+eitoria, não 4avendo propriedade
nova, e sim a mera valori"aão da .! e6istente' - mesmo se d! quando 4! a troca de um
tel4ado inteiro, por e6emplo& mesmo que valori"e muito o $em, o direito de propriedade
não se altera& continua, o propriet!rio, a ter a mesma propriedade so$re o solo e so$re a
casa, apenas tendo esta se valori"ado' J! a construão de uma casa em um terreno é
claramente +eita
 $en+eitoria uma acessão, não sendo
naquele terreno& 4!poss*vel se considerar
nova propriedade, que aocasa
porque donoer%uida se.a uma
do terreno, que mera
antes
era s) dono do terren
terreno,
o, a%ora tem uma ampliaão do seu dom*nio – é dono do terreno e da
casa' N! o sur%imento de um elemento novo de propriedade'
N! um crité
critério
rio pra%m!tico para identi+ic
identi+icar
ar $en+eitorias
$en+eitorias e acess?es,
acess?es, de +orma plana&
ao se construir uma casa, é preciso que 4a.a a alteraão do re%istro daquele terreno no RQI,
a +im de re%istrar aquele novo elemento de propriedade – é acessão1 se se tratar de apenas
uma o$ra – como o tel4ado ou a pintu pintura
ra das paredes –, não 4! que se +alar em alteraão do
re%istro de propriedade, pelo que não 4! elemento novo de propriedade – estamos diante de
uma $en+eitoria'
Em lin4as %erais, portanto, v/3se que o vulto da o$ra %uarda uma certa pertin/ncia
em relaão aos conceitos& quão maior, mais relevante, mais prov!vel de ser acessão'
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Contudo,
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essential site dito, 4! uma "ona cin"enta de di+*cil soluão, a ser veri+icada na casu*stica'
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Por e6emplo,
depender a construão
do papel de uma piscina& pode ser uma $en+eitoria ou uma acessão, a
personalization, and analytics. You que desempen4ar na propriedade do dono do terreno' Constru*da em
may change your umasettings
!rea não edi+icada,
at any time imp?e %rande alteraão no direito de propriedade, e mesmo que
or accept the default settings.
não demande aver$aão no RQI, é acessão1 se constru*da em !rea .! edi+icada, pode ser 
considerada simples $en+eitoria, til ou voluptu!ria'
Es
Esta
ta quest
questão
ão da mama%ni
%nitu
tude
de da o$o$ra
ra ser det
deter
ermi
minan
nantete po
pode
de ser il
ilust
ustrad
radaa co
com
m
Privacy Policy
dispositivos atinentes ao condom*nio edil*cio, nos quais se e6i%e quorum maior de votaão
 para acess?es ddoo que o quorum e6i%ido para $en+eitorias' V
Marketing Ve.a
e.a os arti%os 7'L7,
7'L7 , II, 7'L8 e
7'LL do CC&
Personalization

Analytics >Art' 7'L7' A reali"aão


reali"aão de o$ras no condom*nio depende&
'''G
Save Accept All
II 3 se teis, de voto da maioria dos cond(minos'

'''GH
>Art'
>Ar t' 7'L
7'L8'
8' A rea
reali"
li"aã
aãoo de o$ras,
o$ras, em partes
partes comuns
comuns,, em acrésc
acréscimo
imo #s .!
e6istentes, a +im de l4es +acilitar ou aumentar a utili"aão, depende da aprovaão

Mic4ell 0unes Midle. Maron 79

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

de dois teros dos votos dos cond(minos, não sendo permitidas constru?es, nas
 partes comuns, suscet*veis de pre.udicar a utili"aão, por qualquer dos
cond(minos, das partes pr)prias, ou comuns'H

>Art' 7'LL' A construão de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro


edi+*cio, destinado a conter novas unidades imo$ili!rias, depende da aprovaão da
unanimidade dos cond(minos'H

princ*pio s!perficies solo cedit é miti%ado em al%umas circunstncias, nas quais a


- princ*pio s!perficies
%ravitaão se inverte' Isto ocorre em duas situa?es& no dir direito
eito de s!perfí
s!perfície
cie e na acessão
inversa'' A re%ra é que o acess)rio, a edi+icaão ou a plantaão, acompan4a o principal, o
inversa
solo1 lo%o, se o indiv*duo planta ou constr)i em solo al4eio, a edi+icaão ou plantaão
acompan4a
acompan 4a aquele solo, seu dono passando a ser dono da acessão1 ou, se o propriet!rio
propriet!rio do
solo constr)i ou planta com matéria3prima al4eia, o dono do solo passa a ser dono da
edi+icaão ou plantaão'
Cont
Co ntudo
udo,, nos doi
doiss ca
casos
sos me
menci
ncion
onado
ados,
s, a rere%ra
%ra se e6e6ce
cepci
pcion
ona'
a' 0o di direi
reito
to de
super+*cie, a e6ceão decorre do desdo$ramento que se d! so$re o direito de propriedade&
 passa a e6istir a  propriedade f!ndeira,
f!ndeira , propriedade do solo, e a propriedade
a  propriedade s!perficiária
s!per ficiária,,
 propriedade das acess?es impostas ao solo' 0os casos de concessão do direito de super+*cie
 por so$relevaão, o propriet!rio +undeiro é dono do solo e da edi+icaão até a té certa altura, e o
 propriet!rio super+ici!rio é dono da acessão a partir daquela altura – é o popularmente
do  s!perficies
c4amado >direito de la.eH' 0este caso, do direito de super+*cie, o princ*pio do s!perficies
 solo cedit  é  é suspenso, porque o direito de super+*cie é tempor!rio, e não perpétuo como
ocorreria caso se estivesse +alando de en+iteuseG' Kuando aca$ar o direito de super+*cie,
todos os e+eitos da %ravitaão passarão a ser operados, ou se.a, o propriet!rio +undeiro
 passar! a concentrar propriedade
pro priedade plena, inclusive das acess?es'
- Estatuto da Cidade permite o direito de super+*cie por pra"o indeterminado, como
se v/ no arti%
arti%oo 87' 5e se entender que esta concessã
concessãoo %era perpetuida de, o  s!perficies solo
perpetuidade,
cedit   +icar! interr
interrompido
ompido,, e não apenas suspenso1 contudo, a indetermina
indeterminaãoão do pra"o não
si%ni+ica perpetuidade – si%ni+ica apenas que ser! necess!ria denncia –, para a maior 
corrente, e por isso ocorre, ainda assim, suspensão da ader/ncia ao solo'
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87' - propriet!rio ur$ano poder!
seu por tempo determinado ouconceder a outrem
indeterminado, o direitoescritura
mediante de super+*cie do
p$lica
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re%istrada no cart)rio de re%istro de im)veis'
may change your settings at any time '''GH
or accept the default settings.
:indo o direito de super+*cie, então, tem lu%ar a %ravitaão, e o propriet!rio +undeiro
 passa a ser dono das acess?es'
Privacy Policy
ace ss?es'
A se%unda
se%unda e6ceão, como dito, é a acessão inversa' Para se compre
compreend/3la
end/3la,, porém,
 precisa ser e6plicada a acessão t*pica, antes' V
Marketing Ve.amos'
e.amos'
Personalization

Analytics
7'7' Acess?es t*picas naturais
Save Accept All
A acessão t*pica se d!, como dito, quando 4! a incorporaão de um elemento novo #
 propriedade imo$ili!ria .! e6istente, por +ora da nature"a ou por atuaão 4umana' -
Mic4ell 0unes Midle. Maron 8

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

natural&& a  formação de il$as


le%islador apresenta quatro 4ip)teses de acessão natural
le%islador il$as +luviais
 +luviais não
mar*timas, pois se o +orem são terrenos de marin4a, podendo no m!6imo ser alvo de
en+iteusesG1 o abandono de álveo1
álveo1 a al!vião
al!vião11 e a av!lsão
av!lsão''
As quatro situa?es envolvem im)veis cortados por rios, ou lim*tro+es a rios'
Ve.amos cada uma, $revemente'

*.*.*. ormação de il$as


 0a +ormaão de il4as, 4avendo uma il4a sur%ida no meio do rio, esta pertencer!
 proporcionalmente aos propriet!rios ri$eirin4os, traando3se uma mediani" no meio do
!lveo o rio em siG, partind
partindo3se
o3se o rio nesta metad
metade&
e& a parte da il4a que estiver de cada lado
 pertencer! ao propriet!rio ri$eirin4o correspondente'
cor respondente'
5e a ilil4a
4a se +o
+orm
rmaa to
tota
talm
lmen
ente
te em um do doss la
lado
doss da medi
median
ani"
i",, el
elaa pe
pert
rten
ence
ce
inteiramente ao propriet!rio correspondente'
Ve.a o arti%o 7'8= do CC&
>Art' 7'8=' As il4as que se +ormarem em correntes comuns ou particulares
 pertencem aos propriet!rios
propriet!rios ri$eirin4os
ri$eirin4os +ronteiros,
+ronteiros, o$servadas as
as re%ras se%uintes&
se%uintes&
I 3 as que se +ormarem no meio do rio consideram3se acréscimos so$revindos aos
terrenos ri$eirin4os +ronteiros
+ronteiros de am$as as mar%ens, na proporão de suas testadas,
até a lin4a que dividir o !lveo em duas partes i%uais1
II 3 as que se +ormarem entre a re+erida lin4a e uma das mar%ens consideram3se
acréscimos aos terrenos ri$eirin4os +ronteiros desse mesmo lado1
III 3 as que se +ormarem pelo desdo$ramento de um novo $rao do rio continuam a
 pertencer aos propriet!rios
propriet!rios dos terrenos
terrenos # custa dos quais se constitu*ram'H
constitu*ram'H

A ma
maioiorr co
cont
ntro
rovér
vérsi
sia,
a, ne
nest
staa si
situ
tuaã
aão,
o, é a poss*
poss*vel
vel ne
nece
cessi
ssida
dade
de de uma
uma a
aão
ão
demarcat)ria se 4ouver dvidas quanto aos limites'

*.*.'. Abandono de álveo

This website stores data 5esuch


o rioasse e6tin%ue, a soluão é que a metade do leito do rio ser! incorporada ao
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terreno de umsitedos propriet!rios ri$eirin4os, e a outra metade ser! incorporada ao terreno da
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outra mar%em' 5imples assim'
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Ve.a o arti%o 7'898 do CC&
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>Art' 7'898' - !lveo a$andonado de corrente pertence aos propriet!rios ri$eirin
ri$eirin4os
4os
das duas mar%ens, sem que ten4am indeni"aão os donos dos terrenos por onde as
!%uas a$rirem novo curso, entendendo3se que os prédios mar%inais se estendem até
Privacy Policy o meio do !lveo'H
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 0ovamente, o maior pr
pro$lema
o$lema poss*vel, aqui, é a ocorr
ocorr/ncia
/ncia de dvidas quanto
qu anto aos
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limites, a ense.ar a demarcat)ria'
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Save *.*./. Al!vião


AccepteAll
av!lsão

Ve.a os arti%os 7'89


7'89;; e 7'897 do CC&
Mic4ell 0unes Midle. Maron 81

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'8
>Art' 7'89;'
9;' -s acracrésc
éscimo
imoss +ormad
+ormados,
os, sucess
sucessiva
iva e imperc
impercept
eptive
ivelme
lmente
nte,, por 
dep)sitos e aterros naturais ao lon%o das mar%ens das correntes, ou pelo desvio das
!%uas destas, pertencem aos donos dos terrenos mar%inais,
mar%inais, sem indeni"aão'
Par!%r
Par!%ra+o
a+o nico'
nico' - terren
terrenoo alu
aluvia
vial,
l, que se +ormar
+ormar em +rente
+rente de prédio
prédioss de
 propriet!rios di+erentes,
di+erentes, dividir3se3!
dividir3se3! entre eles, na proporão
proporão da testada de cada um
so$re a anti%a mar%em'H

>Art' 7'897' Kuando, por +ora natural violenta, uma porão de terra se destacar de
um prédio e se .untar a outro, o dono deste adquirir! a propriedade do acréscimo,
se indeni"ar o dono do primeiro ou, sem indeni"aão, se, em um ano, nin%uém
4ouver reclamado'
Par!%ra+o nico' Recusando3se ao pa%amento de indeni"aão, o dono do prédio a
qu
quee se .u
.unt
ntou
ou a po
por
rão
ão de teterr
rraa de
deve
ver!
r! aq
aqui
uies
esce
cerr a qu
quee se remo
removava a pa
part
rtee
acrescida'H

- que se passa, em am$as as situa?esitua?es,


s, é que a corrente"a do rio tra" a parte s)li
s)lida
da
que adere # propriedade ri$eiri
ri$eirin4a,
n4a, +i6ando3se como parte deste im)vel
im)vel,, a%ora, acrescendo
seu territ)rio' A di+erena reside em um s) aspecto& se a movimentaão da parcela s)lida se
deu paulatinamente ou de +orma violenta& sendo um acréscimo lento, 4! aluvião1 sendo o
acréscimo +ruto de corrente"a violenta, 4! avulsão'
As consequ/ncias, porém, di+erem mais& quando se tratar de aluvião, o terreno
acrescido pertence ao seu propriet!rio, que não dever! indeni"ar nada a quem quer que se.a
 pelo acréscimo e6perimentado – $asta alterar sua metra%em no RQI, e estar! re%ulari"ada
sua situaão'
Kuando se tratar de avulsão, porém, o acréscimo violento provavelmente +e" al%um
outro propriet!rio, rio acima, perder parte de seu terreno, e por isso o propriet!rio do
terreno acrescido manter! o acréscimo, se tornando dono da parcela s)lida aderida, mas
o  s!perficies solo cedit ,
dever! indeni"ar aquele que perdeu parte da propriedade' Aplica3se o s!perficies
mas mediante indeni"aão' 5omente quando não reclamada a indeni"aão, em pra"o de um
ano, é que o propriet!rio do terreno acrescido +icar! e6imido de seu pa%amento'
Ve.
e.aa que
que se o pr propr
oprie
iet!
t!ri
rioo do $em acres
acresci
cido
do na alaluvi
uvião
ão recusa
recusar3
r3se
se a pa%ar 
pa%ar 
indeni"aão,
indeni "aão, ser! permitid
permitidoo ao dono do terreno pre.udicad
pre.udicadoo retomar
retomar a parcela perdida, por 
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desmem$ramento ou por remoão& ou levantar! o terreno de volta, levando3o rio acima1 ou
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+icar! com a parcela onde est!, demarcando3a, se imposs*vel a remoão'
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A indeni"aão se $aseia no valor do im)vel que so+reu a diminuião, porque é o
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settings realmente perce$ido, porque se se calculasse tal indeni"aão com $ase no
at any time
valor do
or accept the default terreno ao qual a avulsão +e" aderir a parcela de terra, poderia acontecer caso de
settings.
insu+ici/ncia, se o terreno +or menos valioso, ou enriquecimento sem causa, se o terreno
aderido +or mais valioso'
Privacy Policy - direito de escol4a, entre manter o acréscimo, mediante indeni"aão, ou dei6ar que
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se levante a terra aderida, pertence ao propriet!rio do terreno em que +oi acrescida a
 parcela' Kuem perde a parcela tem pretensão indeni"at)ria1 quem acresce, tem direito a
Personalization o s!perficies solo cedit  ou
e6ercer o s!perficies  ou não'
Analytics

Save 7'8' Acess?es


Acceptt*picas
All arti+iciais

A matéria é re%ida no CC nos arti%os 7'89L a 7'89, os quais serão a$ordados


 pontualmente'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 82

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

A primeira re%ra %eral so$re acess?es arti+iciais é a presunão relativa de que toda
acessão arti+icial +oi reali"ada pelo dono do im)vel, o que vem consi%nado no arti%o 7'89L
do CC&
>Art' 7'89L' 2oda construão ou plantaão e6istente em um terreno presume3se
+eita pelo propriet!rio e # sua custa, até que se prove o contr!rio'H

Destarte, o (nus de provar que quem produ"iu a acessão arti+icial não +oi o dono do
terreno incum$e ao terceiro que porventura ten4a este interesse'
Partindo desta re%ra, o le%islador tece e6ce?es que co$rem $oa parte das poss*veis
ocorr/ncias casu*sticas' A primeira é a situaão em que 4a.a a construão ou plantaão, pelo
 pr)prio dono do solo, mas com materiais al4eios1 ou a construão ou plantaão em solo
al4eio,
al4eio, mas com materi
materiais
ais pr)prios – duas +aces de uma mesma moeda, variando do ponto
de vista do construtor' V
Ve.a
e.a o arti%o 7'89 do CC&
>Art' 7'8
>Art' 7'89'
9' Aquele
Aquele que semeia
semeia,, pla
planta
nta ou edi
edi+ic
+icaa em terren
terrenoo pr)pri
pr)prioo com
sementes, plantas ou materiais al4eios, adquire a propriedade destes1 mas +ica
o$ri%ado a pa%ar3l4es o valor, além de responder por perdas e danos, se a%iu de
m!3+é'H

 0este caso, a idéia é que o dono do solo, que a%iu de $oa3+é, mantém a acessão
 s!perficies
 s!perficies solo cedit GG,, mas deve indeni"ar o preo das coisas al4eias usadas na sua
construão ou plantaão' 5e a%iu de m!3+é, ainda assim manter! a acessão, aplicando3se
o s!perficies solo cedit , mas além de indeni"ar as coisas usadas, pa%ar! tam$ém por 
ainda o s!perficies
eventuais perdas e danos comprovados'
Ve.a a%ora o arti%o 7'899 do CC&
>Art' 7'899' Aquele que semeia, planta ou edi+ica em terreno al4eio perde, em
 proveito do propriet!rio,
propriet!rio, as sementes,
sementes, plantas e constru?es1
constru?es1 se procedeu
procedeu de $oa3+é,
ter! direito a indeni"aão'
Par!%ra+o nico' 5e a construão ou a plantaão e6ceder consideravelmente
consideravelmente o valor 
This website stores data such as do terreno, aquele que, de $oa3+é, plantou ou edi+icou, adquirir! a propriedade do
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solo, mediante pa%amento da indeni"aão +i6ada .udicialmente, se não 4ouver 
acordo'H
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 0ovamente, v/3se no cap!
may change your settings at any time
cap!tt a mera
mera ate
aten
não
ão ao  s!perficies solo cedit , variando
apenassettings.
or accept the default quanto # +é do produtor da acessão em terra al4eia& se procedeu de $oa3+é, ser!
indeni"ado pelo que usou1 se de m!3+é, perder! as coisas, sem qualquer indeni"aão a si
devida'
Privacy Policy Kuestão que sur%e, aqui, é se é poss*vel ao e6ecutor da acessão em terreno al4eio
com coisa pr)pria que a%iu de $oa3+é – tendo direito a ser indeni"ado, portanto – ter! al%um
Marketing
direito de retenão da acessão até que l4e se.a pa%a a indeni"aão' - CC silencia so$re isto,
mass se +or
ma
Personalization +or apl
aplic
icado
ado o si
sist
stem
emaa %er
%eral
al da
dass $e
$en+e
n+eit
itori
orias
as po
porr analo
analo%i
%ia,
a, te
tem3s
m3see qu
que&
e& as
 $en+eitorias necess!rias devem ser indeni"adas, e se o e6ecutor procedeu de $oa3+é, tem
Analytics
retenão1 as $en+eitorias teis %eram direito # indeni"aão, e tam$ém # retenão' As
Save
acess?esAccept
arti+iciais
All
não podem ser equiparadas a necess!rias, porque, salvo na 4ip)tese de
edi+icaão
 .amais' 5ãocompuls)ria para
equipar!veis, implemento
porém, da +unão
#s $en+eitorias social,
teis, nãoisso
e por são arealmente
re%ra ser!necess!rias,
esta& 4! a
Mic4ell 0unes Midle. Maron 83

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

retenão, por analo%ia ao trata


retenão, tratamento
mento dado #s $en+ei
$en+eitoria
toriass teis, tratamento
tratamento dado no arti%o
7'87= do CC&
>Art' 7'87=' - possuidor de $oa3+é tem direito # indeni"aão das $en+eitorias
necess!rias e teis, $em como, quanto #s voluptu!rias, se não l4e +orem pa%as, a
levant!3las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poder! e6ercer o direito de
retenão pelo valor das $en+eitorias necess!rias e teis'H
Esta é a posião re+letida no enunciado 7 da Primeira Jornada de Direito Civil do
CJ:, acompan4ado pela maioria da doutrina&
>Enunciado 7, CJ: – Art' 7'87=& - direito de retenão previsto no art' 7'87= do
CC, decorrente da reali"aão de $en+eitorias necess!rias e teis, tam$ém se aplica
#s acess?es constru?es e planta?esG nas mesmas circunstncias'H

*.'.*. Acessão inversa

- par!%ra+o nico do arti%o 7'899 do CC, supra, d! a nota desta situaão& se a


acessão e6ceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de $oa3+é, plantou ou
edi+icou, adquirir! a propriedade do solo, mediante pa%amento da indeni"aão +i6ada por 
acordo ou .udicialmente'
do  s!perficies solo cedit & aqui, é o principal
Ve.a que 4! uma inversão na dinmica do s!perficies
que se%uir! o acess)rio, ou se.a, a acessão ser! mais relevante para e+eitos de concentraão
da propriedade de todo o $em do que o principal'
Cont
Co ntra
ra o te
terc
rcei
eiro
ro de $o
$oa3
a3+é
+é,, em %e
%era
ral,
l, nã
nãoo é ad
adeq
equa
uado
do o manemane.o.o de a
a?e
?ess
 possess)rias' Ve.a
Ve.a o arti%o 7'878 do CC&
>Art' 7'878' - possuidor pode intentar a aão de es$ul4o, ou a de indeni"aão,
contra o terceiro, que rece$eu a coisa es$ul4ada sa$endo que o era'H

Ve.a, a este res


respeito,
peito, o enunciado ; da Primeira Jornada de Direito Civil do CJ:&
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>Enunciadoo ;, CJ: – Art' 7'878&
7'878& Z inadmiss
inadmiss*vel
*vel o direcion
direcionament
amentoo de demanda
demanda
functionality, as well as marketing,
 possess)ria
 passiva ou ressarcit)ria
ile%*tima contra no
diante do disposto terceiro possuidor
art' 7'878 deC)di%o
do novo $oa3+é,Civil'
por ser parte
Contra o
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may change your settings at any time terceiro de $oa3+é, ca$e tão3somente a propositura de demanda de nature"a real'H
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Contra
Cont ra o teterce
rceir
iroo de $o
$oa3+
a3+é,
é, por
porta
tant
nto,
o, é ad
adeq
equad
uadaa a a
aão
ão pe
peti
tit)
t)ri
ria'
a' Assi
Assim,
m, o
 propriet!rio s) poder! a.ui"ar aão reivindicat)ria contra este terceiro de $oa3+é que
Privacy Policyreali"ou acess?es em seu terreno'
- réu, então, poder! dedu"ir em seu +avor, em reconvenão ou pedido contraposto
Marketing
na reivindicat)ria, o recon4ecimento da acessão inversa, de +orma que, recon4ecida esta
con+i%uraão, na +orma do arti%o 7'899, par!%ra+o nico, do CC, a ele se.a entre%ue a
Personalization
 propriedade do solo em que se instalou a acessão, invertendo o  s!perficies solo cedit '
Analytics
Mediante indeni"aão pa%a ao dono do terreno, portanto, o dono da acessão +eita de $oa3+é
Save
 passar! aAccept
ser dono
All
da inte%ralidade da coisa, principal mais acess)rio'
Z um caso claro em que a posse se so$rep?e # propriedade& o possuidor de $oa3+é,
que reali"ou acess?es vultosas, ter! prioridade em +ace do propriet!rio do terreno'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 84

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- arti%o 7'88 do CC, \\ ] e 9], .! a$ordados, que para a maior parte da doutrina
tra
trata3s
ta3see de uma 4ip4ip)te
)tese
se de desa
desaprop
propria
riaão
ão .ud
.udici
icial,
al, é de+inid
de+inidoo por Pa$lo
Pa$lo Rent
Renteri
eria,
a,
isoladamente, como uma 4ip)tese de acessão inversa' Reve.a o dispositivo&
>Art' 7'88' - propriet!rio tem a +aculdade de usar, %o"ar e dispor da coisa, e o
direito de reav/3la do poder de quem quer que in.ustamente a possua ou deten4a'
'''G
\  - propriet!rio tam$ém pode ser privado da coisa se o im)vel reivindicado
consistir em e6tensa !rea, na posse ininterrupta e de $oa3+é, por mais de cinco
anos, de consider!vel nmero de pessoas, e estas nela 4ouverem reali"ado, em
con.unto ou separadamente, o$ras e servios considerados pelo .ui" de interesse
social e econ(mico relevante'
\ 9 0o caso do par!%ra+o antecedente, o .ui" +i6ar! a .usta indeni"aão devida ao
 propriet!rio1 pa%o o preo, valer! a sentena como t*tulo para o re%istro do im)vel
em nome dos possuidores'H

Este autor entende que o que se passa, ali, é a inversão da acessão, mas com um
critério di+erente do econ(mico& a acessão invertida se d! pelo maior valor social da
acessão do que o do solo' - valor social da construão supera o do solo, e por isso se
 prote%e as acess?es ao invés da propriedade do solo'

*.'.'. 2á"f+ bilateral 

Ve.a o arti%o 7'89O do CC&


>Art' 7'89O' 5e de am$as as partes 4ouve m!3+é, adquirir! o propriet!rio as
sementes, plantas e constru?es, devendo ressarcir o valor das acess?es'
Par!%r
Par!%ra+o
a+o nico'
nico' Presum
Presume3s
e3see m!3+é
m!3+é no propri
propriet!
et!ri
rio,
o, quando
quando o tratra$al
$al4o
4o de
construão, ou lavoura, se +e" em sua presena e sem impu%naão sua'H

A di+erena é que somente o valor das coisas al4eias ser! indeni"ado, não se +alando
em quaisquer outras perdas ou danos a serem indeni"adas'
This website stores data - such
par!%ra+o
as nico do arti%o supra +ala que 4! m!3+é do propriet!rio do solo quando,
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vendo a acessão ser +eita, não impu%na sua e6ecuão' Esta impu%naão deve ser +eita assim
functionality, as well as marketing,
personalization,que poss*vel,
and analytics.assim
You que o propriet!rio tomar ci/ncia da reali"aão da acessão'
- arti%o 7'89F do CC tra" e6ceão a este arti%o supra, de +!cil compreensão literal&
may change your settings at any time
or accept the default settings.
>Art' 7'89F' - disposto no arti%o antecedente aplica3se ao caso de não pertencerem
as sementes, plantas ou materiais a quem de $oa3+é os empre%ou em solo al4eio'
Par!%ra+o nico' - propriet!rio das sementes, plantas ou materiais poder! co$rar 
Privacy Policy
do propri
propriet!
et!rio
rio do sol
soloo a indeni
indeni"a
"aão
ão devida
devida,, quando
quando não puder
puder 4av
4av/3l
/3laa do
Marketing
 plantador ou construtor
construtor'H
'H

*.'./. Acessão
Personalization inversa parcial 
Analytics
-s arti%os 7'89 e 7'89= do CC apresentam esta 4ip)tese peculiar&
Save Accept All
>Art' 7'89' 5e a construão, +eita parcialmente
parcialmente em solo pr)prio, invade solo al4eio
em proporão não superior # vi%ésima parte deste, adquire o construtor de $oa3+é a
 propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construão e6ceder o dessa
Mic4ell 0unes Midle. Maron 85

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 parte, e responde por indeni"aão que represente, tam$ém, o valor da !rea perdida
e a desvalori"aão da !rea remanescente'
Par!%ra+o nico' Pa%ando em décuplo as perdas e danos previstos neste arti%o, o
construtor de m!3+é adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em
 proporão # vi%ésima parte deste e o valor da construão e6ceder 
consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porão invasora sem
%rave pre.u*"o para a construão'H

>Art' 7'89=' 5e o construtor estiver de $oa3+é, e a invasão do solo al4eio e6ceder a


vi%ésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde
 por perdas e danos que a$ran.am o valor que a invasão acrescer
acrescer # construão, mais
o da !rea perdida e o da desvalori"aão da !rea remanescente1 se de m!3+é, é
o$ri%ado a demolir o que nele construiu, pa%ando as perdas e danos apurados, que
serão devidos em do$ro'H

A ac
aces
essã
são,
o, ne
nest
stes
es ca
caso
sos,
s, ap
apen
enas
as in
inva
vade
de em pa part
rtee o sosolo
lo al
al4e
4eio
io,, nã
nãoo se
send
ndoo
inte
inte%ra
%ralm
lment
entee real
reali"
i"ada
ada nes
neste
te so
solo
lo al
al4ei
4eio,
o, co
como
mo na ac acess
essãoão in
inve
versa
rsa comum
comum,, acacim
imaa
a$ordada'
- acess)rio, no caso do arti%o 7'89, supra, apro6ima o principal
principal apenas em parte,
ou se.a, não mais do que cinco por cento do total do terreno invadid
invadido'
o' A din
dinmica
mica é muito
similar # da acessão inversa comum& o dono da acessão que, na parte invadida, supera em
valor o terreno invadido, indeni"ar! este valor, e +icar! com o terreno'
A di+erena maior est! no par!%ra+o nico deste arti%o& enquanto na acessão inversa
comum apenas o possuidor de $oa3+é pode dela se valer, aqui tam$ém ser! poss*vel ao
 possuidor que implantou a acessão de m!3 m!3+é+é valer3se da inversão,
invers ão, desde
des de que o$servadas as
condi?es do par!%ra+o' A indeni"aão ser! em décuplo, porque leva em conta não s) a
re
resti
stit!t
t!tio
io in int
integr
egr!m
!m daquele que perde o terreno, mas tam$ém um evidente car!ter 
7O
 punitivo  ao mal+eitor es$ul4ador, e s) ser! poss*vel inverter mediante indeni"aão, mesmo
em décuplo, se não +or poss*vel des+a"er a o$ra sem destruir a acessão'
Ve.a que é socialmente interessante esta inversão permitida ao construtor de m!3+é,
 pois se não +osse poss*vel, a soluão seria o des+a"imento incontinenti da d a o$ra
o $ra – e é de se
ima%inar o custo social, por e6emplo, de uma demolião de um prédio de vinte andares que
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invadiu, na sua construão, meio metro de um terreno vi"in4o, mesmo que de m!3+é'
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You 4! aocorre
m*nima,
and analytics. no caso
inversão, masdo arti%o
além da 7'89=, supra& do
indeni"aão sendo de do
valor $oa3+é,
solo eperdido,
e6cedendo
4!
may change your tam$ém que
settings se pa%ar
at any time eventuais perdas e danos ao propriet!rio invadido1 se de m!3+é o
invasor,
or accept the default a* então não 4! inversão& a demolião é mandat)ria, qualquer que se.a o valor da
settings.
acessão, além de custear as eventuais perdas e danos provadas pelo dono do solo invadido'
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2. A(uisi"#o da $ro$riedade m*%el
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7O
 0ão 4!, portanto, que se +alar em enriquecimento sem causa do es$ul4ado, que rece$e a indeni"aão em
valor de" ve"es superior ao que valia a parte invadida de seu terreno& 4! causa, e esta é a pr)pria ilicitude do
comportamento daquele que de m!3+é violou o seu terreno'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 86

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

A propriedade m)vel se adquire, ori%inariamente, por !s!capião


!s!capião,, oc!pação
oc!pação,, ac$ado
de teso!ro,
teso!ro, especificação
especificação,, conf!são
conf!são,, comistão
comistão   e ad-!nção
ad-!nção'' De +orma derivada, se adquire
 pela tradição
tradição ou pela s!cessão''
 ou pela s!cessão

8'7' sucapião

A usucapião
usucapião ordin!ri
ordin!riaa e e6t
e6traor
raordin
din!ri
!ria,
a, se%ue
se%ue e6atam
e6atament
entee a mesma
mesma l)%ica
l)%ica da
usucapião imo$ili!ria' Ve.a
Ve.a os arti%os 7'8O; a 7'8O8 do CC&
>A
>Art
rt'' 7'
7'8O
8O;'
;' Aq
Aque
uele
le qu
quee po
poss
ssui
uirr co
cois
isaa m)ve
m)vell co
como
mo su sua,
a, co
cont
nt*n
*nua
ua e
incontestadamente durante tr/s anos, com .usto t*tulo e $oa3+é, adquirir3l4e3! a
 propriedade'H

>Art' 7'8O7' 5e a posse da coisa m)vel se prolon%ar por cinco anos, produ"ir!
usucapião, independentemente de t*tulo ou $oa3+é'H

>Art' 7'8O8' Aplica3se # usucapião das coisas m)veis o disposto nos arts' 7'8L e
7'8'H

N! uma discussão severa acerca da possi$ilidade ou não da usucapião de $em +ruto


de +urto ou rou$o, ou qualquer il*cito penal' A doutrina se divide, mas o 52J tem pendido a
re.ei
re.eita
tarr a us
usuc
ucap iãoo de res f!rtiva,
apiã f!rtiva, entendendo que a nature"a delituosa da aquisião
manteria o $em eternamente na clandestinidade, impedindo a posse ad !s!capionem'
!s!capionem' 5)
4aver
4av eria
ia e6ti
e6tin
não
ão da cl clan
andes
desti
tini
nidad
dadee qua
quand
ndoo o propr
proprie
iet!
t!ri
rioo +urta
+urtado
do ou rou
rou$ad
$adoo não
comunicasse o +ato #s autoridades, nem tomasse provid/ncia al%uma na retomada do $em'

8'8' -cupaão

Ve.a o arti%o 7'8OL do CC&


>Art' 7'8OL' Kuem se assen4orear de coisa sem dono para lo%o l4e adquire a
This website stores data such as  propriedade, não sendo
sendo essa ocupaão
ocupaão de+esa por lei'H
lei'H
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ocupa
ocupaão
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dono, res 'ão se presta a adquirir coisa a$andonada, res derelicta,
You
n!lli!s derelicta, ou que nunca teve
may change your settings at any timenão é prevista para a aquisião de $em im)vel, porque classicamente se
A ocupaão
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entende que não e6iste im)vel sem dono& se não 4! nin%uém titulari"ando3o, é $em do
Estado, terra devoluta' Em uma perspectiva moderna, porém, 4! quem admita que possa
Privacy Policy4aver terra sem dono capa" de ser adquirida por le%itimaão de posse, ou por usucapião,
 partindo da ocupaão que %era posse .usta'
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8'L' Ac4ado de tesouro
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Analytics Ve.a os arti%os 7'8O


7'8O a 7'8OO do CC&
Save Accept All >Art' 7'8O' - dep)sito anti%o de coisas preciosas, oculto e de cu.o dono não 4a.a
mem)ria, ser! dividido por i%ual entre o propriet!rio do prédio e o que ac4ar o
tesouro casualmente'H
Mic4ell 0unes Midle. Maron 87

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'8O9' - tesouro pertencer! por inteiro ao propriet!rio do prédio, se +or 


ac4ado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autori"ado'H

>Art' 7'8OO' Ac4ando3se em terreno a+orado, o tesouro ser! dividido por i%ual entre
o desco$ridor e o en+iteuta, ou ser! deste por inteiro quando ele mesmo se.a o
desco$ridor'H

8'' Especi+icaão
Ve.a os arti%os 7'8O
7'8O== a 7'8F7 do CC
>Art' 7'8O=' Aquele que, tra$al4ando em matéria3prima em parte al4eia, o$tiver 
espécie nova, desta ser! propriet!rio, se não se puder restituir # +orma anterior
anterior'H
'H

>Art' 7'8F;' 5e toda a matéria +or al4eia, e não se puder redu"ir # +orma
 precedente, ser!
ser! do especi+icador
especi+icador de $oa3+é a espécie
espécie nova'
\ 7] 5endo pratic!vel a reduão, ou quando impratic!vel, se a espécie nova se
o$teve de m!3+é, pertencer! ao dono da matéria3prima'
matéria3prima'
\ 8] Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relaão # tela, da escultura,
escritura e outro qualquer tra$al4o %r!+ico em relaão # matéria3prima, a espécie
nova ser! do especi+icador, se o seu valor e6ceder consideravelme
consideravelmente
nte o da matéria3
 prima'H
>Art' 7'8F7' Aos pre.udicados, nas 4ip)teses dos arts' 7'8O= e 7'8F;, se ressarcir! o
dano que so+rerem, menos ao especi+icador de m!3+é, no caso do \ 7o do arti%o
antecedente, quando irredut*vel a especi+icaão'H
especi+icaão'H

2ra$al4ando em coisa al4eia, a coisa nova resultante pertence ao que tra$al4ou,


sendo devido ao dono da coisa ori%inal apenas o seu valor' om e6emplo é o do pintor que
+a" o$ra de arte com materiais al4eios'
- incapa" pode adquirir a propriedade desta +orma, e de qualquer outra +orma& trata3
se do ato3+ato .ur*dico, em que a capacidade é irrelevante' 5e o +ato e6iste e é e+ica", pouco
importa a validade' Por e6emplo, um incapa" que pinta um quadro com materiais al4eios,
This website stores data such
ter! como seu aso $em por especi+icaão, se este assumir maior valor do que as matéria s
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Comistão, con+usão
at any time ou ad.unão
or accept the default settings.
Ve.a os arti%os 7'8F
7'8F88 a 7'8F do CC&
Privacy Policy >Art' 7'8F8' As coisas pertencentes a diversos donos, con+undidas, misturadas ou
ad.untadas sem o consentimento deles, continuam a pertencer3l4es, sendo poss*vel
Marketing separ!3las sem deterioraão'
\ 7] 0ão sendo poss*vel a separaão das coisas, ou e6i%indo disp/ndio e6cessivo,
Personalization su$siste
su$siste indiviso
indiviso o todo, ca$endo
ca$endo a cada um dos donos quin4ão proporcional
proporcional ao
Analytics valor da coisa com que entrou para a mistura ou a%re%ado'
\ 8] 5e uma das coisas puder considerar3se principal, o dono s/3lo3! do todo,
indeni"ando os outros'H
Save Accept All >Art' 7'8FL' 5e a con+usão, comissão ou ad.unão se operou de m!3+é, # outra parte
ca$er! escol4er entre adquirir a propriedade do todo, pa%ando o que não +or seu,
a$atida a indeni"aão que l4e +or devida, ou renunciar ao que l4e pertencer, caso
em que ser! indeni"ado'H

Mic4ell 0unes Midle. Maron 88

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'8F' 5e da união de matérias de nature"a diversa se +ormar espécie nova, #


con+usão, comissão ou ad.unão aplicam3se as normas dos arts' 7'8F8 e 7'8FL'H

A comistão é a +orma pela qual se adquire a propriedade


propriedade m)vel de coisa s)lida que
se misturou indissociavelmente a outra' om e6emplo é o de duas sa+ras de %rãos de
 propriet!rios
condom*nio, emdiversos
que as que,
cotasacidentalmente, se misturam
partes serão proporcionais em um de
ao ori%inal s) cada
silo'propriet!rio'
A soluão é o
A conf!são
conf!são se
 se d! quando sur%e tam$ém mistura indissoci!vel de duas propriedades,
s) que l*quidas' A soluão tam$ém é o condom*nio, com cotas partes proporcionais #s
quantidades e valores ori%inais'
A ad-!nção
ad-!nção é
 é similar #s anteriores, mas a di+erena é que a separaão até seria
 poss*vel, mas não é recomend!vel porque causaria pre.u*"os insan!veis aos $ens
misturados' om e6emplo é uma em$ala%em e seu r)tulo& a retirada dos r)tulos é poss*vel,
mas não é recomend!vel, ante a deterioraão potencial de am$os, em$ala%em e r)tulo'
A respeito, ve.a o REsp' 9;&
>REsp 9; < 5P' DJ 7F<78<7==8 p' 8878'
2RI
2RI2
2AR
ARI-I- 3 I55
I55 3 ICMICM 3 E2IK
E2IKE
E2
2A5 ADE5
ADE5IV
IVA5
A5 :EI2
:EI2A5
A5 5-
5-
E0C-ME0DA
E0C-ME
;O<O 3 C'0DA 3 ADJ0S-
CIVIB A PR-D2-5
PR-D2
AR2' O79, PARAQ' 7' A-5C-MP-5IS-
DE52I0AD-5
DE52I0AD-5DE
A VE0DA
E2IKE2A53 DB
ADE5IVA5,
ADE5IV A5, :EI2A5 5- E0C-ME0DA DE DE2ERMI0AD- CBIE02E KE
A5 AJ02ARA A PR-D2-5 :I0AI5 C-M- EBEME02- DE
IDE02I:ICAS-, QARA02IA, -RIE02AS- - EMEBEUAME02-, E
A2IVIDA
2IVIDADEDE DE5CRI
DE5CRI22A 0A BI52
BI52A A0E@A A- DB 0' ;O;O<O
<O,, C-M-
C-M-
NIP-2E5E EM I0CIDE0CIA DE I55 3 0- DE ICM' A CIRC052A0CIA
DE 2AI5 E2IKE
E2IKE22A5 5EREM
5EREM AJ02
AJ02ADA
ADA5 5 A PR-D2-
PR-D2-55 VE0DID
VE0DID-5 -5
PEB-
PEB - E0C-ME0
E0C-ME0DA02 DA02E,
E, E IRREBE
IRREBEV
VA02E,
A02E, P-I
P-I5
5 A E2IKE
E2IKE22A 2ERA
2ERA
PEDID- IDE02IDADE, PEB- :E0-ME0- DA ADJ0S- C'CIVIB AR2'
O79, PAR' 7'G'H

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Casos Concretos
Kuestão 7

Mic4ell 0unes Midle. Maron 89

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 &oão levanto! de boa"f+ !ma casa de trs pavimentos no interior de !m terreno


 pertencente a &os+, c!-o valor era extremamente menor em relação ao valor da acessão.
 Proposta a ação reivindicatória, esta + -!lgada procedente com o recon$ecimento da boa"
 f+ do constr!tor %!e pleiteia o direito de retenção ded!0ido na contestação e o
arbitramento de !m valor indeni0atório para o terreno, pois pretende ad-!dicar para si o
imóvel. Decida a %!estão.

Resposta # Kuestão 7

- pedido de acessão inversa deve ser atendido, na +orma do arti%o 7'899, par!%ra+o
nico, do CC' Vale di"er que, quando não +or ca$*vel a acessão inversa, a retenão pela
acessão +eita de $oa3+é é poss*vel, ante a aplicaão anal)%ica do arti%o 7'87= do CC'

Kuestão 8

 2arcelino ilva prop:s ação indeni0atória, pelo rito ordinário, em face de &oselito
 6oc$a, alegando %!e constr!i!
constr! i! !ma acessão no imóvel locado -!nto ao r+!.
r+! . endo assim, o
a!tor
n!nca re%!ere! a indeni0ação
fora abatido dos al!g!+isreferente
pagos. Gmconstr!ção,
s!a defesa,comprovando
o r+! ad!0i! %!e
%!e oo valor gasto
al!g!el da
+poca fico! abaixo do preço para %!e a constr!ção p!desse ser reali0ada. ArgNi!, ainda,
%!e a IM clá!s!la do contrato de locação veda a indeni0ação referente a %!ais%!er 
benfeitorias reali0adas. Por fim, alego! %!e os instit!tos da benfeitoria e acessão se
conf!ndem, nada devendo pela constr!ção. Decida a pleiteada indeni0atória, indicando os
 f!ndamentos de fato e de direito aplicáveis.

Resposta # Kuestão 8

Acessão e $en+eitoria não são a mesma coisa, mas o direito # indeni"aão e #


retenão
This website stores dataésuch
o mesmo
as para am$os, quando silenciam as partes' Esta é a re%ra le%al' Contudo,
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no contrato de locaão, é v!lida a cl!usula que esta$elece renncia prévia, pelo locat!rio, a
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 $en+eitorias
personalization, reali"adas'
and analytics. You Ve.a a smula LL9 do 52J&
Ve.a
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>5mula LL9, 52J& 0os contratos de locaão, é v!lida a cl!usula de renncia #
or accept the default settings. indeni"aão das $en+eitorias e ao direito de retenão'H

- 52J entende que a locaão é um contrato parit!rio, não de adesão e não


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consumerista, em re%ra, e por isso emitiu esta smula – pois o direito é dispon*vel' Z claro
que se o locat!rio não +i"er a $en+eitoria necess!ria, porque não ser! por ela indeni"ado,
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não poder! o locador dele reclamar – a o$ra +icar! sem ser +eita' A renncia prévia não
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imp?e que o locat!rio +aa as $en+eitorias'
Analytics Como as $en+eitorias e as acess?es são coisas di+erentes, não si%ni+ica que, tendo
renunciado # indeni"aão por uma, tam$ém renunciou # indeni"aão pela outra' Para se
Save entenderAccept All
que renunciou #s acess?es, é preciso que 4a.a e6pressa cl!usula de renncia a
estas no contrato,
entendida não podendo
como estendida a cl!usula de renncia # indeni"aão pelas $en+eitorias ser 
#s acess?es'
 0este sentido, ve.a a Apelaão C*vel 8;;9';;7'LO;;, do 2J<RJ&

Mic4ell 0unes Midle. Maron 9

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Pro
>Proce
cess
sso&
o& ;;;;;O
;O;O
;O3
3LF
LF'7
'7==
==='
=''
'7=
7=';
';;;
;; 8;;
8;;9'
9';;
;;7'
7'L
LO;
O;;G
;G'' 7T Emen
Ementa ta – 
APEBACA-' DE5' J-5E CARB-5 PAE5 3 Jul%amento& 89<7;<8;;9 3 DECIMA
KAR2A CAMARA CIVEB'
APEBAS- CVEB' I0DE0IUAS- P-R ACE55-' CAIME02-' 7' -s
institutos da $en+eitoria e da acessão não se con+undem' 0o caso da $en+eitoria, é
ela acess)rio de o$ra levada a e+eito pelo 4omem com o prop)sito de conservar,
mel4orar ou simplesmente em$ele"ar uma coisa determinada'
determinada' J! a acessão pode ser 
de+inida como o aumento do volume ou do valor da coisa principal em virtude de
um elemento e6terno, ou se.a, quando uma coisa se une ou se incorpora a outra,
aumentando3l4e o volume, sendo, na verdade, um meio de aquisião do dom*nio'
8' Aquele que constr)i em terreno
terreno al4eio, perde em +avor
+avor do propriet!rio
propriet!rio a o$ra
reali"ada, restando, todavia, o direito de ser indeni"ado, quando atuou de $oa3+é' L'
Improvimento da apelaão'H

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Tema /I
 
Mic4ell 0unes Midle. Maron 91

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 Direitos de vi0in$ançaB conceito, nat!re0a -!rídica,


- !rídica, diferença para as servidões prediais. ;so anormal da
 propriedadeB teorias conceit!ais, crit+rios de nocividade e sol!ções -!diciais. Vrvores limítrofes. Passagem
 forçada. Passagem de cabos e t!b!lações. 6egime de ág!as. Limites entre pr+dios. Direito
Direito de tapagem.

Notas de Aula17

1. Direitos de %iinan"a
- le%islador procurou esta$elecer
esta$elecer re%ras detal4adas
detal4adas de conviv/ncia,
conviv/ncia, porque a seara
da vi"in4ana é pass*vel de diversos con+litos, ante a sempre potencial +onte de con+litos
que se perce$e neste conv*vio +orado'
A nature"a .ur*dica das re%ras atinentes ao direito de vi"in4ana é claramente de
direitos o$ri%acionais, pessoais, mesmo que a topo%ra+ia do CC os coloque so$ é%ide dos
direitos reais'
2ais
ais di
direi
reito
toss o$
o$ri
ri%a
%am
m vi
vi"i
"in4o
n4oss em su suas
as rerela
la?
?es
es enentr
tree si
si,, e estão
estão al aloca
ocado
doss
topo%ra+icamente nos t)picos inseridos em direitos reais tão3somente por serem o$ri%a?es
nature"a propter rem,
de nature"a propter rem, >so$re a coisaH, tendo sido uma opão do le%islador escol4er este
tratamento pela intima relaão da propriedade ou posse com o seu e6erc*cio'
Por conceito, então, direitos de vi"in4ana são rela?es pessoais esta$elecidas por 
lei, vinculando propriet!rios ou possuidores de im)veis vi"in4os, o$.etivando disciplinar 
suas
suas rela
rela?e
?es,
s, am
ameneni"
i"an
ando
do os pot
poten
enciciai
aiss con
con+l
+lit
itos
os dedest
staa di
din
nmimica
ca,, in
indu"
du"id
idos
os pe
pelala
 pro6imidade e conviv/ncia diuturna'
A natu
nature
re"a
"a .u.ur*
r*di
dica
ca é de o$ o$ri
ri%a
%a?
?eses  propter remrem,, cocomo
mo didito
to,, po
pois
is li
li%a
%ada
dass #
 propriedade de im)veis avi"in4ados' Assemel4am3se #s cotas condominiais, por e6emplo'
Direitos
Direi tos de vi"in
vi"in4ana
4ana não se con+undem com as c4amadas servid?es prediais, tais
como a servidão de passa%em ou a de vista' 5ervid?es são direitos reais, sem qualquer 
dvida, e como tal, t/m nature"a a$soluta, oponi$ilidade erga omnes e omnes e sequela, enquanto as
o$ri%a?es são relativas aos que delas tomam parte'
- primeiro dos direitos de vi"in4ana di" respeito ao !so anormal da propriedade, propriedade, e
merece ser a$ordado em t)pico pr)prio'
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7'7'
functionality, as wellso anormal da propriedade
as marketing,
personalization, and analytics. You
may change your settings A propriedade
at any time é de +ato o mais pleno dos direitos
reais, mas não si%ni+ica que pode
ser
ser e6er
or accept the default e6erci
cida
da in
settings. indi
disc
scri
rimi
mina
nada
da e il ilim
imit
itad
adam
amen
ente
te'' Apr
prop
opri
ried
edad
adee so
so+r
+ree li
limi
mita
ta?
?es
es
constitucionais, in+raconstitucionais, contratuais, e por isso não pode o propriet!rio usar 
anormalmente seu im)vel' Por uso anormal da propriedade, então, se entende aquele que
Privacy Policy
e6cede os limites da +unão social da propriedade, tornando3se a$uso do direito, e, com
isso, ato il*cito, na +orma do arti%o 7F do CC&
Marketing
Personalization >Art' 7F' 2am$ém comete ato il*cito o titular de um direito que, ao e6erc/3lo,
Analytics e6cede mani+estamente os limites impostos pelo seu +im econ(mico ou social, pela
 $oa3+é ou pelos $ons costumes'H
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7F
 Aula ministrada pelo pro+essor 5Wlvio Capanema de 5ou"a, em 7F<77<8;;='

Mic4ell 0unes Midle. Maron 92

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- CC de 7=7O +alava em mau uso da propriedade1 o atual pre+eriu +alar em uso


anormal, o que é mais a$ran%ente, até mesmo por criar antinomia terminol)%ica com o uso
normal da propriedade, que é o que não cria pertur$aão a outrem'
- primeiro direito de vi"in4ana que assiste ao propriet!rio ou possuidor é o de
+a"er cessar, repelir inter+er/ncias que coloquem em risco a se%urana, a sade ou o sosse%o
seus e de seus coa$itantes, provocados por seus vi"in4os pelo uso anormal das suas pr)pria
 posse ou propriedade'
 0o CC de 7= 7=7O,
7O, além de mau uso, classi+icava tam$ém este uso anormal
anor mal como uso
nocivo o que %erou %rande discussão, # época, se eram sin(nimos ou não, mau uso e
nocividadeG' -utra con+usão terminol)%ica do CC der 7=7O era o uso do termo >inquilinoH
comoo aqu
com aquel
elee le%i
le%iti
tima
mado
do a recla
reclama
marr po
porr se
seus
us di
direi
reito
toss de vi
vi"i
"in4
n4an
ana,
a, e nã
nãoo qu
qual
alque
quer 

 possuidor, como 4o.e o é& é claro que não s) o locat!rio quem tin4a a proteão calcada em
direitos de vi"in4ana, mas tam$ém qualquer outro possuidor, como o comodat!rio, por 
e6emplo' - le%islador apenas se valera de uma meton*mia, usando a espécie no sentido do
%/nero – locat!rio ao invés de possuidor'
 0o arti%o 7'8FF do CC, não mais 4! esta pro$lem!tica interpretativa&
>Art' 7'8FF' - propriet!rio ou o possuidor de um prédio tem o direito de +a"er 
cessar as inter+er/ncias pre.udiciais # se%urana, ao sosse%o e # sade dos que o
4a$itam, provocadas pela utili"aão de propriedade vi"in4a'
Par!%ra+o
Par!% ra+o nico'
nico' Pro*$em3s
Pro*$em3see as inter+er
inter+er/nci
/ncias
as considera
considerando3se
ndo3se a nature"a
nature"a da
uti
utili"
li"aã
aão,
o, a loc
locali
ali"a
"aão
ão do prédio
prédio,, atendi
atendidas
das as nor
norma
mass que dis
distri
tri$ue
$uem
m as
edi+ica?es em "onas, e os limites ordin!rios de tolerncia dos moradores da
vi"in4ana'H

- CC re+ere3se # se%urana, ao sosse%o e # sade' 5e%urana remete # idéia de


inte%ridade +*sica dos moradores' Como e6emplo, o propriet!rio que perce$e que o vi"in4o
estoca +o%os de arti+*cio e6plosivos, em condi?es inse%uras, sente3se periclitado com isto,
e pode +a"er cessar este risco e6i%indo a remoão deste material para um local adequado' -
sosse%o, por seu turno, est! li%ado ao direito ao repouso, pelo que a causaão de ru*dos
e6cessivos,
e6cessi
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data porase6empl
such e6emplo,
o, %era proteão
proteão ao vi"in4o
vi"in4o pre.udicado
pre.udicado'' E a sade est! mais li%ada
ao risco
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and
qu*mica propriedade al%uma
You coisa
ou qualquer atividade
do %/nero pre.udicial
– sendo # sade,aquer
tudo casu*smo, porque se.a
ser veri+icado em radioativa,
concreto'
may change your settings at any time
Vale e6plicitar que a e6pressão >propriedade vi"in4aH, utili"ada no caput do arti%o
or accept the default settings.
supra, não si%ni+ica apenas aquela propriedade lindeira, que +a" +ronteira com a que se sente
 pertur$ada' - conceito de vi"in4o é mais amplo, não comportando de+inião o$.etiva&
o $.etiva& se o
Privacy Policyim)vel estiver em posião tal que os e+eitos de seu uso anormal alcancem o reclamante,
tratar3se3! de vi"in4o, mesmo que este.a a %rande distncia, e com diversos im)veis
Marketing
interpostos' Por e6emplo, uma casa de +estas que causa enorme $arul4o pode ser alvo de
 proteão do direito de vi"in4ana por propriet!rio que tem seu im)vel a cem, du"entos
Personalization
metros de distncia, se se comprovar que os deci$éis emitidos l4e alcanam de +orma
Analytics
 pertur$adora do sosse%o1 ou uma indstria que se situa 4! tr/s quil(metros, mas cu.as
emiss?es poluentes alcanam im)veis a esta distncia, pertur$ando a sado dos que ali
Save
residem'Accept All
-s limites entre o toler!vel e o intoler!vel, no direito de vi"in4ana, são mormente
casu*sticos' N! situa?es em que a inter+er/ncia pre.udicial não desperta proteão, por tão
insi%ni+icante que o se.a' As tais a?es de dano infecto,
infecto, que são as destinadas a dedu"ir 

Mic4ell 0unes Midle. Maron 93

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 pretens?es contra tais inter+er/ncias pre.udiciais de vi"in4ana, são de di+*cil soluão,


 .ustamente por sua +alta de o$.etividade anal*tica& não 4! muitos critérios o$.etivos e
se%uros para de+inir os limites de tais direitos, sendo di+*cil encontrar o limiar entre o uso
normal e o anormal da propriedade'
A doutrina, porém, prop?e al%uns critérios para tanto, e o primeiro, como não
 poderia dei6ar de ser, é o da ra"oa$ilidade& é preciso veri+icar se a inter+er/ncia est! dentro
de padr?es de ra0oabilidade
ra0oabilidade'' Ve.a um e6emplo& para uma +am*lia que tem tr/s +il4os, é
 per+eitamente ra"o!vel que, tr/s ve"es por ano, +aa +estas de anivers!rio que provoquem
 $arul4o além do comum, pertur$ando os vi"in4os sim, mas ainda sendo ra"o!vel' -utro
 parmetro doutrin!rio o+erecido é o da tolerabilidade
tolerabilidade&& a vida em sociedade é natura
naturalment
lmentee
 permeada por al%uns
a l%uns inc(modos, e assim sendo, os indiv*duos t/m que ter uma certa monta
de tolerncia a inter+er/ncia vindas da vi"in4ana – o que %uarda $astante relaão com a
ra"oa$ilidade' Z toler!vel uma discussão eventual de vi"in4os em altos $rados, mas não é
toler!vel, por irra"o!vel, uma discussão di!ria e %ritante por parte dos vi"in4os'
Princ*pio importante nas rela?es de vi"in4ana é o da anterioridade
anterioridade&& trata3se de um
critério
critério de in*c
in*cio
io de 4ermen/utica
4ermen/utica,, ou se.a, se o proprie
propriet!rio
t!rio .! se encontrava
encontrava naquela !rea,
desenvolvendo
desenvol vendo ativid
atividade
ade que pertur$e
pertur$e um pouco a vi"i
vi"in4ana,
n4ana, não podem os vi"invi"in4os
4os que
 para l! se mudaram posteriormente pretender impedir aquela atividade' Z claro que este
critério
E6emploonão
E6empl se so$rep?e
concreto é +oi o# de
ra"oa$ilidade
um aeroportoou que
# tolerncia, devendo
+oi alvo de a estes serem
aão visando con.u%ados'
# proi$ião de seu
+uncion
+unc ioname
amento
nto pel
pelas
as comuni
comunidadedadess vi"
vi"in4
in4as,
as, ao ar ar%um
%ument
entoo do tretremen
mendodo $aru
$arul4o
l4o que
causava' -ra, comprovado que +oi que o aeroporto se instalara em uma re%ião desértica, e
que somente ao lon%o dos anos +oram as comunidades que para l! mi%raram, cercando3o,
não é ra"o!vel que se.a o aeroporto ser proi$ido de atuar – pode3se, no m!6imo, impor 
medidas não e6a%eradas de limitaão ao uso do $em, como a proi$ião de pousos e
decola%ens de aeronaves de porte enorme, com i%ualmente enorme estrondo'
A vocaão da !rea em que se situa o im)vel deve ser considerada como parmetro
de mensuraão de todos os outros, portanto& tanto a ra"oa$ilidade quanto a tolera$ilidade e
a anterioridade são variantes de acordo com a !rea em que se situa o im)vel' _reas
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eminentementsucheasresiden
temente residenciais
ciais estão su.eitas a menor %rau de pertur$aão, enquanto !reas de
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cun4o comercial ou industrial são su.eitas a n*veis mais altos de inter+er/ncias'
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novoYouCC tr
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ou6e6e,, de +a
+ato
to,, al
al%um
%umaa par
param
amet
etri
ri"a
"aão
ão o$.et
o$.etiv
ivaa ao
aoss di
dire
reit
itos
os de
may change your vi"in4ana,
settings atatentando
any time para estas constru?es doutrin!rias apontadas, o que pode ser visto
no par!%ra+o
or accept the default settings. nico do arti%o 78FF do CC, supra& a de+inião das voca?es das !reas,
eminentemente +!tica, conta com um parmetro o$.etivo, qual se.a, o 0oneamento o  0oneamento !rbano'
!rbano'
N! certas inter+er/ncias que, mesmo $astante pertur$adoras, se impedidas de serem
Privacy Policyempreendidas, poderão tra"er um pre.u*"o muito maior do que tra"em ao conv*vio de

Marketing
vi"in4ana, e por isso precisam ser mantidas' E6emplo concreto ocorreu em Duque de
Ca6ias, no Rio de Janeiro, quando os moradores de um $airro comprovaram que eram
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su$m
su$metetid
idos
os a pepermrmane
anentntee in
into
to6i
6ica
caão
ão pelpelaa +uma
+umaaa emit
emitid
idaa pe
pela
la Redu
Reducc – re re+i
+inar
naria
ia
 petrol*+era da re%ião –, e que portanto era preciso impedir tal emissão de %ases, o que s)
Analytics
seria poss*vel com a interdião da re+inaria, o seu +ec4amento' Z claro que este +ec4amento
Save  provocaria a virtual
Accept All e6tinão da pr)pria comunidade, pois toda a economia do local %ira em
torno desta empresa1 a crise %erada seria muito maior do que o $ene+*cio proporcionado'
Por isso, a decisão .udicial +oi conciliat)ria& não +ec4ou a empresa, mas a condenou a
instalar equipamentos altamente so+isticados para a contenão das emiss?es, somente assim

Mic4ell 0unes Midle. Maron 94

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 permitindo a manutenão da atividade' A reduão ou eliminaão da inter+er/ncia, mesmo


que esta se.a possi$ilitada por decisão .udicial, é direito do vi"in4o pertur$ado, como
disp?e o arti%o 7'8F= do CC&
>Art' 7'8F=' Ainda que por decisão .udicial devam ser toleradas as inter+er/ncias,
 poder! o vi"in4o e6i%ir a sua reduão, ou eliminaão, quando estas se tornarem
 poss*veis'H
Em tais casos, em que o interesse p$lico .usti+ica a manutenão da inter+er/ncia,
4aver! que se indeni"ar os pre.udicados, de +orma ca$al' Z o que di" o arti%o 7'8F do CC&
>Art' 7'8F' - direito a que se re+ere o arti%o antecedente não prevalece quando as
inter+er/ncias +orem .usti+icadas por interesse p$lico, caso em que o propriet!rio
ou o possuidor, causador delas, pa%ar! ao vi"in4o indeni"aão ca$al'H

 0a casu*stica apresentada, que envolve dano ao meio am$iente, trata3se esta
indeni"aão do instituto do poluidor3pa%ador, aquele que, por aviltar o meio am$iente, deve
 pa%ar indeni"aão pelos danos causados'
caus ados'
 
7'8' _rvores lim*tro+es

As !rvor
!rvores
es qu
quee na
nasce
scem
m em "onas
"onas li
lim*
m*tr
tro+
o+es
es entre
entre prpropr
oprie
iedad
dades
es di
dive
versa
rsass t/
t/m
m
tratamento
tratamento e6presso pelo CC' 5e a !rvore estiver e6atame
e6atamentente so$re a lin4a divis)ria,
divis)ria, sur%e
um condom*nio le%al, necess!rio, entre os con+inantes, na +orma do arti%o 7'88 do CC&
>Art' 7'88' A !rvore, cu.o tronco estiver na lin4a divis)ria, presume3se pertencer 
em comum aos donos dos prédios con+inantes'H

Aplica3se, portanto, o re%ramento dedicado ao condom*nio %eral& am$os devem


concorrer para a manutenão da !rvore, e am$os t/m direito i%ual a parcela dos +rutos,
nen4um deles podendo a$at/3a ou col4er seus +rutos isoladamente'
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Kuando a !rvore não este.a e6atamente so$re a lin4a divis)ria, ela pertence ao
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 propriet!rio
functionality, as do terreno de onde $rota, e6clusivamente' Contudo, se ela estiver pr)6ima ao
well as marketing,
personalization,limite do terreno,
and analytics. You e se ela deitar %al4os ou estender ra*"es so$re a propriedade vi"in4a,
may change your poder! o propriet!rio
settings at any time invadido cortar3l4e os e6
e6cessos
cessos que adentram ao seu terreno' 2rata3se
de umsettings.
or accept the default direito potestativo do propriet!rio vi"in4o, invadido pela !rvore de propriedade do
vi"in4o, que não é ato il*cito nem a$uso de direito' Ve.a
Ve.a o arti%o 7'8L do CC&
Privacy Policy >Art' 7'8L' As ra*"es e os ramos de !rvore, que ultrapassarem a estrema do prédio,
 poderão ser cortados, até o plano vertical divis)rio, pelo propriet!rio do terreno
Marketing
invadido'H
Personalization
Z claro que se o corte da %al4ada ou da rai" invasiva poder!, sim descam$ar
descam$ar para o
Analytics
a$uso de direito, quando, por e6emplo, causar a morte ou a queda da !rvore do vi"in4o' A
questão é casu*stica'
Save Accept
5e All é de um s) propriet!rio, mas estende %al4ada so$re a propriedade
a !rvore
vi"in4a, os +rutosaopendentes,
ainda pertencem mesmo
propriet!rio que presentes
da !rvore' -s +rutosnos %al4os
ca*dos que invadiram
naturalmente o terreno,
na propriedade
vi"in4a, porém, passam a pertencer a este vi"in4o, na +orma do arti%o 7'8 do CC&

Mic4ell 0unes Midle. Maron 95

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'8' -s +rutos ca*dos de !rvore do terreno vi"in4o pertencem ao dono do


solo onde ca*ram, se este +or de propriedade particular'H
particular'H

Repare em um detal4e& o +ruto perce$ido s) ser! de propriedade de outra pessoa


quando ca*do em sua propriedade particular' 5e o +ruto cai em terreno p$lico – na rua, por 
e6emp
e6emplolo –, não ser! res n!lli!s,
n!lli!s, coisa de quem quiser pe%ar& continua a pertencer ao
 propriet!rio da !rvore, mesmo ca*do em $em p$lico, porque o arti%o supra +ala que a
 propriedade é do dono do solo quando
qua ndo o +ruto +or
+ or ca*do em propriedade particular'
particular' Z claro
que, se o propriet!rio da !rvore não recol4er os +rutos em tempo 4!$il, ra"o!vel, eles
 passam a ser coisas a$andonadas, res derelicta,
derelicta, e por isso podem ser apropriados por quem
quiser, sem con+i%urar il*cito penal'

7'L' Passa%em +orada

Este dir
Este direit
eitoo de vi"in4
vi"in4ana
ana assist
assistee aos propri
propriet!
et!rio prédios encravados
rioss de prédios encravados'' 5ão
assim considerados aqueles que não t/m acesso # rua, nascente ou porto, e que por isso é
a$solutamente necess!rio que passe pelo im)vel vi"in4o, a +im de acessar tais lo%radouros'
Ve.a o arti%o 7'89 do CC&
>Art' 7'89' - dono do prédio que não tiver acesso a via p$lica, nascente ou
 porto, pode, mediante
mediante pa%amento de indeni"aão
indeni"aão ca$al, constran%er
constran%er o vi"in4o a l4e
dar passa%em, cu.o rumo ser! .udicialmente +i6ado, se necess!rio'
\ 7] 5o+rer! o constran%imento o vi"in4o cu.o im)vel mais natural e +acilmente se
 prestar # passa%em'
passa%em'
\ 8] 5e ocorrer alienaão parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o
acesso a via p$lica, nascente ou porto, o propriet!rio da outra deve tolerar a
 passa%em'
\ L] Aplica3s
Aplica3see o dis
dispos
posto
to no par!%r
par!%ra+o
a+o ant
antece
eceden
dente
te ain
ainda
da quando
quando,, ant
antes
es da
alienaão, e6istia passa%em através de im)vel vi"in4o, não estando o propriet!rio
deste constran%ido, depois, a dar uma outra'H
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n+us
usão
ão ma
mais
is co
corr
rriq
ique
ueir
iraa qu
quee se +a"
+a" em re rela
laã
ãoo a es
este
te in
inst
stit
itut
utoo é a su
suaa
functionality, as well as marketing,
personalization,identi+icaão
and analytics.
 passa%em com a servidão
a servidão
You é
+orada um direitodeo$ri%acional
passagem
passagem'' -s institutos
que pode sersão completamente
+i6ado di+erentes&
.udicialmente, em aãoa
may change your settings at any time
 pr)pria de passa%em +orada, na qual se pleiteia ao .ui" a +i6aão dos rumos da sua
or accept the default settings.
 passa%em, enquanto a servidão de passa%em é direito real, esta$elecido contratualmente,
sem inter+er/ncia do Judici!rio'
Privacy Policy Z evidente que o direito de passa%em +orada é oneroso, ca$endo indeni"aão ca$al
aos propriet!rios que serão +orados a tolerar tal passa%em' A indeni"aão ca$al é aquela
Marketing
que é inte%ral, e6atamente correspondente # desvalori"aão do im)vel – que decerto
ocorrer!, pois a venda de um $em com um %ravame é sempre desvalori"ada'
Personalization
A passa%em deve ser esta$elecida de acordo com o que +or menos inconveniente ao
Analytics
 prédio concedente'
concede nte' Para tanto, o .ui" se valer! de parmetros per
periciais
iciais que indiquem qual a
soluão menos %ravosa ao propriet!rio constran%ido, mas ainda assim e+ica"'
Save Accept All
As despesas de manutenão da passa%em +orada são incum$idas ao que dela se
vale, ouAse.a, o dono
lei não +a" ou possuidor
distinão do prédio
quanto encravado'
#s causas que ense.aram o encravamento' 2endo este
sur%ido naturalmente, ou por reiterados desmem$ramentos do im)vel pelo propriet!rio,

Mic4ell 0unes Midle. Maron 96

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

culminando em uma parcela encravad


culminando encravada,
a, este terreno encravado arti+icialmente
arti+icialmente ainda assim
ter! direito # passa%em +orada'
- encravamento é +*sico, ou se.a, é o$.etivo& ou e6iste passa%em, e não é encravado,
ou não e6iste passa%e
passa%emm al%uma, e é encravado' No.e, no entanto,
entanto, recon4ece3se até mesmo
aquele c4amado encravamento -!rídico&
-!rídico& trata3se do prédio que até tem uma via de acesso #
rua,
rua, ma
mass esesta
ta vi
viaa é e6
e6tr
trem
emam
amen
ente
te di
di+i
+icu
cult
ltos
osa,
a, al
além
ém da
dass di
di+i
+icu
culd
ldad
ades
es qu
quee se
seri
riam
am
normalmente toler!veis' m e6emplo esdr6ulo mas $astante ilustrativo seria o de uma
casa, locali"ada em uma escarpada, em que o dono s) acessa a rua por meio de cordames de
rapel& +isicamente, 4! acesso direto # rua, mas é tão di+*cil que é como se .uridicamente não
4ouvesse tal acesso' Por taman4a di+iculdade, entende3se que este prédio é .uridicamente
encravado, merecendo a passa%em +orada'
-utro e6emplo de encravamento .ur*dico é ainda mais peculiar& trata3se de um
encravamento s!b-etivo,
s!b-etivo, que toma em conta as condi?es do ocupante do im)vel' Ve.a um
e6emplo& uma casa é situada de tal +orma que o seu acesso direto # rua é +eito por uma
elevaão
eleva ão $astante *n%reme do terreno, mas que é super!vel por pessoa com sade ra"o!vel
 – sendo que, se passar por pequena parte do terreno vi"in4o, o acesso
ac esso é plano
p lano e $em menos
e6tenso' 5endo seu morador pessoa saud!vel, não 4! que se +alar em encravamento, e a
 passa%em pelo terreno vi"in4o não pode ser coactada' Contudo, se o morador +or uma
 pessoa com em
dispon*vel ddi+iculdades
i+iculdades
seu terreno +*sicas
se.a –e6tremamente
uma sen4ora idosa, porpraticamente
penoso, e6emplo –, para a qual o acesso
invia$ili"ando sua
movimentaão, pode3se +alar em encravamento .ur*dico, em apreo # condião su$.etiva do
 possuidor – e com isso 4aver! a passa%em +orada pelo vi"in4o, mediante indeni"aão'
As cond
condi?i?eses da pass
passa%e
a%em m são casu
casuist
isticam
icament
entee de+ini
de+inidas,
das, tendo
tendo em conta
conta as
necessidades do passante e a menor %ravosidade para o cedente' Mesmo que inicialmente
esta$elecida
esta$el ecida de uma +orma, se as condi condi?es
?es +!ticas se alter
alterarem,
arem, e e6i%irem
e6i%irem o alar%ament
alar%amentoo
da passa%em, por e6emplo passa a ser preciso a passa%em de camin camin4?es,
4?es, e não s) carrosG,
este alar%amento poder! ser concedido, mediante indeni"aão complementar'
5e o encravamento cessar ulteriormente – se +or a$erta nova via de acesso p$lico
ao im)vel outrora encravado, por e6emplo –, pode o im)vel dominado pela passa%em
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e6i%ir sua e6tinão, seu levantamento' Da mesma +orma, se o encravamento .ur*dico cessar,
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 pode cessar a passa%em
passa% em +orada' - e6emplo de encravamento
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en cravamento su$.etivo dado é $om para tal
personalization, andquando
+im& analytics. You
a sen4ora de idade vender seu im)vel a pessoa saud!vel, capa" de superar com
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+acilid
idad
adee ato any
settings acl
acliv
ivee que co
time consi
nsist
stee em seu
seu acacess
essoo pr)pri
pr)prioo # rurua,
a, nã
nãoo ma
mais
is su
su$si
$sist
stir
ir!!
necessidade
or accept the default settings.de que 4a.a a passa%em +orada, pois o encravamento .ur*dico desapareceu'
A passa%em +orada merece toda a proteão possess)ria imanente aos direitos reais
que envolvam posse' 5e o dono prédio pelo qual é institu*da a passa%em +orada, por 
Privacy Policye6empl
e6emplo, o, +ec4ar3l4e o curso, inadvert
inadvertidamen
idamente,
te, o possuidor
possuidor do direito
direito de passa%em
passa%em poder!
Marketinga.ui"ar reinte%raão de posse' Kualquer medida de proteão possess)ria é vi!vel pelo
 propriet!rio do prédio encravado
en cravado que +or tur$ado,
tur$ ado, es$ul4ado ou ameaado em seu direito de
Personalization
 passa%em'
Analytics

Save Accept All

*./.*. 2an!tenção da passagem


Mic4ell 0unes Midle. Maron 97

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- CC de 7=7O di"ia que se a passa%em +orada não +or conservada, por ne%li%/ncia
do seu $ene+i
$ene+ici!ri
ci!rioo – perdendo3se seus rumos –, ele poderia requerer a sua rea$ertura,
rea$ertura, mas
 para tanto deveria ter que pa%ar em do$ro a indeni"aão inicialmente pa%a pela passa%em
+orada ori%inal'
Z claro que esta previsão não se repetiu no CC de 8;;8' A indeni"aão não é uma
+orma de locupletamento do serviente, tampouco é uma punião #quele que precisa da
 passa%em& é uma +orma de recompor os eventuais pre.u*"os qu quee a passa%em pode acarretar 
ao dono do prédio que a cede, porque pode desvalori"!3lo – e é esta desvalori"aão o
 patamar da indeni"aão'
Por isso, não su$siste esta previsão de indeni"aão em do$ro no aviventamento da
 passa%em +orada&
+orada & se +or necess!rio aviventar a passa%em, o interessado, aquele encravado,
dever! arcar com os custos da o$ra, somente'

7'' Passa%em de ca$os e tu$ula?es

- CC de 8;;8 inovou ao tra"er o instituto da passa%em +orada de ca$os e


tu$ula?es, como se v/ nos arti%os 7'8O e 7'8F do CC&

>Art'
>Ar
des t' ori"a
desval 7'8
7'8O'
valori O'ãoMedian
"aão Med
da iante
!retea re
!rea rece$
ce$ime
imento
remane
rem anescento
nte,,deo indeni
scente ind
proeni"a
propri"aão
priet!ão
rio que
et!rio é o$rate
atenda
nda,
o$ri%ado, atam
i%ado tam$ém
$ém,
tol
tolerar, a#
erar
 passa%em, através de seu im)vel, de ca$os, tu$ula?es e outros condutos
su$ter
su$ terrn
rneos
eos de servi
serviosos de uti
utilid
lidade
ade p$lic
p$lica,
a, em provei
proveito
to de propri
propriet!
et!rio
rioss
vi"in4os, quando de outro modo +or imposs*vel ou e6cessivamente onerosa'
Par!%ra+o nico' - propriet!rio pre.udicado pode e6i%ir que a instalaão se.a +eita
de modo menos %ravoso ao prédio onerado, $em como, depois, se.a removida, #
sua custa, para outro local do im)vel'H

>Art
>Art'' 7'
7'8
8F'
F' 5e as in inst
stal
ala
a?e
?ess o+er
o+erec
ecer
erem
em %rav
%ravee risc
risco,
o, ser!
ser! +acu
+acult
ltad
adoo ao
 propriet!rio do prédio onerado e6i%ir
e6i%ir a reali"aão
reali"aão de o$ras de se%urana'H
se%urana'H

N! di+erenas
di+erenas claras entre a passa%e
passa%em
m de ca$os e tu$ula?es e a passa%em +ora
+orada,
da,
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destinada a socorrer im)veis encravados, como visto' A passa%em de tu$ula?es e ca$os
cookies to enable essential site
não
functionality, as welltem qualquer relaão com encravamento do im)vel& o $em pode ter +rente para a via
as marketing,
personalization, and analytics.
 p$lica, e aindaYouassim ter direito a impor passa%em de ca$os e tu$ula?es a terrenos
may change your vi"in4os'
settings at any time
asta, para ter direito # passa%em destas instala?es pelos vi"in4os, que a sua
or accept the default settings.
colocaão por outros meios se.a e6tremamente onerosa' Por e6emplo, se a passa%em de
ca$eamento pelo vi"in4o cont*%uo pode ser +eita com de" metros de +iaão, a custo >6H, e a
Privacy Policy
outra opão é circundar o terreno sem passar pelo vi"in4o, usando cem metros de +io a
custo de" ve"es maior, o propriet!rio poder! constran%er o vi"in4o a tolerar a passa%em'
Marketing
- CC di" que sempre que poss*vel a passa%em ser! su$terrnea, o que se imp?e
Personalization
 para evitar o en+eiamento, e consequente desvalori"aão, do im)vel dominado pela
 passa%em'
Analytics
2am$ém é +acultado ao dono do terreno onerado e6i%ir que o$ras de se%urana
Save se.am +eitas, com
Accept Alla )$via +inalidade de prevenir que so+ra danos com tal passa%em'
A passa%em de tu$ula?es e ca$os é onerosa, devendo o $ene+iciado pa%ar ca$al
indeni"aão ao vi"in4o que cedeu o terreno'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 98

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Navendo situaão superveniente que demande a retirada da passa%em imposta, esta


 pode ser determinada' Ali!s, esta é uma re%ra quanto a estes direitos que envolvem rela?es
de inserão em im)veis al4eios& as sentenas que os determinam não +a"em coisa .ul%ada
material, e sim meramente +ormal, podendo +atos supervenientes provocarem a alteraão de
seu teor'

7'9' _%uas

A matéria é disciplinada pelo C)di%o de _%uas, Bei ' - re%ramento introdu"ido pelo
CC não revo%a o C)di%o de _%uas, pois as normas do CC são mais especi+icamente
dedicadas #s rela?es de vi"in4ana, enquanto que o C)di%o de _%uas é de mais amplo
espectro' - CC complementa esta norma %eral de !%uas, no que di" respeito # disciplina da
!%ua em rela?es de vi"in4ana'
As !%uas, enquanto $ens p$licos, e seu tratamento
tratamento na +orma p$lica, são re%radas
 pelo C)di%o de _%uas' - que o CC re%ulamenta é o uso privado das !%uas em rela?es de
vi"in4ana !%uas que continuam sendo p$licas por nature"aG' Z a mescla necess!ria entre
o direito #s !%uas, p$licas, e o direito # propriedade, privado, que é re%ulado pelo CC' -
uso das !%uas, ainda p$licas, pode inter+erir nas rela?es de vi"in4ana, e é para estas
inter+er/ncias,
Al%umas potencialmente
das re%ras do con+lituosas,
CC são muitoque 4! o re%ramento
interessantes' Ve.a ocivilista'
arti%o 7'8=; do CC&
>Art' 7'8=;' - propriet!rio de nascente, ou do solo onde caem !%uas pluviais,
satis+eitas as necessidades de seu consumo, não pode impedir, ou desviar o curso
natural das !%uas remanescentes
remanescentes pelos prédios in+eriores'H

Assim, não pode o dono de um terreno que sedia uma nascente, ou onde caem !%uas
 pluviais, tendentes a correr para terren
terrenos
os in+eriores
in+eriores,, represar
repres ar as suas !%uas além do que l4e
se.a necess!rio ao uso pr)prio' 5e o curso das !%uas naturais diri%e3se ao terreno in+erior, s)
é l*cito ao dono do terreno superior tol4er3l4e o curso até o limite de sua necessidade' 5e
desviar
This website stores datamais
suchdo as que precisa, estar! a%indo contrariamente ao que o direito de vi"in4ana
imp?e
cookies to enable so$resite
essential o tema' Z uma re%ra de denso cun4o ético e social, impondo a simples
solidariedade
functionality, as entre os vi"in4os, pois as !%uas que so$e.em ao uso do dono do prédio donde
well as marketing,
personalization, and analytics.
 $rotam, e corramYounaturalmente para outros, não t/m por que ser tol4idas em seu curso – 
may change your seria um e%o*smotime
settings at any inaceit!vel pelo direito'
or accept the default settings.
Da mesma +orma, o propriet!rio do terreno in+erior não pode impedir que as !%uas
naturais – nascente ou c4uva – si%am seu curso natural so$re seu terreno' 0ão l4e é dado
Privacy Policyimpedir3l4e o curso' Ve.a o arti%o 7'8 do CC&

Marketing >Art' 7'8' - dono ou o possuidor do prédio in+erior é o$ri%ado a rece$er as


!%uas que correm
correm naturalme
naturalmente
nte do superior
superior,, não podendo reali"ar
reali"ar o$ras que
Personalization em$aracem o seu +lu6o1 porém a condião natural e anterior do prédio in+erior não
Analytics  pode ser a%ravada
a%ravada por o$ras +eitas
+eitas pelo dono ou possuidor
possuidor do prédio superior
superior'H
'H

Contudo, como o pr)prio arti%o supra ressalva, não pode o propriet!rio do prédio
Save Accept All
super
superio
iorr, de ond
ondee es
escoa
coam
m as !%
!%ua
uas,
s, a%
a%rav
ravar
ar o esc
escoa
oame
ment
ntoo da
dass !%
!%uas
uas al
além
ém da
daqu
quel
elee
naturalmente perce$ido' m e6emplo& determinado terreno superior é re%ado por c4uvas,
as quais tendem a um escoamento natural para o terreno in+erior que se +a" por tr/s vias
naturais, levando um tempo >6H para escoarem3se' 0ão pode o terreno in+erior reclamar 

Mic4ell 0unes Midle. Maron 99

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

deste esco
deste escoame
amento
nto,, tam
tampouc
poucoo im
impedi
pedi3lo'
3lo' Contudo,
Contudo, ima%in
ima%ine3se
e3se que o dono
dono do terterren
renoo
superior, dese.oso de ver seu ala%amento cessar mais rapidamente, con+lui as !%uas por 
meio de uma tu$ulaão, +a"endo com que o escoamento se acelere – o que acarreta um
ala%amento mais r!pido do prédio in+erior' Z esta dinmica que o arti%o supra repudia& não
 pode o in+erior dei6ar de rec
rece$er
e$er !%uas naturais que
q ue para
par a l! escoem, mas não
n ão é o$ri%ado a

tolerar a%ravamento deste escoamento por interven?es arti+iciais +eitas pelo propriet!rio
superior'
As !%uas arti+icialmente captadas se%uem re%ra diversa' - propriet!rio de um
terreno pode construir um poo artesiano em sua !rea, empreendendo despesas com o$ra,
 $om$a dj!%ua, etc' 0este caso, não 4! qualquer o$ri%aão de +ornecimento da !%ua que
col4er, mesmo a so$e.ante, a quem quer que se.a' 0ão são !%uas naturais, como as
nascentes e a s pluviais'
- CC tem uma previsão ecol)%ica no arti%o 7'8=7, tam$ém re+erente # relaão de
vi"in4ana&
>Art
>Art'' 7'
7'8=
8=7'
7' - po
poss
ssui
uido
dorr do im)v
im)vel
el su
supe
peri
rior
or nã
nãoo po
pode
der!
r! po
polu
luir
ir as !%
!%ua
uass
indispens!veis #s primeiras necessidades da vida dos possuidores dos im)veis
in+eriores1 as demais, que poluir, dever! recuperar, ressarcindo os danos que estes
so+rerem, se não +or poss*vel a recuperaão ou o desvio do curso arti+icial das
!%uas'H
*.I.*. Passagem forçada de ág!a

- propriet!rio de um terreno pode e6i%ir que o vi"in4o tolere a passa%em de !%ua


 por seu im)vel, a +im de alcanar o seu pr)prio, desde que se.a indispens!vel tal passa%em'
passa%e m'
Ente
En tend
nda&
a& um imim)ve
)vell nã
nãoo te
tem
m !%
!%ua
ua al
al%u
%uma
ma – nãnãoo te
tem
m na
nasce
scent
nte,
e, nãnãoo rece$
rece$ee
escoamento de !%uas pluviais, não sedia curso de rio, não tem !%uas pro+undas acess*veis
 por meio de poos artesianos, nada' Precisando de !%ua, e sa$edor de que 4! um rio
corrente a dois quil(metros de distncia, tem direito de captar tal !%ua e tra"/3la a seu
im)vel, mas para tanto dever!, no percurso, passar por terreno vi"in4o' Esta passa%em
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+orada
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essential site na +orma do arti%o 7'8=L do CC&
functionality, as well as marketing,
personalization, and analytics. You >Art' 7'8=L' Z permitido a quem quer que se.a, mediante prévia indeni"aão aos
may change your settings at any time  propriet!rios pre.udicados, construir canais, através de prédios al4eios, para
or accept the default settings. rece$er as !%uas a que ten4a direito, indispens!veis #s primeiras necessidades da
vida, e, desde que não cause pre.u*"o consider!vel # a%ricultura e # indstria, $em
como para o escoamento de !%uas supér+luas ou acumuladas, ou a drena%em de
terrenos'
Privacy Policy \ 7] Ao pr prop
opri
riet
et!r
!rio
io pr
pre.
e.ud
udic
icad
ado,
o, em ta tall ca
caso
so,, ta
tam$
m$ém
ém assi
assist
stee di
dire
reit
itoo a
ressarcimento pelos danos que de +uturo l4e adven4am da in+iltraão ou irrupão
Marketing
das !%uas, $em como da deterioraão
deterioraão das o$ras destinadas a canali"!3las'
Personalization \ 8] - propriet!rio pre.udicado poder! e6i%ir que se.a su$terrnea a canali"aão
que atravessa !reas edi+icadas, p!tios, 4ortas, .ardins ou quintais'
Analytics \ L] - aqueduto ser! constru*do de maneira que cause o menor pre.u*"o aos
 propriet!rios dos im)veis vi"in4os, e a e6pensas do seu dono, a quem incum$em
Save Accept All tam$ém as despesas de conservaão'H

Esta passa%em +orada de !%ua não se con+unde com a  servidão de a%!ed!to


a%!ed!to,, tal
qual a passa%em, +orada de pessoas não se con+unde com a servidão de passa%em' A
servidão de aqueduto é um direito real esta$elecido entre os vi"in4os, contratualmente,

Mic4ell 0unes Midle. Maron 1

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

enquanto a passa%em de !%ua +orada é um direito de vi"in4ana, o$ri%acional' - paralelo é


 $em e6ato entre servidão
serv idão de passa%em e servidão de aqueduto é $em e6ato, assim como
co mo o é
entre a passa%em +orada de pessoas e a passa%em +orada de !%uas'
Da mesma +orma que a col4eita da !%ua pode ser +eita por massa%em +orada, o seu
escoamento ou drena%em tam$ém é direito de quem não tem outro meio para +a"/3lo, senão

aonerosa,
canali"aão passando por
e de pre+er/ncia terrenos vi"in4os – o que deve sempre ser +eito da +orma menos
su$terrnea'

7'O' Direito de tapa%em

- propriet!rio ou possuidor de um prédio tem o direito de cerc!3lo, delimit!3lo,


e6tremar seus limites, determinando com precisão a !rea de se $em em relaão aos im)veis
lindeiros, em nome da se%urana e da privacidade' V
Ve.a
e.a o arti%o 7'8=F do CC&
>Art' 7'8=F' - propriet!rio tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer 
modo o seu prédio, ur$ano ou rural, e pode constran%er o seu con+inante a proceder 
com ele # demarcaão entre os dois prédios, a aviventar rumos apa%ados e a
renovar marcos destru*dos ou arruinados, repartindo3se proporcionalmente
proporcionalmente entre os
interessados as respectivas despesas'
\cercas
7] -sdeintervalos,
arame ou muros, cercasvalas
de madeira, e os ou
tapumes divis)rios,
$anquetas, tais comoaté
presumem3se, se$es vivas,
prova em
contr!rio, pertencer a am$os os propriet!rios con+inantes, sendo estes o$ri%ados,
de con+ormidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes i%uais,
 para as despesas
despesas de sua construão
construão e conservaão'
\ 8] As se$es vivas, as !rvores, ou plantas quaisquer, que servem de marco
di
divi
vis)
s)ri
rio,
o, s) popode
demm ser
ser co
cort
rtad
adas
as,, ou arra
arranc
ncad
adas
as,, de co
comu
mumm ac
acor
ordo
do en
entr
tree
 propriet!rios'
\ L] A construão
construão de tapumes
tapumes especiais
especiais para impedir
impedir a passa%em
passa%em de animais
animais de
 pequeno porte, ou para outro +im, pode ser e6i%ida de quem provocou a
necessidade deles, pelo propriet!rio, que não est! o$ri%ado a concorrer para as
despesas'H
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Podesite
cookies to enable essential e6i%ir que esta delimitaão se.a reali"ada, quando 4ouver resist/ncia # sua
 pretensão,
functionality, as es pec*+ico, denominada ação demarcatória'
em aão .udicial com este escopo espec*+ico,
well as marketing, demarcatória'
personalization, and analytics. Youda demarcaão devem ser rateados entre os interessados, pois é o que
-s custos
may change your de+inir! a e6ata proporão
settings at any time do o$.eto de sua propriedade'
or accept the default settings.
-s muros e tapumes podem ser er%uidos e6atamente na lin4a divis)ria entre os
terrenos, quando então serão considerados em condom*nio dentre os vi"in4os, pertencendo
Privacy Policy
metade de sua espessura a cada um dos vi"in4os1 ou poder! ser constru*do inteiramente nos
limites de um dos terrenos, pertencendo apenas ao seu propriet!rio'
Marketing - direito de trave-amento,
trave-amento, quando o muro limite é situado e6atamente na lin4a
divi
divis)r
s)ria
ia,, con
consi
sist
stee no di
dire
reit
itoo de +i
+i6a
6arr amarr
amarras,
as, es
esco
coras
ras,, ou qu
quai
aisq
squer
uer méto
métodos
dos de
Personalization
en%en4aria, no muro lim*tro+e, tomando até a metade de sua espessura – o que é %arantido,
desde que não a+ete a se%urana da estrutura'
Analytics
Z poss*vel a construão de muros e tapumes com o intento especial de impedir a
Save  passa%em Accept All
de animais, ou com qualquer outra +inalidade especial que não a mera divisão'
Kuem der causa # necessidade do muro especial dever! arcar com os custos, o que é
avaliado na casu*stica'
Mic4ell 0unes Midle. Maron 11

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

7'F' Direito de penetraão

Disp?e o arti%o 7'L7L do CC&


>Art' 7'L7L' - propriet!rio ou ocupante do im)vel é o$ri%ado a tolerar que o
vi"in4o entre no prédio, mediante prévio aviso, para&
I 3 dele temporar
temporariame
iamente
nte usar,
usar, quando
quando indispens
indispens!vel
!vel # reparaã
reparaão,
o, construã
construão,
o,
reconstruão ou limpe"a de sua casa ou do muro divis)rio1
II 3 apoderar3se de coisas suas, inclusive animais que a* se encontrem casualmente'
\ 7] - disposto neste arti%o aplica3se aos casos de limpe"a ou reparaão de
es%otos, %oteiras, aparel4os 4i%i/nicos, poos e nascentes e ao aparo de cerca viva'
\ 8] 0a 4ip)tese do inciso II, uma ve" entre%ues as coisas $uscadas pelo vi"in4o,
 poder! ser impedida
impedida a sua entrada
entrada no im)vel'
\ L] 5e do e6erc*cio do direito asse%urado neste arti%o provier dano, ter! o
 pre.udicado direito
direito a ressarcimento'H
ressarcimento'H

- propriet!rio tem direito de penetrar em im)vel vi"in4o para $uscar coisa sua l!
atirada, por al%um +ortuito, ou para reparar seu pr)prio im)vel ou muro' Para tanto, é
necess!rio somente o prévio aviso de que estar! ali entrando, a +im de minorar os riscos de
con+lito'
- direito
 prévia para de não
entrada, penetraão nãoque
é ra"o!vel é ilimitado&
s e d/mesmo
esta se tendo
em ritmo 4avidoo que
diuturno, avisopode
e autori"aão
acontecer,
 por e6emplo qua
quando
ndo as crianas de uma casa atiram a $ola comco m que $rincam praticamente
p raticamente
todo dia no terreno do vi"in4o'

7'' Direito de alteamento

Pode o propriet!rio elevar seu muro, caso entenda necess!rio e ve.a proveito
le%*timo nesta provid/ncia, como aumento da sua privacidade e se%urana' Z claro que este
alteamento não pode ser +eito sem qualquer prop)sito .usti+icado, se +or causador de
 pre.u*"os
This website stores ao vi"in4o
data such as – quer porque este perder! em vista, em recepão da lu" solar, ou
qualquer
cookies to enable outro
essential sitepre.ui"o'
functionality, as well as marketing,
personalization, and
7'=' analytics.
Direito You
de construir 
may change your settings at any time
or accept the default settings.
Inerente # propriedade, e, qui!, seu maior $aluarte, é o direito de dispor' Inserido
neste, est! o direito de construir'
Privacy Policy
Este direito, contudo, est! lon%e de ser a$soluto' N! severas restri?es ao direito de
construir, muitas tra"idas no CC, mas quase todas previstas nos c)di%os de o$ras dos
Munic*pios, entes +ederativos competentes para ela$orar leis de+inidoras das posturas so$re
Marketing
const
constru
ruão
Personalization
ão imimo$
o$il
ili!
i!ria
ria'' Z ne
nest
stes
es di
dipl
plom
omas
as qu
quee su
sur%
r%em
em os %a %a$a
$ari
rito
toss de al
altu
tura
ra,, os
espaamentos, as normas em relaão #s metra%ens m*nimas dos im)veis, c4e%ando a
Analytics
miude"as como os n*veis de aeraão e iluminaão m*nimos dos im)veis' Em s*ntese, não é
simplesmente dado ao propriet!rio levantar um im)vel, a seu ar$*trio& deve respeitar 
Save inmeras Accept All normativas'
restri?es
- Estatuto da Cidade, norma $astante in+luente no direito de construir, c4e%a a
impor, em determinados casos, a reali"aão de audi/ncias p$licas so$re uma proposta de
construão que ten4a relevncia social, a ser reali"ada entre os vi"in4os e cercanias'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 12

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Al%umas re%ras podem ser tra"idas aqui, a t*tulo de e6emplos' Ve.a o arti%o 7'L;7
do CC, por e6emplo&
>Art' 7'L;7' Z de+eso a$rir .anelas, ou +a"er eirado, terrao ou varanda, a menos de
metro e meio do terreno vi"in4o'
\ 7] As .anelas cu.a visão não incida so$re a lin4a divis)ria, $em como as
 perpendiculares, não poderão ser a$ertas
a$ertas a menos de setenta e cinco
cinco cent*metros'
\ 8] As disposi?es deste arti%o não a$ran%em as a$erturas para lu" ou ventilaão,
não maiore
maioress de de" cent*m
cent*metr
etros
os de lar%ur
lar%uraa so$re
so$re vinte
vinte de compri
comprimen
mento
to e
constru*das a mais de dois metros de altura de cada piso'H

A previsão de construão de .anelas com vista para o terreno vi"in4o nunca a menos
de metro e meio de tal terreno se presta a %arantir um m*nimo de privacidade' - mesmo se
d! com as .anelas que, mesmo não voltadas para o terreno al4eio, se.am constru*das perto
do limite – o espaamento m*nimo é de setenta e cinco cent*metros'
A pretensão
pretensão de +ec4amento da .anela que o vi"in4o a$riu a menos de metro e meio
do limite do seu terreno prescreve em uma no e um dia' Assim, se o propriet!rio de um
terreno constr)i na lin4a divis)ria e coloca ali uma .anela, se o vi"in4o pre.udicado não
reclamar em menos de ano e dia, perder! a pretensão de +ec4amento de tal .anela' 5endo

esta a situaão,
 pro$lema se o vi"in4o
a en+rentar& a .anelapre.udicado
em sua lin4apretender
divis)ria construir
impor! a em
ele seu
um terreno,
recuo deter! estee
metro
meio adentro de seu terreno, mesmo que não queira a$rir .anela – pois não poder!, por 
e6emplo, construir um muro lim*tro+e +ec4ando a .anela do vi"in4o'
contemplar  seteiras,, que
A construão na lin4a divis)ria pode, porém, re%ularmente, contemplar seteiras
são aquelas a$erturas para lu" ou ventilaão que não ultrapassem de" cent*metros de lar%ura
e vinte de compri
comprimento,
mento, e este.am situada
situadass a mais de dois metros de altura'
altura' -corre que 4!
uma di+erena enorme das seteiras para as .anelas, porque enquanto a pretensão de
+ec4amento de .anelas irre%ulares prescreve em ano e dia, as seteiras podem ser tapadas a
qualquer tempo, ou se.a, se o vi"in4o quiser edi+icar muro na lin4a lim*tro+e, nada impede
que com isto vede a seteira' V
Ve.a
e.a o arti%o 7'L;8 do CC&
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cookies to enable essential site >Art' 7'L;8' - propriet!rio pode, no lapso de ano e dia ap)s a conclusão da o$ra,
functionality, as well as marketing, e6i%ir que se des+aa .anela, sacada, terrao ou %oteira so$re o seu prédio1 escoado
personalization, and analytics. You o pra"o, não poder!, por sua ve", edi+icar sem atender ao disposto no arti%o
may change your settings at any time antecedente, nem impedir, ou di+icultar, o escoamento das !%uas da %oteira, com
or accept the default settings.  pre.u*"o para o prédio
prédio vi"in4o'
Par!%ra+o nico' Em se tratando de vãos, ou a$erturas para lu", se.a qual +or a
quantidade, altura e disposião, o vi"in4o poder!, a todo tempo, levantar a sua
Privacy Policy edi+icaão, ou contramuro, ainda que l4es vede a claridade'H

Marketing

Personalization

Analytics

Save Accept All

Casos Concretos
Kuestão 7

Mic4ell 0unes Midle. Maron 13

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 L!cas propõe ação, post!lando l$e se-a recon$ecido direito a passagem e


determinada a demolição de obstác!lo. !stenta %!e resta cabalmente demonstrado o
encravam
encravament
entoo de se! imó
imóvel
vel,, poss
poss!in
!indo
do dir
direit
eitoo de pas
passage
sagem,
m, ine
inere
rente
nte ao dir
direit
eitoo de
 propriedade. Alega %!e + proprietário ddee lote de terreno locali0ado em &ocon+, na Praia
do !doeste,
bem. onde foir+!,
O condomínio constr!ído
por s!a!mve0,m!ro,
relata%!e inviabili0o!
%!e o acessoencontra"se
o imóvel somente  r!a e desvalori0o!
encravadoo
 por%!e os genitores do a!tor alienaram os terrenos em torno, sem ressalvar %!al%!er 
 servidão de passagem. Ad!0 %!e
% !e o encravamento provocado não ense-a proteção. Decida a
%!estão, f!ndamentadamente.

Resposta # Kuestão 7

Kualquer que se.a a causa do encravamento, este precisa de proteão, so$ pena de se
invia$ili"ar economicamente o uso do $em' No.e, até mesmo o encravamento .ur*dico é
admitido,
admit ido, +le6i$il
+le6i$ili"ando3se
i"ando3se o anti%o
anti%o conceito
conceito de encravamento conceito anti%o, +*sico, ao
qual se adequa o im)vel em tela, di%a3seG' Por isso, a passa%em +orada é mandat)ria, tendo
ra"ão Bucas'
Vale ra
sim a a$ertu di"er
a$ertura queportão
de um a medida protetiva
cu.as mais ra"o!vel
c4aves +icariam não seria
em poder a demolião
dos interessad
interessados, do muro,ioe
os, propriet!rio
propriet!r
do im)vel sediante da passa%em e propriet!rio do im)vel encravado'
Assim decidiu o 2J<RJ, na Apelaão C*vel 8;;O';;7'=;7&
>Pro
>Proce
cess
sso&
o& ;;;;;;
;;79
79O3
O3F
F'8
'8;;
;;8'
8''
'7=
7=';
';;9
;999 8;;
8;;O'
O';;
;;7'
7'
=;
=;7G
7G'' 7T Emen Ementa
ta – 
APEBACA-'
APEBACA -' DE5' BI5
BI5 :EBIPE
:EBIPE 5AB-MA
5AB-MA- - 3 Jul
Jul%am
%ament
ento&
o& 7=<78<
7=<78<8;;
8;;OO 3
DECIMA -I2AVA CAMARA CIVEB' 2ERRE0- E0CRAVAD-' PA55AQEM'
:-RCADA' DIREI2- DE ACE55-' C-B-CACA- DE P-R2A-' E@CB5A-
DA I0DE0IUACA-'
Apelaão C*vel' Aão o$.etivando %arantir direito de passa%em e demolião de
muro, com consequente indeni"aão' - direito a passa%em +orada é atri$u*do ao
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titular do terreno vi"in4o como +orma de %arantir o direito de ir e vir do im)vel
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encravado' 0ature"a de direito potestativo e o$ri%acional' :unda3se na ine6ist/ncia
functionality, as well as marketing, de alternativa para acesso ao im)vel, con+orme disp?e o arti%o 99=, do C)di%o
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may change your settings at any time causa ao con+inamento do terreno' 0ão 4! con+undir o conceito de direito de
or accept the default settings.  passa%em +orada com servidão, esta +ruto da vontade e aquela da lei' Per*cia que
demonstra ca$almente o encravamento do im)vel' Desnecess!ria, no entanto, a
demoli
dem olião
ão do muro,
muro, $astan
$astando
do a col
coloca
ocaão
ão de portão
portão que viavia$il
$ili"e
i"e o acesso
acesso''
Privacy Policy Ine6ist/ncia de prova quanto # ale%aão de perdas e danos, não devendo ser 
acol4ida a indeni"aão pretendida pelo autor' Por outro lado, re%istre3se, ainda, que
Marketing a concessão de passa%em ense.a direito de indeni"aão ao propriet!rio do prédio
serviente, nos termos do arti%o 9O;, do CC<7O correspond/ncia no mesmo arti%o
Personalization 7'89, CC<8;;8G a ser apurado em aão pr)pria' Recurso provido, em parte'H
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Kuestão 8
Mic4ell 0unes Midle. Maron 14

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 5a comarca de 2ig!el Pereira foi proposta ação de demarcação de terras pelo
!s!fr!t!ário do ítio 5ova Gsperança em face do legítimo proprietário do ítio 6io eli0,
tendo em vista conflito acerca do real limite divisório das terras poss!ídas pelo a!tor e
 pelo r+!. O r+! alega %!e o a!tor + parte ilegítima ppor
or não ser o proprietário, na forma
 prescrita no artigo *.'>@ do Código Civil. Decida a %!estão.

Resposta # Kuestão 8

- arti%o 7'8= do CC, citado na contestaão, di" o se%uinte&


>Art' 7'8=' 5endo con+usos, os limites, em +alta de outro meio, se determinarão
determinarão de
con+or
con +ormid
midade
ade com a posse
posse .us
.usta1
ta1 e, não se ac4and
ac4andoo ela provada,
provada, o terre
terreno
no
contestado se dividir! por partes i%uais entre os prédios, ou, não sendo poss*vel a
divisão c(moda, se ad.udicar! a um deles, mediante indeni"aão ao outro'H

Como permite a ad.udicaão como soluão, 4! uma corrente que de+ende que
somente o propriet!rio tem direito a esta aão de demarcaão, e não o possuidor a qualquer 
t*tulo, como o usu+rutu!rio'
Contudo,
Contudo, a tend/ncia
tend/ncia moderna é do +ortalec
+ortaleciment
imentoo da posse, e é i%ualmente
i%ualmente +orte o
entendimento
entendi mento doutrin!
doutrin!rio
rio de que o usu+rutu!rio
usu+rutu!rio assim como o super+ici!ri
super+ici!rio,
o, o en+iteuta,
en+iteuta, o
locat!rio, en+im, todos aqueles que t/m a posse diretaG poder!, sim, le%itimar3se # aão
demarcat)ria – a+inal, tem uso e %o"o do $em'

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Tema /II
 

Mic4ell 0unes Midle. Maron 15

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 Direito de constr!irB limites, estilícidio, trave-amento, parede"meia, alteamento, direito de penetração.


Condomínio vol!ntário. Conceito e nat!re0a -!rídica. Direitos e deveres do cond:mino. Condomínio pro
diviso e pro indiviso. Administração do condomínio. Condomínio de fato. Condomínio necessário.

Notas de Aula18

1. Direito de construir

Antes de dar in*cio ao tratamento do tema, é importante traar al%uns conceitos


 $!sicos, +ormando uma espécie de mini%loss!rio para o assunto a ser a$ordado'
a$ordad o' Ve.amos'
Ve.amos'
 Parede"meia&& se%undo o arti%o 7'L;O do CC, o cond(mino da parede3meia pode
 Parede"meia
utili"!3la até ao meio da espessura, não pondo em risco a se%urana ou a separaão dos dois
 prédios, e avisando previamente o outro cond(mino das o$ras que ali tenciona +a"er1 não
 pode sem consentimento do outro, +a"er, na n a parede3meia, arm!rios, ou o$ras semel4antes,
correspondendo a outras, da mesma nature"a, .! +eitas do lado oposto' Ve.a o dispositivo&
>Art' 7'L;O' - cond(mino da parede3meia pode utili"!3la até ao meio da espessura,
não pondo em risco a se%urana ou a separaão dos dois prédios, e avisando
 previamente o outro cond(mino das o$ras que ali tenciona +a"er1 não pode sem
consentimento
correspondendodo outro, da
a outras, +a"er, na parede3meia,
mesma arm!rios,
nature"a, .! +eitas ouoposto'H
do lado o$ras semel4antes,

 Alteamento&& consiste em aumentar a parede3meia' Ve.a


 Alteamento Ve.a o arti%o 7'L;F do CC&
>Art' 7'L;F' Kualquer dos con+inantes pode altear a parede divis)ria, se necess!rio
rec
recons
onstru
truind
indo3a
o3a,, para
para suport
suportar
ar o alt
alteam
eament
ento1
o1 arc
arcar!
ar! com todas
todas as desdespes
pesas,
as,
inclusive de conservaão, ou com metade, se o vi"in4o adquirir meaão tam$ém na
 parte aumentada'H
aumentada'H

9rave-amento, ou madeiramento
9rave-amento, madeiramento&& é o direito de colocar uma trave, vi%a ou madeira
no prédio vi"in4o nos casos em que 4! o alin4amento da parede3meia' Ve.a o arti%o 7'L;
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do CC&data such as
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personalization, and analytics. You >Art' 7'L;' 0as cidades,
alin4amento, o dono de umvilas e povoados
terreno pode nelecu.a edi+icaão
edi+icar, estiver na
madeirando adstrita
paredea
may change your settings at any time divis)ria do prédio cont*%uo, se ela suportar a nova construão1 mas ter! de
or accept the default settings. em$olsar ao vi"in4o metade do valor da parede e do c4ão correspondentes'H
correspondentes'H

Visto isso, passemos propriamente ao direito de construir' Direito de construir é um


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conceito que, 4o.e, assume duas poss*veis conota?es, uma tradicional e uma mais voltada
 para o aspecto econ(mico' Para tratar do aspecto tradicional do direito de construir, é
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importante a releitura do arti%o 7'88 do CC&
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Analytics >Art' 7'88' - propriet!rio tem a +aculdade de usar, %o"ar e dispor da coisa, e o
direito de reav/3la do poder de quem quer que in.ustamente a possua ou deten4a'
\ 7] - direito de propriedade deve ser e6ercido em consonncia com as suas
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+i
+ina
nali
lida
dade
dess ec
econ
on(m
(micicas
as e soci
sociai
aiss e de modo
modo qu quee se.a
se.am
m pres
preser
erva
vado
dos,
s, de
con+ormidade com o esta$elecido em lei especial, a +lora, a +auna, as $ele"as
naturais, o equil*$rio ecol)%ico e o patrim(nio 4ist)rico e art*stico, $em como
evitada a poluião do ar e das !%uas'
7
 Aula ministrada pelo pro+essor André Pinto da Roc4a -s)rio Qondin4o, em 7F<77<8;;='

Mic4ell 0unes Midle. Maron 16

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

\ 8] 5ão de+esos os atos que não tra"em ao propriet!rio qualquer comodidade, ou


utilidade, e se.am animados pela intenão de pre.udicar outrem'
\ L] - propriet!rio pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriaão, por 
necessidade ou utilidade p$lica ou interesse social, $em como no de requisião,
em caso de peri%o p$lico iminente'
\ ] - propriet!rio tam$ém pode ser privado da coisa se o im)vel reivindicado
consistir em e6tensa !rea, na posse ininterrupta e de $oa3+é, por mais de cinco
anos, de consider!vel nmero de pessoas, e estas nela 4ouverem reali"ado, em
con.unto ou separadamente, o$ras e servios considerados pelo .ui" de interesse
social e econ(mico relevante'
\ 9] 0o caso do par!%ra+o antecedente, o .ui" +i6ar! a .usta indeni"aão devida ao
 propriet!rio1 pa%o o preo, valer! a sentena como t*tulo para o re%istro do im)vel
em nome dos possuidores'H

Este arti%o $!sico da propriedade é o que +undamenta o direito de construir, porque


mesmo que não este.a ali previsto e6pressamente, dentre o rol de poderes do propriet!rio, o
direito de construir, ele é *nsito ao uso, ao %o"o, e especialmente ao poder de dispor, que
si%ni+ica dar # coisa o mel4or destino que $em entender' A construão, muitas das ve"es, é
 pressuposto para o uso e %o"o da coisa'
A propriedade é tradicionalmente compreendida por meio do comple6o de poderes
con+eridos ao atitular&
in.ustamente possuausar, %o"ar, dispor
ou deten4a' Comodadecorr/ncia
coisa e o direito de reav/3la
da +aculdade de quementende3se
de dispor, quer que
que o propriet!rio tem o direito de construir em seu im)vel, ressalvados os direitos de
vi"in4ana e os re%ulamentos administrativos' Ve.a o arti%o 7'8== do CC, que inicia o
tratamento do tema neste diploma&
>Art' 7'8==' - propriet!rio pode levantar em seu terreno as constru?es que l4e
aprouver,, salvo o direito dos vi"in4os e os re%ulamentos administrativos'H
aprouver

- di
dire
reit
itoo de co
const
nstrui
ruirr, li
li%a
%ado
do # pr
propr
oprie
ieda
dade
de,, encon
encontrtraa dois
dois li
limi
mite
tess a se
serem
rem
o$servados& o direito de vi"in4ana, como um todo, e as limita?es administrativas' -
c)di%o
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data pr)di%o
as no tratamento da matéria, traando normas re+erentes a miude"as nas
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rela?es site
de vi"in4ana, eis que estas são potencialmente +ontes constantes de lit*%ios'
functionality, as well asVmarketing,
e.a que, então, a princ*pio, o direito de construir é a$soluto, podendo
pod endo o propriet!rio
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eri%ir o que $em entend
may change your settings at any time
entender,
er, salvo se colidir com normas relativ
relativas
as a direitos
direitos de vi"in4ana
vi"in4ana e
normas administrativas limitativas' Z a$soluto, em tese, mas limit!vel, em concreto pela
or accept the default settings.
lei ou por limita?es administrativasG'
 0este conceito, o direito de construir parte de uma compreensão a$soluta para um
Privacy Policycontedo concreto a partir de limita?es le%ais vi"in4ana e ordem p$lica ur$an*sticaG'
Essa é uma visão tradicional do direito de construir, pois en6er%a o mesmo como uma
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 fac!ldade do
 fac!ldade  do direito de propriedade, mas não como um direito a!t:nomo,
a!t:nomo, como o +a", por 
e6emplo, a Bei 7;'89F<;7 – Estatuto da Cidade'
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7'7' Perspectiva moderna do direito de construir 
- Estatuto da Cidade é o diploma mais importante em termos de +unão social da
 propriedade ur$ana' Z este diploma que mel4or representa a re%ulamentaão desta +unão

Mic4ell 0unes Midle. Maron 17

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

social, apenas %enericamente inserida na CR: di+erente da +unão social da propriedade


r!ral , que é traada de +orma detal4ada .! na pr)pria CR:G' A CR: simplesmente remete
# le%islaão, ao Estatuto e aos planos diretores, para a de+inião da +unão social da
 propriedade ur$ana'
A perspectiva moderna, então, ilustrada no Estatuto da Cidade, reputa ao direito de
construir
direito deuma autonomia
construir, plena, na
desatrelado daqual o propriet!rio
propriedade em si'pode
Ve.a,dispor autonomamente
por e6emplo, de seu
o instituto da
o!torga onerosa do direito de constr!ir , no arti%o 8 do Estatuto&
>Art' 8' - plano diretor poder! +i6ar !reas nas quais o direito de construir poder!
ser e6ercido acima do coe+iciente de aproveitamento $!sico adotado, mediante
contrapartida a ser prestada pelo $ene+ici!rio'
$ene+ici!rio'
\ 7] Para os e+eitos desta Bei, coe+iciente de aproveitamento é a relaão entre a
!rea edi+ic!vel e a !rea do terreno'
\ 8] - plano diretor poder! +i6ar coe+iciente de aproveitamento $!sico nico para
toda a "ona ur$ana ou di+erenciado para !reas espec*+icas dentro da "ona ur$ana'
\ L] - plaplano
no dir
direto
etorr de+ini
de+inir!
r! os limite
limitess m!6imo
m!6imoss a serem
serem ati
atin%i
n%idos
dos pelos
coe+icientes de aproveitamento, considerando a proporcionalidade entre a in+ra3
estrutura e6istente e o aumento de densidade esperado em cada !rea'H

A outor%a onerosa do direito de construir, portanto, prevista neste dispositivo, é a


entre%a de mais direito do que o ordinariamen
ordinariamente
te poss*vel, em !reas determinadas
determinadas no plano
diretor' - acréscimo do direito de construir corresponder! uma contrapartida a ser pa%a
 pelo $ene+iciado'
Aqui
Aq ui é rele
releva
vant
ntee o co
conc
nceito de  solo criado
eito criado,, que é .ustamente o aproveitamento
daquele terreno além do limite ordin!rio esta$elecido para aquela !rea, de+inida como de
direito de construir e6tens*vel' Ve.a o conceito de solo criado traado por NelW Bopes
Meirelles&
>Considera3se ksolo criadoj toda !rea edi+ic!vel além do coe+iciente nico do
This website stores data such as aproveitamento do lote, le%almente +icado para o local' - ksolo criadoj ser! sempre
cookies to enable essential site um acréscimo ao direito de construir, além do coe+iciente $ase de aproveitamento
functionality, as well as marketing, esta$elecido pela lei& acima desse coe+iciente, até o limite que as normas edil*cias
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admitirem,do
adquiri3lo o propriet!rio não condi?es
munic*pio, nas ter! o direito ori%in!rio
%erais que a de
lei construir, mas poder!
local dispuser para a
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respectiva "onaH
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Assim, pela outor%a, cria3se novo solo potencial, ou se.a, se 4avia, por e6emplo,
Privacy Policydireito a construir de" pavimentos, passa3se a poder construir do"e' Este é o solo criado'
Z poss*vel a trans+ormaão ur$an*stica estrutural por meio de opera?es ur$anas
consorciadas, conceito apresentado no \ 7] do arti%o L8 do Estatuto da Cidade&
Marketing

Personalization
>Art' L8' Bei municipal espec*+ica, $aseada no plano diretor, poder! delimitar !rea
Analytics  para aplicaão
aplicaão de opera?es consorciadas'
consorciadas'
\ 7] Considera3se operaão ur$ana consorciada o con.unto de interven?es e
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medidas
medi das coordenad
coordenadasas pelo Poder P$lico
P$lico municipal,
municipal, com a participa
participaão
ão dos
 propriet!rios, moradores, usu!rios permanentes e investidores privados, com o
o$.eti
o$.etivo
vo de alcalcan
anar
ar em uma !re !reaa tra
trans+
ns+orm
orma?
a?es
es ur$an*
ur$an*sti
sticas
cas estrut
estrutura
urais,
is,
mel4orias sociais e a valori"aão am$iental'
\ 8] Poderão
Poderão ser previstas
previstas nas opera?es
opera?es ur$anas
ur$anas consorcia
consorciadas,
das, entre outras
outras
medidas&

Mic4ell 0unes Midle. Maron 18

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

I – a modi+icaão de *ndices e caracter*sticas de parcelamento, uso e ocupaão do


solo e su$solo, $em como altera?es das normas edil*cias, considerado o impacto
am$iental delas decorrente1
II – a rere%ul
%ular
ari"a
i"aão
ão de constr
constru?
u?es,
es, re+or
re+ormas
mas ou ampli
amplia?
a?es
es e6ecut
e6ecutada
adass em
desacordo com a le%islaão vi%ente'H

Porum
solucionar
solucionar meio destemainstituto,
pro$le
pro$lema qualquerumaque%rande
a+li.a!rea
a a+li.a – o da cidade
desuso e apoder! ser reestruturada,
desvalori"aã
desvalori"aão, para
o, por e6emplo'
e6empl o'
Para esta modi+icaão estrutural, o Estatuto permite a emissão de t*tulos representativos de
e6te
e6tens
nsão
ão do di dire
reit
itoo de co cons
nstr
trui
uirr, c4
c4am
amad
adosos cert
certifi
ificad
cados
os de pot
potenc
encial
ial adi
adicio
cional
nal de
constr!ção,, t*tulos que serão leiloados e que permitirão ao adquirente construir mais em seu
constr!ção
im)vel'
Ve.a a%ora o ins instituto da transferncia do direito de constr!ir , no arti%
tituto arti%oo L9 do
Estatuto&
>Art' L9' Bei municipal, $aseada no plano diretor, poder! autori"ar o propriet!rio
de im)vel ur$ano, privado ou p$lico, a e6ercer em outro local, ou alienar,
mediante escritura p$lica, o direito de construir previsto no plano diretor ou em
le%islaão ur$an*stica dele decorrente, quando o re+erido im)vel +or considerado
necess!rio para +ins de&
I – implantaão de equipamentos ur$anos e comunit!rios1
II – preser
preserva
vaão,
ão, quando
quando o im)vel
im)vel +or con
consid
sider
erado
ado de int
intere
eresse
sse 4is
4ist)r
t)rico
ico,,
am$iental, paisa%*stico, social ou cultural1
III – servir a pro%ramas de re%ulari"aão +undi!ria, ur$ani"aão de !reas ocupadas
 por populaão de $ai6a
$ai6a renda e 4a$itaão
4a$itaão de interesse
interesse social'
\ 7] A mesma +aculdade poder! ser concedida ao propriet!rio que doar ao Poder 
P$lico seu im)vel, ou parte dele, para os +ins previstos nos incisos I a III do
caput'
\ 8] A lei munici
municipal
pal re+
re+eri
erida
da no caput
caput esta$e
esta$elec
lecer!
er! as con
condi
di?es
?es rel
relati
ativas
vas #
aplicaão da trans+er/ncia do direito de construir'H
construir'H

Aqui, o propriet!rio de im)vel ur$ano em que o direito de construir é mais limitado


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do quedata
os such as por interesse p$lico, poder! trans+erir seu direito de construir para outro
demais,
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local, nos moldes que ali poderia ser e6ercido – construindo ele mesmo ou alienando este
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may change your direito de
- construir
settingscons truir'
direito
at any de' construir, como se v/, nesta perspectiva moderna, tem valor por si s),
time
como settings.
or accept the default se v/ nestes dispositivos supra, para a perspectiva mais moderna, economista, deste
direito' - t*tulo permissivo da construão pode ser ne%ociado, como um $em incorp)reo
qual
qualqu
quer
er'' Pode
Pode,, po
porr e6
e6em
empl
plo,
o, um MuMuni
nic*
c*pi
pioo >v
>ven
ende
derH
rH di
dire
reit
itoo de co
cons
nstr
trui
uirr a um
Privacy Policydeterminado propriet!rio, adicional ao que é da nature"a do terreno, a +im de captar +undos
 para qualquer +inalidade p$lica'
Marketing
A +alta do direito de construir é tão si%ni+icativa que pode, de +ato, aca$ar com
Personalization
qualquerr valor de um im)vel& um terreno inserido em uma !rea de proteão am$ien
qualque am$iental,tal, em
que não se pode construir de +orma al%uma, por e6emplo, tem valor meramente sim$)lico'
Analytics
- direito de construir se e6tin%ue em seu e6erc*cio& quando 4! a construão,
Save e+etivamente,
Accept o
Alldireito de construir dei6a lo%icamente de e6istir, passando a 4aver a
 propriedade so$re o que ses e construiu'
7'8' Bimita?es ao direito de construir 

Mic4ell 0unes Midle. Maron 19

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Primeira limitaão concreta é o c4amado estilicídio


estilicídio,, previsto no arti%o 7'L;; do CC,
e arti%o 7;9 do C)di%o de _%uas&
>Art' 7'L;;' - propriet!rio construir! de maneira que o seu prédio não despe.e
!%uas, diretamente, so$re o prédio vi"in4o'H

>Art' 7;9' - propriet!rio edi+icar! de maneira que o $eiral de seu tel4ado não
despe.e so$re o prédio vi"in4o, dei6ando entre este e o $eiral, quando por outro
modo não o possa evitar, um intervalo de 7; cent*metros, quando menos, de modo
que as !%uas se escoem'H

A +i%ura .ur*dica do estil


estilic*di
ic*dioo visa atender #s situa?es
situa?es criadas
criadas pelos propriet!rios
propriet!rios
que dei6am +icar os $eirados dos tel4ados dos seus prédios ur$anos a %ote.ar so$re prédios
vi"in4os' Z a proi$ião ao %ote.amento'
-utra limitaão concreta é a abert!r
abert!raa de -anelas com dist7n
dist7ncia
cia mínima
mínima,, tratada no
arti%o 7'L;7 do CC&
>Art' 7'L;7' Z de+eso a$rir .anelas, ou +a"er eirado, terrao ou varanda, a menos de
metro e meio do terreno vi"in4o'
\ 7 As .anelas cu.a visão não incida so$re a lin4a divis)ria, $em como as
 perpendiculares, não poderão ser a$ertas
a$ertas a menos de setenta e cinco
cinco cent*metros'
\ 8 As disposi?es deste arti%o não a$ran%em as a$erturas para lu" ou ventilaão,
não maiore
maioress de de" cent*m
cent*metr
etros
os de lar%ur
lar%uraa so$re
so$re vinte
vinte de compri
comprimen
mento
to e
constru*das a mais de dois metros de altura de cada piso'H

Para os terrenos rurais, a distncia é maior, porque se presume que os im)veis se.am
maiores' E esta limitaão de distncia é %enérica, e não apenas no que tan%e a .anelas' Ve.a
o arti%o 7'L;L do CC&
>Art' 7'L;L' 0a "ona rural, não ser! permitido levantar edi+ica?es a menos de tr/s
metros do terreno vi"in4o'H
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>5mula 78;, 52:& Parede de ti.olos de vidro translcido pode ser levantada a
may change your settings at any time menos de metro e meio do prédio vi"in4o, não importando a servidão so$re ele'H
or accept the default settings.
A ra"ão da proi$ião le%al contida no arti%o 7'L;7 do CC é impedir o devassamento
de prédio al4eio, com as suas conseq^/ncias danosas #s rela?es de vi"in4ana' ma ve"
Privacy Policyque as a$erturas não permitam que al%uém ve.a o que se passa na sua casa vi"in4a, nem que
se de$rucem como nas .anelas, nem que por elas se.am lanados quaisquer o$.etos para
Marketing
+ora,
+ora, em vivirt
rtud
udee de vi
vidro
dross de ved
veda
aão
ão,, +i
+i6os
6os,, opaco
opacos,
s, desti
destina
nados
dos tã
tãoo – soment
somentee ao
Personalization
escoamento da lu", não 4! ra"ão para não ser poss*vel a o$ra' A limitaão prote%e a
 privacidade'
Analytics
A  proibição de madeiramento em parede divisória %!e não s!porte nova
Save constr!ção
constr!ção,, na +orma
Accept All do .! transcrito arti%o 7'L; do CC, é um limite e6presso ao direito de
a  proibição de !tili0ação de parede meia %!e pon$a em risco a
construir' -utro limite é a proibição
 seg!rança o! a separação dos
d os dois pr+dios,
pr+dios, constante do arti%o 7'L;O do CC&
Mic4ell 0unes Midle. Maron 11

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'L;O' - cond(mino da parede3meia pode utili"!3la até ao meio da espessura,


não pondo em risco a se%urana ou a separaão dos dois prédios, e avisando
 previamente o outro cond(mino das o$ras que ali tenciona +a"er1 não pode sem
consentimento do outro, +a"er, na parede3meia, arm!rios, ou o$ras semel4antes,
correspondendo a outras, da mesma nature"a, .! +eitas do lado oposto'H

 proibição
 grandesA para
 grandes para de encostar
não incomodar na parede
o vi"in4o, divisória
na +orma c$amin+s,
do arti%o 7'L;fogões
do CC,e éfornos m!ito
outro limite
e6presso&
>Art' 7'L;' 0ão é l*cito encostar # parede divis)ria c4aminés, +o%?es, +ornos ou
quaisq
qua isquer
uer aparel
aparel4os
4os ou dep)si
dep)sitos
tos suscet
suscet*ve
*veis
is de produ"
produ"ir
ir in+
in+il
iltra
tra?e
?ess ou
inter+er/nciass pre.udiciais ao vi"in4o'
inter+er/ncia
Par!%ra+o nico' A disposião anterior não a$ran%e as c4aminés ordin!rias e os
+o%?es de co"in4a'H

a proibição de constr!ção pol!idora de ág!a o! de s!btração de


-utro limite é a proibição
 fonte,, dos arti%os 7'L;= e 7'L7; do CC' Como e6emplo, não se pode construir +ossa .unto
 fonte
de poo de !%ua, e não se pode desviar c)rre%o' Ve.a&

>Art' 7'L;='
ordin!rio, 5ão do
a !%ua proi$idas
poo, ouconstru?es capa"es
nascente al4eia, de pree6istentes'H
a elas poluir, ou inutili"ar, para uso

>Art' 7'L7;' 0ão é permitido +a"er escava?es ou quaisquer o$ras que tirem ao
 poo ou # nascente
nascente de outrem a !%ua
!%ua indispens!vel #s
#s suas necessidades
necessidades normais'H

a  proibição de se
Z tam$ém um limite %eral a proibição s e exec!tar obras ar
arriscadas
riscadas,, como di" o
arti%o 7'L77 do CC&
>Art' 7'L77' 0ão é permitida a e6ecuão de qualquer o$ra ou servio suscet*vel de
 provocar desmoronamento
desmoronamento ou deslocaão de terra, ou que com
comprometa
prometa a se%urana
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do prédio vi"in4o, senão ap)s 4averem sido +eitas as o$ras acautelat)rias'H
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or +im
+im, 4! tam$é m a  proibição de constr!ção de c!rrais, canis, pocilgas,
$ém
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estr!meir
eiras
vi"in4ana,
settingsasatproi$ião
eanyafi
afins
ns,, oriunda
time se
sem
m a da
o$
o$ser
serv
vnc
ncia
$oa3+é ia de di
dist
o$.etiva, estn
nci
nãocia
a co
de comp
mpat
at*v
norma *vel
el co
com
m o co
e6pressa' con+o
n+ort
rtoo da
Kualquer das limita?es que, trans%redidas, causem danos a vi"in4os, são 4ip)teses
or accept the default settings.
de responsa$
responsa$ilidade ob-etiva
ilidade ob-etiva'' 0ão se perquire
perquire da culpa do dano, $astand
$astandoo que 4a.a este e o
ne6o com a conduta
cond uta do vi"in4o trans%ress
trans%ressor'
or' Ve.a
Ve.a o que di" NelW Bopes Meirelles&
Privacy Policy

Marketing
>A construão, por sua pr)pria nature"a, e mesmo sem culpa de seus e6ecutores,
comumente
comum ente causa dano # vi"i
vi"in4an
n4ana,
a, por recalques
recalques de terreno,
terreno, vi$ra?es
vi$ra?es do
Personalization estaqueamento, queda de materiais e outros eventos comuns na edi+icaão'
'''G
Analytics Essa responsa$ilidade independe de culpa do propriet!rio ou do construtor, uma
ve" que não se ori%ina na ilicitude do ato de construir, mas sim, da lesividade do
Save Accept All +ato da construão' Z um caso de t*pico de responsa$ilidade sem culpa, consa%rado
 pela lei civil, como e6ceão de+ensiva da se%urana, da sade e do sosse%o dos
vi"in4osH
Ve.a trec4o de .ul%ado cons
constante
tante da Revista dos 2ri$unais&

Mic4ell 0unes Midle. Maron 11


111
1

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>0ão é qualquer
qualquer inconveni
inconveniente
ente relacionado
relacionado com construã
construãoo relacion
relacionado
ado com
construão em im)vel cont*%uo que lesa direito e autori"a o em$ar%o' Ainda que o
 prédio so+ra al%um pre.u*"o no tocante # ventilaão e # vista, o propriet!rio não
 pode, s) por isso, sem que se 4a.a apurado a in+raão de disposião le%al, impedir 
que o vi"in4o reali"e a o$ra'H R2 OO<78=G

limi
limita -ss instrumentos
ta?e
?es do di
direito de.udiciais
reito co
const ruirrmais
nstrui são comuns
a ação para dar tratamento
de n!nciação #s trans%ress?es
de obra nova  #s
nova  e a ação
demolitória'' N! tam$ém a ação de dano infecto,
demolitória infecto, correlata, mas que não se adequa ao caso
 porque ela visa a tutelar a inte%ridade de um im)vel diante da prov!vel r!ína do imóvel 
vi0in$o –
vi0in$o – e não da construão irre%ular'
- di+erencial entre a nunciaão de o$ra nova e a demolit)ria est! e6atamente no
conceito de obra nova'
nova' Para NelW Bopes Meirelles, o$ra nova é a o$ra inaca$ada, que&
>'''G se%undo a .urisprud/ncia corrente, deve3se entender toda aquela em que ainda
+altam partes de sua estrutura, e não apenas pintura ou remate de materiais .!
empre%ados'H

Adroaldo :urtado :a$r*cio adu"&

>-utro ponto a determinar3se é até quando a o$ra é knovaj, isto é, permanece


inconclusa' 5ão numerosos e $em con4ecidos os .ul%ados se%undo os quais a o$ra
se considera pronta e portanto .! não ca$e a aão de nunciaão, quando # sua
conclusão s) +altem arremates, pinturas, aca$amento decorativo etc'H

Kuando a o$ra não +or nova, e sim .! aca$ada, a aão passa a ser demolit)ria' A
di+erena $!sica é que, na nunciaão, da o$ra nova, pode 4aver suspensão da construão
imediata, por liminar, evitando maiores irre%ularidades ainda' 0a demolit)ria, tudo que
 poderia ter sido +eito de +orma errada .! o +oi, restando a demolião'
A respeito, ve.a o REsp' L77'9;F&
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>REsp L779;F < AB' 77<;=<8;;7'
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DIREI2- DE VIUI0NA0SA' 2errao' Aão demolit)ria' Contra a construão do
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terrao a menos de metro e meio do terreno vi"in4o art' 9FL do CCG, ca$ia aão de
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nunciaão de o$ra nova até o momento de sua conclusão, entendendo3se como tal
aquela a que +altem apenas tra$al4os secund!rios'
or accept the default settings. ma ve" conclu*da a o$ra +altava
+altava apenas a pinturaG,
pinturaG, ca$*vel a aão demolit)ria,
demolit)ria,
com pra"o decadencial
decadencial de ano e dia art' 9FO do CCvilG, que ssee iniciou a partir da
conclusão e não se interrompeu com a noti+icaão
noti+icaão administrativa'
administrativa'
Privacy Policy Recurso con4ecido e provido'H
Marketing Ve.a a sede normativa das a?es, no CPC, respectivamente nos arti%os =L, da
nunciaão, e 7'L;8, de uma 4ip)tese de demolit)ria&
Personalization
>Art' =L' Compete esta aão&
Analytics I 3 ao propriet!rio ou possuidor, a +im de impedir que a edi+icaão de o$ra nova em
im)vel vi"in4o l4e pre.udique o prédio, suas servid?es ou +ins a que é destinado1
Save Accept All II 3 ao cond(mino, para impedir que o co3propriet!rio e6ecute al%uma o$ra com
 pre.u*"o ou alteraão
alteraão da coisa comum1
III 3 ao Munic*pio, a +im de impedir que o particular construa em contravenão da
lei, do re%ulamento ou de postura'H
Mic4ell 0unes Midle. Maron 112

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'L;8' - propriet!rio pode, no lapso de ano e dia ap)s a conclusão da o$ra,
e6i%ir que se des+aa .anela, sacada, terrao ou %oteira so$re o seu prédio1 escoado
o pra"o, não poder!, por sua ve", edi+icar sem atender ao disposto no arti%o
antecedente, nem impedir, ou di+icultar, o escoamento das !%uas da %oteira, com
 pre.u*"o para o prédio
prédio vi"in4o'
Par!%ra+o nico' Em se tratando de vãos, ou a$erturas para lu", se.a qual +or a

quantidade,
edi+icaão, oualtura e disposião,
contramuro, o vi"in4o
ainda que poder!,
l4es vede a todo tempo, levantar a sua
a claridadeH'

Ve.a que se o propriet!rio desatento dei6ar de requerer o des+a"imento da .anela, por 


e6emplo, em ano e dia, .amais poder! requerer este des+a"imento' 5implesmente perde o
direito a ele' Assim, sur%e para o vi"in4o que construiu a .anela uma verdadeira  servidão
so$re seu direito de construir, ou se.a, o vi"in4o adquire o direito de construir .anela a
menos de metro e meio do limite, não podendo o pre.udicado mais se insur%ir contra esta
irre%
irre%ul
ulari
aridad
dade'
e' Ma
Mais
is do qu
quee is
isso,
so, o vi
vi"i
"in4
n4oo moro
moroso
so dev
dever
er!,
!, a%
a%ora
ora,, respe
respeit
itar
ar aq
aque
uela
la
construão irre%ular que se consolidou, respeitando a servidão ali representada, ou se.a& não
 poder! ele pr)prio construir de +orma a violar a utilidade daquela construão – no cas
caso,
o, não
 poder! o$struir a .anela' 5e +or uma servidão de lu", não poder! o$struir a sua passa%em, e
assim por diante'

2. Direito de $enetra"#o

- arti%o 7'L7L do atual C)di%o Civil recon4ece que o propriet!rio ou ocupante é


o$ri%ado a tolerar que o vi"in4o adentre no seu im)vel, desde que 4a.a prévio aviso, em
duas 4ip)teses' Ve.a o dispositivo&
>Art' 7'L7L' - propriet!rio ou ocupante do im)vel é o$ri%ado a tolerar que o
vi"in4o entre no prédio, mediante prévio aviso, para&
I 3 dele temporar
temporariame
iamente
nte usar,
usar, quando
quando indispens
indispens!vel
!vel # reparaã
reparaão,
o, construã
construão,
o,
reconstruão ou limpe"a de sua casa ou do muro divis)rio1
This website stores data such as II 3 apoderar3se de coisas suas, inclusive animais que a* se encontrem casualmente'
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functionality, as well as marketing, es%otos, %oteiras, aparel4os 4i%i/nicos, poos e nascentes e ao aparo de cerca viva'
personalization, and analytics. You \ 8] 0a 4ip)tese do inciso II, uma ve" entre%ues as coisas $uscadas pelo vi"in4o,
may change your settings at any time  poder! ser impedida
impedida a sua entrada
entrada no im)vel'
or accept the default settings.
\ L] 5e do e6erc*cio do direito asse%urado neste arti%o provier dano, ter! o
 pre.udicado direito
direito a ressarcimento'H
ressarcimento'H

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 0a primeira 4ip)tese, é permitida a entrada ssee o vi"in4o, temporariamente, dele +or 
usar, quando indispens!vel # reparaão, construão, reconstruão ou limpe"a de sua casa ou
do muro divis)rio' Como e6emplo, o propriet!rio deve tolerar a entrada do vi"in4o para
Marketing
reparos em paredes ou corte de %al4os de !rvores' Esse direito de tolerncia é aplicado aos
Personalization
casos de limpe"a ou reparaão de es%otos, %oteiras, aparel4os 4i%i/nicos, poos e nascentes
Analytics
e ao aparo de cerca viva'
A se%unda 4ip)tese em que se permite a entrada é quando deve ser dado ao vi"in4o
Save apoderar3seAccept
de All
coisas suas, inclusive animais que ali se encontrem casualmente' Como
e6emplo,
e6empl o, o vi"in4
vi"in4oo entra no im)ve
im)vell de outrem para pe%ar uma $ola de +ute$o
+ute$oll ou um %ato
 perdido' ma ve" sendo
s endo entre%ue a coisa $uscada pelo vi"in4o, o propriet!rio pode impedir 
novas entradas no im)vel'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 113

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

3. Condomnio

A noão tradicional de propriedade li%a3se # idéia de assen4oramento de uma coisa


com e6clusão de qualquer outro su.eito' J! a de condom*nio compreende o exercício do
direito dominial por mais de !m dono, sim!ltaneamente'
sim!ltaneamente ' D!3D!3se
se condom
condom*ni
*nio,
o, quando
quando a
mesma coisaso$re
idealmente, pertence
o todoa mais
e cadadeuma
umadepessoa, ca$endo
 8ssoapor%!e
suas partes' 8sso
partes' cada uma delasideal
a fração i%ualdadireito,
coisa
não + !ma parcela material desta'
desta ' Ve.a
Ve.a o conceito de Caio M!rio&
>Cada cot
>Cada cotaa ou +raão
+raão,, não si%ni
si%ni+i
+ica
ca que a cada
cada um dos co3pro
co3propri
priet!
et!rio
rioss se
recon4ece a plenitude dominial so$re um +ra%mento +*sico do $em, mas que todos
os comun
comun4eir
4eiros
os t/m direitos qualitativame
qualitativamente
nte i%uais
i%uais so$re
so$re a total
totalidade
idade dele,
limitados contudo na proporão quantitativa em que concorre com os outros co3
 propriet!rios na titularidade
titularidade so$re o con.unto'H

L'7' Classi+ica?es

/.*.*. R!anto  origem

Kuan
Ku to # origem
anto origem,, o co
condo
ndom*
m*ni podee ser vol
nioo pod vol!nt
!ntári
árioo ou convencional , que é o
 pactuado, em que as partes escol4em er i%ir um condom*nio1 event!al , incidente ou de fato
eri%ir
condom
con dom*ni*nioo  fort!ito
 fort!itoG,
G, que é o que não resulta de um concurso de vontades, mas da
casu*
casu*st
stic
icaa inev
inevitit!v
!vel
el – como
como a su suce
cessã
ssãoo 4er
4ered
edit
it!ri
!ria,
a, os qu
quee oc
ocorr
orrem
em em didire
reit
itos
os de
vi"in4ana, ou em qualquer outra circunstncia em que o estado de comun4ão provém de
um +ato não decorrente da mani+estaão volitiva dos comun4eiros1 e pode ser ainda
condom*
cond om*nionio  forçado
 forçado,, nece
necessá
ssári
rioo ou legal , que nasce de imposião da ordem .ur*dica,
classi+icaão que se so$rep?e e con+unde com a classi+icaão anterior, condom*nio de +ato 3
como o são as quest?es de vi"in4ana, como as paredes3meias, cercas, muros e valas'
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/.*.'.data such ao
R!anto as tempo
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Kuanto ao tempo
tempo,, o condom*nio é permanente
é  permanente ou transitório
transitório'' 0os permanentes – 
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may change your como as paredes3meias
settings at any time –, enquanto a coisa su$sistir, e 4ouver donos di+erentes dos im)veis
lindeiros, 4aver!
or accept the default settings. condom*nio' 0os transit)rios, a situaão se des+ar! em al%um momento,
tal como quando 4! o condom*nio volunt!rio'

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/.*./. R!anto
Personalization  forma
Analytics
# forma,, o condom*nio pode ser pro
Kuanto # forma ser  pro indiviso ou  pro diviso'
ou pro diviso ' - condom*nio
Save
 pro indiviso ocorre quando a coisa é indivis*vel, não podendo delimitar parcela desta que
Accept All
0o  pro diviso,
incum$e a cada um dos cond(minos' 0o pro diviso, a coisa pode ser +acilmente +racionada'
Esta classi+icaão
%rande di+erena& seé o$astante relevante,
condom*nio eis que$asta
é pro diviso, quando da e6tinão
+racionar a coisa do condom*nio
e cada 4!
um ter! sua
 parcela, na proporão de sua cota1 se é  pro indiviso
indiviso,, a nica soluão para dissolv/3lo é

Mic4ell 0unes Midle. Maron 114

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

alienar a coisa, quer entre os pr)prios cond(minos que t/m pre+er/nciaG, quer para
terc
tercei
eiro
ros'
s' A e6t
e6tin
inã
ãoo do co
cond
ndom
om*n
*nio
io,, di
di%a
%a3se
3se,, co
cont
ntem
empl
plaa di
direi
reito
toss po
pote
test
stat
ativ
ivos
os aos
cond(minos& se a coisa pode ser +racionada, cada cond(mino tem direito a e6i%ir sua
 parcela, e não o produto de alienaão, se não quiser1 se a coisa não pode ser dividida, a
venda se imp?e, mas se entre%a preempão aos cond(minos na aquisião das cotas dos
demais' 5o$re o tema, ve.a os arti%os 7'L8; e 7'L88 do CC&
>Art' 7'L8;' A todo tempo ser! l*cito ao cond(mino e6i%ir a divisão da coisa
comum,
com um, responde
respondendo
ndo o quin4ã
quin4ãoo de cada
cada um pel
pelaa sua parte nas despes
despesas
as da
divisão'H

>Art' 7'L88' Kuando a coisa +or indivis*vel, e os consortes não quiserem ad.udic!3
la a um s), indeni"ando os outros, ser! vendida e repartido o apurado, pre+erindo3
se, na venda, em condi?es i%uais de o+erta, o cond(mino ao estran4o, e entre os
cond(m
con d(mino
inoss aquele
aquele que tiver
tiver na coi
coisa
sa $en+ei
$en+eitor
torias
ias mais
mais val
valios
iosas,
as, e, não as
4avendo, o de quin4ão maior'H
maior'H

Ve.a a%ora o REsp' F=7'


F=7'7F&
7F&
>R
>REs
Espp F=
F=777
7FF < 5P
5P'' DJ 8O 8O<;
<;L<
L<8;
8;;F
;F p' 8L 8L'
' REC
RECR5R5-- E5PE
E5PECI CIAB
AB''
C-0D-M0I-' EM DIVI5VEB' ABIE0AS- JDICIAB C-MPB5RIA,
REKERIDA P-R APE0A5 M D-5 C-0DMI0-5, KE 0- DE2ZM -
MAI-R KI0N-' IMPR-CEDb0CIA'
3 Em sendo divis*vel a coisa comum, não pode o cond(mino e6i%ir sua alienaão'
 0o caso, o condom*nio
condom*nio resolve3se ccom
om a divisão C)di%o
C)di%o evil!qua, Art' O8=G'
3 -+ende o Art' O8= do CC<7=7O a decisão que 3 em recon4ecendo ser divis*vel o
 $em so$ condom*nio
condom*nio 3 determina sua venda'
kEm sendo divis*vel a coisa comum, não pode o cond(mino e6i%ir sua alienaão'
 0o caso, o condom*nio resolve3se com a divisão C)di%o evil!qua, art' O8=G'
-+ende o art' O8= do CC <7;7O art' 7L8; do CC<8;;8 G a decisão que – em
recon4ecimento ser divis*vel o $em so$ dom*nio – determina sua vendaj 52J – LT
2', REsp F=7'7F, Min' Qomes de arros J' 8F38';F, DJ 8O'L';FG'H
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L'8' Poderes e deveres dos cond(minos
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may change your settings Cada cond(mino
at any time ou consorte pode usar livremente a coisa, con+orme seu destino,
utili"ando3a
or accept the default settings.de tal +orma que e6era todos os direitos compat*veis com o estado de
indivisão' 0ão se l4e permite, evidentemente, e6cluir os demais cond(minos, pois que a
coisa não é de um, mas de todos' V
Ve.a
e.a o E'D' no REsp'
REsp ' O88'F8&
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>ERE
>EREspsp O8
O88
8F8
F8 < RJ'
RJ' EMA
EMARQ-RQ-5 5 DE DIVE
DIVERQ
RQE0
E0CI
CIA
A 0- RE RECR
CR5-
5-
Marketing E5PECIAB' DJ ;F<77<8;;9 p' FL'
Personalization PR-C
PR-CE5 E55
5AB
AB CI CIVI
VIB'
B' DIRE
DIREI2I2-
- DA5DA5 C-I C-I5A5'
5A5' C- C-0D0D-M-M0I-'
0I-'
PAQAME0
AQAME02- 2- DE ABQE
ABQERE5'RE5' :R2-5
:R2-5'' E@ERC
E@ERCCI-
CI- D- DIREI2DIREI2-'
-'
Analytics C-0C-MI20CIA' IMPEDIME02- D- 5:R2-' RE5I52b0CIA REAB'
C-RA0SA'
Save Accept All
7' Aão cu.o o$.eto mediato revela pretensão de cond(mina34erdeira ao pa%amento
de alu%ueres em ra"ão do uso e6clusivo de $em im)vel rece$ido como 4erana
invia$ili"ando o uso comum por outros cond(minos'
8' - arti%o 7'L7= do novo C)di%o Civil, correspondente ao arti%o O8F do C)di%o
evil!cqua, assim disp?e& Cada cond(mino responde aos outros pelos +rutos que
 perce$eu da coisa e pelo dano que l4e
l4e causou'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 115

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

L' A e6e%ese do re+erido dispositivo pressup?e relaão ne%ocial onerosa entre um


dos cond(minos e o terceiro, posto cedio em doutrina que o não uso da coisa
comum por al%uns dos cond(minos não l4e d! o direito a alu%uer, ou prestaão,
que +ique em lu%ar de uso que teria podido e6ercer, salvo ne%)cio .ur*dico entre os
cond(minos Pontes de Miranda, in 2ratado de Direito Privado, orsoi, 2omo
@II, 7=99, p!%' 7G'

' - usopressup?e
alu%uéis e6clusivooposião
do cond(mino
daqueleque ense.a
titular a pretensão
em relaão de perce$imento
aos demais de
comun4eiros,
os quais, na +orma da lei, podem postular a alienaão .udicial do $em em +ace da
indivisão incompat*vel com a coa$itaão'
9' Z que o cond(mino que 4a$ita o im)vel comum en%endra e6erc*cio re%ular de
direito somente encetando a$uso de direito se impede os demais do mane.o de
qualqu
qua lquer
er dos podere
poderess ine
ineren
rentes
tes ao dom*ni
dom*nio' o' O' Isto
Isto por que
que,, o ins
instit
tituto
uto do
Condom*nio assenta3se na idéia de comunidade de direitos e tem como primado a
 possi$ilidade de todos os cond(minos e6ercerem a um s) tempo os atri$utos da
 propriedade, desde que de +orma compat*vel com a situaão de pluralidade de
 propriet!rios'
F' In casu, no e6erc*cio da ampla co%nião a 2urma que lavrou o ac)rdão
em$ar%ado assentou que& na 4ip)tese dos autos, uma nica moradora, em im)vel
de 7L; m não impede, pela sua simples presena no local, que outro cond(mino
usu+rua do $em e, como não 4! not*cia de poss*vel resist/ncia a esta utili"aão,
imp?e3se a conclusão de que a utili"aão e6clusiva, neste per*odo, se deu por total
desinteresse dos demais interessados, situaão que não pode ense.ar o pa%amento
de valores a t*tulo de alu%uel da +raão ideal'
' 5u$.a", assim, consect!ria com a .ustia da decisão, que o cond(mino deve
comprovar de plano qual o cerceamento ou resist/ncia ao seu direito # +ruião da
quota parte que l4e é inerente do $em im)vel, a +im de .usti+icar a co$rana de
+rutos em ra"ão de alu%uel, o que inocorreu in casu'
=' Em$ar%os de diver%/ncia
diver%/ncia desacol4idos'
kPara que um cond(mino possa e6i%ir do outro contraprestaão
contraprestaão em ra"ão do uso da
coisa comum é preciso que 4a.a resist/ncia a esse uso e que ele impea a +ruião
do $em por outrem, não sendo nada devido quando a utili"aão e6clusiva acontece
 por simples desinteressej
desinteressej 52J3R2 <8;7& Corte especial, Ed no REsp O88'F8GH
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respeitando
respeit
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well as o direi
direito
marketing, to pre+erencial recon4ecido
recon4ecido ao demai
demaiss cond(minos
cond(minos para a sua aquisião
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may change your tanto por at
settings tanto'
consentimento any 0ão
time
dos l4e é l*cito, todavia, al4ear ou %ravar a coisa comum, sem o
demais'
or accept the default settings.
Cada cond(mino ou compropriet!rio tem a +aculdade de reivindicar de terceiro a
coisa comum, independentemente da anu/ncia dos demais'
Privacy Policy
 0a sua qualidade de compossuidor, qualquer cond(mino pode de+ender a sua posse
contra outrem'
Marketing - dever de concorrer para as despesas comuns, na proporão das respectivas partes,
se.a para a sua conservaão, se.a para se p(r termo # indivisão'
Personalization
Cada consorte responde aos demais pelos +rutos que perce$er da coisa comum, e
Analytics
 $em assim pelos danos que l4e cause'
 0en4um dos co3propriet!rios poder! alterar a coisa comum sem o consentimento
Save dos demais' Accept All
A nen4um cond(mino é l*cito, sem prévio consenso dos outros dar posse, uso ou
%o"o da propriedade a estran4o'
L'L' Administraão do condom*nio

Mic4ell 0unes Midle. Maron 116

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

A admi
admini
nist
stra
raão
ão do cocondo
ndom*
m*ni
nioo se d! sempr
sempree por ma
maio
iori
ria,
a, ca
calc
lcul
ulada
ada pe
pelo
loss
quin4?es' As deli$era?es são sempre tomadas por maioria a$soluta do quin4ão, e não por 
maioria de ca$eas'
-s arti%os 7'L8L a 7'L8O do CC tratam do tema&
>Art' 7'L
>Art' 7'L8L'
8L' Deli$e
Deli$eran
rando
do a maiori
maioriaa so$re
so$re a adm
admini
inistr
stra
aão
ão da coi
coisa
sa comum,
comum,
escol4er! o administrador, que poder! ser estran4o ao condom*nio1 resolvendo
alu%!3la, pre+erir3se3!,
pre+erir3se3!, em condi?es i%uais, o cond(mino ao que não o é'H

>Art' 7'L8' - cond(mino


cond(mino que administr
administrar
ar sem oposião dos outros
outros presume3se
presume3se
representante comum'H

>Art' 7'L89' A maioria ser! calculada pelo valor dos quin4?es'


\ 7] As deli$era?es serão o$ri%at)rias, sendo tomadas por maioria a$soluta'
\ 8] 0ão sendo poss*vel alcanar maioria a$soluta, decidir! o .ui", a requerimento
de qualquer cond(mino, ouvidos os outros'
\ L] Na Nave
vend
ndoo d
dvi
vida
da ququan
anto
to ao va valo
lorr do qu
quin
in4ã
4ão,
o, se
ser!
r! este
este av
aval
alia
iado
do
 .udicialmente'H
 .udicialmente 'H

>Art' 7'L8O'de-s
disposião +rutosvontade,
ltima da coisaserão
comum, não 4avendo
partil4ados em contr!rio
na proporão estipulaão ou
dos quin4?es'H

L'' Condom*nio de +ato

E6istem
E6iste m duas espécies
espécies le%ais
le%ais ou t*t*pic
picas
as de condom*
condom*nionio&& o  geral ou tradicional ,
disciplinado pelo C)di%o Civil nos arti%os 7'L7 a 7'LL;, pontualmente a$ordados1 e o
especial ou relativo
relativo,, tam$ém c4amado de $ori0ontal  e   e a%ora edilício
edilício,, introdu"ido pela Bei
'9=7<O, e atualmente re%ulado tam$ém pelo CC nos arti%os 7'LL7 a 7L9, que tam$ém
serão vistos pontualmente'
pontualmente' 0a primei
primeira
ra modalidade, toda a coisa +ica su.eita ao re%im re%imee
comu
comum, m, sem
sem se co co%i
%ita
tarr da pr
prop
opri
ried
edad
adee in
indi
divi
vidu
dual
al,, e susuaa e6
e6te
tens
nsão
ão in
inci
cide
de so
so$r
$ree a
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inte%ralidade da coisa, e não apenas em parte desta' J! na se%unda espécie, além das partes
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may change your settings - condom*nio
at any time de +ato, por seu turno, não tem tipi+icaão le%al' Z uma situaão de
+ato qualquer
or accept the default settings. que, naturalmente, %era uma compropriedade so$re uma coisa' 0ão 4!
 previsão le%al das situa?es do condom*nio de +ato, e isto é a nota distintiva desta
classi+icaão'
Privacy Policy
- condom*nio de +ato consiste nos a%lomerados de propriet!rios que se renem
Marketingin+ormalmente comportando3se como cond(minos, sem que d direito 4a.a uma e+etiva
situaão condominial'
Personalization
- cond
condomom**ni
nioo de +ato
+ato po
possssui
ui uma
uma na natu
ture
re"a
"a .ur
ur**di
dica
ca 4* 4*$r
$rid
idaa e d
dpl
plic
icee
Analyticsconcomitantemente' E 4*$rida porque possui ao mesmo tempo caracter*stica do direito
o$ri%acional e do direito real'
Save Ao so+rer
Accept All in+lu/ncia do princ*pio da autonomia privada, os propriet!rios de lotes
constituem uma associaão com o o$.etivo de atuarem de +orma condominial no que se
re+ere
de uso aos seus do
comum interesses
povo' privados com incid/ncia so$re um $em p$lico especi+icamente

Mic4ell 0unes Midle. Maron 117

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

L'9' Boteamento +ec4ado

5emel4ante ao condom*nio, e ainda so$ a é%ide le%al, 4! a +i%ura do loteamento


 fec$ado,, inst
 fec$ado instit
itu*
u*do
do pe
pela
la Bei
Bei O'
O'FOO
FOO<F
<F=,
=, qu
quee di
disp?
sp?ee so
so$re
$re as vi
vias
as de ci
circu
rcula
laão
ão e os
lo%rado
lo%radouros
uros p$l
p$lico
icos,
s, cu.a
cu.a utili"
utili"aão
aão rest
restaa asse%ur
asse%urada
ada apenas
apenas aos proprie
propriet!r
t!rios
ios e aos
moradores, mediante
A estrutura dopermissão ou+ec4ado
loteamento concessão de uso'
é muito semel4ante # do condomínio $ori0ontal '
-corre, porém, uma di+erena entre am$os os institutos no que di" respeito aos espaos
livres de uso comum de todos' Veri+ica3se que as suas nature"as se distin%uem, por ser a
 propriedade 4ori"ontal um verdadeiro condom*nio nes neste
te aspecto, pois os
o s titulares possuem
em comum o dom*nio destes espaos, enquanto que no loteamento +ec4ado, estes espaos
livres pertencem ao munic*pio, constituindo3se então numa comun4ão de uso'
 0o loteamento cl!ssico, não e6iste condom*nio& uma ve" loteados os terrenos, cada
 propriet!rio é dono apenas de seu lote, e as !reas de passa%em, como as vias e as praas
 p$licas, não são pertencentes aos donos dos lotes – são p$licas, como dito' 0o
loteamento
loteamento +ec4ado, 4! a mesma divisã
divisãoo de lotes, mas 4! um +ec4amento,
+ec4amento, um cercamento
cercamento
do terreno loteado, com autori"aão do Poder P$lico, em que a situaão continua sendo de
 propriedades aut(nomas por cada lote, mas a !tili0ação das !reas comuns vias, praasG,
%!e contin!am p1blicas,
p1blicas, passa a ser dos propriet!rios dos lotes' As ruas e praas não
 passam a ser propriedade dos donos dos lotes, pois são $ens p$licos, mas o uso das !reas!r eas
+ica limitado, tendo o Poder P$lico, em contrapartida por esta permissão de +ec4amento, a
e6pressa desincum$/ncia pelos servios p$licos atinentes #quelas vias comuns, que +icam
a car%o dos cond(minos as+alto, iluminaão, limpe"a, a manutenão como um todoG'
 0o condomínio !rbanístico,
!rbanístico, outra +i%ura, 4! um condom*nio cl!ssico, em que 4!
unidades aut(nomas de propriedade individual, e condom*nio so$re as !reas comuns as
vias internas, praas, etcG' 2rata3se de um condom*nio similar ao edil*cio, que ser! a$ordado
em tema pr)prio' Ve.a
Ve.a um esquema %r!+ico
%r!+ ico das di+erenas entre estes institutos&
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:ormado pela su$divisão em unidades aut(nomas o :ormado pela su$divisão em lotes o propriet!rio tem
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 propriet!rio tem direito
direito a uma +raão do todoG' direito ao seu loteG'
personalization, and analytics. You
may change your settings _reaatinterna
anypara
timerecreaão e verde e uma !rea p$lica A !rea para equipamentos comunit!rios e !reas verdes
 para implantaão dede equipamentos comuni
comunit!rios
t!rios e !reas  pode ser interna
interna ou e6terna ao lote
loteamento,
amento, con+orme lei
or accept the default settings. verdes, e6ternas ao condom*nio' municipal e<ou concessão de uso'
As vias p$licas ruas internasG e !reas de verdes ou de
As !reas internas vias p$licas, !reas de recreaãoG são
equipamentos pertencem ao Munic*pio e seu uso e
 particulares, devendo pa%ar inclusiv
inclusivee IP2'
Privacy Policy manutenão é concedido # associaão de moradores'
-s loteamentos podem ser revertidos e inte%rados ao
-s condom*nios são de+initivo
de+initivos,
s, são irrevers*veis'
Marketing sistema ur$ano'

Personalization
N! quem di%a que o loteamento +ec4ado é inconstitucional, porque est! a+etando
 $ens p$licos de uso comum ao uso particular dos donos dos lotes' E 4! ainda a ale%aão
Analytics
de inconstitucionalidade +ormal da Bei O'FOO<F=, porque é lei +ederal tratando de matéria de
Save compet/ncia
Accept All
municipal' A questão é $astante controvertida'
con trovertida'
- lotea
loteamento
mento fec$ado de fato consiste na e6ata +ormataão do loteamento +ec4ado,
s) queP$lico
Poder sem a autori"aão do Poder
ten4a permitido' P$lico'
Z o que N! de
se c4ama o cercamento, o +ec4amento,
loteamento irreg!lar 
' sem que o

Mic4ell 0unes Midle. Maron 118

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

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Privacy Policy

Marketing
Casos Concretos
Personalization

Analytics Kuestão 7

Save  Pa!lo,
Accept sob
All a alegação de %!e teve dimin!ída a ventilação e l!minosidade em s!a
casa, al+m de comple
completo
to devassament
devassamento,
o, em ra0ão da constr!
constr!ção
ção de !m seg!ndo pavimento
na casa
a!tor doovi0in$o,
%!e r+! nãopropõe
poss!iação
licende
ça n!nciação
licença da a!tori de obra
a!toridade
dade nova lem
m!nicipa
m!nicipal facelevant
para de 6oberto.
levantar 8nforma
ar a constr!ção oe
constr!ção
%!e a -anela, %!e teve pre-!dicada a ventilação, foi constr!ída com inobserv7ncia da

Mic4ell 0unes Midle. Maron 119

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

dist7ncia legalmente exigida, mas com an!ncia do r+!. Gm contestação, o r+! s!stenta
%!e a falta de a!tori0ação pela a!toridade m!nicipal + %!estão tão somente de direito
 p1blico e %!e não g!arda %!al%!er relação de ca!salidade com o pre-!í0o %!e o a!tor 
alega ter sofrido e, ainda, %!e efetivamente an!i! com a constr!ção irreg!lar da -anela,
mas %!e isso não pode impedí"lo de edificar reg!larmente nos limites de s!a propriedade.
 Decida a %!estão.
Resposta # Kuestão 7

 0ão pode o vi"in4o inerte e6i%ir o des+a"imento da o$ra,


o$r a, se dei6ou passar o pra"o
de seu direito ano e diaG' Poder!, porém, edi+icar dentro dos limites le%ais, e6ercendo seu
direito de construir nos limites de sua propriedade, con+orme a lei'
A respeito, ve.a a Apelaão C*vel 8;;7';;7'7OL, do 2J<RJ&
>Pro
>Proce
cess
sso&
o& ;;;;=7
=7L
L;3
;39F
9F'7
'7==
==='
=''
'7=
7=';
';;;
;;77 8;;
8;;7'
7';;
;;7'
7'7
7LO
LOG
G'' 7T Emen Ementa ta – 
APEB
APEBACAACA-'-' DE5'
DE5' :ER0:ER0A0 A0D-
D- CAR
CARAB AB 3 Ju Jul%
l%am
amen
entoto&& 88
88<7
<77<
7<8;
8;;7;7 3
5EQ0DA CAMARA CIVEB'
 00CIAS- DE -RA 0-VA' 0-VA' VIUI0NA0SA' -RA5 DE ACRZ5CIM-'
DA0-
DA 0-5 5 CA5
CA5ADAD-5-5 A PR-P R-PRIED
RIEDADADE E VIUI
VIUI0N
0NA'
A' DIRE DIREII2- DE
VI
VI5I
5II
IBI
BIDA
DADEDE,, CB
CBARI
ARIDADADEDE E VE02 VE02IB IBAS
AS-'
-' C-052
C-052R RS-
S- 5E 5EMM
BICE0SA' IRREBEV0CIA' DE5:AUIME02- DE -RA'
IMPR-CEDb0CIA D- PEDID-' Aão de nunciaão de o$ra nova' Construão
de um se%undo pavimento no prédio vi"in4o' Inter+er/ncia que provoca a reduão
da ventilaão e iluminaão do prédio dos autores' -$ra reali"ada sem autori"aão
da Municipalidade' Irrelevncia' Edi+icaão reali"ada nos limites da propriedade
dos demandados' Inconvenientes causados pela a$ertura de .anelas a menos de
metro e meio do prédio cont*%uo' Direito do propriet!rio de construir em seu
terre
terreno
no e aument
aumentar
ar as dimens
dimens?es?es de seu im)vel
im)vel'' A a$ertu
a$erturara de .an
.anela
elass com
ino$serv
ino$s ervncia
ncia da distnci
distnciaa le%alment
le%almentee prevista,
prevista, sem oposião
oposião do propriet!
propriet!rio
rio
vi"in4o, mani+estada no pra"o de ano e dia, +ec4a3l4e as portas para e6i%ir o
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so normal e necess!rio da coisa pr)pria' Recurso ao qual se d! provimento, para
 .ul%ar improcedente
improcedente o pedido'H
functionality, as well as marketing,
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may change your settings at any time Kuestão 8
or accept the default settings.
 Associação dos Amigos do 6esidencial olar a-!í0a ação de cobrança em face de
 &os+ da ilva, em %!e b!sca o recebimento de contrib!ições relativas ao rateio de ddespesas
espesas
Privacy Policycom!ns correspondentes a prestação de serviços de vigil7ncia, limpe0a e -ardinagem do
loteamento olar. Ad!0 em síntese %!e o r+! + proprietário do lote **I e !s!fr!i de
Marketing
in1meros benefícios, mas, a partir de -!l$o de '((?, deixo! de adimplir com a s!a parte,
embora o ten$a feito at+ então. Gm sede de contestação, afirma o r+! %!e ad%!iri! o
Personalization
referido lote no final de '((H, %!e poss!i na s!a residncia serviço de vigil7ncia atrav+s de
Analytics
monitoramento prestado por empresa partic!lar e %!e, %!anto ao lixo prod!0ido por s!a
Save
!nidade,Accept
!ma parte
All
+ destinada a reciclagem e o restante + pessoalmente entreg!e no
depósito. Por fim, assevera %!e -amais se associo!  entidade a!tora. R!anto ao serviço
de -ar
-ardin
dinage
agem
m prest
prestado,
ado, não $o!
$o!ve
ve imp
imp!gna
!gnação
ção espe
específ
cífica
ica.. Con
Consid
sideran
erando
do os fatos
fatos
devidamente provados, decida a %!estão com base no posicionamento at!al do !perior 
9rib!nal de &!stiça.

Mic4ell 0unes Midle. Maron 12

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 Resposta # Kuestão 8

- 52J tem posicionamento $astante oscilante so$re o tema' - 2J<RJ, por seu turno,
tem sido $astante coerente, adotando a posião +irmada no enunciado F= da sua smula&

>5mula
sa, asF=,
causa,
cau ass2J<RJ&
associ
ocia?
a?esEmderespeito
es morado ao
resprinc*pio
moradores podem que
podem e6i veda
e6i%ir
%ir doso enriquecimento
não associ
associados, sem
ados, em
i%ualdade de condi?es com os associados, que concorram para o custeio dos
servios por elas e+etivamente prestados e que se.am do interesse comum dos
moradores da localidade'H

A discussão consiste na ponderaão e identi+icaão da preval/ncia de um de dois


 princ*pios& o da livr
livree associ
associação
ação e o do não enri%!ecimento sem ca!sa'
ca!sa' Kuem de+ende a
livre associaão, di" que se a pessoa não aderiu voluntariamente # associaão, não pode ser 
imputada pelos (nus por ela %eridos1 quem de+ende a pioridade ao não enriquecimento sem
causa, di" que não pode o não associado valer3se dos $(nus inevit!veis de sua situaão, sem
arcar com o rateio dos (nus' V/3se que o 2J<RJ opta pela preval/ncia deste ltimo, mas o
52J é dividido'
A respeito, ve.a os .ul%ados a$ai6o&
>CIVIB' AQRAV- 0- RECR5- E5PECIAB' B-2EAME02- AER2- -
:ECNAD
:EC NAD-' -' C-0D-MI
C-0D-MI0I- 0I- A2PIC-
2PIC-'' 5-C
5-CIED
IEDADE
ADE PRE52
PRE52AD-
AD-RA RA DE
5ERVIS-5' DE5PE5A5' -RIQA2-RIEDADE DE PAQAME02-'
Propriet!rio de lote inte%rante de loteamento a$erto ou +ec4ado, sem condom*nio
+ormalmente institu*do, cu.os moradores constitu*ram sociedade para prestaão de
servios de conservaão, limpe"a e manutenão, deve contri$uir com o valor 
correspondente ao rateio das despesas da* decorrentes, pois não se a+i%ura .usto
nem .ur*dico que se $ene+icie dos servios prestados e das $en+eitorias reali"adas
sem a devida
devida contrapres
contraprestaã
taão'
o' Precedent
Precedentes'
es' A%R% no Resp =;7=<5P1
=;7=<5P1 Relatora
Relatora
Ministra 0A0Cf A0DRIQNI1 r%ão Jul%ador 2L – 2erceira 2urma1 Data do
This website stores data such as Jul%amento& 7;<;O<8;;L1 Data de Pu$licaão < :onte& DJ L;';O'8;;L p' 8'H
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>CIVIB' B-2EAME02-' A55-CIAS- DE M-RAD-RE5' C-RA0SA DE
C-02RIIS- P-R 5ERVIS-5
5ERVIS-5 PRE52AD-5'
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may change your settings at any time Propriet!rio de lote não est! o$ri%ado a concorrer para o custeio de servios
 prestados por associaão de moradores, se não os solicitou' Recurso especial
or accept the default settings. con4ecido
con4e cido e provido'
provido' Resp =L7
=L7 < 5P1 Relator Ministro
Ministro ARI PARQE0DBER1
ARQE0DBER1
r%ão Jul%ador 2L – 2erceira 2urma1 Data do Jul%amento& 78<;<8;;L1 Data da
Pu$licaão < :onte& DJ ;O'7;'8;;L p' 8O=1 RJADC-A5 vol' 98 p' O'H
Privacy Policy
>EMARQ-5 DE DIVERQb0CIA' RECR5- E5PECIAB' A55-CIAS- DE
Marketing M-RA
M- RAD-D-RE
RE5'
5' 2A@A5 A@A5 DE MA0 MA02E 2E0S
0S-- D- B-2E B-2EAM
AME0E02
2-'
Personalization IMP-5IS- A KEM 0- Z A55-CIAD-' IMP-55IIBIDADE'
As ta6as de manutenão criadas por associaão de moradores, não podem ser 
Analytics impostas a propriet!rio de im)vel que não é associado, nem aderiu ao ato que
in
inst
stit
itui
uiuu o en
enca
car%
r%o'
o' EREs
EREspp 
=
=L7
L7<5
<5P1
P1 ReRela
lato
torr Mini
Minist
stro
ro :ER0A
:ER0A0D0D- -
Q-0SA
Q- 0SAB BVE51
VE51 ReRelalato
torr p< Ac)r
Ac)rdã
dão1
o1 Mini
Minist
stro
ro NM
NMERER2-2- Q-ME
Q-ME5 5 DE
Save Accept All
ARR-51
AR R-51 r
r%ão
%ãoss .ul
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%ador
or 58 – 5EQ0D
5EQ0DA A 5ES-1
5ES-1 Data
Data do Jul
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8O<7;<8;;91 Data da pu$licaão < :onte& DJ ;7';8'8;;O p' 8F1 RDDP vol' LF p'
7;'
>CIV
>CIVIB
IB E PR-C
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E55
5AB
AB'' B-2E
B-2EAM
AME0
E02-
2- :E
:ECN
CNAD
AD-'
-' 5ER
5ERVIS-
VIS-5
5 DE
VIQIB0CIA, BAUER, ADMI0I52RAS- E C-05ERVAS- PRE52AD-5

Mic4ell 0unes Midle. Maron 121

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

A- PR-PRIE2_RI- D-5 IMVEI5' C-MPRA D- B-2E E ADE5- A-5


E52A
E52 A22-5' REC5A A- PAQAME02- DA5 DE5PE5A5 C-M05' AS-
DE C-RA0SA' PR-CEDb0CIA'
I' Procede a aão de co$rana movida por associaão de moradores institu*da em
loteamento +ec4ado contra titular de lotes que ap)s a aquisião e a adesão aos
estatutos, dei6a de adimplir com o pa%amento das despesas comuns relativas a
servios especial
Recurso a ele disponi$ili"ados ou por REsp
con4ecido e provido'
con4ecido ele +ru*dos' II' Precedentes
LL;9<5P,
LL;9<5P do 52J'
, Rel' Ministro III'
ABDIR 
PA55ARI0N- J0I-R, KAR2A 2RMA, .ul%ado em ;F<;8<8;;, DJe
7;<;L<8;;G'H

- .ul%ado a$ai6o é $astante interessante, pois recon4ece a pol/mica, e entende a


nece
necess
ssiidade
dade de an
an!l
!lis
isee da casu
casu**st
stiica m
mas
as nã
nãoo de
deci
cide
de a qu
ques
esttão
ão,, po
porr co
cont
ntaa da
impossi$ilidade de avaliar +atos e provas no REsp'G&
  >REsp L;89L < 5P' RECR5- E5PECIAB 8;;7<;;7;8=3O' Relator Ministro
BI5 :EBIPE 5AB-M- 3 KAR2A 2RMA 3 ;9<;<8;;' B-2EAME02-'
A55-
A5 5-CI
CIAS
AS-
- DE M-RAD -RAD-R-RE5
E5 KE
KE C-R
C-RA A C-02
C-02RIRI
IIS-
S-
C-MPB5
C-M PB5RI
RIA
A P-R 5ERVIS
5ERVIS-5
-5 PRE52
PRE52AD-
AD-5'
5' ABEQAS
ABEQAS- - DE KE A
-RIQAS- :-I A55MIDA KA0D- DA AKI5IS- D- 2ERRE0-'
RECR5- E5PECIAB C-M A5E 0A AB0EA >CH' 0-3CMPRIME02-
DA5 E@IQb0CIA5 PREVI52A5 0-5 AR25' 97, PAR_QRA:- `0IC-, D-
CPC,, E 899,
CPC 899, \ 8o, D- RI52J'
RI52J' DI55-0
DI55-00CI
0CIA
A I02ERP
I02ERPRE2
RE2AA2IVA
2IVA 0-
DEM-
DE M-05
052R
2RAD
ADA'A' 0-
0- -52
-52A0
A02E
2E A P-
P-Bb
BbMI
MICA
CA EM 2-R0
2-R0- - DA
MA2ZR
MA 2ZRIA,
IA, C-M JRI5P
JRI5PRD
RDb0CI
b0CIAA -5CIBA
-5CIBA02E
02E DE52
DE52A C-R2E,
C-R2E, A
P-5IS- MAI5 C-RRE2A Z A KE REC-ME0DA - E@AME D- CA5-
C-0CRE2
C-0C RE2-'
-' PARA E05EJA
E05EJARR A C-RA0S
C-RA0SA A DA C-2A3P
C-2A3PAR
AR2E
2E DA5
DE5PE5A5 C-M05, 0A NIP2E5E DE C-0D-M0I- DE :A2-, :A2-, MI52ER 
A C-MPR-VAS- DE KE -5 5ERVIS-5 5- PRE52AD-5 E - RZ
DEBE5 5E E0E:ICIA' 0- CA5-, - E@AME DE55A MA2ZRIA
MA2ZRIA 5IQ0I:ICA
REV-
RE V-BBVER
VER -5 55 552R
2RAA2-5 :_2I
:_2IC-
C-5
5 DA CA5CA5A
A DECI
DECIDI
DIDA
DA,,
I0CIDI0D-, P-R2A02-, A5 5`MBA5 9 E F<52J' RECR5- E5PECIAB
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may change your settings at any time CA5A'
Em respeito ao princ*pio que veda o enriquecimento sem causa, as associa?es de
or accept the default settings.
moradores podem e6i%ir dos não associados, em i%ualdade de condi?es com os
associados, que concorram para o custeio dos servios por elas e+etivamente
 prestados e ou se.am
se.am do interesse
interesse comum dos moradores
moradores da localidade'
localidade'
Privacy Policy Re+er/nci
Re+er /ncia&
a& ni+ormi"
ni+ormi"aão
aão de Jurisprud/
Jurisprud/ncia
ncia n 8;;';7';
8;;';7';;;78
;;78 na Apelaão
Apelaão
C*vel n 8;;';;7'7LL8F – Jul%amento em ;<;<8;;9 – Votaão& Por maioria – 
Marketing relator&
relator& Des' 5ér%io Cavalieri
Cavalieri :il4o – Re%istro
Re%istro de Ac)rdão
Ac)rdão em 79<;F<8;;9
79<;F<8;;9 – +ls'
Personalization OO=<OF'H

Analytics Pode3se di"er,


di"er, portan
portanto,
to, que a posi
posião
ão atual do 52J é a de que a matéria
matéria é dada aos
+atos, porque se 4! enrique
enriqueciment
cimentoo sem causa ou não é questão de +ato, imperscrut!vel
imperscrut!vel em
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recurso especial'
Kuestão L

Mic4ell 0unes Midle. Maron 122

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 Pa!lo e Pedro a-!i0aram ação de extinção de condomínio vol!ntário celebrado


entre as partes. !stentam %!e constr!íram !m pr+dio em condomínio com 2arcos e
 2at$e!s na 6!a T, composto de / andares, %!ando ficaram fixados os %!in$ões de cada
!m, mas as partes se desentenderam, ra0ão pela %!al pleiteiam a extinção do condomínio,
atrav+s da alienação do imóvel, -á %!e indivisível a coisa. Gm contestação, os r+!s
 pretendem
 preservaçãoa docriação de !m s!bdvidindo"o
condomínio, condomínio edilício,
em áreaso!,delimitadas
caso o magistrado prefira,
e excl!sivas. Decidaa
 f!ndamentadamente a %!estão.

Resposta # Kuestão L

A conversão é inadmiss*vel' A alienaão do $em, e entre%a das parcelas resultantes a


cada cond(mino, na proporão de suas cotas, é a soluão para a e6tinão do condom*nio
 pro indiviso'
A respeito, ve.a a Aão Rescis)ria 8;;L';;O';;7;L, do 2J<RJ&
>Processo& ;;79O;F3='
>Processo& ;;79O;F3='8;;L'
8;;L''7='
'7=';;;;
;;;; 8;;L';;O'
8;;L';;O';;7;L
;;7;LG'
G' 7T Ementa
Ementa 3 ACA-
RE5CI5-RIA' DE5' 5fBVI- CAPA0EMA 3 Jul%amento& 7O<;<8;; 3 -RQA-
E5PECIAB' ACA- RE5CI5-RIA'
C-MM' VI-BACA- DE 0-RMA ABIE0ACA-
BEQAB' DE KI0NA- EM C-I5A
Aão rescis)ria' E6tinão de condom*nio' Alienaão
Alienaão do im)vel' Impossi$ilidade de
divisão' Erro de +ato ocorrido' Violaão de te6to e6presso de lei' 5endo o im)vel
indivis*vel, e em se tratando de condom*nio volunt!rio, é direito potestativo do
cond(mino e6tin%u*3lo, pela alienaão da coisa comum, não tendo amparo le%al
convert/3lo em edil*cio, # revelia de al%uns cond(minos' Demonstrado o erro de
+ato e a violaão do te6to e6presso de lei, imp?e3se a rescisão do ac)rdão, e, no
 .u*"o rescis)rio, que se pro+ira outra decisão, para se ne%ar provimento
provimento # apelaão,
determinando3se que se proceda a alienaão .udicial do im)vel' Proced/ncia do
 pedido'H
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Tema /III
Personalization
Condom
Condomínio
ínio edi
edilíc
lício.
io. 5at!r
5at!re0a
e0a -!rídic
-!rídica.
a. 2odos
2odos de instit!
instit!içã
ição.
o. Conven
Convenção
ção de condom
condomínio
ínio.. Wr
Wrgão
gãos.
s.
Analytics
 Atrib!ições do síndico. 6egramento das garagens. R!estões polmicas a partir da vigncia do Código Civil.
C ivil.
Cota Condominial. 8ncorporação mobiliária.
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Notas de Aula19
1. Condomnio edilcio

7=
 Aula ministrada pelo pro+essor 5Wlvio Capanema de 5ou"a, em <<8;;='

Mic4ell 0unes Midle. Maron 123

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- cond
condom
om**ni
nio,
o, %/
%/ne
nero
ro,, é uma
uma e6e6ce
ceã
ãoo ao pr
priinc*piio da exc
nc*p excl!s
l!sivi
ividade
dade da
 propriedade&& a re%ra é que se uma coisa pertence a um, não pode pertencer a outro, ao
 propriedade
mesmo tempo' - dom*nio de uma pessoa e6clui o de outra' A instituião do condom*nio,
 portanto, é e6ceão a esta re%ra – condom*nio si%ni+ica dom*nio con.unto'
- CCpor
constitu*do de lei1
8;;8 disciplina ,tr/s
o vol!ntário
vol!ntário, modalidades
eleito por pacto1dee ocondom*nio& legal tema
edil*cio, queo ser! , ou necessário
necessário,
de estudo,
amide neste t)pico'
- condom*nio volunt!rio, pelo ense.o, é aquele em que toda a coisa pertence aos
cond(minos, sem c4ance de parte da coisa ser e6clusiva de um s) dos cond(minos, e que,
 por ser divis*vel, %era direito potestativo para qualquer cond(mino de e6tin%u*3lo,
retirando3se do condom*nio quando quiser, alienando sua +raão com pre+er/ncia aos
demais cond(minos, so$ pena de anulaão da alienaão +eita a terceiros com preterião dos
cond(minos o que se c4ama de direito real de prefernciaG' prefernciaG'
N! duas a?es para e6tin%uir o condom*nio volunt!rio, quando não 4! acordo entre
os cond(minos& a ação de divisão, divisão, quando a coisa comum pode ser +isicamente dividida
entre os cond(minos, passando cada um a ser propriet!rio e6clusivo da parte que l4e
cou$er1 e a ação de alienação de coisa com!m, com!m , que se presta a dissolver o condom*nio
so$re coisa indivis*vel, quando a nica soluão é a alienaão da coisa, repartindo3se o
 produto da venda entre os cond(minos, na proporão das cotas de cada um' Am$as as a?es
t/m rito especial traado no CPC'
Passand
Pas sandoo a%or
a%oraa ao e+eti
e+etivo estudo, o condomínio edilício,
vo tema do estudo, edilício, tem3se que a
 principal caracter*stica deste condom*nio, que o distin%ue mormente do condom*nio
volunt!rio, é que no condom*nio edil*cio é o$ri%at)ria a presena de coisas que se.am de
 propriedade comum, e coisas de propriedade e6clusiva dos cond(minos' N! uma sim$iose,
uma interpenetraão de duas propriedades distintas& 4! a propriedade comum de todos os
cond(minos, tal qual no condom*nio volunt!rio1 e 4! partes que pertencem e6clusivamente
a cada cond(mino'
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demais,
demais
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impond
impondoo a verti verticali"
cali"aão
aão dos im)ve
im)veisis para contemplar
contemplar a necessidade
necessidade de moradia,
moradia,
personalization,assim como a supervalori"aão
and analytics. You dos im)veis' Por isso, a idéia %eral de condom*nio edil*cio
may change your settings
realmen
realmente te atrem
any
remont time
onta a aos edi+*c
edi+*cios
ios de aparta
apartamen
mentos,
tos, mas é per+eit
per+eitame
amente
nte poss*ve
poss*vell um
or accept the default
cond
condom settings.
om*n *nio
io ediledil*c
*cio
io sosome
mentntee de ca casa
sas,
s, $ast
$astan
ando
do qu quee es
este
te.a
.am
m pr pree
eenc
nc4i
4ida
dass su
suas
as
carac
caracte
ter*
r*sti
stica
cas&
s& um te terre
rreno
no co
com m !re
!reas
as com
comuns
uns – rua
ruas,
s, pa
parqu
rques
es,, praa
praass – e as parte
partess
e6clusivas – as casas' ma vila em que 4a.a casas e6clusivas, mas a !rea comum não se.a
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de propriedade
propriedade de todos – as ruas intern internas
as são p$licas, por e6emplo –, contudo, não é um
Marketingcondom*nio
condom* nio edil*ci
edil*cio'o' - que de+inir! se é ou não condom condom*nio*nio edil*cio
edil*cio é a presena de !reas
de propriedade comum e !reas e6clusivas, de +ato'
Personalization
- CC criou esta e6pressão, >edil*cioH, $astante in+eli", para representar este tipo de
Analyticscondom*nio' Kuando sur%iu a Bei de Condom*nios, Bei '9=7<O, não era este o nome,
sendo comumente
comumente c4amado c4amado de condom*nio em planos $ori0ontais,$ori0ontais, porque as propriedade
propriedadess
Save se dividiam Accept All la.es, uma se so$repondo # outra em planos 4ori"ontais, como em um
pelas
edi+*cio comum – ou simplesmente condom*nio especial , para se di+erenciar do volunt!rio'
Di
Di"3
"3se
se que odas
ordenamento nome
no me é de
deri
coisas' riva
vado
do+oi
En+im, edis,
edis
dosuma m! , +uncion!rios p$licos romanos incum$idos do
escol4a de nomenclatura'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 124

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

A principal caracter*stica do condom*nio edil*cio, além da mencionada 4i$ride"


entre
entre coi
coisas
sas co
comu
muns
ns e cocois
isas
as e6
e6cl
clusi
usiva
vass – un
unid
idad
ades
es au
aut(
t(nom
nomas
as e papart
rtes
es co
comu
muns,
ns,
respectivamente' -utro aspecto peculiar é a indivisibilidade do condom*nio edil*cio, oposta
# divisi$ilidade do volunt!rio, que é naturalmente divis*vel, quer a coisa se.a +racion!vel,
quer não' Por isso, é claro que o propriet!rio de um apartamento .amais poder! pretender 
alienar o terreno,
caso +osse partevolunt!rio'
condom*nio comum, de0em +orma a e6tin%uir
mesmo o condom*nio,
a maioria comopode
a$soluta reunida poderia +a"er 
pretender 
esta dissoluão – al%o que s) se v/ poss*vel em 4avendo unanimidade'
-utro aspecto distintivo
distintivo é a a$soluta li$erdade que o propriet!rio
propriet!rio tem so$re a coisa
e6clusiva& pode dispor de sua unidade aut(noma como $em quiser e entender, não 4avendo
que o+ertar a outros cond(minos em pre+er/ncia, sequer precisando avis!3los da alienaão
que pretende operar'
Z tam$ém uma caracter*stica do condom*nio edil*cio as +ormalidades e solenidades
que o revestem& o condom*nio é e6tremamente solene, e6i%indo3se uma convenão, uma
assem$léia anual ao menos, a eleião +ormal de um s*ndico, a prestaão de contas da
administraão, etc' - condom*nio volunt!rio, ao contr!rio, é totalmente in+ormal'
-s con+litos entre os cond(minos, no modelo edil*cio, são +req^entes' Isto porque a
sua
sua di
dinm
nmicicaa leva
leva a ququee di
diver
versas
sas pe
pesso
ssoas
as co
comm pe
perso
rsonal
nalid
idad
ades
es al
alta
tame
ment
ntee di
di+er
+eren
ente
tess
coa$item, coe6istam, e respeitem direitos al4eios no cotidiano'
7'7' 0ature"a .ur*dica

A identi+icaão da nature"a .ur*dica do condom*nio edil*cio é $astante discutida,


 pela se%uinte questão que se coloca& tem o condom*nio personalidade
per sonalidade .ur*dica ou não
- mel4or entendimento é o que sustenta a ine6ist/ncia de personalidade .ur*dica do
condom*nio edil*cio, e por isso sua nature"a .ur*dica é de ente despersonali0ado,
despersonali0ado, ou se.a,
 pessoa formal , mas não pessoa .ur*dica, muito menos natural' Assi Assim
m sendo, o condom*nio
edil*cio .amais pode ser titular de direitos, tampouco de deveres' -s titulares dos direitos
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site e não o pr)prio condom*nio 8;'
functionality, as well asEsta conclusão, interpretaão aut/ntica pois é a de Caio M!rio, relator da Bei de
marketing,
personalization,Condom*niosG, de+ende que +alta ao condom*nio o principal su$strato de uma pessoa
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 .ur*dica, a ar%amassa societatis' 0ão 4! esta intenão
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em +ormar associaão em um condom*nio& esta associaão deriva dos +atos'
Mesmo não sendo pessoa .ur*dica, o condom*nio é pessoa +ormal' Z por isso que
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 pratica atos em nome pr)prio, a%indo em su$stituião aos cond(minos,
cond( minos, no interesse destes'
A lei cria esta capacidade, a +im de permitir a mani+estaão de um s) ente, mesmo que
Marketingdespersonali"ado, em lu%ar de todos os cond(minos, quer para reali"ar ne%)cios .ur*dicos,
quer para atuar em .u*"o' Para tanto, o s*ndico assume a posião de representante le%al do
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condom*nio, dos cond(minos, mani+estando a vontade de todos' - condom*nio edil*cio tem
Analyticsle%itimidade ad ca!sam e ad process!m,
process!m, e quem por ele assina é o s*ndico'
Mas 4! qu quem
em dede+e
+end
ndaa qu
quee o cocond
ndom
om*n
*niio edediil*
l*ci
cioo de
deve
ve ter rereco
con4
n4ec
eciida
Save  personalidadeAccept.ur*dica,
All porque apresenta todas as cara
caracter*sticas
cter*sticas que seriam
s eriam su+icientes para
con+i%urar tal personalidade' Esta corrente %an4a +ora no enunciado 8O, alterador do =;
do CJ:, que se re+ere # interpretaão do arti%o 7'LL7 do CC&
8;
 - mesmo questionamento, e a mesma conclusão, se repete em relaão ao esp)lio, # massa +alida, aos
cons)rcios e #s sociedades de +ato'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 125

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Enunciado 8O, CJ: – Art' 7'LL7& :ica alterado o Enunciado n' =;, com supressão
da parte +inal& >nas rela?es
rela?es .ur*dicas
.ur*dicas inerente
inerentess #s atividade
atividadess de seu peculiar 
interesseH' Prevalece o te6to& >Deve ser recon4ecida personalidade .ur*dica ao
condom*nio edil*cioH'H

>Enunciado =;,
condom*nio CJ: –nas
edil*cio Art' 7'LL7& .ur*dicas
rela?es Deve serinerentes
recon4ecida personalidade
#s atividades .ur*dica
de seu ao
peculiar 
interesse' Alterado pelo En' 8O da III JornadaG'H

>Art' 7'LL7' Pode 4aver, em edi+ica?es, partes que são propriedade e6clusiva, e
 partes que são propriedade
propriedade comum dos cond(minos'
\ 7] As partes suscet*veis de utili"aão independente, tais como apartamentos,
escrit)rios, salas, lo.as, so$relo.as ou a$ri%os para ve*culos, com as respectivas
+ra?es ideais no solo e nas outras partes comuns, su.eitam3se a propriedade
e6clusiva, podendo ser alienadas e %ravadas livremente por seus propriet!rios'
propriet!rios'
\ 8] - solo, a estrutura do prédio, o tel4ado, a rede %eral de distri$uião de !%ua,
es%oto, %!s e eletricidade, a cale+aão e re+ri%eraão centrais, e as demais partes
comuns, inclusive o acesso ao lo%radouro p$lico, são utili"ados em comum pelos
cond(minos, não podendo ser alienados separadamente, ou divididos'
\ L] A cada unidade imo$ili!ria ca$er!, como parte insepar!vel, uma +raão ideal
no solo e no
ordin!ria nasinstrumento
outras partes
de comuns,
instituiãoque
doser! identi+icada
condom*nio' em +orma
Redaão dadadecimal
pela Beiou
n
7;'=L7, de 8;;G
\ ] 0en4uma unidade imo$ili!ria pode ser privada do acesso ao lo%radouro
 p$lico'
\ 9] - terrao de co$ertura é parte comum, salvo disposião contr!ria da escritura
de constituião do condom*nio'H

-utro ar%umento que re+ora esta se%unda corrente, que ainda é minorit!ria, é o
arti%o OL da Bei '9=7<O, que di" que os cond(minos poderão leiloar e6tra.udicialmente a
+raão ideal daquele cond(mino inadimplente no curso da o$ra, e que, no \ L], d! ind*cio
de que
This website stores such as condom*nio poder! ad.udicar a +raão em se! nome,
o pr)prio
data nome, o que demonstraria
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de pa%amento, porestipular
parte donoadquirente
contrato, ou
semcontratante,
pre.u*"o dedeoutras san?es,do
L presta?es que a +alta
preo da
or accept the default settings. co
cons
nstr
tru
uão
ão,, ququer
er esta
esta$e
$ele
leci
cida
dass in
inic
icia
ialm
lmen
ente
te,, qu
quer
er alte
altera
rada
dass ou cria
criada
dass
 posteriormente, quando +(r o caso, depois de prévia noti+icaão com o pra"o de 7;
 posteriormente,
dias para pur%aão
pur%aão da mora, implique
implique na rescisão
rescisão do contrato,
contrato, con+orme
con+orme n/le se
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+ra
aãoão id
idea
eall de te
terr
rren
enoo e # pa
part
rtee co
cons
nstr
tru*
u*da
da ad
adic
icio
iona
nada
da,, na +orm
+ormaa a$
a$ai
ai6o
6o
Marketing esta$elecida, se outra +orma não +i6ar o contrato'
'''G
Personalization
\ L 0o pra"o de 8 4oras ap)s a reali"aão do leilão +inal, o condom*nio, por 
Analytics decisão unnime de Assem$léia3Qeral em condi?es de i%ualdade com terceiros,
ter!
ter! pre+e
pre+er/n
r/ncia
cia na aquisi
aquisião
ão dos $ens,
$ens, cas
casoo em que serão
serão ad.
ad.udi
udicad
cados
os ao
condom*nio'
Save Accept All '''GH
te6to, eCaio Mario,serredator
que deve destaa lei,
entendida di" que
redaão a menão
como ao condom*nio,
se reportando ali, é um elapso
aos cond(minos, não do
ao
condom*nio& a ad.udicaão é +eita aos cond(minos'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 126

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

7'8' Instituião do condom*nio edil*cio

- condom*nio pode sur%ir por ato inter vivos,


vivos, ou por testamento, na +orma do arti%o
7'LL8 do CC&
>Art' 7'LL8' Institui3se o condom*nio edil*cio por ato entre vivos ou testamento,
re%istrado no Cart)rio de Re%istro de Im)veis, devendo constar daquele ato, além
do disposto em lei especial&
I 3 a discriminaão e individuali"aão das unidades de propriedade e6clusiva,
estremadas uma das outras e das partes comuns1
II 3 a determinaão da +raão ideal atri$u*da a cada unidade, relativamente ao
terreno e partes comuns1
III 3 o +im a que as unidades se destinam'H

-s cond(minos podem simplesmente se reunir, adquirir um terreno em con.unto e


contratar a construão do edi+*cio, repartindo as unidades aut(nomas e !reas comuns,
+ra?es ideais'
Por testamento, a 4ip)tese é simples& al%uém é propriet!rio e6clusivo de um edi+*cio
com todos os
condom*nio apartamentos, e, ao testar, dei6a cada um a uma pessoa& est! instalado o
edil*cio'
2am
am$é$émm popodede su surr%i
%irr o co cond
ndom
om**ni
nioo ed
edil
il**ci
cioo at
atra véss de um cont
ravé contra
rato
to de
incorporação,, o que é até mais +requente, na pr!tica' Este contrato é tipi+icado nesta Bei
incorporação
'9=7
'9=7<O<O,
, se%
se%und
undaa papart
rtee po
pois is a prime
primeir
iraa pa
part
rte,
e, que di disci
scipl
plin
inaa o +u
+unci
ncion
onam
ament
entoo do
condom*nio edil*cio, +oi revo%ada pelo CC, que tratou especialmente da matériaG'
As +ra?es ideais são um componente especial do condom*nio edil*cio' Z com elas
que se conse%ue, no campo das idéias, +racionar a parcela de propriedade que cada
cond(mino disp?e so$re a coisa comum – o terreno' 5e 4!, supon4a3se, um terreno com
uma edi+icaão de de" unidades aut(nomas, o terreno é +racionado idealmente no campo
This website stores data such
ideol)%ico, as +isicamenteG em de" partes, ca$endo a cada unidade aut(noma uma destas
e não
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+ra?es'
functionality, as well as marketing,
A +raão
+raão ideal é indisso
personalization, and analytics. You
indissoci!vel
ci!vel da unidade' Z a >ncora
>ncoraHH que prende esta unidade ao
may change your
te settings
terre
rreno
no ento
comuat any
comum, m, time

não
o enar
poser
poden
dendo
dotament
al
alie
ien!3
n!3la
apartam
apar tament o
or accept the default settings. sem ali
aliena
con
con.un
.untam entee la de ão
a +ra +orma
+orma
+raão ide au
aut(
ideal'
al' t(no
noma
ma,, ta
Pode3se,
Pode3se, tamp
mpou
comouco
conq^ilid
tra al
alie
iena
tranq^i narade,
r o,
lidade
entender que a +raão ideal é parte de uma propriedade maior, mista, composta por ela e
 pela unidade aut(noma'
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7'L' -r%ani"aão e administraão do condom*nio edil*cio
Analytics
A Bei '9=7<O criou e o CC manteve a +orma de esta$elecer o re%ramento so$re o
Save +uncionamento e or%ani"aão condominial& a convenção de condomínio'
Accept All condomínio' A convenão pode
ser tid
tidaa pel
pelaa >con
>consti
stitui
tuião
ão pri
privad
vadaH
aH do condom*
condom*nio
nio,, dis
discip
ciplin
linand
andoo direit
direitos
os e deveres
deveres
individuais dos cond(minos, or%ani"ando a administraão do condom*nio, esta$elecendo as
compet/ncias dos )r%ãos da administraão, as penalidades ca$*veis, e tudo o mais'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 127

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

A convenão não institui o condom*nio& o que o +a" é o ato int


inter
er vivos
vivos ou mortis
ca!sa,, como se disse' A convenão constitui o +uncionamento do condom*nio, e não o
ca!sa
 pr)prio condom*nio'
A Bei
Bei de In
Inco
corp
rpor
ora
a?e
?es,
s, '
'9=
9=7<
7<O
O,, dete
determ
rmin
inaa qu
quee nã
nãoo se po
pode
de la
lan
nar
ar um
empreendimento imo$ili!rio, uma incorporaão, sem se re%istrar no RQI respectivo o
memorial de incorporação'
incorporação
t*tulo de propriedade ' Estee documento
do terreno, a minuta daé+utura composto por diversos
convenão, do +uturoelementos, como
condom*nio' o
Por 
ser minuta, é claro que pode 4aver altera alteraão
ão # vontade dos cond(minos
cond(minos,, quando da e+etiva
entre%a das unidades aut(nomas'
A convenão s) se considera aprovada quando se reunir a aprovaão de ao menos
dois teros dos cond(minos' Por isso, pode acontecer de e6istirem condom*nios edil*cios
sem convenão, quer porque criados antes de ser esta uma e6i%/ncia le%al, quer porque
ainda não aprovada pelo quorum m*nimo necess!rio'
Enquan
Enq uantoto ain
ainda
da sem con conven
venão,ão, o condom
condom*ni *nioo edil*c
edil*cio
io se re%er!
re%er! pelas
pelas re%ras
re%ras
m*nimas traadas no pr)prio CC' Navendo convenão, ela pode esta$elecer re%ras diversas
daquelas do CC, prevalecendo so$re o C)di%o, a não ser em determinadas 4ip)teses em que
as re%ras do CC são co%entes, não admitindo a+astamento convencional' A re%ra %eral,
 portanto, é a da autonomia da vontade, mas 4! limites co%entes' Como e6emplo de limite, a
multa morat)ria por atraso no pa%amento da cota condominial& esta não pode ser +i6ada em
 patamar superior ao do CC, que é +i6ado em dois d ois por cento1 ouo u a modi+icaão da +ac4ada,
que e6i%e unanimidade na aprovaão, sendo este quorum re%ra co%ente do CC'
A convenão de condom*nio é um con.unto de re%ras de comportamento, ela$oradas
 pelos pr)prios cond(minos, para esta$elecer es ta$elecer limites entre eles, com a +inalidade prec*pua de
 proporcionar maior 4armonia na conviv/ncia' Ela se torna lei entre os cond(minos, e 4!
quatro correntes relevantes so$re a nature"a .ur*dica deste documento'
A prim
primeieira
ra cocorr
rren
ente
te en ente
tend
ndee ququee a convconven ãoo é um estat!to
enã estat!to,, como os das
associa?es,
associa ?es, corrente 4o.e ultrapa ultrapassada
ssada porque o estat uto pressup?e a affectio societatis,
estatuto societatis,
que como
This website stores vistoasnão se vislum$ra no condom*nio'
data such
5e%u
5e%unda
cookies to enable essential nda co
site corre
rrent
ntee en
ente
tend
ndee ququee a coconv
nven
enão
ão te
temm re
real
al nature "a de um contrato
nature"a contrato,,
+orma
+or
functionality, as mado
well domarketing,
as pela
pe la plplri
rima
ma manimani+e+est
staã
aãoo de vo vontntad
adee dos co cond(
nd(mi
mino
nos'
s' Es
Esta
ta co
corre
rrent
ntee es
est!
t!
personalization,i%ualmente superada,
and analytics. You porque a convenão re%istrada é opon*vel erga omnes, omnes, e não somente
may change your settings at any time
entre os cond(minos – quem vier a comprar, ou mesmo locar, unidade aut(noma ap)s o
or accept the default
re%is
re% trosettings.
istr o da conve
conven não
ão,, a el elaa se su su$m
$met
ete'
e' Ist
Istoo vi
viol
olar
aria
ia +ro
+ront
ntal
alme
ment
ntee o princ
princ*p
*pio
io da
relatividade contratual, +osse contrato'
Privacy Policy 2erce
erceira
ira co
corre
rrent
ntee en
entetend
ndee que se tr ataa de um ato normativo,
trat normativo, ato instit!cional ,
opon*vel a todos que porventura se utili"arem da coisa, do im)vel, superando muito a
Marketingnature"a de mero contrato'
PersonalizationA quarta corrente, de Marco Aurélio e"erra de Melo, entende que se trata de um
ato"regra&& é um ato na primeira +ase, quando é aprovado pelos cond(minos e +unciona
ato"regra
Analyticssomente entre eles1 e é uma re%ra de direito, quando da se%unda +ase, posterior ao re%istro,
 porque se torna uma re%ra de conduta o$ri%at)ria para todos que da coisa se utili"arem'
Save Accept
Além
Alé m daAllconven
convenão ão,, pode
pode 4av er tam$ém o reg!lamento interno,
4aver interno, documento que
disciplina quest?es menores, de somenos importncia na conviv/ncia condominial' -
interesse
alteraão, em se não
o que criar
se este documento
admite é que– cu.o
na convenão ele admite
quorumquorum $em menor
de alteraão, de dois para suaé
teros,
co%ente'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 128

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

*./.*. Clá!s!las limitativas do direito de propriedade inseridas na convenção

A conv
conven
enã
ãoo po
pode
de di
disp
spor
or so
so$r
$ree o mo
modo
do de ututil
ili"
i"a
aão
ão da
dass pa
part
rtes
es co
comu
muns
ns,,
restrin%indo3o a critério da maioria ou da unanimidade, a depender do caso' Poder! tam$ém
restrin%irA ore%ra
uso das
%eralpartes
é quee6clusivas, das unidades
os cond(minos t/m amplaaut(nomas
li$erdade na +i6aão das cl!usulas
restr
res trit
itiv
ivas
as do uso das !re !reas
as com
comun
unss e ununid
idade
adess au
aut(
t(nom
nomas'as' 5e ququis
isere
erem,
m, popode
dem,
m, a
 princ*pio, impor quaisquer limites # utili"aão das unidades aut(nomas, tais como& não ter 
animais domésticos, não ter mais de tantas pessoas em seu domic*lio, etc'
-corre que a validade destas cl!usulas limitativas da propriedade é o tema mais
espin4oso no que se re+ere # convenão condominial' Isto porque, como dito, é poss*vel
traar limites na convenão, mas 4! tam$ém que se o$servar o princ*pio da disponi$ilidade
da propriedade privada' N! dois interesses con+rontantes& o coletivo, e o individual de cada
cond(mino, e a soluão para tal con+lito é dada somente pela aplicaão da ra"oa$ilidade'
- principal critério para sa$er se tais cl!usulas limitativas são v!lidas ou não é
veri
veri+i
+ica
carr se el elas
as ataten
enta
tam
m co cont
ntra
ra didire
reit
itos
os da pe pers
rson
onalalid
idad
ade,
e, ou co cont
ntra
ra didire
reit
itos
os
constit
cons tituci
ucional
onalmen
mente te %ara
%aranti
ntidos'
dos' 5er! claram
clarament
entee inc
inconst
onstit
itucio
ucional
nal,, por e6ee6empl
mplo,o, uma
cl!usula que limite o nmero de pessoas a residir num apartamento, ou uma cl!usula que
impon4a que em um condom*nio s) poderão residir pessoas com n*vel superior, ou de
determinada raa – são claramente discriminat)rias, inadmiss*veis, atentat)rias # di%nidade
da pessoa 4umana'
A inadmissi$ilidade de animais é uma cl!usula toler!vel, a princ*pio, pois não
o+ende
o+en de dir
direit
eitos
os +und
+undame
amenta
ntais'
is' N! $as$astan
tante
te .urispr
.urisprud/
ud/nci
nciaa neste
neste sentid
sentido'
o' Contud
Contudo,o, 4!
tam$ém .urisprud/nci
.urisprud/nciaa que disp?e que a cl!usucl!usula
la que veda animais de toda sorte não pode
ser admitida, porque é um direito individual que deve prevalecer, sendo mesmo, por ve"es,
indispens!vel # manutenão da sade mental da pessoa como ocorre, por e6emplo, com
 pessoas
This website stores dataidosas
such asque são so"in4asG'
so "in4asG' E 4! ainda uma terceira corrente que qu e di" depender de qual
tipoessential
cookies to enable de animal sitese est! tratando& a vedaão seria le%*tima para animais que o+erecem risco
aos
functionality, as wellvi"in4os, mas não para aqueles que são ino+ensivos, que não causam pertur$aão
as marketing,
personalization, and analytics. You
al%uma'
may change your settings A atveany
veda
daã time
ãoo da en entr
trad
adaa de +u +unc
ncio
ion!
n!ri
rios
os dodoss co
condnd(m
(min
inos
os em de dete
term
rmin
inad
adasas
or accept the default settings.
depend/ncias pode ser le%*tima ou não' Vedar a entrada de uma $a$! na !rea da piscina, por 
e6emplo, é indevido, se a $a$! est! naquele local e6ercendo seu mister – cuidando da
Privacy Policycriana' De outra +orma, não é a$usivo vedar a entrada da $a$! na !rea da piscina para dela
+ruir, de +orma al4eia ao seu tra$al4o' A questão é casu*stica'
Marketing Vedar det determ
ermina
inadas
das atiativid
vidades
ades,, como
como det determ
ermina
inados
dos comérc
comércios
ios,, é tam$ém
tam$ém,, a
 princ*pio, admiss*vel' 0ada impede, por e6emplo, que em um prédio
Personalization préd io se vede a instalaão de
uma $oate na lo.a térrea, porque se perce$e claramente que 4averia pertur$aão aos que ali
Analyticsresidem, caso +osse permitida' Z claro que, a depender do %rau de limitaão ao uso
comercial, pode ser que a vedaão se.a a$usiva, desarra"oada, passando a ser tida por 
Save inconstitucional,
Accept Allvioladora da livre iniciativa, ou da li$erdade de tra$al4o'
- re%ramento das %ara%ens é variado' - mais comum é que a %ara%em se.a um
acess)rio
metra%emdodoprincipal, .! sendo sistema
im)vel' 5e%undo inclu*daéna +raãoem
aquele ideal
quedo cond(mino,
a %ara%em ou por
é tida se.a,parte
+a" parte
comumda
do condom*nio, e seu uso ser! disciplinado pela convenão, livremente' E 4! um terceiro

Mic4ell 0unes Midle. Maron 129

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

sistema, em que a %ara%em é um $em aut(nomo, contando até mesmo com +raão ideal
 pr)pria' 5endo um acess)rio do apartamento, não pode ser alienada separadamente1 sendo
aut(noma, pode ser alienada de +orma apartada'
Z +requente uma cl!usula limitativa que veda a venda ou alu%uel da %ara%em a
 pessoas que não se.am cond(minos, e esta cl!usula é per+eitamente vv!lida,
!lida, pois se .usti+ica
 pela se%urana do condom*nio como um todo' - pr)prio CC permite esta vedaão,
e6pressamente'

*./.'. Wrgãos do condomínio

N!, em re%ra, tr/s )r%ão


)r%ãoss de administra
administraãoão do condom*
condom*nio& o  síndico,, a assembl+ia
nio& o síndico
 geral   e os consel$os fiscal   e cons!ltivo
cons!ltivo'' - CC disp?e como o$ri%at)rios o s*ndico e a
assem$léia, não se re+erindo aos consel4os, que são, portanto, +acultativos'
- s*ndico pode ser apenas um ou mais de um, cond(mino ou não, remunerado ou
não, a depender do que a convenão dispuser' A convenão é amplamente livre para de+inir 
a situaão do s*ndico, inclusive
inclusive quanto # possi$ilidade
possi$ilidade ou não de reeleião,
reeleião, e tudo mais' -
s*ndico é o representante le%al do condom*nio, é um mandat!rio dos cond(minos, eleito
 para represent!3los' Z, em analo%ia ao Estado, o Poder E6ecutivo do condom*nio edil*cio'
A assem$léia %eral é o poder m!6imo do condom*nio' Z nela que se deli$eram todas
as quest?es condominiais, e su.eitam o s*ndico a suas decis?es' Z nela que se ele%e e
destitui o pr)prio s*ndico, di%a3se' A assem$léia %eral pode ser ordinária
ordinária ou
 ou extraordinária
extraordinária,,
e a lei e6i%e que 4a.a pelo menos uma ordin!ria ao ano, para tratar das matérias anuais,
comoo a aprov
com aprova aão
ão de cocont
ntas
as'' A assem
assem$l$léi
éiaa e6t
e6tra
raord
ordin
in!r
!ria
ia se prprest
estaa a dedeli
li$e
$era
ra?e
?ess
e6cepcionais, e pode 4aver quantas +orem necess!rias ao ano, ou nen4uma' A convocaão
da e6traordin!ria incum$e ao s*ndico, mas quando ele não o +i"er, pode um determinado
quorum de cond(minos, instaurado na convenão, convocar tal assem$léia'
As decis?es tomadas na assem$léia o$ri%am a todos os cond(minos, mesmo aqueles
que não
This website stores datacompareceram
such as ou votaram contrariamente, desde que ten4am sido re%ularmente
votadas
cookies to enable as matérias,
essential site nos respectivos quoruns' As assem$léias seriam, por assim di"er, o
Poder
functionality, as Be%islativo
well as marketing, e tam$ém o Judici!rio do condom*nio'
personalization, and analytics.
-s votos Youem assem$léia são proporcionais #s +ra?es ideais dos cond(minos, em
may change your settings at any time
re%ra, mas a convenão pode esta$elecer de +orma diversa, di"endo que os votos são i%uais,
or accept the default settings.
 por unidade aut(noma'
-s consel$os
consel$os   são livremente criados pela convenão, e se prestam a analisar 
Privacy Policyquest?es de +orma mais especiali"ada, a +im de au6iliar o s*ndico em tomadas de decis?es'

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7'' Cota condominial e +ra?es ideais
Save -Accept All o edil*
condom*ni
condom*nio edil*cio
cio imp?e aos cond(m
cond(minos
inos uma o$ri%aão  propter rem,
o$ri%aão propter rem, que é o
 pa%amento de +raão das despesas condominiais, na proporão de sua cota' Esta cota,
se%undo
convenãoo CC,
podeé calculada
estipular pela
que !rea da unidade,
as cotas são por eunidade,
respectiva +raãoindependentemente
i%uais, ideal da unidade, mas
dasa
di+erentes !reas das unidades aut(nomas'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 13

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

A +raão ideal é calculada de acordo com a !rea& simplesmente se mede ! !rea de


cada unidade aut(noma, e se calcula a que +raão do todo ela corresponde, atri$uindo3se tal
nmero decimal # +raão'
- inadimplemento das cotas condominiais pode ense.ar a pen4ora do apartamento
 pelo condom*nio, na e6ecuão destas cotas' E ve.a que, mesmo se se tratar de $em de
+am*lia,
rem criada
rem criada pela pr)pria coisa' não se op?e ao pr)prio condom*nio, por ser a d*vida  propter 
a impen4ora$ilidade

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Casos Concretos

Save Accept All


Kuestão 7
O Condomínio
Condomíni
ilva, alegando, o do Gdif
Gdifício
em síntese, %!eício ão 4ento a-!i0o!
o cond:mino ação
!tili0a"se, compossessória em face
excl!sividade, de &os+
de área com!mda
do edifício, em total afronta ao artigo / da Lei 3.I>*)H3 e artigos *.//*,' e *.//I, 88 do

Mic4ell 0unes Midle. Maron 131

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Código Civil. Pretende, portanto, %!e o cond:mino em %!estão desoc!pe a área em /(


dias, sob pena de m!lta diária. Gm contestação, s!stenta o r+! %!e foi a!tori0ado
EpermissãoF pela assembl+ia a !tili0ar a área sem pra0o determinado e assim o fa0 $á mais
de 'I anosK %!e a área em %!estão, apesar de com!m, não desperta interesse de !so dos
demais cond:minos, e nem pre-!dica a seg!rança e circ!lação, consistindo em !ma
esp+cie
%!al%!erdefato
áreanovo
de serviço
para a do primeirodoandar.
retomada espaçoPor fim, ad!0pela
e protesta %!eimprocedncia
o condomínio não alego!
do pedido.
oc, -!i0, como decidiria a %!estão= R!e teoria e princípios poderiam ser aplicados ao
caso= endo improcedente a %!estão, como ficaria o direito do cond:mino " detentor o!
 poss!idor=

Resposta # Kuestão 7

- réu é mero detentor da !rea comum que ocupa, pois que tal ocupaão é +ruto de
mera tolerncia por parte dos demais, tolerncia que não indu" posse' Contudo, mesmo não
4avendo posse, 4! por parte do detentor a aquisião do direito de permanecer como est!,
ocorr /ncia do +en(meno ddaa  s!pressio
 pela ocorr/ncia  s!pressio&& o condom*nio, ao tolerar sem oposião este uso
 por tanto tempo, renunciou ao seu direito' Por isso, o direito do cond(mino prevalece, e s)
o perderia se +osse demonstrado +ato novo que ense.asse ao condom*nio o direito de alterar 
as circunstncias'

Kuestão 8

 Diante de exec!ção extra-!dicial sofrida, Pedro ingressa com embargos  exec!ção


com vistas a livrar da constrição -!dicial se! 1nico imóvel, bem como d!as vagas de
 garagem ali estabelecidas com inscrição própria no registro de imóveis. Arg1i para tanto o
artigo * da lei n @.((>)>(. Perg!nta"seB 5o caso concreto, especificamente com relação
s vagas
This website stores datade garagem,
such as podem estas ser pen$oradas para satisfa0er o cr+dito do exe%Nente=
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Kuanto ao apartamento,
or accept the default settings.
os em$ar%os do devedor são procedentes, pois de +ato 4! a
 proteão do $em de +am*lia' J! quanto #s va%as de %ara%em aut(nomas, estas são im)veis
apartados do $em de +am*lia, e que por isso poderiam ser pen4oradas' :ossem partes
Privacy Policyinte%rantes do apartamento, e a impen4ora$ilidade deste a elas se estenderia1 como são
aut(nomas, não se estende, e são pen4or!veis'
Marketing
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Analytics
Tema /I&
 
Save  Direitos 6eais
Accept Allas coisas al$eias de go0o. !perfícieB conceito, modo de constit!ição, ob-eto, instit!tos
sobre i nstit!tos
análogos, direitos e obrigações
análogos, obrigações e extinção.
extinção. ervidão
ervidão predialB
predialB conceito,
conceito, modo de constit!içã
constit!ição,
o, ob-eto,
ob-eto,
características, classificação, direitos e obrigações e extinção.
Notas de Aula21
87
 Aula ministrada pelo pro+essor 5Wlvio Capanema de 5ou"a, em <<8;;='

Mic4ell 0unes Midle. Maron 132

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

1. Direito de su$er!cie

- direito de super+*cie se trata de um direito real so$re coisa al4eia, limitado,


incidente so$re a super+*cie de im)vel al4eio' - im)vel deve ser ocioso, pois se pode ceder 
aotimi
super+*cie
otimi"ar de im)vel
"ar econom
economicame .! oplantado
icamente
nte im)ve ou constru*do&
im)vell que o o$.etivo
não est! sendo util
utili"ado
i"adodapelo
super+*cie é .ustamente
seu propriet!rio
propriet!rio'' 0o
direito portu%u/s, até e6iste esse direito de super+*cie so$re im)vel constru*do ou plantado,
de s!perfície por cisão,
o que se c4ama de s!perfície cisão, mas no rasil não 4! esta variante'
5evera pol/mica
pol/mica reside em que o direito
direito de super+*cie,
super+*cie, em nosso ordenamento,
ordenamento, não
est! disciplinado apenas no CC& antes deste C)di%o, o Estatuto da Cidade .! tratava do
instituto,
instituto, e de +orma di+eren
di+erente
te da que veio re%rada no CC, pelo que a discussão
discussão que sur%i
sur%iuu
di" respeito # revo%aão ou não desta previsão anterior pela mais recente' Al%uns de+endem
que o CC tratou de maneira e6austiva deste direito real, e portanto revo%ou totalmente o
cap*tulo a ele re+erente no Estatuto da Cidade' -utros, como Ricardo Bira e 5Wlvio
Capanema, entendem que as duas normas su$sistem, aplicando3se o CC aos im)veis rurais,
e o Estatuto da Cidade re%ulamenta a super+*cie em im)veis ur$anos'
- direito de super+*cie %uarda $astante similitude com a e6tinta en+iteuse particular'
As en+iteuses anteriores ao CC de 8;;8, porém, são mantidas, como se sa$e, respeitadas
como atos .ur*dicos per+eitos1 as en+iteuses p$licas, re%idas pelas normas administrativas,
tam$
tam$émém pe perm
rman
anec
ecem
em no or orden
denamament
ento,
o, popode
dendo
ndo ser ininst
stit
itu*
u*da
das,
s, co
como
mo ococorr
orree co
com
m
a+oramento de terras de marin4a e terras devolutas'
Mesm
Me smoo send
sendoo si
simi
mila
lare
res,
s, 4! di di+e
+ere
ren
nas
as ma
marc
rcan
ante
tes&
s& a enen+i
+ite
teus
usee é peperp
rpét
étua
ua,,
e6tin%uindo3se apenas nos casos e6pressamente previstas em lei, enquanto que a super+*cie
não pode ser perpétua' 0a en+iteuse 4! o laud/mio, percentual pa%o ao nu propriet!rio na
alienaão do dom*nio til pelo +oreiro, al%o que não e6iste na super+*cie, etc'
- propriet!rio de um im)vel não plantado ou constru*do pode, então, alienar a
super+*cie
This website stores desteasim)vel a um terceiro, que se c4amar! super+ici!rio, a +im de que este plante
data such
ou construa
cookies to enable ali – é como se 4ouvesse um desdo$ramento da propriedade, e por isso o
essential site
functionality, as well as marketing,
 propriet!rio do im)vel se c4ama nu propriet!rio, pois que despido do direito de uso da
personalization, and analytics.
super+*cie You
de seu $em'
may change your settings at any time
- CC esta$elece e6pressamente que o direito de super+*cie s) pode ser concedido
or accept the default settings.
 por pra"o determinado, como se v/ no arti%o 7'LO= deste C)di%o, a$ai6o transcrito' -
estatuto da cidade, por seu turno, esta$elece que pode ser concedido por pra"o determinado
Privacy Policyou indeterminado o que não se con+unde com perpétuoG, como se v/ no arti%o 87 deste
diploma&
Marketing
Personalization >Art' 7'LO=' - propriet!rio pode conceder a outrem o direito de construir ou de
 plantar em seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura p$lica
Analytics devidamente re%istrada no Cart)rio de Re%istro de Im)veis'
Par!%ra+o nico' - direito de super+*cie não autori"a o$ra no su$solo, salvo se +or 
Save Accept All inerente ao o$.eto da concessão'H

>Art' 87' - propriet!rio ur$ano poder! conceder a outrem o direito de super+*cie do


seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura p$lica
re%istrada no cart)rio de re%istro de im)veis'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 133

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

\ 7] - direito de super+*cie a$ran%e o direito de utili"ar o solo, o su$solo ou o


espao aéreo relativo ao terreno, na +orma esta$elecida no contrato respectivo,
atendida a le%islaão ur$an*stica'
\ 8] A concessão do direito de super+*cie poder! ser %ratuita ou onerosa'
\ L] - super+
super+ici
ici!ri
!rioo res
respon
ponder
der!! int
inte%r
e%ralm
alment
entee pel
pelos
os encar
encar%os
%os e tri
tri$ut
$utos
os que
incidirem so$re a propriedade super+ici!ria, arcando, ainda, proporcionalmente #
sua parcela do
concessão de ocupaão
direito dee+etiva, com os
super+*cie, encar%os
salvo e tri$utos
disposião so$re a !rea
em contr!rio doo$.eto da
contrato
respectivo'
\ ] - direito de super+*cie pode ser trans+erido a terceiros, o$edecidos os termos
do contrato respectivo'
\ 9] Por morte do super+ici!rio, os seus direitos transmitem3se a seus 4erdeiros'H

- direito de super+*cie se constitui mediante escritura p$lica, .! que se re+ere a um


dire
direit
itoo real
real so$r
so$ree im
im)v
)vel
el,, e deve
dever!
r! ser
ser devi
devida
dame
ment
ntee re
re%i
%ist
stra
rado
do no RQI,
RQI, pa
para
ra te
ter 

oponi$ilidade contra terceiros'
A concessão
concessão de uso da super+*ci
super+*ciee pode ser onerosa ou %ratuita, podendo o valor ser 
 pa%o de qualquer modo, da +orma que convencionarem as partes, nu propriet!rio e
super+ici!rio'
- CC esta$elece que o direito de super+*cie não pressup?e uso do su$solo, a não ser 
quando indispens!vel ao uso da super+*cie' 5e o super+ici!rio +or construir, di%amos, um
edi+*cio naquele terreno, é claro que precisar! adentrar o su$solo para tanto, cravando ali as
+unda?es do prédio, o seu alicerce' A ri%or, contudo, não pode se valer do su$solo para a
construão de uma %ara%em, calcado apenas no direito de super+*cie – esta utili"aão do
su$solo não é presumidamente entre%ue ao super+ici!rio' J! o Estatuto, como visto no
arti%o supra, é e6presso em entre%ar ao super+i
super+ici!rio
ci!rio o uso do su$solo e do espao aéreo, a
coluna de ar nos limites da super+*cie'
2udo o que o super+ici!rio construir ou plantar na super+*cie trans+erir3se3! ao
 propriet!rio do im)vel quando e6pirado o seu pra"o, sem qualquer direito de indeni"aão
ou retenão
This website stores aoas
data such super+ici!rio, a não ser que se esta$elea isto e6pressamente' 0o sil/ncio do
contr
con
cookies to enable trat
ato,
o, a site
essential pro
propri
pried
edade
ade do super
super+i
+ici
ci!r
!rio
io so
so$re
$re os $e$ensns co
const
nstru
ru*d
*dos
os ou pl
plan
anta
tados
dos é
functionality, as well as marketing,
naturalmente resolvel' Por isso, os contratos de super+*cie %eralmente são pactuados por 
personalization,
 pra"o su+icienteYoua permitir que o super+ici!rio recupere os investimentos empreendidos,
and analytics.
may change your settings at any time
mais al%um percentual de lucro – do contr!rio, não 4averia sentido nesta contrataão' Ve.a
or accept the default settings.
o arti%o 7'LF9 do CC&

Privacy Policy >Art' 7'LF9' E6tinta a concessão, o propriet!rio passar! a ter a propriedade plena
so$re o terreno, construão ou plantaão, independentemente de indeni"aão, se as
Marketing  partes não 4ouverem
4ouverem estipulado o contr!rio'H
contr!rio'H

PersonalizationN!quem vislum$re enriquecimento sem causa nesta 4ip)tese, mas não é a mel4or 
leitura& o super+ici!rio usou a super+*cie de tal +orma que, ao +im do pra"o, não ter!
Analytics
e6perimentado qualquer pre.u*"o – ao contr!rio, tendo tido oportunidade de 4aver lucro'
Save -Accept
super+ici!rio
All pode alienar a terceiros o direito de super+*cie, respeitado o pra"o do
contrato ori%inal' 0ada impede, por e6emplo, que tendo o super+ici!rio pactuado um
contrato de vinte anos, c4e%ando aos cinco anos ven4a a alienar o direito de super+*cie que
l4e resta, de quin"e anos, a terceiros, nos mesmos moldes do contrato ori%inal' Esta
alienaão não importa em qualquer pa%amento ao nu propriet!rio, o que di+ere da en+iteuse,

Mic4ell 0unes Midle. Maron 134

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

como dito, em que a alienaão do dom*nio til a terceiros importa no pa%amento do


laud/mio ao nu propriet!rio'
pro priet!rio' V
Ve.a
e.a o arti%o 7'LF8 do CC&
>Art' 7'LF8' - direito de super+*cie pode trans+erir3se a terceiros e, por morte do
super+ici!rio,, aos seus 4erdeiros'
super+ici!rio
Par!%ra+o nico' 0ão poder! ser estipulado pelo concedente, a nen4um t*tulo,
qualquer pa%amento pela trans+er/ncia'H
trans+er/ncia'H

-s tri$utos que incidem so$re a super+*cie são suportados pelo super+ici!rio' A +alta
de pa%amento dos tri$utos é causa de rescisão do contrato pelo nu propriet!rio, assim como
a +alta de pa%amento das parcelas contraprestacionais da super+*cie' A aão correspondente
é a de rescisão contratual, cumulada com reinte%raão da posse'
A morte do super+ici!rio entre%a o direito de super+*cie aos 4erdeiros, pelo tempo
que +altar do contrato, quando por pra"o determinado' 0ão se trata, portanto, de um
contrato int!it! personae,
personae, pois é direito real trans+er*vel a terceiros, inclusive por sucessão'
Z claro que a super+*cie não trans+ere a propriedade do im)vel, e por isso a sua
alienaão pode ser livremente procedida pelo nu propriet!rio' 0ada o$sta que venda o
terreno a terceiros, mas 4! direito de pre+er/ncia ao super+ici!rio, que não pode ser 
 preterido na opão de compra do $em' 2anto por tanto, o super+ici!rio ter! direito de
adquirir o $em antes de terceiros, e se o +i"er, o contrato de super+*cie se e6tin%uir! pela
con+usão, concentrando3se na mesma pessoa as +i%uras de super+ici!rio e nu propriet!rio'
Ve.a o arti%o 7'LFL do CC&
>Art' 7'L
>Art' 7'LFL'
FL' Em caso
caso de ali
aliena
enaão
ão do im)vel
im)vel ou do dir
direit
eitoo de sup
super+
er+*ci
*cie,
e, o
super
super+ic
+ici!r
i!rio
io ou o propri
propriet!
et!rio
rio tem di
direi
reito
to de pre+er
pre+er/nc
/ncia,
ia, em i%uald
i%ualdade
ade de
condi?es'H

- super+ici!rio não pode dar # super+*cie destinaão di+erente daquela prevista no


contrato'
This website stores 5e aasentre%a da super+*cie é para construir determinada coisa, não pode o
data such
super+i
supe
cookies to enable r+ici!
ci!rio
riosite
essential sim
simple
plesmen
smente
te deci
decidir
dir +a"er
+a"er out
outra,
ra, ou planta
plantarr' - o$.eto
o$.eto tra
traad
adoo deve
deve ser 
respeitado'
functionality, as Ve.a o arti%o 7'LF do CC&
Ve.a
well as marketing,
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may change your settings at any time
>Art' 7'LF' Antes do termo +inal, resolver3se3! a concessão se o super+ici!rio der 
or accept the default settings. ao terreno destinaão diversa daquela para que +oi concedida'H

Nave
Na vendo
ndo des
desap
aprop
ropri
ria
aão
ão do imim)v
)vel
el so$
so$re
re o qu qual
al est
est!! co
const
nstit
itu*
u*do
do di
direi
reito
to de
Privacy Policysuper+*
super+*cie,
cie,a indeni
indeni"aão
"aão ser! pa%a a am$os, propriet!ri
propriet!rioo e super+ici!rio,
super+ici!rio, na proporão
proporão dos
valores de seus direitos' 0ão 4avendo acordo, o c!lculo ser! pericial, determinando o valor 
Marketing
da super+*cie e do terreno, a +im de calcular as propor?es' Beia o arti%o 7'LFO do CC&
Personalization

Analytics
>Art' 7'LFO' 0o caso de e6tinão do direito de super+*cie em conseq^/ncia de
desapropriaão, a indeni"aão ca$e ao propriet!rio e ao super+ici!rio, no valor 
correspondente ao direito real de cada um'H
Save Accept All
Z per+eitamente poss*vel a concessão de super+*cie em terrenos p$licos, mas esta
deve respeitar as re%ras do direito administrativo, so$remaneira no que di" respeito #
necessidade de licitaão' A super+*cie de im)vel p$lico equipara3se # concessão de uso de
 $em p$lico'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 135

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- direito de super+*cie pode ser concedido a pessoas naturais ou .ur*dicas, não


4avendo qualquer restrião le%al a esta titularidade'

7'7' Especi+icidades do instituto no Estatuto da Cidade

Como
 por pra"o .! se p(de adiantar
indeterminado, adiantar,
o que não, aéBei 7;'89F<
7;'89F<;7
admitido ;7CC'
no permite que a super+*cie se.a instaurada
2am$ém se disse que, na super+*cie estatut!ria, o uso da coluna de ar e do su$solo
são insertos no direito de super+*cie, o que não ocorre na super+*cie do CC' Pode, inclusive,
4aver a contrataão da super+*cie e6clusivamente para o uso do su$solo ou do espao aéreo&
nadaa o$s
nad o$sta
ta que
que se preprete
tend
ndaa 4a
4ave
verr apena
apenass o su$sol
su$soloo pa
para
ra a coconst
nstru
ruão
ão de %ara%
%ara%ens
ens
su$terrneas, por e6emplo como 4! no centro do Rio de JaneiroG, ou a super+*cie destinada
a impedir que determinado propriet!rio de im)vel eri.a em seu terreno um prédio alto, a +im
de não o$star a vista de um im)vel que se situa atr!s do terreno em questão – cu.os
 propriet!rios, super+ici!rios
super+ ici!rios da coluna de ar do terreno em +rente, pretendem manter a vista,
mass não
ma não 4ouv
4ouvee a cocons
nsti
titu
tui
ião
ão de umauma serv
servid
idão
ão de vivist
staa q
que
ue é sesemp
mpre
re po
porr pr
pra"
a"oo
indeterminadoG so$re o terreno em +rente, do nu propriet!rio'
A discussão so$re a revo%aão ou não do direito de super+*cie do Estatuto pelo CC é
+erren4a' A corrente que di" que 4ouve esta revo%aão entende que o CC, posterior ao
Estatuto, tratou e6austivamente do tema, causando a revo%aão desta lei anterior'
A se%unda corrente de+ende que a revo%aão t!cita não se operou, porque esta s)
ocorre quando a incompati$ilidade entre os diplomas +or incontorn!vel – sempre que
 poss*vel a compati$ili"aão entre as leis, esta deve ser +eita' E esta compati$ili"aão é
 poss*vel, in cas!&
cas!& o CC re%e somente a super+*cie rural, e o Estatuto da Cidade re%e a
super+*cie ur$ana, sendo lei especial so$re o tema para a !rea ur$ana'

7'8' 5uper+*cie vs ' en+iteuse


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 0a en+iteuse, 4! um desdo$ramento da propriedade, dividindo3se esta em domínio
functionality, as well as marketing,
1til e domínio direto'
direto' - dom*nio til passa ao +oreiro, en+iteuta, e o direto permanece com o
personalization, and analytics. You
 propriet!rio do $em, o a+orador' 0a super+*cie não 4! esta repartião'
may change your settings at any time
repar tião'
A en+iteuse particular era perpétua, somente se e6tin%uindo em casos e6pressamente
or accept the default settings.
 previstos na lei, como quando o +oreiro morresse sem dei6ar 4erdeiros, ou dei6asse de
 pa%ar o +oro por tr/s anos consecutivos, ou dei6asse de pa%ar tri$utos incidentes so$re o
Privacy Policyim)vel, ou outras causas le%ais' A super+*cie pode ser por pra"o determinado, como visto'
 0a en+iteuse particular, é direito potestativo do +oreiro adqu
adquirir
irir o dom*nio direto do
Marketing
im)vel ap)s de" anos de constituião da en+iteuse, passando a ser propriet!rio pleno' -
 preo de aquisião corresponde a dois e meio laud/mios, e vinte +oros' Mesmo contra a
Personalization
vontade do a+orador, a aquisião era +eita, # vontade do en+iteuta' Z claro que esta dinmica
Analytics
não e6iste no direito de super+*cie, não 4avendo este poder le%al de aquisião do im)vel
Save
 pelo super+ici!rio'
Accept All
E6tint
E6tintoo o cont
contrat
ratoo de en+i
en+iteu
teuse,
se, de emp
empra"a
ra"amen
mento
to si
sin(ni
n(nimo
mo de en+iteu
en+iteuseG,
seG, o
a+orador vai 4aver para si as coisas incrementadas no im)vel, mas dever! indeni"!3las ao
+oreiro –Aoalienaão
que não ocorre na super+*cie,
do dom*nio a não seré quando
til na en+iteuse poss*vel,e6presso no contrato'
mas 4! direito de pre+er/ncia ao
a+orad
a+orador
or'' 5e es
este
te nã
nãoo quiser
quiser co
conce
ncent
ntrar
rar a pro
proprprie
ieda
dade
de,, adqui
adquiri
rindo
ndo o do
dom*
m*ni
nioo t
til
il e

Mic4ell 0unes Midle. Maron 136

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

somando3o ao dom*nio direto, ou se.a, se não quiser e6ercer a pre+er/ncia, o +oreiro poder!
alienar o dom*nio til a terceiros, quando então o a+orador ter! direito a um valor percentual
desta venda, o c4amado laud/mio, que é de cinco por cento nas en+iteuses p$licas, e dois e
meio por cento na particular se o contrato não dispuser de +orma diversaG'
V/3se que o direito de super+*cie se trata, de +ato, de uma evoluão da en+iteuse,
a+astados
se perde oosim)vel
seus de+eitos que a tornavam
pela aquisião um instituto
potestativa1 e não desinteressante ao propriet!rio&
se veri+ica a perpetuidade paranãoo
a+orador' 2anto o a+oramento quanto a super+*cie tem por o$.etivo dar destinaão s)cio3
econ(mica ao im)vel que era ocioso tanto que a +alta de uso do $em ense.a a e6tinão dos
institutosG, mas a super+*cie é um instituto mais per+eito'

7'L' 5uper+*cie vs ' locaão

A locaão não se con+unde com a super+*cie& a primeira é direito pessoal de ter a


 posse direta do $em, enquanto a se%unda é direito rreal
eal so$re o $em al4eio' A locaão tem
que ser onerosa, ou então se trata de comodato1 a super+*cie pode ser onerosa ou %ratuita,
sem desnaturar3se'
 0a locaão, as $en+eitorias e acess?es são indeni"adas, salvo disposião e6pressa
em contr!rio1 na super+*cie, não'
A locaão desdo$ra a posse, e não a propriedade& 4! posse direta e indireta, mas a
 propriedade pertence apenas ao locador'

2. er%ides

2rata3se
2rata3se de outro direi
direito
to real limi tado, e6ercido so$re coisa al4eia, e o nomen -!ris
limitado,
se re+ere # su.ei
su.eião
ão de um im)vel a outro' A serviservidão
dão é predial,
predial, sempre, porque se trata de
uma imposião so$re um im)vel' 0ão e6iste servidão pessoal, não 4avendo como se pensar 
This website stores data such
em su.eião asde uma pessoa a outra, por )$vio'
real
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 0a servidão,
ser vidão, 4! sempre um im)vel serviente e um dominante' 0ão é o propriet!rio
functionality, as well as marketing,
que é o serviente, nem o outro propriet!rio que é dominante – são os seus respectivos
personalization, and analytics. You
im)veis que assumem estas posi?es'
may change your settings at any time
 0este instituto, na servidão, se destaca de um im)vel determinadas utilidades
or accept the default settings.
econ(micas, que se trans+erem a um outro im)vel, o qual poder! delas passar a se valer'
Este im)vel do qual se retiram
retiram as utilidades
utilidades passa a ser c4amado im)vel serviente,
serviente, e o que
Privacy Policyrece$e passa a ser con4ecido como dominante'
Cond
Co ndi ão  sine %!a non
ião non   para o sur%imento da servidão é que 4a.a im)veis de
Marketing
di+erentes propriet!rios, portanto' 0ão 4! necessidade de se constituir servidão quando o
im)vel serviente pertence ao mesmo propriet!rio do im)vel dominante – e por isso uma
Personalization

Analytics
causa de e6tinão da servidão é a con+usão'
As servid?es podem ser de diversas espécies, a depender da utilidade que se
Save
 pretendeAccept
passarAllao im)vel dominante' Dentre as mais comuns est! a  servidão de passagem
pas sagem,,
que consiste no direito de passar por um outro im)vel, que vai assistir ao im)vel que
 precisa desta passa%em' N! tam$ém a  servidão de vista vista,, que imp?e ao serviente a não
o$struão
de da!%ua
canais de vistano
doterreno
im)velde
dominante1 a servidão de a%!ed!to
e a servidão
um im)vel' a %!ed!to,, que permite a passa%em

Mic4ell 0unes Midle. Maron 137

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 0ão se pode con+undir a servidão com a o$ri%aão ne%ativa, de não +a"er al%uma
coisa' 0ão se pode, por e6emplo, con+undir a servidão de passa%em com uma o$ri%aão de
não o$struir a passa%em em si' Da servidão, sur%ir! o$ri%aão de não +a"er aquilo que a
servidão permite, mas a servidão em si não é a o$ri%aão pessoal& é um direito real que
o$ri%a a todos os propriet!rios envolvidos' A di+erena é t/nue& enquanto a o$ri%aão é uma
relaão
o$ri
o$ri%a
%and pessoal,
ndoo as partpadireito
rtes
es qu quepessoal
e in
inte
terv daquele
rvie
ieram noqueco
ram v/
cont
ntraato'
ratooutra
' Z parte
um di o$ri%ada
direreit
itoo re ativo
rela
latinão
vo #s +a"er,
pa
parts)
rtes
es
contratantes' A servidão é direito real, opondo3se contra todos em ra"ão do im)vel'
Além disso, a o$ri%aão ne%ativa não tem direito de sequela, detido pela servidão&
se o terreno daquele que cele$rou o$ri%aão de não o$struir passa%em +or vendido, o
 propriet!rio superveniente não se ver! o$ri%ado a não +a"er, ou se.a, poder! o$struir a
 passa%em quando quiser& a o$ri%aão era pessoal do alienante' J! o im)vel serviente de
 passa%em, quando vendido, levar! consi%o a servidão, direito real erga omnes que omnes que é, e o
adquirente
adquire nte ter! que o$serv!3la – 4! sequela, ader/nci ader/nciaa ao im)ve
im)vel'l' Por isso, a servidão deve
ser re%istrada no RQI, a +im de operar e+eitos erga omnes' omnes' 0ão 4avendo re%istro, o terceiro
adquirente não poder! ser o$ri%ado a suport!3la'
Z cor
corririqu
queieira
ra tatam$
m$ém
ém a co con+u
n+usão
são entre
entre a serservi
vidã
dãoo de papassa
ssa%e%emm e a  passagem
 forçada'' A servidão de passa%em é insti
 forçada institu*da
tu*da ne%ocialmente,
ne%ocialmente, enquanto a passa%em +orada
é um direito de vi"in4ana, con+erido ex lege, lege, e o$tida por sentena em aão espec*+ica,
aão de passa%em +orada, em que o .ui" veri+icar! os requisitos da lei, especialmente o
encravamento, traando os rumos da passa%em de +orma a onerar o m*nimo poss*vel o
im)vel que a servir!' 0a servidão de passa%em, ne%ocial, nada 4! que se envolver o
Judici!rio em sua constituião, que ser! +eita # vontade dos contratantes'
A passa%em +orada é um direito con+erido ao propriet!rio de prédio encravado,
sem acesso # rua1 a servidão de passa%em não demanda este encravamento, $astando que
4a.a maior comodidade na passa%em pelo serviente do que aquele acesso # rua que o
domin
dom inan
ante
te porve
porvent ntururaa .! teten4a
n4a'' A papassa
ssa%e
%emm +or
+ora
ada
da é um di dire
reit
itoo o$
o$ri
ri%a
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ciona
onall de
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vi"in4ana, enquanto a servidão de passa%em é um direito real constitu*do so$re coisa
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A servidão é %ratuita ou onerosa, sendo que %eralmente é onerosa por conta da
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settings atdeany
valor
timedo im)vel so$re o qual recai'
N! servid?es aparentes
or accept the default settings. aparentes e  e não aparentes'
aparentes' As servid?es são aparentes
aparentes quando podem
ser perce$idas pelos sentidos, como uma servidão de passa%em ou de aqueduto – pode3se
 perce$er a passa%em, como a +ormaão de uma tril4a, ou a passa%em dos tu$os' A servidão
Privacy Policyde vista, por seu turno, é $om e6emplo de servidão não aparente, que não se e6p?e aos
sentidos' A importncia pr!tica desta di+erena é que as servid?es aparentes consideram3se
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constitu*das desde a assinatura do contrato, vinculando desde lo%o as partes, o re%istro
apenas servindo para criar oponi$ilidade erga omnes do
Personalization omnes do direito real' J! as servid?es não
Analyticsaparentes se constituem no re%istro do t*tulo, a não na mera assinatura do contrato' Além
diss
disso,
o, as serservi
vid?
d?eses apapare
arent
ntes
es po
podem
dem ser adq adqui
uiri
rida
dass po
porr usuca
usucapipião,
ão, enenqua
quantntoo as nã
nãoo
Save aparentes não podem'
Accept All
As servid?es podem ser ainda contín!as ou descontín!as descontín!as'' As cont*nuas são aquelas aquelas
que independem de atos 4umanos para se apresentarem, para apresentarem e+eitos& a
servidão de4umana
intervenão aqueduto e a de vista
col4endo3a ou não,são $onscomo
assim e6emplos, pois a !%ua
a vista permanece corre4a.a
l!, quer quer 4a.a
al%uém

Mic4ell 0unes Midle. Maron 138

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

ol4ando ou não' J! a servidão de passa%em é descont*nua, pois s) se mani+esta na atuaão


4umana& se nin%uém por ela passar, não 4! mani+estaão da passa%em'
Perde3se o direito # servidão pelo desuso, por de" anos' Assim como o tempo
 permite a sua aquisião, pela usucapião, permite a perda
pe rda pelo desuso'

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Kuestão 7
 2ário a-!i0o! ação de reintegração de posse em face de L1cio. Alega %!e $á
m!itos anos !tili0a"se de !m camin$o existente na propriedade do r+! para c$egar  s!a

Mic4ell 0unes Midle. Maron 139

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 propriedade, sem %!e ten$a sofrido, ao longo do tempo, %!al%!er obstác!lo. 9odavia, ao
decidir vender o imóvel e com!nicar o fato ao r+!, este l$e fec$o! a passagem, impedindo
o tráfego. !stenta %!e existe !ma o!tra passagemK cont!do, afirma %!e sempre !tili0o! o
camin$o em %!estão, por mais de 3I anos. Desta forma, entende %!e resto! caracteri0ado
o esb!l$o praticado pelo r+! ao tentar colocar !m obstác!lo no camin$o !tili0ado,
impedindo"l$e a passagem.
vegetação e encontra óbicePondera,
para se!ainda, %!e o camin$o
desmatamento alternativo
por ser está tomado pela
área de preservação. Gm
contestação, o r+! ad!0 %!e na propriedade do a!tor existe !m o!tro camin$o %!e tamb+m
cond!0  via m!nicipal, não se fa0endo necessária a passagem pelo se! terreno. Assim,
ded!0 ser desnecessário manter o estado at!al, não sendo pla!sível %!e o a!tor contin!e a
 passar por s!a propriedade, -á %!e o imóvel dele não está encravado. Decida a %!estão
 f!ndamentadamente.

Resposta # Kuestão 7

A situaão se consolidou pela constncia& a tolerncia inicial indu"iu o sur%imento


do direito de M!rio em manter a situaão .ur*dica esta$elecida ao lon%o de tanto tempo'
Pode
Pode3s +alarr em  s!rrectio
3see +ala  s!rrectio,, com
comoo +und
+undame
amento
nto ao seu direit
direito,
o, indepe
independen
ndentem
tement
entee de
qualquer encravamento ou não do im)vel' - +eito deve ser .ul%ado procedente'
>Pro
>Proce
cess
sso&
o& ;;;;;
;8873
73L
L'8
'8;;
;;;'
;''
'7=
7=';
';;L
;LFF 8;;
8;;9'
9';;
;;7'
7'9;
9;78
78GG'' 7T Emen Ementata – 
APEB
APEBACA
ACA-' -' DE5'
DE5' RI RICAR
CARD-
D- R-DRI
R-DRIQQE5E5 CARD-
CARD-U- U- 3 Ju Jul%
l%am
amen
ento
to&&
7<;7<8;;O 3 DECIMA KI02A CAMARA CIVEB'
5ERVIDA-
5ER VIDA- DE PA55AQEM' PA55AQEM :-RCADA' DI52I0CA-'
Aão possess)ri
possess)ria'
a' 5ervidão
5ervidão de passa%em
passa%em utili"ada
utili"ada,, sem oposião'
oposião' Passa%em
Passa%em
+orada' Distinão' Passa%em +orada é o direito de trnsito pelo im)vel al4eio
vi"in4o, com vista ao acesso # via p$lica' - titular do direito # passa%em +orada
é o dono do im)vel encravado, isto é, sem sa*da para via p$lica' A servidão de
This website stores data such as  passa%em ou de trnsito tem a +inalidade de +acilitar o acesso a um prédio,
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entre
re os propri
propriet!
et!rio
rioss do prédio
prédio domina
dominante
nte e do prédio
prédio servie
serviente
nte'' Dvida
Dvidass
personalization, and analytics. You ine6istem de que 4! muitos anos os Apelados v/m utili"ando a servidão de
may change your settings at any time  passa%em, sendo certo, inclusive, que os Réus quando adquiriram sua propriedade
or accept the default settings. tomaram ci/ncia do +ato, portanto, sa$iam da li$eralidade dos seus antecessores no
sentido de que podiam os Autores +a"er o tra.eto sem qualquer resist/ncia' Assim,
não se tratando de passa%em +orada, mas de servidão utili"ada pelos Autores, não
4! ra"ão para que se.a desrespeitada pelos Réus, que durante anos permitiu a
Privacy Policy travessia' Recurso desprovido, nos termos do voto do Desem$ar%ador
Desem$ar%ador Relator'H
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Tema /&
 
;s!fr!toB conceito, modo de constit!ição, ob-eto, características, direitos e obrigações e extinção. O !s!fr!to
 sim!lt7neo e o instit!to do fideicomisso. A concessão de !so como direito real resol1vel. O direito real de
$abitação no direito s!cessório.

Mic4ell 0unes Midle. Maron 14

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Notas de Aula22

1. +su!ruto

- us
usu+
u+ru
ruto
to é di
dire
reit
itoo re
real
al de %o
%o"o
"o ou +r
+rui
uiã
ãoo so
so$r
$ree co
cois
isaa al
al4e
4eia
ia,, no qu
qual
al o
 propriet!rio, por sua deste
 proveito econ(mico vontade,
$emconcede ao titular
sem alterar a sua osu$stncia,
direito de ausar e +ruir
+ ruirdadecoisa'
ess/ncia seu $em, tirando
- ususu+r
u+rut
utoo .! +oi con4
con4eci
ecido
do,, 4! tetemp
mposos at
atr!s
r!s,, como
como umauma espéc
espécieie de  servidão
 pessoal , comparando3se #s servid?es prediais' Esta idéia não mais se aplica, mesmo que o
instituto continue e6atamente o mesmo, desde então& o propriet!rio da coisa se despe de
dois poderes inerentes ao cdom*nio – o uso e %o"o – em prol do usu+rutu!rio, onerosa ou
%ratuitamente caso em que, em re%ra, o usu+ruto assume um car!ter su$sistencial para o
usu+rutu!rioG' De qualquer +orma, o usu+ruto, 4o.e, tem nature"a .ur*dica inconteste de
direito real, e não servidão pessoal, estando e6pressa esta nature"a no arti%o 7'889, IV, do
CC&
>Art' 7'889' 5ão direitos reais&
'''G
IV
'''GH3 o usu+ruto1

- ar
arti
ti%o
%o 7'
7'L=
L=;; e os se%u
se%uiint
ntes
es do CC tra rattam do us
usu+
u+ru
ruto
to,, e se
serã
rãoo vi
vist
stos
os
 pontualmente' - arti%o 7'L=; trata do o$.eto do usu+ruto&
>Art' 7'L=;' - usu+ruto pode recair em um ou mais $ens, m)veis ou im)veis, em
um patrim(nio inteiro, ou parte deste, a$ran%endo3l4e, no todo ou em parte, os
+rutos e utilidades'H

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usu+ruto ser pleno ou
as pode ser pleno  ou limitado
limitado'' 5er pleno é dar ao usu+rutu!rio a mais ampla
li$erdade
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essential usu+ruir do o$.eto, ou se.a, dar seu uso e %o"o irrestrito' 0ada impede, porém,
que
functionality, as wellse.a restrin%ida parte do uso ou %o"o do $em, ao se constituir o usu+ruto& pode o
as marketing,
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 propriet!rio Youdeterminadas +ormas de uso ou +ruião, tornando o usu+ruto limitado'
vedar
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- usu+ru
usu+ruto
or accept the default settings. to pode
pode a$a$ran
ran%e
%err $ens
$ens co
corp)
rp)re
reos
os ou ininco
corp)
rp)re
reos,
os, poi
poiss se re+ere
re+ere ao
 patrim(nio como um todo – e $ens incorp)reos, quando e6istem, estão insertos no
 patrim(nio'
Privacy Policy - arti%o 7'L=8 do CC trata do princ*pio da %ravitaão .ur*dica no usu+ruto& os
acess)rios e acrescidos ao o$.eto do usu+ruto são tam$ém o$.eto deste' Ve.a&
Marketing
Personalization
>Art' 7'L=8' 5alvo disposião em contr!rio, o usu+ruto estende3se aos acess)rios da
coisa e seus acrescidos'
Analytics \ 7] 5e, entre os acess)rios e os acrescidos, 4ouver coisas consum*veis, ter! o
usu+rutu!rio o dever de restituir, +indo o usu+ruto, as que ainda 4ouver e, das
outras, o equivalente em %/nero, qualidade e quantidade, ou, não sendo poss*vel, o
Save Accept All
seu valor, estimado ao tempo da restituião'
\ 8] 5e 4! no prédio em que recai o usu+ruto +lorestas ou os recursos minerais a
que se re+ere o art' 7'8L;, devem o dono e o usu+rutu!rio pre+i6ar3l4e a e6tensão do
%o"o e a maneira de e6ploraão'

88
 Aula ministrada pela pro+essora Consuelo A%uiar Nue$ra, em 7=<77<8;;='

Mic4ell 0unes Midle. Maron 141

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

\ L] 5e o us usu+
u+ru
ruto
to re
reca
caii so
so$r
$ree univ
univer
ersa
sali
lida
dade
de ou qu
quot
ota3
a3pa
part
rtee de $e
$ens
ns,, o
usu+rutu!rio tem direito # parte do tesouro ac4ado por outrem, e ao preo pa%o
 pelo vi"in4o do prédio usu+ru*do, para o$ter meaão em parede, cerca, muro, vala
ou valado'H

Em re%ra, portanto, pode o usu+rutu!rio 4aver seus direitos so$re os acess)rios,


acess?
acess?es
es e $en+e
$en+eit
itori
orias,
as, em re%re%ra,
ra, sasalv
lvoo di
dispo
sposi
siã
ãoo e6
e6pre
pressa
ssa em contr
contr!r!rio
io no atatoo
constitutivo do usu+ruto'
- CC de 7=7O tra"ia como +i%ura apartada o usu+ruto de $ens consum*veis, tratado
de +orma di+erente do usu+ruto comum' B!, 4avia ampla permissão para tal usu+ruto, sem
restri?es' - novo CC, no \ 7] do arti%o supra, di" que se é poss*vel a constituião de
usu+ruto so$re $ens consum*veis, mas não de +orma isolada, como era poss*vel& eles s)
 poderão estar
e star em usu+ruto se +orem acess)rios
acess )rios de um $em não consum*vel,
consu m*vel, e não
n ão de +orma
aut(noma'
Nave
Na vendo
ndo $ens coconsu
nsum*
m*veveis
is,, o us
usu+r
u+rut
utoo so$re
so$re eleles
es se
ser!
r! c4
c4am adoo de !s!fr!to
amad
impróprio,, ou
impróprio ou %!ase !s!fr!to'
!s!fr!to' Isto porque se no usu+ruto comum 4! necessidade de
conservaão da su$stncia e ess/ncia da coisa, criando o dever de restituião do $em ao +im
do usu+ruto na e6ata +orma em que l4e +oi entre%ue, sendo esta coisa consum*vel, esta
 preservaão é imposs*vel& o m!6imo que poder! ser +eito é a restituião das que 4ouver, ou
de coisas equivalentes, ou, em ltimo caso, do valor a que correspondam' Por isso é
usu+ruto impr)prio, eis que a re%ra do usu+ruto pr)prio não são plaus*veis, não sendo
 poss*vel a plena restituião do mesmo $em'
- \ 8] do arti%o acima trata das +lorestas e recursos minerais que porventura 4a.a no
im)vel dado em usu+ruto'
usu+r uto' V
Ve.a
e.a o arti%o 7'8L; do CC, ao qual este dispositivo remete&
>Art' 7'8L;' A propriedade
propriedade do solo não a$ran%e as .a"idas, minas e demais recursos
minerais, os potenciais de ener%ia 4idr!ulica, os monumentos arqueol)%icos e
outros $ens re+eridos por leis especiais'
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trans+ormaã
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quedono
estedo
limitessettings.
or accept the default usoim)vel podeé
e +ruiãoconceder oa usu+ruto
permitido dosourecursos
si pr)prio, se.a, nosminerais, nospar!%ra+o
limites do mesmos
nico deste arti%o supra' Z simples& não pode dar em usu+ruto mais do que tem para dar, e o
usu+rutu!rio ter! o mesmo direito que o propriet!rio teria'
Privacy Policy Destarte, no contrato deve 4aver a e6ata delimitaão desta e6ploraão, tanto das
reservas minerais, su.eitas tam$ém a este limitador le%al, quanto das +lorestas, caso em que
Marketing
devem ser o$servadas as restri?es am$ientais pelo usu+rutu!rio, assim como o seriam pelo
Personalization
 propriet!rio'
Analytics

Save 7'7' Caracter*sticas


Accept All principais do usu+ruto

- usu+ruto é personal*ssimo, int!i


int!it!
t! personae
personae'' 2em, em re%ra, uma certa nota de
su$si
su$sist
st/nc
/ncia
ia,, al
 personal*ssimo,alim
aiment
entar
ar do
morte dousu+rutu!rio
usu
usu+ru
+rutu
tu!r
!rio
io,
é, uma
espec
especia
ialm
lmen
causa ente
te qu
quand
e6pressa ando
de oe6tinão
%ratu
%ratuit
ito'
o' Po
Porr ser 
do usu+ruto,
mesmo que o usu+ruto ten4a sido esta$elecido por pra"o certo, e a morte ten4a se dado

Mic4ell 0unes Midle. Maron 142

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

antes do seu término& o usu+ruto não cumprir! seu pra"o, e6tin%uindo3se lo%o com a morte,
4erdeiros , .ustamente por sua nature"a int!ito personae'
 passando3se aos 4erdeiros, personae'
Repa
Re pare
re que ne
nemm memesmo
smo se o nu pr propr
oprie
iet!
t!ri
rioo co
consi
nsi%na
%narr e6pre
e6pressa
ssame
ment
ntee es
esta
ta
 possi$ilidade de conceder a ssucessão
ucessão do usu+ruto aos 4erdeiros do usu+rutu!rio, i%norando
esta re%ra de e6tinão pela morte do usu+rutu!rio, ser! poss*vel esta continuidade do
cont
contra to&& o !s!
rato !s!fr!
fr!to
to s!ces
s!cessiv
sivoo é a$solutamente vedado, sendo nula a cl!usula que o
esta$elea' - contrato seria v!lido entre usu+rutu!rio e nu propriet!rio, reputando3se não
escrita a cl!usula de sucessão'
Por ser int!i
int!it!
t! personae
personae,, o usu+ruto é tam$ém inalienável ' - arti%o 7'L=L do CC
trata deste aspecto, e parece contradit)rio, assim como o arti%o
>Art' 7'L=L' 0ão se pode trans+erir o usu+ruto por alienaão1 mas o seu e6erc*cio
 pode ceder3se por t*tulo %ratuito
%ratuito ou oneroso'H
oneroso'H

>Art' 7'L==' - usu+rutu!rio pode usu+ruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o


 prédio, mas não mudar3l4e a destinaão econ(mica, sem e6pressa autori"aão do
 propriet!rio'H

A alienaão é imposs*vel, mas a cessão ou o arrendamento são poss*veis' -s


dispositivos não autori"am a alienaão, porque alienar é trans+erir o direito de usu+ruto – o
que não se permite' - que é admitido, nos casos acima, é a cessão do exercício do usu+ruto,
o que não é a cessão do pr)prio direito de usu+ruto' Assim, pode o usu+rutu!rio alu%ar o
o$.et
o$. etoo do ususu+r
u+rut
uto,
o, quand
quandoo en
entã
tãoo est
estar!
ar! ce
ceden
dendo
do o e6 e6erc
erc*c
*cio
io do uso
uso,, sendo
sendo que a
titularidade do direito ao uso ainda é sua' Por isso não 4! contradião nas normas acima'
 0ão 4!, portanto, qualquer violaão # nature"a personal*ssima do usu+ruto nestas
cess?es, tampouco 4! +rustraão de sua nature"a alimentar, quando presente& a cessão
onerosa do e6erc*cio do usu+ruto a terceiros, pelo usu+rutu!rio, não altera a +i%ura do
usu+rutu!rio, e ainda implementa o escopo alimentar, porque estar! o$tendo +rutos do $em
This website stores datasu$sist/ncia
 para sua such as os alu%uéis, por
po r e6emploG'
cookies to enable essential site
- nu propriet!rio pode alienar o im)vel, porque ao passar o usu+ruto não passou o
functionality, as well as marketing,
direito de dispor da coisa, que %uarda consi%o' Kuem adquirir o $em, porém, ter! que
personalization, and analytics. You
may change your respeitar o usu+ruto,
settings at any timetolerando3o até seu termo +inal – o que di+iculta a venda, decerto'
- usu+ruto não se compara nem de lon%e com a locaão, nem m esmo quando 4!
or accept the default settings.
su$loca
su$l ocaão
ão perm
permitiitida'
da' Em$ora
Em$ora apa aparent
renteme
emente
nte o contra
contratoto de locaã
locaão,
o, com permissã
permissãoo
e6pre
e6p ressa
ssa de su$lo
su$locacaã
ão,
o, %u
%uard
ardee sem
semelel4a
4an
nas
as com o co cont
ntrat
ratoo de usu+ru
usu+ruto
to,, el
eles
es são
Privacy Policycomple
completament
tamentee di+ere
di+erentes,
ntes, a comea
comearr pelo +ato de que a locaã
locaãoo é um contrato
contrato de nature"a
nature"a
Marketing
o$ri%acional
o$ri%ac ional,, pessoal
pessoal,, enquanto o usu+rut nature"aa real, e produ" e+eitos erga omnes'
usu+rutoo tem nature" omnes'
Em se%undo lu%ar, a su$locaão s) é permitida ao locat!rio se o contrato contiver e6pressa
Personalization
autori"aão para tanto, enquanto no usu+ruto a +ruião do $em é inerente ao instituto – o
Analyticsusu+rutu!rio pode ceder o uso a terceiros' Por +im, a lei do inquilinato, no que di" respeito #
su$locaão, esta$elece um teto de co$rana deste valor, a +im de impedir que o locat!rio
Save tire proveito Accept econ(mico
All dela – o que é e6atamente o contr!rio do usu+ruto, que pode ser 
cedido por qualquer valor ao terceiro, incrementando ainda mais a +ruião do usu+rutu!rio'
5e o usu+rutu!rio +or devedor de terceiros, pode o seu credor pen4orar seu direito de
usu+ruto A pen4ora Contudo,
incomunica$ilidade' do pr)prioa direito
pen4oraé imposs*vel
do e6erc*cio– do
.unto com éa per+eitamente
direito inaliena$ilidade vem a
poss*vel&
assim como o e6erc*cio pode ser cedido, pode ser pen4orado' Desde que a pen4ora do

Mic4ell 0unes Midle. Maron 143

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

e6erc*cio não mine a pr)pria su$sist/ncia do usu+rutu!rio – é sua nica renda, ou é sua
moradia –, a pen4ora do e6erc*cio é poss*vel'
Além de ser personal*ssimo e inalien!vel, o usu+ruto é temporário
temporário'' Até mesmo o
usu+ruto vital*cio é tempor!rio, porque se e6tin%ue com um termo incerto, qual se.a, a
morte' 0ão é perpétuo' Até mesmo o usu+ruto constitu*do em +avor de pessoa .ur*dica é
tempor!rio, se e6tin%uindo na e6tinão da pessoa .ur*dica, ou em pra"o de trinta anos, se
esta não se e6tin%uir' Ve.a
Ve.a o arti%o 7'7;, III, do CC&
>Art' 7'7;' - usu+ruto e6tin%ue3se, cancelando3se o re%istro no Cart)rio de
Re%istro de Im)veis&
'''G
III 3 pela e6tinão da pessoa .ur*dica, em +avor de quem o usu+ruto +oi constitu*do,
ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se comeou a
e6ercer1
'''GH

A e6tinão
e6tinão é aut
autom!
om!tic a, ex lege'
tica, lege' 0ada impede que 4a.a a constituião de novo
usu+ruto, mas aquele anterior se e6tin%ue ine6oravelmente'

7'8' Constituião do usu+ruto


constitu*do por ato inter vivos,
- usu+ruto pode ser constitu*do vivos, mero contrato podendo ser um
contrato de doaão com reserva de usu+ruto para o doador, $astante comum, di%a3seG, ou
mortis ca!sa,
ca!sa, em testamento' 0o testamento, é comum o le%ado de usu+ruto, em que se
entre%a este direito real so$re al%um $em a al%um dos 4erdeiros, ou a terceiro'
Pode 4aver usu+ruto por !s!capião
!s!capião'' Aparentemente, é di+*cil se ima%inar a posse de
um im)vel não indu"ir a usucapião do pr)prio im)vel, como seria a re%ra, mas 4! um
e6emplo que é o se%uinte& ima%ine3se que um usu+ruto é esta$elecido por contrato, por 
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de quin"e
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suposto usu+rutu!rio estaria irre%ularmente usu+ruindo do $em, porque o contrato seria
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nulo' Contudo, por ter .usto t*tulo e $oa3+é, este possuidor ter! direito de usucapir o
may change your settings at any time
usu+ruto,
or accept the default e6clusivamente, não podendo usucapir a pr)pria coisa, porque claramente não
settings.
tin4a anim!s domini so$re
domini so$re esta& tem anim!s fr!endi so$re o direito de usu+ruto, e não so$re
a propriedade, sendo por isso usucap*vel tão3somente o usu+ruto'
Privacy Policy - usu+ruto se constitui pelo re%istro no RQI, no caso do contrato ou do testamento'
 0a usucapião, o direito se constitui
cons titui no cumprimento dos requisitos, a sentena, declarat)ria,
declarat)r ia,
Marketing
sendo levada a re%istro apenas para 4aver e+eitos erga omnes'
omnes' Ve.a
Ve.a o arti%o 7'L=7 do CC&
Personalization
>Art' 7'L=7' - usu+ruto de im)veis, quando não resulte de usucapião, constituir3se3
Analytics ! mediante re%istro no Cart)rio de Re%istro de Im)veis'H

Save -Accept
usu+ Allo pode ser con
usu+rut
ruto consti
stitu*
tu*do tam$ém  por lei,
do tam$ém lei, ou -!dicialmente
ou  -!dicialmente,, ou ainda por 
ainda  por 
 s!brogação'' - usu+ruto le%al é instituto a+eito ao direito de +am*lia, como se v/ no arti%o
 s!brogação
7'O=, I, do CC&
>Art' 7'O=' - pai e a mãe, enquanto no e6erc*cio do poder +amiliar&
I 3 são usu+rutu!rios dos $ens dos +il4os1
II 3 t/m a administraão dos $ens dos +il4os menores so$ sua autoridade'H

Mic4ell 0unes Midle. Maron 144

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Esta norma é co%ente, e se presta a +uncionar como uma espécie de remuneraão


dos pais pela administraão dos $ens dos +il4os'
5o$ a é%i
é%ide
de do CC de 7=7O,
7=7O, 4avia
4avia ainda outro usu+ruto
usu+ruto le%a
le%al, anti%o !s!fr!to
l, o anti%o
vid!al , constitu*do pela lei em prol do c(n.u%e ou compan4eiro supérstite, quanto a parte do
 patrim(nio
condiãoo dedo
condiã c(n.u%e
4erdei
4erdeiro ou compan4eiro
ro a estas +i%uras,, e por+alecido'
+i%uras isso nãoAssim o era- por
mais vi%e' nomeconta
destedausu+ruto
aus/ncia
usu+rut da
o vem
da sua duraão, que vi%ia e enquanto perdurasse a viuve"'
- usu+ruto .udicial é aquele imposto por sentena' Pode o .ui", na e6ecuão, ao
invés de determinar a pen4ora dos $ens, por ser menos %ravoso ao devedor, determine a
constituião de usu+ruto pelo credor so$re $ens do devedor, a +im de que com a +ruião ele
ven4a
ven 4a a sa
sati
tis+a
s+a"e
"err seu
seu cré
crédi
dito
to'' Z cl
claro
aro ququee is
isso
so é pouco
pouco +a+act
ct*v
*vel
el,, mas
mas é poss*
poss*ve
vel,
l,
especia
espe cialme
lmente
nte em se tra tratan
tando
do de uma o$ri o$ri%aã
%aãoo ali
alimen
mentar
tar,, por e6e
e6empl
mplo&
o& o usu+rut
usu+rutoo
alimentar é medida altamente e+ica" de satis+aão do crédito do alimentante'
- usu+ruto por su$ro%aão, por +im, assim se veri+ica& ima%ine3se que 4a.a um
usu+ruto so$re $em im)vel que é se%urado' Este $em, por al%um acaso, vem a perecer' -
usu+ruto se su$ro%ar! na indeni"aão pa%a, ou se.a, o usu+rutu!rio do im)vel perecido ser!
usu+rutu!rio do din4eiro pa%o como indeni"aão' Ao ser aplicado o valor da indeni"aão
 pa%a pela compan4ia de se%uro na construão de um novo im)vel, o usu+rutu!rio se
su$ro%ar! naquele novo $em' E repare que enquanto o usu+ruto estiver so$re o din4eiro,
est! desen4ada
desen4ada uma 4ip)te
4ip)tesese de usu+ruto impr)
impr)prio'
prio' -s arti%os
arti%os 7';F a 7';= do CC se
re+erem a 4ip)teses de su$ro%aão, mas serão vistos adiante, quando da a$orda%em dos
deveres do usu+rutu!rio, eis que se encontram neste cap*tulo do CC'

7'L' Direitos do usu+rutu!rio

- arti%o 7'L= do CC inicia o cap*tulo que se re+ere aos direitos do usu+rutu!rio&


This website stores data such as
cookies to enable essential site >Art' 7'L=' - usu+rutu!rio tem direito # posse, uso, administraão e percepão dos
functionality, as well as marketing, +rutos'H
personalization, and analytics. You
may change your settings at any time
- us
usu+
u+ru
or accept the default settings. rutu
tu!r
!rio
io te
tem
m a po
 propriet!rio' - usu+rutu!rio, por poss
portanto,ssee di
dire
reta
ta do $e $em,
m, dedei6
i6an
ando
tanto, tem direito # proteão possess)ria do a in indi
dire
reta
ta co
possess)r ia contra todos que acom
m o nu
 pertur$em indevidamente, inclusive o possuidor indireto'
Privacy Policy - usu+rutu!rio pode e6trair +rutos de toda sorte, naturais, industriais ou civis'
Kuan
Ku to aos  prod!tos
anto  prod!tos,, porém, 4! enorme diver%/ncia quanto # possi$ilidade de que o
Marketing
usu+rutu!rio
usu+rut u!rio os perce$a' Isto porque, como se sa$e, o produto es%ota a si ou a coisa de que
é retirado, e por isso 4averia, em tese, alteraão da ess/ncia da coisa, o que é vedado no
Personalization
usu+ruto' Com $ase neste ar%umento, da alteraão da ess/ncia da coisa, 4! quem de+enda
Analytics
que a retirada de produtos é inadmiss*vel' 2odavia, a ampla maioria da doutrina entende
que
que os prod
produt
utos
os,, as
assi
sim
m cocomo
mo os +r +rut
utos
os,, po
pode
dem
m seserr e6
e6tr
tra*
a*do
doss pe
pelo
lo us
usu+
u+ru
rutu
tu!r
!rio
io,,
Save simplesmente Acceptporque
All a lei não pro*$e esta e6traão'
Kuanto aos +rutos 4! re%ras especiais nos arti%os 7'L=O a 7'L= do CC&
>Art' 7'L=O' 5alvo direito adquirido por outrem, o usu+rutu!rio +a" seus os +rutos
naturais, pendentes ao comear o usu+ruto, sem encar%o de pa%ar as despesas de
 produão'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 145

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Par!%ra+o nico' -s +rutos naturais, pendentes ao tempo em que cessa o usu+ruto,


 pertencem ao dono, tam$ém sem compensaão das despesas'H
despesas'H

>Art' 7'L=F' As crias


crias dos animais
animais pertencem
pertencem ao usu+rutu!r
usu+rutu!rio,
io, dedu"idas
dedu"idas quantas
 $astem para inteirar
inteirar as ca$eas
ca$eas de %ado e6istentes
e6istentes ao comear o usu+ruto'H

>Art' 7'L=' e-sao+rutos


 propriet!rio, civis, vencidos
usu+rutu!rio os na na
os vencidos data inicial
data do cessa
em que usu+ruto, pertencem ao
o usu+ruto'H
usu+ruto'H

Kuanto aos +rutos industriais, que não são e6pressamente versados nesta parte do
CC, aplica3se, para quase unanimidade da doutrina, o dispositivo re+erente aos naturais'
5omente 0elson Rosenvald de+ende que não é aplic!vel esta norma aos industriais'
- !s!fr!to de cr+ditos é
cr+ditos é tratado no arti%o se%uinte, 7'L=9 do CC&
>Art' 7'L=9' Kuando o usu+ruto recai em t*tulos de crédito, o usu+rutu!rio tem
direito a perce$er os +rutos e a co$rar as respectivas d*vidas'
Par!%ra+o
Par!% ra+o nico' Co$radas
Co$radas as d*vidas,
d*vidas, o usu+rutu!r
usu+rutu!rio
io aplicar!
aplicar!,, de imediato,
imediato, a
importncia em t*tulos da mesma nature"a, ou em t*tulos da d*vida p$lica +ederal,
com cl!usula
cl!usula de atuali"a
atuali"aão
ão monet!ri
monet!riaa se%undo
se%undo *ndices
*ndices o+iciais
o+iciais re%ularme
re%ularmente
nte
esta$elecidos'H

5e o ususu+r
u+rut
utu!
u!ri
rioo nã
nãoo +a" o que este di
dispo
sposi
siti
tivo
vo supra
supra im
imp?e
p?e,, po
pode
der!
r! o nu
 propriet!rio e6tin%uir o usu+ruto, por conta da inadimpl/ncia desta o$ri%aão espec*+ica'
Ve.a o arti%o 7'7;, VII do CC&
>Art' 7'7;' - usu+ruto e6tin%ue3se, cancelando3se o re%istro no Cart)rio de
Re%istro de Im)veis&
'''G
VII 3 por culpa do usu+rutu!rio, quando aliena, deteriora, ou dei6a arruinar os $ens,
não l4es acudindo com os reparos de conservaão, ou quando, no usu+ruto de
This website stores data such as t*t
t*tulo
uloss de cré
crédit
dito,
o, não d! #s import
importnc
ncias
ias rec
rece$i
e$idas
das a apl
aplica
icaã
ãoo previs
prevista
ta no
cookies to enable essential site  par!%ra+o nico do art' 7'L=91
functionality, as well as marketing, '''GH
personalization, and analytics. You
may change your settings Mais do que
at any time resolver o contrato, o usu+rutu!rio que assim proceder dever! arcar 
com eventuais
or accept the default settings. perdas e danos causadas ao propriet!rio'

7'' Deveres do usu+rutu!rio


Privacy Policy

Marketing - arti%o 7'L== do CC, 4! pouco transcrito, imp?e o primeiro dever ao usu+rutu!rio&
o de manter a coisa em per+eito estado, e o de respeitar a destinaão a que +oi esta constrita
Personalization
quando da constituião do usu+ruto' 5e +oi dado o usu+ruto para +inalidade a%r*cola, a
tredestinaão é causa de e6tinão do direito'
Analytics
Esta re%ra, porém, não se aplica ao usu+ruto le%al, dos pais so$re os $ens dos +il4os
Save so$ poder +amiliar,
Accept All pela simples ra"ão que é completamente livre a destinaão de tais $ens'
A proteão do nu propriet!rio, aqui – o +il4o –, é tam$ém le%al, e espec*+ica, como se v/ no
arti%o 7'O=7 do CC&
>Art' 7'O=7' 0ão podem os pais alienar, ou %ravar de (nus real os im)veis dos
+il4os, nem contrair, em nome deles, o$ri%a?es que ultrapassem os limites da

Mic4ell 0unes Midle. Maron 146

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

simples administ
simples administraã
raão,
o, salvo por necessida
necessidade
de ou evidente
evidente interess
interessee da prole,
prole,
mediante prévia autori"aão do .ui"'
Par!%ra+o nico' Podem pleitear a declaraão de nulidade dos atos previstos neste
arti%o&
I 3 os +il4os1
II 3 os 4erdeiros1
III 3 o representante le%al'H
- principal dever do usu+rutu!rio, como .! se disse, é a devoluão da coisa no
estado em que rece$ida' 0o cap*tulo dedicado aos deveres do usu+rutu!rio, o primeiro
arti%o do CC, 7'7;, esta$elece a +orma de se de+inir o estado inicial do $em, .ustamente a
+im de promover a se%urana para am$os, nu propriet!rio e usu+rutu!rio, de que quando da
restituião este dever est! cumprido' Ve.a&
Ve.a&
>Art' 7';;' - usu+rutu!rio, antes de assumir o usu+ruto, inventariar!, # sua custa,
os $ens que rece$er, determinando o estado em que se ac4am, e dar! cauão,
+ide.uss)ria ou real, se l4a e6i%ir o dono, de velar3l4es pela conserva
conservaão,
ão, e entre%!3
los +indo o usu+ruto'
Par!%ra+o nico' 0ão é o$ri%ado # cauão o doador que se reservar o usu+ruto da
coisa doada'H

A lei não comina sanão para o descumprimento deste ato de inventariana, e por 
isso a doutrina di" apenas que, não 4avendo esta prova, a lei presume que o $em ten4a sido
entre%ue em $om estado %eral ao usu+rutu!rio – presunão relativa, mas que pesa, a priori, priori,
contra o usu+rutu!rio, que dever! provar que de+eitos não +oram por ele causados'
Este arti%o cria ainda um outro dever ao usu+rutu!rio, e6i%*vel pelo nu propriet!rio&
 pode este e6i%ir cauão, so$ pena de perder, o usu+rutu!rio, o poder de administraão da
coisa, que passa ao nu propriet!rio' 0este caso, o que se passa é estran4o& o nu propriet!rio,
que a%ora é administrador da coisa +ru*da por outrem, dever! "elar para que os +rutos se.am
This website stores data such
 pro$amente as
entre%ues ao usu+rutu!rio, e, para tanto, é devida por ele ao usu+rutu!rio, a%ora,
cookies to enable essential site
uma cauão para %aranti
%arantirr esta pro$idade na admini
administraão
straão'' -corre verdadeira
verdadeira inversão nas
functionality, as well as marketing,
responsa$ilidades' Z claro que, administrador que é, deve ser remunerado por este tra$al4o,
personalization, and analytics. You
retendo parte dos +rutos que est! administrando' V
may change your settings at any time
Ve.a
e.a o arti%o 7';7 do CC&
or accept the default settings.
>Art' 7';7' - usu+rutu!rio que não quiser ou não puder dar cauão su+iciente
 perder! o direito de administrar o usu+ruto1 e, neste caso, os $ens serão
Privacy Policy
administrados pelo propriet!rio, que +icar! o$ri%ado, mediante cauão, a entre%ar 
ao usu+rutu!rio o rendimento deles, dedu"idas as despesas de administraão, entre
Marketing as qu
quai
aiss se inincl
clui
uir!
r! a qu
quan
anti
tiaa +i6a
+i6ada
da pe
pelo
lo .u
.ui"
i" co
como
mo remu
remune
nera
raã
ãoo do
administrador'H
Personalization
Con+orme o par!%ra+o nico do arti%o 7';; do CC, a cauão é ine6i%*vel do doador 
Analytics
que se torna usu+rutu!rio do $em doado'
As deteriora?es ordin!rias do $em, aquelas consideradas normais e inevit!veis, não
Save Accept All
demandam reparaão' Isto porque o direito de uso, em$utido no usu+ruto, tra" este des%aste
consi%o' Ve.a
Ve.a o arti%o 7';8 do CC&
>Art' 7';8' - usu+rutu!rio não é o$ri%ado a pa%ar as deteriora?es resultantes do
e6erc*cio re%ular do usu+ruto'H

Mic4ell 0unes Midle. Maron 147

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

As desp
despes
esas
as or
ordi
din!
n!ri
rias
as de co cons
nser
erva
vaã
ão,
o, po
porr )$
)$vi
vio,
o, sã
sãoo in
incu
cum$
m$/n
/nci
cias
as do
usu+rutu!rio,
usu+rutu!rio, sem que se.a ressarc*vel
ressarc*vel,, por )$vio& é despesa de uso do $em, e o uso é dele,
naquele per*odo'
per*odo' Z um dever de manutenão e conserva
conservaão'
ão' A mesma
mesma l)%ica se aplica
aplica aos
presta?es propter rem'
tri$utos e presta?es propter rem' Ve.a
Ve.a o arti%o 7';L do CC&

>Art' 7';L Incum$em


I 3 as despesas ao de
ordin!rias usu+rutu!rio&
conservaão dos $ens no estado em que os rece$eu1
II 3 as presta
presta?e
?ess e os tri
tri$ut
$utos
os devido
devidoss pel
pelaa posse
posse ou rendim
rendiment
entoo da coi
coisa
sa
usu+ru*da'H

Kuantoo #s despes
Kuant as  propter rem
despesas rem,, como a copta condominial, por e6emplo, são
co$r!vei
co$r!veis,
s, se%
se%undo
undo a maiori
maioriaa da .ur
.urisp
isprud/
rud/nci
ncia,
a, tan
tanto
to do nu prop
proprie
riet!r
t!rio
io quanto
quanto do
usu+rutu!rio, mas como incum$em a este ltimo, se o nu propriet!rio pa%ar, ter! re%resso
contra ele'
As despesas e6traordin!rias, $em como as ordin!rias que não ten4am custo m)dico,
incum$em ao nu propriet!rio'
pr opriet!rio' V
Ve.a
e.a o arti%o 7'; do CC&
>Art' 7';' Incum$em ao dono as repara?es e6traordin!rias e as que não +orem
de custo m)dico1 mas o usu+rutu!rio l4e pa%ar! os .uros do capital despendido com
as que +orem necess!rias # conservaão, ou aumentarem o rendimento da coisa
usu+ru*da'
\ 7] 0ão se consideram m)dicas as despesas superiores a dois teros do l*quido
rendimento em um ano'
\ 8] 5e o do dono
no nã
nãoo +i
+i"e
"err as repa
repara
ra?
?es
es a qu
quee est!
est! o$
o$ri
ri%a
%ado
do,, e qu
quee sã
sãoo
indispens!veis # conservaão da coisa, o usu+rutu!rio pode reali"!3las, co$rando
daquele a importncia despendida'H

- \ 7] deste arti%o supra de+ine o custo m)dico& se a despesa supera dois teros
daquilo que o usu+rutu!rio poderia +ruir do $em durante um ano, a despesa para sua
This website stores data such
manutenão nãoas pode ser considerada m)dica'
cookies to enable essential site 7';O do CC esta$elece outro dever do usu+rutu!rio relevante&
- arti%o
functionality, as well as marketing, >Art' 7';O' - usu+rutu!rio é o$ri%ado a dar ci/ncia ao dono de qualquer lesão
personalization, and analytics. You  produ"ida contra a posse da coisa, ou os direitos deste'H
may change your settings at any time
or accept the default settings.
- +ato de ter que cienti+icar o propriet!rio da pertur$aão da posse não impede que
o pr)prio usu+rutu!rio de+enda a coisa, valendo3se de todas as +ormas de proteão da posse'
Privacy Policy
A ci/ncia deve ser dada para que o nu propriet!rio tam$ém possa e6ercer esta de+esa, se
quiser'
Marketing Ve.a que a proteão possess)ria não é dever do usu+rutu!rio, é um direito& se ele
quiser, pode dei6ar de prote%er a posse' -corre que se o usu+rutu!rio dei6ar de cumprir este
Personalization
dever de in+ormar, e dei6ar de prote%er a posse, a* sim 4aver! uma que$ra de deveres a
Analytics
ense.
ense.ar
ar tant
tantoo a res
resci
cisã
sãoo do co
cont
ntrat
ratoo qua
quant
ntoo a re
respo
sponsa
nsa$i
$ili
li"a
"aão
ão do us
usu+r
u+rut
utu!
u!ri
rioo por 
eventuais perdas e danos'
Save ZAccept
claroAll
que se o usu+rutu!rio sequer sou$er do ataque # posse, não pode ser 
imputado pela não comunicaão desta ao nu propriet!rio'
-s arti%os 7';F a 7';= do CC tra"em 4ip)teses de su$ro%aão no usu+ruto'
Ve.amos cada dispositivo&
>Art' 7';F' 5e a coisa estiver se%urada, incum$e ao usu+rutu!rio pa%ar, durante o
usu+ruto, as contri$ui?es do se%uro'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 148

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

\ 7] 5e o usu+r
usu+rutu
utu!r
!rio
io +i
+i"er
"er o se%uro
se%uro,, ao propri
propriet!
et!rio
rio ca$er!
ca$er! o dir
direit
eitoo del
delee
resultante contra o se%urador'
se%urador'
\ 8] Em qualquer 4ip)tese, o direito do usu+rutu!rio +ica su$3ro%ado no valor da
indeni"aão do se%uro'H

5e a coisa contar com se%uro, o usu+rutu!rio deve arcar com seu pa%amento
enquanto durar o usu+ruto – +a" parte do direito de manutenão da coisa' 5e esta vier a
 perecer, o direito ao crédito pela indeni"aão incum$e ao propriet!rio, porque o se%uro
indeni"a
indeni"a a propri
propriedade
edade da coisa' Contud
Contudo,
o, rece$ida a indeni"aão,
indeni"aão, ela é de propriedade do
nu propriet!rio, mas o usu+ruto que reca*a so$re a coisa perdida a%ora recai, nos mesmos
moldes, so$re o din4eiro da indeni"aão – ocorre a constituião por meio de su$ro%aão,
como .! se viu, criando3se um quase usu+ruto, usu+ruto impr)prio'
A norma deste arti%o é de direito privado, e por isso nada impede que 4a.a a
imposião contratual de custeio do se%uro incum$indo ao nu propriet!rio'
- arti%o 7'; do CC di"&
>Art'
>Ar t' 7'
7';'
;' 5e um edi
edi+*c
+*cio
io su.
su.eit
eitoo a usu+r
usu+ruto
uto +or destru*d
destru*doo sem culpa do
 propriet!rio, não ser! este o$ri%ado a reconstru*3lo, nem o usu+ruto se
res
resta$
ta$ele
elecer
cer!,
!, se o propri
propriet!
et!rio
rio rec
recons
onstru
truir
ir # sua custa o prédio
prédio11 mas se a
indeni"aão
usu+ruto'H do se%uro +or aplicada # reconstruão do prédio, resta$elecer3se3! o

Navendo perecimento
perecimento do $em, sem culpa do proprie
propriet!rio
t!rio,, o usu+ruto
usu+ruto simplesment
simplesmentee
se e6tin%ue, por perda do o$.eto' 0ão 4! o$ri%aão
o$ri%aão de reconstruão
reconstruão da coisa, muito
muito menos
su$ro%aão do usu+ruto nesta se a coisa +or reconstru*da pelo propriet!rio, # sua custa' A
4ip)tese de su$ro%aão que este dispositivo tra" é somente aquela em que o din4eiro
 proveniente do se%uro que eventualmente e6istia vier a ser empre%ado na construão de
nova coisa& se .! e6istia su$ro%aão do usu+ruto so$re o din4eiro pa%o pela se%uradora,
comodata
This website stores disp?e
suchoasarti%o anterior, nada mais l)%ico que, 4avendo empre%o deste din4eiro em
novaessential
cookies to enable construão,
site a su$ro%aão se estenda ao $em resultante' 2rata3se do mesmo usu+ruto,
functionality, as wellalteraão
com as marketing,
o$.etiva'
personalization, and analytics.
Ve.a queYou
se o propriet!rio reconstr)i a coisa por sua conta, com din4eiro seu, porque
may change your settings at any time
or accept the default settings.
não 4avia
usu+ruto ori%inal, que construindo
se%uro, est! +ora e6tinto coisa nova do
por perda com din4eiro
o$.eto' Z pornovo,
issocompletamente
que, neste caso,al4eio ao
não 4!
que se +alar em su$ro%aão'
Privacy Policy Nave
Na vendo
ndo culpa
culpa do prpropr
oprie
iet!
t!ri
rioo no per
perec
ecim
iment
entoo do $e $em,
m, el
elee est!
est! o$
o$ri
ri%a
%ado
do a
reconstitu*3lo, e, +a"endo3o, naturalmente, o usu+ruto se su$ro%ar! naquele $em resultante'
Marketing
5e não o +i"er, não reconstruir, 4! descumprimento contratual – o o$.eto +oi perdido pelo
 perecimento culposo do propriet!rio –, e o nu propriet!rio dever! arcar com eventuais
Personalization
 perdas e danos perante o usu+rutu!rio'
us u+rutu!rio'
Analytics
- arti
arti%o
%o 7'7';
;== do CC tr tra"
a" duduas
as ou
outr
tras
as 4i
4ip)
p)tetese
sess le
le%a
%ais
is de susu$r
$ro%
o%a
aão
ão&& na
desapropriaão e nos danos causado
causadoss por terceiros' Ve.a&
Ve.a&
Save Accept All
>Art' 7';=' 2am$ém +ica su$3ro%ada no (nus do usu+ruto, em lu%ar do prédio, a
indeni"aão pa%a, se ele +or desapropriado, ou a importncia do dano, ressarcido
 pelo terceiro
terceiro respons!vel no caso de dani+icaão ou perda'H

Mic4ell 0unes Midle. Maron 149

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

5e o $em +oi desapropriado, ou se o terceiro causa danos ao $em, 4aver! pa%amento


de indeni"aão' 2al qual no se%uro, o usu+ruto se su$ro%a no valor pa%o, e no eventual $em
constru*do ou adquirido com o valor da indeni"aão'
Em todos os casos em que 4aver! su$ro%aão, nos interre%nos entre as altera?es
o$.etivas
o$.etivas do contrat
contrato,
o, o pra"o do usu+rut
usu+ruto,
o, se não vital*cio,
vital*cio, +ica suspenso,
suspenso, recomeando de
onde estava quando da perda da coisa'
7'9' Causas de e6tinão do usu+ruto

- arti%o 7'7; do CC, .! ocasionalmente a$ordado, tra" as causas e6pressas de


e6tinão deste contrato' V
Ve.a3o
e.a3o na *nte%ra&
>Art' 7'7;' - usu+ruto e6tin%ue3se, cancelando3se o re%istro no Cart)rio de
Re%istro de Im)veis&
I 3 pela renncia ou morte do usu+rutu!rio1
II 3 pelo termo de sua duraão1
III 3 pela e6tinão da pessoa .ur*dica, em +avor de quem o usu+ruto +oi constitu*do,
ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se comeou a
e6ercer1
IV 3 pela cessaão do motivo de que se ori%ina1
V 3 pela destruião da coisa, %uardadas as disposi?es dos arts' 7';F, 7';, 8T
 parte, e 7';=1
VI 3 pela consolidaão1
VII 3 por culpa do usu+rutu!rio, quando aliena, deteriora, ou dei6a arruinar os $ens,
não l4es acudindo com os reparos de conservaão, ou quando, no usu+ruto de
t*t
t*tulo
uloss de cré
crédit
dito,
o, não d! #s import
importnc
ncias
ias rec
rece$i
e$idas
das a apl
aplica
icaã
ãoo previs
prevista
ta no
 par!%ra+o nico do art' 7'L=91
VIII 3 Pelo não uso, ou não +ruião, da coisa em que o usu+ruto recai arts' 7'L=; e
7'L==G'H
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Este site
cookies to enable essential rol não é ta6ativo, é e6empli+icativo' om e6emplo de causa e6tintiva do
usu+ruto
functionality, as que não est! presente neste arti%o é o implemento de condião resolutiva
well as marketing, do
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contrato, You esta& contratado usu+ruto condicionado, e não a termo, o implemento
se aposta da
may change your settings at any time
or accept the default settings.
condião e6tin%ue o contrato'
As causas
causas de e6tin
e6tinão
ão do usu+ rutoo de bem imóvel   arroladas são todas indiretas,
usu+rut
 porque a cacausa
usa direta, a e6tinão em ssi,i, s) vem de um ev
evento&
ento& o cancelamento do re%istro
Privacy Policydeste contrato no RQI' 0o usu+ruto de $em m)vel, as causas são diretas'
A renncia ao usu+ruto, pelo usu+rutu!rio, é ato +ormal que deve ser levado a
re%istro, +eita por escritura p$lica' 2anto a renncia como a morte permitem a e6tinão do
Marketing
usu+rutoo sem necessidade de sentena .udicial para tanto, se%undo a .urisprud/ncia
usu+rut
Personalization .urisprud/ncia – $asta
 proceder ao cancelamento no RQI' Ve.a Ve.a a smula 7L do 2J<RJ&
Analytics >5mula 7L, 2J<RJ RJ&& 5:R2
R2-' E@2I0S- S- P-R M-R2E D-
5:R2_RI-' DE50ECE55IDADE DE PR-CEDIME02- JDICIAB'
Save Accept All kE6tinto pela morte do usu+rutu!rio, o usu+ruto institu*do por ato intervivos, o
cancelamento do %ravame, no Re%istro de Im)veis, independe de prévia decisão
 .udicial'jH
- CC de 7=7O tratava da renncia como caso e6cepcional de alienaão ao direito de
usu+ruto, porque se entendia que o direito de usar e +ruir era trans+erido, por este ato, ao nu

Mic4ell 0unes Midle. Maron 15

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 propriet!rio' -corre que não se trata de uma trans+er/ncia, e sim de uma retomada, pelo que
não se trata de 4ip)tese de alienaão'
- alcance do termo +inal do pra"o é causa natural de e6tinão do usu+ruto, quando
não coincida com a morte do usu+rutu!rio, como no usu+ruto vital*cio'
- usu+ruto em prol da pessoa .ur*dica se e6tin%ue pelo +im desta, quando não +i6ado
termo, ou em até trinta anos, se ela perdurar tanto tempo' 5e o contrato previr pra"o maior,
considera3se a parte que e6ceder a trinta anos ine+ica", valendo o pacto por trinta anos'
- inciso IV do arti%o 7'7; acima trata de 4ip)tese peculiar, que depende de decisão
 .udicial& o usu+ruto se e6tin%ue pela cessaão do motivo pelo qual se ori%inou' Motivo,
como se sa$e, não se con+unde com causa& o motivo é altamente su$.etivo, e não consta do
contrato, em re%ra, pelo que a veri+icaão de seu +im depende de an!lise .udicial'
- perecimento da coisa +a" e6tinto o contrato, a não ser que se enquadre em uma
das modalidades de su$ro%aão .! analisadas, quando então 4! mero deslocamento o$.etivo
do usu+ruto'
- inciso VI do arti%o 7'7; do CC +ala em consolidaão como causa de e6tinão do
usu+r
us u+rut
uto'
o' Co
Conso
nsolilida
darr nad
nadaa mais
mais é do que operar
operar a co
con+u
n+usã
sãoo entre
entre as +i
+i%ur
%uras
as de nu
 propriet!rio e usu+rutu!rio, de um lado ou de outro da relaão& se o propriet!rio o$tém o
usu+ruto, ou se o usu+rutu!rio adquire o $em, 4! consolidaão do dom*nio pleno nesta
 pessoa, e6tin%uindo3se o contrato de usu+ruto'
us u+ruto'
- inciso VII do arti%o em comento trata da e6tinão por culpa do usu+rutu!rio& se
este aliena, deteriora, ou dei6a arruinar os $ens, ino$servando o dever primordial de
conservaão, o usu+ruto se e6tin%ue' Esta violaão contratual depende de medida .udicial
 para sua constataão, e consequente e6tinão do contrato' 0a parte +inal deste dispositivo,
 .! a$ordada outrora, no usu+ruto de t*tulos de crédito, é causa de e6tinão do contrato a não
aplicaão das importncias rece$idas pelo crédito na +orma da lei, ditada no arti%o 7'L=9 do
CC, .! transcrito, e que di" que o usu+rutu!rio aplicar!, de imediato, a importncia em
t*tulosdata
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mesma as nature"a, ou em t*tulos da d*vida p$lica +ederal'
- usu+ruto
cookies to enable essential site tam$ém se e6tin%ue pelo não uso ou não +ruião da coisa, ou se.a, o
motivo
functionality, as well as%enérico
marketing,de todo usu+ruto, especialmente o %ratuito, qual se.a, o amparo alimentar,
personalization, and analytics.
dei6a You e o usu+ruto perde a sua +unão' Esta e6tinão deve ser declarada
de e6istir,
may change your settings at any time
or accept the  .udicialmente,
default settings. e o maior pro$lema,
 por quanto tempo o $em deve +icaraqui,
semé auso
aus/ncia de previsão
ou +ruião até ser de pra"o le%al
decretada de inércia&
a e6tinão do
usu+ruto
Privacy Policy Marco Aurélio e"erra de Melo capitaneia corrente que, ante o sil/ncio da lei, deve
ser aplicado o maior pra"o prescricional e6istente no CC, que 4o.e é de de" anos' Este
ar%umento encontra amparo no arti%o 7'L=, III, do CC, que +ala neste pra"o para a
Marketing
e6tinão da servidão pelo não uso&
Personalization

Analytics >Art' 7'L=' 2am$ém


2am$ém se e6tin%ue a servidão, +icando ao dono do prédio serviente a
+aculdade de +a"/3la cancelar, mediante a prova da e6tinão&
Save Accept All '''G
III 3 pelo não uso, durante de" anos cont*nuos'H

A corrente ma.orit!ria, porém, é a adotada pelo CJ:, como se v/ no seu enunciado


A corrente ma.orit!ria, porém, é a adotada pelo CJ:, como se v/ no seu enunciado
898, da 2erceira Jornada de Direito Civil&
>Enunciadoo 898, CJ: – Art' 7'7;& A e6tinão
>Enunciad e6tinão do usu+ruto
usu+ruto pelo não3uso,
não3uso, de que
trata o art' 7'7;, inc' VIII, independe do pra"o previsto no art' 7'L=, inc' III,

Mic4ell 0unes Midle. Maron 151

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

operando3se imediatamente' 2em3se por desatendida, nesse caso, a +unão social


do instituto'H

Ve.a que simplesmente não 4! pra"o, para esta corrente& constatado o não uso ou
não +ruião, o usu+ruto simplesmente se e6tin%ue imediatamente, a depender unicamente da
 prova, em Esta
se esvaiu' .u*"o,su$.etividade
de que a +unão social do
é criticada instituto,
pela seu motivo
outra corrente, %enérico
de Marco o pesoque
Aurélio, alimentarG,
di" que
tal veri+icaão casu*stica pode %erar situa?es a$surdas e desi%uais – mas é a posião
ma.orit!ria'
N! ainda uma ltima causa le%al de e6tinão do usu+ruto, traada no arti%o 7'77 do
CC&
>Art' 7'77' Constitu*do o usu+ruto em +avor de duas ou mais pessoas, e6tin%uir3se3
! a parte em relaão a cada uma das que +alecerem, salvo se, por estipulaão
e6pressa, o quin4ão desses cou$er ao so$revivente'H

2rata, este arti%o, do !s!fr!to sim!lt7neo,


sim!lt7neo, dado concomitantemente a dois ou mais
usu+rutu!rios, que se tornam compossuidores da coisa, e é per+eitamente v!lido – não se
con+undindo com o usu+ruto sucessivo, que é vedado, como dito' 0o caso do usu+ruto
simultneo, a morte de um dos co3usu+rutu!rios não d! direito ao outro de acrescer o
usu+rut
usu+ rutoo da coi
coisa,
sa, automa
automatic
ticame
amente
nte&& morto
morto um dos co3usu+r
co3usu+rutu
utu!ri
!rios,
os, seu quin4ão
quin4ão de
usu+ruto e6tin%ue3se, ou se.a, o nu propriet!rio passa a ter consi%o aquela parcela de direito
de usar e +ruir a coisa, tornando3se compossuidor direto da coisa, concomitantemente ao co3
usu+rutu!rio so$revivente' Esta norma é dispositiva, porém, podendo o contrato de usu+ruto
contemplar ao co3usu+rutu!rio so$revivente o direito de acrescer a seu usu+ruto o direito de
usu+ruto dei6ado pelo +alecido'
N! uma s) e6ceão, em que o direito de acrescer é le%almente entre%ue ao co3
usu+rutu!rio
This website stores supérstite&
data such as a do le%ado dei6ado em usu+ruto simultneo no testamento' Ve.a o
arti%o
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essential do CC&
functionality, as well as marketing,
personalization, and analytics. You >Art' 7'=O' Be%ado um s) usu+ruto con.untamente a duas ou mais pessoas, a parte
may change your settings at any time da que +altar acresce aos co3le%at!rios'
or accept the default settings. Par!%ra+o nico' 5e não 4ouver con.unão entre os co3le%at!rios, ou se, apesar de
con.un
con.untos
tos,, s) l4e
l4ess +oi le%
le%ada
ada certa
certa parte
parte do usu+ru
usu+ruto,
to, consol
consolida
idar3
r3se3
se3ão
ão na
 propriedade as quotas
quotas dos que +altarem,
+altarem, # medida que eles +orem
+orem +altando'H
Privacy Policy
Ve.a que o direito de acrescer, aqui, é dado quando o le%ado +or dei6ado na +orma
Marketing
con.unta, ou se.a, sem de+inião de cota para nen4um dos usu+rutu!rios simultneos' 5e o
usu+ruto não +or con.unto, ou se.a, +or esta$elecida a cota de usu+ruto de cada um, a re%ra
Personalization
volta a ser a %eral& não 4aver! direito de acrescer, e o nu propriet!rio consolidar! as
Analytics
 parcelas de usu+ruto daqueles co3usu+rutu!rios que vierem a ++alecer
alecer pois se entende que o
test
testad
ador
or est
esta$
a$el
elec
eceu
eu te
teto
to de us
usu+r
u+rut
utoo para
para ca
cada
da um dos usu+ru
usu+rutu
tu!r
!rio
ioss si
simu
mult
ltne
neos
os,,
Save  presumindo3se
Accept aAllvontade de não permitir acréscimoG'
 0ovamente, é re%ra dispositiva, e se o testador quiser pode e6pressar que não
4aver! direito de acrescer entre os co3usu+rutu!rios le%at!rios'
2. Direito de uso e direito real de a,ita"#o

Mic4ell 0unes Midle. Maron 152

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Estes direitos t/m muita semel4ana com o usu+ruto, e por isso a pro6imidade do
estudo dos institutos'
Kuanto ao direito real de uso, ve.a o que di" o arti%o 7'7L do CC
>Art' 7'7L' 5ão aplic!veis ao uso, no que não +or contr!rio # sua nature"a, as
disposi?es relativas ao usu+ruto'H
J! em relaão ao direito real de 4a$itaão, ve.a o arti%o 7'7O do CC&
>Art' 7'7O' 5ão aplic!veis # 4a$itaão, no que não +or contr!rio # sua nature"a, as
disposi?es relativas ao usu+ruto'H

Escalonando os tr/s direitos – usu+ruto, uso e 4a$itaão –, poder3se3ia di"er que o


uso é um usu+ruto minimi"ado, carente da +ruião – é um mini3usu+ruto1 e o direito real de
4a$itaão representa apenas um dos poderes do usu+ruto'
Ve.a o arti%o 7'78 do CC&
>Art' 7'78' - usu!rio usar! da coisa e perce$er! os seus +rutos, quanto o e6i%irem
as necessidades suas e de sua +am*lia'
\ 7] Avaliar3se3ão as necessidades pessoais do usu!rio con+orme a sua condião
social e o lu%ar onde viver'
viver'
\ 8] As necessidades da +am*lia do usu!rio compreendem as de seu c(n.u%e, dos
+il4os solteiros e das pessoas de seu servio doméstico'H

-ra, como pode o cap!t  deste


 deste dispositivo di"er que o usu!rio perce$er! os +rutos, se
esta +ruião é uma prerro%ativa do usu+ruto Entenda& o direito real de uso é con+erido
apen
apenas
as para
para o us uso,o, send
sendoo es
estta, de +a
+atto, su
suaa n
niica +i
+ina
nallida
dade
de – e nã nãoo a +r
+rui
uiã
ão'
o'
E6cepcionalmente, porém, é permitido ao usu!rio e6trair +rutos da coisa, nos limites das
necessidades
This website stores data suchsu$sistenciais
as sua e de sua +am*lia' Como e6emplo, pode o usu!rio de uma
casaessential
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no terreno desta e col4er dali os +rutos para alimentaão de sua +am*lia1 ou o
usu!rio
functionality, as well asde um apartamento alu%ar um quarto, a +im de o$ter renda alimentar, se desprovido
marketing,
personalization,deand
qualquer meio
analytics. Youde su$sistir'
may change your settings - que nãotime
at any é permitido, .amais, é que o usu!rio e6traia +rutos do $em além do limite
or accept the default settings.
da necessidade su$sistencial, porque então estar3se3ia equiparando a um usu+ruto' Z por 
isso que os \\ do arti%o 7'78 do CC se dedicam a identi+icar os limites da necessidade do
Privacy Policyusu!rio e sua +am*lia' A re+er/ncia da parte +inal do \ 8], a >pessoas de seu servio
domést
dom éstico
icoH,
H, é te6
te6toto em desu
desuso,
so, porque
porque se re+e
re+eria
ria ori%in
ori%inalm
alment
entee #quele
#queless empre%a
empre%ados
dos
Marketingdomésticos que residiam .unto aos patr?es, dependendo economicamente do usu!rio' No.e,
não se .usti+ica mais esta previsão, ante a %ama de direitos tra$al4istas com que os
Personalization
empre%ados domésticos contam'
Analytics Para 0elson Rosenvald, a mel4or maneira de se di+erenciar o uso do usu+ruto é
 .ustamente entender que a percepão de +rutos pelo usu!rio não s) é e6cepcional, se
Save limitando Accept All
# necessidade su$sistencial do usu!rio e +am*lia, mas tam$ém que estes +rutos
autori
autori"ad
"ados
os são some
somentente os nat!rais
nat!rais'' Z posião minorit!ria, porque limita a +orma de
o$tenão da su$sist/ncia, sendo que a lei assim não o +e"' Por isso, a mel4or e maior 
corrente é a que de+ende que a e6traão de qualquer tipo de +ruto, desde que su$sistencial, é
 poss*vel'
- direito real de 4a$itaão, por seu turno, não dei6a de ser um direito real de uso,
mas com o nico escopo de implemento da moradia, adstrito, portanto, a $ens im)veis' -

Mic4ell 0unes Midle. Maron 153

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

direito real de 4a$itaão, portanto, é o menor dos tr/s, porque é de escopo a$solutamente
limitado # moradia& não se permite a +ruião em 4ip)tese al%uma' Aquele que rece$e o
direito real de 4a$itaão .! tem na moradia %ratuita a $enesse +inal do instituto' Ve.a o
arti%o 7'7 do CC&

>Art' 7'7' Kuando o uso consistir no direito de 4a$itar %ratuitamente casa al4eia,
o titular deste direito não a pode alu%ar, nem emprestar, mas simplesmente ocup!3
la com sua +am*lia'H

A 4a$itaão
4a$itaão é direi
direito
to tempor!rio e inali
inalien!vel'
en!vel' Pode ser esta$elecida
esta$elecida em +unão de
mais de uma pessoa, que deverão coa$itar paci+icamente' 5e, constitu*do o direito de
4a$itaão a um con.unto de pessoas, al%umas delas e6erc/3lo e outras não, aquelas que não
o e6ercem não poderão e6i%ir alu%uel daquelas que e6ercem, por e6pressa vedaão le%al
constante do arti%o 7'79 do CC&
>Art' 7'79' 5e o direito real de 4a$itaão +or con+erido a mais de uma pessoa,
qualquer delas que so"in4a 4a$ite a casa não ter! de pa%ar alu%uel # outra, ou #s
outras, mas não as pode ini$ir de e6ercerem, querendo, o direito, que tam$ém l4es
compete, de 4a$it!3la'H

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Save Accept All Kuestão 7

Como se verifica a extinção do !s!fr!to sim!lt7neo decorrente de ato entre vivos e


mortis ca!sa= Aponte a distinção entre o instit!to em %!estão e o fideicomisso.

Resposta # Kuestão 7

Mic4ell 0unes Midle. Maron 154

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- usu+ruto simultneo é aquele em que o nu propriet!rio contempla mais de um


usu+rutu!rio ao mesmo tempo' Esta$elecido por ato inte interr vivos
vivos,, o usu+ruto simultneo se
e6tin%ue parcialmente, # medida que cada um dos usu+rutu!rios +alece, consolidando3se as
 parcelas de uso e +ruião na pessoa do nu propriet!rio, a não ser que o contrato ten4a
esta$elecido e6pressamente o direito de acrescer, como disp?e o arti%o 7'77 do CC'
5e o usu+ruto simultneo +or esta$elecido em testamento, institu*do mortis ca!sa,
ca!sa, a
re%ra é a inversa& a morte de cada co3usu+rutu!rio
co3usu+rutu!rio %era direito de acréscimo autom!tico
autom!tico da
sua parcela de uso e +ruião aos usu+rutu!rios so$reviventes, a não ser que o testamento
esta$elea que não 4aver! este direito de acrescer, mas sim a consolidaão na pessoa do nu
 propriet!rio – na +orma do .! visto arti%o 7'=O do
d o CC'
 
Kuestão 8

 &os+, n!"proprietário, a-!i0o! ação de extinção de !s!fr!to em face do espólio de


 &oa%!im Pereira, tendo em vista o falecimento do !s!fr!t!ário. 6eali0ada a citação, o r+!
re%!er a extinção do feito sem -!lgamento do m+rito, sob o arg!mento de %!e não $á a
ne
nece
cess
ssid
idad
adee do prov
provim
imen
ento
to -!ri
-!risd
sdic
icio
iona
nall para
para ex
exti
ting
ng!i
!irr !s!f
!s!fr!
r!to
to por
por mo
mort
rtee do
!s!fr!t!ário. Decida a %!estão.

Resposta # Kuestão 8

A resposta é inte%ralmente dada pela mera leitura da smula 7L do 2J<RJ, .!


transcrita,
transcrita, que ilust
ilustra
ra $em a dispensa de senten
sentenaa .udicial para a e6tin
e6tinão
ão do usu+ruto
usu+ruto pela
morte do usu+rutu!rio' Est! correto o réu'

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Tema /&I
Analytics
 
 Direito real de a%!isição. Compromisso de compra e venda de bem imóvel. Direito de arrependimento.
Save  Gfeitos doAccept
registroAll
registro no cartório imobiliário. 8móveis loteados e não loteados. Parcelamento do solo !rbano.
 Ad-!dicação comp!lsória.
23
Notas de Aula23

1. Direito real de a(uisi"#o


8L
 Aula ministrada pela pro+essora Consuelo A%uiar Nue$ra, em 7=<77<8;;='

Mic4ell 0unes Midle. Maron 155

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

A promessa de compra e venda, no CC, est! mencionada no arti%o 7'889, VII, e


re%ulada como direito real nos arti%os 7'7F e 7'7&
>Art' 7'889' 5ão direitos reais&
'''G
VII 3 o direito do promitente comprador do im)vel1
'''GH

>Art' 7'7F' Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou


arrependimento, cele$rada por instrumento p$lico ou particular, e re%istrada no
Cart)rio de Re%istro de Im)veis, adquire o promitente comprador direito real #
aquisião do im)vel'H

>Art' 7'
>Art' 7'7'
7' - promi
promiten
tente
te compra
comprador
dor,, ti
titul
tular
ar de dir
direit
eitoo real,
real, pod
podee e6i
e6i%ir
%ir do
 promitente vendedor,
vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste +orem cedidos, a
outor
outor%a
%a da escrit
escritura
ura de+ini
de+initi
tiva
va de compra
compra e venda,
venda, con
con+or
+orme
me o disdispos
posto
to no
instrumento preliminar1 e, se 4ouver recusa, requerer ao .ui" a ad.udicaão do
im)vel'H

A promessa
o$ri%a?es e não aodedireito
compradas e venda
coisas'é um
Z o contrato, a+eto,
pacto pelo quala uma
princ*pio, ao direito
das partes das
assume
se.a, firmar o!tro contrato,
o$ri%aão de +a"er, qual se.a, firmar contrato, a compra e venda de+initiva, desde que
a outra parte l4e pa%ue o que é devido' 5o$ esta )tica, a promessa de compra e venda é um
contrato preliminar, antecedente ao de+initivo, que tem por o$.eto tão3somente a pactuaão
+utura do contrato de+initivo'
- arti%o 7'; do CC de 7=7O dispun4a o se%uinte&
>Art' 7';' Kuando o instrumento p$lico +or e6i%ido como prova do contrato,
This website stores data such as qualquer das partes pode arrepender3se, antes de o assinar, ressarcindo # outra as
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arrependimento, sem pre.u*"o do estatu*do nos arts'
functionality, as well as marketing, 7';=9 a 7';=F'H
personalization, and analytics. You
may change your settings A idéia
at anyque se passava era que as partes da promessa poderiam, a qualquer tempo,
time
or accept the default settings.
se arrepender do contrato, dei6ando de +irmar o contrato de+initivo – mesmo depois de
rece$ido o pa%amento inte%ral, que seria simplesmente devolvido, com .uros e correão
monet!ria' -corre que a desist/ncia poderia, em al%uns casos, criar uma situaão danosa
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irrepar!vel para a parte contr!ria& se o promitente vendedor desistisse, porque o im)vel se
valori"ou muito com o tempo, o promitente comprador nada poderia +a"er, e o montante
Marketing
devolvido
devolvi do seria insu+iciente
insu+iciente para adquir
adquirir
ir $em equivalente1
equivalente1 e se o promit
promitente
ente comprador 
Personalization
desis
des isti
tisse
sse,, porqu
porquee o im
im)v
)vel
el se desval
desvalor
ori"
i"ou
ou,, o pr
pre.
e.u*
u*"o
"o vi
vind
ndoo de
dest
staa espec
especul
ula
aão
ão ao
 promitente vendedor era patente'
Analytics
Em 7=LF, o Decreto 9 veio tratar do tema, re%ulamentan
re%ulamentandodo a promessa de compra
Save e venda Accept All loteados' - primeiro direito que este diploma esta$eleceu +oi o de que
em im)veis
as promessas que, dali em diante, envolvessem im)veis loteados, não mais poderiam so+rer 
arrependimento& esta$eleceu, portanto, a irretrata$ilidade da promessa de compra e venda
de im)ve
im)veis
 para is lotea
loteados'
o promitente dos' Com isso,
comprador, queesta$elec
esta$eleceu
com suaeuparte
tam$ém
tam$édomcontrato
o direi
direito
to de ad.udicaão
ad.udicumprida,
preliminar caão compuls)ria
compuls)ri
su.eitavaa
o prom
promit
iten
ente
te vend
vended
edor
or # su
suaa vo
vont
ntad
ade,
e, qu
quan
ando
do se rerecu
cusa
sass
ssee es
este
te a +a+a"e
"err o qu
quee se
comprometera – ir ao cart)rio +irmar a escritura de+initiva de compra e venda'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 156

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Assim sur%iu o direit


direitoo # ad.udicaão
ad.udicaão compuls)ria do im)vel
im)vel,, o$tido .udicialment
.udicialmentee
 pelo promitente comprador que adimpliu inte%ralmente sua parte no trato' A sentena servia
 para operar a trans+er/ncia
trans+er/ ncia no re%istro'
Mais do que isso, o Decreto 9<LF .! di"ia que se a promessa de compra e venda
estivesse
estivesse re%istrad
re%istradaa no RQI, ela se tornaria opon*v el erga omnes,
opon*vel omnes, ou se.a, o promitente
comprador tin4a direito de sequela contra terceiros, $uscando a ad.udicaão compuls)ria do
 $em, se este +osse vendido a terceiros pelo promitente vendedor' Ve.a os arti%os 79 e 7O
deste Decreto 9&
>Art' 79' -s compro
>Art' compromis
miss!r
s!rios
ios t/m o dir
direit
eitoo de, ant
anteci
ecipan
pando
do ou ult
ultim
imand
andoo o
 pa%amento inte%ral do preo, e estando quites com os impostos e ta6as, e6i%ir a
outor%a da escritura de compra e venda'H

>Art' 7O' Recusando3se os compromitentes a outor%ar a escritura de+initiva no caso


do arti%o 79, o compromiss!rio poder! propor, para o cumprimento da o$ri%aão,
aão de ad.udicaão compuls)ria, que tomar! o rito sumar*ssimo' Redaão dada
 pela Bei n O';7, de 7=FLG
\ 7  A aão não ser! acol4ida se a parte, que a intentou, não cumprir a sua
 prestaão nem a o+erecer nos casos e +ormas le%ais' Redaão dada pela Bei n

\O';7, de 7=FLGprocedente a aão a sentena, uma ve" transitada em .ul%ado,


8  Jul%ada
ad.udicar! o im)vel ao compromiss!rio, valendo como t*tulo para a transcrião'
Redaão dada pela Bei n O';7, de 7=FLG
\ L  Das sentenas pro+eridas nos casos deste arti%o, ca$er! apelaão' Redaão
dada pela Bei n O';7, de 7=FLG
\  Das sentenas pro+eridas nos casos d/ste arti%o ca$er! o recurso de a%ravo de
 petião'
\ 9 Estando a propriedade 4ipotecada, cumprido o dispositivo do \ L, do art' 7,
ser! o credor citado para, no caso d/ste arti%o, autori"ar o cancelamento parcial da
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V/3se
3se,, por
porta
marketing, tant
nto,
o, qu
quee os di
direi
reito
toss do pro
promi
mite
tent
ntee co
comp
mpra
rador
dor +oram
+oram tr
tra"
a"id
idos
os ao
personalization,ordenamento,
and analytics. ori%inalmente,
You neste Decreto, com a adstrião apenas aos im)veis loteados,
may change your porém' Paraatampliar
settings any timeeste alcance o$.etivo a +im de se c4e%ar aos im)veis não loteados, veio
or accept the default settings.
a Bei O=<=, que estendeu tal dinmica aos im)veis não loteados' Ve.a
Ve.a o arti%o 7] des
desta
ta lei&
>Art' 7 - Arti%o 88, do Decreto3lei n 9, de 7; de de"em$ro de 7=LF,
7=LF , passa a ter 
Privacy Policy esta redaão&
k-s contratos, sem cl!usula de arrependimento, de compromisso de compra e
Marketing venda
ven da de im)vei
im)veiss não loteado
loteados,
s, cu.
cu.oo preo
preo ten
ten4a
4a sido
sido pa%o
pa%o no ato da sua
constituião ou deva s/3lo em uma ou mais presta?es desde que inscritos em
Personalization
qualquer tempo, atri$uem aos compromiss!rios direito real opon*vel a terceiros e
Analytics l4es con+ere o direito de ad.udicaão compuls)ria, nos t/rmos dos arti%os 7O desta
lei e LO do C)di%o do Processo Civil'jH
Save Accept All
Ve.a que esta norma não determinava a irretrata$ilidade da promessa de compra e
vend
vendaa de im
im)v
)vei
eiss não
não lo
lote
tead
ados
os,, a$
a$ri
rind
ndoo a po
poss
ssi$
i$il
ilid
idad
adee de as pa
part
rtes
es a.
a.us
usta
tare
rem
m
e6pressamente a possi$ilidade de desist/ncia' -$viamente, na ine6ist/ncia de cl!usula de
arrependimento,
 s!nt servanda a promessa
servanda,, mas era irretrat!vel
4avia possi$ilidade de econsi%nar
irrevo%!vel porcl!usula
esta simples de
o$servncia do  pactaa
do pacta
arrependimento,
qual era vedada na promessa de im)vel loteado'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 157

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

Em 7=F=, a Bei O'FOO re%ulou as promessas de compra e venda em im)veis loteados


na "ona ur$ana, +a"endo com que o Decreto 9<LF passasse a vi%orar apenas em relaão aos
im)veis rurais' Esta lei repetiu todas as previs?es do decreto, e +oi além& esta$elece a
irretrata$ilidade da promessa, e a dispensa da aão de ad.udicaão compuls)ria ante a
recusa in.usti+icada do promitente vendedor em outor%ar a escritura de+initiva& o pr)prio
contrato quitado serve como t*tulo para a alteraão do re%istro, como se v/ no arti%o 8O, \
O], deste diploma&
>Art' 8O 3 -s compromissos de compra e venda, as cess?es ou promessas de cessão
 poderão ser +eitos por escritura p$lica ou por instrumento particular, de acordo
com o modelo depositado na +orma do inciso VI do art' 7 e conterão, pelo menos,
as se%uintes indica?es&
'''G
\ O -s compromissos de compra e venda, as cess?es e as promessas de cessão
valerão como t*tulo para o re%istro da propriedade do lote adquirido, quando
acompa
aco mpan4a
n4ados
dos da res
respec
pectiv
tivaa prova
prova de quita
quitaão' Inclu
ão' Inclu*do
*do pel
pelaa Bei n ='F
='F9,
9,
8='7'==G
'''GH

compra-s arti%os
e venda de 7'7F
im)veise 7'7 do CC, re%ulam,
não loteados,
loteados 4o.e,
ou se.a, não al%uns e+eitos
se contrap?em da Bei
a esta promessa de
O'FOO<F='
2anto é assim que o arti%o 7'7F do CC +ala em possi$ilidade de constar cl!usula de
arrependimento, o que não é poss*vel em im)veis loteados'
Nave
Na vendo
ndo pospossi
si$i
$ili
lidad
dadee de arr
arrep
epend
endim
imen
ento
to,, # pa
part
rtee co
cont
ntr!r
r!ria
ia resta
resta ap
apena
enass a
devoluão dos valores pa%os, com .uros e correão' Contudo, parte da .urisprud/ncia tem
entendido que, mesmo 4avendo esta cl!usula, ela s) poder! ser invocada até o rece$imento
da primeira parcela das presta?es
presta?es pela promessa,
promessa, ou se.a, rece$ido
rece$ido qualquer
qualquer valor e6cet
e6cetoo
o sinal, que não é parcela, e sim arrasG, a cl!usula de arrependimento perde vi%/ncia' Assim
This website stores
sendo,data such ad.udicaão
ca$er! as compuls)ria, mesmo neste caso' De outro lado, 4! .urisprud/ncia
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que di" que a perda da vi%/ncia da cl!usula de arrependimento não se d! no rece$imento da
functionality, as well as marketing,
 primeira
personalization, parcela,
and analytics. Youmas sim quando acontecer a quitaão inte%ral do preo'
may change your settings V/3se quetime
at any a promessa de compra e venda não é um contrato preliminar comum' A
or accept the default settings.
o$ri%aão de +a"er um novo
depende necessariamente dacontrato,
vontade que é a o$ri%aão
das partes do contrato
em +irmar preliminar, porque
o pacto de+initivo, aqui, não
se
4ouver recusa in.usti+icada, a lei supre esta vontade +altante, por meio da ad.udicaão
Privacy Policycompuls)ria' Destarte, é um contrato preliminar impr)prio, sendo a sua ideia a de que a
cada parcela pa%a, o promitente comprador adquire a proporcional propriedade do $em'
Marketing
Marco Aurélio e"erra de Melo, atento a este racioc*nio, de+ende que a promessa de
Personalization
compra e venda é um contrato su.eito a condião resolutiva& a condião é que se não pa%ar 
todas as parcelas, perde o $em – e não suspensiva, no sentido de que se pa%ar todas as
Analytics
 parcelas, adquire o $em, como entende outra parte da doutrina'
Save Pela %rande
Accept All quantidade de in+orma?es, vale tra"er uma s*ntese& a promessa de
compra e venda é um contrato preliminar, que tem por o$.eto principal, a princ*pio, uma
o$ri%aão de +a"er, qual se.a, reali"ar a escritura de+initiva de compra e venda'
- arti%o 7'; do CC de 7=7O, .! transcrito, tratando dos contratos do tipo
 preliminar, esta$elecia a possi$ilidade de arrependimento para qualquer das par
partes,
tes, antes da
reali"aão do contrato de+initivo, o que muitas ve"es %erava para o promitente comprador 

Mic4ell 0unes Midle. Maron 158

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

um dano irrepar!vel, posto que mesmo o$tendo o preo de volta com .uros e correão,
muitas ve"es não conse%uia mais adquirir im)vel do mesmo porte'
- Decreto 9<LF passou a re%ular a promessa de compra e venda, esta$elecendo sua
irretrata$ilidade co%ente, e a possi$ilidade de ad.udicaão compuls)ria na 4ip)tese de
recusa in.usta da reali"aão da escritura de+initiva, por parte do promitente vendedor, e
tam$ém a oponi$ilidade erga omnes da promessa re%istrada no RQI'
Entretanto,
Entre tanto, c4e%ou3s
c4e%ou3see # conclu
conclusão
são de que este Decreto não se aplicava aos im)veis
não lote
lotead
ados,
os, e po porr is
isso
so ve
veio
io a Bei
Bei O=<
O=<=,
=, que ta
tam$
m$ém
ém co
conc
ncedi
ediaa ao
aoss promi
promite
tente
ntess
compradores o direito # ad.udicaão compuls)ria, mas não esta$elecia a irretrata$ilidade da
 promessa'
Em 7=F=, nasceu a Bei de Parcelamento do 5olo r$ano, Bei O'FOO<F=, que
reprodu"iu as prote?es do Decreto 9<LF, esta$elecendo, ainda, no arti%o 8O, \ O], .!
transcrito, a possi$ilidade do promitente comprador re%istrar o im)vel em seu nome sem a
necessidade da escritura de+initiva ou da aão de ad.udicaão compuls)ria, desde que
apresentee ao RQI o instrumento
apresent instrumento da promessa acompan4a
acompan4adodo do reci$o de quitaão' Esta lei
re%ula a promessa de compra e venda de im)veis loteados ur$anos, de +orma que o Decreto
9<LF é atualmente aplicado somente aos loteamentos rurais'
-s arti%os 7'7F e 7'7 do CC, .! transcrito, tratam da promessa de compra e
venda de im)veis não loteados, o que +ica claro na redaão do primeiro destes dispositivos,
que permite a estipulaão de cl!usula de arrependimento – o que é inadmiss*vel nos
im)veis loteados' Vale esclarecer que a .urisprud/ncia é unnime no sentido de que, mesmo
e6istindo cl!usula de arrependimento e6pressa, o direito potestativo de arrepender3se perde
vi%/ncia, sendo que a maioria entende que s) pode ser e6ercido pelo promitente vendedor 
até a quitaão da ltima parcela, 4avendo ainda al%uns .ul%ados que disp?em que o direito
de arrependimento, nestes casos, s) é ca$*vel até as arras penitenciais, ou se.a, até o
 pa%amento da primeira parcela, e não da ltima'
 ltima'
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Vale ainda mencionar que a promessa de compra e venda pactuada .unto a uma
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incorporadora sitetem re%ras di+erentes das que se apresentou, porque além de se tratar de uma
functionality, as well as marketing,
relaão consumerista, o arti%o L8, \ 8], da Bei de Incorporaão Imo$ili!ria, Bei '9=7<O, a
personalization, and analytics. You
reputa irretrat!vel e irrevo%!vel&
may change your settings at any time
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>Art' L8' - incorporador smente poder! ne%ociar s($re unidades aut(nomas ap)s
ter ararqui
quivad
vado,
o, no ca
cart)
rt)rio
rio compet
competent
entee de Re%ist
Re%istro
ro de Im)vei
Im)veis,
s, os se%uin
se%uintes
tes
documentos&
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'''G
Marketing \ 8] -s contratos de compra e venda, promessa de venda, cessão ou promessa de
cessão de unidades aut(nomas são irretrat!veis e, uma ve" re%istrados, con+erem
Personalization direito real opon*vel a terceiros, atri$uindo direito a ad.udicaão compuls)ria
 perante o incorporador ou a quem o suceder, inclusive na 4ip)tese de insolv/ncia
Analytics  posterior ao término o$ra' Redaão dada pela Bei n 7;'=L7, de 8;;G
término da o$ra' 
'''GH
Save Accept All
Kualquer cl!usula que contrarie este dispositivo é nula'
Por +im, vale di"er que qualquer cl!usula resolutiva e6pressa ou t!cita depende de
noti+icaão para ser e6ercida& simplesmente não e6iste mora ex re nas
re nas promessas de compra
e venda, qualquer que se.a sua modalidade' Navendo inadimplemento pelo promitente
comprador, ele deve ser noti+icado, não se e6ercendo a cl!usula resolutiva e6pressa sem
antes +acultar a pur%a
p ur%a da mora' V
Ve.a
e.a a smula FO do 52J&

Mic4ell 0unes Midle. Maron 159

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>5mula FO, 52J& A +alta de re%istro do compromisso de compra e venda de im)vel


não dispensa a prévia interpelaão para constituir em mora o devedor'H
devedor'H

Assim o é para que o promitente comprador ten4a tempo de pur%ar a mora, ante a
relevncia dos direitos envolvidos neste contrato'
7'7' Relevncia do re%istro

- arti%o 7'7F do CC disp?e que sur%e, na promessa re%istrada, o direito real de


aquisião' 5ur%iria o direito real de ad.udicar a coisa para si, a princ*pio, em o$servaão
literal deste dispositivo, quando 4ouvesse o re%istro da promessa' Contudo, esta não é a
leitur
leituraa que se dev
devee +a"
+a"er
er dest
destee arti%o&& o registro não + necessário para $aver direito 
arti%o
ad-!dicação comp!lsória'
comp!lsória' Ve.a
Ve.a a smula 8L= do 5 52J&
2J&
>5mula 8L=, 52J& - direito # ad.udicaão compuls)ria não se condiciona ao
re%istro do compromisso de compra e venda no cart)rio de im)veis'H

A l)%ica desta smula é que a promessa de compra e venda é um contrato, e como


tal é opon*vel entre as partes, é lex inter partes,
partes, desde quando pactuado' - re%istro s) se +a"
necess!rio quando se pretender opor a promessa a terceiros, porque somente com o re%istro
a promessa %an4a pu$licidade e oponi$ilidade erga omnes' omnes' 5e o re%istro +osse necess!rio
 para que o pacto se tornasse opon*vel entre as partes, o princ*pio da relatividade e
o$ri%atoriedade contratual seria .o%ado por terra'
Destarte, a ad.udicaão compuls)ria ser! poss*vel entre as partes, promitentes, quer 
este.a re%istrada a promessa ou não' - re%istro s) se e6i%e para que possa o promitente
comprador intentar ad.udicaão compuls)ria contra terceiros'
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Casos Concretos
Marketing
Personalization Kuestão 7
Analytics
 Ana celebro! contrato de promessa de compra e venda com a 8ncorporadora T. 5o
Save dia apra0ado,
Accept oAllimóvel não foi entreg!e pela incorporadora, e Ana paro! de pagar as
 parcelas a-!stadas. Com f!ndamento no desc!mprimento da obrigação, Ana a-!í0a ação
em face da 8ncorporadora pleiteando a rescisão contrat!al, mais danos materiais e
morais. Gm contestação, a incorporadora p!gna pela man!tenção do contrato, e alega %!e
a demora na entrega do imóvel se de! em ra0ão da grande inadimplncia da maior parte
dos ad%!irentes, e %!e a a!tora tamb+m deixo! de c!mprir a s!a obrigação, parando de
 pagar as parcelas a-!stadas. Decida a %!estão.

Mic4ell 0unes Midle. Maron 16

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 Resposta # Kuestão 7

Ana dei6ou de cumprir suas o$ri%a?es no e6erc*cio re%ular da e6ceão do contrato


não cumprido, ou se.a, ela não descumpriu o contrato' A incorporadora não tem qualquer 
sustentaão para seus ar%umentos, pois deveria ter condi?es para adimplir o contrato'
Desta +orma, a promitente compradora tem direito a todo o ressarcimento que pleiteia, #
e6ceão dos danos morais, que não ocorrem pelo simples descumprimento contratual, como
aconteceu in cas!,
cas!, na +orma da smula F9 do 2J<RJ&
>5mula F9, 2J<RJ& DE5CMPR MPRIIME02- D- DEVER BEQAB QAB'
DE5CMPRIME
DE5CM PRIME02-
02- C-02RA2AB'
C-02RA2AB' MER- A-RRECIME0A-RRECIME02-' 2-' DA0-
M-RAB' I0E@I52b0CIA'
- simples descumprimento de dever le%al ou contratual, por caracteri"ar mero
a$orrecim
a$orrecimento
ento,, em princ*pio,
princ*pio, não con+i%ura
con+i%ura dano moral,
moral, salvo
salvo se da in+raão
in+raão
advém circunstncia que atenta contra a di%nidade da parte'H

A respeito, ve.a a Apelaão C*vel 8;;7';;7'7F;;L, do 2J<RJ&

>Pro
>Procecess
sso&
o& ;; ;;O;
O;79
79L3L3=
='8
'8;;
;;;';''
'7=
7=';
';;;
;;77 8;;
8;;7'7';;
;;7'7'7F
7F;;
;;LG
LG 7T Em Emen
entata – 
APEBACA-' DE5' 5ID0Ef NAR20Q 3 Jul%amento& ;O<77<8;;7 3 KAR2A
CAMARA CIVEB'
I0C-RP-RACA-
I0C-RP -RACA- IM-IBIARIA'
IM-IBIARIA' PR-ME PR-ME55A 55A DE C-MPRA E VE0DA DE
IM-VEB' A2RA5- 0A E02REQA DA -RA' RE5CI5A- DE C-02RA2-'
M-RA D- PR-MI2E02E C-MPRAD-R' IRREBEVA0CIA' DA0- M-RAB'
DE5CAIME02
DE5CA IME02-' -' MB2
MB2A' I0-C-RRE0CIA
I0-C-RRE0CIA'' DE5C-05IDERADE5C-05IDERACA- CA- DA
PER5-0ABIDADE JRIDICA' IMP-55IIBIDADE' 5CME0CIA'
Apelacao civel' Rescisao contratual' Compromisso de compra e venda' Atraso no
termino da o$ra' Ale%acao de inadimplemento da maioria dos adquirentes de
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to' Mora do autorautor' Irre
Irrelevan
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rson
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alid
idad
adee .u .uri
ridi
dica
ca'' Im Impo
poss
ssi$
i$il
ilid
idad
ade'
e' -+ic
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contra
tratos
tos $il
$ilate
aterai
raiss o dever
dever de as partes
partes cumpri
cumprirem rem suas
suas o$ri%a
o$ri%acoe
coes,
s, sendo
sendo
or accept the default settings.
irrelevante o +ato de que o Autor interrompeu o pa%amento de suas prestacoes, pois
tal +ato se veri+icou apos o pra"o determinado pelo contrato para a entre%a da o$ra,
nao se anunci
anunciand
andoo na 4ipot
4ipotese
ese a 8a parte
parte do citcitado
ado dis
dispos
positi
itivo'
vo' A aleale%ad
%adaa
Privacy Policy inadimplencia de %rande parte dos adquirentes e +ato irrelevante em +ace do autor 
 porque, alem de nao demonstrar esta circunstancia, deveria estar devidamente
Marketing mnunido de meios para cumprir o contrato, diante da atividade que e6erce, sendo
+ato previsivel eventuais atrasos, ainda mais que o contrato +oi cele$rado em 7==9,
Personalization e a ententre%
re%aa das unidad
unidadeses imo$il
imo$iliar
iaria
iass seriam
seriam L tresG
tresG anos
anos apos'
apos' E tam$em
tam$em
Analytics irrelevante a ale%acao de que a o$ra praticamente se encerrou pois tam$em de 4a
muito
mui to veri+i
veri+icou
cou3se
3se o seu ina inadim
dimple
plemen
mento,to, acarre
acarretan
tando
do ao Autor
Autor o dirdireit
eitoo de
res
rescis
cisao
ao de contra
contratoto e indeni
indeni"ac
"acao
ao ca$ive
ca$iveis'
is' A 4ipot
4ipotese
ese nao compor
comportata danos
danos
Save Accept All morais, pois evidente que o inadimplemento contratual em si nao causou qualquer 
constran%imento moral para o Autor' Autor' 0ao se aplica a multa prevista no art' L9, par' par'
9' da Bei n' 9=7<O quando se veri+ica que o incorporador outor%ou ao Autor o
contrato re+erente a transacao imo$iliaria, e+etuando na +orma devida o re%istro do
memori
mem orial
 previstaalnode
par'inc
par'incorp
O'orpora
do oraca
art'cao'
o' daEm$ora
OO Em$ ora nao
re+erida inc
incida
lei, porida tam$em
tam$em de
ser modalida na de4ipote
modalidade 4ipotese
penasepora pratica
mu
multa
lta
de contravencao penal, procede o pedido de e6pedicao de pecas para o devido
encamin4amento a Douta Procuradoria de Justica' 5e nao veri+icado a$uso de

Mic4ell 0unes Midle. Maron 161

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

direito, ilicitude ou violacao do contrato social de +orma a atin%ir o direito do


Co
Cons
nsum
umididor
or,, in
inad
admi
miss
ssiv
ivel
el a de desc
scon
onsi
side
dera
raca
caoo da pe pers
rson
onal
alid
idad
adee .u.uri
ridi
dica
ca,,
considerando3se, inclusive, o carater restritivo da norma contida no art' 8 do
CDC'' 2endo
CDC endo a ver$a
ver$a 4onora
4onoraria
ria o$serv
o$servado
ado os reqrequis
uisito
itoss a ela pertin
pertinent
entes
es na
4ipotese dos autos, inclusive quanto ga +i6acao do percentual de 7; de" por 
centoG so$re o montante da condenacao, deve a mesma ser mantida' Parcial
 provimento do recurso
recurso da parte autora1
autora1 improvimento
improvimento do recurso da da parte re'H
 
Kuestão 8

 &os+ promete! comprar de &oão !m imóvel não loteado em H( prestações de 6X


/.(((,((, e %!ito! a obrigação em *( de fevereiro de '((3. Diante da rec!sa do promitente
vendedor em o!torgar vol!ntariamente a escrit!ra definitiva, vi!"se na contingncia de
a-!i0ar ação de ad-!dicação comp!lsória em face de &oão %!e, citado, alega não estar 
obrigado a fa0er a escrit!ra, pois o compromisso não se encontra devidamente registrado,
nos termos do artigo *.3*@ do Código Civil e do entendimento do !premo 9rib!nal 
 ederal. Diante da alegação do r+!, como deverá
dever á decidir o -!i0=

Resposta # Kuestão 8

- re%istro não é necess!rio para sur%ir direito # ad.udicaão compuls)ria para o


 promitente comprador, quando e6ercido diretamente contra o promitente vendedor' A
smula L; do 52J, .! transcrita, é clara neste sentido' - re%istro é relevante apenas para
opor a promessa perante terceiros, mas não perante as pr)prias partes do processo'

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Marketing
Tema /&II
Personalization 
 Direitos reais de garantiaB conceito, características, re%!isitos s!b-etivos, ob-etivos, formais. encimento
Analytics
antecipado da dívida. Pen$orB conceito, ob-eto e modalidades. Análise crítica do pen$or legal. Propriedade
 fid!ciáriaB conceito, ob-eto, legislação aplicada, análise crítica da prisão civil do depositário infiel.
Save Accept All
Notas de Aula24
1. Direitos reais de arantia

8
 Aula ministrada pelo pro+essor Carlos 5antos de -liveira, em 8L<77<8;;='

Mic4ell 0unes Midle. Maron 162

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- arti%o 7'889 do CC elenca os direitos reais e6istentes no rasil, como se sa$e,


esta$elecendo ali, além da propriedade, direitos reais de %o"o ou +ruião, quais se.am, a
super+*cie,
super+* cie, as servid?
servid?es,
es, o usu+ruto,
usu+ruto, o uso e a 4a$itaão, além dos inovativos
inovativos direitos reais
de concessão de uso especial para +ins de moradia e concessão de direito real de uso'
Esta$elece tam$ém o direito real de aquisião, do promitente comprador de im)vel' E, por 
+im, tra" dos direitos reais de %arantia, nos incisos VIII a @&
>Art' 7'889' 5ão direitos reais&
'''G
VIII 3 o pen4or1
I@ 3 a 4ipoteca1
@ 3 a anticrese'
'''GH

7'7' Propriedade +iduci!ria

- CC trou6e, no arti%o 7'LO7, tam$ém a propriedade +iduci!ria&


>Art' 7'LO7' Considera
Considera3se
3se +iduci!r
+iduci!ria
ia a propriedad
propriedadee resolvel
resolvel de coisa m)vel
in+un%*vel que o devedor, com escopo de %arantia, trans+ere ao credor'
\ 7] Constitui3se a propriedade +iduci!ria com o re%istro do contrato, cele$rado por 
instrumento p$lico ou particular, que l4e serve de t*tulo, no Re%istro de 2*tulos e
Documentos do domic*lio do devedor, ou, em se tratando de ve*culos, na repartião
competente para o licenciamento, +a"endo3se a anotaão no certi+icado de re%istro'
\ 8] Com a constituião da propriedade +iduci!ria, d!3se o desdo$ramento da
 posse, tornando3se o devedor possuidor direto da coisa'
\ L] A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna e+ica", desde o
arquivamento, a trans+er/ncia da propriedade +iduci!ria'H
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A propriedade é plena quando nela estão inseridos todos os atri$utos reais poss*veis,
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mas pode ser limitada, quer pela cessão de parte de seus atri$utos – quando o propriet!rio
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o uso, aYou
+ruião
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propriedade  fadada a se exting!ir '
é a propriedade fadada
at any time
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Ve.a&
temporal& na propriedade
a propriedade resolvel,
durar! apenas não 4! propriedade
o tempo plena,que
que levar para pois e6isteauma
outrem limitaão
adquira, pelo
 pa%amento de parcelas correspondentes a sua aquisião' - e6emplo mais cl!ssico de
Privacy Policy propriedade resolvel é o fideicomisso
o  fideicomisso&& o testador dei6a um determinado $em ao +iduci!rio,
que ter! a propriedade deste $em até quando o +ideicomiss!rio puder rece$/3lo em seu
Marketing
 patrim(nio – ou se.a, o +iduci!rio tem a propriedade até certo termo, quando esta se
Personalization
resolver! em +avor do +ideicomiss!rio'
Analytics  0a propriedade +iduci!ria, do arti%o 7'LO7 do CC, a propriedade do credor so$re o
 $em su$siste como %arantia da d*vida contra*da perante si pelo e63dono da coisa, mas é
Save uma propriedade
Accept Alldestinada
destinada a se resolv
resolver,
er, retornan
retornando
do ao devedor, quando quitadas todas as
 parcelas da d*vida %arantida'
A propriedade +iduci!ria, que é do uma variaão do direito de propriedade, não est!
no rol dos direitos traado no arti%o 7'889 do CC, e poderia ser considerada um quarto
direito real de %arantia'
7'8' Disposi?es %erais so$re os direitos reais de %arantia

Mic4ell 0unes Midle. Maron 163

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

- direito real de %arantia pode ser de+inido como direito su$.etivo da parte, que,
através de mani+estaão da vontade, tem o condão de a+etar um determinado $em como
%arantia de uma determinada o$ri%aão' Ve.amos cada qual destes direitos classicamente
apontados – a 4ipoteca, o pen4or e a anticrese – de +orma apartada, dei6ando de lado a
alienaão +iduci!ria em %arantia, que +oi alvo de tema pr)prio'
As disposi?es %erais so$re os direitos reais de %arantia t/m in*cio no arti%o 7'7=
do CC&
>Art' 7'7=' 0as d*vidas %arantidas por pen4or, anticrese ou 4ipoteca, o $em dado
em %arantia +ica su.eito, por v*nculo real, ao cumprimento da o$ri%aão'H

2al >parte %eralH dos direitos reais de %arantia, que vai até o arti%o 7'L; do CC, é
aplic!vel a todos os direitos reais desta nature"a, inclusive, al%uns dispositivos, até mesmo
# alien
alienaão
aão +iduci!ria em %aranti
%arantia,
a, quarta modalidade
modalidade identi+ic
identi+icada
ada no CC, como dito, pela
 previsão do arti%o 7'LOF do CC&
>Art' 7'LOF' Aplica3se # propriedade +iduci!ria, no que cou$er, o disposto nos arts'
7'87, 7'89, 7'8O, 7'8F e 7'LO'H
Ve.a que até mesmo um arti%o de tratamento especial ao pen4or 7'LO do CCG é
aplic!vel # propriedade +iduci!ria do CC'
-s direitos de %arantia são, antes de tudo, direitos reais, e com isso t/m todas as
caracte
caracter*s
r*stic
ticas
as destes,
destes, com al%al%uma
umass e6ce?e
e6ce?es's' Caract
Caracter*
er*sti
stica
ca %eral
%eral dos dir
direit
eitos
os reai
reais,
s,
a  se%!ela'' A partir do momento em que se outor%a
altamente relevante nos de %arantia, é a se%!ela
este direito real ao %arantido, a coisa passa a ser a+etada a %arantir a o$ri%aão de direito
 pessoal, a ele aderindo, e por isso quando inadimplida a o$ri%aão, a coisa pode ser 
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reivindicada pelo credor %arantido'
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A  preferncia é uma das e6ce?es& incide so$re o pen4or e a 4ipoteca, mas não
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and aanalytics.
anticrese'
YouVe.a o arti%o 7'88 do CC&
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>Art' 7'88'ou-empen4ada,
4ipotecada credor 4ipotec!rio e o no
e pre+erir, pi%norat*cio
pa%amento,t/m o direito
a outros de e6cutir
credores, a coisa
o$servada,
quanto # 4ipoteca, a prioridade no re%istro'
Privacy Policy Par!%ra+o nico' E6cetuam3se da re%ra esta$elecida neste arti%o as d*vidas que, em
virtude de outras leis, devam ser pa%as precipuamente a quaisquer outros créditos'H
Marketing Ve.a que o dispositivo não +ala da anticrese, con+orme se veri+ica na previsão do
arti%o se%uinte, 7'8L do CC& o credor anticrético, mais do que pre+er/ncia, tem a retenção
Personalization
do $em' Ve.a&
Analytics
>Art' 7'8L' - credor anticrético tem direito a reter em seu poder o $em, enquanto
Save Accept All a d*vida não +or pa%a1 e6tin%ue3se esse direito decorridos quin"e anos da data de
sua constituião'H
constituião'H

*.'.*. edação
edação ao pacto comissório
Caract
Cara cter
er*s
*sti
tica
ca esp
espec
ecia
iall do
doss di
direi
reito
toss rea
reais
is de %a
%arantiaa é a  proibição de pacto
ranti
comissório'' Esta cl!usula, o pacto comiss)rio, é instituto que permite ao credor +icar com o
comissório

Mic4ell 0unes Midle. Maron 164

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

 $em, tornar3se propriet!rio dele, caso o devedor não 4onre a d*vida – espécie de
ad.udicaão autom!tica do $em em lu%ar da d*vida inadimplida' Ve.a
Ve.a o arti%o 7'8 do CC&
>Art' 7'8' Z nula a cl!usula que autori"a o credor pi%norat*cio, anticrético ou
4i
4ipo
pote
tec!
c!ri
rioo a +i
+ica
carr co
com
m o o$
o$.e
.eto
to da %a
%ara
rant
ntia
ia,, se a d*
d*vi
vida
da nã
nãoo +or
+or pa
pa%a
%a no
vencimento'
Par!%ra+o nico' Ap)s o vencimento, poder! o devedor dar a coisa em pa%amento
da d*vida'H

2rata3se de uma proteão ao devedor, que não perder! o $em automaticamente


quando 4ouver a inadimpl/ncia da d*vida, sem passar, para tanto, pelo necess!rio processo
contradit)rio que %aranta lisura na satis+aão deste credor'
Z claro que, como é esta proi$ião protetiva do devedor, ele pode dela a$rir mão,
mass não
ma não prev
previa
iame
ment
ntee ao in
inad
adim
impl
plem
emen
ento
to,, no co
cont
ntra
rato
to – ne
nem
m mesm
mesmoo se pr prev
evir 
ir 
e6pressamente que ser! imposta a daão somente ap)s o inadimplemento' Poder! dar o $em
em pa%amento da d*vida, naturalmente, em daão em pa%amento, mas apenas seapenas se o %!iser 
 fa0er , ap)s a inadimpl
inadimpl/ncia,
/ncia, tal como di" o par!%ra+o
par!%ra+o nico do pr)prio arti
arti%o
%o supra' E ve.a
que é necess!rio que 4a.a o inadimplemento para que isto se.a poss*vel, não podendo, a
daão, ser o meio eleito primariamente para pa%amento da d*vida'

*.'.'. 8ndivisibilidade dos direitos reais de garantia

- arti%o 7'87 do CC trata da indivisibilidade


indivisibilidade do
 do direito real de %arantia&
>Art' 7'87' - pa%amento de uma ou mais presta?es da d*vida não importa
e6oneraão correspondente da %arantia, ainda que esta compreenda v!rios $ens,
salvo disposião e6pressa no t*tulo ou na quitaão'H
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- que
cookies to enable essential siteesta norma prev/ é que não é poss*vel que a %arantia v! se des+a"endo na
 proporão
functionality, as do pa%amento da d*vida %arantida, a não ser que esta se.a a dinmica imposta
well as marketing,
 pelas
personalization, partes noYou
and analytics. contrato, e6pressamente' 0ão pode, no sil/ncio do contrato, o devedor 
may change your entender que seu time
settings at any $em est! parcialmente li$erado do %ravame, na proporão da parcela pa%a
or accept the default settings.
da d*vida'
Este arti%o mereceria uma releitura, # lu" do princ*pio do adimplemento s!bstancial ,
Privacy Policynão para entender3se que 4a.a a e6oneraão parcial da %arantia, mas sim para reputar 
e6onerada esta quando quase todas as parcelas +orem quitadas& restar! a parcela +inal da
d*vida, mas não 4aver! mais a %arantia pelo $em, por conta do pa%amento de quase todas as
Marketing
 parcelas' Z uma leitura moderna, $astante antenada com a constitucionali"aão do Direito
Personalization
Civil
Civ il,, eis que prem
premia
ia a $oa3+é
$oa3+é o$.
o$.eti
etiva,
va, dem
demonst
onstrada
rada pelo
pelo devedor
devedor su$sta
su$stanci
ncialm
almente
ente
Analytics
adimplente, que não é mal pa%ador'
Save Accept All
*.'./. Acessoriedade

- arti%o 7'7= do CC, 4! pouco transcrito, determina que o direito real de %arantia é
acessório a um direito o$ri%acional& a o$ri%aão é principal, não podendo e6istir direito real
acessório a
de %arantia aut(nomo – o que é muito )$vio, eis que se não 4! o que se %arantir, não 4!
sentido em se criar %arantia va"ia'

Mic4ell 0unes Midle. Maron 165

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

*.'.3. 6e%!isitos

- arti%o 7'8; do CC esta$elece os re%!isitos ob-etivos 


ob-etivos  e  s!b-etivos
 s!b-etivos destes
 destes direitos
reais de %arantia&

>Art' 7'8;' 5) aquele que pode alienar poder! empen4ar, 4ipotecar ou dar em
anticrese1 s) os $ens que se podem alienar poderão ser dados em pen4or, anticrese
ou 4ipoteca'
\ 7] A propriedade superveniente torna e+ica", desde o re%istro, as %arantias reais
esta$elecidas por quem não era dono'
\ 8] A coisa comum a dois ou mais propriet!rios não pode ser dada em %arantia
rea
real,
l, na sua totalid
totalidade
ade,, sem o consen
consentim
timent
entoo de todos1
todos1 mas cada
cada um pode
pode
individualmente dar em %arantia real a parte que tiver'H

5e%undo se v/ no cap!t , somente pode outor%ar a %arantia somente aquele que tem
a disposião so$re o $em, e, antes disso, que se.a capa" para tanto, ou representado ou
assistido, con+orme a incapacidade' Este é o requisito su$.etivo destes direitos'
Ainda no cap!t , se v/ requisito ne%ativo imposto para que o $em possa ser dado em
%arantia& que não se.a vedada a sua alienaão' Esta inaliena$ilidade a+eta aqueles c4amados
be
benns fora do com com+rcio' Aqui cumpre c4amar atenão para o conceito da
extracomerciali0ação,, que é .ustamente esta nature"a de $em +ora do comércio& podem os
extracomerciali0ação
 $ens ser absol!tamente extracomerciais,
extracomerciais, como as !%uas ocenicas, o ar atmos+érico, etc',
que assim o são por sua pr)pria nature"a1 ou relativamente extracomerciais,
extracomerciais, quando esta
caracter*stica é dada por lei ou por +ora da vontade, como os $ens p$licos a+etados – 
le%almente e6tracomerciais – ou os $ens %ravados por cl!usula de inaliena$ilidade, como
no clausulamento restritivo em testamento, por e6emplo'
-ra, se a %arantia tem por escopo liquidar o $em e com isto quitar a d*vida
%arantida,
This website stores quando
data such as inadimplida, não podendo o $em ser alienado, não 4! qualquer préstimo
na sua
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essential siteem %arantia'
functionality, as well asAmarketing,
%arantia, em re%ra, é dada pelo pr)prio devedor, com $em pr)prio, mas a lei
personalization, and analytics.
 permite que se.a Youdado $em de terceiro, por este terceiro, em %arantia da d*vida al4eia' Z
may change your settings at any time
disposião de vontade, nada impedindo esta dinmica' Por e6emplo, pode uma pessoa dar 
or accept the default settings.
 $em pr)prio em pen4or para %arantir
%ar antir a d*vida de seu ami%o, por mera questão de ami"ade'
Além dos requisitos o$.etivos e su$.etivos dos direitos reais de %arantia, 4! tam$ém
requisitos formais,, impostos no arti%o 7'8 do CC&
Privacy Policyque ser o$servado os requisitos formais

Marketing >Art' 7'8' -s contratos de pen4or, anticrese ou 4ipoteca declararão, so$ pena de
não terem e+ic!cia&
Personalization
I 3 o valor do crédito, sua estimaão, ou valor m!6imo1
Analytics II 3 o pra"o +i6ado para pa%amento1
III 3 a ta6a dos .uros, se 4ouver1
IV 3 o $em dado em %arantia com as suas especi+ica?es'H
Save Accept All
- que este arti%o imp?e é a c4amada especiali0ação da garantia,
garantia, especiali"aão do
direito real de %arantia, que é a necess!ria de+inião e6ata de seus limites'
Além da especiali"aão, outro requisito +ormal imposto # constituião do direito real
de %arantia é o registro
registro,, tornado necess!rio pelos arti%os 7'88F, 7'L8 e 7'L do CC&

Mic4ell 0unes Midle. Maron 166

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

>Art' 7'88F' -s direitos reais so$re im)veis constitu*dos, ou transmitidos por atos
entre vivos, s) se adquirem com o re%istro no Cart)rio de Re%istro de Im)veis dos
re+eridos t*tulos arts' 7'89 a 7'8FG, salvo os casos e6pressos neste C)di%o'H

>Art' 7'L8' - instrumento do pen4or dever! ser levado a re%istro, por qualquer 
dos contratantes1 o do pen4or comum ser! re%istrado no Cart)rio de 2*tulos e
Documentos'H
>Art'
>Ar t' 7'
7'L'
L' Consti
Constitui
tui3se
3se o pen4or
pen4or rural
rural median
mediante
te ins
instru
trumen
mento
to p$lic
p$licoo ou
 particular,, re%istrado no Cart)rio de Re%istro de Im)veis da circunscrião em que
 particular
estiverem situadas as coisas empen4adas'
Par!%ra+o nico' Prometendo pa%ar em din4eiro a d*vida, que %arante com pen4or 
rural, o devedor poder! emitir, em +avor do credor, cédula rural pi%norat*cia, na
+orma determinada em lei especial'H

A aus/ncia do re%istro +a" com que se perca a %arantia real perante terceiros, mas
não si%ni+ica que o ne%)cio se.a ine6i%*vel entre as partes' A necessidade do re%istro é
 .ustamente para criar oponi$ilidade erga omnes,
omnes, ante a pu$licidade, mas o ne%)cio não
re%istrado ainda é vi%ente entre as partes que o pactuaram'

*.'.I. encimento
encimento antecipado da dívida

- arti%o 7'89 do CC trata das 4ip)teses em que ocorre o vencimento antecipado da


d*vida&
>Art' 7'89' A d*vida considera3se vencida&
I 3 se, deteriorando3se, ou depreciando3se o $em dado em se%urana, des+alcar a
%arantia, e o devedor, intimado, não a re+orar ou su$stituir1
II 3 se o devedor cair em insolv/ncia ou +alir1
III 3 se as presta?es não +orem pontualmente pa%as, toda ve" que deste modo se
This website stores data such as ac4ar estipulado o pa%amento' 0este caso, o rece$imento posterior da prestaão
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functionality, as well as marketing, IV 3 se perecer o $em dado em %arantia, e não +or su$stitu*do1
personalization, and analytics. You V 3 se se desapropriar o $em dado em %arantia, 4ip)tese na qual se depositar! a
may change your settings at any time  parte do preo que +or necess!ria
necess!ria para o pa%amento
pa%amento inte%ral do credor'
credor'
or accept the default settings.
\indeni"aão
7] 0os casos
do de perecimento
se%uro, da coisa dadado
ou no ressarcimento emdano,
%arantia, esta se su$3ro%ar!
em $ene+*cio do credor,naa
quem assistir! so$re ela pre+er/ncia até seu completo reem$olso'
Privacy Policy \ 8] 0os casos dos incisos IV e V, s) se vencer! a 4ipoteca antes do pra"o
estipulado, se o perecimento, ou a desapropriaão recair so$re o $em dado em
Marketing %arantia, e esta não a$ran%er outras1 su$sistindo, no caso contr!rio, a d*vida
redu"ida, com a respectiva %arantia so$re os demais $ens, não desapropriados ou
Personalization destru*dos'H
Analytics
Vale mencionar que deteriorar3se é di+erente de depreciar3se, apesar de o e+eito ser o
Save
mesmo, Accept
qual se.a,
All
a reduão do valor do $em& o $em se deteriora +isicamente, perdendo sua
inte%ridade, e com isso perdendo preo1 .! a depreciaão di" respeito somente # perda de
valor, sem implicar necessariamente em de%radaão +*sica do $em, mas sim por causas
e6ternass # sua +*sica' om e6empl
e6terna e6emploo de depreciaão
depreciaão é o de um im)vel que v/ sur%ir em sua
+rente cair!
 preo uma muito
+avela&nomesmo estando em per+eitas condi?es, e6atamente como antes, o seu
mercado'
5e o $em é dado em %arantia quando avaliado em determinado valor, e porventura
4! sua depreciaão ou deterioraão, o devedor ser! instado a re+orar ou su$stituir a

Mic4ell 0unes Midle. Maron 167

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

%arantia, voltando ao valor ori%inal1 se não o +i"er, a d*vida %arantida ser! considerada
desde .! vencida e e6i%*vel na inte%ralidade'

7'L' A questão da prisão do deposit!rio in+iel

- tema sempre +oi altamente pol/mico, e sempre se entendeu que ou a prisão de


qualquer deposit!rio era medida indevida, ou que, +osse poss*vel, apenas o dep)sito re%ular 
 – o volunt!rio ou o necess!rio – poderia ense.ar prisão civil, e nunca aquele dep)sito
irre%ular, do Decreto3Bei =77<O='
- 52: paci+icou a questão, recentemente, reputando imposs*vel qualquer prisão de
deposit!rio in+iel, mantendo a prisão por d*vida de alimentos como a nica prisão civil
v!lida no nosso ordenamento' Ve.a o RE OO'LL&
>RE OOLL < 5P 3 5- PAB-' RECR5- E@2RA-RDI0_RI-' RelatoraG&
Min' CEUAR PEB5-' Jul%amento& ;L<78<8;;'
;L<78<8;;' r%ão Jul%ador& 2ri$unal Pleno'
Pleno'
Pu$licaão& ;93;O38;;='
EME02A&
EME02 A& PRI5-
PRI5- CIVIB'
CIVIB' Dep)sito'
Dep)sito' Deposit!r
Deposit!rio
io in+iel'
in+iel' Alienaã
Alienaãoo +iduci!ri
+iduci!ria'
a'
Decretaão da medida coercitiva' Inadmissi$ilidade a$soluta' Insu$sist/ncia da
 previsão constitucional e das normas su$alternas' Interpretaão
Interpretaão do art' 9, inc'
B@VII e \\ 7, 8 e L, da C:, # lu" do art' F, \ F, da Convenão Americana de
Direit
Dir eitos
os Numano
Numanoss Pacto
Pacto de 5an José José da Costa
Costa RicaG'
RicaG' Rec
Recurs
ursoo improv
improvido
ido''
Jul%amento con.unto do RE n L='F;L e dos NCs n F'99 e n =8'9OO' Z il*cita a
 prisão civil de deposit!rio in+iel,
in+iel, qualquer que se.a a modalidade
modalidade do dep)sito'H

m pouco antes desta paci+icaão pelo plen!rio, o 52: ainda +a"ia uma distinão
entre o dep)sito .udicial e o contratual, entendendo que no .udicial ainda seria poss*vel a
 prisão, mas não no contratual' Ve.a o NC =8'97 do 52: 52:,, que retrata a e6ceão do
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deposit!rio -!dicial 
deposit!rio
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 in+iel&
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or accept the default settings. EME02A
EME02 A Na$eas corpus' Processual civil' Deposit!rio .udicial in+iel' Prisão civil'
Constitucionalidade' Impossi$ilidade de e6ame apro+undado de +atos e de provas
na via restrita
restrita do 4a$eas
4a$eas corpus'
corpus' -rdem dene%ada'
dene%ada' Precedentes'
Precedentes' 7' Nip)tese
Nip)tese que

nãoo se amol
amoldada # qu ques
estã
tãoo em .u.ul%
l%am
amen
ento
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Plen
en!r
!rio
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dest
staa Co
Cort
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so$r
$ree a
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 possi$ilidade, ou não, de prisão civil do in+iel deposit!rio que descumpre contrato
Marketing
%arantido por alienaão +iduci!ria' 0o presente caso, a prisão decorre da não3
entre%a dos $ens dei6ados com o paciente a t*tulo de dep)sito .udicial' 8' A decisão
decisão
Personalization do 5uperior 2ri$unal est! em per+eita consonncia com a .urisprud/ncia desta
Corte no sentido de ser constitucional a prisão civil decorrente de dep)sito .udicial,
Analytics  pois a 4ip)tese enquadra3se na ressalva prevista no inciso B@VII do art' 9 em
ra"ãoo da sua nature"a
ra"ã nature"a não3contra
não3contratual
tual'' L' Impossi$ilid
Impossi$ilidade
ade de e6ame
e6ame de +atos e de
Save Accept All  provas na via restrita
restrita do procedimento do 4a$eas
4a$eas corpus a +im de veri+icar
veri+icar o estado
cl*nico do paciente para decidir so$re o de+erimento de prisão domiciliar'
domiciliar' ' -rdem
dene%ada'H
5e o dep)sito +or .udicial, portanto, o 52: ainda entendia que sua in+idelidade
 poderia levar # prisão civil, como se v/, o que era uma posião $astante estran4a, eis que
nem o Pacto de 5ão José da Costa Rica, nem a CR:, tra"em distinão a este respeito entre
o dep)sito contratual e o .udicial, o que levaria # conclusão de impossi$ilidade da prisão

Mic4ell 0unes Midle. Maron 168

EMERJ – CP IV Direito Civil IV

civil por qualquer in+idelidade do dep)sito, se.a ele contratual ou .udicial' Porém, esta
 posião do 5
52:
2: .! +oi deposta, como visto, pelo entendimento do plen!rio, e6posto no RE
OO'LL, acima transcrito& não su$siste mais qualquer prisão de deposit!rio in+iel em nosso
ordenamento'

7'' Pen4or 
- pen4or é uma modalidade de direito real de %arantia que tem por o$.eto $ens
m)veis, ou mobili0áveis
mobili0áveis   como
como os $e$ens
ns im
im)v
)vei
eiss po
porr ac
acess
essão
ão in
inte
tele
lect
ctua
ual,
l, as at
atuai
uaiss
 pertenasG'
- pen4or é direito real, que se constitui por mani+estaão de vontade, não se
con+undindo
con+undi ndo .amais com a pen4ora,
pen4ora, que é um ato .udicial
.udicial comple6o de constrião
constrião de $ens
 para satis+aão de créditos .udicialmente recon4ecidos'
- contrato de pen4or, pelo qual se institui este direito real de %arantia, é um contrato
real, e não meramente consensual& de nada vale a mani+estaão de vontade de constituir o
 pen4or se não 4ouver a e+etiva entre%a da posse do $em %arantidor ao credor' Ve.a Ve.a o arti%o
7'L7 do CC&
>Art' 7'L7' Constitui3se o pen4or pela trans+er/ncia e+etiva da posse que, em
%arantia do dé$ito ao credor ou a quem o represente, +a" o devedor, ou al%uém por 
ele, de uma coisa m)vel, suscet*vel de alienaão'
Par!%ra+o nico' 0o pen4or rural, industrial, mercantil e de ve*culos, as coisas
empen4adas continuam em poder do devedor, que as deve %uardar e conservar'H
conservar'H

5em a entre%a da posse, não 4! contrato +ormado& este s) se aper+eioa pela tradião
do $em dado em %arantia' Antes disso, o contrato assinado não é su+iciente para criar a
relaão .ur*dica'
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nico do arti%o supra trata dos pen$ores especiais, cu.a nota marcante é
 .ustamente
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cont
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+orm
rmado
ado'' 0os pen4o
pen4ores
res especi
especiai
ais,
s, o contr
contrat
atoo é
or accept the default settings.
consensual, poisali
eis que os $ens +osse real poderia
empen4ados invia$ili"ar
são, em re%ra,oinstrumentos
pr)prio adimplemento da do
de tra$al4o d*vida %arantida,
devedor, pelo
meio dos quais ameal4ar! renda para pa%ar a d*vida %arantida'
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N! re%ramento espec*+ico a todos os pen4ores especiais no CC' - pen4or rural, por 
em  pen$or agrícola e  pen$or pec!ário
e6emplo, é %/nero que se divide em pen$or
Marketing pec!ário'' 0ovidade tra"ida
 pelo CC de 8;;8 é o tratamento especial dado do pen4or de ve*culos, instrumento
Personalization
+acilitador da aquisião destes tipo de $em, tal como a pr)pria alienaão +iduci!ria'
Analytics
*.3.*. Pen$or legal 
Save Accept All
- pen4or, como dito, é criado por +ora da vontade das partes, como re%ra %eral dos
direitos reais de %arantia' - arti%o 7'OF do CC, porém, inau%ura o tratamento normativo de

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