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Elementos de estrutura
nuclear
mn c2 − mp c2 = 1, 29 MeV,
Para a fı́sica nuclear, esta diferença de massa é mais importante que propria-
mente as massas, que por vezes são consideradas infinitas.
Os nucleões são fermiões com spin 1/2. Associado ao spin, os nucleões têm
um momento magnético intrı́nseco (~µs ), além do momento magnético associado
ao movimento orbital (~ µl ). Ou seja:
q ~ q
µ
~ =~
µl + ~µs = l + ~s
2m m !
~l ~s
= gl + gs µN
~ ~
onde
|e|~
µN ≡ = magnetão nuclear.
2mp
e
1 p 2µp = 5, 585695 p
gl = gs =
0 n 2µn = −3, 826085 n
Os nucleões num núcleo estão ligados por forças nucleares que são de curto
alcance e suficientemente fortes para se sobreporem à força repulsiva de Cou-
lomb entre os protões. As interacções nucleares são interacções residuais das
interacções fundamentais entre quarks.
1
CAPÍTULO 1. ELEMENTOS DE ESTRUTURA NUCLEAR 2
RC = 1, 21A1/3 (1.5)
t = 2a ln 9 (1.6)
ρ0 ≃ 0, 17 nucleões/m3 (1.7)
Difusão de partı́culas
Numa experiência de difusão tı́pica, o objecto que se pretende estudar - o alvo -
é bombardeado por um feixe de partı́culas (aproximadamente) monoenergético.
Ocasionalmente a reacção tem a forma:
a+b→c+d
L = Fa Nb (1.9)
Z 2 α2 ~2 c2
dσ
= (1.11)
dΩ Rutherf ord 4E 2 sin4 (θ/2)
Para ter em conta o efeito do recuo do núcleo difusor há que introduzir um
termo cinemático extra:
E′ q2
dσ dσ 2 2 2 θ
= [1 − β sin (θ/2)] 1− tan
dΩ Mott dΩ Rutherf ord E 4M 2 c2 2
(1.13)
CAPÍTULO 1. ELEMENTOS DE ESTRUTURA NUCLEAR 6
M (Z, A)
ρ= ≈ 3 × 1017 kgm−3
V (Z, A)
os protões o mais afastados possı́vel. Para um dado volume, isto implica uma
forma deformada. A força nuclear, ao invés, tenta preservar a forma esférica,
para se tornar mais efectiva. Como as forças nucleares são as mais intensas,
os núcleos mais leves são esféricos. Contudo, para núcleos médios e pesados,
a propriedade de saturação das forças nucleares (ver adiante) faz com que a
energia de ligação nuclear por nucleão não aumente com A. Como resultado,
uma pequena deformação pode traduzir-se num aumento da energia de ligação.
escreve-se:
A equação 1.19 pode ser reescrita de um modo mais útil, notando que:
Os valores das massas isotópicas podem ser obtidos em tabelas. Como em si-
tuações similares, a sistematização dos resultados permite retirar conclusões so-
bre as propriedades nucleares. Na figura (1.1.2 representam-se as determinações
experimentais de energias de ligação nucleares ou, em rigor, a energia de ligação
nuclear por nucleão (B(Z, A)/A)) em função do número de nucleões (A). A
CAPÍTULO 1. ELEMENTOS DE ESTRUTURA NUCLEAR 9
(iii) Ou seja, o facto B(Z, A) ∝ A indicia que o potencial nuclear (ou generica-
mente, as forças nucleares) é de curto alcance – um nucleão sente apenas
a atracção de alguns poucos vizinhos, e, o número de vizinhos ”activos”é
sensivelmente constante e independente de A. A distância média entre
nucleões é da ordem de 1,8 fm. e o alcance da interacção do potencial
nuclear deve ser desta ordem de grandeza.
Obtém-se assim
hp2 i ~2 A2/3
< E >≃ ≃ .
2m 2m R2
Como R = r0 A1/3 , isto implica que a energia cinética média por nucleão, deve-
ria, em boa aproximação ser igual para todos os núcleos. Usando m ≈ mp ≃
1000 MeV/c2 e ~ = 6, 5026 × 10−22 MeV obtém-se
Esta informação é suficiente para justificar uma aproximação não relativista nos
modelos nucleares (recentemente têm sido estudados modelos relativistas que
mostram a relevância dos efeitos relativistas, apesar da estimativa anterior). De
facto, a energia cinética dos nucleões é quase insignificante quando comparada
com a energia de repouso dos nucleões.
A velocidade de um nucleão com uma energia cinética, por exemplo, de
T = 40 MeV é: r
2T
v= ≈ 0, 3c
m
CAPÍTULO 1. ELEMENTOS DE ESTRUTURA NUCLEAR 12
Bibliografia
Nuclear PhysicsJ. Lilley,
Nuclear Physics K. Krane
Fı́sica Nuclear Theo MayerK ucuuk
Capı́tulo 2
Modelos nucleares
ĤΨ = EΨ (2.1)
15
CAPÍTULO 2. MODELOS NUCLEARES 16
A priori não há uma teoria para V (i, j): umas formas são melhor que outras
para determinados tipos de cálculos. Ademais, não é ainda claro a importância
das forças a três corpos e se devem ser incluı́das no Hamiltoniano. Um modelo
tı́pico microscópico depende assim da forma do funcional da interacção entre
nucleões que conterá o número de parâmetros necessários para reproduzir os re-
sultados experimentais. A escrita do funcional é fortemente simplificada usando
argumentos de simetria (ver adiante).
E, enquanto a interacção nucleão-nucleão não poder ser deduzida de uma
interacção mais fundamental, como a Cromodinâmica Quântica (teoria da in-
teracção forte: a interacção é entre quarks - constituintes dos nucleões - e é
mediada por gluões) é com interacções efectivas que se faz a fı́sica nuclear.
Nos modelos colectivos, os graus de liberdade não são os dos nucleões indi-
viduais mas antes propriedades globais do núcleo como um todo. Um exemplo
trivial de coordenadas colectivas é as coordenadas do centro de massa e o mo-
mento quadripolar eléctrico. Incluem-se nesta classificação de modelos, o modelo
da gota lı́quida, o modelo de gás de Fermi, os modelos rotacional e vibracional
e o modelo unificado.
B ∝ AN − T N 1/3 (2.4)
(N − Z)2
B(Z, A) = +av A + aS A2/3 − aC Z 2 A−1/3 − aC + δ(Z, A). (2.5)
A
Expliquemos os termos de (2.5)
BV ∝ av A
(obs. R ≈ r0 A1/3 ⇒ V ∼ A)
BS ∝ aS A2/3
CAPÍTULO 2. MODELOS NUCLEARES 18
BC ∝ aC Z 2 A−1/3
aV = 15, 56 MeV
aS = 17, 23 MeV
aC = 0, 697 MeV
aA = 93, 14 MeV
CAPÍTULO 2. MODELOS NUCLEARES 19
e
12 se N e Z pares
ap = − 12 se N e Z impares
0 se A impar
(N − Z)2
M (Z, A) = ZmH + N mn − av A − aS A2/3 + aC Z 2 A−1/3 + aA + δ(Z, A)
A
(2.6)
(i) reproduz, como já foi referido, razoavelmente a curva B/A = f (A);
(ii) define uma condição de estabilidade nuclear. A relação (2.6) implica, como
se mostra a seguir, que os núcleos estáveis têm N ≈ Z.
Reorganizando os termos, a BW pode ser reescrita como:
M (Z, A) = aA − bZ + cZ 2 + d. (2.7)
CAPÍTULO 2. MODELOS NUCLEARES 20
sendo
as aA
a = m n − av + 1/3
+ (2.8)
A 4
b = aA + (mn − mp − me ) (2.9)
as aC
c = + 1/3 (2.10)
A A
d = aP (2.11)
M (Z, A) é assim uma função quadrática de Z, para A fixo e tem um
mı́nimo para Z = b/2c. Para A fixo, um núcleo estável tem um Z inteiro
próximo da solução Z = b/2c. Substituindo as constantes, obtém-se a
condição
(mn − MH ) + ac A−1/3 + 4asim
Z≃ (2.12)
2ac A−1/3 + 8asim A−1
Para A pequeno, a expressão anterior implica que os nuclı́deos estáveis
têm Z ≃ N .
(iii) permite determinar o número de nuclı́deos de um dado isóbaro que são
estáveis;
Partindo de (2.7) conclui-se que para A impar, BW define uma única
parábola de massa, mas para A par, obtêm-se duas parábolas, devido às
diferentes energias de emparelhamento. Um núcleo está numa ou noutra
curva consoante é par-par ou impar-impar. Os isóbaros de Z vizinhos po-
dem, por processos β ± ou CE, transformar-se uns nos outros. A conclusão
é que para A impar existe apenas um isóbaro estável, enquanto para A par
podem existir vários isóbaros estáveis. Eis alguns exemplos: dos isóbaros
com A = 96, os núcleos 96 96 96
44 Ru e 42 Mo e 440 Zr são todos estáveis.
∂B(Z, N ) ∂B(Z; N )
> 0, >0 (2.14)
∂Z ∂Z
O lugar dos pontos (Z, N ) em que estas desigualdades se tornam igual-
dades determina a região onde existem estados ligados. Na figura (8)
mostram-se os limites previstos por (2.14). As linhas limite são desig-
nadas por drip-lines. Os núcleos na vizinhança, mas fora destas linhas,
decaem rapidamente por emissão nucleónica. Não se observam núcleos
afastados destas linhas.
(VI) permite a definição de condições para a ocorrência de diferentes processos
nucleares, como veremos posteriormente.
Deve ser relativamente constante no interior dos núcleos pesados para expli-
car a densidade constante sugerida pelo facto de o raio nuclear ser da forma:
R = r0 A1/3 ,
• Potencial de Woods-Saxon
V0
V (r) = − (2.20)
1 + e(r−R)/a
Os valores tı́picos dos parâmetros são: profundidade V0 ≈ 50 MeV, raio
R ≈ 1, 1 fmA1/3 , e espessura de superfı́cie a ≈ 0, 5 fm.
Embora este potencial tenha uma forma semelhante à da densidade de
carga e tenha o comportamento geral descrito acima, tem a desvantagem
de não ser resolúvel analiticamente.
• Potencial Harmónico
1
V (r) = − mω 2 r2 (2.21)
2
sendo de ~ω ≈ 41 MeVA1/3 o valor tı́pico.
Esta forma tem resolução analı́tica exacta mas o inconveniente de ir para
infinito para grandes distâncias, o que faz com que as funções de onda ob-
tidas não tenham o comportamento assimptótico desejado, indo para infi-
nito como exp(−k 2 r2 ) e não exp(−kr) como seria desejável. Os números
mágicos obtidos com este potencial são: 2, 8, 20, 40, 70, 112 e 168.
CAPÍTULO 2. MODELOS NUCLEARES 25
• Potencial constante
−V0 r≤R
V (x) = (2.22)
∞ r>R
onde V0 é uma constante positiva.
Esta forma é um compromisso entre um potencial com alcance finito e
ter dificuldades computacionais moderadas. As soluções da equação de
Schrödinger são as funções de Bessel regulares na origem para r > R e
zero para r > R. Os números mágicos obtidos com este potencial são:
2,8,20,34,58,92 e 138.
Embora permita formas analı́ticas das funções de onda, em geral quando
o potencial harmónico não é suficiente, prefere-se o potencial de Woodes-
Saxon.
De acordo com o SP SM :
~2 2 ˆ ˆ
Ĥ = − ∆ + V (r) + C~l · ~l (2.25)
2m
Com uma parametrização conveniente o potencial anterior pode ser reescrito
como:
~2 2 ˆ ˆ
Ĥ = − ∆ + V (r) + C~l · ~l (2.26)
2m
O Hamiltoniano total deste modelo, é:
Ĥ == (2.27)
• nos núcleos par-par há um lapso de energia de 1-2 Mev entre o estado
fundamental e o primeiro estado excitado.
V0
V = [1 + σ(i) · σ(j)] (2.28)
2
onde Jmin indica o menor dos valores de J compatı́vel com o teorema de adição
de momento angular e j indica o momento angular da camada.
A hipótese de forças de longo alcance é a melhor para núcleos leves enquanto
a hipótese de forças de contacto é a melhor para núcleos médios e pesados. O
núcleo que faz a transição entre os dois casos é o 23
11 Na.
Bibliografia
Nuclear models de Greiner Maruhn,
Nuclear Physics de J. Lilley,
Nuclear Physics de K. Krane
Capı́tulo 3
obtém-se:
∂2V
1
Z
W = V0 ~
ρ(~r)d~r − p~ · E(0) + xi xj + ... (3.3)
2! ∂xi xj 0
A interpretação dos termos da equação anterior é a seguinte:
R
• W0 = qV (0) = V0 ρ(~r)d~r, representa o acoplamento da carga nuclear
ao potencial exterior;
R
• W1 = ∂V ~
xi ρ(~r) d~r = − p~ · E(0), representa o acoplamento do
∂xi
0
momento dipolar eléctrico ao potencial exterior. Se o centro de distri-
buição de carga coincidir com a origem do referencial, o momento dipolar
eléctrico é nulo. Os núcleos têm momentos dipolares eléctricos nulos.
32
CAPÍTULO 3. MOMENTOS ESTÁTICOS DOS NÚCLEOS 33
Q= h i
−|q| 2j−1 < r2 > 1 + Z 2 + . . . protão extra
2j+2 (A−1)
h i
+|q| 2j−1 < r2 > 1 + Z + . . . protão lacuna
2j+2 (A−1)2
onde
e~
µN ≡ = magnetão nuclear,
2mp
e
1 p 2µp = 5, 585695 p
gl = gs =
0 n 2µn = −3, 826085 n
CAPÍTULO 3. MOMENTOS ESTÁTICOS DOS NÚCLEOS 36
1
j
=l+ 2 µ(j, j) = [µn ] µN
n= h i
j
= l − 12 µ(j, j) = − j+1
j µn µN
Radioactividade
• radioactividade natural;
• radioactividade artificial.
α +27 Al →30 P + n
seguida de
α +27 Al →30 P + n
A radioactividade natural pode ter origem em :
• nuclı́deos primordiais
• nuclı́deos cosmogénicos
37
CAPÍTULO 4. RADIOACTIVIDADE 38
Tabela 4.1: Núcleos com 109 anos< T < 1012 anos. Indicam-se a suas
abundâncias terrestres (percentuais, relativamente ao elemento em causa) e a
suas actividades.
núcleo T fonte
90
Sr 28,78 a reactores nucleares
99
Tc 2, 11 × 109 a PET
131
I 8, 04d tratamento de problemas da tiróide
129
I 1, 57 × 107 a tratamento de problemas da tiróide
137
Cs 30,17 a reactores nucleares
239
Pu 2, 14 × 104 a reactores nucleares
35
S,37 Ar,33 P,32 P,38 M g,24 N a,38 S,31 Si,18 F,39 Cl,38 Cl,34m Cl
2 - Emissão β +
3 - Captura electrónica
4 - Emissão α
Embora o Q para a emissão α seja positivo para núcleos com A ≥ 104, o emissor
α mais leve até hoje encontrado é 21084 P o, com uma semi-vida de 138 d e cujo
Q é de 5,4 MeV, Isto é devido ao facto de a partı́cula α uma vez formada ter
de atravessar uma barreira de potencial superior à sua energia. (De facto, esta
passagem, por efeito túnel, só é compreensı́vel em Fı́sica Quântica.)
As partı́culas α emitidas têm energias cinéticas da ordem de poucos MeV, a que
correspondem velocidades da ordem de 107 ms−1 . Têm um poder de penetração
muito curto: uma folha de papel ou alguns centı́metros de ar são suficientes para
as parar.
5 - Emissão de nucleões
6 - Fissão Nuclear
7 - Emissão γ
Um núcleo num estado excitado tende a perder o excesso de energia por emissão
γ:
X(Z, A)∗ → X(Z, A) + γ (4.16)
Os fotões emitidos têm energia num intervalo de valores muito variado. O poder
de penetração da radiação γ é muito grande, podendo atravessar centenas de
metros no ar ou placas de chumbo, até ser absorvida.
CAPÍTULO 4. RADIOACTIVIDADE 43
dN (t)
= −λN (t) (4.17)
dt
Integrando a equação anterior obtém-se:
N(t)
tempo
tempo
onde NA0 e NB0 são o número de núcleos das espécies A e B no inı́cio da contagem
dos tempos.
Assim se se medirem as concentrações actuais das espécies A e B e se se conhecer
a concentração inicial de B, NB0 , a idade da amostra pode ser determinada usando a
relação:
1
t= [ln(NB (t) − NB0 + NA (t)] (4.21)
λA
ou, se se medir NB (t) e se se conhecerem as concentrações iniciais de A e B, a
idade da amostra pode determinada por:
1
t= [ln(−NB (t) − NB0 + NA0 ) − ln NA (t)/λ] (4.22)
λA
Define-se:
• Perı́odo de uma amostra (ou semivida), T , como o intervalo de tempo ao fim
do qual o número de núcleos presentes na amostra se reduziu a metade do seu
valor inicial.
Da equação (4.18) deduz-se:
N0 ln 2
= e−λT → T = (4.23)
2 λ
• Vida média de uma amostra, τ , como o intervalo de tempo ao fim do qual o
número de núcleos presentes na amostra se reduziu a 1/e do seu valor inicial.
Da equação (4.18) deduz-se:
N0 1
= e−λτ → τ = (4.24)
e λ
Note-se que os termos na equação (4.39) representam, por ordem, o número de núcleos
iniciais da espécie C, o número de núcleos de B que decairam em C e o número de
núcleos de A que decairam em C.
No caso particular de λA ≪ λB a equação (4.39) pode ser escrita, na forma apro-
ximada, como:
NC (t) ≈ NB0 + NC0 + NA0 (1 − e−λA t )
Ou seja, neste caso, pode ignorar-se o decaimento do produto intermédio e tratar
o decaimento como se este ocorresse num único passo (é o que se passa na cadeia
urânio-chumbo).
Os resultados anteriores são generalizáveis a cadeias de decaimentos mais comple-
xas.
Capı́tulo 5
Decaimento β
47
CAPÍTULO 5. DECAIMENTO β 48
4πp2β dpβ
dnβ = V (5.7)
(2π~)3
Analogamente se escreve para o neutrino:
4πp2ν dpν
dnν = V (5.8)
(2π~)3
Consequentemente:
dn dnβ dnν p2β p2ν dpβ dpν 2
= = V (5.9)
dE dE 4π 4 ~6 dE
q
Contudo pβ e pν não são independentes; estão relacionados por Eβ = p2β c2 + m2β c4
e Eν = pν c e (do teorema da conservação da energia e desprezando a energia de recuo
do núcleo):
Ef = Ee + Eν (5.10)
e assim para um dado valor da energia da partı́cula β, dEν = dE. Como a massa do
neutrino electrónico é desprezável neste contexto, tem-se:
Ef − Eβ dEν dE
pν = ; dpν = = . (5.11)
c c c
Ou seja:
Z
dn dnβ dnν
=
dE dE
Z pmax
V2
(E − Eβ )2 p2e dpβ
ˆ ˜
=
4π 4 ~6 c3 0
onde pβ corresponde à quantidade de movimento máxima da partı́cula β. Substituindo
em (5.1) obtém-se:
2π g 2 !Mif
2 Z pmax h q i
λif = !Mif !2 ρEf = (E − p 2 2
β c + m 2 4 2 2
β c ) p β dpβ (5.12)
~ 2π 3 ~7 c3 0
Em termos da energia cinética:
Eβ = Tβ + mβ c2 ; Ef ≈= Eβ (max) = Tmax + mβ c2
Resumindo:
5
λif ≃ Tmax (5.14)
Até aqui nao se considerou os spins das partı́culas intervenientes. O teorema da
conservação do momento angular impõe:
I~i = I~i + S
~ +L
~
∆I = 0ou∆I = 1; 0 → 0
Como decorre da estrutura da teoria apresentada, há ainda transições permitidas mis-
tas em que participam os termos de F e de GT simultaneamente.
Para terminar, impõe-se agora fazer duas observações:
• É necessário fazer uma correcção à função de onda do electrão, devido á distorsão
que sofre no campo de Coulom do núcleo.
• A teoria correcta da emissão β decorre do modelo padrão das interacções fun-
damentais.
Bibliografia